Disciplina Interdisciplinar4° Engenharia Civil A e B

2013.2

Prof. Laysa Souza Lavanholelslavanhole@gmail.comlaysa.lavanhole@ffassis.edu.br

Projetos de Arquitetônicos

Projetos de Arquitetônicos

O telhado é fundamental para o acabamento externo de uma edificação. Reflete o estilo do projeto. Sua importância, porém, vai muito além do efeito estético: A cobertura de uma edificação deve ser projetada e executada por profissionais habilitados, pois é um elemento responsável pela segurança da edificação. O projeto é determinante para o seu correto funcionamento e duração. A estanqueidade de um telhado, isto é, a capacidade de não vazar, depende da inclinação da cobertura e da correta colocação das telhas.

EM UM PROJETO DE COBERTURA, DEVEM SER CONSIDERADOS:

- Estrutura do telhado: deve ser capaz de suportar todas as solicitações (peso próprio, ação de agentes atmosféricos – chuvas, ventos, geadas).

- Inclinação do telhado: deve seguir inclinação mínima e máxima para cada tipo de telha. Caso a inclinação seja insuficiente, fica prejudicado o escoamento das águas pluviais e facilitada a sua infiltração, a acumulação de limos, musgos e outros que interferem na eficácia de desempenho da cobertura. A inclinação excessiva causa a fixação inadequada das telhas, provocando o deslocamento e até a queda destas, pela ação de agentes diversos, principalmente ventos.

SISTEMA CONSTRUTIVO E FORMA

Quanto ao sistema construtivo classifica-se em:1. cobertura por elementos apoiados – telhas e similares;2. cobertura por elementos estruturados – laje (convenientemente impermeabilizado)

Quanto a forma as coberturas podem possuir:1. um só declividade (uma água ou pano), dois, três, quatro (a mais comum);2. forma poligonal;3. forma especial.

EM UM PROJETO DE COBERTURA, DEVEM SER CONSIDERADOS:

- Ventilação do telhado: deve permitir perfeita ventilação para evitar a condensação na parte inferior da telha.

- As telhas “respiram”, porque seu material poroso permite-lhe absorver e rejeitar as condensações.

- A correta aplicação das telhas deve considerar a sua ventilação ou arejamento, isto é, a maior ou menor facilidade com que se verifica a sua secagem depois de saturadas pela chuva ou por umidade ambiente.

- O ar deve circular por meios naturais no interior da cobertura – ele entra pelos beirais, indo sair pela cumeeira.

EM UM PROJETO DE COBERTURA, DEVEM SER CONSIDERADOS:

- Tipo de telha: as telhas serão responsáveis pela vedação, impermeabilização, estanqueidade e climatização da edificação, além da estética da fachada.

- A execução deverá ser perfeita para garantir a funcionalidade do telhado. O tipo de telha influencia na estrutura e inclinação do telhado.

- O tipo de telha será definido com base em vários fatores que deverão ser considerados, conforme se verá depois.

Um bom telhado deve oferecer proteção:1 - Proteção contra as chuvas;2 - Proteção contra os ventos;3 - Proteção contra os raios solares;4 – Proteção em relação à segurança;5 - Proteção térmica (calor);6 - Proteção acústica (barulho).

O formato da estrutura da cobertura é calculado para que a mesma transfira todas as cargas que suporta (externas como vento e chuva, além do peso próprio e das telhas) para os apoios laterais – pilares ou vigas

COBERTURAS PLANAS:

o Inclinação de aproximadamente 2%.o A inclinação conduz a água a drenos e ou a calhas perimetrais.o Exige uma membrana contínua para cobrimento - No Brasil, grande parte das coberturas planas é composta por laje de concreto.o Libera espaços para áreas externas.o Em outros países e até mesmo no Brasil, vê-se cada vez mais a utilização de “coberturas verdes” ao invés de simplesmente a laje plana.o A grande desvantagem da utilização de coberturas planas são os vazamentos, que são extremamente recorrentes devido ao surgimento de fissuras na manta impermeabilizante e no concreto.

