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Compromisso, Dedicação e Foco
Direito Administrativo
(Minicurso Gratuito)
Aula 1 – Agentes Públicos
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Aula 1 – Agentes Públicos
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Olá, seja bem-vindo(a) à aula 1 do Minicurso de Direito Administrativo sobre Agentes Públicos – Aspectos Constitucionais.
SUMÁRIO
INFORMAÇÕES INICIAIS .................................................................................. 3
Apresentação do Professor ........................................................................... 3
Metodologia de Ensino ................................................................................. 5
Conteúdo do Curso ...................................................................................... 5
CONTEÚDO DA AULA 1 .................................................................................... 6
1. AGENTES PÚBLICOS – CONCEITOS INICIAIS ................................................... 7
1.1 Cargo, emprego e função ........................................................................ 8
2. NORMAS CONSTITUCIONAIS RELATIVAS AOS SERVIDORES PÚBLICOS .............. 11
2.1 Acesso a funções, cargos e empregos públicos ......................................... 12
2.2 Requisitos para ingresso no serviço público .............................................. 13
2.2.1 Concurso Público ........................................................................... 13
2.2.2 Exceções à regra do concurso público ............................................... 16
2.2.3 Validade do Concurso ..................................................................... 17
2.2.4 Direito subjetivo e prioridade na nomeação ....................................... 18
2.2.5 Vagas destinadas a portadores de deficiência ..................................... 20
3. SISTEMA REMUNERATÓRIO DOS SERVIDORES PÚBLICOS ................................ 22
3.1 Teto remuneratório .............................................................................. 22
3.2 Paridade de Vencimentos ...................................................................... 27
4. ESTABILIDADE .......................................................................................... 29
5. SERVIDOR ESTÁVEL - PERDA DO CARGO ...................................................... 32
ESQUEMAS E RESUMOS DA AULA .................................................................... 35
QUESTÕES COMENTADAS .............................................................................. 40
QUESTÕES – SEM COMENTÁRIOS .................................................................... 55
GABARITO ................................................................................................... 60
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INFORMAÇÕES INICIAIS
Apresentação do Professor
Olá, tudo bem?
Meu nome é Rafael Lima. Sou Auditor do Tribunal de Contas da União
(TCU), professor de Direito Administrativo do CDF Concursos.
Inicialmente, quero que você saiba que é uma ENORME satisfação poder
contribuir para o ALCANCE DE SEUS SONHOS.
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Antes, porém, falarei um pouco sobre minha trajetória nos concursos para
que você me conheça um pouco mais. Meu primeiro concurso foi aos 15 anos,
fiz a prova da Escola Preparatória de Cadetes da Aeronáutica (EPCAr). Também
foi minha primeira aprovação, mas por razões pessoais, não prossegui na
Aeronáutica. Dois anos depois, fui prestar o concurso da Escola Preparatória de
Cadetes do Exército (EsPCEx), no qual obtive a 6ª colocação nacional.
Lá prossegui, até tornar-me Oficial do Exército pela Academia Militar das
Agulhas Negras (AMAN). Assim, permaneci por cerca de 10 anos no Exército
Brasileiro, atuando em diversas áreas relacionadas à Administração e às finanças
públicas (gestor financeiro, pregoeiro, entre outras).
Todavia, após esse tempo na visa castrense, voltei a estudar para concursos
(veja! 10 anos após o último concurso que prestei). Assim, até chegar ao cargo
de Auditor do TCU, obtive aprovação e nomeação nos concursos de Auditor
Federal de Finanças e Controle da Secretaria do Tesouro Nacional (AFC/STN),
Auditor de Controle Interno do Governo do Distrito Federal (ACI-DF), Analista
de Controle Interno do Conselho Nacional do Ministério Público (1ª colocação),
Especialista do FNDE, Especialista do FNDE (FNDE/2013) e Analista
Administrativo do DNIT (2ª colocação).
Enfim, antes de iniciar nosso curso, quero dizer que a caminhada não será
fácil, mas a recompensa será muito maior que qualquer esforço, então:
Acredite nos seus sonhos! Persevere! Lute com todas as forças e estude
SEMPRE como um 1º colocado! Sua aprovação é conquistada a cada dia de
estudo...
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Metodologia de Ensino
Nosso curso está baseado em aulas escritas em PDF, nas quais você
encontrará uma linguagem acessível, clara e objetiva, possibilitando a
compreensão de alunos dos diversos níveis, desde os iniciantes no Direito
Administrativo àqueles que mais avançados na matéria.
Você ainda observará que nosso curso está repleto de esquemas gráficos,
o que acreditamos que irá facilitar a memorização dos assuntos mais relevantes
para sua prova.
Complementarmente, os exercícios contidos no PDF, de forma conjunta
com as videoaulas, viabilizam a compreensão integral do assunto, possibilitando
a mais completa e eficiente preparação para as provas de Direito Administrativo
de concursos públicos.
Não somente em Direito Administrativo, mas em todas as disciplinas que
envolvem a compreensão de leis, sugiro que você tenha sempre em mãos todos
as normas que serão tratadas em determinada aula, de forma a destacar os
dispositivos tratados em aula, os quais são os mais cobrados em prova.
Em minha atividade como consultor para concursos, sempre oriento meus
alunos a adotarem esta estratégia, pois, como sabemos, a lei é a fonte primária
do Direito.
Conteúdo do Curso
Neste minicurso, composto de três aulas, abordaremos temas da mais alta
relevância para concursos públicos, tais como “Agentes Públicos”, Organização
administrativa do Estado” e “Licitações públicas”. Nesse sentido, nosso
minicurso busca apresentar temas introdutórios desses conteúdos, bem como
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aquelas noções imprescindíveis ao aluno que quer estudar de forma assertiva,
buscando a tão sonhada aprovação.
Adicionalmente, visando à memorização dos assuntos, apresentamos
esquemas sobre o conteúdo, conjuntamente com exercícios sobre a matéria.
Nossa experiência em concursos nos mostra inequivocamente que a resolução
de exercícios é decisiva na aprovação! Por isso, mesmo não pretendendo esgotar
todo o conteúdo, nosso minicurso ainda traz alguns exercícios de forma a
sedimentar seu o conhecimento e de contribuir para sua aprovação
CONTEÚDO DA AULA 1
Nesta aula, abordaremos algumas questões da mais alta relevância para o
estudo do tema “Agentes Públicos – Normas Constitucionais”, assunto recorrente
em provas de concursos públicos.
Obviamente, não esgotaremos toda a matéria neste minicurso, mas
apresentaremos o assunto de forma que você sedimente o conhecimento sobre
as normas constitucionais sobre servidores públicos.
Complementarmente, esse minicurso ainda possui videoaulas que auxiliam
a compreensão do tema. Ainda apresentamos alguns exercícios que possibilitam
a sedimentação do conhecimento e dão uma ideia de como os assuntos são
cobrados em provas de concursos.
AULA CONTEÚDO
Aula 1 Agentes Públicos – Normas Constitucionais
Aula 2 Organização Administrativa
Aula 3 Licitações Públicas
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Por fim, ainda convido a você para que conheça os cursos regulares sobre
Direito Administrativo na página do CDF Concursos.
Bons estudos!
1. AGENTES PÚBLICOS – CONCEITOS INICIAIS
Os agentes públicos são pessoas físicas incumbidas do exercício de
uma função estatal. Assim, a expressão “agente público” tem sentido amplo,
podendo designar qualquer pessoa física que exerça função pública, temporária
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ou definitivamente, de forma gratuita ou remunerada, de natureza política,
administrativa ou jurisdicional.
1.1 Cargo, emprego e função
Os cargos são apenas ocupações criadas nos órgãos para serem providos
por servidores públicos que exercerão suas funções na forma da lei. Assim,
pode-se dizer que o cargo é lotado no órgão e o agente é investido no cargo, ou
seja, a pessoa física apenas titulariza o cargo. Nesse sentido, você de saber que
o cargo ou a função ocupada pela pessoa física pertence ao Estado e não ao
agente que o exerce.
Segundo a Lei 8.112/1991, o conceito de cargo público é o seguinte:
Art. 3ª Cargo público é o conjunto de atribuições e responsabilidades previstas na
estrutura organizacional que devem ser cometidas a um servidor.
Parágrafo único. Os cargos públicos, acessíveis a todos os brasileiros, são criados por
lei, com denominação própria e vencimento pago pelos cofres públicos, para
provimento em caráter efetivo ou em comissão.
Esses cargos são ocupados por servidores dos órgãos e entidades de
direito público (administração direta, autarquias e fundações públicas).
Antes de tratarmos das funções, vamos diferenciar cargos públicos e
empregos públicos.
Emprego público também se refere a uma ocupação na estrutura da
Administração. No entanto, estas ocupações encontram-se apenas na
administração indireta, mais especificamente, nas entidades de direito privado,
empresas públicas e sociedades de economia mista (assunto que veremos
em aula posterior). Nesse contexto, emprego público tem um vínculo
contratual, sendo regido pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Assim,
temos a principal diferença entre cargo e emprego público: o vínculo
contratual (no caso dos empregos públicos) e o vínculo estatutário (no caso
dos cargos públicos).
