Upload
dinhthuy
View
224
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ
DANIELE PARISOTTO
EFEITO IMEDIATO DA APLICAÇÃO DA ACUPUNTURA NA DOR MUSCULAR
TARDIA E NA CAPACIDADE DE CONTRAÇÃO MUSCULAR
CURITIBA
2014
DANIELE PARISOTTO
EFEITO IMEDIATO DA APLICAÇÃO DA ACUPUNTURA NA DOR MUSCULAR
TARDIA E NA CAPACIDADE DE CONTRAÇÃO MUSCULAR
CURITIBA
2014
Dissertação apresentada ao Programa de Pós – Graduação em Fisiologia, Setor de Ciências Biológicas, da Universidade Federal do Paraná, para obtenção do título de Mestre em Fisiologia. Orientador: Profº André Luiz Felix Rodacki.
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus por ter me amparado ao longo dessa caminhada, me
fortalecendo dia a dia.
Aos meus pais Alcides Parisotto e Elza Sandeski Parisotto por terem me dado
à oportunidade de estudar e de seguir meus sonhos.
Ao meu marido Anderson Antoniassi, que com muito amor, carinho e
paciência me ajudou a vencer os obstáculos e compreendeu todos os momentos em
que estive ausente, realizando coletas a noite e lendo nos finais de semana. Te Amo
muito e te agradeço.
Ao meu irmão Daniel Henrique Parisotto pela ajuda no MatLab.
Ao meu orientador André Luiz Félix Rodacki por ter me aceito como sua
orientanda e por ter confiado no meu trabalho. Muito Obrigada pela oportunidade.
À minha amiga guerreira, que esteve comigo desde o primeiro dia de
mestrado Faeli Lugo Nunes, muito obrigada pela força, pelos momentos bons e ruins
que passamos juntas, com a sua companhia tudo foi mais fácil.
À minha amiga Bárbara Maria Camilotti por toda ajuda e auxilio com o MatLab
e equipamentos de coleta. Te Agradeço de coração por tudo.
À minha amiga Manoela Ferreira, pela amizade, carinho, incentivo, ajuda nas
coletas e na busca por voluntários. Muito Obrigada e conte sempre comigo.
As meninas do programa de Fisiologia, Angela Mara Rambo, Andrielli Capote,
Leticia Albino Garcia, muito obrigada pelas risadas e pelos momentos de diversão.
A todos os voluntários que aceitaram o convite para participar dessa
pesquisa, e não mediram esforços para me ajudar, vocês foram imprescindíveis para
a realização dessa pesquisa.
Agradeço a todos os professores do Programa de Pós Graduação em
Fisiologia, pelas aulas maravilhosas e inspiradoras, vocês são o combustível para
mim continuar o caminho da docência.
Agradeço ao secretário do programa Roberto Alves Guimarães, pela ajuda
nos momentos que precisei, por muitas vezes ter sido um ombro amigo, me dando
forças e me fazendo rir com suas piadas.
A CAPES pelo auxilio financeiro.
Muito Obrigada!
RESUMO
A prática esportiva de alta intensidade causa pequenas rupturas dos componentes músculo-tendíneos que são seguidos por processo inflamatórios marcados por elevada sensibilidade nos receptores da dor. A dor muscular tardia pós-exercício caracteriza-se por dor e desconforto muscular, a qual tem sido apontada como um dos fatores que pode reduzir a capacidade de produzir força e diminuir o desempenho atlético. A acupuntura tem sido proposta como uma forma efetiva para reduzir a dor e pode prover melhorias na sensibilidade muscular e restituir a capacidade muscular de produzir elevada força e desempenho. Assim, o presente estudo visou verificar o efeito da aplicação da acupuntura sobre a dor muscular de inicio tardio e a capacidade contrátil. Trinta participantes (12 homens e 18 mulheres; 26.3 ± 3.1 anos; 66.5 ± 12.6 kg e 1.70 ± 0.08 m) foram divididos aleatoriamente em três grupos: acupuntura (GA; n = 10), Sham (GS; n = 10) e controle (GC; n =10). Os grupos foram avaliados quanto a percepção da dor com o uso da escala visual analógica, limiar da dor por algometria. A ativação muscular foi quantificada por meio da RMS e frequência mediana. Finalmente, a força muscular isométrica foi determinada pelo pico de força isométrica. No grupo que recebeu acupuntura houve diminuição da percepção da dor através da escala visual analógica (p<0.05) e aumento no limiar da dor com o algômetro (p<0.05), no grupo placebo e controle essas alterações não foram encontradas. Em relação à ativação muscular, houve um decréscimo na RMS (p<0.05) e aumento da frequência mediana (p<0.05) para o grupo que recebeu acupuntura, o mesmo resultado não foi encontrado nos grupos placebo e controle. Não houve alteração na força muscular nos grupos acupuntura, placebo e controle (p>0.05) após intervenção com acupuntura. A acupuntura foi efetiva para diminuir a percepção da dor muscular tardia, proporcionou alterações eletromiográficas no músculo estudado, mas não otimizou a capacidade de contração muscular.
Palavras Chaves: Acupuntura, Dor, Dor Muscular Tardia.
ABSTRACT
Sports practice of high intensity cause small ruptures of the muscle-tendon components that are followed by inflammatory process marked by a enhance sensitivity to pain receptors. The delayed onset muscle soreness after exercise is characterized by muscle pain and discomfort, which has been identified as one of the factors that can reduce the ability to produce force and decrease athletic performance. The acupuncture has been proposed as an effective way to reduce pain and can provide improvements in muscle sensitivity and restoring the capacity to produce high muscle strength and performance. Thus, the present study aimed to verify the effect of the application of acupuncture on delayed onset muscle soreness and contractile capacity. Thirty participants (12 men and 18 women, 26.3 ± 3.1 years, 66.5 ± 12.6 kg and 1.70 ± 0:08 m) were randomly divided into three groups: acupuncture (GA, n = 10), placebo (GP, n = 10) and control (GC, n = 10). The groups were evaluated for the perception of pain using the visual analog scale, pain threshold by algometry. Muscle activation was quantified by the RMS and median frequency. Finally, the isometric muscular strength was determined by the peak isometric force. In the acupuncture group showed decreased perception of pain using a visual analog scale (p <0.05), and increase in pain threshold with the algometer (p <0:05), in the placebo and control these changes were not found. In relation to muscle activation, there was a decrease in the RMS (p <0.05), and increased median frequency (p <0.05) in the acupuncture group, the same result was not found in the placebo and control groups. Acupuncture was effective to decrease the perception of DOMS, provided electromyographic changes in the muscle studied, but did not optimize the ability of muscle contraction.
Keywords: Acupuncture, Pain, delayed onset muscle soreness.
LISTA DE ABREVIATURAS
ANC – Controle Nociceptivo Ascendente
DMIT – Dor muscular de Início Tardio
DNIC – Controle Inibitório Nocivo Difuso
EMG - Eletromiografia
EVA – Escala Visual Analógica
FIVM – Força Isométrica Voluntária Máxima
Fm – Frequência Mediana
PGE2 – Prostaglandina E2
OMS – Organização Mundial da Saúde
RMS – Root Mean Square
SNC – Sistema Nervoso Central
UFPR- Universidade Federal do Paraná
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 5
2 REVISÃO DA LITERATURA .................................................................................... 8
2.1 DOR MUSCULAR TARDIA ................................................................................... 8
2.1.1 Avaliação da dor pela Escala Visual Analógica .................................................. 9
2.1.2 Avaliação da Dor com Algômetro ..................................................................... 10
2.2 ACUPUNTURA ................................................................................................... 10
2.2.1 Mecanismo de Ação da Acupuntura ................................................................. 12
2.3 ELETROMIOGRAFIA .......................................................................................... 16
3 JUSTIFICATIVA ..................................................................................................... 18
4 OBJETIVOS GERAIS ............................................................................................. 18
4.1 Objetivos Específicos .......................................................................................... 18
5 HIPÓTESES ........................................................................................................... 19
6 METODOLOGIA ..................................................................................................... 20
6.1 MÉTODOS .......................................................................................................... 20
6.1.1 Amostra ............................................................................................................ 21
6.1.2 Delineamento do Estudo .................................................................................. 21
6.1.3 Medida do Limiar da dor com algômetro .......................................................... 22
6.1.4 Medida do Pico de Força Isométrica Voluntária Máxima.................................. 24
6.1.5 Medida da Atividade Eletromiográfica do Bíceps Braquial ............................... 25
6.1.6 Medida da Percepção da Dor Muscular através da Escala Visual Analógica (EVA) ............... 26
6.1.7 Intervenção ....................................................................................................... 26
6.2 Analise Estatística ............................................................................................... 30
7 RESULTADOS ....................................................................................................... 31
8 DISCUSSÃO .......................................................................................................... 38
9 CONCLUSÃO ......................................................................................................... 43
10 REFERÊNCIAS .................................................................................................... 44
11 APÊNDICES ......................................................................................................... 60
11.1 APÊNDICE A – TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO .... 60
11.2 APÊNDICE B – Ficha de Avaliação Dor Muscular Tardia ................................. 63
12 ANEXOS ............................................................................................................. 65
12.1 ANEXO A – ....................................................................................................... 65
5
1 INTRODUÇÃO
A força muscular é um importante componente para manutenção da
funcionalidade e mobilidade (GOODPASTER et al., 2006), que pode ser
incrementada através de programas de treinamento força (MACALUSSO e De VITO,
2004; HÜBSCHER et al., 2010). Independente do tipo de contração muscular, a
sobrecarga imposta produz uma ação mecânica sobre os tecidos que causa
pequenas rupturas sobre os componentes músculo-tendíneos (FOSCHINI,
PRESTES, CHARRO, 2007). Em respostas aos danos causados pela ação
mecânica do exercício, neutrófilos e monócitos migram para os locais lesionados e
aumentam a concentração de prostaglandinas (PGE2) que modificam a sensibilidade
nos receptores da dor. Além disso, a contração muscular ou palpação causam
pequenos aumentos na pressão intramuscular, proporcionando um estímulo
mecânico para a hipersensibilidade dos receptores da dor. O processo inflamatório
decorrente das micro-lesões são conhecidas como dor muscular de inicio tardio
(DMIT) (TRICOLI, 2001). A DMIT é caracterizada pela sensação de desconforto e/
ou dor muscular, que inicia aproximadamente 8 horas após a aplicação dos
estímulos de treinamento e atinge seu pico entre 24 a 72 horas e podem durar até 7
dias (TRICOLI, 2001; LIEBER, SHAN, FRIDÈN, 2002; FOSCHINI, PRESTES,
CHARRO, 2007).
Os processos dolorosos não são a única consequência das lesões musculo-
tendíneas induzidas pelo exercício, visto que reduções na capacidade funcional
contrátil (a capacidade de produzir força) também têm sido reportadas (TRICOLI,
2001; NASCIMENTO et al., 2007). Alguns fatores tem sido apontados como
responsáveis pela diminuição da expressão da força durante o período da DMIT que
envolvem: ruptura de fibras musculares, processos inflamatórios, aumento da
pressão interna muscular devido ao edema e a resposta protetiva dos sujeitos em
evitar sensações de desconforto e dor (NOSAKA e NEWTON. 2002; PASCHALIS et
al., 2005; FOSCHINI, PRESTES, CHARRO, 2007).
Atletas de alto rendimento são submetidos a elevadas cargas de treinamento
e são expostos frequentemente à dor muscular, a qual tem sido apontada como um
fator limitante do desempenho físico (PASCHALIS et al., 2005). A dor muscular pode
gerar insegurança, perda da concentração, perda funcional e diminuição do
6
desempenho (POLLONI, 2013). Algumas modalidades e provas esportivas são
realizadas com intervalos reduzidos e não permitem longos períodos de recuperação
e restabelecimento da capacidade de produzir força.
Diversas técnicas têm sido utilizadas para diminuir a dor e acelerar a
recuperação. O uso de anti-inflamatórios (MAUGER, JONES e WILLIANS, 2010),
crioterapia (PADDON e QUIGLEY, 1997) massagem (ZAINUDDIN, 2005),
alongamentos passivos e estáticos (HEBERT, NORONHA e KAMPER, 2011) são os
mais populares (NASCIMENTO et al., 2007). Recentemente, a acupuntura vem
sendo utilizada na área desportiva na tentativa de acelerar a recuperação e otimizar
a performance de atletas de diferentes modalidades esportivas (DAVIDSON, et al.,
2001; LUNA e FILHO, 2005; NASCIMENTO, 2007; SANTOS; KAWANO; BANJA,
2008; PIN et al., 2009; HÜBSCHER et al., 2008; LIN et al., 2011; URROZ et al.,
2012; FRAGOSO e FERREIRA, 2012; POLLONI, 2013). Apesar de alguns desses
estudos indicarem melhorias na performance, nenhum mecanismo é claramente
apontado. Em geral, tais estudos tratam as melhorias na performance numa relação
de causa e efeito e não apontam os mecanismos associados.
Uma possibilidade para explicar a melhoria no desempenho pode estar na
capacidade da acupuntura reduzir a percepção da dor (EZZO et al., 2000; TRINH,
PHILLIPS e DAMSMA, 2004; JACQUES, 2005; BRIAN et al., 2010). A diminuição da
dor pode propiciar melhorias no desempenho, visto que a dor é um fator limitante no
treinamento físico (ARMSTRONG, 1984; PASCHALIS et al., 2005; ).
O mecanismo nociceptivo ascendente é o modelo mais aceito e citado na
literatura como um dos possíveis mecanismos de ação da acupuntura
(SCOGNAMILLO – SZABO e BECHARA, 2001; JACQUES, 2005; KHAN et al., 2011;
WHITE, 2012). Quando as agulhas são inseridas, o sistema nervoso periférico
transfere sinais para o encéfalo. Uma vez que o sistema nervoso central (SNC)
regula a liberação de hormônios como os hipofisários, o cortisol e endorfinas, a
acupuntura pode também modular funções endócrinas e metabólicas (WHITE, 2009;
KHAN et al., 2011; USICHENKO; GIZHKO; WENDT, 2011). Além disso, a
acupuntura pode atuar na liberação de peptídeos opióides, aumentar o fluxo
sanguíneo local, inibir as vias nociceptivas do corno dorsal da medula espinhal, e
ativar as vias descendentes inibitórias (WHITE, 2009).