OBS.: COBERTURAS VERDES - vantagens

1 – Telhados verde contribuem para a redução do efeito estufa seqüestrando o carbono da atmosfera e imobilizando-o na biomassa das plantas – além de produzir oxigênio;

2 – Reduzem os efeitos negativos das enxurradas no ambiente urbano. A água da chuva fica retida em seus diferentes componentes, onde uma parte é evaporada ou evapotranspirada – consequentemente reduzindo o volume total da enxurrada;

3 – Telhados verdes reduzem os gastos com energia elétrica em uma construção, melhorando o conforto térmico e reduzindo os gastos com resfriamento do ambiente (ar-condicionado). Com uma temperatura ambiente de 30ºC, a superfície exposta de uma cobertura pode atingir facilmente mais de 70ºC, enquanto em telhados verdes a temperatura varia entre 25º e 30ºC.

OBS.: COBERTURAS VERDES - vantagens

■ Auxiliam na purificação do ar urbano e contribuem para o aumento da umidade relativa do ar, no local em que está instalado. ■ Controlam a temperatura do ambiente, pois refletem e absorvem parte da radiação solar, transmitindo pequena parcela do calor para a edificação. ■ Causam economia de energia, com a diminuição do esforço dos climatizadores, por exemplo, minimizando as emissões de CO2 na atmosfera. ■ Protegem o prédio contra trincas, já que evita a dilatação causada pela concentração do calor na estrutura; ■ Retém água da chuva contribuindo para o seu escoamento. ■ A vegetação absorve ruídos proporcionando conforto acústico às edificações. ■ É esteticamente bonito e valoriza o imóvel aonde é implantado; ■ Caso a laje seja plana o telhado ainda se transforma em uma área de lazer.

OBS.: COBERTURAS VERDES - desvantagens

■ Sistema construtivo mais caro;

■ Acompanhamento e controle do sistema (manutenção);

■ Peso.

COBERTURAS VERDES

COBERTURAS VERDES

COBERTURAS VERDES

COBERTURAS INCLINADAS:

Questões a serem consideradas•Volumetria desejada – ou seja, altura da cobertura e inclinações desejadas;•Em função da decisão volumétrica define-se o tipo de telha – diferentes tipos de telhas aceitam diferentes tipos de inclinação;•Em função do tipo de telha e dos vãos que se deve cobrir será definida a estrutura da cobertura, que pode ser composta por menor número de elementos e por elementos mais esbeltos, quanto menor for o peso.

ETAPAS PARA A DEFINIÇÃO DA COBERTURA:•Proposição volumétrica;•Escolha do tipo de telha entre as compatíveis com o tipo de volumetria desejada – inclinação;•A partir da inclinação, calcula-se as cumeeiras e as linhas de intersecção dos planos;•Quando os volumes estiverem dispostos de forma perpendicular os espigões e rincões ficarão dispostos com ângulo de 45º;

COBERTURAS INCLINADAS:

Questões a serem consideradas•Volumetria desejada – ou seja, altura da cobertura e inclinações desejadas;•Em função da decisão volumétrica define-se o tipo de telha – diferentes tipos de telhas aceitam diferentes tipos de inclinação;•Em função do tipo de telha e dos vãos que se deve cobrir será definida a estrutura da cobertura, que pode ser composta por menor número de elementos e por elementos mais esbeltos, quanto menor for o peso.

ETAPAS PARA A DEFINIÇÃO DA COBERTURA:•Proposição volumétrica;•Escolha do tipo de telha entre as compatíveis com o tipo de volumetria desejada – inclinação;•A partir da inclinação, calcula-se as cumeeiras e as linhas de intersecção dos planos;•Quando os volumes estiverem dispostos de forma perpendicular os espigões e rincões ficarão dispostos com ângulo de 45º;

ESTRUTURA

Deverá prever todos os esforços que deverão ser suportados: peso próprio da cobertura, ação de agentes atmosféricos verticais (chuva sem vento), inclinados (chuvas com/ou ventos) e horizontais (ventos).

A estrutura da cobertura deve ser projeta de modo a suportar e transferir todos os esforços para a estrutura da edificação (pilares, vigas e/ou paredes). Seu formato é projetado e dimensionado de modo a garantir o equilíbrio da cobertura.

