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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” AVM FACULDADE INTEGRADA A ATUAÇÃO DOS ÓRGÃOS DE CONTROLE NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA FEDERAL Por: Analice Mattos de Oliveira Orientador Prof. Luiz Eduardo Chauvet Rio de Janeiro 2015 DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL

DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL · 2015. 1. 22. · 1.1. Órgãos de Controle 1.2. Controladoria-Geral da União (CGU) 1.3. Tribunal de Contas da União (TCU) 2. Trabalhos

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

A ATUAÇÃO DOS ÓRGÃOS DE CONTROLE NA

ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA FEDERAL

Por: Analice Mattos de Oliveira

Orientador

Prof. Luiz Eduardo Chauvet

Rio de Janeiro

2015

DOCUMENTO PROTEGID

O PELA

LEI D

E DIR

EITO AUTORAL

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

A ATUAÇÃO DOS ÓRGÃOS DE CONTROLE NA

ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA FEDERAL

Apresentação de monografia à AVM Faculdade

Integrada como requisito parcial para obtenção do

grau de especialista em Gestão Pública.

Por: Analice Mattos de Oliveira

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AGRADECIMENTOS

Aos amigos e companheiros de curso

Evanilda Ferreira Confessor, Jurandyr

Cândido Rosa Filho e Maria de Fátima

Silva, por seguirem juntos comigo

nessa batalha à Auditora-Chefe e aos

amigos da Auditoria Interna da Fiocruz,

em especial da Coordenação de Ações

de Auditoria, pelo incentivo e ajuda no

alcance de mais uma etapa.

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DEDICATÓRIA

Dedico à minha família pela ajuda e

apoio, em especial a minha amada mãe e

exemplo de mulher Maria Luiza, sem a

qual nada disso seria possível e a minha

filha Analara, razão da minha vida e

motivo pelo qual agradeço todos os dias

da minha vida.

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RESUMO

O presente trabalho tem por objetivo mostrar as formas de atuação dos

órgãos de controle, em especial, Controladoria-Geral da União – CGU e

Tribunal de Contas da União – TCU, na Administração Pública Federal e as

melhorias por ela proporcionadas.

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METODOLOGIA

A metodologia do presente trabalho utilizou o método indutivo em

relação às experiências adquiridas em meu ambiente de trabalho e relatadas

nesse documento e o método dedutivo quanto ao acesso a sites

governamentais, leitura de legislações e informações retiradas de documentos

internos da própria Auditoria Interna da Fundação Oswaldo Cruz – FIOCRUZ.

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SUMÁRIO

Introdução

1. Controle Interno x Controle Externo

1.1. Órgãos de Controle

1.2. Controladoria-Geral da União (CGU)

1.3. Tribunal de Contas da União (TCU)

2. Trabalhos realizados na Fundação Oswaldo Cruz – FIOCRUZ

2.1. Auditoria Interna

2.2. Plano Anual de Atividades de Auditoria Interna – PAINT

2.3. Relatório Anual de Atividades de Auditoria Interna – RAINT

3. Resultados/melhorias obtidas na qualidade dos serviços perante a

atuação dos Órgãos de Controle

Conclusão

Bibliografia

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INTRODUÇÃO

Ao longo da história, o Brasil passou por várias formas de governo e

consequentemente na Administração Pública, desde a monarquia até se

estabelecer como a República Federativa do Brasil, que é o regime de governo

em que vivemos atualmente. Com o advento da Constituição Federal de 1988,

vieram várias mudanças e evoluíram vários conceitos que contemplaram a

busca por uma melhor gestão e organização dos recursos públicos, além da

necessidade da participação e controle da sociedade em relação à formulação

de políticas públicas, como também de ações voltadas à gestão pública.

O Brasil ainda possui grandes obstáculos a serem superados na

Administração Pública em relação as suas formas de gerenciamento, de

gestão e organização da máquina pública, a falta de responsabilidade, de

transparência com os gastos públicos, em meio a corrupção, desvios de

verbas, nepotismo, entre outros são fatores que determinam e apontam as

mais diversas irregularidades, falhas e fraudes existentes na estrutura

administrativa de nosso país.

No início do Governo Lula, com a criação da Controladoria-Geral da

União (CGU), o Brasil foi dotado de um órgão estruturado e permanente de

fiscalização, com auditores qualificados tornando-se uma verdadeira agência

anticorrupção.

Desde sua criação, até o primeiro semestre de 2014, a CGU fiscalizou

2.144 municípios (38% do total dos municípios brasileiros) e a aplicação de

cerca de R$ 21 bilhões em recursos da União, por meio do Programa de

Fiscalização por Sorteio Público. Os auditores viajam até as cidades sorteadas

– independentemente do partido ao qual pertença o prefeito – e visitam obras,

escolas, hospitais, postos de saúdes, residências de beneficiários de

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programas sociais e demais locais onde haja aplicação de dinheiro público,

para verificar a correta destinação dos recursos.

Os resultados das fiscalizações, conforme o caso, são encaminhadas

para a Polícia Federal, o Ministério Público, o Tribunal de Contas da União

(TCU) e os ministérios responsáveis pelo dinheiro repassado, e podem ser

acessados por qualquer cidadão no site da CGU.

Já em relação ao TCU, a ideia de criação de um Tribunal de Contas

surgiu, pela primeira vez no Brasil, em 23 de junho de 1826, apresentação de

um projeto de lei nesse sentido ao Senado do Império.

Em virtude das discussões em torno da criação de um Tribunal de

Contas entre aqueles que defendiam a sua necessidade – para quem as

contas públicas deviam ser examinadas por um órgão independente –, e

aqueles que o combatiam, por entenderem que as contas públicas podiam

continuar sendo controladas por aqueles mesmos que as realizavam, somente

após a queda do Império e as reformas político-administrativas da jovem

República o tornaram realidade. Em 07 de novembro de 1890, por iniciativa do

então Ministro da Fazenda, Rui Barbosa, o Decreto nº 966-A criou o Tribunal

de Contas da União, tendo a Constituição de 1891, a primeira republicana,

ainda por influência de Rui Barbosa, o institucionalizado definitivamente

inscrevendo-o em seu art. 89, contudo sua instalação só ocorreu em 17 de

janeiro de 1893, graças ao empenho do Ministro da Fazenda do governo de

Floriano Peixoto, Serzedello Corrêa.

Com exceção do parecer prévio sobre as contas presidenciais, todas as

demais atribuições do Tribunal foram mantidas pela Carta de 1937; a

Constituição de 1946 acresceu um novo encargo às competências da Corte de

Contas: julgar a legalidade das concessões de aposentadorias, reformas e

pensões; a Constituição de 1967, ratificada pela Emenda Constitucional nº

01/69, retirou do Tribunal o exame e o julgamento prévio dos atos e dos

contratos geradores de despesas, sem prejuízo da competência para apontar

falhas e irregularidades que, se não sanadas, seriam, então, objeto de

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representação ao Congresso Nacional e finalmente, com a Constituição de

1988, o Tribunal de Contas da União teve a sua jurisdição e competência

substancialmente ampliadas, recebendo poderes para, no auxílio ao

Congresso Nacional, exercer a fiscalização contábil, financeira, orçamentária,

operacional e patrimonial da União e das entidades da administração direta e

indireta, quanto à legalidade, à legitimidade e à economicidade e a fiscalização

da aplicação das subvenções e da renúncia de receitas.

