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OPORTUNIDADES CAçADORES DE CAçADORES DE LOJISTA DIRIGENTE A N O 3 6 · N ° 4 4 1 · J U L H O 2 0 1 1 · R $ 9 , 9 0 COMÉRCIO É O SETOR ONDE MAIS PESSOAS IDENTIFICAM CHANCES DE SUCESSO PARA ABRIR UMA EMPRESA NO BRASIL OPORTUNIDADES Jordana Trentin, da loja Trenteen e presidente da CDL Jovem de Caxias do Sul (RS) ENTREVISTA Estanislau Maria, do Akatu: o poder do consumidor consciente PERFIL Liga Retrô, a loja que começou na internet para só depois se instalar nas ruas E-COMMERCE Google lança programa para facilitar acesso de empresas na web

Dirigente Lojista 441

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Julho de 2011

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oportunidadescaçadores decaçadores de

lojistad i r i g e n t e an

o 36 · n° 441 · julho 2011 · r$ 9,90

ComérCio é o setor onde mais pessoas identifiCam ChanCes de suCesso para abrir uma empresa no brasil

oportunidades

Jordana Trentin, da loja Trenteen e presidente da CDL Jovem de

Caxias do Sul (RS)

entrevistaestanislau Maria, do akatu: o poder do consumidor consciente

perfilliga retrô, a loja que começou na internet para só depois se instalar nas ruas

e-coMMerceGoogle lança programa para facilitar acesso de empresas na web

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NESTA ediçÃo

o varejo brasileiro, no que se refe-re ao empreendedorismo, tem

duas faces. Se por um lado é o setor que mais atrai pessoas que abrem um negócio para explorar uma oportuni-dade de mercado, por outro é o que mais abriga aqueles que empreendem por mera necessidade de gerar renda.

A dualidade pode ser explicada pelo fato do comércio exigir investimentos iniciais menores e tecnologias mais acessíveis. No entanto, exige um prepa-ro cada vez maior, pois está se tornan-do uma atividade bastante complexa e sofi sticada para atender consumidores atentos aos serviços e diferenciais ofe-recidos pelo lojista. Planejar e inovar é essencial para se manter no mercado.

Responsável por implantar e difun-dir novas tendências de consumo junto à sociedade, o varejo atual acaba se transformando num celeiro de oportu-nidades. Apesar de ter mais chances de sucesso que um negócio por necessida-de, não deixa de exigir capacidade de realização, iniciativa, persistência, efi ci-ência e comprometimento com a quali-dade. As palavras do presidente da FCDL gaúcha, Vítor Koch, reproduzidas pela jornalista Cléia Schmitz na matéria de capa desta edição, defi nem muito bem o varejista empreendedor: “Não basta ser dono do próprio negócio, é preciso romper paradigmas, buscar novos con-ceitos e trabalhar com foco no futuro e na sustentabilidade do negócio”.

alexsandro VaninEditor

DIrETorIa CnDl

PrESIDEnTE Roque Pellizzaro Junior1º. VICE-PrESIDEnTE Vítor Augusto KochVICE-PrESIDEnTE Adão Henrique VICE-PrESIDEnTE Francisco Honório Pinheiro Alves VICE-PrESIDEnTE Geraldo César de AraújoVICE-PrESIDEnTE José César da CostaVICE-PrESIDEnTE Melchior Luiz Duarte de AbreuDIrETor aDMInISTraTIVo E FInanCEIro Silvio Antônio de Vasconcelos SouzaDIrETor Do DaSPC Roberto Alfeu Pena GomesDIrETor CDl jovem Samuel Torres de VasconcelosDIrETorES Ralph Baraúna Assayag, Maurício Stainoff, Sergio Alexandre Medeiros, Jair Francisco Gomes, Mar-celo Caetano Rosado Maia Batista, Mustafá Morhy Júnior, Paulo Gasparoto, Ilson Xavier Bozi, Maria do Socorro Teixeira Noronha, Antônio Xará, Fernando Luis Palaoro, Francisco Regis Cavalcanti Dias

DIrETorIaS ESPECIaISAdilson SchuenkeEmanuel Silva PereiraCelso Vilela GuimarãesGeovanne TellesValdir Luiz Della GiustinnaMarcelo SalesAntoine Youssef TawilJosé Manoel RamosEgnaldo Pedro da Silva

ConSElho SuPErIorRomão Tavares da Rocha, Aliomar Luciano dos Santos,

Geruza Lúcia de Nazareth, Francisco Freitas Cordeiro, Álvaro Cordoval de Carvalho

ConSElho FISCal Alberto Fontoura Nogueira da Cruz, Eduardo Melo Catão e Marcelino Campos (membros efetivos); Jayme Tas-sinari, Milton Araújo e Divino José Dias (suplentes)

SuPErInTEnDEnTE André Luiz PellizzaroSuPErVISÃo Luiz Santana

ConSElho DElIBEraTIVo Do SPC BraSIlPrESIDEnTE Itamar José da Silva VICE-PrESIDEnTE José César da Costa

ConSElho DE aDMInISTraÇÃo Do SPC BraSIlPrESIDEnTE Roberto Alfeu VICE-PrESIDEnTE Melchior L. D. de Abreu Filho DIrETor FInanCEIro Silvio Antônio de Vasconcelos Souza VICE-DIrETor FInanCEIro Marcelo Salles BarbosaDIrETor DE CoMunICaÇÃo Dr. Francisco de FreitasSuPErInTEnDEnTE Nival Martins Júnior

ConSElho FISCal Do SPC BraSIlLuiz Antônio Kuyava, Maria do Socorro Teixeira Noronha, Antoine Yossef Tawil

a revista Dirigente lojista é produzida pela Editora Empreendedor

DIrETor-EDITor Acari [email protected] DE CoMErCIalIZaÇÃo E MarKETInG Geraldo Nilson de [email protected]ÇÃo [email protected]ÇÃo-EXECuTIVa Alexsandro VaninrEPorTaGEM Camila Stähelin, Cléia Schmitz, Mateus Boing e Mônica PupoEDIÇÃo DE arTE Gustavo Cabral VazProjETo GrÁFICo Wilson WilliamsrEVISÃo Lu Coelho EDITora Do PorTal Da CnDl Ana Paula MeurerEDITora Do PorTal EMPrEEnDEDor Carla Kempinski

SEDESSão PauloDIrETor CoMErCIal Fernando Sant’Anna [email protected] DE ConTaS Osmar Escada Junior, Gerson Cândido dos Santos e Ana Carolina Canton de LimaRua Sabará, 566 – 9º andar – conjunto 92 – Higienópolis01239-010 – São Paulo – SPFone: (11) [email protected]

FlorianópolisEXECuTIVa DE aTEnDIMEnTo Joana [email protected] Padre Lourenço Rodrigues de Andrade, 496Santo Antônio de Lisboa – 88053-400 – Florianópolis – SCFone: (48) 3371-8666CEnTral DE CoMunICaÇÃoRua Anita Garibaldi, nº 79, sala 601 - CentroFone: (48) 3216-0600E-mail: [email protected]

ESCrITÓrIoS rEGIonaISrio de janeiroRua São José, 40 – 4º andar – Centro20010-020 – Rio de Janeiro – RJFones: (21) 2611-7996 / [email protected]íliaUlysses C. B. CavaCondomínio Ville de Montagne, Q. 01 Casa 81 - Lago Sul - 71680-357 - Brasília - DFFones: (61) 9975-6660 / [email protected] Grande do SulFlávio DuarteRua Silveiro 1301/104 – Morro Santa Tereza90850-000 – Porto Alegre – RSFone: (51) [email protected]áMerconeti Representação de Veículos de Comunicação Ltda / Ricardo TakigutiRua Dep. Atílio Almeida Barbosa, 76 – conjunto 3Boa Vista – 82560-460 – Curitiba – PRFone: (41) [email protected] Consultoria em Varejo Ltda / Hamilton MarcondesRua Ribeiro de Brito, 1111 – conjunto 605 – Boa Viagem 51021-310 – Recife – PE – Fone: (81) [email protected] GeraisSBF Representações / Sérgio Bernardes FariaAv. Getúlio Vargas, 1300 – 17º andar – conjunto 170430112-021 – Belo Horizonte – MG Fones: (31) 2125-2900 / [email protected]

ProDuÇÃo GrÁFICa Teixeira Gráfi ca e Editora

www.empreendedor.com.br

aSSInE a DIrIGEnTE lojISTa(61) 3213 2000 | [email protected] | www.cndl.org.br

SErVIÇo ao [email protected]

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A O S L O J I S T A S

a expansão de shoppings no País

é um fato incontestável que

se traduz em números objetivos. De

acordo com a Abrasce (Associação

Brasileira de Shopping Centers), atual-

mente existem 408 shoppings em fun-

cionamento, totalizando 9,3 milhões

de metros quadrados de lojas. Em

2010, o setor obteve um faturamento

de R$ 87 bilhões, ante R$ 74 bilhões

de 2009, um aumento de 17,5%. São

mais de 73 mil lojas instaladas nestes

centros de compras, gerando 732 mil

empregos diretos.

Apesar da grandeza desses núme-

ros, para a imensa maioria dos lojistas

de shoppings no Brasil, no entanto, nem

tudo são fl ores. Há grandes queixas

nesta relação. O contrato, por exemplo,

é atípico, de adesão e padrão em todo

o País, não sendo permitida qualquer

alteração em suas cláusulas. É o único

negócio no mercado que não possui

qualquer regulação. Preocupa também

o fato de que a única situação em que

a Lei do Inquilinato não se aplica é na

relação empreendedores e lojistas de

shoppings. Fruto desta rigidez e infl exi-

bilidade, a grande maioria, constituída

de empreendimentos de pequeno e

médio portes, não consegue sobrevi-

ver mais do que cinco anos.

Segundo pesquisa recente, realizada

pelo Conselho Nacional de Entidades do

Comércio de Shopping Center (Conecs),

que entrevistou 600 lojistas de shop-

pings no Brasil, dentre as difi culdades

impostas pelos contratos de locações

estão: cobrança de aluguel em dobro

no mês de dezembro de cada ano;

reajuste anual acima do índice de in-

fl ação ofi cial (INPC/IBGE), cobrança de

aluguéis progressivos e complementa-

res; cobrança de taxa de transferência

de locação ou rescisão antecipada, cujo

valor pode variar entre 10 e 20 aluguéis

mensais, entre outros.

O fato é que os grandes grupos de

empreendedores de shoppings pos-

suem força política para manter seus

contratos blindados, além de contar

com a participação de investidores

estrangeiros, abertura de capital na

bolsa de valores, fundos imobiliários,

fundos de pensões e apoio do BNDES.

Tramitam no Congresso Nacional pro-

jetos de lei que propõem um equi-

líbrio nesta relação. É preciso uma

mobilização permanente, um grande

debate e um diálogo franco e aberto

para que os lojistas consigam con-

quistar não apenas um espaço físico,

mas um espaço de respeito e justiça

de que são merecedores.

A CNDL (Confederação Nacional de

Dirigentes Lojistas), o Conecs, as fede-

rações de CDLs e as Câmaras de Diri-

gentes Lojistas pedem aos parlamen-

tares que sejam sensíveis ao solicitado

para que a relação proprietários de

shoppings e lojistas seja harmonizada,

possibilitando, assim, um crescimento

saudável para ambas as partes deste

importante segmento de mercado.

A DURA REALIDADE DOS

loJistas de sHoppinGs

roQue pelliZZaro JuniorPresidente da Confederação Nacional

de Dirigentes Lojistas (CNDL)

“É preciso uma mobilização

permanente para que os lojistas conquistem o

espaço de que são merecedores”

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8 l dirigente Lojista l juLho 2011

Í N D I C E

ediçÃo 10

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441Entrevista O coordenador de comunicação do Instituto Akatu, Estanislau Maria, fala sobre o consumidor consciente e como ele pode infl uenciar as vendas, não apenas pelo boicote, mas principalmente pela fi delidade e recomendação.

E-commerce O Google lançou, em parceria com o Sebrae e empresas de referência no mercado, o programa Conecte Seu Negócio, que visa facilitar e ampliar a entrada de empresários no mundo web. Veja como participar.

Perfil Conheça a história da Liga Retrô, loja que fez o caminho inverso: começou exclusivamente na internet e depois migrou para as ruas, onde repete o sucesso de venda de artigos esportivos com inspiração clássica.

38 Projeto de Loja A Di Fatto Interiores traz o conceito butique para arquitetos, designers de interiores e decoradores de Joinville (SC). Confi ra o estilo da loja, que conta com um showroom da Mosarte e espaço gourmet.

3832

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DIRIGENTE LOJISTA JULHO 2011 9

22Reportagem de capaO varejo é a principal porta de entrada de novos empreendedores no Brasil. O setor é a principal escolha tanto de brasileiros que empreendem por oportunidade de mercado – e por isso têm maiores chances de sucesso – quanto por aqueles que abrem um negócio por mera necessidade de gerar renda. Mas, independente da motivação, é preciso planejar e inovar.

SEÇÕES

6 Aos Lojistas

52 Tecnovarejo

26 Brasil Lojista

36 Informe Jurídico

62 Leitura

66 Agenda

OPINIÃO

64 De Olho no Cliente, por Luciana Carmo

56 Banho de Loja, por Kátia Bello

60 Ponto de Venda, por Caio Camargo

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10 l dirigente Lojista l juLho 2011

E N T R E V I S T A

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CÍRCULOvirtuoso

No tupi, ‘akatu’ signifi ca ao mesmo tempo semente boa e mundo melhor. Criado há dez anos no âmbito do Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade

Social, o Instituto Akatu é uma organização não-governamental, sem fi ns lucrativos, que trabalha

pelo consumo consciente. Na entrevista a seguir, o coordenador de comunicação do Akatu,

Estanislau Maria, fala sobre o que se espera de um consumidor consciente, como ele pode infl uenciar positivamente as empresas, como o País está evoluindo nesse sentido e qual o

principal obstáculo para o Brasil consumir de forma sustentável, entre outros assuntos.

estanislau Maria | Akatu

por mateus boinG

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E N T R E V I S T A

Dirigente Lojista – O que é um con-sumidor consciente? O que se es-pera dele?Estanislau Maria – Consumidor cons-ciente é aquele que tem noção dos impactos que o seu consumo produz nele próprio, na família, na econo-mia, na cidade e no meio ambien-te. E não só isso. Ele procura reduzir os impactos negativos e ampliar os impactos positivos porque assim me-lhora a qualidade de vida, fortalece a economia e contribui para a susten-tabilidade, ou seja, para a melhoria do meio ambiente.

Dirigente Lojista – O que dá mais resultado: boicotar produtos de empresas nocivas ao meio am-biente e à sociedade ou dar prefe-rência a produtos de empresas so-cial e ambientalmente corretas?Estanislau Maria – No caso do boi-cote, não vale a pena apenas boi-cotar, mas forçar a limpeza da ca-deia produtiva. O ideal não é tirar um agente do mercado porque daí reduzo a economia. Muitas vezes acaba-se comprando uma calça je-ans mais barata, por exemplo, por-que é uma cadeia suja, em que há imposto sonegado ou trabalhadores explorados, e o custo acaba caindo, mas o custo ambiental é enorme e o custo social maior ainda. Por outro lado, é preciso valorizar empresas com comportamento responsável. Comprar mais delas, contar para os amigos: olha, o meu supermercado recicla os resíduos e revende carne certifi cada, minha loja de eletrodo-mésticos não explora os trabalhado-res. Cria-se um círculo virtuoso. Da

Temos que fazer um trabalho paralelo:

ampliar a educação formal da população e ao mesmo tempo levar as mensagens e os conteúdos do

consumo consciente para que a população possa começar a se

conscientizar

mesma maneira que o consumidor deve boicotar, deve divulgar que a empresa é responsável. Vale a pena valorizar porque se cumpre os pre-ceitos da sustentabilidade.

