Dec 23.188 Prodepe

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SECRETARIA DA FAZENDA DO ESTADO DE PERNAMBUCO - SEFAZ/PE DIRETORIA ECONMICO-FINANCEIRA - DEF COORDENADORIA DE POLTICA TRIBUTRIA E INCENTIVOS - CPTI CONSOLIDAO DOS DECRETOS Ns 21.959, DE 27/12/1999, E 23.188, DE 10/04/2001. DECRETO N 23.188, DE 10 DE ABRIL DE 2001. Altera o Decreto n 21.959, de 27 de dezembro de 1999, que regulamenta o Programa de Desenvolvimento do Estado de Pernambuco - PRODEPE, e d outras providncias. O GOVERNADOR DO ESTADO, no uso das atribuies que lhe so conferidas pelo art. 37, II e IV, da Constituio Estadual, e considerando as alteraes na sistemtica do PRODEPE, introduzidas pela Lei n 11.937, de 04 de janeiro de 2001, DECRETA: Art. 1 O Decreto n 21.959, de 27 de dezembro de 1999 e alteraes, passa a vigorar com as seguintes modificaes: CAPTULO I DAS DISPOSIES PRELIMINARES Art. 1 O Programa de Desenvolvimento do Estado de Pernambuco - PRODEPE, com a finalidade de atrair e fomentar investimentos na atividade industrial e no comrcio atacadista de Pernambuco, mediante a concesso de incentivos fiscais e financeiros, fica regulamentado nos termos deste Decreto. 1 A concesso dos incentivos fiscais e financeiros s empresas interessadas ser diferenciada em funo dos seguintes aspectos: I - natureza da atividade; II - especificao dos produtos fabricados e comercializados; III - localizao geogrfica do empreendimento; e IV - prioridade e relevncia das atividades econmicas, relativamente ao desenvolvimento do Estado de Pernambuco. 2 A concesso dos incentivos fiscais e financeiros ser autorizada por decreto do Poder Executivo, aps prvia habilitao do interessado, observadas as condies e requisitos regulamentados neste Decreto e nos demais atos destinados execuo do PRODEPE. Art. 2 Fica mantido o Fundo-PRODEPE, a ser gerido pela Pernambuco Participaes e Investimentos S/A - PERPART, com as seguintes finalidades: I - concesso dos incentivos financeiros regulamentados neste Decreto; II - aquisio de terrenos e execuo de obras de infra-estrutura e de instalaes, objetivando a implantao, a ampliao ou a modernizao de distritos industriais, no Estado de Pernambuco; e III - realizao de treinamento de mo-de-obra necessrio ao incio das atividades de novos empreendimentos, sem prejuzo da utilizao de outras fontes de recursos com idntica finalidade.

Pargrafo nico. Os recursos destinados ao desenvolvimento das atividades previstas nos incisos II e III do caput sero administrados conjuntamente pela PERPART e a Agncia de Desenvolvimento Econmico de Pernambuco S/A - AD/DIPER. Art. 3 Constituem recursos do Fundo de que trata o artigo anterior, dotaes oramentrias, recursos provenientes de crditos adicionais ou oriundos de convnios com entidades pblicas ou privadas. Pargrafo nico. Constituiro receita do Tesouro Estadual, devendo ser recolhidos, mensalmente, ao Estado, os recursos provenientes de: I - amortizao dos financiamentos, compreendendo principal e encargos; e II - aplicao, inclusive no mercado aberto, dos recursos do Fundo. CAPTULO II DO ESTMULO ATIVIDADE INDUSTRIAL SEO I DOS AGRUPAMENTOS INDUSTRIAIS PRIORITRIOS Art. 4 Consideram-se prioritrios ao desenvolvimento de Pernambuco, os agrupamentos industriais estruturados em cadeias produtivas formados por empresas localizadas no Estado. 1 Para os efeitos deste artigo, sero classificados como prioritrios os agrupamentos industriais das seguintes cadeias produtivas: I - agroindstria, exceto a sucroalcooleira e de moagem de trigo; II - metalmecnica e de material de transporte; III - eletroeletrnica; IV - farmacoqumica; V - bebidas; VI - minerais no-metlicos, exceto cimento e cermica vermelha; e VII - txtil; VIII - plstico. 2 Fica facultado ao Poder Executivo, mediante decreto, incluir novos agrupamentos industriais estruturados em cadeias produtivas na relao definida no pargrafo anterior, desde que sua importncia seja previamente demonstrada em estudo econmico especfico, elaborado por universidades ou instituies com reconhecida atuao na rea de pesquisa, e apreciada pelo Comit Diretor do PRODEPE.. 3 Relativamente cadeia produtiva prevista no inciso VIII, o percentual do crdito presumido ser reduzido em 05 (cinco) pontos percentuais quando o produto beneficiado se enquadrar em uma das seguintes hipteses: I - no for biodegradvel; II no utilizar, como matria-prima, no mnimo, 30% (trinta por cento) de material reciclado.

Art. 5 As empresas enquadradas nos agrupamentos industriais prioritrios indicados no artigo anterior, exclusivamente nas hipteses de implantao, ampliao ou revitalizao de empreendimentos, podero ser estimuladas mediante a concesso de crdito presumido do ICMS, que observar as seguintes caractersticas: I - quanto aos produtos sujeitos ao incentivo, exclusivamente aqueles inerentes ao agrupamento industrial e desde que relacionados em decreto especfico, observada a respectiva caracterizao na cadeia produtiva, atendendo aos seguintes critrios de definio: a) prioritariamente, os produtos finais; e b) subsidiariamente, os produtos intermedirios com relevante participao na composio do produto final mencionado na alnea anterior ; II - quanto ao montante a ser utilizado, o valor equivalente ao percentual de 75% (setenta e cinco por cento) do imposto, de responsabilidade direta do contribuinte, apurado em cada perodo fiscal, relativamente parcela do incremento da produo comercializada; e III - quanto ao prazo de fruio, 12 (doze) anos, contados a partir do ms subseqente ao da publicao do decreto concessivo. IV - quanto destinao, investimento fixo ou capital de giro, ou ambos, cumulativamente. 1 Na definio dos produtos prevista no inciso I do caput, o Poder Executivo considerar, preferencialmente, o seguinte: I - sua no-sujeio incidncia de outros benefcios fiscais; e II - a inexistncia de sua produo local. 2 Fica proibida a concesso de diferimento do ICMS na importao de produto intermedirio destinado industrializao de produto final sujeito ao incentivo, nos termos da alnea "a" do inciso I do caput, desde que se verifique uma das seguintes hipteses: I - existncia de sua produo em Pernambuco; e II - percentual de sua composio no produto final superior a 30% (trinta por cento). 3 Em substituio ao montante do crdito presumido previsto no inciso II do caput, e mediante prvia habilitao do interessado, poder ser concedido valor equivalente ao percentual de 85% (oitenta e cinco por cento) sobre a base ali referida, desde que, cumulativamente: I - a localizao seja em SUAPE - Complexo Industrial Porturio Governador Eraldo Gueiros ou em municpio no integrante da Regio Metropolitana; e II - o fator determinante de sua localizao no seja inerente natureza da respectiva atividade, relativamente fonte de recursos minerais. 4 Para efeito do disposto no pargrafo anterior, o prazo de concesso do crdito presumido no percentual ali indicado fica limitado a 04 (quatro) anos, contados a partir do incio da sua fruio. 5 Transcorrido o prazo mximo de utilizao previsto no pargrafo anterior, o contribuinte adotar o percentual estabelecido no inciso II do caput, durante o restante do prazo de fruio.