7
Portanto, o presente estudo tem por objetivo verificar o efeito imediato da
acupuntura sobre a percepção da dor muscular de inicio tardio e sobre a capacidade
de contração muscular.
8
2 REVISÃO DA LITERATURA
2.1 DOR MUSCULAR TARDIA
Praticantes de atividades físicas e sedentários, já tiveram uma experiência
dolorosa muscular, após a realização de alguns movimentos não habituais
(TRICOLI, 2001; CHEUNG, K; HUME, P; MAXWELL, L, 2003).
A DMIT é caracterizada pela sensação de desconforto e dor na musculatura
esquelética, que acontece algumas horas após a prática de uma atividade física, à
qual não estamos acostumados (HOUGHT, 1902; HOWELL, CHLEBOUN e
CONATSER, 1993; CHEUNG, HUME e MAXWELL, 2003; BRAUN e STORZO,
2011). A dor durante a prática esportiva ou de outra modalidade que exija contração
muscular intensa e contínua, desaparece logo após o seu termino (dor aguda)
(BRAUN e STORZO, 2011), mas horas após a DMIT acontece. Normalmente tem
seu inicio 8 horas após o exercício, e atinge seu máximo entre 24 e 48 horas após
(ARMSTRONG, 1984; TRICOLI, 2001; CHEUNG, HUME e MAXWELL, 2003).
Estudos sugerem que a dor ocorra devido a pequenas rupturas que ocorrem
nas fibras musculares e tecido conjuntivo, que transmitem a força da fibra para o
tendão (HOWELL, CHLEBOUN e CONATSER, 1993; TRICOLI, 2001; TIDBALL,
2004; BRAUN e STORZO, 2011). O excesso de tensão imposta sobre o músculo, é
a responsável pelas micro - lesões nas fibras musculares (TEAGUE e SCHWANE,
1995). Os danos ao tecido muscular podem ocorrer no sarcolema, nos túbulos T,
nas miofibrilas e na estrutura citoesquelética (TRICOLI, 2001). Apesar das lesões
ocorrerem durante a atividade, a dor, o edema e a perda de força começam a
aparecer aproximadamente 8 horas após a realização do exercício (HOWELL,
CHLEBOUN e CONATSER, 1993). A DMIT parece ser um efeito secundário ao
processo de reparação tecidual, que se desenvolve em resposta a lesão no tecido
(BRAUN e STORZO, 2011).
A rigidez muscular também está relacionada com o exercício e com a dor
muscular tardia (HOWELL, CHLEBOUN e CONATSER, 1993). Após a realização de
exercício excêntrico para flexores de cotovelo, foi verificada uma diminuição da
angulação do cotovelo, quando o sujeito estava em pé com o membro superior
9
relaxado, e esse efeito parece acontecer em decorrência do aumento da rigidez
passiva muscular (HOWELL, CHLEBOUN e CONATSER, 1993).
Os mecanismos e estratégias de tratamento e o impacto sobre o desempenho
esportivo, ainda não estão totalmente esclarecidos (JALALVAND, ANBARIAN e
KHORJAHANI, 2012). Um modelo para explicar a dor muscular tardia foi proposto
por Armstrong (1984) e Warren et al., (1999), onde a alta tensão exercida sobre o
músculo causa dano estrutural, decorrente dessa ação. A realização de exercícios,
principalmente os excêntricos, alteram as proteínas musculares, e o tecido
conectivo. Os danos ao sarcolema cursam com um influxo de cálcio para o interior
da célula, aumenta os níveis desse íon no meio intracelular. O excesso de cálcio se
acumula nas mitocôndrias e inibe a respiração celular e a produção de energia,
comprometendo a capacidade da célula em eliminar de forma ativa o excesso do íon
(TRICOLI, 2001).
No período entre seis a doze horas após o exercício, ocorre a migração de
monócitos e neutrófilos para a região lesionada. Histaminas e quininas se acumulam
no tecido, como resultado da fagocitose e necrose celular. Ocorrem também edema
e aumento da pressão no tecido, causando desconforto. Assim como a produção de
prostaglandinas (PE2) pelos macrófagos, irritam os receptores do tipo III e IV,
aumentando as respostas á dor. Dessa forma durante a contração muscular ou
palpação, aumenta a pressão no tecido devido ao edema, causando um estimulo
mecânico aos receptores de dor (SMITH, 1991).
Kanda et al., (2013) encontrou que na DMIT ocorre um aumento no número
de linfócitos circulantes, sem alteração dos demais mediadores inflamatórios. Em
casos raros a função renal pode ficar comprometida. Pode haver elevação de
enzimas, como a creatina quinase na corrente sanguínea (BRAUN e STORZO,
2011). A creatina quinase é utilizada como um indicador de estresse imposto na
musculatura, em decorrência da atividade física (ISPIRLIDIS, 2008).
2.1.1 Avaliação da dor pela Escala Visual Analógica
A escala visual analógica (EVA), é amplamente utilizada para avaliar a dor
(MYLLES, et al., 1999). É um instrumento simples e de fácil mensuração da dor.
(VALENTE e RIBEIRO, 2011). Esse instrumento consiste em uma linha reta com
100 mm de comprimento, onde na extremidade esquerda está o 0, que indica
10
nenhuma dor, e na extremidade direita 100, que corresponde a pior dor imaginável
(MYLLES et al., 1999). Tem sido usada em diversos estudos para avaliar a dor
muscular tardia (MATTACOLA et al., 1997; BARLAS et al., 2000; DANNECKER et
al., 2003; HÜBSCHER et al., 2008; ZAVANELA et al., 2010; JALALVAND,
ANBARIAN e KHORJAHANI, 2012; LADO et al., 2013; RAMALLO et al., 2013). A
aplicação da EVA em sujeitos jovens apresenta alto índice de validade e
confiabilidade (JENSEN, KARROLY e BRAVER, 1986).
2.1.2 Avaliação da Dor com Algômetro
Algometria, algesimetria ou dolorimetria de pressão é uma técnica que
quantifica através de estímulo físico, a capacidade de percepção e tolerância à dor.
Nos últimos anos tem despertado o interesse em diversos pesquisadores, sendo
utilizada em diferentes pesquisas sobre dor (PIOVESSAN et al. 2001), incluindo
pesquisas com dor muscular tardia como Barlas et al., 2000; Nie et al., 2006;
Hübscher et al., 2008).
2.2 ACUPUNTURA
A acupuntura é uma técnica milenar, criada na china, que tem como base os
conhecimentos da Medicina Tradicional Chinesa, que consiste no agulhamento de
partes especificas do corpo (YAMAMURA, 2001; WEN, 2006; HAN e HO, 2011). É o
conjunto de conhecimentos teórico-empíricos da medicina tradicional que visa á
terapia e a cura das doenças por meio da aplicação de agulhas em diferentes partes
do corpo para fins terapêuticos (ERNEST, 2006; WEN, 2006).
Em conjunto com a inserção das agulhas, outros recursos podem ser
adicionados como as moxas (aquecer os pontos de acupuntura com uma espécie de
charuto feito com a erva Artemisia vulgaris), a eletroacupuntura (aplicação de
corrente elétrica nos pontos de acupuntura ou diretamente nas agulhas inseridas na
pele), o uso do lasar sobre os pontos, além dos microssistemas que é “uma
estrutura ou parte do corpo que resume todo o corpo, para fins de diagnóstico e/ou
tratamento” (SEROISKA, 2013, p. 03), como por exemplo, a auriculoterapia (puntura
ou colocação de grãos de mostarda em pontos específicos do pavilhão auricular),
craneoacupuntura (puntura em pontos do couro cabeludo), quiroacupuntura (puntura
em pontos da palma e dorso das mãos) entre outros (SEROISKA, 2013, p. 03).
11
A acupuntura é um método de tratamento muito antigo, utilizado no oriente
por milhares de anos, focado no organismo como um todo. Trata-se de um método
de prevenção e tratamento de doenças, realizado através da puntura em certos
pontos estratégicos da pele e tecidos subjacentes, em diferentes profundidades,
com o uso de agulhas (ALEM e GURGEL, 2005). Em 2002 a Organização Mundial
da Saúde (OMS), listou 29 patologias que podem ser tratadas com a acupuntura,
com base em ensaios clínicos controlados (WHO, 2002, HAN e HO, 2011), porém
outras tantas apresentam ótimos resultados.
Após algumas décadas de pesquisa e prática clínica, é o momento de ter um
olhar global da história e da situação atual da pesquisa em acupuntura (HAN e HO,
2011). Neste sentido novos estudos estão ajudando a elucidar os possíveis
mecanismos de ação da acupuntura.
A acupuntura é considerada uma terapia benéfica, de baixo custo, segura e
com riscos mínimos (WHO, 2003; WHITE, 2004; PIMENTA, LEÃO e PIMENTA,
2008; McDANIELS e PITTMAN, 2011). Diversos estudos em animais e humanos tem
demonstrado que a acupuntura pode desencadear respostas biológicas, incluindo
alterações circulatórias e bioquímicas. Essas respostas podem ocorrer no local ou
próximo ao local de aplicação, ou em regiões distantes. As informações são
transmitidas principalmente por neurônios sensoriais, para muitas estruturas dentro
do sistema nervoso central (SNC) (WU et al.2009).
Os chamados pontos de acupuntura ou acupontos são locais específicos da
pele, onde se encontram uma grande quantidade de terminações nervosas, que se
relacionam intimamente com os nervos, vasos sanguíneos, tendões, periósteo e
cápsulas articulares (WU, 1990 apud SCOGNAMILLO-SZABO e BECHARA, 2011).
Os acupontos apresentam algumas características que os diferem das áreas
adjacentes, grande quantidade de terminações nervosas, condutância elétrica
elevada, menor resistência, padrões de campo organizados e diferença de potencial
elétrico (LI, ZHANG e XIE 2004; SCOGNAMILLO-SZABO e BECHARA, 2011). Por
isso também são chamados de pontos de baixa resistência elétrica da pele (PBRP).
Várias pesquisas tem descrito que os acupontos apresentam uma grande
concentração de mastócitos. Hwang (1992) fez a contagem de mastócitos em
acupontos de ratos adultos e percebeu que o número de mastócitos era
significativamente maior nos acupontos se comparado com as demais regiões.
12
A estimulação sensorial periférica de certos locais predefinidos da superfície
do corpo (acuponto) parece ser eficaz no tratamento de algumas condições, e vários
mecanismos fisiológicos que tentam explicar os efeitos da acupuntura tem sido
proposto (WHITE, 2009; USICHENKO et al., 2011). O mecanismo primário para os
efeitos clínicos da acupuntura é a ativação de nervos somáticos aferentes, que
inervam pele e músculos, que podem modular atividades somáticas, sistema
nervoso autônomo, funções endócrinas e metabólicas. A eficácia da acupuntura no
tratamento de doenças e na dor tem sido estudada com uma perspectiva cientifica
ocidental.
A acupuntura tem sido utilizada para tratar diversos sintomas, vários estudos
apoiam sua eficácia no alívio de dores musculoesquelética de forma aguda e
crônica, neuralgia, câncer, cefaléia e dor pós-operatória. A sua efetividade em
diversos sintomas diferentes como, por exemplo, relaxamento muscular, melhorando
o espasmo, diminuindo inflamação e consequentemente a dor. Ultimamente também
está sendo usada por atletas, para um nível mais alto de performance competitiva e
para um melhor treinamento (LUNA e FILHO, 2005), sugere que a acupuntura não
apresente apenas um único modo de ação, mas uma série de efeitos sobre diversas
funções, o que aumenta sua complexidade para o seu entendimento (WHITE, 2009).
2.2.1 Mecanismo de Ação da Acupuntura
Em 1997 foi realizado um encontro de Consenso sobre Acupuntura, onde se
concluiu com bases nos estudos publicados, que a mesma é bem indicada para
tratar algia dentaria e aliviar as náuseas e vômitos. Assim como seu efeito aumenta
a produção de peptídeos opióides, inibindo a dor (HAN e HO, 2011). Hoje é muito
utilizada para tratar diversos tipos de dor, como as de origem reumatológica
(BERMAN, SWYERS E EZZO, 2000, TAKIGUSHI et al, 2008), neuralgias, cefaleias,
de origem pós–operatória (WHITE, 2009) e dor muscular tardia (HÜBSCHER, 2008).
Zhang Xiangtong era um professor e pesquisador chinês, sugeriu que a
analgesia induzida pela acupuntura, ocorre devido aos impulsos aferentes
provenientes dos acupuntos, que interagem com áreas cerebrais responsáveis pelo
controle da dor (ZUANG et al., 2013). Estudos mais atuais com a utilização de
neuroimagem sugerem fortemente que a acupuntura modula áreas corticais e
subcorticais, como por exemplo, tronco cerebral, sistema límbico e cerebelo, sendo
13
que algumas dessas áreas estão envolvidas com o mecanismo antinociceptivo
(HOFBAUER et al., 2001; AUDETTE e RYAN, 2004; FANG et al., 2004; HAN e HO,
2011, ZUANG et al., 2013).
Mecanismos periféricos e centrais parecem estar relacionados com a
analgesia induzida através da acupuntura (ZHAO, 2008). A inserção das agulhas na
pele estimula as fibras aferentes do tipo A e C (KAGITANI et al., 2010),
principalmente as nociceptivas do tipo C (KIM et al., 2000; KAGITANI et al., 2010)
que convergem para a medula espinhal e ativam os mecanismos de analgesia pela
acupuntura. A excitação causada pela puntura estimula diversos efeitos na função
corporal, incluindo a inibição dos efeitos da transmissão simpática dos impulsos
nociceptivo para o sistema nervoso central (SNC), resultando em analgesia e
supressão da dor, como também a estimulação de diversas respostas reflexas
somáticas, autonômicas e hormonais (KAGITANI et al., 2010).