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Já as funções são os encargos atribuídos aos órgãos, cargos e agentes,
conforme nos ensina Hely Lopes Meireles. Toda função é atribuída e delimitada
por norma legal. A partir dessa definição, são estabelecidas as competências dos
órgãos, dos cargos e dos agentes. E, caso o agente extrapole suas competências
legais, ele estará atuando com abuso ou desvio de poder.
As funções de confiança, espécie de função pública, compreendem
atividades de chefia, direção e assessoramento. Essas funções de confiança
somente poderão ser ocupadas por servidores efetivos. Isso quer dizer que
pessoas que não sejam concursadas (não são servidores efetivos) não podem
ocupar funções de confiança, como se verifica no texto constitucional (art. 37,
inciso V).
“V - as funções de confiança, exercidas exclusivamente por
servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comissão, a
serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e
percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às
atribuições de direção, chefia e assessoramento”.
Tal vedação não se aplica aos cargos em comissão, que são de livre
nomeação, podendo serem ocupados por agentes públicos quaisquer agentes
públicos (servidores efetivos ou não). Destaque-se ainda que, dos cargos em
comissão, um percentual mínimo deverá ser reservado para servidores de
carreira.
Esquematizando
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AFIRMATIVA DE PROVA
Cargo Público
Servidores públicos
Regime estatutário
Ocupações criadas nos órgãos/entidades de direito público
Cargos efetivos e Cargos em Comissão
Efetivo (provimento por concurso público)
Em comissão (livre provimento e exoneração)
Emprego Empregados públicos
Vínculo trabalhista/Celetista
Ocupação na estrutura da Administração das entidades de direito privado
Função Atribuições dos órgãos, cargos e agentes, sem que lhe corresponda necessariamente um cargo ou emprego público
Função Comissionada x função temporária
Função comissionada: exclusivamente ocupadas por servidores efetivosFunção temporária: tempo determinado para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público
Função Comissionada Exclusiva de servidor efetivo
Destina-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento
Cargo em Comissão Qualquer pessoa
Destina-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento
Administração deve reservar percentual mínimo a servidores de carreira
Função Comissionada ≠ Cargo em Comissão
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1 - 2018 – TCM/BA – AUDITOR ESTADUAL - Função é o conjunto de atribuições
exercidas pelo servidor, sem que lhe corresponda um cargo ou emprego público.
Comentário: Correta a assertiva. A definição contida na assertiva está de acordo
com a definição de função pública, ou seja, função são os encargos atribuídos aos
órgãos, cargos e agentes. Adicionalmente, deve-se saber que função não se confunde
com cargo ou emprego. Cargo e emprego são ocupações criadas nos órgãos para
serem providas por servidores públicos e empregados públicos, respectivamente, que
exercerão suas funções.
Resposta: Certa
2 - 2018 - STM – ANALISTA ADMINISTRATIVO - As funções de confiança,
correspondentes a encargos de direção, chefia ou assessoramento, só podem ser
exercidas por titulares de cargos efetivos.
Comentário: Correta a assertiva. Conforme o artigo 37, inciso V, as funções de
confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo.
Resposta: Certa
2. NORMAS CONSTITUCIONAIS RELATIVAS AOS
SERVIDORES PÚBLICOS
A Constituição Federal tratou com bastante detalhes normas destinadas
aos servidores público, com intuito de aperfeiçoar a Administração Pública
brasileira, tão arraigada a sinais da burocracia e da administração
patrimonialista. Somam-se a isso, as reformas constitucionais, tais como a EC
19/1998, conhecida como "reforma administrativa", a EC 20/1998, conhecida
como "reforma da previdência", e a EC 41/12003, também denominada
"segunda reforma da previdência".
A partir de agora, trataremos das mais relevantes normas constitucionais
aplicáveis aos servidores públicos.
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2.1 Acesso a funções, cargos e empregos públicos
A Constituição Federal previu a possibilidade de brasileiros e também
estrangeiros (esses últimos, na forma da lei) ocuparem cargos, empregos e
funções públicas, como se segue:
Art. 37 -
I - os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos
brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim
como aos estrangeiros, na forma da lei;
A possibilidade de estrangeiros ocuparem cargos, empregos e funções
públicas necessita da existência de lei, a qual deverá estabelecer a forma de
ingresso de estrangeiros na Administração Pública.
No entanto, vale ressaltar que existem cargos privativos de brasileiros
natos, os quais, por óbvio, estrangeiros e brasileiros naturalizados não podem
ocupar:
• Presidente e Vice-Presidente da República;
• Presidente da Câmara dos Deputados; Presidente do Senado Federal;
• Ministro do Supremo Tribunal Federal;
• carreira diplomática;
• Ministro de Estado da Defesa
• Oficial das forças armadas.
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Estudaremos a partir de agora, como se dá o ingresso no serviço público.
2.2 Requisitos para ingresso no serviço público
A Constituição Federal, em seu artigo 37, II, prevê a prévia aprovação
em concurso público para a investidura em cargo ou emprego público.
Art. 37
II - a investidura em cargo ou emprego público depende de
aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e
títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou
emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para
cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração
2.2.1 Concurso Público
Quando se fala em concurso, a Constituição está se referindo a amplo
processo de seleção, aberto a todos os interessados, sendo vedados concursos
Cargos privativos
de brasileiros
natos
Presidente e Vice-Presidente da República
Presidente da Câmara dos Deputados; Presidente do Senado Federal
Ministro do Supremo Tribunal Federal
Carreira diplomática
Ministro de Estado da Defesa
Oficial das forças armadas
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internos, só abertos a quem já pertence ao quadro de pessoal da Administração
Pública.
Observe também o trecho final do art. 37, II, grifado anteriormente:
ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre
nomeação e exoneração. Como se observa, a exigência do concurso público não
se aplica às nomeações para cargos em comissão, pois são de livre escolha da
autoridade nomeante.
No entanto, as nomeações para cargos em comissão não são de inteira
escolha do administrador público, pois, a própria constituição impõe a
observância de lei que definirá os “casos, condições e percentuais mínimos”,
como observamos no inciso V, do art. 37 da CF/88.
Art. 37 –
V - as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores
ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comissão, a serem
preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e
percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às
atribuições de direção, chefia e assessoramento;
Mais uma condição às nomeações em cargos em comissão é a restrição
ao nepotismo, conforme a Súmula Vinculante nº 13 do STF:
“A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta,
colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade
nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica investido em cargo
de direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de cargo em
comissão ou de confiança ou, ainda, de função gratificada na
Administração Pública direta e indireta em qualquer dos poderes da
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, compreendido
o ajuste mediante designações recíprocas, viola a Constituição
Federal.”
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Assim, é vedado ao servidor investido em função de direção, chefia ou
assessoramento nomear cônjuge, companheiro ou parente em cargos em
comissão. Lembre-se que essa proibição decorre do princípio da moralidade,
visto em aula anterior.
Retomando a temática da exigência de concurso público, o inciso II do
art. 37 da CF/88 permite-nos inferir que concurso público deve ser de
provas ou de provas e títulos. Assim, é possível perceber que são proibidas
as contratações para cargos e empregos efetivos tendo por base apenas análise
de títulos ou currículos.
Ademais, a exigência de títulos em concursos públicos somente é permita
nos casos em que a natureza do cargo careça de especial conhecimento técnico
ou científico. Por exemplo, contratação de engenheiro especialista em
barragens.
Segundo o STF, a fase de títulos nos concursos públicos não pode ter
natureza eliminatória, apenas classificatória.
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2.2.2 Exceções à regra do concurso público
Além de prever o concurso como regra para ingresso no serviço público, a
própria Constituição elencou algumas hipóteses em que acesso a cargos e
empregos públicos se dê sem a necessidade de concurso público:
a) cargos de mandato eletivo (via eleições);
b) cargos em comissão (como vimos, escolha é feita de forma livre pela
autoridade competente);
c) contratações temporárias por excepcional interesse público
(processo seletivo simplificado);
d) ex-combatente que tenha participado de operações durante a
Segunda Guerra Mundial (ADCT, art. 53, I), o que, na prática, já não
existe mais.
e) Ministros de Tribunais de Contas, Ministros do STF e tribunais
superiores; Ministros e Conselheiros de Tribunais de Contas.
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AFIRMATIVA DE PROVA
3 - 2018 – MPU – TÉCNICO JUDICIÁRIO - Divulgado o resultado final de um
concurso público para o preenchimento de vagas em cargo público de natureza civil,
da administração direta federal, os aprovados foram nomeados.
Considerando essa situação hipotética e a legislação pertinente, julgue o item a
seguir.
O concurso público foi necessário porque se tratava de provimento de cargo público
na administração direta; seria dispensável se a contratação fosse para emprego
público na administração indireta federal.