6 Para efeito desta Seo, o incio de fruio do benefcio poder ser estabelecido, no decreto concessivo, em etapas sucessivas e diferenciadas, at o limite de 05 (cinco) anos, contados do primeiro termo inicial de vigncia, observada a natureza tcnica do empreendimento e os respectivos prazos constantes do cronograma fsico das obras, a serem definidos em estudo tcnico, e de acordo com parecer aprovado pelo Conselho de Desenvolvimento Industrial, Comercial e de Servios do Estado de Pernambuco - CONDIC. 7 Na hiptese de fabricao de produto no relacionado no decreto a que se refere o inciso I do caput, poder ser concedido ao empreendimento enquadrado em agrupamento industrial prioritrio, nos termos do art. 4, o incentivo previsto na Seo II para as demais atividades industriais. 8 Nas operaes interestaduais que destinem os produtos, relacionados no decreto a que se refere o inciso I do caput, s demais regies geogrficas do Pas, poder ser concedido crdito presumido no valor correspondente a 5% (cinco por cento) do valor total das sadas, tanto nos casos das vendas CIF ou FOB, observando-se: I - fica o benefcio limitado ao valor do frete; II - o prazo mximo de fruio do benefcio ser de 12 (doze) anos, contados a partir do ms subseqente ao da publicao do decreto concessivo; III - o crdito presumido previsto neste pargrafo no poder implicar em recolhimento do imposto em montante inferior a 15% (quinze por cento) do saldo devedor; IV - o crdito presumido previsto neste pargrafo dever ser utilizado antes da deduo do crdito presumido estabelecido no inciso II do caput, incidindo este sobre o saldo remanescente. 9 Para fins de anlise e avaliao dos projetos e conseqente monitoramento da aplicao do incentivo, durante o perodo de fruio, o beneficirio dos estmulos previstos neste artigo dever pagar, mensalmente, at o ltimo dia til do ms subseqente ao de cada perodo fiscal, AD/DIPER, a ttulo de taxa de administrao, valor correspondente a 2% (dois por cento) do total dos benefcios utilizados, no podendo ser superior a R$ 10.641,00 (dez mil e seiscentos e quarenta e um reais). 10. Os recursos obtidos na forma do pargrafo anterior devero ser, exclusivamente, aplicados na promoo dos incentivos fiscais e financeiros concedidos pelo Estado, observados os critrios estabelecidos em portaria conjunta da Secretaria de Desenvolvimento Econmico, Turismo e Esportes e da AD-DIPER. 11. Fica facultado ao Poder Executivo, a partir do 10 (dcimo) ano de fruio, mediante decreto, prorrogar em, no mximo, 03 (trs) anos, o prazo de fruio do benefcio estabelecido no inciso III do caput, desde que a importncia do empreendimento seja previamente demonstrada em estudo econmico especfico e apreciada pelo Comit Diretor do PRODEPE. 12. Na hiptese de projeto de ampliao do empreendimento, inclusive com a fabricao de novo produto, por empresa j existente em Pernambuco, o valor do benefcio ser calculado, exclusivamente, com base na parcela equivalente ao ICMS mensal que exceda a arrecadao mdia, relativamente ao ICMS normal, dos ltimos 12 (doze) meses anteriores apresentao do projeto AD/DIPER, devidamente atualizada pelo ndice de correo adotado para os dbitos do mencionado imposto. SEO II DAS DEMAIS ATIVIDADES RELEVANTES

Art. 6 As atividades industriais no compreendidas nas cadeias produtivas relacionadas como prioritrias, exclusivamente nas hipteses de implantao, ampliao ou revitalizao de empreendimentos, podero ser estimuladas mediante a concesso de crdito presumido do ICMS. Pargrafo nico. No sero concedidos benefcios do PRODEPE s seguintes atividades industriais: I - construo civil; II - indstrias extrativas; III - agroindstria sucroalcooleira; IV - indstria de acondicionamento de gs liqefeito de petrleo; e V - moagem de trigo. Art. 7 O crdito presumido de que trata o artigo anterior observar as seguintes caractersticas: I - quanto ao montante a ser utilizado, valor equivalente aos seguintes percentuais do ICMS, de responsabilidade direta do contribuinte, apurado em cada perodo fiscal, relativamente parcela do incremento da produo comercializada: a) 47,5% (quarenta e sete inteiros e cinco dcimos por cento), em se tratando de fabricao de produto sem similar no Estado; b) 25% (vinte e cinco por cento), em se tratando de fabricao de produto com similar no Estado; II - quanto destinao, investimento fixo ou capital de giro, ou ambos, cumulativamente; III - quanto ao prazo, 8 (oito) anos, contados a partir do ms subseqente ao da publicao do decreto concessivo. IV - REVOGADO. V - REVOGADO. VI - REVOGADO. VII - REVOGADO. 1 Em substituio ao montante do crdito presumido previsto no inciso I, "b", do caput, e mediante prvia habilitao do interessado, poder ser concedido valor equivalente ao percentual de 47,5% (quarenta e sete inteiros e cinco dcimos por cento) sobre a base ali referida, observado o disposto nos incisos I e II do 3 do art. 5. 2 Para efeito do disposto no pargrafo anterior, o prazo de concesso do crdito presumido no percentual ali indicado fica limitado a 04 (quatro) anos, contados a partir do incio da sua fruio. 3 Transcorrido o prazo mximo de utilizao previsto no pargrafo anterior, o contribuinte adotar o percentual estabelecido no inciso I, "b", do caput, durante o restante do prazo de fruio.