Alguns mecanismos supra-espinhais, que participam da modulação do
estimulo nociceptivo, estão relacionados com a analgesia por acupuntura, entre eles
está o sistema endógeno de modulação descendente da dor (LEWITH e KENYON,
1984; AUDETTE e RYAN, 2004; FIELDS, 2004). O esquema (Figura 1), de Fields
(2004) exemplifica as vias de transmissão nociceptiva e do sistema descendente de
modulação da dor.
14
Figura 1: Esquema sobre a transmissão do estimulo nociceptivo e do sistema descendente de
modulação de dor: A via em lilás está representando a via que conduz os estímulos nociceptivo. A
informação proveniente dos nociceptores primários é enviada até o corno dorsal da medula espinhal,
onde faz sinapses com neurônios de 2ª ordem. Os axônios desses neurônios cruzam para o outro
lado da medula espinhal, e ascendem pelo funículo anterolateral até algumas áreas do tronco
cerebral e tálamo (T). Nessas regiões a informação nociceptiva é transmitida através dos neurônios
de 3º ordem, para diversas áreas corticais, que estão relacionadas com a experiência dolorosa. A
substância cinzenta periaquedutal (PAG), é uma região que controla os mecanismos envolvidos no
sistema descendente de modulação de dor (verde e vermelho), integrando diversas aferências vindas
da periferia e de áreas prosencefálicas límbicas, como o córtex cingulado anterior (ACC), demais
áreas corticais frontais, hipotálamo (H) e do núcleo central da amígdala. As vias descendentes
ativadas que partem do bulbo rostro ventral (RVM) trafegam pelo funículo dorsolateral. A PAG
controla de forma indireta a transmissão da informação nociceptiva, no corno posterior da medula
espinhal. As vias descendentes ilustradas em verde e vermelho podem exercer tanto controle
inibitório, como facilitatório respectivamente, na transmissão do estimulo nociceptivo no corno dorsal
15
espinhal. Uma via serotoninérgica a partir do RVM (amarelo), também pode facilitar ou inibir a
transmissão nociceptiva (FIELDS, 2004).
Estudos realizados por Liu (1996), Liu et al., (1997) e Bai et al., (1999)
injetaram antagonistas opióides na substância cinzenta periaquedutal, e bulbo
rostro ventral (LIU, 1996) e constataram inibição da analgesia mediada pela
acupuntura. Shen et al., (1978) seccionou o funículo dorsolateral da medula espinhal
e o mesmo resultado foi encontrado. Essas pesquisas reforçaram a importância da
via descendente para o efeito analgésico mediado pela acupuntura.
O controle inibitório nocivo difuso (DNIC, do inglês, Diffuse Noxious Inhibitory
Controls), foi proposto por Le Bars et al., (1992), onde foi sugerido que um estimulo
nociceptivo de grande intensidade, quando aplicado em qualquer parte do corpo,
pode proporcionar analgesia em uma outra área distante (heterosegmental). Tanto
alta como baixa frequência de eletroestimulação periférica, poderiam ativar ambas
as fibras do tipo A como as do tipo C, porém as mesmas eram inibidas quando um
estímulo nocivo era aplicado em alguma parte do corpo (LEWITH e KENYON, 1984).
Trabalhos como de BING et al, (1996) e OKADA, OSHIMA e KAWAKITA (1996)
demonstraram que o DNIC está relacionado com a analgesia propiciada através da
acupuntura, pois quando as fibras C são bloqueadas, ou quando é utilizado
antagonista de receptor opióide, o efeito analgésico não acontece.
Dos sistemas endógenos de modulação da dor, o mecanismo nociceptivo
ascendente (ANC, do inglês, Ascending Nociceptive Control) é o modelo mais
recente e ainda pouco conhecido, como um dos possíveis mecanismos de ação da
acupuntura (SCOGNAMILLO – SZABO e BECHARA, 2001; JACQUES, 2005; KHAN
et al., 2011). É uma via que ascende da medula espinhal até o núcleo accumbens
(GEAR; LEVINE, 1995; GEAR et al., 1999) e bulbo rostral medial (GEAR; LEVINE,
2009). Na medula espinhal encontram-se neurônio tônicos ativados por receptores
excitatórios como AMPA e mGluR1, o que resulta em inibição da antinocicepção
mediada pelo núcleo accumbens. O controle nociceptivo ascendente é ativado pelas
fibras do tipo C, que quando ativadas liberam glutamato, que vão ativar um
interneurônio inibitório. Esse por sua vez vai liberar GABA e opióides endógenos que
por sua vez inibem a atividade ascendente tônica, desinibindo o mecanismo supra
espinhal, ocorrendo a liberação de opióides endógenos no núcleo accumbes e
acetilcolina no bulbo rostro ventral (TAMBELI et al, 2009). Szigeti et al., (2012)
16
verificou que a quimiodenervação das fibras do tipo C, impede a analgesia induzida
pela acupuntura. O mesmo resultado foi visto por Tobaldine et al., (2014). Portanto a
antinocicepção induzida pela acupuntura, assim como a mediada pela ativação do
controle nociceptivo ascendente é dependente da ativação das fibras C.
As terminações nociceptivas periféricas são importantes para iniciar o
processo de analgesia pela acupuntura, mas não é necessária para sua
manutenção. Uma vez iniciado os mecanismos subjacentes da analgesia, ela sofre
centralização, sem a necessidade de uma atividade periférica continua (TOBALDINE
et al., 2014)
2.3 ELETROMIOGRAFIA
A eletromiografia vem sendo utilizada amplamente como auxiliar no
diagnóstico à aproximadamente 40 anos (MORAES et al., 2010). É uma técnica
experimental utilizada para registrar e analisar sinais mioelétricos. Os sinais
mioelétricos são formados a partir de variações fisiológicas no potencial de
membrana das fibras musculares, causada pelos disparos nas unidades motoras
que cursam com despolarização e repolarização da membrana celular (KONRAD,
2005).
O uso da eletromiografia pode determinar de maneira indireta a atividade
muscular voluntária, involuntária ou induzida, através do potencial de ação na
membrana da fibra muscular. A partir do registro do potencial de ação, podemos
relacioná-los com outras medidas da função muscular, como tensão, força, estado
de fadiga, metabolismo muscular, recrutamento das unidades contrateis dentre
outras (AMANDIO et al., 1996; MORAES et al., 2010).
A análise no domínio do tempo do sinal da eletromiografia representa melhor
a amplitude do sinal e permite a visualização da ativação muscular em contrações
voluntárias, pois avalia os níveis de ativação das unidades motoras durante as
contrações (MOHAMED, PERRY e HISLOP, 2002; FUKUDA et al., 2010). A raiz
quadrada das médias (RMS) fornece parâmetros da amplitude do sinal, e da
ativação muscular (De LUCA, 1997). O sinal da EMG pode ser analisado no
domínio da frequência. A frequência mediana divide o espectro em duas metades
17
com base na energia do sinal (ENOKA, 2000). A frequência mediana é utilizada para
avaliar as alterações fisiológicas e bioquímicas que ocorrem na musculatura durante
as contrações musculares, assim como a velocidade de condução do potencial de
ação nas fibras nervosas, taxa de disparo e alteração na sincronização das unidades
motoras (ERFANIAM, CHIZECK e HASHEMI, 1994; De LUCA, 1997).
Nos estudos com acupuntura onde se utilizou a eletromiografia, diferentes
resultados foram encontrados. Costa e Araújo (2008), Fragoso e Ferreira (2012),
Zanin et al., (2014) encontraram reduções na ativação muscular (RMS) após a
aplicação da acupuntura. Politti et al.,(2010) encontrou aumento da ativação
muscular (RMS) do músculo trapézio após intervenção com acupuntura, enquanto
Toma et al., (1998) não encontrou alterações na atividade eletromiográfica dos
flexores superficiais e profundo dos dedos após a aplicação da acupuntura.
18
3 JUSTIFICATIVA
O aumento na procura por tratamentos alternativos como a acupuntura, tem
crescido devido ao grande número de pesquisas e publicações sobre os efeitos da
acupuntura no tratamento de diversas patologias, principalmente as que causam
dor. Recentemente, a acupuntura vem sendo utilizada no meio desportivo, com o
objetivo de melhorar o bem estar físico e mental, e também de otimizar a capacidade
esportiva. Atualmente diversos estudos tem comprovado a eficácia da acupuntura
em reduzir a dor. Atletas que diariamente executam uma carga intensa de
treinamentos sofrem rotineiramente com a dor muscular de origem tardia, que
segundo alguns autores como Paschalis (2005), está diretamente relacionado com
um pior desempenho esportivo. Então se a dor que é um fator limitante á produção
de força muscular for reduzida ou eliminada, haverá uma melhora na capacidade de
contração muscular. Por esse motivo, esse estudo se justifica porque investiga o
efeito imediato da aplicação da acupuntura na dor muscular de inicio tardia e na
capacidade de contração muscular.
4 OBJETIVOS GERAIS
Verificar os efeitos imediatos da aplicação da acupuntura sobre a dor
muscular de inicio tardio (DMIT) e a capacidade funcional contrátil (força muscular).
4.1 Objetivos Específicos
- Observar se a aplicação da acupuntura é eficaz em diminuir de forma imediata a
percepção da dor muscular de início tardio (DMIT) e no aumento do limiar da dor;
- Verificar se a diminuição da dor muscular tardia, através da acupuntura, influencia
de forma imediata a capacidade funcional contrátil (força muscular).
19
5 HIPÓTESES
H1 - Haverá redução da percepção da DMIT, imediatamente após a aplicação da
acupuntura;
H2 - Haverá aumento no limiar da dor, logo após a aplicação da acupuntura.
H3 - Ocorrerá aumento da capacidade funcional contrátil (força muscular)
imediatamente após a aplicação da acupuntura.
20
6 METODOLOGIA
A amostra foi composta por 30 sujeitos, 12 homens e 18 mulheres, com idade
entre 20 e 30 anos, praticantes de atividade física de forma regular (2 a 3 vezes por
semana) de intensidade leve a moderada, segundo auto-relato. Os participantes
foram convidados mediante a divulgação da pesquisa no Departamento de
Educação Física e Departamento de Fisiologia da UFPR. O presente estudo foi
aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos do Hospital do
Trabalhador, e em acordo com a Resolução 196/96 do CONEP (442.842, CAAE:
23187113.7.0000.5225 - Anexo A). Os participantes foram informados com detalhes
sobre a importância e procedimentos da pesquisa e assinaram um Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido (Apêndice A).
Os participantes foram submetidos a uma avaliação/anamnese (Apêndice B)
quanto aos critérios de inclusão e exclusão do estudo. Os critérios de inclusão
foram; (a) idade entre 18 e 35 anos, (b) praticar atividade física regularmente (2 a 3
vezes semanais). Participantes com patologias osteomioarticulares no membro
superior (Ex. tendinites, bursites, história de fraturas e etc) e doenças
neuromusculares (Ex. esclerose múltipla, doenças musculares de caráter genético
como amiotrofia espinhal juvenil ou adulta e etc) não foram incluídos no estudo.
Além disso, voluntários com alterações na pressão arterial também foram excluídos
do estudo. O uso de medicação como glicocorticoide, psicotrópico e analgésico foi
considerado como fator de exclusão. Voluntários com medo excessivo de agulhas e
mulheres no período menstrual também foram afastados do estudo.
6.1 MÉTODOS
Os métodos foram organizados a fim de caracterizar a amostra, o
delineamento do estudo e os procedimentos específicos aplicados. Finalmente, o
tratamento estatístico foi apresentado.
21
6.1.1 Amostra
Participaram desta pesquisa 30 sujeitos, sendo 12 homens (40%) e 18
mulheres (60%), que foram divididos de forma aleatória em 3 grupos: Grupo
Acupuntura (GA; n=10, 5 homens e 5 mulheres), Grupo Sham (GP; n=10, 4 homens
e 6 mulheres) e Grupo Controle (GC; n=10, 3 homens e 7 mulheres). Os dados
antropométricos revelaram que a amostra foi composta por participantes com idade
de 26,3 ± 3,1 anos, estatura de 1,70 ± 0.08m, massa de 66,5 ± 12.6kg, e IMC de
22,6 ± 2,6kg.m-2. Segundo a Organização da Saúde, o IMC encontrado é
considerado como “normal” (DIRETRIZES BRASILEIRAS DE OBSIDADE,
2009/2010).
6.1.2 Delineamento do Estudo
Os participantes compareceram ao Centro de Estudos do Comportamento
Motor da Universidade Federal do Paraná, para três sessões em que cinco
avaliações foram conduzidas de forma idêntica. As avaliações consistiam em um
conjunto de testes que visaram identificar (a) o limiar da dor com o algômetro, (b)
pico da força muscular isométrica máxima, (c) atividade eletromiográfica (RMS e
frequência mediana) e (d) percepção subjetiva da dor através da escala visual
analógica.
As comparações entre as medidas tomadas entre primeira sessão (1a
avaliação) e as medias realizadas no início da segunda sessão (2a avaliação)
serviram para estabelecer um indicativo de estabilidade dos testes (medidas de
base) e executadas com um intervalo de 48 horas. Após a 2a avaliação, os
participantes foram submetidos a um protocolo de indução da DMIT. O protocolo de
indução da DMIT consistia em realizar flexão e extensão do cotovelo com carga
(rosca de bíceps). O voluntário ficava em pé, com o ombro aduzido e antebraço em
supino e realizava o exercício com uma carga descrita pelo participante como
“intensa”, porém possível de executar o movimento. As repetições foram realizadas
até o instante em que os voluntários referissem impossibilidade de continuar com o
exercício. Foram realizadas 3 séries até a exaustão com um intervalo de 4 a 5
minutos. Incentivo verbal foi dado durante a execução dos exercícios. Ao final do
22
protocolo de indução da DMIT, a 3a avaliação foi realizada com o objetivo de
identificar as alterações ocorridas nas variáveis estudadas. A 3a sessão foi realizada
24 horas após o término da 2a sessão e incluiu duas avaliações (4a e 5a avaliações,
respectivamente). A 4a avaliação ocorreu no início da 3a sessão e serviu como
referencia para identificar os efeitos da DMIT sobre as variáveis independentes, ou
seja, o estado de dor muscular que antecedeu a aplicação da acupuntura. Ao final
dos testes que compuseram a 4a avaliação (pré-intervenção; PRÉ), os participantes
foram submetidos aos procedimentos experimentais relativos a cada um dos grupos
(intervenções). Finalmente logo após as intervenções, os grupos foram novamente
testados na 5a avaliação que visou determinar os efeitos de cada uma das
intervenções propostas (pós-intervenção; PÓS). A figura 2 apresenta o fluxo de
procedimentos aplicados.
