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Rc1al. téc. insto occanogr., (41):15-2R, 1997 Distribuição do ictioplâncton na região de São Sebastião, SP Mario Katsuragawa & June Ferraz Dias Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo (Caixa Postal 66149, 05315-970, São Paulo, SP, Brasil) Material e métodos O cruzeiro oceanográfico foi realizado entre 06 e 11 de fevereiro de 1994, na região de São Sebastião, desde Ponta Grossa (230:30'S e 45°W) até a Ponta do Itaguá (24°15' S e 45°45' W), na plataforma interna, conforme mostra a Figura 2.1. Foram realizadas 43 amostragens, nas quais utilizou-se a rede bongô, equipamento padrão para coletas de ictioplâncton, devido à sua eficiência (Smit h & Richardson, 1977). As malhagens utilizadas foram 0,333 mm (malhagem fina) e 0,505 mm (malhagem regular). Os arrastos foram oblíquos, no sentido superfície- fundo- superfície. O plâneton coletado foi acondicionado em frascos contendo solução aquosa neutralizada de formaldeído a 10%. O volume de plâncton foi estimado, em laboratório, pelo método de deslocamento de líquidos (Kramer et ai., 1972) Efetuou-se a triagem sob estereomicroscópio, separando-se os ovos e as larvas de peixes dos demais organismos planctônicos. Foram identificados apenas os ovos pertencentes às famílias Engraulididae e Clupeidae. Com relação às larvas, foram identificadas até o nível taxonômico mais inferior possível, considerando-se as caracteristícas merísticas, morfométricas, padrões de pigmentação c forma do corpo. Foram utilizadas várias referências, sendo consideradas as mais importantes: Moser et ai. (1984), Fahay (1983), Leis & Rennis (1983), Leis & Trnski (1989). A estimativa do número de ovos e larvas por m 2 foi realizada conforme Tanaka (1973). O valor é dado pela expressão: Y = d * x / V, onde: Y = números de ovos ou larvas por m 2 ; d = profundidade máxima da coleta (m); x = número de ovos e larvas coletadas; V = volume de água filtrada pela rede (m 3 ) Conlr . 806 do Inst. oceanogr. da Usp. Para a estimativa do volume de água filtrada pela rede, utilizou-se a fórmula: V = a * n * c, onde: V = volume de água filtrada (m 3 ); a = área da boca da rede (0,2922 m 2 ); n = n Q de rotações do fluxômetro; c = fator de calibração do fluxômetro (0,0257). Resultados 1. Ocorrência e distribuição de ovos A grande quantidade de ovos de peixes encontrados (11.104 ovos), indica que praticamente todas as regiões adjacentes à Ilha de São Sebastião constituem importantes áreas de desova para inúmeras espécies. Os ovos dos grupos pertencentes às famílias Engraulididae e Clupeidae foram os mais abundantes, representando juntos 59,9 % do total coletado. Observa-se que os ovos da família Clupeidae foram os de distribuição mais ampla e ocorreram em 74,4 % das estações (Fig. 2.2). Foram observadas duas áreas de maior abundância: uma a leste da Ilha de São Sebastião, incluindo o domínio interior e parte do exterior; e outra ao sul e sudoeste da Ilha. Concentrações médias de ovos foram encontradas nas áreas próximas da costa. Os ovos de engraulidídeos ocorreram em maior quantidade junto à costa, em 44 % das estações (Fig. 2.3). 2. Ocorrência e distribuição de larvas O número total de larvas por táxon, referente à rede bongô malhagem fina, é apresentado na tabela 2.1. Foram encontradas 26.408 larvas, divididas em 32 grupos taxonômicos, sendo 31 famílias e uma ordem. Do total de larvas, 38,5 % pertence à fanu1ia Engraulididae, 24,6% Clupeidae, 7,2 % Paralichthyidae, 4,3 % Gerreidae, 1,7% Carangidae, e 1,6 % Scombridae. As outras famílias

Distribuição do ictioplâncton na região de São Sebastião, SP · Rc1al. téc. insto occanogr., (41):15-2R, 1997 Distribuição do ictioplâncton na região de São Sebastião,

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Rc1al. téc. insto occanogr., (41):15-2R, 1997

Distribuição do ictioplâncton na região de São Sebastião, SP

Mario Katsuragawa & June Ferraz Dias

Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo (Caixa Postal 66149, 05315-970, São Paulo, SP, Brasil)

Material e métodos

O cruzeiro oceanográfico foi realizado entre 06 e 11 de fevereiro de 1994, na região de São Sebastião, desde Ponta Grossa (230:30'S e 45°W) até a Ponta do Itaguá (24°15' S e 45°45' W), na plataforma interna, conforme mostra a Figura 2.1.