Dirigente Lojista – Estaríamos em que posição num ranking hipo-tético do consumo consciente no mundo? Ou, por outra, como está o Brasil nessa área em relação a outros países?Estanislau Maria – Não há um mo-vimento mundial organizado do con-sumo consciente. O que posso falar é de impressões. Vemos um movi-mento muito grande de conscienti-zação na Europa. O consumo do eu-ropeu está mais conscientizado que o do brasileiro, até por uma diferen-ça básica: educação. Na América, o Brasil estaria atrás do Canadá, mas em relação a outros países está em pé de igualdade. Em outras áreas, como direito do consumidor, a gen-te está até na frente. A lei brasileira obriga a colocar na embalagem do produto a quantidade de gordura trans ou o carimbo livre de gordura trans. No México não tem isso. Na Argentina os produtos não vêm com data de validade, como determina o nosso código do consumidor. O Bra-sil está até mais à frente dos Esta-dos Unidos, se for comparar a nossa pegada ecológica com a sociedade de consumo americano. Os EUA têm um impacto muito maior no meio ambiente, são uma sociedade muito mais consumista que a nossa. Mas, no geral, o Brasil está na média. Só perde para o nível de consciência do canadense. E perdemos por cau-

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sa do nível de educação. Eles têm mais anos de escolaridade e nível de qualidade melhor.

Dirigente Lojista – No ranking de educação da Unesco, o Brasil ocupa o 88º lugar entre 127 países. Como criar consumidores conscientes num país deficiente em educação?Estanislau Maria – Esse é o gran-de problema hoje. É o problema do Brasil para todas as áreas. Temos que fazer um trabalho paralelo: ampliar a educação formal da po-pulação e ao mesmo tempo levar as mensagens e os conteúdos do consumo consciente para que a po-pulação possa começar a se cons-cientizar. Hoje a questão da quali-dade de vida nas cidades, o excesso de poluição, o excesso de carros, a violência, o trabalho exagerado, o problema na coleta e reposição dos resíduos já são tão grandes que não podemos esperar aumentar a educação da população para depois começar a trabalhar na conscien-tização do consumo consciente. O processo tem que ser paralelo. Mas o maior problema hoje é esse: a fal-ta de educação formal.

Dirigente Lojista – Que impacto teve o aumento do poder aquisi-tivo das classes C e D no perfil do consumidor brasileiro?Estanislau Maria – Segundo a Fun-dação Getulio Vargas do Rio, em pesquisa divulgada recentemente, o governo Lula colocou 40 milhões de pessoas na chamada nova classe C. Houve um ganho de renda mui-to grande nessa faixa, que tinha um

consumo represado. Havia necessi-dades básicas muito grandes que não podiam ser satisfeitas por causa do limite de renda. Daí que tivemos um aumento grande na fatia dos chama-dos consumidores indiferentes. Por outro lado, na pesquisa de 2006 do Akatu sobre o perfi l do consumidor brasileiro tínhamos 5% na categoria dos conscientes, que é o núcleo mais duro, são os infl uenciadores, aqueles que já tomaram consciência do con-sumo, já mudaram os atos de con-sumo diário, já infl uenciaram outras pessoas. Na pesquisa de 2010, esse grupo permaneceu em 5%, mes-mo com o crescimento enorme no consumo e inclusão de uma parcela enorme com necessidades represa-das. Se considerarmos que a popu-lação cresceu de 2006 para 2010, mantidos os 5%, quer dizer que, em números absolutos, aumentou o nú-

Há um percentual alto de pessoas com valores do consumo

consciente, mas para partir da consciência para a mobilização

você precisa de uma força para tirá-las da inércia. Informação e exemplo são as melhores armas

mero de consumidores conscientes. Esse é um dado positivo.

Dirigente Lojista – Como fazer com que o consumidor não apenas ad-quira valores de consumo cons-ciente, mas também coloque em prática e divulgue a causa?Estanislau Maria – Há uma diferença entre valores do consumo consciente e comportamento do consumo cons-ciente. O Akatu trabalha em três ní-veis: sensibilização, conscientização e mobilização. Então, há um percentual alto de pessoas com valores do con-sumo consciente, mas para partir da consciência para a mobilização, da teo-ria para a prática, você precisa de uma força para tirá-las da inércia. E a infor-mação é a melhor arma. Informação e exemplo. O consumidor que tem essa consciência mas ainda não a põe em prática, quando vir os resultados que vizinhos, amigos obtiveram vai pensar que é possível fazer a mesma coisa. Então são dois os pontos: é o exem-plo, uma comunidade de referência, pessoas que infl uenciam, o reforço positivo, como dizem os psicólogos. E informação, porque muitas vezes as pessoas dizem: eu concordo com as questões do consumo consciente, con-cordo que tenho que vigiar meus for-necedores e cobrar que eles tenham responsabilidade social e ambiental. Mas como fazer isso, tem selo? Como sei que a carne que eu compro tem origem legal ou não? A comunidade de referência, que reforça a atitude dele, e sobretudo a informação levam a uma convergência do percentual de consciência e do percentual de com-portamento para o consumo.

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Comércio é a principal escolha tanto de brasileiros que empreendem por oportunidade quanto por aqueles que abrem negócio por mera necessidade

C A P A | E M P R E E N D E D O R I S M O

PORTA DEentrada

por Cléia sChmitZ

o varejo é a principal porta de en-trada de novos empreendedo-

res no Brasil. A conclusão é da última Pesquisa Global Entrepreneurship Mo-nitor (GEM 2010 – 11ª edição), reali-zada no Brasil pelo Instituto Brasileiro da Qualidade e Produtividade (IBQP) em parceria com o Sebrae. O estudo mostra que o Brasil é um país cada vez mais empreendedor e o comér-cio é a atividade onde mais se en-xergam chances de sucesso. De cada 100 empresários que abrem negócios por perceberem uma oportunidade de mercado, 25 se tornam donos de lojas. Mas o comércio também é a escolha de 26% dos empreendedores que montam uma empresa por mera necessidade de gerar renda.

Esses dados da Pesquisa GEM re-

velam duas faces do varejo no Brasil: de um lado, um número crescente de negócios que tendem a ser mais pro-missores por terem sido criados com base em necessidades do mercado; de outro, lojas que, em geral, têm baixa expectativa de vida – afi nal, só foram abertas porque seus empreendedores não encontraram outra opção para ganhar dinheiro. “É claro que as em-presas criadas por necessidade podem virar grandes negócios, mas os empre-endedores por oportunidade tendem a ser mais bem-sucedidos porque estão melhor direcionados”, explica Romeu Friedlaender, economista do IBQP.

O comércio varejista também res-ponde pela maioria das microem-presas no Brasil. De acordo com o Sebrae, a atividade representa 52%

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olHar atentoFoi observando o interesse dos clientes na loja da mãe que Jordana Trentin decidiu

apostar num novo negócio: uma loja de “soluções para presentes”, a Trenteen

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do total desses negócios, seguido do setor de serviços, com 33%, e da in-dústria, com 11%. Para se ter uma ideia da importância dessa represen-tatividade, as micro e pequenas em-presas (MPEs) geraram mais de 68% do total de empregos criados no País em maio passado, segundo o Cadas-tro Geral de Empregados e Desem-pregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego. O varejo tam-bém lidera o número de empreende-dores individuais (EI) formalizados, com 39% das adesões a esta nova

fi gura jurídica, criada em 2009. Especialista em varejo, o consultor

Eugênio Foganholo lista duas razões para o comércio despertar o interesse de tantos empreendedores brasileiros. “A primeira é que os investidores es-tão percebendo que o varejo está cres-cendo a taxas até maiores do que o PIB (Produto Interno Bruto), o que de fato tem acontecido nos últimos anos”, destaca Foganholo. No ano passado, segundo dados da Pesquisa Mensal do Comércio, realizada pelo IBGE, as vendas do comércio brasileiro acumu-laram um crescimento de 10,9% em comparação aos resultados de 2009. No mesmo período, a receita nominal apresentou uma evolução de 14,5%.

acesso fácilSegundo Foganholo, a outra razão

para a atividade varejista ser escolhi-da por 25% dos novos empreende-dores é o fato dela apresentar baixa barreira de entrada. “O varejo permite investimentos iniciais relativamente modestos e tecnologias mais aces-síveis”, explica. De fato, a 11ª GEM mostrou que 58,1% dos empreendi-mentos que fi zeram parte do univer-so da pesquisa demandaram investi-mentos de menos de R$ 10 mil para serem abertos. Apenas 18,9% deles exigiram gastos superiores a R$ 30 mil. A pesquisa também mostrou que 36% dos valores usados para abrir o negócio eram de capital próprio. Nos Estados Unidos, esse percentual é de 86%, e na China, 67%.

Para Vítor Koch, presidente da Fe-deração das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Rio Grande do Sul (FCDL/RS) e do Conselho Deliberativo do Se-

Varejo tem crescido a taxas até

maiores do que o piB nos últimos

anos

euGÊnio foGanHoloVarejo permite investimentos iniciais relativamente modestos e tecnologias mais acessíveis

C A P A | E M P R E E N D E D O R I S M O

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brae no estado gaúcho, esta postura empreendedora observada no setor de comércio refl ete as mudanças ocorridas no varejo nos últimos anos e também as que estão por vir – no-vas tecnologias e, sobretudo, a impor-tância cada vez maior do controle das informações. “O varejo tem sido res-ponsável por implantar e difundir as novas tendências do consumo junto à sociedade e, por isso, se coloca como importante elo entre o setor industrial e o consumidor”, avalia Koch.

O dirigente afi rma que o cenário exigido para o varejo atual é total-mente compatível com as caracte-rísticas necessárias ao empreende-dorismo – capacidade de realização, iniciativa, persistência, efi ciência e comprometimento com a qualidade. “Não basta ser dono do próprio ne-gócio, é preciso romper paradigmas, buscar novos conceitos e trabalhar com foco no futuro e na sustentabi-lidade do negócio”, destaca Koch. No fi nal do ano passado, a FCDL/RS lan-çou o programa Q Comércio, cuja pro-posta é levar os critérios de qualidade estabelecidos pela Fundação Nacional da Qualidade (FNQ) aos 75 mil lojistas associados à federação.

O programa utiliza um software especialmente direcionado para as atividades de gestão de projetos e processos das empresas. Desta for-ma, é possível trabalhar com indica-dores referências e, assim, verifi car e analisar os pontos que precisam ser desenvolvidos ou aqueles que estão com nível de excelência adequado. As empresas que conquistarem de-sempenho de excelência em seus processos receberão o Certifi cado de

A 11ª edição da Pesquisa GEM constatou que o comércio é a atividade que mais oferece oportunidades aos novos empreendedores. De cada 100 empresários que abrem um negócio por oportunidade no Brasil, 25 são varejistas.

A GEM colocou o Brasil como o país com a maior taxa empreendedora do G20 (grupo composto pelas maiores economias do mundo) e também do Bric (grupo que reúne Brasil, Rússia, Índia e China). A taxa de empreendedores em estágio inicial (TEA) é de 17,5% da população adulta (18 a 64 anos), cerca de 21,1 milhões de brasileiros.

Dados do Sebrae mostram que o comércio responde por 52% das microempresas brasileiras e por 39% dos empreendedores individuais formalizados.

Em maio deste ano, as micro e pequenas empresas brasileiras foram responsáveis pela geração de mais de 68% de todos os empregos criados no mês. O comércio participou com 13,6% dos postos de trabalhos criados pelas MPEs.

COMÉRCIO EMPREENDEDOR

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18 l dirigente Lojista l juLho 2011

Bruno QuicK, do seBraePolíticas públicas com menos impostos e menos burocracia para que MPEs sobrevivam, prosperem e se desenvolvam

mais exigente não só em relação a produtos e preços, mas principalmente quanto aos serviços e diferenciais ofe-recidos pelo lojista. “O problema é que aos olhos de quem está entrando, o varejo pode não parecer tão complexo quanto realmente é”, diz o consultor. Mas Foganholo acredita que é só uma questão de tempo para que esses em-preendedores percebam a necessida-de de planejarem seus negócios.

“Antes de qualquer coisa, é preciso pesquisar a oferta local e defi nir clara-mente o tipo de público e de produto que a sua loja vai oferecer”, recomen-da Foganholo. Mas não é só. Para o consultor, uma das principais condi-ções para criar uma loja competitiva é que o lojista seja capaz de responder com segurança à seguinte pergunta: quais são as razões com que fará que o meu cliente venha à minha loja, ou seja, quais são os diferenciais que eu ofereço em relação aos concorrentes? “A meu ver, há uma profi ssionalização desses novos empreendedores, o que tende a criar mais condições de so-brevivência aos negócios.”

O problema é que o Brasil aumen-tou sua taxa de empreendedorismo inicial, mas ainda investe pouco em educação empreendedora. Isso quer dizer que ainda tem muita gente abrindo negócio no escuro. “Quando o assunto é preparar para empreender, ainda estamos engatinhando”, afi rma Juliano Seabra, diretor de Educação, Pesquisa e Cultura da Endeavor, ins-tituição que trabalha pelo empreen-dedorismo de qualidade. Enquanto no Chile 40% dos adultos tiveram treina-mento para montar seus negócios, no Brasil esse índice foi apenas de 9% e,

Qualidade emitido pela FCDL/RS e pela CDL local. Também conquistará o Selo de Qualidade para ser usado nas vitrinas de seus estabelecimentos a fi m de mostrar a seus clientes e for-necedores que aquela loja alcançou grau de excelência.

O consultor Eugênio Foganholo lem-bra que o comércio exige um preparo cada vez maior de seus donos, pois está se tornando uma atividade bas-tante complexa e sofi sticada. Com o aumento da competitividade, nunca é demais reforçar que o consumidor está

O consumidor está mais

exigente em relação aos

produtos e preços e aos serviços e diferenciais

oferecidos

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destes, apenas 3% receberam orien-tação nas universidades.

Exemplo maternoA lojista e presidente da CDL Jovem

de Caxias do Sul (RS) Jordana Marcílio Trentin, 26 anos, teve a sorte de ter uma escola em casa. Desde os 16 anos ela trabalha na loja da mãe, Marli Tren-tin, um comércio de artigos de decora-ção e utilidades para o lar, em Caxias do Sul (RS). Começou como telefonis-ta e hoje exerce a função de diretora administrativa. “Fiz administração de empresas, mas minha melhor faculda-de foi na loja de minha mãe”, conta Jordana. E foi observando o interesse dos clientes por pequenos itens colo-cados na “boca” do caixa da loja que ela decidiu apostar num novo negócio: uma loja de “soluções para presentes”. Assim nasceu a Trenteen, focada em itens criativos e inusitados.

O negócio ainda não c0mpletou um ano de vida, mas Jordana tem a segurança de quem fez a lição de casa antes de investir. “Pesquisei mercado, produto, fui a feiras. Mas iniciar um negócio não é nada fácil. Tive difi cul-dades em conseguir linhas de crédito e sei que, fi nanceiramente, demora muito para dar retorno. Mas o público gostou muito da proposta”, afi rma a lojista. Fascinada por varejo, Jordana garante que não pretende fazer ou-tra coisa da vida. “Minha mãe ainda me pergunta se tenho certeza de que é isso que eu quero porque, afi nal, o comércio é sacrifi cante, precisamos trabalhar muitas horas, inclusive fi ns de semana. Mas eu adoro o que faço e quero me especializar em varejo.”

Assim como Jordana, o goiano

vÍtor KocH, da fcdl/rsPostura empreendedora observada no comércio refl ete as mudanças ocorridas no varejo nos últimos anos e também as que estão por vir – novas tecnologias e, sobretudo, a importância cada vez maior do controle das informações

Leandro Rodrigues Almeida também acabou empreendendo por uma necessidade do mercado. Dono de uma editora, seu pai tinha difi culda-des na distribuição de livros e deci-diu montar uma livraria para fazer a comercialização das obras. Hoje, a Leart atua como editora, distribui-dora e livraria. “O varejo não tem operações simples, por isso, desde o início sempre procurei aprimorar meus conhecimentos administra-tivos”, conta Leandro. “Passei por muitos desafi os para elaborar o pla-no de negócios. Muitos fracassaram porque eu estava muito envolvido no fazer a empresa e pouco no pla-nejar”, reconhece o comerciante.

