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DISCALCULIA: UMA INTERVENÇÃO PSICOPEDAGÓGICA EM SALA DE AULA LÍLIAN INGLES MACHADO UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO PSICOPEDAGOGIA EDUCACIONAL

DISCALCULIA - Uma Intervenção Psicopedagógica em sala de aula

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Trabalho de conclusão do Curso de Pós-Graduação em Psicopedagogia Educacional /Universidade Luterana do Brasil.

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DISCALCULIA:

UMA INTERVENÇÃO PSICOPEDAGÓGICA EM SALA DE AULA

LÍLIAN INGLES MACHADO

CANOAS/RS2012

UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASILPRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO

PSICOPEDAGOGIA EDUCACIONAL

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LÍLIAN INGLES MACHADO

DISCALCULIA:

UMA INTERVENÇÃO PSICOPEDAGÓGICA EM SALA DE AULA

Trabalho de conclusão apresentado como exigência para a conclusão do Curso de Pós-Graduação em Psicopedagogia Educacional para obtenção do título de Especialista, sob a orientação da Profª. Ms. Claudeth Conceição de Oliveira Lilja e da Tutora Profª. Maria Cristina Vieira Cavalcanti

CANOAS/RS Ulbra Canoas

2012

UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASILPRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO

PSICOPEDAGOGIA EDUCACIONAL

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TERMO DE APROVAÇÃO

LILIAN INGLES MACHADO

DISCALCULIA:

UMA INTERVENÇÃO PSICOPEDAGÓGICA EM SALA DE AULA

Monografia apresentada ao curso de Pós Psicopedagogia Educacional - da Universidade Luterana do Brasil, como exigência parcial para obtenção do grau de

Pós Graduada em Psicopedagogia Educacional, pela seguinte orientadora:

____________________________________________Profª. Ms. Claudeth Conceição de Oliveira Lilja.

ULBRA

Canoas, 30 de junho de 2012.

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RESUMO

O presente trabalho se constitui em uma Pesquisa de Campo Quantitativa-

Descritiva realizada com alunos do 5º ano do Ensino Fundamental I da rede

Municipal de Canoas. Na qual foi aplicado aos alunos dois testes, um de cunho de

conhecimentos práticos de Matemática básica e outro que testa a futura propensão

de os alunos terem Discalculia. O objetivo principal da pesquisa se ateve em

comparar as inabilidades matemáticas desempenhadas nos testes aplicados aos

alunos com as características do distúrbio de aprendizagem Discalculia.

Palavras-chave: Distúrbios de aprendizagem, Discalculia, Matemática.

ABSTRACT

The present work constitutes a Field Research Quantitative-Descriptive held with

students of 5th year of elementary school network Municipal Canoas. In which it was

applied to the students two tests, an imprint of practical knowledge of basic

mathematics and another that tests the future propensity of students have

Dyscalculia. The main objective of the research were grounded in mathematical

disabilities performed to compare the tests applied to the characteristics of students

with learning disabilities Dyscalculia.

Keywords: Disorders of learning, Dyscalculia, Mathematics.

Page 5: DISCALCULIA - Uma Intervenção Psicopedagógica em sala de aula

Agradeço primeiramente a Deus, por ter me dado o dom da vida,

saúde mental e física.

Agradeço a minha família que sempre me apoiou ao longo da minha

jornada acadêmica.

Agradeço aos professores que não mediram esforços no quesito

ensinar. Pois deles obtive a base para aprimorar minha formação

profissional.

Agradeço aos meus colegas de curso, que me ensinaram que ser

amigo e estar perto nem sempre é estar presente fisicamente.

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Dedico este trabalho, aos autores Dóris Johnson e Helmer R Myklebust.

Por serem pioneiros nos estudos com base nas dificuldades de aprendizagem.

Palavras de Dóris Johnson:

"Cada pessoa tem sua própria constelação de forças e fraquezas”

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Foto de Doris Johnson...........................................................................12

Figura 2: Foto de Helmer R. Myklebust.................................................................14

Figura 3: Inabilidade - Divisão...............................................................................23

Figura 4: Inabilidade - Interpretação de situação problema..................................24

Figura 5: Inabilidade - Reversibilidade..................................................................24

Figura 6: Inabilidade - Quantidade x Espaço.........................................................25

Figura 7: Inabilidade - Reconhecer sinais.............................................................25

Figura 8: Inabilidade - Unidade de medida ...........................................................25

Page 8: DISCALCULIA - Uma Intervenção Psicopedagógica em sala de aula

LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1: Resultado dos testes............................................................................22

Gráfico 2: Propensão ao distúrbio Discalculia.......................................................23

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO..................................................................................................10

