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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
A IMPORTÂNCIA DA AUDITORIA INTERNA PARA AS
ORGANIZAÇÕES
Por: Paola Alambary Neves
Orientador
Prof. Luciana Madeira
Rio de Janeiro
2015
DOCUMENTO PROTEGID
O PELA
LEI D
E DIR
EITO AUTORAL
2
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
A IMPORTÂNCIA DA AUDITORIA INTERNA PARA AS
ORGANIZAÇÕES
Apresentação de monografia à AVM Faculdade
Integrada como requisito parcial para obtenção do
grau de especialista em Auditoria e Controladoria.
Por: Paola Alambary Neves
3
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus por me permitir ter
saúde e fé para poder alcançar todos
os meus sonhos e objetivos e me
proporcionar só alegrias. A minha mãe
por ser a pessoa forte e amorosa que é
e sempre lutar para eu conseguir
chegar onde estou hoje e minha irmã
por sermos tão amigas. A minha avó
que de onde estiver, sei que está
orgulhosa pelas minhas conquistas.
Aos meus companheiros de trabalho
por me permitirem dedicar um tempo
aos meus estudos na nossa correria do
dia a dia. Aos meus amigos por me
apoiarem em mais uma etapa da
minha vida e sempre estarem ao meu
lado. E a minha orientadora Luciana
Madeira pelo empenho, dedicação e
excelente orientação.
4
DEDICATÓRIA
A Deus por me conceder a vida e me
guiar pelos melhores caminhos, sempre.
5
RESUMO
Este trabalho tem por objetivo tratar sobre a importância da auditoria
interna para as organizações e consequentemente apresentar as ferramentas
que auxiliam os gestores para a tomada de decisões. Este estudo foi realizado
a partir de um estudo de caso em uma empresa do ramo de energia elétrica.
Foi aplicado questionário específico ao Auditor líder da organização.
A Auditoria Interna passou a ser um instrumento amplo de controle para
os administradores, para verificação sistemática da eficácia e eficiência das
atividades operacionais e identificação de todos os processos internos e
políticas definidas pela companhia. A Auditoria Interna torna-se indispensável
para alcançar o sucesso empresarial, visto que as empresas necessitam de
ferramentas que as auxiliem no seu processo de gestão, detectando e
prevenindo possíveis falhas, bem como avaliando e examinando as atividades
desempenhadas pela mesma.
6
METODOLOGIA
Nesse trabalho foi utilizada metodologia baseada em pesquisas
bibliográficas de livros e artigos relacionados às áreas de administração e
auditoria, que auxiliaram na resolução do problema proposto.
As pesquisas bibliográficas foram baseadas em materiais da última
década e os principais autores pesquisados foram Almeida e Crepaldi nos
temas de administração e Attie nos temas referentes à auditoria.
Também foi realizada pesquisa de campo com aplicação de
questionário específico sobre o tema em questão. Para conseguir alcançar ao
máximo o objetivo da pesquisa, o questionário foi aplicado pessoalmente, ao
Auditor Líder da área de Auditoria Interna, da Empresa Light S.E.S.A e
respondido em sua totalidade em dois dias.
A organização pesquisada, objeto de estudo de caso, foi escolhida por
ser do ramo de energia elétrica, área em que a autora da monografia trabalha
e estuda, por ter a auditoria interna implantada de forma séria e segura e por
atuar no Estado do Rio de Janeiro. A Light é uma empresa privada, de grande
porte onde trabalham cerca de doze mil funcionários, entre próprios e terceiros.
7
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I – Auditoria 11
CAPÍTULO II – A Auditoria Interna e o Processo de Tomada de
Decisão para as Empresas no Cenário Atual 29
CAPÍTULO III – Metodologia da Pesquisa e Análise de Dados Obtidos 34
CONCLUSÃO 40
ANEXOS 42
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 43
ÍNDICE 45
8
INTRODUÇÃO
Este trabalho acadêmico com o tema sobre a importância da auditoria
interna para as organizações tem como base destacar a auditoria como
ferramenta importante para o controle administrativo das empresas.
Atualmente, o mercado em que vivemos com a globalização e a crise
econômica obrigam as organizações cada vez mais, a tornarem seus
processos com custos mais baixos para fazerem dos seus produtos mais
competitivos frente à concorrência acirrada. A redução das margens de lucro
exige, consequentemente, redução dos custos de produção, de gestão e
operacionais.
Com a globalização e o avanço tecnológico, o controle interno
consegue oferecer números precisos e controles eficientes que auxiliam em
uma tomada de decisão frente ao mercado, cada vez mais disputado. Os
chamados controles de gestão asseguram que os planos traçados pelos
gestores sejam executados como o planejado. A ausência desses controles
em empresas de estrutura complexa a expõe a inúmeros riscos, frequentes
erros e desperdícios.
Para a sobrevivência de uma empresa no momento atual, é necessário
que os gestores administrem os recursos com economia, eficiência e eficácia,
invistam em desenvolvimento tecnológico e aprimorem os controles internos.
A auditoria surgiu da necessidade de confirmação por parte dos
investidores e proprietários, dos valores retratados no patrimônio das
empresas que possuíam ou as que pretendiam realizar seus investimentos,
principalmente com o grande crescimento econômico-financeiro e com o
aparecimento das grandes empresas que são representadas em vários países.
Reside neste fato, a necessidade do auxilio da auditoria interna para
obtenção de informações corretas da situação patrimonial e financeira da
empresa, para poder captar recursos junto a terceiros, como empréstimos
9
bancários ou abrir o capital para novos investidores nacionais ou
internacionais.
Com o auxílio da auditoria interna é possível para o administrador
evitar prejuízos irrecuperáveis e conseguir recursos financeiros com qualidade
e precisão das informações prestadas.
A auditoria interna dá o suporte necessário aos executivos para auxiliá-
los na melhoria dos negócios, identificando áreas problemáticas e sugerindo
correções, tudo para obter melhores resultados para a organização como um
todo.
Neste contexto, a contabilidade passou a exercer papel preponderante
dentro de uma visão ampla dos administradores para o acompanhamento das
decisões estratégicas das empresas, conduzindo a metas definidas.
Os procedimentos de auditoria são direcionados para que as
demonstrações contábeis estejam apresentadas de acordo com os princípios
de contabilidade e as legislações vigentes do país.
Com isso, surge o problema deste trabalho acadêmico: qual é a
importância da auditoria interna para as organizações?
E já podemos considerar algumas hipóteses para resposta à pergunta
problema: a auditoria interna proporciona um melhor controle do patrimônio da
empresa, ajudando a eliminar desperdícios; o controle da auditoria interna
mantém aos administradores informações confiáveis da situação patrimonial e
financeira da empresa.
O objetivo é demonstrar a importância da auditoria interna, a
responsabilidade do auditor interno, dentro das organizações. Compreender os
procedimentos da auditoria interna; relatar as atribuições do auditor; analisar
quais os riscos e principais fontes de erros inerentes à atividade de auditoria
interna. Consiste em mostrar até que ponto a auditoria interna tem importância
no processo decisório das empresas. De que forma a empresa pode alcançar
um resultado desejado, com a garantia de maior controle, procurar demonstrar
que a auditoria interna é um instrumento de grande relevância dentro de uma
empresa, podendo então propiciar informações seguras, reduzindo
10
desperdícios e evitando fraudes, conseguindo com isto ter uma real noção do
que acontece dentro da empresa.
Esse trabalho está dividido em três capítulos.
No capítulo I a auditoria com sua história, conceito e suas
classificações (auditoria externa, governamental, ambiental e interna) e as
principais diferenças entre a auditoria externa e a interna.