Sendo assim, o presente trabalho que tem por objetivo tornar mais claro

o entendimento sobre a atuação dos órgãos de controle na Administração

Pública Federal, foi dividido da seguinte forma: o primeiro capítulo mostrará a

importância do controle, suas modalidades e informações sobre os órgãos que

o exercem.

Já o segundo capítulo terá se foco direcionado para os trabalhos que

foram e continuam sendo realizados na Fundação Oswaldo Cruz – FIOCRUZ

paralelamente e em conjunto com os órgãos de controle.

No terceiro e último capítulo serão abordadas as principais melhorias

obtidas durante os três últimos anos como resultado dessa atuação.

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1. CONTROLE INTERNO X CONTROLE EXTERNO

Para melhor entender a atuação dos órgãos de controle dentro da

Administração Pública Federal, é necessário analisar a importância do controle

propriamente dito.

Controle é o meio pelo qual a própria Administração Pública ou os

órgãos especializados orientam e corrigem desvios dentro de suas atividades,

com o objetivo de saná-los e assim mantê-la em conformidade com os

princípios constitucionais, que prezam pela Legalidade, Impessoalidade,

Moralidade, Publicidade e Eficiência dos atos e atividades públicas.

Definição das modalidades de controle

a) Quanto ao órgão

• Controle administrativo

• Controle legislativo

• Controle judicial

b) Quanto ao momento

• Controle prévio

• Controle concomitante

• Controle posterior

c) Quanto à posição em que se localiza o controle

• Controle interno

• Controle externo

d) Controle de legalidade ou controle de mérito

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Destacamos também o Controle Social, exercido pela sociedade e

previsto na Constituição da República Federativa do Brasil de 1988.

Dos tipos de controle, 02 (dois) foram criados especificamente com o

objetivo de resguardar a Administração, seus direitos e garantias: Controles

Interno e Externo.

- Controle Interno: exercido por órgãos do Estado, mantido pelos 03

(três) Poderes, em virtude do cumprimento das metas do Plano Plurianual,

execução orçamentária, avaliação e fiscalização da regularidade das

atividades e da gestão em todas as suas áreas, além de apoiar o Controle

Externo, devendo ser uma atividade permanente dentro da Instituição.

- Controle Externo: controle político com o objetivo de fiscalizar e

aprovas as contas dos órgãos/entidades da Administração Pública, além de

verificar se os atos praticados estão em conformidade com a legislação

vigente.

É importante destacar que os órgãos de Controle Interno têm a função

de acompanhamento da execução dos atos e seu apontamento possui caráter

sugestivo, preventivo ou corretivo, enquanto o Controle Externo, exercido por

órgão autônomo e independente, tem o poder de impor correções, bem como

aplicar sanções e até decretar a penhora de bens e a inelegibilidade do

responsável, conforme a gravidade do fato.

1.1 – Órgãos de Controle

Na Administração Pública Federal, o controle interno é exercido pela

Controladoria-Geral da União (CGU) – órgão central do sistema de Controle

Interno vinculado à Presidência da República, quatro Secretarias de Controle

Interno (órgãos setoriais do Ministério da Defesa, Ministério das Relações

Exteriores, Presidência da República e Advocacia Geral da União e um

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Conselho de Transparência Pública e Combate à Corrupção – órgão colegiado

e consultivo vinculado à CGU, enquanto o Controle Externo é exercido pelo

Poder Legislativo, através do Tribunal de Contas da União (TCU).

1.2 – Controladoria-Geral da União – CGU

Órgão responsável por assuntos ligados à defesa do patrimônio público,

prezando pela transparência das atividades, através de seus trabalhos de

controle interno, auditoria pública com o intuito de prevenir e combater a

corrupção. Também atua na supervisão dos órgãos que compõem o Sistema

de Controle Interno (Controladoria-Geral da União, Controladoria-Geral da

União nos Estados, a Comissão de Coordenação de Controle Interno – CCCI,

Secretaria Federal de Controle Interno, as Secretarias de Controle Interno

(CISET) da Casa Civil, da Advocacia-Geral da União, do Ministério das

Relações Exteriores e do Ministério da Defesa, as unidades de controle interno

dos comandos militares, como unidades setoriais da Secretaria de Controle

Interno do Ministério da Defesa) e o Sistema de Correição (a Controladoria-

Geral da União, como Órgão Central do Sistema, as unidades específicas de

correição para atuação junto aos Ministérios, como unidades setoriais, as

unidades específicas de correição nos órgãos que compõem a estrutura dos

Ministérios, bem como de suas autarquias e fundações públicas, como

unidades seccionais e a Comissão de Coordenação de Correição), prestando a

orientação normativa necessária.

Sua estrutura é formada por 04 (quatro) unidades finalísticas, a saber:

- Secretaria de Transparência e Prevenção (STPC) com seu foco

voltado a programas, ações e normas relacionadas à prevenção da corrupção

no setor público na sua relação com a iniciativa privada;

- Secretaria Federal de Controle Interno (SFC), responsável pela

fiscalização e avaliação da execução de programas de governo realizados com

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recursos oriundos do orçamento da União. Esta Secretaria também é

responsável por trabalhos de auditoria, avaliando os resultados da gestão

pública através da apuração de denúncias e representações, exercendo o

controle das operações de crédito e dando apoio ao Controle Externo, em

cumprimento ao artigo 74 da Constituição da República Federativa do Brasil;

- Corregedoria-Geral da União (CRG), ligada diretamente aos

trabalhos apuratórios de impunidade, visando à apuração de responsabilidade

administrativa dos servidores públicos. Também é responsável pela

capacitação de servidores, preparando-os para atuarem em comissões

disciplinares, através de cursos e seminários;

- Ouvidoria-Geral da União (OGU), unidade responsável pela

orientação na atuação das unidades de Ouvidoria dos órgãos e entidades do

Poder Executivo, examinando denúncias dentro dos órgãos e entidades na

prestação dos serviços públicos, contribuindo e facilitando a participação

popular nesta fiscalização.

As competências da CGU foram definidas pela Lei n° 10.683, de 28 de

maio de 2003 e pelo Decreto n° 8.109, de 17 de setembro de 2013.

Art. 17. À Controladoria-Geral da União compete assistir direta e imediatamente ao Presidente da República no desempenho de suas atribuições quanto aos assuntos e providências que, no âmbito do Poder Executivo, sejam atinentes à defesa do patrimônio público, ao controle interno, à auditoria pública, à correição, à prevenção e ao combate à corrupção, às atividades de ouvidoria e ao incremento da transparência da gestão no âmbito da administração pública federal. § 1o A Controladoria-Geral da União tem como titular o Ministro de Estado Chefe da Controladoria-Geral da União, e sua estrutura básica é constituída por: Gabinete, Assessoria Jurídica, Conselho de Transparência Pública e Combate à Corrupção, Comissão de Coordenação de Controle Interno, Secretaria-Executiva, Corregedoria-Geral da União, Ouvidoria-Geral da União e 2 (duas) Secretarias, sendo 1 (uma) a Secretaria Federal de Controle Interno.