Foram realizadas 43 amostragens, nas quais utilizou-se a rede bongô, equipamento padrão para coletas de ictioplâncton, devido à sua eficiência (Smit h & Richardson, 1977). As malhagens utilizadas foram 0,333 mm (malhagem fina) e 0,505 mm (malhagem regular). Os arrastos foram oblíquos, no sentido superfície- fundo­superfície.

O plâneton coletado foi acondicionado em frascos contendo solução aquosa neutralizada de formaldeído a 10%. O volume de plâncton foi estimado, em laboratório, pelo método de deslocamento de líquidos (Kramer et ai.,

1972) Efetuou-se a triagem sob estereomicroscópio,

separando-se os ovos e as larvas de peixes dos demais organismos planctônicos.

Foram identificados apenas os ovos pertencentes às famílias Engraulididae e Clupeidae. Com relação às larvas, foram identificadas até o nível taxonômico mais inferior possível, considerando-se as caracteristícas merísticas, morfométricas, padrões de pigmentação c forma do corpo. Foram utilizadas várias referências, sendo consideradas as mais importantes: Moser et ai. (1984), Fahay (1983), Leis & Rennis (1983), Leis & Trnski (1989).

A estimativa do número de ovos e larvas por m2 foi realizada conforme Tanaka (1973). O valor é dado pela expressão:

Y = d * x / V, onde:

Y = números de ovos ou larvas por m2;

d = profundidade máxima da coleta (m); x = número de ovos e larvas coletadas; V = volume de água filtrada pela rede (m3)

Conlr. nº 806 do Inst. oceanogr. da Usp.

Para a estimativa do volume de água filtrada pela rede, utilizou-se a fórmula:

V = a * n * c, onde:

V = volume de água filtrada (m3);

a = área da boca da rede (0,2922 m2);

n = nQ de rotações do fluxômetro; c = fator de calibração do fluxômetro (0,0257).

Resultados

1. Ocorrência e distribuição de ovos

A grande quantidade de ovos de peixes encontrados (11.104 ovos), indica que praticamente todas as regiões adjacentes à Ilha de São Sebastião constituem importantes áreas de desova para inúmeras espécies.

Os ovos dos grupos pertencentes às famílias Engraulididae e Clupeidae foram os mais abundantes, representando juntos 59,9 % do total coletado. Observa-se que os ovos da família Clupeidae foram os de distribuição mais ampla e ocorreram em 74,4 % das estações (Fig. 2.2). Foram observadas duas áreas de maior abundância: uma a leste da Ilha de São Sebastião, incluindo o domínio interior e parte do exterior; e outra ao sul e sudoeste da Ilha. Concentrações médias de ovos foram encontradas nas áreas próximas da costa. Os ovos de engraulidídeos ocorreram em maior quantidade junto à costa, em 44 % das estações (Fig. 2.3).

2. Ocorrência e distribuição de larvas

O número total de larvas por táxon, referente à rede bongô malhagem fina, é apresentado na tabela 2.1. Foram encontradas 26.408 larvas, divididas em 32 grupos taxonômicos, sendo 31 famílias e uma ordem. Do total de larvas, 38,5 % pertence à fanu1ia Engraulididae, 24,6% Clupeidae, 7,2 % Paralichthyidae, 4,3 % Gerreidae, 1,7% Carangidae, e 1,6 % Scombridae. As outras famílias

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somam 6,1 % e as larvas de peixes não identificadas perfazem 16,3 % do total coletado.