4 A definio da similaridade do produto fica condicionada emisso de parecer tcnico sob a responsabilidade da Secretaria de Cincia, Tecnologia e Meio Ambiente - SECTMA, que observar os seguintes aspectos, cumulativamente: I - composio qumica; e II - caractersticas fsicas. 5 Para os efeitos do pargrafo anterior, a SECTMA poder solicitar a emisso do parecer ali referido a qualquer rgo ou entidade da administrao pblica, bem como a entidades privadas, observada a legislao pertinente, correndo todas as despesas por conta do interessado. 6 No ser concedido o benefcio de que trata esta Seo relativamente a projeto apresentado aps 06 (seis) meses, contados da data da emisso do laudo de similaridade, ou no, do produto. 7 A verificao da similaridade ficar tambm condicionada : I - convocao de fabricantes da mercadoria objeto do pleito, mediante edital elaborado sob a responsabilidade da SECTMA, a ser publicado no Dirio Oficial do Estado e em, pelo menos, um outro jornal de grande circulao neste Estado; e II - avaliao das caractersticas tcnicas de uso do produto, a ser realizada pelo Comit Diretor do PRODEPE. 8 Para fins desta Seo, os projetos de implantao, ampliao ou revitalizao, seguiro os ditames estabelecidos no 6 do art. 5 deste Decreto. 9 Nas operaes interestaduais, realizadas por empresas beneficirias do PRODEPE, que destinem os produtos incentivados nos termos deste artigo s demais regies geogrficas do Pas, poder ser concedido crdito presumido no valor correspondente a 5% (cinco por cento) do valor total das sadas , tanto nos casos das vendas CIF ou FOB, observando-se: I - fica o benefcio limitado ao valor do frete; II - o prazo mximo de fruio do benefcio ser de 08 (oito) anos, contados a partir do ms subseqente ao da publicao do decreto concessivo; III - o crdito presumido no poder implicar em recolhimento do imposto em montante inferior a 30% (trinta por cento) do saldo devedor; e IV - o crdito presumido dever ser utilizado antes da deduo do crdito presumido estabelecido no inciso I do caput, incidindo este sobre o saldo remanescente. 10 Para fins de anlise e avaliao dos projetos e conseqente monitoramento da aplicao do incentivo durante o perodo de fruio, ser observado o disposto nos 9 e 10 do art. 5. 11. REVOGADO. 12. Na hiptese de projeto de ampliao do empreendimento, inclusive com a fabricao de novo produto, por empresa j existente em Pernambuco, o valor do benefcio ser calculado, exclusivamente, com base na parcela equivalente ao ICMS mensal que exceda a arrecadao mdia, relativamente ao ICMS normal, dos ltimos 12 (doze) meses anteriores apresentao do projeto AD/DIPER, devidamente atualizada pelo ndice de correo adotado para os dbitos do mencionado imposto.

CAPTULO III DO ESTMULO AO COMRCIO IMPORTADOR ATACADISTA DE MERCADORIAS DO EXTERIOR Art. 8 O comrcio importador atacadista de mercadorias do exterior poder ser estimulado mediante a concesso de benefcios fiscais relativos ao ICMS. Art. 9 Os incentivos fiscais de que trata o artigo anterior tero as seguintes caractersticas: I - quando da importao de mercadoria do exterior, diferimento do ICMS, incidente sobre a operao, para a sada subseqente promovida pelo importador; II - quando da sada subseqente, concesso de crdito presumido correspondente a 35% (trinta e cinco por cento) do ICMS incidente, limitado aos seguintes percentuais do valor da operao de importao: a) 8% (oito por cento), na hiptese de a alquota aplicvel ser igual ou inferior a 17% (dezessete por cento); b) 10% (dez por cento), na hiptese de a alquota aplicvel ser superior a 17% (dezessete por cento); III - quanto destinao, capital de giro; IV - quanto ao prazo de fruio, 07 (sete) anos, contados a partir do ms subseqente ao da publicao do decreto concessivo. V - REVOGADO. VI - REVOGADO VII - REVOGADO. 1 Relativamente ao disposto no inciso I do caput, sero adotadas as seguintes normas: I - o valor final da mercadoria ser determinado em observncia ao disposto no inciso V do caput do art. 6 da Lei n 11.408, de 20 de dezembro de 1996, bem como nas demais disposies legais pertinentes; e II - o crdito presumido ser limitado, em qualquer hiptese, a 47,5% (quarenta e sete inteiros e cinco dcimos por cento) do valor do imposto devido em cada operao de importao incentivada. 2 A utilizao do financiamento previsto neste Captulo fica condicionada comprovao de que as mercadorias importadas tenham sido desembaraadas no Estado de Pernambuco. (Este pargrafo dever ser alterado, pois a modalidade de incentivo atual o crdito presumido). 3 REVOGADO. 4 REVOGADO. 5 REVOGADO.

6 Quando a empresa beneficiria for "Trading", observados os procedimentos previstos neste Decreto, em especial quanto anlise dos projetos, o Comit Diretor do PRODEPE poder aprovar a alterao da relao dos produtos para deciso final do Governador do Estado, a ser proferida mediante decreto. 7 A AD/DIPER dever remeter ao CONDIC, mensalmente, cpia dos decretos de que trata o pargrafo anterior. 8 Para fins de anlise e avaliao dos projetos e conseqente monitoramento da aplicao do incentivo durante o perodo de fruio, ser observado o disposto nos 9 e 10 do art. 5, bem como os 2 e 3, do art. 10. CAPTULO IV DO ESTMULO CENTRAL DE DISTRIBUIO Art. 10. A Central de Distribuio poder ser estimulada mediante concesso de incentivos fiscais relativos ao ICMS: I - nas operaes de sadas interestaduais, crdito presumido no valor correspondente a 3% (trs por cento) do seu valor total, durante um prazo de 15 (quinze) anos, contados a partir do ms subseqente ao da publicao do decreto concessivo; II - nas operaes de entrada por transferncia de mercadoria de estabelecimento industrial localizado em outra Unidade da Federao, crdito presumido no montante correspondente a 3% (trs por cento) do seu valor total, limitado ao valor do frete, durante um prazo de 15 (quinze) anos, contados a partir do ms subseqente ao da publicao do decreto concessivo. 1 Para efeito de fruio dos incentivos previstos neste artigo, a aquisio da mercadoria pela Central de Distribuio dever ser efetuada diretamente ao fabricante ou produtor, salvo a hiptese de transferncia. 2 A concesso e a fruio dos benefcios ficam condicionadas manuteno da capacidade competitiva das empresas industriais localizadas em Pernambuco, a ser avaliada em deciso fundamentada do Comit Diretor do PRODEPE. 3 Em atendimento ao disposto no pargrafo anterior, o Comit Diretor poder estabelecer: I - o aproveitamento parcial dos estmulos pela Central de Distribuio, a qualquer tempo, mediante sua limitao s operaes realizadas com produtos previamente autorizados, observando relao periodicamente atualizada em resoluo do CONDIC; e II - a reduo dos prazos de fruio previstos nos incisos I e II do caput, em funo da verificao da viabilidade e da adequao dos incentivos s polticas industrial e comercial do Estado, a ser realizada periodicamente a cada 03 (trs) anos. 4 Os incentivos referidos neste artigo aplicam-se exclusivamente s operaes realizadas pela empresa beneficiria com os produtos relacionados no respectivo decreto concessivo. 5 Para fins de anlise e avaliao dos projetos e conseqente monitoramento da aplicao do incentivo durante o perodo de fruio, ser observado o disposto nos 9 e 10 do art. 5. Art. 11. Considera-se Central de Distribuio, para fins de obteno dos estmulos disciplinados neste Captulo, o estabelecimento industrial ou comercial atacadista que promover operaes de sada de mercadorias, cujo recolhimento do imposto de responsabilidade direta