No capítulo II a auditoria interna e sua importância na tomada de
decisão para as empresas no cenário atual.
No capítulo III destaca-se a metodologia da pesquisa, mostrando
conceitos e procedimentos para a coleta de dados da pesquisa. Também
falaremos sobre a organização alvo onde o questionário foi aplicado e a
análise dos dados coletados.
Logo em seguida são apresentadas as considerações finais do
trabalho com parecer do aluno face ao contexto apresentado e as expectativas
na área de auditoria para o mercado de trabalho e suas nuances para o século
XXI.
11
CAPÍTULO I
AUDITORIA
1.1 – História
Documentos históricos afirmam que os imperadores romanos
nomeavam altos funcionários que eram incumbidos de supervisionar todas as
operações financeiras de seus administradores provinciais e lhes prestar
contas, verbalmente (a palavra auditoria tem origem no latim, vem de “audire”,
que significa ouvir).
“A palavra é de terminologia inglesa (auditing) e deriva do
termo auditor, o qual corresponde a “aquele que ouve”.
Conta-se que quando o rei enviava um emissário com a
finalidade de notificar algum súdito de alguma dívida,
numa época em que o papel e a imprensa ainda não
eram utilizados, acompanhava-o uma pessoa que tinha
por missão comprovar que o referido súdito ouviria a
mensagem e era conhecedor da situação, este era o
auditor. Infere-se que o fato de a palavra deste ter fé
pública e servir de comprovação perante terceiros levou
posteriormente à aplicação da nomenclatura para o
profissional que passou a atuar no exame de contas cujo
testemunho poderia ser considerado em juízo”. (PINHO,
2007).
Já no século II, na França, os barões realizavam a leitura pública das
contas de seus domínios, na presença dos funcionários designados pela
12
Coroa. Enquanto, na Inglaterra, por ato do Parlamento, o rei Eduardo
outorgava direito aos barões para nomear seus representantes oficiais. A
aprovação destes auditores era atestada em documentos que constituíram os
primeiros relatórios de Auditoria, denominados, “Probatur Sobre as Contas”.
Documentos atestam, ainda, que o termo auditor originou-se no final do século
XIII, na Inglaterra, sob o poder deste rei que mencionava o termo auditor
sempre que se referia ao exame das contas, alegando que se estas não
estivessem corretas, iria punir seus responsáveis.
No final deste século a auditoria era exercida em trabalhos executados
por associações profissionais na Europa: os Conselhos Londrinos, o Tribunal
de Contas em Paris, ou, ainda, o Collegio dei Raxonati e a Academia dei
Ragionieri, na Itália.
Em 1314, é criado o cargo de auditor, na Inglaterra.
Fins do século XV, expedições marítimas em forma de joint ventures
financiadas pelos reis, príncipes, empresários e banqueiros de Portugal, da
Espanha, França, Inglaterra e Holanda, necessitam de prestação de contas
das receitas e dos gastos das expedições às Américas, Índia e Ásia.
A Inglaterra, empregando o mercantilismo, dominando os mares e
controlando o comércio, mantendo grandes companhias comerciais e
instituindo impostos sobre o lucro dessas empresas para desenvolver a riqueza
nacional e firmar-se como uma das grandes potências mundiais, em fins do
século XVII, foi o país que mais desenvolveu a auditoria. Mas somente,
séculos depois, em seguida a crise do ano de 1929, a auditoria, neste país,
começou a prosperar.
Em meados dos anos 30, foi criado o famoso Comitê May, um grupo
de trabalho formado para determinar regras para as empresas que tivessem
suas ações cotadas em bolsa de valores, tornando obrigatória a Auditoria
Contábil Independente, nas demonstrações financeiras dessas empresas.
Posteriormente, nos Estados Unidos da América, como exemplo, as
grandes empresas de transporte ferroviário criaram unidades fiscais chamadas
“Travelling Auditors” (Auditores Viajantes), que tinham a função de visitar as
13
estações rodoviárias e assegurar que todo produto da venda de passagens e
de fretes de carga estavam sendo arrecadados e contabilizados corretamente.
Após a fundação do The Institute of Internal Auditors (Instituto de
Auditores Internos), em Nova York, a auditoria interna passou a ser vista de
forma diferente. De um corpo de funcionários de linha, costumeiramente
subordinados a contabilidade, aos poucos passou a ter um enfoque de controle
administrativo, com a finalidade de avaliar a eficácia e a efetividade dos
controles internos. Logo o seu campo de ação funcional estendeu-se para
todas as áreas da empresa e para manter sua independência, passou a
subordinar-se diretamente à alta administração.
Revolução Industrial (1756, na Inglaterra) e expansão do capitalismo,
propiciaram grande impulso para a profissão, devido ao surgimento das
primeiras fábricas com o uso intensivo de capital, geograficamente fora da
jurisdição dos proprietários, com a consequente necessidade de delegação de
funções e atividades e atribuições de responsabilidades quanto ao uso dos
recursos produtivos e comerciais.
O American Institute of Certified Public Accountants (AICPA) era o
órgão responsável para estabelecer normas contábeis e de auditoria. De 1938
até 1959, o Comitê de Procedimentos Contábeis do AICPA publicou 51
boletins sobre pesquisas contábeis sob o título de Accounting Research
Bulletins (ARB).
A partir de 1959, tais tarefas passaram a ser executadas pela
Accounting Principles Board (APB) – Junta de Princípios Contábeis, que emitiu
mais de 31 pronunciamentos até 1973. Financial Accounting Standards Board
(FASB) – Junta de Normas de Contabilidade Financeira – criada em 1º de
junho de 1973, com o objetivo de determinar e aperfeiçoar os procedimentos,
conceitos e normas contábeis.
Em 1947, foi criada a Declaração de Responsabilidade do Auditor
Interno.
No ano de 1880, é criada a Associação dos Controladores Públicos
Certificados na Inglaterra (Institute of Chartered Accountants in England and
Wales).
14
Em 1886, cria-se nos Estados Unidos a Associação dos Controladores
Públicos Certificados. E em 1894, é criado na Holanda o Instituto Holandês de
Contabilidade Pública.
No início do século XX, surgimento das grandes corporações
americanas (Ford, DuPont) e rápida expansão do mercado de capitais nos
Estados Unidos.
Por meio destes fatos históricos, verifica-se que o surgimento da
auditoria apoiou-se na indispensável necessidade de confirmação, por parte
dos usuários, sobre a realidade econômica e financeira do patrimônio das
empresas investigadas, essencialmente, no surgimento de grandes empresas
distribuídas em múltiplos lugares e simultaneamente ao desenvolvimento
econômico que permitiu a participação acionária na formação do capital de
muitas empresas, gerando crescente complexidade na administração dos
negócios e de práticas financeiras.
Logo, a veracidade das informações, o correto cumprimento das
metas, a aplicação do capital investido de forma lícita e o retorno do
investimento foram as preocupações fundamentais que exigiram a opinião de
alguém não vinculado aos negócios e capaz de confirmar, de modo
independente, a qualidade das informações prestadas, ocasionando assim, o
desenvolvimento do profissional de auditoria.
Embora, cronologicamente, haja indícios da existência desta profissão
desde o século XIV, esta é, na verdade, uma função nova que vem
experimentando excelente desenvolvimento em diversos níveis de
especialização.
Porém, como a auditoria provém da Contabilidade, ainda é indicado o
conjunto de dados históricos que permitem a comparação entre estas duas
atividades.
