Dec Re to 23430

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DECRETO N 23.430, DE 24 DE OUTUBRO DE 1974.

Aprova Regulamento que dispe sobre a promoo, proteo e recuperao da Sade Pblica.

O GOVERNADOR DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL, no uso da atribuio que lhe confere o artigo 66, itens IV e VII, da Constituio do Estado, e tendo em conta o disposto no artigo 59 da Lei n 6.503, de 22 de dezembro de 1972, DECRETA: Art. 1 - Fica aprovado o Regulamento anexo, que dispe sobre a promoo, proteo e recuperao da Sade Pblica, no mbito de competncia da Secretaria da Sade. Art. 2 - Revogam-se as disposies em contrrio, em especial o Decreto n 14.196, de 4 de outubro de 1962, e o Regulamento aprovado pelo Decreto n 7.558, de 11 de novembro de 1938. Art. 3 - Este Decreto entrar em vigor a 1 de janeiro de 1975. PALCIO PIRATINI, em Porto Alegre, 24 de outubro de 1974. REGULAMENTO APROVADO PELO DECRETO N 23.430, DE 24 DE OUTUBRO DE 1974 TTULO I DAS DISPOSIES PRELIMINARES Art. 1 - Este Regulamento dispe sobre as obrigaes de ordem sanitria em todo o territrio do Estado do Rio Grande do Sul, visando defesa e proteo da sade individual ou coletiva. Art. 2 - A Secretaria da Sade o rgo sanitrio competente, no Estado do Rio Grande do Sul, para o estudo, o planejamento e a execuo das atividades de sade pblica, visando promoo, proteo e recuperao da sade. Art. 3 - Compete Secretaria da Sade a aplicao dos dispositivos do presente Regulamento e das demais disposies a serem observadas por qualquer pessoa fsica ou jurdica, de direito pblico ou privado, respeitadas a legislao federal e as normas internacionais de sade reconhecidas e adotadas pela Repblica Federativa do Brasil.

Pargrafo nico - Para o cumprimento das disposies do presente Regulamento, a Secretaria da Sade exercer o poder de polcia sanitria. Art. 4 - As atividades necessrias promoo, proteo e recuperao da sade no Estado do Rio Grande do Sul, sero entrosadas, sempre que possvel, com rgos federais, estaduais, municipais, com sociedades de economia mista ou com entidades particulares, atravs de convnios, acordos ou contratos. Art. 5 - Para a consecuo de seus objetivos, a Secretaria da Sade desenvolver atividades referentes a: I - saneamento do meio; II - assistncia mdico-sanitria; III - assistncia mdico-hospitalar; IV - pesquisa. 1 - O saneamento do meio consiste em atividades destinadas ao controle do meio-ambiente, visando promoo e proteo da sade e preveno da doena. 2 - A assistncia mdico-sanitria englobar medidas que, direta ou indiretamente, digam respeito ao homem so ou doente, bem como aos diversos agentes causadores de doena. 3 - A assistncia mdico-hospitalar ser prestada para o tratamento de doenas transmissveis e outras de carter eminentemente social. 4 - As atividades de pesquisa destinam-se a dar apoio cientfico ao planejamento das atividades de saneamento do meio e de assistncia mdico-sanitria e mdico-hospitalar. Art. 6 - Para o desempenho de suas atribuies a Secretaria da Sade exercer o controle, determinando a adoo das medidas que se fizerem necessrias: I - das condies sanitrias das guas destinadas ao abastecimento pblico e privado; II - das condies sanitrias decorrentes da coleta e destino de excretas; III - das condies sanitrias decorrentes da coleta, transporte e destino de lixo e refugos industriais; IV - das condies sanitrias decorrentes da contaminao das guas litorneas ou interiores, superficiais ou subterrneas; V - das condies sanitrias dos abrigos destinados a animais, localizados em ncleos de populao; VI - de vetores ou reservatrios animados, responsveis pela propagao de doenas, e de outros animais daninhos e prejudiciais sade; VII - das condies sanitrias dos terrenos baldios; VIII - das condies de higiene das instalaes sanitrias destinadas ao uso pblico; IX - das fontes de poluio das guas, do ar e do som; X - das fontes de produo de radiaes ionizantes; XI - dos resduos radioativos; XII - das condies dos cemitrios, dos necrotrios, dos locais destinados a velrios para uso pblico, bem como das medidas sanitrias referentes a inumaes, exumaes, transladaes e cremaes de cadveres; XIII - da localizao e das condies sanitrias dos estabelecimentos industriais, comerciais, de prestaes de servio e de trabalho em geral;

XIV - da produo e uso de fogos de estampido e produtos afins, nocivos sade; XV - das condies sanitrias das habitaes e de seus anexos, das construes em geral, das reconstrues, reformas e ampliao de prdios; XVI - dos loteamentos de imveis em geral, nas reas urbanas e zonas rurais; XVII - das condies sanitrias dos hotis, motis, penses e estabelecimentos afins; XVIII - das condies sanitrias das piscinas, balnerios e afins; XIX - das condies sanitrias e do funcionamento das lavanderias para uso pblico; XX - das condies sanitrias das barbearias, sales de cabeleireiros, institutos de beleza e dos estabelecimentos afins; XXI - das condies sanitrias e do funcionamento das casas de banho, saunas e estabelecimentos afins, para uso pblico; XXII - das condies sanitrias das estaes ferrovirias, rodovirias e dos aeroportos, bem como dos transportes coletivos para uso pblico; XXIII - das condies sanitrias dos templos religiosas, conventos, claustros e afins; XXIV - das condies sanitrias dos logradouros pblicos, dos locais de esporte e recreao, dos acampamentos pblicos, das estncias de cura, bem como dos estabelecimentos de diverses pblicas em geral; XXV - das condies de higiene da produo, manipulao, beneficiamento, fracionamento, acondicionamento, armazenamento, transporte, distribuio e consumo de alimentos em geral; XXVI - das qualidades dos alimentos e das condies sanitrias dos estabelecimentos em que se produzam, preparem, manipulem, beneficiem, acondicionem, armazenem, distribuam, exponham venda ou consumam alimentos; XXVII - das condies de higiene e sade das pessoas que trabalhem em estabelecimentos em que se produzam, preparem, manipulem, beneficiem, acondicionem, armazenem, fracionem, distribuam venda, vendam ou consumam alimentos; XXVIII - das qualidades e das condies de higiene da produo, comrcio e uso dos aditivos alimentares; XXIX - das condies sanitrias decorrentes da produo, comrcio e uso de produtos agropecurios, cujos resduos possam prejudicar a sade humana; XXX - da qualidade e do uso dos pesticidas destinados ao controle de vetores de doenas; XXXI - das condies sanitrias e do funcionamento dos estabelecimentos veterinrios; XXXII - das condies sanitrias dos estabelecimentos escolares; XXXIII - das condies sanitrias dos estabelecimentos da produo, do comrcio e do uso de entorpecentes ou de substncias que produzam dependncia, bem como das respectivas toxicomanias; XXXIV - das condies sanitrias dos estabelecimentos e da produo, comrcio e distribuio de drogas, medicamentos, produtos dietticos e substncias afins; XXXV - das condies sanitrias dos estabelecimentos e da produo, comrcio e distribuio de produtos de higiene, toucador e afins; XXXVI - das condies sanitrias e do funcionamento dos estabelecimentos de assistncia mdico-hospitalar e congneres, tais como hospitais, maternidades, postos de atendimento de urgncia, ambulatrios, clnicas, consultrios mdicos e dentrios, oficinas de prtese, farmcias, bancos de sangue, dispensrios, lactrios, bancos de leite humano, laboratrios de anlises clnicas antomo-patolgicas, estabelecimentos de fisioterapia, hidroterapia e afins; XXXVII - do exerccio das profisses de mdico, mdico-veterinrio, farmacutico, odontlogo, enfermeiro, psiclogo e de outras profisses afins que digam respeito sade fsica ou mental;

XXXVIII - das condies sanitrias e do funcionamento de todo estabelecimento de assistncia mdico-social, subvencionado ou no pelo Estado; XXXIX - das condies sanitrias dos estabelecimentos de aparelhagem ortopdica. Pargrafo nico - Todos os estabelecimentos regulados no presente artigo devero obter ALVAR SANITRIO, renovvel anualmente, junto ao rgo competente da Secretaria da Sade. TTULO II DA PROTEO DA SADE CAPTULO I Das Doenas Transmissveis Art. 7 - Entende-se por doena transmissvel a causada por agente etiolgico animado ou por seus produtos txicos, capaz de ser transferida, de modo direto ou indireto, de uma pessoa ou animal, de vegetal ou do solo, para o organismo de outro indivduo ou animal. Art. 8 - As medidas preventivas destinadas a evitar ou impedir o surto e a propagao de doenas transmissveis so as que visam a: I - suprimir ou diminuir o risco coletividade representado pela presena de doenas infecciosas em seres humanos e animais; II - interromper ou dificultar a transmisso de doenas; III - proteger convenientemente os suscetveis s doenas transmissveis. Pargrafo nico - As medidas preventivas consistem em: I - notificao compulsria de casos confirmados ou suspeitos; II - investigao epidemiolgica; III - emprego de medidas de controle, de eficcia comprovada; IV - assistncia mdico-sanitria e hospitalar, quando indicada. V - estudos e pesquisas no campo da sade com a colaborao de instituies especializadas, pblicas ou particulares, do Estado ou de outras unidades da Federao; VI - formao, aperfeioamento e atualizao em Sade Pblica do pessoal de nvel superior e tcnico da Secretaria da Sade do Rio Grande do Sul, inclusive atravs de treinamento em servios; VII - educao sanitria. Art. 9 - Constituem objeto de notificao compulsria os casos confirmados ou suspeitos, das seguintes doenas previstas no artigo 9 do Cdigo Nacional de Sade: blastomicoses, bouba, bruceloses, cncer, cancro venreo, carbnculo, clera, coqueluche, dengue, difteria, doena de chagas, eritema infeccioso, escarlatina, espiroquetose ictero-hemorrgica, esquistossomose, exantema sbito, febre amarela, febres tifide e paratifides, gonoccia, gripe, hepatites por vrus, Leishmamioses, lepra, linfogranuloma venreo, malria, meningite crebro-espinhal epidmica, meninge-encefalites epidmicas, oftalmias de recm-nascido, parotidite epidmica,

pnfigos, peste, poliomielite anterior aguda, quarta molstia, raiva, rubola, riquetsioses, sarampo, sfilis, ttano, tracoma, tuberculose, varicela, varola (inclusive alastrim), outras viroses humanas e os infortnios do trabalho. 1 - A notificao das doenas transmissveis obedecer a um critrio de prioridades estabelecido pelo rgo competente da Secretaria da Sade. 2 - A notificao, prevista neste artigo, ser feita Unidade Sanitria mais prxima, que tomar as providncias necessrias, conforme as normas em vigor. 3 - responsvel pela notificao o mdico que estiver tratando do caso e, na falta deste, pessoa que dele tiver conhecimento. Art. 10 - O paciente portador de doena transmissvel de notificao compulsria dever indicar autoridade sanitria a fonte de contgio, sempre que tiver conhecimento da mesma. Art. 11 - Constatada a existncia de casos suspeitos ou confirmados de doena transmissvel, a autoridade sanitria dever providenciar na elucidao do diagnstico, inclusive realizando necropsia. Art. 12 - Para impedir ou dificultar a transmisso de doenas a autoridade sanitria adotar os recursos necessrios, inclusive os de impor isolamento domiciliar ou hospitalar do doente e demais comunicantes. 1 - Entende-se por isolamento a separao de indivduos afetados por doenas transmissveis e, eventualmente, portadores de microorganismos infectantes, em locais adequados, de molde a evitar que suscetveis venham a ser atingidos, direta ou indiretamente, pelo agente patognico. 2 - Em casos de isolamento domiciliar, proceder-se- desinfeco do local, diretamente, a critrio da autoridade sanitria competente e sob sua superviso. Art. 13 - A realizao de investigao epidemiolgica e o emprego de vacinas de eficcia comprovada ficam a critrio da autoridade sanitria. Art. 14 - Sempre que houver, para determinada doena, recurso preventivo de eficcia comprovada e passvel de ser aplicado a camadas amplas da populao, ser ele empregado em carter sistemtico. Art. 15 - A vacinao contra a varola ser praticada de modo sistemtico e obrigatrio, se as circunstncias o exigirem, e a revacinao feita periodicamente. Art. 16 - vedado s pessoas que no apresentarem atestado de vacinao antivarilica: a) o exerccio de qualquer cargo ou funo estadual, municipal, autrquica ou paraestatal; b) a matrcula em estabelecimento de ensino pblico ou privado, de qualquer natureza ou categoria; c) internamento ou trabalho em asilo, creche, patronato e instituto de educao ou assistncia social; d) o trabalho em organizao privada, de qualquer natureza. Art. 17 - No poder ser fornecida carteira de identidade, de registro individual de trabalho, ou outra oficialmente instituda, sem apresentao de atestado de vacinao antivarilica.

