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7/30/2019 Desenv_Interv.pdf
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Desenvolver a Interveno com base no modelo deprocesso: O Canal, Mtodo e a Estratgia
M. Calheiros
Centro de Investigao e Interveno Social,ISCTE
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EscolherUmMtodo
Desenvolverestratgias
SeleccionarUmcanal
Grupo AlvoVarivel a ser mudada
Desenvolvimento da Interveno
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O CanalO canal a via atravs da qual as pessoas so atingidas
Os canais tm vrios aspectos: Simples (sticker ou etiqueta) ou complexo (interveno comunitria) Tipo de comunicao (por exemplo, uma mensagem simples a um conjunto
de argumentos complexos) Elevada intensidade (terapia) ou baixa intensidade (sinais de informao).
Os canais tambm diferem no potencial grupo a abordar: Atingir todos os utilizadores do produto, ou uma parte da populao;
Pequeno efeito ao nvel dos indivduos (sticker) ou efeitos grandes (terapia degrupo).
Os canais podem ter diferentes tipos de efeitos: Uma etiqueta apropriada para aumentar o conhecimento das pessoas,
Aconselhamento mais apropriado para mudar comportamentos complexos emais profundos.
O canal escolhido com base na informao acerca do grupo alvo, das variveisrelevantes, dos mtodos e das estratgias.
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Canal
Etiqueta
SinalInformativo
Sticker
Cartazes
Folheto
Grupo alvo
Pessoas quecompram o produtoespecifico
Pessoas na situao
Depende da
aplicao
Pessoas quepassem
Pessoas em pontosde distribuio
Efeito
Pequeno
Pequeno
Pequeno
Pequeno
Pequeno
Aspectos
Pequeno textoinformativo sobre ouso do produto
Mensagem simplesmas relevante emsituaes especificas
Mensagem simplesmas relevante no spara situaesespecificas
Quadro, pintura,
texto, etc.Paginas cominformao,ilustradas
Tipo de Efeito
Novoconhecimento
AlertaMudanaComportamento
Alerta
Alerta
Novoconhecimento/Mudana
Psicolgica
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Canal
Livro deautoajuda
Revistas
CD/DVD
Internet
Grupo alvo
Pessoas quecompram
Pessoas quecompram
Depende daaplicao
Pessoas queacedem internet
Efeito
Mdio
Pequeno
Mdio
Pequeno
Aspectos
Informao,testemunhos, testes,exerccios
Vogue, Men, Time,Cooking
Textos, pinturas,sons, vdeo,interaco
Sites informativos,sites interactivos,mails alerta, etc.
Tipo de Efeito
Novoconhecimento/MudanaPsicolgica
Novoconhecimento/MudanaPsicolgicaNovo
conhecimento/MudanaPsicolgicaMudanaComportamento
Novoconhecimento/MudanaPsicolgica
MudanaComportamento
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Canal
Chamadatelefnica
Televiso
Acons.
Mnimo
Acons.
Extensivo
Grupo alvo
Pessoas na base dedados ou todosaqueles querequerem servio
Pessoas que vemteleviso
Pessoas referidas
Pessoas referidas
Efeito
Pequeno
Mdio
Mdio
Mdio/Grande
Aspectos
Chamadas de alerta,SMS
Comerciais,documentrios,spots, etc.
Pequeno contactopessoal
Alguns ou muitoscontactos pessoaisde 30-60m
Tipo de Efeito
MudanaPsicolgica/Comportamento/ alerta
Novo
conhecimento/MudanaPsicolgica
MudanaPsicolgicaMudanaComportamento
MudanaPsicolgicaMudanaComportamento
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Canal
Treino de
Grupo
Terapia degrupo
Leis/Recomendaes
Mudanas
estruturaisno meio
Intervenocomunitria
Grupo alvo
Pessoas referidas
Pessoas referidas
Depende daaplicao
Pessoas queestejam no meio
Membros nacomunidade
Efeito
Mdio/Grande
Grande
Grande
Grande
Pequeno
Aspectos
Treino educativo e de
capacidade emgrupo; 1 a 10encontros
Introduzir mudanas
no individuo atravsdo grupo; muitos
Acordos acerca depermitir ou proibir
comportamentos emcontextos mais oumenos especficos
Mudanas no meio
que regulamcomportamentos
Mudana estrutural einformativa nacomunidade
Tipo de Efeito
Mudana
Psicolgica/Comportamento
MudanaPsicolgica/
MudanaComportamento
MudanaComportamento
Comportamento
Novo conhecimentoMudana
Psicolgica/MudanaCom ortamento
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O Mtodo
A maior parte dos mtodos so derivados do enquadramentoterico
Em primeiro lugar, a seleco do mtodo depende da tabela debalana.
