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DIREITO ADMINISTRATIVO RECEITA FEDERAL 2012 ANALISTA TRIBUTÁRIO E AUDITOR FISCAL Profª Alian Labate Salas RECEITA FEDERAL 2012 ANALISTA E AUDITOR

Direito Administrativo

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Material completo de Direito Administrativo, em forma de apresentação, para estudo da matéria. Ótima para concurseiros!

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RECEITA FEDERAL 2012ANALISTA TRIBUTÁRIO E AUDITOR FISCAL

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2. AGENTES PÚBLICOSESPÉCIES E CLASSIFICAÇÃO – PODERES – DEVERES – PRERROGATIVAS – CARGO – EMPREGO – FUNÇÃO PÚBLICA –

3. REGIME JURÍDICO ÚNICO – PROVIMENTO – VACÂNCIA – REMOÇÃO – REDISTRIBUIÇÃO E SUBSTITUIÇÃO – DIREITOS E VANTAGENS – REGIME DISCIPLINAR – RESPONSABILIDADE CIVIL, CRIMINAL E ADMINISTRATIVA

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AGENTES PÚBLICOS

Quem são os agentes públicos? - são pessoas físicas - com incumbência definitiva ou transitória - para o exercício de alguma função estatal A regra é que as funções estatais são distribuídas de forma múltipla e genérica ao órgão, e dentro de cada órgão são repartidas especificamente entre os cargos, ou individualmente entre os agentes de função sem cargo. Atenção! O cargo ou a função pertence ao Estado e não ao agente que a exerce e por isso o Estado pode suprimir ou alterar cargos e funções sem nenhuma ofensa aos direito de seus titulares.

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Importante, já neste momento, distinguir-se CARGO de FUNÇÃO. CARGOS – somente os lugares criados no ÓRGÃO para serem providos por AGENTES que exercerão as suas FUNÇÕES na forma legal. O cargo é lotado no órgão. O cargo integra o órgão. O agente é investido no cargo. Como ser humano, apenas titulariza o cargo para servir ao órgão. Agente é a pessoa humana, real, que dá vida e vontade à abstrações legais: órgão, função e cargo. FUNÇÕES – são os encargos atribuídos aos órgãos, cargos e agentes. O órgão normalmente recebe a função in genere e a repassa aos seus cargos in specie, ou a transfere diretamente a agentes sem cargo, com a necessária parcela de poder público para o seu exercício. Toda função é atribuída e delimitada por norma legal. A soma desta atribuição + delimitação = configura a competência do órgão, cargo e do agente.

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Função = Atribuição + Delimitação = natureza da função + limite do poder para seu desempenho Daí conclui-se que quando o agente ultrapassa esse limite, atua com ABUSO ou EXCESSO DE PODER. Portanto,

ÓRGÃO ≠ PODER ≠ FUNÇÃO ≠ COMPETÊNCIA ≠ CARGO ≠ AGENTE

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EMPREGO PÚBLICO - Uma unidade utilizada pela administração pública, composta por um aglomerado de atribuições permanentes de trabalho, a ser ocupada por agente contratado sob regime celetista (tratado pela CLT), caracterizando relação trabalhista. Conforme o artigo 61, §1°, II, “a” da Constituição Federal de 1988, os empregos permanentes na Administração direta ou em autarquia só podem ser criados por lei. EMPREGADOS PÚBLICOS – são todos os titulares de emprego público (não de cargo público) da Administração direta e indireta, sujeitos ao regime jurídico da CLT, e por isso também são chamados de “celetistas”

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CARGO = Unidade de atribuições e responsabilidades conferidas a um agente público. Criado e extinto por meio de lei ou resolução.

Possui denominação própria e número certo. É titularizado por um único agente. EMPREGO PÚBLICO = Conjunto de atribuições e responsabilidades permanentes conferidas a um empregado público. Ocupado por agentes que mantêm com a Administração Indireta e, excepcionalmente, com a Administração Direta, vínculo contratual regido pela legislação trabalhista. (Exercício da função pública através de contrato de trabalho celebrado com sociedades de economia mista, empresas públicas ou mesmo com a Administração Direta, quando não adotado o regime estatutário, sendo, pois, regulado pela CLT.) FUNÇÃO PÚBLICA = Plexos unitários de atribuições. Criados por lei. Correspondentes a encargos de direção, chefia ou assessoramento. Exercidos por titular de cargo efetivo, de confiança da autoridade que as preenche.

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INFORMAÇÕES CORRELATAS1.Funções ≠ Cargos em ComissãoCargo em comissão admite pessoa estranha ao serviço público.Função é exercida por servidores efetivos ou contratados por prazo determinado para atender a uma dada necessidade temporária de excepcional interesse público2.NepotismoNomeação, por autoridade pública, de parentes, para o exercício de cargo em comissão, cargo de confiança ou ainda, de função gratificada.Súmula Vinculante do STF nº 13: “A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade, até o 3º grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de cargo em comissão ou de confiança ou, ainda, de função gratificada na administração pública direta e indireta em qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, compreendido o ajuste mediante designações recíprocas, viola a Constituição Federal.”

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INFORMAÇÕES CORRELATAS3. Há função sem cargo?Sim. Mas não há cargo sem que exista função. As funções provisórias, atribuídas a servidores temporários para atender a uma necessidade transitória de excepcional interesse público, não se vinculam a cargo algum.Artigo 37, IX, da CF: A lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público.-- Lei 8745/93 dispõe sobre a contratação por tempo determinado para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público.4. Organização dos cargos públicosSe dá em classes e carreira.CLASSES – conjunto de cargos de mesma natureza, com vencimentos, responsabilidade e competência idênticasCARREIRA – vinculação hierárquica entre os cargos, além de formas igualitárias de acesso, por promoção, permuta, dentre outros. Existência obrigatória na Administração Direta e Indireta.

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INFORMAÇÕES CORRELATAS5. Classificação dos cargosSe dá em cargos efetivos e em cargos em comissão.CARGOS EFETIVOS – preenchidos tendo em vista a continuidade e efetiva permanência de seus ocupantes nos quadros públicos.CARGOS EM COMISSÃO – preenchidos em caráter temporário, haja vista que a permanência no respectivo cargo depende da manutenção da relação de confiança. Não se exige prévia aprovação em concurso público, pois possuem livre nomeação e exoneração (“AD NUTUM”)6. Preenchimento do cargo, emprego ou funçãoSe dá pelo provimento ou investidura.INVESTIDURA:PROVIMENTO ORIGINÁRIO – Primeiro vínculo. Admissão ou NomeaçãoPROVIMENTO DERIVADO – pressupõe existência de vínculo preexistente e ocorre no decorrer da vida funcional do servidor que ocupa cargo efetivo e já adquiriu estabilidade.

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ESPÉCIES DE AGENTES PÚBLICOS:

1) Agentes Políticos 2) Agentes Administrativos 3) Agentes Honoríficos 4) Agentes Delegados 5) Agentes Credenciados

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1) AGENTES POLÍTICOS

Uma espécie de Agente Público. Componentes do Governo nos seus primeiros escalões, investidos em cargos, funções, mandatos ou comissões, por nomeação, eleição, designação ou delegação para o exercício de atribuições constitucionais. Atuam com plena liberdade funcional e desempenham suas atribuições com prerrogativas e responsabilidades próprias, estabelecidas na Constituição e em leis especiais. Exercem funções governamentais, judiciais e quase judiciais, elaborando normas legais, conduzindo os negócios públicos, decidindo e atuando com independência nos assuntos de sua competência. São as autoridades públicas supremas do Governo e da Administração na área de sua atuação. Não estão hierarquizadas, sujeitando-se apenas aos graus e limites constitucionais e legais de jurisdição.