Art. 18 - Os atestados de imunizao, sempre pessoais, no podem ser retidos por nenhum rgo ou autoridade, mesmo quando a apresentao for exigida por lei. Art. 19 - O combate lepra ser preferentemente ambulatorial, merecendo particular ateno o descobrimento precoce dos casos, atravs de: a) exames peridicos adequados da populao das reas mais atingidas pela endemia; b) pelo controle peridico dos comunicantes dos doentes, em particular aqueles das formas lepromatosas e dimorfas. Art. 20 - A hospitalizao de pacientes de lepra somente ser efetuada aps avaliao clnicosocial do doente, devendo levar-se em conta os seguintes aspectos: a) formas graves da doena, extremamente contagiosas ou mutilantes; b) intercorrncia de outros estados mrbidos que obriguem ao internamento; c) condies scio-econmicas que no permitam o tratamento ambulatorial. Art. 21 - No combate s doenas venreas dever ser dada nfase investigao epidemiolgica dos casos descobertos. Art. 22 - No combate tuberculose merecer particular ateno: a) a descoberta e anulao da infeco mediante o emprego de tcnicas e mtodos apropriados em Sade Pblica; b) o aumento da resistncia biolgica de amplas camadas da populao por meio de vacinao com BCG. 1 - As atividades de luta anti-tuberculose sero desenvolvidas de forma integrada, pelas Unidades Sanitrias, em conformidade com normas e instrues estabelecidas por rgo especfico da Secretaria da Sade. 2 - Para o internamento de pacientes tuberculosos em sanatrios, hospitais gerais ou outros, sero adotadas as normas e recomendaes do rgo especfico nacional. Art. 23 - Sero disciplinados por meio de Normas Tcnicas Especiais os mtodos e tcnicas de combate a doenas transmissveis, bem como as medidas preventivas que visem ao controle ou erradicao, ou ainda, a evitar a disseminao de tais doenas. Art. 24 - Ser exigida, obrigatoriamente, a Carteira Sanitria de pessoas que exeram atividades nos seguintes estabelecimentos: a) de gneros alimentcios; b) barbearias, sales de cabeleireiros, institutos de beleza, casas de banho, de esttica e similares; c) hidroterpicos e de repouso; d) hotis, penses e congneres. Pargrafo nico - A exigncia prevista neste artigo poder ser estendida a pessoas que exeram outras atividades, a critrio da Secretaria da Sade. SECO I Das Doenas Transmissveis e do Saneamento do Meio

Art. 25 - Nas barbearias, casas de banho, sales de institutos de beleza e estabelecimentos congneres, ser obrigatria a limpeza do instrumental e utenslios destinados ao servio, antes de serem usados, por meios apropriados, aceitos pela autoridade sanitria. Art. 26 - proibido s casas de banho atender pessoas que sofram dermatoses ou qualquer doena parasitria, transmissvel ou repugnante. Pargrafo nico - Os estabelecimentos que tiverem mdico responsvel, em carter permanente, podero atender pessoas com estas caractersticas, observadas as determinaes do responsvel. Art. 27 - As roupas, utenslios e instalaes dos hotis, penses e casas de banho devero ser limpas e desinfectadas. 1 - As roupas utilizadas nos quartos de banho devero ser individuais, no podendo servir a mais de um banhista, antes de serem novamente lavadas e desinfectadas. 2 - As banheiras devero ser lavadas e desinfectadas aps cada banho. 3 - O sabonete ser fornecido individualmente a cada banhista, devendo ser inutilizada a poro do sabonete que restar, aps ser usado pelo cliente. 4 - Os pentes, navalhas, escovas e outros instrumentos utilizados nos quartos de banho sero desinfectados de acordo com as instrues da autoridade sanitria. Art. 28 - Os freqentadores das piscinas de uso pblico devero ser submetidos a, no mnimo, um exame mdico mensal. 1 - Toda entidade em que houver piscina de uso coletivo dever ter mdico responsvel. 2 - proibido o uso das piscinas por pessoas portadoras de doenas parasitrias ou transmissveis ou dermatoses. Art. 29 - Todo freqentador obrigado a submeter-se a banho de chuveiro antes de entrar na piscina. Art. 30 - As roupas de banho e toalhas, quando fornecidas pelas entidades responsveis pela piscina, devero ser desinfectadas aps o uso de cada banhista. Art. 31 - proibido aos hospitais e estabelecimentos congneres, bem como s pessoas portadoras de doenas transmissveis, utilizarem lavanderias de uso coletivo para lavagem de roupas. Art. 32 - Estendem-se, no que couber, as determinaes deste Captulo aos hotis, penses e estabelecimentos congneres. SECO II Do Controle de Vetores Art. 33 - Para os efeitos deste Regulamento e de suas Normas Tcnicas Especiais, considera-se: a) vetor biolgico: o artrpode no qual se passa, obrigatoriamente, uma das fases de desenvolvimento de determinado agente etiolgico;

b) vetor mecnico: o artrpode que, acidentalmente, pode transportar um agente etiolgico; c) artrpode importuno: o que, em determinada circunstncia, causa desconforto ou perturbao ao sossego pblico. Pargrafo nico - Entende-se por agente etiolgico ou agente infeccioso o ser animado capaz de produzir infeco ou doena infecciosa. Art. 34 - Os trabalhos de combate, controle ou erradicao de vetores e artrpodes importunos sero objeto de planejamento e programao, observados, obrigatoriamente, os seguintes procedimentos: I - levantamento preliminar da situao, compreendendo: a) delimitao da rea; b) estudo das causas; c) determinao de medidas cabveis; II - ataque; III - educao sanitria; IV - avaliao de resultados. Art. 35 - No se inclui nas disposies deste Regulamento o combate ou controle dos artrpodes peonhentos e dos artrpodes parasitos tegumentares, exceo feita aos pediculidas e cavitrios. Art. 36 - Cabe aos rgos especializados da Secretaria da Sade, em colaborao com outros rgos do Estado, da Unio, Prefeituras Municipais e particulares, o controle e, quando possvel, a erradicao dos vetores biolgicos. Art. 37 - O controle dos principais vetores mecnicos responsabilidade de todos os componentes da comunidade, tais como a municipalidade, as Unidades Sanitrias, as escolas e os particulares. Art. 38 - Excetuadas as situaes especiais, a juzo da autoridade sanitria, a Secretaria da Sade apenas dar orientao tcnica s Prefeituras Municipais e aos particulares no combate aos artrpodes importunos. Art. 39 - Os servidores da Secretaria da Sade, incumbidos das tarefas de combate, controle ou erradicao de vetores biolgicos, contaro com todas as facilidades de acesso nas reas de trabalho, e as autoridades locais a eles devero prestar total colaborao. Art. 40 - A Secretaria da Sade, atravs de seus rgos competentes, dar orientao tcnica, quando necessria, e colaborar com a Secretaria da Agricultura no combate aos vetores biolgicos responsveis pela transmisso de zoonoses que possam representar perigo para a sade do homem. Art. 41 - Caber aos rgos competentes elaborao de Normas Tcnicas Especiais para o combate aos vetores biolgicos e artrpodes importunos. Art. 42 - Os servios de desinsetizao e/ou desratizao, operados por instituies de qualquer natureza, esto sujeitos ao controle da Secretria da Sade.

Art. 43 - O controle das espcies dos gneros Musca (mosca), Periplaneta e Blatta (baratas) e outros artrpodes, eventuais vetores mecnicos, constitui medida subsidiria na profilaxia de certas doenas transmissveis e objetivar: I - reduzir a populao desses vetores; II - prevenir o contato dos exemplares remanescentes com agentes etiolgicos. Art. 44 - O combate aos vetores mecnicos se far em seus criadouros, e o controle das formas adultas nos domiclios ou em outros locais. Pargrafo nico - Para os fins deste artigo podero ser utilizados meios fsicos, mecnicos, qumicos ou biolgicos, combinados ou isoladamente. Art. 45 - Nos programas de controle, a autoridade sanitria local indicar os meios de combate mais adequados, bem como as normas de segurana recomendadas quando se utilizem mtodos, equipamentos ou substncias que possam apresentar perigo sade do homem e animais. Art. 46 - A responsabilidade pelo controle das moscas e baratas ser assim distribuda: I - autoridade sanitria local cabero a orientao tcnica e educativa, a vigilncia sanitria, o levantamento preliminar e a avaliao dos resultados; II - s Prefeituras Municipais caber a eliminao dos criadouros associados ao lixo e s canalizaes nas vias pblicas; III - s escolas caber a ao educativa frente aos escolares; IV - aos particulares cabero a manuteno das condies higinicas e de asseio nas edificaes que ocupem, nas reas anexas e nos terrenos de sua propriedade, e a eliminao dos focos nesses locais. Pargrafo nico - Em casos especiais, a autoridade sanitria poder tomar medidas complementares. SECO III Artrpodes Importunos Art. 47 - Os principais artrpodes importunos a serem considerados e que podem vir a exigir providncias de controle nas circunstncias adiante indicadas, so as espcies dos gneros: I - Culex (pernilongos) em ambiente urbano, ou habitaes domiciliares, quando em grande densidade; II - Pulex (pulgas), Climex (percevejos) e Pediculos (piolhos), quando existentes em estabelecimentos coletivos ou locais de reunio. III - Simuldeos (borrachudos). 1 - Para controle dos artrpodes referidos no item II deste artigo, adotar-se- o seguinte procedimento geral: a) inspeo sistemtica de estabelecimentos e locais de reunio; b) aplicao peridica de inseticida e outras medidas indicadas. 2 - Na ao contra os artrpodes referidos no item II deste artigo cabero: a) s autoridades sanitrias, as medidas educativas e fixao da periodicidade da desinsetizao