Comentário: Perceba que a realização de concurso público é a regra para ingresso
no serviço público, seja para cargos efetivos na administração direta, seja para
empregos públicos na administração indireta. Assim, por óbvio, a questão erra ao
citar que a contratação fosse para emprego público na administração indireta federal.
Portanto, incorreta a questão.
Resposta: Errada
2.2.3 Validade do Concurso
Segundo a Constituição Federal, o concurso terá validade de até dois
anos, podendo ser prorrogado uma vez, por igual período.
Art. 37 –
III - o prazo de validade do concurso público será de até dois anos, prorrogável uma
vez, por igual período;
Perceba que a validade poderá ser de até dois anos, e não exatamente de
dois anos, prorrogável por igual período. Assim, um concurso pode ter validade
de 1 mês, e ser prorrogado por mais 1 mês. Ressaltamos que o prazo de vigência
do concurso público inicia-se a partir de sua homologação.
A decisão de prorrogar ou não o concurso é discricionária da
administração e o ato administrativo que prorrogue o concurso deve ser
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editado antes da data de expiração do concurso. Assim, é importante você saber
que, segundo a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, não é possível
prorrogar o prazo de validade do concurso depois expirado1.
AFIRMATIVA DE PROVA
4 - 2016 -TRE/PI – ANALISTA JUDICIÁRIO (ADAPTADA) - As contratações de
agentes públicos para o exercício de cargo efetivo e permanente de um município
devem ocorrer mediante concurso, cuja validade inicial pode ser de até dois anos,
prorrogável, uma vez, por igual período.
Comentário: Perfeita a assertiva. Sabemos que a CF/88 estabelece que a validade
inicial de um concurso pode ser de até 2 anos, podendo ser prorrogado, por igual
período.
Resposta: Certa
2.2.4 Direito subjetivo e prioridade na nomeação
Atualmente, o STF entende que aprovados em concurso público e
classificados nas vagas previstas no edital têm direito subjetivo à
nomeação2. Isso quer dizer que o candidato aprovado dentro do número de
vagas indicado no edital tem o direito de ser nomeado, dentro do prazo de
validade do concurso. Perceba que a Administração não tem a obrigação de
nomear os candidatos imediatamente após a homologação do concurso.
Caso a Administração não nomeie o candidato aprovado nas vagas
previstas no prazo de validade do concurso, ele poderá exigir judicialmente a
nomeação.
1 RE 201.634/BA, rei. Min. limar Galvão, 15.02.2000; RE 352.258/BA, rei. Min. Ellen Gracie, 27.04.2004.
2 (RE 598.099 – MS – Repercussão Geral)
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Esse raciocínio não é válido para os candidatos aprovados fora das vagas
previstas no edital, ou seja, os candidatos que formarão o denominado cadastro
de reservas. Acerca da situação desses candidatos, a jurisprudência é pacífica
quanto ao seguinte entendimento: "candidato aprovado em certame para
formação de reserva não tem direito subjetivo à nomeação, mas mera
expectativa"3.
Deve-se ressalvar, porém, que o STF esclareceu que em situações
excepcionais, decorrentes de fatos ocorridos após a publicação do edital,
podem vir a desobrigar a Administração de nomear os aprovados, desde que
apresentada a motivação.
Adicionalmente, a nomeação dos aprovados deve ser respeitada a
ordem de classificação do concurso. Assim, a Administração antes de
convocar o 10º colocado em um concurso, deve nomear o 9º. Preservam-se,
dessa maneira, os princípios da impessoalidade e da moralidade na
Administração Pública.
Soma-se a isso a previsão constitucional de que a Administração
somente pode convocar candidatos aprovados em novo concurso, após
a nomeação daqueles aprovados em concurso anterior. Todavia, essa
regra somente se aplica enquanto o concurso anterior estiver dentro do
prazo de validade. Tal regra está expressamente consignada no art. 37, inciso
IV:
IV - durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação,
aquele aprovado em concurso público de provas ou de provas e
títulos será convocado com prioridade sobre novos concursados
para assumir cargo ou emprego, na carreira;
Por fim, é importante que você saiba que a norma constitucional não
veda que se realize novo concurso, enquanto exista concurso anterior
vigente. No entanto, na esfera federal, a Lei 8.112/1991 prevê no art. 12, § 2º
3 MS-AGR 31.790/DF. rel. Ministro. Gilmar Mendes, 20.04.2014.
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que “Não se abrirá novo concurso enquanto houver candidato aprovado
em concurso anterior com prazo de validade não expirado”. Perceba que
essa regra somente é válida para a esfera federal, e não para Estados, Distrito
Federal e Municípios.
AFIRMATIVA DE PROVA
5 - 2018 – IPHAN – Auxiliar Institucional - Paulo participou de processo seletivo
para ingresso em carreira pública federal. O edital do concurso apresentava o
quantitativo de dezoito vagas, e Paulo foi aprovado na décima terceira posição. O
prazo de validade da seleção foi prorrogado uma vez e ele ainda não foi empossado.
Considerando essa situação hipotética, julgue o item a seguir.
Paulo deverá ser convocado com prioridade sobre novos concursados para assumir o
cargo.
Comentário: Embora a questão tenha um enunciado relativamente longo, a
assertiva não apresenta qualquer problema ao candidato. De fato, Paulo deve ser
convocado com prioridade sobre novos concursados, tendo em vista o disposto na
CF/88, como acabamos de ver. Mais que isso, ele foi aprovado dentro do número de
vagas, portanto, possui direito subjetivo à nomeação.
Resposta: Certa
2.2.5 Vagas destinadas a portadores de deficiência
O texto constitucional, em seu art. 37, inciso VIII, prevê que se reservará
um percentual de vagas em concursos públicos a candidatos portadores de
deficiência:
VIII - a lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos
para as pessoas portadoras de deficiência e definirá os critérios
de sua admissão;
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Perceba que se trata de uma norma de eficácia limitada, ou seja, seus
depende de regulamentação para produção de efeitos. Assim, após a edição da
lei, um percentual das vagas oferecidas em concursos públicos será destinado a
pessoas com deficiência.
Na esfera federal, a Lei 8.112/1991 prevê que até 20% (vinte por cento)
das vagas oferecidas no concurso serão destinadas a pessoas
portadoras de deficiência. Perceba que a norma não prevê um percentual
fixo, mas sim um limite máximo.
§ 2o Às pessoas portadoras de deficiência é assegurado o direito de se
inscrever em concurso público para provimento de cargo cujas
atribuições sejam compatíveis com a deficiência de que são
portadoras; para tais pessoas serão reservadas até 20% (vinte por
cento) das vagas oferecidas no concurso.
Posteriormente, a matéria foi regulamentada pelo Decreto 3.298/1999, o
qual definiu que candidato com deficiência “concorrerá a todas as vagas, sendo
reservado no mínimo o percentual de cinco por cento em face da classificação
obtida”. Esse mesmo decreto ainda prevê que, na aplicação do percentual
mínimo, caso o número obtido seja fracionado, “este deverá ser elevado até o
primeiro número inteiro subsequente”, ou seja, deverá ser “arredondado para
cima”. Por exemplo, num concurso com 35 vagas, se aplicado o percentual
mínimo de 5%, teremos um total de 2 vagas destinadas a portadores de
deficiência. Detalhando, 5% de 35 é igual a 1,75, arredondando para o “primeiro
número inteiro subsequente” teremos 2 vagas.
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3. SISTEMA REMUNERATÓRIO DOS SERVIDORES PÚBLICOS
3.1 Teto remuneratório
Nesse tópico, iremos tratar dos limites mínimos e máximos (teto
remuneratório) de remuneração de servidores públicos.
Não temos muitas controvérsias envolvendo os limites mínimos de
remuneração. Nesse contexto, a CF/88 assegura que a remuneração percebida
por servidores públicos não pode ser inferior ao salário mínimo (mesma
regra aplicada aos trabalhadores em geral). Destaque-se que o STF entende que
esse valor se refere ao total da remuneração percebida, e não em relação
ao vencimento-base. Por exemplo, um servidor pode receber como
vencimento-base R$ 100,00, desde que as demais verbas devidas a esse
servidor (adicionais, gratificações, vantagens pessoais), somadas ao vencimento
base, ultrapasse o valor de um salário mínimo.
Importante ressaltar que o STF entende que essa garantia não foi
estendida aos militares, notadamente àqueles que prestam o serviço militar
obrigatório (conscritos). Assim, “a obrigação do Estado quanto aos conscritos
limita-se a fornece-lhes as condições materiais para a adequada prestação do
serviço militar obrigatório nas Forças Armadas”4.
O teto remuneratório está previsto no art. 37, inciso XI, da CF/88. Da
leitura desse dispositivo, você pode observar que são muitas informações em
apenas um dispositivo constitucional. Para melhor compreensão, subdividir o
aludido dispositivo:
4 RE 570177/MG
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Art. 37 -
XI - a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções
e empregos públicos da administração direta, autárquica e fundacional,
dos membros de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios, (...), não poderão exceder o
subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo
Tribunal Federal, (...)