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Muita Atenção!!! Doutrinariamente, os agentes políticos têm plena liberdade funcional, equiparável à independência dos juízes nos seus julgamentos. Para tanto, ficam a salvo de responsabilização civil por seus eventuais erros de atuação, a menos que tenham agido com culpa grosseira, má-fé ou abuso de poder. Ex. jurisprudência que decidiu a favor de atos de Prefeito, que muito embora fossem considerados como ilegítimos pelos Tribunais, não maculam de má-fé, corrupção ou culpa na sua atividade, não responsabilizando pessoalmente a autoridade. Como se vê, a atuação dos que governam e decidem é bem diferente daqueles que simplesmente administram e executam encargos técnicos e profissionais, sem responsabilidade de decisão e opções políticas. Por isso, os agentes políticos precisam de maior autonomia e ampla liberdade funcional e consequentemente maior resguardo para o desempenho de suas funções.

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Essas prerrogativas que se concedem aos agentes políticos não são privilégios pessoais. São garantias necessárias ao pleno exercício de suas altas e complexas funções governamentais e decisórias. São eles: - Chefes do Executivo (Presidente da República, Governadores e Prefeitos) - Auxiliares imediatos (Ministros e Secretários de Estado e de Município) art 39 §4º CF - Membros das Corporações Legislativas (Senadores, Deputados, Vereadores) - Membros do Poder Judiciário (Magistrados) - Membros do Ministério Público (Procuradores da República e da Justiça, Promotores e Curadores Públicos) art 128 §5º I c - Membros dos Tribunais de Contas (Ministros e Conselheiros) art 73 §3º e 75 CF - Representantes diplomáticos - demais autoridades que atuem com independência funcional, estranhas ao quadro do serviço público

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Servidores não são agentes políticos. Ex. dos que não são agentes políticos: - servidores das carreiras da Advocacia-Geral da União, da Procuradoria Geral da Fazenda Nacional, das Procuradorias dos Estados e do Distrito Federal e da Defensoria Pública (art 135 CF) - servidores das Polícias Federal, Ferroviária Federal, Civil, Militares e Corpo de Bombeiros Militares (art 144 §9º CF) A CF quando os menciona, diz que serão remunerados e não subsidiados. Conforme o artigo 39 §4º da CF, os agentes políticos somente podem receber subsídios.

Subsídio: modalidade de remuneração fixada em valor único, sendo vedado o acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de representação ou de outra espécie remuneratória.Agentes remunerados por subsídio (art. 39 §4º, 128 §5º I “c”, 73 §3º e 135 da Constituição Federal)

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1) AGENTES ADMINISTRATIVOS Outra espécie de agentes públicos. Todos aqueles que se vinculam ao Estado ou às suas entidades autárquicas e fundacionais por relações profissionais, sujeitos à hierarquia funcional e ao regime jurídico determinado pela entidade estatal a que servem. São investidos a título de emprego e com retribuição pecuniária, em regra por nomeação (excepcionalmente por contrato de trabalho ou credenciamento). São eles: - servidores públicos, concursados (art. 37 II CF) - servidores públicos exercentes de cargos ou empregos em comissão, titulares de cargo ou emprego público (art. 37 V CF) - servidores temporários, contratados por tempo determinado para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público (art. 37 IX)

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Todos, com maior ou menor hierarquia, encargos e responsabilidades profissionais dentro do órgão ou entidade a que servem, conforme o cargo, emprego ou a função em que estejam investidos. Incluem-se também: - dirigentes de empresas estatais (não os seus empregados), como representantes da Administração indireta do Estado, os quais, nomeados ou eleitos, passam a ter vinculação funcional com órgãos públicos da Administração direta, controladores da entidade. Atenção! Os agentes administrativos não são membros de Poder de Estado, nem o representam, nem exercem atribuições políticas ou governamentais.

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Então, conforme a posição hierárquica que ocupam, conforme as funções que lhes são cometidas, recebem a correspondente parcela de autoridade pública para seu desempenho no plano administrativo, sem qualquer poder político. Por isso que tais agentes respondem sempre por simples culpa pelas lesões que causem à Administração ou a terceiros no exercício de suas funções ou a pretexto de exercê-las, já que os atos profissionais exigem perícia técnica e perfeição de ofício. Os agentes estão sempre sujeitos ao regime da entidade a que servem e às normas específicas do órgão em que trabalham. Para efeitos criminais, são considerados FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS, nos termos do artigo 327 do CP.

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1) AGENTES HONORÍFICOS

Mais uma espécie de agentes públicos.

São cidadãos convocados, designados ou nomeados para prestar, transitoriamente, determinados serviços ao Estado, em razão de sua condição cívica, de sua honorabilidade ou de sua notória capacidade profissional, mas sem qualquer vínculo empregatício ou estatutário e, normalmente, sem remuneração.

Esses serviços são os verdadeiros MÚNUS PÚBLICO ou também chamados de SERVIÇOS PÚBLICOS RELEVANTES.

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Ex. jurado, mesário eleitoral, comissário de menores, presidente ou membro de comissão de estudo ou de julgamento, etc.

Os agentes honoríficos, por si, não são servidores públicos, MAS exercem momentaneamente uma função pública, e ENQUANTO A EXERCEM sujeitam-se à hierarquia e disciplina do órgão a que estão servindo, podendo até receber um PRO LABORE e contar o período de trabalho como de serviço público.

São agentes eventuais do Poder Público, e sobre eles não incidem as proibições constitucionais de acumulação de cargos, funções ou empregos, já que suas vinculações são transitórias e a título de colaboração cívica, sem caráter empregatício.

Somente para fins penais, esses agentes honoríficos são equiparados a funcionários públicos quanto aos crimes relacionados com o exercício da função (art. 327 CP).

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4) AGENTES DELEGADOS

Também espécie de agentes públicos.

São particulares (pessoas físicas ou jurídicas) que recebem a incumbência da execução de determinada atividade, obra ou serviço público e o realizam em NOME PRÓPRIO, por sua conta e risco, mas segundo as normas do Estado e sob a permanente fiscalização do delegante.

Não são servidores públicos, nem honoríficos, nem representantes do Estado. São uma categoria à parte de colaboradores do Poder Público.

São eles: - concessionários - permissionários de obras e serviços públicos - serventuários de ofícios ou cartórios não estatizados - leiloeiros - tradutores e intérpretes públicos

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No que tange à responsabilidade destes agentes, nossa lei é omissa. Mas temos que quando atuam no exercício da delegação ou a pretexto de exercê-la, muito embora ajam em nome próprio, em caso de lesão de direitos alheios, respondem civil e criminalmente sob as mesmas normas da Administração Pública de que são delegados. O Estado, por sua vez, tem responsabilidade subsidiária pelos seus atos funcionais lesivos aos usuários ou terceiros, desde que a vítima comprove a insolvência do delegado, devedor principal. É só uma responsabilidade supletiva, não é conjunta, nem solidária.

FUNÇÕES DELEGADAS ≠ ATIVIDADES FISCALIZADAS PELO ESTADO Funções Delegadas têm origem e natureza públicas

Atividades Fiscalizadas pelo Estado são e continuam sendo particulares, sem equiparação aos atos estatais.