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§ 2o O Conselho de Transparência Pública e Combate à Corrupção será composto paritariamente por representantes da sociedade civil organizada e representantes do Governo Federal. Art. 18. À Controladoria-Geral da União, no exercício de sua competência, cabe dar o devido andamento às representações ou denúncias fundamentadas que receber, relativas a lesão ou ameaça de lesão ao patrimônio público, velando por seu integral deslinde. § 1o À Controladoria-Geral da União, por seu titular, sempre que constatar omissão da autoridade competente, cumpre requisitar a instauração de sindicância, procedimentos e processos administrativos outros, e avocar aqueles já em curso em órgão ou entidade da Administração Pública Federal, para corrigir-lhes o andamento, inclusive promovendo a aplicação da penalidade administrativa cabível. § 2o Cumpre à Controladoria-Geral da União, na hipótese do § 1o, instaurar sindicância ou processo administrativo ou, conforme o caso, representar ao Presidente da República para apurar a omissão das autoridades responsáveis. § 3o A Controladoria-Geral da União encaminhará à Advocacia-Geral da União os casos que configurem improbidade administrativa e todos quantos recomendem a indisponibilidade de bens, o ressarcimento ao erário e outras providências a cargo daquele órgão, bem como provocará, sempre que necessária, a atuação do Tribunal de Contas da União, da Secretaria da Receita Federal, dos órgãos do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal e, quando houver indícios de responsabilidade penal, do Departamento de Polícia Federal e do Ministério Público, inclusive quanto a representações ou denúncias que se afigurarem manifestamente caluniosas. § 4o Incluem-se dentre os procedimentos e processos administrativos de instauração e avocação facultadas à Controladoria-Geral da União aqueles objeto do Título V da Lei no 8.112, de 11 de dezembro de 1990, e do Capítulo V da Lei no 8.429, de 2 de junho de 1992, assim como outros a ser desenvolvidos, ou já em curso, em órgão ou entidade da Administração Pública Federal, desde que relacionados a lesão ou ameaça de lesão ao patrimônio público. § 5o Ao Ministro de Estado Chefe da Controladoria-Geral da União, no exercício da sua competência, incumbe, especialmente: I - decidir, preliminarmente, sobre as representações ou denúncias fundamentadas que receber, indicando as providências cabíveis;

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II - instaurar os procedimentos e processos administrativos a seu cargo, constituindo as respectivas comissões, bem como requisitar a instauração daqueles que venham sendo injustificadamente retardados pela autoridade responsável; III - acompanhar procedimentos e processos administrativos em curso em órgãos ou entidades da Administração Pública Federal; IV - realizar inspeções e avocar procedimentos e processos em curso na Administração Pública Federal, para exame de sua regularidade, propondo a adoção de providências, ou a correção de falhas; V - efetivar, ou promover, a declaração da nulidade de procedimento ou processo administrativo, bem como, se for o caso, a imediata e regular apuração dos fatos envolvidos nos autos, e na nulidade declarada; VI - requisitar procedimentos e processos administrativos já arquivados por autoridade da Administração Pública Federal; VII – requisitar, a órgão ou entidade da Administração Pública Federal ou, quando for o caso, propor ao Presidente da República que sejam solicitadas, as informações e os documentos necessários a trabalhos da Controladoria-Geral da União; VIII - requisitar aos órgãos e às entidades federais os servidores e empregados necessários à constituição das comissões objeto do inciso II, e de outras análogas, bem como qualquer servidor ou empregado indispensável à instrução do processo; IX - propor medidas legislativas ou administrativas e sugerir ações necessárias a evitar a repetição de irregularidades constatadas; X - receber as reclamações relativas à prestação de serviços públicos em geral e promover a apuração do exercício negligente de cargo, emprego ou função na Administração Pública Federal, quando não houver disposição legal que atribua competências específicas a outros órgãos; XI - desenvolver outras atribuições de que o incumba o Presidente da República. Art. 19. Os titulares dos órgãos do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo federal devem cientificar o Ministro de Estado Chefe da Controladoria-Geral da União das irregularidades verificadas, e registradas em seus relatórios, atinentes a atos ou fatos, atribuíveis a agentes da

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administração pública federal, dos quais haja resultado, ou possa resultar, prejuízo ao erário, de valor superior ao limite fixado pelo Tribunal de Contas da União, relativamente à tomada de contas especial elaborada de forma simplificada. Art. 20. Deverão ser prontamente atendidas as requisições de pessoal, inclusive de técnicos, pelo Ministro de Estado Chefe da Controladoria-Geral da União, que serão irrecusáveis. Parágrafo único. Os órgãos e as entidades da administração pública federal estão obrigados a atender, no prazo indicado, às demais requisições e solicitações do Ministro de Estado Chefe da Controladoria-Geral da União, bem como a comunicar-lhe a instauração de sindicância, ou outro processo administrativo, e o respectivo resultado. (BRASIL - Lei n° 10.683, de 28 de maio de 2003)

[...] § 1o Compete à Controladoria-Geral da União exercer a supervisão técnica dos órgãos que compõem o Sistema de Controle Interno, o Sistema de Correição e das unidades de ouvidoria do Poder Executivo federal, e prestar orientação normativa na condição de órgão central. § 2o A Controladoria-Geral da União prestará orientação aos dirigentes públicos e administradores de bens e recursos públicos quanto a correição, controle interno, prevenção da corrupção e ouvidoria. Art. 2o A Controladoria-Geral da União encaminhará à Advocacia-Geral da União os casos que configurem improbidade administrativa e os casos para os quais se recomendem a indisponibilidade de bens, o ressarcimento ao erário e outras providências a cargo daquele órgão, e provocará, sempre que necessária, a atuação do Tribunal de Contas da União, da Secretaria da Receita Federal do Brasil do Ministério da Fazenda, dos órgãos do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo federal e, quando houver indícios de responsabilidade penal, do Departamento de Polícia Federal do Ministério da Justiça e do Ministério Público, inclusive quanto a representações ou denúncias que se afigurarem manifestamente caluniosas [...] (BRASIL - Decreto n° 8.109, de 17 de setembro de 2013)

1.3 – Tribunal de Contas da União – TCU

Através da Constituição de 1988, o Tribunal de Contas da União teve a

sua jurisdição e competência substancialmente ampliadas, recebendo poderes

para auxiliar o Congresso Nacional nas fiscalizações contábil, financeira,

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orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades da

Administração, quanto à sua legalidade/legitimidade, bem como à

economicidade/fiscalização da aplicação das subvenções e da renúncia de

receitas.

Além de suas competências constitucionais privativas, elencadas nos

artigos 71 a 73, que serão citadas mais adiante, o Tribunal de Contas da União

também possui 09 (nove) funções consideradas como funções básicas:

1) Fiscalizadora: ligada à realização de trabalhos relacionados à

atividade de controle externo;

2) Consultiva: refere-se diretamente às contas prestadas, anualmente

pelo Presidente da República;

3) Informativa: relacionada a prestação de informações solicitadas

sobre a fiscalização exercida pelo Tribunal;

4) Judicante: diretamente ligada ao julgamento das contas dos

administrados, uma vez que o Tribunal de Contas da União, possui a

atribuição de julgar as contas destes e dos demais responsáveis por

dinheiros, bens e valores públicos da Administração Pública Federal;

5) Sancionadora: ligada a aplicação de sanções previstas na Lei

Orgânica do Tribunal – Lei n° 8.443/1992, que vai desde a aplicação

ao agente público de multa proporcional ao valor do prejuízo à

inabilitação do responsável pelo período de 05 (cinco) a 08 (oito)

anos para o exercício de cargo em comissão ou função de confiança

no âmbito da Administração Pública;

6) Corretiva: fixa prazo para cumprimento da lei no caso de

irregularidades/ilegalidades nos atos de gestão pública, sendo

competente inclusive para determinar a sustação do ato impugnado;

7) Normativa: faculdade dada em relação a expedição de instruções e

atos normativos, de cumprimento obrigatório, sobre acerca de

matérias de sua competência e em relação aos processos que lhe

devam ser submetidos;

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8) De Ouvidoria: possibilidade que o Tribunal de Contas da União

possui em receber denúncias ou quaisquer outros tipos de

manifestação em relação a irregularidades/ilegalidades que lhe

sejam comunicadas;

9) Caráter Pedagógico: na transmissão de conteúdos e procedimentos

corretos a serem utilizados pelos administrados, com o objetivo de

adquirir melhores práticas de gestão. Esta transmissão de

conhecimento pode ocorrer através da publicação de manuais e

cartilhas, bem como mediante a realização de seminários, reuniões e

encontros de caráter educativo, participação em palestras,

conferências e workshops, ou, ainda, através da solicitação para

adoção de providências nas auditorias operacionais realizadas.