corresponda mdia mensal mnima do faturamento no semestre imediatamente anterior ao da habilitao no valor-padro de 5% (cinco por cento), sem prejuzo da fixao de outros percentuais em decreto do Poder Executivo, que sero diferenciados em funo da caracterizao do produto comercializado e de sua destinao. 1 O limite previsto no caput dever ser observado a cada 06 (seis) meses, durante todo o perodo de fruio do benefcio, devendo, no caso de estabelecimento industrial, ser considerado apenas em relao ao faturamento das operaes de distribuio. 2 Em se tratando de Central de Distribuio, com menos de 06 (seis) meses de funcionamento, o benefcio poder ser concedido na hiptese de a totalidade dos estabelecimentos da pessoa jurdica, situados neste Estado, ter atingido, comprovadamente, o limite mnimo referido no caput, no perodo ali fixado. 3 Na hiptese de empreendimento novo cuja pessoa jurdica no possua nenhum outro estabelecimento neste Estado, poder ser concedido o benefcio previsto no caput, sob condio resolutria da comprovao do atingimento do limite mnimo de recolhimento do imposto nos 06 (seis) meses, imediatamente seguintes ao do incio da sua utilizao. 4 No ocorrendo a comprovao prevista no pargrafo anterior, o contribuinte dever recolher a diferena entre o imposto pago e o valor do ICMS que deveria ter sido recolhido sem a aplicao dos benefcios, independentemente da incidncia das penalidades cabveis. 5 O contribuinte enquadrado na condio de Central de Distribuio disponibilizar, em meio magntico, para a Secretaria da Fazenda, as informaes relativas s respectivas transaes. 6 No ser concedido Central de Distribuio, beneficiada nos termos deste Captulo, qualquer outro incentivo regulamentado neste Decreto, salvo na hiptese de estabelecimento industrial estimulado pelos incentivos previstos nos Captulos II e III, que exera simultaneamente atividade comercial, conforme autorizao prevista na legislao tributria estadual, sendo vedada, nesse caso, a cumulatividade dos incentivos relativamente a idntico produto. 7 Ficam excludas, dos incentivos previstos neste Captulo, as operaes com mercadorias sujeitas a sistemticas especiais de tributao, inclusive aquelas sujeitas antecipao tributria, bem como as beneficiadas com crdito presumido, reduo de alquota ou de base de clculo do imposto. 8 A vedao prevista no pargrafo anterior no alcana o imposto de responsabilidade direta da Central de Distribuio, na condio de contribuinte-substituto em operaes com mercadorias sujeitas substituio tributria. CAPTULO V DAS DISPOSIES GERAIS SEO I DA ADMINISTRAO Art. 12. O PRODEPE ser administrado da seguinte forma: I - por meio de Comit Diretor, integrado pelos Secretrios da Fazenda, de Desenvolvimento Econmico, Turismo e Esportes, e de Cincia, Tecnologia e Meio Ambiente, bem como pelo Presidente da AD-DIPER, com competncia para apreciar os projetos, quanto sua viabilidade e sua adequao s polticas industrial e comercial do Estado e manuteno dos nveis de arrecadao do ICMS, com base em parecer elaborado por grupo tcnico a ser constitudo para esse fim, que opinar, sem prejuzo de outros assuntos correlatos, sobre o seguinte:

a) incluso de agrupamentos industriais prioritrios estruturados em cadeias produtivas, bem como sobre a relao dos produtos sujeitos ao incentivo, observado o disposto na Seo I do Captulo II; b) prorrogao e renovao dos prazos de fruio dos incentivos fiscais e financeiros; e c) impacto da concesso e fruio dos incentivos na manuteno da competitividade da indstria local, inclusive em relao: 1. similaridade das caractersticas de uso do produto, no caso de novos empreendimentos industrias; 2. aos produtos no sujeitos aos incentivos previstos para o comrcio importador atacadista ou para as Centrais de Distribuio; e 3. reavaliao dos prazos de fruio dos incentivos concedidos s Centrais de Distribuio; d) terceirizao das atividades do empreendimento industrial estimulado; e e) faculdade excepcional prevista no art. 25; e II - por meio do CONDIC, com competncia para proferir deciso final quanto concesso dos incentivos, quando os respectivos pleitos forem encaminhados pelo Comit Diretor. 1 A depender da natureza dos pleitos submetidos apreciao do Comit Diretor, seus membros podero solicitar a participao de titulares das Secretarias de Estado ou de entidades da Administrao Pblica que tiverem interesse no assunto em discusso. 2 A administrao do PRODEPE compreender, em especial, a anlise e a avaliao dos projetos apresentados, bem como o acompanhamento da implantao e da operao do empreendimento beneficirio, durante todo o perodo de fruio do incentivo. Art. 13. Compete AD-DIPER: I - prestar auxlio ao CONDIC na realizao de suas atividades e deliberaes, inclusive encaminhando sua deciso final os pedidos de incentivos apreciados pelo Comit Diretor; II - protocolizar os pedidos de incentivo e remeter, no prazo de 02 (dois) dias teis, contados do seu recebimento, as 2 e 3 vias, respectivamente, para a Secretaria da Fazenda e para a PERPART; III - emitir, juntamente com a Secretaria da Fazenda, no prazo de 30 (trinta) dias, contados do recebimento do pedido, prorrogvel por igual perodo, parecer tcnico conclusivo sobre a viabilidade do projeto em relao s polticas industrial e comercial do Estado e quanto situao fiscal da empresa e ao impacto do projeto nos nveis de arrecadao estadual, submetendo-o ao Comit Diretor do PRODEPE; IV - supervisionar a destinao dos recursos liberados, bem como o desempenho das empresas beneficirias, especialmente quanto verificao da capacidade instalada de produo anterior apresentao do projeto e realizao do investimento previsto; e V - acompanhar, mediante relatrios semestrais, o impacto das atividades incentivadas no desempenho da economia estadual, inclusive a sua repercusso nos nveis de emprego e no fomento das cadeias produtivas. Art. 14. Compete Secretaria da Fazenda:

