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AEDITORAFORENSEseresponsabilizapelosvciosdoprodutonoqueconcernesuaedio(impressoeapresentaoafimdepossibilitaraoconsumidorbemmanuse-loel-lo).Nemaeditoranemoautorassumemqualquerresponsabilidadeporeventuaisdanosouperdasapessoaoubens,decorrentesdousodapresenteobra.Todososdireitosreservados.NostermosdaLeiqueresguardaosdireitosautorais,proibidaareproduototalouparcialdequalquerformaouporqualquermeio,eletrnicooumecnico, inclusiveatravsdeprocessosxerogrficos,fotocpiaegravao,sempermissoporescritodoautoredoeditor.
ImpressonoBrasilPrintedinBrazil
DireitosexclusivosparaoBrasilnalnguaportuguesaCopyright2016byEDITORAFORENSELTDA.UmaeditoraintegrantedoGEN|GrupoEditorialNacionalRuaConselheiroNbias,1384CamposElsios01203-904SoPauloSPTel.:(11)5080-0770/(21)[email protected]/www.grupogen.com.br
Otitularcujaobrasejafraudulentamentereproduzida,divulgadaoudequalquerformautilizadapoderrequereraapreensodosexemplaresreproduzidosouasuspensodadivulgao,semprejuzodaindenizaocabvel(art.102daLein.9.610,de19.02.1998).Quemvender,expuservenda,ocultar,adquirir,distribuir,tiveremdepsitoouutilizarobraoufonogramareproduzidoscomfraude,coma finalidadedevender,obterganho,vantagem,proveito, lucrodiretoou indireto,parasiouparaoutrem,sersolidariamente responsvel com o contrafator, nos termos dos artigos precedentes, respondendo como contrafatores oimportadoreodistribuidoremcasodereproduonoexterior(art.104daLein.9.610/98).
Capa:DaniloOliveiraProduodigital:Geethik
Fechamentodestaedio:26.02.2016
CIPBrasil.Catalogao-na-fonte.SindicatoNacionaldosEditoresdeLivros,RJ.
Alexandre,RicardoDireito tributrioesquematizado /RicardoAlexandre.10.ed. rev.,atual.eampl.RiodeJaneiro:Forense;SoPaulo:MTODO,2016.
IncluibibliografiaISBN978-85-309-7035-2
1.Direitotributrio-Brasil-Snteses,compndios,etc.I.Ttulo
07-1867 CDU:34:351.713(81)
9.ed.,1.tir.:fev./2015;2.tir.:mai./2015;3.tir.:set./2015.
mailto:[email protected]://www.grupogen.com.brhttp://www.geethik.com
Umprofessorsempreafetaaeternidade.Elenuncasaberondesuainflunciatermina.
HENRYADAMS
minhame,Sonia,pelahistriadevida,peloamor,peladedicao;
Aosmeusirmos,JaquelineeJnior,que,mesmoadistncia,mantm-sepresentes;
EvelynePeixoto,porsuperarosonhadornacertezadaconcretizaodosonho;
ACristianoPimentel,pordisponibilizaroseubrilhantismoparaoenriquecimentodaobra;
ProcuradoriadaFazendaNacional,ReceitaFederaldoBrasileaoMinistrioPblicodeContasdePernambuco,pelos
anosdeexperinciaquemehabilitaramachegarataqui;
Eprincipalmenteaeles,meusalunos,presenciaisemRecifeevirtuaisemtodooBrasil,incentivadores
edestinatriosdetodootrabalho.
NotadaEditora:oAcordoOrtogrf icofoiaplicadointegralmentenestaobra.
Desde a primeira edio desta obra, confessei a pretenso de enfrentar diretamente a rpida efrequente evoluo da legislao e da jurisprudncia tributria brasileira. O objetivo principal era apreparaoemaltonvelparaasprovasdeDireitoTributriodosmaisimportantesconcursospblicosdoPas.Desdeaquelaedioinaugural,fuisurpreendidopeloscaminhostrilhadospelaobra.Apardeatender seu objetivo, tornando-se material de referncia na preparao para concursos, o nossoesquematizadoganhouomundoacadmico,ehojemedoorgulhodeseradotadocomolivrotextoeminmerasuniversidadesdoBrasil.Almdisso, temsidocadavezmaisutilizadoporprofissionaisqueprecisamconhecercomooordenamentojurdico-tributrioentendidopelosrgosconstitucionalmentelegitimadosadizerodireitoaplicvelacadacaso,compoderescoercitivoseaforadacoisajulgada.
Estaobradestina-sea todosaquelesquebuscamentenderoDireitoTributriobrasileiroda formacomofoilegisladoetendoporparmetrosuainterpretaojurisprudencial,principalmentenombitodoSuperiorTribunaldeJustiaedoSupremoTribunalFederal,guardiesdaleifederaledaConstituioFederal,respectivamente.Assim,sodestinatriosdotrabalhoosprofissionaisquelidamcomoDireitoTributrio,osestudantesquenoqueremsealhearprticae,claro,oscandidatosacargoseempregosnoserviopblico.
Nessalinha,se,conformeafirmamosnorte-americanos,aConstituioealeisooqueaSupremaCorte diz que elas so, o objetivo desta obra , tomando o STF e o STJ como guias, dizer o queefetivamentesooCdigoTributrioNacionaleaConstituioTributriaBrasileira,possibilitandoaoestudante,aoprofissionaleaocandidatoacargoouempregopblico,umamaiorsegurananabuscadaconsecuodosrespectivosdesgnios.
Tenho tambm o orgulho de haver introduzido uma novametodologia, hoje copiada por inmerosmanuaisdedireito.Falodacitaonoprpriotextodolivroenoapenasemexercciosdefixaodaquiloque,emsaladeaula,apelidocomojurisprudnciadebanca.Trata-sedealgoquemeajudoumuitonapreparaoparaosvriosconcursospblicosquepessoalmentefiz.NoslivroseCdigosqueutilizei,sempreescrevianotaesdotipoparaaESAF,assim,jparaoCESPE,aFGVeaFCCoentendimento correto desta outra forma. Tais anotaes, que tanto contriburam para minhasaprovaes,passaramaconstardolivro,paracolaborarcomasaprovaesdosmeusleitores.
Essa tcnicade ter asprovascomo referncia foi completadacoma introduodeumcadernodequestesparaqueoprofissional,oestudante,ocandidatoafiramoseusnveisdeaprendizagem.
Acadaedio,oobjetivoderadicalatualizaojurisprudencialacompanhadodeumarevisocompara-brisaseretrovisor.Peloretrovisor,vejooquepassouduranteotempotranscorridoentreaedio
anterior e a que est sendo lanada, fazendouma revisode questes, decises judiciais e novidadesdoutrinrias. Pelo para-brisa, tento olhar para o futuro e introduzir no texto as novidades queprovavelmenteserocobradasnofuturo.
Adotando este mtodo, nesta dcima edio, merecem destaque, dentre outras, as mudanas einseresrelativasaosseguintespontos:
AadaptaodediversostpicosaoNovoCdigodeProcessoCivil(Lei13.105/2015);AEmendaConstitucional87/2015easnovidadesrelativasincidnciadoICMSnasoperaesinterestaduais(item13.2.2.5);AdecisodoSTFacercadaconstitucionalidadedarequisiodiretapelasautoridadesfiscaisdedadosprotegidosporsigilobancrio(itens2.6.3,12.2.1e12.2.2.2.2);O detalhamento da imunidade das sociedades de economiamista que atuam na rea de sade(item2.13.4.1);A aprovao, com mudana de redao, da converso da Smula 724, do STF, na SmulaVinculante52(item2.13.4.3);ArejeiodoprojetodeconversoemSmulaVinculantedoEnunciado730daSmuladoSTF,apesardamanutenodoentendimentonelaveiculado(item2.13.4.3);Anovaredaodotpicorelativonormaantielisofiscal,comoaprofundamentodasteoriasdaconsideraoeconmicadofatogeradoredobusinesspurposetest(item5.6);A readequao de parte do item 6.6.2 (Responsabilidade de terceiros decorrentes de atuaoirregular)aosentendimentosmaisrecentesdoSTJ;Asuspensodaexigibilidadedocrditotributrioemvirtudedeinterposiodereclamaoourecursoadministrativointempestivoouincabveleainaplicabilidadedamesmateoriaquandoareclamaoouorecursonoquestionamolanamentotributrio(item8.3);Aadaptaodoitem9.1.1.7.1smaisrecentesdecisesdoSTJ,relativasrepetiodeindbitodeICMScobradosobreaprestaodeserviosconcedidos;O entendimento do STF no sentido da inaplicabilidade da SmulaVinculante 8 cobrana decrditosdenaturezanotributria(item9.1.5.4.3);O entendimento do STJ no sentido da manuteno da fluncia do prazo prescricional mesmoquando o devedor excludo de programa de parcelamento continua a pagar as parcelasvoluntariamente(item9.1.6.1.3);ApacificaodajurisprudnciadoSTJnosentidodanecessidadedeexaurimentodasdilignciasfiscaisnabuscadebenspenhorveis como requisitoparadeclaraoda indisponibilidadedosbensdoexecutado(item11.2.3);AaplicaodoprincpiodadivisibilidadedaleideformaapossibilitaracobranadoIPTUpelaalquota mnima quando da decretao de inconstitucionalidade de progressividade fiscalestabelecidaanteriormenteaoadventodaEC29/2000(13.3.1.1);As diferenas entre os tratamentos dados pelo STJ ao imvel rural includo em rea dePreservaoPermanente(APP)eobjetoderestrioadministrativadeproibiodeconstruireo
imvelruralinvadidopeloMSTnotocanteaofatogeradordoITR(item13.3.1.4);A no incidncia do IPI na alienao de produto que no passou por novo processo deindustrializaoapsodesembaraoaduaneiro(item13.1.4.5);AmudanadeentendimentodoSTFacercadaincidnciadoIPInaimportaoporpessoafsicadebemparausoprprio(item13.1.4.5);OdetalhamentodadiferenciaoentreasbasesdeclculodeIPTUeITBI(item13.3.2.5).
Comosempre,agradeopelaindispensvelajudadoscolegasconcurseirosdetodooBrasilque,com suas crticas e sugestes, tm dado uma colaborao incalculvel para manter o nossoesquematizadoatendendoaosanseiosdeseuexigentepblico-alvo.
mailto:[email protected]
AEditoraMtodo,desdeasuacriao,sempretevecomoobjetivoforneceromelhorcontedoaosestudanteseprofissionaisdoDireito.Paraatingiressepropsito,buscaosautoresmaiscapacitadoseprestigiadosdomercado,voltadosespecialmenteparaaelaboraodecontedojurdicodirecionadoaestudanteseprofissionais.
Acreditando sempre namelhoria qualitativa e na evoluo do processo de ensino-aprendizagem ebusca pela informao, nesta 9. edio do consagrado livro Direito Tributrio Esquematizadoinclumos trechos de videoaulas para introduzir ou complementar determinado tema abordado peloProfessorRicardoAlexandre.Dessaforma,pudemosintegraraexposiodecontedoimpressocomaoral,conferindodinmicaaoprocessodeconstruodoconhecimento.
O acesso s aulas simples: pormeio deQRCodes ouURL, posicionados em alguns pontos dotexto,possvelvisualizarasvideoaulasemseucelularoucomputador.Essespontosestoindicadosnosumriopelosmbolo:
Procureporquadroscomoomodeloabaixo:
Esperamos que aproveitem essa nova ferramenta de aprendizagem e desejamos sucesso em seusestudos!
