Upload
others
View
1
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
Derrame Pleural de Causa Indeterminada
Prof. Cyro T. da Silva Junior
Centro de Ensino e Pesquisa em Pleurologia da
Universidade Federal Fluminense (Niterói – RJ)
Centro de Ensino e Pesquisa em Pleurologia daUniversidade Federal Fluminense, Niterói, RJ
Vinculado à FMUFF em local fora do HUAP e anexo ao CIAT Prof. Mazzini
Bueno (re-inaugurado em 2010 pelo Ministro da Educação Prof. Fernando
Haddad e pelo reitor Prof. Roberto Sales)
Prof. Dr. Cyro T. da Silva Junior
Linha de Pesquisa: Métodos de Diagnóstico e Técnicas Laboratoriais
no Líquido Pleural (desde 1985)
Sem conflito de interessesTodos os trabalhos apresentados foram submetidos a Conselho de Ética e Pesquisa, doc. número 80/02, HUAP/UFF (normas CNS
196/96 e resoluções complementares)
Comissão de Pleura
DIAGNÓSTICO DERRAME PLEURAL
1) SINDRÔMICO
2) ETIOLÓGICO Causa
DIAGNÓSTICO DERRAME PLEURAL
1) SINDRÔMICO:
- QUADRO CLÍNICO
- IMAGEM
Síndrome do Derrame pleural – Exames de Imagem
- Radiografia simples (PA, P, Laurell)
- Ultrassonografia transtorácicaextracardíaca (ETUS)
- Tomografia computadorizada de tórax com contraste (“TC pleural”)
- Ressonância Magnética
TC x ETUS em um mesmo paciente com derrame pleural
As septações múltiplas não são visualizada na TC
Abaixo-Assinado: Eu quero que a Ultrassonografia se Torne uma
Especialidade Médica
Depoimento:
“O radiologista não gosta de ultrassonografia. Os
radiologistas gostam de tomografia computadorizada
e ressonância magnética. Mas os radiologistas
também não gostam que outros especialistas
pratiquem a ultrassonografia.”
Cyro Teixeira da Silva Junior
Fonte: https://sbus.org.br/Available from 09.03.2019
ROTEIRO PARA DIAGNÓSTICO DA SÍNDROME DO DERRAME PLEURAL – AMBULATÓRIO DE PESQUISA DE PLEUROLOGIA DO
HUAP/UFF
2) ETIOLÓGICO:
- PROCEDIMENTOS
- MATERIAIS AMOSTRAS
- EXAMES/BIOMARCADORES
Silva Junior CT et al.
JBM. 2010; 98(4): 34-37
Síndrome do
derrame pleural:
ocasionalmente um
longo caminho a
percorrer para o
diagnóstico da
causa.
DPCI
Síndrome do Derrame Pleural:
Diagnóstico da causa
Síndrome do Derrame Pleural
Roteiro Convencional de Procedimentos para Diagnóstico da Causa
1. Toracocentese;
2. Biopsia Pleural Fechada com Agulha;
3. Pleuroscopia/VATS;
4. Toracotomia.
B
R
O
N
Q
U
I
O
S
M
E
D
I
A
S
T
I
N
OSilva Junior CT et al. JBM
2010; 98 (4): 34-37
Revisão da Literatura
Derrame Pleural Maligno
“A diagnosis of cancer pleural … is
established in 40% to 87% of patients
with conventional cytology.” Light, 2013; other authors
“CNPBs with histopathological exams
provides a small additive diagnostic
value of 7% to 27%.”
Roberts, 2010; Bhattacharya, 2012; Prakash, 1985;
the best way to detect the presence of malignancy in body
.