Com o conhecimento da evolução dos fatos criadores do trabalho de
auditoria, verifica-se que esta se estabeleceu pelo exame científico e sistêmico
dos registros, documentos, livros, contas, inspeções, obtenção de informações
e confirmações internas e externas, sujeitos as normas apropriadas de
procedimentos para investigar a veracidade das demonstrações contábeis e o
15
cumprimento não somente das exigências fiscais como dos princípios e
normas de contabilidade e sua aplicação uniforme.
1.1.1 – Origem da Auditoria no Brasil
No Brasil, a auditoria surgiu na época colonial, quando o juiz era a
pessoa de confiança do rei, designada pela Coroa portuguesa para conferir o
recolhimento dos tributos ao tesouro, reprimindo e punindo fraudes.
Posteriormente, o decurso do sistema capitalista, a expansão comercial e a
forte concorrência, despertaram nas empresas, antes familiares, a
necessidades de aumentar suas instalações, investir em tecnologia e
aperfeiçoar os controles e procedimentos internos, como por exemplo, a
redução de custos, com a intenção de tornar seus produtos mais competitivos
no mercado.
Para a consecução desses objetivos, tornou-se necessário atrair
recursos de terceiros, por meio de empréstimos de longo prazo e abertura do
capital social a novos acionistas.
Os investidores precisavam obter informativos sobre a situação
financeira e patrimonial, a solvência e a gestão dos recursos da empresa para
avaliar a segurança, o grau de liquidez e a rentabilidade. Assim, as
demonstrações contábeis tornaram-se os informativos mais importantes, e
para maior segurança, os investidores passaram a exigir que as
demonstrações fossem examinadas por profissionais independentes e de
capacidade técnica reconhecida, a exemplo do que já era realizado nos
Estados Unidos da América, Inglaterra, Japão, França, Alemanha, Suécia e
Suíça.
No ano de 1931, através do Decreto nº 20.158, a profissão de
guardador de livros passou a ser regulamentada, no que se incluía a função de
auditor. E no ano de 1945, por ocasião da lei nº 7.988, que dispõe sobre o
ensino superior de ciências econômicas e de ciências contábeis e atuariais, foi
criado o curso de Ciências Contábeis, tomando a Auditoria uma prerrogativa
daquele profissional.
16
Até então, os trabalhos de auditoria no Brasil, eram escassos e
necessários apenas para o controle administrativo e à formulação de
pareceres sobre balanços, ainda como atos formais.
Em 1971 foi criado o Instituto Brasileiro de Contadores (Ibracon), com
a fusão de dois institutos até então existentes: o Instituto dos Contadores
Públicos do Brasil (ICPB), fundado em 26 de março de 1957, e o Instituto
Brasileiro de Auditores Independentes (IBAI), fundado em 2 de janeiro de
1968.
No ano de 1972 o Conselho Federal de Contabilidade (CFC), por meio
de sua Resolução nº 321/72, pronunciou-se a respeito dos princípios a serem
seguidos sobre os procedimentos do trabalho do auditor, definindo as normas
relativas a este, à execução dos trabalhos e também ao parecer da auditoria.
(OLIVEIRA, 2008).
Até que com o final da segunda guerra mundial, os escritórios
estrangeiros, acompanhando as instalações de empresas no país,
convenceram o empresariado nacional sobre a importância do trabalho de
auditoria, e no ano de 1976, com o advento da Lei nº 6.404 – Lei das
Sociedades por Ações, o parecer do auditor independente nas demonstrações
contábeis das companhias abertas tornou-se obrigatório e impulsionou a
auditoria brasileira.
Em 1985, o Banco Central do Brasil emitiu a Resolução nº 1007 –
Normas Gerais de Auditoria, com o auxílio do Instituto Brasileiro dos
Contadores (Ibracon) e do Conselho Federal de Contabilidade (CFC)
(OLIVEIRA, 2008).
No Brasil, o surgimento do mercado de auditoria está relacionado com
influências específicas, tais como: a instalação de filiais e subsidiárias de
firmas estrangeiras, necessidades de financiamentos de empresas brasileiras
através de entidades internacionais, crescimento dos negócios (necessidade
de capital de giro e investimentos fixos), descentralização e diversificação de
atividades econômicas, evolução do mercado de capitais, criação das normas
de auditoria para instituições financeiras, determinadas pelo Banco Central do
17
Brasil, criação da CVM - Comissão de Valores Mobiliários e promulgação da
Lei das Sociedades Anônimas (Lei 6.404) em 1976.
Foi criada a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Lei nº.6.385/76,
com a responsabilidade de normatizar as normas contábeis e os trabalhos de
auditoria das empresas de capital aberto, além de exercer as funções de
fiscalização, semelhante à SEC norte-americana.
Segundo Almeida (2008), os principais órgãos relacionados com os
auditores são os seguintes: A Comissão de Valores Mobiliários (CVM), criada
pela Lei nº 6.385/76, é uma entidade autárquica e vinculada ao Ministério da
Fazenda. Funciona como um órgão fiscalizador do mercado de capitais no
Brasil. O auditor externo ou independente, para exercer atividades no mercado
de valores mobiliários (companhias abertas e instituições, sociedades ou
empresas que integram o sistema de distribuição e intermediação de valores
mobiliários, está sujeito a prévio registro na CVM).
O Instituto de Auditores Independentes do Brasil (Ibracon) foi fundado
em 13/12/1971. O Ibracon é uma pessoa jurídica de direito privado sem fins
lucrativos. Os principais objetivos desse Instituto são os seguintes: fixar
princípios de contabilidade, elaborar normas e procedimentos relacionados
com auditoria (externa e interna) e perícias contábeis.
O Conselho Federal de Contabilidade e os Conselhos Regionais de
Contabilidade (CFC e CRC) foram criados pelo Decreto-lei nº 9.295 de
27/5/1946. A finalidade principal desses conselhos é o registro e a fiscalização
do exercício da profissão de contabilista.
O Instituto dos Auditores Internos do Brasil (Audibra), fundado em
20/11/1960, é uma sociedade civil de direito privado e não tem fins lucrativos.
O principal objetivo do Audibra é promover o desenvolvimento da auditoria
interna, mediante o intercâmbio de ideias, reuniões, conferências, intercâmbio
com outras instituições, congressos, publicações de livros e revistas e
divulgação da importância da auditoria interna junto a terceiros.
O Banco Central do Brasil (BACEN) regula e fiscaliza as instituições
financeiras e outras entidades pertencentes ao Sistema Financeiro Nacional,
submetendo-os também à auditoria independente.
18
Desde então, tanto as práticas de Auditoria quanto seu ensino
acadêmico se consolidaram no país, de forma a atender seu principal objetivo:
opinar a respeito da adequação das demonstrações contábeis publicadas, no
que diz respeito aos seus aspectos mais relevantes.
1.2 – Conceito
De uma forma bem simples, podemos definir auditoria como uma
revisão das demonstrações financeiras, do sistema financeiro, registros,
transações e operações de uma entidade ou de um projeto, com a finalidade
de assegurar a fidelidade dos registros e proporcionar credibilidade às
demonstrações financeiras e outros relatórios da administração.
A auditoria também identifica deficiências no sistema de controle
interno e no sistema financeiro e apresenta recomendações para melhorá-los.
Segundo Crepaldi (2007), pode-se definir auditoria como o
levantamento, estudo e avaliação sistemática das transações, procedimentos,
operações, rotinas e das demonstrações financeiras de uma entidade.
A auditoria consiste em controlar as áreas chaves nas empresas a fim
de evitar situações que propiciem fraudes, desfalques e subornos, através de
testes regulares nos controles internos específicos de cada organização.