http://goo.gl/McdO34
1.11.21.3
1.3.11.3.21.3.31.3.41.3.5
1.4.11.4.2
1.4.2.11.4.2.2
1.4.31.4.3.11.4.3.21.4.3.31.4.3.4
1.4.41.4.4.1
1.4.51.4.5.11.4.5.21.4.5.3
1.4.61.4.6.11.4.6.21.4.6.31.4.6.4
LISTADEABREVIATURAS
1. NOESINTRODUTRIASOdireitotributriocomoramododireitopblicoAtividadefinanceiradoEstadoDefiniodetributo
Prestaopecuniria,emmoedaoucujovalornelasepossaexprimirPrestaocompulsriaPrestaoquenoconstituisanodeatoilcitoPrestaoinstitudaemleiPrestaocobradamedianteatividadeadministrativaplenamentevinculada
1.4 OsTributosemespciesAdeterminaodanaturezajurdicaespecficadotributoOsimpostos
AcriaodosimpostosOsimpostoseoprincpiodacapacidadecontributiva
AstaxasTaxasdepolciaTaxasdeservioAbasedeclculodastaxasTaxasepreospblicosNotasdistintivas
AscontribuiesdemelhoriaOclculodacontribuiodemelhoria
OsemprstimoscompulsriosCompetncia,casoseformadeinstituioDestinaodaarrecadaoRestituio
AscontribuiesespeciaisContribuiessociaisContribuiesdeSeguridadeSocialeoutrascontribuiessociaisContribuiessociaisgeraisContribuiesdeIntervenonoDomnioEconmicoCIDE
1.4.6.5
1.4.6.5.11.4.6.5.2
1.4.6.61.5
1.5.1
1.5.2
1.5.31.5.41.5.5
1.5.6
1.5.7
1.5.8
2.12.22.3
2.3.12.3.2
2.42.5
2.5.12.5.22.5.32.5.4
2.62.6.12.6.2
2.6.2.1
ContribuiesdeinteressedascategoriasprofissionaisoueconmicasContribuiescorporativas
ContribuiosindicalContribuiescorporativasparaocusteiodasentidadesdefiscalizaodoexercciodeprofissesregulamentadas
AContribuiodeIluminaoPblicaCOSIPClassificaesdoutrinriasdostributos
Quantodiscriminaodasrendasporcompetncia:federais,estaduaisoumunicipaisQuantoaoexercciodacompetnciaimpositiva:privativos,comunseresiduaisQuantofinalidade:fiscais,extrafiscaiseparafiscaisQuantohiptesedeincidncia:vinculadosenovinculadosQuantoaodestinodaarrecadao:daarrecadaovinculadaedaarrecadaonovinculadaQuantopossibilidadederepercussodoencargoeconmico-financeiro:diretoseindiretosQuantoaosaspectosobjetivosesubjetivosdahiptesedeincidncia:reaisepessoaisQuantosbaseseconmicasdeincidnciaAclassificaodoCTN
2. LIMITAESCONSTITUCIONAISAOPODERDETRIBUTARArelaotributriacomorelaojurdicaAsgarantiascomorolnoexaustivoQuandoasgarantiasconfiguramclusulasptreas
AslimitaesqueconstituemgarantiasindividuaisdocontribuinteAslimitaesqueconstituemproteoaoutrasclusulasptreas
Princpiosouregras?Alegalidade
DemaismatriassujeitasreservalegalExceesaoprincpioLegalidadeedelegaolegislativaLegalidadeemedidaprovisria
PrincpiodaisonomiaAcepesdoprincpioAisonomiatributrianajurisprudnciadoSupremoTribunalFederal
Acontribuioprevidenciriadosservidoresinativos
2.6.2.22.6.2.32.6.2.4
2.6.32.7
2.7.12.7.1.12.7.1.2
2.7.22.7.2.12.7.2.22.7.2.3
2.7.32.7.3.12.7.3.2
2.82.8.12.8.22.8.32.8.42.8.5
2.92.10
2.10.12.10.2
2.10.32.10.3.12.10.3.2
2.112.122.13
2.13.1
2.13.32.13.3.1
DiscriminaodeservidoresdediferentesesferasDiscriminaocombasenafunoouocupaoexercidaDiscriminaoentreasempresaslucrativasedeficitriasOSimplesDiscriminaoentreempresascombasenaatividadeexercida
IsonomiaecapacidadecontributivaOprincpiodanosurpresa
PrincpiodairretroatividadeIrretroatividadeeCSLLIrretroatividadeeIR
PrincpiodaanterioridadedoexercciofinanceiroExceesanterioridadedoexercciofinanceiroAnterioridadeerevogaodebenefciosfiscaisAnterioridadeemedidasprovisrias
PrincpiodaanterioridadenonagesimalounoventenaNoventenaemedidasprovisriasExceesnoventena
PrincpiodonoconfiscoAconfiguraodeconfiscoPerspectivasdinmicaeestticadatributaodopatrimnioPenadeperdimentoeconfiscoTaxaseprincpiodonoconfiscoMultaseprincpiodonoconfisco
PrincpiodaliberdadedetrfegoVedaesEspecficasUnioAProteoaopactofederativo
OprincpiodauniformidadegeogrficadatributaoVedaoutilizaodoIRcomoinstrumentodeconcorrnciadeslealPrincpiodauniformidadedatributaodarendaPrincpiodavedaosisenesheternomas
IsenesheternomasconstitucionalmentepermitidasOcasodaisenodecorrentedetratadointernacional
PrincpiodanodiscriminaobaseadaemprocednciaoudestinoExignciadeleiespecficaparaconcessodebenefciosfiscaisImunidades
Diferenciaodeinstitutosassemelhados 2.13.2 Imunidadeseisenes
ClassificaesdoutrinriasdasimunidadestributriasQuantoaoparmetroparaconcesso:imunidadessubjetivas,
2.13.3.22.13.3.32.13.3.42.13.3.5
2.13.42.13.4.12.13.4.22.13.4.3
2.13.4.42.13.5
2.13.5.12.13.5.2
2.13.6
3.1
3.1.13.1.1.1
3.1.1.23.1.1.3
3.1.23.1.3
3.1.3.13.1.3.23.1.3.33.1.3.4
3.1.3.4.13.1.3.4.2
3.23.2.1
3.2.1.13.2.1.2
objetivasemistasQuantoorigem:ontolgicasepolticasQuantoaoalcance:geraiseespecficasQuantoformadepreviso:explcitaseimplcitasQuantonecessidadederegulamentao:incondicionadasecondicionadas
AsimunidadestributriasemespcieAimunidadetributriarecprocaAimunidadetributriareligiosaAimunidadetributriadospartidospolticos,sindicatosdetrabalhadoreseentidadeseducacionaiseassistenciaissemfinslucrativosAimunidadetributriacultural
ImunidadetributriadamsicanacionalDetalhamentodoobjetodaimunidadeTributosabrangidos
DemaisimunidadesprevistasnaCF/1988
3. COMPETNCIATRIBUTRIA&LEGISLAOTRIBUTRIACompetnciaparalegislarsobredireitotributrioecompetnciatributriaDiferenas
CompetnciaparalegislarsobredireitotributrioOCdigoTributrioNacionalcomonormageralemmatriatributriaTeoriadarecepoAregulaodaslimitaesconstitucionaisaopoderdetributarAsdisposiessobreconflitosdecompetncia
CompetnciatributriaArepartiodacompetnciatributria
AcompetnciatributriaprivativaAcompetnciatributriacomumCompetnciatributriacumulativaBitributaoebisinidem
BisinidemBitributao
LegislaotributriaAsleis
AleiemsentidoestritoAsmedidasprovisrias
3.2.1.33.2.1.43.2.1.53.2.1.6
3.2.23.2.2.1
3.2.2.1.1
3.2.2.1.2
3.2.2.1.3
3.2.2.1.43.2.33.2.4
3.2.4.13.2.4.2
3.2.4.3
3.2.4.4
3.33.3.13.3.2
3.3.2.13.3.2.1.1
3.3.2.1.2
3.3.2.23.3.2.3
3.3.3.13.3.3.2
3.3.3.2.13.3.3.2.2
AsleisdelegadasAsresoluesdoSenadoFederalOsdecretoslegislativosOsdecretos-leis
TratadoseconvenesinternacionaisOart.98doCTN
OimpactodotratadointernacionalsobreodireitointernoOstratadosinternacionaisealegislaotributriasupervenienteAvisodoSTFTratadosnormativosecontratuaisealegislaotributriasupervenienteAvisodoSTJOAcordoGeralsobreTarifaseComrcio(GATT)
OsdecretosAsnormascomplementares
OsatosnormativosexpedidospelasautoridadesadministrativasAsdecisesdosrgoscoletivosesingularesdejurisdioadministrativaaquealeiatribuaeficcianormativaAsprticasreiteradamenteobservadaspelasautoridadesadministrativasOsconvniosqueentresivenhamacelebraraUnio,osEstados,oDistritoFederaleosMunicpios
VignciaeaplicaodalegislaotributriaValidade,vignciaeeficciaNoesgeraisVignciadalegislaotributrianoCTN
VignciaespacialAextraterritorialidadeprevistaemconvniodecooperaoAextraterritorialidadeprevistaemnormageralnacional
VignciatemporalOart.104doCTNeoprincpiodaanterioridade
3.3.3 AplicaodalegislaotributriaPrincpiodairretroatividadenoCTNExceeslegaisaoprincpiodairretroatividade
AleiexpressamenteinterpretativaAleimaisbenficaacercadeinfraesepenalidades
4.14.2
4.2.14.2.2
4.34.3.14.3.24.3.3
4.54.5.1
5.15.25.35.4
5.4.15.4.25.4.35.4.4
5.4.4.15.4.4.25.4.4.3
5.55.65.7
5.7.15.7.25.7.3
5.7.3.15.7.4
6.1
4. INTERPRETAOEINTEGRAODALEGISLAOTRIBUTRIANoesGeraisdeinterpretaoCritriosdeinterpretao
InterpretaoquantofonteInterpretaoquantoaosefeitosouresultados
InterpretaodalegislaotributrianoCdigoTributrioNacionalAinterpretaonecessariamenteliteraldedeterminadosinstitutosAinterpretaobenignaemmatriadeinfraesPrincpiosdedireitoprivadoeprincpiosdedireitopblico
4.4 OprincpiodopecunianonoletIntegraodalegislaotributria
Discricionariedadeinterpretativaelimitaesaousodastcnicasdeintegrao
5. OBRIGAOTRIBUTRIAConsideraesiniciaisObrigaotributriaprincipalObrigaotributriaacessriaTeoriadofatogerador
FatogeradordaobrigaoprincipalFatogeradordaobrigaoacessriaFatogeradoreprincpiodalegalidadeOmomentodaocorrnciadofatogerador
FatogeradordefinidocombaseemsituaodefatoFatogeradordefinidocombaseemsituaojurdicaAssituaesjurdicascondicionadas
Evaso,elisoeelusotributriaNormageralantielisofiscalElementossubjetivosdaobrigaotributria
SujeitoativodaobrigaotributriaSujeitopassivodaobrigaotributriaSolidariedade
CaractersticasdasolidariedadeCapacidadetributriapassiva
5.8 Domicliotributrio
6. RESPONSABILIDADETRIBUTRIAConsideraesiniciais
6.26.36.4
6.4.16.4.2
6.4.2.16.4.2.2
6.56.5.1
6.5.1.16.5.1.2
6.5.26.5.36.5.4
6.5.4.1
6.5.4.26.5.4.3
6.66.6.16.6.2
6.76.7.1
7.17.1.17.1.27.1.37.1.47.1.5
7.1.5.17.1.5.27.1.5.3
7.1.6
ModalidadesderesponsabilidadeResponsabilidadeportransfernciaResponsabilidadeporsubstituio
SubstituiotributriaregressivaSubstituiotributriaprogressiva
AconstitucionalidadedasistemticadasubstituioprogressivaAquestodarestituio
DisciplinalegaldaresponsabilidadeporsucessoAresponsabilidadedoadquirentedebensimveis
OcasodaapresentaodecertidonegativaOcasodaarremataoemhastapblica
AresponsabilidadedoadquirenteouremitentedebensmveisAresponsabilidadenasucessocausamortisAresponsabilidadenasucessoempresarial
Aresponsabilidadenafuso,incorporao,transformao,cisoeextinodepessoasjurdicasOscasosdeextinodasociedadeAresponsabilidadedoadquirentedefundodecomrcioouestabelecimento
ResponsabilidadedeterceirosResponsabilidadedeterceirosdecorrentesdeatuaoregularResponsabilidadedeterceirosdecorrentesdeatuaoirregular
ResponsabilidadeporinfraesResponsabilidadepessoaldoagente
6.7.2 Dennciaespontneadeinfraes
7. CRDITOTRIBUTRIOELANAMENTOCrditotributrioelanamento
CompetnciaparalanarLanamentocomoatividadevinculadaLegislaomaterialeformalaplicvelaoprocedimentodelanamentoTaxadecmbioaplicvelaoprocedimentodelanamentoAlteraodolanamentoregularmentenotificado
ImpugnaopelosujeitopassivoRecursodeofcioerecursovoluntrioIniciativadeofciodaautoridadeadministrativa
ErrodedireitoeerrodefatoPossibilidadedealteraodolanamento 7.2 Modalidadesdelanamento
7.2.17.2.2
7.2.2.17.2.2.2
7.2.37.2.4
8.18.28.38.48.58.6
8.6.28.6.3
8.7
9.19.1.1
9.1.1.19.1.1.29.1.1.39.1.1.4
9.1.1.4.1
9.1.1.4.2
9.1.1.4.39.1.1.59.1.1.69.1.1.7
9.1.1.7.19.1.1.7.29.1.1.7.3
LanamentodeofciooudiretoLanamentopordeclaraooumisto
RetificaodedeclaraoLanamentoporarbitramento
LanamentoporhomologaoouautolanamentoModalidadesdelanamentoeautonomia
8. SUSPENSODAEXIGIBILIDADEDOCRDITOTRIBUTRIOConsideraesiniciaisDepsitodomontanteintegralReclamaeserecursosnoprocessoadministrativofiscalLiminaremmandadodeseguranaLiminaroututelaantecipadaemoutrasespciesdeaojudicialMoratria
8.6.1 MoratriaparceladaeparcelamentoDiferenciaoCrditosabrangidospelamoratriaMoratriaindividualedireitoadquirido
Parcelamento
9. EXTINODOCRDITOTRIBUTRIOConsideraesIniciais
PagamentoCumulatividadedasmultasPagamentoepresunescivilistasLocaleprazoparapagamentoEfeitosdamoraemdireitotributrio