Cabe lembrar que além destas acima citadas, o Tribunal de Contas da

União também possui outras atribuições que lhe foram conferidas pelas Leis

de Responsabilidade Fiscal, de Licitações e Contratos e de Diretrizes

Orçamentárias.

A competência, funcionamento e demais atuações do TCU estão

previstas na Constituição Federal de 1988 (artigos 71 a 73), abaixo citada, bem

como na Lei Orgânica do TCU (Lei n° 8.443/1992) e no Regimento Interno

(Resolução-TCU n° 155/2002).

Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual compete:

I - apreciar as contas prestadas anualmente pelo Presidente da República, mediante parecer prévio que deverá ser elaborado em sessenta dias a contar de seu recebimento;

II - julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos da administração direta e indireta, incluídas as fundações e sociedades instituídas e mantidas pelo Poder Público federal, e as contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário público;

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III - apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a qualquer título, na administração direta e indireta, incluídas as fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, excetuadas as nomeações para cargo de provimento em comissão, bem como a das concessões de aposentadorias, reformas e pensões, ressalvadas as melhorias posteriores que não alterem o fundamento legal do ato concessório;

IV - realizar, por iniciativa própria, da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, de Comissão técnica ou de inquérito, inspeções e auditorias de natureza contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial, nas unidades administrativas dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, e demais entidades referidas no inciso II;

V - fiscalizar as contas nacionais das empresas supranacionais de cujo capital social a União participe, de forma direta ou indireta, nos termos do tratado constitutivo;

VI - fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos repassados pela União mediante convênio, acordo, ajuste ou outros instrumentos congêneres, a Estado, ao Distrito Federal ou a Município;

VII - prestar as informações solicitadas pelo Congresso Nacional, por qualquer de suas Casas, ou por qualquer das respectivas Comissões, sobre a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial e sobre resultados de auditorias e inspeções realizadas; VIII - aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade de despesa ou irregularidade de contas, as sanções previstas em lei, que estabelecerá, entre outras cominações, multa proporcional ao dano causado ao erário; IX - assinar prazo para que o órgão ou entidade adote as providências necessárias ao exato cumprimento da lei, se verificada ilegalidade; X - sustar, se não atendido, a execução do ato impugnado, comunicando a decisão à Câmara dos Deputados e ao Senado Federal; XI - representar ao Poder competente sobre irregularidades ou abusos apurados. § 1º - No caso de contrato, o ato de sustação será adotado diretamente pelo Congresso Nacional, que solicitará, de imediato, ao Poder Executivo as medidas cabíveis. § 2º - Se o Congresso Nacional ou o Poder Executivo, no prazo de noventa dias, não efetivar as medidas previstas no parágrafo anterior, o Tribunal decidirá a respeito.

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§ 3º - As decisões do Tribunal de que resulte imputação de débito ou multa terão eficácia de título executivo. § 4º - O Tribunal encaminhará ao Congresso Nacional, trimestral e anualmente, relatório de suas atividades. Art. 72. A Comissão mista permanente a que se refere o art. 166, §1º, diante de indícios de despesas não autorizadas, ainda que sob a forma de investimentos não programados ou de subsídios não aprovados, poderá solicitar à autoridade governamental responsável que, no prazo de cinco dias, preste os esclarecimentos necessários. § 1º - Não prestados os esclarecimentos, ou considerados estes insuficientes, a Comissão solicitará ao Tribunal pronunciamento conclusivo sobre a matéria, no prazo de trinta dias. § 2º - Entendendo o Tribunal irregular a despesa, a Comissão, se julgar que o gasto possa causar dano irreparável ou grave lesão à economia pública, proporá ao Congresso Nacional sua sustação. Art. 73. O Tribunal de Contas da União, integrado por nove Ministros, tem sede no Distrito Federal, quadro próprio de pessoal e jurisdição em todo o território nacional, exercendo, no que couber, as atribuições previstas no art. 96. . § 1º - Os Ministros do Tribunal de Contas da União serão nomeados dentre brasileiros que satisfaçam os seguintes requisitos: I - mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos de idade; II - idoneidade moral e reputação ilibada; III - notórios conhecimentos jurídicos, contábeis, econômicos e financeiros ou de administração pública; IV - mais de dez anos de exercício de função ou de efetiva atividade profissional que exija os conhecimentos mencionados no inciso anterior. § 2º - Os Ministros do Tribunal de Contas da União serão escolhidos: I - um terço pelo Presidente da República, com aprovação do Senado Federal, sendo dois alternadamente dentre auditores e membros do Ministério Público junto ao Tribunal, indicados em lista tríplice pelo Tribunal, segundo os critérios de antigüidade e merecimento; II - dois terços pelo Congresso Nacional. § 3° Os Ministros do Tribunal de Contas da União terão as mesmas garantias, prerrogativas, impedimentos, vencimentos

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e vantagens dos Ministros do Superior Tribunal de Justiça, aplicando-se-lhes, quanto à aposentadoria e pensão, as normas constantes do art. 40. § 4º - O auditor, quando em substituição a Ministro, terá as mesmas garantias e impedimentos do titular e, quando no exercício das demais atribuições da judicatura, as de juiz de Tribunal Regional Federal. (BRASIL – Constituição Federal – artigos 71 a 73)

2 – TRABALHOS REALIZADOS NA FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ

A Fundação Oswaldo Cruz é uma organização de Ciência e Tecnologia

em Saúde, responsável pela realização de pesquisa, desenvolvimento

tecnológico e educação no campo da saúde, além da produção de insumos

estratégicos para o Sistema Único de Saúde - SUS.

As atividades realizadas pela Fiocruz compreendem especialmente a

pesquisa biomédica e a formação em ciência e tecnologia em saúde; a

pesquisa clínica e atenção de referência em doenças infecciosas e na área da

saúde da mulher, criança e adolescente; a pesquisa epidemiológica e social; a

pós-graduação em saúde pública e a formação de nível técnico em saúde; a

produção de imunobiológicos, reagentes e medicamentos; a preservação do

patrimônio histórico cultural da saúde; e a difusão científica e tecnológica.

É composta por unidades técnico-científicas, que foram incorporadas à

Fiocruz desde a década de 70 e que compõem atualmente uma única

organização, complexa, múltipla, diversa e bastante singular no campo da

saúde.