I - emitir, juntamente com a AD-DIPER, o parecer tcnico de que trata o inciso III do artigo anterior; II - estabelecer controle cadastral especfico das empresas beneficirias do PRODEPE, em especial quanto sua regularidade fiscal; III - implementar rotinas mensais de acompanhamento e apurao do recolhimento do ICMS das empresas beneficirias do PRODEPE; IV - informar, por meio de relatrios trimestrais, o impacto dos benefcios concedidos na composio da receita tributria estadual; V - declarar, mediante portaria, a suspenso ou perda do incentivo, observadas as hipteses regulamentadas neste Decreto, comunicando, com antecedncia, aos integrantes do Comit Diretor do PRODEPE; e VI - disciplinar, mediante portaria, as disposies especficas relativas emisso e escriturao de documentos e livros fiscais. Art. 15. Compete PERPART: I desenvolver todas as aes inerentes ao processo de continuidade dos financiamentos anteriormente contratados para as empresas que optaram pela permanncia nesta modalidade de incentivo; II - realizar a contratao do financiamento, aps a publicao do decreto concessivo, respeitadas as condies finais estabelecidas pelo CONDIC; III - emitir planilha de reembolso do financiamento, nos termos da contratao; IV - verificar a existncia de suprimentos de fundos correspondente ao valor a ser financiado, conferir os documentos de arrecadao estadual referentes ao ICMS do perodo e, em seguida, proceder respectiva quitao do tributo; V - providenciar a emisso de nota promissria pela empresa beneficiria, cujo valor ser correspondente quele constante no Documento de Arrecadao Estadual - DAE relativo parte objeto de financiamento; VI - efetivar o processo de liberao e cobrana dos valores financiados; VII - comunicar AD-DIPER e Secretaria da Fazenda o inadimplemento da amortizao das parcelas do financiamento, no prazo de 02 (dois) dias teis, contados do seu vencimento; e VIII - adotar, na hiptese do inciso anterior, as providncias necessrias inscrio das parcelas vencidas na Dvida Ativa do Estado, nos termos da legislao pertinente. Art. 16. Compete SECTMA: I - estabelecer, mediante portaria, critrios de avaliao para a emisso de parecer tcnico sobre similaridade do produto; II - elaborar parecer tcnico sobre a similaridade das mercadorias, com a finalidade de subsidiar a anlise do projeto pelo Comit Diretor do PRODEPE e pelo CONDIC. III - verificar o atendimento das condies previstas no 3 do art. 4.

SEO II DA HABILITAO Art. 17. Podero habilitar-se ao PRODEPE empresas industriais ou comerciais atacadistas com sede ou filial em Pernambuco, inscritas no Cadastro de Contribuintes do Estado de Pernambuco - CACEPE, na categoria passvel de fruio do benefcio, compreendidas em uma das seguintes hipteses: I - relativamente implantao, revitalizao ou ampliao de empresas industriais: a) enquadradas nos agrupamentos industriais prioritrios, desde que fabricantes de produtos relacionados em decreto do Poder Executivo; e b) independentemente do enquadramento, desde que passveis de fruio do incentivo financeiro; II - relativamente s empresas comerciais importadoras atacadistas de mercadoria do exterior, desde que comprovem: a) no-concorrncia com produtos fabricados por empresa industrial do Estado; e b) no-reduo do ICMS pertencente ao Estado de Pernambuco, em decorrncia das importaes da mercadoria objeto do pleito, tomando-se como base a mdia mensal do total do ICMS relativo s importaes da respectiva mercadoria, verificada no ano anterior ao da apresentao do projeto AD/DIPER; e III - relativamente s Centrais de Distribuio, desde que comprovem: a) no-concorrncia com produtos fabricados por empresa industrial do Estado, observado o disposto art. 10, 2; e b) informao da mdia mensal mnima de faturamento no semestre imediatamente anterior, nos termos definidos neste Decreto. 1 Para os efeitos dos incisos II, "a", e III, "a", do caput, ser observado o seguinte: I a empresa pleiteante dever: a) apresentar declarao de que os produtos a serem incentivados pelo PRODEPE no concorrero com produtos fabricados por empresa industrial do Estado; b) publicar, no Dirio Oficial do Estado e, no mnimo, em 01 (um) jornal de grande circulao no Estado, edital especfico discriminando os produtos objeto do pleito, a fim de viabilizar manifestao de fabricantes localizados em Pernambuco, quanto possvel concorrncia entre os mencionados produtos e os de sua fabricao; II na hiptese de ficar comprovado que os produtos objeto do pleito concorrero com produtos fabricados por empresa industrial localizada em Pernambuco, o benefcio somente poder ser concedido quando a capacidade industrial instalada no Estado no for suficiente para o atendimento da demanda em nveis mnimos, conforme estabelecido em resoluo do Comit Diretor do PRODEPE. 2 A publicao do edital de que trata a alnea "b" do inciso I do pargrafo anterior poder ser dispensada, na hiptese de j haver sido publicado edital relativo ao mesmo produto nos ltimos 6 (seis) meses anteriores protocolizao do projeto.

Art. 18. Para fins de habilitao do empreendimento, as empresas industriais devero observar, ainda, conforme a hiptese: I - relativamente ampliao, ser exigido aumento mnimo, prvio fruio, de 20% (vinte por cento) da capacidade instalada; II - relativamente revitalizao, o empreendimento dever estar paralisado por, no mnimo, 12 (doze) meses ininterruptos, imediatamente data da protocolizao do projeto na AD-DIPER; e III - os projetos no podero provocar reduo do ICMS devido e arrecadado pela empresa pleiteante, em decorrncia de diversificao na linha de fabricao ou no programa de produo de mercadorias no incentivadas. 1 Na hiptese de projeto de ampliao do empreendimento, inclusive com a fabricao de novo produto, por empresa j existente em Pernambuco, o valor a ser incentivado ser calculado, exclusivamente, com base na parcela equivalente ao ICMS mensal que exceda a arrecadao mdia dos ltimos 12 (doze) meses anteriores apresentao do projeto AD/DIPER, devidamente atualizada pelo ndice de correo adotado para os dbitos do mencionado imposto 2. Na hiptese do inciso II do caput, poder tambm habilitar-se ao PRODEPE empresa industrial com sede ou filial em Pernambuco que, a partir da data do encaminhamento do pleito AD-DIPER, apresente, com dados retrospectivos para os 12 (doze) meses imediatamente anteriores, declnio de, pelo menos, 60% (sessenta por cento) no ndice de utilizao da capacidade instalada de produo. Art. 19. Para efeito de habilitao ao PRODEPE, as empresas industriais e comerciais atacadistas tambm devero preencher, cumulativamente, as seguintes condies: I - encontrar-se em situao regular perante a Fazenda Estadual, relativamente aos respectivos dbitos tributrios; II - atender aos requisitos previstos em normas relativas concesso de emprstimos bancrios, na hiptese de concesso de financiamento; III - no se encontrar usufruindo incentivo financeiro ou fiscal similar, relativamente ao mesmo produto ou empreendimento a ser incentivado, inclusive em relao ao credito presumido do ICMS, concedido nos termos da legislao tributria estadual; e IV - REVOGADO. 1 Para os efeitos do inciso I do caput, observar-se-: I - somente sero considerados os seguintes dbitos: a) objeto de confisso, de notificao ou decorrente de procedimento administrativotributrio, cuja deciso tenha transitado em julgado na esfera administrativa; e b) em tramitao na esfera judicial, desde que no objeto de parcelamento ou no garantidos por fiana bancria, depsito judicial ou penhora; e II - em sendo dbito objeto de parcelamento, o respectivo pagamento dever estar sendo efetuado tempestivamente, nos prazos legais. 2 O Contencioso Administrativo-Tributrio do Estado CATE dever, em carter prioritrio, julgar os processos pendentes em que figurem dbitos tributrios da empresa beneficiria de incentivo.