A composição taxonômÍca apresenta um predomínio numérico dos grupos de peixes demersais em relação aos pelágicos: 20 grupos demersais e 12 pelágicos. Os peixes pelágicos foram representados por 12 farrunas: Balistidae, Bregmacerotidae, Carangidae, Clupeidae, Engraulididae, Exocoetidae, Gerreidae, Hemiramphidae, Mugilidae, Scombridae, Sphyraenidae e Trichiuridae. Os peixes demersais estão representados por 19 farrunas e 1 ordem: Acanthuridae, Apogonidae, Batrachoididae, Blennüdae, Bothidae, Cynoglossidae, Fistularidae, Gobiidae, Ophidiidae, Paralichthyidae, Scaridae, Sciaenidae, Scorpaenidae, Serranidae, Soleidae, Syngnathidae, Synodontidae, Triglidae, Monacanthidae e Anguilliformes (Tabela 2.1).

Em número, as larvas de peixes p01&~cos foram as mais abundantes com 72,4% do total cole~ado e as dos peixes demersais representaram 11,3 %. AS famílias de peixes pelágicos predominantes foram: Engraulididae com 53,2 % e Clupeidae com 34,0 %, além de Gerreidae com 5,9 %, Carangidae com 2,3 % e Scombridae com l,3 %. Os demais grupos somaram 2,2 % do total. Dentre os peixes demersais, as larvas da familil! Paralichthyidae correspondem a 63,3 % das larvas coletadas. Os outros grupos apresentaram valores percentqais inferiores, como Sciaenidae, com 7,2%, Cynoglossidae. com 6,5 %, e Ophidiidae com 5,8 %. Os valores dellte/\ três grupos representam 82,8 % do total desta composição (Tabela 2.1).

Dentre os clupeídeos, foram identificados indivíduos pertencentes a duas espécies, sendo ql)c HarCI1gt.41a jaguana (sardinha- cascuda) foi a mais abundante, com 3123 larvas (11,2 % do total capturado) (Tabela 2,2), distribuindo-se por toda a área de estudo. As estações com maior densidade estavam localizadas na plataforma externa, em profundidades maiores que as da isóbata de 50 m, e na porção norte, entre a Ilha de São Sebalitião e a ponta Grossa, ocorrendo em 95 % das estações (Fig. 2.4). Sardine/la brasiliensis (sardinha-verdadeira) foi a segunda espécie mais abundante, representando 9,32 % do total de larvas capturadas (Tabela 2.2), ocorrendo, principalmente, na plataforma externa, em RO % das estações (Fig. 2.5) ,

Dentre os engraulidídeos, foram identificados 261 indivíduos pertencentes à espécie Engraulis anchoita, sendo esta a sétima espécie em termos quantitativos (Tabela 2.2); constatou-se uma distrihuição mais limitada à porção sul da área de estudo, mais próxima à plataforma externa, tendo ocorrido em 32 % das estações (Fig. 2.6).

Das larvas pertencentes à Ordem Pleuronectiformes foram identificados paralictídcos, cinoglossídeos, botídeos e solcídeos.

Relat. téc insto oceanogr., (41), 1997

Syacium papillosum foi a espécie mais comum da família Paralichthyidae, com 1322 indivíduos capturados (Tabela 2.2), distribuindo-se, praticamente, em todas as estações oceanográficas realizadas (85 % das estações). Os locais que apresentaram maiores quantidades estavam localizados na área próxima à plataforma externa, e na porção sudoeste da Ilha de São Sebastião (Fig. 2.7). Outros paralictídeos encontrados na região, embora em menor abundância, pertencem ao gênero Etropus, cuja distribuição assemelha-se muito àquela dos indivíduos de S. papillosum (Fig. 2.8), ocorrendo em 68 % das estações de coleta realizadas.

Da família Cynoglossidae foram identificadas larvas de Symphurus spp., ocorrendo em 68 % das estações, com ampla distribuição ao sul da Ilha de São Sebastião e nas estações próximas da isóbata de 50 m (Fig. 2.9).

Foram identificadas larvas das famílias Soleidae (Achirus sp.) e Bothidae (Bothus sp.).Achirus ocorreu em 46 % das estações, concentrando-se naquelas mais próximas da costa e das ilhas, enquanto que Bothus apresentou-se espalhado na porção sul, sudeste e leste da Ilha de São Sebastião, ocorrendo em 15 % das estações.

Carangidae esteve representada por: Oligoplites sp., Selene sp., Caranx sp., além de Chloroscombrus chrysurus, Decapterus punctatus e Trachurus lathami.

