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DIREITO CONSTITUCIONAL 1 DIREITO CONSTITUCIONAL PONTO 1: CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE PONTO 2: a) ADI CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE Só é possível julgamento de ADI/ADC se presentes 8 ministros. Sendo que a maioria absoluta de 6 ministros votam pela constitucionalidade ou não de lei. O EFEITO DÚPLICE ART. 23 1 L 9868. Vai atribuir perante o STF uma natureza ambivalente (juízo de constitucionalidade ou inconstitucionalidade). É possível, mesmo que não se peça ver declarada o juízo de constitucionalidade ou não de norma, art. 24 2 da lei. Art. 26 3 da lei verifica-se o alto grau de definitividade desta decisão. EFEITO ADI em controle concentrado – imaginando que tenha sido julgado procedente a inconstitucionalidade que pode ser total ou parcial. DECLARAÇÃO DE INSCONSTITUCIONALIDADE POR ARRASTAMENTO OU EM CONSEQUENCIA: é proposta uma ADI onde se acusa inconstitucional um art. De lei que cria ou institui um determinado órgão, e há outros 3 artigos que regulam o artigo que se quer declarar inconstitucional, em sendo declarado inconstitucional o artigo irá deixar sem sentidos os outros artigos acessórios a este inconstitucional, nesse caso é também declarado, por arrastamento os demais em comum. Esta declaração pode ser horizontal ou vertical. Nesse exemplo seria vertical, pois está na mesma lei. Horizontal seria uma lei declarada inconstitucional e por arrastamento na mesma lei. Horizontal seria uma lei declarada inconstitucional e por arrastamento declara inconstitucional o decreto que regulou a lei. TRANSCENDÊNCIA DOS MOTIVOS DETERMINANTES DA DECISÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE: não é pacífica, se quer no STF, há discussão de uma reclamação nº 1987 nesse sentido. O que faz coisa julgada é apenas o dispositivo ou se também os motivos que levaram aquela decisão também farão coisa julgada – nesse caso a matéria é controvertida. No caso de leis estaduais serem reproduzidas em outro Estado e o STF julgar uma ADI de lei Estadual e a coisa julgada for apenas quanto ao dispositivo nesse caso só para o Estado de que a lei é primário, mas se for também pelas exposições de motivo abrangerá as demais leis Estaduais de igual conteúdo. 1 Art. 23. Efetuado o julgamento, proclamar-se-á a constitucionalidade ou a inconstitucionalidade da disposição ou da norma impugnada se num ou noutro sentido se tiverem manifestado pelo menos seis Ministros, quer se trate de ação direta de inconstitucionalidade ou de ação declaratória de constitucionalidade. Parágrafo único. Se não for alcançada a maioria necessária à declaração de constitucionalidade ou de inconstitucionalidade, estando ausentes Ministros em número que possa influir no julgamento, este será suspenso a fim de aguardar-se o comparecimento dos Ministros ausentes, até que se atinja o número necessário para prolação da decisão num ou noutro sentido. 2 Art. 24. Proclamada a constitucionalidade, julgar-se-á improcedente a ação direta ou procedente eventual ação declaratória; e, proclamada a inconstitucionalidade, julgar-se-á procedente a ação direta ou improcedente eventual ação declaratória. 3 Art. 26. A decisão que declara a constitucionalidade ou a inconstitucionalidade da lei ou do ato normativo em ação direta ou em ação declaratória é irrecorrível, ressalvada a interposição de embargos declaratórios, não podendo, igualmente, ser objeto de ação rescisória.

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DIREITO CONSTITUCIONAL

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DIREITO CONSTITUCIONAL

PONTO 1: CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE

PONTO 2: a) ADI

CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE Só é possível julgamento de ADI/ADC se presentes 8 ministros. Sendo que a maioria absoluta de 6 ministros votam pela constitucionalidade ou não de lei. O EFEITO DÚPLICE ART. 231 L 9868. Vai atribuir perante o STF uma natureza ambivalente (juízo de constitucionalidade ou inconstitucionalidade). É possível, mesmo que não se peça ver declarada o juízo de constitucionalidade ou não de norma, art. 242 da lei. Art. 263 da lei verifica-se o alto grau de definitividade desta decisão. EFEITO ADI em controle concentrado – imaginando que tenha sido julgado procedente a inconstitucionalidade que pode ser total ou parcial. DECLARAÇÃO DE INSCONSTITUCIONALIDADE POR ARRASTAMENTO OU EM CONSEQUENCIA: é proposta uma ADI onde se acusa inconstitucional um art. De lei que cria ou institui um determinado órgão, e há outros 3 artigos que regulam o artigo que se quer declarar inconstitucional, em sendo declarado inconstitucional o artigo irá deixar sem sentidos os outros artigos acessórios a este inconstitucional, nesse caso é também declarado, por arrastamento os demais em comum. Esta declaração pode ser horizontal ou vertical. Nesse exemplo seria vertical, pois está na mesma lei. Horizontal seria uma lei declarada inconstitucional e por arrastamento na mesma lei. Horizontal seria uma lei declarada inconstitucional e por arrastamento declara inconstitucional o decreto que regulou a lei. TRANSCENDÊNCIA DOS MOTIVOS DETERMINANTES DA DECISÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE: não é pacífica, se quer no STF, há discussão de uma reclamação nº 1987 nesse sentido. O que faz coisa julgada é apenas o dispositivo ou se também os motivos que levaram aquela decisão também farão coisa julgada – nesse caso a matéria é controvertida. No caso de leis estaduais serem reproduzidas em outro Estado e o STF julgar uma ADI de lei Estadual e a coisa julgada for apenas quanto ao dispositivo nesse caso só para o Estado de que a lei é primário, mas se for também pelas exposições de motivo abrangerá as demais leis Estaduais de igual conteúdo.