Jurosdemora,multademoraecorreomonetriaDiferenasTermoinicialdaflunciadejurosedamultademoraProcessoadministrativodeconsulta
FormadepagamentoImputaoempagamentoPagamentoindevidoerepetiodeindbito
RestituiodetributoindiretoRestituiodejurosemultasTermoinicialdaflunciadejurosecorreomonetrianarestituio
9.1.1.7.4
9.1.1.7.59.1.1.7.69.1.1.7.7
9.1.29.1.39.1.4
9.1.5.19.1.5.29.1.5.39.1.5.4
9.1.5.4.19.1.5.4.2
9.1.5.4.3
9.1.69.1.6.1
9.1.6.1.1
9.1.6.1.29.1.6.1.3
9.1.6.29.1.79.1.89.1.99.1.109.1.119.1.12
10.110.1.110.1.2
PrazoparapleitearrestituionombitoadministrativoPrazonaextinonocontenciosadocrditoPrazonaextinocontenciosadocrditoPrazoparapleiteararestituionombitojudicial
CompensaoTransaoRemisso
9.1.5 DecadnciaRegrageralRegradaantecipaodecontagemRegradaanulaodelanamentoporvcioformalRegradolanamentoporhomologao
AtesedoscincomaiscincoOentendimentoatualdoSuperiorTribunaldeJustiaOprazodecadencialeascontribuiesparaaSeguridadeSocial
PrescrioInterrupodoprazoprescricional
OdespachodojuizqueordenaracitaoemexecuofiscalOprotestojudicialeaconstituioemmoraAconfissodedvida
SuspensodoprazoprescricionalConversododepsitoemrendaPagamentoantecipadoeahomologaodolanamentoConsignaoempagamentojulgadapelaprocednciaDecisoadministrativairreformvelDecisojudicialpassadaemjulgadoDaoempagamentoembensimveis
10. EXCLUSODOCRDITOTRIBUTRIOConsideraesiniciais
IsenoAnistia
11. GARANTIASEPRIVILGIOSDOCRDITOTRIBUTRIO
11.111.2
11.2.111.2.211.2.311.2.4
11.3
11.3.211.3.311.3.411.3.511.3.6
12.112.2
12.2.112.2.2
12.2.2.112.2.2.2
12.2.2.2.112.2.2.2.212.2.2.2.3
12.312.4
12.4.212.4.3
13.113.1.1
13.1.1.113.1.1.213.1.1.313.1.1.4
AquestoterminolgicaAsgarantiascomorolnoexaustivo
RendaepatrimniodosujeitopassivorespondendopelocrditotributrioPresunodefraudenaalienaoouoneraodebensourendasApenhoraon-lineExignciadeprovadaquitaodetributosAsgarantiasindiretas
OsPrivilgios 11.3.1 Regrageral
RegrasaplicveisaosprocessosdefalnciaeconcordataRegrasaplicveisaosprocessosdeinventrioearrolamentoRegrasaplicveisaosprocessosdeliquidaojudicialouvoluntriaAutonomiadoexecutivofiscalConcursodeprefernciaentrepessoasjurdicasdeDireitoPblico
12. ADMINISTRAOTRIBUTRIAConsideraesiniciaisFiscalizao
PoderesdasautoridadesfiscaisOsdeveresdasautoridadesfiscais
OdeverdedocumentaroinciodoprocedimentoOdeverdemantersigiloesuasexcees
AtransfernciadosigiloAdivulgaodasinformaesApermutadeinformaessigilosasentreentestributantes
DvidaativaCertidesnegativas
12.4.1 CertidespositivascomefeitosdenegativasDispensadaapresentaodecertidonegativaResponsabilidadeporexpediodecertidocomerro
13. OSIMPOSTOSPREVISTOSNACONSTITUIOFEDERALImpostosfederais
ImpostosobreaImportaoIIFatogeradorBasedeclculoContribuintesLanamento
13.1.1.5
13.1.1.613.1.2
13.1.2.113.1.2.213.1.2.313.1.2.413.1.2.513.1.2.6
13.1.313.1.3.113.1.3.213.1.3.313.1.3.413.1.3.513.1.3.6
13.1.413.1.4.113.1.4.213.1.4.313.1.4.413.1.4.513.1.4.613.1.4.713.1.4.813.1.4.9
13.1.513.1.5.113.1.5.213.1.5.313.1.5.413.1.5.513.1.5.6
13.1.613.1.6.113.1.6.213.1.6.3
RegimesaduaneirosespeciaiseregimesaduaneirosaplicadosemreasespeciaisVisogeraldoimposto
ImpostodeExportaoIEFatogeradorBasedeclculoContribuintesLanamentoRegimesaduaneirosespeciaisnaexportaoVisogeraldoimposto
ImpostodeRendaIRPrincpiosconstitucionaisaplicveisaoIRFatogeradorBasedeclculoContribuintesLanamentoVisogeraldoimposto
ImpostosobreProdutosIndustrializadosIPISeletividadeNocumulatividadeImunidadesIncentivonaaquisiodebensdecapitalFatogeradorBasedeclculoContribuintesLanamentoVisogeraldoimposto
ImpostosobreOperaesFinanceirasIOFIOFsobreoouroFatogeradorBasedeclculoContribuintesLanamentoVisogeraldoimposto
ImpostosobreaPropriedadeTerritorialRuralITRProgressividadeImunidadedaspequenasglebasPossibilidadededelegaodafiscalizaoecobrana
13.1.6.413.1.6.513.1.6.613.1.6.713.1.6.8
13.1.7
13.2.113.2.1.1
13.2.1.2
13.2.1.313.2.1.413.2.1.513.2.1.613.2.1.7
13.2.213.2.2.113.2.2.2
13.2.2.2.1
13.2.2.2.2
13.2.2.313.2.2.413.2.2.513.2.2.613.2.2.713.2.2.813.2.2.913.2.2.10
13.2.2.10.113.2.2.10.2
13.2.2.10.313.2.2.1113.2.2.12
FatogeradorBasedeclculoContribuintesLanamentoVisogeraldoimposto
ImpostosobreGrandesFortunasIGF 13.2 Impostosestaduais
ImpostosobreaTransmissoCausaMortiseDoaoITCMDAfixaodealquotasmximaspeloSenadoFederalVinculaoeprogressividadeDefiniodoEstado(ouDistritoFederal)competenteparaacobranaFatogeradorBasedeclculoContribuintesLanamentoVisogeraldoimposto
ImpostosobreaCirculaodeMercadoriaseprestaodeServiosICMSOconceitodemercadoriaOsserviostributadospeloICMS
AtributaodosserviosdetransporteesuasdiversasviasServiosdecomunicao,serviosdevaloradicionadoeatividadespreparatrias
SeletividadeNocumulatividadeOICMSnasoperaesinterestaduaisOICMSnasimportaesICMSeoperaesdeleasingICMSeasoperaesdecomodatonaimportaoAtributaoconjuntademercadoriaseserviosImunidades
ExportaesCombustveiselubrificantesderivadosdepetrleoeenergiaeltricaOutrasimunidades
ICMSsobrecombustveiselubrificantesConcessodebenefciosfiscaisdeICMS
13.2.2.1313.2.2.1413.2.2.1513.2.2.1613.2.2.17
13.2.313.2.3.113.2.3.213.2.3.313.2.3.4
13.313.3.1
13.3.1.113.3.1.213.3.1.3
13.3.1.413.3.1.513.3.1.613.3.1.713.3.1.8
13.3.213.3.2.113.3.2.213.3.2.313.3.2.413.3.2.513.3.2.613.3.2.713.3.2.8
13.3.313.3.3.113.3.3.213.3.3.313.3.3.413.3.3.513.3.3.613.3.3.7
FatosgeradoresBasesdeclculoContribuintesLanamentoVisogeraldoimposto
ImpostosobreaPropriedadedeVeculosAutomotoresIPVADisposiesconstitucionaissobreoIPVAFatogerador,basedeclculoecontribuintesdoIPVALanamentoVisogeraldoimposto
ImpostosmunicipaisImpostosobreaPropriedadePredialeTerritorialUrbanaIPTU
ProgressividadefiscalemrazodovalordoimvelProgressividadeextrafiscalDiferenciaodealquotasdeacordocomousoealocalizaodoimvelFatogeradorBasedeclculoContribuinteLanamentoVisogeraldoimposto
ImpostosobreaTransmissodeBensImveisITBIDefiniodoMunicpiocompetenteparaacobranaAimunidadenoseventossocietriosImunidadenatransfernciadecorrentedereformaagrriaFatogeradorBasedeclculoContribuinteLanamentoVisogeraldoimposto
ImpostosobreServiosdeQualquerNaturezaISSRegimedealquotaseconcessodebenefciosdoISSIsenoheternomanasexportaesFatogeradorBasedeclculoContribuinteLanamentoVisogeraldoimposto
14.114.214.314.414.514.6
14.6.1
14.6.214.6.3
14.714.7.1
14.7.214.8
15.115.215.315.415.5
15.5.115.5.2
15.615.715.815.915.10
15.10.1
15.10.215.10.315.10.415.10.515.10.6
14. REPARTIOCONSTITUCIONALDERECEITASTRIBUTRIASNoesgeraisTerminologiaadotadaEspciesderepartioTributoscujasreceitasestosujeitasRepartioImpostoscujasreceitasnosorepartidasCasosderepartiodiretaprevistosnaConstituioFederalde1988
RepartiodiretadoIOF-OurocomoDistritoFederaloucomosEstadoseMunicpiosRepartiodiretadereceitasdaUniocomosEstadoseoDistritoFederalRepartiodiretadereceitasdaUniocomosMunicpios
14.6.4 RepartiodiretadereceitasdosEstadoscomosMunicpiosCasosderepartioindiretaprevistosnaConstituioFederalde1988
OsfundosdeparticipaoedeincentivoaosetorprodutivodoNorte,NordesteeCentro-OesteOfundodecompensaodesoneraodasexportaes
Garantiasderepasse
15. OSIMPLESNACIONALConsideraesiniciaisConceitoDefiniodeMicroempresaMEouEmpresadePequenoPorteEPPAscondiesdeenquadramentodiferenciadoporEstado,DFouMunicpioVedaesopo
VedaoplenaVedaoparcial
OpopeloregimeExclusodoregimeTributosincludosnasistemticaTributosnoincludosnasistemticaTributosSujeitosaRegrasEspecficas
OImpostodeRendaretidonafontesobrerendimentosdeaplicaesfinanceirasOImpostodeRendasobreosrendimentospagosaossciosOISSretidonafonteAbatimentodabasedeclculodoISSdosmateriaisfornecidosISSeICMScomvalorfixoPossibilidadedeconcessounilateraldeisenooureduodaCOFINS,
15.10.715.1115.1215.1315.14
15.1515.1615.1715.1815.1915.2015.21
PIS/PASEPeICMSparaprodutosdacestabsicaMenoralquotadeIPTUparaoMicroempreendedorIndividualMEI
SubstituiotributriaeexportaoDesoneraodaaquisiodebensparaoativoimobilizadoPercentuaisdeIncidnciaeRepartiodasReceitasOMicroempreendedorIndividualMEIeasistemticaderecolhimentoemvaloresfixosObrigaesacessriasacargodooptantePrivilgionocumprimentodenovasobrigaesResponsabilidadetributriasolidriadossciosnadissoluodasociedadeinativaDomicliofiscaleletrnicoFiscalizaocompartilhadaProcessoadministrativofiscalProcessojudicial
15.22 InstnciasdegernciadoSimplesNacional
BIBLIOGRAFIA
APNDICE
AC AoCautelar
ADCT AtodasDisposiesConstitucionaisTransitrias
ADI/ADIN AoDiretadeInconstitucionalidade
AFRF Auditor-FiscaldaReceitaFederaldoBrasil
AgR/AgRg AgravoRegimental
AGRRE AgravoRegimentalemRecursoExtraordinrio
AGU Advocacia-GeraldaUnio
AI AgravodeInstrumento
ALALC AssociaoLatino-AmericanadeLivreComrcio
AMS ApelaoemMandadodeSegurana
ANTT AgnciaNacionaldeTransportesTerrestres
BACEN BancoCentraldoBrasil
CAERD CompanhiadeguaseEsgotosdeRondnia
CB ConstituiodoBrasil
CC CdigoCivil
CDA CertidodeDvidaAtiva
CESPE CentrodeSeleoePromoodeEventos
CF ConstituioFederal
CIDE ContribuiodeIntervenonoDomnioEconmico
CLT ConsolidaodasLeisdoTrabalho
CNPJ CadastroNacionaldasPessoasJurdicas
CNPL ConfederaoNacionaldasProfissesLiberais
COFINS ContribuioparaoFinanciamentodaSeguridadeSocial
COMSHELL SociedadedePrevidnciaPrivadadaShelldoBrasilLTDA
CONFAZ ConselhoNacionaldePolticaFazendria
COSIP ContribuioparaoCusteiodoServiodeIluminaoPblica
CPC CdigodeProcessoCivil
CPF CadastrodasPessoasFsicas
CPMF ContribuioProvisriasobreMovimentaoFinanceira
CRC ConselhoRegionaldeContabilidade
CREA ConselhoRegionaldeEngenharia,ArquiteturaeAgronomia
CRECI ConselhoRegionaldeCorretoresdeImveis
CRJ Coordenao-GeraldaRepresentaoJudicialdaFazendaNacional
CRM ConselhoRegionaldeMedicina
CSLL ContribuioSocialsobreoLucroLquido
CSRF CmaraSuperiordeRecursosFiscaisdoMinistriodaFazenda
CTN CdigoTributrioNacional
DARF DocumentodeArrecadaodeReceitasFederais
DF DistritoFederal
DIRF DeclaraodeImpostodeRendaRetidonaFonte
DJU DirioOficialdaJustiadaUnio
DL Decreto-Lei
DRJ DelegaciadaReceitaFederaldeJulgamento
EC EmendaConstitucional
ECT EmpresadeCorreioseTelgrafos
ED EmbargosdeDeclarao
Edv EmbargosdeDivergncia
EmbInf. EmbargosInfringentes
EREsp EmbargosdeDivergncianoRecursoEspecial
ESAF EscoladeAdministraoFazendria
FCC FundaoCarlosChagas
FETRANSPOR FederaodasEmpresasdeTransportesdePassageirosdoRiodeJaneiro
FINSOCIAL ContribuioparaoFundodeInvestimentoSocial
FPE FundodeParticipaodosEstados
FPM FundodeParticipaodosMunicpios
GATT AcordoGeralsobreTarifaseComrcio(GeneralAgreementonTariffsansTrade)
HC HabeasCorpus
ICM ImpostosobreaCirculaodeMercadorias
ICMS Imposto sobre Operaes relativas Circulao de Mercadorias e sobre Prestaes deServiosdeTransporteInterestadualeIntermunicipaledeComunicao