2. REFERÊNCIAL TEÓRICO................................................................................12

2.1 Biografias ......................................................................................................12

2.1.1 Doris Johnson...............................................................................................12

2.1.2 Helmer Myklebust.............................................................................................14

2.2 Distúrbio de Aprendizagem Discalculia......................................................15

2.2.1 Distúrbios Relacionados...............................................................................16

2.2.2 Características do aluno discalcúlico............................................................18

2.2.3 Tipos de Discalculia......................................................................................18

2.2.4 Atitudes a serem evitadas pelo professor.....................................................19

2.2.5 Dicas para o professor ................................................................................20

2.2.6 Ajuda do profissional....................................................................................20

3. METODOLOGIA...............................................................................................21

3.1 Tipo de Pesquisa.............................................................................................21

3.2 População e Amostra......................................................................................21

3.3 Instrumento de Pesquisa.................................................................................21

3.4 Categorias de Analise.....................................................................................21

4. PRÁTICA PSICOPEDAGÓGICA......................................................................22

4.1 Analise dos resultados obtidos........................................................................22

4.2 Inabilidades Características do distúrbio Discalculia ......................................23

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5. CONCLUSÃO...................................................................................................26

6. REFERÊNCIAS.................................................................................................27

7. ANEXOS...........................................................................................................29

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INTRODUÇÃO

A presente monografia apresenta uma Pesquisa de Campo Quantitativa-

Descritiva realizada com 20 alunos do 5º ano do Ensino Fundamental I da rede

Municipal de Canoas. A pesquisa teve por objetivo geral comparar as inabilidades

matemáticas desempenhadas nos testes aplicados aos alunos com as

características do distúrbio de aprendizagem Discalculia.

Os objetivos específicos da pesquisa se ativeram em comparar as inabilidades

demonstradas no teste de conhecimentos práticos de Matemática básica com as

características do distúrbio Discalculia, analisar as respostas dos alunos obtidas no

teste de propensão à Discalculia e fazer um comparativo entre os dois testes

propostos aos alunos.

O problema que a pesquisa centrou-se a responder foi se ”Testar alunos ao

final do Ensino Fundamental I, com testes de habilidades matemáticas juntamente

com testes de propensão à Discalculia. Podem auxiliar a identificar possíveis alunos

discalcúlicos em meio escolar?”

As principais hipóteses para o problema da pesquisa foram:

I. Alunos do 5º ano do Ensino Fundamental I com baixo rendimento escolar em

matemática apresentam Discalculia.

II. Os alunos observados com características do distúrbio Discalculia não

possuem acompanhamento psicopedagógico e/ou de cunho de reforço escolar.

III. Testes de cunho de conhecimento matemático juntamente aplicado com teste

de Discalculia ajudam a pré identificar possíveis alunos discalcúlicos em meio

escolar.

Para a realização desta monografia foi necessário previamente buscar

subsídios em referenciais teóricos para conceituar o distúrbio de aprendizagem

Discalculia, assim como também definir as características do aluno discalcúlico,

tratamento da Discalculia, entre outras abordagens.

A escolha do tema Discalculia, não se deu por acaso, e sim devido aos

diversos insucessos escolares em atividades matemáticas e o desconhecimento

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deste distúrbio de aprendizagem matemática ainda hoje presente no meio docente,

onde definir e conceituar quais são as dificuldades específicas em matemática se faz

necessário para uma melhor adequação da prática de ensino.

Muitos alunos possuem inabilidades diante a conteúdos matemáticos, e estes

muitas vezes passam despercebidos pelo professor, o qual diante de um aluno que

não acompanha o ritmo da turma simplesmente o ignora ou taxa esse aluno de

“burro” ou lento.

É necessário que os professores em especial os professores de matemática

obtenham conhecimentos não só sobre Discalculia, mas sim dos distúrbios de

aprendizagem matemática em geral. Para que possam ao invés de pressupor que

seu aluno é desinteressado possam perceber alguns erros comuns os quais são

relacionados aos distúrbios de aprendizagem, para sim ter a atitude correta e

encaminhar esse aluno para um acompanhamento psicopedagógico.

“... Cabe ao professor organizar e coordenar as situações de aprendizagem, adaptando suas ações às características individuais dos alunos, para desenvolver suas capacidades e habilidades intelectuais.” (PCNs, pag.31).

Em virtude disso, faz-se necessário a Intervenção Psicopedagógica em meio

escolar para que os distúrbios de aprendizagem como, por exemplo, a Discalculia

venha a ser socializados, para que professores, pais e alunos possam se informar e

assim auxiliar de maneira correta os alunos que venham a sofrer deste ou qualquer

outro distúrbio de aprendizagem.

“A problemática situa-se em relação às dificuldades específicas de aprendizagem da matemática, porque muitos professores ainda trabalham de forma muito tradicional...” (Garcia, 1998, pag. 49).