6.1.3 Medida do Limiar da dor com algômetro
A confiabilidade da algometria inter-avaliador tem sido documentada
(FISCHER, 1986; ORBACH, CROW e KAMER, 1998). Para a medida do limiar da
dor, foi utilizado o algômetro de pressão (Wagner, modelo FORCE DIAL TM
FDK/FDn) com capacidade para 30 kgf/300N. Para a medida do Limiar da dor com o
algômetro, o participante foi posicionado sentado, com o antebraço apoiado no
suporte de braço da cadeira e com o bíceps braquial relaxado. A ponta
emborrachada do algômetro, com aproximadamente 1 cm de diâmetro foi
posicionada na porção mais proeminente do ventre muscular e aplicada uma
pressão contínua até que o participante reportasse desconforto “insuportável”.
23
Figura 2: Esquema simplificado das avaliações.
Realizaram
Anamnese
n = 52
5 = Incompatibilidade de Horários
8 = Compareceram apenas no 1° dia
4 = Uso de Anti-inflamatórios
3 = Mulheres em Período Menstrual
1 = Epicondilite
1 = Síndrome do Túnel do Carpo
Excluídos
n = 22
Total
n = 30
Acupuntura
n = 10
Controle
n = 10
Placebo
n = 10
Algometria
Atividade Eletromiográfica
Pico de Força
EVA
Avaliação 1
Algometria
Atividade Eletromiográfica
Pico de Força
EVA
Algometria
Atividade Eletromiográfica
Pico de Força
EVA
Avaliação 2
Avaliação 3
Medida de estabilidade dos sujeitos
24h Após
Algometria
Atividade Eletromiográfica
Pico de Força
EVA
Algometria
Atividade Eletromiográfica
Pico de Força
EVA
Avaliação 4
PRÉ
Avaliação 5
PÓS
PÓS
48h Após
Protocolo para Indução da DMIT
1ª
SESSÃO
2ª SESSÂO
3ª SESSÂO Intervenções
24
6.1.4 Medida do Pico de Força Isométrica Voluntária Máxima
Para a medida do pico de força isométrica voluntária máxima (FIVM), o
participante permaneceu sentado em uma cadeira com encosto acolchoado e com
suporte para o antebraço. O ombro ficou em posição neutra e aduzido, cotovelo em
flexão de 90º e antebraço apoiado sobre o suporte de antebraço da cadeira, com a
região distal do antebraço (punho) onde estava fixada uma alça de velcum ajustável
ligada a célula de carga. Um conjunto de cabos de aço foi empregado para conectar
a alça de velcrum posicionada na região distal do antebraço á célula de carga que
foi fixada no solo perpendicularmente ao segmento testado. A Figura 3 permite
visualizar um dos participantes sendo testado.
Os participantes foram orientados a exercer uma contração isométrica
voluntária máxima com o membro não dominante após o sinal do experimentador
durante 10 segundos. Estímulos verbais eram dados durante o teste para manter a
motivação. Foram realizadas de 3 a 5 repetições com intervalos de 3 minutos entre
elas.
O pico da FIVM foi determinado a partir dos sinais da célula de carga (Kratos,
modelo IK-1C, Brasil), que foram obtidos por intermédio de uma placa conversora
digital analógica (National Instruments, modelo NI USB 6218, Estados Unidos)
conectada a um computador. Os dados foram amostrados com uma frequência de
2000 Hz e armazenados com o auxílio de uma software especifico (LabVIEW Signal
Express 3.0, National Instruments, Estados Unidos).
Os sujeitos foram submetidos a uma pequena familiarização com os
procedimentos do teste durante a 1a sessão, antes das medias da 1a avaliação.
Essa familiarização envolvem um conjunto de 3 a 5 repetições isométricas com
intervalo de 3 minutos de descanso entre as contrações.
25
Figura 3: Posicionamento para coleta do pico de força muscular.
6.1.5 Medida da Atividade Eletromiográfica do Bíceps Braquial
A medida da atividade eletromiográfica do músculo bíceps braquial foi
realizada simultaneamente a medida do pico de força isométrica máxima.
Os sinais da atividade muscular foram coletados por meio de um
eletromiógrafo (Delsys, modelo Trigno Wireless) com uma frequência de
amostragem de 2000Hz. Os eletrodos foram posicionados de acordo com as
recomendações da Surface EMG for Non-invasive Assessment of Muscles
(HERMES et al., 2000). Antes de aplicar o eletrodo na pele, a mesma foi higienizada
com álcool 70º e gaze estéril, foi realizada à tricotomia da região e esfoliação com o
uso de uma lixa fina, para reduzir a impedância. O eletrodo foi posicionado no ventre
muscular do bíceps braquial na região mais proeminente (terço distal entre a linha
do acrômio e o processo cubital). A região de fixação do eletrodo foi marcada na
pele. As marcações foram cobertas com fita micropore (Cremer®) a fim de permitir a
manutenção da posição do eletrodo entre sessões.
Os dados eletromiograficos foram analisados no programa Matlab. Os dados
foram filtrados digitalmente por um filtro tipo Butterworth (4a ordem) 20-500Hz. Foi
calculado a raiz quadrada das médias (RMS) em janelas de 1 segundo com
26
deslocamento de 100 ms entre o centro de cada janela, sendo selecionado o valor
máximo da RMS. A frequência mediana (Fm) foi calculada através da transformada
de Fourier. Para a análise estatística foi utilizada a tentativa em que o sinais foram
amostrados durante 10 segundos e puderam ser registrados adequadamente (sem
perdas de sinal ou com ruídos estranhos).
6.1.6 Medida da Percepção da Dor Muscular através da Escala Visual Analógica
(EVA)
Após o teste de força, a medida de percepção dor muscular foi executada
através da apresentação de uma Escala Visual Analógica (Figura 4). Os
participantes foram perguntados imediatamente após o teste de FIVM qual nota da
dor muscular numa escala durante a contração, numa escala de 0 a 10, sendo 0
nenhuma dor e 10 a pior dor imaginável.
Figura 4: Escala Visual analógica mostrada aos participantes.
6.1.7 Intervenção
A intervenção teve uma duração aproximada de 20 minutos e foi realizada por
um profissional qualificado para a aplicação da técnica de acupuntura. Durante a
intervenção os sujeitos permaneceram deitados em decúbito dorsal em uma maca
acolchoada. Os participantes do GA e do GS foram vendados para evitar a
identificação da inserção ou não das agulhas (YAMAMURA, 2004). No grupo
acupuntura as agulhas foram inseridas até que o participante relatasse a sensação
do De Qi (sensação de choque, formigamento ou peso, no local do agulhamento ou
no membro que recebeu a inserção das agulhas) e permaneceram com elas por 20
min. No grupo Sham as agulhas apenas tocavam a pele. Os participantes do GS
relataram sentir que estavam com as agulhas inseridas na pele. Alguns participantes
relataram sudorese e formigamento nos membros superiores e inferiores. Esses
sinais também foram relatados por alguns participantes do GA. As agulhas
(Dongbang®) tinham dimensões de 0.25 x 40 mm e foram inseridas
27
perpendicularmente à pele com o auxílio do mandril, após assepsia realizada com
álcool 70º e gaze estéril. No GS, o mandril foi posicionado e a mesma manobra de
inserção das agulhas foi realizada, porém apenas a extremidade da agulha tocou a
pele sem que sua inserção fosse realizada. O grupo controle permaneceu deitado
durante 20 min, sem venda e sem receber nenhum tipo de intervenção.
Os pontos de inserção das agulhas foram escolhidos com base na literatura
(DAVIDSON, et al., 2001; FINK, et al., 2002; YAMAMURA, 2004; HÜBSCHER et al.,
2008). Foram selecionadow os pontos IG4, IG11, E36, VB34, que segundo a
medicina tradicional chinesa são pontos analgésicos e tonificantes de músculos e
tendões. A descrição da localização dos pontos, segundo Deadman, Al-Khafaji e
Baker, (2001) é a que segue:
IG4 (HEGU) – Localiza-se no dorso da mão, entre o primeiro e segundo metacarpo,
no ponto médio do segundo osso do metacarpo. Para localizar o ponto, solicita-se
ao sujeito que comprima seu polegar contar o indicador, o ponto fica na
protuberância mais alta do músculo (Figura 5).
Figura 5: Ilustração da localização anatômica do ponto IG4. (DEADMAN, AL-KHAFAJI e BAKER, 2001)
28
IG11 (QUCHI) – Localiza-se no cotovelo, na extremidade lateral da prega cubital
transversa. Para localizar o ponto, solicita-se ao sujeito de flexione seu cotovelo. O
ponto fica no final da prega cubital (Figura 6).
Figura 6: Ilustração da localização anatômica do ponto IG11. (DEADMAN, AL-KHAFAJI e BAKER, 2001)
E36 (ZUSANLI) – Localiza-se a 3 cun (3 cun = 4 dedos da mão encostados) abaixo
do joelho e 1 cun para lateral da margem da tíbia). Fica entre o músculo tibial
anterior e o músculo extensor comum dos dedos (Figura 7).
Figura 7: Ilustração da localização anatômica do ponto VB34. (DEADMAN, AL-KHAFAJI e BAKER, 2001)
29
VB 34 (YANGLINCQUAN) – Localiza-se abaixo do joelho, na depressão existente
anteriormente e inferiormente à cabeça da fíbula (figura 8).
Figura 8: Ilustração da localização anatômica do ponto VB34. (DEADMAN, AL-KHAFAJI e BAKER, 2001).
Após os 20 minutos de intervenção, os procedimentos foram encerrados e as
agulhas do GA foram removidas. Os participantes receberam leve fricção sobre a
pele com um pequeno chumaço de algodão umedecido com álcool. Os participantes
do GS receberam a mesma manobra aplicada durante sua inserção, a fim de evitar
a percepção de que as mesmas não haviam sido inseridas e a região onde as
agulhas tocaram a pele foi friccionada com algodão umedecido em álcool. Após
esses procedimentos os participantes permaneciam deitados e vendados, por mais
aproximadamente 10 minutos, para diminuir a hiperemia no local da inserção das
agulhas. Dentre os participantes do estudo, apenas dois já haviam recebido
acupuntura. Somente após a conclusão da última avaliação foi que os participantes
do GS foram perguntados se eles haviam recebido intervenção. Interessantemente,
eles relataram ter certeza de que haviam recebido intervenção com acupuntura e
apenas 3 participantes relataram estar em dúvida.
30
6.2 Analise Estatística
A idade, a massa, estatura e o índice de massa corporal (IMC), foram
analisados por intermédio de análise estatística descritiva padrão (média e desvio
padrão). O teste de D’agostino foi aplicado e confirmou a normalidade dos dados,
que foram tratados com testes paramétricos. Os testes de avaliação subjetiva da dor
e do limiar da dor foram analisados com os testes não paramétricos (Wilcoxon).
Para comparação entre as medidas realizadas nas avaliações 1 e 2 (medidas
de estabilidade – medidas de base) aplicou-se o Teste “t” pareado para as medidas
de força e atividade eletromiográfica e o teste não paramétrico de Wilcoxon para os
dados referentes á dor (EVA e algômetro). As variações entre a 2a e 3a avaliações
foram analisadas apenas com estatística descritiva a fim de reportar a influência do
protocolo de indução da DMIT sobre as variáveis independentes. As variações entre
a 3a e 4a avaliações foram analisadas a fim de determinar os percentuais de
recuperação após o protocolo de indução da DMIT e foram tratadas com estatística
descritiva padrão. As medidas que antecederam (pré-intervenção; 4a avaliação) e as
que sucederam a intervenção (pós-intervenção; 5a avaliação) foram comparadas
através do teste t (RMS, Fm e pico da FIVM) e do teste de Wilcoxon (Percepção da
dor e Limiar da dor). As análises estatística foram realizadas no software GrafhPad
Prism versão 5.0 e o nível de significância de p ≤ 0,05 foi adotado.
31
7 RESULTADOS
Na percepção da dor através da escala visual analógica (EVA), limiar da dor
com o uso da algômetria, atividade eletromiográfica (RMS e Fm) e pico de força, os
grupos não apresentaram alterações entre as avaliações 1 e 2 (p>0,05). Dessa
forma, demonstra-se estabilidade entre as medidas entre as avaliações.
A percepção da dor com a escala visual analógica foi reduzida (p<0,05) no
GA após intervenção. O GS e GC não mostraram alteração quando o teste de
percepção da dor com a escala visual analógica foi repetido após o período de
intervenção (p>0,05). Os resultados do teste de percepção da dor por escala visual
analógica pode ser visualizados nas figuras 9, 10 e 11.
Figura 9: Percepção da dor (média e desvio padrão) através da escala visual analógica (EVA), nos instantes que antecederam (pré) e sucederam (pós) a intervenção do grupo controle (GC). Nível de significância adotada (p< 0,05).
32
Figura 10: Percepção da dor (média e desvio padrão) através da escala visual analógica (EVA), nos instantes que antecederam (pré) e sucederam (pós) a intervenção do grupo Sham (GS). Nível de significância adotada (p< 0,05).
Figura 11: Percepção da dor (média e desvio padrão) através da escala visual analógica (EVA), nos instantes que antecederam (pré) e sucederam (pós) a intervenção do grupo Acupuntura (GA). Nível de significância adotada (p< 0,05).
33
O limiar da dor por algômetro aumentou após a intervenção no grupo
acupuntura (GA) (p<0,05) e não foi modificado nos grupos Sham (GS) e controle
(GC) (p>0,05). Os resultados do teste de limiar da dor por algometria encontram-se
na Figura 12, 13 e 14.