ESTRUTURA

1. Madeiramento: cobertura composta por tesouras e malha em madeira, responsável pela sustentação das telhas.

- Tesouras: elementos verticais, responsáveis pela distribuição dos esforços para o restante da edificação. PEÇAS de 6 x 12cm, ou 6 x 16cm, distanciadas, no máximo de 3,00 m entre si.

- Terças: elementos horizontais apoiados sobre as tesouras, ligando-as entre si. Peças de madeira de 6 x 12cm, ou 6 x 16cm, distanciadas entre si no máximo 1,50m.

ESTRUTURA

- Caibros: Dispostos sobre as terças, perpendicularmente a estas, espaçados no máximo a 50cm entre si, com secção 5 x 6cm, ou 5 x 7cm.

Quando são utilizadas telhas grandes, o madeiramento de tesouras+terças+caibros é suficiente para amparar as telhas. Quando utiliza-se telhas menores, há necessidade de ripas.

- Ripas: Madeiras de apoio das telhas. São colocadas sobre os caibros, em sentido perpendicular a estes e devem ser distanciadas entre si, conforme dimensões da telha e galga.

ESTRUTURA

TIPOLOGIA DAS TESOURAS

TIPOLOGIA DAS TESOURAS

TIPOLOGIA DAS TESOURAS – NOME DAS BARRAS

TIPOLOGIA DAS TESOURAS

ESPAÇAMENTO ENTRE AS TESOURAS

DETALHAMENTO DO TELHADO

DETALHAMENTO DO TELHADO

TRAMA TELHADOS COM

CERÂMICA:

Terça

Caibro

Ripa TELHADOS COM TELHAS

METÁLICAS/ TELHADOS

COM TELHAS DE

FIBROCIMENTO:

Terça

DETALHAMENTO DO TELHADO

ESTRUTURA

ESTRUTURA – EMENDAS E LIGAÇÕES

1 - Ripas: pequenas peças de madeira, apoiadas sobre o caibro para sustentação das telhas. 2 - Caibros: Peça de madeira que sustenta as ripas. Nos telhados, o caibro se assenta nas

cumeeiras, nas terças e nos frechais. 3 - Cumeeira: Terça da parte mais alta do telhado. Grande viga de madeira, que une os

vértices da tesoura e onde se apóiam os caibros do madeiramento da cobertura. Também chamada de "espigão horizontal".

4 - Terça: viga de madeira apoiada sobre as pernas da tesouras ou sobre paredes, para sustentação dos caibros, paralela à cumeeira e ao frechal.

5 - Frechal: terça da parte inferior do telhado, sendo assentada sobre o topo da parede, servindo de apoio à tesoura.

6 - Tesoura: viga em treliça plana vertical, formada de barras dispostas de madeira a compor uma rede de triângulos, tornando o sistema estrutural indeslocável.

7 - Perna: Cada uma das vigas inclinadas que compõe a tesoura. 8 - Linha: Viga horizontal (tensor) que, na tesoura, está sujeita aos esforços de tração. 9 - Pendural ou montante: Viga vertical no centro da tesoura, que vai da cumeeira à linha da

tesoura. 10 - Mão francesa, escora ou diagonal: São peças de ligação entre a linha e a perna,

encontra- se, em posição oblíqua ao plano da linha. Geralmente trabalham à compressão. 11 - Estribo: São ferragens que garantem a união entre as peças das tesouras. Podem trabalhar

à tração ou cisalhamento.

ESTRUTURA – EMENDAS E LIGAÇÕES

Referências Bibliográficas ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6492:

Representação de Projetos de Arquitetura. Rio de Janeiro, 1992.

BALLARIN, A. Wagner. Tesouras de Madeira. Disponível em: <http://www.histeo.dec.ufms.br/materiais/detalhamento/01%20(29-04-08)%20Tesouras%20de%20Madeira.pdf > Acessado em 03/05/2012

FILHO, A. J. Bernadi. Desenho de Projetos I. Disponível em: http://www.daciv.feciv.ufu.br/arquivos/ApostilaVolume1.pdf> Acessado em 02/10/2013

Coberturas Verdes. Disponível em: http://linsgalvao.com.br/blog/sem-categoria/coberturas-verdes-2#sthash.Fz3bYMyv.dpuf> Acessado em 02/10/2013