1 Art. 23. Efetuado o julgamento, proclamar-se-á a constitucionalidade ou a inconstitucionalidade da disposição ou da norma impugnada se num ou noutro sentido se tiverem manifestado pelo menos seis Ministros, quer se trate de ação direta de inconstitucionalidade ou de ação declaratória de constitucionalidade.

Parágrafo único. Se não for alcançada a maioria necessária à declaração de constitucionalidade ou de inconstitucionalidade, estando ausentes Ministros em número que possa influir no julgamento, este será suspenso a fim de aguardar-se o comparecimento dos Ministros ausentes, até que se atinja o número necessário para prolação da decisão num ou noutro sentido.

2 Art. 24. Proclamada a constitucionalidade, julgar-se-á improcedente a ação direta ou procedente eventual ação declaratória; e, proclamada a inconstitucionalidade, julgar-se-á procedente a ação direta ou improcedente eventual ação declaratória. 3 Art. 26. A decisão que declara a constitucionalidade ou a inconstitucionalidade da lei ou do ato normativo em ação direta ou em ação declaratória é irrecorrível, ressalvada a interposição de embargos declaratórios, não podendo, igualmente, ser objeto de ação rescisória.

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RECLAMAÇÃO 2363/2886 – GILMAR MENDES – eficácia que transcende o caso singular alcance do efeito vinculante que não se limita. RECLAMAÇÃO 4219 – o julgamento atualmente permanece suspenso, enquanto isso nenhum ministro monocraticamente irá tomar essa decisão até o encerramento deste julgamento. ADI é julgada procedente – os efeitos são: eficácia contra todos ‘erga omnis’ inerente ao controle concentrado contra todos ‘erga omnis’ inerente ao controle concentrado de constitucionalidade vale também para ADPF e ADC. QUANTO A EFICÁCIA TEMPORAL: para o STF é ‘ex tunc’. (retroativa, desde sempre). Kelsen acreditava ser ‘ex nunc’. O mais importante é o que a Corte Suprema entende. A nulidade absoluta da norma inconstitucional, ou seja, em momento algum produziu efeito válidos. EFEITO REPRESTINATÓRIO a declaração de inconstitucionalidade de norma posterior e por conseqüência a volta a eficácia de norma anterior (revogada pela norma posterior) produzindo seus efeitos. EFEITO REPRESTINATÓRIO INDESEJADO: temos uma lei regulando uma determinada matéria, lei posterior passa a regula aquela matéria e reproduz alguns dispositivos da lei anterior e revoga a lei anterior, mas a lei posterior é declarada inconstitucional, inclusive os dispositivos reproduzidos por esta o da lei anterior, nesta situação o STF deverá afastar todo o EFEITO REPRESTINATÓRIO INDESEJADO, isto é, declarando inclusive os artigos que a lei posterior havia aproveitado da lei anterior. É preciso pedir na petição o afastamento do EFEITO REPRESTINATÓRIO INDESEJADO. Há julgamentos ainda pendentes pelo STF no sentido de não declarar o efeito, mas julgar procedente ADI e afastando o efeito represtinatório indesejado, podendo ser a melhor decisão. A ADI é imprescritível por ser uma nulidade absoluta. Às vezes a lei está a anos produzindo efeitos, mas tais efeitos são nulos, nesse caso, teremos relações jurídicas que até faticamente não poderão mais ser desfeitos, ou desfazer tais efeitos traria uma insegurança jurídica. Às vezes uma ADI julgada procedente traria uma enorme insegurança jurídica trazendo dois conflitos de normas maiores constitucionais. ADPF 54 – questão da interrupção da gravidez de feto anencefálico julgado procedente. Se tivesse sido improcedente – o efeito de uma medida cautelar teria que se desfazer, mas em caso de um abordo feito não teria como reverter, em determinados momentos a realidade se impõe. Art. 274 da lei. POSSIBILIDADE DE MODULAÇÃO/MANIPULAÇÃO dos efeitos da decisão de inconstitucionalidade. ‘a norma mesmo inconstitucional produziu efeitos total ou parcialmente ou mantendo os efeitos por algum tempo’. Este entendimento é controverso. Servidores acusados de um crime e os defensores públicos estaduais o defenderiam. Esta norma foi atacada por ADI, pois as funções dos defensores públicos deveriam defender os necessitados, ao final do julgamento declarou procedente a ADI mantendo os efeitos válidos esperando o término dos processos já em curso.