Figura 12: Limiar da dor (média e desvio padrão) através da algômetria, nos instantes que an2ederam (pré) e sucederam (pós) a intervenção do grupo controle (GC). Nível de significância (p<0.05).
Figura 13: Limiar da dor (média e desvio padrão) através da algômetria, nos instantes que antecederam (pré) e sucederam (pós) a intervenção do grupo Sham (GS). Nível de significância (p<0.05).
34
Figura 14: Limiar da dor (média e desvio padrão) através da algômetria, nos instantes que antecederam (pré) e sucederam (pós) a intervenção do grupo Acupuntura (GA). Nível de significância (p<0.05).
35
Após a realização do exercício para indução da dor muscular tardia, ocorreu
um aumento na ativação muscular (RMS) (p<0,05) em relação às medidas de base
(média entre a 1a e 2a avaliações) de 75.0% no GA, 38.0% no GS e 62.0% no GC.
Vinte e quatro horas após a realização do protocolo de indução da DMIT ocorreu
uma diminuição na ativação muscular (RMS) (p<0,05) de 7.0% no GA, 8.3% no GS e
8.0% no GC. Após a intervenção (pré vs pós) a ativação do músculo bíceps braquial
(RMS) reduziu em 30.0% no GA (p<0,05). A diminuição da ativação muscular entre
do GS e GC foi de aproximadamente 5% (p>0,05). Os resultados da RMS estão
ilustrados na figura 15.
Figura 15: Ativação muscular (RMS) para os grupos acupuntura (GA), Sham (GS) e controle (GC) após o exercício (pós-exercício), antes (pré) e após (pós) intervenção. Os valores estão expressos em percentagem em relação à medida de base (média entre as avaliações 1 e 2). * p< 0,05.
36
Após o protocolo de indução da DMIT, a Fm diminuiu em 48% no GA, 58% no
GS e 56% no GC, quando comparado às medida de base (p<0,05). Vinte e quatro
horas após o exercício (Pós - exercício vs Pré - intervenção), ocorreu uma
recuperação em torno de 18% na Fm (p<0.05) em todos os grupos. Após o período
de intervenção (Pré vs Pós) o GA apresentou um aumento de 46% na Fm (p<0.05).
No GS ocorreu um aumento na Fm de 6% enquanto que no GC uma diminuição da
Fm de -2% (p>0,05) (Pré vs Pós). Os resultados da Fm encontram-se ilustrados na
Figura16.
Figura 16: Frequência Mediana (Fm) para os grupos acupuntura (GA), Sham (GS) e controle (GC) após o exercício (pós-exercício), antes (pré) e após (pós) intervenção. Os valores estão expressos em percentagem em relação à medida de base (média entre as avaliações 1 e 2). * p< 0,05.
37
Todos os grupos perderam força muscular isométrica máxima (FIVM) após a
o protocolo de indução da DMIT (p<0.05). O GA apresentou uma redução da força
muscular de 26%, o GS de 29% e o GC de 33.5% comparando com a medida de
base. Vinte e quatro horas após o exercício ocorreu aumento da força muscular
(p<0.05) de 22% no GA, 30% no GS e 25.6% no GC. Após a intervenção todos os
grupos perderam força muscular (p<0.05) de 17% no GA, 8.5% no GS e 6.6% no
GC. Apesar da diminuição da FIVM ter ocorrido em maior proporção no GA, não
houve diferença (p>0,05) entre os grupos. O pico da FIVM das avaliações pós
exercício, pré – intervenção e pós – intervenção, encontram-se representados na
Figura 17.
Figura 17: Força muscular para os grupos acupuntura (GA), Sham (GS) e controle (GC) após o exercício (pós-exercício), antes (pré) e após (pós) intervenção. Os valores estão expressos em percentagem em relação à medida de base (média entre as avaliações 1 e 2).
38
8 DISCUSSÃO
Inicialmente é preciso destacar que as medidas de estabilidade entre as
medidas, permitiram identificar que os testes aplicados não diferem quando
repetidos entre sessões, o que afasta alterações referentes ao aprendizado e/ou
instabilidade dos sujeitos quanto à execução dos testes. Dessa forma, as diferenças
encontradas nas médias tomadas antes e após o período de intervenção podem ser
atribuídas ao tratamento proposto.
A melhora nos sintomas da dor muscular tardia é de notável interesse para o
cuidado da saúde e desempenho dos atletas, pois existem evidências que sugerem
que a dor pode causar alterações no controle neuromuscular (HÜBSCHER et al.,
2008), que engloba as aferências de proprioceptores periféricos até centros
superiores e a resposta eferente (BRYAN e LEPHART, 2002). Protocolos que
permitam a redução imediata da dor são de especial interesse para atletas de alto
rendimento das mais variadas modalidades esportivas, os quais possuem pequenos
intervalos de recuperação entre treinos e competições e podem obter benefícios
quando os efeitos adversos do treinamento ou competições são reduzidos.
Os resultados desse estudo corroboram com a hipótese de que a acupuntura
possui efeitos imediatos sobre a percepção da dor muscular tardia, tanto para os
aspectos perceptivos, quanto para tolerância à pressão mecânica aplicada sobre o
bíceps braquial. Por outro lado, a falta de respostas perceptivas e limiar da dor dos
grupos placebo e controle afastam possíveis efeitos psicológicos, especialmente
pelo fato de que os participantes relataram não terem diferenciado o recebimento da
aplicação dos procedimentos de acupuntura.
Alguns estudos (GODDARD et al., 2002; LEE et al., 2011) têm observado
resultados controversos e reportam alívios da percepção da dor em grupos
“placebo”, todavia, tais grupos não podem ser verdadeiramente considerados como
placebo, dado que tiveram agulhas inseridas em alguma região corporal. O
mecanismo de controle inibitório nocivo difuso (CIND) pode ter influenciado os
resultados dos estudos que utilizaram inserção de agulhas, mesmo que em pontos
não específicos empregados pela acupuntura. Os estímulos proporcionados pela
inserção das agulhas, independentemente do ponto de inserção, chegam até o
tronco encefálico (núcleo magno da rafe, substância cinzenta periaquedutal e lócus
– cereuleus) e ativam as vias descendentes de controle da dor, inibindo a percepção
39
da dor (LE BARS, DICKENSON, BESSON, 1979), produzindo efeitos analgésicos.
No presente estudo, o grupo Sham recebeu apenas um toque suave das agulhas
sobre a pele, mas não sua inserção, o que afasta a possibilidade de efeitos
analgésicos pelo mecanismo inibitório nocivo difuso ou outros mecanismos (ex.,
nociceptivo ascendente e descendente de controle da dor). Dessa forma, a ausência
de resposta encontrada no grupo Sham e controle, associada com a melhoria da
percepção e limiar da dor no grupo que recebeu intervenção reforçam os efeitos
analgésicos da acupuntura. Todavia, a metodologia aplicada no presente estudo não
permite identificar qual(is) mecanismo(s) foi responsável pela redução da dor após a
aplicação da acupuntura dada a complexidade dos procedimentos metodológicos
necessários para distinguir suas influências.
A manutenção nos aspectos perceptivos da dor e a tolerância à pressão
detectados nos grupos placebo e controle revelam que os procedimentos e cuidados
aplicados nos protocolos experimentais permitiram diferenciar os resultados da
intervenção com acupuntura.
A melhora na percepção da dor muscular tardia não tem sido confirmada
apenas de forma imediata, mas também em estudos que envolveram períodos de
intervenção mais prolongados, como os realizados por Hübscher et al. (2008), que
reportaram decréscimos no escore da escala visual analógica decorrentes da
aplicação de acupuntura imediatamente após o exercício, 24, 48 e 72 horas, porém
o limiar da dor permaneceu sem alterações em nenhum dos grupos. Itoh e Kitakoji
(2008) também reportaram diminuição no escore da escala visual analógica no
grupo acupuntura, imediatamente após e três dias após a aplicação em sujeitos com
dor muscular tardia, mas nenhum efeito no grupo controle. Tais achados alinham-se
com os resultados do presente estudo e reforçam a eficácia da acupuntura para
reduzir a percepção da dor.
Apesar da melhora na percepção da dor muscular tardia em atletas possa
trazer benefícios, seu emprego precisa ser visto com cautela, visto que a redução da
percepção ou tolerância não está associada à recuperação tecidual, que pode levar
vários dias para ser completada (BYRNE, TWIST e ESTON, 2004). Portanto, reduzir
a percepção da dor ou aumentar seu limiar pode trazer prejuízos para o sistema
muscular, que será exigido sem estar apto para retornar as máximas capacidades
contráteis.
40
Após a realização de exercícios exaustivos, são observadas alterações
eletromiográficas, como aumento na amplitude do sinal (RMS) que corresponde a
uma maior ativação muscular pelo aumento no número e no tamanho das unidades
motoras recrutadas. Além disso, o melhor sincronismo entre as unidades motoras
também pode desencadear alterações eletromiográficas. A redução do número e da
velocidade de condução dos potenciais de ação também podem ser observados
através de decréscimo da frequência mediana (SODERBERG e COOK, 1984 e
ERFANIAM, CHIZECK e HASHEMI, 1994). A realização do exercício para indução
da dor muscular provocou aumento na RMS e redução da Fm que indicam uma
adaptação neuromuscular ao exercício. Outros têm reportado resultados similares
quando exercícios exaustivos são aplicados no grupo do bíceps braquial (YAO,
FUGLEVAND e ENOKA, 2000).
As diminuições da RMS e os aumentos da Fm encontradas 24 horas após a
execução do exercício extenuante (4ª avaliação), indicam que a musculatura estava
em processo natural de recuperação após as lesões que são geralmente induzidas
após exercícios exaustivo com elevadas intensidades. A aplicação de acupuntura
causou decréscimos importantes na ativação muscular (~30%), os quais se
aproximaram mais dos padrões observados na avaliação de base do que os grupos
que não receberam intervenção. A diminuição da ativação muscular (RMS) dos
grupos que não receberam acupuntura também ocorreu em menor magnitude (6% a
9%) e reflete os processos naturais de recuperação.
Costa e Araújo (2008), Fragoso e Ferreira (2012) e Zanin et al., (2014),
também encontraram reduções na RMS após a aplicação da acupuntura em sujeitos
saudáveis, que podem ter sido causadas por uma ação inibitória sobre os
motoneurônios alfa, por modulação de sinais dos centros cerebrais superiores cujas
fibras descendentes fazem sinapse diretamente com os motoneurônios, ou
indiretamente através da inibição de neurônios internunciais (CHAN, 2002).
A restituição da capacidade de recrutar os músculos, ou seja, a capacidade
de disparar potenciais de ação (Fm) também reforça uma recuperação neural mais
acentuada (46%) no grupo que recebeu acupuntura em comparação aos demais
grupos (2 a 6%). A acupuntura pode ter modulado a excitabilidade dos
motoneuônios corticais e/ou medulares (HÜBSCHER et al., 2010). Outros estudos
são necessários para explorar em detalhe os mecanismos envolvidos na modulação
do sinal eletromiográfico.
41
A força muscular decresceu nos três grupos estudados após a o protocolo de
indução da dor muscular, antes do período que antecedeu a intervenção em todos
os grupos analisados. A intervenção por meio de acupuntura não foi capaz de
reverter os efeitos deletérios do exercício e a FIVM foi ainda mais reduzida ao final
do período de intervenção em todos os grupos. A diminuição da força muscular
imediata após a realização de exercício intenso é o principal sintoma de lesão
muscular (BYRNE, TWIST e ESTON, 2004), o que revela que a acupuntura pode
melhorar a percepção e o limiar de tolerância à dor, mas é pouco efetiva para atuar
sobre a lesão muscular de forma imediata.
Esses achados não corroboram com a hipótese de que a acupuntura poderia
aumentar a capacidade contrátil muscular (TOMA et al., 1998; PLASTER et al.,
2014; ZANIN et al., 2014). Apesar de alguns fatores neurais (RMS e Fm) terem sido
parcialmente restabelecidos, as lesões decorrentes do exercício extenuante se
mostraram como fatores limitantes mais importantes para que os músculos possam
produzir elevados níveis de tensão. De fato, para a produção de elevados níveis de
força muscular é necessário o recrutamento de grandes quantidades de unidades
motoras, que permite o acoplamento de um alto número de pontes de actina e
miosina (CONTESSA, ADAM e De LUCA, 2009; De LUCA e HOSTAGE, 2010). Para
a produção de elevados níveis de força, é necessário que os componentes do
sistema neuromuscular estejam íntegros, onde alterações nos componentes neural,
na maquinaria contrátil ou ambos podem reduzir a performance (BYRNE, TWIST e
ESTON, 2004). Logo, a ruptura dos sarcômeros, lesão dos componentes do sistema
acoplamento – excitação (ARMSTRONG, 1984), desorganização das estruturas
musculares, mais especificamente com ruptura e prolongamento na linha Z e
descontinuação dos sarcômeros (MAGGIE et al., 1992), danos no sarcolema e
túbulos T e miofibrilas (NEWHAM, JONES e CLARKSON, 1987), podem ter
impedindo que elevados níveis de força tenham sido gerados.
As lesões impostas pelo exercício extenuante podem ter sido agravadas após
o período de intervenção, em decorrência dos testes de contração isométrica
voluntária máxima que podem ter aumentado os efeitos lesivos dos exercícios sem
que uma recuperação muscular completa tivesse ocorrido.
A diminuição da função muscular tem sido relacionada a mecanismos de dor,
em que a dor tem sido descrita como um mecanismo de proteção que limita a
execução de contrações máximas (TRICOLI, 2001; PASCHALIS et al., 2005). Esses
42
argumentos não foram confirmados no presente estudo visto que mesmo quando a
percepção e o limiar da dor não resultaram em melhorias de performance. Hübscher
et al. (2008), também falhou em identificar aumentos na força muscular após a
aplicação da acupuntura, mesmo com reduções na percepção da dor.