Auditoria, segundo o Audibra (1991), é uma atividade de avaliação
independente e de assessoramento da administração, voltada para o exame e
avaliação da adequação e eficácia dos sistemas de controle, bem como da
qualidade do desempenho das áreas em relação às atribuições e aos planos,
metas, objetivos e políticas definidos para as mesmas.
Em um conceito adaptado da American Accounting Association, a
auditoria pode ser entendida como o campo do saber voltado para o
desenvolvimento e para o aperfeiçoamento do processo sistemático de
obtenção de evidências que visa aquilatar o grau de conformidade das práticas
e afirmações frente aos padrões estabelecidos e à comunicação dos
resultados aos diversos interessados. (PINHO, 2007).
19
Em busca cada vez mais do seu lugar no mercado econômico, as
empresas estão investindo em auditoria. Manter todos os registros em ordem
para a certificação e tentar evitar as fraudes que estão sendo cada vez mais
comuns são os motivos mais importantes ligados à auditoria.
“Hoje em dia as empresas buscam casa vez mais seu
espaço entre o sucesso. Em virtude disso, as mudanças
ocorridas no ambiente empresarial nos últimos anos, faz-
se necessário uma melhor compreensão da importância
de se auditar os sistemas de controle das empresas. As
operações das empresas estão se tornando cada vez
mais complexas aumentando-se, portanto, a necessidade
da utilização de normas e procedimentos eficientes de
gestão”. (ERLON RODRIGO DA SILVA, 2008).
Attie (1992) enfatiza que a partir desse momento, a administração
passa a necessitar de alguém que lhes afirme que os controles e as rotinas de
trabalho estão sendo habitualmente executados e que os dados contábeis,
com efetividade, merecem confiança, pois espelham a realidade econômica e
financeira da empresa.
A Auditoria Interna neste momento é concebida, toma forma
embrionária como uma atividade necessária à organização e desenvolve-se a
fim de seguir a gerência ativa, concedendo-lhe alternativas, como ferramenta
de trabalho, de controle, assessoria e administração.
1.3 – Classificações da Auditoria
1.3.1 – Auditoria Externa
20
A auditoria externa ou auditoria independente surgiu como parte da
evolução do sistema capitalista. No início, as empresas eram fechadas e
pertenciam a grupos familiares.
Com a expansão do mercado e o acirramento da concorrência, houve
a necessidade de a empresa ampliar suas instalações administrativas, investir
no desenvolvimento tecnológico e aprimorar os controles e procedimentos
internos em geral, principalmente visando a redução de custos e, portanto,
tornando mais competitivos seus produtos e serviços no mercado (ALMEIDA,
2010).
O auditor externo passava um período de tempo muito curto na
empresa e seu trabalho estava totalmente direcionado para o exame das
demonstrações contábeis. Para atender à administração da empresa, seria
necessária uma auditoria mais periódica, com maior grau de profundidade e
visando também as outras áreas não relacionadas com contabilidade (sistema
de controle de qualidade, administração de pessoal, entre outras).
Sendo assim, o trabalho de verificação da situação patrimonial e
financeira das empresas passou a ser realizado por um profissional
independente, especializado em técnicas de auditoria, com profundos
conhecimentos de contabilidade e, sobretudo, das atividades das empresas.
Depois de aplicar testes de observância de acordo com a relevância de cada
item a ser considerado, o auditor emite sua opinião sobre a situação
patrimonial e financeira das empresas. Esta é a auditoria externa ou auditoria
independente.
“Adicionalmente, o auditor externo ou independente, além
de sua opinião ou parecer sobre as demonstrações
contábeis, passou a emitir um relatório comentário, no
qual apresentava sugestões para solucionar os
problemas da empresa, que chegaram a seu
conhecimento no curso normal de seu trabalho de
auditoria”. (ALMEIDA, 2008).
21
São variados os motivos que impulsionam uma empresa a fazer uso
dos serviços de auditoria. As determinações legais são um dos mais
importantes e constam da Lei 6404/76 (lei das sociedades anônimas por
ações) que estabelece que companhias abertas devam ser auditadas por
auditores independentes registrados na Comissão de Valores Mobiliários.
Também, a Lei 11.638/07, estabelece que as empresas de grande porte
devam ser auditadas por auditores externos. Por fim, o Banco Central do Brasil
determina que as instituições financeiras também sejam auditadas por
auditoria externa.
Além das imposições legais, a auditoria pode ser adotada pelas
organizações como forma de cumprir exigências estatutárias da própria
empresa, como medida de controle dos proprietários e como imposição de
credores ou instituições financeiras, para a efetivação de compras a prazo ou
concessão de empréstimos financeiros.
1.3.2 – Auditoria Governamental
A auditoria governamental é a atividade independente e objetiva que,
por meio da aplicação de procedimentos específicos, tem a finalidade de emitir
opinião sobre a adequação das contas governamentais, assim como,
apresentar comentários sobre o desempenho organizacional e o resultado dos
programas de governo.
“Objetivos Operacionais da Auditoria Governamental são
examinar a regularidade e avaliar a eficiência da gestão
administrativa e dos resultados alcançados; apresentar
subsídios para o aperfeiçoamento dos procedimentos
administrativos e controles internos das unidades da
administração direta e entidades supervisionadas.” (GAO,
2003)
22
Portanto, segundo o autor a auditoria governamental tem como
objetivo principal verificar a observância da gestão administrativa de forma a
oferecer resultados satisfatórios nas questões relativas à auditoria
governamental.
Objetivo de Exame da Auditoria Governamental:
Ø Os sistemas administrativo e operacional de controle interno
utilizados na gestão orçamentária, financeira e patrimonial;
Ø A execução dos planos, programas, projetos e atividades que
envolvam recursos públicos;
Ø A aplicação dos recursos transferidos pelo Tesouro Nacional a
entidades públicas ou privadas;
Ø Os contratos firmados por gestores públicos com entidades
privadas para prestação de serviços, execução de obras e
fornecimento de materiais;
Ø Os processos de licitação, sua dispensa ou inexigibilidade;
Ø Os instrumentos e sistemas de guarda e conservação dos bens e
do patrimônio sob responsabilidade das unidades da
administração direta e entidades supervisionadas;
Ø Os atos administrativos que resultem direitos e obrigações para o
Poder Público, em especial os relacionados com a contratação
de empréstimos internos ou externos e com a concessão de
avais;
Ø A arrecadação e a restituição de receitas de tributos federais;
Ø Os sistemas eletrônicos de processamento de dados, suas
entradas (inputs) e informações de saída (outputs).
Tipos de Auditoria Governamental:
Ø Auditoria de Gestão: tem como objetivo emitir opinião com vistas
a certificar a regularidade das contas, verificar a execução de
contratos, convênios, acordos ou ajustes e a probidade na
aplicação dos dinheiros públicos e na guarda ou administração
de valores e outros bens da União ou a ela confiados;
23
Ø Auditoria de Programas: tem como objetivo acompanhar,
examinar e avaliar a execução de programas e projetos
governamentais específicos, bem como a aplicação de recursos
descentralizados.
1.3.3 – Auditoria Ambiental
A auditoria ambiental teve sua origem nos Estados Unidos, através da
realização de auditorias voluntárias na década de 1970. A exigência de
revelação de questões ambientais por parte da Securities and Exchange
Comission (SEC) também teve um peso considerável no desenvolvimento da
auditoria como uma técnica de apoio gerencial.
Essas auditorias consistiam em análises críticas do desempenho
ambiental ou auditorias para verificação de conformidade, uma vez que se
destinavam a reduzir os riscos dos investidores às ações legais que pudessem
resultar das ações da empresa.