Revisão da Literatura - Tuberculose pleural
Revisão da Literatura – Derrame Pleural Parapneumônico
Proposta: Novo Roteiro de Procedimentos para Diagnóstico Da Causa da SDP com o objetivo principal de reduzir a prevalência
de DPCI
1. Toracocentese + biomarcadores LP
2. Toracocentese + biomarcadores LP
(Transudato/Exsudato em DPCI)
3. Cirurgia por videotoracoscopia (VATS)
4. Toracotomia
B
R
O
N
Q
U
I
O
S
M
E
D
I
A
S
T
I
N
O
Projeto aprovado em ata do
MMC/UFF (30/09/2014)
Outras Condutas Importantes que Reduzem a Prevalência de Derrame Pleural de Causa
Indeterminada:
1) Indicações de broncoscopia;
2) Avaliação do mediastino;
3) Avaliação dos órgãos do abdômen/pelve;
4) Preservação de líquido pleural e/ou tecido pleural antes de envio para o laboratório;
5) Considerar derrames pleurais paramalignos(transudatos ou exsudatos)
Síndrome do Derrame Pleural Indicações de Broncoscopia
1) Infiltrado Pulmonar na TC
2) Hemoptise: Cancer, TEP, Lesão Endobrônquica
3) DP Grande Volume: Cancer, Hidrotórax
Hepático, Tuberculose
4) Mediastino desviado para lado do
derrame pleural
Silva Junior CT. Manual Doenças Pleurais da
SBPT. 2013; Chest. 1994; 105: 1663; BTS, 2010
Derrame Pleural- Preservação do material
EXAMES SITUAÇÃO DOS FRASCOS ESTÉREIS
. Citometria EDTA
. Citopatologia Heparina (5000 U/mL)
. Micobactérias Heparina
. Glicose NaF
. Histopatologia Formol 10-20 %
. Cultura Frag. Pleural SF 0,9 %
. Bioq./Marc. Tumorais Sem Anticoagulante
. ADA Sem Anticoagulante
. Exames moleculares Sem antic./EDTA
. pH Seringa heparina/Equip. G.A.
Praia de Manguinhos – Búzios ( RJ)Conservatória - RJ
Derrame Pleural de Causa Indeterminada
-CONCEITO –
“ Derrames pleurais de causas
indeterminadas ou idiopáticos são
derrames que permanecem sem
diagnóstico após exaustivas
avaliações, incluindo toracocentese
e/ou biópsia pleural fechada com
agulha, durante um mínimo de 12
meses de evolução.”
*Após BP céu aberto
Praia de Manguinhos – Búzios ( RJ)Conservatória - RJ
Derrame Pleural de Causa IndeterminadaPrevalências em diversas séries
*Após BP céu aberto
PREVALÊNCIA
(%)
DPCI/TOTAL
CASOS
REFERÊNCIA
2,46 51/2071 Ryan CJ, et al. Mayo Clin Proc. 1981; 56: 145
3,6 38/1040 Porcel-Perez JM, et al. An Med Interna (Madrid). 2004; 21 (3):
17
12,0 119/1000 Villena V, et al. Arch Bronconeumol. 2002; 38: 21
13,5 53/394 Ferrer JS, et al. Chest. 1996; 109: 1508
17,8 45/252 Villena V, et al. Lung Cancer. 2003; 40: 289
19,0 25/133 Storey DD, et al. JAMA. 1976; 236:2183
20,6 62/300 Hirsch A, et al. Thorax. 1979; 34: 106
33,0 7/21* Douglas BE, et al. Am Rev Tuberc. 1956; 74: 954
41,0 11/27 Gunnels JJ. Chest. 1978; 74: 390
*Após BP céu aberto
Praia de Manguinhos – Búzios ( RJ)
Derrame Pleural de Causa IndeterminadaPrevalências verdadeiras com base nas observações repetidas*
*Após BP céu aberto
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
2,46%3,6%
12%13,5%
19%20,6%
33%
41%
17,8%
* Teoria das probabilidades em Estatística
Caso Clínico
RSA, Masculino, 62 anos, Ex-fumante há 15 anos (20 p-y), etilista
social, HAS, DM2. QP.: “Ofegante ao subir uma rua”
UPA 1: Fez vários exames e radiografia de torax. Diagnóstico de
“água na pleura”. Medicado com Amoxicilina 875 mg (12/12h)/14
dias. Sem melhora clínica. UPA 2: Prorrogou antibiotico por 21
dias. Solicitado TC de torax sem contraste=DP direito.
06/03/2018: Serviço de Pleurologia da UFF em Niterói/RJ:
toracocentese com local visualizado por ETUS e biomarcadores no
LP.
Citopatologias para células neoplásicas (Convencional+Cell
Block): inconclusivas.
ADA-L: 11,54 (método automatizado). Glicose-L=137 mg%.
PtnsT-L=5,8 g%, DLH-L=583,0 U/L. CEA-L: 21,0 ng/mL (Método:
Quimioluminescência).
RSA, 62 anos, Radiografia de tórax: DP médio volume e sem
desvio do mediastino, antes da realização da VATS no Hospital
Santa Teresa, Petrópolis, RJ, pelo SUS.
Causas de Derrame Pleural de Médio/Grande
Volume Sem Desvio Contralateral do
Mediastino(Eur Respir J. 1997; 10:1907-13)
1 – Atelectasia por Ca do brônquio principal homolateral;
2 – Fixação do mediastino por linfonodos malignos;
3 – Mesotelioma pleural maligno (a grande densidade representa
o tumor e o DP é pequeno);
4 – Infiltração pleural extensa do tumor mimetizando DP;
5 – Linfangite carcinomatosa;
6 – Nódulos múltiplos disseminados pelas pleuras sugerindo
doença maligna.