Nesta pesquisa foi avaliado o efeito imediato da acupuntura, talvez a médio
prazo outros resultados podem ser encontrados, pois a acupuntura pode melhorar a
microcirculação, reduzir o processo inflamatório, favorecer a liberação de endorfinas
endógenas e modular a atividade simpática (GODDARD et al., 2002; RANCAN et al.,
2009). O tempo da avaliação após a aplicação da acupuntura foi um fator limitante
neste estudo, pois foi avaliado o efeito imediato da acupuntura. Intervalos maiores
entre a aplicação da acupuntura e as avaliações podem trazer resultados similares
ou diferentes dos reportados. A combinação dos pontos também é um fator que
pode alterar os resultados encontrados. A escolha dos pontos foi feita com base na
literatura tradicional chinesa, talvez uma combinação de pontos diferente dos
utilizados neste estudo, podem apresentar respostas parecidas ou contrárias aos
vistos.
43
9 CONCLUSÃO
A acupuntura foi efetiva na melhora imediata da percepção da dor através da
escala visual analógica e no aumento do limiar da dor por algometria. Proporcionou
alterações na atividade neuromuscular, mas não foi efetiva em melhorar o
desempenho contrátil muscular.
Sugere-se que novos estudos sejam realizados com um número maior de
participantes, com um maior tempo de avaliação pós-intervenção, para verificar se o
efeito da acupuntura é apenas imediato, ou se com um intervalo maior de avaliação
após a aplicação dos procedimentos experimentais, o resultado encontrado nesse
trabalho se amplifica ou é oposto. O acréscimo de mais um grupo que fizesse o uso
de algum antiinflamatório, também seria interessante, principalmente se o
comportamento observado no grupo acupuntura se repetir no grupo antiinflamatório,
reforçando mais uma vez o efeito analgésico mediado através da acupuntura.
44
10 REFERÊNCIAS
ALEM, M, E. R; GURGEL, M, S. Acupuncture in the rehabilitation of women after
surgical treatment of breast cancer. Revista Brasileira de Ginecologia e
Obstetricia (on line). Rio de Janeiro, Vol. 28, nº 3, 2006. Disponível em:
<http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0100-
72032006000300012&script=sci_arttext>. Acesso em: Fevereiro de 2013.
AMANDIO, A.C; LOBO DA COSTA, P.H; SACCO, I.C. N; SERRÃO, J. C; ARAUJO,
R. C; MOCHIZUKI, L; DUARTE, M. Introdução à Biomecânica para Análise do
Movimento Humano: Descrição e Aplicação dos métodos de medição. Brazilian
Journal of Physical Therapy. v. 3, n. 2, p. 41 – 54, 1999.
ARMSTRONG, R. B. Mechanisms of exercise-induced delayed onset muscular
soreness: a brief review. Med Sci Sports Exerc. v. 16, n. 6, p. 529-538, 1984.
AUDETTE, J. F; RYAN, A. H. The role of acupuncture in pain management. Phys
Med Rehabil Clin N Am. nº 15, p. 749 – 772, 2004.
BARLAS, P. CRAIG, J. A; ROBINSON, J; WALSH, D. M; BAXTER, G. D; ALLEN, J.
M. Managing delayed-onset muscle soreness: Lack of effect of selected oral
systemic analgesics. Archives of Physical Medicine and Rehabilitation. v. 81, n.
7, p. 966-972, 2000.
BERMAN, B. M; SWYERS, J.P; EZZO, J. The evidence for acupuncture as a
treatment for rheumatologic conditions.Rheum Dis Clin North Am. v. 26, p. 103–
115, 2000.
BRAUN, W; STORZO, G. Delayed Onset Muscle Soreness (DOMS). American
College of Sports Medicine. 2011. Disponível em:
http://www.acsm.org/docs/brochures/delayed-onset-muscle-soreness-
(doms).pdf?sfvrsn=2. Acesso em junho de 2014.
45
BRYAN, L. R; SCOTT, M. L. The Sensorimotor System, Part II: The Role of
Proprioception in Motor Control and Functional Joint Stability. J Athl Train. v. 37, n. 1, p.80-
84, 2002.
BING, Z.;VILLANUEVA, L.;LE BARS, D. Acupuncture and diffuse noxious inhibitory
controls: naloxone-reversible depression of activities of trigeminal convergent
neurons. Neuroscience, v.37, n.3, p.809-18. 1990.
BRIAN, M; BERMAN, M. D; LANGEVIN, H. M; WITT, C. M; DUBNER, R.
Acupuncture for Chronic Low Back Pain. The new England Journal of Medicine. n.
363, p. 454 – 461, 2010.
BYRNE, C; TWIST, C; ESTON, R. Neuromuscular function after exercise – Induced
muscle damage. Teorical and Applied Implications. Sport Med. v. 34, n. 1, p. 49 –
69, 2004.
CHAN, A. K. S. The Effect of Acupuncture on Alpha – Motoneuron Excitability.
164f. Thesis (Health Science), Auckland University of Technology, 2002.
CHEUNG, K; HUME, P; MAXWELL, L. Delayed onset muscle soreness:Treatment
strategies and performance factors. Sports Med. v. 33, p. 145 – 164, 2003.
CLARKSON, P. M; KAZUNORI, N; BRAUN, B. Muscle function after exercise –
induced muscle demage and rapid adaptation. Med Sci Sports Exerc. n. 24, p. 512
– 520, 1992.
CLEAK, M. J; ESTON, R. G. Muscle soreness, swelling, stiffness and strength loss
after intense eccentric exercise. British Journal of Sports Medicine. v. 26, n. 4, p.
267-272, 1992.
CONTESSA, P; ADAM, A; De LUCA, C. J. Motor unit control and force fluctuation during
fatigue. Journal of Applied Physiology. v. 107, n. 1, p. 235-243, 2009.
46
COSTA, L. A; ARAÚJO, J. E. The immediate effects of local and adjacent
acupuncture on the tibialis anterior muscle: a human study. Chinese Medicine. n. 3,
v. 17; 2008.
DANNECKER, E. A, KOLTYN, K.F, RILEY, J. L, ROBINSON, M.E. Sex differences in
delayed onset muscle soreness. The Journal of Sport Medicine and Physical
Fitness. v. 43, n. 1, p. 78-84, 2003.
DAVIDSON, J; VANDERVOORT, A; LESSARD, L; MILLER, L. The effect of
acupuncture versus ultrasound on pain level, grep strength and disability in
individuals with lateral epicondylitys: A pilot study. Physiotherapy Canada. v. 53, n.
3, p. 84-97, 2001.
DEADMAN, P; AL – KHAFAJI, M; BAKER, K. A. Manual of Acupuncture. Journal of
Chinese Medicine Publications. p. 103 – 318, 2001.
DE LUCA, C. J. The use of surface electromyography in biomechanics. Journal of
Applies Biomechanics. Champaign, v.13, p. 135 – 163, 1997.
DE LUCA, C; HOSTAGE, E. C. Relationship Between Firing Rate and Recruitment
Threshold of Motoneurons in Voluntary Isometric Contractions. Journal of
Neurophysiology. v. 140, n.2, p. 1034-1046, 2010.
DIRETRIZES BRASILEIRAS DE OBSIDADE. Associação Brasileira para o Estudo
da Obesidade e Síndrome Metabólica. 2009/2010. Disponível em:
<http://www.abeso.org.br/pdf/diretrizes_brasileiras_obesidade_2009_2010_1.pdf>.
Acesso em junho de 2014.
ENOKA, R. M. Mechanisms of muscle fatigue: central factors and task
dependency. Journal of Electromyogrphy Kinesiology. v. 5, n. 3, p. 141-149,
1995.
ENOKA, R. M. Bases Neuromecânicas da Cinesiologia. Ed. Manole, 2ed, São –
Paulo, 2000.
47
ERNEST, T. Does post – exercise massage treatment reduce delayed- onset muscle
soreness? A systematic review. Journal Sport Med. n. 32, p. 2012-2014, 1998.
ERNEST, E. Acupuncture - a critical analysis. Journal of Internal Medicine. V.259,
p. 125 – 137, 2006.
ESTON, R; BYRNE, C; TWIST, C. Muscle function after exercise-induced muscle
damage:Considerations for athletic performance in children and adults. Journal of
Exercise Science and Fitness. v. 1, n. 2, p. 85 – 96, 2003.
EZZO, J; BERMAN, B; HADHAZY, V. A; JADAD, A. R; LAO, L; SINGH, B. B. IS
acupuncture effective for the treatment of chronic pain? Systematic review. Pain. v.
83, n. 3, p. 217 – 225, 2000.
FANG, J. L; KRINGS, T; WEIDEMANN, J; MEISTER, I. G; THRON, A. Functional
MRI in healthy subjects during acupuncture: different effects of needle rotation in real
and false acupoints. Neuroradiology. v. 46, n. 5, 359 – 362, 2004.
FIELDS, H. State-dependent opioid control of pain. Nat Rev Neurosci, v.5, n.7, Jul,
p.565-75. 2004.
FINK, M; WOLKENSTEIN, E; LUENNEMANN, M; GUTENBRUNNER, C; GEHRE, A;
KARST, M. Chronic epicondylites: Effects of real and Sham acupuncture treatment: A
randomized controlled patient – and examiner – blinded long – term trial. Forch
komplemetarmed Klass naturheilkd. v. 9, n. 4, p. 210-215, 2002.
FISCHER, A. A. Pressure threshold meter: its use for quantification of tender spots.
Archives of Physical Medicine. v. 67, p. 836 – 838, 1986.
FRAGOSO, A. P. S; FERREIRA, A. S. Immediate effects of acupuncture on biceps
brachii muscle function in healthy and post –stroke subjects. Chinese Medicine. n.
7, p. 7, 2012.
48
FOSCHINI, D; PRESTES, J; CHARRO, M. A. Relationship between physical
exercise, muscle damage, and delayed – onset muscle soreness. Revista Brasileira
de Cineantropometria e desempenho humano. v. 9, n.1, p. 101 – 106., 2007.
FUKUDA, T. Y; ECHEIMBERG, J. O; POMPEU, J. E; LUCARELI, P. R. G;
GARBELOTTI, S; GIMENES, R. O; APOLINARIO, A. Root Mean Square Value of the
Electromiographyc Signal in the Isometric Torque of the Quadriceps , Hamstrings
and Brachial Muscle in Females Subjects. The Journal of Applied Research. v. 10,
n. 1, p.7, 2010.
GEAR, R. W.;LEVINE, J. D. Antinociception produced by an ascending spino-
supraspinal pathway. J Neurosci, v.15, n.4, p.3154-61. 1995.
GEAR, R. W.;ALEY, K. O.;LEVINE, J. D. Pain-induced analgesia mediated by
mesolimbic reward circuits. J Neurosci, v.19, n.16, p.7175-81. 1999.
GEAR, R. W.;LEVINE, J. D. Rostral ventral medulla cholinergic mechanism in pain-
induced analgesia. Neurosci Lett, v.464, n.3, p.170-2. 2009.
GIBSON, H.; EDWARDS, R. H. T. Muscular exercise and fatigue. Sports Med.,
Auckland, v. 2, n. 2, p. 120-132, 1985.
GOODPASTER, B. H; PARK, S. W; HARRIS, T. B; KRITCHEVESKY, S. B; NEVITT,
M; SCHWARTZ, A. V; SIMONSICK, E. M; TYLAVSKY, F. A; VISSER, M; NEWMAN,
A. B. The Loss of Skeletal Muscle Strength, Mass, and Quality in Older Adults: The
Health, Aging and Body Composition Study. Journal of Gerontology. v. 61 A; n. 10,
p. 1059-1064, 2006.
HAN, JI-SHENG; HO, YUH – SHAN. Global trends and performances of acupuncture
research. Neuroscience and Biobehavioral Reviews. v. 35, n. 03, p. 680-687,
2011.
HEBERT, R.D; NRONHA, M; KAMPER, S. J. Stretching to prevent or reduce muscle
soreness after exercise. Cochrane Database Syst Rev. v. 6, n.7, p.46, 2011.
49
HERMES, H.J; FRERIKS, B; DISSELHORST-KLUG, C; RAU, G. Development of
recommendations for SEMG sensors and sensor placement procedures. Journal of
Electromiography and Kinesiology. n. 10, p. 361-374, 2000.
HOFBAUER. R. K; RAINVILLE, P; DUNCAN, G. H; BUSHNELL, M. C. Cortical
representation of the sensory dimension of pain. Journal Neurophysiology. v. 86,
n.1, 402 – 4011. 2001.
HOUGHT, T. Ergographic studies in muscular screness. American Journal of
Physiology. n. 07, p. 76 – 92, 1902.
HOWELL, J. N; CHLEBOUN, G; CONATSER, R. Muscle Stiffness, strength loss,
swelling and soreness following exercise – induce injury in humans. Journal of
Physiology. n. 464, p. 183 – 196, 1993.
HÜBSCHER, M; VOGT, L; BERNHÖRSTERM, M; ROSENHANEN, A, BANZER, W.
Effects of acupuncture on symptoms and muscle function in delayed-onset muscle
soreness. Journal Altern Comprement Med. v. 14, n.8, p. 1011-1016, 2008.
HÜBSCHER, M; VOGT, L; ZIEBART, T; BANZER, W. Immediate effects of
acupuncture on strength performance: a randomized, controlled crossover trial. Eur
Journal Physiol. n. 110, p. 353 – 358, 2010.
ISPIRLIDIS, L; FATOUROS, I, G; JAMURTAS, A. Z; NIKOLAIDIS, M. G;
MICHAILIDIS, L; MARGONIS, K; CHATZINIKOLAOU, A; KALISTRATOS, E;
KATRABASAS, L; ALEXIOU, V; TAXILDARIS, K. Time-Course of Changes in
Inflammatory and Performance Responses Following a Soccer Game. Clin J Sport
Med. v. 18, n.15, p. 423-431, 2008.
ITOH, K; KITAKOJI, H, O, H. Effects of tender point acupuncture on delayed onset
muscle soreness (DOMS) – a pragmatic trial. Chinese Medicine. n. 3, v. 14, p. 3-14,
p. 322-329, 2008.
50
JACQUES, L.M. Bases Cientificas da Medicina Tradicional Chinesa. 1.ed. São –
Paulo. Annablume, 2005.
