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HOMICÍDIO (ART. 121, Código Penal). Semanticamente, homicídio significa “morte do homem”. O sufixo CÍDIO significa morte. No ordenamento jurídico brasileiro inexiste distinção entre assassinato e homicídio. Assassinato seria aquele homicídio mais romântico. Contudo, o Código penal italiano prevê essa distinção. A morte constitui sempre um tipo penal autônomo, mas sempre que houver outro crime seguido de morte, esta sempre irá agravar a pena. Pr. Ex. O crime de latrocínio (roubo seguido de morte) Os crimes contra a vida são: Homicídio, induzimento, instigação ou auxílio ao suicídio, infanticídio e aborto. E podem ser crimes de dano e de perigo. Todos do capítulo I são de perigo. O estado brasileiro percebe que a morte é um fato tão reprimível que o próprio estado se furta desse direito, salvo em caso de guerra declarada. Sujeito ativo e passivo O ente é considerado nascido para o direito penal, segundo a corrente doutrinária dominante, a partir do momento em que se rompe a bolsa amniótica. Sendo este o liame entre o crime de aborto e homicídio. Pois, antes do rompimento, teremos sempre aborto. Para o Direito Penal, a vida humana cessa a partir do momento em que fica constatada morte encefálica (cerebral) do ser. Porém, a questão é bastante polêmica. Sujeito Passivo Especial – possuem esse rótulo aqueles que são mais bem protegidos pela legislação. O presidente do País, do Senado Federal, da Câmara dos Deputados e do STF. Além destes, o maior de 60 anos e o menor de 14 também recebem proteção, que vem estabelecida no próprio CP. Deve-se utilizar o critério que vem no CP ao invés do ECA, em respeito ao princípio da taxatividade. Gêmeos Xifópagos –

Direito Penal Parte Especial i

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Page 1: Direito Penal Parte Especial i

HOMICÍDIO (ART. 121, Código Penal).

Semanticamente, homicídio significa “morte do homem”. O sufixo CÍDIO significa morte. No ordenamento jurídico brasileiro inexiste distinção entre assassinato e homicídio. Assassinato

seria aquele homicídio mais romântico. Contudo, o Código penal italiano prevê essa distinção.

A morte constitui sempre um tipo penal autônomo, mas sempre que houver outro crime seguido de morte, esta sempre irá agravar a pena. Pr. Ex. O crime de latrocínio (roubo seguido

de morte)

Os crimes contra a vida são: Homicídio, induzimento, instigação ou auxílio ao suicídio, infanticídio e aborto. E podem ser crimes de dano e de perigo.

Todos do capítulo I são de perigo.

O estado brasileiro percebe que a morte é um fato tão reprimível que o próprio estado se furta desse direito, salvo em caso de guerra declarada.

Sujeito ativo e passivo

O ente é considerado nascido para o direito penal, segundo a corrente doutrinária dominante, a partir do momento em que se rompe a bolsa amniótica. Sendo este o liame entre o crime de aborto e homicídio. Pois, antes do rompimento, teremos sempre aborto.

Para o Direito Penal, a vida humana cessa a partir do momento em que fica constatada morte encefálica (cerebral) do ser. Porém, a questão é bastante polêmica.

Sujeito Passivo Especial – possuem esse rótulo aqueles que são mais bem protegidos pela legislação.

O presidente do País, do Senado Federal, da Câmara dos Deputados e do STF. Além destes, o maior de 60 anos e o menor de 14 também recebem proteção, que vem estabelecida no

próprio CP.

Deve-se utilizar o critério que vem no CP ao invés do ECA, em respeito ao princípio da taxatividade.

Gêmeos Xifópagos –

Para que seja cometido o homicídio, há necessidade de existência de cadáver?

Sem o cadáver não será possível haver o exame de corpo de delito, que é a principal prova no processo penal, contudo, para que seja provada a materialidade do fato, outros meios legais

poderão ser utilizados. Uma vez que apenas indícios não são suficientes.

Consumação e tentativa – Como se trata de crime material basta que tenhamos o resultado, ou seja, a morte.

Tentativa – Basta que se inicie a execução e que esta seja interrompida por circunstância alheia a vontade do agente, segundo a teoria objetiva.