dos estabelecimentos e locais mencionados; b) s escolas, ao educativa junto aos escolares; c) s pessoas fsicas ou jurdicas, responsveis pelos estabelecimentos coletivos e locais de reunio, manter as condies higinicas e providenciar as desinsetizaes determinadas pela autoridade sanitria. Art. 48 - Para controle dos artrpodes referidos nos itens I e II do artigo anterior adotar-se- o procedimento geral seguinte: a) pesquisa, localizao, identificao e cadastramento de focos e locais propcios, sua proliferao; b) eliminao de focos e inspeo peridica dos locais propcios sua proliferao ou refgio; c) medidas de proteo dos indivduos e das habitaes pelo emprego de processos indicados pela autoridade sanitria. Pargrafo nico - No caso de espcies do gnero Culex devero ser adotadas, sempre que possvel, medidas de destruio de focos atravs de obras hidrulicas e servios de saneamento. Art. 49 - Na ao contra os artrpodes referidos no artigo anterior cabero: a) s autoridades sanitrias, a orientao tcnica, a vigilncia sanitria e as medidas educativas; b) s Prefeituras Municipais, as obras de saneamento, desobstruo, limpeza de cursos de gua, canalizaes, drenagens, aterros e outras medidas indicadas pela autoridade sanitria; c) aos particulares, a manuteno das condies higinicas e de asseio nas edificaes que ocupem, nas reas anexas e nos terrenos de sua propriedade, bem como a eliminao de focos neles existentes. SECO IV Combate aos Roedores Art. 50 - O combate aos roedores que possam ser prejudiciais sade do homem, por transmitirem doenas, ter por objetivo a sua eliminao, quando possvel, ou o seu controle. Art. 51 - A responsabilidade pelo combate aos roedores, referidos neste Captulo, caber a todos os componentes da comunidade. Art. 52 - Excetuadas as situaes especiais, a juzo da autoridade sanitria, a Secretaria da Sade apenas dar orientao tcnica aos componentes da comunidade no combate aos roedores. Pargrafo nico - Em casos especiais, a autoridade sanitria poder tomar medidas complementares. Art. 53 - Tanto as estabelecimentos pblicos como os privados em que sejam depositados, manipulados, fracionados, guardados, elaborados e negociados materiais que se prestem ao abrigo ou alimentao de ratos, sero construdos e mantidos prova destes animais. 1 - No ser concedida autorizao para o funcionamento destes estabelecimentos sem que a condio prevista neste artigo seja satisfeita integralmente. 2 - A arrumao e empilhamento de sacos, fardos, caixes e material similar, nestes estabelecimentos, dever ser feita de modo a permitir o extermnio dos ratos.

3 - Sempre que possvel, as bases das pilhas sero protegidas contra os ratos. 4 - obrigatria a cooperao dos responsveis por estabelecimentos na desratizao, que se far de conformidade com as instrues da autoridade sanitria. CAPTULO II Do Saneamento do Meio SECO I Das Normas Gerais Para Construo, Reconstruo e Instalao Art. 54 - A construo, reconstruo, reforma, ampliao, ocupao de obras e servios de saneamento bsico, de prdios e instalaes para qualquer uso ou fim a que se destinem, bem como os loteamentos de terras em reas urbanas ou rurais, devem atender s exigncias mnimas deste Regulamento e de Normas Tcnicas Especiais, no podendo ser iniciados sem a prvia aprovao de seus projetos pela Secretaria da Sade. 1 - A aprovao prvia ser condicionada ao exame do projeto especfico, considerando-se o disposto neste Regulamento e em Normas Tcnicas Especiais, a proteo da sade individual e coletiva e os efeitos que dele possam decorrer para o meio ambiente. 2 - Podero ser dispensados de aprovao os projetos para construo, reconstruo, reforma e ampliao de prdios em municpios, cuja Prefeitura Municipal disponha de legislao normativa das edificaes e de rgos tcnicos habilitados, ficando, em qualquer circunstncia, sujeitos aprovao prvia da Secretaria da Sade os prdios destinados a: a) manipulao, industrializao ou comercializao de gneros e produtos alimentcios; b) manipulao, industrializao ou comercializao de produtos farmacuticos ou qumicos; c) assistncia mdico-hospitalar e congneres; d) hospedagem e congneres; e) atividades que produzam resduos de qualquer natureza que possam poluir ou contaminar o meio ambiente; f) indstrias de qualquer natureza; g) piscinas de uso coletivo. Art. 55 - O projeto de obras e servios sujeitos ao controle da Secretaria da Sade deve constituir-se de detalhes grficos e memoriais informativos que permitam avaliao precisa de sua concepo e de seus objetivos. Pargrafo nico - A Secretaria da Sade, quando o julgar necessrio ao perfeito exame do projeto, poder solicitar informaes e detalhes grficos complementares. Art. 56 - O projeto, mediante requerimento, deve ser encaminhado Secretaria da Sade em 3 (trs) cpias, constando nas mesmas as assinaturas do: a) proprietrio ou representante legal; b) autor do projeto; c) responsvel tcnico pela construo. Art. 57 - As alteraes de projeto aprovado s podero ser feitas mediante aprovao da

Secretaria da Sade. SUBSECO I Dos Projetos de Saneamento Bsico Art. 58 - Os projetos de obras e servios de saneamento bsico, tais como os de abastecimento de gua, de coleta, conduo e disposio de esgotos domsticos, industriais e/ou sanitrios, de coleta e disposio de lixo e os de esgotamento de guas pluviais e de drenagem de reas urbanas devem constituir-se de: a) memorial justificativo, indicando os objetivos e alcance do projeto, suas caractersticas tcnicas e operacionais; b) especificaes dos materiais de construo e dos equipamentos a serem adotados; c) memria de clculo e planilha que indiquem as solues tcnicas, o dimensionamento e o porte da obra ou servio; d) planta geral da rea abrangida pela obra ou servio, com a indicao de sua localizao; e) planta de detalhes de equipamentos e obras complementares. SUBSECO II Dos Projetos de Prdios Art. 59 - Os projetos de prdios sujeitos ao controle da Secretaria da Sade devem constituir-se de: a) projeto arquitetnico; b) projeto das instalaes de abastecimento de gua; c) projeto das instalaes de esgoto sanitrio domstico e/ou industrial; d) projeto de esgoto pluvial; e) projetos especiais, decorrentes do uso ou atividades a que se destine o prdio. Art. 60 - O projeto arquitetnico deve ser constitudo de: a) planta de situao do lote ou terreno que receber a obra, em escala 1:1000 (um por mil), na qual devem ser indicadas dimenses, orientao, denominao e largura do logradouro pblico para o qual faz frente, distncia da esquina do logradouro mais prximo; b) planta de localizao do prdio no lote ou terreno, na escala de 1:250 (um por duzentos e cinqenta) ou 1:500 (um por quinhentos), onde devem ser indicados os afastamentos do prdio das linhas divisrias, as dimenses externas do prdio, a posio das construes existentes; c) planta baixa de todos os pavimentos, na escala de 1:50 (um por cinqenta) ou 1:100 (um por cem), onde devem ser indicados o uso, a rea, as dimenses, o tipo de piso em cada compartimento, as dimenses de vos, as dimenses e tipo de parede, as dimenses e tipo de piso nas reas livres de ventilaes e insolao, as posies dos cortes longitudinais e transversais; d) planta de cortes longitudinal e transversal, na escala 1:50 (um por cinqenta) ou 1:100 (um por cem) onde devem ser indicados o tipo de fundao, o p direito, a altura de vos e esquadrias, peitoris e dintis ou vergas, detalhes de esquadrias, da estrutura da cobertura ou telhado, altura de barras de revestimentos especiais das paredes; e) plantas de elevao das fachadas para os logradouros pblicos, no escala 1:50 (um por

cinqenta) ou 1:100 (um por cem), onde deve ser indicada a altura do prdio; f) memorial informativo sobre o uso a ser dado ao prdio ou obra, sobre os materiais a serem empregados e equipamentos a serem instalados. Art. 61 - O projeto das instalaes de abastecimento de gua deve constituir-se de: a) planta baixa de todos os pavimentos do prdio, em escala 1:50 (um por cinqenta) ou 1:100 (um por cem), onde deve ser indicado o uso e a rea de cada compartimento, a posio dos aparelhos a serem abastecidos, o traado da rede de distribuio de gua, a localizao e a capacidade de reservatrios, sistema de recalque e, quando a fonte de suprimento for domstica, detalhes e localizao da mesma e da aduo rede predial; b) estereograma da rede de distribuio; c) memorial descritivo das instalaes e especificaes dos materiais e equipamentos a serem empregados. Art. 62 - O projeto das instalaes de esgoto sanitrio deve constituir-se de: a) planta baixa de todos os pavimentos, na escala 1:50 (um por cinqenta) ou 1:100 (um por cem), onde devem ser indicados o uso e a rea de cada compartimento, a posio de cada aparelho sanitrio a ser esgotado, o traado da rede coletora e, se a rede de esgoto no for ligada rede pblica, o sistema de tratamento e de disposio final de efluente; b) planta de localizao do prdio no terreno, na escala 1:250 (um por duzentos e cinqenta) ou 1:500 (um por quinhentos), onde deve ser indicada a localizao da ligao rede pblica ou, quando adotado sistema de tratamento e disposio domstico, a localizao do dispositivo de tratamento; c) perfil longitudinal e transversal do terreno, na escala 1:250 (um por duzentos e cinqenta) ou 1:500 (um por quinhentos), tomando-se como referncia de nvel o logradouro pblico para o qual faz frente o terreno; d) memorial descritivo das instalaes e especificaes dos materiais a serem empregados e equipamentos a serem instalados. Art. 63 - O projeto das instalaes de esgoto pluvial deve constituir-se de: a) planta baixa de todos os pavimentos e do telhado ou cobertura do prdio, na escala 1:50 (um por cinqenta) ou 1:100 (um por cem), onde devem ser indicados o traado da rede coletora e a disposio final das guas pluviais; b) memorial descritivo das instalaes e especificaes dos materiais empregados e equipamentos a serem instalados. Art. 64 - O projeto de prdio para instalao de indstrias de qualquer natureza, alm do projeto arquitetnico e dos projetos das instalaes sanitrias, deve conter: a) localizao, em planta baixa, de mquinas, motores, caldeiras, chamins e outros equipamentos fixos; b) fluxograma das operaes industriais; c) memorial descritivo das operaes industriais, com especificao do tipo e consumo de matria-prima e produtos qumicos; tipo e quantidade de produto final; consumo mdio de gua; tipo, volume e caractersticas dos resduos industriais; tipo e consumo de combustveis e nmero de empregados.