De acordo com o Decreto nº 4.725, de 09 de junho de 2003 a Fiocruz [...] tem por finalidade desenvolver atividades no campo da saúde, da educação e do desenvolvimento científico e tecnológico, devendo, em especial: I – participar da formulação e da execução da Política Nacional de Saúde, da Política Nacional de Ciência e Tecnologia e da

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Política Nacional de Educação, as duas últimas na área da saúde; II – promover e realizar pesquisas básicas e aplicadas para as finalidades a que se refere o caput, assim como propor critérios e mecanismos para o desenvolvimento das atividades de pesquisa e tecnologia para a saúde; III – formar e capacitar recursos humanos para a saúde e ciência e tecnologia; IV – desenvolver tecnologias de produção, produtos e processos e outras tecnologias de interesse para a saúde; V – desenvolver atividades de referência para a vigilância e o controle da qualidade em saúde; VI – fabricar produtos biológicos, profiláticos, medicamentos, fármacos e outros produtos de interesse para a saúde; VII – desenvolver atividades assistenciais de referência, em apoio ao Sistema Único de Saúde, ao desenvolvimento científico e tecnológico e aos projetos de pesquisa; VIII – desenvolver atividades de produção, captação e armazenamento, análise e difusão da informação para a Saúde, Ciência e Tecnologia; IX – desenvolver atividades de prestação de serviços e cooperação técnica no campo da saúde, ciência e tecnologia; X - preservar, valorizar e divulgar o patrimônio histórico, cultural e científico da Fiocruz e contribuir para a preservação da memória da saúde e das ciências biomédicas; e XI – promover atividades de pesquisa, ensino, desenvolvimento tecnológico e cooperação técnica voltada para preservação do meio ambiente e da biodiversidade.

Externamente a Fiocruz é auditada pela Controladoria Geral da União -

CGU, Tribunal de Contas da União - TCU e, excepcionalmente, pelo

Departamento Nacional de Auditoria do SUS - DENASUS entre outros. A CGU

realiza pelo menos dois tipos de auditoria, além de outros trabalhos especiais

ou específicos: auditoria de acompanhamento permanente de gastos e

auditoria anual de contas. O TCU analisa a prestação de contas da Instituição

e realiza outros trabalhos de auditoria e fiscalização. O DENASUS também

realiza auditorias específicas voltadas para avaliação da gestão pública

relacionada com programas e ações do SUS.

A Fiocruz possui uma unidade de Auditoria Interna em cumprimento ao

que dispõe o Decreto 3.591/2000 onde é exigido que as entidades da

Administração Indireta criem uma unidade de auditoria interna com suporte

necessário de recursos humanos e materiais. De acordo com o Estatuto da

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Fiocruz, aprovado pelo Decreto 4.725 de 09/06/2003, a Auditoria Interna -

Audin é um órgão seccional pertencente à estrutura organizacional da

Instituição e está subordinada diretamente à Presidência da Fiocruz.

Art. 14. As entidades da Administração Pública Federal indireta deverão organizar a respectiva unidade de auditoria interna, com o suporte necessário de recursos humanos e materiais, com o objetivo de fortalecer a gestão e racionalizar as ações de controle.

Parágrafo único. No caso em que a demanda não justificar a estruturação de uma unidade de auditoria interna, deverá constar do ato de regulamentação da entidade o desempenho dessa atividade por auditor interno.

Art. 15. As unidades de auditoria interna das entidades da Administração Pública Federal indireta vinculadas aos Ministérios e aos órgãos da Presidência da República ficam sujeitas à orientação normativa e supervisão técnica do Órgão Central e dos órgãos setoriais do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal, em suas respectivas áreas de jurisdição.

§ 1o Os órgãos setoriais do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal ficam, também, sujeitos à orientação normativa e à supervisão técnica do Órgão Central.

§ 2o A unidade de auditoria interna apresentará ao órgão ou à unidade de controle interno a que estiver jurisdicionada, para efeito de integração das ações de controle, seu plano de trabalho do exercício seguinte.

§ 3o A auditoria interna vincula-se ao conselho de administração ou a órgão de atribuições equivalentes.

§ 4o Quando a entidade da Administração Pública Federal indireta não contar com conselho de administração ou órgão equivalente, a unidade de auditoria interna será subordinada diretamente ao dirigente máximo da entidade, vedada a delegação a outra autoridade.

§ 5o A nomeação, designação, exoneração ou dispensa do titular de unidade de auditoria interna será submetida, pelo dirigente máximo da entidade, à aprovação do conselho de administração ou órgão equivalente, quando for o caso, e, após, à aprovação da Controladoria-Geral da União.

§ 6o A auditoria interna examinará e emitirá parecer sobre a prestação de contas anual da entidade e tomadas de contas especiais.

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§ 7o A prestação de contas anual da entidade, com o correspondente parecer, será encaminhada ao respectivo órgão do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal, no prazo por este estabelecido.

§ 8o O Órgão Central do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal poderá recomendar aos serviços sociais autônomos as providências necessárias à organização da respectiva unidade de controle interno, assim como firmar termo de cooperação técnica, objetivando o fortalecimento da gestão e a racionalização das ações de controle.

§ 9o A Secretaria Federal de Controle Interno poderá utilizar os serviços das unidades de auditoria interna dos serviços sociais autônomos, que atenderem aos padrões e requisitos técnicos e operacionais necessários à consecução dos objetivos do Sistema de Controle Interno.

2.1 – Auditoria Interna

A Auditoria Interna tem como principais atribuições:

- Acompanhar o cumprimento das metas do Plano Plurianual no âmbito da

Fiocruz, visando comprovar a conformidade de sua execução;

- Verificar o desempenho da gestão, visando comprovar a legalidade e a

legitimidade dos atos e examinar os resultados quanto à economicidade,

eficácia e eficiência da gestão orçamentária, financeira, patrimonial, de pessoal

e demais sistemas administrativos operacionais da Fiocruz;

- Atuar de forma preventiva, de modo a minimizar ou erradicar o cometimento

de falhas e impropriedades que possam vir a comprometer a gestão da

Fiocruz;

- Assessorar os órgãos da Presidência e demais unidades da Fiocruz nas

matérias inerentes à área de controle interno;

- Examinar e emitir parecer prévio sobre a prestação de contas anual da

Fiocruz e tomadas de contas especiais;

- Representar a Fiocruz junto aos órgãos do Sistema de Controle Interno do

Poder Executivo Federal e Tribunal de Contas da União, bem como cooperar

com estes órgãos no exercício de sua missão institucional;

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- Acompanhar a implementação de suas recomendações bem como aquelas

emitidas pelos órgãos de controle interno e externo.

Além do Decreto 3.591/2000, a Auditoria Interna tem suas atividades

normatizadas pela seguinte legislação: IN SFC 01/2001; IN CGU 07/2006; IN

CGU 01/2007; Estatuto da Fiocruz (Decreto 4.725/2003); Regimento Interno da

Fiocruz (Portaria 2376/2003-Ministério da Saúde); Portaria 09/2008-

Presidência da Fiocruz.

Auditoria Interna é um órgão seccional da Fiocruz, conforme dispõe o

inciso III do artigo 3º do Estatuto da Fiocruz, aprovado pelo Decreto n. º 4.725,

de 09 de junho de 2003. No entanto, de acordo com o Decreto nº 3.591 de

06/09/2000 e a Instrução Normativa da Secretaria Federal de Controle Interno

nº 01, de 06 de abril de 2001, a AUDIN se sujeita à orientação normativa e

supervisão técnica do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal,

prestando apoio aos órgãos e às unidades que o integram.

