47
7/23/2019 Defeitos Do Negócio Jurídico - Vf Civil i http://slidepdf.com/reader/full/defeitos-do-negocio-juridico-vf-civil-i 1/47 FACHA  Faculdades Integradas Hélio Alonso  Faculdade de Direito  Di re i to Ci vi l I – Da n i el M ac h ad o Go me s DEFEITOS DO NEGÓCIO JURÍDICO O negócio jurídico pode pre!en"r # "ipo! de de$ei"o! ou de %ício!& '( )ício! de %on"de #( )ício! !ocii! Os defeitos do negócio são circunstâncias que vão inuenciar a validade do negócio – e tornar o negócio inválido, se aparecerem. )ÍCIOS DE )ONT*DE A vontade de quem fez o negócio não é perfeita por alguma razão. )ÍCIOS DE )ONT*DE S+O& ,, o ERRO- o DO.O- CO*/+O- o EST*DO DE 0ERIGO e .ES+O1 Todo! e!"e! "orn2 o negócio *NU.3)E.1 )ÍCIOS SOCI*IS A vontade é perfeita, não á pro!lema com a vontade, o pro!lema é a "nalidade daquele negócio que fere o interesse da sociedade. )ÍCIOS SOCI*IS S+O& ,, FR*UDE CONTR* CREDORES e SI4U.*/+O1 #estes aqui, FR*UDE CONTR* CREDORES "orn o negócio nu56%e51 * SI4U.*/+O "orn o negócio NU.O. ERRO& $ o autoengano, é quando a gente se equivoca sozino. %em todo erro é um erro capaz de viciar o negócio &ur'dico. Todo u"oengno é u2 erro- 2! ne2 "odo erro 5e% 7 nu589o do negócio jurídico- !ó 5e%2 7 nu589o o! erro! :ue po!!ue2 ! crc"erí!"ic! pre%i!"! no *r"1 ';< – quais são estas caracter'sticas( O erro de%e !er !u=!"nci5 e de%e cu2prir o re:ui!i"o d RECOGNOSCI>I.ID*DE1 O ERRO pode !er !u=!"nci5 ou ciden"51 Su=!"nci5 – é aquele autoengano que é a causa do negócio &ur'dico, ou se&a, o agente só realizou o negócio porque estava enganado, senão, não realizaria. )*.+ vamos imaginar que eu queira doar meu apartamento para uma criana que eu aco que é meu "lo, depois descu!ro que essa criana não é meu "lo – o que me motivou a fazer o negócio da doaão foi o meu autoengano -nesse caso eu não fui enganado, porque se alguém me enganou a' é #OO/. *ciden"5  – é aquele autoengano que não é responsável pela cele!raão do negócio, ou se&a, mesmo em erro o agente realizaria o negócio, se sou!esse da verdade. )le, porém, realizaria em outras condi0es o mesmo negócio, mas mesmo sa!endo da verdade o negócio seria feito. 1nclusive, o erro acidental, admite que voc2 volte atrás e conserte o que voc2 fez em relaão não ao negócio, mas em relaão 3s condi0es que voc2 com!inou. )*.+ prof quer comprar uma camisa !ranca, vai 3 lo&a e pega uma cai*a acreditando que a cai*a é de camisa !ranca, mas se confundiu e viu que a camisa era azul, cega em casa aca !onita, e apesar de querer ser !ranca a 45 ideia, mesmo eu sa!endo que era azul eu "caria com ela -a azul/.  6ais 7arias 8ágina 4

Defeitos Do Negócio Jurídico - Vf Civil i

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Defeitos Do Negócio Jurídico - Vf Civil i

7/23/2019 Defeitos Do Negócio Jurídico - Vf Civil i

http://slidepdf.com/reader/full/defeitos-do-negocio-juridico-vf-civil-i 1/47

FACHA – Faculdades Integradas Hélio Alonso – Faculdade de Direito

 Di reito Ci vi l I – Daniel Machad o Gomes

DEFEITOS DO NEGÓCIO JURÍDICO

O negócio jurídico pode pre!en"r # "ipo! de de$ei"o! ou de %ício!&

'( )ício! de %on"de#( )ício! !ocii!

Os defeitos do negócio são circunstâncias que vão inuenciar a validade donegócio – e tornar o negócio inválido, se aparecerem.

)ÍCIOS DE )ONT*DEA vontade de quem fez o negócio não é perfeita por alguma razão.)ÍCIOS DE )ONT*DE S+O& ,, o ERRO- o DO.O- CO*/+O- o EST*DODE 0ERIGO e .ES+O1Todo! e!"e! "orn2 o negócio *NU.3)E.1

)ÍCIOS SOCI*ISA vontade é perfeita, não á pro!lema com a vontade, o pro!lema é a"nalidade daquele negócio que fere o interesse da sociedade.)ÍCIOS SOCI*IS S+O& ,, FR*UDE CONTR* CREDORES e SI4U.*/+O1#estes aqui, FR*UDE CONTR* CREDORES "orn o negócio nu56%e51* SI4U.*/+O "orn o negócio NU.O.

ERRO& $ o autoengano, é quando a gente se equivoca sozino. %em todoerro é um erro capaz de viciar o negócio &ur'dico. Todo u"oengno é u2erro- 2! ne2 "odo erro 5e% 7 nu589o do negócio jurídico- !ó5e%2 7 nu589o o! erro! :ue po!!ue2 ! crc"erí!"ic! pre%i!"!no *r"1 ';< – quais são estas caracter'sticas(O erro de%e !er !u=!"nci5 e de%e cu2prir o re:ui!i"o dRECOGNOSCI>I.ID*DE1

O ERRO pode !er !u=!"nci5 ou ciden"51

Su=!"nci5 – é aquele autoengano que é a causa do negócio &ur'dico, ouse&a, o agente só realizou o negócio porque estava enganado, senão, nãorealizaria. )*.+ vamos imaginar que eu queira doar meu apartamento parauma criana que eu aco que é meu "lo, depois descu!ro que essa criananão é meu "lo – o que me motivou a fazer o negócio da doaão foi o meu

autoengano -nesse caso eu não fui enganado, porque se alguém meenganou a' é #OO/.

*ciden"5 – é aquele autoengano que não é responsável pela cele!raão donegócio, ou se&a, mesmo em erro o agente realizaria o negócio, se sou!esseda verdade. )le, porém, realizaria em outras condi0es o mesmo negócio,mas mesmo sa!endo da verdade o negócio seria feito. 1nclusive, o erroacidental, admite que voc2 volte atrás e conserte o que voc2 fez em relaãonão ao negócio, mas em relaão 3s condi0es que voc2 com!inou. )*.+ prof quer comprar uma camisa !ranca, vai 3 lo&a e pega uma cai*a acreditandoque a cai*a é de camisa !ranca, mas se confundiu e viu que a camisa eraazul, cega em casa aca !onita, e apesar de querer ser !ranca a 45 ideia,

mesmo eu sa!endo que era azul eu "caria com ela -a azul/.

 6ais 7arias 8ágina 4

Page 2: Defeitos Do Negócio Jurídico - Vf Civil i

7/23/2019 Defeitos Do Negócio Jurídico - Vf Civil i

http://slidepdf.com/reader/full/defeitos-do-negocio-juridico-vf-civil-i 2/47

FACHA – Faculdades Integradas Hélio Alonso – Faculdade de Direito

 Di reito Ci vi l I – Daniel Machad o Gomes

9as se prof só tra!alasse vestido de !ranco e não ouvesse a ipótese delevar uma azul, tornaria o negócio anulável porque só serviria a !ranca praele.

9A:... para o negócio ser anulado não !asta que o erro se&a su!stancial,além do erro su!stancial eu teno que somar um ;< requisito que é ocamado requisito da RECOGNOSCI>I.ID*DE – ?UE @ * 0OSSI>I.ID*DEDE * OUTR* 0*RTE 0ERCE>ER ?UE O *GENTE EST*)* E4 ERRO. )*.+a vendedora da lo&a perce!er que o agente estava em erro. :e voc2 mostrarque a outra parte -vendedora/ sa!ia do erro, a' cai no #OO.

eitura do Art. 4=>+ :u!linar ?erro su!stancial@ e ?desde que poderia ser ...negócio@ – referese ao requisito da B)COD%O:C1E11#A#).

No !6=do pro$1 "er2inou Ado5oB1

Cuidado que a palavra dolo no direito civil é diferente do direito penal. %odireito civil quer dizer um direito do negócio &ur'dico, um dano provocado,um v'cio e sempre consciente. %o penal é elemento o!&etivo do crime.Culpa e dolo, no direito penal, são su!&etivos.%o direito civil 3s vezes o dolo tem o mesmo sentido que no direito penal.9A:... no que foi dito na aula passada o sentido de dolo é diferente.

7alamos do defeito do negócio+ )BBO e #OO. Fo&e vamos falar deCO*/+O.eitura do Art. 4G4

8rof. e*plica H dita+A coaão pode ser de ; tipos+ co89o $í!ic – "u !o=re o corpo do gen"e e rece=e o no2e e25"i2 :ue é vis absoluta. co89o p!í:uic – "u !o=re %on"de do gen"e e rece=e o no2ede vis compulsiva.)ntão o CCHI; vai dizer que se alguém feca um negócio so! coaão f'sicaou ps'quica esse negócio será anulável. :e alguém entrar aqui agoraarmado e mandar eu assinar um contrato, ouve coaão( :imJ )ssa coaãofoi f'sica ou ps'quica( )la atuou no meu corpo ou na mina vontade( %amina vontadeJJA coaão f'sica ela tem que ser uma fora irresist'vel so!re o corpo da

v'tima. :eria pegar o dedo dela 3 fora na tinta e pKr o dedo dela nodocumento L a digital produz muitos efeitos no #ireitoJ ) não precisa seranalfa!eto para valer a digitalJ Moc2 pode ter que!rado a mão, por e*emplo,então vale usar a digital.%os dois casos, vamos ter uma vontade e*terior que vai inuenciar outravontade. -pegar aqui parte da gravaão, até o e*emplo do "lme Fo!inFood/.

%ão teno vontade – coaão f'sica – este ato vai ser ine*istenteJJ 6eno vontade, mas ela não é livre – coaão ps'quica – esta ato vai seranulávelJJ

 6ais 7arias 8ágina ;

Page 3: Defeitos Do Negócio Jurídico - Vf Civil i

7/23/2019 Defeitos Do Negócio Jurídico - Vf Civil i

http://slidepdf.com/reader/full/defeitos-do-negocio-juridico-vf-civil-i 3/47

FACHA – Faculdades Integradas Hélio Alonso – Faculdade de Direito

 Di reito Ci vi l I – Daniel Machad o Gomes

7undado temor de dano eminente – só assim á coaão.:e o dano for distante não á coaão.8rof. não está falando do ?crime@ de coaão, ele está falando de %O CA:O

#) CO%6BA6O: aver coaão para assinar – o agente não quer o ato querealiza, ele sa!e que não quer.%o #OO e no )BBO ele não sa!e que não quer, mas a gente pensa que elequer.

eitura do 8arágrafo Nnico do Art. 4G4 – o CCHI; pensa que a coaão éso!re a pessoa ou a coaão recai so!re um parente ou um amigo do agente.O &uiz tem que analisar conforme o caso concreto, porque não á comorestringir so!re um parente. Moc2 pode estar caminando no meio da rua ealguém passar e apontar uma arma e mandar voc2 assinar senão mata ooutro que está vindo na calada, e a' voc2 vai assinar.

eitura Art. 4G;

8rof. dita+A coaão não pode ser analisada pelo uiz a partir de um ?omem médio@-um padrão/, mas deve ser analisado caso a caso.$ muito mais fácil coagir uma pessoa de idade que não sai de casa, queuma pessoa ativa, que tra!ala todos os dias e ainda tem vigor e maissaPde.

eitura do Art. 4G=

Aqui ; casos em que não á coaão.:u!linar ?e*erc'cio normal de um direito@ e ?temor reverencial@.)*erc'cio normal de um direito – o mais normal dele é o de aão, ingressarem &u'zo contra alguém. )*.+ ou voc2 faz isso ou eu entro na &ustia –ingressar em &u'zo é um e*erc'cio normal do direito, mas não é coaão. Aspessoas leigas podem acar que é, mas não é.

 6emor reverencial – é uma consideraão, um respeito que pode levar arealizar um contrato. )*.+ sua melor amiga pede pra voc2 comprar o doceque ela está fazendo para a&udala a ganar dineiro, então voc2 compra.%o caso de casamento imposto pela fam'lia &á que a moa engravidou numrelacionamento livre, esperase que o rapaz case com a "la, o paipressiona – isso não é coaão, é temor reverencial.

eitura do Art. 4GQ

:u!linar a palavra [email protected] terceiro é quando Rquem coageS não é o !ene"ciado com o contrato.O que o CCHI; diz é que, neste caso por RterceiroS, será anulável quando aparte teve ou devesse ter conecimento. )*.+ um grande latifundiário e aolado dele um pequeno s'tio. )le foi comprando todas as propriedades doentorno, todo mundo sa!e que ele quer comprar o s'tio do vizino, e a' umempregado dele vai ao vizino e diz+ ?ou vc vende seu s'tio para o Capitãoou vou incendiar sua casa@. %esse caso quem está coagindo não é a pessoaque quer comprar, mas um terceiro. %esse caso o contrato será anulado.

9as se fosse um =< sem relaão nenuma com o Capitão, a' não á comoprovar que avia ligaão entre um e outro para anular. ) se eu não anular, o

 6ais 7arias 8ágina =

Page 4: Defeitos Do Negócio Jurídico - Vf Civil i

7/23/2019 Defeitos Do Negócio Jurídico - Vf Civil i

http://slidepdf.com/reader/full/defeitos-do-negocio-juridico-vf-civil-i 4/47

FACHA – Faculdades Integradas Hélio Alonso – Faculdade de Direito

 Di reito Ci vi l I – Daniel Machad o Gomes

que posso fazer para proteger o coato -o que foi coagido/( Ca!e uma aãoindenizatória em face do =< que agiu.

eitura do Art. 4GG?mas o autor da coaão responderá por todas as perdas e danos que tivercausado ao coato@.:u!sistirá o negócio, mas posso ir lá co!rar mina indenizaão.

MTC1O: #) MO%6A#) )BBO #OO COAUVO ):6A#O #) 8)B1DO -MA1 )%:1%AB ADOBA/ ):VO -MA1 )%:1%AB ADOBA/

eitura do Art. 4GW

8rof. e*plica coisas e dá e*emplo do ospital -pegar na gravaão/.%o estado de perigo teno que provar ; elementos, senão não á estado deperigo+ o!&etivo e su!&etivo.$ preciso provar o conecimento ?da necessidade de salvarse@. $ umperigo 3 vida, 3 sua integridade f'sica... 6em a ver com doena grave, eassuntos médicos.

EST*DO DE 0ERIGO E.E4ENTO O>JETI)O& o=rig89oece!!i%2en"e onero!1?O!rigaão e*cessivamente [email protected] SU>JETI)O& é o do5o depro%ei"2en"o1Xuando aquele que se !ene"cia do contrato sa!eda necessidade do outro de salvar alguém.#olo de aproveitamento L ?conecido da outraparte@

:u!linar ?so! premente necessidade@ e ?ou por ine*peri2ncia@.

.ES+O E.E4ENTO O>JETI)O& de!propor89o d!

pre!"8e!)*.+ venda de água mineral para desa!rigados aum preo e*or!itante H ta*a do posto de gasolinadepois de WII Ym de estrada co!ra ágio so!re ocom!ust'vel.)*.+ senor que rece!eu erana com váriosterrenos, mas este senor nunca tra!alouporque teve vida !oa, e nunca tra!alo, nuncanegociou na vida. 7oi procurado por umaimo!iliária que propKs a ele um negócio at'pico –ele passaria o terreno a ela, ela construiria osopping e ele "caria com ; lo&as. )le acou !ome sem advogado fecou o negócio. %o contratoavia uma clausula que dizia que se ouvesse

 6ais 7arias 8ágina Q

Page 5: Defeitos Do Negócio Jurídico - Vf Civil i

7/23/2019 Defeitos Do Negócio Jurídico - Vf Civil i

http://slidepdf.com/reader/full/defeitos-do-negocio-juridico-vf-civil-i 5/47

FACHA – Faculdades Integradas Hélio Alonso – Faculdade de Direito

 Di reito Ci vi l I – Daniel Machad o Gomes

algum pro!lema na construão aresponsa!ilidade era solidária entre aincorporadora e o cliente – ele assinou. Os outros

que compraram as lo&as processaram ele, porquea incorporadora faliu. )le negociou mal porquenão tina e*peri2ncia no ramo de incorpora0ese por causa disso ele aceitou uma coisadesproporcional – ele entrava com o terreno, nãorece!ia nada e ainda era solidário –desproporcionalJ Causada pela ine*peri2ncia dapessoa. 7oi lesão.E.E4ENTO SU>JETI)O& ,,,,-eu não teno que provar o dolo deaproveitamento que a outra parte sa!ia porque!asta que a&a a desproporão, porque !asta a

mina premente necessidade e ine*peri2ncia,con&ugados, para con"gurar lesão.

FR*UDE CONTR* CREDORES-)sse defeito é o mais complicado, o mais dif'cil de todos/.

eitura Art. 4G>

*r"1 '< – Os negócios de transmissão gratuita de !ens ou remissão ded'vida, se os praticar o devedor &á insolvente, ou por eles reduzido 3insolv2ncia, ainda quando o ignore, poderão ser anulados pelos credoresquirografários, como lesivos dos seus direitos.0r6gr$o ' , 1gual direito assiste aos credores cu&a garantia se tornarinsu"ciente.0r6gr$o # , :ó os credores que &á o eram ao tempo daqueles atospodem pleitear a anulaão deles.

eitura Art. 4GZ

*r"1 ' – :erão igualmente anuláveis os contratos onerosos do devedor

insolvente, quando a insolv2ncia for notória, ou ouver motivo para serconecida do outro contratante.

0ro$1 co2en"& O que o artigo fala é quando ouver motivo de serconecido da outra parte -a insolv2ncia notória/ – não é só a&uizar umaaãoJ Mou dar outro e*emplo+ protesto, t'tulo protestado, protesto por nãopagamento – insolv2ncia notóriaJB)816O+ )::) #)7)16O $ O 9A1: #17TC1 #) 6O#O:. $ #17TC1 A 7BA[#) A#)M)#OB):.)ntão se á um protesto contra o vendedor da casa ou vendedor do carropor não pagamento, a insolv2ncia é notóriaJ 9esmo que se&a um protestode valor menor que o valor de uma casa, &á é um sinal -de pro!lema/J Moc2pode até comprar dele, mas voc2 corre o risco de comprar dele e amanãou depois o &uiz anular esta compra em favor de um credor dele.