Neste cruzeiro observou-se predomínio de larvas de Oligoplites sp., representando 46,1 % do total de larvas de carangídeos, em 56 % das estações, seguido por C. chrysurus (19,6 % do total de carangídeos e 39 % das estações). Para Oligoplites sp., a maior parte das estações com larvas situou-se na faixa mais rasa de profundidade (Fig. 2.10). As larvas de C. chrysurus corresponderam ao segundo grupo em abundância, ocorrendo na região costeira ao sul e a leste da Ilha de São Sebatião, com apenas duas estações na porção norte (Fig. 2.11).

Larvas de D. punctatlls foram encontradas na plataforma externa e na porção sul da Ilha de São Sebastião, em 32 % das estações. As larvas de T. lathami ocorreram em poucas estações (27 % do total), na região costeira e proximidades da Ilha de São Sebastião. Outros gêneros de carangídeos coletados na área estão representados pelas larvas de Selene spp. e Caranx sp., ocupando as áreas da plataforma externa, sul, norte e região costeira, em 27 % e 5 % das estações de coleta, respectivamente.

Os grupos identificados da Família Scombridae pertencem ao gênero Auxis e à espécie Euthynnus q/letteratus. As larvas de Auxis ocorreram tipicamente próximas da ou na plataforma externa, em 34 % das estações (Fig. 2.12), enquanto que as de Ellthynnus ocorreram na porção sul e sudeste da Ilha de São Sebastião, tanto na plataforma externa como na interna, em 32 % das estações (Fig. 2.13).

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KA TSURAGA WA & DIAS: Plataforma Interna de São Sebastião (OPISS)

Dentre os cienídeos foram identificados 1 gênero e 9 espécies. A espécie mais abundante em número de larvas foi Menticirrhus americanus, com distribuição relativamente ampla em 49 % das estações, e associada à porção nordeste da Ilha de São Sebastião, e região sudoeste (Fig. 2.14). Padrão de distribuição semelhante é encontrado para Cynoscion sp. (Fig. 2.15). A terceira espécie em abundância foi Stellifer rastrifer, sendo que as larvas estiveram presentes na porção sul da ilha e mais associadas à proximidade da plataforma externa.

As demais espécies de cienídeos identificadas ocorreram em baixa freqüência e com distribuição restrita (Larimus breviceps, Micropogonias furnieri, Macrodon ancylodon, Bairdiella ronchus, Paralonchurus brasiliensis, Isopisthus parvipinnis e Cynoscion leiarchus).

Além das familias citadas, foram identificadas larvas das familias Sphyraenidae, Synodontidae, Monacanthidae, Balistidae, Trichiuridae e Bregmacerotidae.

Larvas de Sphyraena guachancho (Sphyraenidae) ocorreram por toda a área de pesquisa, em 56 % das estações de coleta, com maior abundância a leste das ilhas de São Sebastião e Búzios (Fig. 2.16). Dentre os Synodontidae, a espécie de maior abundância foi Synodus foetens, ocorrendo em 54 % das estações e distribuindo-se ao sul e leste da Ilha de São Sebastião (Fig. 2.17). Trachinocepha/us myops e Saurida brasiliensis tiveram ocorrência mais restrita a poucas estações oceanográficas (10 e 5 % do total, respectivamente). Stephanoleps hispidus é um monacantídeo, cujas larvas ocuparam apenas parte da porção sul da Ilha de São Sebastião, em 12 % das estações. Larvas de Balistes capriscus (Balistidae) ocorreram tanto na região costeira sul quanto na plataforma externa a leste e sudeste, em 24 % das estações. Larvas de Trichiurus lepturus (Trichiuridae) ocorreram em radiais ao sul e leste da Ilha de São Sebastião, desde próximo da costa até a plataforma externa. Larvas de Bregmaceros cantori (Bregmacerotidae), espécie mesopelágica, ocorreram na plataforma externa e em uma estação na região costeira. A presença de larvas deste grupo junto da costa pode ser explicada pela conformação dos fundos na região ao sul da Ilha de São Sebastião, com a presença de um canal escavado, de maiores profundidades, e que pode ser um carreador de larvas de espécies associadas à águas mais profundas, para regiões mais costeiras.