Enfim que a disciplina matemática possa não ser vista como “bicho papão” por

esses alunos e que os professores tenham a consciência de que nem todos os

alunos aprendem no mesmo ritmo e que não é por que um aluno não aprende na

primeira instancia que ele é incapaz de aprender.

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2. REFERÊNCIAL TEÓRICO

2.1 Biografias

2.1.1 Doris Johnson

Figura 1: Foto de Doris Johnson

Fonte: http://www.northwestern.edu

Doris Johnson foi uma líder em reconhecer que as crianças com dificuldades

de aprendizagem podem fazer o progresso significativo.

Doris Johnson começou sua carreira de ensino em ciências e em desordens de

comunicação em Northwestern no início dos anos 60, nesta época pouco se sabia

sobre a educação das crianças que tiveram dificuldades de aprendizagem

específicas. (Fonte: http://www.northwestern.edu. Autor: Patty Dowd Schmitz, 2012).

Crianças que seriam classificadas como aprendizes enfermos tinham limitadas

oportunidades para a instrução especial. Foram agrupados às vezes como

mentalmente e fisicamente incapacitadas, emocionalmente perturbadas e

comportamento desordenado, ou permaneceram na sala de aula regular com quase

nenhuma sustentação. Havia algumas clínicas e escolas especiais em torno do país,

mas somente para as famílias que poderiam ter recursos para serviços confidenciais

(Fonte: http://www.northwestern.edu. Autor: Patty Dowd Schmitz, 2012).

Mas Johnson, e outro professor de Northwestern, Helmer R. Myklebust,

acreditaram que havia grupos de crianças que não couberam nas categorias

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tradicionais da instrução especial. Tiveram a audição e a visão normais, inteligência

média ou acima da média e motivação de aprender. O que faltou era a habilidade de

processar determinados tipos de informação apresentados a eles.

Em abril 1963, Johnson e muitos dos pioneiros adiantados no campo, incluindo

seu mentor Myklebust, assistiram a uma reunião em Chicago que incluiu os pais

interessados que não estavam encontrando as soluções adequadas que precisavam

para suas crianças. Fora dessa conferência o termo de “dificuldades de

aprendizagem” foi inventado, e a associação para crianças com dificuldades de

aprendizagem (mais tarde a associação das dificuldades de aprendizagem da

América) foi criada.

A conferência colocou o fundamento para mudar a maneira que a sociedade

veria crianças com dificuldades de aprendizagem específicas. Conduziu finalmente à

definição federal das dificuldades de aprendizagem, que essencialmente os estados

dessas crianças não têm nenhum déficit sensorial preliminar, atraso mental, distúrbio

emocional ou desvantagens do motor, contudo elas têm problemas no

processamento da informação. Aqueles problemas interferem com umas ou várias

áreas da realização, incluindo a compreensão de escuta, fala, leitura da língua

escrita, a matemática ou o raciocínio (Fonte: http://www.northwestern.edu. Autor:

Patty Dowd Schmitz, 2012).

Em 1967, vários anos após a conferência giratória em Chicago, Johnson e

Myklebust publicaram Dificuldades de aprendizagem: Princípios e práticas

educacionais, um livro do marco que se transformaria em um dos textos

fundamentais para dificuldades de aprendizagem compreensivas.

Johnson conduziu o programa das dificuldades de aprendizagem em

Northwestern até 1993. Depois, continuou a ensinar e igualmente transformou-se a

diretora executiva para a academia internacional para a pesquisa em dificuldades de

aprendizagem. Johnson aposentou-se após mais de 45 anos em Northwestern.

Planeja continuar a ensinar ao trabalhar em um projeto adiantado de instrução com

diversas estudantes de terceiro ciclo para as escolas públicas de Chicago (Fonte:

http://www.northwestern.edu. Autor: Patty Dowd Schmitz, 2012).

Fazer coisas melhores está no interesse de Johnson em dificuldades de

aprendizagem. Durante toda a sua carreira Johnson levou a cabo seus interesses

com zelo porque, finalmente, acredita que as pessoas com dificuldades de

aprendizagem merecem ter escolhas e opções.

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2.1.2 Helmer Myklebust

Figura 2: Foto de Helmer R. Myklebust

Fonte: http://www.northwestern.edu

Professor Myklebust, que nasceu em 2 de agosto de 1910 Lester (IA, E.U.)

- morreu em 26 de fevereiro de 2008. Estava entre um pequeno grupo de

educadores e psicólogos que são creditados com base no estudo de dificuldades de

aprendizagem.