✓ Teto remuneratório máximo (Subsídios dos ministros do STF):
✓ Estão submetidos ao teto remuneratório todos os ocupantes de
cargos, funções e empregos públicos, de todos os Poderes e entes
federativos.
o Observação: No que se refere aos empregados públicos, esses
somente estarão submetidos ao teto remuneratório
constitucional se as suas respectivas de empresas públicas,
sociedades de economia mista e subsidiárias forem estatais
dependentes5. Os empregados públicos de estatais não-
dependentes não se submetem ao teto remuneratório
constitucional (Exemplo de estatal não dependente:
Petrobras).
✓ Em regra, proventos, pensões ou outra espécie remuneratória,
percebidos cumulativamente ou não, incluídas as vantagens
pessoais ou de qualquer outra natureza, não poderão exceder o
subsídio mensal. Todavia, estão excluídas do teto constitucional as
5 Empresa estatal dependente: Empresa pública ou Sociedade de Economia Mista que recebe do ente controlador
(União, Estado ou Município) recursos financeiros para pagamento de despesas com pessoal ou de custeio em geral
ou de capital, excluídos, no último caso, aqueles provenientes de aumento de participação acionária – Art. 30, inciso III,
da Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000 - (LRF)
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verbas de natureza indenizatória (diárias, ajudas de custo, auxílio
alimentação).
A parte final do art. 37, inciso XI, da CF/88 diz respeito aos tetos
remuneratórios nos estados, Distrito Federal e municípios:
Art. 37 -
XI – (...) limite, nos Municípios, o subsídio do Prefeito, e nos Estados
e no Distrito Federal, o subsídio mensal do Governador no âmbito do
Poder Executivo, o subsídio dos Deputados Estaduais e Distritais no
âmbito do Poder Legislativo e o subsidio dos Desembargadores do
Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco
centésimos por cento do subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do
Supremo Tribunal Federal, no âmbito do Poder Judiciário, aplicável este
limite aos membros do Ministério Público, aos Procuradores e aos
Defensores Públicos.
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Detalhando:
o Teto Geral, o da União: subsídios dos Ministros do STF
o Nos Estados e DF (subteto):
▪ Para o Poder Executivo: subsídios dos Governadores
▪ Para o Poder Legislativo: subsídio dos deputados
estaduais e distritais
▪ Para o Poder Judiciário, MP e Defensorias: subsídio
dos desembargadores do Tribunal de Justiça
o Nos Municípios (subteto): subsídios dos Prefeitos
O art. 37, §12 da CF/88 ainda faculta (permite) que Estados e DF,
mediante emenda às respectivas Constituições e Lei Orgânica (não por lei
ordinária!), adotem como como limite único, o subsídio mensal dos
Desembargadores do respectivo Tribunal de Justiça (90,25% dos
subsídios dos ministros do STF).
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Todavia, ainda que se institua esse limite, ele não será aplicado aos
subsídios dos Deputados Estaduais e Distritais e dos Vereadores.
✓ Subsídios de Deputados estaduais e distritais estarão limitados 75%
do subsídio dos deputados federais6.
✓ Subsídios de vereadores podem variar de 20% a 75% do subsídio
dos deputados estaduais, a depender do número de habitantes do
município7.
Superados os apontamentos acerca dos dispositivos constitucionais sobre
o temo remuneratório, vamos tecer alguns comentários sobre a jurisprudência
sobre o assunto:
1. A primeira delas refere-se à incidência do teto remuneratório nos
casos de acumulação de cargos públicos. Nesse contexto, o STF
entende que deve ser aplicado o teto remuneratório
constitucional de forma isolada para cada cargo público
acumulado, nas formas autorizadas pela Constituição8.
2. Outro entendimento importante do STF refere-se exclusão da
submissão dos membros da magistratura estadual ao subteto
de remuneração9. Dessa maneira, aos magistrados estaduais
(inclusive desembargadores dos tribunais de justiça) aplica-se o teto
geral dos ministros do STF, e não mais o sublimite de 90,25%. No
entanto, os efeitos dessa decisão não se estendem aos servidores
do Poder Judiciário, ao Ministério Público e aos demais Poderes
estaduais, que permanecem limitados ao subteto de 90,25% do
subsídio dos Ministros do STF.
6 CF/88, art. 27, §2º e art. 32, §3º.
7 CF/88, art. 29, VI, alíneas a) a f).
8 REs 602043 e 612975
9 ADI 3854-DF
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3. Por fim, em 28 de fevereiro de 2019, o STF decidiu que o “a
expressão "Procuradores", contida na parte final do inciso XI
do art. 37 da Constituição da República, compreende os
Procuradores Municipais, uma vez que estes se inserem nas
funções essenciais à Justiça, estando, portanto, submetidos
ao teto de noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por
cento do subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do
Supremo Tribunal Federal”. Dessa maneira, o subteto
remuneratório dos procuradores municipais (mesmo pertencendo ao
Poder Executivo) é o subsídio dos desembargadores do Tribunal de
Justiça e não a remuneração do prefeito, por se tratar de uma função
essencial à Justiça10.
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6 - 2016 – INSS – TÉCNICO DO SEGURO SOCIAL - No cômputo do limite
remuneratório (chamado de teto constitucional), devem ser consideradas todas as
parcelas percebidas pelo agente público, incluídas as de caráter indenizatório.
Comentário: Incorreta a assertiva, pois, na apuração do teto remuneratório, não
devem ser consideradas as verbas de caráter indenizatório (ajuda de custo, auxílio
alimentação, diárias, entre outros).
Resposta: Errada
3.2 Paridade de Vencimentos
No sistema remuneratório apresentado pela Constituição, os vencimentos
dos Poderes Legislativo e Judiciário não poderão ser superiores àqueles pagos
pelo Poder Executivo:
10 RE 663696
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XII - os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder
Judiciário não poderão ser superiores aos pagos pelo Poder
Executivo;
A interpretação que se deve dar a este dispositivo constitucional é que,
quando se tratar de cargos iguais ou assemelhados, os vencimentos pagos aos
servidores dos Poderes Legislativo e Judiciário não poderão ultrapassar os
vencimentos das carreiras análogas do Poder Executivo.
Assim, Hely Lopes Meirelles (2015) ensina que os vencimentos pagos pelo
Poder Executivo constituem o limite máximo para a remuneração dos
servidores que exerçam funções iguais ou assemelhadas no Legislativo e no
Judiciário.
Destaque-se que não se trata do teto remuneratório, o qual acabamos de
estudar. Trata-se sim de um comando normativo para estabelecer paridade
remuneratória entre os Poderes. No entanto, essa norma constitucional tem tido
pouca aplicabilidade atualmente, tendo em vista seu caráter genérico e as
peculiaridades de cada carreira nos diferentes Poderes. Dessa maneira, pode-se
notar grande disparidade entre remunerações de cargos assemelhados nos
Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário.
AFIRMATIVA DE PROVA
7 - 2013 – TJ/BA – TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS E DE REGISTROS - Os
vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário não poderão ser
superiores aos pagos pelo Poder Executivo.
Comentário: Questão que cobrou a literalidade do inciso XII, art. 37 da CF/88. Os
vencimentos dos cargos do Poder Executivo constituem limite máximo para os cargos
análogos nos Poderes Judiciário e Legislativo.
Resposta: Certa
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4. ESTABILIDADE
A garantia de estabilidade aos servidores público efetivos está consignada
no art. 41 da Constituição Federal de 1988.
Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores
nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público.
Adicionalmente, o mesmo art. 41 ainda estabelece condição para aquisição
dessa estabilidade:
§ 4º Como condição para a aquisição da estabilidade, é obrigatória a avaliação
especial de desempenho por comissão instituída para essa finalidade.
Antes de detalharmos esses dispositivos constitucionais, vamos observar
a definição elaborada pelo saudoso professor Hely Lopes Meirelles (2015) acerca
da estabilidade:
Estabilidade é a garantia constitucional de permanência no serviço público
outorgada ao servidor que, nomeado para cargo de provimento efetivo, em
virtude de concurso público, tenha transposto o estágio probatório de três
anos, após ser submetido a avaliação especial de desempenho por comissão
instituída para essa finalidade (CF, art. 41).
Dessa maneira, podemos observar que para que um servidor público
adquira estabilidade, ele deve atender às seguintes condições cumulativamente:
a) ser aprovado em concurso público;
b) ser nomeado para o cargo efetivo:
Somente podem adquirir estabilidade servidores
público investidos em cargos efetivos. Dessa maneira,
não adquirem estabilidade os empregados públicos,
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servidores temporários e ocupantes de cargos em comissão
(nesse último caso, somente aqueles que não têm vínculo
efetivo). Memorize!! A garantia à estabilidade é exclusiva dos
servidores regularmente investidos em cargos públicos de
provimento efetivo em virtude de concurso público.
c) completar três anos de efetivo exercício:
OBS: para aquisição de estabilidade, não são computados
períodos de afastamentos legais, tais como licenças ou
afastamentos11.
d) Aprovação em avaliação especial de desempenho por comissão
instituída para essa finalidade.