Art. 20. As empresas interessadas habilitao dos incentivos regulamentados neste Decreto devero apresentar, em 03 (trs) vias, requerimento ao Comit Diretor do PRODEPE, instrudo com os seguintes documentos: I - atos constitutivos comprobatrios da existncia jurdica da empresa; II - projeto tcnico, contendo dados econmicos e financeiros sobre o empreendimento, bem como outras informaes julgadas necessrias; III - certido de regularidade fiscal da empresa em relao a dbitos com a Fazenda Estadual; IV - certido de regularidade fornecida pela Companhia Pernambucana de Controle da Poluio Ambiental e da Administrao dos Recursos Hdricos - CPRH; V - declarao formal da empresa de que no usufrui incentivo financeiro ou fiscal similar; e VI - outros documentos e informaes que o Comit Diretor oportunamente considerar necessrios. Pargrafo nico. Na hiptese de indeferimento do projeto apresentado pela empresa interessada, caber pedido de reconsiderao ao rgo ou entidade responsvel pelo parecer ou deciso, observado o prazo de 30 (trinta) dias da respectiva cincia. SEO III DA SUSPENSO E DA PERDA DO INCENTIVO Art. 21. Os incentivos concedidos nos termos deste Decreto sero suspensos no caso de a empresa incentivada: I - no efetuar o recolhimento integral do ICMS devido, a qualquer ttulo, nos prazos legais, sem prejuzo do disposto no art. 22; II - deixar de cumprir, a qualquer tempo do perodo de fruio, os requisitos necessrios habilitao; III - relativamente Central de Distribuio, no alcanar o limite mnimo de recolhimento, previsto no art. 11, em qualquer dos semestres do perodo de fruio. IV - no efetuar, no respectivo vencimento, o pagamento da taxa de administrao devida AD/DIPER. 1 A suspenso do incentivo prevista neste artigo implica no impedimento da continuidade de utilizao do benefcio durante o perodo em que persistirem as causas da suspenso, no abrangendo as parcelas ou perodos que j tenham sido objeto do incentivo. 2 A partir de 01 de julho de 2000, com relao ao no-recolhimento integral do ICMS devido, pelas empresas beneficirias do PRODEPE, a suspenso de que trata o inciso I somente ocorrer se o prazo legal for ultrapassado em 05 (cinco) dias. 3 O fim da suspenso de que trata este artigo no implicar na utilizao dos benefcios relativamente aos meses de vigncia da referida suspenso. Art. 22. Perder o direito ao incentivo concedido nos termos deste Decreto a empresa que:

I - no efetuar o recolhimento integral do ICMS devido, a qualquer ttulo, nos prazos legais, por 12 (doze) vezes, consecutivas ou no; II - alterar as caractersticas do produto que tenha fundamentado a concesso do benefcio, ressalvada prvia e expressa aprovao do CONDIC, aps apreciao pelo Comit Diretor; III - reduzir, no caso de ampliao, a capacidade instalada, independentemente de aumento de faturamento e, em qualquer hiptese, paralisar as atividades do empreendimento beneficiado; IV - no iniciar a implantao do projeto, no prazo mximo de 12 (doze) meses, contados do ms subseqente ao da publicao do decreto concessivo do benefcio, ressalvado o disposto no art. 5, 6 e no art. 7, 8; V - praticar crime de sonegao fiscal, aps transitada em julgado a correspondente sentena; VI - promover a terceirizao das suas atividades, ressalvada a hiptese de prvia e expressa aprovao do CONDIC, aps apreciao do Comit Diretor, quando a mencionada terceirizao ocorrer no territrio do Estado de Pernambuco e desde que se refira, exclusivamente, sua atividade-fim; e VII - relativamente aos benefcios estabelecidos no art. 5, 8, e no art. 7, 9, praticar infrao que se caracterize como desvio de destino de mercadorias, aps transitada em julgado, na esfera administrativa, a correspondente deciso. VIII - tiver suspensos, nos termos do artigo anterior, os seus incentivos, por perodo superior a 12 (doze) meses, consecutivos ou no. 1 Nas hipteses de perda dos incentivos fiscais, fica cancelado o benefcio, restaurandose o valor originrio, que dever ser corrigido, pelo ndice aplicvel aos dbitos do ICMS, com os demais acrscimos legais cabveis, a partir do termo final do prazo em que o mencionado imposto deveria ter sido recolhido, caso no tivesse havido o incentivo. 2 Na hiptese de perda do financiamento, fica cancelado o benefcio, sendo as parcelas devidas consideradas vencidas, devendo ser amortizadas em sua integralidade, sem qualquer deduo, independentemente da aplicao das penalidades cabveis. 3 Os efeitos do cancelamento do benefcio, conforme previsto no pargrafo anterior, retroagiro data em que tenha ocorrido o fato ensejador da medida. CAPTULO VI DAS DISPOSIES FINAIS E TRANSITRIAS Art. 23. Os incentivos previstos neste Decreto, nas condies nele estabelecidas, podero ser concedidos a contribuinte que se encontrar usufruindo benefcio similar, pelo prazo de fruio que restar em relao ao mencionado incentivo originrio, desde que manifestada a opo pela substituio. Pargrafo nico. O incentivo a ser concedido por meio do PRODEPE, em substituio a incentivo similar, no termos do caput, somente comear a vigorar do ms subseqente quele em que ocorrer a publicao do decreto concessivo ou a assinatura do respectivo contrato de financiamento. Art. 24. Fica assegurada, empresa que venha a fabricar bem similar ao incentivado nos termos deste Decreto, fruio de idntico benefcio, pelo prazo que restar pioneira e respeitada a equivalncia dos estmulos relativamente capacidade instalada de produo.