Ele recebeu um bacharelado de Augustana College, um mestrado de Gallaudet

College e Temple University, e um doutorado da Universidade Rutgers. Ele ensinou

e realizou investigação em várias instituições, incluindo a Northern Illinois University,

Northwestern University, onde passou a maior parte de sua carreira e onde fundou o

Children's Hearing Afasia e Clínica, Universidade de Illinois, Chicago. (Fonte:

http://www.northwestern.edu. Autor: Patty Dowd Schmitz, 2012).

Ele teorizou que existem diferentes tipos de dificuldades de aprendizagem e

que estes tipos necessitam de diferentes tratamentos. Ao longo de sua carreira, o

professor Myklebust promoveu o estudo empírico de transtornos de linguagem e

dificuldades de aprendizagem. Mais tarde em estudou as circunstâncias causadas

“por dificuldades de aprendizagem psiconeurológicas” e desenvolveu um modelo de

processamento para identificar e tratar crianças com dificuldades de aprendizagem

diferentes como à dislexia. (Fonte: http://www.northwestern.edu. Autor: Patty Dowd

Schmitz, 2012).

Após extenso trabalho sobre transtornos de audição e fala. Na década de

1940, estudou surdez e na década de 1950 que incidiu sobre O Professor Myklebust

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partiu para o estudo das Dificuldades de Aprendizagem afasia. Em 1967, com a sua

colaboradora Doris Johnson, o professor Myklebust publicou um dos primeiros livros

que incidiu sobre Aprendizagem Deficiente: Dificuldades de aprendizagem:

Princípios e prática educacionais e depois ele editou uma série de volumes

apresentando investigação e teoria sobre Dificuldades de Aprendizagem sob o título

de Progresso em Learning Disabilities. (Fonte: http://www.northwestern.edu. Autor:

Patty Dowd Schmitz, 2012).

O Professor Myklebust procurou diferenciar as diferentes variantes da

aprendizagem. Ele pensou que as dificuldades de aprendizagem poderiam ser

separadas em distúrbios de linguagem auditiva (generalizada distúrbios auditivos,

distúrbios auditivos receptiva, expressiva e distúrbios auditivos), distúrbios de

linguagem escrita (dislexia auditiva, dislexia visual, e expressão escrita), distúrbios

da aritmética, e transtornos de um tipo não-verbal. (Fonte:

http://www.northwestern.edu. Autor: Patty Dowd Schmitz, 2012).

PRINCIPAIS OBRAS:

- Johnson, DJ, & Myklebust, H. (1967). Dificuldades de aprendizagem:

Princípios e prática educacionais. NY: Grune & Stratton.

- Myklebust, H. (1954). Transtornos auditivos em crianças: Um manual de

diagnóstico diferencial. NY: Grune & Stratton.

- Myklebust, H. (Ed.). (1968-1975). Progressos nas dificuldades de

aprendizagem (vols. 1-5). NY: Grune & Stratton.

2.2 Distúrbio de aprendizagem Discalculia

A Discalculia não é causada por lesão cerebral e está associada,

principalmente, a estudantes que apresentam dificuldades durante a aprendizagem

das habilidades matemáticas. O termo foi referido por Garcia (1998) como

Discalculia ou Discalculia de desenvolvimento, caracterizando-a como uma

desordem estrutural da maturação das capacidades matemáticas, sem manifestar,

no entanto, uma desordem nas demais funções mentais generalizadas.

Segundo Lara (apud Silva, 2008, p.4), essa desordem estrutural pode ser

percebida, muitas vezes, ainda na Educação Infantil, quando uma criança, por

exemplo, não consegue distinguir qual o número que vem antes ou depois do 16. A

Discalculia também é descoberta quando algumas funções como o raciocínio, o

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16

pensamento abstrato e a quantificação estão em jogo. As crianças que apresentam

essa disfunção estrutural cometem uma variedade de erros durante as atividades

matemáticas, polarizando suas dificuldades nas áreas de compreensão dos

números, de habilidades de contagem e de solução de problemas verbais.

É importante salientar que a Discalculia pode manifestar-se em alunos

aparentemente inteligentes, potencialmente dotados de capacidades em diversas

áreas do conhecimento. No entanto, o aluno discalcúlico poderá desenvolver todas

as habilidades cognitivas necessárias nas outras disciplinas escolares, mas possuir

certa deficiência durante a realização de uma ou mais operações matemáticas. Essa

deficiência poderá, ainda, configurar-se por uma imaturidade maior ou menor das

funções neurológicas, caracterizando-se como um processo evolutivo e não lesional.

No entanto, se a Discalculia não for detectada pelo educador, poderá ocasionar

muitos danos na aprendizagem (Fonte: www.psicologia com.pt/ artigos. Autor: Lara.

2008).

Na perspectiva de Vieira (2004, p. 111), “Discalculia significa,

etimologicamente, alteração da capacidade de cálculo e, em um sentido mais amplo,

as alterações observáveis no manejo dos números: cálculo mental, leitura dos

números e escrita dos números”. A autora acrescenta ainda, que na Discalculia pura

a única habilidade específica da matemática que pode sofrer alteração é a perda da

noção do conceito de número.