OBS: Essa avaliação decorre do princípio da eficiência. Caso
o servidor não seja considerado apto a exercer as funções
do cargo, a estabilidade não deverá ser declarada. Nesse
caso, o servidor será exonerado e não demitido.
Demissão, como veremos na próxima aula, tem o condão
de punir o servidor. A exoneração, conforme Hely Lopes
Meireles, é uma simples dispensa do servidor, por não
convir à Administração sua permanência, uma vez que seu
desempenho funcional não foi satisfatório nessa fase
experimental.
Importante que você saiba que os Tribunais Superiores entendem que a
dispensa do servidor inabilitado no estágio probatório não deve ser imotivada
ou arbitrária. Devem ser formalmente evidenciadas as faltas e falhas do servidor
de forma a demonstrar que a conduta do servidor não era a adequada para o
cargo.
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AFIRMATIVA DE PROVA
8 – 2013 – ABIN – OFICIAL TÉCNICO DE INTELIGÊNCIA - Com relação ao
regime constitucional aplicável à administração pública, julgue o item subsequente.
É condição necessária e suficiente para a aquisição da estabilidade no serviço público
o exercício efetivo no cargo por período de três anos.
Comentário: A questão apresenta uma sutiliza, que pode fazer com que o aluno
menos atento erre. De fato, o exercício efetivo no cargo por período de três anos é
condição necessária para aquisição de estabilidade no serviço público. No entanto,
esta condição não é suficiente, ou seja, não basta apenas que o servidor cumpra
os três anos de efetivo serviço. Relembrando, para aquisição de estabilidade é
necessário:
1) aprovação em concurso público;
2) nomeação para o cargo efetivo;
3) Completar três anos de efetivo serviço;
Aprovação em cargo público
Nomeação em cargo
efetivo
Três anos de efetivo exercício
Aprovação em
avaliação especial
Estabilidade
Se não for aprovado:
Exoneração
Estabilidade: servidores públicos efetivos
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4) Aprovação em avaliação especial de desempenho por comissão instituída
para essa finalidade.
Dessa maneira, a questão erra ao afirmar que o exercício efetivo no cargo por período
de três anos é condição suficiente para aquisição de estabilidade.
Resposta: Errada
5. SERVIDOR ESTÁVEL - PERDA DO CARGO
Importante que você saiba que o servidor público pode perder a
estabilidade, a qualquer tempo, mesmo após cumprir todos os requisitos
apresentados anteriormente.
A hipóteses de perda do cargo estão taxativamente previstas no art. 41 e
169 da CF/88. Inicialmente, vamos às hipóteses previstas no art.41.
Art. 41
§ 1º O servidor público estável só perderá o cargo:
I - em virtude de sentença judicial transitada em julgado;
II - mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla
defesa;
III - mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma
de lei complementar, assegurada ampla defesa.
A primeira hipótese de perda do cargo é em virtude de sentença judicial
transitada em julgado. Dessa maneira, o processo judicial no qual o servidor
poderá ser condenado deve ser definitiva. Essa condenação pode ocorrer na
esfera penal (crime contra a administração pública, por exemplo) ou na esfera
cível-administrativa (improbidade administrativa).
A segunda hipótese é aquela decorrente da prática de falta grave, a qual
enseja a instauração de processo administrativo, no qual deverá ser
assegurada a ampla defesa ao servidor arrolado.
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A terceira hipótese prevista no art. 41 da CF/88 é a perda do cargo por
inabilitação em avaliação periódica de desempenho, na forma da lei
complementar. De igual modo, deve-se assegurar a ampla devesa ao servidor.
Importante você notar que está avaliação não se confunde com a avaliação para
aquisição de estabilidade, após 3 anos de efetivo serviço. Aquela avaliação, tida
como especial, como a própria CF denomina, é realizada por comissão instituída
especificamente para essa finalidade. Já a avaliação periódica é aplicada a todos
os servidores, estáveis ou não.
No art. 169, a CF/88 prevê mais uma hipótese de perda de cargo por
servidor estável:
(...)
Art. 169. A despesa com pessoal ativo e inativo da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios não poderá exceder os limites estabelecidos em lei
complementar.
§ 3º Para o cumprimento dos limites estabelecidos com base neste artigo, durante o
prazo fixado na lei complementar referida no caput, a União, os Estados, o Distrito
Federal e os Municípios adotarão as seguintes providências: m
I - redução em pelo menos vinte por cento das despesas com cargos em
comissão e funções de confiança; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19,
de 1998)
II - exoneração dos servidores não estáveis.
§ 4º Se as medidas adotadas com base no parágrafo anterior não forem suficientes
para assegurar o cumprimento da determinação da lei complementar referida neste
artigo, o servidor estável poderá perder o cargo, desde que ato normativo
motivado de cada um dos Poderes especifique a atividade funcional, o órgão ou
unidade administrativa objeto da redução de pessoal.
Esse dispositivo constitucional traz a hipótese de exoneração de
servidores estáveis em virtude de extrapolação do limite máximo de despesas
com pessoal, previsto na Lei Complementar 101/2000 (LRF).
No entanto, antes de se exonerarem os servidores estáveis as seguintes
providências deverão ser adotadas:
1 – redução de, pelo menos, 20% das despesas com cargos em
comissão e funções de confiança;
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2 - exoneração dos servidores não estáveis.
Somente após a adoção das providências acima, e, se necessário, os
servidores estáveis serão exonerados para fins de enquadramento nos limites
das despesas com pessoal da LRF.
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9 - 2016 – DPU – AGENTE ADMINISTRATIVO - Em face da garantia da
estabilidade, o servidor público estável só perderá o cargo por força de decisão
judicial.
Comentário: Questão incorreta. Servidor estável poderá perder o cargo em quatro
situações:
1) em virtude de sentença judicial transitada em julgado;
2) mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla
defesa;
3) mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de
lei complementar, assegurada ampla defesa.
4) Excesso de despesa com pessoal.
Sentença judicial transitada em julgado
Processo administrativo em que seja assegurada ampla defesa
ao servidor.
Avaliação periódica de desempenho, na forma de lei
complementar, assegurada ampla defesa
Excesso de despesa com pessoal (art. 169 da CF/88)
Perda do Cargo
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Dessa maneira, a questão erra, ao afirmar que o servidor público estável só perderá
o cargo por força de decisão judicial.
Resposta: Errada
Chegamos ao fim da parte teórica da aula 1 e, como forma de
complementar seu estudo, seguem os esquemas apresentados na aula.
ESQUEMAS E RESUMOS DA AULA
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QUESTÕES COMENTADAS
Chegou o momento para fixar o conteúdo da aula. Caso você queira
resolver as questões sem ver o comentário, pule esta parte e vá direto para o
próximo tópico – Questões sem comentários.
1 - 2017 - CESPE – TCE/PE – ANALISTA DE GESTÃO - João, após aprovação
em concurso público, foi nomeado em 2015 para integrar o quadro de
uma entidade da administração indireta dotada de personalidade
jurídica de direito privado.
Acerca dessa situação hipotética, julgue o item seguinte.
Com a aprovação no referido concurso, João passará a ocupar cargo
público efetivo regido pelo regime jurídico único dos servidores públicos
civis.
Comentário: O segredo para você acertar essa questão está na atenta
leitura da situação hipotética. Perceba que o cargo para o qual João foi
aprovado pertence ao o quadro de uma entidade da administração
indireta dotada de personalidade jurídica de direito privado. E como
sabemos, essas entidades de direito privado não possuem cargos, mas
sim empregos públicos. Daí a incorreção do quesito.
Resposta: Errada
2 - 2018 - FCC – TRT 6ª Região – ANALISTA JUDICIÁRIO - Cargos e
empregos públicos recebem da Constituição Federal de 1998 o
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tratamento de unidades autônomas de atribuições, para o desempenho
das quais
a) é exigida a aprovação em concurso público de provas ou de provas e
títulos, regra de caráter absoluto, não sujeita a exceções.
b) é exigida a aprovação em concurso público de provas ou de provas e
títulos, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado
em lei de livre nomeação e exoneração e as contratações por tempo
determinado, previstas em lei, para atender à necessidade temporária
de excepcional interesse público.
c) é exigida a aprovação em concurso público de provas ou de provas e
títulos, inclusive para as contratações por tempo determinado e para as
nomeações para cargo em comissão.
d) não é exigida a aprovação em concurso público de provas ou de
provas e títulos, mas em processo seletivo simplificado, em razão da
constitucionalização dos princípios da razoabilidade e eficiência na
gestão da coisa pública.
e) é exigida a aprovação em concurso público de provas ou de provas e
títulos para a primeira investidura, não o sendo para as demais, em que
o acesso se dá por concurso interno.