 6ais 7arias 8ágina G

Page 6: Defeitos Do Negócio Jurídico - Vf Civil i

7/23/2019 Defeitos Do Negócio Jurídico - Vf Civil i

http://slidepdf.com/reader/full/defeitos-do-negocio-juridico-vf-civil-i 6/47

FACHA – Faculdades Integradas Hélio Alonso – Faculdade de Direito

 Di reito Ci vi l I – Daniel Machad o Gomes

#e certa forma, voc2 que comprou dele e perdeu por uma determinaão &udicial até se torna mais um credor deleJ 9as ve&a+ ele &á não pagou aquem ele deve, ele vai devolver a voc2 o valor que voc2 pagou(

*/+O 0*U.I*N* – 89o e!pecíHc de nu589o e2 c!o de $rude de%edore!1Fistorina+ ?E@ deve ao !anco B\ ;II mil, vende a casa para ?C@ por B\ ;GImil, e a casa valia B\ GII mil, ele ?E@ pega os B\ ;GI mil e gasta o dineirotodo numa viagem de volta ao mundo. Xuando o !anco desco!re, o !ancoingressa com uma aão para anular esse negócio em face de ?E@, essa aãocamase ?aão pauliana@, é aão espec'"ca de anulaão na fraude dedevedores. O !anco entra com uma ?aão pauliana@ em face de ?C@, o!anco toma a casa de ?C@ e e*ecuta a casa para pagar o dé!ito, "cou semcasa e sem dineiroJ ?C@ vai co!rar o dineiro de quem(J ?E@ não vai pagara ninguém, concorda(

0e5! regr! d eecu89o A>B !e deu =e2%ão, porque pelas regras da e*ecuão ele perde esse !em, que será leiloadoem leilão &udicial, o valor que alcanar no leilão, o &uiz satisfaz o credor comB\ ;II mil, ou B\ ;II mil mais &uros e multa, e o que so!rar, se so!rar,volta para pagar a outro, ?E@ não rece!e esse Ra maisS.Co2o !e cK2 89o de nu589o n $rude con"r credore!*/+O 0*U.I*N*1

eitura Art. 4WI – prev2 a possi!ilidade do depósito &udicial do preo paraevitar a anulaão da compra eivada por fraude contra credores.

*r"1 'LM – :e o adquirente dos !ens do devedor insolvente ainda não tiverpago o preo e este for, apro*imadamente, o corrente, deso!rigarseádepositandoo em &u'zo, com a citaão de todos os interessados.0r6gr$o nico – :e inferior, o adquirente, para conservar os !ens,poderá depositar o preo que les corresponda ao valor real.

0ro$1 co2en"& o artigo fala do ?C@. :e ?C@ comprou a casa e ele querpreservar a casa, se a casa vale B\ GII mil e ele pagou B\ ;GI mil, e depoisque ele comprou a casa ele desco!re que ?E@ estava todo enrolado, mas ?C@então deposita em &u'zo B\ ;GI mil, que é a diferena, e vai camar todosos credores de ?E@ para irem rece!er – não é ?C@ quem vai, é o &uizJ A' ?C@não perde a casa.

O preo é o preo corrente -preo médio/, de mercado, porque as coisast2m valor de mercado e o direito civil considera isso, direito civil e economiaandam sempre &untos.)sse artigo, portanto, prev2 a possi!ilidade do depósito &udicial do preopara evitar a anulaão da compra eivada por fraude contra credores.

eitura Art. 4W4 – trata da aão pauliana

*r"1 'L' , A aão, nos casos dos Arts. 4G> e 4GZ, poderá ser intentadacontra o devedor insolvente, a pessoa que com ele cele!rou a estipulaãoconsiderada fraudulenta, ou terceiros adquirentes que a&am procedido demáfé.

 6ais 7arias 8ágina W

Page 7: Defeitos Do Negócio Jurídico - Vf Civil i

7/23/2019 Defeitos Do Negócio Jurídico - Vf Civil i

http://slidepdf.com/reader/full/defeitos-do-negocio-juridico-vf-civil-i 7/47

FACHA – Faculdades Integradas Hélio Alonso – Faculdade de Direito

 Di reito Ci vi l I – Daniel Machad o Gomes

0ro$1 co2en"& a aão do 4G> e 4GZ é a ?aão pauliana@, que pode ser emface de quem comprou, de quem vendeu, ou em face dos dois. $ o !ancoque escole contra quem vai mover a aão.

eitura Art. 4W; – concurso de credores -&á e*istentes/

*r"1 'L# – O credor quirografário, que rece!er do devedor insolvente opagamento da d'vida ainda não vencida, "cará o!rigado a repor, emproveito do acervo so!re que se tena de efetuar o concurso de credores,aquilo que rece!eu.

0ro$1 co2en"& aqui &á é outra coisaJJ )sse artigo está tratando de fraude acredores, mas é uma fraude diferente, porque essa aqui 6O#O 9[%#O &á écredor, não tem um novo credor. )ssa aqui é a do concurso de credores, éoutro casoJ )ntão vamos imaginar que o ?A@ deva a ?E@, a ?C@ a ?#@ e a ?)@.

?A@ tem Q credoresJJ )le não fez um negócio novo fraudulento, elesimplesmente &á deve o&e a Q. 1sso aqui é um concurso de credores, umcon&unto de credores. Mamos imaginar que esses dé!itos tenamvencimentos diferentes+?E@ 4=HI= ?C@ 4QHIQ ?#@ ;=HIQ ?)@ IGHIGH;I4=Fo&e é ;]HIQ. 6odos os dé!itos estão vencidos( %ão. )sses dé!itos &áe*istem, eles não foram criados após a insolv2ncia do devedor, logo nãoposso aplicar 4G>, nem 4GZ, aqui os contratos &á e*istem, os dé!itos &áe*istem, mas o que eu teno o&e é um dé!ito que &á e*iste, mas que o&enão é e*ig'vel -?)@ o&e não é e*ig'vel/. O CC está dizendo que se eu tenoessa situaão aqui e ?A@ resolve antecipar o pagamento de ?)@ "candoimpossi!ilitado de pagar os demais, essa antecipaão é fraudulentaJ ) osoutros = aqui podem fazer esse dineiro retornar pro ?A@, pra eles agorae*ecutarem o que les ca!e, de cada parcela, nesse dineiro. Aqui a fraudenão é um novo contrato, é a fraude foi a antecipaão de um pagamento nãoe*ig'vel.Até agora, antes desse artigo, analisamos casos em que as fraudes estavamem outro negócio, aqui a fraude não está em outro negócio, mas nopagamento. Xualquer um deles ou os = &untos ingressar com uma aão paraesse dineiro voltar ao patrimKnio do ?A@ e a' então eles pegarem a partedeles. O interesse aqui é privado, eles podem até se unir e todos irem!uscar... Ou não. O &uiz vai, na verdade, !loquear o dineiro do ?)@, depoisda análise pega o dineiro e passa diretamente pro ?E@^ mas o ?)@ vai

perder o pagamento antecipado – caso a&a uma aão.O )stado não vai compulsoriamente pagar a alguém que não quer rece!er,o interesse aqui é privado, não pP!lico.

eitura Art. 4W= –

*r"1 'L; – 8resumemse fraudatórias dos direitos dos outros credores asgarantias de d'vidas que o devedor insolvente tiver dado a algum credor.

0ro$1 co2en"& aqui é outro tipo de fraude. Aqui a fraude &á não é um outronegócio, não é antecipaão de pagamento... Aqui a fraude é uma garantiaque eu separei para um dos credores em detrimento dos outros. 1sso aqui,tam!ém, eu só vou aplicar se ouver concurso de credores, senão eu nãoaplicoJJ

 6ais 7arias 8ágina ]

Page 8: Defeitos Do Negócio Jurídico - Vf Civil i

7/23/2019 Defeitos Do Negócio Jurídico - Vf Civil i

http://slidepdf.com/reader/full/defeitos-do-negocio-juridico-vf-civil-i 8/47

FACHA – Faculdades Integradas Hélio Alonso – Faculdade de Direito

 Di reito Ci vi l I – Daniel Machad o Gomes

Fistorina+?A@ está devendo a ?E@, a ?C@ a ?#@ e a ?)@. ?A@ tem Q credoresJJ )stescredores &á são credores do ?A@ de d'vidas o&e e*ig'veis -podendo aver

tam!ém parcelas não e*ig'veis/. )le tem dineiro para pagar e tempatrimKnio, mas não tem o su"ciente para pagar todo mundo, então ele,devendo aos Q, pega a casa de campo dele e ipoteca em favor de ?)@. ?)@está sendo privilegiado neste concurso porque tem uma garantiaJ :e ?)@tivesse pedido quando o contrato surgiu, oY, mas como é agora, essaipoteca é fraudulenta. Aqui, a fraude está na ipoteca, a ipoteca é que éfraudulenta.

 6ais 7arias 8ágina >

Page 9: Defeitos Do Negócio Jurídico - Vf Civil i

7/23/2019 Defeitos Do Negócio Jurídico - Vf Civil i

http://slidepdf.com/reader/full/defeitos-do-negocio-juridico-vf-civil-i 9/47

FACHA – Faculdades Integradas Hélio Alonso – Faculdade de Direito

 Di reito Ci vi l I – Daniel Machad o Gomes

eitura Art. 4W=

*r"1 'L; – 8resumemse fraudatórias dos direitos dos outros credores as

garantias de d'vidas que o devedor insolvente tiver dado a algum credor.

Concurso de credores, fraude na constituião da garantia -fraudulenta/.

)*.+ ?A@ é insolvente, deve a Q com todas as d'vidas vencidas, mas ipotecaa casa em favor de # – essa ipoteca é fraudulenta.?A@ possui uma casa, !em de fam'lia.

G*R*NTI* RE*. -ipoteca, penor, anticrese/Aquela que recai so!re a B): L ?coisa@ -!em com matéria/

ipo"ec P é a garantia que recai so!re um !em imóvel0enKor P é a garantia que recai so!re o !em móvel*n"icre!e P é a garantia que recai so!re os frutos de um !em-rendimentos de aplicaão "nanceira/.

Ece8e!& navios e aeronaves, em!ora se&am !ens móveis, quandodoados em garantia são ipotecados devido ao seu alto valor.

G*R*NTI* FIDEJUSSÓRI* -aval e "ana/.Easeada na con"ana^ "ana.

*89o 0u5in – anula o contrato que e*ecuta a garantia.4*S N+O @ *NU.*TÓRI*- E SI4 DE INO0OSSI>I.ID*DE1

 6ais 7arias 8ágina Z

Page 10: Defeitos Do Negócio Jurídico - Vf Civil i

7/23/2019 Defeitos Do Negócio Jurídico - Vf Civil i

http://slidepdf.com/reader/full/defeitos-do-negocio-juridico-vf-civil-i 10/47

FACHA – Faculdades Integradas Hélio Alonso – Faculdade de Direito

 Di reito Ci vi l I – Daniel Machad o Gomes

eitura Art. 4WQ

*r"1 'LQ – 8resumemse fraudatórias dos direitos dos outros credores as

garantias de d'vidas que o devedor insolvente tiver dado a algum credor. %ão con"guram fraude os dé!itos para manter a fam'lia e os negócios dodevedor -atividade econKmica/. dé!itos ordinários – planos de saPde, mercado, atividade comercial,despesas comuns. protesto – mesmo assim, pelo Art. 4WQ, os contratos são fraudulentos.

eitura Art. 4WG

*r"1 'L – Anulados os negócios fraudulentos, a vantagem resultantereverterá em proveito do acervo so!re que se tena de efetuar o concurso

de credores.0r6gr$o nico& :e esses negócios tinam por Pnico o!&eto atri!uirdireitos preferenciais, mediante ipoteca, penor ou anticrese, suainvalidade importará somente na anulaão da prefer2ncia a&ustada.

todas as vezes que á anulaão da garantia, não á que se falar empagamento, uma vez que retorna o status quo.

IN)*.ID*DE '( nu5idde#( nu5=i5idde

NU.ID*DE

*! cu!! :ue "orn2 o negócio nu5o !9o !e2pre cu!! n! :ui!o in"ere!!e :ue e!"6 !endo di!cu"ido é o in"ere!!e d !ocieddeco2o u2 "odo. %ão é o interesse de uma pessoa só, não é o interesse sódo contratante, mas é o interesse do coletivo, e é por i!!o :ue nu5iddeé 2i! gr%e :ue nu5=i5idde- por:ue e5 "oc ne!!e in"ere!!e:ue é o in"ere!!e d !ociedde.

*NU.*>I.ID*DE

O! c!o! d nu5=i5idde !9o c!o! no! :ui! o in"ere!!e :ue e!"6!endo di!cu"ido é e2inen"e2en"e do! con"r"n"e!- d:ue5e! :uere5ir2 o con"r"o do negócio jurídico- 5ogo i!!o é 2eno! gr%edo :ue ! Kipó"e!e! de nu5idde.

* DIFEREN/* ENTRE U4 E OUTRO

 6oda a sequ2ncia de distin0es que 8rof. vai dar entre um instituto e outrodecorre dessa primeira diferena, que é a diferena concernente aointeresse em questão por trás de um instituto ou outro.

Repe"indo111

 6ais 7arias 8ágina 4I

Page 11: Defeitos Do Negócio Jurídico - Vf Civil i

7/23/2019 Defeitos Do Negócio Jurídico - Vf Civil i

http://slidepdf.com/reader/full/defeitos-do-negocio-juridico-vf-civil-i 11/47

FACHA – Faculdades Integradas Hélio Alonso – Faculdade de Direito

 Di reito Ci vi l I – Daniel Machad o Gomes

Mamos estudar agora invalidade. Se u2 negócio é in%65ido e5e pode !ernu5o ou nu56%e5. Moc2s &á sa!em que nulidade é mais grave queanula!ilidade. $ mais grave porque o in"ere!!e :ue e!"6 por "r6! do!

c!o! de nu5idde é o in"ere!!e co5e"i%o d própri !ociedde- op!!o :ue o in"ere!!e :ue e!"6 por "r6! do! c!o! de nu5=i5iddeé u2 in"ere!!e !ó do! con"r"n"e!- !ó d:ue5! pr"e! :ue e!"9o$endo o negócio jurídico1 * pr"ir de!! di$eren8 "odo u2conjun"o de di!"in8e! %i precer- pr u2 c!o ou ou"ro, semprepartindo dessa diferena inicial.

 6ais 7arias 8ágina 44

Page 12: Defeitos Do Negócio Jurídico - Vf Civil i

7/23/2019 Defeitos Do Negócio Jurídico - Vf Civil i

http://slidepdf.com/reader/full/defeitos-do-negocio-juridico-vf-civil-i 12/47

FACHA – Faculdades Integradas Hélio Alonso – Faculdade de Direito

 Di reito Ci vi l I – Daniel Machad o Gomes

CO4O EU 0RO)O ?UE U4 C*SO DE NU.ID*DE OU DE*NU.*>I.ID*DE

Como na NU.ID*DE os interesses são coletivos, são casos em que nãovai aver prescrião – 198B):CB16TM) podem passar GI ou 4II anosJ 6emque ser conecido de of'cio pelo &uiz. Convalidase pelo tempo. A nulidade étão grave que o &uiz quando perce!e ele a declara ex ofício -de of'cio/, ouse&a, mesmo que ninguém pea o &uiz declara o contrato. O negócio que seanula não se convalida nunca -nunca passa a ser válido/. A aão de nulidadeserá uma aão declaratória.

á na *NU.*>I.ID*DE  os casos são ipóteses que admitem#)CA#_%C1A – ou se&a, depois de certo prazo eu não posso mais anular. 6emque ser alegado pelas partes. %a anula!ilidade o &uiz não pode anularautonomamente um contrato nunca, a não ser que se&a pedido por uma das

partes. :e eu não arguo dentro do prazo que eu teno, aquele negócio quenão era válido se convalida -passa a ser válido/. A aão que anula é umaaão constitutiva negativa.

IN)*.ID*DE '( nu5idde#( nu5=i5idde

Nu5idde *nu5=i5idde1nteresse coletivo 1nteresse particular1mprescrit'vel Admite decad2ncia#e of'cio pelo &uiz Alegado pelas partes

%ão convalida nunca Convalidase pelo tempoAão declaratória Aão constitutiva negativaO ato nunca produziu efeitos O ato produz efeitos até a sentenaAdmite conversão Admite con"rmaão

0ro$ di"&

N* */+O DEC.*R*TÓRI*- o jui n9o cri u2 !i"u89o no%- e5epen! dec5r 5go :ue j6 é1 O "o j6 é nu5o- j6 n!ce nu5o1 O JUIDEC.*R* NU.O1 L SENTE/* DEC.*R*TÓRI*.

N* */+O CONSTITUTI)*- o jui cri u2 no% !i"u89o :ue n9o

ei!"i n"e! – ou po!i"i% ou neg"i% – co2 !en"en8 de5e1 @ o jui :ue2 de!$ o "o- :ue2 nu5 :ue5 !en"en8- por:ue "é:ue o jui nu5e- o "o produ e$ei"o!1O JUI *NU.*.

 JUI DEC.*R* NU.O- * ?U*.?UER TE40O- E NUNC* 0RODUIUEFEITOSN nu5idde- o jui %i !i2p5e!2en"e dec5rr o :ue é o "o- por:uee5e j6 é nu5o, &á nasce nulo. 0RECIS* F*ER U4 NO)O CONTR*TO1

 JUI *NU.*- DENTRO DE U4 0R*O AB- E *T@ ENT+O SEGUE0RODUINDO EFEITOS

 6ais 7arias 8ágina 4;

Page 13: Defeitos Do Negócio Jurídico - Vf Civil i

7/23/2019 Defeitos Do Negócio Jurídico - Vf Civil i

http://slidepdf.com/reader/full/defeitos-do-negocio-juridico-vf-civil-i 13/47

FACHA – Faculdades Integradas Hélio Alonso – Faculdade de Direito

 Di reito Ci vi l I – Daniel Machad o Gomes

N nu5=i5idde é o jui :ue de!$ o "o- :ue nu5 :ue5!en"en8- por:ue "é :ue o jui nu5e e5e con"inu produire$ei"o!1 0ODE,SE CONSERT*R O CONTR*TO1

8rescrião e decad2ncia são parecidas, mas as ipóteses de uma ou deoutra são diferentes, vamos estudar daqui a duas semanas.

.OGO TE4OS # TI0OS DIFERENTES DE SENTEN/*10ro$ di"& C*I E4 0RO)* E0.IC*R * DIFEREN/* ENTRE * */+O DO JUI N* NU.ID*DE E N* *NU.*>I.ID*DE

N nu5idde !en"en8 do jui "e2 n"ure dec5r"óri  por:ueep5ici" u2 !i"u89o A:ue j6 éB1

N nu5=i5idde !en"en8 do jui "e2 n"ure con!"i"u"i%neg"i% de!con!"i"u"i%( por:ue cri u2 !i"u89o no% :ue n9oei!"i n"e! d !en"en81 Ne!"e c!o- é !en"en8 do jui :uee"ingue o! e$ei"o! do "o.