O estudo pioneiro sobre a Discalculia foi realizado por Kosc (1974), na Bratislava. A partir daí outros estudos envolvendo a permanência da Discalculia foram desenvolvidos em diversos países como Estados Unidos, Inglaterra, Alemanha, Suíça e Israel. Pesquisas desenvolvidas por Shalev et al. (1998, 2000) com crianças discalcúlicas comprovam a sua permanência em estudantes do Ensino Fundamental, normal. (SILVA, 2008, p.3)

2.2.1 Distúrbios Relacionados

Em geral, a dificuldade em aprender matemática pode ter várias causas.

De acordo com Johnson e Myklebust, terapeutas de crianças com desordens e

fracassos em aritmética, existem alguns distúrbios que poderiam interferir nesta

aprendizagem:

Distúrbios de memória auditiva:

- A criança não consegue ouvir os enunciados que lhes são passados

oralmente, sendo assim, não conseguem guardar os fatos, isto lhe incapacitaria para

resolver os problemas matemáticos.

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- Problemas de reorganização auditiva: a criança reconhece o número quando

ouve, mas tem dificuldade de lembrar-se do número com rapidez.

Distúrbios de leitura:

- Os disléxicos e outras crianças com distúrbios de leitura apresentam

dificuldade em ler o enunciado do problema, mas podem fazer cálculos quando o

problema é lido em voz alta. É bom lembrar que os disléxicos podem ser excelentes

matemáticos, tendo habilidade de visualização em três dimensões, que as ajudam a

assimilar conceitos, podendo resolver cálculos mentalmente mesmo sem decompor

o cálculo. Podem apresentar dificuldade na leitura do problema, mas não na

interpretação.

Distúrbios de Linguagem Receptivo-Auditiva e Aritmética:

- A criança com uma desordem de linguagem receptivo-auditivo não é

necessariamente deficiente nas relações quantitativas da aritmética. Ela se sai bem

em cálculos, mas apresenta limitações no que diz respeito ao raciocínio e os testes

de vocabulário aritmético. A criança pode trocar 6 por 9, ou 3 por 8 ou 2 por 5 por

exemplo. Por não conseguirem se lembrar da aparência elas têm dificuldade em

realizar cálculos.

Distúrbios de escrita:

- Crianças com disgrafia têm dificuldade de escrever letras e números. O

ensino dos conceitos matemáticos pode ser fornecido a elas de outras maneiras até

que o distúrbio de escrita tenha diminuído.

Os problemas citados anteriormente interferem no desempenho aritmético, mas

não são como os da Discalculia, que impedem a criança de entender os princípios e

processos matemáticos, pois nem todas as deficiências em aritmética são idênticas

(Fonte: Problemas de Aprendizagem. 2. Ed. Autor: Assunção e Coelho, 1990).

Estes problemas dificultam a aprendizagem da matemática, mas a Discalculia

impede a criança de compreender os processos matemáticos.

A Discalculia é um dos transtornos de aprendizagem que causa a dificuldade

na matemática. Este transtorno não é causado por deficiência mental, nem por

déficits visuais ou auditivos, nem por má escolarização, por isso é importante não

confundir a Discalculia com os fatores citados acima.

O portador de Discalculia comete erros diversos na solução de problemas

verbais, nas habilidades de contagem, nas habilidades computacionais, na

compreensão dos números.

Page 19: DISCALCULIA - Uma Intervenção Psicopedagógica em sala de aula

18

2.2.2 Características do aluno discalcúlico:

De acordo com Johnson e Myklebust (1987) a criança com Discalculia é

incapaz de:

Visualizar conjuntos de objetos dentro de um conjunto maior;

Conservar a quantidade: não compreendem que 1 quilo é igual a quatro

pacotes de 250 gramas.

Sequenciar números: o que vem antes do 11 e depois do 15 – antecessor e

sucessor.

Classificar números.

Compreender os sinais +, -, ÷, ×.

Montar operações.

Entender os princípios de medida.

Lembrar as sequências dos passos para realizar as operações matemáticas.

Estabelecer correspondência um a um: não relaciona o número de alunos de

uma sala à quantidade de carteiras.

Contar através dos cardinais e ordinais.

Os cientistas procuram ainda compreender as causas da Discalculia, e para isso têm

investigado em diversos domínios (Fonte: Distúrbios de Aprendizagem. 2. Ed.

Autores: Johnson e Myklebust. 1987).