“É preciso romper

paradigmas, buscar novos

conceitos e trabalhar

com foco na sustentabilidade

do negócio”, diz Koch

Div

ulga

ção

FCD

l/rS

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leandro rodriGues, da leart“O varejo não tem operações simples, por isso, desde o início sempre procurei aprimorar meus conhecimentos administrativos”

“Quando o assunto é

preparar para empreender, ainda estamos

engatinhando”, diz Juliano

Seabra

Já o pipoqueiro Valdir Novaki, 41 anos, passou 13 anos de sua vida planejando o que faria para se dife-renciar da concorrência quando con-seguisse a licença da prefeitura de Curitiba para montar um carrinho de pipoca. Hoje, cinco anos depois, ele ganhou fama por suas estratégias de venda: pipoca feita na hora, preço menor, cartão fi delidade e kit de hi-giene, composto por guardanapo, fi o dental e bala de hortelã. “A ideia do kit surgiu no dia que vi uma cliente limpar a mão com o próprio saquinho da pipoca. Fiquei constrangido”, conta

Valdir. Diariamente, ele recebe cerca de 500 clientes fi éis e tantos outros que prefere não revelar.

Valdir é um exemplo de empre-endedor por necessidade. Ele conta que quando chegou do interior do estado a Curitiba, aos 18 anos, tinha sérias difi culdades em arranjar um emprego. “Eu tinha estudado só até a 4ª série e sabia que só conseguiria uma renda melhor com um negócio próprio.” Assim que conseguiu juntar dinheiro sufi ciente, comprou seu pri-meiro carrinho de pipoca e passou a atuar em eventos. Num fi m de sema-

C A P A | E M P R E E N D E D O R I S M O

Divulgação Sílvio Simões/Sebrae

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dirigente Lojista l juLho 2011 l 21

diferenciais planeJadosValdir começou o negócio por necessidade, mas ganhou fama por suas estratégiasde venda: pipoca feita na hora, preço menor, cartão fi delidade e kit de higiene

“Pequena empresa tem crédito com o País porque emprega na

economia formal seis em cada dez trabalhadores”,

diz Quick

na conseguia tirar mais do que num mês de trabalho como manobrista num estacionamento. Recentemen-te, ele se formalizou como empreen-dedor individual e já faz planos para contratar um funcionário. “Depois que dei entrevista para a Globo, minha clientela triplicou.”

Para o gerente da Unidade de Políticas Públicas do Sebrae, Bruno Quick, o empreendedorismo do co-mércio varejista e de todas as MPEs deveria ser melhor recompensado com um ambiente mais favorável a esses negócios. “A pequena em-

presa tem crédito com o País porque ela emprega na economia formal seis em cada dez trabalhadores. Entretan-to, sua participação no PIB ainda é de apenas 20%. Essa equação não fe-cha”, argumenta. Para Quick, ter polí-ticas públicas com menos impostos e menos burocracia para que elas sobre-vivam, prosperem e se desenvolvam é fundamental para ter quantidade e qualidade de postos de trabalho. Só assim o alto índice de empreendedo-rismo do comércio poderá refl etir em bons negócios tanto para seus pro-prietários quanto para o País.

Divulgação la Imagen

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22 l dirigente Lojista l juLho 2011

E - C O M M E R C E

sua loJa NA WEB

por Camila stÄhelin

Projeto lançado no Brasil oferece suporte técnico e estratégico para a entrada das micro e

pequenas empresas no mundo virtual

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dirigente Lojista l juLho 2011 l 23

Vantagens1. Hospedagem e criação do site gratuitos2. Suporte técnico e estratégico3. Equipamentos com descontos4. Divulgação do seu site pelo Google

aperfeiçoamentoFique atento ao conjunto de soluções “Internet para Pequenos Negócios”, lançado pelo Sebrae. São palestras e ofi cinas presenciais e a distância sobre a temática.Na versão presencial, por exemplo, estão disponíveis nas unidades es-taduais as seguintes ofi cinas: ‘Como criar um site de sucesso’, ‘Como usar um blog para a sua empresa’ e ‘Como abrir uma loja virtual’.

CONECTE SEU NEGÓCIO

Passo a passo1. Acesse www.conecteseunegocio.com.br2. Faça seu cadastro3. Verifi que se o domínio (nome do seu site) está disponível4. Escolha o plano (detalhes como suporte de e-mail, ferramentas para analisar tráfego, dentre outros)5. Desenhe sua página (escolha o modelo e as cores e fontes)

6. Divulgue seu website

Passo a passo1. Acesse www.conecteseunegocio.com.br2. Faça seu cadastro3. Verifi que se o domínio (nome do seu site) está disponível4. Escolha o plano (detalhes como suporte de e-mail, ferramentas para analisar tráfego, dentre outros)5. Desenhe sua página (escolha o modelo e as cores e fontes)

6. Divulgue seu website

uma busca rápida na internet traz uma infi nidade de manuais e

dicas de como criar uma loja virtual. Isso mostra que estar na web deixou de ser privilégio das grandes marcas, e que qualquer pequeno negócio pode ter seu próprio site. Mas, na hora de ingressar na rede, é fácil esbarrar em alguns obstáculos, como a falta de co-nhecimento com ferramentas de infor-mática ou a difi culdade em defi nir qual o principal objetivo da sua página, como e para que você a quer. Para facilitar e atrair a entrada dos pequenos em-presários brasileiros no e-commerce, o Google, em parceria com o Sebrae, a HP e a Yola, lançou no País o projeto “Conecte Seu Negócio”. O programa oferece suporte técnico e estratégico, sendo que o empresário desembolsa quase nada para participar.

“Como parte do lançamento do programa, o Google ofereceu domí-

nios grátis aos primeiros 5 mil inscri-tos – promoção válida para a primeira anuidade. Além disso, o projeto tam-bém contempla a criação, o design e a hospedagem do website de forma gratuita”, afi rma o head de vendas on-line da América Latina do Google, John Ploumitsakos. O executivo ex-plica que depois dessa marca, cada empresário paga R$ 30 por ano pelo registro .com.br.

Segundo a gerente de Atendi-mento Individual do Sebrae Nacional, Jaqueline Almeida, passado um mês do início do programa, as expectati-vas foram superadas. “Já temos uma base de cerca de 15 mil sites cria-dos. Estamos até estruturando uma equipe de suporte de atendimento ao cliente só para cuidar do Conecte Seu Negócio”, comemora.

A entidade é a responsável pelo apoio estratégico da iniciativa, viabili-

zando cursos, palestras e informações de gestão para os empresários. A grande vantagem do projeto, além do custo praticamente zero, é justamen-te essa rede de sustentação, formada por empresas de renome. O Google, por exemplo, oferece a cada um que se cadastrar R$ 150 em créditos de publicidade. Através dessa ferramen-ta, chamada AdWords, é possível pro-mover sua loja virtual nos resultados de busca e em toda a rede de parcei-ros do Google. Já a Yola, que entra no mercado brasileiro com esse projeto, é a responsável pela criação do en-dereço (domínio) e pela hospedagem da página, além de disponibilizar a ferramenta de construção do site.

Há ainda outros colaboradores. No caso da HP, a companhia participa do projeto como provedora de tecnolo-gia. “Computadores e impressoras desenvolvidos especifi camente para

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as pequenas e médias empresas são ofertados com condições especiais de compra”, enfatiza o gerente de Ven-das de SMB da HP, Eduardo Brach. E o Serasa Experian fornece pacotes com descontos. “Essa iniciativa de in-clusão digital para micro e pequenas empresas valoriza-as e as coloca no lugar de destaque que efetivamente têm na economia brasileira; por isso consideramos desenvolver uma ofer-ta especial para os empresários que participarem do projeto”, salienta o diretor de Relações com o Mercado América Latina, Jorge Dib.

Primeiros frutosA proprietária do Menina da Villa

– Spa Urbano, situado na Vila Leopol-dina, em São Paulo, Rafaela Altafi n Parmejain, de 23 anos, foi uma das primeiras a ingressar no programa. A jovem empreendedora abriu seu negócio em dezembro de 2010, com ajuda da mãe, assim que terminou a faculdade de Fisioterapia. Ela conta que o Google procurou por elas em abril para apresentar o projeto, e que ele veio na hora certa. “Antes de ter-mos nossa página na web, tínhamos muita difi culdade com a divulgação do negócio. As pessoas têm sido dou-trinadas a ir a lugares que já têm site. Elas passam na rua, veem o nome e procuram no Google. Todo mundo que quer saber alguma coisa, joga no Google”, destaca a jovem empresária. De acordo com a fi sioterapeuta, com menos de um mês da criação do en-dereço virtual já foi possível perceber aumento em torno de 30% a 40% na procura pelo estabelecimento. “Com um site passamos a ter muito mais

credibilidade. Através dele, você con-segue mostrar seu serviço, seu esta-belecimento”, afi rma.

A jovem diz que foi muito rápido para criar a página, e que muitos inte-ressados no projeto têm entrado em contato com ela. “Tenho respondido a alguns e-mails de empresários de vários lugares do Brasil perguntando sobre como operar. Mas é superfácil de editar”, diz Rafaela.

Durante o lançamento do programa no Brasil, o vice-presidente de Desen-volvimento de Negócios da Yola, Dave Saxton, afi rmou que a companhia se preocupou em desenvolver uma fer-ramenta fácil de ser manuseada, que possibilite a customização, permitindo a cada cliente criar uma página com sua identidade, sem um template en-gessado. “A falta de tempo e de co-nhecimento técnico impede, muitas vezes, o pequeno empresário de mon-tar seu próprio site”, disse.

Mas a gerente do Sebrae afi rma que, apesar de todas as facilidades em relação à maneira de montar o site, o cliente ainda tem dúvidas técnicas, o que faz com que busque bastante a entidade. “Já aconteceu de no meio da criação do site cair a conexão de um empresário e ele não conseguir retomar com o CNPJ já criado. Ou outro que criou com nome errado da empresa e não conseguia fazer alteração”, enumera.

Mercado promissorO Conecte Seu Negócio já existe

em outros países como Reino Unido, Irlanda, França, Alemanha, Bélgica, Espanha e Itália. Segundo John Plou-mitsakos, foi a boa fase da economia

Grande vantagem do projeto é a rede de

sustentação, formada por

empresas de renome

plouMitsaKos, do GooGleProjeto contempla criação, design e hospedagem gratuita do website

E - C O M M E R C E

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dirigente Lojista l juLho 2011 l 25

brasileira que fez com que o País fosse o escolhido na América Latina para re-ceber a iniciativa. “O Brasil é um dos países que mais crescem no mundo, assim como o resto da América Latina, que está em posição similar. Em se-tembro de 2010 um relatório sobre a promessa da América Latina, feito pela The Economist, observa que a econo-mia da região deverá crescer mais de 5% este ano – um ritmo que está rela-cionado ao crescimento dos cinco anos anteriores a partir de 2008”, ressalta o head de vendas on-line do Google.

O e-commerce no Brasil segue essa mesma tendência de crescimen-to, e diferentes estudos têm mostrado isso. Para se ter uma ideia, de acordo com a e-bit, empresa especializada em informações do setor, o Dia dos Namorados (que representa a última data de alta no comércio) foi bastante positivo. De 29 de maio a 12 de junho foram faturados R$ 680 milhões no varejo on-line no País, um acréscimo de 15% no ano se comparado com o mesmo período de 2010, com mais de 2 milhões de pedidos realizados.

Dados de consultorias indicam que as compras on-line no Brasil estão cres-cendo mais de 85% ano após ano, e os brasileiros estão comprando on-line a uma taxa maior do que o resto dos pa-íses da América Latina. “Como o poder de compra da classe média brasileira continua crescendo e mais empresas começam a vender produtos on-line, acreditamos que este crescimento será ainda mais rápido. Existe uma enorme oportunidade para os micro e peque-nos empresários chegarem nesse seg-mento de consumidores também”, salienta o executivo do Google.

As compras on-line no Brasil estão crescendo mais

de 85% ano após ano

eduardo BracH, da HpComputadores e impressoras desenvolvidos para pequenas e médias empresas ofertados com condições especiais

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26 l dirigente Lojista l juLho 2011

a FCDl/PE realizou,

no dia 12 de julho, uma

reunião de presidentes

de CDls para apresentar

e tirar dúvidas a respeito

da Convenção nacional,

que ocorrerá em Fortaleza

(CE). Para a apresentação,

a ocasião contou com a

presença do presidente

da CDl Fortaleza, Freitas

Cordeiro, que falou sobre o

evento, convidou todos e

apresentou um vídeo que

mostra as belezas da cidade

e o que os participantes da

convenção usufruirão.

a Fundação CDl Vitória

conta com um novo

parceiro. Trata-se da 4BIh,

uma empresa da área de

consultoria e treinamentos

que desde o mês de

junho promove cursos na

fundação. ao todo, são 14

capacitações. Entre elas,

Conquiste o cliente no

atendimento; Como agradar

em uma entrevista; e

Fidelize seu cliente.

os cursos serão oferecidos

gratuitamente para todos

os que trabalham na

CDl Vitória. E tem mais

novidade: as pessoas que

forem indicadas pelos

colaboradores da entidade

pagarão o mesmo valor do

associado: r$ 49,90.

B R A S I L L O J I S T A

a inadimplência do consumidor re-gistrou alta de 6,9% em junho

de 2011, na comparação com o mes-mo período do ano passado. Esta foi a quinta elevação seguida da taxa em 2011 ante os resultados do ano ante-rior, um indicativo de que a crescente alta de juros combinada com infl ação mais forte vem contribuindo, mês a mês, com um cenário de inadimplên-cia do consumidor.

Para o presidente da CNDL, Roque Pellizzaro Junior, o comportamento da inadimplência tem mostrado uma tendência de elevação, ainda que mais moderada, para os próximos meses, projeção que diverge da po-sição ofi cial do presidente do Banco

Inadimplência registra alta de 6,9% em junho

Central, Alexandre Tombini, que dis-se esperar que a inadimplência recue nos próximos meses.

“Essa é uma tendência que preo-cupa, pois refl ete um quadro de ju-ros altos com demanda reprimida das classes mais baixas, que estão se comprometendo com gastos além da sua capacidade de pagamento”, ava-lia Pellizzaro.

Na passagem de maio para junho, a inadimplência recuou 10,09%, in-vertendo o resultado do mês anterior, que apontou queda no nível do ca-lote, em face da proximidade do Dia dos Namorados, quando mais brasi-leiros honraram suas dívidas para se manterem ativos no consumo.

combinação explosivaAlta de juros e infl ação mais forte geram cenário de inadimplência do consumidor

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dirigente Lojista l juLho 2011 l 27

palestras motivacionais, simpósio jurídico, qualifi cação para vendas,

empreendedorismo jovem e muita integração entre o movimento lojis-ta catarinense. A 47ª edição do Se-minário Estadual do SPC/SC reuniu, nos dias 8 e 9 de julho, em Gaspar, no Hotel Fazenda Park, cerca de 400 pes-soas representando as CDLs de todo o estado. “Além do relacionamento, os gestores das CDLs catarinenses sempre voltam para suas bases com novidades que ajudam lojistas e con-sumidores a alavancar o varejo de Santa Catarina”, ressalta Ivan Roberto Tauffer, presidente do Conselho Dire-tor do SPC/SC e vice-presidente de Serviços da FCDL/SC.