Art. 25. Fica o Poder Executivo autorizado a conceder, mediante decreto, a empreendimentos novos ou em funcionamento de relevante interesse para o desenvolvimento do Estado, desde que sua viabilidade seja previamente demonstrada em estudo econmico especfico e apreciado pelo Comit Diretor do PRODEPE, benefcio idntico quele que venha a ser concedido por outras Unidades da Federao a empreendimentos da mesma natureza. Art. 26. Na hiptese de perda do incentivo financeiro concedido nos termos deste Decreto, os valores das parcelas no amortizadas devero ser inscritos na Divida Ativa do Estado, observada a legislao pertinente, devendo constar essa circunstncia no respectivo contrato de financiamento. (Este artigo dever ser alterado, por se referiria incentivo financeiro) Art. 27. Nas operaes de transferncia realizadas entre empresas industriais beneficiadas com os incentivos previstos neste Decreto e suas filiais localizadas neste Estado, poder ser utilizado como base de clculo do ICMS, relativamente aos produtos incentivados, valor diferente do custo de fabricao, limitado ao preo mximo de venda praticado pelo estabelecimento destinatrio. Pargrafo nico. A faculdade prevista no caput no poder resultar em aproveitamento do incentivo, pela empresa beneficiria, acima dos limites estabelecidos no decreto concessivo, devendo a mencionada empresa ao final de cada perodo fiscal, proceder ao respectivo ajuste do preo. Art. 28. A concesso e a fruio dos incentivos previstos neste Decreto fica condicionada manuteno de, no mnimo, o volume do ICMS j arrecadado pela empresa, relativamente ao ICMS normal, na hiptese de projeto de ampliao, ou pelo setor, na hiptese de implantao ou de revitalizao. Pargrafo nico. O disposto no caput aplica-se, no que couber, s Centrais de Distribuio e ao comrcio importador atacadista de mercadorias do exterior. Art. 29. A relao, constante do decreto referido no art. 5, I, poder ser atualizada, periodicamente, por idntico instrumento legal, de acordo com os critrios de definio dos produtos sujeitos ao incentivo, nos termos do mencionado inciso. Art. 30. Reputar-se-o habilitadas, em carter precrio e excepcional, para efeitos de concesso dos incentivos fiscais e financeiros, as empresas interessadas que protocolaram Carta Consulta, em modelo padro prprio, junto AD/DIPER at o dia 24 de dezembro de 1999. 1 O disposto no caput se aplica, tambm, protocolizao, na AD/DIPER, at 17 de dezembro de 1999, dos projetos de empreendimentos relativos concesso do incentivo financeiro previsto na Lei n 11.288, de 22 de dezembro de 1995, e alteraes. 2 At 30 de abril de 2001 e ressalvadas as demais disposies pertinentes, ser observado o seguinte: I - os benefcios fiscais e financeiros concedidos nos termos deste artigo podero ser retificados, modificados ou suspensos, em funo da adequao do projeto s polticas industrial e comercial do Estado; II - sem prejuzo no disposto no inciso anterior, o incio da fruio ficar condicionado ao atendimento, pela empresa interessada, de todas as exigncias cabveis, devendo a anlise do processo por parte do Estado ser concluda no mencionado perodo." Art. 2 Sero convertidos em crdito presumido, de acordo com as Tabelas de Converso constantes dos Anexos 1 e 2, deste Decreto:

I a partir de 01 de janeiro de 2001, os financiamentos do PRODEPE concedidos nos termos das Leis n 11.288, de 22 de dezembro de 1995, e alteraes, e n 11.675, de 11 de outubro de 1999; II - os valores do ICMS referentes parcela a ser financiada pela Pernambuco Participaes e Investimentos S.A - PERPART, com recursos do PRODEPE, nos termos das Leis n 11.288, de 1995, e n 11.675, de 1999, e ainda pendentes de quitao at 31 de dezembro de 2000, em decorrncia de prorrogao do respectivo prazo de recolhimento. 1 Excetuam-se do disposto no inciso I do caput as empresas beneficirias do financiamento que, at 31 de janeiro de 2001, formalizaram a sua opo pela manuteno do mencionado benefcio, na forma originalmente concedida, de acordo com o 2 do art. 2 da Lei n 11.937, de 04 de janeiro de 2001. 2 Ser permitida s empresas que fizeram a opo referida no pargrafo anterior, mediante prvio requerimento ao Comit Diretor do PRODEPE, at 30 de abril de 2001, a converso da modalidade do incentivo sob a forma de financiamento para a de crdito presumido correspondente. 3 Em decorrncia da converso prevista neste artigo, a empresa poder usufruir cumulativamente incentivos fiscais similares, relativamente ao mesmo produto ou empreendimento incentivado. 4 As empresas de que trata o 1 continuam sujeitas aos encargos administrativos e demais obrigaes previstos no seu contrato de financiamento. 5 As empresas beneficirias do financiamento, que no formalizaram a opo pela manuteno do mencionado benefcio e que j estavam, anteriormente, sujeitas ao pagamento da taxa de administrao PERPART, ficam obrigadas ao recolhimento de taxa de administrao, no mesmo percentual, AD-DIPER. 6 Na hiptese de a aprovao do benefcio do PRODEPE, na modalidade financiamento, ter ocorrido antes da publicao da Lei n 11.937, de 2001, e cujo decreto de fruio tenha sido ou venha a ser publicado aps 05 de janeiro de 2001, o contribuinte beneficirio poder, at 31 de maio de 2001, fazer a opo pela manuteno do benefcio na forma originalmente concedida. Art. 3 Para efetivao da converso prevista no inciso II do caput do artigo anterior, a empresa beneficiria dever: I - elaborar Demonstrativo da converso dos benefcios do PRODEPE relativos aos perodos fiscais novembro de 1998 a novembro de 2000, conforme modelos previstos nos Anexos 3, 4 e 5 deste Decreto; II anexar o Demonstrativo a que se refere o inciso anterior ao livro Registro de Utilizao de Documentos Fiscais e Termos de Ocorrncias - RUDFTO; III apresentar, at 31 de maio de 2001, Diretoria Econmico-Financeira DEF, da Secretaria da Fazenda, cpia do Demonstrativo a que se refere o inciso I; IV recolher o saldo remanescente at o ltimo dia til do respectivo prazo de recolhimento previsto nos Anexos 3 a 5 deste Decreto, atravs do cdigo de receita 097-3. 1 O Secretrio da Fazenda, mediante portaria, poder promover alteraes nos Anexos a que se refere o caput. 2 O no-recolhimento dos saldos de que trata o inciso IV do caput sujeitar a empresa s penalidades previstas nos artigos 21 e 22, do Decreto n 21.959, de 1999, e alteraes. Art. 4 O benefcio do diferimento, de que tratam o 8 do art. 5, o 9 do art. 7 e o inciso I do art. 10, do Decreto n 21.959, de 1999, fica, de forma retroativa e automtica, transformado em crdito presumido. Art. 5 Este Decreto entra em vigor na data de sua publicao, produzindo seus efeitos a partir de 01 de janeiro de 2001. Art. 6 Revogam-se as disposies em contrrio. PALCIO DO CAMPO DAS PRINCESAS, em 10 de abril de 2001. JARBAS DE ANDRADE VASCONCELOS Governador do Estado CARLOS EDUARDO CINTRA DA COSTA PEREIRA SEBASTIO JORGE JATOB BEZERRA DOS SANTOS JOS ARLINDO SOARES