4 Art. 27. Ao declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, e tendo em vista razões de segurança jurídica ou de excepcional interesse social, poderá o Supremo Tribunal Federal, por maioria de dois terços de seus membros, restringir os efeitos daquela declaração ou decidir que ela só tenha eficácia a partir de seu trânsito em julgado ou de outro momento que venha a ser fixado.

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Art. 4º5 lei 11.417. Técnica alternativa ou intermediária de decisão no processo ou controle de constitucionalidade.

ADI 2154 – pendente de julgamento. Modulação de efeito da decisão de constitucionalidade – ex: COFINS instituída através

de LC – discutia-se se a CF exigia LC ou não. Como havia dúvida então o presidente encaminha um projeto ao CN que foi aprovada LC nº 70 – trazia isenção para sociedades civis (sociedade de advogados). Em 1995 a lei 9430 revogou esta isenção o que gerou muita discussão, pois lei ordinária derrogou LC. O STJ disse que não poderia declarando improcedente a revogação e editando súmula nesse sentido. Chegou ao STF por REXT a discussão onde disseram que as contribuições sociais não precisam de LC, sendo que a LC materialmente é lei ordinária declarando constitucional a revogação da lei ordinária, e não foi admitindo a modulação dos efeitos. REXT 377457.

Possibilidade de medidas cautelares em ADI – art. 102, inc. I CF c/c a Lei 9968. É

preciso ‘periculum in mora’ e ‘fumus boni juris’. Da decisão monocrática não cabe recurso algum. O próprio relator leva sua decisão para ser referendada ou não pelo pleno.

Art. 106 – concessão da medida. Art. 11, §1º7 – eficácia ‘ex nunc’ – exceção: ‘ex tunc’.

ADC (AÇÃO DECLARATÓRIA DE CONSTITUCIONALIDADE) acrescido pela EC nº 3. – quanto ao efeito vinculante: art. 102 ‘a’8 CF. Para ser legítima a ADC é preciso comprovar a controvérsia relevante. Art. 14 da lei 98689. 5 Art. 4o A súmula com efeito vinculante tem eficácia imediata, mas o Supremo Tribunal Federal, por decisão de 2/3 (dois terços) dos seus membros, poderá restringir os efeitos vinculantes ou decidir que só tenha eficácia a partir de outro momento, tendo em vista razões de segurança jurídica ou de excepcional interesse público. 6 Art. 10. Salvo no período de recesso, a medida cautelar na ação direta será concedida por decisão da maioria absoluta dos membros do Tribunal, observado o disposto no art. 22, após a audiência dos órgãos ou autoridades dos quais emanou a lei ou ato normativo impugnado, que deverão pronunciar-se no prazo de cinco dias.

7 Art. 11. Concedida a medida cautelar, o Supremo Tribunal Federal fará publicar em seção especial do Diário Oficial da União e do Diário da Justiça da União a parte dispositiva da decisão, no prazo de dez dias, devendo solicitar as informações à autoridade da qual tiver emanado o ato, observando-se, no que couber, o procedimento estabelecido na Seção I deste Capítulo.

§ 1o A medida cautelar, dotada de eficácia contra todos, será concedida com efeito ex nunc, salvo se o Tribunal entender que deva conceder-lhe eficácia retroativa.

8 Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe: a) a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou estadual e a ação declaratória de constitucionalidade de lei ou ato normativo federal; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993) § 2º As decisões definitivas de mérito, proferidas pelo Supremo Tribunal Federal, nas ações diretas de inconstitucionalidade e nas ações declaratórias de constitucionalidade produzirão eficácia contra todos e efeito vinculante, relativamente aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

9 Art. 14. A petição inicial indicará:

I - o dispositivo da lei ou do ato normativo questionado e os fundamentos jurídicos do pedido;

II - o pedido, com suas especificações;

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Art. 102. ‘l’10 CF – garantia de autoridade das decisões. Quando editada art. 28, parágrafo único11 lei 9868.

III - a existência de controvérsia judicial relevante sobre a aplicação da disposição objeto da ação declaratória.

Parágrafo único. A petição inicial, acompanhada de instrumento de procuração, quando subscrita por advogado, será apresentada em duas vias, devendo conter cópias do ato normativo questionado e dos documentos necessários para comprovar a procedência do pedido de declaração de constitucionalidade.

10 Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe: l) a reclamação para a preservação de sua competência e garantia da autoridade de suas decisões;

11 Art. 28. Dentro do prazo de dez dias após o trânsito em julgado da decisão, o Supremo Tribunal Federal fará publicar em seção especial do Diário da Justiça e do Diário Oficial da União a parte dispositiva do acórdão.

Parágrafo único. A declaração de constitucionalidade ou de inconstitucionalidade, inclusive a interpretação conforme a Constituição e a declaração parcial de inconstitucionalidade sem redução de texto, têm eficácia contra todos e efeito vinculante em relação aos órgãos do Poder Judiciário e à Administração Pública federal, estadual e municipal.