Uma das novidades apresentadas no evento foi o novo serviço “Escore SPC”, que mostra aos lojistas a quali-dade de crédito dos clientes, reduzin-do os riscos de inadimplência para o varejo. O novo serviço foi explanado pelo presidente da CDL Jaraguá do Sul e ex-conselheiro do SPC/SC, Wander-lei Passold, e pelo diretor da TAN, Aldo Jacques. Para o bom consumidor, o “Escore SPC” representa uma oportu-nidade de comprar com condições di-ferenciadas (mais prazo, menos juros). “A segurança na concessão de crédito fortalece o varejo”, lembra Tauffer. A implantação do Cadastro Positivo no comércio foi apresentada pelo presi-dente da Federação das CDLs, Sergio Alexandre Medeiros, e depois debati-da pelo assessor jurídico da Federação,

Seminário de SPC traz qualifi cação para o comércio catarinense

Rodrigo Titericz, que explicou a evolu-ção das leis que regulamentam as in-formações cadastrais de consumidores no comércio. O Seminário Jurídico con-tou também com palestra do juiz de Direito Stephan Klaus.

O Seminário do SPC apresentou também o programa “Recicla CDL”, que já retirou mais de 150 toneladas de lixo eletrônico do comércio cata-rinense, case que deu à Federação das CDLs o prêmio Empresa Cidadã, da ADVB/SC. O sucesso da iniciativa levou o projeto para as escolas de Santa Catarina, uma forma de disse-

minar práticas sustentáveis para as futuras gerações. A noite de abertura do evento teve como um dos mo-mentos de destaque a entrega dos certifi cados aos participantes do PIDG (Programa de Integração e Desenvol-vimento de Gestores). No dia 9 de julho aconteceu uma concorrida ativi-dade de desenvolvimento interpesso-al, conduzida pela equipe da Selcon. Depois, o professor Pachecão encan-tou os presentes com sua palestra motivacional. Atividades esportivas e jantar de encerramento concluíram as atividades do evento.

escore spc“A segurança na concessão de crédito fortalece o varejo”, diz Tauffer

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28 DIRIGENTE LOJISTA JULHO 2011

B R A S I L L O J I S T A

A CDL Santa Cruz do Capibaribe (PE), através do Núcleo Femi-

nino da entidade, realizou na noi-te de 7 de julho o 1º Encontro de Mulheres. O evento contou com a participação da vice-presidente, Lú-cia Nascimento, da primeira-dama da CDL, Nara Raquel, da secretária-executiva, Katyane Michele, e da di-retora do Núcleo Feminino da CDL, Míriam Regina – que presidiu o en-contro –, além das convidadas, asso-ciadas e mulheres que participaram do Seminário Empretec.

As participantes debateram sobre uma possível campanha de sensibili-zação à não-utilização de brinquedos que remetem à violência nas esco-las. O encontro teve início com Mí-riam Regina apresentando a pauta e o cartaz da campanha.

Ela enfatizou que o principal obje-

CDL Santa Cruz do Capibaribe realiza 1º Encontro de Mulheres

tivo do evento é saber o que as mu-lheres ligadas à entidade esperam da CDL, sobretudo do Núcleo Feminino, para que assim possa se pensar em mais ações específi cas para elas.

A empresária Benivalda Oliveira dis-se que a campanha precisa antes de tudo ser educativa e que atinja os pais

e educadores. “A violência é o refl exo de como anda o Brasil. Aqui em nossa cidade a educação das pessoas deixa muito a desejar no sentido do respei-to pelo próximo e isso acaba refl etindo em violência. Portanto, não tenho dúvi-das de que esta campanha será muito relevante para nossa cidade”, explicou.

A FCDL do Paraná realizou dia 1º de julho uma assembleia geral. O presidente da Federação, Samoel An-tonio de Mattos, recebeu o presiden-

Assembleia Geral da FCDL/PR conta com participação do presidente da CNDL

te da CNDL, Roque Pellizzaro Junior, acompanhado do superintendente da

CNDL, André Luiz, e do gerente de re-lacionamento da CNDL, Luiz Santana.

EducaçãoCedelistas e empretecas planejam uma campanha contra a utilização nas escolas de brinquedos que remetam à violência

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DIRIGENTE LOJISTA JULHO 2011 29

O Programa Q Comércio foi apresentado à diretoria da ACI/CDL (Associação Comercial e Industrial e Câmara de Dirigentes Lojistas) de Pantano Grande (RS) na noite de 7 de julho.

O programa tem como objetivo promover a gestão de qualidade dentro das empresas do comércio varejista. O encontro teve a participação do presi-dente da CDL Pantano Grande, Mauri Vili Kuhn, e da ACI, Cleri José Tompsen. A FCDL/RS estava representada pela coordenadora do programa, Geisiane Fraga.

A secretária da CDL de Pantano Grande, Michele Pires Nowiski, explicou que a entidade local já conhecia o programa, mas que existia a necessidade de apresentar o Q Comércio aos associados. “O presidente da CDL, Mauri Vili Kuhn, em reunião distrital realizada na cidade de Encruzilhada, conheceu os deta-lhes do programa e entendeu ser importante repassar as informa-ções aos associados de Pantano Grande”, contou Michele.

O encontro foi realizado no Restaurante Degraus, no centro da cidade. Após a apresenta-ção, Geisiane Fraga conversou diretamente com os associa-dos para tirar dúvidas e trocar experiências.

Q Comércio é apresentado em Pantano Grande

Roque Pellizzaro Junior participa de reunião em Belo Horizonte

No dia 5 de julho, o presidente da CNDL, Roque Pellizzaro Junior, esteve reunido com entidades que operam o SPC em Belo Horizonte.

Acompanharam o presidente da CNDL o presidente da FCDL/MG,

José César da Costa; o presidente do Conselho Deliberativo do SPC Brasil, Itamar José da Silva; o presidente da CDL/BH, Bruno Falci; além do presi-dente do SPC Brasil, Roberto Alfeu Pena Gomes.

No dia 7 de julho, a Votorantim Corretora realizou o evento “Raio X – Consumo e Varejo” em São Paulo. O objetivo principal do encontro foi fomentar o contato de investidores institucionais no Brasil com empre-sas de capital fechado, visando me-

lhor entendimento sobre o potencial do setor de consumo e varejo e apro-ximar os empresários de um possível canal de captação futura.

Entre os palestrantes e participan-tes do evento estava o presidente da CNDL, Roque Pellizzaro Junior.

Presidente da CNDL participa de evento em São Paulo

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30 l dirigente Lojista l juLho 2011

B R A S I L L O J I S T A

Presidente da FCDL/MG inicia programa de visitas às CDLs do estado pela região sul

o presidente da Federação das CDLs, José César da Costa, visitou

a região sul de Minas Gerais no dia 28 de junho. Ele esteve em Paragua-çu e, por convite do presidente da CDL local, Nilson Andrade, palestrou a uma numerosa plateia e se encontrou com dirigentes lojistas das seguintes cida-des: Alterosa, Machado, Lambari, Per-dões, São João Del Rey, Cambuquira, São Thomé das Letras, Cambuí, Passa Quatro, Poço Fundo, Paraguaçu, São Lourenço, Coqueiral, Alfenas, Varginha, São Sebastião do Paraíso, Campos Ge-rais, Três Corações e Três Pontas.

Com intenção de estreitar laços e conhecer melhor as CDLs mineiras e suas peculiaridades, José César da Costa deu início a um programa de visitas, começando pela região sul. Ela é composta, junto com o sudoeste mineiro, por 146 municípios.

“Na região sul encontramos uma organização diferente da nossa, no

centro do estado, e assim é Minas, cheia de situações bem regionais. O sul é formado por municípios me-nores e em grande quantidade, a economia é altamente agrícola e o café tem grande destaque. Nosso momento atual é de conhecermos melhor cada região, as CDLs que as compõem para desenvolver nossos serviços e produtos a fi m de melhor atendê-las. Capto informações e levo um pouco da história do nosso movi-mento. É uma troca enriquecedora”, destacou o presidente.

O presidente da CDL de Paraguaçu, Nilson Andrade, comentou o quanto é importante para a CDL receber a visita do presidente da FCDL/MG. “Quando o presidente da federação visita o nosso município, apresentamos para ele a nossa realidade e, juntos, pode-mos desenvolver produtos e serviços que auxiliarão no desenvolvimento da CDL e consequentemente do comér-

cio varejista mineiro. Ficamos muito honrados com essa visita.”

Outras regiões também serão contempladas com essas reuniões. O objetivo é visitar todo o estado este ano. Segundo o presidente, conhecer a realidade de cada município facili-ta o desenvolvimento de um traba-lho mais focado, com resultados mais expressivos. “Minas é muito grande, mas temos trabalhado para conhecer todas as regiões. Assim, podemos es-tudar as necessidades de cada uma para desenvolver produtos e serviços que agreguem valor para determina-da CDL. Buscamos constantemente o aprimoramento de nossos produtos e serviços na FCDL/MG, e a melhor ma-neira de fazê-lo é conhecendo cada particularidade do nosso estado, além de ser um grande prazer poder visitar as entidades que, juntas, nos fazem ser a maior federação do Brasil”, con-cluiu José César da Costa.

José césar“Procuramos estudar as necessidades de cada CDL para desenvolver produtos e serviços que agreguem valor”

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dirigente Lojista l juLho 2011 l 31

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32 l dirigente Lojista l juLho 2011

P E R F I L

Liga Retrô se lançou no e-commerce para só depois iniciar a expansão nas ruas e shoppings de todo o País

CAMINHO

por mÔniCa pupo fotos diVulGaÇÃo

a dotada como slogan, a frase “O esporte na máquina do tempo”

resume bem a proposta da Liga Retrô, grife carioca especializada na criação de réplicas de uniformes de times de futebol fundada em 2006 pelos sócios Marcelo Roisman, 30 anos, e Leonar-do Klarnet, 32. Com faturamento de R$ 4,5 milhões no ano passado, a em-presa se lançou no e-commerce para, dois anos depois, iniciar a expansão nas ruas e shoppings de todo o País. Através do franchising, a rede conta hoje com sete unidades – sendo três próprias – e espera inaugurar outras quatro até o fi m de 2011. “Preten-demos estar presentes em todas as cidades-sede da Copa do Mundo de 2014”, diz Roisman.

Enquanto a esmagadora maioria dos lojistas se esforça para adaptar suas operações à internet, outros utilizam a web para lançar negócios que, mais

tarde, se transformarão em lojas físi-cas. “Fizemos o caminho inverso des-de o início”, afi rma Leonardo Klarnet. Lançado às vésperas da Copa da Ale-manha, em 2006, o site listava apenas 20 modelos de camisetas no catálogo. Hoje são mais de 170 modelos, incluin-do linha feminina, infantil, agasalhos e acessórios. Os produtos são licenciados por 30 clubes nacionais e seleções dos cinco continentes. “Grande parte do nosso sucesso se deve a essa trajetória inversa, com o início na internet e a divulgação através do boca a boca dos clientes que descobriram o site e, mais tarde, a loja”, refl ete Klarnet.

Em 2008, motivados pelos bons resultados obtidos com as vendas on-line, os lojistas decidiram apostar no primeiro ponto de venda próprio e exclusivo no Rio de Janeiro. “Abrimos a loja no segundo andar do nosso próprio escritório, que fi ca numa gale-

inverso

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P E R F I L

ria comercial de Ipanema, e fi camos muito surpresos, pois o novo canal de vendas começou a ter uma acei-tação muito grande e a dar um lucro que não esperávamos que fosse dar”, diz Klarnet. Em 2009 surgiu a segun-da loja, dessa vez no BarraShopping, também na capital carioca. Na sequ-ência, veio o passo mais ousado: a formatação do projeto de franquia. O desenvolvimento do sistema contou com investimento de R$ 300 mil e a primeira franquia foi inaugurada em Brasília no ano passado.

Conhecimento de causaA formação acadêmica dos sócios

contribuiu para o sucesso da Liga Re-trô. Tanto Marcelo como Leonardo são formados em Administração de Empresas pela PUC-Rio. Klarnet possui ainda MBA em Marketing Esportivo pela mesma instituição, e Roisman é especializado em Marketing Esportivo

os atuais sejam bem desenhados e tecnológicos, são cheios de anúncio e deixam a desejar no quesito char-me e originalidade se comparados aos das décadas passadas. “No futebol, os grandes ídolos do passado são eterna-mente venerados, mas o varejo espor-tivo não percebia esse fato como uma oportunidade e, dentre tantos produ-tos licenciados, nenhum remetia ao passado”, explica ele.

O início no e-commerce teve seus benefícios, como a popularização da

marca, mas também trouxe de-safi os. Um deles foi adaptar a identidade visual da web para o “mundo real”. Se antes bastava contar com os conhecimentos

de um bom webdesigner, com a loja física os sócios precisaram

investir em serviços de deco-ração e design de interiores para garantir a coerência en-tre o site e o ponto de ven-

pela Fundação Getulio Vargas (FGV-RJ). “O conceito de marketing esportivo – e os investimentos dos clubes em mar-keting, em geral – vem crescendo ano a ano. A marca surgiu então a partir do momento em que vimos que não havia no mercado produtos de futebol que remetessem ao passado de gló-rias dos grandes times e seleções de futebol”, conta Klarnet.

Mas a ideia de recriar as réplicas das camisetas dos principais clubes es-portivos do mundo também surgiu por um sonho de infância do empreen-dedor. “Sempre fui colecionador de camisas e, em minhas via-gens, percebia o quanto os clu-bes de fora valorizavam sua história e possuíam produtos retrô em suas lojas”, revela Klarnet. Outra ob-servação do empresário diz respeito ao design dos uniformes: embora

2006 Lançamento da marca com vendas exclusivas através do site www.ligaretro.com.br

2008 Inauguração da primeira loja, anexa ao escritório da marca, em Ipanema.

2009 Inauguração da segunda loja, no BarraShopping, também no Rio de Janeiro.

2010 Início da expansão por franquias, com a inauguração da unidade de Brasília.

LINHA DO TEMPO

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dirigente Lojista l juLho 2011 l 35

da. “Nosso DNA está no site, portanto criamos um layout de loja todo tema-tizado, seguindo o estilo e as cores que usamos na web. O uniforme dos vendedores, por exemplo, também é retrô, com boina e suspensório. Além disso, a loja é decorada com painéis com fotos antigas e há um telão em preto e branco transmitindo jogos de futebol antigos”, detalha Klarnet.

Foi necessário também adequar o mix de produtos, aumentando os itens do catálogo. “Seria muito limitado se abríssemos as lojas para vender ape-nas camisetas, como fazíamos inicial-mente no site”, afi rma Klarnet. Por esse motivo, a empresa investiu na amplia-ção do mix, que agora inclui camisetas alusivas a outros esportes – como vôlei e basquete –, além de acessórios como bonés, bolas, capacetes de Fórmula 1, agasalhos e linhas infantil e feminina, tudo dentro do conceito retrô que ca-racteriza a grife.

O desafi o maior, entretanto, foi en-frentar a resistência inicial dos consu-midores, algo inevitável em se tratando de uma marca completamente inédita e desconhecida do público. “Ninguém conhecia nossos produtos, a qualida-de, acabamento e tamanho. Por este motivo, o site foi feito de forma muito simples e autoexplicativo para que os

clientes pudessem escolher com o máximo de detalhamento possí-

vel, diz Klarnet. Para aumentar o grau de confi ança dos com-pradores, os lojistas busca-vam antecipar as entregas. “Se prometíamos para três dias, entregávamos em dois,

buscando sempre surpreender os clientes.”