ANEXO 1 do Decreto n 23.188/2001 Tabela de Converso - Benefcios relativos ao PRODEPE - Indstrias (art. 2) DECRETO CONCESSIVO PERCENTUAIS CONVERSO - PERCENTUAIS Financiamento Abatimento Crdito Presumido 75% 99% 75,0% 75% 85% 65,0% 75% 75% 57,5% 60% 75% 47,5% 65% 75% 50,0% 45% 75% 35,0% 45% 60% 27,5% 30% 85% 27,5% 30% 60% 20,0% 30% 75% 25,0% ANEXO 2 do Decreto n 23.188/2001 Tabela de Converso - Benefcios relativos ao PRODEPE - Importao (art. 2) DECRETO CONCESSIVO PERCENTUAIS CONVERSO - PERCENTUAIS Financiamento Abatimento Crdito Presumido 10% 75% 8,0% 60% (do ICMS) 75% 47,5% (do ICMS) ANEXO 3 do Decreto n 23.188 /2001 Demonstrativo da converso dos benefcios do PRODEPE relativos aos perodos fiscais de novembro de 1998 a novembro de 2000 Empresas com prazo de carncia de 12 meses (art. 3, I) Demonstrativo da converso dos benefcios do PRODEPE relativos aos perodos fiscais nov-98 a nov-2000 Razo Social: CACEPE: Decreto de Fruio: N _____ Data da Publicao: __/__/__ N de Inscrio no CACEPE: Modalidade do Incentivo: PRODEPE Indstria ( ) PRODEPE Importao ( ) Valor do Prazo de Financiamento recolhimento do Converso de acordo com Anexo 1 (Cdigo 096-5) Saldo - em R$ (Cdigo 097-3) Crdito Saldo a Recolher Presumido (Cdigo 097-3) - em R$ - em R$ Maio/01 Maio/01 Jun/01 Jun/01 Jul/01 Jul/01

Perodo Fiscal

Nov/98 Dez/98 Jan/99 Fev/99 Mar/99 Abr/99

Maio/99 Jun/99 Jul/99 Ago/99 Set/99 Out/99 Nov/99 Dez/99 Jan/00 Fev/00 Mar/00 Abr/00 Maio/00 Jun/00 Jul/00 Ago/00 Set/00 Out/00 Nov/00

Ago/01 Ago/01 Set/01 Set/01 Out/01 Out/01 Nov/01 Nov/01 Dez/01 Dez/01 Jan/02 Jan/02 Fev/02 Fev/02 Mar/02 Mar/02 Abr/02 Abr/02 Maio/02

Nota: - as empresas com prazo de recolhimento no ms seguinte ao da apurao do ICMS devem preencher os campos relativos aos perodos fiscais de dezembro/98 a novembro/2000; - as empresas com prazo de recolhimento no segundo ms subseqente ao da apurao do ICMS devem preencher os campos relativos aos perodos fiscais de novembro/98 a outubro/2000.

Perodo Fiscal

Nov/98 Dez/98 Jan/99 Fev/99 Mar/99 Abr/99 Maio/99 Jun/99 Jul/99

ANEXO 4 do Decreto n 23.188/2001 Demonstrativo da converso dos benefcios do PRODEPE relativos aos perodos fiscais nov-98 a nov-2000 Empresas com prazo de carncia de 24 meses (art. 3, I) Demonstrativo da converso dos benefcios do PRODEPE relativos aos perodos fiscais nov-98 a nov-2000 Razo Social: CACEPE: Decreto de Fruio: N _____ Data da Publicao: __/__/__ N de Inscrio no CACEPE: Valor do Prazo de Financiamento recolhimento do Converso de acordo com Anexo 1 (Cdigo 096-5) Saldo - em R$ (Cdigo 097-3) Crdito Saldo a Recolher Presumido (Cdigo 097-3) - em R$ - em R$ Maio/01 Jun/01 Jul/01 Ago/01 Set/01 Out/01 Nov/01 Dez/01 Jan/02

Ago/99 Set/99 Out/99 Nov/99 Dez/99 Jan/00 Fev/00 Mar/00 Abr/00 Maio/00 Jun/00 Jul/00 Ago/00 Set/00 Out/00 Nov/00

Fev/02 Mar/02 Abr/02 Maio/02 Jun/02 Jul/02 Ago/02 Set/02 Out/02 Nov/02 Dez/02 Jan/03 Fev/03 Mar/03 Abr/03 Maio/03

Nota: - as empresas com prazo de recolhimento no ms seguinte ao da apurao do ICMS devem preencher os campos relativos aos perodos fiscais de dezembro/98 a novembro/2000; - as empresas com prazo de recolhimento no segundo ms subseqente ao da apurao do ICMS devem preencher os campos relativos aos perodos fiscais de novembro/98 a outubro/2000.

Perodo Fiscal

Nov/98 Dez/98 Jan/99 Fev/99 Mar/99 Abr/99 Maio/99 Jun/99 Jul/99 Ago/99 Set/99 Out/99

ANEXO 5 do Decreto n 23.188/2001 Demonstrativo da converso dos benefcios do PRODEPE relativos aos perodos fiscais nov-98 a nov-2000 Empresas com prazo de carncia de 36 meses (art. 3, I) Demonstrativo da converso dos benefcios do PRODEPE relativos aos perodos fiscais nov-98 a nov-2000 Razo Social: CACEPE: Decreto de Fruio: N _____ Data da Publicao: __/__/__ N de Inscrio no CACEPE: Valor do Prazo de Financiamento recolhimento do Converso de acordo com Anexo 1 (Cdigo 096-5) Saldo - em R$ (Cdigo 097-3) Crdito Saldo a Recolher Presumido (Cdigo 097-3) - em R$ - em R$ Dez/01 Jan/02 Fev/02 Mar/02 Abr/02 Maio/02 Jun/02 Jul/02 Ago/02 Set/02 Out/02 Nov/02

Nov/99 Dez/02 Dez/99 Jan/03 Jan/00 Fev/03 Fev/00 Mar/03 Mar/00 Abr/03 Abr/00 Maio/03 Maio/00 Jun/03 Jun/00 Jul/03 Jul/00 Ago/03 Ago/00 Set/03 Set/00 Out/03 Out/00 Nov/03 Nov/00 Dez/03 Nota: - as empresas com prazo de recolhimento no ms seguinte ao da apurao do ICMS devem preencher os campos relativos aos perodos fiscais de dezembro/98 a novembro/2000; - as empresas com prazo de recolhimento no segundo ms subseqente ao da apurao do ICMS devem preencher os campos relativos aos perodos fiscais de novembro/98 a outubro/2000.PALCIO DO CAMPO DAS PRINCESAS, em 27 de dezembro de 1999. JARBAS DE ANDRADE VASCONCELOS Governador do Estado CARLOS EDUARDO CINTRA DA COSTA PEREIRA SEBASTIO JORGE JATOB BEZERRA DOS SANTOS MAURCIO ELISEU COSTA ROMO JOS ARLINDO SOARES