JALALVAND, A; ANBARIAN, M; KHORJAHANI, A. The Effects of a combination
Treatment (pre-exercise vitamin – C e PNF strerching, post – exercise ultrasound
treatment) on markers of exercise – induced muscle damage. Rev Bras Med
Esporte. v. 18, n. 05, 2012.
JOHNSON, M.A; POLGAR, J; WEIGHTMAN, D; APPLETON, D. Data on the
distribution of fibre types in thirty-six human muscles. An autopsy study. J Neurol
Sci. v. 18, n. 1, p. 111 – 129, 1973.
KAGITANI, F; UCHIDA, S; HOTTA, H. Afferent nerve fibers and acupuncture.
Autonomic Neuroscience: Basic and Clinical. v.157, p. 2-8. 2010.
KANDA, K; SUGAMA,, K; HAYASHID, H; SAKUMA; J; KAWAKAMI, Y; MIURA, S;;
YOSHIOKA, H; MORI, Y; SUZUKI, K. Eccentric exercise-induce delayed - onset
muscle soreness and changes in markes of muscle damage and inflammation. In:
Exercise Immunology Review. v. 19, 2013. Disponível em:
<http://www.medizin.uni-
tuebingen.de/transfusionsmedizin/institut/eir/content/2013/eir19.pdf#page=71>.
Acesso em abril de 2014.
KHAN, N.R; VICTORINES, E.S; WU, X; LEGRO, R.S. The physiological bases of
complementary and alternative medicines for polycystic ovary syndrome. Am J
Physiol. Endocriol metab. N.301, p. E1-E10, 2011.
KIM, J. H; MIN, B. I; SCHMIDT, D, LEE, H. J; PARK, D. S. The difference between
electroacupuncture only and electroacupuncture with manipulation on analgesia in
rats. Neuroscience Latters. v. 279, n.3, p. 149 – 52, 2000.
KONRAD, P. The ABC of EMG – a practical introduction to kinesiological
electromyography. Noraxon. Inc. USA. p. 58, 2005.
51
KUBO, K.; YAJIMA, H.; TAKAYAMA, M.; IKEBUKURO, T.; MIZOGUCHI, H.;
TAKAKURA, N. Effects of acupuncture and heating on blood volume and oxygen
saturation of human Achilles tendon in vivo. European Journal of Applied
Physiology. v. 109, p. 545-550, 2010.
LE BARS, D.;VILLANUEVA, L.;BOUHASSIRA, D.;WILLER, J. C. Diffuse noxious
inhibitory controls (DNIC) in animals and in man. Patol Fiziol Eksp Ter, n.4, p.55-65.
1992.
LE BARS, D; DICKENSON, A. H; BESSON, J. M. Diffuse noxious inhibitory controls
(DNIC). I. Effects on dorsal horn convergent neurones in the rat. Pain, v.6, n.3,
p.283-304. 1979.
LEE, S. W; LIONG, M. L; YUEN, K. H; LEONG, W. S; KHAN, N. K; KRIEGER, J. N.
Validation of a sham acupuncture procedure in a randomised, controlled clinical trial
of chronic pelvic pain treatment. Acupuncture Med. v. 29, n. 1, p. 40-46, 2011.
LEWITH, G. T; KENYON, J. N. Physiological and Psychological explanation for the
mechanism of acupuncture as a treatment for chronic pain. Soc Sci Med. v. 19, n.
12, p. 1367 – 78, 1984.
LI, A. H.;ZHANG, J. M.;XIE, Y. K. Human acupuncture points mapped in rats are
associated with excitable muscle/skin-nerve complexes with enriched nerve endings.
Brain Research. v.1012, n.1-2, p.154-9. 2004.
LIEBER, R. L; SHAN, S; FRIDÉN, J. Cytoskeletal disruption after eccentric
contraction – Induced muscle injuri. Clinical Orthopaedics and related research. n.
403S, p. 90 – 99, 2002.
LIN, Z. P; CHEN, Y. H; FAN, C; WU, H. J; LAN, L. W; LIN, J. G. Effects of Auricular
Acupuncture on Heart Rate, Oxygen Consumption and Bloond Lactic Acid for Elite
Basketball Athletes. The American Journal of Chinese Medicine. v. 39, n. 6, p.
1131 – 1138, 2001.
52
LIU, X. The role of negative feedback modulating pain of nucleus raphe magnus in
electroacupuncture analgesia. Zhen Ci Yan Jiu. v.15, n.3, p.159-66. 1990.
LIU, X. The modulation of cerebral cortex and subcortical nuclei on NRM and their
role in acupuncture analgesia. Zhen Ci Yan Jiu. v.21, n.1, p.4-11. 1996.
LODO, L; MOREIRA, A; UCHIDA, M. C; MIYABARA, E, H; UGRINOWITSCH, C,
AOKI, M. S. Effect of resistance exercise intensity on delayed onset muscle
soreness. Rev. Educ. Fis/UEM. v. 24, n.2, p. 253 – 259, 2013.
LUNA, M. P; FILHO, J. F. Efeitos da acupuntura na performance de atletas
velocistas de alto rendimento do Rio de Janeiro. Fitness e Performance Journal. v.
4, n. 4, p. 199 – 214, 2005.
MACALUSO, A; DE VITO, G. Muscle strenght, power and adaptatione to resistance
training in older people. Eur J. Appl Physiol. v. 91, n. 4, p, 450 – 472, 2004.
MANHEIMER, E.; WHITE, A.; BERMAN, B.; FORYS, K.; ERNEST, E. Meta-analysis:
acupuncture for low back pain. Annals of internal medicine. v.142, p.651-663,
2005.
MASSÒ, N; REY, F; ROMERO, D; GUAL, G; COSTA, L; GERMÁN, A. Surface
electromyography applications in the Sport. Apunts Med Esport. v. 45, n. 165, p.
121 – 130, 2010.
MATTACOLA, C. G; PERRIN, D. H; GANSNEDER, B. M; ALLEN, J. D; MICKEY, C.
A. A Comparison of Visual Analog and Graphic Rating Scales for Assessing Pain
Following. Journal of Sport Rehabilitation. n. 6, p. 38 – 46, 1997.
MATON, B. Human Motor Unit Activity During Onset Muscle Fatigue in Submaximal
Isometric Isotonic Contraction. Europa Journal Appl Physiol. n. 46, p. 271 – 281,
1981.
53
MAUGER, A. R; JONES, A.M; WILLIANS, C. A. Influence of acetaminophen on
performance during time trial cycling. J Appl Physiol. v. 108, p. 98 – 104, 2010.
McDANIELS, A; PITTMAN, A. Is Skin Preparation Necessary before needling? A
review. Medical Acupunture. v.23, n.1, p. 7-11, 2011.
MILES, M. P; CLARKSON, P. M. Exercise induce – muscle pain, soreness, and
cramps. The Journal of Sports Medicine and Physical Fitness. v. 34, n.3, p.203-
216, 1994.
MOHAMED, O; PERRY, J; HISLOP, H. Relationship between wire EMG during
activity, muscle length and torque of the hamstrings. Clinical Biomechanics. v. 17,
n.8, p. 569 – 576, 2002.
MORAES, K.J.R; CUNHA, R.A; LINS, O.G, CUNHA, D.A, SILVA, H.J. Surface
Electromyography: Standardization Techinique. Neurobiologia. n.3, v.73, jul/set,
2010. <Disponível em:www.neurobiologia.org>. Acesso em: Julho de 2014.
MYLLES, P. S; TROEDEL, S; BOQUEST, M; REEVES, M. The Pain Visual Analog
Scale: Is It Linear or Nonlinear. Anesth Analg. n. 89, p. 1517 – 20, 1999.
NASCIMENTO, C. R. V; ARRUDA, S. F. M; BACURAU, R. F. P; NAVARRO. F.
Deleyed muscle soreness: Etiology and treatment. Revista Brasileira de
Prescrição e Fisiologia do Exercicio. v. 1, n.2, p. 67-73, 1998.
NEWHAM, D. J; JONES, D. A, CLARKSON, P. M. Repeated high force eccentric
exercise: effects on muscle pain and damage. J Appl Physiol. v.63, p. 1381 – 1386,
1987.
NIE, H; ARENDET-NIELSEN, L; MADELEINE, P; GRAVEN-NIELSEN, T. Enhanced
temporal summation of pressure pain in the trapezius muscle after delayed onset
muscle soreness. Esp Brain Res. v. 170, n. 2, 182-90, 2006.
54
NOSAKA, K; NEWTON, M. Difference in the magnitude of muscle damage between
maximal and submaximal eccentric loading. Journal of Strength and Conditioning
Research. v. 16, n. 2, p. 202 – 208, 2002.
OKADA, K.;OSHIMA, M.;KAWAKITA, K. Examination of the afferent fiber responsible
for the suppression of jaw-opening reflex in heat, cold, and manual acupuncture
stimulation in rats. Brain Res, v.740, n.1-2, Nov 18, p.201-7. 1996.
ORBACH, R; CROW, H; KAMER, A. Examiner expectancy effects in the
measurement of pressure pain threshold. Pain. v. 5, p. 87 – 102, 1998.
PASCHALIS, V; KOUTEDAKIS, F; JAMURTAS, A. Z; MOUGIOS, V;
BALTZOPOULOS, V. Equal volumes of high and low intensity of eccentric exercise in
relation to muscle damage and performance. Journal of Strength and
Conditioning Research. v. 19, n.1, p. 184 – 188, 2005.
PADDON – JONES, D. J; QUIGLEY, B. M. Effect of cryotherapy on muscle soreness
and strength following eccentric exercise. In J Sport Med. v. 18, n. 8, p. 588 – 593,
1997.
PIMENTA, F .R; LEÃO, L. S. N. O; PIMENTA, F. C. Infection Control: na essential
requeriment in acupuncture practice – review of the literature. Rev Eletr Enf. v.10,
n.3, p. 766 – 774, 2008. Disponível em:<
www.fen.ufg.br/revista/v10/n3/v10n3a22.htm>. Acesso em maio de 2014.
PIN, Z. P; LAN, L. W; HE, T. Y; LIN, S. P; LIN, J. G; JANG, T. R; HO, T. J. Effects of
acupuncture stimulation on recovery ability of male elite basketball. The American
Journal of Chinese Medicine. v. 37, n. 3, p. 471 – 481, 2009.
PINTO, M. G. R; FERREIRA, M. F. P; NASCIMENTOS, R. M. S; BARROS, S. R;
THURLER, T; BOTTENCOURT, C. Efeito da Eletroacupuntura no Ganho de Força
Muscular Imediato Ipsilateral e Contralateral em Musculatura Flexora de Punho.
Littera discentes e docentes em revista. v.1, n. 1, 2012. Disponível em:
55
<http://www.litteraemrevista.org/ojs/index.php/Littera/article/view/12>. Acesso em
maio 2014.
PIOVESAN, E. J; TATSUI, C. E; KOWACS, P. A; LANGE, M. C; PACHECO, C;
WERNECK, L. C. Utilização da Algometria de Pressão na Determinação dos
Limiares de Percepção Dolorosa Trigeminal em Voluntários Sadios. Arq
Neuropsiquiatr. v. 59, n. 1, p. 92-96, 2001.
POLLONI, L. A. Os benefícios da acupuntura em atletas amadores de triathlon com
algias. Centro de estudos de terapias naturais. 2013. Disponível em: <www.
Cetn.com.br>. Acesso em: janeiro de 2013.
RAMALLO, B. T; FOSCHINI, D; PRESTES, J; CHARRO, M; LOPES, C. R;
EVANGELISTA, A. L; MOTA, G. R. Magnitude do dano muscular induzido pelo
exercício em mulheres treinadas e destreinadas. Revista Brasileira de Prescrição
e Fisiologia do Exercício. v. 7, n. 40, p. 398 – 405, 2013.
SANDBERG, M.; LUNDEBERG, T.; LINDBERG., L.; GERDLE, B. Effects of
acupuncture on skin and muscle blood flow in healthy subjects. European Journal
of Applied Phisiology. v. 90, p. 114-119, 2003.
SANTOS, U. C; KAWANO, M. M; BANJA, R. A. Acupuntura na melhora da
performance em atletas juvenis de handebol. Revista Saúde e Pesquisa. v. 1, n. 3,
p. 331 – 335, 2008.
SAYERS, S. P; CLARKSON, P. M. Force recovery after eccentric exercise in males
and females. Eur J Appl Physiol. v. 84, p. 122 – 126, 2001.
SEROISKA, M. A. Auriculoterapia para Analgesia. In: LOPES, S. S. Analgesia por
Acupuntura. 1º ed . Curitiba: Omnipax Editora Ltda. 2013.
SHEN, E.;MA, W. H.;LAN, C. Involvement of descending inhibition in the effect of
acupuncture on the splanchnically evoked potential in the orbital cortex of cat.
Europe PubMed Central. v.21, n.5, Sep-Oct, p.677-85. 1978
56
SCOGNAMILLO – SZABO, M,V,R; BECHARA, G.H. Acupuntura: Bases cientificas e
aplicação. Revista ciência rural, v. 31, n. 6, p. 1091 – 1099, 2001.
SORDERBERG, G.L.; COOK, T.M. Electromiography in Biomechanics. Physical
Therapy, v. 64, p. 1813-1820, 1984.
SMITH, L. L. Acute inflammation: the underlying. Medicine and Science in Sports
and Exercise. n. 23, p. 542 – 551, 1991.
TAMBELI, C. H; YOUNG, A; LEVINE, J. D; GEAR, R. W. Contribution of spinal
glutamatergic mechanisms in heterosegmental antinociception induced by noxious
stimulation. Pain. v.106, n. 1, p. 173 – 179, 2003.
TAKIGUCHI, R, S; FUKUHARA, V. S; SAUR, J. F; ASSUMPÇÃO, A; MARQUES, A.
P. Efeito da acupuntura na melhora da dor, sono e qualidade de vida em pacientes
fibromiálgicos: estudo preliminar. Fisioter. Pesqui., São Paulo , v. 15, n. 3, Sept.p.
280-284, 2008 .
TIDBALL, J. G. Inflammatory processes in muscle injury and repair. American
Journal of Physiology. v. 288, nº R345-R353, 2004. Disponível em:
<http://ajpregu.physiology.org/content/288/2/R345>. Acesso em: Maio de 2014.