Além disso, o órgão americano de proteção ao meio ambiente,
Environmental Protection Agency (EPA), serviu de instrumento para tornar as
auditorias ambientais compulsórias em alguns setores industriais.
Desde o final de 1980, os auditores ambientais se tornaram uma
ferramenta gerencial muito comum nos países desenvolvidos e vem sendo
cada vez mais aplicada nos países em desenvolvimento, tanto pelas empresas
estrangeiras que neles operam como em empresas locais.
A auditoria ambiental, segundo La Rovere (2001), pode ser definida
como uma ferramenta que possibilita um “retrato” instantâneo do processo
produtivo. Com esta ferramenta passa a ser possível identificar os pontos
“fortes e fracos” da organização com relação ao meio ambiente.
Kuhre (1996), outro estudioso do assunto, conceitua auditoria
ambiental como um processo sistemático para obter, avaliar e reportar fatos de
conformidade ou não-conformidades ambientais de acordo com algum critério
definido previamente.
24
Destaca-se, baseado nos autores citados, que a auditoria ambiental é
um processo sistemático, que deve ser sempre documentado e que visa
avaliar evidências encontradas, com intuito de concluir se estas evidências
constituem conformidade ou não conformidades em relação ao padrão
adotado como referência.
Entre os principais benefícios advindos das auditorias ambientais,
podem ser citados os seguintes: identificação dos passivos ambientais,
existentes ou potenciais, em relação às leis aplicáveis, redução de conflitos
com os órgãos públicos responsáveis pelo controle ambiental, redução de
conflitos e harmonização de relações com a comunidade e partes
interessadas.
A auditoria ambiental é uma poderosa avaliação do desempenho e da
gestão ambiental de uma empresa. Esta avaliação, de amplo espectro de
abrangência, pode ser implementada nas mais diversas ações industriais,
comerciais, de extração mineral, vegetal, bem como em órgãos públicos.
(CAMPOS, 2009).
É importante ressaltar que existe uma vasta gama de possibilidades de
tipos de programas de auditoria ambiental, variando de empresa para
empresa. Os programas de auditorias ambientais são geralmente
desenvolvidos para atender às necessidades específicas, à cultura e à
disponibilidade de recursos de cada empresa. Entretanto, existem conteúdos e
tópicos que geralmente estão presentes em qualquer auditoria ambiental,
como: objetivo, escopo, métodos e técnicas, organização e preparo do
programa, relatório da auditoria, confidencialidade e acompanhamento.
1.3.4 – Auditoria Interna
A auditoria interna constitui o conjunto de procedimentos que tem por
objetivo examinar a integridade, adequação e eficácia dos controles internos e
das informações físicas contábeis, financeiras e operacionais da entidade.
A auditoria interna é uma atividade de avaliação independente dentro
da empresa, que se destina a revisar as operações, como um serviço prestado
25
à administração. Constitui um controle gerencial que funciona por meio da
análise e avaliação da eficiência de outros controles.
De acordo com a Resolução CFC 986/03 – NBC T 12 (Normas de
Auditoria Interna), a auditoria interna compreende os exames, análises,
avaliações, levantamentos e comprovações, metodologicamente estruturados
para a avaliação da integridade, adequação, eficácia, eficiência e
economicidade dos processos, dos sistemas de informações e de controles
internos integrados ao ambiente e de gerenciamento de riscos, com vistas a
assistir à administração da entidade no cumprimento de seus objetivos.
“É executada por um profissional ligado à empresa, ou
por uma seção própria para tal fim, sempre em linha de
dependência da direção empresarial. O auditor interno é
pessoa de confiança dos dirigentes, está vinculado à
empresa por contrato trabalhista continuado e sua
intervenção é permanente. Sua área de atuação envolve
todas as atividades da empresa, predominam a
verificação constante dos controles internos, a
manipulação de valores e a execução de rotinas
administrativas. (CREPALDI, 2007)”.
O objetivo da auditoria interna é auxiliar todos os membros da
administração no desempenho efetivo de suas funções e responsabilidades,
fornecendo-lhes análises, apreciações, recomendações e comentários
pertinentes às atividades examinadas.
O auditor interno interessa-se por qualquer fase das atividades do
negócio em que possa ser útil à administração. Isto pressupõe sua incursão
em campos além de contabilidade e finanças, a fim de obter uma visão
completa das operações submetidas a exame.
Testa a qualidade dos trabalhos, revisa, recomenda, enfim, assiste à
administração e lhe fornece informações periódicas principalmente no que
tange: à aplicabilidade e adequação de controles internos, financeiros e
26
operacionais, revisando e avaliando a correção, adequando e aplicando os
controles contábeis, financeiros e outros de natureza operacional, propiciando
controles eficazes a um custo razoável; à extensão do cumprimento das
diretrizes, planos e procedimentos, determinando o grau de atendimento; à
salvaguarda dos ativos quanto à escrituração, guarda e perdas de todas as
espécies, determinando o grau de controle dos ativos da empresa quanto à
proteção contra perdas de qualquer tipo; à avaliação da qualidade e
desempenho na execução das responsabilidades delegadas determinando a
fidelidade dos dados administrativos originados na empresa; à recomendação
de melhorias operacionais.
A auditoria interna presta ajuda à administração, com vistas à
possibilidade de eliminar inconvenientes ao desempenho da gestão, por ser
empregado da empresa, o auditor interno perde sua independência
profissional.
As responsabilidades da auditoria interna, na organização, devem ser
claramente determinadas pelas políticas da empresa. A autoridade
correspondente deve propiciar ao auditor interno livre acesso a todos os
registros, propriedades e pessoal da empresa que possam vir a ter importância
para o assunto em exame.
A auditoria externa não elimina a necessidade da auditoria interna, pois
a auditoria interna da organização auditada possibilita maior segurança ao
auditor independente, evitando a duplicidade de trabalho e reduzindo os custos
de ambas as partes, uma vez que a qualidade dos trabalhos praticados assim
indique, e permite a identificação e resolução antecipada de problemas que só
são solucionados no último instante (FRANCO, 2002).
A título de exemplo, em uma estrutura organizacional, a área de
auditoria ficaria situada da seguinte forma conforme figura 01 – Organograma,
a seguir:
27
Figura 01: Organograma
Fonte: Estrutura Organizacional da Presidência – Light S.E.S.A
1.3.5 – Principais Diferenças entre Auditoria Externa e Auditoria Interna
Conforme já descrito nesse trabalho, existem importantes diferenças
entre a Auditoria Interna e a Externa. Abaixo, conforme figura 02 - Tabela
Principais Diferenças entre o Auditor Interno e o Auditor Externo, estão listadas
as principais diferenças entre o auditor interno e o auditor externo:
Auditor interno Auditor externo
É empregado da empresa auditada Não tem vínculo empregatício com a empresa auditada
Menor grau de independência Maior grau de independência
Executa auditoria contábil e
operacional
Executa apenas auditoria contábil
Os principais objetivos são: Ø Verificar se as normas internas
estão sendo seguidas; Ø Verificar a necessidade de
O principal objetivo é emitir um parecer ou opinião sobre as demonstrações contábeis, no sentido de verificar se estas refletem a
28
aprimorar as normas internas vigentes;
Ø Verificar a necessidade de novas normas internas;
Ø Efetuar auditoria das diversas áreas das demonstrações contábeis e em áreas operacionais;
posição patrimonial e financeira, o resultado das operações, as mutações do patrimônio líquido e as origens e aplicações de recursos da empresa examinada. Também, se essas demonstrações foram elaboradas de acordo com os princípios contábeis e se esses princípios foram aplicados com uniformidade em relação ao exercício social anterior.