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Tabela 2.1. Larvas identificadas em Famnias e Ordem, por ordem decrescente do número total, capturadas com rede bongõ, no verão de 1994. Projeto OPISS.

Famílias INúmero Tota % do Tota % dos Pelá2icos % dos Demersais Engraulididae 10177 38.54 53.24 -Clupeidae 6508 24.64 34.04 -Paralichthyidae 1891 7.16 - 63.35 Gerreidae 1127 4.27 5.90 -Carangidae 445 1.69 2.33 -Scombridae 432 1.64 2.26 -Sphyraenidae 306 1.16 1.60 -Sciaenidae 215 0.81 - 7.20 Cynoglossidae 193 0.73 - 6.46 Ophidiidae 172 0.65 - 5.76

Serranidae 121 0.46 - 4.04 Synodontidae 112 0.42 - 3.75 Balistidae 98 0.37 0.51 -Blenniidae 78 0.30 - 2.61

Soleidae 66 0.25 - 2.21

Gobiidae 61 0.23 - 2.04

Triglidae 37 0.14 - 1.24

Bothidae 24 0.09 - 0.80

Trichiuridae 12 0.05 0.06 -Anguilliformes 6 0.02 - 0.20 Bregmacerotidae 4 0.02 0.02 -Exocoetidae 3 0.01 0.02 -Mugilidae 2 0.01 0.01 -Syngnathidae 2 0.01 - 0.06

Hemirramphidae 2 0.01 0.01 -Scorpaenidae 1 0.00 - 0.06

Tetraodontidae 1 0.00 - 0.03 Fistularidae 1 0.00 - 0.03 Acanthuridae 1 0.00 - 0.03 Apogonidae I 0.00 - 0.03

Scaride 1 0.00 - 0.03

Batrachoididae 1 0.00 - 0.03 Não identificados 4307 16.31 - -

Total 26408 100.00 100.00 100.00

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KA TSURAGA WA & DIAS: Plataforma Interna de São Sebastião (OPISS)

Tabela 2.2. Relação das larvas Identificadas em táxons Inferiores, capturadas com rede bongô, durante o cruzeiro do Projeto OPISS, fevereiro/1994.

Táxons Número Total %

Harengu/a jaguana 3123 33 .0 Sardinella brasiliensis 2461 26.0 Syacium papillosum 1322 13 .9 Etropus spp. 445 4.7 Sphyraena guachancho 302 3.2 Auxis spp. 268 2.8 Engrau/is anchoita 261 2.7 Symphurus spp. 193 2.0 O/igop/ites sp. 185 l.9 Euthynnus alletteratus 117 l.2 Menticirrhus americanus 113 l.2 Synodus foetens 101 l.0 Cynoscion sp. 91 0.9 Ch/oroscombrus crysurus 87 0.9 Achirus sp. 66 0.7 Stephano/epis hispidus 64 0.7 Decapterus punctatus 45 0.5 Ba/istes capriscus 31 0.3 Trachurus /athami 31 0.3 Stellifer rastrifer 29 0.3 Se/ene sp. 27 0.3 Bothus sp. 24 0.2 Trichiurus lepturus 12 0.1 Caranx sp. 10 0.1 Para/onchurus brasiliensis 9 0.1 Larimus breviceps 8 0.1 Trachinocepha/us myopis 8 0.1 Micropogonias fumieri 6 0.1 Bairdiella ronchus 5 0.1 Macrodon ancylodon 4 0.05 Saurida brasiliensis 3 0.03 Bregmaceros cantor; 3 0.03 Isopisthus parvipinnis 2 0.02 Cynoscion /eiarchus 1 0.01

Total 9457 100

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20 Rclat. léc inst. occanogr., (41), 1997

·23.30 : I

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-23.5

-2381

-2371 •

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-23.11 •

-24 J

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I .J:7 -241 D-j

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t -24.21

-24.30 I I [ I I I I I I I I I -48.00 ~.1I0 ~.80 -45.70 ~.80 ~.50 -45.40 -45.30 -45.20 -45.10 -45.00 -44.110

Fig. 2.1. Plano de estações oceanográficas do Projeto OPISS "Oceanografia da Plataforma Interna da região de São Sebastião".