A Auditoria Interna tem como finalidade básica fortalecer a gestão,

racionalizar as ações de controle e prestar apoio aos órgãos do Sistema de

Controle Interno do Poder Executivo Federal. O fortalecimento da gestão

consiste em agregar valor ao gerenciamento, contribuindo para o cumprimento

das metas, a execução dos programas de governo e orçamento da União no

âmbito da FIOCRUZ, a comprovação da legalidade e a avaliação dos

resultados quanto à economicidade, eficácia e eficiência da gestão. A

racionalização das ações de controle tem por objetivo otimizar a utilização dos

recursos humanos e materiais disponíveis. O apoio ao Sistema de Controle

Interno consiste no fornecimento periódico de informações sobre os resultados

dos trabalhos realizados, bem como no atendimento das solicitações

específicas.

A Auditoria Interna é responsável pela avaliação da gestão da Fiocruz.

O órgão tem o objetivo de fiscalizar e comprovar a legalidade e a legitimidade

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dos atos da Fundação e examinar seus resultados quanto à economicidade,

eficácia e eficiência da gestão orçamentária, financeira, patrimonial, de pessoal

e demais sistemas administrativos operacionais. A Audin representa a Fiocruz

junto ao Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal e Tribunal de

Contas da União.

Com uma atuação preventiva, o órgão busca evitar o cometimento de

falhas e impropriedades que possam vir a comprometer a gestão da instituição.

Seus trabalhos incluem o acompanhamento da gestão das políticas públicas e

programas de governo a cargo da Fundação e a realização de processos de

auditoria periódicos e extraordinários.

Entre as funções da Auditoria Interna, está o acompanhamento das

metas do Plano Plurianual no âmbito da Fiocruz. O órgão também examina e

emite parecer prévio sobre a prestação de contas anual da Fundação; realiza

auditorias de conformidade e especiais por demanda externa e acompanha a

implementação das recomendações dos órgãos de controle e da própria

Auditoria junto às Unidades da Fiocruz.

A abrangência de atuação da Auditoria Interna inclui os programas de

trabalho da Fiocruz, recursos e sistemas de controles administrativo,

operacional e contábil e projetos financiados por recursos externos e de

cooperação junto a organismos internacionais. Também é responsabilidade da

Auditoria Interna verificar a aplicação de quaisquer recursos repassados pela

União à Fundação.

A Auditoria Interno, no exercício de suas atividades, tem livre acesso a

todas as dependências da Fiocruz, bem como a documentos, valores,

processos, livros, sistemas informatizados e outros instrumentos considerados

indispensáveis ao cumprimento de suas atribuições.

Como exemplos de atividades e projetos da Fundação que passam por

verificação da Auditoria Interna, podemos citar:

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- Contratos firmados com entidades públicas, empresas privadas e pessoas

físicas para prestação de serviços, consultoria, execução de obras e

fornecimento de materiais;

- Processos de licitação, dispensas e inexigibilidades;

- Guarda, conservação e controle dos materiais e dos bens móveis e imóveis;

- Processos de Tomada de Contas Especial, sindicância e administrativo

disciplinar;

- Processos de admissão de pessoal e os de concessão de aposentadoria e

pensão;

- Diárias, passagens e suprimento de fundos;

- Convênios de receita, despesa e cooperação técnica com entidades públicas

e empresas privadas;

- Sistemas informatizados e os controles administrativos das Unidades da

Fiocruz;

- Avaliação das metas físicas dos programas/ações sob a responsabilidade da

Fiocruz;

- Processo de prestação de contas anual da Fundação.

No âmbito da Auditoria Interna da Fiocruz são realizados anualmente

trabalhos de auditorias e monitoramento, a saber:

Auditorias de Conformidade

Tem como objetivo verificar o desempenho da gestão, o cumprimento

da legislação em vigor e propor ações preventivas/corretivas, através do

planejamento dos trabalhos (conhecimento da unidade e/ou dos assuntos que

serão focos; indicadores de trabalhos já realizados pela Auditoria Interna e

pelos órgãos de controle); estudo e atualização da legislação; definição da

amostragem; solicitação de processos e outras informações às Unidades;

análise processual na própria Auditoria Interna; trabalho de campo nas

Unidades.

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Auditorias de RH

Tem como objetivo a verificação do cumprimento da legislação em vigor,

na área de pessoal, propondo ações preventivas/corretivas, iniciando com o

planejamento da auditoria em si e a verificação das situações específicas.

Auditorias Especiais

Seu objetivo é verificar situações específicas originadas por solicitações

da Secretaria Federal de Controle, entre outros órgãos, com o planejamento da

auditoria e verificação das situações específicas

Monitoramentos

Tem como objetivo o acompanhamento da implementação das

recomendações expedidas pela auditoria interna e pelos órgãos de controles

interno e externo, através do planejamento da auditoria em si e a verificação

da implementação das recomendações contidas nos relatórios de

conformidade que tenham direcionamento ao procedimento de monitoramento

posterior e no plano de providências permanente (CGU).

Em todos os trabalhos de auditorias e monitoramento são utilizados, no

que couber, os procedimentos e técnicas definidas na IN SFC 01 de

06/04/2001, sempre prestando orientações preventivas e corretivas nos

relatórios elaborados.

Suporte aos órgãos de controle interno e externo

Prestação de suporte às equipes dos órgãos de controle interno e

externo durante as auditorias, diligências e/ou fiscalizações realizadas na

Fiocruz, fazendo um trabalho que vai desde a divulgação das solicitações junto

às Unidades, incluindo o recebimento das respostas, processos e demais

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documentos, análise preliminar das respostas até o fornecimento das

informações solicitadas, atuando como elo entre a equipe de auditores e as

Unidades da FIOCRUZ.

Divulgação de Acórdãos do TCU

Divulgação através de expedientes internos as determinações do

Tribunal de Contas da União direcionadas à Fiocruz por intermédio de

Acórdãos, com solicitação para que os gestores atentem para as

determinações e/ou orientações e promovam ampla divulgação dentro de sua

respectiva Unidade, bem como determinações acerca de atos de concessão

de pensão civil, de aposentadoria e atos de admissão para ciência e

cumprimento dos procedimentos a serem adotados.

2.2 – Plano Anual de Atividades de Auditoria Interna – PAINT

O Plano Anual de Atividades de Auditoria Interna (PAINT) é um

documento que reflete todas as atividades da Auditoria durante o período de

um ano. No PAINT constam as ações que serão desenvolvidas pela equipe da

Auditoria com os seguintes critérios para cada atividade descrita: objetivo,

escopo, período de realização, local, total de homens-hora alocado,

conhecimentos necessários bem como o risco inerente a cada uma das ações.

Em relação ao risco também é elaborada uma Matriz de Risco para a

escolha das unidades e/ou processos de trabalho da Fiocruz que serão objeto

de auditorias de conformidade e de recursos humanos, tendo em vista o

tamanho e complexidade da Instituição.

O Decreto n° 3.591, de 06/09/2000, que dispõe sobre o Sistema de

Controle Interno do Poder Executivo Federal, também dispõe sobre a forma de

organização das unidades de Auditoria Interna

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O PAINT tem por premissas as seguintes normas estipuladas nas

Instruções Normativas da Controladoria Geral da União nº 07/2006 de

29/12/2006 e 01/2007 de 03/01/2007.