Maior volume de testes (tem maior tempo na empresa para executar os serviços de auditoria).
Menor volume de testes, já que o auditor externo está interessado em erros que individualmente ou cumulativamente possam alterar de maneira substancial as informações das demonstrações contábeis.
Figura 02: Tabela Principais Diferenças entre o Auditor Interno e o Auditor
Externo
Fonte: Almeida (2008)
No capítulo seguinte, será abordada a auditoria interna e sua
importância na tomada de decisão para as empresas no cenário atual.
29
CAPÍTULO II
A AUDITORIA INTERNA E O PROCESSO DE TOMADA
DE DECISÃO PARA AS EMPRESAS NO CENÁRIO
ATUAL
Em evidência sobre o atual momento pelo qual passa a função de
auditoria interna nas organizações de todo o mundo, apesar de uma área
temática recente, é questionada a sua real necessidade nas organizações,
como uma atividade que realmente agregue valor ao negócio e proporcione
rentabilidade e segurança sobre as operações aos acionistas.
Outro ponto fundamental para a auditoria interna é a desmistificação
entre os funcionários da empresa onde existe uma atividade de auditoria
interna, em que a sua atuação e participação se centra como um auxílio no
desempenho das tarefas dentro da filosofia da organização, e não como
“dificultadora” que está presente apenas para apontar erros, entendida como
parceiros na procura de um resultado comum. Essa visão é da nova cultura de
auditoria interna.
Aos profissionais de auditoria interna vem sendo exigida uma série de
conhecimentos diversificados para o bom desempenho das suas atividades:
contabilidade, domínio de técnicas de gestão, qualidade total, marketing,
organização e métodos, planejamento estratégico, informática, relações
humanas, entre outros.
Neste novo contexto a função auditoria interna será um centro de
excelência para formar quadros altamente qualificados, para garantir um
sistema de controle interno eficaz no seio da empresa e com comportamentos
éticos irrepreensíveis.
Nesse sentido, a auditoria interna será uma atividade com visão
holística e pró-ativa, antecipando-se aos fatos, de modo que a sua opinião
30
importante nos rumos da organização, e ao mesmo tempo, estará atento a
novas tendências no mercado em que a sua organização atua.
No dia a dia, as decisões são tomadas quase a todo o momento. As
informações para a tomada de decisão são necessárias, relevantes, fidedignas
e tempestivas, para que os resultados planejados pela gestão sejam
alcançados, pois este procura a melhor decisão para a organização.
A informação é hoje a ferramenta fundamental para o processo de
tomada de decisão, já que é a responsável pelas mudanças implementadas
pela gestão.
No processo de tomada de decisão, a maior dificuldade é a incerteza
em relação ao futuro, mas esta pode ser reduzida com um bom modelo de
decisão na sua concepção e implementação alimentadas com informações
fidedignas, adequadas e oportunas, a fim de oferecer um resultado favorável e
aceitável acerca de uma decisão.
Com o auxílio da auditoria interna, a gestão alimenta o seu modelo de
decisão com informações adequadas e fidedignas recolhidas e avaliadas
diariamente, para que a sua tomada de decisão seja a mais tempestiva
possível.
A auditoria interna deve conhecer o modelo de gestão adotado pelo
órgão de gestão da organização, levando à gestão as informações úteis para o
objetivo pretendido, para que com estas informações a tomada de decisão
conduza a uma gestão eficaz. Já que a auditoria interna é conhecedora dos
atos ocorridos no passado de uma organização, pode prognosticar o efeito
com a escolha de determinada decisão e, portanto, cabe à auditoria interna
desempenhar eficazmente as suas responsabilidades no que diz respeito ao
processo de tomada de decisão, auxiliando os gestores com as informações
disponíveis, sejam quantitativas ou qualitativas.
Pode-se inferir que a atividade de auditoria interna no âmbito da
assessoria à gestão, observando o cumprimento das suas normas, vem
contribuindo sobremaneira para a concretização dos resultados das
organizações, possibilitando a redução dos riscos a que as empresas estão
expostas no atual cenário empresarial, acrescentando valor.
31
Ambientes instáveis e fortemente competitivos com tecnologias
sofisticadas e com ciclos de vida cada vez mais curtos, com acesso à
informação global generalizado, fazem crescer exponencialmente o risco nas
organizações.
Daí a necessidade de um controle moderno que privilegie o
desempenho e a competição, em contraste com os controles de conformidade
do passado, sendo o seu principal objetivo assegurar a econômica e eficiente
utilização dos recursos e a eficácia das organizações, áreas onde mais se faz
sentir os efeitos dos impactos dos novos fatores de risco.
Nos últimos anos tem-se assistido a uma avalanche de novas
exigências de regulamentação nesta temática reproduzindo uma tendência
mundial de fortalecimento das estruturas de controle.
Diante da introdução de tantas regulamentações que impõem uma
postura de “auto controle”, tem aumentado a necessidade de criação ou pelo
menos aprimoramento de uma estrutura efetiva de controle de riscos, e a
auditoria interna reforça o seu papel e a sua importância nessa conjuntura.
Contudo, para melhor responder a essa nova realidade, as estruturas
de auditoria interna tiveram que passar por um processo de transformações
que incidem sobre o alcance das suas ações e forma de atuar.
Mais do que um meio tradicional de responder à crescente
preocupação de aderir às políticas e aos procedimentos regulamentares, o
estabelecimento de uma política efetiva de auditoria interna passou a
representar um dos principais alicerces da estrutura de governança e gestão
de riscos da organização.
Estas novas responsabilidades têm implicações na prevenção de
perdas e na identificação de instrumentos de melhoria da gestão, refletindo-se
positivamente no próprio valor das operações e na organização em geral.
A ampliação do novo papel e do alcance da auditoria interna na gestão
de riscos começa a dar os primeiros passos e a ser reconhecido que não é
mais possível conceber uma abrangente gestão de riscos empresariais sem
considerar, de alguma forma, o envolvimento desta função como instrumento
de identificação de vulnerabilidades e, até mesmo, de auxílio à implementação
32
de processos de correção e melhoria, contribuindo para a consecução dos
objetivos e metas e consequentemente para a melhoria da competitividade das
organizações.
Perante um futuro incerto, num mundo em constante mudança, as
organizações têm de estar cada vez mais atentas ao seu meio envolvente,
analisar a evolução dos mercados e identificar ameaças e oportunidades,
identificar os seus pontos fortes e fracos, definir os seus objetivos estratégicos,
as suas estratégias e políticas globais e analisar sistematicamente os
resultados a médio e longo prazo.
Para conseguir uma posição competitiva, vantajosa e sustentada, para
serem rentáveis e até mesmo para sobreviver, as organizações precisam ser
geridas com eficácia, de modo a que os objetivos propostos sejam alcançados
e, para isso, a auditoria interna, possui função de apoio, dotada dos
conhecimentos neste domínio, desempenha um papel importante.
Neste sentido, as atividades de auditoria interna deverão ser
planejadas, programadas e desenvolvidas tendo em conta as preocupações e
prioridades da gestão e em consonância com os objetivos, estratégias e
políticas definidas.
Possibilitando a consecução de uma gestão eficaz, tornando-se uma
função imprescindível e valorizada para o domínio da gestão e da organização
em geral com responsabilidade social.
A importância da auditoria interna nas empresas, em função do
atendimento de suas metas proporcionado por uma cultura sólida e estruturado
para melhor proveito de sua potencialidade. Procurando-se através do
crescimento e da diversificação das atividades econômicas que assegurem aos
empresários a construção de um patrimônio e um retorno satisfatório e
necessário às duas expectativas.