IE ImpostosobreaExportao
IEG ImpostosExtraordinriosdeGuerra
IGF ImpostosobreGrandesFortunas
II ImpostosobreaImportao
IN InstruoNormativa
INSS InstitutoNacionaldoSeguroSocial
IOF ImpostosobreOperaesFinanceiras
IPI ImpostosobreProdutosIndustrializados
IPMF ImpostoProvisriosobreaMovimentaoFinanceira
IPTU ImpostosobreaPropriedadePredialeTerritorialUrbana
IPVA ImpostosobreaPropriedadedeVeculosAutomotores
IR ImpostosobreaRendaeProventosdeQualquerNatureza
IRPF ImpostodeRendadasPessoasFsicas
IRPJ ImpostosobreaRendadasPessoasJurdicas
ISS ImpostosobreServios
ITBI Imposto sobre a Transmisso Inter Vivos, a Qualquer Ttulo, por Ato Oneroso, de BensImveis,porNaturezaouAcessoFsica,edeDireitosReaissobreImveis
ITCMD ImpostosobreaTransmissoCausaMortiseDoao
ITR ImpostosobreaPropriedadeTerritorialRural
IVA ImpostosobreoValorAgregado
LC LeiComplementar
LD LeiDelegada
LEF LeidasExecuesFiscais
LINDB LeideIntroduosNormasdoDireitoBrasileiro(antigaLeideIntroduoaoCdigoCivilLICC.EmentadadaaoDecreto-lei4.657/1942pelaLei12.376/2010)
LRF LeideResponsabilidadeFiscal
LTDA SociedadeporQuotasdeResponsabilidadeLimitada(SociedadeLimitada)
MC MedidaCautelar
MF MinistrodaFazenda
Min. Ministro
MP MedidaProvisria
MPOG MinistriodoPlanejamento,OramentoeGesto
NCM NomenclaturaComumdoMercosul
NT Notributado
OAB OrdemdosAdvogadosdoBrasil
PAF ProcessoAdministrativoFiscal
PFN ProcuradoriadaFazendaNacional
PGBLs PlanosGarantidoresdeBenefciosLivres
PGE Procuradoria-GeraldoEstado
PGFN Procuradoria-GeraldaFazendaNacional
PIS ProgramadeIntegraoSocial
QO QuestodeOrdem
RA RegulamentoAduaneiro
RE RecursoExtraordinrio
Rel. Relator
REsp RecursoEspecial
RIPI RegulamentodoImpostosobreProdutosIndustrializados
RISTF RegimentoInternodoSupremoTribunalFederal
RMS RecursoOrdinrioemMandadodeSegurana
ROMS RecursoOrdinrioemMandadodeSegurana
RREE RecursosEspeciais
RTJ RevistaTrimestraldeJurisprudncia(doSTF)
S.A. SociedadeporAes
SAT SeguroAcidentedeTrabalho
SEFAZ SecretariaEstadualdeFazenda
SELIC SistemaEspecialdeLiquidaoedeCustdia
SENAC ServioNacionaldeAprendizagemComercial
SENAI ServioNacionaldeAprendizagemIndustrial
SISCOMEX SistemaIntegradodeComrcioExterior
SRF SecretariadaReceitaFederaldoBrasil
STF SupremoTribunalFederal
STJ SuperiorTribunaldeJustia
TCE TribunaldeContasdoEstado
TCU TribunaldeContasdaUnio
TFR TribunalFederaldeRecursos
TIPI TabeladeincidnciadoImpostosobreProdutosIndustrializados
TIT TribunaldeImpostoseTaxas
TJ TribunaldeJustia
TRF TcnicodaReceitaFederal(hojeAnalistadaReceitaFederaldoBrasil)
TRF TribunalRegionalFederal
UFIR UnidadeFiscaldeReferncia
VUNESP FundaoparaoVestibulardaUniversidadeEstadualPaulista
1.1
Sumrio:1.1Odireitotributriocomoramododireitopblico1.2AtividadefinanceiradoEstado1.3Definiodetributo:1.3.1Prestaopecuniria,emmoedaoucujovalornelasepossaexprimir;1.3.2Prestaocompulsria;1.3.3Prestaoquenoconstituisanodeato ilcito;1.3.4Prestao institudaem lei;1.3.5Prestaocobradamediante atividade administrativa plenamente vinculada 1.4Os tributos em espcies:1.4.1 A determinao danaturezajurdicaespecficadotributo;1.4.2Osimpostos;1.4.3Astaxas;1.4.4Ascontribuiesdemelhoria;1.4.5Osemprstimoscompulsrios;1.4.6Ascontribuiesespeciais1.5Classificaesdoutrinriasdostributos:1.5.1Quantodiscriminaodasrendasporcompetncia:federais,estaduaisoumunicipais;1.5.2Quantoaoexerccioda competncia impositiva: privativos, comuns e residuais; 1.5.3 Quanto finalidade: fiscais, extrafiscais eparafiscais; 1.5.4 Quanto hiptese de incidncia: vinculados e no vinculados; 1.5.5 Quanto ao destino daarrecadao: da arrecadao vinculada e da arrecadao no vinculada; 1.5.6 Quanto possibilidade derepercussodoencargoeconmico-financeiro:diretoseindiretos;1.5.7Quantoaosaspectosobjetivosesubjetivosdahiptesedeincidncia:reaisepessoais;1.5.8QuantosbaseseconmicasdeincidnciaAclassificaodoCTN.
ODIREITOTRIBUTRIOCOMORAMODODIREITOPBLICO
clssicaadivisododireitoentreosramospblicoeprivado.A principal caracterstica do direito privado a predominncia do interesse dos indivduos
participantes da relao jurdica. Mesmo havendo normas jurdicas de aplicao cogente ao casoconcreto,havernecessariamenteasubjacnciadointeresseindividual.
Assim, a ttulo de exemplo, num casamento existe um conjunto de regras do direito de famliaconsideradas normas de ordem pblica a cuja observncia no se podem furtar os cnjuges. Noobstante, h claramente, subjacente ao interesse da manuteno da ordem pblica, o interesse dosindivduosparticipantesdarelaojurdica instaurada,oquesituaoconjuntodenormasaplicveisnasearadodireitoprivado.
http://goo.gl/McdO34
Emdireitoprivado,portanto,pelasubjacnciasemprepresentedointeresseprivado,aregraalivremanifestaodavontade,aliberdadecontratual,aigualdadeentreaspartesdarelaojurdica(osinteressesprivados sovislumbrados comoequivalentes).Almdisso, a regra emdireitoprivado adisponibilidadedosinteresses,podendoosparticularesabrirmodeseusdireitos,ressalvadosaquelesconsideradosindisponveis,pois,comojdestacado,anecessriasubjacnciadointeresseprivadonoexcluiaexistnciadedisposiescogentesrelativasordempblica.
Quandosepassaatratardedireitopblico,aanlisepartedepremissasbastantediferentes,quasequediametralmenteopostas.
Osprincpiosfundamentaisdoregimejurdicodedireitopblicoso:a)asupremaciadointeressepblicosobreointeresseprivado;eb)aindisponibilidadedointeressepblico.
Nessalinha,emvirtudedoprimeiroprincpio,quandoh,numarelaojurdica,umpoloocupadopeloEstado,agindonestaqualidade(comoenteestatalbuscandoaconsecuodefinspblicos),eoutroocupado por particular defendendo seus direitos individuais, considerada normal a atribuio devantagensaoEstado.Humdesnivelamento,umaverticalizaonarelaojurdica.OEstadocompareceumpoucoacima;oparticular,umpoucoabaixo.
Explique-se melhor este ponto. Se um particular, proprietrio de um estabelecimento comercial,desejaexpandirseusnegciose,paraisso,vcomofundamentalaaquisiodoprdiovizinho,tambmpertencenteaoutroparticular, anicapossibilidade suadisposiooacordo.Seovizinhonoseinteressarpelaspropostasdovisionriocomerciante,onegcionoseaperfeioar.
Ambos so particulares. Ambos defendem seus interesses individuais. A relao jurdica horizontalizada, e nenhum deles pode impor sua vontade ao outro, pois o ordenamento jurdico noasseguraaprepondernciadequaisquerdosinteressesemjogo.
Imagine-se agora a duplicao de uma rodovia entre as cidades A e B. Suponha-se que, numdeterminadopontodotrajetodanovapista,existaumimvelpertencenteaumparticularqueutilizadocomoresidnciafamiliar.Novamente,humapessoa(oEstado)precisandodeumimvelpertencenteaoutra (o particular). Nesse caso, a inexistncia de acordo no impedir que o Estado adquira apropriedade.Mesmocomapossveldiscordnciadoparticular,oordenamento jurdicopossibilitaaoEstado utilizar-se do instituto da desapropriao. Aqui a relao jurdica verticalizada, ou seja, oEstadocomparecenumasituaodesupremacia,poisaduplicaodarodoviaatendeaosinteressesdetodaa coletividade.Dessa forma,o interessedoparticular, embora legtimo, ceder emhomenagemsupremaciadointeressepblicosobreoprivado.
O segundo princpio, a indisponibilidade do interesse pblico, traz como consectrio aimpossibilidadedeosagentespblicospraticarematosquepossammenoscabaropatrimniopblicoouointeressepblico.
Assim,seumparticularAcontaparaumparticularBahistriadesuadesditosavida,comtodasasnuancespossveiseimaginveisdesofrimentoepenria,para,aofim,arrematarcomumpedidodeperdodeumadeterminadadvida,Bpoderlivrementetomaradecisoquemelhorlheaprouver.Seupatrimnio(ocrdito)plenamentedisponvel,nohavendoqualquerrestrioconcessodoperdo
(remisso).Todavia, se B um fiscal de tributos e o crdito que A deseja ver perdoado um crdito
tributrio, o perdo no poder ser concedido. O crdito tributrio parte do patrimnio pblico e,justamenteporisso,indisponvel.
Algunspoderiamseperguntarcomopossvel,dianteda indisponibilidadedo interessepblico,aconcesso de perdo por intermdio de lei, algo to comum no direito brasileiro. Ocorre que, nessasituao,operdoestsendoconcedidopeloprprioEstadoou,emfacedoprincpiodemocrtico,peloprpriopovo,verdadeirodestinatriotericodetodasasaesestatais.
Oponto crucial que, aomenos na teoria, no parlamento esto os representantes do povo.Dessaforma, a concesso de qualquer benefcio fiscal por lei significa que o povo quis o proveito dobeneficirio.
Seguindoesseraciocnio,pode-sedizerqueopatrimniopblicoindisponvelapenasparaaquelesmeramente obrigados ao cumprimento das ordens dadas pelo povo, consubstanciadas em leis.Mas oprprio povo tema prerrogativa de dispor de tal patrimnio que, emltima anlise, pode ser vistocomoseupatrimniopormeiodasleisqueelabora,pormeiodeseusrepresentanteslegtimos.
Tudo o que foi exposto deixa claro que o direito tributrio , inequivocamente, ramo do direitopblicoequeaelesointeiramenteaplicveisosprincpiosfundamentaisinerentesaoregimejurdicodedireitopblico.
A supremacia do interesse pblico sobre o interesse privado facilmente vista pelo fato de aobrigao de pagar tributo decorrer diretamente da lei, sem manifestao de vontade autnoma docontribuinte(foiproprietriodeumimvelnareaurbana,temquepagarIPTU,querendoouno)epelasdiversasprerrogativasestataisquecolocamoparticularnumdegrauabaixodoentepbliconasrelaesjurdicas, como, por exemplo, o poder de fiscalizar, de aplicar unilateralmente punies e apreendermercadorias,entretantosoutros.
Jaindisponibilidadedointeresseedopatrimniopblicovisualizada,demaneiracristalina,nasemprepresenteexignciadeleiparaaconcessodequaisquerbenefciosfiscais.Porserextremamenteoportuno,transcreve-seopedaggicoart.150,6.,daCF:
6.Qualquersubsdioouiseno,reduodebasedeclculo,concessodecrditopresumido,anistia ou remisso, relativos a impostos, taxas ou contribuies, s poder ser concedidomediante lei especfica, federal, estadual ou municipal, que regule exclusivamente as matriasacimaenumeradasouocorrespondente tributooucontribuio, semprejuzododispostonoart.155,2.,XII,g.
So claros os termos do dispositivo. Todos os institutos citados enquadram-se na definio debenefciosfiscais,dependendodaediodeleiespecficaaimplementaodequaisquerdeles,afinal,comojafirmado,sopovopodedispordopatrimniopblico.
1.2 ATIVIDADEFINANCEIRADOESTADO
OEstado existe para a consecuo do bem comum. Para atingir talmister, precisa obter recursosfinanceiros,oque faz,basicamente,deduas formas,quedoorigemauma famosaclassificaodadapelosfinancistassreceitaspblicas.