Para cada varivel dever ser escolhido um mtodo deinterveno.
Em segundo lugar, a seleco do mtodo depende da sua
utilidade na mudana da varivel.
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Mtodos que so frequentemente usados em
intervenes psicolgicas
Estipular objectivos
Estipular objectivos especficos e concretos muito importante.
Os objectivos dirigem a ateno das pessoas e o esforo, criam
expectativas e do a oportunidade a feedback sobre ocumprimento do objectivo.
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Mtodos que so frequentemente usados em
intervenes psicolgicasEstudos que suportam a eficcia da estipulao de
objectivos
Evans e Hardy (2002) examinaram os efeitos das 5 etapas em
reabilitao com atletas. Os resultados mostraram que os atletas
aumentaram a adeso ao tratamento e a auto-eficcia. Mc Calley e Midden (2002) utilizaram o feedback para aumentar
a poupana no consumo de agua e verificaram que os
participantes que planearam objectivos foram aqueles quetiveram melhores resultados.
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Mtodos que so frequentemente usados em intervenes
psicolgicasComunicao do medo
A comunicao do medo pode ser eficaz na motivao de certos
comportamentos.
Por exemplo, comportamentos de sade, tais como o uso de preservativo,
podem ser encorajados por informao grfica acerca da transmisso
sexual de doenas.
Smith e Stutts (2003) compararam o efeito do medo provocado pelo
tabaco e o efeito de uma doena (cancro) na aparncia do rosto.Ambos mostraram bons resultados na reduo do tabaco. A comunicao
do medo eficaz e eticamente justificada quando acompanhada por
indicaes explicitas de como conseguir o estado de sade.
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Mtodos que so frequentemente usados em intervenes
psicolgicas
Modelagem
A modelagem refere-se aprendizagem atravs da observao de outros.
A modelagem til para todos os tipos de capacidades.
Meta anlise Tayler et al., examinaram os efeitos de diferentes tipos demodelagem. As pessoas aprendem mais quando uma capacidade modelada
positivamente (mostrar o que a pessoa deve fazer) ou negativamente
(mostrar o que a pessoa no deve fazer) ou uma combinao das duas?Concluram que o desenvolvimento de competncias maior quando o papel
dos modelos misto.
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Mtodos que so frequentemente usados em intervenes
psicolgicas
Aprendizagem activa
A forma mais eficaz de aprender um skill tentar realizar por si prprio.
Numa interveno as pessoas podem ser estimuladas a praticar certas
capacidades e avali-la.
Por exemplo, para aumentar o interesse dos estudantes em reas da cinciacomo a matemtica, Luzzo e os colegas (1999) expuseram os estudantes a
uma apresentao de vdeo onde dois estudantes graduados discutiam como
a sua confiana na matemtica tinha aumentado (aprendizagem vicariante)ou numa tarefa de realizao de matemtica com feedback (aprendizagem
activa).
Esta condio foi a que mostrou melhores resultados.
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Mtodos que so frequentemente usados em intervenes
psicolgicasComparao social
A comparao social informao sobre como os outros fazem pode
afectar o nosso humor e bem-estar.
Por exemplo, no contexto de coping com o cancro fornecer a doentes em
quimioterapia informao para comparao social aumenta a qualidade de
vida.
A interveno consistiu numa gravao de outros pacientes onde relatavam a
sua historia pessoal, acerca dos procedimentos de tratamento, as emoes
experienciadas durante o tratamento, ou uma gravao acerca da forma
como eles tentaram lidar com a situao.
Especialmente esta ultima, contribui muito para a reduo da ansiedade notratamento, aumentando a qualidade de vida dos pacientes.
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Mtodos que so frequentemente usados em intervenespsicolgicas
Intenes de implementao
A implementao da inteno - so intenes para realizar uma aco
particular numa situao especfica. s vezes as pessoas so questionadas aformular as suas intenes de implementao.
Ex: dieta a inteno : quando for ao supermercado ponho a manteiga de
valor calrico baixo no carrinho do supermercado.
Quando for festa na sexta-feira e algum me oferecer um bolo digo que
no. Esta tcnica aumenta o comportamento desejado.
Escrever duas linhas sobre as intenes ajuda no comportamento desejvel,
s vezes uma das melhores tcnicas.
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Mtodos que so frequentemente usados em intervenespsicolgicas
Punio e reforo
Exemplo do tabaco
Reforo guardar o dinheiro que se poupa
Punio governo aumentar o preo do tabaco
As pessoas tambm podem auto reforar-se e punir-se.
Feedback
Caso da perda de peso. As pessoas sem feedback ficam inseguras e a sua
motivao diminui porque no sabem se fizeram progressos e aonde.
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Estratgias que so frequentemente usados em intervenespsicolgicas
Os mtodos tm de ser traduzidos em estratgias especficas.