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5)AGENTES CREDENCIADOS Última espécie de agentes públicos. São aqueles que recebem a incumbência da Administração para representá-la em determinado ato ou praticar certa atividade específica, mediante remuneração do Poder Público credenciante.

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PODERES E DEVERES DO ADMINISTRADOR PÚBLICO

São os encargos daqueles que gerem bens e interesses da comunidade. Os gestores da coisa pública, investidos de competência decisória, passam a ser autoridades, com poderes e deveres específicos do cargo ou da função e, consequentemente, com responsabilidades próprias de suas atribuições. Os poderes e deveres do administrador público são os expressos em lei, os impostos pela moral administrativa e os exigidos pelo interesse da coletividade. Cada agente administrativo é investido da necessária parcela de PODER PÚBLICO para o desempenho de suas atribuições. Esse poder é usado normalmente, e não como um privilégio. É um atributo do cargo ou da função.

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Esse poder é que confere autoridade ao agente público quando recebe da lei competência decisória e força para impor suas decisões aos administrados. Por isso mesmo que, quando despido da função ou fora do exercício do cargo, o agente não pode usar da autoridade pública, nem invocá-la ao seu capricho para sobrepor-se aos demais cidadãos. Essa conduta configura ABUSO DE PODER e conforme o caso, tipifica o crime de ABUSO DE AUTORIDADE (Lei 4898/65). Ora, se o agente do poder não está no exercício de suas funções, deixa de ser autoridade, igualando-se aos demais cidadãos.

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PODER-DEVER DE AGIR O poder tem para o agente público o significado de dever para com a comunidade e para com os indivíduos, no sentido de que quem o detém está sempre na obrigação de exercitá-lo. E esse poder é irrenunciável. O Direito Público ajunta ao PODER do administrador o DEVER de administrar.

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DEVER DE EFICIÊNCIA O dever de eficiência foi erigido à categoria de Princípio norteador da atividade administrativa, pelo artigo 37 caput da CF, e é o dever de boa administração. A eficiência funcional abrange não só a produtividade do exercente do cargo ou da função como a perfeição do trabalho e sua adequação técnica aos fins visados pela Administração, para o que se avaliam os resultados, confrontam-se os desempenhos e se aperfeiçoa o pessoal através de seleção e treinamento.

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DEVER DE PROBIDADE O dever de probidade está integrado na conduta do administrador público como elemento necessário à legitimidade de seus atos. Artigo 37 §4º CF: “Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos direitos políticos, a perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao Erário, na forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível”.

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REGIME JURÍDICO DOS SERVIDORES PÚBLICOS CIVIS DA UNIÃO (LEI 8112/90) diversas disposições coibitivas da improbidade no trato dos bens que lhes são confiados para gestão, sujeitando-os, pelo mau emprego ou dilapidação, a responsabilização administrativa, civil ou criminal, conforme o caso e a categoria do agente. LEI 8429/92 sanções aplicáveis aos agentes públicos em casos de improbidade administrativa enriquecimento ilícito – art 9º os que causam prejuízo ao Erário – art. 10 os que atentam contra os princípios da Administração Pública – art 11 LEI 4717/65 LEI DA AÇÃO POPULAR explicitou atos passíveis de anulação por esta via judicial, desde que ilegais e lesivos ao patrimônio público

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Assim, o ato administrativo praticado com lesão aos bens e interesses públicos também fica sujeito a invalidação pela própria Administração ou pelo Poder Judiciário, por VÍCIO DE IMPROBIDADE, que é uma ilegitimidade como as demais que nulificam a conduta do administrador público.

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DEVER DE PRESTAR CONTAS

O dever de prestar contas é decorrência natural da administração como encargo de gestão de bens e interesses alheios. Se o administrar corresponde ao desempenho de um mandato de zelo e conservação de bens e interesses de outrem, manifesto é que quem o exerce deverá contas ao proprietário. Caráter de MÚNUS PÚBLICO.

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Atenção! A prestação de contas não se refere apenas aos dinheiros públicos, à gestão financeira, mas a todos os atos de governo e de administração, incluídos também os entes paraestatais e até particulares que recebam subvenções estatais para aplicação determinada. CF art 70 §ú., art. 5º XXXIV b, art 71 a 75. A regra é universal. Quem gere dinheiro público ou administra bens ou interesses da comunidade deve contas ao órgão competente para a fiscalização. Como é feita essa prestação de contas? é feita ao órgão legislativo de cada entidade estatal, através do Tribunal de Contas competente, que auxilia o controle externo da administração financeira.

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USO E ABUSO DO PODER Sabemos que a Administração Pública deve obediência à lei em todas as suas manifestações. Até mesmo nas atividades discricionárias, há prescrições a serem seguidas quanto a competência, finalidade e forma, só se movendo com liberdade na estreita faixa de conveniência e oportunidade administrativas.

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USO DO PODER O uso do poder é uma PRERROGATIVA da autoridade. Mas o poder deverá ser usado normalmente, sem ABUSO. Usar normalmente do poder é empregá-lo segundo: - as normas legais - a moral da instituição - a finalidade do ato - as exigências do interesse público Abusar do poder é empregá-lo: - fora da lei - sem utilidade pública O poder é confiado ao administrador para ser usado em benefício da coletividade, mas dentro dos limites que o bem-estar social exigir.

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Formas abusivas do uso do poder estatal: - A utilização desproporcional desse poder - O emprego arbitrário da força - A violência contra o administrado O uso do poder é lícito O abuso do poder é sempre ilícito Conclusão: todo ato abusivo é NULO, por excesso ou por desvio de poder.

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ABUSO DO PODER Como se vê, o abuso do poder ocorre quando a autoridade, muito embora competente para praticar o ato, ultrapassa os limites de suas atribuições ou se desvia das finalidades administrativas. Uma vez ilícito, o abuso de poder se apresenta das mais diversas formas: - ora com a truculência ostensiva - ora dissimulado como estelionato Seja flagrante ou disfarçado, o abuso de poder será sempre uma ilegalidade invalidadora do ato que o contém.

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A Teoria do Abuso de Poder visa desarmar o pretenso titular de um direito subjetivo e, em consequência, encarar de modo diverso direitos objetivamente iguais, pronunciando uma espécie de juízo de caducidade contra o direito que tiver sido imoralmente exercido.

Não se trata aqui, de responsabilidade civil, e sim de moralidade no exercício dos direitos.

O abuso de poder pode se revestir tanto da forma omissiva, quanto da forma comissiva. Em ambos os casos a afronta a lei é latente,causando lesão individual ao administrado.

Forma OMISSIVA: inércia de autoridade administrativa, deixando de executar determinada prestação de serviço a que po lei está obrigada, lesando o patrimônio jurídico individual.

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Contra o abuso de poder, a Constituição nos concede: MANDADO DE SEGURANÇA, remédio constitucional cabível contra ato de qualquer autoridade (art. 5º LXIX e Lei 12016/2009) e o DIREITO DE REPRESENTAÇÃO contra abusos de autoridade (art. 5º XXXIV a) Complementados pela Lei 4898/65 que pune, criminalmente, esses mesmos abusos de autoridade.

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ESPÉCIES DE ABUSO DE PODER: 1) Excesso de Poder 2) Desvio de Finalidade

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1) EXCESSO DE PODER

O excesso de poder ocorre então quando a autoridade, embora competente para praticar o ato, vai além do permitido e exorbita no uso de suas faculdades administrativas. Excede sua competência legal e, com isso, invalida o ato. Porque ninguém pode agir em nome da Administração fora do que a lei lhe permite. O excesso de poder torna o ato arbitrário, ilícito e nulo.