Paraobterreceitasoriginrias,oEstadosedespedastradicionaisvantagensqueoregimejurdicodedireitopblicolheproporcionae,demaneirasemelhanteaumparticular,obtmreceitaspatrimoniaisouempresariais.Attulodeexemplo,cite-seumcontratodealuguelemqueolocatrioumparticulareolocadoroEstado.Oparticularsomenteseobrigaapagaroaluguelporquemanifestasuavontadeaoassinarocontrato,nohavendomanifestaodequalquerparceladopoderdeimprioestatal.
Naobtenodereceitasderivadas,oEstado,agindocomotal,utiliza-sedassuasprerrogativasdedireito pblico, edita uma lei obrigando o particular que pratique determinados atos ou se ponha emcertas situaes a entregar valores aos cofres pblicos, independentemente de sua vontade. Comoexemplo,aquelequeauferiurendimentoserdevedordoimpostosobrearendaeproventosdequalquernatureza(impostoderenda)independentementedequalquermanifestaovolitiva.
Registre-se,poroportuno,quetantonasreceitasoriginriasquantonasderivadasexistemhiptesesemqueosujeitopassivo(devedor) tambmenteestatal, sendoanotadistintivaentreasespciesdereceita ora estudadas o regime jurdico a que esto essencialmente submetidas (direito pblico ouprivado)enoospolosdarespectivarelaojurdica.
Aclassificaooraanalisadapodeseresquematizadadaseguinteforma:
Atualmente, com a concepo de Estado mnimo que tem sido globalmente adotada, tornandoexcepcionalaexploraodeatividadeeconmicaporpartedoEstado,perderamimportnciaasreceitasoriginrias,tendocomoconsequnciaaconcentraodaarrecadaoestatalprecipuamentenasreceitasderivadas.
A excepcionalidade da explorao de atividade econmica por parte do Estado decorrente deprevisoconstitucionalexpressa(CF,art.173):
Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituio, a explorao direta de atividadeeconmicapeloEstadosserpermitidaquandonecessriaaosimperativosdasegurananacionalouarelevanteinteressecoletivo,conformedefinidosemlei.
Nestaobra,oobjetodeestudoseroasreceitasderivadas,especificamenteamodalidadetributos.Antes,entretanto,umesclarecimentoextremamentenecessrio.
lugar-comum se afirmar que o Estado tributa para conseguir carrear recursos para os cofrespblicos,possibilitandoodesempenhodesuaatividadefinanceira,tudoembuscadoseudesgniomaior:obemcomum.Essavisocorreta,masincompleta.
No perodo clssico das finanas pblicas (Estado Liberal dos sculos XVIII e XIX), a regrafundamental, quase que absoluta, era a no interveno do Estado na economia. Foi nessa poca queAdam Smith apontou a existncia de uma mo invisvel domercado, que se responsabilizaria pelotimo funcionamento da economia, automaticamente corrigindo os desvios, propiciando as condiesnecessriasaocrescimentoeconmicoemelhoriadascondiesdavidaemsociedade.
Nessa linha, o liberalismo entendia que o Estado no deveria intervir no domnio econmico, deformaqueostributosdeveriamserneutros,ouseja,apenasumaformadeobtenodemeiosmateriaispara as atividades tpicas do Estado (Estado Polcia), jamais um instrumento de mudana social oueconmica.
Nesse perodo, no se tinha como princpio da tributao a isonomia.Os desiguais eram tratadosigualmente, de forma que cada contribuinte estava sujeito mesma carga tributria, sem se cogitar apossibilidadedeaferioindividualdacapacidade.
FoisnofinaldosculoXIXqueamopoderosaevisveldoEstadopassouaserutilizadacomoinstrumentoparacorreodasdistoresgeradaspeloliberalismo.
Oshumoresdaeconomiavariavambruscamenteentreadepressoeaeuforia.Asfasesdepressivassempre eram acompanhadas por epidemias de desemprego, agravadas pelos efeitos que a RevoluoIndustrialeseualtondicedemecanizaotrouxeramsobreomercadodetrabalho.
Adentra-se, ento, no perodo moderno das finanas pblicas, caracterizado pela interveno doEstadonodomnioeconmicoe social.Saidecenao liberalismo.EntraemcartazoEstadodoBem-EstarSocial(WelfareState).
Precisandointervir,oEstadopassaaperceberquedispunhadeumapoderosaarmaemsuasmos:otributo.
O tributopassa a ser, semprequepossvel, graduadode acordo comacapacidade econmicadocontribuinte. Ressalte-se que, na Constituio atual, o princpio vincula apenas a instituio deimpostos,oque,conformeserexplicitadonomomentooportuno,noimpedesuaaplicaonotocantesdemaisespciestributrias.
Nessanovafase,oEstadotambmpercebequenenhumtributocompletamenteneutro,pois,mesmoqueobjetiveexclusivamentearrecadar,acabagerandoimpactossobreofuncionamentodaeconomia.
Assim, o Estado passa a aproveitar esses efeitos colaterais dos tributos, instituindo-os com oobjetivodeintervirnodomnioeconmicoenaordemsocial.
Num passado recente, a ttulo de exemplo, o Estado, visando a estimular o desenvolvimento daindstriaautomobilsticanacional,emvezdesimpleseradicalmenteproibira importaodeveculos,recorreuaoimpostodeimportao,majorando-lheasalquotas,deformaainibirasoperaes.
Verifica-sequeoefeitodamedidasobreaarrecadaotributriarelativamenteimprevisvel,pois,apesardoaumentodealquota,provvelqueasimportaescaiametalvezaarrecadaototal,mesmocomanovaalquota,tambmvenhaacair(alis,nessecaso,oEstadoestar,indiretamente,desejandoessaquedadearrecadaodoimposto).
Namesma linha,muitocomumque,emalgumapocadoano,sejadivulgadaanotciadequeasgrandesmontadorasdeveculosiropromoverdemissoemmassaou,nomnimo,friascoletivas,emvirtudedeumaestagnaoeconmicaqueestejacausandoquedanasvendas.Temendooimpactosocialda medida, o governo chama para a negociao os representantes da indstria e dos empregados,propondoumareduodaalquotadoIPIparaqueoveculosetornemaisbarato,omercadoautomotivoganheflegoeosempregossejammantidos.Novamente,oimpactosobreaarrecadaoimprevisvel,pois a queda da alquota pode ser compensada pelo aumento das vendas (inclusive, tal aspecto irrelevantedopontodevistadoobjetivoprecpuodogovernonocaso:manterosempregos).
muito importante ressaltar que esses tributos tambm arrecadam,mas a finalidade arrecadatriaficanumsegundoplano,dadooobjetivoprincipaldasmedidas.
Assim,existemtributoscujafinalidadeprincipalfiscal,ouseja,arrecadar,carrearrecursosparaoscofrespblicos(ex.:ISS,ICMS,IRetc.).Htributos,contudo,quetmporfinalidadeprecpuaintervirnumasituaosocialoueconmica.afinalidadeextrafiscal(comonosexemploscitados,noIOF,noIE, no ITR etc. em momento oportuno, ser detalhada a maneira como estes e outros tributos soutilizadosdeformaextrafiscal).
Tambmnoscasosdetributoscomfinalidadefiscal,afinalidadeextrafiscal,noobstantesecundria,far-se- presente.Analise-se, a ttulode exemplo, o impostode renda.Trata-se um tributo claramentefiscal,masaprogressividadedasalquotas,apesardeterumafinalidadearrecadatria(exigirmaisdequempodecontribuirmais)acabatrazendoumefeitosocialinteressante.
Quemganhapouconadapaga(iseno);quemganhamuitocontribuisobumaalquotade27,5%.Emcontrapartida,partedaarrecadaoutilizadaparaprestarserviospblicose,emregra,quemusataisservios(educaoesade,porexemplo)soaspessoasisentas,umavezqueasquepossuemmaiorrendanormalmente tmplanosprivadosdesadeepagamporeducaoparticular.Dessa forma,o IRacaba tendouma funo extrafiscal embutida: redistribuir renda (alguns,mais romnticos, chamam-no,porisso,deimpostoRobinHoodtiradosricosparadaraospobres).
Ao lado dessas duas finalidades (fiscal e extrafiscal), a doutrina cita uma terceira, em que, narealidade,objetiva-setambmaarrecadao.Adiferenaresidenofatodealeitributrianomearsujeitoativodiversodapessoaqueaexpediu,atribuindo-lheadisponibilidadedosrecursosarrecadadosparaoimplementodeseusobjetivos.Comoexemplo,podemsercitadasascontribuiesprevidencirias,que,antesdacriaodaSecretariadaReceitaPrevidenciria(hojepartedaReceitaFederaldoBrasil),eramcobradas pelo INSS (autarquia federal), que passava a ter, tambm, a disponibilidade dos recursos
1.3
1.3.1
auferidos.Tem-seaafinalidadeparafiscaldatributao.possvelconcluir,portanto,que,naparafiscalidade,oobjetivodacobranadetributoarrecadar,
mas o produto da arrecadao destinado a ente diverso daquele que institui a exao. Por bvio, obeneficiriodosrecursossempreserumainstituioquedesempenheumaatividadetipicamenteestatal(comoo casodo INSS)oude interessedoEstado, comoosdenominados servios sociais autnomos(SESI,SESC,SENAI,SEBRAE,SEST,dentreoutros).
Hojeemdia,amaioriadostributostradicionalmentedefinidoscomocontribuiesparafiscaistemporsujeitoativoaprpriaUnio,noseenquadrandona tradicionaldefiniodeparafiscalidade (emvirtudedanoatribuiodacondiodesujeitoativoaobeneficirio).
Assim,possvelseafirmarque,atualmente,ofenmenodaparafiscalidadesomentesecaracterizapelodestinodoprodutodaarrecadaoapessoadiversadacompetenteparaacriaodotributo.Noobstante, em concursos pblicos tem-se adotado o entendimento clssico, considerando corretas asassertivas que incluem como elemento do conceito de parafiscalidade a delegao da capacidadetributriaativa.
A ttulo de exemplo, no concurso paraAuditor doEstado deMinasGerais, realizado em2005, aESAF considerou correta assertiva que afirmava textualmente o seguinte: Quando a lei atribui acapacidadetributriaativaaentediversodaquelequedetmacompetnciatributria,estar-se-diantedofenmenodaparafiscalidade.
Registre-sequeabancanoafirmouseraparafiscalidadedependentedadelegaodacapacidadetributriaativa,masasseverouquequandoadelegaoestpresenteexisteparafiscalidade.
DEFINIODETRIBUTO
Adoutrinaricaemdefiniesdetributo.Attulodeexemplo,LucianoAmarodefinetributocomoa prestao pecuniria no sancionatria de ato ilcito, instituda em lei e devida ao Estado ou aentidadesnoestataisdefinsdeinteressepblico.
Paraosobjetivosdestaobra,torna-seimportanteressaltarque,noobstanteascrticasdadoutrina,adefiniode tributo tem sede legal.o art. 3. doCdigoTributrioNacional que traz a definiooficialdetributo,lavradanosseguintestermos:
Art. 3.Tributo todaprestaopecuniria compulsria, emmoedaou cujovalor nela sepossaexprimir,quenoconstitua sanodeato ilcito, instituda em lei e cobradamediante atividadeadministrativaplenamentevinculada.
Paraumcompletoentendimentodotema,taldefiniodeveseranalisadaemtodososseusaspectos.
Prestaopecuniria,emmoedaoucujovalornelasepossaexprimir
impossvelnopercebercertaredundncianaredaododispositivo.Prestaespecuniriassojustamenteaquelasemmoeda.Algunsentendemqueaexpressooucujovalornelasepossaexprimir
constituiriaumaautorizaoparaainstituiodetributosinnatura(embens)ouinlabore(emtrabalho,emservios),umavezquebenseserviossosuscetveisdeavaliaoemmoeda.
Seguindoesseraciocnio,seaalquotadoimpostodeimportaoincidentesobredeterminadabebidafossede50%,oimportador,aoadquirirmilgarrafas,poderiadeixarquinhentasnaalfndegaattulodetributo; ou, como j aceito por alguns Municpios, seria permitido ao devedor de IPTU quitar suasdvidas pintando prdios pblicos ou podando algumas rvores espalhadas pela cidade.As situaesbeiramocmicoeilustramaimpossibilidade.
Apesar de a Lei Complementar 104/2001 ter acrescentado o inciso XI ao art. 156 do CTN,permitindoadaoempagamentodebensimveiscomoformadeextinodocrditotributrio,nosepodetomaraautorizaocomoumaderrogaodadefiniodetributonopontoemqueseexigequeaprestao seja emmoeda, pois o prprio dispositivo oferece a alternativa ou cujo valor nela [emmoeda]sepossaexprimir.Assim,lcitoentenderqueoCTNpermiteaquitaodecrditostributriosmedianteaentregadeoutrasutilidadesquepossamserexpressasemmoedas,desteque taishiptesesestejamprevistasnoprpriotextodoCdigo,quenoseuart.141afirmaqueocrditotributriosomenteseextinguenashiptesesneleprevistas.
FoinaesteiradesteentendimentoqueaESAF,noconcursoparaprovimentodecargosdeAuditor-Fiscal do Tesouro do Municpio de Natal/RN, considerou incorreta a seguinte assertiva: A LeiComplementarn.104/2001,aopermitiradaoempagamentodebensimveis,comoformadeextinodocrditotributrio,promoveuaderrogaodoart.3.doCTN,queconfereaotributoumaprestaopecuniriaemmoedaoucujovalornelasepossaexprimir.