Art. 65 - Os documentos grficos e os memoriais informativos dos projetos arquitetnicos das instalaes sanitrias e demais projetos complementares podem ser apresentados em um nico projeto geral. SUBSECO III Dos Projetos de Loteamentos Art. 66 - O projeto de loteamento de terras deve constituir-se de: a) projeto de urbanizao; b) projeto do sistema de abastecimento de gua; c) projeto do sistema de esgoto sanitrio; d) projeto do sistema de esgoto pluvial. Art. 67 - O projeto de urbanizao deve constituir-se de: a) planta de situao da gleba a ser loteada, na escala 1:5000 (um por cinco mil), onde deve ser definida a localizao do loteamento na estrutura urbana da cidade; b) planta topogrfica, plani-altimtrica, na escala 1:2000 (um por dois mil), indicando as dimenses e confrontaes da gleba, bem como o relevo por curvas de nvel de metro em metro; c) planta geral de distribuio dos lotes, na escala 1:2000 (um por dois mil), onde devem ser locados os quarteires, os lotes com suas dimenses e rea, o sistema virio, as reas verdes e as reas para usos especiais; d) memorial descritivo das obras e especificaes dos materiais a serem empregados. Art. 68 - O projeto do sistema de abastecimento de gua deve ser constitudo de: a) planta geral da rede de distribuio de gua, na escala 1:2000 (um por dois mil), indicando o traado, o dimetro de tubulao e peas acessrias; b) planta e detalhe dos reservatrios e obras acessrias; c) planta e detalhe do sistema de captao, aduo e tratamento, quando a rede do loteamento no for ligada a um sistema em operao; d) memorial descritivo de obras e especificaes dos equipamentos e materiais a serem empregados. Art. 69 - O projeto dos sistemas de esgoto deve constituir-se de: a) planta geral da rede coletora, em escala 1:2000 (um por dois mil), onde devem ser especificados dimetros, declividades, poos de visita, obras e equipamentos acessrios; b) planta e detalhes do emissrio, sistema de tratamento e/ou de disposio final do afluente da rede; c) memorial descritivo das obras, do dimensionamento do sistema e especificao dos materiais e dos equipamentos a serem empregados. SUBSECO IV Do Encaminhamento de Projetos Art. 70 - Os projetos devem ser encaminhados para processamento na Unidade Sanitria da

Secretaria da Sade do local onde o mesmo ser executado. Art. 71 - A Unidade Sanitria encaminhar o processo ao rgo tcnico competente da Secretaria da Sade, devendo informar: a) da compatibilidade do projeto com o zoneamento urbano; b) das condies sanitrias do terreno onde ser implantado o projeto; c) da existncia de servios de abastecimento de gua, de coleta de esgotos sanitrio e pluvial e de remoo de lixo. SUBSECO V Da Construo e da Vistoria Art. 72 - A construo deve obedecer aos detalhes grficos e aos memoriais informativos, de acordo com o projeto aprovado. Art. 73 - A Secretaria da Sade, em razo da aprovao de um projeto, no se responsabilizar por deficincias tcnicas que possam advir na construo, na operao e no uso. Art. 74 - A construo ser embargada pela autoridade sanitria competente, sem prejuzo de outras penalidades previstas em lei, quando: a) no tiver seu projeto aprovado de acordo com este Regulamento e Normas Tcnicas Especiais; b) for desrespeitado o projeto aprovado. Art. 75 - Nenhuma obra ou servio poder ser ocupada ou operada sem que seja feita a vistoria e expedida a licena respectiva pela autoridade sanitria competente. SECO II Do Saneamento Bsico Art. 76 - Os servios de saneamento bsico, tais como abastecimento de gua, de coleta e disposio de esgotos e de coleta e disposio de lixo, operados por entidades de qualquer natureza, esto sujeitos ao controle da Secretaria da Sade e devem obedecer ao que dispe este Regulamento e Normas Tcnicas Especiais. 1 - Nenhum servio de saneamento bsico poder ser operado ou funcionar sem prvia aprovao e licena da Secretaria da Sade. 2 - O licenciamento ser mediante Alvar fornecido pela Secretaria da Sade a requerimento da entidade responsvel. Art. 77 - Sob nenhum pretexto ser suspenso total ou parcialmente o funcionamento ou operao de qualquer servio de saneamento bsico, por mais de 48 (quarenta e oito) horas, a no ser em casos de fora maior. 1 - Quando for necessria a suspenso por mais de 48 (quarenta e oito) horas, a entidade responsvel comunicar os motivos da mesma Secretaria da Sade. 2 - Toda e qualquer suspenso do funcionamento dever ser comunicada pela entidade

responsvel aos usurios por meio de rgos de divulgao. Art. 78 - A entidade responsvel por servio de saneamento bsico, nas zonas especialmente abrangidas pelo mesmo, deve atender a todas as edificaes nelas situadas. Pargrafo nico - Quando no for possvel o atendimento, a entidade responsvel comunicar Secretaria da Sade os motivos impeditrios. Art. 79 - Nas instalaes ou servios de saneamento bsico somente sero empregados e instalados materiais, artefatos ou equipamentos de tipo que satisfizer s exigncias das Normas Tcnicas da ABNT. Pargrafo nico - Para aqueles materiais, artefatos ou equipamentos, no regulados nas normativas da ABNT, dever preceder ao uso a aprovao da Secretaria da Sade, nos termos do art. 4 deste Regulamento. Art. 80 - As instalaes domiciliares de saneamento bsico devem ser mantidas em condies de operao e higiene que garantam segurana sanitria aos usurios e no prejudiquem a vizinhana. SUBSECO I Do Abastecimento de gua Art. 81 - A captao de gua para abastecimento deve ser feita em manancial de superfcie ou subterrneo com parmetros fsicos, qumicos e biolgicos que permitam, com tratamento adequado, suprimento que atenda aos padres estabelecidos para o tipo de consumo. Art. 82 - obrigatria a desinfeco da gua distribuda para fins potveis, em qualquer circunstncia, utilizando, de preferncia, cloro ou seus compostos ativos. Art. 83 - No ser permitida, em qualquer circunstncia, a conexo do sistema de abastecimento de gua potvel com outro destinado a abastecimento para outra finalidade. Art. 84 - Os servios coletivos de abastecimento de gua potvel, alm do disposto neste Regulamento e Normas Tcnicas Especiais, devem satisfazer s seguintes condies: a) serem projetados, construdos e operados para atender ao consumo mnimo de 150 1/hab./dia (cento e cinqenta litros por habitante por dia) e presso de servio mnima de 10,00 m (dez metros), em coluna de gua ou 1 kg/cm2 (um quilograma por centmetro quadrado); b) terem sempre que possvel, o sistema de distribuio com circulao contnua, sem extremidades e trechos com guas estagnadas; c) no colocarem o sistema de distribuio ou trechos das canalizaes em vala que contenha sistema ou tubulaes de esgoto de qualquer natureza; d) procederem ao pronto reparo da rede de distribuio em casos de fugas de gua ou de acidentes de qualquer natureza; e) procederem a perfeita desinfeco dos sistemas de distribuio antes da efetiva entrada em servio, bem como dos setores que forem objeto de reparos ou remanejamento; f) disporem de profissional habilitado como responsvel tcnico para os servios de operao do

sistema de abastecimento; g) disporem de controle de potabilidade de gua a ser distribuda. Art. 85 - Os servios coletivos de abastecimento de gua potvel devem manter as estaes de tratamento, as redes de distribuio, os reservatrios e os demais equipamentos e instalaes em condies de operao e higiene que garantam a segurana sanitria e a potabilidade da gua a ser distribuda. Art. 86 - Toda edificao ter suprimento de gua potvel em quantidade suficiente ao fim ou uso a que se destina e ser dotada das instalaes de abastecimento necessrias, de acordo com este Regulamento e com as Normas Tcnicas da ABNT. Art. 87 - Somente pela rede pblica de abastecimento de gua potvel, quando houver, far-se- o suprimento da edificao. Pargrafo nico - No ser permitida, em qualquer circunstncia, conexo das instalaes domiciliares ligadas rede pblica com tubulao que contenha gua proveniente de outras fontes de abastecimento. Art. 88 - As canalizaes e reservatrios no devem ser instalados em locais onde possam ser contaminados, devendo ser afastados, no mnimo, 3,00 m (trs metros) das canalizaes de esgoto. 1 - Quando for necessria a instalao com afastamento menor do que o recomendado, devem ser adotados meios de proteo contra rupturas, escapamentos e infiltraes. 2 - expressamente proibida a passagem de canalizaes de abastecimento de gua pelo interior de fossas, canalizaes de esgoto, sistemas de disposio final, poos de visita ou caixas de inspeo das redes de esgoto. Art. 89 - As edificaes, dependendo de sua altura e das condies tcnicas operadoras do servio pblico de abastecimento de gua, podero ter: a) abastecimento direto, ou seja, alimentao dos pontos de consumo em funo da rede pblica; b) abastecimento indireto, ou seja, alimentao dos pontos de consumo pelo reservatrio superior; c) abastecimento misto, ou seja, alimentao de pontos de consumo distintos com adoo simultnea dos dois sistemas anteriores; d) abastecimento indireto com recalque, ou seja, alimentao dos pontos de consumo pelo reservatrio superior, que ser alimentado pelo reservatrio inferior, atravs de um sistema de recalque de gua. Art. 90 - Nos edifcios residenciais, comerciais, industriais, de diverses pblicas, de prestao de servios e similares, devero ser observadas as seguintes condies: a) as edificaes com at 2 (dois) pavimentos podero ter abastecimento direto, indireto ou misto; b) nas edificaes com at 4 (quatro) pavimentos somente os 2 (dois) primeiros pavimentos podero ter abastecimento direto, indireto ou misto, devendo os demais ter abastecimento indireto com recalque.

Art. 91 - Os edifcios destinados a hotel, escola, asilo, hospital ou similares devero ter abastecimento indireto ou indireto com recalque. Art. 92 - Nas edificaes com mais de 4 (quatro) pavimentos, destinados a qualquer atividade, ser obrigatrio o abastecimento indireto com recalque. Pargrafo nico - Atendendo a condies locais, a autoridade sanitria poder exigir, para qualquer edificao, a instalao de sistema de recalque. Art. 93 - Nas edificaes com abastecimento indireto ou indireto com recalque, a capacidade dos reservatrios dever obedecer s seguintes condies: a) capacidade mnima correspondente ao consumo de um dia; b) estimativa de consumo obedecendo norma NB-92 da ABNT; c) nos edifcios residenciais e nos destinados a hotel, asilo, escola com internato e similares, o consumo ser estimado considerando-se, uma pessoa para cada 6,00 m2 (seis metros quadrados) ou frao de rea de dormitrio ou alojamento; d) nos edifcios destinados a escritrios, consultrios e similares, o consumo ser estimado considerando-se 1 (uma) pessoa para cada 7,00 m2 (sete metros quadrados) ou frao de rea de sala de trabalho; e) o reservatrio superior, quando houver instalao de reservatrio inferior, e sistema de recalque, no poder ter capacidade menor do que 40% (quarenta por cento) da reserva total calculada; f) o reservatrio inferior ter capacidade dependente do regime de trabalho do sistema de recalque e no poder ter capacidade menor do que 60% (sessenta por cento) da reservao total calculada. Pargrafo nico - Quando houver abastecimento misto poder se prescindir a incluso na estimativa das reas da edificao com abastecimento direto. Art. 94 - Os reservatrios sero construdos obedecendo s seguintes condies: a) serem perfeitamente estanques e terem as paredes internas com superfcie lisa, impermevel e resistente; b) terem cobertura adequada, com a abertura de visita que permita inspeo, dotada de rebordo e tampa; c) no serem construdos ou revestidos com material que possa poluir ou contaminar a gua; d) terem entrada de gua por canalizao dotada de torneira de bia situada, no mnimo, a 0,02m (dois centmetros) acima do nvel mximo da gua; e) terem canalizao de esgotamento e limpeza com dimetro superior no da canalizao de entrada; f) terem canalizao para extravasor com dimetro superior ao da canalizao de entrada de gua; g) as canalizaes de esgotamento e do extravasor devem desaguar em ponto perfeitamente visvel e no podero ser ligados diretamente rede pluvial ou de esgoto domstico; deve, ainda, o extravasar ser dotado de dispositivo protetor, com tela que impea o acesso de insetos e pequenos animais; h) os reservatrios com capacidade maior do que 10,00 m3 (dez metros cbicos) devero ser subdivididos em compartimentos independentes; i) terem proteo contra entrada de mosquitos, poeiras, lquidos ou qualquer matria estranha.