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É uma forma de abuso de poder que retira a legitimidade da conduta do administrador público, colocando-o na ilegalidade e até mesmo no crime de ABUSO DE AUTORIDADE, quando incide nas previsões penais da Lei 4898/65, que visa preservar as liberdades individuais já asseguradas na Constituição. Caracteriza-se por: - descumprimento frontal da lei (quando a autoridade age claramente além de sua competência) - contorno dissimulado das limitações da lei, para arrogar-se poderes que não lhe são atribuídos legalmente.

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1) DESVIO DE FINALIDADE

O desvio de finalidade ou de poder ocorre quando a autoridade, embora atuando nos limites de sua competência, pratica o ato por motivos ou com fins diversos dos objetivados pela Lei ou exigidos pelo interesse público.

Trata-se da violação ideológica da lei. Violação moral da lei, alcançando o administrador fins não queridos pelo legislador, ou utilizando motivos e meios imorais para a prática de um ato administrativo aparentemente legal.

Ex. decreta desapropriação alegando utilidade pública, mas com fim de interesse pessoal

Caracteriza-se por: - consumação às escondidas - disfarçado sob o capuz da legalidade e do interesse público

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Desse modo, há que ser surpreendido e identificado por INDÍCIOS e CIRCUNSTÂNCIAS que revelem distorção do fim legal, substituído habilidosamente por um fim ilegal ou imoral não desejado pelo legislador. LEI DA AÇÃO POPULAR Lei 4717/65 consigna o desvio de finalidade como vício nulificador do ato administrativo lesivo do patrimônio público e o considera caracterizado quando o “agente pratica o ato visando a fim diverso daquele previsto, explícita ou implicitamente, na regra de competência” (art. 2º “e” e §único “e”).

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OMISSÃO DA ADMINISTRAÇÃO

A omissão da Administração pode representar aprovação ou rejeição da pretensão do administrado, dependendo do que dispuser a norma pertinente.

Quando a norma estabelece que, ultrapassado um prazo, o silêncio importa aprovação ou denegação do pedido do postulante, desse modo deve ser entendido. (muito mais pela determinação em si, do que pela omissão)

No entanto, quando a norma limita-se a fixar prazo para a prática do ato, sem indicar as consequências da omissão administrativa, há que se verificar, caso a caso, os efeitos do silêncio.

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Lei 9784/99, arts. 24 e 49, prevê que inexistindo disposição específica, os atos do órgão ou autoridade responsável pelo processo e dos administrados que dele participem devem ser praticados no prazo de 5 dias, salvo força maior, prazo este que pode ser dilatado até seu dobro, justificadamente; e que, concluída a instrução do processo administrativo, a Administração tem o prazo de até 30 dias para decidir, salvo prorrogação por igual período, expressamente motivada.

Lei 10177/98 Estadual, diz que o prazo máximo para decisão é de 120 dias, se outro não for legalmente estabelecido, e que, ultrapassado tal prazo, o interessado poderá considerar rejeitado o requerimento, salvo previsão legal ou regulamentar em contrário.

Quando não houver prazo legal, deve-se aguardar por um tempo razoável a manifestação da autoridade ou do órgão competente, ultrapassado o qual o silêncio da Administração converte-se em ABUSO DE PODER, corrigível pela via judicial adequada, que pode ser ação ordinária, medida cautelar, mandado de injunção ou de segurança.

Nesse caso, cabe ao Judiciário impor a sua prática.

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O silêncio não é ato administrativo. No Direito Público nem sempre o silêncio é entendido como concordância da parte silente, somente o será se assim o dispor a lei em seu texto.

ATO COMISSIVO ≠ ATO OMISSIVO

Ato comissivo= manifestação de vontade da Administração

Ato omissivo= resulta de um não decidir, do silêncio da Administração

Importante esta distinção para efeitos de mandado de segurança contra ato omissivo, cujo prazo decadencial não terá início.

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REGIME JURÍDICO DOS SERVIDORES Lei 8112/90 Os servidores públicos são uma subespécie de AGENTES PÚBLICOS ADMINISTRATIVOS, categoria que abrange a grande massa de prestadores de serviços à Administração e a ela vinculados por relações profissionais, em razão de investidura em cargos e funções, a título de emprego e com retribuição pecuniária. O Regime Jurídico dos servidores públicos civis traz os preceitos legais sobre: - acessibilidade aos cargos públicos - investidura em cargo efetivo (por concurso) e em comissão - nomeações para funções de confiança - deveres e direitos dos servidores - promoção e respectivos critérios - sistema remuneratório - penalidades e sua aplicação - processo administrativo - aposentadoria

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Importante: O artigo 39 da CF, com nova redação pela Emenda 19/98 eliminou a adoção de um regime jurídico único para todos os servidores públicos. Hoje, esse regime jurídico pode ser ESTATUTÁRIO, CELETISTA e ADMINISTRATIVO ESPECIAL. A União, Estados, o Distrito Federal e os Municípios podem estabelecer regime jurídico não contratual para os titulares de cargo público (Regime Estatutário). Não há direito adquirido a um regime jurídico, o qual pode ser alterado na forma da CF. No entanto, quando o servidor preencher todas as exigências previstas no ordenamento jurídico vigente para a aquisição de um direito, este se converte em direito adquirido e há de ser respeitado pela lei nova. A alteração de regime jurídico não pode acarretar redução de remuneração.

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1) PROVIMENTO DE CARGOS

Provimento ou investidura é o ato pelo qual se efetua o preenchimento do cargo público, com a designação de seu titular. art. 5º Lei 8112/90 Requisitos básicos para investidura em cargos público:

I- nacionalidade brasileira II- gozo dos direitos políticos III- quitação com as obrigações militares e eleitorais IV- nível de escolaridade exigido para o exercício do cargo V- idade mínima de 18 anos VI- aptidão física e mental

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• Podem ser feitas outras exigências para a investidura em cargo público, desde que guardem relação com a natureza e as atribuições inerentes ao cargo e sejam acompanhadas das respectivas justificativas.

Artigo 5º §1º Lei 8112/90• Reservadas ATÉ 20% das vagas para portadores de

necessidades especiais (deficiência)• Universidades e instituições de pesquisa científica e

tecnológica federais poderão prover seus cargos com professores, técnicos e cientistas estrangeiros, conforme a lei.

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Há cargos que somente podem ser providos por brasileiros natos: (art. 12 §3º CF)a)Presidente da Repúblicab)Vice-Presidente da Repúblicac)Presidente da Câmara dos Deputadosd)Presidente do Senado Federale)Ministro do Supremo Tribunal Federalf)Carreira Diplomáticag)Oficial das Forças Armadash)Ministro de Estado da Defesa

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CONCURSO PÚBLICO (art.11 Lei 8112/90) - de provas ou de provas e títulos - podendo ser realizado em 2 etapas - condicionada a inscrição ao pagamento de valor fixado no edital (exceto isenções) - validade de 2 anos, passível de prorrogação por igual período, uma única vez (previsto no edital) Não se abrirá novo concurso, enquanto houver candidato aprovado em concurso anterior com prazo de validade não expirado.