Art. 5º As unidades de controle da CGU e os órgãos setoriais restituirão a proposta de PAINT à entidade no prazo máximo de 20 (vinte) dias úteis a contar do seu recebimento, com expressa manifestação sobre o cumprimento das normas e orientações pertinentes, acrescida de observações sobre as atividades programadas e recomendação, quando for o caso, de inclusão de ações de auditoria interna que não tenham sido programadas pela entidade, para atendimento a pontos que sejam relevantes segundo a avaliação do respectivo órgão de controle interno. § 1º Na ausência de manifestação dos órgãos central e setoriais do Sistema de Controle Interno no prazo estipulado no caput, a unidade de auditoria interna deverá dar prosseguimento às providências previstas nos arts. 6º e 7º. § 2º O eventual não-atendimento às recomendações que tenham sido adicionadas deverá ser devidamente justificado pela entidade quando do encaminhamento do PAINT definitivo ao órgão de controle interno respectivo. Art. 6º O Conselho de Administração ou instância de atribuição equivalente, ou, em sua falta, o dirigente máximo da entidade, aprovará o PAINT do exercício seguinte até o último dia útil do mês de dezembro de cada ano. Art. 7º O PAINT, devidamente aprovado, será encaminhado ao respectivo órgão de controle interno até o dia 31 (trinta e um) de janeiro de cada exercício a que se aplica, juntamente com o Relatório Anual de Atividades de Auditoria Interna do exercício anterior. Art. 8º A auditoria interna encaminhará às respectivas unidades de controle interno, em até 60 (sessenta) dias após sua edição, os relatórios ou documentos equivalentes das auditorias realizadas. Art. 9º As unidades de controle interno acompanharão a execução do PAINT através dos relatórios encaminhados, ocasião em que analisarão o seu conteúdo, extraindo-se as informações necessárias com vistas à racionalização das ações de controle. Parágrafo único. Serão resguardados dados e informações que estejam sujeitos ao sigilo bancário, fiscal ou comercial, na forma da lei.

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2.3 – Relatório Anual de Atividades de Auditoria Interna – RAINT

O Relatório Anual de Atividades de Auditoria Interna (RAINT) é o

relatório final da execução das atividades no período de um ano. No RAINT

constam todas as ações que foram desenvolvidas pela equipe da Auditoria

com as informações sobre período de execução, equipe e homens-hora

utilizados, áreas analisadas, além de informações sobre as licitações,

dispensas e inexigibilidades auditadas, convênios analisados, programas de

trabalho/ações verificadas, o suporte prestado às equipes dos órgãos de

controle interno e externo e o atendimento às diligências desses órgãos, dentre

outras.

O RAINT também tem por premissas as normas estipuladas nas

Instruções Normativas da Controladoria Geral da União nºs 07/2006 de

29/12/2006 e 01/2007 de 03/01/2007.

Art. 3º A apresentação dos resultados dos trabalhos de auditoria interna será efetuada por meio do Relatório Anual de Atividades de Auditoria Interna - RAINT, que conterá o relato sobre as atividades de auditoria interna, em função das ações planejadas constantes do PAINT do exercício anterior, bem como das ações críticas ou não planejadas, mas que exigiram atuação da unidade de auditoria. Art. 4º O RAINT observará a seguinte estrutura de informações: I - descrição das ações de auditoria interna realizadas pela entidade; II - registro quanto à implementação ou cumprimento, pela entidade, ao longo do exercício, de recomendações ou determinações efetuadas pelos órgãos central e setoriais do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal e pelo Conselho Fiscal ou órgão equivalente da entidade; III - relato gerencial sobre a gestão de áreas essenciais da unidade, com base nos trabalhos realizados; IV - fatos relevantes de natureza administrativa ou organizacional com impacto sobre a auditoria interna; e V - desenvolvimento institucional e capacitação da auditoria interna. Art. 5º Ao descrever as ações de que trata o inciso I do artigo 4º, a unidade de auditoria interna deverá informar: I - números dos relatórios;

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II - áreas, unidades e setores auditados; III - escopos examinados; IV - cronograma executado; e V - recursos humanos e materiais empregados. Art. 6º Deverão constar das informações relativas à implementação ou cumprimento, pela entidade, ao longo do exercício, de recomendações ou determinações efetuadas pelos órgãos de controle interno e externo e pelo Conselho Fiscal ou órgão equivalente da entidade: I - as recomendações oriundas da Controladoria-Geral da União, dos órgãos setoriais do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal e do Tribunal de Contas da União, detalhando: a) o número do acórdão o relatório e a descrição da determinação ou recomendação exarada; e b) a avaliação sobre o atendimento de determinação (parcial ou total), incluindo análise sobre eventuais justificativas das unidades administrativas da instituição para o descumprimento, e providências adotadas pelo gestor; II - as recomendações formuladas pela própria unidade de auditoria interna, informando sobre suas implementações; III - as decisões e recomendações do Conselho Fiscal, Conselho de Administração e outros órgãos de regulação e fiscalização da atividade da entidade; IV - as ações relativas a demandas recebidas pela ouvidoria da entidade ou outras unidades de ouvidoria relacionadas, devendo-se informar acerca da existência de ouvidoria própria, bem como das providências adotadas com relação às demandas recebidas pela unidade; V - as ações relativas a denúncias recebidas diretamente pela entidade, detalhando, para cada caso: a) número do processo; b) fato denunciado; c) providências adotadas; d) diligências; e) previsão de auditorias, se for o caso; e f) procedência ou improcedência da denúncia que já tenha sido apurada; VI - as obrigações legais da entidade em relação às entidades de previdência privada, em especial quanto ao disposto no art. 25 da Lei Complementar nº 108, de 29 de maio de 2001, e no § 2º do art. 41 da Lei Complementar nº 109, de 29 de maio de 2001.

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3 – RESULTADOS/MELHORIAS OBTIDAS NA QUALIDADE DOS SERVIÇOS

PERANTE A ATUAÇÃO DOS ÓRGÃOS DE CONTROLE

Mediante determinação do governo federal através de orientações do

Tribunal de Contas da União, como órgão de controle externo, e da Secretaria

do Tesouro Nacional, como órgão central do Sistema de Contabilidade

Federal, em que sejam regularizados os saldos pendentes de Restos a Pagar

dos exercícios de 2008, 2009, 2010 e 2011, fica registrado que a FIOCRUZ

regularizou durante o exercício de 2013 os saldos de Restos a Pagar

Processados 2009 e 2010.

Realização de compra compartilhada de equipamentos de TI visando à

padronização das especificações, a uniformização do processo de trabalho e

uma melhoria nas negociações de preços para a Administração Pública. Com

a realização dessa ação, a Fiocruz teve um grande ganho de escala na

aquisição destes equipamentos e com a garantia de qualidade de empresas de

primeira linha, tais como: Hewlett-Packard e Dell.

Acórdão n° 3827/2012-1ª Câmara – Aposentadorias ilegais

Exclusão da parcela impugnada, revisão dos valores das

aposentadorias e emissão dos novos atos com cadastramento no Sistema de

Apreciação dos Atos de Admissão e Concessões – SISAC, sendo estas

informações encaminhadas a Secretaria de Fiscalização de Pessoal –

SEFIP/TCU.

A fiscalização da Secretaria de Fiscalização de Pessoal/TCU

proporcionou a correção dos atos que estavam em desacordo com a

legislação.