1 - Os reservatrios inferiores no devem ser totalmente enterrados e sua tampa deve situar-se, no mnimo, a 0,20 m (vinte centmetros) do nvel do piso ou terreno. 2 - Sobre o reservatrio no podero ser construdos depsito de lixo, incineradores ou qualquer edificao que possa poluir ou contaminar a gua e impedir o acesso abertura de inspeo ou dificultar o esgotamento e extravaso. 3 - proibido acumular objetos sobre as tampas dos reservatrios, devendo estas permanecer sempre desimpedidas. 4 - Ser obrigatria a limpeza dos reservatrios, no mnimo, uma vez por ano e de acordo com tcnica prescrita pela Secretaria da Sade. Art. 95 - Nas edificaes com abastecimento indireto com recalque, as instalaes de recalque de gua devem ser projetadas e instaladas obedecendo s seguintes condies: a) terem capacidade adequada demanda de consumo da instalao predial; b) terem, no mnimo, 2 (duas) bombas de recalque e cada uma com capacidade para atender demanda de consumo; c) terem as bombas capacidade de vazo horria, no mnimo, igual a 15% (quinze por cento) do consumo dirio; d) no podero as bombas proceder suco direta da rede pblica de abastecimento de gua potvel nem do ramal de ligao mesma; e) terem as casas de bomba rea necessria para instalao, num mnimo de 2,00 m2 (dois metros quadrados), e serem dotadas de porta-veneziana e ralo no piso. Art. 96 - Nas zonas servidas por rede de abastecimento de gua potvel, os poos sero tolerados exclusivamente para suprimento com fins industriais ou para uso em floricultura ou agricultura, devendo satisfazer seguintes condies: a) serem convenientemente fechados, com tampa, no mnimo, a 0,40 m (quarenta centmetros) da superfcie do solo; b) serem dotados de bomba; Pargrafo nico - Os poos no utilizados sero aterrados at o nvel do terreno. Art. 97 - Nas zonas no dotadas de rede de abastecimento de gua potvel ser permitido o suprimento por fontes e poos, devendo a gua ser previamente examinada e considerada de boa qualidade para fins potveis. 1 - As fontes, alm da boa qualidade da gua para fins potveis, devem satisfazer s seguintes condies: a) serem dotadas de caixa de captao de concreto armado, alvenaria de tijolos ou pedras, perfeitamente fechada e impermevel, e de acordo com as exigncias sanitrias fixadas para os reservatrios inferiores neste Regulamento e em Normas Tcnicas Especiais; b) terem proteo sanitria adequada contra infiltrao de poluentes. 2 - Os poos, alm da boa qualidade da gua para fins potveis, devem satisfazer s seguintes condies: a) estarem convenientemente distanciados de fossas, sumidouros de guas servidas ou de qualquer fonte de contaminao; b) terem as paredes estanques no trecho em que possa haver infiltraes de guas de superfcie;

c) terem bordas superiores a, no mnimo, 0,40 m (quarenta centmetros) acima da superfcie do solo; d) terem tampa de laje de concreto armado com caimento para as bordas, dotada de abertura de visita com proteo contra entrada de guas pluviais; e) serem dotadas de bomba. 3 - proibido acumular objetos sobre as tampas de poos, devendo permanecer sempre desimpedidas. Art. 98 - Nas zonas dotadas de servio de abastecimento de gua proibido o seu acmulo em barris, tinas, latas e recipientes similares. SUBSECO II Da Coleta e Disposio dos Esgotos Sanitrios Art. 99 - As guas residurias de qualquer natureza ou origem devem ser coletarias, transportadas e ter destino final atravs de instalaes ou sistema de esgoto sanitrio que satisfaam s seguintes condies: a) permitir coleta total de todos os resduos lquidos; b) promover pronto e eficiente escoamento dos esgotos coletados; c) impedir a poluio e conseqente contaminao das guas e dos alimentos; d) impedir a emisso de gases que possam poluir o ar; e) permitir fcil manuteno e reparo de seus dispositivos e canalizaes. Pargrafo nico - No sero permitidos nas redes coletoras de esgotos sanitrios despejos que contenham: a) gases txicos ou substncias capazes de produzi-los; b) substncias inflamveis ou que produzam gases inflamveis; c) resduos ou materiais capazes de causar obstrues, incrustaes ou danos s instalaes de coleta, transporte e tratamento de esgoto sanitrio; d) substncias que possam interferir com os processos de tratamento. Art. 100 - As guas residurias de qualquer natureza ou origem devem ter destino final com prvio tratamento por processo compatvel com o corpo receptor. Pargrafo nico - As guas residurias podero ter destino final sem prvio tratamento, a juzo da Secretaria da Sade, desde que suas caractersticas atendam ao que prescrevem este Regulamento e Normas Tcnicas Especiais. Art. 101 - Os servios coletivos de esgoto sanitrio, alm do disposto neste Regulamento e em Normas Tcnicas Especiais, devem satisfazer s seguintes condies: a) empregarem, para coleta e transporte das guas residurias, de preferncia, o sistema separador absoluto; b) manterem as instalaes e rede coletora em perfeitas condies de operao e higiene; c) operarem sob responsabilidade de profissional habilitado. Art. 102 - Sob nenhum pretexto, que no tenha por base condies imperiosas de Sade Pblica,

ser interrompida a ligao de instalaes de esgoto sanitrio de qualquer edificao rede coletora pblica, salvo em casos extremos e a juzo da Secretaria da Sade. Art. 103 - Toda edificao ter um conjunto de canalizaes e aparelhos sanitrios que constituir a instalao predial de esgoto sanitrio destinada a coletar e afastar todos os despejos domsticos ou industriais. Art. 104 - Todos os prdios com frente para logradouros dotados de coletor de esgoto sanitrio devem ser ligados ao referido coletor. Pargrafo nico - Quando a instalao predial no puder ter esgotamento dos despejos por gravidade para o coletor pblico, deve ser instalada caixa coletora e dispositivo de recalque ou adotado o sistema de tratamento por fossa sptica. Art. 105 - As instalaes prediais de esgoto sanitrio devem satisfazer, alm do disposto neste Regulamento e na Norma Tcnica 19 da ABNT, s seguintes condies: a) no receberem guas pluviais ou de drenagem de terreno nem substncias estranhas ao fim a que se destinam; b) terem o coletor predial e os subcoletores dimetro mnimo de 100 mm (cem milmetros), construdos, sempre que possvel, na parte no edificada no terreno; c) terem as caixas de inspeo com tampa vista; d) terem dispositivos desconectadores destinados proteo contra emisses de gases da rede para o interior da edificao; e) terem sistema de ventilao para coletar e conduzir os gases para a atmosfera; f) terem distncia entre caixas de inspeo, poos de visita ou peas de inspeo no inferior a 15,00 m (quinze metros); g) terem dispositivo de reteno de gorduras, leos e graxas; h) terem coleta de guas de lavagem de pisos e banho por meio de ralo sifonado. Art. 106 - Nas edificaes situadas em logradouros no dotados de coletor pblico de esgoto sanitrio, ser adotado, para tratamento dos despejos domsticos, o sistema de fossa sptica, com instalaes complementares. Art. 107 - As fossas spticas, alm do disposto neste Regulamento e em Normas Tcnicas da ABNT, devem satisfazer s seguintes condies: a) receberem todos os despejos domsticos ou qualquer outro despejo de caractersticas semelhantes; b) no receberem guas pluviais nem despejos industriais, que possam prejudicar as condies de funcionamento; c) terem capacidade adequada ao nmero de pessoas a atender, com dimensionamento mnimo para a contribuio de 5 (cinco) pessoas; d) serem construdas com material de durabilidade e estanqueidade adequadas ao fim a que se destinam; e) terem facilidade de acesso, tendo em vista a necessidade peridica de remoo de lodo digerido; f) no serem localizadas no interior das edificaes e sim em reas livres do terreno.

Art. 108 - O efluente de fossa sptica poder ser disposto no solo ou em guas superficiais, desde, que observadas as seguintes condies: a) nenhum manancial destinado ao abastecimento domiciliar corra perigo de poluio ou contaminao; b) no sejam prejudicadas as condies de balneabilidade de praias e outros locais de recreio e esporte; c) no se observem odores desagradveis, presena de insetos e outros inconvenientes; d) no haja poluio ou contaminao do solo, capaz de afetar, direta ou indiretamente, a sade de pessoas ou animais. SUBSECO III Da Coleta e Disposio do lixo Art. 109 - obrigatria a remoo diria do lixo de todas as edificaes situadas em zonas servidas por servio de limpeza pblica, na forma do disposto neste Regulamento e em Normas Tcnicas Especiais. Art. 110 - O lixo deve ser coletado, transportado e ter destino final conforme o disposto neste Regulamento e de acordo com as seguintes condies: a) serem os recipientes de coleta domiciliar, estanques, de fcil remoo e esvaziamento, com superfcie interna lisa e dotados de dispositivos adequados de fechamento; b) serem, os veculos de transporte, dotados de compartimento adequado ao acondicionamento de lixo com dispositivo que impea a queda de resduos nas vias pblicas; c) no ser utilizado, quando in natura para alimentao de porcos ou outros animais; d) no ser depositado sobre o solo; e) no ser queimado ao ar livre; f) no ser lanado em guas de superfcie. Pargrafo nico - O lixo sptico e os restos de alimentos dos hospitais sero, obrigatoriamente, incinerados nos prprios hospitais. Art. 111 - O solo poder ser utilizado para destino final do lixo domiciliar desde que adotado o processo de aterro sanitrio observadas as seguintes condies: a) delimitao da rea de terreno destinada a receber o aterro, por meio de dispositivo que impea o acesso de pessoas estranhas ao servio e de animais; b) adoo de meios que impeam a poluio das guas subterrneas ou de superfcie; c) compactao adequada do lixo depositado; d) adoo de medidas de controle de insetos e ratos, de maus cheiros e combusto; e) instalao de dispositivo que impea a disperso, pela vizinhana, de resduos carregados pelos ventos; f) cobertura final com terra em camada com espessura mnima de 0,60 m (sessenta centmetros). Art. 112 - A incinerao de lixo somente poder ser efetuada em equipamento adequado. 1 - Os incineradores, alm do disposto neste Regulamento e em Normas Tcnicas Especiais, devero satisfazer s seguintes condies: a) serem de tipo aprovado pela Secretaria da Sade;

b) utilizarem como fonte de energia calorfica leo ou gs derivados de petrleo ou eletricidade; c) serem do tipo de cmaras mltiplas; d) no terem a temperatura de queima inferior a 650C (seiscentos e cinqenta graus Celsius); e) terem suprimento adequado de combustvel e de ar que permita completa combusto do lixo; f) serem os sistemas de isolamento, carga, alimentao e exausto providas de todos os meios de proteo, segurana e vedao para no cansarem nenhum risco, prejuzo ou incmodo s pessoas ou ao ambiente; g) terem capacidade adequada ao volume de lixo a ser incinerado; h) terem chamin dotada de dispositivo fuliginrio. 2 - Nenhum incinerador poder ser instalado ou funcionar sem prvia aprovao da Secretaria da Sade. Art. 113 - As instalaes domiciliares em edificaes de uso coletivo, alm do disposto neste Regulamento e em Normas Tcnicas Especiais, devero satisfazer s seguintes condies: I - terem compartimento prprio para colocao dos recipientes de coleta com as seguintes caractersticas: a) ser construdo de alvenaria; b) ter piso e paredes revestidos com material lavvel, impermevel, liso, uniforme e resistente; c) ter, no piso, ralo sifonado para coleta de lquidas e guas de lavagem, ligado rede de esgoto sanitrio; d) ter ampla e permanente ventilao; e) ter rea til de acordo com o nmero de recipientes e com o volume de lixo a ser coletado em 24 (vinte e quatro) horas; f) ter porta com largura no inferior a 0,70 m (setenta centmetros). II - O tubo de queda para transporte de lixo deve satisfazer as seguintes condies: a) ter as paredes lisas e uniformes, de material impermevel e no absorvente; b) ter dimetro nunca inferior a 0,45 m (quarenta e cinco centmetros) e alinhamento a prumo; c) ser separado das chamins do incinerador; d) serem as aberturas para despejo de lixo com fechamento automtico e hermtico, com seco menor que a do tubo de queda, instaladas em compartimento prprio com acesso por rea de uso comum. Pargrafo nico - Para o clculo do volume de lixo a ser coletado considera-se contribuio de 2,5 l (dois litros e meio) por pessoa. SUBSECO IV Da Coleta e Disposio das guas Pluviais e da Drenagem Art. 114 - Nos terrenos, ao receberem edificaes, devero ser realizadas as obras necessrias ao pronto escoamento de guas pluviais e as de drenagem do terreno, quando necessrio, atendendo s seguintes condies: a) as guas de chuva e de drenagem devero ser conduzidas para a rede pblica do esgoto pluvial, para calha ou sarjeta do logradouro pblico ou para uma vala ou curso de gua que passe nas proximidades do terreno:

b) quando o escoamento das guas se fizer atravs de terrenos vizinhos, devido conformao topogrfica, devero ser tomadas medidas convenientes que evitem danos propriedade alheia; c) as canalizaes devero ter dimetro e declividade convenientes ao escoamento; d) nas mudanas de direo e no encontro de coletores devero ser construdas caixas de inspeo; e) as caixas coletoras devero ser dotadas de dispositivos de reteno de materiais grosseiros; f) no podero ser conduzidas as guas pluviais rede de esgoto sanitrio. Pargrafo nico - Os terrenos e as edificaes sero dispensados das obras de coleta e escoamento de guas pluviais, desde que: a) a rea ocupada pela edificao seja inferior a 1/20 (um vinte avos) da rea do terreno; b) a distncia mnima entre a edificao e a divisa do lote, em cota mais baixa, seja superior a 20,00m (vinte metros). SECO III Da Proteo do Meio Ambiente e do Controle da Poluio Art. 115 - vedado o lanamento de qualquer substncia ou mistura de substncia, em estado slido, lquido ou gasoso, no meio ambiente (guas, ar e solo), que possam torn-lo: a) imprprio, nocivo, ofensivo, inconveniente ou incmodo sade e ao bem-estar do homem, bem como s atividades normais da comunidade; b) prejudicial ao uso e gozo da propriedade e danoso s edificaes. Art. 116 - Para efeitos da proteo do meio ambiente, ficam sob controle da Secretaria da Sade as atividades industriais, comerciais, de prestao de servios e outras fontes de qualquer natureza, que produzam ou venham a produzir efeitos danosos ao meio ambiente. SUBSECO I Da Proteo das guas Art. 117 - As guas litorneas e das bacias hidrogrficas, no territrio do Estado do Rio Grande do Sul, para fins de controle de poluio e de sua proteo, sero destinadas a: a) abastecimento pblico ou privado de gua potvel; b) recreao, natao, esportes aquticos e balnerios; c) recebimento para diluio e afastamento de despejos industriais e sanitrios, a critrio da Secretaria da Sade. Pargrafo nico - As guas do Estado, quando destinadas aos usos previstos neste Regulamento, no podero ser utilizadas para outros fins sem prvia aprovao da Secretaria da Sade. Art. 118 - As guas do Estado sero classificadas, pela Secretaria da Sade, de acordo com suas caractersticas fsico-qumicas, bacteriolgicas e biolgicas e com seus usos preponderantes, para efeitos de abastecimento de gua potvel e para recepo e diluio de despejos industriais e sanitrios, nas seguintes classes: a) Classe I - guas destinadas ao abastecimento para fins potveis sem tratamento de qualquer

natureza, a no ser processo de desinfeco; b) Classe II - guas destinadas ao abastecimento para fins potveis, aps filtrao e desinfeco, irrigao de hortalias, natao, recreao, esportes aquticos e balnerios; c) Classe III - guas destinadas ao abastecimento para fins potveis, aps tratamento convencional e desinfeco; d) Classe IV - guas destinadas ao abastecimento para fins potveis, com tratamento especial e desinfeco; e) Classe V - guas que no possam ser utilizadas como manancial para abastecimento para fins potveis, podendo ser utilizadas para o recebimento e diluio de despejos industriais e sanitrios, a critrio da Secretaria da Sade. 1 - Os parmetros fsicos, qumicos e biolgicos de cada classe e o enquadramento na classificao sero fixados pela Secretaria da Sade, atravs de Normas Tcnicas Especiais. 2 - A Secretaria da Sade, quando julgar necessrio e conveniente, poder alterar a classificao dos corpos de gua. Art. 119 - As guas residurias de qualquer natureza, quando por suas caractersticas fsicas, qumicas e biolgicas, alterarem prejudicialmente a composio das guas receptoras, devero sofrer prvio tratamento, a critrio da Secretaria da Sade. Art. 120 - O lanamento de guas residurias poder ser efetuado nos corpos de gua somente aps prvia autorizao da Secretaria da Sade e mediante licena especfica. 1 - Na licena especfica para lanamentos de guas residurias constaro o volume e as caractersticas do despejo que, em qualquer circunstncia, no podero ser alterados sem autorizao da Secretaria da Sade. 2 - As guas classificadas na Classe I no podero receber despejos de qualquer natureza. SUBSECO II Da Proteo do Ar Art. 121 - O controle de substncias estranhas, introduzidas na atmosfera interior ou exterior das edificaes, consideradas incmodas ou nocivas sade, ser exercido pela Secretaria da Sade. Pargrafo nico - Os limites de tolerncia para emisso de gases, fumos, vapores e poeiras sero fixados pela Secretaria da Sade atravs de Normas Tcnicas Especiais. Art. 122 - A emisso de fumaa ser controlada atravs do emprego da Escala de Ringelmann. 1 - Considera-se fumaa a suspenso, no ar, de pequenas partculas slidas resultantes da combusto incompleta de material carbonceo. 2 - A Escala Ringelmann classifica as fumaas por comparao com seis (6) padres grficos, com variaes uniformes de tonalidade do branco (padro zero) ao preto (padro 5). 3 - No ser permitida a emisso contnua, para o ar, de fumaa com tonalidade superior ao Padro 2 (dois) da Escala de Ringelmann. 4 - tolerada a emisso de fumaa com Padro 3 (trs) da Escala de Ringelmann por um perodo mximo de 6 (seis) minutos, em qualquer perodo de uma hora, correspondente s

operaes iniciais de combusto ou de limpeza da fornalha.

SUBSECO III

Da Proteo do Solo

Art. 123 - A disposio no solo de biocidas, adubos e resduos de qualquer natureza dever ser feita de forma a no prejudicar a sade nem contribuir para a poluio dos corpos de gua. Art. 124 - O solo poder ser utilizado para destino final de resduos, desde que sua disposio seja feita de acordo com o estabelecido em Normas Tcnicas Especiais e mediante licena especfica fornecida pela Secretaria da Sade. SUBSECO IV Dos Sons Incmodos e dos Rudos Art. 125 - proibido perturbar o bem-estar pblico ou particular com sons ou rudos de qualquer natureza, que ultrapassem os nveis mximos de intensidade fixados por este Regulamento e Normas Tcnicas em vigor. Art. 126 - A responsabilidade pelo controle de sons e rudos que perturbem o bem-estar pblico cabe a todos os componentes da comunidade ligados ao problema, tais sejam, a autoridade policial, a autoridade de trnsito, as prefeituras municipais e a autoridade sanitria. Art. 127 - As autoridades citadas no artigo anterior, levaro em conta, na execuo de suas atribuies, os nvel de sons incmodos e rudos estabelecidos pelas Normas Tcnicas deste Regulamento. Art. 128 - Os nveis de intensidade de som devem ser medidos em termos de presso sonora, por aparelhos normalmente designados Medidores de Intensidade de Som de trs bandas, e expressos os resultados em decibis (dB). Art. 129 - Fica proibida a localizao de indstrias, oficinas, casas de diverses e qualquer outro estabelecimento em zonas que, pela sua proximidade, possam perturbar os moradores com sons incmodos e/ou rudos que produzam. Art. 130 - Para o estabelecimento de nveis de sons e rudos tolerados adotado o critrio de

horrio noturno e diurno, compreendendo-se como horrio noturno o das 22 (vinte e duas) horas at s 5 (cinco) horas da manh. Art. 131 - Ficam estabelecidos os seguintes nveis de sons e rudos permitidos de acordo com o horrio de atividade: a) Horrio Noturno - at 30 dB (trinta decibis) medidos na curva A do medidor de intensidade de som (decibelmetro); b) Horrio Diurno - at 60 dB (sessenta decibis) medidos na curva B do medidor de intensidade de som. Pargrafo nico - A medio dos nveis de sons incmodos e rudos ser feita dentro do domiclio ou estabelecimento prejudicado, com as janelas e portas fechadas, e distncia de 1,00 m (um metro) da parede. Art. 132 - As exigncias contidas nos artigos anteriores no dispensam os estabelecimentos de cumprirem os dispositivos legais exigidos por outras autoridades fora da rea da Sade Pblica. SUBSECO V Da Proteo Contra Radiaes Art. 133 - O uso de substncias radioativas, naturais ou artificiais, e a instalao de equipamentos que produzem radiaes ionizantes, para fins teraputicos ou pesquisa cientfica, dependem de prvia autorizao da Secretaria da Sade e devem obedecer ao que dispe este Regulamento. Art. 134 - O transporte do material radioativo ser fiscalizado de acordo com as instrues baixadas pela autoridade sanitria. Art. 135 - O transporte do rdio ou de doses teraputicas de material radioativo nos hospitais e nos centros urbanos deve ser feito em recipientes que ofeream proteo adequada, observandose os valores indicados por clculo e seus portadores no devem ser expostos a dose superior a 0,0022 Roentgen/hora. Art. 136 - No preparo e emprego do radon, cuja proteo deve ser assegurada como se fora o rdio, sero observadas as normas que forem prescritas nas tabelas de proteo, levando-se em conta que a quantidade de randon, presente no ar, e que pode ser medida por aspirao, no deve ultrapassar a 10-12 Ci/cm3. Art. 137 - A disposio dos resduos radioativos s pode ser feita nas condies estabelecidas pelas Normas Internacionais. Art. 138 - s pessoas que manipulam rdio, sais de rdio ou qualquer substncia radioativa deve ser assegurada proteo contra os efeitos: a) dos raios Alfa e Beta; b) dos raios Gama, particularmente sobre as mos, rgos internos hematopoiticos e gnadas. Art. 139 - A manipulao do rdio, sais de rdio ou qualquer outra substncia radioativa deve ser

feita distncia, de preferncia por meio longas pinas providas de manopla de chumbo, no devendo ser tocado diretamente com as mos, sendo que na preparao de moldes e aparelhos o operador deve trabalhar em mesa angular em L (ele), com anteparo de chumbo de espessura calculada em funo da quantidade de rdio ou espessura equivalente de outro material. Art. 140 - Ao pessoal que manipula rdio recomendvel a adoo de sistema de rodzio, que afaste periodicamente cada servidor do contato direto com o mesmo e, particularmente, depois de exposies que ultrapassem 1,5 R/semana (um e meio Roetgen por semana) para as mos, ou 0,1R/semana para o corpo todo. Art. 141 - absolutamente proibido o trabalho em regime de exposio ocupacional de 8h/dia ou 40h/semana (oito horas por dia ou quarenta horas por semana) sem o uso de dosmetro pessoal, quais sejam: cmara de ionizao, tipo caneta, e dosmetro termoluminescente ou radiofotoluminescente. Art. 142 - O rdio, sais de rdio ou qualquer substncia radioativa, quando fora de uso, deve ser conservado o mais distante possvel do pessoal do servio e guardado em cofre munido de gavetas, com proteo de chumbo em todas as direes, de acordo com espessuras calculadas em funo da quantidade em mg (miligramas) de rdio. SECO IV Do Zoneamento Urbano e dos Loteamentos SUBSECO I Do Zoneamento Urbano Art. 143 - A Administrao Pblica Municipal, nas reas urbanas sob sua jurisdio, deve estabelecer zonas residenciais, comerciais e industriais, de modo a regulamentar o uso, a altura das construes, a ocupao e o ndice de aproveitamento dos lotes urbanos. Art. 144 - A zona industrial deve ser localizada observando a orientao dos ventos dominantes de modo que no sejam lanados detritos, fumaas, gases ou vapores sobre a rea urbana. Art. 145 - Os planos e projetos de demarcao ou instalao de distritos ou zonas industriais devem ser aprovados pela Secretaria da Sade. Art. 146 - Nas zonas residenciais a ocupao do lote pela edificao deve ser, no mximo, de 66% (sessenta e seis por cento) da rea total. Pargrafo nico - As edificaes nas zonas residenciais devem ter, obrigatoriamente, recuo de frente com a profundidade mnima de 4,00 m (quatro metros). Art. 147 - Nas zonas comerciais e industriais a ocupao do lote com a edificao principal deve ser, no mximo, de 80% (oitenta por cento) da rea total.