Colega comenta so!re ?não produzir efeitos@ até a sentena do &uiz. 8rof.comenta que o pro!lema é que pode sim gerar efeitospatrimoniaisHeconKmicos, ou se&a+ na teoria diz que não produz efeitos, mas3s vezes na prática produz. Os autores dizem que se por um acaso -e*ceãoda e*ceão/ tiver algum efeito patrimonial de um contrato nulo, esse efeitopatrimonial se su!ordinaria 3 prescrião, em!ora a declaraão daautoridade se&a imprescrit'vel. 9A: %VO MA9O: AEOB#AB 1::O ADOBA.

I2pre!cri"í%e5 P %ocV pode pedir o jui- :u5:uer "e2po- dec5r89o de nu5idde1 9esmo que ele tena 4II anosJ * dec5r89ode nu5idde n9o "e2 pro

0r nu5r- "e2 pro -a regra geral, prazo de ; anos/.

W.TI4* DIFEREN/* P CO40.IC*DO111

O "o nu56%e5 d2i"e conHr289o1O "o nu5o d2i"e con%er!9o1

eitura do Art. 4WW – e*emplos de nulidade -] casos, ve&a+/

*r"1 'LL – é nulo o negócio &ur'dico quando+1 Cele!rado por pessoa a!solutamente incapaz^11 7or il'cito, imposs'vel ou indeterminável o seu o!&eto^111 O motivo determinante, comum a am!as as partes, for il'cito^1M %ão revestir a forma prescrita em leiM 7or preterida alguma solenidade que a lei considere essencial para

a sua validade^

 6ais 7arias 8ágina 4=

Page 14: Defeitos Do Negócio Jurídico - Vf Civil i

7/23/2019 Defeitos Do Negócio Jurídico - Vf Civil i

http://slidepdf.com/reader/full/defeitos-do-negocio-juridico-vf-civil-i 14/47

FACHA – Faculdades Integradas Hélio Alonso – Faculdade de Direito

 Di reito Ci vi l I – Daniel Machad o Gomes

M1 6iver por o!&etivo fraudar lei imperativa^M11 A lei ta*ativamente o declarar nulo, ou proi!irle a prática, sem

cominar sanão.

I, Con"r"o por =!o5u"2en"e incp *r"1 ;( P nu5oE1& Crin8 de no! %endeu o crro d 29e O negócio é nu5o1 Colega 8edro comenta que não é proi!ida a pessoa se prostituir, mas éproi!ido para menor. 8rof. comenta que a questão aqui é penal. Aprostituião não é proi!ida, mas o menor não pode ser e*ploradose*ualmente – averia aqui um estupro presumido.

II, O=je"o i5íci"o- i2po!!í%e5 ou inde"er2in6%e5 P nu5o1E1& 5ugo ou e2pre!"o pr p5n"r 2conK1-este inciso é o contraponto do Art. 4IQ/

Art. 4IQ – A validade do negócio &ur'dico requer+1 Agente capaz^11 O!&eto l'cito, poss'vel, determinado ou determinável^111 7orma prescrita ou não defesa em lei.

I), N9o re%e!"ir $or2 pre!cri" e2 5ei)*.+ compra e venda de imóvel que a lei e*ige que se&a por escriturapP!lica, mas fao numa fola de papel comum. O contrato e*iste, mas não éválido, porque não cumpriu o que a lei manda, então é nulo. %ão cumpriu aforma que a lei mandou, então é nulo.

III, O 2o"i%o de"er2inn"e- co2u2 2=! ! pr"e!- $or i5íci"oE!!e r"igo "r" d cu! negoci5 P Cu! negoci5 é o 2o"i%o donegócio.%ormalmente a causa não importa para o direito civil, é raro no direito civila causa aparecer como motivo da invalidaão.)*.+ 8rof. faz um contrato de empréstimo de um s'tio para um amigo, oualuga para um amigo – eu sou capaz, alugar o s'tio tem o!&eto l'cito edeterminável, forma tá correta, em princ'pio não tem nulidade aqui. 9as seeu alugo porque eu sei que ele vai fazer ali um cativeiro, porque ele é umsequestrador pro"ssional, eu sei disso e ele está alugando pra isso, a' omotivo do contrato, comum a am!as as partes, cu! negoci5- éi5íci"- 5ogo e!"e con"r"o é nu5o.

Te2 :ue !er pro%do o conKeci2en"o d ou"r pr"e por:ue !e e5en9o pro%r :ue 0ro$1 !=i di!!o e5e %i "er :ue pgr o 5ugue5 eind %i !er pre!o, e 8rof. não tem nada a ver com isso. A princ'pio, senão tiver participaão no crime, 8rof. não responderia por isso.Se o jui dec5r!!e nu5o 0ro$1 n9o poderi co=rr o 5ugue51 CKecrco2 pro$1 e!!e conXi"oNo inci!o III o pro=5e2 n9o é o o=je"o- é cu! do negócio. Ocontrato é de locaão do s'tio e o o!&eto é a entrega do s'tio. 1sso é válido. Opro!lema aqui é a causa do contrato, que se am!as as partes conecemtornam o contrato nulo.9as se eu !oto no contrato que o aluguel é para plantar macona. Ocontrato e*iste, mas é nulo – por causa do inci!o II-  porque  í !i2 é

o=je"o

 6ais 7arias 8ágina 4Q

Page 15: Defeitos Do Negócio Jurídico - Vf Civil i

7/23/2019 Defeitos Do Negócio Jurídico - Vf Civil i

http://slidepdf.com/reader/full/defeitos-do-negocio-juridico-vf-civil-i 15/47

FACHA – Faculdades Integradas Hélio Alonso – Faculdade de Direito

 Di reito Ci vi l I – Daniel Machad o Gomes

), For pre"erid 5gu2 !o5enidde :ue 5ei con!idere e!!enci5pr !u %5idde P :u5 é di$eren8 en"re o ) e o I) O 1M fala de 7OB9A H O M fala de solenidade. Xual a diferena entre um e

outro(Xuais são as formas poss'veis que um ato &ur'dico pode se apresentar –ver!al ou escrita.:e escrita – pode ser por instrumento pP!lico ou particular.O 1%C1:O M fala de !o5enidde P :ue é :u5:uer $or25idde :ue n9o!ej A$or2B. )*.+ O CC menciona vários tipos de testamento, e tem umtipo que é o camado testamento ?cerrado@, e o CC e*plica como essetestamento deve ser feito+ por ta!elião, que l2 o testamento perante otestador e as testemunas, em seguida o ta!elião feca o testamento ecomea a costurar o testamento com uma lina especial para isso?cerrandoo@, ?fecandoo@, e esse testamento só pode ser a!erto após amorte do testador, se for a!erto antes o testador revoga o testamento.

 6odas essas formalidades são solenidades, se eu não cumpro essasolenidade o contrato é nulo. :e diz que eu teno que fazer por escriturapP!lica eu descumpri a forma. Outro e*emplo+ o casamento tam!ém é umato solene, aquela fala em que pergunta se alguém tem algo contra é parteda solenidade. O direito romano era repleto de solenidades, para váriascoisas, mas o direito civil foi limpando isso ao longo do tempo porque nãotem condião de se fazer um ritual para cada ato que se for fazendo.

)I, Ti%er por o=je"i%o $rudr 5ei i2per"i% L aquele negócio cu&oo!&etivo é fraudar a lei L por e*emplo, reci!o falso para fraudar 1.B. – essenegócio ?passar esse reci!o@ é nulo. *:ui $rude n9o é con"rcredore!- é con"r 5ei1 Se $o!!e con"r credore!- o negócio !erinu56%e5 %ão é poss'vel fazer interpreta0es e*tensivas desses casosporque isso aqui é uma restrião, se estou dizendo que é nulo estoucortando efeitos do ato, a interpretaão é sempre fecada. Bespondendo 3mina pergunta -so!re ?erário pP!lico@/, todo ato que fere frontalmente oerário pP!lico ele estará ferindo a lei, logo cairia aqui, mas não por e*tensão3 interpretaão. Ou se&a, qualquer negócio que se&a para fraudar lei, é nulo.

)II, * 5ei ""i%2en"e o dec5rr nu5o- ou proi=ir,5Ke pr6"ic-!e2 co2inr !n89o L toda vez que a lei disser que o negócio é inválidosem dizer que tipo de invalidade, se é nulidade ou anula!ilidade, o negóciovai ser é nulo. * NU.ID*DE @ * 4OD*.ID*DE SU>SIDI3RI* DE

IN)*.ID*DE1 .OGO- TOD*S *S )EES ?UE * .EI DISSER ?UE U4NEGÓCIO @ IN)3.IDO SE4 ES0ECIFIC*R * 4OD*.ID*DE D*IN)*.ID*DE- O NEGÓCIO @ NU.O.Cuidado porque muita gente erra aqui erra pela intuião, vaisenormalmente pela modalidade mais !randa, mas não é, é pela mais pesada– %[1#A#).:em cominar sanão L quer dizer ?sem de"nirHdizer se é nulo ou anulável@,dizendo apenas que é inválido.

%o artigo 4WW, portanto, estão todos os casos de nulidadeJJ

SI4U.*/+O

eitura do Art. 4W] – vai falar pra nós da ?simulaão@

 6ais 7arias 8ágina 4G

Page 16: Defeitos Do Negócio Jurídico - Vf Civil i

7/23/2019 Defeitos Do Negócio Jurídico - Vf Civil i

http://slidepdf.com/reader/full/defeitos-do-negocio-juridico-vf-civil-i 16/47

FACHA – Faculdades Integradas Hélio Alonso – Faculdade de Direito

 Di reito Ci vi l I – Daniel Machad o Gomes

*r"1 'LY – $ nulo o negócio &ur'dico simulado, mas su!sistirá o que sedissimulou, se válido for na su!stância e na forma.

:imulaão – comentou que é um defeito social, e não um defeito devontade/. De "odo! o! de$ei"o!- !i2u589o é o nico de$ei"o jurídico:ue "orn o negócio nu5o- por:ue o! de2i! de$ei"o! "odo! e!"9o node$ei"o nu56%e5.

4*S O ?UE @ SI4U.*/+OSi2u589o é !inZni2o de 2en"ir1 Tod %e :ue Kou%er e2 u2negócio jurídico A2en"irB !o=re 5gu2 !pec"o d:ue5e negócio-eu po!!o $5r :ue n:ue5e negócio K6 !i2u589o.)studamos fraude, lesão, erro, dolo... Aqui é o caso da mentira, e a mentira H

simulaão torna o negócio nulo.

6 # "ipo! de !i2u589o&SI4U.*/+O *>SO.UT*SI4U.*/+O RE.*TI)*

Si2u589o é 2en"ir1 E !i2u589o pode !er =!o5u" ou re5"i%1A simulaão relativa é especial. 0or:ue "od !i2u589o :ue n9o !een:udrr ne!"e nico c!o :ue o 0ro$1 %i en!inr co2o re5"i%111@ =!o5u".

)ntão temos que sa!er o que é Belativa.* !i2u589o re5"i% con"ece nu2 nico c!o& :undo o gen"ere5i u2 con"r"o- :uerendo o! e$ei"o! de ou"ro con"r"o1 E5e $u2 Acon"r"o 'B- 2! o gen"e n9o :uer o! e$ei"o! de!"e con"r"o-2! o! e$ei"o! de u2 ou"ro con"r"o- por "r6! d:ue5e pri2eiro- :ueé o Acon"r"o #B1Se "e2o! !i2u589o re5"i% é por:ue nece!!ri2en"e e!"2o!$5ndo de # negócio!& u2 negócio pren"e e u2 negócioe!condido.E1& 8rof. quer fazer doaão para o 8edro, mas não coloca o nome dele no

contrato, mas o nome da Baquel porque 8rof. não quer que sai!am que vaidar para 8edro o !em. )*iste simulaão aqui( :im. A!soluta ou relativa(A!solutaJJ ) isso porque aqui só á um contrato, que é o de doaão emnome da Baquel -de laran&a no esquema, e que vai só atender ao pedido do8rof. e entregar o que ?ganou@ para 8edro. %a Belativa eu realizo umcontrato querendo os efeitos de outro contrato – é só este casoJOu"ro e.+ o pol'tico que a fola de pagamento do ga!inete dele tem umcaseiro que rece!e B\ =I mil, mas quando voc2 vai cecar o caseiro nuncaviu um tostão disso. 1sso é uma simulaão AE:O[6AJ 8orque é só á umcontrato. %a B)A61MA eu fao um contrato querendo os efeitos de outrocontrato – portanto na B)A61MA á dois contratosJJ

Tod I0ÓTESE :ue "e2 .*R*NJ* é u2 I0ÓTESE de SI4U.*/+O1

 6ais 7arias 8ágina 4W

Page 17: Defeitos Do Negócio Jurídico - Vf Civil i

7/23/2019 Defeitos Do Negócio Jurídico - Vf Civil i

http://slidepdf.com/reader/full/defeitos-do-negocio-juridico-vf-civil-i 17/47

FACHA – Faculdades Integradas Hélio Alonso – Faculdade de Direito

 Di reito Ci vi l I – Daniel Machad o Gomes

O ee2p5o )*.ENDO de SI4U.*/+O RE.*TI)*&O CCHI; diz que um pai pode doar o que quiser para um "lo. 8OB$9, porocasião da morte do pai, os !ens que foram dados 3quele "lo precisam ser

trazidos para o inventário para que se veri"que se a doaão feita a um dos"los se ela fere o direito dos outros so!re a erana.

0RE4ISS* 'O pai tem em vida 4 apartamento e ; "los. )m vida ele doa esseapartamento ao caula que é o preferido. O mais velo "cou sem nada. Opai pode fazer isso( 8ode. 9as quando ele morrer, o irmão preterido vaitrazer este imóvel para dentro do inventário e vai ter que se fazer umadivisão deste !em entre os dois irmãos.

0RE4ISS* #:e um pai, no mesmo caso, resolve vender um !em para um dos "los, ele

pode fazer isso( 8ode. 9A: ele vai precisar, se quiser vender, daautorizaão do outro "lo, porque se ele tiver vendido o apartamento, estenão será, por ocasião da morte do pai, trazido para o inventário.

 6ais 7arias 8ágina 4]

Page 18: Defeitos Do Negócio Jurídico - Vf Civil i

7/23/2019 Defeitos Do Negócio Jurídico - Vf Civil i

http://slidepdf.com/reader/full/defeitos-do-negocio-juridico-vf-civil-i 18/47

FACHA – Faculdades Integradas Hélio Alonso – Faculdade de Direito

 Di reito Ci vi l I – Daniel Machad o Gomes

>E4 DO*DO 0*R* FI.O- )O.T* 0*R* O IN)ENT3RIO1

>E4 )ENDIDO 0*R* FI.O- N+O )O.T* 0*R* O IN)ENT3RIO- 0ORISSO O OUTRO FI.O 0RECIS* *UTORI*R1

0OR?UE O OUTRO FI.O 0RECIS* *UTORI*R&8orque o !em vendido será revertido em dineiro+ vendo por 4 milão paraum dos meus "los, morro daqui a 4 m2s, e este 4 milão vai serinventariado para os dois "los. A autorizaão do outro "lo é necessáriae*atamente para ver se o valor está certo, etc., porque o pai pode gastaresse 4 milão em uma viagem de volta ao mundo, porque dineiro eu nãosou o!rigada a guardar para dei*ar como erana. %ão á simulaão até

aquiJJ Certo(

EE40.O DE SI4U.*/+O RE.*TI)*9as vamos imaginar que o pai quisesse de fato privilegiar um dos "los emdetrimento do outro... :e ele doasse para um dos "los ele estariaprivilegiando momentaneamente, mas a lei não permitiria isso porque naora da erana o imóvel retornaria ao inventário, certo( 9as esse paipoderia fazer assim+ Contrato 4 – contrato de compra e venda.%a verdade querendo os efeitos do Contrato ;, de doaão L simulaãoJJA tramoia+ ?7ilo, vamos fazer um contrato de compra e venda, camamosseu irmão aqui, mostramos que voc2 inclusive transferiu o dineiro pramina conta, ele assina concordando, e uma semana depois eu devolvo odineiro pra sua conta@. $ [9A 7ACFA#A, certo( O contrato de doaão aqui-contrato ;/ ele não aparece, "sicamente -formalmente/ ele não e*iste, masos efeitos que o pai tina era ver!almente o da doaãoJ A"nal, o pai não vaidei*ar rastro, certo( )ntão esse pai cele!rou o contrato 4, mas no fundo oque ele quer é o contrato ;, mas ele não pode fazer o contrato ; Rde caraSporque ele quer, deli!eradamente, privilegiar o "lo mais novo e o maisvelo pode não concordar com a doaão por ser direito dele tam!ém partedo patrimKnio.Aqui ouve simulaão B)A61MAJJ – quando o agente realiza um contratoquerendo os efeitos de outro contratoJ.endo o *r"1 'LY no%2en"e- :ue é o r"igo :ue $5 d !i2u589o-

e5e "r" e"2en"e d !i2u589o re5"i%O negócio simulado, no e*emplo do pai, é o ?contrato 4@. )le é mentiroso.O negócio ?contrato ;@ seria, na linguagem do Art. 4W], o dissimulado -Lsem simulaão/.O negócio !i2u5do con"r"o '( !er6 !e2pre nu5o T6 no cpu" do*r"1 'LYE o # negócio Depende111 A lei não pro'!e que eu venda ou doe paraum "lo, mas é preciso ver se descumpriu o que a lei diz+ se esse !em nãoultrapassa o valor que o pai pode dispor -GI`/, esse negócio é válidoJJ :eultrapassar GI`, o negócio é nuloJJ

SI4U.*/+O SÓ .ID* CO4 NU.ID*DE1ENT+O @ NU.O OU @ )3.IDO1

 6ais 7arias 8ágina 4>

Page 19: Defeitos Do Negócio Jurídico - Vf Civil i

7/23/2019 Defeitos Do Negócio Jurídico - Vf Civil i

http://slidepdf.com/reader/full/defeitos-do-negocio-juridico-vf-civil-i 19/47

FACHA – Faculdades Integradas Hélio Alonso – Faculdade de Direito

 Di reito Ci vi l I – Daniel Machad o Gomes

:) 6[#O 1::O 7O1 7)16O CO9O [9 DBA%#) ):6BA6AD)9 8ABA E)%)71C1AB

O O[6BO 71FO, 9A: %VO 7)B1[ O 1916) #O: GI` %O: MAOB):, A#1:C[::VO 71CA 7OBA #O #1B)16O C1M1 ) MA1 8ABA A 8:1COOD1A.