Comentário:
a) ERRADA. O item erra ao afirmar que a regra do concurso é absoluta.
Vimos que existem exceções a essa regra, tais como mandatos
eletivos, cargos em comissão, contratações temporárias entre outros.
b) CERTA. Essa é a alternativa correta, pois vimos que as nomeações
para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e
exoneração e as contratações por tempo determinado constituem
exceções à regra do concurso público. Vamos relembrar as exceções
à regra do concurso público:
• cargos de mandato eletivo (via eleições);
• cargos em comissão (como vimos, escolha é feita de forma livre pela
autoridade competente);
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• contratações temporárias por excepcional interesse público (processo seletivo
simplificado);
• ex-combatente que tenha participado de operações durante a Segunda Guerra
Mundial (ADCT, art. 53, I), o que, na prática, já não existe mais.
• Ministros de Tribunais de Contas, Ministros do STF e tribunais superiores;
Ministros e Conselheiros de Tribunais de Contas.
c) ERRADA. As contratações por tempo determinado e as nomeações
para cargo em comissão são exceções ao concurso público.
d) ERRADA. A regra para a investidura em cargo público é a prévia
aprovação em concurso público. Dessa forma, a alternativa está
incorreta.
e) ERRADA. Não procede a informação contida na presente alternativa.
Sempre será exigida a prévia exceção em concurso público (de
maneira ampla), à exceção das hipóteses previstas na CF/88. Dessa
maneira, não há previsão para ingresso em cargo público por
concurso interno (restrito a integrantes de determinado órgão).
Convém ressaltar que antes da CF/88, admitia-se acesso a cargo
público por concurso interno visando a ascensão funcional. No
entanto, após a promulgação da Constituição de 1988, o STF tem
jurisprudência consolidada vedando o acesso a cargo público por
concurso interno.
Resposta: Alternativa b).
3 - CESPE – DPE/PE – DEFENSOR PÚBLICO – Conforme entendimento
atual do STF, é dever da administração pública nomear candidato
aprovado em concurso público dentro das vagas previstas no edital, em
razão do princípio da boa-fé e da proteção da confiança, salvo em
situações excepcionais caracterizadas pela necessidade, superveniência
e imprevisibilidade.
Comentário: Perfeita a assertiva. Atualmente, a jurisprudência do STF
indica que é dever da administração nomear candidato aprovado em
concurso público dentro das vagas previstas no edital (direito subjetivo
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à nomeação). Em situações excepcionalíssimas pode a Administração
deixar de nomear esses candidatos, todavia, é necessário que se
apresente a situação justificadora devidamente motivada.
Resposta: CERTA.
4 - CESPE – FUB – ADMINISTRADOR – É obrigatória a aprovação prévia
em concurso para provimento de quaisquer cargos ou empregos na
administração direta ou indireta, ressalvadas as nomeações para cargos
em confiança, declarados em lei como de livre nomeação e exoneração.
Comentário: Questão que exige atenção adicional por parte do aluno.
Veja que o item menciona que o “para provimento de quaisquer cargos
ou empregos” é obrigatória a prévia aprovação em concurso público.
De fato, a regra é o concurso público, mas a CF/88 apresenta algumas
exceções a essa regra, como, por exemplo, mandatos eletivos.
Deputados e senadores assumem cargos públicos sem prestarem
concurso público.
Observe ainda que a questão ressalva apenas os cargos em confiança,
declarados em lei como de livre nomeação e exoneração, o que é
incorreto. Temos outras hipóteses de exceção ao concurso público:
a) cargos de mandato eletivo (via eleições);
b) cargos em comissão (escolha é feita de forma livre pela
autoridade competente);
c) contratações temporárias por excepcional interesse público
(processo seletivo simplificado);
d) ex-combatente que tenha participado de operações durante a
Segunda Guerra Mundial (ADCT, art. 53, I), o que, na prática, já
não existe mais.
e) Ministros de Tribunais de Contas, Ministros do STF e tribunais
superiores; Ministros e Conselheiros de Tribunais de Contas.
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Resposta: ERRADA
5 – 2017 - CESPE – TCE/PE – ANALISTA DE GESTÃO – Os cargos públicos
podem ser providos somente mediante nomeação em concurso público.
Comentário: Questão muito tranquila. A regra para investidura de
agentes públicos é o concurso público, mas você não pode se esquecer
das exceções:
a) cargos de mandato eletivo (via eleições);
b) cargos em comissão (como vimos, escolha é feita de forma livre
pela autoridade competente);
c) contratações temporárias por excepcional interesse público
(processo seletivo simplificado);
d) ex-combatente que tenha participado de operações durante a
Segunda Guerra Mundial (ADCT, art. 53, I), o que, na prática, já
não existe mais.
e) Ministros de Tribunais de Contas, Ministros do STF e tribunais
superiores; Ministros e Conselheiros de Tribunais de Contas.
Resposta: ERRADA.
6 - 2018 – FURMARC – PC/MG – DELEGADO - Sobre as hipóteses de perda
do cargo do servidor estável previstas no artigo 41, §1º da CR/88,
a INCORRETA:
a) Excesso de despesa com pessoal
b) Procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma
de lei complementar, assegurada ampla defesa
c) Processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla
defesa.
d) Sentença judicial transitada em julgado.
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Comentário: Inicialmente, é importante você saber que todas as
alternativas da questão apresentam hipótese de perda de cargo do
servidor estável. Vamos relembrar:
1 - em virtude de sentença judicial transitada em julgado;
2 - mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada
ampla defesa;
3 - mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho,
na forma de lei complementar, assegurada ampla defesa.
4 – excesso de despesas de pessoal.
Todavia, a questão da banca FUMARC insere um pedido não comum
nas bancas mais tradicionais (CESPE e FCC, notadamente), ela pede
as hipóteses previstas no art. 41 da CF/88. Dessa forma, a única
hipótese não prevista nesse dispositivo é a alternativa “a”, excesso de
despesa de pessoal, a qual também constitui uma hipótese de perda
de cargo de servidor estável, no entanto, está consignada no art. 169
da CF/88.
Muita atenção ao comando da questão. Nesse caso, ele era
fundamental para acertar o item.
Resposta: alternativa a).
7 - 2018 - CESPE – MPU – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – Para exercer função
de confiança na administração pública, o servidor deverá ser ocupante
de cargo efetivo.
Comentário: Correta a assertiva, pois as Funções comissionadas são
privativas de ocupante de cargo efetivo. Já os cargos em comissão
podem ser ocupados qualquer agente público.
V - as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes
de cargo efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de
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carreira nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se
apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento;
MEMORIZE!!
Função de Confiança >> Cargo efetivo
Resposta: CERTA
8 - 2018 - CESPE – MPU – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – Divulgado o resultado
final de um concurso público para o preenchimento de vagas em cargo
público de natureza civil, da administração direta federal, os aprovados
foram nomeados.
Considerando essa situação hipotética e a legislação pertinente, julgue
o item a seguir.
Com a posse, os aprovados serão investidos no cargo público, mas irão
adquirir estabilidade somente após três anos de efetivo exercício.
Comentário: Inicialmente, perceba que o comando da questão afirma
que o concurso se destina ao preenchimento de cargos da
administração direta federal, ou seja, cargos efetivos. Adicionalmente,
sabemos que outro requisito para que um servidor adquira estabilidade
é o transcurso de três anos de efetivo serviço, como afirma o item.
Dessa forma, a assertiva está correta. Não obstante, vamos relembrar
todos os requisitos para aquisição da estabilidade:
a) ser aprovado em concurso público;
b) ser nomeado para o cargo efetivo;
c) completar três anos de efetivo exercício:
d) Aprovação em avaliação especial de desempenho por comissão
instituída para essa finalidade.
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Cabe ressaltar que, se o servidor não for aprovado na avaliação
especial, ele será EXONERADO e não demitido.
Resposta: CERTA.
9 - 2018 - FCC – TRT 6ª Região – ANALISTA JUDICIÁRIO – Integram o
universo de agentes alcançados pelo teto remuneratório constitucional,
previsto no artigo 37, XI, da Constituição Federal, os servidores públicos
ocupantes de cargos,
a) funções e empregos públicos na Administração direta, autárquica
e fundacional, excluídos os membros de Poderes e os detentores de
mandato eletivo, assim como os empregados de empresas públicas e
sociedades de economia mista dependentes.
b) funções e empregos públicos na Administração direta e na
Administração indireta, excluídos os empregados de empresas públicas
e sociedades de economia mista.
c) funções e empregos públicos na Administração direta, excluídos,
para essa finalidade, os servidores (sentido lato) da Administração
indireta.
d) funções e empregos públicos na Administração direta, autárquica
e fundacional, os membros de quaisquer dos Poderes da União, dos
Estados, do Distrito federal e dos Municípios, os detentores de mandato
eletivo e os demais agentes políticos, assim como os empregados de
empresas públicas e sociedades de economia mista e subsidiárias
dependentes.
e) na Administração direta e na Administração indireta, excluídos os
detentores de funções e empregos públicos, da Administração direta ou
indireta.