SUBSECO II Dos Loteamentos Art. 148 - A expanso urbana por loteamento, alm das disposies legais emanadas da Administrao Pblica Municipal, deve atender ao disposto neste Regulamento, mesmo quando aqueles se situarem em zonas suburbanas ou rurais. 1 - O loteamento de glebas rurais em chcaras, stios, colnias ou congneres independe de aprovao prvia da Secretaria da Sade. 2 - Considera-se loteamento rural a subdiviso de glebas, em zonas rurais, em chcaras, stios, colnias ou congneres com rea dos lotes no inferior a 5.000,00 m2 (cinco mil metros quadrados) e cujas caractersticas no permitam, por simples subdiviso, transformarem-se em lotes urbanos. Art. 149 - No podem ser loteados os terrenos baixos, alagadios e sujeitos a inundaes, antes de tomadas as providncias para assegurar-lhes o escoamento das guas. Art. 150 - O traado virio deve atender ao plano de arruamento estabelecido pela Administrao Pblica Municipal e satisfazer s seguintes condies: a) dar continuidade s ruas vizinhas existentes ou previstas no plano municipal de arruamento, segundo orientao da municipalidade; b) terem, as ruas, largura total no inferior a 14,00 m (quatorze metros), reservando-se, no mnimo, 7,00 m (sete metros) para o leito carrovel e 3,50 m (trs metros e cinqenta centmetros) para passeio em ambos os lados da via pblica; c) terem rampa mxima de 10% (dez por cento). 1 - As ruas de trfego local que servem e se situam no interior de ncleos ou conjuntos de edificaes, quando com comprimento no superior a 220,00 m (duzentos e vinte metros), reservando-se 3,00 m (trs metros) para o leito carrovel e 2,00 m (dois metros) para o passeio em ambos os lados da via. 2 - margem das faixas de domnio de vias frreas e de estradas de rodagem obrigatria a existncia de rua. Art. 151 - O comprimento das quadras no pode ser superior a 450,00 m (quatrocentos e cinqenta metros). Pargrafo nico - As quadras com mais de 220,00 m (duzentos e vinte metros) devem dispor de passagem interna para pedestres com 3,00 m (trs metros) de largura, no mnimo. Art. 152 - A rea mnima reservada a espaos abertos de uso pblico, compreendendo sistema virio e sistema de recreao, deve ser de 30% (trinta por cento) da rea total da gleba a ser loteada. 1 - Para efeitos deste artigo, consideram-se sistema de recreao as reas destinadas a praas, jardins e parques de uso pblico. 2 - As glebas a serem loteadas com rea inferior a 10.000,00 m2 (dez mil metros quadrados) esto isentas das exigncias deste artigo. 3 - A rea de uso pblico deve ser distribuda em 10% (dez por cento) para o sistema de

recreao e 20% (vinte por cento) para o sistema virio. 4 - No caso de ser a rea ocupada pelo sistema virio, inferior a 20% (vinte por cento) da rea total a ser loteada, a diferena deve ser acrescida rea reservada para o sistema de recreao. 5 - vedada expressamente, a construo de edifcios pblicos ou privados nas reas destinadas ao sistema de recreao, quando destinados a atividades incompatveis com a finalidade do sistema. Art. 153 - Ao longo das guas correntes, intermitentes ou dormentes, deve ser destinada rea para rua ou sistema de recreio com 9,00 m (nove metros) de largura, no mnimo, observadas as demais exigncias deste Regulamento. Art. 154 - Ao longo dos coletores naturais de guas pluviais deve ser prevista faixa com 9,00 m (nove metros) de cada lado do eixo, podendo ser reduzida ao mnimo de 4,50 m (quatro metros e cinqenta centmetros), em funo da rea da bacia tributria, sempre obedecendo s demais exigncias deste Regulamento. Art. 155 - Os lotes destinados a receber edificaes devem ter frente mnima de 10,00 m (dez metros) e rea mnima de 250,00 m2 (duzentos e cinqenta metros quadrados). 1 - No so permitidos lotes de fundo. 2 - A critrio da autoridade sanitria, os lotes que apresentem partes situadas em cota inferior ao eixo da rua tero reserva obrigatria de faixa no edificvel para construo de obras de saneamento. Art. 156 - permitido o agrupamento de edificaes em conjuntos residenciais, comerciais ou industriais, desde que a rea ocupada pelas construes no seja superior a 50% (cinqenta por cento) da rea total da gleba a ser loteada. SECO V Das Edificaes e Instalaes Art. 157 - As edificaes, alm das exigncias estabelecidas neste Regulamento, em Normas Tcnicas Especiais e Legislao Municipal vigente no local onde venham a ser construdas, devem ser adequadas e compatveis com o uso ou finalidade a que se destinarem. SUBSECO I Da Localizao Art. 158 - As edificaes, de acordo com o uso ou finalidade a que se destinam, devem ser compatveis com os zoneamentos urbanos estabelecidos pela Legislao Municipal vigente no local onde venham a ser construdas ou ocupadas. Pargrafo nico - Nos municpios onde no houver zoneamentos urbanos estabelecidos pela Administrao Municipal, a Secretaria da Sade poder impedir a construo ou ocupao de uma edificao cujo uso ou atividade a que se destina seja incompatvel com o uso preponderante de uma zona urbana.

Art. 159 - A Secretaria da Sade, em qualquer circunstncia, poder impedir a construo ou ocupao de uma edificao cujo uso ou fim que se destine seja perigoso ou nocivo Sade Pblica. SUBSECO II Dos Elementos Gerais das Edificaes Art. 160 - As edificaes devero ter composio funcional a ser construda com materiais e tcnicas compatveis com o uso ou finalidade a que se destinem. Pargrafo nico - A Secretaria da Sade poder impedir ou embargar a construo ou ocupao de uma edificao que apresentar deficiente composio funcional e inadequados materiais e/ou tcnica de construo ao uso ou finalidade a que se destine. Art. 161 - Quando as condies do terreno o exigirem, para afastar a umidade ou infiltraes de guas, ser realizada drenagem, por tcnica eficaz e aprovada pela autoridade sanitria. Pargrafo nico - Na construo de qualquer edificao devem ser adotados meios que impeam a infiltrao de guas de qualquer natureza que possam prejudicar as suas condies de salubridade. Art. 162 - As edificaes devem atender, no mnimo, s seguintes condies de impermeabilizao: a) assentarem sobre o terreno preparado de modo a evitar estagnao de guas de qualquer natureza; b) serem isoladas do solo por camada impermevel e resistente, cobrindo toda a superfcie da construo e atravessando as alvenarias at o paramento externo; c) terem o pavimento trreo a 0,15 m (quinze centmetros) acima do nvel do terreno livre contguo ao paramento externo da construo, salvo quando este pavimento for destinado a poro utilizvel; d) terem as fundaes construdas com material de tipo resistente, impermevel e no absorvente; e) terem as alvenarias em contato com o solo ou expostas a ventos chuvosos tratamento impermeabilizante para impedir infiltraes de guas; f) terem a cobertura de material resistente, impermevel, imputrescvel, incombustvel e mau condutor de calor, construda de forma a permitir rpido escoamento das guas pluviais. Art. 163 - As paredes das edificaes, salvo quando a tcnica de construo indicar o contrrio, sero de alvenaria de tijolos de barro cozido e obedecero s seguintes caractersticas: a) as paredes externas devero ter espessura mnima de 0,25 m (vinte e cinco centmetros); b) as paredes internas devero ter espessura mnima de 0,15 m (quinze centmetros); c) as paredes que constiturem divisa entre economias distintas, mesmo em uma edificao, devero ter espessura mnima de 0,25 m (vinte e cinco centmetros); d) serem convenientemente revestidas com material adequado ao uso ou atividade a que se destinem os compartimentos da edificao.

1 - Somente ser tolerado o emprego de argila na argamassa quando utilizados recursos que faam compacta a sua superfcie externa. 2 - As paredes podero ser construdas com outros materiais, de natureza diversa do tijolo, desde que possuam, comprovadamente, as mesmas caractersticas de resistncia, impermeabilidade e isolamento termo-acstico deste material, podendo, no caso, as espessuras mnimas especificadas para as paredes ser alteradas. 3 - As edificaes destinadas habitao unifamiliar podero ter paredes de madeira. Art. 164 - Os entrepisos devem ser de material resistente, impermevel, incombustvel e no absorvente. Pargrafo nico - Nas edificaes destinadas habitao unifamiliar ser tolerado entrepiso de madeira. Art. 165 - Os pisos sero pavimentados com material adequado ao uso ou finalidade a que se destinem os compartimentos da edificao e de acordo com as prescries deste Regulamento. Art. 166 - Nas edificaes, de acordo com o uso ou finalidade a que se destinem, os compartimentos tero os seguintes ps direitos mnimos: a) compartimentos situados no pavimento trreo ou ao nvel do logradouro pblico e destinados a lojas, comrcio ou indstria: 3,50 m (trs metros e cinqenta centmetros) quando tiverem rea no superior a 80,00 m2 (oitenta metros quadrados) ou 4,00 m (quatro metros) quando tiverem rea superior a 80,00 m2 (oitenta metros quadrados); b) compartimentos de utilizao prolongada: 2,60 m (dois metros e sessenta centmetros); c) compartimentos de utilizao transitria: 2,20 m (dois metros e vinte centmetros); Pargrafo nico - Os compartimentos de utilizao especial tero p direito de acordo com especificaes prprias estabelecidas neste Regulamento. Art. 167 - Os compartimentos das edificaes devem ter porta com dimenses adequadas ao uso finalidade a que se destinem e com as seguintes caractersticas mnimas: I - largura: a) a porta principal de acesso edificao: 0,90 m (noventa centmetros); b) porta de acesso a qualquer compartimento de utilizao prolongada: 0,80 m (oitenta centmetros); c) porta de acesso a qualquer compartimento de utilizao transitria: 0,70 m (setenta centmetros); d) porta de compartimento sanitrio: 0,60 m (sessenta centmetros); II - altura: 2,00 m (dois metros). Pargrafo nico - Os compartimentos de utilizao especial tero portas de acordo com especificaes prprias estabelecidas neste Regulamento. Art. 168 - Os compartimentos das edificaes devem ter janelas ou portas-janelas voltadas para o exterior com tipo e dimenses adequadas ao uso ou finalidade a que se destinem e de acordo com as seguintes caractersticas: a) terem superfcie iluminante igual a 1/8 (um oitavo) da rea de piso dos compartimentos de utilizao prolongada;