Se o Acon"r"o #B é %65ido- nu5o ou nu56%e5111 6 :ue !e %er0or:ue !e o Acon"r"o #B é di!!i2u5do- 2! e!"i%er %icido poru2 d! Kipó"e!e! do *r"1 'LL- e5e é nu5o1Se e5e e!"i%er e2 5gu2 Kipó"e!e do *r"1 'Y' :ue %2o! %erdin"e(- e5e é nu56%e51O Acon"r"o #B %i depender do c!o concre"o 4! o Acon"r"o 'B!e é !i2u5do- !e é 2en"ir- é nu5o *r"1 'LY(1

)sse e* é espec'"co de RrelativaS – quando faz um contrato com intenão nooutro, mesmo que o ;< se&a ver!al. L contrato 4 de compra e venda,contrato ; de doaão. %o caso, o negócio simulado é o contrato 4 porque seintencionava o negócio ; – na linguagem do artigo 4W] o negóciodissimulado -o escondido/.

%egócio 4 %egócio ;Compra e venda #oaão:19[A#O #1::19[A#O%[O depende... tem que ver se descumpriu a lei, se for "loPnico oY. :e

ultrapassar GI` a que tem direito... %a simulaão só lidacom nulidade.

)ntão perguntase+ se é nulo ou inválido. :e estiverviciado por alguma

ipótese do 4WW é nulo, mas se for como diz o Art. 4]4 –vamos ver.

)stamos vendo o Art. 4W], so!re simulaão. Mimos aula passada que asimulaão é uma mentira, e toda vez que á mentira á uma simulaão.9as á dois tipos de simulaão+ a a!soluta e a relativa.

A simulaão relativa é o caso em que um Pnico caso o agente realiza umnegócio simulado, que é nulo, querendo os efeitos do negócio dissimulado,que pode ser nulo, anulável ou válido, depende do caso, ... ) 8rof. deu oe*emplo do pai que vende simuladamente o imóvel para um dos "losquando o que ele queria fazer, de fato, era uma doaão – e que esta doaãopode ser válida se não ferir a leg'tima -cotalimite do pai/, e teria queanalisar um ;< aspecto nessa doaão que seria a forma da doaão, ou se&a+em se tratando de !em imóvel, se foi feita por escritura pP!lica ou se nãofoi -e a', neste caso, não teria validade/.)stes detales estão no Art. 4W], caput.

*r"1 'LY – $ nulo o negócio &ur'dico simulado, mas su!sistirá o que sedissimulou, se válido for na su!stância e na forma.

 6ais 7arias 8ágina 4Z

Page 20: Defeitos Do Negócio Jurídico - Vf Civil i

7/23/2019 Defeitos Do Negócio Jurídico - Vf Civil i

http://slidepdf.com/reader/full/defeitos-do-negocio-juridico-vf-civil-i 20/47

FACHA – Faculdades Integradas Hélio Alonso – Faculdade de Direito

 Di reito Ci vi l I – Daniel Machad o Gomes

Co2en"6rio do 0ro$1& Aquele negócio que aparece, o simulado, é nulo. Oque está por trás é dissimulado, que pode ser válido se cumprir os requisitos

de forma e contePdo -é o e*emplo do pai/. O Art. 4W] caput está tratandoespeci"camente da simulaão relativa.

111(0r6gr$o ' – Faverá simulaão nos negócios &ur'dicos quando+

1Aparentarem conferir ou transmitir direitos a pessoas diversas daquelas 3squais realmente se conferem, ou transmitem^

Co2en"6rio do 0ro$1& esta simulaão do inciso 1 é AE:O[6A – é o caso emque a mentira é só a quem eu vou doar, é o caso do laran&a e é o casotam!ém da concu!ina.

Concu!ina – o CC veda doaão para a amante. A amante -e pode seromem ou muler/ que vive maritalmente, no mesmo teto, em sociedadecon&ugal com outra muler, essa outra não pode rece!er doaão. :e essecara doa um anel de !rilante para a senora mãe da concu!ina, ásimulaão a'( ógico, por interposta pessoaJ #oou pra mãe para cegar namuler – isso é o inciso 1J :imulaão AE:O[6A.Agora, se ele sai de casa e vai viver com outra, dei*a de ser concu!ina epassa a ser companeira, e não precisa nem se divorciar da muler anterior-pela lei atual/.

 6ais 7arias 8ágina ;I

Page 21: Defeitos Do Negócio Jurídico - Vf Civil i

7/23/2019 Defeitos Do Negócio Jurídico - Vf Civil i

http://slidepdf.com/reader/full/defeitos-do-negocio-juridico-vf-civil-i 21/47

FACHA – Faculdades Integradas Hélio Alonso – Faculdade de Direito

 Di reito Ci vi l I – Daniel Machad o Gomes

-.../

11 Contiverem declaraão, con"ssão, condião ou cláusula nãoverdadeira^

Co2en"6rio do 0ro$1& )sta simulaão é AE:O[6A. )*.+ atestado médicofalso -que é um documento simulado/, logo é nulo – porque a simulaãotorna o negócio nulo.

-.../111 Os instrumentos particulares forem antedatados, ou pósdatados.

Co2en"6rio do 0ro$1& )*.+ ceque prédatado é simulaão, mas é nulo(

%ão. 8or qu2( )sse negócio não é nulo. ) por que não é nulo se vimos queas simula0es todas são nulidade(

O pon"o :ui- no inci!o III- é o !eguin"e& Ei!"e2 # "ipo! de!i2u589o&

, INOCENTE – e!" n9o produ nenKu2 e$ei"o[repercu!!9o jurídicoe!pecíHco por !er u2 !i2u589o "ipo- n9o !igniHc nd !er u2!i2u589o(- 2! é negócio %65ido- co2u2. N9o 5e! o in"ere!!e deningué21

, 4*.ICIOS*  – e!" é :ue 5e! o in"ere!!e jurídico de 5gué2-"orn o negócio jurídico nu5o.

Co2en"6rio do 0ro$1& citei como e*emplo, per'odo passado, dauniversidade que tra!alo que tina feito um conv2nio que oferecia !olsa, evários alunos comearam a estudar com !olsa. #epois de W meses, alguémperce!eu que o instrumento do conv2nio não avia sido assinado nemdatado, e a' pegaram as assinaturas, mas surgiu a dPvida+ que datacolocar( 8orque se fosse por a data da assinatura, todos os alunos que &áestavam com !olsa á seis meses, teriam que pagar^ se colocassem a datapara trás, esta data seria uma mentira, e a' o reitor que se arvora como

e*emplo de moralidade disse que não ia mentir a data. 9as aqui, não avianenum pro!lema colocar a data retroativa, é uma simulaão inocente enão anula o negócio, não á pre&u'zo na simulaão, não gera pre&u'zo aninguém, até porque está se regularizando uma situaão. $ mentira( $, émentira mesmo, mas pode dizer que essa mentira pode fazer.

eitura Art. 4W> parágrafo Pnico

*r"1 'L< – as nulidades dos artigos antecedentes podem ser alegadas porqualquer interessado, ou pelo 9inistério 8P!lico, quando le cou!er intervir.

0r6gr$o nico – as nulidades devem ser pronunciadas pelo &uiz, quandoconecer do negócio &ur'dico ou dos seus efeitos e as encontrar provadas,não le sendo permitido suprilas, ainda que a requerimento das partes.

 6ais 7arias 8ágina ;4

Page 22: Defeitos Do Negócio Jurídico - Vf Civil i

7/23/2019 Defeitos Do Negócio Jurídico - Vf Civil i

http://slidepdf.com/reader/full/defeitos-do-negocio-juridico-vf-civil-i 22/47

FACHA – Faculdades Integradas Hélio Alonso – Faculdade de Direito

 Di reito Ci vi l I – Daniel Machad o Gomes

:u!linar neste artigo+ 1%6)B)::A#O, 91%1:6$B1O 8NE1CO, e no parágrafoPnico 8BO%[%C1A#A: 8)O [1b.

Mamos voltar 3quele quadro comparativo com a diferena entre nulidade eanula!ilidade.

IN)*.ID*DE '( nu5idde#( nu5=i5idde

Nu5idde *nu5=i5idde1nteresse coletivo 1nteresse particular1mprescrit'vel Admite decad2ncia#e of'cio pelo &uiz Alegado pelas partes%ão convalida nunca Convalidase pelo tempoAão declaratória Aão constitutiva negativa

O ato nunca produziu efeitos O ato produz efeitos até a sentenaAdmite conversão Admite con"rmaão

A 45 caracter'stica da nulidade é o interesse coletivo. Se n nu5idde oin"ere!!e é co5e"i%o %2o! "er u2 !érie de con!e:uVnci! :ue n9o%ou "er n nu5=i5idde- :ui! '\& O jui- :undo perce=e :ue K6nu5idde- e5e pode- por inici"i% própri- nu5r – o pr6gr$o nicodo *r"1 'L< !ó re$or8 i!!o.:e o &uiz pode reconecer de of'cio, é porque é grav'ssimo, é porque ointeresse é da própria sociedade – a quem ca!e a proteão dos interessesda sociedade( 9inistério 8P!lico. ogo, !e no proce!!o o 40 "u- é

c5ro :ue poder6- "2=é2- o pro2o"or- 5egr ! nu5idde!1 E $oro jui e $or o pro2o"or- pode2 "2=é2 :ui!:uer in"ere!!do!-interessados L as partes, erdeiros, cKn&uge, companeiro, sócio, credores,etc./. 6odos esses vão poder alegar, dentro de um processo, as nulidades.

eitura do Art. 4WZ

 *r"1 'L – O negócio &ur'dico nulo não é suscet'vel de con"rmaão, nemconvalesce pelo decurso do tempo.

Co2en"6rio do 0ro$1& aqui tam!ém tem ; aspectos dos quais tratamos naaula passada – se o negócio é nulo não produz efeitos, e se não produz

efeitos não pode ser salvo, logo não pode ser con"rmado, e não convalesce-no sentido de tornarse válido/ pelo decurso do tempo.

N nu5idde o negócio jurídico n9o con%5e!ce ne2 pode !erconHr2do

?u5 é di$eren8 – conHr2r e con%5e!cerCon%5e!cer o negócio jurídico é "ornr o negócio %65ido1 *conHr289o é u2 "o jurídico de :ue2 re5iou u2 con"r"o . )*.+pode ser uma cláusula que voc2 a&unta -termo aditivo/ num contrato que

vai con"rmar... Con"rmaão decorre de um ato.No con%5e!ci2en"o ningué2 $ nd1 O con%5e!ci2en"o decorre

 6ais 7arias 8ágina ;;

Page 23: Defeitos Do Negócio Jurídico - Vf Civil i

7/23/2019 Defeitos Do Negócio Jurídico - Vf Civil i

http://slidepdf.com/reader/full/defeitos-do-negocio-juridico-vf-civil-i 23/47

FACHA – Faculdades Integradas Hélio Alonso – Faculdade de Direito

 Di reito Ci vi l I – Daniel Machad o Gomes

u"o2"ic2en"e d 2er p!!ge2 do "e2po.

NENU4* D*S DU*S COIS*S @ 0OSSÍ)E. NO NEGÓCIO NU.O- O

NEGÓCIO NU.O N+O TE4 S*.)*/+O- 0*R* O DIREITO N+O 0REST*10*R* O DIREITO- N+O )*I 0RODUIR EFEITOS- SE 0*SS*R M *NOSN+O )*I CON)*.ESCER111 ES?UECE- 0OR?UE N+O 0REST* 0R*N*D*

 6)9 X[) 6)B O X[A#BO AEA1O %A CAE)UAJJJ

IN)*.ID*DE '( nu5idde#( nu5=i5idde

Nu5idde *nu5=i5idde1nteresse coletivo 1nteresse particular1mprescrit'vel Admite decad2ncia#e of'cio pelo &uiz Alegado pelas partes%ão convalida nunca Convalidase pelo tempoAão declaratória Aão constitutiva negativaO ato nunca produziu efeitos O ato produz efeitos até a sentenaAdmite conversão Admite con"rmaão

Art. 4]I – é pKod e %i co=rr n pro%

*r"1 'YM – :e, porém, o negócio &ur'dico nulo contiver os requisitos deoutro, su!sistirá este quando o "m a que visavam as partes permitir supor

que o teriam querido, se ouvessem previsto a nulidade.

Co2en"6rio do 0ro$1& $ um artigo muito complicado até porque tra!alana condicional o tempo todo.O pri2eiro erro co2u2 de :ue2 o5K e!!e r"igo é pen!r :ue e!!er"igo re$ere,!e !i2u589o- e n9o e!"6 $5ndo d !i2u589ore5"i% e2=or e!"ej $5ndo de doi! negócio! – é precido- 2!n9o é o 2e!2o !!un"o O negócio &ur'dico anulável pode ser salvo( 8ode.O negócio nulo pode ser salvo( %ão.9as na prática isso 3s vezes é um pro!lema grave, grav'ssimoJ%a #efensoria 8P!lica, por e*emplo, tem um caso que aparece demaisJ Osu&eito, ou porque é po!re e quis economizar... Compra um imóvel e de !oafé ou por ignorância, paga o valor total e o faz sem contrato ou de !oca oupor instrumento particular – o que não vale porque descumpre a lei quanto3 forma, fazendo com que este contrato se&a nulo porque deveria ser porescritura pP!lica. %a prática á uma pessoa lá que gastou tudo que elatina pra comprar aquilo, e agora para o CC o contrato dela é nulo, ela nãotem direito nenum, aquele negócio não aconteceu &uridicamente... 8aratratar desse tipo de situaão, o legislador trou*e o Art. 4]IJJ

O *r"1 'YM é cK2d con%er!9o do negócio jurídico1

 6ais 7arias 8ágina ;=

Page 24: Defeitos Do Negócio Jurídico - Vf Civil i

7/23/2019 Defeitos Do Negócio Jurídico - Vf Civil i

http://slidepdf.com/reader/full/defeitos-do-negocio-juridico-vf-civil-i 24/47

FACHA – Faculdades Integradas Hélio Alonso – Faculdade de Direito

 Di reito Ci vi l I – Daniel Machad o Gomes

O NEGÓCIO NU.O N+O SE CONFIR4* E N+O CON)*.ESCE- 4*S0ODE SER CON)ERTIDO E4 OUTRO NEGÓCIO DE FINSSE4E.*NTES *O NEGÓCIO IN)*.ID*DO.

Moc2 vai ter que fazer um camino muito mais prolongado, lógicoJ O caratodo errado, voc2 &á está dando uma soluão pro cara, mas tem comocegar lá no que ele pretendia.

CON)ERTER SIGNIFIC* TR*NSFOR43,.O E4 OUTRO ?UE N+O SEJ*NU.O1

E!! con%er!9o do negócio jurídico é u2 "écnic in"erpre""i%- é

u2 2odo de !e in"erpre"r o negócio jurídico nu5o- 5ogo e!"con%er!9o e5 "er6 :ue !er operd pe5o jui den"ro de u2 89o(1

“Meu cliente não sabia, ou sabia e se confundiu, o contrato é nulo, masneste contrato estão presentes este, este e aquele requisito de outrocontrato, que se forem considerados podem ser transformados em outrocontrato.”

E!!e r"igo $oi "rido pr o CC[M# do Direi"o *5e29o – n*5e2nK cK2,!e de un "rn!( deu"ung deu"en P in"erpre"r(1UN DEUTUNG P TR*NSINTER0RET*/+O.)sse sentido é perfeito para a compreensão dos &uristas. %a verdade o que oartigo 4]I está propondo é uma transinterpretaão, é interpretar de umnegócio para outro negócio. $ quando se tem um negócio que é nulo, masonde foram a&ustadas diversas com!ina0es que ca!em em outro contrato,então eu vou interpretar desse ?nada &ur'dico@ para alguma coisa. Mou!uscar ali não só a intensão.:eria aão de o!rigaão de fazer -não o fazer no sentido do &uiz fazer ainterpretaão, mas tudo isso que estamos falando não é pedido ao &uiz, vaientrar na sua istoria, na interpretaão &ur'dica, então isso aqui vai entrarna fundamentaão &ur'dica/.

Como isso seria ca!'vel e qual o e*emplo prático que eu poderia dar.Moltemos ao e*emplo da #efensoria 8P!lica.

E!! "rn!in"erpre"89o- no >r!i5- 5gun! u"ore! $52 :ue i!!ocK2,!e con%er!9o- 2! o 0ro$1 di :ue n9o concord- e u! "rn!no !eu 5i%ro- por:ue pr"e,!e de u2 And jurídicoB pr 5go :uepo!!- de 5gu2 2neir- !"i!$er o c5ien"e.

)ntão, o meu cliente pagou o preo todo do imóvel, mas fez esse contratopor instrumento particular, portanto o contrato não é válido, é nulo – e nãoproduz nenum efeito. 9as o dineiro saiu do !olso deleJ ) a', voc2 que é!om em Civil, foi para o Art. QW; do CCHI;.

eitura do Art. QW;

 6ais 7arias 8ágina ;Q

Page 25: Defeitos Do Negócio Jurídico - Vf Civil i

7/23/2019 Defeitos Do Negócio Jurídico - Vf Civil i

http://slidepdf.com/reader/full/defeitos-do-negocio-juridico-vf-civil-i 25/47

FACHA – Faculdades Integradas Hélio Alonso – Faculdade de Direito

 Di reito Ci vi l I – Daniel Machad o Gomes

*r"1 QL# – O contrato preliminar, e*ceto quanto 3 forma, deve conter todosos requisitos essenciais ao contrato a ser cele!rado.

Con"r"o pre5i2inr é u2 con"r"o de pro2e!!. )ntão o que estádizendo o CC( O con"r"o de pro2e!! e!"6 di!pen!do- pe5o5egi!5dor- d $or2 do con"r"o princip51 N pr6"ic i!!o !igniHc:ue :u5:uer con"r"o de pro2e!! de co2pr e %end é %65ido2e!2o !e2 regi!"ro p=5ico- pode !er pen! por in!"ru2en"opr"icu5r.O c5ien"e "inK $ei"o u2 Acon"r"o de co2pr e %end de i2ó%e5B de2odo errdo e dn8ou- nu5o1 *í %2o! o QL# e de!co=ri2o! :ue ocon"r"o de pro2e!! de co2pr e %end de i2ó%e5 pode !er porin!"ru2en"o pr"icu5r – e ind !!i2 !er6 %65ido

)ntão...Co2pr e %end de imóvel é – #17)B)%6) #) – 0ro2e!! de compra evenda de imóvel -que é preliminar e não e*ige a forma do principal, que é ode compra e venda/.