RSA, Masculino, 62 anos. VATS realizada no Hospital Santa Teresa, Petrópolis,
RJ, pelo Dr. Jorge Luiz Barillo. SA
RSA, Masculino, 62 anos. VATS realizada no Hospital Santa Teresa, Petrópolis, RJ,
pelo Dr. Jorge Luiz Barillo.
Caso Clínico do Centro de Ensino e Pesquisa em
Pleurologia da Universidade Federal Fluminense
Conclusão do caso de derrame pleural
maligno por adenocarcinoma de pulmão
1) TC de abdômen: normal;
2) Paciente com ECOG status grau 1;
3) A VATS agilizou e realizou o diagnóstico. Não
foi realizada biopsia pleural fechada com
agulha;
4) Tratando com quimioterapia e imunoterapia
no INCA/MS;
5) Paciente ainda com ECOG status grau 1 após
12 meses de tratamento.
56
1412
5 4 4 5
0
10
20
30
40
50
60
Prevalência (%)
1
Causas de Síndrome do Derrame Pleural
Prevalência das Causas de Sindrome do Derrame Pleural. Ambulatório de Pesquisa
em Pleurologia HUAP/UFF. 218 Pacientes. 1994-1998
Tuberculose
Neoplasias Malignas
Transudatos
Empiemas Não TB
Parapneumônicos Simples e Complicados
LES
Outras
Silva Junior CT. Pulmão RJ.
2003; 12 (4): 203-207
CONCLUSÕES (1/7)
1) O exame de ultrassonografia transtorácica extracardíaca
(ETUS) faz parte da especialidade do pneumologista;
DERRAME PLEURAL DE CAUSA INDETERMINADA
DERRAME PLEURAL DE CAUSA INDETERMINADA
CONCLUSÕES (2/7)
2) O DIAGNÓSTICO DA CAUSA DA SÍNDROME DO DERRAME PLEURAL DEPENDE DA REALIZAÇÃO DE PROCEDIMENTOS E BIOMARCADORES ADEQUADOS DE ACORDO COM A FREQUÊNCIA DA DOENÇA NA
REGIÃO ESTUDADA;
DERRAME PLEURAL DE CAUSA INDETERMINADA
CONCLUSÕES (3/7)
3) O USO SIMULTÂNEO DE VÁRIOS PROCEDIMENTOS E BIOMARCADORES
AUMENTAM OS PARÂMETROS DIAGNÓSTICOS DA CAUSA DA
SÍNDROME DO DERRAME PLEURAL;
DERRAME PLEURAL DE CAUSA INDETERMINADA
CONCLUSÕES (4/7)
4) A REALIZAÇÃO DE BIOMARCADORES, SOMENTE NO LÍQUIDO PLEURAL, ELEGE O PROCEDIMENTO DE TORACOCENTESE, NA
MAIORIA DAS VEZES, SUFICIENTE PARA O DIAGNÓSTICO DA CAUSA DA SÍNDROME DO
DERRAME PLEURAL;
CONCLUSÕES (5/7)
5) UM VALOR DE BIOMARCADOR TUMORAL NO LÍQUIDO PLEURAL ACIMA DO VALOR DE REFERÊNCIA, É ÚTIL PARA SUGESTÃO DO
DIAGNÓSTICO DE DERRAME PLEURAL MALIGNO, MAS NÃO AUTORIZA O MÉDICO A
INICIAR TRATAMENTO.
DERRAME PLEURAL DE CAUSA INDETERMINADA
CONCLUSÕES (6/7)
6) A VIDEOTORACOSCOPIA (VATS) É O PROCEDIMENTO INDICADO PARA REDUZIR A PREVALÊNCIA DE SÍNDROME DO DERRAME PLEURAL DE CAUSA INDETERMINADA.
DERRAME PLEURAL DE CAUSA INDETERMINADA
CONCLUSÕES (7/7)
7) A VATS POSSUI ACURÁCIA DE QUASE 100% PARA O DIAGNÓSTICO DE
TUBERCULOSE, MESOTELIOMAS, CANCER METASTÁTICO E ARTRITE REUMATÓIDE.
DERRAME PLEURAL DE CAUSA INDETERMINADA
Niterói, RJ
Niterói – Rio de Janeiro
Cyro T. da Silva Junior
(21) 2717 9485