b) terem superfcie iluminante igual a 1/5 (um quinto) da rea de piso dos compartimentos destinados a domiclio, alojamento enfermaria e sala de aula; c) terem superfcie iluminante igual a 1/12 (um doze avos) da rea de compartimentos de utilizao transitria; d) terem dispositivo que permita abertura para ventilao de 1/2 (um meio) da superfcie iluminante considerada como mnima para o compartimento. 1 - Em nenhum caso uma janela poder ter superfcie iluminante inferior a 0,40 m2 (quarenta decmetros quadrados). 2 - As janelas, quando em compartimentos destinados a dormitrio, alojamento ou enfermaria, sero dotadas de veneziana ou persiana e, quando dotadas de bandeira, esta ter dispositivo que permita sua fcil abertura. 3 - Em cada compartimento, uma das vergas de janela, no mnimo, deve ter altura igual a 1/7 (um stimo) do p direito. 4 - Poder ser dispensada a exigncia de janela para o exterior nos seguintes compartimentos: a) cinemas, teatros, auditrios, blocos cirrgicos ou obsttricos, laboratrios, salas de aula, estabelecimentos comerciais ou industriais, desde que dotados de instalao de ar condicionado e de sistema de iluminao artificial de acordo com a Norma Tcnica NB-57 da ABNT; b) sanitrios, escadarias no pavimento trreo e corredores com comprimento de at 10,00 m (dez metros). Art. 169 - Os compartimentos sanitrios, quando no dotados de janela para o exterior, devem ter ventilao e iluminao nas seguintes condies: a) ventilao atravs de duto para o exterior sobre o forro rebaixado de compartimento contguo ou atravs de chamin de tiragem de ar; b) porta de acesso dotada de veneziana em, no mnimo, 1/3 (um tero) de sua superfcie; c) iluminao artificial com nvel de iluminamento de 100 (cem) lux, no mnimo. 1 - Quando a ventilao se fizer atravs de duto para o exterior sobre o forro rebaixado de compartimento contguo, devem ser atendidas as seguintes condies: a) o rebaixo no poder ter altura inferior a 0,40 m (quarenta centmetros); b) largura mnima de 1,00 m (um metro); c) comprimento mximo de 5,00 m (cinco metros); d) dispor de sistema de tiragem forada de ar, quando o comprimento for superior a 5,00 m (cinco metros); e) abertura para o exterior da edificao dotada de veneziana e tela milimtrica; f) abertura interna dotada de veneziana mvel ou removvel para permitir limpeza. 2 - Quando a ventilao se fizer por meio de chamin de tiragem de ar, esta dever ter as seguintes caractersticas: a) seco transversal no inferior a 0,40 m2 (quarenta decmetros quadrados); b) extremidade superior dotada de chapu protetor; c) abertura, no compartimento, dotada de veneziana. Art. 170 - As edificaes devem dispor de sistema de circulao compatvel com a finalidade a que se destinem, adequado sua capacidade de utilizao e por meio de:

a) corredores para circulao horizontal; b) escadas, rampas ou elevadores para circulao vertical. Art. 171 - Os corredores devem atender s seguintes caractersticas: a) largura mnima de 1,00 m (um metro) quando em edificao de uso residencial unifamiliar ou com ntida utilizao para circulao secundria; b) largura mnima de 1,20 m (um metro e vinte centmetros) quando em edificao de uso coletivo. Art. 172 - As escadas devem atender s seguintes caractersticas: a) serem construdas de material resistente e incombustvel; b) terem passagem livre com altura no inferior a 2,00 m (dois metros); c) terem largura mnima de 1,00 m (um metro) quando em edificao de uso residencial unifamiliar ou com ntida utilizao para circulao secundria; d) terem largura mnima de 1,20 m (um metro e vinte centmetros) quando em edificao de uso coletivo; e) terem degraus dimensionados de acordo com a frmula de Blondel: - 2h+b-0,63m ou 0,64m (dois h mais b igual a sessenta e trs centmetros ou sessenta e quatro centmetros), onde h a altura e b a largura do degrau; f) terem os degraus altura no superior a 0,19 m (dezenove centmetros) e largura no inferior a 0,25 m (vinte e cinco centmetros); g) terem o piso revestido com material adequado a sua finalidade; h) terem balaustrada ou corrimo com altura de 0,85 m (oitenta e cinco centmetros); i) terem seus lances com nmero de degraus no superior a 18 (dezoito); j) terem patamar com comprimento no inferior a 0,80 m (oitenta centmetros) entre seus lances. 1 - As escadas para uso eventual podero ter largura mnima de 0,60 m (sessenta centmetros). 2 - As escadas em leque, alm das disposies deste artigo, devem atender s seguintes condies: a) a largura dos degraus deve ser medida em linha interna distncia mxima de 0,60 m (sessenta centmetros) do bordo cncavo; b) os degraus devem ter largura de 0,07 m (sete centmetros) junto ao bordo cncavo. 3 - As escadas em prdio de uso residencial unifamiliar podero ser construdas de madeira. Art. 172 - As rampas devem atender s seguintes condies: a) serem construdas de material resistente e incombustvel; b) terem passagem livre com altura no inferior a 2,00 m (dois metros); c) terem largura mnima de 1,00 m (um metro) quando em edificao de uso residencial unifamiliar ou com ntida utilizao secundria; d) terem largura mnima de 1,50 m (um metro e cinqenta centmetros) quando em edificao de uso coletivo; e) terem declividade no superior a 15% (quinze por cento) de seu comprimento; f) terem o piso revestido com material antiderrapante e adequado sua finalidade; g) terem balaustrada ou corrimo com altura de 0,85 m (oitenta e cinco centmetros). Art. 174 - As instalaes de elevadores, alm das disposies da Norma Tcnica NB-30 da

ABNT, devem satisfazer s seguintes condies: a) nmero e capacidade de elevadores de acordo com clculo de trfego; b) 1 (um) elevador, no mnimo, nas edificaes com mais de 4 (quatro) pavimentos ou com altura superior a 13,00 m (treze metros); c) 2 (dois) elevadores, no mnimo, nas edificaes com mais de 7 (sete) pavimentos ou com altura superior a 22,00 m (vinte e dois metros). Pargrafo nico - No clculo da altura ou no nmero de pavimentos da edificao no sero computados: a) o ltimo pavimento quando se constituir rea integrada a uma economia do penltimo pavimento ou quando se destinar moradia de zelador; b) o pavimento imediatamente inferior ao trreo quando utilizado como garagem, moradia de zelador ou dependncia de uso comum da edificao. Art. 175 - As reas para ventilao e iluminao naturais dos compartimentos das edificaes so classificadas em: a) rea principal - quando destinada a ventilar e iluminar diretamente compartimentos de utilizao prolongada; b) rea secundria - quando destinada a ventilar e iluminar diretamente compartimentos de utilizao transitria; c) poo de ventilao - aceitvel para ventilao de compartimentos sanitrios, escadarias, corredores e garagens domiciliares. Art. 176 - As reas principais devem satisfazer s seguintes condies: a) ser de 2,00 m (dois metros) o afastamento de qualquer vo ou esquadria, face da parede ou linha divisria do lote que lhe fique oposta, afastamento este medido sobre a perpendicular, traada em plano horizontal, no meio do peitoril ou soleira do vo; b) terem, no plano horizontal, rea mnima de 9,00 m2 (nove metros quadrados); c) permitirem a inscrio, em plano horizontal, de um crculo com dimetro mnimo de 2,00 m (dois metros). Pargrafo nico - Quando a edificao tiver mais de 1 (um) pavimento, permitirem a inscrio no plano horizontal e a partir do primeiro pavimento servido pela rea, de um crculo com dimetro D, em metros, dado pela frmula: D _H_ + 2 10 (D igual a H sobre dez mais dois), onde H a altura, em metros, da edificao medida do nvel do piso do primeiro pavimento ao forro do ltimo pavimento servidos pela rea. Art. 177 - As reas secundrias devem satisfazer s seguintes condies: a) ser de 1,50 m (um metro e cinqenta centmetros) o afastamento de qualquer vo ou esquadria

face da parede ou linha divisria do lote que lhe fique oposta, afastamento este medido sobre a perpendicular traada em plano horizontal, no meio do peitoril ou soleira do vo. b) permitirem a inscrio, em plano horizontal, de um crculo com dimetro mnimo de 1,50 m (um metro e cinqenta centmetros); c) terem, no plano horizontal, rea mnima de 4,50 m2 (quatro metros e cinqenta centmetros quadrados); Pargrafo nico - Quando a edificao tiver mais de 1 (um) pavimento, permitirem a inscrio, no plano horizontal, e a partir do primeiro pavimento servido pela rea, de um crculo com dimetro D, em metros, dado pela frmula: D _H_ + 1,50 15 (D igual a H sobre quinze mais um e cinqenta), onde H a altura, em metros, da edificao medida do nvel do piso do primeiro pavimento ao forro do ltimo servidos pela rea. Art. 178 - Os poos de ventilao devem satisfazer s seguintes condies: a) ser de 1,50 m (um metro e cinqenta centmetros) o afastamento de qualquer vo ou esquadria face de parede, quando esta pertencer a economia distinta, ou da linha divisria do lote que lhe fique oposta, afastamento este medido sobre a perpendicular traada, em plano horizontal, no meio do peitoril ou soleira do vo; b) permitirem a inscrio, em plano horizontal, de crculo com dimetro mnimo de 1,00 m (um metro); c) terem, no plano horizontal, rea mnima de 1,50 m2 (um metro e cinqenta decmetros quadrados). Art. 179 - As reas que se destinarem, simultaneamente, ventilao e iluminao naturais de compartimentos de utilizao prolongada e de utilizao transitria, sero dimensionadas para os primeiros. 1 - O dimetro D, em metros, calculado, dever ser observado em toda a extenso da rea. 2 - Para o clculo da altura H, alm dos ps direitos dos pavimentos servidos pela rea, ser considerada a espessura mnima de 0,15 m (quinze centmetros) para cada entrepiso. 3 - No sero computados na altura H os pavimentos abaixo do piso do primeiro pavimento servido pela rea e que dela possam prescindir para ventilao e iluminao naturais. Art. 180 - As reas e poos de ventilao, alm das exigncias para seu dimensionamento, devem satisfazer s seguintes condies: a) serem dotados de acesso que permita sua limpeza; b) terem as paredes revestidas; c) terem piso revestido com material resistente e impermevel, excluindo-se desta exigncia os ptios e jardins; d) terem ralo ou caixa coletora de guas pluviais ligado rede domiciliar de esgoto pluvial.

Art. 181 - Os compartimentos das edificaes devero ser dimensionadas e ter caractersticas compatveis com o fim ou uso a que se destinem. Art. 182 - Os compartimentos das edificaes so classificados em: a) compartimentos de utilizao prolongada; b) compartimentos de utilizao transitria; c) compartimentos de utilizao especial. 1 - So considerados compartimentos de utilizao prolongada: a) dormitrios, alojamentos e enfermarias; b) salas de estar, de jantar, de recreao, de reunies, de espera; c) salas de trabalho em geral, escritrios, consultrios; d) salas de aula e auditrios; e) refeitrios e cozinhas comerciais e industriais. 2 - So considerados compartimentos de utilizao transitria: a) cozin