Inicialmente adotando uma interpretao bastante restritiva do art. 141 do CTN, o Supremo, nojulgamentodaMedidaCautelar naADI1.917, considerou inconstitucional lei doDistritoFederal quepermitia o pagamento de dbitos das microempresas, das empresas de pequeno porte e das mdiasempresas,mediantedaoempagamentodemateriaisdestinadosaatenderaprogramasdeGovernodoDF.Umdosfundamentosdadecisofoiareservadeleicomplementarparatratardeextinodocrditotributrio(Pleno,ADI1.917-MC,rel.Min.MarcoAurlio,j.18.12.1998,DJ19.09.2003,p.15).
Posteriormente, no julgamento da ADI 2.405-MC o Tribunal, por maioria de votos, afirmou serpossvel a criao de novas hipteses de extino do crdito tributrio na via da lei ordinria local(Pleno, ADI 2.405-MC, rel. Min. Carlos Britto, j. 06.11.2002, DJ 17.02.2006, p. 54). Os principaisfundamentosparaojulgadoforamosseguintes:
a)opactofederativo,quepermiteaoenteestipularapossibilidadedereceberalgodoseuinteresseparaquitarumcrditodequetitular;e
b)adiretrizinterpretativasegundoaqualquempodeomaispodeomenos,umavezqueseoentepodeatperdoaroquelhedevido,medianteaediodeleiconcessivaderemisso(omais),pode,tambm,autorizarqueaextinodocrditosejafeitadeumaformanoprevistanoCdigoTributrioNacional(omenos).
No julgamentodomritodaADI1.917(Pleno, rel.Min.RicardoLewandowski, j.26.04.2007,DJ24.08.2007,p.22),oSTFreafirmouseuentendimentorelativoinconstitucionalidadedapreviso,em
1.3.2
leilocal,deextinodocrditotributriomediantedaoempagamentodebensmveis,squedestafeita apenas emvirtudeda reservade lei federal para estipular regrasgeraisde licitao (seumenterecebeempagamentoumbem,est,naprtica,adquirindotalbemsemlicitao).Repise-sequeadaoempagamentoembensimveissomentepossvelporqueestprevistaemleinacional(oCTN).
Peloexposto,nasprovasdeconcursopblico,deve-semantero tradicionalentendimentodequeocrdito tributrionopodeserextintomediantedaoempagamentodebensmveis tendoemvistaareservadeleinacionalparadisporsobreregrasgeraisdelicitao.Noobstante,emalgumasquestesj temsidoabordadaaevoluodoentendimentodoSTFaoadmitiraprevisoemlei localdenovashiptesesdeextinodocrditotributrio.Attulodeexemplo,oCESPE,noconcursoparaprovimentodecargosdeJuizFederaldoTRFda1.Regio,comprovasrealizadasem2009,consideroucorretaaseguinteassertivaOSTFpassouaentenderqueosEstadoseoDFpodemestabeleceroutrosmeiosnoprevistosexpressamentenoCdigoTributrioNacionaldeextinodeseuscrditostributrios,mximeporquepodemconcederremisso,equempodeomaispodeomenos.
Perceba-sequeabancaadotouexpressamenteosegundofundamentoapontadoacima,defendidopelotributaristaLucianoAmaroeexpressamenteencampadoporalgunsMinistrosdoSupremonasrazesdosseusvotos.
Noobstantetalraciocnio,entende-sequeaexpressooucujovalornelasepossaexprimirpossuitambmautilidadedepermitirafixaodovalordostributospormeiodeindexadores(comoaUFIRUnidadeFiscaldeReferncia,hojeextinta).Nessecaso,ajustificativaadotadabastanterazovel,poiscom uma mera operao aritmtica possvel a converso imediata entre o indexador utilizado e amoedacorrenteadotadanoPas,oqueprovaqueoindexadoralgocujovalorpodeserexpressoemmoeda.
H discusses tambm sobre a possibilidade de pagamento de tributo com ttulos da dvidapblica.Talhiptesedeextinoconfigura,a rigor,compensao tributriaprevistanoart.156, II,doCTN.O raciocnio simples: seocontribuintepossuium ttulodadvidapblicacontradeterminadoente federadoedeve tributoa estemesmoente, asobrigaes se extinguematomontante emque secompensarem. Da caracterizao da hiptese como compensao decorre a necessidade de leiautorizativaparaautilizaodos ttulosdadvidapblicanaextinodocrdito tributrio (CTN,art.170).
Prestaocompulsria
Otributoreceitaderivada,cobradapeloEstado,nousodeseupoderdeimprio.Odeverdepag-lo,portanto,impostopelalei,sendoirrelevanteavontadedaspartes(credoredevedor).
verdadequesomentealeipodeobrigaralgumafazeroudeixardefazeralgumacoisa(CF,art.5.,II);assim,todaobrigaotemaleiporfonte(aomenosmediata).
Ocorre que so comuns os casos em que as obrigaes tm por fonte imediata o contrato, cujacelebraodependedamanifestaodevontadedocontratante.Assim,o locatrioobrigadoapagaraluguel,porqueassinouorespectivoinstrumentodecontrato,manifestandolivrementesuavontade.
1.3.3
Emse tratandodeobrigao tributria,contudo,a lei fontediretae imediata, de formaque seunascimentoindependedavontadeeatdoconhecimentodosujeitopassivo.Aregra,semexceo,acompulsoriedade(obrigatoriedade)enoavoluntariedade.Assim,oproprietriodeimvellocalizadona rea urbana do Municpio deve pagar o respectivo IPTU, no havendo espao para se falar emmanifestaodevontadenonascedourodaobrigao.
Prestaoquenoconstituisanodeatoilcito
exatamente neste ponto que reside a diferena entre tributo e multa. Apesar de ambos seremreceitas derivadas, a multa , por definio, justamente o que o tributo, tambm por definio, estproibidodeser:asano,apenalidadeporumatoilcito.
Esquematicamente,tem-se:
Aqui, uma importantssima observao. O dever de pagar tributo conforme ser detalhado emmomentooportunosurgecomaocorrncia,nomundoconcreto,deumahipteseabstratamenteprevistaem lei (o fato gerador). Portanto, se algum obtm disponibilidade econmica ou jurdica derendimentos,passaaserdevedordoimpostoderenda(CTN,art.43),mesmoseessesrendimentosforemoriundosdeumatoilcito,ouatcriminoso,comoacorrupo,otrficoilcitodeentorpecentesetc.
Ajustificativaparaoentendimentoque,nessescasos,noseestpunindooatocomotributo(apunioocorrernaesferapenale,seforocaso,naadministrativaecivil).Acobranaocorreporqueofato gerador (obteno de rendimentos) aconteceu e deve ser interpretado abstraindo-se da validadejurdicadosatospraticados(CTN,art.118,I).
AlgunsentendemqueoEstado,aotributarrendimentosoriundosdeatividadescriminosas,estariaseassociando ao crime e obtendo, imoralmente, recursos de uma atividade que ele mesmo probe.Entretanto, seria injustocobrar impostodaqueleque trabalhahonestamenteeconcederumaverdadeiraimunidade ao criminoso.Nessa linhade raciocnio, oSupremoTribunalFederal, ao julgarumcasosobretrficoilcitodeentorpecentes,entendeuque,antesdeseragressivamoralidade,atributaodoresultado econmico de tais atividades decorrncia do princpio da isonomia fiscal, de manifestainspiraotica(HabeasCorpus77.530-4/RS).
Esta possibilidade conhecida na doutrina como princpio do pecunia non olet (dinheiro nocheira).Aexpresso,hojetopopularentreostributaristas,surgiudeumasituao,nomnimo,curiosa.
1.3.4
Umdosmaisbem-sucedidos imperadores romanos,Vespasiano, instituiuum tributosemelhanteatualtaxaasercobradopelousodosmictriospblicos(latrinas).Seufilho,Tito,noconcordoucomfatogerador tomalcheiroso.Ao tomarconhecimentodas reclamaesdo filho,Vespasianosegurouumamoedadeouroelheperguntou:Olet?(Cheira?).Titorespondeu:Nonolet(Nocheira).
Noimportava,portanto,seofatogerador,lnalatrina,cheiravamal,odinheirodelprovenientenomantinhaocheirodaorigem.AsabedoriapopularexplicariaopensamentodeVespasianodeoutraforma:dinheirodinheiro.
Aplicando a lio histrica neste estudo, possvel afirmar que no importa se a situao malcheirosa(irregular,ilegaloucriminosa):seofatogeradorocorreu,otributodevido.
Assim, a ttulo de exemplo, para evitar o que aconteceu a Al Capone (condenado e preso porsonegao fiscal), o criminoso teria de informar os rendimentos do crime na declarao entregue ReceitaFederal,sobpenaderespondertambmpelasonegaofiscal.
Porfim,umltimopontoquemerecedestaqueacorrelaoentreaproibiodetributodecartersancionatrioeoprincpioqueprobea instituiodetributocomefeitodeconfisco (detalhadonoitem2.8).
O raciocnio bastante simples. A Constituio Federal, no seu art. 5., XLVI, b, prev apossibilidadedequealei,regulandoaindividualizaodapena,adote,entreoutras,adeperdadebens.Trata-sedeformalautorizaoparaaexistnciadeconfisconoBrasil,mastosomentecomopunio.
Ora, considerandoqueo tributonopode se constituir em sanopor ato ilcito e queo confiscosomente admitido no Brasil como pena, h de se concluir que o tributo no pode ter carterconfiscatrio,justamenteparanosetransformarnumasanoporatoilcito.
O entendimento foi expressamente adotado peloCESPE, quando, no concurso para provimento decargosdeAuditor-FiscaldaReceitaEstadualdoEstadodoEspritoSanto, comprovas realizadas em2009,consideroucorretaaseguinteassertiva:Oprincpiodanoutilizaode tributocomefeitodeconfisco d-se, principalmente, pela falta de correspondncia entre a punio de um ato ilcito e acobranadeumtributo.
Namesmalinha,aFundaoCarlosChagas,noconcursoparaprovimentodecargosdeAgenteFiscalde Rendas do Estado de So Paulo, promovido em 2009, considerou correta assertiva que afirmavaseremidentificveisnoconceitolegaldetributo,previstonoart.3.doCTN,osprincpiosdalegalidadeedavedaoaoefeitodeconfisco.Ora,obviamenteoprincpiodalegalidadesaltaaosolhosquandooCdigoafirmaqueotributoprestaoinstitudaemlei;joprincpiodavedaoaoefeitodeconfisco(no confisco), conforme explicado, alm da expressa previso constitucional, tambm reside naproibiolegaldequeotributoconfiguresanoporatoilcito,constantenoconceitodetributo.
Prestaoinstitudaemlei
Essaumaregrasemexceo:otributospodesercriadoporlei(complementarouordinria)ouatonormativodeigualfora(MedidaProvisria).Issodecorredoprincpiodemocrtico:comoaleiaprovadapelos representantesdopovo,pode-sedizer, aomenos teoricamente,queopovospagaos
1.3.5
tributosqueaceitoupagar.Tal ideia, no direito norte-americano, manifestada no brocardo No taxation without
representation (no haver cobrana de tributos sem representao). A representao exigida pelasentenaexatamenteaaprovaodacobranapormeiodosrepresentantesdopovo(legalidade).
Umaltimaobservaoimportante.Emboranohajaexceolegalidadequantoinstituiodetributos, existem vrias excees ao princpio quanto alterao de alquotas, conforme apontado noesquemaabaixo:
O detalhamento das excees, com seus respectivos limites, feito no Captulo 2, no item 2.5.2,relativoaoprincpiodalegalidade.
Prestaocobradamedianteatividadeadministrativaplenamentevinculada
Avinculaodaatividadedecobranado tributodecorredofatodeeleser institudopor leieseconfigurarcomoumaprestaocompulsria.Aautoridadetributrianopodeanalisarseconveniente,se oportuno cobrar o tributo.A cobrana feita demaneira vinculada, sem concesso de qualquermargem de discricionariedade ao administrador. Mesmo que o fiscal, o auditor ou o procurador sesensibilizemcomumasituaoconcreta,devemcobrarotributo.
muitoimportanteregistrarque,almdosentidoacimaanalisado,aspalavrasvinculado/vinculadaaparecememDireitoTributriocomdoisoutrossignificados.Emprovasobjetivasdeconcursopblico,muitoscandidatostmsidoprejudicadosporconfundirtaisacepes.
No obstante os conceitos serem aprofundados nos momentos oportunos, desde j se prope acuidadosaanlisedoseguinteesquema:
Adefiniodetributo,acimadetalhada,nopossuiqualquerelementorelativodestinaolegaldoprodutodaarrecadao.Aocontrrio,inclusive,afirmadonoart.4.doCTNquetaldadoirrelevanteparadefiniranaturezajurdicaespecficadotributo.Apesardisto,nosjulgadosemquefoidiscutidaanaturezajurdicadascontribuiesdestinadasaoFundodeGarantiaporTempodeServioFGTS,oSuperiorTribunaldeJustiaentendeuqueofatodeaarrecadaonoserdestinadaaoerrio,devendosercarreadascontasvinculadasdosempregados,quepoderosacarseussaldosemcasodedespedidasem justa causa, demonstraria que a exao no tem carter tributrio (REsp 981.934/SP).Posteriormente,oTribunalsumulouseuentendimentonosseguintetermos:
STJ Smula 353 As disposies do Cdigo Tributrio Nacional no se aplicam scontribuiesparaoFGTS.