Art. 37 II CF – A investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração”

Validade de até 2 anos, passível de prorrogação por igual período, uma única vez (previsto no edital)

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Espécies de Provimento: a) Inicial ou originário b) Derivado

a) Provimento Inicial é o que se faz através da NOMEAÇÃO e pressupõe a inexistência de vinculação entre a situação de serviço anterior do nomeado e o preenchimento do cargo. Tanto é provimento inicial a nomeação de pessoa estranha aos quadros do serviço público, quanto a de outra que já exercia função pública como ocupante de cargo não vinculado àquele para o qual foi nomeada.

A Nomeação se dáem caráter efetivo, quando se tratar de cargo isolado de provimento efetivo ou de carreira, e em comissão, para cargos de confiança vagos.

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A investidura se dá com a POSSE. Posse: assinatura do termo, constando as atribuições, deveres, responsabilidades, direitos inerentes ao cargo ocupado, que não poderão ser alterados unilateralmente, por qualquer das partes. A posse acontece no prazo de 30 dias contados da publicação do ato de provimento, sob pena de ser tornado sem efeito o ato de provimento. Se o servidor estiver em gozo de impedimento, o prazo se inicia após o término do impedimento (licença ou afastamento). Poderá a posse se dar por procuração específica. Só se fala em posse nos casos de nomeação.

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A posse em cargo público dependerá de prévia inspeção médica oficial. Prazo para o exercício (efetivo desempenho das atribuições do cargo público ou da função de confiança): 15 dias após a posse para entrar em exercício, sob pena de ser exonerado do cargo ou de ser tornada sem efeito sua designação para a função de confiança. JORNADA DE TRABALHO: máximo 40h semanais, entre 6h e 8h diárias. ESTÁGIO PROBATÓRIO art. 20 Lei 8112/90 c/c art. 41 CF. = 3 ANOS, durante tal período avalia-se sua aptidão e capacidade para o desempenho do cargo, observados: - assiduidade - disciplina - capacidade de iniciativa - produtividade - responsabilidade

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SE não aprovado na avaliação de desempenho, SERÁ EXONERADO. SE já era estável, será RECONDUZIDO ao cargo anterior. SE aprovado, adquire ESTABILIDADE, só perdendo seu cargo em virtude de sentença judicial transitada em julgado ou de processo administrativo disciplinar no qual lhe seja assegurada ampla defesa.

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a) Provimento Derivado é feito por

- PROMOÇÃO ou ACESSO (o servidor passa a ocupar cargo de maior complexidade de atribuições e de responsabilidade dentro da carreira a que pertence) - REINTEGRAÇÃO (retorno do servidor ilegalmente desligado do cargo que ocupava, seja ele estável ou não, o que pode se dar tanto por meio de sentença judicial, quanto por meio de decisão administrativa) - APROVEITAMENTO (retorno do servidor que estava em disponibilidade ao mesmo cargo ou a cargo de equivalentes atribuições e vencimentos, pela extinção ou declaração de desnecessidade do cargo anteriormente ocupado) - REVERSÃO (retorno do agente aposentado por invalidez ao serviço público, quando cessadas as causas que a ensejaram ou no interesse da administração – art 25) - READAPTAÇÃO (espécie de transferência efetuada a fim de aproveitar o servidor em outro cargo compatível com a redução de capacidade física ou mental, caso contrário, o servidor será aposentado)

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- RECONDUÇÃO (retorno do servidor ao cargo de origem por ter sido inabilitado em estágio probatório relativo a outro cargo ou reintegração do anterior ocupante do cargo que havia sido investido ou reconduzido) É sempre uma alteração na situação de serviço do provido. O provimento de cargos do Executivo é da competência exclusiva do CHEFE DESTE PODER, já que a investidura é ato tipicamente administrativo. A lei, em si, somente estabelece a forma e as condições de provimento e de desprovimento. Não pode concretizar investiduras ou indicar pessoas a serem nomeadas, porque isto é missão do Executivo, indelegável ao Legislativo. Nulo é o provimento feito por lei. Assim como nula é a criação ou modificação de cargo por decreto ou qualquer outro ato administrativo. No âmbito do Legislativo, Judiciário, Tribunal de Contas e do Ministério Público, o provimento e demais atos atinentes aos cargos e seus servidores devem ser da competência de seus Presidentes/Procurador-Geral.

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1) VACÂNCIA

Vacância é o nome que se dá para quando o cargo fica vago, ou seja, conforme o artigo 33 da Lei 8112/90, a vacância do cargo público decorrerá de:

I- exoneração (a pedido ou de ofício) II- demissão III- promoção IV- ... V- ... VI- readaptação VII- aposentadoria VIII- posse em outro cargo inacumulável IX- falecimento

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1) REMOÇÃO

Remoção é o deslocamento do servidor, a pedido ou de ofício, no âmbito do mesmo quadro, com ou sem mudança de sede.

art. 36 Lei 8112/90

2) REDISTRIBUIÇÃO

Redistribuição é o deslocamento de cargo de provimento efetivo, ocupado ou vago no âmbito do quadro geral de pessoal, para outro órgão ou entidade do mesmo Poder, com prévia apreciação do órgão central do SIPEC (Sistema de Pessoal Civil da Administração Federal).

art. 37 Lei 8112/90

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1) SUBSTITUIÇÃO

Os servidores investidos em cargo ou função de direção ou chefia e os ocupantes de cargo de natureza especial terão substitutos indicados no regimento interno ou, no caso de omissão, previamente designados pelo dirigente máximo do órgão ou entidade.

art. 38 e 39 Lei 8112/90.

2) DIREITOS E VANTAGENS art 40 e segs

VENCIMENTOS – retribuição pecuniária pelo exercício de cargo público, com valor fixado em lei. (é irredutível)

REMUNERAÇÃO – vencimento do cargo efetivo, acrescido das vantagens pecuniárias pertinentes estabelecidas em lei. (nenhum servidor receberá remuneração inferior ao Salário Mínimo, nem poderá exceder ao teto dos Ministros de Estado, membros do Congresso Nacional e Ministros do STF)

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VANTAGENS

1- vencimentos 2- indenizações (não se incorporam aos vencimentos) 3- gratificações (incorporam nos casos previstos em lei) 4- adicionais (incorporam nos casos previstos em lei)

2- INDENIZAÇÕES a) ajuda de custo

destina-se a compensar as despesas de instalação do servidor que, no interesse do serviço, passar a ter exercício em nova sede, com mudança de domicílio em caráter permanente, vedado o duplo pagamento de indenização, a qualquer tempo, se o cônjuge ou companheiro também servidor, vier a ter exercício na mesma sede.

b) diárias passagens e diárias ao servidor que, a serviço, afastar-se da sede em caráter eventual ou transitório para outro ponto do território nacional ou para o exterior.

c) transporte indenização ao servidor que realizar despesas com a utilização de meio próprio de locomoção para a execução de serviços externos, por força das atribuições próprias do cargo.

d) auxílio-moradia ressarcimento das despesas comprovadamente realizadas pelo servidor com aluguel de moradia ou com meio de hospedagem administrado por empresa hoteleira.