O investimento na produção das mercadorias foi um dos pontos-

chave para o sucesso da empresa. A marca conta uma equipe de desenhis-tas e colaboradores especializada na pesquisa e análise de material antigo, como fotografi as, vídeos e desenhos, para a elaboração da réplica mais fi el possível do uniforme. “Chegamos numa fase onde são os próprios clubes que nos procuram para sermos parcei-ros em licenciamento, resgatando suas glórias e reaproximando os torcedores de sua história”, comenta Roisman.

vintageO slogan “O esporte na máquina do tempo” resume bem a proposta da Liga Retrô

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I N F O R M E J U R Í D I C O

oSupremo Tribunal Federal julga quatro mandados de injunção (nº

943, 1010, 1074 e 1090) cujos auto-res, ex-funcionários da Vale, reclamam a omissão do Congresso Nacional em regulamentar o artigo 7º, inciso XXI, da Constituição Federal (CF), que trata do “aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de trinta dias, nos termos da lei”.

Durante os debates, os ministros decidiram pela ciência ao Congresso Nacional para a adoção das providên-cias necessárias à regulamentação do preceito constitucional como prescre-ve o §2°, do art. 103, da CF, mas tam-bém que estarão fi xando novas regras para o aviso prévio enquanto perdurar a omissão do Legislativo.

Para encontrar essa nova regra, fo-ram suscitadas experiências da Alema-nha, Dinamarca e Suíça, onde o aviso prévio pode ser de três a seis meses, dependendo da duração do contrato de trabalho e da idade do trabalhador; na Itália, pode chegar a quatro meses, um acréscimo ao atual aviso prévio de 10 dias por ano e até uma indenização de um salário mínimo a cada cinco anos, adicionalmente ao direito mínimo a 30 dias de aviso prévio.

Observa-se que inexiste consen-so na Suprema Corte que traz exem-plos de países de “primeiro mundo” para aplicação à nossa realidade la-boral e econômica.

O aviso prévio que hoje é de 30 dias objetiva prevenir a surpresa na rescisão do contrato de trabalho por iniciativa do empregador ou do em-pregado. Ao empregado é uma garan-tia salarial que possibilita um tempo hábil e sem perda salarial para bus-car um novo posto de trabalho, tendo também uma redução na jornada la-boral neste período para esta procu-ra. Socorre-se ainda o trabalhador do FGTS e do salário desemprego.

É bom lembrar que a demissão somente ocorre diante de uma difi -culdade do empregador, geralmen-te econômica; assim, o prazo de 30 dias atualmente previsto é razoável e efi caz para atender a Constituição Federal até que o Congresso Nacional traga a matéria para debate, encon-trando a melhor proposta que atenda às relações de emprego.

Assim, enquanto não tivermos uma lei complementar, caberia aos sindicatos de classe discutir a ques-tão, mantendo ou ampliando o aviso

prévio de acordo com a realidade de cada classe laboral que representam. Atualmente já encontramos conven-ções e acordos coletivos de trabalho disciplinando a matéria.

Hoje, no Brasil, um funcionário tem um custo em encargos que pode chegar a mais de 100% do seu salário, e com a majoração do aviso prévio este custo aumentará ainda mais. Vejam que nos Estados Unidos os encargos sobre o sa-lário somam 23%, no Japão, 19%, na Itália, 24%, e na Inglaterra, 28%. Pre-cisamos desonerar a folha e não trazer mais encargos ao empregador.

Temos assim que a majoração do aviso prévio levará a um aumento do passivo trabalhista das empresas, au-mentando o “custo Brasil” e inviabili-zando os negócios das MPEs que hoje correspondem aproximadamente a mais de 99% dos 5,8 milhões de negó-cios formais existentes no Brasil e em-pregam mais da metade dos trabalha-dores com carteira assinada do País.

O Brasil que deseja crescer precisa desonerar a folha de pagamento, e não criar mais obstáculos e encargos ao emprego, a exemplo do aumento do aviso prévio e da redução da jor-nada de trabalho.

O novo “aviso prévio” pelo STF

“Não devemos servir de exemplo a ninguém. Mas podemos servir de lição”

mário de andrade

O Brasil que deseja crescer precisa desonerar a folha de pagamento e não criar obstáculos e encargos ao emprego

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por andrÉ luiZ, assessor jurídico CNDL [email protected]

O legado

entusiasta

deixado pelo

ex-presidente

Itamar Franco.

Em altaO aumento do aviso

prévio pela Suprema

Corte sem uma discussão

legislativa apropriada,

aumentando o “custo Brasil”.

Em baixa

deixado pelo

ex-presidente

Corte sem uma discussão

legislativa apropriada,

TST aplica nova súmula sobre intimação de advogadoO TST editou a Súmula nº 427 em que “havendo pedido expresso de que as intimações e publicações sejam realizadas exclusivamente em nome de determinado advogado, a comunicação em nome de outro profissional constituído nos autos é nula, salvo se constatada a inexistência de prejuízo”.

Entram em vigor novas regras para uso do cartão de créditoAlém da anuidade, só poderão ser cobradas tarifas pelo fornecimento de segunda via do cartão, pela retirada de dinheiro na função saque, pelo pagamento de contas e pela avaliação emergencial de limite de crédito pelo cliente. Para os clientes que já trabalham com cartão de crédito, as cinco tarifas permitidas passam a valer a partir de 1º de junho de 2012. (Fonte: Agência Brasil)

Informação veiculada em site da justiça tem valor oficialO Superior Tribunal de Justiça decidiu que as informações veiculadas pelos tribunais em suas páginas de andamento processual na internet, após o advento da Lei nº 11.419/06, devem ser consideradas oficiais, e eventual equívoco ou omissão não pode prejudicar a parte. (Fonte: STJ)

Indenização a consumidor que teve nome no SPCUma consumidora teve seu nome inscrito no SPC pela empresa decorrente de débito que sustentou inexistir. A empresa sustentou que agiu em exercício regular de direito, além do que a cliente não comprovou os danos morais sofridos. “O dano moral independe de provas, pois o lesado não pode ver seu nome tido por mau pagador”, ressaltou o relator da matéria, desembargador substituto Saul Steil. O magistrado concluiu que a empresa não comprovou o débito da consumidora. Contudo, reduziu a condenação de R$ 20 mil para R$ 15 mil. (Fonte: TJSC)

NOTAS RÁPIDASDANO MORAL

Desentendimento entre cliente e lojista não confi gura

O Tribunal de Justiça de Santa Catarina manteve sentença que julgou improcedente pedido de indenização por danos mo-rais ajuizado por um consumidor contra um lojista. Na ação, o autor argumentou que foi agredido verbalmente pelo gerente da empresa ao tentar trocar uma mercadoria errada que a loja lhe enviara. No entanto, não comprovou o dano e, de acordo com testemunhas, o gerente apenas alterou a voz com o clien-te, sem proferir ofensas. A relatora da matéria, desembargadora Maria do Rocio Luz Santa Ritta, concluiu que o ocorrido pode ter causado aborrecimentos e transtornos, mas está longe de ser um abalo. A votação foi unânime. (Fonte: TJSC)

Depositar cheque antes da data gera ação

“A devolução do cheque por falta de provisão, ocasionada pelo desconto do cheque anteriormente à data prefi xada, evi-dencia abalo de crédito e dano moral em razão da situação constrangedora pela qual passou a autora, que, aliás, atinge qualquer pessoa cumpridora de seus deveres.” A autora pagou suas compras com cheques pré-datados que foram depositados antes da data combinada, resultando na devolução dos cheques e inscrição da consumidora no SPC. Em contestação, o lojista alegou que apresentou os cheques antes da data porque houve um erro quando da observação do ano e que regularizou ime-diatamente a situação, o que não convenceu o julgador, que condenou a empresa ao pagamento de indenização por danos morais no valor de R$ 2 mil. A decisão foi confi rmada pelo Tri-bunal de Justiça Catarinense. (Fonte: Conjur)

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Di Fatto Interiores, loja de Joinville que conta com showroom da Mosarte,

apresenta conceito pioneiro para arquitetos, designers e decoradores

P R O J E T O D E L O J A

ButiQueDE DECORAÇÃO

por mateus boinG fotos rodriGo arseGo

M isturar ingredientes ou mate-riais, seguir uma receita ou um

padrão, dar um toque único ao resulta-do fi nal. Para quem admite semelhan-ças entre a arte de cozinhar e a arte de criar mosaicos, o novo showroom da fábrica de revestimentos especiais Mosarte não poderia ter endereço mais apropriado: a Via Gastronômica,

ButiQueDE DECORAÇÃO

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dirigente Lojista l juLho 2011 l 39

como é conhecida a Rua Visconde de Taunay, em Joinville (SC). O showroom faz parte da loja de interiores Di Fatto, que divide espaço com os restaurantes da região desde o fi m do primeiro se-mestre. De acordo com a proprietária, a empresária do ramo moveleiro Ge-nilce Judith D’Aros, a Di Fatto é uma loja pioneira em Joinville no conceito

butique para arquitetos, designers de interiores e decoradores.

Inaugurada em 31 de maio, com 200 metros quadrados, o espaço abriga um showroom da Mosarte, a principal marca da loja, além de produtos de mais duas empresas: a Solarium, que fabrica revestimentos cimentícios para pisos e paredes, e a Eleganti Mobili, que

produz móveis de alto padrão usando materiais como madeira de demolição, fi bras naturais e laminados de bambu. O projeto de loja é das arquitetas Sabri-na Sedrez e Agnes Schwartz Teixeira.

“O projeto foi adaptado da loja da Mosarte na Alameda Gabriel Montei-ro da Silva (endereço da capital pau-lista que reúne lojas de referência em

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40 l dirigente Lojista l juLho 2011

design e decoração)”, afi rma Sabrina. O estilo é contemporâneo, com linhas retas. “A inspiração veio dos próprios produtos. A proposta é que o cliente consiga visualizar como e onde usá-los, revestindo grandes áreas e crian-do novos conceitos.”

A loja fi ca no primeiro pavimento de uma casa antiga, de mais de 40 anos, onde antes funcionava uma fl oricultura. “O térreo estava em péssimo estado. Havia uma edícula na frente que foi removida”, conta Genilce, que investiu mais de R$ 150 mil na reforma. Segun-do ela, o custo poderia ter sido maior

sem o apoio da Mosarte e da Solarium, que participaram da execução da obra fornecendo, por exemplo, mão de obra para a colocação dos revestimentos.

A reforma deixou a loja com o de-senho de um cubo. Paredes laterais cegas e grandes áreas envidraçadas na frente e nos fundos. O interior pra-ticamente sem paredes internas, que foram derrubadas. Pé-direito alto e porta de entrada pivotante e de vidro incolor, com 2,5 metros de largura e 3,2 metros de altura. “Não aproveita-mos nada da construção antiga. Opta-mos por um novo conceito, que deu

P R O J E T O D E L O J A

amplitude para a loja”, diz Sandra.Com isso é possível ter ampla visão

do que ocorre dentro da loja a partir da rua. “Os limites do lote levaram a essa escolha, que resultou no melhor aproveitamento da área e da ilumina-ção natural”, afi rma Sandra. Perto da entrada fi ca o showroom da Mosarte, com grandes painéis de mosaicos, e a área de vendas, com duas mesas de 1,70 metro de comprimento por 60 centímetros de largura. “A ideia é que o cliente já se sinta acolhido, com alguém para recepcioná-lo, logo que entrar na loja”, explica Genilce.

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Os diferentes tipos de revesti-mentos e mosaicos da Mosarte estão concentrados no showroom, embora existam peças da fabricante por toda a loja, inclusive decorando o banhei-ro de clientes – no caso, um mosaico com madeira de demolição, mármore e espelho. O mesmo ocorre com os produtos da Solarium e da Eleganti Mobili, ou seja, apesar de estarem concentrados em determinado espa-ço da loja, também podem ser vistos aplicados ou decorando pontos diver-sos do interior. “É um espaço interati-vo e de inspiração para o cliente, que

sHoWrooMA proposta é que o cliente consiga visualizar como e onde usar os produtos, revestindo grandes áreas e criando novos conceitos

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P R O J E T O D E L O J A

pode visualizar os produtos por toda a loja”, comenta Sandra.

Em geral, a loja apresenta piso e paredes em cores neutras e discretas. O piso do showroom, por exemplo, é um porcelanato polido, em tom bege claro, de 80 x 80 centímetros, da pró-pria Mosarte. Em outras áreas apa-rece um piso cimentício da Solarium que imita madeira de demolição, um aspecto rústico que traz caráter aco-lhedor, segundo Sandra. Também em tom pastel, nichos de gesso abrigam produtos da Mosarte como rosones, peças decorativas que podem ser usadas em tampos de mesa, e pai-néis paginados, feitos com mármore do Paquistão, Itália e Espanha.

MobiliárioNa parte central da loja, há me-

sas de paginação que servem para montar amostras de mosaicos e mó-veis de fórmica branca onde as peças empregadas nesses mesmos mosai-cos fi cam à disposição para o cliente que queira sentir relevo e textura dos componentes. Grande parte do mobi-liário é de madeira de demolição, e a decoração também conta com vasos de plantas. “Não gostaríamos de um ambiente tão clean que pudesse ser frio”, afi rma Sandra.

A iluminação interna é feita com lâmpadas fl uorescentes nos pontos localizados no teto. Nos nichos e es-paços expositivos, lâmpadas dicroicas tipo LED (diodos emissores de luz, na sigla em inglês) garantem a preserva-ção dos produtos, uma que vez não aquecem como as lâmpadas incandes-centes nem emitem raios ultravioletas como as fl uorescentes, além de serem

iluMinaçÃoNo teto, lâmpadas fl uorescentes. Nos nichos e espaços expositivos, lâmpadas dicroicas tipo LED garantem a preservação dos produtos

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efi cientes, duráveis e econômicas. Por fi car em uma área de restaurantes, com movimento de pessoas durante a noite, a vitrine permanece iluminada por meio de um sistema de fotocélulas e temporizadores até as 3h.

Assim como ocorre dentro da loja, produtos da Mosarte e Solarium tam-bém são usados no lado de fora. Na parede externa, por exemplo, há um revestimento em mármore da Mo-sarte, enquanto o deque – que passa pelo pequeno jardim frontal e invade a loja com o objetivo de conduzir o cliente até o interior – é feito de reves-timento cimentício da Solarium. Os ci-mentícios, basicamente uma mistura especial de concreto com diferentes materiais, incluindo celulose, rochas e areia, chegaram ao mercado brasilei-ro há cerca de três anos. Eles reprodu-zem com grande perfeição madeira e pedras, por exemplo. A manutenção é uma das vantagens do produto, que, na comparação com a madeira, tem também maior durabilidade.

Ainda do lado externo, o peque-no jardim frontal foi uma sugestão de Genilce acatada pelas arquitetas, que haviam projetado para o local vagas de estacionamento. “Foi uma mu-dança interessante”, afi rma Sandra, destacando que o jardim, por meio

do deque, integra a parte externa e interna da loja. Ao lado da entrada, foi erguida uma parede de alvenaria, pintada de preto com tinta automoti-va, para permitir o máximo aproveita-mento de vidro na parede frontal do ponto comercial. Nessa parede preta estão os nomes da loja e das marcas, em letras de caixa metálicas.

Na outra ponta, nos fundos da loja, perto do muro com a propriedade vi-zinha, havia um espaço de cerca de 1 metro de largura que funcionava como depósito. Uma ampla limpeza foi reali-zada no local. Nesse canto criou-se um jardim vertical que, graças às paredes de vidro e à falta de paredes internas,

pode ver visto inclusive da rua.Um dos destaques do projeto da

loja, e totalmente de acordo com os estabelecimentos comerciais da vi-zinhança, é o espaço gourmet, que deve ser concluído em meados de agosto. Apesar de ainda estar em obras, Genilce tem grandes expecta-tivas para o ambiente de 20 metros quadrados. Segundo ela, o espaço vai servir de ponto de encontro de clien-tes, com o objetivo de ultrapassar a fronteira profi ssional. “Queremos es-treitar o relacionamento com os clien-tes através de atividades culinárias, happy hours e reunião de grupos. O espaço também vai servir como es-tação de trabalho para os arquitetos, que terão à disposição internet sem fi o, linha direta com os fornecedores e espaço para receber seus próprios clientes”, conta.