Comentário:
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Para acertar esta questão você deve imaginar que a abrangência do
teto remuneratório constitucional é bastante ampla, abarcando,
inclusive, empregados públicos das estatais dependentes (que
receberem recursos da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos
Municípios para pagamento de despesas de pessoal ou de custeio em
geral). Nesse contexto, os empregados públicos de estatais não-
dependentes não se submetem ao teto remuneratório constitucional.
Vamos analisar as alternativas:
a) ERRADA. Os membros de Poderes, detentores de mandato eletivo
empregados de empresas públicas e sociedades de economia mista
dependentes estão submetidos ao teto remuneratório
constitucional.
b) ERRADA. A regra do teto remuneratório constitucional abarca
também os empregados de empresas públicas e sociedades de
economia mista.
c) ERRADA. Estão submetidos ao teto remuneratório tanto servidores
da administração direta como da administração indireta.
d) CERTA. Essa é a nossa resposta. Perceba que, ao final do item, tem-
se a menção às empresas estatais dependentes, conceito extraído
da Lei de Responsabilidade Fiscal. A CF/88 afirma que estão
submetidos ao teto remuneratório empresas públicas e às
sociedades de economia mista, e suas subsidiárias, que receberem
recursos da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos
Municípios para pagamento de despesas de pessoal ou de custeio
em geral. Dessa maneira, o recebimento de recursos para
pagamento de despesas de pessoal ou custeio em geral é o que
caracteriza a dependência de uma empresa estatal.
e) ERRADA. Vimos que o teto remuneratório alcança inclusive funções
e empregos públicos, da Administração direta ou indireta.
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Resposta: alternativa d).
10 - 2016 - FCC – PGE/MT - TÉCNICO ADMINISTRATIVO - Empresa estatal
pretende contratar pessoal para desempenhar funções técnico-
administrativas, não correspondentes às de direção, chefia ou
assessoramento. Para tanto deve
a) abrir processo de concurso público, por exigência da Constituição
Federal.
b) abrir processo de concurso público, em decorrência do princípio da
razoabilidade.
c) abrir processo de concurso público, em decorrência do princípio da
continuidade dos serviços públicos.
d) realizar contratações diretas, sem concurso público, desde que
transparentes, por tratar-se de entidade de direito privado da
Administração indireta e, como tal, não submetida a todos os
deveres típicos do regime de direito público.
e) realizar contratações diretas, sem concurso público, calcadas na
supremacia do interesse público residente na celeridade do
processo.
Comentário:
Inicialmente, você deve perceber que o comando da questão informa
que a contratação de pessoal visa ao preenchimento de cargos de
natureza técnico-administrativa, e não de direção, chefia ou
assessoramento. Nesse último caso, poderia haver o livre provimento
para cargos em comissão. No entanto, como se trata de provimento de
vagas para exercer função técnico-administrativa na empresa estatal,
deve ser realizado concurso público, a teor do inciso II do art. 37 da
CF/88:
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Art. 37.
II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em
concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a
complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as
nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e
exoneração;
Passemos à análise das alternativas:
Passemos à análise das alternativas:
a) CERTA: A Constituição prevê que o ingresso em cargos em empregos
públicos depende de aprovação em concurso público, ou seja, o texto
da Constituição estabelece uma regra para a contratação de pessoal
na Administração Pública, admitidas exceções previstas na própria
CF/88. Desse modo, a questão apresenta um caso que se enquadra
na regra gera, devendo assim a contratação ser precedida de
concurso público, por expressa determinação constitucional.
b) ERRADA. De fato, a contratação de pessoal para exercer função
técnico-administrativa em empresa estatal carece de prévia
aprovação em concurso público. No entanto, a justificativa
apresentada na questão (em decorrência do princípio da
razoabilidade) não está correta. O princípio da razoabilidade diz
respeito à adequação entre os fins pretendidos e os meios utilizados.
Assim, as contratações por meio de concurso público não decorrem
diretamente desse princípio.
c) ERRADA. A alternativa “c”, a exemplo da anterior, erra ao justificar a
necessidade do concurso público. A continuidade do serviço público
está relacionada à não interrupção das atividades administrativas, o
que não tem relação direta com a realização de concurso público.
d) ERRADA. Vimos anteriormente que a contratação de pessoal para
desempenhar funções técnico-administrativas em estatal depende de
prévia aprovação em concurso público. Assim, não há que se falar em
contratação direta, sem concurso público. Adicionalmente, mesmo
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que se trate de entidade de direto privado da Administração indireta
(empresa estatal), a norma constitucional que estabelece a
necessidade de concurso público abarca cargos e empregos públicos.
Dessa maneira, tem-se mais um erro nesta alternativa.
e) ERRADA. Como dito anteriormente, a contratação de pessoal para
desempenhar funções técnico-administrativas em estatal depende de
prévia aprovação em concurso público.
Resposta: Alternativa a).
11 - 2016 - FCC – PGE/MT - TÉCNICO ADMINISTRATIVO - A nomeação para
cargo público de carreira em caráter efetivo, seguida da tomada de
posse no cargo, envolve
a) a impossibilidade jurídica de o servidor nomeado e empossado vir
a ser exonerado, contra a sua vontade, do cargo que passou a
ocupar.
b) a imediata aquisição da estabilidade no cargo, consistente no
direito de nele permanecer, somente vindo a perdê-lo em virtude
de sentença judicial transitada em julgado ou de processo
administrativo disciplinar no qual lhe seja assegurada ampla
defesa.
c) a observância do requisito da prévia habilitação em concurso
público de provas ou de provas e títulos, obedecida a ordem de
classificação e o prazo de sua validade, tornando-se,
posteriormente, impossível a exoneração do servidor, contra a sua
vontade, do cargo que passou a ocupar.
d) o cumprimento, pelo servidor, de estágio probatório de 2 anos,
podendo ser o mesmo exonerado em caso de avaliação negativa
de sua aptidão e capacidade no desempenho do cargo,
independentemente de processo regular de avaliação.
e) a observância do requisito da prévia habilitação em concurso
público de provas ou de provas e títulos, obedecida a ordem de
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classificação e o prazo de sua validade, assim como a observância
de outros requisitos previstos em lei.
Comentário: a questão envolve conhecimentos acerca do provimento
em cargos públicos efetivos e aquisição de estabilidade. Vamos às
alternativas:
a) ERRADA. Após a posse, o servidor efetivo poderá sim ser exonerado
contra sua vontade. Lembre-se que se o servidor não for aprovado no
estágio probatório, ele deverá ser exonerado (que se refere a
simples dispensa do servidor), e não demitido (que tem condão de
punir o servidor). Vamos relembrar os requisitos para aquisição da
estabilidade:
a. ser aprovado em concurso público;
b. ser nomeado para o cargo efetivo:
c. completar três anos de efetivo exercício:
d. Aprovação em avaliação especial de desempenho por
comissão instituída para essa finalidade.
Adicionalmente, devemos nos lembrar que, se excedido o limite
máximo de despesas com pessoal previsto na Lei Complementar
101/2000 (LRF), o servidor não estável e o não estável poderão perder
o cargo público.
b) ERRADA. Não é imediata a aquisição de estabilidade, no que se refere
ao aspecto temporal, o servidor efetivo somente adquire estabilidade
após três anos de efetivo serviço.
c) ERRADA. A questão traz informações corretas acerca da “prévia
habilitação em concurso público de provas ou de provas e títulos,
obedecida a ordem de classificação e o prazo de sua validade”. No
entanto, erra ao afirmar que é “impossível a exoneração do servidor,
contra a sua vontade, do cargo que passou a ocupar”. Vimos na
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alternativa “a” que o servidor pode sim ser exonerado se não
aprovado no estágio probatório ou se excedido o limite de despesa
com pessoal.
d) ERRADA. O período do estágio probatório é de 3 anos e não de 2,
como informa a questão.
e) CERTA. Esta é a alternativa correta. O art. 37, inciso II da CF/88 prevê
que a regra para a contratação de pessoal na administração pública
prevê prévia aprovação em concurso público de provas ou de provas
e títulos, obedecida a ordem de classificação e o prazo de sua
validade, além do atendimento de outras normas legais.
Resposta: alternativa e).
12 - 2017 - CESPE – TRT 7ª Região – TÉCNICO ADMINISTRATIVO -
Servidor habilitado em concurso público e empossado em cargo de
provimento efetivo, desde que aprovado em avaliação especial de
desempenho por comissão instituída para essa finalidade, adquirirá
estabilidade no serviço público ao completar
a) quatro anos de exercício efetivo.
b) um ano de exercício efetivo.
c) dois anos de exercício efetivo.
d) três anos de exercício efetivo.
Comentário: Questão ultra tranquila. A aquisição de estabilidade no
serviço público ocorre após três anos de efetivo serviço, conforme art.