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3/4- GRATIFICAÇÕES E ADICIONAIS a) retribuição pelo exercício de função de direção, chefia e assessoramento b) gratificação natalina

1/12 da remuneração a que o servidor fizer jus no mês de dezembro. (+ de 15 dias = mês integral)

c) adicional pelo exercício de atividades insalubres, perigosas ou penosas o adicional cessa com a eliminação das condições ou dos riscos que deram causa a sua concessão. exames médicos a cada 6 meses.

d) adicional pela prestação de serviço extraordinário 50% a mais na hora de trabalho. somente em situações excepcionais e temporárias, no máximo por 2 horas por jornada.

e) adicional noturno entre 22h e 5h. Acréscimo de 25% a cada 52’30’’. Se estiver em extraordinário, estes 25% incidem sobre a remuneração já acrescida dos 50%.

f) adicional de férias +1/3 da remuneração do período

g) gratificação por encargo de curso ou concurso

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FÉRIAS – 30 dias por ano podem ser acumuladas no máximo por 2 períodos pode parcelar em até 3 etapas, e recebe o 1/3 na primeira parcela. serviços perigosos = 20 dias consecutivos por semestre, sem acumulação

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LICENÇAS vedado o exercício de atividade remunerada durante o período de licença. licença concedida dentro de 60 dias do término da anterior, é considerada prorrogação.

a) por motivo de doença em pessoa da família mediante comprovação por perícia médica oficial

b) por motivo de afastamento do cônjuge ou companheiro por prazo indeterminado e sem remuneração

c) para o serviço militar concluído o serviço, 30 dias sem remuneração para reassumir o cargo

d) para atividade política sem remuneração, durante o período entre a sua escolha em convenção partidária, como candidato, e a véspera do registro de sua candidatura perante a Justiça Eleitoral

e) para capacitação após cada 5 anos de exercício, poderá se afastar, com remuneração, por até 3 meses para participar de curso de capacitação profissional (não acumulável)

f) para tratar de interesses particulares 3 anos consecutivos sem remuneração

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AFASTAMENTOS

a) para servir a outro órgão ou entidade para exercício de cargo em comissão ou função de confiança ou em outros casos previstos em lei. Em caso de cessão para Estados, Distrito Federal ou Municípios, o ônus da remuneração será do órgão ou entidade cessionária, mantido o ônus para o cedente nos demais casos, podendo haver reembolso. A cessão é feita mediante Portaria.

b) para exercício de mandato eletivo se for mandato federal, estadual ou distrital, fica afastado do cargo se for prefeito, fica afastado e pode optar pela remuneração se for vereador, com compatibilidade de horário, pode acumular remunerações, se não compatível, fica afastado com opção pela remuneração. Enquanto investido em mandato, não pode ser removido ou redistribuído de ofício

c) para estudo ou missão no exterior somente com autorização do Presidente da República, Presidente dos órgãos do Legislativo e Presidente do STF. Ausência não superior a 4 anos e deverá aguardar mais 4 anos para se afastar novamente. Perda total da remuneração.

d) para participação em programa de pós-graduação stricto sensu no País com remuneração quando incompatível o horário.

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CONCESSÕES O servidor poderá ausentar-se do serviço, sem qualquer prejuízo:

a) para doação de sangue (1 dia) b) para se alistar como eleitor (2 dias) c) casamento (8 dias) d) falecimento do cônjuge, companheiro, pais, madrasta ou padrasto, filhos, enteados,

menor sob guarda ou tutela e irmãos (8 dias)

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HORÁRIO ESPECIAL DE ESTUDANTE Quando comprovada a incompatibilidade entre o horário escolar e o da repartição, sem prejuízo do exercício do cargo. Exigida a compensação do horário, respeitada a duração semanal do trabalho. HORÁRIO ESPECIAL DE PORTADOR DE DEFICIÊNCIA Quando comprovada a necessidade por junta médica oficial, sem compensação de horário. Se o horário for utilizado para auxílio de cônjuge, filho ou dependente portador de deficiência física, será exigida a compensação de horário. HORÁRIO ESPECIAL DE EXAMINADOR OU INSTRUTOR Vinculado à compensação de horário no prazo de até 1 ano.

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TEMPO DE SERVIÇO

a) é contado para todos os efeitos, inclusive o prestado às Forças Armadas b) a apuração do tempo será feita em dias, convertidos em anos (365 dias) c) além das ausências previstas como concessões (1dia, 2 dias, 8 dias), são considerados

como de efetivo exercício os afastamentos previstos no artigo 102.

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DIREITO DE PETIÇÃO O servidor tem o direito de requerer aos Poderes Públicos, através do direito de petição em defesa de direito ou interesse legítimo. (art.5º XXXIV a CF)

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1) REGIME DISCIPLINAR

Art. 116. São deveres do servidor: I - exercer com zelo e dedicação as atribuições do cargo; II - ser leal às instituições a que servir; III - observar as normas legais e regulamentares; IV - cumprir as ordens superiores, exceto quando manifestamente ilegais; V - atender com presteza: a) ao público em geral, prestando as informações requeridas, ressalvadas as protegidas por sigilo; b) à expedição de certidões requeridas para defesa de direito ou esclarecimento de situações de interesse pessoal; c) às requisições para a defesa da Fazenda Pública. VI - levar ao conhecimento da autoridade superior as irregularidades de que tiver ciência em razão do cargo VII - zelar pela economia do material e a conservação do patrimônio público; VIII - guardar sigilo sobre assunto da repartição; IX - manter conduta compatível com a moralidade administrativa; X - ser assíduo e pontual ao serviço; XI - tratar com urbanidade as pessoas; XII - representar contra ilegalidade, omissão ou abuso de poder. Parágrafo único. A representação de que trata o inciso XII será encaminhada pela via hierárquica e apreciada pela autoridade superior àquela contra a qual é formulada, assegurando-se ao representando ampla defesa.

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Art. 117. Ao servidor é proibido: I - ausentar-se do serviço durante o expediente, sem prévia autorização do chefe imediato; II - retirar, sem prévia anuência da autoridade competente, qualquer documento ou objeto da repartição; III - recusar fé a documentos públicos; IV - opor resistência injustificada ao andamento de documento e processo ou execução de serviço; V - promover manifestação de apreço ou desapreço no recinto da repartição; VI - cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos casos previstos em lei, o desempenho de atribuição que seja de sua responsabilidade ou de seu subordinado; VII - coagir ou aliciar subordinados no sentido de filiarem-se a associação profissional ou sindical, ou a partido político; VIII - manter sob sua chefia imediata, em cargo ou função de confiança, cônjuge, companheiro ou parente até o segundo grau civil; IX - valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, em detrimento da dignidade da função pública;

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X - participar de gerência ou administração de sociedade privada, personificada ou não personificada, exercer o comércio, exceto na qualidade de acionista, cotista ou comanditário; XI - atuar, como procurador ou intermediário, junto a repartições públicas, salvo quando se tratar de benefícios previdenciários ou assistenciais de parentes até o segundo grau, e de cônjuge ou companheiro; XII - receber propina, comissão, presente ou vantagem de qualquer espécie, em razão de suas atribuições; XIII - aceitar comissão, emprego ou pensão de estado estrangeiro; XIV - praticar usura sob qualquer de suas formas; XV - proceder de forma desidiosa; XVI - utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição em serviços ou atividades particulares; XVII - cometer a outro servidor atribuições estranhas ao cargo que ocupa, exceto em situações de emergência e transitórias; XVIII - exercer quaisquer atividades que sejam incompatíveis com o exercício do cargo ou função e com o horário de trabalho;

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XIX - recusar-se a atualizar seus dados cadastrais quando solicitado. Parágrafo único. A vedação de que trata o inciso X do caput deste artigo não se aplica nos seguintes casos: I - participação nos conselhos de administração e fiscal de empresas ou entidades em que a União detenha, direta ou indiretamente, participação no capital social ou em sociedade cooperativa constituída para prestar serviços a seus membros; e II - gozo de licença para o trato de interesses particulares, na forma do art. 91 desta Lei, observada a legislação sobre conflito de interesses

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Da Acumulação Art. 118. Ressalvados os casos previstos na Constituição, é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos. § 1o A proibição de acumular estende-se a cargos, empregos e funções em autarquias, fundações públicas, empresas públicas, sociedades de economia mista da União, do Distrito Federal, dos Estados, dos Territórios e dos Municípios. § 2o A acumulação de cargos, ainda que lícita, fica condicionada à comprovação da compatibilidade de horários. § 3o Considera-se acumulação proibida a percepção de vencimento de cargo ou emprego público efetivo com proventos da inatividade, salvo quando os cargos de que decorram essas remunerações forem acumuláveis na atividade.