Empresária do ramo moveleiro com 20 anos de experiência, Genilce espera que o espaço gourmet valori-ze ainda mais a Di Fatto Interiores. O estabelecimento, de acordo com Ge-nilce, já foi considerado por um artista plástico da cidade como “um presente para Joinville”. A empresária, por sua vez, elogia os produtos que oferece, especialmente os mosaicos da Mosar-te. “São joias feitas à mão”, afi rma.

“É um espaço interativo e de inspiração para o cliente, que

pode visualizar os produtos

por toda a loja”, comenta Sandra

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H O M E N A G E M

Div

ulga

ção

agê

ncia

Bra

sil

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i tamar Franco era um líder político que unia a dis-

crição e o estilo mineiro de ser com os resultados

vitoriosos que entraram para a história do País. Assumiu

a Presidência da República num momento conturbado

da Nação, onde os desafi os imensos estavam colocando

a democracia brasileira numa preocupante encruzilha-

da. Com determinação, talento e convicção, construiu o

Plano Real, tendo o então ministro Fernando Henrique

Cardoso como grande condutor do projeto, vencendo

defi nitivamente a infl ação. Esta que já tinha uma pro-

jeção de atingir 5.000% ao ano, foi totalmente contro-

lada, consolidando a estabilidade econômica do Brasil.

Além desta conquista, a estabilidade política também

foi mantida com o sucesso do Plano Real, cujos frutos

são colhidos até hoje por todos os governantes que su-

cederam a Itamar Franco.

A perda de Itamar representa a perda de alguém que

sempre acreditou em nosso país e não fugiu de suas

responsabilidades, seja como presidente da República,

governador de Minas Gerais ou senador, cargo este que

exerceu até os últimos dias de sua existência, recondu-

zido pela população com a expressiva marca de mais de

5 milhões de votos. A sociedade brasileira será eterna-

mente grata aos serviços prestados por Itamar Franco,

que dedicou sua vida ao exercício da democracia e da

política voltada para benefi ciar toda a sociedade.

DIVISOR DE

ÁGuaspor roQue pelliZZaro Junior, presidente da CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas)

Itamar Franco nos deixou lições de democracia e um Plano que viabilizou o Brasil

Itamar Franco 1930 2011

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P A N O R A M A

Aquisição das lojas do Baú acirra disputa pelo segundo lugar do varejo de eletromóveis

MAGAZINE LUIZA

MÁQUINA DE VENDAS

Xa aquisição das lojas do Baú,

anunciada em 13 de junho, foi a primeira grande reação do Magazi-ne Luiza aos recentes movimentos de consolidação do setor, iniciada com a compra do Ponto Frio pelo Pão de Açú-car em 2009. Até agora, a avaliação era de que o Luiza assistia passivamente à concorrência se reestruturar.

A aquisição não surpreendeu os con-sultores, já que alguns consideravam o Magazine Luiza um dos pretendentes favoritos ao casamento com essa ‘fi -lha’ de Silvio Santos. A aquisição de 121 lojas por R$ 83 milhões transfor-ma a rede do interior de São Paulo em

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dirigente Lojista l juLho 2011 l 47

por Geraldo riGoni [email protected]

segunda colocada no ranking do varejo de eletromóveis, segundo Cláudio Feli-soni, presidente do Provar/Ibevar.

O Magazine Luiza já havia ocupa-do esse posto – e dele foi tirada a Má-quina de Vendas, quando esta rede surgiu, em 2010, fruto da associação entre Ricardo Eletro e Insinuante. Os especialistas, contudo, não acreditam que a Máquina de Vendas não vai rea-gir. A Máquina de Vendas “certamen-te vai às compras”, afi rma Felisoni.

A Máquina de Vendas deve ser mais agressiva do que foi até agora, segundo Eugênio Foganholo, da Mix-xer, consultoria especializada em va-rejo. Afi nal, a rede sabe que um dos objetivos do Magazine Luiza com sua oferta pública de ações era levantar di-nheiro para aquisições e expansões.

A disputa pelo segundo lugar no va-rejo de eletromóveis no Brasil explica-se pela importância do valor de mer-cado das empresas. Como as margens nesse setor são estreitas, é importante vender muito – e o faturamento dessas companhias indica o valor de merca-do delas. E quanto maior a empresa, maior a possibilidade de negociação com os fornecedores e, consequente-mente, maior a possibilidade de au-mentar a margem. “Dado o volume, qualquer aumento pequeno de mar-gem é interessante”, diz Felisoni.

“Tamanho nesse setor faz uma enorme diferença”, afi rma Foganholo, que destaca o poder de barganha com os fornecedores. Com a aquisição das lojas do Baú, o Magazine Luiza ainda reforçou sua atuação na Grande São Paulo, um lugar difícil de entrar, segun-do Foganholo, e onde a Máquina de Vendas ainda não atua. Para o consul-tor, essa não deve ser a única aquisi-

ção do Magazine Luiza após o IPO. Nessa corrida pelo segundo lugar,

há dois modelos diferentes, de acordo com Foganholo: o do Luiza, de aqui-sições e, o da Máquina de Vendas, de associações. Em teoria é mais fácil se associar, porque não exige capi-tal. Mas o varejista brasileiro prefere manter o controle ao invés de com-partilhar, segundo Foganholo. “Pela tradição no varejo brasileiro a vanta-gem é do Luiza”, explica.

Além disso, o desempenho do Ma-gazine Luiza em 2011 está melhor do que o da Máquina de Vendas. Entre os ativos que podem despertar maior interesse estão as empresas que fatu-ram entre R$ 300 milhões e R$ 600 milhões, segundo Eduardo Seixas, só-cio-diretor da Alvarez & Marsal Brasil.

As lojas do Baú faturaram R$ 415 mi-lhões em 2010 e podem acrescentar 121 lojas à rede do interior paulista.

Potencial – O faturamento por metro quadrado dos 121 pontos de venda das lojas do Baú está relativamente baixo, segundo José Lupoli Junior, sócio da Lu-poli Junior Consultores Associados e pro-fessor da Each/USP. Enquanto o Magazi-ne Luiza faturou R$ 14,2 mil por metro quadrado no ano passado, as lojas do Baú faturaram R$ 9 mil por metro qua-drado. “Ele tem todas as condições para alavancar essas lojas para o nível de fa-turamento das lojas atuais”, afi rma.

As sinergias entre Magazine Luiza e lojas do Baú também devem ser maiores do que com a última aquisi-ção da rede, as lojas Maia, segundo o professor. “Como negócio potencial, foi melhor que a compra das lojas Maia.” O professor, assim como Seixas, achou a compra barata. “Está pagando menos de R$ 1 milhão por loja”, diz Lupoli.

A aquisição das lojas do Baú agre-gou faturamento para o Magazine Lui-za, consolida mais a presença deles em algumas regiões e foi relativamente barata, segundo Seixas. E, além disso, pode indicar que a briga pelo segundo lugar está recomeçando.

disputa pelo segundo lugar explica-se pela importância do

valor de mercado das empresas

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P A N O R A M A

foi numa conversa com sua empre-gada doméstica que o presidente

do conselho da holding varejista Má-quina de Vendas, Luiz Carlos Batista, teve a ideia que resultou no modelo da fi nanceira MV Shop, uma parce-ria com o banco HSBC que estreia no mercado. “Ela estava entusiasmada porque tinha dez cartões de loja para mostrar às amigas”, conta Batista, um dos controladores da Máquina de Ven-das. “Mas um dia, no café da manhã, ela disse que tinha quebrado vários deles e mantido só dois, que tinham as melhores condições de crédito.” Num cenário em que as redes de va-rejo oferecem cada vez mais serviços fi nanceiros, fi cou claro para Batista que era preciso se diferenciar da concor-rência para permanecer nas carteiras do público da classe C, principal cliente das redes Insinuante, Ricardo Eletro e City Lar, que estão sob o guarda-chuva da Máquina de Vendas.

A oferta de serviços fi nanceiros mais amplos que o tradicional em-préstimo para a compra de produtos nas lojas foi um dos pontos de nego-ciação da holding com o banco HSBC

para a criação da MV Shop. Também pesou o alto investimento do ban-co britânico, que, segundo fontes de mercado, pagou R$ 500 milhões pela participação de 50% na nova fi nan-ceira, além de fornecer uma linha de crédito de outros R$ 500 milhões para fi nanciar novas aquisições pela Máqui-na de Vendas. O principal instrumento usado para a concessão das novas li-nhas será o cartão de crédito MV Card. A meta da rede é atingir 1,5 milhão de plásticos e carteira de crédito de R$ 2 bilhões no primeiro ano. A base de clientes não é despre-zível: dona de um faturamen-to de R$ 6 bilhões anuais, com uma rede de 750 lojas, as três marcas do grupo têm 15 milhões de pessoas cadastra-das. O primeiro convê-nio da MV Shop será celebrado para a ven-da de motos, em um acordo com a chinesa CR Zongshen, dona da Kasinski, para vender mo-tos em 80 lojas da rede City Lar.

Máquina de vendas investe em serviços fi nanceiros para classe c

O Magazine Luiza terá Centro de Distribuição na ParaíbaO governo do Estado da Paraíba

e o Magazine Luiza assinam no mês de julho um protocolo de intenções para instalação de um Centro de

Distribuição da varejista, terceira maior no setor de eletroeletrônicos e móveis do País, para as regiões Norte e Nordeste. O CD será loca-

lizado em Conde (PB), na região metropolitana de João Pessoa, e cuidará também das vendas on-line para a região.

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dirigente Lojista l juLho 2011 l 49

abílio Diniz, dono do Grupo Pão de Açúcar, pretende se tornar

o maior acionista do Grupo Carrefour no mundo, ultrapassando o empresá-rio francês Bernard Arnault, dono do grupo LVMH, maior conglomerado de luxo do mundo. Abílio Diniz ofereceu ao Carrefour parte de suas ações no Brasil e, em troca, receberia 11,7% das ações do grupo francês, uma participação que poderia crescer até 17%. A fusão seria uma solução ousada para ajudar o Carrefour a se reerguer e, ao mesmo tempo, dar a Diniz um poder imbatível no setor varejista brasileiro. A proposta foi planejada em quase total sigilo pelo empresário. Há dois anos, desde que surgiram boatos de que o Walmart estaria comprando a operação do Carrefour no Brasil, intermediários de

Diniz se apresentaram ao conselho do grupo francês para demonstrar interesse na aquisição das lojas.

O negócio avançou quando fi -namente o presidente mundial do

Carrefour, Lars Olofsson, aceitou se encontrar com Diniz em Paris há um mês. O banco BTG Pactual, através do sócio Claudio Galleazi, que diri-giu o Pão de Açúcar recentemente, se apresentou para ser um sócio fi -nanceiro importante do negócio. O BNDES já mostrava interesse em par-ticipar de uma operação que conso-lidasse o varejo brasileiro. A Estater, empresa fi nanceira comandada pelo executivo Pérsio de Souza, lidera a

tarefa de unir interessados e interes-ses para conclusão da fusão.

A proposta do Pão de Açúcar vale por 60 dias. Neste tempo, Abílio Di-niz espera contar com o “senso de negócio” dos dirigentes do Casino, aceitando a fusão com o Carrefour como uma transação que vai au-mentar a riqueza de todos os lados. Executivos envolvidos diretamente na negociação esperam que duran-te o prazo de validade da proposta a fusão seja aprovada pelos conselhos dos dois grupos. A fusão também terá que passar pelo crivo do Cade, já que o setor de varejo no Brasil fi -cará mais concentrado nas mãos de um grupo só. O Casino, porém, tem o poder de recusar com veemência qualquer possibilidade de união do Pão de Açúcar com o Carrefour.

abílio diniz quer poder no varejo mundial

Solteiros brasileiros movimentam R$ 418 bi por ano

Os solteiros brasileiros mo-vimentam R$ 418,7 bilhões por ano, segundo pesquisa do Data Popular. Deste total, os jovens emergentes possuem quase metade de participação (46%). No Brasil, o número de pessoas maiores de 18 anos que man-têm este estado civil é de 47,1 milhões, e a faixa etária é de, em média, 32 anos. Cerca de 3,7 milhões vivem sozinhos, o que corresponde a 8% do total.

Nas classes D e E, a maior parte dos solteiros é de mulheres, que totalizam 52% dos 15,4 milhões de brasileiros deste grupo. Já nas classes A, B e C a maioria dos sol-teiros é homem, com percentuais de 49% e 47%, respectivamente. A Região Norte do País possui a maior concentração de pessoas desse grupo (50,4%) e o Sul brasi-leiro tem menor distribuição, com 31,9% dos solteiros.

As pessoas emergentes que não são casadas detêm 46,3% da massa de renda do grupo, movimentando R$ 193,9 bilhões. A participação das classes A e B nesse montante equivale a 18,1% (R$ 75,6 bi) e 21,6% (R$ 90,5 bi), respectivamente. Os sol-teiros da base da pirâmide contri-buem com apenas 0,8% do total, movimentando R$ 3,3 bilhões.

fusão seria solução ousada para ajudar o carrefour a se reerguer e dar a Diniz um poder imbatível no setor varejista

brasileiro

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50 l dirigente Lojista l juLho 2011

P A N O R A M A

a produção nacional de artigos de mobiliário apontou variação

de -2,6% em abril deste ano se com-parado com o mesmo mês de 2010. Segundo informações do Instituto Brasileiro de Geografi a e Estatística (IBGE), o setor foi a quinta principal queda na categoria de “bens de con-sumo duráveis”, fi cando atrás ape-nas da linha marrom (-18,6%), ele-trodomésticos (-12,9%), linha branca (-11,3%) e automóveis (-9,8%). Bens de consumo duráveis, com variação de -10,1%, foi a categoria que mais recuou, aponta o instituto.

André Macedo, gerente da pes-quisa, ressalta que o efeito calendá-rio, isto é, o menor número de dias úteis no mês de abril de 2011 ante o mesmo mês de 2010, infl uenciou os resultados obtidos.

No acumulado de 2011 (de janei-ro a abril), o setor industrial de mó-

produção de móveis cai em abril...

Varejistas reduzem as comprasDiante do comportamento mais

contido do consumidor, os varejistas reduziram, em média de 1,5%, as compras de seus fornecedores nos meses de abril e maio deste ano na comparação com o mesmo período de 2010. O dado foi apresentado ao ministro da Fazenda, Guido Mante-ga, pelo Instituto para Desenvolvi-mento do Varejo (IDV), que reúne 35 grandes varejistas como CA, Pão de Açúcar, Magazine Luiza, Leroy

Merlin e Tok&Stok. “As medidas que o governo visava para reduzir a taxa de crescimento já estão sur-tindo efeito. A preocupação agora é mantê-las nesse nível ou até tomar medidas para reestimular a econo-mia”, afi rma o presidente do IDV, Fernando de Castro.

Segundo o executivo, o último Dia das Mães foi um exemplo da desa-celeração, em que diversos setores venderam menos do que o previsto.

Ele considera que todos os segmen-tos estão sentindo a desaceleração, mas que ela é um pouco maior para eletroeletrônicos e materiais de cons-trução. “É muito difícil saber se o re-médio é excessivo, mas estamos in-dicando ao ministro que parece ser sufi ciente”, diz Castro. O grupo de varejistas também pediu ao ministro uma intervenção para acabar com as barreiras fi scais introduzidas sobre a comercialização entre estados.

veis também registrou baixa de 3% se comparado ao mesmo período do ano passado, enquanto que no acu-mulado dos últimos 12 meses houve alta de 2,6%.

Após acumular alta de 3,3% nos três primeiros meses do ano, a produção in-dustrial como um todo caiu 2,1% na passagem de março para abril de 2011. De 27 categorias analisadas, 13 obtive-ram recuo na produção, com destaque para o setor de máquinas e equipa-mentos, que recuou 5,4% em abril, após quatro me-ses de crescimento. Observou-se também redução de -1,3% no confronto entre os me-ses de abril deste ano e do ano passado. Com es-ses resultados a indústria brasileira cresceu 1,6% no primeiro quadrimestre,

abaixo dos 2,6% verifi cados no primei-ro trimestre.