0ro$ di"&

Con"r"o de pro2e!! é u2 con"r"o no :u5 ! pr"e! co2=in2 e!e co2pro2e"e2 de con"r"r no $u"uro- e!"ipu5ndo ! c56u!u5!-condi8e! e eigVnci! pr :ue o con"r"o !ej re5ido1

O racioc'nio é+ seu contrato de compra e venda é nulo, não tem &eito^ masse eu considerar que a sua promessa é válida, eu posso pedir ao &uiz queeste d2 uma ordem para o cartório colocar o imóvel no nome do meu cliente– como( :e eu considerar que a promessa é válida e que o agente cumpriutudo que tina que cumprir, no caso do promitente comprador tem quecumprir da promessa( 8agar o preoJ ) o meu cliente pagouJ )ntão o &uizpode e*igir que o promitente vendedor me passe a escrituraJ Com isso eufaria o camino inverso, eu teria uma promessa válida e o &uiz o!rigaria opromitente vendedor a fazer uma compra e venda válida, a assinar umaescritura pra mim. :e esse promitente vendedor não quer fazer, sumiu,morreu, se nega a assinar, o &uiz pode dar uma ordem que su!stitui a

assinatura dele, eu só teno que provar que eu paguei o preo, porque seeu não paguei o preo eu não cumpri o que eu tina que cumprir napromessa. :e o &uiz, desta forma, su!stitui com sua ordem a assinatura dopromitente vendedor, só me resta levar a sentena do &uiz e levar para ocartório do BD1 e meu cliente vai poder, "nalmente, !otar o imóvel no seunome. O!viamente vai ter que pagar pelo registro, mas ve&am que passei do?nada &ur'dico@ e eu consegui contornar essa situaão para satisfazer o quemeu cliente queira, mas é claro que vai demorar muito mais que se eletivesse feito da forma certa, desde o in'cio, o contrato.

O ;< negócio não foi feito, foi interpretado do 4<. )u falei com o &uiz+ leiamina istoria, eu teno tudo a' de uma promessa de compra e vendaválidaJ ) &á quitaaadaJ :r. uiz..., meu cliente...JJ   )ntão, se o &uizconcordar, ele vai mandar o outro assinar a escrituraJ 8orque quando a

 6ais 7arias 8ágina ;G

Page 26: Defeitos Do Negócio Jurídico - Vf Civil i

7/23/2019 Defeitos Do Negócio Jurídico - Vf Civil i

http://slidepdf.com/reader/full/defeitos-do-negocio-juridico-vf-civil-i 26/47

FACHA – Faculdades Integradas Hélio Alonso – Faculdade de Direito

 Di reito Ci vi l I – Daniel Machad o Gomes

promessa está válida e perfeita, a outra parte tem que assinar a escrituraJ:e ela não quer assinar, o &uiz vai dar uma sentena que su!stitui amanifestaão de vontade dele.

A promessa de compra e venda não tem que ser registrada. )*istepromessa com registro e sem registro. A Rsem registroS gera um direitoo!rigacional, que é a matéria que o pessoal tá fazendo comigo na outraturma, o!rigaão de fazer. A promessa Rcom registroS gera um direito real-direito com outras caracter'sticas/ que se v2 no Art. 4;;G do CCHI; – que éa promessa registrada. )ntão a promessa pode ser com ou sem registro.$ válido sem o registro, mas o registro dá uma segurana &ur'dica diante deterceiros que o direito o!rigacional não dá. 8orque a pessoa que com!inoucomigo a promessa, mas vendeu para outrem, eu vou ter que co!rar dela,dor de ca!ea. :e está registrado eu posso desfazer aquela venda que elafez, e o imóvel pode ser, pra mim, muito interessanteJ )u posso com!inar

de comprar por um valor e este valor do!rar em um m2s, e eu &á estou atéquerendo revenderJ ) ela &á está vendendo por um valor maior que o meuJ)ntão o promitente comprador "caria muito mais protegido tendo umregistro, porque ele não teria só um direito o!rigacional, ele teria mais queisso, um direito real -Art. ;;G/.

%a aula passada falamos daquele artigo complicado, o 4]I.%a aula de o&e vai ser mais fácil porque comeamos a falar deanula!ilidade, que é mais tranquila. )ntão comeamos no Art. 4]4 – quenão tem nada a ver com 8enal, e que no Civil são os casos de anula!ilidade.9as pergunto+ !e 5ei di :ue u2 de"er2indo con"r"o é in%65ido-2! e5 n9o di !e e5e é nu5o ou nu56%e5- e!!e con"r"o é o :ueNu5o 0or:ue nu5idde é !u=!idi6ri Eu !ó "enKo nu5=i5iddeno! c!o! epre!!o! n 5ei- por:ue regr ger5 do negócioin%65ido é o nu5o- por i!!o é i2por"n"e o *r"1 'Y'.

eitura Art. 4]4 – casos de anula!ilidade

*r"1 'Y' – Além dos casos e*pressamente declarados na lei, é anulável onegócio &ur'dico+1 8or incapacidade relativa do agente^11 8or v'cio resultante de erro, dolo, coaão, estado de perigo, lesão ou

fraude contra credores.

0ro$1 co2en"& o artigo está falando coisas que não são novidades paravoc2s, e está dizendo que o contrato pode ser anulável se feito pelorelativamente incapaz -do Art. Q</, ou se for feito com um daqueles defeitosdo negócio -erro, dolo, coaão, estado de perigo, lesão ou fraude contracredores/.

eitura Art. 4]; – con"rmaão do negócio pelas partes

*r"1 'Y# , O negócio anulável pode ser con"rmado pelas partes, salvodireito de terceiro.

:u!linar a palavra ?con"rmado@.

 6ais 7arias 8ágina ;W

Page 27: Defeitos Do Negócio Jurídico - Vf Civil i

7/23/2019 Defeitos Do Negócio Jurídico - Vf Civil i

http://slidepdf.com/reader/full/defeitos-do-negocio-juridico-vf-civil-i 27/47

FACHA – Faculdades Integradas Hélio Alonso – Faculdade de Direito

 Di reito Ci vi l I – Daniel Machad o Gomes

0ro$1 co2en"& conHr289o e5 !5% o negócio nu56%e5- "orn onegócio nu56%e5111 %65ido. Aula passada falei longamente so!recon"rmaão, inclusive diferenciando con"rmaão de convalidaão.

Con%5e!cer – passagem do prazo pelo decurso do tempo. HH ConHr2r – éum ato &ur'dico com vistas a sanar o pro!lemaHdefeito.

CONFIR4*/+O , Epre!!, T6ci" -aquilo que não é manifesto/

* conHr289o epre!! decorre de uma manifestaão escrita ou ver!alque sana o defeito que tornava o ato anulável.* conHr289o "6ci" seria o pagamento pelo devedor de uma o!rigaãoanulável. A con"rmaão tácita é aquela que decorre do comportamento dodevedor. )*.+ pago ao credor, mesmo sendo aquele contrato anulável.

0ro$1 co2en"& por e*emplo+ 8edro me coage a assinar um contrato, logoestou so! coaão, mas saio da situaão de coaão e a' eu vou lá e cumpro ocontrato, ou se&a+ eu con"rmei tacitamente. A con"rmaão tácita decorre docomportamento do devedor no caso do pagamento – voc2 paga, cumpre oque devia, mesmo sa!endo que aquilo é anulável+ ora, voc2 con"rmouJ8assou a ser válidoJ Se2pre- depoi! :ue %ocV conHr2 e!!e con"r"op!! !er %65ido *:ui- co2o nu5=i5idde e!"6 5idndo co2 oin"ere!!e do! gen"e! %on"de d! pr"e!(- e!"e! pode2 !nr opro=5e2- n9o !9o :ue!"e! de orde2 p=5ic- co2o no c!o dnu5idde.

eitura Art. 4]= – trata da con"rmaão e*pressa

*r"1 'Y; – O ato de con"rmaão deve conter a su!stância do negóciocele!rado e a vontade e*pressa de mant2lo.

0ro$1 co2en"& que con"rmaão é essa do artigo 4]=( Con"rmaãoe*pressaJJJ

eitura Art. 4]Q – trata da con"rmaão tácita

*r"1 'YQ – $ escusada a con"rmaão e*pressa, quando o negócio &á foicumprido em parte pelo devedor, ciente do v'cio que o inquinava.

0ro$1 co2en"& $ escusada L dispensada, li!erada, desculpada... HH Ora,essa é a con"rmaão tácitaJJ Aquela con"rmaão que voc2 não faz nenumato e simplesmente cumpre o contrato.

eitura Art. 4]G – quem con"rma a!re mão

*r"1 'Y – A con"rmaão e*pressa, ou a e*ecuão voluntária de negócioanulável, nos termos dos Arts. 4]; a 4]Q, importa a e*tinão de todas asa0es, ou e*ce0es, de que contra ele dispusesse o devedor.

 6ais 7arias 8ágina ;]

Page 28: Defeitos Do Negócio Jurídico - Vf Civil i

7/23/2019 Defeitos Do Negócio Jurídico - Vf Civil i

http://slidepdf.com/reader/full/defeitos-do-negocio-juridico-vf-civil-i 28/47

FACHA – Faculdades Integradas Hélio Alonso – Faculdade de Direito

 Di reito Ci vi l I – Daniel Machad o Gomes

0ro$1 co2en"& )sse artigo traz o que signi"ca a con"rmaão, qual oefeitoHconsequ2ncia da con"rmaão. Xuando eu con"rmo o negócioanulável, qual a consequ2ncia disso( :e&a e*pressa ou tacitamente( O

agente que con"rma ele a!re mão de todas as poss'veis a0es que tenampor !ase a anula!ilidade do ato, que tenam por !ase a invalidade do ato.:e ele con"rmou não vai poder anular, mas a!re mão tam!ém de uma coisaque na prática vem muito ligada 3 aão de anular que é a indenizaão pordanos morais ou materiais. )ntão+ depoi! :ue conHr2ou- e5e n9o %ipoder en"rr co2 89o de nu5r- e "2=é2 n9o %i poder pedirindeni89o- ne2 por dno! 2ori! ne2 por dno! 2"erii!] =re29o de "od! ! 8e! decorren"e! d:ue5 nu5=i5idde.

eitura Art. 4]W –

*r"1 'YL – Xuando a anula!ilidade do ato resultar da falta de autorizaão

de terceiro, será validado se este a der posteriormente.

0ro$1 co2en"& ^! %ee! o "o é nu56%e5 pe5 $5" decon!en"i2en"o de 5gué2- pe5 $5" de u2 ou"org !o=re o "o10or ee2p5o- cK2d Aou"org uóriB P :ue é concord_ncido cZnjuge pr pr6"ic do "o1

0ro$1 di"&

E2 re589o =en! i2ó%ei! o CC di[re :ue ou"org uóriconcord_nci do cZnjuge pr pr6"ic do "o( SE40RE énece!!6ri- ECETO !e o regi2e de =en! $or !epr89o] 5ogo ocZnjuge !ó pode %ender o =e2 i2ó%e5 de5e !e o ou"ro cZnjugeconcordr – e der ou"org uóri1 Ne!"e c!o- %end !e2 concord_nci do ou"ro cZnjuge é nu56%e5- poré2 nu5=i5iddepode !er !nd- de!de :ue- :u5:uer "e2po- o ou"ro cZnjugeconHr2e %end- ou !ej- dV ou"org uóri po!"erior2en"e.

0ro$1 co2en"& Os casos que dependem de concordância do cKn&uge nãosão só relacionados 3 venda de imóvel, mas no caso de imóvel tem que serpor escritura pP!lica. 7ato é que se o cKn&uge con"rma a qualquer tempo,=I anos depois que se&a, o ato se torna válido. A questão é que voc2vendeu, verder voc2 vende, mas o ato "ca anulável em a!erto pelo tempo

que for, e o CCHI; diz que o prazo, neste caso, para anular, só conta do "mdo casamento -; anos/, mas aqui se voc2 "car casada =I anos, durante =Ianos não corre prazo, só vai correr quando se divorcia.

eitura Art. 4]] – como se o"cializa a anula!ilidade

*r"1 'YY – A anula!ilidade não tem efeito antes de &ulgada por sentenanem se pronuncia de of'cio^ só nos interessados a podem alegar, eaproveita e*clusivamente aos que a alegarem, salvo o caso desolidariedade ou indivisi!ilidade.

0ro$1 co2en"& ?A anula!ilidade não tem efeito antes de &ulgada asentena@, quer dizer+ o ato anulável produz efeitos de ato válido até que asentena anule o ato^ ?não se pronuncia de of'cio@, quer dizer que o &uiz não

 6ais 7arias 8ágina ;>

Page 29: Defeitos Do Negócio Jurídico - Vf Civil i

7/23/2019 Defeitos Do Negócio Jurídico - Vf Civil i

http://slidepdf.com/reader/full/defeitos-do-negocio-juridico-vf-civil-i 29/47

FACHA – Faculdades Integradas Hélio Alonso – Faculdade de Direito

 Di reito Ci vi l I – Daniel Machad o Gomes

pode anular por iniciativa própriaJ %ão podeJ :ó os interessados podemalegarJ

REGR*S 0*R* NU.ID*DE *NU.*>I.ID*DE:ão regras totalmente diferentes do que comentei so!re nulidade na aulapassadaJJ

* NU.ID*DE pode !er de o$ício e n9o preci! ningué2 5egr- o "on9o produ e$ei"o! 2e!2o depoi! d !en"en8- 5ogo !en"en8:ue dec5r o "o nu5o é u2 !en"en8 dec5r"óri.

* *NU.*>I.ID*DE n9o pode !er de o$ício- depende do!in"ere!!do! 5egre2- o "o produ e$ei"o! "é :ue !en"en8 onu5e- 5ogo !en"en8 :ue dec5r nu5=i5idde do "o é

de!con!"ru"i% ou con!"ru"i% neg"i%.A desconstrutiva é um tipo de construtiva, só que é uma construtivanegativa.

0ro$1 co2en"& e*iste um pro!lema que é o seguinte+ tanto as sentenasde nulidade quanto de anula!ilidade, elas geram efeitos. )m #ireito Civil eem 8rocesso Civil tam!ém a gente fala de dois tipos de efeitos que podemaparecer+ efeitos do ato para frente -e* nunc/ e efeitos do ato para trás -e* tunc/.

EFEITOS DO *TO)feitos Rdo atoS para frente L ex nunc)feitos Rdo atoS para trás L ex tunc

SENTEN/* ?UE111, DEC.*R* NU.ID*DE -A[A 8A::A#A/ – n"ure dec5r"óri –

e$ei"o! E TUNC, *NU.* O *TO  -A[A #) FO)/ – n"ure de!con!"i"u"i% –

e$ei"o! E TUNC 

0ro$1 pergun"& C*I N* 0RO)*,, ?UE TI0O DE EFEITOS ESS*S DU*S SENTEN/*S GER*4 GER*4E.*S O 4ES4O EFEITOA sentena de nulidade declara que desde lá de trás o negócio nuncaproduziu efeitos( 8ortanto, e* tunc – retroativos. 8orque o &uiz estádeclarando que o ato lá do passado não produziu efeitos. ogo essasentena tem efeitos retroativos, e* tunc.

,, * SENTEN/* ?UE *NU.* O *TO E.* T*4>@4 )*I GER*R EFEITOS1?U*NDO O JUI *NU.* O *TO ESSES EFEITOS S+O E TUNC OU ENUNCBetroativos, porque assim como no e*emplo da venda do imóvel nocasamento, a partir do momento em que á a sentena desconstitutiva,volta tudo – não teria a venda, não teria nada.

 6ais 7arias 8ágina ;Z

Page 30: Defeitos Do Negócio Jurídico - Vf Civil i

7/23/2019 Defeitos Do Negócio Jurídico - Vf Civil i

http://slidepdf.com/reader/full/defeitos-do-negocio-juridico-vf-civil-i 30/47

FACHA – Faculdades Integradas Hélio Alonso – Faculdade de Direito

 Di reito Ci vi l I – Daniel Machad o Gomes

N* )ERD*DE *?UI TE4 U4* 0EG*DIN*+ As duas sentenas t2m omesmo efeito que é e* tunc, em!ora o ato anulável produza efeitos e o nulo

não produza, então são coisas diferentes. * !en"en8 "e2 2e!2n"ure- :ue é re"ro"i% – e "unc – por:ue no $undo !e %ocV :uernu5r- o :ue %ocV :uer 56 no $undo é o !eu dinKeiro de %o5" ou o!eu =e2 de %o5"- %ocV %i :uerer %o5"r 7 !i"u89o n"erior ocon"r"o- é por i!!o :ue ! du! "V2 e$ei"o! e "unc.

9A: 1::O %VO $ [%%19) %A #O[6B1%A – 8rof. defende isso, mas livros de#ireito Civil, na opinião do 8rof. erradamente, que na declaratória é tunc ena que anula o ato é nunc. ) vale em todos os casosJ

Outro e*emplo+ #OO – 8rof. enganou a 9irela para que ela comprasse umproduto pensando que era uma coisa, mas era outra, a' ela vai anular. 9irela

vai pedir o que para o &uiz neste caso( O dineiro de voltaJ )ntão ela vaiquerer no fundo, como qualquer aão nessas quest0es, voltar 3quelasituaão anterior 3 realizaão do contrato, e é por isso que tanto numaquanto na outra sentena, os efeitos são retroativos. 9A: ISSO *?UI @U4* GR*NDE ECE/+O- por:ue ! !en"en8! con!"i"u"i%! e5!ger2- e2 regr- e$ei"o! e nunc] pen! no c!o d nu5=i5iddeé :ue "e2o! u2 !en"en8 :ue é con!"i"u"i% gerndo e$ei"o! e"unc.

0ro$ di"&

No! doi! c!o! o! e$ei"o! !9o e "unc- 2! i!!o é u2 ece89opor:ue n regr ger5 ! !en"en8! con!"i"u"i%! ger2 e$ei"o! enunc- poré2 no c!o d nu5=i5idde- ecepcion52en"e- o!e$ei"o! !9o e "unc1

lem!rando que vai ter gente -doutrina/ dizendo diferente. 6unc e 6unc – 8rof. diz que é a corrente ma&oritária. Mai desfazer o negócio feito, devolver o o!&eto H dineiro, vai retornar aspartes ao status quo ante, ou se&a, ao status anterior ao contrato. Moc2 tam!ém pode con&ugar o pedido de desfazer o contrato somado auma indenizaão.