41 da CF/88.
Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados
para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público.
Ainda que a Lei 8.112/1990 informe que o prazo para aquisição de
estabilidade é de 2 anos (como veremos na próxima aula), o STF
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entende, por óbvio, que a norma constitucional que prevê o prazo de
3 anos (fruto da EC 19/1998), é que a deve balizar os requisitos para
a estabilidade do servidor efetivo.
Resposta: Alternativa d).
13 - 2015 - CESPE – MPU – TÉCNICO ADMINISTRATIVO - O servidor público
federal estável, habilitado em concurso público e empossado em cargo
de provimento efetivo, só perderá o cargo em virtude de sentença
judicial transitada em julgado.
Comentário: Temos quatro hipóteses de perda de cargo de servidor
estável:
1 - em virtude de sentença judicial transitada em julgado;
2 - mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada
ampla defesa;
3 - mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na
forma de lei complementar, assegurada ampla defesa.
4 – excesso de despesa com pessoal, nos termos da lei complementar.
Perceba, assim, que o servidor estável poderá perder a estabilidade
não somente por força de sentença judicial transitada em julgado,
como vimos acima. Dessa maneira, a questão erra ao afirmar que
“público estável 9...) só perderá o cargo por força de decisão judicial
transitada em julgado”.
Resposta: ERRADA.
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QUESTÕES – SEM COMENTÁRIOS
1 - 2017 - CESPE – TCE/PE – ANALISTA DE GESTÃO - João, após aprovação
em concurso público, foi nomeado em 2015 para integrar o quadro de
uma entidade da administração indireta dotada de personalidade
jurídica de direito privado.
Acerca dessa situação hipotética, julgue o item seguinte.
Com a aprovação no referido concurso, João passará a ocupar cargo
público efetivo regido pelo regime jurídico único dos servidores públicos
civis.
2 - 2018 - FCC – TRT 6ª Região – ANALISTA JUDICIÁRIO - Cargos e
empregos públicos recebem da Constituição Federal de 1998 o
tratamento de unidades autônomas de atribuições, para o desempenho
das quais
a) é exigida a aprovação em concurso público de provas ou de provas e
títulos, regra de caráter absoluto, não sujeita a exceções.
b) é exigida a aprovação em concurso público de provas ou de provas e
títulos, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado
em lei de livre nomeação e exoneração e as contratações por tempo
determinado, previstas em lei, para atender à necessidade temporária
de excepcional interesse público.
c) é exigida a aprovação em concurso público de provas ou de provas e
títulos, inclusive para as contratações por tempo determinado e para as
nomeações para cargo em comissão.
d) não é exigida a aprovação em concurso público de provas ou de
provas e títulos, mas em processo seletivo simplificado, em razão da
constitucionalização dos princípios da razoabilidade e eficiência na
gestão da coisa pública.
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e) é exigida a aprovação em concurso público de provas ou de provas e
títulos para a primeira investidura, não o sendo para as demais, em que
o acesso se dá por concurso interno.
3 - CESPE – DPE/PE – DEFENSOR PÚBLICO – Conforme entendimento
atual do STF, é dever da administração pública nomear candidato
aprovado em concurso público dentro das vagas previstas no edital, em
razão do princípio da boa-fé e da proteção da confiança, salvo em
situações excepcionais caracterizadas pela necessidade, superveniência
e imprevisibilidade.
4 - CESPE – FUB – ADMINISTRADOR – É obrigatória a aprovação prévia
em concurso para provimento de quaisquer cargos ou empregos na
administração direta ou indireta, ressalvadas as nomeações para cargos
em confiança, declarados em lei como de livre nomeação e exoneração.
5 – 2017 - CESPE – TCE/PE – ANALISTA DE GESTÃO – Os cargos públicos
podem ser providos somente mediante nomeação em concurso público.
6 - 2018 – FURMARC – PC/MG – DELEGADO - Sobre as hipóteses de perda
do cargo do servidor estável previstas no artigo 41, §1º da CR/88,
a INCORRETA:
a) Excesso de despesa com pessoal
b) Procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma
de lei complementar, assegurada ampla defesa
c) Processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla
defesa.
d) Sentença judicial transitada em julgado.
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7 - 2018 - CESPE – MPU – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – Para exercer função
de confiança na administração pública, o servidor deverá ser ocupante
de cargo efetivo.
8 - 2018 - CESPE – MPU – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – Divulgado o resultado
final de um concurso público para o preenchimento de vagas em cargo
público de natureza civil, da administração direta federal, os aprovados
foram nomeados.
Considerando essa situação hipotética e a legislação pertinente, julgue
o item a seguir.
Com a posse, os aprovados serão investidos no cargo público, mas irão
adquirir estabilidade somente após três anos de efetivo exercício.
9 - 2018 - FCC – TRT 6ª Região – ANALISTA JUDICIÁRIO – Integram o
universo de agentes alcançados pelo teto remuneratório constitucional,
previsto no artigo 37, XI, da Constituição Federal, os servidores públicos
ocupantes de cargos,
a) funções e empregos públicos na Administração direta, autárquica
e fundacional, excluídos os membros de Poderes e os detentores de
mandato eletivo, assim como os empregados de empresas públicas e
sociedades de economia mista dependentes.
b) funções e empregos públicos na Administração direta e na
Administração indireta, excluídos os empregados de empresas públicas
e sociedades de economia mista.
c) funções e empregos públicos na Administração direta, excluídos,
para essa finalidade, os servidores (sentido lato) da Administração
indireta.
d) funções e empregos públicos na Administração direta, autárquica
e fundacional, os membros de quaisquer dos Poderes da União, dos
Estados, do Distrito federal e dos Municípios, os detentores de mandato
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eletivo e os demais agentes políticos, assim como os empregados de
empresas públicas e sociedades de economia mista e subsidiárias
dependentes.
e) na Administração direta e na Administração indireta, excluídos os
detentores de funções e empregos públicos, da Administração direta ou
indireta.
10 - 2016 - FCC – PGE/MT - TÉCNICO ADMINISTRATIVO - Empresa estatal
pretende contratar pessoal para desempenhar funções técnico-
administrativas, não correspondentes às de direção, chefia ou
assessoramento. Para tanto deve
a) abrir processo de concurso público, por exigência da Constituição
Federal.
b) abrir processo de concurso público, em decorrência do princípio da
razoabilidade.
c) abrir processo de concurso público, em decorrência do princípio da
continuidade dos serviços públicos.
d) realizar contratações diretas, sem concurso público, desde que
transparentes, por tratar-se de entidade de direito privado da
Administração indireta e, como tal, não submetida a todos os
deveres típicos do regime de direito público.
e) realizar contratações diretas, sem concurso público, calcadas na
supremacia do interesse público residente na celeridade do
processo.
11 - 2016 - FCC – PGE/MT - TÉCNICO ADMINISTRATIVO - A nomeação para
cargo público de carreira em caráter efetivo, seguida da tomada de
posse no cargo, envolve
a) a impossibilidade jurídica de o servidor nomeado e empossado vir
a ser exonerado, contra a sua vontade, do cargo que passou a
ocupar.
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b) a imediata aquisição da estabilidade no cargo, consistente no
direito de nele permanecer, somente vindo a perdê-lo em virtude
de sentença judicial transitada em julgado ou de processo
administrativo disciplinar no qual lhe seja assegurada ampla
defesa.
c) a observância do requisito da prévia habilitação em concurso
público de provas ou de provas e títulos, obedecida a ordem de
classificação e o prazo de sua validade, tornando-se,
posteriormente, impossível a exoneração do servidor, contra a sua
vontade, do cargo que passou a ocupar.
d) o cumprimento, pelo servidor, de estágio probatório de 2 anos,
podendo ser o mesmo exonerado em caso de avaliação negativa
de sua aptidão e capacidade no desempenho do cargo,
independentemente de processo regular de avaliação.
e) a observância do requisito da prévia habilitação em concurso
público de provas ou de provas e títulos, obedecida a ordem de
classificação e o prazo de sua validade, assim como a observância
de outros requisitos previstos em lei.
12 - 2017 - CESPE – TRT 7ª Região – TÉCNICO ADMINISTRATIVO -
Servidor habilitado em concurso público e empossado em cargo de
provimento efetivo, desde que aprovado em avaliação especial de
desempenho por comissão instituída para essa finalidade, adquirirá
estabilidade no serviço público ao completar
a) quatro anos de exercício efetivo.
b) um ano de exercício efetivo.
c) dois anos de exercício efetivo.
d) três anos de exercício efetivo.
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federal estável, habilitado em concurso público e empossado em cargo
de provimento efetivo, só perderá o cargo em virtude de sentença
judicial transitada em julgado.
GABARITO
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
E B C E E A C C D A
11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
E D E
Compromisso, Dedicação e Foco
Agradeço pela companhia. Não poupe esforços em
busca da realização de seus sonhos!!!
Bons estudos e até a próxima aula!
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