A contabilidade passou a exercer papel preponderante dentro de uma
visão ampla dos administradores para o acompanhamento das decisões que
só tornam e permitem o arranjo de novas decisões que se tornem necessárias
para conduzir a empresa às metas definidas.
33
Os aspectos citados passam a fazer parte não só das preocupações
da empresa, como também dos administradores interessados em ser bem
sucedidos em suas funções, especialmente nos pontos primordialmente
importantes que medem a eficiência de cada um.
É quando a auditoria é concebida de forma embrionária concedendo
alternativa como ferramenta de trabalho, de controle, assessoria e
administração.
Suporte gerencial de aceitação da auditoria – para que a auditoria seja
aceita numa organização é necessário que a empresa tenha definido uma
política que visa à constituição de uma área de auditoria. Dando plenos
poderes de informar seus administradores para controlar as operações pelas
quais são responsáveis.
No capítulo seguinte, será abordada a metodologia da pesquisa,
mostrando conceitos e procedimentos para a coleta de dados da pesquisa.
Também falaremos sobre a organização alvo onde o questionário foi aplicado
e a análise dos dados coletados.
34
CAPÍTULO III
METODOLOGIA DA PESQUISA E ANÁLISE DE DADOS
OBTIDOS
3.1 – Conceito
Segundo DEMO (1987) define-se metodologia como um conjunto de
métodos e técnicas que tem por objetivo traçar comparação da realidade com
a teoria, ou seja, é o estudo do tipo de processo empregado na elaboração do
projeto e tem como objetivo captar e analisar as características dos vários
métodos disponíveis, avaliar suas capacidades, potencialidades, limitações ou
distorções e criticar os pressupostos ou as suas implicações de sua utilização.
“Na metodologia de pesquisa, encontramos meios e
técnicas utilizadas para atingir os objetivos anteriormente
apresentados e as perguntas que podemos fazer são:
Como fazer? Onde fazer? Com quem fazer? Quanto?
Quando fazer?” (BEZZON,2005)
Segundo, ANDRADE (1999) existem três tipos de pesquisas, são elas:
a) Pesquisa exploratória, ela é classificada como o primeiro passo
do trabalho cientifico, são finalidades desse tipo de pesquisa:
proporcionar maiores informações sobre determinado assunto;
facilitar a delimitação de um tema de trabalho; definir os
objetivos ou formular as hipóteses de uma pesquisa ou
descobrir novo tipo de enfoque para o trabalho. Através das
pesquisas exploratórias avalia-se a possibilidade de
desenvolver uma boa pesquisa sobre determinado assunto.
35
b) Pesquisa descritiva, esse tipo de pesquisa não tem interferência
do pesquisador, os fatos são observados, registrados,
analisados e interpretados, isso significa que os fenômenos do
mundo físico e humano são estudados, mas não manipulados
pelo pesquisador. Elas são habitualmente solicitadas por
empresas comerciais (aceitação de novas marcas, novos
produtos ou embalagens), institutos pedagógicos (nível de
escolaridade ou rendimento escolar), partidos políticos (as
preferências eleitorais ou político partidárias) etc.
c) c) Pesquisa explicativa, esse tipo de pesquisa além de registrar,
analisar e interpretar os fenômenos estudados, também
procura identificar suas causas, esse tipo de pesquisa tem
como objetivo aprofundar o conhecimento da realidade,
procurando a razão e o porquê das coisas, por esse motivo
está mais sujeita a cometer erros, contudo pode-se afirmar
que os resultados das pesquisas explicativas fundamentam o
conhecimento cientifico.
Nesse trabalho foi utilizada metodologia baseada em pesquisas
bibliográficas de livros e artigos relacionados às áreas de administração e
auditoria, que auxiliaram na resolução do problema proposto.
As pesquisas bibliográficas foram baseadas em materiais da última
década e os principais autores pesquisados foram Almeida e Crepaldi nos
temas de administração e Attie nos temas referentes à auditoria.
Também foi realizada pesquisa de campo com aplicação de
questionário específico sobre o tema em questão. Para conseguir alcançar ao
máximo o objetivo da pesquisa, o questionário foi aplicado pessoalmente, ao
Auditor Líder da área de Auditoria Interna, da Empresa Light S.E.S.A e
respondido em sua totalidade em dois dias.
A organização pesquisada, objeto de estudo de caso, foi escolhida por
ser do ramo de energia elétrica, área em que a autora da monografia trabalha
e estuda, por ter a auditoria interna implantada de forma séria e segura e por
atuar no Estado do Rio de Janeiro.
36
Na opinião de Gil (1996) a elaboração de um questionário consiste
basicamente em traduzir os objetivos específicos da pesquisa em itens bem
redigidos. Naturalmente, não existem normas rígidas a respeito da elaboração
do questionário.
As respostas obtidas foram analisadas e utilizadas para a conclusão da
pesquisa de campo e entretenimento na prática sobre a teoria utilizada.
3.2 – Caracterização da Empresa Entrevistada
Neste item o objetivo é apresentar a empresa-alvo da pesquisa de
campo que foi realizada para conclusão sobre a teoria utilizada.
Nome: Light Serviços de Eletricidade S.E.S.A
Endereço: Rua Marechal Floriano 168, Centro
Estado de Atuação: Rio de Janeiro
Site: www.light.com.br
Ramo de Atividade: Energia Elétrica
Porte: Grande
Número de Funcionários: Aproximadamente 12.000, entre próprios e
terceiros.
A Light Serviços de Eletricidade S.E.S.A, está localizada na Rua
Marechal Floriano 168 – Centro do Rio de Janeiro – RJ. Foi constituída em 30
de julho de 1907 para atuar no mercado de geração e distribuição de energia
elétrica.
2.2.1 – Missão da Empresa
Prover energia e serviços com excelência e de forma sustentável,
contribuindo para o bem-estar e o desenvolvimento da sociedade.
37
2.2.2 – Visão da Empresa
Ser referência no setor de energia pela excelência do serviço prestado
e pelo valor de sua gente, atuando com soluções inovadoras, de forma
diversificada e rentável.
2.2.3 – Valores da Empresa
ü - Valorização da vida;
ü - Orgulho em servir;
ü - Comportamento íntegro, transparente e solidário;
ü - Valorização da nossa gente;
ü - Comprometimento com resultados; e
ü Protagonismo.
3.3 – Dados Coletados
Através de um questionário aplicado ao Anderson Silva, auditor líder
da empresa Light Serviços de Eletricidade S.E.S.A foram coletadas
importantes informações para o andar e desenvolvimento desta monografia
que estão descritos abaixo. Com sua ampla experiência no setor, foi possível
analisar as possibilidades e/ou dificuldades que acontecem na prática da
Auditoria Interna dentro da organização.
3.4 – Resultados Obtidos com a Pesquisa de Campo
Neste ponto, serão apresentados os resultados obtidos através da
pesquisa de campo realizada na empresa Light Serviços de Eletricidade
S.E.S.A, que foi respondida pelo auditor líder Anderson Silva. A pesquisa
aconteceu no dia 08 de julho de 2015.
38
A primeira pergunta teve resposta positiva. O entrevistado afirmou que
a empresa utiliza a auditoria interna.
Dando continuidade à pesquisa, a segunda pergunta foi há quanto
tempo a empresa em questão utilizava a auditoria interna. O entrevistado
respondeu que a auditoria começou a ser usada em janeiro de 2010 com
realização anual, mas com o amadurecimento do assunto, observou-se a
necessidade de diminuir o período e desde janeiro de 2011 a realização é
semestral.