Art. 119. O servidor não poderá exercer mais de um cargo em comissão, exceto no caso previsto no parágrafo único do art. 9o, nem ser remunerado pela participação em órgão de deliberação coletiva.

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Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica à remuneração devida pela participação em conselhos de administração e fiscal das empresas públicas e sociedades de economia mista, suas subsidiárias e controladas, bem como quaisquer empresas ou entidades em que a União, direta ou indiretamente, detenha participação no capital social, observado o que, a respeito, dispuser legislação específica. Art. 120. O servidor vinculado ao regime desta Lei, que acumular licitamente dois cargos efetivos, quando investido em cargo de provimento em comissão, ficará afastado de ambos os cargos efetivos, salvo na hipótese em que houver compatibilidade de horário e local com o exercício de um deles, declarada pelas autoridades máximas dos órgãos ou entidades envolvidos

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Das Responsabilidades Art. 121. O servidor responde civil, penal e administrativamente pelo exercício irregular de suas atribuições. Art. 122. A responsabilidade civil decorre de ato omissivo ou comissivo, doloso ou culposo, que resulte em prejuízo ao erário ou a terceiros. § 1o A indenização de prejuízo dolosamente causado ao erário somente será liquidada na forma prevista no art. 46, na falta de outros bens que assegurem a execução do débito pela via judicial. § 2o Tratando-se de dano causado a terceiros, responderá o servidor perante a Fazenda Pública, em ação regressiva. § 3o A obrigação de reparar o dano estende-se aos sucessores e contra eles será executada, até o limite do valor da herança recebida. Art. 123. A responsabilidade penal abrange os crimes e contravenções imputadas ao servidor, nessa qualidade. Art. 124. A responsabilidade civil-administrativa resulta de ato omissivo ou comissivo praticado no desempenho do cargo ou função. Art. 125. As sanções civis, penais e administrativas poderão cumular-se, sendo independentes entre si. Art. 126. A responsabilidade administrativa do servidor será afastada no caso de absolvição criminal que negue a existência do fato ou sua autoria.

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Das Penalidades Art. 127. São penalidades disciplinares: I - advertência; II - suspensão; III - demissão; IV - cassação de aposentadoria ou disponibilidade; V - destituição de cargo em comissão; VI - destituição de função comissionada.

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Art. 128. Na aplicação das penalidades serão consideradas a natureza e a gravidade da infração cometida, os danos que dela provierem para o serviço público, as circunstâncias agravantes ou atenuantes e os antecedentes funcionais. Parágrafo único. O ato de imposição da penalidade mencionará sempre o fundamento legal e a causa da sanção disciplinar Art. 129. A advertência será aplicada por escrito, nos casos de violação de proibição constante do art. 117, incisos I a VIII e XIX, e de inobservância de dever funcional previsto em lei, regulamentação ou norma interna, que não justifique imposição de penalidade mais grave. Art. 130. A suspensão será aplicada em caso de reincidência das faltas punidas com advertência e de violação das demais proibições que não tipifiquem infração sujeita a penalidade de demissão, não podendo exceder de 90 (noventa) dias. § 1o Será punido com suspensão de até 15 (quinze) dias o servidor que, injustificadamente, recusar-se a ser submetido a inspeção médica determinada pela autoridade competente, cessando os efeitos da penalidade uma vez cumprida a determinação.

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§ 2o Quando houver conveniência para o serviço, a penalidade de suspensão poderá ser convertida em multa, na base de 50% (cinqüenta por cento) por dia de vencimento ou remuneração, ficando o servidor obrigado a permanecer em serviço. Art. 131. As penalidades de advertência e de suspensão terão seus registros cancelados, após o decurso de 3 (três) e 5 (cinco) anos de efetivo exercício, respectivamente, se o servidor não houver, nesse período, praticado nova infração disciplinar. Parágrafo único. O cancelamento da penalidade não surtirá efeitos retroativos.

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Art. 132. A demissão será aplicada nos seguintes casos: I - crime contra a administração pública; II - abandono de cargo; III - inassiduidade habitual; IV - improbidade administrativa; V - incontinência pública e conduta escandalosa, na repartição; VI - insubordinação grave em serviço; VII - ofensa física, em serviço, a servidor ou a particular, salvo em legítima defesa própria ou de outrem; VIII - aplicação irregular de dinheiros públicos; IX - revelação de segredo do qual se apropriou em razão do cargo; X - lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio nacional; XI - corrupção; XII - acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas; XIII - transgressão dos incisos IX a XVI do art. 117.

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Art. 133. Detectada a qualquer tempo a acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas, a autoridade a que se refere o art. 143 notificará o servidor, por intermédio de sua chefia imediata, para apresentar opção no prazo improrrogável de dez dias, contados da data da ciência e, na hipótese de omissão, adotará procedimento sumário para a sua apuração e regularização imediata, cujo processo administrativo disciplinar se desenvolverá nas seguintes fases: I - instauração, com a publicação do ato que constituir a comissão, a ser composta por dois servidores estáveis, e simultaneamente indicar a autoria e a materialidade da transgressão objeto da apuração II - instrução sumária, que compreende indiciação, defesa e relatório; III - julgamento. § 1o A indicação da autoria de que trata o inciso I dar-se-á pelo nome e matrícula do servidor, e a materialidade pela descrição dos cargos, empregos ou funções públicas em situação de acumulação ilegal, dos órgãos ou entidades de vinculação, das datas de ingresso, do horário de trabalho e do correspondente regime jurídico.

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§ 2o A comissão lavrará, até três dias após a publicação do ato que a constituiu, termo de indiciação em que serão transcritas as informações de que trata o parágrafo anterior, bem como promoverá a citação pessoal do servidor indiciado, ou por intermédio de sua chefia imediata, para, no prazo de cinco dias, apresentar defesa escrita, assegurando-se-lhe vista do processo na repartição, observado o disposto nos arts. 163 e 164. § 3o Apresentada a defesa, a comissão elaborará relatório conclusivo quanto à inocência ou à responsabilidade do servidor, em que resumirá as peças principais dos autos, opinará sobre a licitude da acumulação em exame, indicará o respectivo dispositivo legal e remeterá o processo à autoridade instauradora, para julgamento. § 4o No prazo de cinco dias, contados do recebimento do processo, a autoridade julgadora proferirá a sua decisão, aplicando-se, quando for o caso, o disposto no § 3o do art. 167.