,, Se $o!!e indeni89o por dno! p"ri2onii! !eri e "unc- !e$o!!e indeni89o por dno! 2ori! !eri e nunc- por:ue o dno2or5 e5e n9o re"ir u2 dno n"erior- e5e co2pen! pr $ren"e] op!!o :ue o dno p"ri2oni5 e5e e:u5i u2 dno !o$rido nop"ri2Znio "r6! do !ujei"o1 )i depender do "ipo do dno1 4!nor252en"e :undo ! pe!!o! ingre!!2 e2 juío "n"o prnu5r :un"o pr dec5rr nu5o u2 con"r"o- e5! !e2pre !o22 e!"e! pedido! u2 pedido indeni"ório1 U2 pr"e d !en"en8pode !er nunc ou"r pr"e "unc- cd cpí"u5o d !en"en8 podegerr u2 "ipo di$eren"e de e$ei"o!.

eitura Art. 4]> – em Q anos decai o prazo para anulaão conforme a causa

*r"1 'Y< – $ de quatro anos o prazo de decad2ncia para pleitearse a

 6ais 7arias 8ágina =I

Page 31: Defeitos Do Negócio Jurídico - Vf Civil i

7/23/2019 Defeitos Do Negócio Jurídico - Vf Civil i

http://slidepdf.com/reader/full/defeitos-do-negocio-juridico-vf-civil-i 31/47

FACHA – Faculdades Integradas Hélio Alonso – Faculdade de Direito

 Di reito Ci vi l I – Daniel Machad o Gomes

anulaão do negócio &ur'dico, contado+1 %o caso de coaão, do dia em que ela cessar^11 %o de erro, dolo, fraude contra credores, estado de perigo ou lesão,

do dia em que se realizou o negócio &ur'dico^111 %o de atos de incapazes, do dia em que cessar a incapacidade.

0ro$1 co2en"& )u teno  prazo para anular de Q anos. Xual a natureza &ur'dica desse prazo( 8rescrião ou decad2ncia( #ecad2nciaJJ?u5 é o "er2o inici5 de con"ge2 do pro Depende d cu! dnu5=i5idde. Os incisos do artigo eles esta!elecem pra nós o termoinicial de contagem do prazo, esse termo varia. %o caso da coaão, équando esta aca!ou^ no caso do dolo será o dia em que eu "z o contrato^ nocaso do estado de perigo contam os Q anos do dia em que eu "z o contrato.E1& um garoto de 4W anos fez um ato, comea a contar a partir dos 4>anos, portanto poderá anular até os ;; anos.

E1& um to*icodependente interditado realiza um contrato e esse contrato éanulável. Xual o prazo que o to*icodependente tem para cancelar o ato(#epois de uma sentena que levante essa interdião, ele ainda tem Q anosa partir do "m da interdião, e enquanto está interditado ele poderiatam!ém interditar o ato, mas nesse caso não se co!raHe*ige dele que eleanule num prazo * durante a interdião.

 6ais 7arias 8ágina =4

Page 32: Defeitos Do Negócio Jurídico - Vf Civil i

7/23/2019 Defeitos Do Negócio Jurídico - Vf Civil i

http://slidepdf.com/reader/full/defeitos-do-negocio-juridico-vf-civil-i 32/47

FACHA – Faculdades Integradas Hélio Alonso – Faculdade de Direito

 Di reito Ci vi l I – Daniel Machad o Gomes

eitura Art. 4]Z – prazo de ; anos

*r"1 'Y – Xuando a lei dispuser que determinado ato é anulável, semesta!elecer prazo para pleitearse a anulaão, será este de dois anos, acontar da data da conclusão do ato.

0ro$1 co2en"& se a lei não me diz qual o prazo para anular, esse prazo éde ; anos – como ocorre no caso da outorga u*ória no )*.+ do casamento...-cai na regra geral, então de ; anos/. )sse e*emplo não ca!eria no Art. 4]>.

eitura Art. 4>I – incapaz relativo... -modelo e &ogador de fute!ol/.

*r"1 '<M – O menor, entre dezesseis e dezoito anos, não pode, para e*imirse de uma o!rigaão, invocar a sua idade se dolosamente a ocultou quando

inquirido pela outra parte, ou se, no ato de o!rigarse, declarouse maior.

0ro$1 co2en"& E!!e r"igo :ui "e2 2ui" p5ic89o e2 re589o 2ode5o!- "ore! e jogdore! de $u"e=o5] :ue !9o crreir! :ue "V2início 2ui"o jo%en! co2 uge ind n do5e!cVnci1 0odecon"ecer do jo%e2 dier :ue "e2 '<- 2! "e2 'L ou 'Y] !e e!"e jo%e2 2en"iu idde ou e!condeu :ue er 2enor- e5e %i "er :uecu2prir o con"r"o. E!!e r"igo pune[!ncion 26 $é- 2en"irde!!e 2enor en"re 'L['< no!1

 6eve um caso conecido de um &ogador de fute!ol que for&ou a idade para irpara fora, e neste caso esse garoto não pode anular o contrato que ele fez,e isso signi"ca que se ele não puder sair do Erasil -e talvez não possa, porser menor, e a' tem a ver com direito pP!lico e não civil/, a' ele vai ter quepagar a multa esta!elecida no contrato e todas as demais penalidades, pornão ter cumprido uma o!rigaão. O que o CC está fazendo é punindo esancionando a má fé e a mentira.Se o 2enor "i%e!!e '- poderí2o! p5icr o r"igo '<M pore"en!9o N9o 0or:ue co2 ' e5e é =!o5u"2en"e incp í cirí2o! no *r"1 'LL(, e não relativamente incapaz. Ne!!e c!o-2e!2o co2 ' no!- e5e próprio poderi pedir nu5idde docon"r"o Si2- poderi 0or:ue :ui 2"éri é con!iderd2"éri de orde2 p=5ic  8orque mesmo a pessoa incorrendo nessacontrariedade no comportamento dela, a própria pessoa vai poder declarar

nulo, mesmo que a pessoa tena falsi"cado um documentoJ )stran'ssimo,mas é assim. 9as porque tratase -como todos os casos de nulidade/ dequestão de interesse pP!lico. ?u5:uer pe!!o- e5e 2e!2o ou o4ini!"ério 0=5ico poderi pedir nu5idde

eitura Art. 4>4 – incapaz não paga, não rece!e e não dá reci!o

*r"1 '<' – %inguém pode reclamar o que, por uma o!rigaão anulada,pagou a um incapaz, se não provar que reverteu em proveito dele aimportância paga.

0ro$1 co2en"& o incapaz não pode pagar porque ele é incapaz, mas oartigo diz que este tam!ém não pode rece!er, porque ele tam!ém não podedar reci!o -porque este não seria válido/, logo, se voc2 paga a um incapaz e

 6ais 7arias 8ágina =;

Page 33: Defeitos Do Negócio Jurídico - Vf Civil i

7/23/2019 Defeitos Do Negócio Jurídico - Vf Civil i

http://slidepdf.com/reader/full/defeitos-do-negocio-juridico-vf-civil-i 33/47

FACHA – Faculdades Integradas Hélio Alonso – Faculdade de Direito

 Di reito Ci vi l I – Daniel Machad o Gomes

tem um reci!o dele voc2 não tem provaJJ )sse é o pro!lema. %o "nal doartigo, ve&a+ teno que provar a reversão em proveito, provar que o meupagamento reverteu em !enef'cio do incapaz – o modo mais certo de provar

isso seria mostrar depósito ou transfer2ncia para a conta desse incapaz. Ouse&a+ o seu documento -reci!o/ não tem valor de provaJ %esse caso, como éque a pessoa vai provar que pagou( 8orque o CC não te impede de provarque pagou( Mai provar como( 6eno que demonstrar que o que eu pagueireverteu em proveito do incapaz. Como que eu vou provar isso( O modomais certo seria a comprovaão de um depósito ou transfer2ncia !ancáriapara a conta desse incapaz, fora isso pode ser muito dif'cil fazer essa prova.A incapacidade relativa tem diversos casos em que ela está incapacitada evoc2 não pediu certidão negativa no cartório de pessoas naturais, voc2contratou com um interditado e nem está sa!endo, isso é muito fact'vel atéporque, por e*emplo, não conecemos ninguém que pea esse tipo decertidão na ora de comprar um carro. )ntão, á casosJ 9as não é nosso dia

a dia.

O CC vai sempre tra!alar com voc2 te apresentando a normatizaão emdiversas ipóteses desviantes do normal – se acontecer isso e aquilo, é nãosei que lá. 8or isso que o direito civil não é pai*ão de quem gosta de penalporque o civil é muito detalista – ve&am que a gente o tempo todo está sede!ruando so!re ipóteses particulares, e essa é que é a di"culdade dodireito civil. 8rimeiro voc2 tem que entender o geral, o conceito, depois osartigos vão sempre te apresentar uma particularidade.

eitura Art. 4>; – devolver ao status quo ante H 6[%C

*r"1 '<# – Anulado o negócio &ur'dico, restituirseão as partes ao estadoem que antes dele se acavam, e, não sendo poss'vel restitu'las, serãoindenizadas com o equivalente.

0ro$1 co2en"& su!linar ?restituirseão as partes@ e ?antes@ – para o 8rof.esse artigo está clar'ssimoJ )sses efeitos são o que( BetroativosJ )sse artigoé 6[%C. )sse artigo corro!ora o que falei so!re 6[%C.

eitura Art. 4>= – validade versus documento

*r"1 '<; – A invalidade do instrumento não induz a do negócio &ur'dico

sempre que este puder provarse por outro meio.

0ro$1 co2en"& instrumento é o documento do contrato. A invalidade dodocumento ela não induz a do acordo, e*ceto se for por contrato formal, a' se o documento é inválido o contrato é inválido. )*.+ compra e venda deimóvel. %a compra e venda de imóvel se eu não "zer documento pP!lico,por e*emplo, o contrato vai ser nulo, logo inválido. 9as se estou vendendoum carro, o documento é nulo, mas o meu acordo que com!inei foi perfeito,o contrato é válido( $, porque na regra geral vige o princ'pio doconsensualismoJ O que faz o contrato não é o documento, não é a forma, éo consenso.O artigo não está falando de conversão, ele está falando que e*iste odocumento e e*iste a com!inaão. O normal é que o documento tem quee*pressar a com!inaão. 9as o artigo diz que é poss'vel que o documento

 6ais 7arias 8ágina ==

Page 34: Defeitos Do Negócio Jurídico - Vf Civil i

7/23/2019 Defeitos Do Negócio Jurídico - Vf Civil i

http://slidepdf.com/reader/full/defeitos-do-negocio-juridico-vf-civil-i 34/47

FACHA – Faculdades Integradas Hélio Alonso – Faculdade de Direito

 Di reito Ci vi l I – Daniel Machad o Gomes

se&a inválido e que o acordo se&a válido, desde que não se&a um contratoformal.E1& temos um contrato com a 7aca. :e voc2 desco!rir que essa assinatura

é falsa, esse documento não é verdadeiro, concordam( %osso contrato deprestaão de servio com a 7aca é válido porque não é formal, poderia serfeito até de !oca, mas a 7aca resolveu fazer formal. O documento nestecaso é válido( %ãoJJ O contrato neste caso é válido( :imJJOu"ro e1& :e eu for contratar a compra e venda de um imóvel e "zer ocontrato por instrumento particular, o documento neste caso é válido( %ãoJJO contrato neste caso é válido( %ãoJJJJJJ -8rof. se &oga no cãoJJ/ 8orque oinstrumento formal é e*ceão, e neste caso ele é regra -imóveis/. A regrageral é o princ'pio do consensualismoJ* regr é o con!en!o- con"r"o $or25 é ece89o

eitura Art. 4>Q – o assessório segue o principal

*r"1 '<Q – Bespeitada a intenão das partes, a invalidade parcial de umnegócio &ur'dico não o pre&udicará na parte válida, se esta for separável^ ainvalidade da o!rigaão principal implica a das o!riga0es acessórias, masa destas não induz a da o!rigaão principal.

0ro$1 co2en"& O artigo é fácil, e como eu resumiria esse artigo( AO!!e!!ório !egue o princip5B- 5ogo ! c56u!u5! !!e!!óri! docon"r"o !ó !er9o %65id! !e ! c56u!u5! principi! "2=é2 $ore210or ou"ro 5do é po!!í%e5 :ue u2 c56u!u5 ce!!óri !ej in%65id-2! o negócio !ej %65ido.E1& de clausula acessória L cláusula de garantia.Moc2 me pede dineiro, eu te empresto, tem uma clausula no contratodizendo que vou empenar um !em meu em garantia do pagamento – se acláusula do penor for inválida -por e*emplo, se a moto não era dele eempenou como se fosse dele/... o empréstimo vai valer( MaiJJ 9as se esseempréstimo tivesse sido feito com um dos v'cios do Art. 4WW – por e*emplo,"z o empréstimo para voc2 comprar entorpecente e eu sa!ia disso... essecontrato seria nuloJ )ntão se esse meu empréstimo aqui é um contrato nulo,o penor pode ser válido( %ãoJJ 8orque o penor segue a sorte docontratoJJ

Dravei e decupei esta aula.

O que comearemos a fazer agora é o estudo dos atos il'citos.

*TO I.ÍCITO'( SU>JETI)O *r"1 '<L( – i5íci"o "rdicion5#( O>JETI)O *r"1 '<Y( – =u!o de direi"o

O ato il'cito su!&etivo é a regra geral. 6anto um quanto outro vão a!rir a possi!ilidade de uma mesma

consequ2ncia, que será a B):8O%:AE11#A#) C1M1.

RES0ONS*>I.ID*DE CI)I.  – ocorre[oper 2edin"e pg2en"o de

indeni89o, enquanto a responsa!ilidade penal se dá eminentemente por

 6ais 7arias 8ágina =Q

Page 35: Defeitos Do Negócio Jurídico - Vf Civil i

7/23/2019 Defeitos Do Negócio Jurídico - Vf Civil i

http://slidepdf.com/reader/full/defeitos-do-negocio-juridico-vf-civil-i 35/47

FACHA – Faculdades Integradas Hélio Alonso – Faculdade de Direito

 Di reito Ci vi l I – Daniel Machad o Gomes

meio do encarceramento. A civil não, a civil se dá mediante pagamento deindenizaão.A Pnica e*ceão na 8enal que e*iste é multa prevista para alguns tipos de

infra0es penais, fora isso essa tal indenizaão que se pode co!rar emdecorr2ncia de uma prática criminosa ela é tipicamente umaresponsa!ilidade civil.

Ato il'cito é ato il'cito. O ato il'cito mais grave que e*iste na escala &ur'dica éo penal. O ato il'cito civil está a!ai*o do 8enal -na gravidade/^ portanto todoato il'cito penal ele automaticamente é tam!ém um ato il'cito civil, em!oranem todo il'cito civil alcance a ilicitude penal, a maioria dos atos il'citos civisnão alcana a ilicitude penal, a maioria para no campo c'vel, mas toda vezque eu falar do mais grave de todos eu tam!ém teno um il'cito civil – logovai aver um desdo!ramento aqui em termos de responsa!ilidade. )u voutratar a questão criminal no &u'zo criminal e a questão indenizatória será

tratada no &u'zo c'vel. #evo dizer inclusive que o &uiz do c'vel não é sequero!rigado a aguardar a sentena do &uizado penal, ele pode &ulgarindependentemente do penal, e entendendo que ocorreu o crime ele mandapagar a indenizaão. $ um mesmo ato gerando duas repercuss0es.O que vamos estudar agora é &ustamente o que o CCHI; nos pede paracon"gurar esse ato il'cito.A regra geral do ato il'cito é o Art. 4>W, é o il'cito tradicional do direito civil.O il'cito que eu camo no meu livro de o!&etivo é o a!uso de direito, Art.4>] -por ora vamos esquecer um pouco o a!uso de direito/.

eitura Art. 4>W – direito su!&etivo+ o il'cito tradicional do direito civil, a regrageral.

*r"1 '<L – Aquele que, por aão ou omissão voluntária, neglig2ncia ouimprud2ncia, violar direito e causar dano a outrem, ainda quee*clusivamente moral, comete ato il'cito.

0ro$1 co2en"& ve&am que aparece no artigo, mesmo que de modoimpl'cito ou truncado, Q requisitos necessários para con"gurar o ato il'cito.%o direito civil se voc2 não reunir os Q requisitos que vou analisar com voc2agora, não e*iste ato il'citoJ 6em que ter os Q requisitos que eu vou colocarno quadroJ ) que estão neste artigoJ

O CC[M# %i eigir pr conHgurr "o i5íci"o( – de2nd Qe5e2en"o!&', condu"#, dno;, neo de cu!5iddeQ, cu5p)sses Q elementos estão no Art. 4>W – apesar de não muitoe*pl'citoHdidático.

CONDUT*0reci! !er %o5un"6ri e!"9o ec5uído! o! "o! reXeo! – re8e!incon"ro5d! :ue o corpo Ku2no po!! "er- i!!o pr nó! n9o é

condu"/.

 6ais 7arias 8ágina =G

Page 36: Defeitos Do Negócio Jurídico - Vf Civil i

7/23/2019 Defeitos Do Negócio Jurídico - Vf Civil i

http://slidepdf.com/reader/full/defeitos-do-negocio-juridico-vf-civil-i 36/47

FACHA – Faculdades Integradas Hélio Alonso – Faculdade de Direito

 Di reito Ci vi l I – Daniel Machad o Gomes

Montade é o direcionamento do agir a uma determinada "nalidade. )ntão aculpa tem que ser voluntária e não ree*a.)*.+ espirro não é uma vontade ou um ato voluntário, mas um ato ree*o –

que não é condutaJJ :e prof. &oga um rato ou uma !arata em mim e eu tiverum ato ree*o em funão do ascoJJ %os dois casos, se eu provar que ocliente não teve vontade na conduta, e que o que ocorreu foi um ato ree*o,ele não responde pelo ato e, portanto, não averá o!rigaão de indenizar.

 6udo isso, !em diferente do dolo, porque não ouve intencionalidade. A"nal,vontade é direcionar o agir a uma determinada "nalidade – mesmo que eunão queira, não se&a mina intenão ou o que eu dese&o mais. )*.+ Acordarcedo no sá!ado, mesmo que eu não queira, mas porque teno aula – isso éum ato de vontade.

Condu" pode ser... , CO4ISSI)*& aão H o agente agir H conduta ativa, O4ISSI)*& omissão H o agente omitirse

CONDUT* *TI)* [ CO4ISSI)*  – E1&  O agente ultrapassou o sinalvermelo e !ateu num carro que estava cruzando a via – ele teve umaconduta, foi um ato voluntário^ comissiva porque ele fez uma aão-ultrapassar o sinal vermelo/ e que vai gerar um ato il'cito -a aão/.

CONDUT* O4ISSI)* – )*.+ A 8refeitura não diligenciou para veri"car se a!oate iss tina condi0es de segurana para funcionamento daquelaatividade naquele local^ ela não diligenciou portanto não cumpriu o que a leimandava+ caso de omissão.Beparem que tanto comissão quanto omissão podem levar ao pagamentode uma indenizaão.E1& :urgiu um !uraco na Av. Atlântica, o motorista passa ali todos os dias eo !uraco não é consertado, portanto podese co!rar do poder pP!lico pelasuspensão que!rada do carro.

D*NO0ode !er -!asicamente de ; tipos/+ p"ri2oni5 ou 2or5.