TOBALDINI, G, FISCHER, L. Participação do Controle Nociceptivo Ascendente na
Analgesia Induzida pela Acupuntura em Ratos. 52 f. Dissertação (Mestrado em
Fisiologia) – Departamento de Fisiologia, Universidade Federal do Paraná, Curitiba,
2012.
TOBALDINE, G; AISENGART, B; LIMA, M. S; TAMBELI, C. H; FISCHER, L.
Ascending Nociceptive Control Contributes to the Antinociceptive Effect of
Acupuncture in a Rat Model of Acute Pain. The Journal of Pain. v. 15, n. 4, p. 422 –
434, 2014.
57
TOMA, K; CONATSER, R. R; GILDERS, R. M; HAGERMAN, F. C. The Effects os
Acupuncture Needle Stimulation on Skeletal Muscle Activity and Performance.
Journal of Strength and Conditioning Research. v. 12, n. 4, p. 253 – 257, 1998.
TRINH, K. V; PHILLIPS, S. D; DAMSMA, K. Acupuncture for the alleviation of lateral
epicondyle pain: a systematic review. Rheumatology. v.43, n. 9, p. 1085–1090,
2004.
TRICOLI, V. Mecanismos envolvidos na etiologia da dor muscular tardia. Ver. Bras.
Ciên. E Mov. v. 9, n. 2, p. 39 – 44, 2001
USICHENKO, T.I.; GIZHKO, V.; WENDT, M. Goal-directed acupuncture in sports:
placebo or doping? Evidence-Based Complementary and Alternative Medicine,
p.6, 2011.
URROZ, P; COLAGUIURI, B; SMITH, C. A; CHEEMA, B. S. Effect of Acute
Acupuncture Treatment on Exercise performance and post exercise recovery: a
systematic review. The Journal of alternative and complementary medicine. p.
351-355, 2012.
VALENTE, M. A. F; RIBEIRO, J. L. P. Validity of four pain intensity rating scales.
Pain. v.152, n. 10, p. 2399-2404, 2011.
WANG, S. M.;KAIN, Z. N.;WHITE, P. Acupuncture analgesia: I. The scientific basis.
Anesth Analg, v.106, n.2, Feb, p. 602-10, 2008.
WARREN, G. L; LOWE, D. A; ARMSTRONG, R. B. Measurement tool used in the
study of eccentric contraction – induce muscle injury. Sport Med. n. 27, p. 43 – 59,
1999.
WEN, T. S. Acupuntura clássica chinesa. São Paulo. Ed. Cultrix, 2006.
WHITE. A. A cumulative review of the range and incidence of significant adverse
events associated with acupuncture. Acupunct Med. v.22, n. 3, p. 122 – 133, 2004.
58
WHITE, A. Medical Acupuncture: a difinition. Acupunct Med March. V. 27, nº1,
2009. Disponível em: <www.aim.bmj.com>. Acesso em: Janeiro de 2013.
WORLD HEALTH ORGANIZATION (WHO). Acupuncture: Review and Analysis of
Reports on Controlled Trials. 2003. Disponível em:
<http://apps.who.int/medicinedocs/pdf/s4926e/s4926e.pdf>. Acesso em: Marco de
2013.
WU, H.M; TANG, J.L; LIN, X.P; LAU, J.T.F; LEUNG, P.C; WOO, J, LI, Y.
Acupuncture for stroke rehabilitation (review) – The Cochrane collaboration. 2009.
Disponível em: <www.thecochranelibrary.com>. Acesso em: Fevereiro de 2013.
YAMAMURA, Y. A Arte de Inserir. São Paulo. Ed. Roca, 2004.
YAO, W; FUGLEVAND, R. J; ENOKA, R. M. Motor-Unit Synchronization Increases
EMG Amplitude and Decreases Force Steadiness of Simulated Contractions.
Journal of Neurophysiology. v. 83, n. 1, 2000.
ZANIN, M. S; RONCHI, J. M; SILVA, T. C; FUZARO, A. C; ARAÚJO, J. E.
Electromyographic and Strength Analyses of Activation Patterns of the Wrist Flexor
Muscles after Acupuncture. Journal of Acupuncture and Meridian Studies. v. 7, n.
5, p. 237 – 237, 2014.
ZAVANELA, P. M; COSTA, E. C; MOREIRA, A; NOVAIS, C. T. D; MARCONATO, H.
C; AOKI, M. S. Efeitos de diferentes modelos de treinamento de força sobre a
magnitude da dor muscular de inicio tardio. Brazilian Journal of Sports and
Exercise Research. v. 1, n. 1, p. 37 – 41, 2010.
ZAINUDDIN, Z; NEWTON, M; SACCO, P; NOSAKA, K. Effects of Massage on
Delayed-Onset Muscle Soreness, Swelling, and Recovery of Muscle Function. v. 40,
n. 3, p. 174 – 180, 2005.
59
ZHAO, Z. Q. Neural mechanism underlying acupuncture analgesia. Progress in
Neurobiology. v.85, n.4, p.355-75. 2008.
ZUANG, Y; XING, J. J; LI, J; ZENG, B. Y; LIANG, F. R. History of Acupuncture
Research. International Review of Neurobiology. v. 111, p. 2-16, 2013.
60
11 APÊNDICES
11.1 APÊNDICE A – TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Titulo do Projeto: Efeito da Aplicação da acupuntura na dor muscular de inicio
tardio (DMIT) e na capacidade de contração muscular.
Pesquisadora: Daniele Parisotto Tel (41) 8835-1763 (41) 3669-9142
Local da Pesquisa: Centro de Estudo do Comportamento Motor (CECOM) - UFPR
Tel pesquisadora: 41 8835 – 1763
Você está sendo convidado (a) a participar de uma pesquisa, coordenada por um profissional de saúde agora denominado pesquisador. Para poder participar, é necessário que você leia este documento com atenção. Ele pode conter palavras que você não entende. Por favor, peça aos responsáveis pelo estudo para explicar qualquer palavra ou procedimento que você não entenda claramente. O propósito deste documento é dar a você as informações sobre a pesquisa e, se assinado, dará a sua permissão para participar no estudo. O documento descreve o objetivo, procedimentos, benefícios e eventuais riscos ou desconfortos caso queira participar. Você só deve participar do estudo se você quiser. Você pode se recusar a participar ou se retirar deste estudo a qualquer momento. A acupuntura é uma técnica de tratamento milenar, criada na China, que vem sendo usada para tratar muitas doenças. Muitos são os benefícios que a técnica proporciona, e entre eles está á melhora na dor. Estudos mais recentes vêm estudando, se a acupuntura pode melhorar a capacidade do músculo produzir mais força. Está pesquisa tem como objetivo, verificar se a acupuntura pode proporcionar uma melhora nos sintomas da dor muscular tardia, aquela que aparece após atividade física intensa, e se a acupuntura pode ajudar a musculatura a produzir mais força. Para participar deste estudo, você deve ter entre 18 a 35 anos, praticar algum tipo de atividade física (musculação, esportes em geral, dança e etc), não ter problema no músculo bíceps, e nem nas articulações do ombro e cotovelo do seu lado não dominante (o braço que você menos usa). Você também não pode ter pressão alta, fazer uso de glicocorticoide de forma continua, ou de analgésicos, como também de psicotrópicos. Como nessa pesquisa será necessário o uso de agulhas para acupuntura, você também não deve apresentar medo excessivo de agulha. Para a realização deste estudo, será necessária a participação de 30 voluntários. Os voluntários serão divididos de forma aleatória em 3 grupos, um grupo experimental, que receberá a acupuntura, um grupo que receberá uma falsa acupuntura (as agulhas apenas tocarão a pele, mas não serão inseridas), e um grupo controle. Todos os voluntários farão os mesmos procedimentos, que consistirá de um a dois dias de familiarização com o teste de força, esse procedimento se faz necessário para que você aprenda a executar o teste de maneira correta e precisa. Após esse processo será agendado uma data e horário para que o teste de força seja executado e os dados coletados. O teste de força será feito em um equipamento chamado de “célula de carga” e você deverá realizar 3 contrações com
61
sua força máxima com seu músculo bíceps, para isso você ficará sentado em uma cadeira com apoio lateral para seu braço, apenas o punho ficará para fora do apoio. Em seu punho estará preso uma pulseira de velcro com regulagem, e nesta pulseira contém uma presilha metálica, que estará conectada a célula de carga, fixada no chão. Quando você ouvir a examinadora dizer “vai” você vai tentar dobrar seu cotovelo, mas o movimento será impedido, pois seu punho estará preso á célula de carga, acontecendo apenas à contração isométrica. Junto com este teste, será coletado o sinal elétrico do seu músculo bíceps e tríceps, para isso 3 eletrodos serão fixados no seu braço com fita auto adesiva. Após esse teste, você será orientado a fazer o exercício chamado de rosca de bíceps, muito utilizado em academia para o fortalecimento do músculo bíceps. O peso com que você realizará o exercício será determinado na hora, você que vai dizer quantos quilos considera pesado, mais possivel de fazer as repetições. Assim que terminar as 3 séries realizará novamente o teste de força e a coleta eletromiográfica. Após estará dispensado mas deve retornar no dia seguinte para ser novamente reavaliado. As avaliações serão as mesmas (teste de força, coleta eletromiográfica e será perguntado como está a sua dor). Após os testes quem for do grupo acupuntura ou falsa acupuntura irá recebera a técnica (verdadeira ou falsa) por 30 minutos, e quem for do grupo controle vai esperar os mesmo 30 min. Após, as agulhas serão retiradas, e novamente serão feitos os mesmos testes descritos acima. Quem for do grupo falsa acupuntura ou controle, se desejarem o atendimento com a acupuntura verdadeira, o mesmo será feito sem nenhuma cobrança de valores. A acupuntura é um procedimento na maioria das vezes indolor, pois as agulhas são extremamente finas, mas algumas pessoas podem sentir um leve choquinho quando as agulhas estão sendo inseridas. Se algumas agulhas perfurar um vaso sanguíneo a região pode ficar roxa, mas isso raramente acontece. Em relação ao exercício muscular, você ficará com aquela sensação dolorosa que aparece quando se realiza exercício de treinamento muscular. A mesma desaparece dentro de 3 a 5 dias de forma espontânea, e esperamos que com a acupuntura a melhora seja perceptível no dia da aplicação. Sua decisão em participar deste estudo é voluntária. Você pode decidir não participar no estudo. Uma vez que você decidiu participar do estudo, você pode retirar seu consentimento e participação a qualquer momento. Se você decidir não continuar no estudo e retirar sua participação, você não será punido ou perderá qualquer benefício ao qual você tem direito. Não haverá nenhum custo a você relacionado aos procedimentos previstos no estudo. Sua participação é voluntária, portanto você não será pago por sua participação neste estudo. A pesquisadora se responsabiliza em caso de dano provocado e comprovado pelo procedimento. O Investigador responsável pelo estudo e equipe irá coletar informações sobre você. Em todos esses registros um código substituirá seu nome. Todos os dados coletados serão mantidos de forma confidencial. Os dados coletados serão usados para a avaliação do estudo, membros das Autoridades de Saúde ou do Comitê de Ética, podem revisar os dados fornecidos. Os dados também podem ser usados em publicações científicas sobre o assunto pesquisado. Porém, sua identidade não será revelada em qualquer circunstância. Eu li e discuti com o investigador responsável pelo presente estudo os detalhes descritos neste documento. Entendo que eu sou livre para aceitar ou recusar, e que eu posso interromper minha participação a qualquer momento sem
62
dar uma razão. Eu concordo que os dados coletados para o estudo sejam usados para o propósito acima descrito Eu entendi a informação apresentada neste termo de consentimento. Eu tive a oportunidade para fazer perguntas e todas as minhas perguntas foram respondidas. Eu receberei uma cópia assinada e datada deste Documento de Consentimento Informado. ______________ NOME DO PACIENTE
___________ ASSINATURA
__ DATA
_________________ NOME DO RESPONSÁVEL (Se menor ou incapacitado)
____________ ASSINATURA
__ DATA
__________________ NOME DO INVESTIGADOR (Pessoa que aplicou o TCLE)
____________ ASSINATURA
__ DATA
63
11.2 APÊNDICE B – Ficha de Avaliação Dor Muscular Tardia
FICHA DE AVALIAÇÃO Nome: ______________________________________________________________ Idade: ___________ Data Nac: ___/___/___ Sexo: __________ Data AV:________ Altura: _________ Peso:________ IMC:________ Lado dominante: ________ Atividade física de pratica: ______________________ Frequência: _____________ Apresenta alguma patologia osteomioarticular: N ( ) S ( ) Qual:_______________ __________________________________________________________________ Apresenta algum tipo de dor em alguma parte do corpo: N ( ) S ( ) _____________ É Fumante: N ( ) S ( ) Quanto tempo: __________ Quantos/dia: _______________ Faz uso de bebida alcoólica: N ( ) S ( ) Quantas vezes na semana: ____________ Apresenta hipertenção arterial sistêmica: ____________ Diabetes:______________ Faz algum tipo de tratamento: N ( ) S ( ) Qual:_____________________________ Faz uso de algum medicamento N ( ) S ( ) Qual: ___________________________ Qual motivo?________________________________________________________ AVALIAÇÂO Avaliação Inicial 1 Data: __/__/__ Pico da força: 1: _____ 2:____ 3:____ Algômetro: ____ Avaliação da Dor
Avaliação 2 Data: __/__/__ Pico da força: 1: _____ 2:____ 3:____ Algômetro: ___ Avaliação da Dor
64
Avaliação 3 Data: __/__/__ Pico da força: 1: _____ 2:____ 3:____ Algômetro: ___ Avaliação da Dor
Avaliação 4 Data: __/__/__ Pico da força: 1: _____ 2:____ 3:____ Algômetro: ___ Avaliação da Dor
Avaliação 5 Data: __/__/__ Intervenção: ________________________ Pico da força: 1: _____ 2:____ 3:____ Algômetro: ___ Avaliação da Dor
65
12 ANEXOS
12.1 ANEXO A –
66