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§ 5o A opção pelo servidor até o último dia de prazo para defesa configurará sua boa-fé, hipótese em que se converterá automaticamente em pedido de exoneração do outro cargo. § 6o Caracterizada a acumulação ilegal e provada a má-fé, aplicar-se-á a pena de demissão, destituição ou cassação de aposentadoria ou disponibilidade em relação aos cargos, empregos ou funções públicas em regime de acumulação ilegal, hipótese em que os órgãos ou entidades de vinculação serão comunicados. § 7o O prazo para a conclusão do processo administrativo disciplinar submetido ao rito sumário não excederá trinta dias, contados da data de publicação do ato que constituir a comissão, admitida a sua prorrogação por até quinze dias, quando as circunstâncias o exigirem. § 8o O procedimento sumário rege-se pelas disposições deste artigo, observando-se, no que lhe for aplicável, subsidiariamente, as disposições dos Títulos IV e V desta Lei.

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Art. 134. Será cassada a aposentadoria ou a disponibilidade do inativo que houver praticado, na atividade, falta punível com a demissão. Art. 135. A destituição de cargo em comissão exercido por não ocupante de cargo efetivo será aplicada nos casos de infração sujeita às penalidades de suspensão e de demissão. Parágrafo único. Constatada a hipótese de que trata este artigo, a exoneração efetuada nos termos do art. 35 será convertida em destituição de cargo em comissão. Art. 136. A demissão ou a destituição de cargo em comissão, nos casos dos incisos IV, VIII, X e XI do art. 132, implica a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, sem prejuízo da ação penal cabível. Art. 137. A demissão ou a destituição de cargo em comissão, por infringência do art. 117, incisos IX e XI, incompatibiliza o ex-servidor para nova investidura em cargo público federal, pelo prazo de 5 (cinco) anos. Parágrafo único. Não poderá retornar ao serviço público federal o servidor que for demitido ou destituído do cargo em comissão por infringência do art. 132, incisos I, IV, VIII, X e XI.

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Art. 138. Configura abandono de cargo a ausência intencional do servidor ao serviço por mais de trinta dias consecutivos. Art. 139. Entende-se por inassiduidade habitual a falta ao serviço, sem causa justificada, por sessenta dias, interpoladamente, durante o período de doze meses. Art. 140. Na apuração de abandono de cargo ou inassiduidade habitual, também será adotado o procedimento sumário a que se refere o art. 133, observando-se especialmente que: I - a indicação da materialidade dar-se-á:

a) na hipótese de abandono de cargo, pela indicação precisa do período de ausência intencional do servidor ao serviço superior a trinta dias; b) no caso de inassiduidade habitual, pela indicação dos dias de falta ao serviço sem causa justificada, por período igual ou superior a sessenta dias interpoladamente, durante o período de doze meses; II - após a apresentação da defesa a comissão elaborará relatório conclusivo quanto à inocência ou à responsabilidade do servidor, em que resumirá as peças principais dos autos, indicará o respectivo dispositivo legal, opinará, na hipótese de abandono de cargo, sobre a intencionalidade da ausência ao serviço superior a trinta dias e remeterá o processo à autoridade instauradora para julgamento.

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Art. 141. As penalidades disciplinares serão aplicadas: I - pelo Presidente da República, pelos Presidentes das Casas do Poder Legislativo e dos Tribunais Federais e pelo Procurador-Geral da República, quando se tratar de demissão e cassação de aposentadoria ou disponibilidade de servidor vinculado ao respectivo Poder, órgão, ou entidade; II - pelas autoridades administrativas de hierarquia imediatamente inferior àquelas mencionadas no inciso anterior quando se tratar de suspensão superior a 30 (trinta) dias; III - pelo chefe da repartição e outras autoridades na forma dos respectivos regimentos ou regulamentos, nos casos de advertência ou de suspensão de até 30 (trinta) dias; IV - pela autoridade que houver feito a nomeação, quando se tratar de destituição de cargo em comissão.

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Art. 142. A ação disciplinar prescreverá: I - em 5 (cinco) anos, quanto às infrações puníveis com demissão, cassação de aposentadoria ou disponibilidade e destituição de cargo em comissão; II - em 2 (dois) anos, quanto à suspensão; III - em 180 (cento e oitenta) dias, quanto á advertência. § 1o O prazo de prescrição começa a correr da data em que o fato se tornou conhecido. § 2o Os prazos de prescrição previstos na lei penal aplicam-se às infrações disciplinares capituladas também como crime. § 3o A abertura de sindicância ou a instauração de processo disciplinar interrompe a prescrição, até a decisão final proferida por autoridade competente. § 4o Interrompido o curso da prescrição, o prazo começará a correr a partir do dia em que cessar a interrupção.

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RESPONSABILIDADE CIVIL Obrigação que se impõe ao servidor de reparar o dano causado à Administração por culpa ou dolo no desempenho de suas funções. Não há, para o servidor, responsabilidade objetiva ou sem culpa. A sua responsabilidade nasce com o ato culposo e lesivo e se exaure com a indenização. A responsabilidade civil é independente das demais, administrativa e criminal, e se apura na forma do Direito Privado, perante a Justiça Comum. Podem ser apuradas conjunta ou separadamente. A Constituição cuida da responsabilidade civil. A Administrativa decorre da situação estatutária. A Penal está prevista no CP, em capítulo dedicado aos crimes funcionais (arts. 312 a 327)

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A condenação criminal implica no reconhecimento automático das outras duas, porque o ilícito penal é mais que o ilícito administrativo e civil. A absolvição criminal só afasta a responsabilidade administrativa e civil quando ficar decidida a inexistência do fato ou a não autoria imputada ao servidor, dada a independência das 3 jurisdições. A absolvição na ação penal, por falta de provas ou ausência de dolo, não exclui a culpa administrativa e civil do servidor público, que pode, assim, ser punido administrativamente e responsabilizado civilmente. Uma vez que a Administração Pública não possui disponibilidade sobre o patrimônio público, ela não pode isentar de responsabilidade civil seus servidores. Ao contrário, é seu dever zelar pela integridade desse patrimônio, adotando todas as providências legais cabíveis para a reparação dos danos e ele causados, qualquer que seja o autor.

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Artigo 37 §6º - in fine – impõe a responsabilização do agente causador do dano somente quando agir com culpa ou dolo, excluindo, portanto, a responsabilidade objetiva, que é unicamente da Administração perante a vítima. CULPA ≠ DOLO CULPA se dá na ação ou omissão lesiva, resultante de imprudência, negligência ou imperícia do agente. DOLO ocorre quando o agente deseja a ação ou omissão lesiva ou assume o risco de produzi-la. Essencial para existência de responsabilidade civil é que o ato culposo do servidor cause dano patrimonial à Administração. Isto porque a responsabilização civil via unicamente à reparação material da Administração. A comprovação do dano e da culpa é feita através de processo administrativo. E é necessária a concordância do responsável, porque a Administração não dispõe dos bens de seus servidores. Caso contrário, deverá recorrer às vias judiciais.

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RESPONSABILIDADE CRIMINAL É aquela que resulta do cometimento de crimes funcionais. O ilícito penal sujeita o servidor a responder a processo crime e a suportar os efeitos legais da condenação (arts. 91 e 92 CP). Crimes funcionais são matéria de Direito Penal, competência da União, e Estados e Municípios não podem legislar a respeito.

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RESPONSABILIDADE POR IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA Lei 8429/92, artigo 12 caput = independentemente das sanções penais, civis e administrativas, o responsável pelo ato de improbidade administrativa fica sujeito às cominações previstas nos seus incisos I, II, III, que podem ser aplicadas pelo Judiciário, isolada ou cumulativamente, de acordo com a gravidade do fato. improbidade administrativa: - enriquecimento ilícito - atos que causam prejuízo ao erário - atos que atentam contra os princípios da Administração Pública

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