2.2.3 Tipos de Discalculia

Uma classificação apresentada nos estudos de Kosc (1974) (apud Silva, 2008,

p.5) engloba seis tipos de Discalculia, afirmando que essas discalculias podem estar

manifestadas sob diferentes combinações e unidas a outros transtornos de

aprendizagem, como é o caso, por exemplo, de crianças com dislexia ou déficit de

atenção e hiperatividade. Esses subtipos dividem-se em:

1. Discalculia verbal: dificuldades em nomear quantidades matemáticas, os

números, os termos e os símbolos;

2. Discalculia practognóstica: dificuldades para enumerar, comparar, manipular

objetos reais ou em imagens;

3. Discalculia léxica: dificuldades na leitura de símbolos matemáticos;

4. Discalculia gráfica: dificuldades na escrita de símbolos matemáticos;

5. Discalculia ideognóstica: dificuldades em fazer operações mentais e na

compreensão de conceitos matemáticos;

Page 20: DISCALCULIA - Uma Intervenção Psicopedagógica em sala de aula

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6. Discalculia operacional: dificuldade na execução de operações e cálculos

numéricos (Fonte: www.psicologia.com. Autor: Silva. 2008).

É imprescindível reconhecer alguns sintomas como, por exemplo, os citados

anteriormente, para realmente identificar um aluno com Discalculia. Para isso, o

professor necessita estar atento à trajetória da aprendizagem do aluno,

principalmente quando este apresentar símbolos matemáticos malformados,

demonstrar incapacidade de operar com quantidades numéricas, não reconhecer os

sinais das operações, evidenciar memória insuficiente, apresentar dificuldades na

leitura de números e não conseguir localizar espacialmente a multiplicação e a

divisão.

O reconhecimento da Discalculia só será possível mediante a adoção de

atividades pedagógicas específicas que possam explicitar a presença de alguns

desses distúrbios. Mas para isso o professor precisa conhecer claramente como

ocorre a aquisição das habilidades matemáticas relacionadas à noção de número e

de atividades aritméticas simples. Ele pode basear-se nos clássicos postulados de

Piaget (apud Silva, 2008, p.6) sobre a gênese do número na criança, como também

os promissores estudos da vertente sócio-histórico-cultural relacionados à

aprendizagem da matemática, realizados por Vygostky (apud Silva, 2008, p.6), por

exemplo. Além disso, ao construir o conceito de número, a criança percorre um

longo caminho envolvendo a assimilação de conceitos básicos (Fonte:

www.psicologia.com. Autor: Silva. 2008).

2.2.4 Atitudes a serem evitadas pelo professor

Samaia Sampaio (2008, p.3) ressalta em seu artigo que o aluno deve ter um

atendimento individualizado por parte do professor que deve evitar:

• Ressaltar as dificuldades do aluno, diferenciando-o dos demais;

• Mostrar impaciência com a dificuldade expressada pela criança ou

interrompê-la várias vezes ou mesmo tentar adivinhar o que ela quer dizer

completando sua fala;

• Corrigir o aluno frequentemente diante da turma, para não o expor;

• Ignorar a criança em sua dificuldade.

Page 21: DISCALCULIA - Uma Intervenção Psicopedagógica em sala de aula

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2.2.5 Dicas para o professor

Samaia Sampaio (2008, p.3) ressalta algumas dicas para o professor:

• Não force o aluno a fazer as lições quando estiver nervoso por não ter

conseguido;

• Explique a ele suas dificuldades e diga que está ali para ajudá-lo sempre que

precisar;

• Proponha jogos na sala;

• Não corrija as lições com canetas vermelhas ou lápis;

• Procure usar situações concretas, nos problemas.

2.2.6 Ajuda profissional

De acordo com Samaia Sampaio (2008, p.3), um psicopedagogo pode ajudar a

elevar sua auto-estima valorizando suas atividades, descobrindo qual o seu

processo de aprendizagem através de instrumentos que ajudarão em seu

entendimento. Os jogos irão ajudar na seriação, classificação, habilidades

psicomotoras, habilidades espaciais, contagem. Recomenda-se pelo menos três

sessões semanais. O uso do computador é bastante útil, por se tratar de um objeto

de interesse da criança.

O neurologista irá confirmar, através de exames apropriados, a dificuldade

específica e encaminhar para tratamento. Um neuropsicologista também é

importante para detectar as áreas do cérebro afetadas. O psicopedagogo, se

procurado antes, pode solicitar os exames e avaliação neurológica ou

neuropsicológicos (Fonte: www.psicopedagogiabrasil.com.br/distúrbios. Autor:

Sampaio. 2008).

Page 22: DISCALCULIA - Uma Intervenção Psicopedagógica em sala de aula

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3.METODOLOGIA

3.1 TIPO DE PESQUISA

Quantitativo-Descritiva

3.2 POPULAÇÃO E AMOSTRA

20 alunos do 5º ano do Ensino Fundamental I da Rede Municipal de Canoas.