Segundo a última estimativa apon-tada pelo relatório Focus, divulgado no começo de julho pelo Banco Central, a previsão de crescimento na produção da indústria é de 3,73% para 2011. Em 2012, os analistas econômicos es-peram uma taxa positiva de 4,6%.

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dirigente Lojista l juLho 2011 l 51

...e consumo está menos concentradoo estudo IPC Maps 2011 (atual

substituto do IPC Target), publi-cado pela IPC Marketing Editora em maio, avalia o perfi l do consumo da população urbana e rural em todas as regiões do País, por classe econômica, em 21 categorias. Neste ano, o estu-do revela que a projeção de consumo em todas as categorias avaliadas e na categoria ‘Mobiliário e Artigos do Lar’ está migrando da Região Sudeste, que

tradicionalmente se mantém na liderança, para as demais

regiões do País. Dos R$ 21,8 bi-lhões consumidos em móveis e arti-gos do lar no último ano pela Região Su-deste, a expectativa é de que em 2011 sejam consumidos R$

19,6 bilhões.

O Nordeste se manteve como se-gundo maior mercado consumidor do País e segundo maior consumidor de ‘Mobiliário e Artigos do Lar’ no ranking do estudo. A projeção de con-sumo da população nordestina é de R$ 435 bilhões, contra R$ 390 bilhões registrados em 2010. Desse valor, R$ 8,5 bilhões deverão ser consumidos só em mobiliários e artigos do lar – uma evolução no comparativo com o último ano, que registrou R$ 7,8 bilhões.

Para o responsável pela pesquisa e diretor da IPC Marketing Editora, Mar-cos Pazzini, o aumento não é muito signifi cativo, mas reforça uma ten-dência. “O consumo vai se intensifi car no Nordeste, uma região emergente, onde a renda e a qualidade de vida da população deverão melhorar não só pelos programas sociais do gover-no, mas também pelos investimentos da iniciativa privada que deverão au-

mentar”, afi rma Pazzini. Entre 2010 e 2011, mais de 936 mil empresas se instalaram na região.

Em outras regiões do País o con-sumo de móveis e artigos do lar tam-bém aumentou. O Sul, que desde 2008 perdeu a segunda posição no ranking para o Nordeste, registrou R$ 7,8 bilhões neste ano. Em quarto lugar está a Região Centro-Oeste com R$ 3,2 bilhões e, por último, com R$ 2,3 bilhões, fi cou a Região Norte. A proje-ção do consumo nacional de móveis será menor: R$ 41,7 bilhões contra R$ 42 bilhões registrados em 2010. Gastos com outras categorias, como “outras despesas” (categoria que abrange a renda destinada principal-mente ao setor da construção civil), “manutenção do lar”, “alimentação”, “transporte” e “medicamentos” apa-recem no estudo como prioridades dos brasileiros.

ColomboA Colombo, uma das maiores redes de eletroeletrônicos do

País, inaugurou em Gramado (RS) uma loja com conceito

diferenciado, mais focado na experimentação de produtos

tecnológicos desenvolvidos exclusivamente para a cidade,

hoje o terceiro maior destino turístico do Brasil. A proposta

é aproveitar o glamour de Gramado, que no ano passado

recebeu 3,4 milhões de visitantes, para fazer com que os

turistas conheçam e valorizem a marca.

Colombo IIA Colombo reinaugurou em julho seu ponto de venda

em São Sebastião (SP). Localizada no Centro da cidade, a

loja conta com novo layout e promoções especiais para

os clientes. Em uma área de 500 metros quadrados, a

unidade oferecerá um amplo mix de eletrônicos, móveis

e produtos de alta tecnologia. A Colombo conta com 331

lojas no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São

Paulo e Minas Gerais.

NOTAS RÁPIDAS

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52 l dirigente Lojista l juLho 2011

T E C N O V A R E J O

a Intel lançou uma tecnologia que vai mudar a maneira como as

pessoas compram roupas e se rela-cionam com a moda. Denominada Magic Mirror (Espelho Mágico), uma nova solução de “provador virtual” permite que os usuários experimen-tem versões virtuais de roupas em um avatar que simula as formas e os parâmetros exatos da pessoa que está à frente. Com o Espelho Mági-

co é possível experimentar diferentes roupas em um avatar 3D antes de se encaminhar para um provador real.

O protótipo do Espelho Mágico apre-sentado é uma tela que funciona exa-tamente como um espelho de loja – exceto que, ao invés de uma superfície refl exiva, existe uma tela de alta reso-lução capaz de identifi car tamanho e medidas de quem está na frente e criar um avatar 3D que responde em tempo

real aos movimentos da pessoa.Utilizando apenas gestos, o usuário

será capaz de selecionar roupas e pro-vá-las em seu avatar 3D, montando visuais e escolhendo peças antes de se encaminhar para um provador físi-co. A novidade busca criar uma nova experiência de compras no varejo, e permite que as pessoas experimen-tem um grande catálogo de roupas com mais velocidade e comodidade.

espelho, espelho meuTecnologia de computação visual de ponta permite a criação de provadores virtuais nas lojas de roupas

espelHo MÁGicoTecnologia permite provar roupas em avatar 3D antes de se encaminhar ao provador físico

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DIRIGENTE LOJISTA JULHO 2011 53

Com uma nova tecnologia dis-ponibilizada pela VTEX para sua

plataforma de comércio eletrônico, o lojista consegue confi gurar banners específi cos para cada palavra buscada, oferecendo exposição de publicidade diferenciada no acesso do internauta a determinadas páginas. A ação possibi-lita rentabilizar ainda mais os espaços de publicidade para a marca parceira, a partir de busca orgânica com pala-

Marketing segmentadoSolução confi gura banners para cada palavra buscada

Integração homologada

A WebSoftware, empresa especiali-zada em tecnologia, oferece o serviço ‘Websoftware PDV’, um sistema para gestão de pontos de venda no varejo homologado pelo governo, capaz de integrar todas as lojas e unidades de uma rede ou franquia. Entre os bene-fícios estão a simplicidade nas opera-ções, treinamento rápido e simples, estabilidade, confi abilidade e seguran-ça, além de garantir agilidade no ponto de venda. O software é homologado pela Sefaz (Secretarias da Fazenda) e totalmente integrado com os sistemas de retaguarda (ERP) da WebSoftware. É compatível com vários modelos de impressoras fi scais e leitores de car-tões de crédito (Pinpad).

vras-chave dentro da loja virtual. Para exemplifi car, quando o e-consumidor digitar smartphones em seu sistema de busca, junto aos resultados obtidos será encontrado um banner de um aparelho de uma determinada marca, oferecendo uma exposição diferencia-da aos fabricantes.

Além disso, a plataforma permite criar campanhas segmentadas por banners e e-mail marketing, perso-

nalizando uma página especial para a ação com layout, vitrine, coleções de produtos, utilizando uma comunica-ção visual especial e diferenciada.

Venda segura

O PayPal, líder mundial em pagamentos on-line, anuncia o lançamento, no Brasil, do PayPal Proteção ao Vendedor, uma solução inédita no merca-do brasileiro, sem custo adicional, e que já é oferecida pela empresa para vendas no eBay e em outros países. O programa brasileiro tem como objetivo proteger os lojistas, mesmo nos casos em que o compra-dor pedir o cancelamento deste pagamento, alegando que não autori-zou a compra ou não recebeu o item comprado.

Para se benefi ciar deste programa, vendedor e comprador precisam estar em território brasileiro e terem feito a transação via PayPal, a par-tir de 12 de abril de 2011. Além disso, o vendedor precisará apresentar um comprovante de que enviou a mercadoria em até sete dias após a efetivação da compra.

Além do PayPal Proteção ao Vendedor, o comerciante conta com um sistema de gerenciamento de risco em todos os pagamentos que forem feitos com PayPal. Este serviço, que visa detectar e impedir transações fraudulentas, também não possui custo adicional.

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54 l dirigente Lojista l juLho 2011

T E C N O V A R E J O

aAdnetik, empresa americana que chegou ao Brasil em setembro de 2010, oferece tecno-

logia e serviços que integram dados de performan-ce e segmentação, buscando a maior eficiência das campanhas. O principal produto da empresa é a AIM (Audience Investment Management), solu-ção que controla e aumenta o retorno da publici-dade on-line. A AIM permite aliar diversos dados referentes ao anunciante e seu público-alvo. Com base nessas informações, é possível direcionar banners de promoções, produtos ou serviços para consumidores que realmente desejam o que está sendo anunciado.

controle de campanhasAIM é uma das tecnologias mais sofi sticadas do mercado que controla e otimiza as campanhas on-line

A Fóton Informática, uma das líde-res em produtos de softwares para automação bancária, lançou uma ferramenta de autoatendimento es-pecialmente projetada para as lojas, supermercados, drogarias e postos de serviços em geral que atuam como correspondentes bancários. O Sistema Extra Bank admite opera-ções fi nanceiras em totens ou dis-positivos similares para realização de autoatendimento nos correspon-dentes bancários, liberando os cai-xas das lojas. A solução permite a realização de todas as operações tí-picas de um balcão de agência, tais

como consultas de saldos, transfe-rências, depósitos, pagamentos, en-tre outras.

Os totens, além de serem econo-micamente menos onerosos aos co-merciantes, possuem a vantagem de não embutir cofres para saques em espécie através do próprio terminal, evitando, assim, a ação de crimino-sos. Para atender os clientes que ne-cessitam efetuar saques em dinheiro, o software permite a emissão de um comprovante com o valor de retirada desejado, que é entregue diretamen-te no caixa da loja, e então liberado pelo atendente.

Caixas livres

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dirigente Lojista l juLho 2011 l 55

Pesagem digital

a Haco apresentou na Label 2011 suas etiquetas com o sistema de identifi ca-

ção automática através de ondas de rádio. Revolução para o mercado têxtil, as etique-tas com radiofrequência contam com siste-mas de vanguarda e provadores inteligentes que possibilitam funções até então inimagi-náveis. Por meio da tecnologia RFID, estilis-tas e designers de moda poderão participar, virtualmente, da venda de seus produtos. Por exemplo: o cliente escolhe um item, leva ao provador e lá recebe a ajuda automática do sistema que vai identifi car possíveis com-binações entre outros produtos. Essas infor-mações que podem potencializar a escolha do consumidor – já que 90% das decisões de compra acontecem dentro do provador – são fornecidas pelos estilistas e designers para um banco de dados, que monta as combina-ções ideais para cada peça.

etiquetas rfidHaco apresenta linha com identifi cação automática

A Toledo do Brasil lançou uma nova balança específi ca para o pequeno e médio varejo com uma redução de preço de 25% em relação aos mo-delos anteriores. Denominada Prix 4 Uno, a nova balança apresenta várias inovações para agilizar o atendimen-to aos clientes e reduzir os custos operacionais dos estabelecimentos.

A Prix 4 Uno pesa vários tipos de produtos e, ao mesmo tempo, rea-

liza todo o tipo de rotulagem, seja por peso, por unidade ou mesmo glaciados e drenados. Com capa-cidade de pesagem de 15 quilos, apresenta ainda dupla faixa de pe-sagem. Ela é compacta e tem de-sign moderno. Pode ser utilizada tanto na venda direta ao consumi-dor quanto no pré-empacotamento. É especialmente indicada para uso em açougues, padarias, restauran-

tes, sorveterias e mercados.A capacidade de cadastramento da

balança chega a 1 mil itens. Podem ser inseridas informações extras, dados nutricionais, imagens e nome dos operadores. Todos os itens po-dem ser codifi cados e precifi cados. O cadastro pode ser feito na própria balança ou através de microcompu-tador, quando ela estiver conectada em rede.

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56 l dirigente Lojista l juLho 2011

O P I N I Ã O | B A N H O D E L O J A

se fosse possível empaco-

tar o tempo e vendê-lo nas

prateleiras de um supermercado,

certamente ele seria um produto

campeão de vendas. Isso porque

hoje a falta de tempo é uma re-

clamação recorrente que permeia

diferentes idades e classes sociais.

Sobram afazeres e faltam horas

em cada dia.

A maneira como gastamos nos-

so tempo também vem mudando,

são muitas opções para escolher,

muitas informações para absorver.

O que talvez ainda não tenhamos

percebido é que, apesar de não ser

possível empacotar o tempo, é pos-

sível vendê-lo em nossas lojas. É

possível vendê-lo de várias formas.

Ele está relacionado com a rapidez

no atendimento, assertividade na

implantação de uma loja, facilidade

de acesso e conveniência.

É muito fácil perceber como os

clientes fi cam cada dia mais irrita-

dos em perder tempo em fi las, em

esperar para serem atendidos, em

percorrer grandes distâncias den-

tro de uma loja para completar

sua lista de compras, etc.

Indiretamente, um ponto de

venda que economiza o tempo

do cliente está vendendo isso a

ele, está vendendo a facilidade, a

conveniência, o que pode ser de-

terminante para o cliente gastar

seu dinheiro ali. Alguns chegam

a pensar que, se o cliente entrar

e sair da loja muito rápido, po-

dem perder a chance de fazê-lo

comprar por impulso ou conhe-

cer outros produtos disponíveis

na loja, tais como novidades ou

sazonalidades.

Aí está o grande desafi o. Cada

vez mais a atmosfera do ponto de

venda deve proporcionar ao clien-

te tamanho bem-estar, conforto e

atratividade que ele sinta vontade

de permanecer no ambiente en-

tretido na experiência de compra

e, quem sabe, ter a sua noção de

tempo afetada pelo imenso pra-

zer que está sentindo.

TEMPO, TEMPO, teMpo

“Apesar de não ser

possível empacotar

o tempo, é possível

vendê-lo em nossas

lojas, com a rapidez

no atendimento,

assertividade na

implantação de

uma loja, facilidade

de acesso e

conveniência”

Kátia BelloArquiteta e sócia-diretora da Opus Design. [email protected]

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dirigente Lojista l juLho 2011 l 57

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Empreenderinovar é preciso

informe do sistema brasileiro de apoio às micro e pequenas empresas

julho/2011 – WWW.sebrae.com.br - 0800 570 0800

Sebrae oferece soluções em inovação para que empresas de pequeno porte possam permanecer no mercado e evoluir

linhar a agenda positiva que vive o Brasil à inovação nas micro e pequenas empresas (MPEs). Esse é o objetivo do esforço que o Sebrae tem feito

por meio dos Agentes Locais de Inovação (ALI). Estes profissionais têm levado outros programas desenvolvidos pela instituição, como o Sebraetec e o Sebrae Mais, ao uni-verso dos pequenos empreendimentos. O trabalho terá reforço de R$ 780 milhões nos próximos três anos, segundo destacou o presidente do Sebrae Nacional, Luiz Barret-to, na abertura do 2º Encontro Nacional dos Agentes Locais de Inovação (ALI), realizado em julho, em Pernambuco.

Com os recursos investidos, o número de agentes de inovação – que reúne cerca de 450 pessoas em 22 estados – vai cres-cer para mais de 1 mil profissionais até o final de 2012. Os ALI são jovens recém-for-mados, de nível superior, capacitados para identificar possibilidades de inovação nas empresas de pequeno porte.

“O tema da inovação é uma agenda

fundamental, não só para as micro e pe-quenas se tornarem mais competitivas no atual mercado globalizado mas para todo o Brasil. O tema é mais amplo que a abor-dagem tecnológica. Envolve também ges-tão e pequenos aspectos que se transfor-mam em ganhos de produtividade”, disse Barretto. Na sua avaliação, os ALI são im-portantes para levar as soluções do Sebrae para as pequenas empresas em estágio de gestão mais avançado.