A estratgia a interveno delineada para o grupo especfico.
Por exemplo, usar a televiso como canal e a modelagem como mtodo, aestratgia poder especificar a idade e o gnero do modelo que faz o papel.
No caso de um programa de vacinao da gripe para pessoas idosas, a
estratgia pode ser um spot de televiso no qual o publico alvo observa umamulher velha, com boa sade, a ser entrevistada na sala de espera do seu
mdico, antes da vacina.
Para se planearem as estratgias, dever ser planeado um plano global da
interveno, especificando os mtodos, canais, o grupo alvo e as variveis a
serem alteradas.
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Estratgias que so frequentemente usados em intervenespsicolgicas
Alguns exemplos:
Modelagem (mtodo) na televiso (canal) para motivar mes de crianas
obesas (grupo alvo) a monitorizar o peso dos filhos (varivel a sermudada).
Dar feedback (mtodo) atravs da internet (canal) acerca do tempo que
os adolescentes (grupo alvo) estiveram envolvidos em exerccio fsico naltima semana para apoiar o aumento do exerccio fsico (varivel a ser
mudada).
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Estratgias que so frequentemente usados em intervenespsicolgicas
Alguns exemplos:
Argumentar (mtodo) para motivar a cessao de tabaco (varivel a ser
mudada) num livro de auto-ajuda (canal) para fumadores de todas as
idades (grupo alvo).
Repetio (mtodo) da palavra aco no texto de um modelo (mtodo)
apresentado num folheto (canal) desenhado a motivar pessoas obesas
(grupo alvo) a formular intenes de implementao de compra de um
lugar extra (varivel a ser mudada) em voos internacionais.
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Estratgias que so frequentemente usados em intervenespsicolgicas
Seleco das estratgias Fase divergente: criao de estratgias
Associao directa interveno As ideias para estratgias podem serbaseadas em todos os tipos de fontes, tais como aquelas que vemos na
televiso, que fazem sentido, que esto provadas ser eficazes na literaturaou que as pessoas j experimentaram com bons resultados.Abordagem do mtodo directo Esta abordagem consiste em recolher
estratgias que tm sido usadas em situaes semelhantes.
Estratgias de debilitao Esta abordagem diz respeito a estratgias quetem efeitos indesejveis no problema.Entrevistas entrevistar pessoas do grupo alvo pode gerar ideias de
estratgias.Insights da teoria A propsito do mtodo de estipulao de objectivos, a
dificuldade do objectivo crucial. De uma forma geral os objectivosestimulam a realizao quando so difceis e so um desafio, mas aomesmo tempo so alcanveis pela pessoa.
Insights de investigao A investigao mostra que as pessoas so menos
defensivas a processar informao de ameaa quando a sua auto-estima aumentada.
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Estratgias que so frequentemente usados em intervenespsicolgicas
Seleco das estratgiasA fase convergente
Um nmero limitado de estratgias precisa de ser seleccionado com base
terica e emprica.
Em primeiro lugar a estratgia deve ter em conta a teoria subjacente. Por
exemplo, no caso da modelagem, a teoria especifica que o modelo deveser similar ou relevante para a pessoa do grupo alvo.
Segundo, prefervel que a escolha da estratgia seja baseada em evidncia
emprica.
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A construo do programa de interveno e o pr-teste
O pr teste assegura que o grupo alvo atender e compreender a
mensagem. Exemplo: mensagem persuasiva.
O formato do pr teste frequentemente inclui a exposio de alguns membrosdo grupo alvo a uma interveno preliminar e avaliar as suas reaces.
Pode ser feita de vrias formas:
Entrevista Ler um folheto e avaliar as suas reaces, quo eficaz ainformao, quo realista, o que gostaram ou no no contedo.
Avaliao quantitativa resposta a um questionrio de resposta fechada
acerca da interveno.
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A construo do programa de interveno e o seu pr-teste
Memoria a tarefa de memoria pode ser interessante para se verificar
quais os aspectos da interveno que as pessoas do grupo alvo recordam.
Observao pode ser feita a observao para monitorizar o movimentodos olhos e verificar quais os aspectos do estimulo prendem mais a
ateno.
Opinies de Experts
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Implementao da interveno
O processo de implementao tem como objectivo principal assegurar que ainterveno est a ser usada como se pretendia.
O modelo de difuso da inovao de Roger (1983) descreve 4 fases:
Fase da disseminao Os tcnicos tem conscincia da existncia dofolheto sobre violncia domstica e discutem com os colegas.
Fase da adopo Nesta fase, o tcnico est motivado a usar a inovaoe a dar o folheto aos pacientes que suspeita serem vitimas de violncia.
Fase da implementao Dar aos pacientes designados
Fase da continuao pratica normal.