Clupeidae -23. <l . /)

-23. o O,O/rrt

• 0,1 - 101m2

-23. 2 • 10,1 - 100/m o

o 2 • '100,1 - lO00/m • •

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o o • -23. • • •

• o • -24. • o o

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-24.

_24.30-+-----,-----,---,------,-----,--,------,-----,--,------,-----,--L -46.00 -45.00 -45.80 -45.70 -45.60 -45.50 -45.40 -45.30 -45.20 -45.10 -45.00 -44.00

Fig. 2.2. Distribuição horizontal e abundância de ovos de peixes por m2 da famnia C1upeidae, em fevereiro de 1994, Projeto OPISS.

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KATSURAGAWA &. DIAS: Plataforma Interna deSão Sehastião (OPISS)

_~.3r+-__ -L ____ L-__ -L __ ~ ____ ~ __ ~ ____ L-__ -L __ ~L-__ J-__ ~ ____ ~

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1

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0,0/m2

0,1 - 101m2

2 10,1 - 100/m

100,1 - 1000/m2

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Engraulididae

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-46.00 -45.90 -45.80 -45.70 -45.00 -45.50 -45.40 -45.30 -45.20 -45.10 -45.00 -44.90

Fig. 2.3. Distribuição horizontal e abundância de ovos de peixes por m2

da famflia Engraulididae, em fevereiro de 1994, Projeto OPISS.

-23.30

I Harengula jaguana I

-23.

o 0,0/m2 -23

• 0,1 - 101m2

• 10,1 - 100/m 2

-23

• 100,1 - 1000/m 2

• ~ -23 • .~ • o o • • • • • • • • "'4. • • • • • t:- • • • • o

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.... --48.00 ... .ao ~5 .'O -45.70 .... 5.80 -45..50 ~5 . .-o -'5.30 ... .20 -45 .10 ..... 5.00 -«.ao

Fig. 2.4. Distribuição horizontal e abundância de larvas de peixes por m2 da espécie Horenglllo jOg1lO1l0, em fevereiro de 1994, Projeto OPISS.

21

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22 Relat. téc inst. occanogr. , (41), 1997

-23.3°1 i

.23'~ Sardinella brasiliensis

. 23S~ O 0,0/m2

• 0,1 - 101m2

• lO,! - 100/m 2

• lOO,! - 1000/m 2

• • ~ . ~ • c o • ·23.8 • •

.2.J

o • • • • • • • • • I • •

"'i p • •

• o • • • ·2'.2

·2'-3 -46 .00 ..... 5.ao -45.ao -<S .70 -.S .80 -<S.SO ..... 5 .~O -<S.30 -<S20 -<s. tO -'S .OO ....... . 80

Fig. 2.5. Distribuição horizontal e abundância de larvas de peixes por m2 da espécie Sardinella brasiliensis, em fevereiro de 1994, Projeto OPISS.

Engraulis anchoita

o 0,0/m2

• 0,1 - 101m2

• 10,1 - IOO/m 2

• 100,1 - 1000/m2

o

0 °

• o o o

• o • o • o

• o

• • • •

o

Fig. 2.6. Distribuição horizontal e abundância de larvas de peixes por m2 da espécie Engraulis anchoita , em fevereiro de 1994, Projeto OPISS.

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KATSURAGAWA & DIAS: Plataforma Interna deSão Sebastião (OPISS)

-23.

-23 Syacium papi/losum

o 0,O/m2

·23

0,1 - 10/m2 •

• 10,1 - 100/m 2

• 100,1 - 1000/m 2

• •

UO~O ~

o • • • o

• • • • • • • • • • • -2. • • • • • • p • • • • • -2. •

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Fig. 2.7. Distribuição horizontal e abundância de larvas de peixes por m2 da espécie Syaciu11l papilloswll, em fevereiro de 1994, Projeto OPISS.

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Etropus spp.

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• 10,1 - 100/m2

• 100.1 - 1000/m2

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Fig. 2.8. Distibuição horizontal e abundância de larvas de peixes por m2 da espécie Etropus spp, em fevereiro de 1994, Projeto OPISS.