Registre-se que o art. 9. da Lei 4.320/1964 traz uma outra definio de tributo em que,expressamente,seexigequeoprodutodaarrecadaotributriasejadestinadoaocusteiodeatividades
1.4
gerais ou especficas exercidas pelas pessoas jurdicas de direito pblico. Numa prova subjetiva deconcursopblicoemque sejanecessrio fundamentaroposicionamentodoSTJ, conveniente citarodispositivo.Nasprovasdedireitofinanceiro,quenormalmentesofiisseguidorasdasdisposiesdaLei 4.320/1964, tal norma tambm deve ser utilizada. Nos demais casos, aconselha-se ao candidatoseguirestritamenteadefinioconstantedoart.3.doCTN.
OprincipalefeitodateseencampadapeloSuperiorTribunaldeJustiafoiodedefinirque,pornoserem tributos, as contribuiesparaoFGTSno esto sujeitas aoprazoprescricional de cinco anosestabelecidonoart.174doCTN.Seriamaelasaplicveisosartigos23,5,daLei8.036/1990e55doRegulamentodoFGTS(aprovadopeloDecreto99.684/1990),naparteemqueressalvamprivilgiodoFGTSprescriotrintenria.RaciocinavamdeformasemelhanteoTribunalSuperiordoTrabalho(Smula 362) e o Supremo Tribunal Federal, tanto na sua Primeira Turma (RE 134.328), quanto naSegunda(RE120.189).
Noentanto,aojulgarRecursoExtraordinriocomAgravo(ARE)709212/DF,comrepercussogeralreconhecida,oPlenriodoSupremoTribunalFederaldecidiuqueasnormasquepreveemaprescriotrintenriaso incompatveiscomodisposto incisoXXIX,doartigo7,daCF/88,queprev,paraoscrditos resultantesdas relaesde trabalho,aaplicaodoprazoprescricionaldecincoanos,atolimitededoisanosapsaextinodocontratode trabalho.este,portanto,oprazoprescricionalaplicvelparaacobranadascontribuiesparaoFGTS.
Contudo,reconhecendoquesetratavadeumamudanacomseverasrepercussesmateriaisque,sedotadadeeficciaretroativa,poderiatrazersriosdanosseguranajurdica,oSTFdecidiudarefeitosprospectivosdeciso,deformaqueelapassouaseraplicvelapartirdodia13denovembrode2014,datadojulgamento.
Paraosobjetivosdessaobra,fundamentalressaltarqueoSupremoTribunalFederalnomudouoseu entendimento no sentido de que as contribuies para o FGTS no so tributos, o que foiclaramentedestacadonovotodoMinistroGilmarMendes,relatordoprocesso.Assim,hdeserepisarque o fundamento para aplicao daprescrioquinquenal ao FGTS (CF, art. 7, XXIX) no possuiqualquercorrelaocomasnormasdoCdigoTributrioNacional.
OSTRIBUTOSEMESPCIES
http://goo.gl/Z9SveZ
A controvrsia sobre a classificao dos tributos em espcies fez com que surgissem quatroprincipaiscorrentesarespeitodoassunto:aprimeira,dualista,bipartidaoubipartite,queafirmaseremespciestributriassomenteosimpostoseastaxas;asegunda,atripartida,tricotmicaou tripartite,quedivideos tributosem impostos, taxasecontribuiesdemelhoria;a terceira,apentapartidaouquinquipartida, que a estes acrescenta os emprstimos compulsrios e as contribuies especiaisprevistas nos arts. 149 e 149-AdaConstituioFederal e a ltima, aquadripartida, tetrapartida outetrapartite, que simplesmente junta todas as contribuies num s grupo, de forma que os tributosseriamimpostos,taxas,contribuieseemprstimoscompulsrios.
OCdigoTributrioNacionalCTN,noseuart.5.,dispequeos tributosso impostos, taxasecontribuiesdemelhoria,claramenteadotandoateoriadatripartiodasespciestributrias.
AlgunsentendemqueaConstituioFederalsegueamesmateoria,aoestabelecer,noseuart.145,que a Unio, os Estados, o Distrito Federal e os Municpios podem instituir impostos, taxas econtribuiesdemelhoria.Odispositivo,na realidade,no restringeas espcies tributrias s trsenumeradas, mas apenas agrupa aquelas cuja competncia para criao atribudasimultaneamenteaostrsentespolticos.Trata-se,portanto,denormaatributivadecompetncia enodenormaqueobjetivelistarexaustivamenteasespciesdetributoexistentesnoordenamentojurdicobrasileiro.
Neste ponto, importante perceber que, ainda na Seo que trata dos Princpios Gerais doSistema Tributrio Nacional (arts. 145 a 149-A), a Constituio Federal estatui outras regrasatributivas de competncia. Os emprstimos compulsrios esto previstos no art. 148, como decompetnciaexclusivadaUnio, o que justifica o fato de no haverem sido citados no art. 145, queenumeraapenasostributoscujainstituiopossvelatodososentespolticos.Raciocniosemelhanteaplicvelaosarts.149,queprevcomodecompetnciaexclusivadaUnioascontribuiesespeciais(comexceodaquefinanciaaprevidnciadosservidorespblicos,queobviamentepodeserinstitudapor todos os entes federados), e 149-A, que atribui exclusivamente ao DF e aos municpios acompetnciaparacriaodacontribuioparacusteiodoserviodeiluminaopblica.
Ao se deparar com o tema, o Supremo Tribunal Federal tem adotado a teoria da pentapartio.Apesardisso,extremamenteimportantedeixarclaroquemesmoosadeptosdateoriadatripartiodostributosentendemqueascontribuiesespeciaiseosemprstimoscompulsriossotributos,possuindonaturezajurdicadetaxasouimpostos,dependendodecomoaleidefiniuoseufatogerador,conformeanalisadoaseguir.
Graficamente, as duas teorias de maior relevncia prtica no direito brasileiro podem servisualizadasdaseguinteforma:
1.4.1 Adeterminaodanaturezajurdicaespecficadotributo
Nos termos do art. 4. doCTN, a natureza jurdica especfica do tributo determinada pelo fatogerador da respectiva obrigao, sendo irrelevantes para qualific-la a denominao e demaiscaractersticasformaisadotadaspelalei,bemcomoadestinaolegaldoprodutodesuaarrecadao.
Aanlisedofatogeradordotributofeitasobaticadaclassificaodostributoscomovinculadosounovinculados(aquiseadotaaexpressovinculadonumsentidocompletamentediferentedaqueleutilizado na definio de tributo, pois a atividade de cobrana de todo e qualquer tributo semprevinculada).
Para classificar um tributo qualquer quanto ao fato gerador, deve-se perguntar se oEstado temderealizar,paravalidaracobrana,algumaatividadeespecficarelativaaosujeitopassivo(devedor).Searespostafornegativa, trata-sedeumtributonovinculado; se forpositiva,o tributovinculado (poissuacobranasevinculaaumaatividadeestatalespecificamentevoltadaaocontribuinte).
Assim,todososimpostossonovinculados.Sealgumobtmrendimentos,passaadeverimpostode renda; sepresta servios, deve ISS; se proprietriodeveculo automotor, deve IPVA.Repare-seque,emnenhumdessescasos,oEstadotemderealizarqualqueratividadereferidaaocontribuinte.Daaassertiva, correta e muito comum em doutrina, de que o imposto um tributo que no goza dereferibilidade.Alis,justamentepelofatodeserumtributonovinculadoaqualqueratividade,deixadeser argumento juridicamente relevante (apesardepoliticamente s-lo) afirmarque no sedevepagarIPVA,casoasrodoviasestejamesburacadas.
Note-sequeoCTN,emseuart.16,defineimpostocomosendootributocujaobrigaotemporfatogeradorumasituaoindependentedequalqueratividadeestatalespecfica,relativaaocontribuinte.Ora,pelo exposto, essa seria uma definio precisa de tributo no vinculado. Portanto, o imposto , porexcelncia,otributonovinculado.
J as taxas e contribuies de melhoria so, claramente, tributos vinculados, como se passa ademonstrar.
Oart.145,II,daCFdeixaclaroque,paraacobranadeumataxa,oEstadoprecisaexerceropoderdepolciaoudisponibilizaraocontribuinteumserviopblicoespecficoedivisvel.
Damesmaforma,acobranadacontribuiodemelhoriadependedeumaanterioratividadeestatal. necessrio que o ente federado (Unio, Estado, Distrito Federal ou Municpio) realize uma obra
pblicadaqualdecorravalorizaoimobiliria.Registre-sequeaescoladabipartiodasespciestributrias,baseadanaclassificaodostributos
como vinculados ou no vinculados, entende que somente existem duas espcies de tributos: os quepossuemnaturezadeimpostos(novinculados)eosquepossuemnaturezadetaxas(vinculados).Paraosadeptosdateoria,tantoostributosqueodireitobrasileirodenominataxas,quantoaquelesoficialmentetratadoscomocontribuiesdemelhoria,teriamnaturezadetaxas,porqueigualmentevinculadosaumaatividadeestatal.
Aclassificaoesposadapordoutrinaminoritriae,apesardenoserseguidaformalmentepelodireitobrasileiro, foiobjetodequestodaprovadoconcursoparaProcuradorFederal,aplicadapeloCESPE em 2006. A banca, expressamente invocando a teoria dualista, considerou correta a seguinteassertiva: NoSistemaTributrioNacional, para efeitos didticos, os tributos so divididos em duasclasses:tributosquetmnaturezadeimpostos,ouseja,novinculadosaumacontraprestaoestataletributosquetmnaturezadetaxa,compostapelostributosvinculadosaumacontraprestaoestatal.
De qualquer forma, se adotada a teoria tripartida, como o faz o Cdigo Tributrio Nacional, oproblemada identificaodanatureza jurdicaespecficado tributoestaria resolvido.Seo tributo forno vinculado, um imposto; se for vinculado, ou taxa ou contribuio de melhoria. Como o fatogerador desta contribuio inconfundvel (valorizao imobiliria decorrente de obra pblica), aclassificaoestariaimuneaequvocos.
Esquematicamente,a infalvel tcnicadeidentificaodanaturezajurdicadostributospoderiaservisualizadadaseguinteforma:
a)
b)
Todavia, apesar de tecnicamente superior, a doutrina adotada pela escola tricotmica traz algunsproblemasprticos,inviabilizando,porvezes,algumasmanobrasqueamalsinadasedearrecadatriadoEstadopareceexigir.Doisexemplosratificamaafirmao:
apsaEmendaConstitucional33,aConstituiopassouapreverque,comexceodoICMS,doIIedoIE,nenhumoutroimpostoantessefalavanenhumoutrotributopoderincidirsobrealgumas operaes, dentre elas as relativas a combustveis no Pas (CF, art. 155, 3.). Oprincipalobjetivodaalterao foipossibilitara incidnciadadenominadaCIDE-combustveis(CF, art. 177, 4.). Na linha da escola tricotmica, a manobra no seria possvel, pois talcontribuio, tendo por fato gerador uma situao independente de qualquer atividade estatalespecficarelativaaocontribuinte,seriaumimposto;eacobrana,inconstitucional.entendimentopacficoe sumuladodoSTFqueoserviode iluminaopblicanopodeserremunerado mediante taxa (Enunciado da Smula Vinculante 41). A fundamentao para oposicionamentoqueoservio,sendodecartergeral(utiuniversi),ouseja,prestadoapessoasindeterminadas (ou, aomenos, indeterminveis), no atende aos requisitos de especificidade edivisibilidade, devendo ser remunerado com a arrecadao dos impostos.Visando a driblar oentendimento, foi promulgada a EC 39/2002, que conferiu competncia aos Municpios e aoDistrito Federal para instituir uma contribuio para o custeio do servio de iluminaopblica.Novamente,na linhadaescola tricotmica,acobranaseria impossvel,umavezque,
emvirtudedeofatogeradordaexaoserumaatividadeestatal(serviodeiluminaopblica),o tributo vinculado, no podendo ser considerado imposto. Tambm no seria possvelconsider-loumacontribuiodemelhoria,que temfatogeradorpeculiar.Restariadizerqueanovaexaoavelhataxadeiluminaopblica,travestidanumaroupagemdecontribuio.Tambmaquipairariaasuspeitadeinconstitucionalidade,pois,apesardeaprevisodecorrerdeEmendaConstituio,seriaplausvelatesedequeviolarialimitaoconstitucionalaopoderdetributar e garantia individual do contribuinte consistente na impossibilidade de cobrana detributodestinadoespecificamenteacustearserviopbliconoespecficoouindivisvel.
Assim, v-se que a adoo da pentapartio das espcies tributrias, antes de ser tecnicamentesofrvel,bastanteconvenienteaosinteressesarrecadatriosestatais.
Nesse ponto, surge um problema difcil de contornar. Ao comparar as contribuies parafinanciamentodaseguridadesocialathojecriadascomosimpostos,percebe-sequeosfatosgeradoresnoservemparadistinguirasduasfigurastributrias(porexemplo,ofatogeradordoImpostodeRendadasPessoasJurdicasIRPJpraticamenteidnticoaodaContribuioSocialsobreoLucroLquidoCSLL), as diferenas perceptveis so, apenas, o nome ea destinao do produto da arrecadao.Contudo,ambossocritriosconsideradosirrelevantespelocitadoart.4.doCTN.