3.3 INSTRUMENTO DE PESQUISA

Foi aplicado aos alunos dois testes, um de cunho de conhecimentos práticos

de Matemática básica (ANEXO 01) e outro que testa a futura propensão de os

alunos terem Discalculia (ANEXO 02).

3.4 CATEGORIAS DE ANÁLISE

Os resultados obtidos foram analisados estatisticamente com a intenção de

identificar alunos com propensão ao distúrbio de Aprendizagem Discalculia.

Page 23: DISCALCULIA - Uma Intervenção Psicopedagógica em sala de aula

22

4 PRÁTICA PSICOPEDAGÓGICA

A pesquisa de campo foi realizada numa escola da rede municipal de Canoas.

A aplicação dos testes ocorreu no turno inverso e os alunos foram

selecionados pelos professores e parte diretiva da escola.

Foram selecionados 20 alunos dentre os quais a maioria é repetente e possui

baixo rendimento escolar na disciplina de Matemática.

Saliento que os testes aplicados nesta pesquisa são de cunho investigativo.

Pois para laudar um aluno como discalcúlico é necessário uma observação mais

abrangente de suas inabilidades Matemáticas e a avaliação de outros especialistas

tais como neurologista e fonodiólogo.

4.1 ANALISE DOS RESULTADOS OBTIDOS

O gráfico de colunas abaixo refere-se aos resultados dos alunos com alta

propensão no teste de Discalculia e baixo desempenho no teste Matemático.

Para analise foi considerado alta propensão no teste de Discalculia, os alunos

que marcaram (SIM), para a maioria das respostas e considerado baixo

desempenho no teste Matemático para os alunos que acertaram 50% ou menos das

questões.

GRÁFICO 01Resultado dos testes

* Alunos Repetentes * Alunos não Repetentes0

2

4

6

8

10

12

14

16

Número total de alunos Teste de DiscalculiaTeste Matemático

*Alunos Repetentes: Alunos que repetiram pelo menos um ano (série) durante seu período educacional.*Alunos não Repetentes: Alunos que nunca repetiram de ano (série) durante seu período educacional.

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O gráfico em formato de pizza baixo refere-se ao número em porcentual dos

alunos que demonstraram ter propensão ao distúrbio Discalculia.

Sendo que de um parâmetro geral, 50% dos alunos, o que se refere a 10

alunos participantes da pesquisa não demonstraram propensão ao distúrbio

Discalculia. Os demais 50% demonstraram ter propensão ao distúrbio Discalculia,

sendo 10% dos alunos não repetentes (2 alunos) e 40% dos alunos repetentes (8

alunos).

GRAFICO 02

50%

10%

40%

Propensão ao distúrbio Discalculia

Alunos que não demonstraram propensão ao distúrbio Discalculia

Alunos não Repetentes que demonstraram ter propensão ao distúrbio Discalculia

Alunos Repetentes que demonstraram ter propensão ao distúrbio Discalculia

*Alunos Repetentes: Alunos que repetiram pelo menos um ano (série) durante seu período educacional. *Alunos não Repetentes: Alunos que nunca repetiram de ano (série) durante seu período educacional

4.2 INABILIDADES CARACTERISTICAS DO DISTÚRBIO DISCALCULIA

Abaixo encontram-se algumas respostas dos alunos observadas no teste de

conhecimentos práticos de Matemática básica. As respostas aqui contidas

demonstram algumas das inabilidades Matemáticas que podem estar associadas as

características do distúrbio Discalculia.

Figura 3: Inabilidade - Divisão

Fonte: Acervo da Autora

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O aluno demonstra confusão quanto aos processos da divisão, atribuiu o valor

5 ao quociente, sendo que 5x7= 35 e não 31. Demonstrando com isso também não

ter domínio sobre os termos multiplicativos. A unidade 5 do número 315, ao ser

utilizado foi passado direto para o quociente, usando a mesma regra de quando

sobra um zero no dividendo e este passa para o quociente.

Figura 4: Inabilidade - Interpretação de Situação Problema

Fonte: Acervo da Autora

O aluno demonstra inabilidade na interpretação da situação problema proposta.

Pois no problema é citado a compra de dois cintos, e o aluno atribuiu somente um

cinto ao cálculo. Outro fato observável é que a situação problema objetiva um

cálculo de adição e o aluno associou a uma subtração.

Figura 5: Inabilidade: Reversibilidade

Fonte: Acervo da Autora

O aluno possui inabilidades quanto à reversibilidade, não reconheceu a

operação inversa presente na atividade. Além de não ter respondido corretamente a

operação de multiplicação.

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Figura 6: Inabilidade – Quantidade x Espaço

Fonte: Acervo da Autora

O aluno atribuiu que tinha mais estrelas na letra em que as mesmas encontram-se

mais espaçadas. Sendo que a quantidade de estrelas é a mesma nas duas letras.