O dno 2or5 é e"rp"ri2oni5 por:ue "en" con"r dignidded pe!!o Ku2n1 Beparem que o dano moral não necessariamente vem com sofrimento.

O &uiz vai ar!itrar um valor -é su!&etivo/ para o dano moral.

N pr6"ic- ocorre :undo !e %io5 5gu2 do! direi"o! dper!on5idde in"egridde $í!ic- in"e5ec"u5 e 2or5 – E1& direi"o7 %id- direi"o o próprio corpo- direi"o de i2ge2- direi"o dedirei"o de pri%cidde- direi"o o !igi5o- direi"o 7 Konr- e"c1 –direi"o! :ue "V2 por o=je"o o! =en! n9o 2"erii! e :ue- o !ere2"ingido!- ger2 u"o2"ic2en"e dno 2or5(1

O dno p"ri2oni5 é u2 dno :un"iHc6%e5- :ue pode !er 2edidoe2 dinKeiro e2 pecni(. )ntão, nós podemos esta!elecer a e*tensão

 6ais 7arias 8ágina =W

Page 37: Defeitos Do Negócio Jurídico - Vf Civil i

7/23/2019 Defeitos Do Negócio Jurídico - Vf Civil i

http://slidepdf.com/reader/full/defeitos-do-negocio-juridico-vf-civil-i 37/47

FACHA – Faculdades Integradas Hélio Alonso – Faculdade de Direito

 Di reito Ci vi l I – Daniel Machad o Gomes

do dano material porque posso medir em quanto foi o pre&u'zo.

0o!!o $er i!!o no dno 2or5 0o!!o 2edir e"en!9o de u2dno 2or5 N9o po!!o1 O dno 2or5 n9o é :un"iHc6%e5J á no"nal, com a indenizaão material por dano moral, a gente resolve e pareceque dá no mesmo, mas no fundo aquela indenizaão por dano moral não éigual 3 do dano material. * indeni89o por dno 2or5 e5 é u2co2pen!89o por u2 !o$ri2en"o ger5- e5 "eri u2 !en"idopedgógico de n9o reincidVnci- 2! o !en"ido de5 é =!"n"edi$eren"e do !en"ido :ue "e2 indeni89o por dno p"ri2oni5.8orque no dano patrimonialHmaterial, o que o &uiz manda o devedor pagar,no "nal, é a e*tensão do pre&u'zo.E1& no caso do carro que ultrapassou o sinal vermelo e !ateu no outrocarro. :e isso acontecesse e a porta do carro atingido fosse amassada, teria

que se trocar aquela porta. 6eria que ir 3 uma autorizada e orar quanto é aporta, o custo de pintura, e assim ter o custo do pre&u'zo que um causou aooutro, posso quanti"car e*atamente o valor do pre&u'zo+ o custo da porta, ovalor da tinta, da mão de o!ra, etc. ) é isso que vai ser orado+ o dnop"ri2oni5  causado pelo agente, e portanto !e2pre !er6:un"iHc6%e5[2edido e2 dinKeiro[pecni.

Dno p"ri2oni5 pode precer de # 2odo!&, dno e2ergen"e é o e$e"i%o prejuío do gen"e no !eu

p"ri2Znio(1 )*.+ perda da porta mecânico material, etc.

, 5ucro! ce!!n"e! é o :ue o gen"e e$e"i%2en"e dei degnKr(1 )*.+ ta*ista dei*a de tra!alar porque foi atingido pela !atida, portantodei*a de ganar e passa a ter seus lucros cessando... 8orque não estáfaturando... 6udo por culpa do agente agressor. )sses dias parados sãoindenizáveis tam!ém. HH %o caso de um professor que fosse v'tima de umato qualquer que o impedisse de falar por um m2s+ calculase a ora aulaque ele dei*ou de fazer, até porque o atestado médico só co!re 4G dias e osoutros 4G seriam pelo 1%:: que não é o mesmo valor da oraaula, entãopodese co!rar tudo que se identi"que que seu cliente sofreu. 6em quedemonstrar isso pro &uizJ U2 2e!2o $"o pode gerr dno 2or5- 5ucroce!!n"e e dno e2ergen"e

REC*0ITU.*NDO111

O dno 2or5 @ U4 *TENT*DO ^ DIGNID*DE D* 0ESSO* U4*N*.%ão posso medir com dineiro, mas vou compensar com dineiro. O &uizesta!elece a indenizaão por ano moral por ar!itramento, é um critériosu!&etivo. :e voc2 aca que ele ar!itrou muito !ai*o, voc2 recorre^ se voc2aca que ele ar!itrou muito alto -e voc2 estiver do lado do agressor/, voc2recorre.

O dno p"ri2oni5 @ U4 D*NO ?U*NTIFIC3)E. E4 DINEIROSO>RE O 0*TRI4`NIO DO *GENTE1 0ode !er !o= $or2 de D*NO

E4ERGENTE ou de .UCRO CESS*NTE.

 6ais 7arias 8ágina =]

Page 38: Defeitos Do Negócio Jurídico - Vf Civil i

7/23/2019 Defeitos Do Negócio Jurídico - Vf Civil i

http://slidepdf.com/reader/full/defeitos-do-negocio-juridico-vf-civil-i 38/47

FACHA – Faculdades Integradas Hélio Alonso – Faculdade de Direito

 Di reito Ci vi l I – Daniel Machad o Gomes

D*NO E4ERGENTE é o que o agente perdeu no seu patrimKnio. 8erdaconcreta.

.UCRO CESS*NTE é o que o agente dei*ou de ganar no seu patrimKnio.Att. ?agente@ não necessariamente é o RautorS do il'cito.

.UCRO CESS*NTE N+O @ U4* 0RO>*>I.ID*DE- 0OR?UE SE EU?UISER .ID*R CO4 0RO>*>I.ID*DES EST*RÍ*4OS DI*NTE DE U4; GaNERO DE D*NOS ?UE SERI* A0ERD* D* C*NCEB1

0erd d cKnce L 8rof. considera um =< tipo de dano que pode aparecer-não é nem o patrimonial nem o moral/ – á autoresHestudos que colocam aperda da cance no ne*o de causalidade, 8rof. coloca no dano.

0erd d cKnce é :undo o "o i5íci"o e5e re"ir do gen"e u2pro==i5idde de 5cn8r de"er2ind %n"ge21

O pro=5e2 :ui é :ue é co2p5icdí!!i2o $er o c65cu5o do :uede%e !er pgo- por:ue :ui n9o !9o 5ucro! ce!!n"e! * :ue!"9o écon"ro%er! ISSO @ O ?UE 3 DE 4*IS NO)O E4 TER4OS DEDISCUSS+OE1& 8rof. tem um cavalo de corrida, investe e treina no animal. %o dia dacorrida, contrata transporte especializado que vai ao meu aras, pega oanimal para levar ao óquei, mas o caminão que!ra e o cavalo de corridaque não competiu o Drand 8ri* porque o caminão de transporte nãocegou. O dono da empresa de transporte se omitiu na manutenão, nãocumpriu o contrato e 8rof. perdeu a cance de ganar o pr2mio. 9as 8rof.pode garantir que o cavalo ganaria a competião( %ão – enquanto ummotorista de ta*i pode sim estimar uma média de faturamento diário^ umprofessor pode sim estimar uma média de salário se ele der ?*@ aulas porm2s. O caso do professor que não pode dar aula e o caso do ta*ista que nãopode tra!alar são !astante diferentes do caso que não pode correr, porqueno caso do cavalo não sa!emos sequer se ele cegaria ao "nal da corrida.%ão á como ter certeza se ele sequer cegaria ao "m da pistaJJ )nquantoum tra!alador tem como aferir quanto ganaria ao "nal de um m2s.

8ortanto, os tri!unais o&e entendem que essa cance que foi negada aoagente é indenizávelJJ Como(J(JFá várias propostas de como seria feito esse cálculo.Te2 u2 indeni89o $2o! con"r o SKob do 4i5K9o   que o :6mandou indenizar o concorrente do :o do 9ilão porque este tina Qpossi!ilidades de resposta a uma Pnica pergunta feita pelo :ilvio :antos. Ocamarada foi acertando tudo, na Pltima pergunta ele tina GII mil e :ilvioperguntou+ ?quer tentar a Pltima e ganar um milão(@, mas o concorrenteaca que as Q respostas propostas estavam erradas, não responde, pedepara parar o &ogo, sai com B\ GII mil e con"rma, em casa, que as Qrespostas estavam erradas. )ntendeuse, portanto, e pleiteouse na &ustia,que :ilvio :antos negou ao concorrente a cance de ganar um milão. %aora de co!rar na &ustia vamos co!rar o que e como( 4 milão( GII milque era a diferena para 4 milão( Co!rar o que( )u teno que pedir a

 6ais 7arias 8ágina =>

Page 39: Defeitos Do Negócio Jurídico - Vf Civil i

7/23/2019 Defeitos Do Negócio Jurídico - Vf Civil i

http://slidepdf.com/reader/full/defeitos-do-negocio-juridico-vf-civil-i 39/47

FACHA – Faculdades Integradas Hélio Alonso – Faculdade de Direito

 Di reito Ci vi l I – Daniel Machad o Gomes

cance do cara de ganar( 9as quanto valia a cance( )ssa pergunta valiaquanto( GII mil. )la tina quantas possi!ilidades de resposta( Xuatro.)ntão o :6 calculou GII mil dividido por Q, e considerou o valor de 4;G mil

reais para cada resposta poss'vel -op0es/, que foi o que essa pessoarece!eu a t'tulo de perda da cance.A cance dela era 4 milão, mas entendeu o tri!unal que essa cance valia4;G mil reais.Xuestionável( XuestionávelJ #iscut'vel( #iscut'velJ 8rof. não sa!e se esse éo melor camino para o cálculo.8rof. comenta que uma aluna fez um tra!alo so!re perda da cance e osmodos de cálculo das indeniza0es são completamente d'spares. [ma dasformas é não calcular valor nenum e ar!itrar uma indenizaão.A má fé -do candidato/ só pela má fé não gera um efeito &ur'dico, o dever deindenizar. ) teria que ser provada. 8ode ser que o candidato não sou!esse aresposta, mas ele sa!ia que não era nenuma delas. ) a questão aqui é

estimar o valor da cance.

NEO DE C*US*.ID*DE

O neo de cu!5idde é u2 re589o nece!!6ri :ue "e2 :ueK%er en"re o dno e condu" do gen"e :ue %io5 5ei gen"ein$r"or(1

* "eori do"d no Direi"o Ci%i5 é "eori d cu!5iddede:ud co2 dno dire"o e i2edi"o1

0ro$1 co2en"& %o direito penal tam!ém se aplica a causalidadeadequada, mas o dano direto e imediato é só no civil.

TEORI* D* C*US*.ID*DE *DE?U*D*& @ cu! :ue5e e%en"o :ue!e $or re"irdo d cdei cu!5 i2pede produ89o do re!u5"do-pri2eir2en"e1

0or :ue pri2eir2en"e 0or:ue- n %erdde- "e2 :ue !er o 'e%en"o n cdei cu!5 :ue i2pede o re!u5"do- "e2 :ue !er oe%en"o 2i! prói2o do re!u5"do :ue !e $o!!e $!"do o

re!u5"do n9o ocorreri1

E1& -de penal/ 6'cio atirou em Caio com uma arma, qual a causa do crime()m Pltima análise seria o inventor da pólvora^ essa causa até é causa, masnão causa para nós aqui, porque para nós aqui, na causalidade adequada, acausa tem que ser o primeiro elemento que, olando do evento para trás-primeiro retroativo/, que se eu tirar ele não ocorre, e o crime -morte doCaio/ não teria acontecido. %o e*emplo, o primeiro elemento seria 6'cio nãoter atirado.8rof. comenta que aca!ou de perder uma aão porque a &u'za &ulgoutotalmente errado o cliente porque não aplicou a causalidade adequada-apesar de escrito, ela nem leu/. O cliente tina um pro!lema de vazamentogerado por um cano do condom'nio. Xual é a causa do vazamento docliente( [m defeito no cano do condom'nio. O que a per'cia aventou -porque

 6ais 7arias 8ágina =Z

Page 40: Defeitos Do Negócio Jurídico - Vf Civil i

7/23/2019 Defeitos Do Negócio Jurídico - Vf Civil i

http://slidepdf.com/reader/full/defeitos-do-negocio-juridico-vf-civil-i 40/47

FACHA – Faculdades Integradas Hélio Alonso – Faculdade de Direito

 Di reito Ci vi l I – Daniel Machad o Gomes

nem sequer provou/+ a possi!ilidade desse defeito no cano tivesse sidogerado -a possi!ilidadeJ/ por uma suposta o!ra de uma unidadecondominial vizina a do meu cliente. A &u'za considerou improcedente o

pedido de indenizaão feito pelo 8rof., porque ela considerou que a causa dodano ao cliente não era o condom'nio, mas o vizino dele. ) era !ásico+ opro!lema estava na coluna condominialJ ) a causa é a coluna condominialJ– o condom'nio que tem que responderJ :e eu teno um vizino de paredecomigo e ele faz uma o!ra na parede dele e causa dano ao meuapartamento, ó!vio que a causa do meu dano é meu vizino do lado. 9as seeu sofro dano em decorr2ncia de uma área condominial, a causa da áreacondominial ter um defeito não é pro!lema meu, é matéria de regresso -ocondom'nio, uma vez pagando indenizaão, tem que co!rar indenizaão dequem causou o dano ao condom'nio/. A indenizaão que pedi foi o!rigaãode fazer com responsa!ilidade civil, eles teriam que fazer uma o!ra paraarrumar a parte condominial, o!ra essa que seria custosa e perigosa para o

meu cliente, porque se ele dani"casse, mesmo sem querer, algo nocondom'nio, ele seria o responsável e responderia por tudo adi in"nito.#epois pedi ao &uiz danos morais -não esta!eleceu valor/, dano material-valor de pre&u'zos que teve dentro do imóvel em decorr2ncia/ e lucroscessantes -por ter perdido ; contratos de locaão/. 8ara 8rof. ali era o maisimportante não era o que ia pagar, mas que "zesse a o!ra. O cliente &á fez ao!ra, por conta da sentena, mas o risco é o vazamento ocorrer de novo.8rof. vai recorrer – se o cliente quiser pagar ^/A &u'za alegou que não "cou demonstrado que a causa do pre&u'zo do meucliente era imputável ao condom'nio, mas ela não responde 3 alegaão de8rof. de que a causa estava na área condominial e não responde, tam!ém, 3uma petião que 8rof. e*plicou toda a teoria da causalidade -que 8rof.atravessou depois da per'cia/.

CU.0* -5"o !en!u – cu5p e2 !en"ido 2p5o/ – e!! cu5p :uien%o5%e o do5o- i2períci- i2prudVnci e neg5igVnci1?u5:uer u2 de!!! 2od5idde! de cu5p é !uHcien"e pr%5idr- ou o :ue n9o pode é n9o "er u2 de5! .

4OD*.ID*DES DE CU.0* 5"o !en!u(

Do5o L consci2ncia vontade -a intenão, no fundo.../.

I2períci L descumprimento de uma norma técnica por alguém de quemse pode e*igir esse cumprimento.Neg5igVnci L falta de cuidado.I2prudVnci  L falta de medida no comportamento. -comportamentodesmedido/.

0*R* O DIREITO CI)I. Acu5p 5e%eB ou A5e%í!!i2B é 2e!2 coi!:ue u2 do5o- !ó "e2 :ue K%er e5e2en"o !u=je"i%o- * GR*)ID*DEde!!e e5e2en"o !u=je"i%o é INDIFERENTE pr conHgurr o de%erde indenir1 E *Í- o :ue de"er2in 2ior ou 2enor indeni89o éo dno e n9o cu5p ou o do5o do gre!!or1

0ro$1 co2en"& %o direito penal se voc2 comete um omic'dio doloso ouculposo, muda tudo, porque no doloso voc2 pegaria até =I anos e no

 6ais 7arias 8ágina QI

Page 41: Defeitos Do Negócio Jurídico - Vf Civil i

7/23/2019 Defeitos Do Negócio Jurídico - Vf Civil i

http://slidepdf.com/reader/full/defeitos-do-negocio-juridico-vf-civil-i 41/47

FACHA – Faculdades Integradas Hélio Alonso – Faculdade de Direito

 Di reito Ci vi l I – Daniel Machad o Gomes

culposo até G anos, e dependendo é menos. %o direito civil o dolo ou a culpanão signi"cam nada, tem é que ter um ou outro, porque a indenizaão, aresponsa!ilidade civil, a e*tensão da consequ2ncia decorre do dano e não

da culpa, como é no penal. O que determina uma indenizaão maior oumenor é o dano gerado no agente, e não a culpa da pessoa.E1& '( uma pessoa tá com raiva de outra e estão com seus carros noestacionamento, a' um deles pega o seu carro e intencionalmente destrói ocarro do outro. )le cometeu ato il'cito, o elemento su!&etivo seria #OO. #(agora vamos imaginar que não á raiva, e apenas por desatenão um !ateno carro do outro. O ato foi il'cito e o elemento su!&etivo foi 198)BTC1A – elenão cumpriu as regras para conduzir -matéria de carro, direão, conduão ésempre imper'cia – ultrapassou sinal de trânsito é imper'cia/. :e o dano queesses dois do caso 4 ou ; foi o mesmo nos dois casos, apesar de dolo diretoou culpa lev'ssima, a indenizaão nos dois casos será a mesma porque odano gerado foi igual.

NO DIREITO CI)I. N+O INTERESS*- N* 4*IORI* DOS C*SOS-estudamos apenas um caso, este per'odo, de e*ceão, e vamos ainda vermais um/, N+O I40ORT* O TI0O DE CU.0*- O ?UE I40ORT* @ OD*NO 0*R* DETER4IN*R O T*4*NO D* INDENI*/+O1

A má intenão de uma pessoa está fora do direito, no caso do direito civil. O &uiz não pode &ulgar considerando isso, pode até ser camado 3corregedoria.

eitura Art. 4>] – pre%V o cK2do "o i5íci"o o=je"i%o- por:ueindepende de cu5p

*r"1 '<Y –  6am!ém comete ato il'cito o titular de um direito que, oeercV,5o- ecede  manifestamente os limites impostos pelo seu "meconKmico ou social, pela =o,$é ou pelos !ons costumes.

:u!linar ?a!uso de direito@ e ?!oa fé@

*>USO DE DIREITO ato emulativo ato contraditório

*"o E2u5"i%o& é o ato cu&o o!&etivo é pertur!ar a outra parte, é um direitoseu que é e*ercido para pertur!ar o outro, quando voc2 e*erce o seu direito,mas pertur!ando o outro.

 6em que estar e*ercendo o direito dele para ser ato emulativo, casocontrário será Art. 4>W.