A nica maneira de diferenci-los e de salvar a teoria da pentapartio considerar que anormatividade do art. 4. foi parcialmente no recepcionada pela Constituio Federal de 1988, nosendomaisaplicvelscontribuiesespeciaiseaosemprstimoscompulsrios(estesssedistinguemdas demais espcies pelo fato de serem ou, ao menos, deverem ser restituveis pelo destino daarrecadao).
Umltimoaspectodignodenota.EmvirtudedeaConstituioFederal,noart.145,2.,proibirqueastaxastenhambasesdeclculoprpriasdeimposto,pode-seconcluirque,almdofatogerador,torna-senecessrio,tambm,avaliarabasedeclculoparadecifrarsuanaturezajurdica.Dessaforma,umcotejoentrebasedeclculoefatogeradoromelhormtodoparaodeslindedaquesto.
Em concurso pblico, a questo dos aspectos a serem considerados para identificar a naturezajurdicaespecficadotributotemsidocobradadetrsformas:
1.Demaneiraliteral.Exemplo:
(ESAF/PROCURADORFORTALEZA/2002) Paraconhecimentodanaturezaespecficadasdiversasespcies tributriasprevistasnoSistemaTributrioNacional,essencialoexamedofatogeradordarespectivaobrigao,tendoemvistaque,luzdoCdigoTributrioNacional,anaturezajurdicaespecficadotributodeterminadapelofatogeradordarespectivaobrigao, sendo irrelevantes para qualific-la: a denominao e demais caractersticas formais adotadas pela lei e adestinaolegaldoprodutodasuaarrecadao.(CERTO)
2.Fazendoumaanlisecombinadadoart.145,2.,daCFcomoart.4.doCTN.Exemplo:
(PROCURADORDOESTADORN/2002)Anaturezajurdicaespecficadeumtributodadapelocotejoentreoseufatogeradoreasuabasedeclculo.(CERTO)
3. Em questes de nvel mais elevado, exigindo que o candidato conhea que a adoo da
1.4.2
classificao pentapartida dos tributos, como faz o direito brasileiro, implica, necessariamente, ainaplicabilidade s contribuies especiais e aos emprstimos compulsrios do art. 4. do CTN.Exemplo:
(CESPE/JUIZFEDERAL/TRF5/2006)ConsoanteoCTN,anatureza jurdicaespecficado tributodeterminadapelo fatogeradordarespectivaobrigao,sendoirrelevantes,paraqualific-la,tantoadenominaoedemaiscaractersticasformaisadotadaspela lei quantoadestinao legaldoprodutodasuaarrecadao.Todavia, comoadventodaConstituiode1988, os emprstimos compulsrios e as contribuies sociais assumiram o status de espcies tributrias. Algumasdessas exaes, todavia, tm fato gerador idntico ao dos impostos, o que torna inaplicvel a citada regra do CTN.(CERTO)
Osimpostos
Como dito anteriormente, os tributos podem ser vinculados ou no vinculados, dependendo danecessidade ou no de o Estado realizar alguma atividade especfica relativa ao contribuinte paralegitimar a cobrana. Quando o tributo vinculado, o ente tributante competente para institu-lo justamenteaquelequerealizaarespectivaatividadeestatal.Assim,quemrealizaaobradaqualdecorrevalorizao imobiliria cobra a contribuiodemelhoria; quemprestao serviopblico especfico edivisvelouexerceopoderdepolciacobraataxa.
Os impostos so, por definio, tributos no vinculados que incidem sobre manifestaes deriqueza do sujeito passivo (devedor). Justamente por isso, o imposto se sustenta sobre a ideia dasolidariedadesocial. As pessoas quemanifestam riqueza ficam obrigadas a contribuir com o Estado,fornecendo-lheosrecursosdequeesteprecisaparabuscaraconsecuodobemcomum.Assim,aquelesque obtm rendimentos, vendem mercadorias, so proprietrios de imveis em rea urbana, devemcontribuirrespectivamentecomaUnio(IR),comosEstados(ICMS)ecomosMunicpios(IPTU).Estesentesdevemusar tais recursosembenefciode todaa coletividade,de formaqueosmanifestantesderiqueza compulsoriamente se solidarizem com a sociedade. Em resumo, as taxas e contribuies demelhoriatmcarterretributivo(contraprestacional)eosimpostos,cartercontributivo.
importante perceber que os impostos no incorporam, no seu conceito, a destinao de suaarrecadaoaestaouquelaatividadeestatal.Alis,comoregra,avinculaodesuareceitaargo,fundo ou despesa proibida diretamente pela Constituio Federal (art. 167, IV). Portanto, alm deserem tributosnovinculados, os impostos so tributos de arrecadao no vinculada. Sua receitapresta-se ao financiamento das atividades gerais do Estado, remunerando os serviosuniversais (utiuniversi) que, por no gozarem de referibilidade (especificidade e divisibilidade), no podem sercusteadosporintermdiodetaxas.
AcompetnciaparainstituirimpostosatribudapelaConstituioFederaldemaneiraenumeradaeprivativaacadaentefederado.Assim,aUniopodeinstituirosseteimpostosprevistosnoart.153(II,IE,IR,IPI,IOF,ITReIGF);osEstados(eoDF),ostrsprevistosnoart.155(ITCMD,ICMSeIPVA);osMunicpios(eoDF),ostrsprevistosnoart.156(IPTU,ITBIeISS).Emprincpio,essaslistassoexaustivas (numerus clausus); entretanto, a Unio pode instituir, mediante lei complementar, novosimpostos,desdequesejamnocumulativosenotenhamfatogeradoroubasedeclculoprpriosdos
1.4.2.1
discriminadosnaConstituioFederal(art.154,I).achamadacompetnciatributriaresidual,quetambm existe para a criao de novas fontes destinadas a garantir a manuteno ou expanso daseguridadesocial(art.195,4.).Emambososcasos,ainstituiodependedeleicomplementar,oqueimpossibilitaautilizaodemedidasprovisrias(CF,art.62,1.,III).
Almdacompetnciaresidual,aUniodetmacompetnciaparacriar,naiminnciaounocasodeguerraexterna,impostosextraordinrios,compreendidosounoemsuacompetnciatributria(CF,art.154,II).
Nousodessacompetncia,denominadaextraordinria,aUniopoderdelinearcomofatogeradordos Impostos Extraordinrios de Guerra IEG praticamente qualquer base econmica no imune,inclusiveasatribudasconstitucionalmenteaosEstados,MunicpioseDistritoFederal(arts.155e156).Assim, seria possvel, em caso de guerra externa ou sua iminncia, a instituio de um ICMSextraordinrio federal.Noseriaumcasode invasodecompetnciaestadual,poisaUnioestariausandocompetnciaprpria,expressamenteatribudapelaConstituioFederal.Tem-se,aqui,onicocasodebitributao(cobranadomesmotributo,sobreomesmofatogerador,pordoisentestributantesdiversos) constitucionalmente autorizada.Dessa forma, possvel afirmar que, no tocante a impostos,somenteaUniopossuicompetnciatributriaprivativaabsoluta,pois,nocasodeguerraexternaousua iminncia, est autorizada a tributar as mesmas bases econmicas atribudas aos demais entespolticos.
Portanto,acompetnciaprivativaparaacriaodeimpostospodeservisualizadadaseguinteforma:
ORDINRIA EXTRAORDINRIA RESIDUAL
IPTU,
ITBI,
ISS
ITCMD,
ICMS,
IPVA
II,
IE,
IR,
IPI,
ITR,
IOF,
IGF
Impostosextraordinrios
deguerra
Novosimpostos
Requisitos:
-leicomplementar;
-novosFatosGeradores
eBasesdeClculo;
-nocumulat ividade.
Municpios(CF,art .156) Estados(CF,art .155) Unio
(CF,arts.153e154,IeII)DFcompetnciacumulat iva(CF,art .147)
Acriaodosimpostos
AConstituioFederalnocria tributos, apenas atribui competnciaparaqueos entespolticosofaam.Damesmaformaqueospenalistasdizemquenohcrimesemleianteriorqueodefina,pode-seafirmarquenohtributosemleianteriorqueodefina.Assim,apesardeaConstituioFederalatribuir Unio a competncia para a criao do imposto sobre grandes fortunas (art. 153, VII), a inrcialegislativafazcomqueessetributonoexistanoatualordenamentojurdico.
1.4.2.2
Enfim,paraquesejamcriados tributos,oente tributantedeveeditar lei (ouatonormativode igualhierarquia, diga-se, Medida Provisria) instituindo-os abstratamente, ou seja, definindo seus fatosgeradores,basesdeclculo,alquotasecontribuintes.
No tocante a impostos, todavia, a Constituio Federal exige que lei complementar de carternacionaldefinaosrespectivosfatosgeradores,basesdeclculoecontribuintes(art.146,III,a).Paraestaespcietributria,aamplitudedaautonomialegislativadesfrutadapelosentestributantesmenor,vistoquecondicionadaporlegislaonacional.Tudoissovisaaassegurarauniformidadedaincidnciatributriaemtodooterritrionacional,deformaadarconcretudeaoprincpiodaisonomia.
Apesar disso, importante ressaltar que o STF entende aplicvel ao exerccio da competnciatributria a regra de que, quando aUniodeixa de editar normas gerais, osEstados podemexercer acompetncia legislativaplena, conformedispeoart.24,3.,daCF (RE191.703-AgR/SP).OcasosubmetidoaoTribunalreferia-seaoIPVA,que,portersidoprevistoapenasnaConstituioFederalde1967(EmendaConstitucional27/1985),sequerfoimencionadonoCTN,editadoumanoantes.
Osimpostoseoprincpiodacapacidadecontributiva
Deacordocomoart.145,1.,daCF, semprequepossvel,os impostos terocarterpessoaleserograduadossegundoacapacidadeeconmicadocontribuinte,facultadoadministraotributria,especialmenteparaconferirefetividadeaessesobjetivos,identificar,respeitadososdireitosindividuaisenostermosdalei,opatrimnio,osrendimentoseasatividadeseconmicasdocontribuinte.
Tecnicamenteteriasidomelhorolegisladorconstituintetersereferidocapacidadecontributivaenocapacidadeeconmicadocontribuinte.Istoporquequemmanifestariquezademonstracapacidadeeconmica,massvezestalriquezanopodeseratingidapelopoderdetributardoEstado.Socasosemqueacapacidadeeconmicanocoincidecomacapacidadecontributiva.A ttulode exemplo,omilionrioturistaamericanoquepassafriasnoBrasilpossuicapacidadeeconmica,masnopodeterseusrendimentostributadosnopas,nopossuindo,porconseguinte,capacidadecontributiva.
Aredaoadotada,contudo,apesardenoseramaisprecisa,noserevelaerrada,umavezque,aoqualificaracapacidadeeconmicacomaexpressodocontribuinte,olegisladorconseguiu,porviatransversa,preveratributaocombasenacapacidadecontributiva.
Olegisladorconstituinte,naredaododispositivo,adotouaclassificaodosimpostoscomoreaisoupessoais.Assim,soreaisosimpostosque,emsuaincidncia,nolevamemconsideraoaspectospessoais, aspectos subjetivos. Ou seja, incidem objetivamente sobre determinada base econmica,incidemsobrecoisas.Attulodeexemplo,tm-seoIPTU,oIPVA,oITR,oIPI,oICMS.Dessaforma,seumsujeitopassaumanointeirojuntandodinheiroparacomprarosonhadotelevisor,vaipagar,embutidonopreo,omesmovalordeICMSqueomilionrioadquirentedeumaparelhoidnticoparaoquartodaempregada.Ao contrrio, sopessoais os impostos que incidem de forma subjetiva, considerando osaspectos pessoais do contribuinte. Nessa linha de raciocnio, a incidncia do imposto de renda personalizada,levandoemcontaaquantidadededependentes,osgastoscomsade,comeducao,comprevidnciasocialetc.
1.4.3
Olegisladorordinrio,aoelaborarasleisqueinstituamimpostos,deveobrigatoriamenteverificarapossibilidadedeconferircarterpessoalaotributo.Havendoviabilidade,apessoalidadeobrigatria.A finalidade clara do dispositivo dar concretude ao princpio da isonomia, tratando diferentementequem diferente, na proporodas diferenas (desigualdades) existentes. umamaneira de buscar ajustiasocial(redistribuirrenda)utilizando-sedajustiafiscal(pagamaisquempodepagarmais).
AConstituionoimpeaaplicaodoprincpioatodosostributos,masapenasaosimpostos,esomentequandopossvel.
Justamenteporisso,oCESPE,noconcursoparaProcuradorFederal,realizadoem2002,consideroucorretaaseguinteassertiva:Emboraoprincpiodaisonomiaaplique-setambmesferatributriaeseaproximeemmuitodoprincpiodacapacidadecontributiva,nemtodosostributossodelineadosnaleiemfunodacapacidadeeconmicadoscontribuintes.
Namesma linha de raciocnio, a ESAF, no concurso para Procurador doMunicpio de Fortaleza,tambm realizado em 2002, considerou incorreta, por tentar submeter regra todas as espciestributrias, a assertiva: Em consonncia com os princpios gerais ditados pelaConstituio Federal,referentesaoSistemaTributrioNacionalsemprequepossvel,ostributosterocarterpessoaleserograduadossegundoacapacidadeeconmicadocontribuinte(grifou-se).
J aFundaoCarlosChagas, seguindo a literalidade, tem sidomais incisiva e, no concursoparaAdvogadodaDESENBAHIA,nomesmoanode2002,consideroucorretaaafirmao:certoqueoprincpio da capacidade contributiva encontra-se intrinsecamente ligado ao da igualdade t