23

Page 10: Distribuição do ictioplâncton na região de São Sebastião, SP · Rc1al. téc. insto occanogr., (41):15-2R, 1997 Distribuição do ictioplâncton na região de São Sebastião,

24 Rclat. téc inst. oceanogr., (41), 1997

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• 10,1 - 100/m2

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Symphurus spp.

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Fig. 2.9. Distribuição horizontal e abundância de larvas de peixes por m2

da espécie Symphllnts spp., em fevereiro de 1994, Projeto OPISS.

-23

Oligoplites sp.

-23 o O,O/m2

• 0,1 - 10/rrt

·23 • 10,1 - 100/m2

• 100,1 - 1000/m2 e

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Fig. 2.10. Distribuição horizontal e abundância de larvas de peixes por m2 da espécie O/igoplites sp, em fevereiro de 1994, Projeto OPISS.

Page 11: Distribuição do ictioplâncton na região de São Sebastião, SP · Rc1al. téc. insto occanogr., (41):15-2R, 1997 Distribuição do ictioplâncton na região de São Sebastião,

KATSURAGAWA & DIAS: Plataform Interna de São Schastião (OPISS)

Chloroscombus chrysurus

o O,O/rrr

• 0,1 - 10/m2

• 10,1 - 100/m 2

• 100,1 - 1000/m 2

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Fig. 2.11 . Distribuição horizontal e abundância de larvas de peixe por m2 da espécie Chloroscombus c1zrysllntS, em fevereiro de 1994, Projeto OPISS .

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o 0,0/m2

• 0,1 - 10/nf

• 10,1 - 100/m2

• 100,1 - 1000/m2

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Auxis spp.

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Fig. 2.12. Distribuição horizontal e abundância de larvas de peixes por m2 da espécie A1L\'is spp, em fevereiro de 1994, Projeto OPISS.

25

Page 12: Distribuição do ictioplâncton na região de São Sebastião, SP · Rc1al. téc. insto occanogr., (41):15-2R, 1997 Distribuição do ictioplâncton na região de São Sebastião,

26 Relat. téc insL oceanogr., (41), 1997

·23.30

I Euthynnus alletteratus .23 401

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Fig. 2.13. Distribuição horizontal e abundância de larvas de peixes por m2 da espécie Elll!tymlls alletleratlls, em fevereiro de 1994, Projeto OPISS.

-23 .

. 23.J Menticirrhus americanus

I o 0,0/m2

• 0,1 - 10/m2

• 10,1 - 100/m2

• 100,1 - 1000/m 2

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Fig. 2.14. Distribuição horizontal e abundância de larvas de peixes por m2 da espécie McnticirrhllS amcricanlls, em fevereiro de 1994, Projeto OPISS.

Page 13: Distribuição do ictioplâncton na região de São Sebastião, SP · Rc1al. téc. insto occanogr., (41):15-2R, 1997 Distribuição do ictioplâncton na região de São Sebastião,

KATSURAGAWA & DIAS: Plataform Interna de São Sehastião (OPISS)

-23.

Cynoscion sp.

o 0,0/m2

• 0,1 - 101m2

• 10,1 - 100/m 2

• 100,1 - 1000/m 2

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Fig. 2.15. Distribuição horizontal e abundância de larvas de peixes por m2

da espécie Cynosciu11l sp, em fevereiro de 1994, Projeto OPISS.

-23.

Sphyraena guachancho

o O,O/rrr

• 0,1 - 101m2

• 10,1 - 100/m 2

• 100,1 - 1000/m 2

• • 10

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Fig. 2.16. Distribuição horizontal e abundância de larvas de peixes por m2 da espécie Sphyracna guachancho, em fevereiro de 1994, Projeto OPISS.

27

Page 14: Distribuição do ictioplâncton na região de São Sebastião, SP · Rc1al. téc. insto occanogr., (41):15-2R, 1997 Distribuição do ictioplâncton na região de São Sebastião,

28 Relat. téc insto oceanogr., (41), 1997

·2 3.3

Synodus foetens

0,0/m2

• 0,1 - 10/m2

• 10,1 - 100/m 2

• 100,1 - 1000/m 2

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Fig. 2.17. Distribuição horizontal e abundância de larvas de peixes por m2 da espécie Syllodus foetens, em fevereiro de 1994, Projetos OPISS.