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Acórdão n° 295/2013-1ª Câmara – Pensão Civil ilegal

Excluídas parcelas referentes às vantagens advindas de regime

celetista, a pensão foi recalculada e o valor do benefício de pensão foi alterado

na folha de pagamento, com emissão de novo ato de pensão civil emitido

através do Sistema de Apreciação dos Atos de Admissão e Concessões -

SISAC, livre das irregularidades, sendo estas providencias comunicadas a

Secretaria de Fiscalização de Pessoal – SEFIP/TCU.

Acórdão n° 515/2013-2ª Câmara – Indenização ao erário

Quitação do débito relativo a multa imputada a servidor por conduta

irregular na condição de pregoeiro, onde não houve necessidade de proceder

ao desconto em folha de pagamento pela iniciativa de quitação direta do

servidor.

Acórdão n° 667/2013-1ª Câmara – Pregão Eletrônico (Anulação)

Anulação da Ata do Registro de Preços, bem como do Pregão

Eletrônico, sem adesão e, consequentemente, sem a realização de alguma

aquisição relacionada a referida ata. As referidas a anulações fizeram com que

a gestão avaliasse os procedimentos com vista a revisão de seus atos em

futuras licitações. Vale ressaltar que a Unidade envolvida tomou a iniciativa de

proceder a imediata anulação do certame, após emitida a oitiva pelo Tribunal

de Contas da União.

Acórdão n° 1164/2013-1ª Câmara – Pedido de reexame de Pensão

Em virtude da não comprovação, por laudo médico, de invalidez de uma

cota-parte (filha) à época do falecimento do instituidor da pensão, foi publicado

no Diário Oficial da União o cancelamento do benefício de pensão e excluído

na folha de pagamento, com suspensão da concessão considerada ilegal e

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emissão de novo ato no Sistema de Apreciação dos Atos de Admissão e

Concessões - SISAC.

Acórdão n° 1167/2013-1ª Câmara – Recurso de Reconsideração

(Prestação de Contas - Exercício: 2006)

Celebração indevida de convênios cujos objetos exigem a realização de

contrato precedido de licitação. Os dirigentes a quem foram aplicadas as

multas tomaram a iniciativa de quitação das mesmas por GRU. A comprovação

do pagamento/quitação foi feita através de comunicação oficial feita ao

Tribunal de Contas da União contendo a cópia de todos os comprovantes.

Ofício nº 8.701/2013/NAC2/CGU-RJ/CGU-PR, de 20/03/2013

- Identificação de todos os pontos de controle necessários à melhoria do

fluxo de contratações através de mapeamento e redesenhos dos processos;

planejamento das contratações de acordo com as demandas do Ministério da

Saúde e os Termos de Cooperação – TCs, com todos os prazos legais sendo

respeitados; atividades referentes a compras e contratações restritas aos

servidores recém-concursados e não mais por funcionários terceirizados.

Atualmente as sanções são dadas seguindo o que determina as cláusulas

contratuais.

- Editais elaborados de acordo com a legislação (Instrução Normativa

nº 02/08 – SLTI/MPOG) sem a fixação dos valores de benefícios e salários nos

editais de terceirização de serviços.

Ofício n° 23.079/2013/NAC2/CGU-Regional/RJ/CGU-PR, de 05/08/2013

- Aprimoramento da divulgação das recomendações expedidas pelo

Controle Interno dentro das unidades, a fim de dar ampla publicidade dessas

recomendações aos servidores para possibilitar o seu efetivo atendimento,

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com capacitação de servidores para inserção de documentos no Portal Fiocruz

e Intranet.

- Realização de um programa de capacitação sobre licitações para

servidores e gestores, de modo a atualizá-los sobre temas incontroversos,

uniformizando os entendimentos na Entidade.

Ofício nº 81/AECI/GM/MS, de 03/08/2011

- Retorno de servidores cedidos sob amparo de convênios

administrativos, os quais não se constituem em fundamento legal para essa

cessão por falta de previsão no art. 93 da Lei 8.112/1990 e no Dec.

4.050/2001.

- Realização de procedimento licitatório para a contratação de

serviços de telefonia fixa e móvel, com o objetivo de regularizar os serviços de

telefonia.

- Ressarcimento ao erário de recursos utilizados para pagamento de

despesas que não atenderam à finalidade de convênio.

- Acordo de Nível de Serviço implementado nos contratos de

prestação de serviços por meio de aditamento, conforme inciso XVII do art. 15

da IN SLTI/MPOG nº 02/2008.

- Implantação de rotinas de inventários de bens imóveis, em

cumprimento à Lei n.º 4.320/1964.

Ofício nº 400/AECI/GM/MS, de 11/03/2013

- Conclusão de Sindicância para apuração de responsabilidades de

servidores que atuaram em Pregões com irregularidades que favoreceram

empresas, onde foi decidido pelo arquivamento em virtude de não ter ficado

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comprovada a configuração de infração administrativa prevista no atual

estatuto dos servidores civis da União.

- Realizar certame licitatório específico, ou com adjudicação por lotes,

para contratação de serviços de mecânica de automóveis.

- Suspensão de pagamento de adicional de insalubridade até que

seja providenciada a documentação competente, na forma do item 15.4.1.1 da

NR - 15 da Portaria MTb 3.214/78.

- Encerramento de contrato, após fiscalização, em virtude de

descumprimento contratual, particularmente quanto à quantidade de

empregados que deve disponibilizar e à substituição por motivo de faltas,

licenças ou férias.

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CONCLUSÃO

Diante do exposto podemos concluir que a atuação da Controladoria-

Geral da União – CGU, bem como do Tribunal de Contas da União – TCU,

entre outros órgãos não citados no presente trabalho, é de fundamental

importância dentro da máquina pública. Afinal, são os únicos órgãos

capacitados e capazes de averiguar a corrupção, sendo possível demonstrar

de forma concreta, através do trabalho desses órgãos as melhorias dentro da

Administração Pública.

Ainda não estamos livres de corrupções e desonestidades, mas

estamos caminhando. Que chegue o dia onde a intimidação do agente público

diante de uma possibilidade de “falcatrua” seja maior do que a sua ganância

em se beneficiar de forma ilícita através do erário público.

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BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

- CHAVES, RENATO SANTOS. Controles na Administração Pública - 2.ed. /

Tribunal de Contas da União – TCU – Brasília, Instituto Serzedello Corrêa,

2012.

- Decreto n° 5.480, de 30 de junho de 2005.

- Oficina 92 – Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal.

WEBGRAFIA

- Jurisway: Sistema Educacional Online -

www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=1136 (Acessado em 22/09/2014)

- Âmbito Juridico: O seu portal jurídico na Internet -

www.ambitojuridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=12667

(Acessado dia 22/09/2014)

- Universidade Federal da Paraíba - portal.virtual.ufpb.br/biblioteca-

virtual/files/analise_do_controle_social_na_gestao_pablica_um_estudo_de_ca

so_no_municapio_de_areia__pb_1343925075.pdf (Acessado em 24/09/2014)

- Portal da Legislação – Presidência da República -

www.planalto.gov.br/legislacao (Acessado em 01/10/2014)

- Controladoria-Geral da União - www.cgu.gov.br (Acessado em 05/11/2014)

- Tribunal de Contas da União - www.tcu.gov.br (Acessado em 11/11/2014)

- Instituto Lula - www.brasildamudanca.com.br/combate-corrupcao/o-que-e-e-

como-atua-cgu (Acessado em 13/01/2015)

- Controladoria-Geral do Estado – Parte 1: Sistema de Controle Interno -

http://www.cge.to.gov.br/arquivos/MTA.pdf (Acessado em 23/09/2014)