// Serviço diferenciadoA empresária Carolina Cordeiro enxergou na necessidade uma oportunidade de negócio. Ao perceber a ausência de lojas especializa-das na venda de produtos para grávida e pós-parto, ela resolveu inovar e apostar na loja Cheia de Vida, em Rio Branco, no Acre. Com apoio do Sebrae, por meio do Agente Local de Inovação (ALI), sua empresa cresceu, se modernizou e permaneceu inovando. A em-presária atende as mamães em domicílio ou no hospital. Basta ligar. A empresária leva qualquer produto da loja até suas clientes. Para Carolina, da Loja Cheia de Vida, a ALI apresentou

uma nova visão para o empreendimento

Divulgação

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Número de agentes de inovação vai crescer para mais de 1 mil profi ssionais até o fi nal de 2012

Empreender “O TEMA É MAIS AMPLO QUE A ABORDAGEM TECNOLÓGICA. ENVOLVE TAMBÉM GESTÃO E PEQUENOS ASPECTOS QUE SE TRANSFORMAM EM GANHOS DE PRODUTIVIDADE”, AFIRMA BARRETTO

“O negócio é sucesso”, garante Carolina. Entre as metas de curto prazo, Carolina

pretende “aumentar o faturamento em 50% até o fi nal deste ano”, comemora. O caso de sucesso de sua empresa no programa do Se-brae foi apresentado durante o 2º Encontro Nacional dos Agentes Locais de Inovação (ALI). A apresentação também contou com a participação da ALI responsável por aten-der à loja Cheia de Vida, Maryslene Vidal.

“Agradeço ao Sebrae por ter disponibili-zado uma profi ssional tão bem treinada. Ela me apresentou uma nova visão para o meu empreendimento. Embora o público da em-presa fosse óbvio, com a construção do ca-dastro de clientes, por exemplo, percebi que havia subgrupos de clientes e que, da forma como estava sendo feito, eu não atendia di-reito todo o mercado”, contou a empresária. “Carolina acreditou no programa e percebeu que era importante a prática da inovação.

Esse é o primeiro passo”, disse Maryslene.Antes de a empresária ter contato com a

consultoria do programa ALI, falhas no pro-cesso de gestão faziam parte da rotina da sua empresa. Faltava, por exemplo, o controle das contas a receber. “O controle não usava todas as informações que o software gerava. Também havia difi culdades em identifi car e mensurar os lucros do negócio. A formação dos preços era de forma empírica, faltava treinamento de quem vendia. A única funcio-nária da loja não era registrada. Hoje tenho três vendedoras, todas com carteira assina-da”, comemora Carolina Cordeiro.

// AvançosAo fazer parte do ALI, Carolina passou a investir na sua própria capacitação e fez o curso de atendimento e ofi cina de vitri-nismo e consultorias fi nanceiras. Outras ações implementadas foram investimentos

em publicidade como a criação de blog da Cheia de Vida (http://lojacheiadevida.blo-gspot.com), a divulgação da loja em jornais locais e em campanhas de outdoors. “Passei a investir em áreas que estavam de lado, mas que deveriam ter maior atenção”, afi r-ma. Recentemente, a empresária inaugurou uma nova loja no centro comercial de Rio Branco. O espaço é maior, possibilitando melhor exposição das mercadorias.

“Hoje também há a segmentação de mercado e a identifi cação do público-alvo e dos produtos mais adequados. Há um me-lhor controle fi nanceiro, com a interpreta-ção e análise das informações geradas pelo software. Com isso, passei a identifi car o lucro do negócio facilmente”, revela a em-presária. Ainda segundo ela, existe agora uma metodologia na formação de preços e a identifi cação na empresa dos pontos fracos que devem ser trabalhados. E

Empreender – Informe do Sebrae. Presidente do Conselho Deliberativo Nacional: Roberto Simões. Diretor-Presidente: Luiz Barretto. Diretor-Técnico: Carlos Alberto dos Santos. Diretor de Administração e Finanças: José Claudio dos Santos. Gerente de Marketing e Comunicação: Cândida Bittencourt. Edição: Ana Canêdo, Antônio Viegas. Endereço: SGAS 605, Conjunto A, Asa Sul, Brasília-DF, CEP: 70.200-645 Fone: (61) 3348-7100 – Para falar com o Sebrae: 0800 570 0800Na internet: sebrae.com.br // twitter.com/sebrae // facebook.com/sebrae // youtube.com/tvsebrae

ServiçoTexto: www.agenciasebrae.com.br

Mais informações: www.sebrae.com.br

Agên

cia

Sebr

ae d

e N

otíc

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60 l dirigente Lojista l juLho 2011

O P I N I Ã O | P O N T O D E V E N D A

entre os varejistas, é fato que

a maior de todas as preocu-

pações está em relação às vendas.

Tudo o que fazemos, não importa

se investimos em atendimento ou

em infraestrutura, tem como in-

tenção aumentar o faturamento ou

as vendas no ponto de venda. Não

seria diferente se não estivésse-

mos falando de varejo.

Entretanto, acredito que a ven-

da é fundamental para a saúde

do negócio. Porém, acredito que

o foco do “bom” varejo está na

qualidade dos produtos e serviços

que oferece ao seu cliente – ou

seja, a entrega.

Principalmente quando falamos

de serviços, a qualidade daquilo

que se entrega é mais importante

até mesmo do que a própria ven-

da. Pense desta maneira: mesmo

que um negócio comece bem,

vendendo bem, não serão as ven-

das que garantirão a longevidade

do negócio. É a qualidade daquilo

que você vende, a entrega que lhe

garantirá essa longevidade. E no

que se refere à entrega, diversos

fatores podem fazer a diferença:

o atendimento prestado com qua-

lidade, a entrega de mercadorias

de maneira tal qual foi combinada

com o cliente, ou até mesmo a

qualidade única em seu produto,

como um sabor, cor, tecnologia ou

outro aspecto que faça a diferença

ante a concorrência.

Falando em concorrência, sem-

pre vejo lojistas fundamental-

mente preocupados com a dispu-

ta de preços como única maneira

de conquistar seus consumidores.

Há tempos que os consumidores

procuram mais do que preços, e

os lojistas que estão sabendo tra-

balhar desta maneira, entregando

valia, e não apenas valor em seus

produtos e serviços, já colhem

bons resultados.

O QUE É MAIS IMPORTANTE: a venda ou a entreGa?

“Mesmo que um

negócio comece

vendendo bem, não

serão as vendas

que garantirão a

sua longevidade. É

a qualidade daquilo

que você vende,

a entrega que lhe

garantirá essa

longevidade”

caio camargoArquiteto especialista em varejo, MBA em Marketing pela FGV e autor do blog Falando de Varejo (@falandodevarejo)

Page 61: Dirigente Lojista 441

dirigente Lojista l juLho 2011 l 61

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62 l dirigente Lojista l juLho 2011

encantamento de clientes

não importa qual o segmento de atuação, todas as empresas

buscam hoje atingir a mesma meta: atender melhor as pessoas que com-pram seus produtos e serviços. Não im-porta se elas são chamadas de clientes, consumidores, pacientes ou, no caso da Walt Disney World, convidados. Ou você as satisfaz ou corre o risco de perdê-las para a concorrência.Pela primeira vez, o elemento mais importante da metodologia que está por trás da magia Disney será revelado – o atendimento de qualidade. Afi nal, as tendências para o mercado de tra-balho podem ir e vir, mas as empresas

Qual o segredo da liderança e do sucesso de um dos

maiores treinadores esportivos do mundo? Em busca de resposta para essa pergunta, a obra apresenta o inspirador método de trabalho de John Wooden, treinador norte-americano que levou o time de basquete da Universidade da Califórnia (Ucla) a vencer 88 jogos consecutivos e a conquistar dez campeonatos nacionais, sete deles em sequência. Com apresentação e comentários de Bernardinho, o livro traz à tona os princípios e valores que transcendem o universo esportivo e podem ser aplicados à vida pessoal e profi ssional.

Parte da série “O que a vida me ensinou”, o livro conta a

trajetória de vida de Washington Olivetto, um dos publicitários brasileiros de maior prestígio no cenário internacional. Conheça os dilemas, obstáculos, medos e desafi os que permearam a vida do autor, e aprenda com as lições, refl exões e experiências vividas por ele durante todos esses anos de carreira. “O sucesso sempre depende de disciplina, dedicação e algum talento. Mas também da escolha do lugar certo, no tempo certo. Afi nal, somos resultado das ondas que estamos surfando”, afi rma Olivetto.

o jeito disney de encantar os clientesDisney Institute Editora Saraiva, R$ 29

precisam se concentrar em encontrar novas maneiras de capitalizar a in-teligência, a paixão e a energia cria-tiva de sua força de trabalho, pois são justamente os colaboradores a peça-chave de um bom atendimento.A obra detalha as iniciativas por trás de toda a magia e mostra quais são os diferenciais da Disney, por meio dos mé-todos criativos e das práticas inovadoras, que se tornaram referência para todas as companhias que buscam a satisfação de seus clientes. Conheça também os fun-damentos sempre atuais de Walt Disney para o sucesso e para nunca deixar de crescer e acreditar.

Jogando para vencerJohn Wooden e Steve JamisonEditora Sextante, R$ 19,90

credibilidade não se ganha. conquista-seWashington Olivetto, Editora Saraiva, R$ 29

L E I T U R A | L A N Ç A M E N T O S

As empresas precisam encontrar novas maneiras de capitalizar a inteligência, a paixão e a energia criativa de sua força de trabalho, peça-chave de um bom relacionamento

precisam se concentrar em encontrar novas maneiras de capitalizar a in-teligência, a paixão e a energia cria-tiva de sua força de trabalho, pois são justamente os colaboradores a peça-chave de um bom atendimento.A obra detalha as iniciativas por trás de toda a magia e mostra quais são os diferenciais da Disney, por meio dos mé-todos criativos e das práticas inovadoras, que se tornaram referência para todas as companhias que buscam a satisfação de seus clientes. Conheça também os fun-

Jogando para vencerJohn Wooden e Steve JamisonEditora Sextante, R$ 19,90

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O P I N I Ã O | D E O L H O N O C L I E N T E

o próximo congresso de varejo que

acontecerá no início de 2012 terá

como tema principal as novas regras do

varejo, pois é um assunto que tem sido

discutido no mercado americano.

O que era apontado como tendência

já é regra no varejo atual. Temos vivido

constantes e rápidas mudanças. O con-

sumidor não é mais o mesmo. Quando

observamos as lojas, há uma maestria

na criação da cenografi a feita pelo pes-

soal de visual merchandising para des-

pertar e atrair a atenção de um consu-

midor, que hoje é disputado por vários

outros segmentos.

Ouvir e conhecer bem o seu cliente,

ser transparente, dividir vitórias e tam-

bém assumir as falhas, atuar em nichos

de mercado, oferecer e proporcionar

experiências ímpares para o consumi-

dor, usar as redes sociais para auxiliar

o cliente na tomada de decisão no mo-

mento da compra não são mais tendên-

cias e sim regras que vieram para fi car

e ser parte do sucesso do seu negócio.

O empresário precisa estar atento,

pois a experiência proporcionada na

loja é o que faz o cliente retornar. Um

exemplo: ao visitar algumas capitais do

Brasil, há uma mudança no comporta-

mento de compra do consumidor que

tem afetado diretamente as lojas de

rua. Lojas escuras, desorganizadas e

com funcionários descontentes estão

fadadas ao fracasso. Houve uma ascen-

são no poder de compra da sociedade

brasileira. As pessoas querem o confor-

to de “passear” num centro de com-

pras, que pode ser um shopping, com

banheiros limpos, alimentação diversi-

fi cada e área de lazer para crianças.

Comprar virou um evento. Algumas

lojas são preparadas cuidadosamente

para receber o cliente. Música, aroma,

iluminação que pode ser alterada atra-

vés de sistema computadorizado, arti-

gos de decoração, painéis de LCD, tudo

preparado cuidadosamente para propi-

ciar a melhor experiência ao cliente, do

marketing olfativo ao sensorial.

Outra regra que é fundamental: va-

lorize e trate muito bem o seu funcio-

nário, somente assim ele tratará bem o

seu cliente. Sem o vínculo de relaciona-

mento duradouro não existirá o clien-

te, razão de ser de qualquer empresa.

Quanto mais feliz você fi zer a sua equi-

pe, melhor serão os resultados obtidos.

NRF 2012 – AS NOVAS reGras do vareJo

“O que era

apontado como

tendência já é

regra no varejo

atual. Temos

vivido constantes e

rápidas mudanças.

O consumidor não

é mais o mesmo”

luciana carmo Especialista em gestão de serviços e [email protected]

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A G E N D A

Um dos maiores eventos do setor de imagem e eletroeletrônicos do País. Abrange o segmento de foto, vídeo, pré-impressão, impressão digital, web design, acessórios, serviços e mídia. Pa-ralelo ao evento é realizada a feira Brazil Consumer Eletronics Expo (BCEE), voltada

para o segmento de games, eletroeletrô-nicos e notebooks.

16 a 18/08/2011Photoimage BrazilExpo Center Norte – São Paulo – SPwww.photoimagebrazil.com.br

Bem na foto

2 a 4/08/2011 Brazil PromotionTransamérica Expo Center – São Paulo – SP Considerada a principal feira de marketing promocional do País, apresenta as principais novidades em produtos e serviços promocionais, brindes, presentes corporativos, produtos e serviços para a realização de eventos. A feira reúne cerca de 200 expositores e recebe mais de 11 mil visitantes. www.brazilpromotion.com.br

2 a 5/08/201126ª MovimatFeira de Intralogística – Movimentação, Armazenagem, Embalagem de Materiais e Tecnologia da Informação e ServiçosPavilhão Vermelho do Expo Center NorteSão Paulo – SPConsiderado o maior evento do segmento na América do Sul, a Movimat 2011 terá mais de 200 expositores que trarão as mais importantes novidades no setor de logística interna e seu ecossistema. www.feiramovimat.com.br

17 a 19/08/2011 Sports BusinessAnhembi – São Paulo – SP O Congresso Sports Business deste ano discute as oportunidades e os desafi os para a realização da Copa 2014 e dos Jogos Olímpicos de 2016. Na programação do evento estão previstas palestras sobre turismo esportivo, infraestrutura e instalações, materiais e equipamentos e marketing esportivo. www.sportsbusiness.com.br

agosto setembro

outubro

6 a 8/10/2011Expo Bebidas e ServiçosExpo Center Norte – São Paulo – SPA 17ª edição reúne fabricantes e distribuidores de bebidas, fornecedores de insumos e de equipamentos e prestadores de serviço. São esperados mais de 10 mil visitantes, entre atacadistas, donos de bares e supermercadistas. www.expobebidas.com.br

10 a 13/09/2011Beauty FairExpo Center NorteSão Paulo – SP Considerada uma das maiores feiras de cosméticos e beleza da América Latina, reúne mais de 900 marcas do Brasil e do exterior e recebe em média 120 mil profi ssionais do setor por ano. Durante o evento é realizado o Congresso Científi co Internacional de Estética e Cosmetologia e o Seminário em Gestão de Negócios da Beleza. www.beautyfair.com.br

12 a 15/09/2011EquipotelAnhembi – São Paulo – SPEstá entre as cinco maiores feiras de hotelaria e

gastronomia do mundo. Durante o evento são realizados o Equipotel Food & Drinks, Equipotel Spa & Wellness, e Equipotel Conference e Design. São esperados mais de 50 mil visitantes. www.equipotel.com.br

11 a 14/09/201152ª Convenção Nacional do Comércio LojistaFortaleza – CEO evento tem o objetivo de unir representantes das CDLs, FCDLs e empresários do comércio varejista de todo o Brasil, para um amplo debate sobre temas que auxiliem no desenvolvimento do setor. www.cndl.org.br

Evento é um dos maiores e mais completos do setor de imagem e eletroeletrônicos do Brasil

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