Logo o aluno associou que se maior é o espaço, mais estrelas há nele. O aluno

possui inabilidades quanto quantidade x espaço.

Figura 7: Inabilidade – Reconhecer sinais

Fonte: Acervo da Autora

O aluno não reconheceu o sinal de subtração (-) e realizou uma operação

somatória(+), a qual estaria correta se a operação fosse essa.

Logo o aluno pode estar atribuindo erroneamente o sinal de subtração (-) como

se fosse uma operação de soma (+), demonstrando assim confusão quanto aos

sinais.

Figura 8: Inabilidade – Unidade de medida

Fonte:

Acervo da Autora

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O aluno atribuiu maior e menor relacionando somente o valor numérico

presente, ignorando a unidade de medida agregada a este valor numérico.

5.CONCLUSÃO

Neste espaço do trabalho, retomo de forma conclusiva, algumas etapas que ví

como relevantes durante a realização da pesquisa.

Assim, penso ser importante destacar que a minha monografia se configurou

numa Pesquisa de Campo Quantitativa- Descritiva realizada com 20 do 5º ano do

Ensino Fundamental I da rede Municipal de Canoas. A pesquisa teve por objetivo

principal comparar as inabilidades matemáticas desempenhadas nos testes

aplicados aos alunos com as características do distúrbio de aprendizagem

Discalculia.

Ao longo da monografia foi aplicado aos alunos dois testes, um de cunho de

conhecimentos práticos de Matemática básica e outro que testa a futura propensão

de os alunos terem Discalculia. A investigação centrou-se na aplicação conjunta

destes dois testes para verificar se seus resultados poderiam vir a ajudar a pré

identificar possíveis alunos discalcúlicos em meio escolar.

Com os resultados obtidos, pude observar que a maioria dos alunos, os quais

tiveram um baixo índice de aproveitamento no teste matemático, também

demonstraram uma alta propensão no teste de Discalculia.

Sendo assim se torna viável a aplicação conjunta destes testes em meio

escolar. Visto que muitos professores desconhecem muitos dos distúrbios de

aprendizagem, tais testes viriam a auxiliar professores de escolas regulares a avaliar

constantemente sua postura diante aos alunos que possuem dificuldades quanto a

aquisição de conhecimentos matemáticos.

Para que futuramente estes alunos que demonstraram ter propensão ao

distúrbio Discalculia possam ser melhor observados por seus professores e se

necessário encaminhados à avaliação e acompanhamento adequados.

Page 28: DISCALCULIA - Uma Intervenção Psicopedagógica em sala de aula

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7.REFERÊNCIAS

ASSUNÇÃO, Elisabete da, COELHO, José Maria Teresa. Problemas de

Aprendizagem. 2. ed. São Paulo: Editora Ática, 1990.

BRASIL. Ministério da Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares

Nacionais: Matemática. Brasília: MEC/SEF, 1998.

GARCIA, José N. Manual de dificuldades de aprendizagem: linguagem, leitura,

escrita e matemática. Porto Alegre: Artes Médicas, 1998.

JOHNSON, Dóris J. , MYKLEBUST, Helmer R. Distúrbios de Aprendizagem. 2. ed.

São Paulo: Editora Pioneira, 1987.

KOSC, Ladislav. Developmental dyscalculia. Journal of Learning Disabilities, v.7,

p. 164-177, 1974.

NORTHWESTERN - For alumni and friends of Northwestern University Pioneering

Presence. Disponível em: http://www.northwestern.edu. Acesso em: 12/05/2012.

SAMPAIO, Samaia; Discalculia; Psicopedagogia Brasil. Disponível em:

http://www .psicopedagogiabrasil.com.br/disturbios.htm . Acesso em: 21/02/2012

SILVA, Marcelo Carlos da; Dificuldade de Aprendizagem em Matemática: A

Manifes- tação Da Discalculia; Psicologia.com. Disponível em:

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<http://www.psicologia com.pt/ artigos /ver_artigo.php?codigo=a0427>. Acesso em

28/07/2008.

SILVA, Marcelo Carlos da; Discalculia ou Acalculia? Definições e conceituações;

Psicologia.com.Disponível em:http://www.psicologia.com.pt/

artigos/ver _artigo.php ? codigo=A0426 . Acesso em 28/07/2008.

VIEIRA, Elaine. Transtornos na aprendizagem da matemática: Número Discalculia.

Revista Ciências e Letras, n. 35, p. 109-119, 2004.

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7. ANEXOS

ANEXO 01

Teste de conhecimentos práticos de Matemática básica

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ANEXO 02

Teste de propensão ao distúrbio de aprendizagem Discalculia