*"o Con"rdi"ório& é o ato que fere o dever de lealdade imposto pela !oafé o!&etiva.Moc2 negocia com alguém, dá a entender, com a sua conduta, um camino,e a seguir voc2 frustra esse camino. Mamos estudar Q tipos de atocontraditório -portanto, de a!uso de direito/+

, )ENIRE – vem de um !rocardo em latim que é ?Menire contra

facto proprium non potest.@ L traduão+ n9o é 5íci"o ningué2 $ru!"rr 5egí"i2 epec""i% gerd pe5o !eu próprio co2por"2en"o. $ o

 6ais 7arias 8ágina Q4

Page 42: Defeitos Do Negócio Jurídico - Vf Civil i

7/23/2019 Defeitos Do Negócio Jurídico - Vf Civil i

http://slidepdf.com/reader/full/defeitos-do-negocio-juridico-vf-civil-i 42/47

FACHA – Faculdades Integradas Hélio Alonso – Faculdade de Direito

 Di reito Ci vi l I – Daniel Machad o Gomes

4< ato contraditório e na verdade é um g2nero. O venire -vir/ é umaproi!ião de comportamento contraditório. )*.+ rompimento de noivadoin&usti"cadamente na véspera ou na data do casamento. #ecorrente de um

ato contraditório como esse voc2 vai ter dano moral e dano material, estePltimo causado pelo pre&u'zo em relaão 3 festa, etc.A!uso de poder econKmico no direito eleitoral – livroJJCon"r"o de de!9o L é um contrato que não tem a 45 fase

das tratativas, voc2 adere 3quelas condi0es.

, SU0RESSIO – supressio e surrectio são consideradas doislados da mesma moeda. :upressio é a perda do direito da parte devido aonão e*erc'cio pelo agente.

, SURRECTIO – é o surgimento de um direito para o agentepor causa de uma omissão continuada da parte do titular do direito

su!&etivo. Am!os se relacionam com a noão de uma omissãocontinuada. [sucapião não serve de e*emplo.

)*.+ tem uma decisão famosa da &ustia italiana que aplicaisso. [ma pessoa registrou uma marca que se referia a produtos que fossemderivados de cocolate.

, TU ?UO?UE – e*pressão cu&o sentido literal é ?até tu@. $ asurpresa na invocaão do direito. O tu quoque se caracteriza como asurpresa na invocaão do direito. %o Art. 4>I – o menor diz que é maior, fazo contrato e depois, na ora de cumprir, diz que não vai cumprir não porque?sou menor@.

7ecamos aqui o artigo 4>], que é muito pol2mico. ivro !om so!re isso+comportamento contraditório no direito !rasileiro, de Anderson :cerei!er.%este livro lista ;I ipóteses de su!divis0es do venire – comportamentocontraditório.

eitura Art. 4>> – com as e*cludentes da ilicitude – ipóteses que e*cluem ailicitude do ato. legitima defesa e*erc'cio regular de um direito estado de necessidade

:ão institutos mais dados em penal, civil ?pega@ isso de penal.

.egí"i2 de$e! – ocorre quando o agente usa moderadamente de meiospara afastar uma in&usta agressão a si ou a outrem. )*.+ entra uma pessoana sala com uma faca na mão na direão do professor, que é fai*a preta deYarat2, dá um golpe, a pessoa cai no cão e que!ra o nariz. 8erguntase+ omodo como o professor repeliu a agressão eminente foi moderada( :im,mas gerou um efeito colateral -que!rou o nariz/ gerando um dano, essedano vai signi"car que ela vai fazer um tratamento, gastar com remédio,não ir tra!alar... mas essa pessoa não vai poder co!rar nada disso em &u'zose o professor provar que foi em leg'tima defesa. 9as... se depois da pessoa

ca'da no cão o professor metele o Yct com uma cadeira, esse e*cessosim poderia ser co!rado -prova dif'cil de fazer, mas é uma ipótese/.

 6ais 7arias 8ágina Q;

Page 43: Defeitos Do Negócio Jurídico - Vf Civil i

7/23/2019 Defeitos Do Negócio Jurídico - Vf Civil i

http://slidepdf.com/reader/full/defeitos-do-negocio-juridico-vf-civil-i 43/47

FACHA – Faculdades Integradas Hélio Alonso – Faculdade de Direito

 Di reito Ci vi l I – Daniel Machad o Gomes

Eercício regu5r de u2 direi"o – )*.+ médico * amputar a perna.

E!"do de nece!!idde – ocorre quando dois !ens &ur'dicos entram emconito sendo necessário sacri"car um deles. $ estado de perigo o sacrif'ciodo menor !em &ur'dico para proteger o !em &ur'dico de maior valor. )*.+que!rar a &anela para salvar o vizino de um inc2ndio. )i "er :ueindenir SI4 O estado de necessidade é o Pnico caso em que não áato il'cito, mas á o dever de indenizar^ logo todo ato il'cito gera aindenizaão, mas á indenizaão sem ato il'cito.7undamento disso+ Art. Z;Z do CCHI;#ireito civil não é direito penal, a questão é+ gerei um pre&u'zo, então tenoque indenizar, E[6... se depois eu sou!er que a causa do inc2ndio foi o meuvizino que meteu fogo na própria casa, ca!e aão regressiva para serressarcido.

CA1 %A 8BOMAJJ 8)DA#1%FAJJA66. art. 4>; com remissão para Arts. Z;Z e Z=IJJJ

DISTIN/+O ONTO.ÓGIC* ENTRE 0RESCRI/+O E DEC*DaNCI*oje o "e2 é u2 do! :ue 2i! "r di%ergVnci! no Direi"o Ci%i51Cada autor fala uma coisa. Fá muita confusão so!re isso. )ntão 0ro$1 di:ue %i do"r u2 cri"ério – que ele diz que claro que é o melorJ Alémdisso, ele vai provar :ue é o 2e5Kor cri"ério pe5o próprio código,dei*ando o legislador falar um pouquino. Mai então adotar um cri"ério :uecK2,!e Adi!"in89o on"o5ógic en"re pre!cri89o e decdVnciB1 #iverg2ncias 3 parte, vamos usar este critérioJJJ

0RESCRI/+O E DEC*DaNCI*

)2o! co2e8r co2 o :ue e!!e! doi! in!"i"u"o! "V2 e2 co2u21No! doi! c!o!- "n"o n pre!cri89o :un"o n decdVnci- gen"e"e2 perd de u2 direi"o cuj cu! é inérci do gen"e1

O! doi! !9o in!"i"u"o! :ue de"er2in2[crc"eri2 perd de u2direi"o de%ido 7 IN@RCI* DO *GENTE * 0*SS*GE4 DO TE40O1

0ro$1 co2en"&  O "e2po corrói "udo1 O "e2po corrói "2=é2 o!direi"o!1 O "e2po !!ocido 7 inérci do gen"e 5e% 7 perd de u2direi"o- e :ui "n"o pre!cri89o :un"o decdVnci- 2=!- !9o perd do direi"o do gen"e.Xuer dizer+ teno um ponto em comum aquiJ E!!e! doi! in!"i"u"o! "e2u2 pon"o e2 co2u2- :ue é perd do direi"o- e cu! do! doi! é%ocV !o2r ' #- inérci do gen"e o gen"e n9o $- n9o ge( eo "e2po :ue p!!. SE NOS DOIS INSTITUTOS EU TENO 0ERD* DODIREITO- SE * C*US* D* 0ERD* DOS DOIS @ * 4ES4* C*US*- ?U*.@- 0ORT*NTO- * DIFEREN/* ENTRE * 0RESCRI/+O E * DEC*DaNCI*– O DIREITO 0ERDIDO1 0or:ue n pre!cri89o o direi"o :ue !e perde:ui é u2 direi"o !u=je"i%o1 N decdVnci o direi"o :ue !e perde é

u2 direi"o po"e!""i%o1 .ogo- di!cu!!9o en"re pre!cri89o edecdVnci re!ide n n"ure do direi"o :ue !e perde – por:ue !e

 6ais 7arias 8ágina Q=

Page 44: Defeitos Do Negócio Jurídico - Vf Civil i

7/23/2019 Defeitos Do Negócio Jurídico - Vf Civil i

http://slidepdf.com/reader/full/defeitos-do-negocio-juridico-vf-civil-i 44/47

FACHA – Faculdades Integradas Hélio Alonso – Faculdade de Direito

 Di reito Ci vi l I – Daniel Machad o Gomes

o direi"o :ue o gen"e perdeu er !u=je"i%o- ocorreu pre!cri89o] !eo direi"o :ue o gen"e perdeu er po"e!""i%o- ocorreu decdVnci –mas voc2 só vai ter isso fresco na ca!ea se tiver a diferena entre direito

su!&etivo e potestativo.

DIREITO SU>JETI)O é o direi"o de eigir de ou"re2 u2de"er2ind condu"1 @ :undo 5gué2 pode co=rr de ou"re2 ocu2pri2en"o de u2 pre!"89o1

0ro$1 co2en"& %em todos os direitos são assim, por e*emplo+ 9arcele fezcontrato com a 7aca, por este contrato voc2 pode co!rar da 7aca váriascoisas, mas !asicamente as aulas. $ um direito da 9arcele e é su!&etivo –9arcele tem o direito e pode co!rar essa condutaHprestaão. 9as nem tododireito é su!&etivo, por e*emplo+ 9arcele, se solteira, pode querer se casar,

e seria um direito dela casarse, mas seria um direito potestativo porqueesse direito não corresponde a nenuma co!rana de alguma conduta dealguém. :e uma pessoa casada resolve se divorciar, ela tem esse direito(

 6em. ) esse direito é potestativoJ 8orque eu estou casado e quero medivorciar, eu não estou pedindo nem co!rando nada da outra parteJ 9as seeu quiser fazer a partila dos !ens e eu tiver !ens que este&am em nome daoutra parte, mas que eu tena direito so!re eles, a co!rana destes !ens éum direito su!&etivo. O ato do divórcio não, ele é potestativo.:e voc2 faz um contrato ele entra em um daqueles casos que a genteanalisou aqui de defeito do negócio &ur'dico, e voc2 resolve anular essecontrato, voc2 tem direito a anular( 6em. )sse direito é potestativoJ Agorase voc2 quiser co!rar uma indenizaão por causa desse defeito que estavanesse negócio, o agente tem o direito de co!rar essa indenizaão( 6em, e éum direito su!&etivo.

DIREITO 0OTEST*TI)O é INCONTEST3)E.] é :ue5e direi"o cujoeercício n9o i2p5ic no cu2pri2en"o de :u5:uer condu" pe5ou"r pr"e- poré2 é u2 eercício :ue "e2 :ue !er "o5erdo por"odo!1 @ u2 direi"o :ue é u2 2ero eercício de %on"de1

0ro$1 co2en"& Dostando ou não gostando, se o marido quer se divorciar aesposa, esta vai ter que tolerar, não tem o que fazer. ) os dois direitos

-su!&etivo e potestativo/ estão previstos em lei 8OBX[) %VO )1:6)#1B)16O X[) %VO ):6)A 8B)M1:6O )9 )1.

DIREITO SU>JETI)O é :undo %ocV co=r de ou"r pe!!o1DIREITO 0OTEST*TI)O é u2 direi"o :ue n9o !e pede ningué2- éu2 2ero eercício de %on"de d 2inK %on"de(18otestas -latim/ L vontade.

0ro$1 co2en"& $ direito potestativo do patrão mandar em!ora, e é direitosu!&etivo do funcionário demitido co!rar as ver!as tra!alistas.

0ro$1 pede pr !ó pen!r2o! e2 c!o! e ee2p5o! no r2o do

 6ais 7arias 8ágina QQ

Page 45: Defeitos Do Negócio Jurídico - Vf Civil i

7/23/2019 Defeitos Do Negócio Jurídico - Vf Civil i

http://slidepdf.com/reader/full/defeitos-do-negocio-juridico-vf-civil-i 45/47

FACHA – Faculdades Integradas Hélio Alonso – Faculdade de Direito

 Di reito Ci vi l I – Daniel Machad o Gomes

direi"o ci%i5 con"r"o- $2í5i111( por:ue e!!e! direi"o! !9odi$eren"e! e2 ou"ro! r2o! do direi"o – no! direi"o!d2ini!"r"i%o- "r=5Ki!"- pen5- e"c1 K6 regr! :ue n9o !e

p5ic2 :ui1

DIREITO SU>JETI)O é o direi"o de rece=er 5gu2 coi! de 5gué216 o! direi"o! :ue eu eer8o !ó por:ue :uero- por:ue "enKo%on"de e n9o e!"ou pedindo nd ningué2- DIREITO0OTEST*TI)O1 0o"e!"de )on"de

:e eu posso co!rar de alguém, teno um direito su!&etivo.em!rem do 4< e*emplo da 9arcele poder co!rar seus direitos da 7aca.9as se o aluno desiste e quer largar o contrato, esse é um direitopotestativo do aluno.

 6ais 7arias 8ágina QG

Page 46: Defeitos Do Negócio Jurídico - Vf Civil i

7/23/2019 Defeitos Do Negócio Jurídico - Vf Civil i

http://slidepdf.com/reader/full/defeitos-do-negocio-juridico-vf-civil-i 46/47

FACHA – Faculdades Integradas Hélio Alonso – Faculdade de Direito

 Di reito Ci vi l I – Daniel Machad o Gomes

?U*NDO )OCa N+O CO>R* O ?UE DE)ERI* TER CO>R*DO SEU

DIREITO )*I 0RESCRE)ER1 DIREITO SU>JETI)O?U*NDO )OCa N+O F* 0OR?UE N+O ?UIS F*ER O ?UE 0ODERI*TER FEITO E ?UE N+O I40.IC* E4 0EDIR N*D* * NINGU@4- E OTE40O 0*SS*- O ?UE *CONTECE CO4 O SEU DIREITO @ ?UE E.E)*I DEC*IR- )*I OCORRER * DEC*DaNCI*1 DIREITO 0OTEST*TI)O

E1 DEC*DaNCI*& Moc2 faz um contrato so! coaão, mas voc2 sai doestado de coaão e resolve, portanto, que poderia -se quisesse/ ter anuladoesse contrato, mas não anulou, passamse Q anos desse evento e seudireito de anulaão decaiu.

Ou"ro E1&  teno 4W anos, fao um contrato sem estar assistido, e atéteno certo pre&u'zo com esse contrato. Ao fazer 4> anos eu posso anular,mas não o fao e dei*o passar o tempo. Aos ;= anos resolvo que queriaanular o contrato que "z com 4W, mas não vou poder porque o direito queeu tina de anular decaiu um ano antes -prazo+ Q anos/.4i! u2 E1& direi"o do con!u2idor – 2inK ge5deir :ueceu-pegou $ogo- e!"rgou %6ri! coi!! n 2inK coinK1 Doi!pro=5e2!& ge5deir "e2 pro=5e2! e !eu de$ei"o 2e geroudno!1 O CDC %i "r"r de 2odo di$eren"e1 E2 re589o o 'pro=5e2- po!!o pedir "roc do =e2 por:ue e!"e n9o e!"6per$ei"o] e2 re589o o prejuío- !upondo :ue e!"i%e!!e ngrn"i- poderi pedir !u=!"i"ui89o do =e2] e2 re589o o prejuíon coinK eu %ou poder pedir u2 indeni89o1 O ' direi"o :ue éo de "rocr ge5deir é po"e!""i%o- eu eer8o ou n9o- o # direi"ode u2 indeni89o é !u=je"i%o1 .ogo- :ui o ' direi"o !u=2e"e opro de decdVnci- o # direi"o !u=2e"e u2 pro depre!cri89o. CA1 %A 8BOMAJJJ

Gr%e regr

Tudo :ue con"ece no pro de grn"i- de pro=5e2 co2 oo=je"o- !e %c n9o eerce !eu direi"o i!!o ger decdVnci1 *

grn"i nd 2i! é :ue po!!i=i5idde :ue %ocV "e2 de "rocre!!e o=je"o den"ro de u2 período1 Tod %e :ue %ocV n9o eercee!!e direi"o e5e ci e2 decdVnci1 *gor- "od %e :ue u2 o=je"o"e cu!r u2 prejuío %ocV %i poder co=rr u2 indeni89o- eindeni89o é direi"o !e2pre !u=je"i%o1

* "5 d grn"i e!"endid – nd 2i! é :ue u2 prodecdenci5 e!"=e5ecido por con"r"o1

?U*. @ * DISTIN/+O ENTRE 0RESCRI/+O E DEC*DaNCI*

* pre!cri89o "inge u2 direi"o !u=je"i%o e decdVnci "inge u2

 6ais 7arias 8ágina QW

Page 47: Defeitos Do Negócio Jurídico - Vf Civil i

7/23/2019 Defeitos Do Negócio Jurídico - Vf Civil i

http://slidepdf.com/reader/full/defeitos-do-negocio-juridico-vf-civil-i 47/47

FACHA – Faculdades Integradas Hélio Alonso – Faculdade de Direito

 Di reito Ci vi l I – Daniel Machad o Gomes

direi"o po"e!""i%o1 0OR@4- e2 decorrVnci de!! di!"in89o K6u2 !érie de di$eren8! pr6"ic! en"re pre!cri89o e decdVncino! e$ei"o!- de con!e:uVnci! pr"ir de u2 e d ou"r- e "od!

! di$eren8! ocorre2 de!! di!"in89o(10R*O – SE40RE N* .EI NOS DOIS C*SOS(Mamos estudar o Art. ;IW – que traz vários prazos de prescrião para váriassitua0es diferentes. Ano tem que adivinar, tem que olar a lei e ver o queesta determina o prazo, caso a caso.

O ?UE TE4OS ?UE TER E4 4ENTE direito su!&etivo * prescrião H direito potestativo * decad2ncia

* 0RESCRI/+O @ * 0ERD* DO DIREITO SU>JETI)O- é corro!9o

de!!e direi"o !u=je"i%o pe5 inérci do "i"u5r e p!!ge2 do"e2po1

* DEC*DaNCI* @ * 0ERD* DO DIREITO 0OTEST*TI)O- é corro!9ode!!e direi"o pe5 inérci do "i"u5r e p!!ge2 do e2po1

@ N* N*TURE* DOS DOIS DIREITOS ?UE EU )OU ENCONTR*R *DISTIN/+O ENTRE *S DU*S FIGUR*S1 * ISSO D3,SE O NO4E DEDIFEREN/* ONTO.ÓGIC* ENTRE 0RESCRI/+O E DEC*DaNCI*1

O CCHI; primeiro trata de prescrião e depois da decad2ncia. 8or isso, porora, 8rof. não vai falar de decad2ncia e vai analisar prescrião, porque estáRseguindoS essa ordem. 8ortanto, se prescrião, estamos falandoHanalisandositua0es de um direito perdido que é o direito su!&etivo, o direito de co!raruma conduta de outra pessoa.