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O critério material dispõe que a tentativa irá ocorrer quando o bem jurídico tutelado pelo tipo é colocado em perigo, no entanto, não há um dano.

Observação: É possível haver tentativa mesmo em causa de morte? Sim. Ex. Concausas, autoria colateral.

A diferença entre a tentativa de homicídio e a tentativa de lesão corporal e o art. 132.

CLASSIFICAÇÃO DO CRIEM DE HOMICÍDIO SIMPLES – Crime, comissivo, omissivo (imprópria), consumado, tentado, ação pública, doloso, material, comum, dano, simples, instantâneo de

efeitos permanentes, monosubsistente, monosubjetivo, não transeuntes, crime de ação única e crime de forma livre.

Homicídio Simples e crime hediondo: A lei 8.072/90 traz um rol de crimes ao qual o legislador convencionou chamar de rol dos crimes hediondos. São hediondos porque o legislador

constituinte assim os chamou. Prevê que Será incumbência do legislador infraconstitucional editar lei sobre os crimes hediondos.

No princípio, somente o homicídio cometido em atividade típica de grupo de extermínio, ainda que praticado por uma só pessoa seria crime hediondo, nesse caso teríamos o homicídio

simples como hediondo.

Atendendo ao clamor social, o legislador tipifica o homicídio qualificado como crime hediondo.

É muito, mais muito difícil mesmo que o homicídio simples seja hediondo, porque antes ele será qualificado.

HOMICIDIO PRIVILEGIADO

Se o crime de homicídio (matar alguém).

Imperfeição técnica do parágrafo primeiro do art.121: O crime é privilegiado quando a baliza da pena mínima e máxima da forma simples do tipo são inferiores.

Por isso, a bem da verdade não existe homicídio privilegiado, mas uma minorante. No entanto, toda a doutrina e jurisprudência entendem que o §1º do Art. 121. Trata do homicídio

privilegiado.

São três as circunstâncias que tornam o homicídio privilegiado:

- RELEVANTE VALOR SOCIAL – é o que é relevante para uma sociedade, para uma coletividade, para um grupo de pessoas.

- RELEVANTE VALOR MORAL – é um sentimento muito próximo do que se entende por justiça. O pai que mata o estuprador de sua única filha que não foi punido pela justiça.

Ocorre quando o indivíduo age impelido por razões íntimas, mas que seriam aceitas pelo senso comum.

- SOB O DOMÍNIO DE VIOLENTA EMOÇÃO, LOGO EM SEGUIDA A INJUSTA PROVOCAÇÃO DA VÍTIMA –

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O primeiro aspecto é o que trata da emoção, agir sob o domínio de violenta emoção não se confunde com a influência de emoção.

Trata-se, aqui, daquela emoção capaz de desarrazoar o indivíduo completamente.

UNJUSTA PROVOCAÇÃO DA VÍTIMA- é bom salientar que a agressão não é injusta provocação, pois aquela será causa para legítima defesa que é justificante.

- IMEDIATIDADE ENTRE A PROVOCAÇÃO E A REAÇÃO – Tem que ser imediato. Trta-se daquele furor momentâneo.

EMOÇÃO E PAIXÃO NÃO EXCLUEM A PUNIBILIDADE, MAS REDUZEM A PENA.

Todas as circunstâncias do homicídio privilegiado são se caráter subjetivo, o que significa dizer que em caso de concurso de pessoas elas não se comunicam.

A OBRIGATORIEDADE DA REDUÇÃO DA PENA

É sim obrigatório reduzi-la. O juiz somente trem a liberdade sob o quanto reduzir.

HOMICÍDIO QUALIFICADO – PENA 12 A 30 ANOS.

É sempre crime hediondo.

O homicídio poderá ser qualificado pelos motivos, meios, modos ou finalidade.

MOTIVOS – A) MEDIANTE PAGA OU PROMESSA DE RECOMPENSA OU MEDIANTE MOTIVO TORPE – O motivo é torpe, sendo que a paga e a recompensa são exemplos do que vem a ser

motivo torpe.

TORPE- É o motivo reprovável.

Tanto o contartante como o contratado respo0ndem por homicídio qualificado.

A promessa de recompensa para uns, como Bittencourt, precisa ter natureza econômica.

PREFEITUR