A terceira questão é referente ao porquê de se implantar a auditoria
interna dentro da empresa e o entrevistado referiu-se a PAULA, 1999, onde
designa-se o motivo pela busca de melhoria nos processos industriais da
empresa e para melhorar o controle de gestão.
A quarta questão refere-se a como a auditoria interna é importante
dentro da empresa. O entrevistado ressalta sua importância e completa
dizendo que houve uma grande melhora no Sistema de Gestão da Qualidade -
SGQ da organização e na padronização dos processos, documentação e
satisfação dos clientes bem como a melhoria contínua de todos os processos o
que garante a qualidade nos processos e o envolvimento da direção,
acordando com que diz ATTIE, 1987.
Na quinta pergunta ao ser questionado como a auditoria interna
contribui para o processo decisório da empresa o entrevistado respondeu que,
melhorou na identificação de problemas de não conformidades ou
oportunidades de melhoria da empresa, obrigatoriamente devendo criar um
plano de ação que consiste em diagnosticar, ou seja, encontrar a causa
desses problemas e agir nela acelerando assim, a resolução dos problemas e
a tomada das decisões.
A sexta pergunta, sobre os benefícios da auditoria interna, o
entrevistado falou da organização dos processos internos, a criação de
instruções de trabalho, procedimentos operacionais, bem como a implantação
do SGQ (Sistema de Gestão da Qualidade). A melhoria no monitoramento dos
processos através de indicadores gráficos, criação de documentos tais como
manual de qualidade, procedimentos obrigatórios e controle de documentos
39
internos. Fez com que a Direção se comprometesse com o SGQ, definindo
uma Política da Qualidade. Aumentou a satisfação dos clientes, através da
medição e monitoramento dos processos. Produtos não-conformes agora são
identificados já no processo, evitando que o mesmo chegue até os clientes,
junto com a rastreabilidade de todos os produtos, além de identificar os pontos
de melhoria e pontos que necessitam de correção (ações preventivas e
corretivas).
Quanto a sétima e última pergunta sobre como é feita a auditoria
interna dentro da empresa o entrevistado responde: é feito o planejamento,
onde é definido quais processos serão auditados, data e hora programados e o
nome do auditor que realizará a audição. Logo depois é feita uma reunião de
abertura, onde o auditor se apresenta para os responsáveis de cada área.
Logo em seguida é iniciada a auditoria propriamente dita. Ele busca as
conformidades dos processos através de entrevistas com os funcionários de
todas as áreas (com exceção do departamento financeiro). Após o término da
auditoria há uma reunião de encerramento com os gestores, onde ele destaca
os pontos fracos e fortes da auditoria e caso haja, as não conformidades e
observações. Há a elaboração de um relatório de auditoria, onde a empresa
deverá analisar e tomar as ações para os apontamentos realizados pelo
auditor. Essas ações são denominadas de Plano de Ação Corretiva (para as
não conformidades) e Plano de Ação Preventiva (para as observações e
oportunidades de melhoria).
40
CONCLUSÃO
A auditoria interna está passando por um momento único em sua
história, com o objetivo de consolidar os principais alicerces da estrutura de
administração das organizações. O seu papel mais amplo posicionado num
contexto de gestão, nos processos de gestão de riscos, auxiliando na
prevenção de perdas e na identificação de oportunidades de melhoria dos
instrumentos de gestão e controle das operações, tem produzido resultados
positivos.
Neste sentido, é de fundamental importância que os estudos, sobre
auditoria interna e o processo de tomada de decisão, tenham uma ênfase
maior, no sentido de que, quanto mais a auditoria interna forneça informações
que sejam úteis e oportunas à gestão, maior credibilidade e importância serão
dadas a essa área dentro da organização.
Com toda a pesquisa realizada para a elaboração dessa monografia, a
pergunta problema “Qual é a importância da auditoria interna para as
organizações?” já pode ser respondida. Nas organizações a auditoria interna
deve ser um “agente visionário”, com atitudes e ideias voltadas para alavancar
resultados, e não somente exercer atividades de controles internos. O
profissional desta área deve estar permanentemente atualizado, através de
estudos contínuos, adequando-se e adaptando-se às novas exigências do
mercado. Esta posição corrobora com a evolução da auditoria interna que tem
vindo, progressivamente, a modernizar-se, a atualizar-se e a expandir-se para
atender às novas exigências das organizações e da sociedade em geral.
Conclui-se, que a auditoria interna é uma importante ferramenta que
auxilia a administração da empresa, assegurando que os controles internos e
rotinas de trabalho estejam sendo executadas de maneira segura, diante disso,
com esse auxílio cada vez mais aprimorado e várias empresas adotando para
seu sucesso o mercado reconhece e o profissional auditor bem qualificado
consegue obter seu espaço e fazer sua carreira.
41
ANEXO
Índice de anexos
Anexo 1 >> Pesquisa de Campo
42
ANEXO 1
1) Vocês possuem uma auditoria interna?
2) Há quanto tempo?
3) Porque se decidiram implantar a auditoria interna?
4) Qual a importância da auditoria interna dentro da empresa?
5) Mostrar como a auditoria interna contribuiu para o processo decisório.
6) Que benefícios a auditoria lhe trouxe?
7) Como é o processo de auditoria dentro da empresa?
43
REFERÊNCIAS BIBILIOGRÁFICAS
ALMEIDA, Marcelo Cavalcanti. Auditoria – Um curso Moderno e Completo. 8. Ed. – São Paulo – S.P – Editora Atlas, 2012
ANDRADE, M. M. de. Introdução à Metodologia do Trabalho Científico: Elaboração de Trabalhos na Graduação. 4. Ed. - São Paulo - Editora Atlas, 1999.
ATTIE, William. Auditoria Interna. São Paulo: Atlas, 1992.
BEZZON, Lara Crivelaro. Guia Prático de Monografias, Dissertações e Teses. 3. Ed. Campinas, 2005.
CAMPOS, Lucila Maria de Souza. Auditoria ambiental: uma ferramenta de gestão. São Paulo: Atlas, 2009.
CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. Breves considerações acerca
da auditoria interna e externa. Disponível em:
<http://www.portalcfc.org.br/noticia.php?new=8435>. Acesso em: 07/07/2015
Congresso Nacional. Lei 7988. Brasília-DF, 1989.
Congresso Nacional. Lei nº 6404. Brasília-DF, 1976.
Congresso Nacional. Lei nº 6385. Brasília-DF, 1976
Congresso Nacional. Decreto-Lei nº 9295. Brasília-DF, 1946
Congresso Nacional. Lei nº 11638. Brasília-DF, 2007
44
CREPALDI. Origem, evolução e desenvolvimento da auditoria. Disponível em:
<http://www.classecontabil.com.br/artigos/origem-evolucao-e-desenvolvimento-
da-auditoria>. Acesso em: 07/07/2015
DEMO, Pedro. Introdução à Metodologia da Ciência. 2. Ed. São Paulo: Editora Atlas, 1987
ESCRITÓRIO DE ACCOUNTABILITY GOVERNAMENTAL. Nomas de
Auditoria Governamental. Disponível em: <
http://www.tce.sc.gov.br/files/file/auditoria/normas/normas.pdf>. Acesso em:
05/06/2015
FRANCO, Anderson Marra. Auditoria Interna Organizacional. 2002 GIL, Antonio Carlos. Método e Técnicas de Pesquisa Social. São Paulo: Editora Atlas, 1999
LA ROVERE, Emilio Lebre. Manual de Auditoria Ambiental. 3 Ed. São Paulo: Qualitymark, 2001
OLIVEIRA, Luís Martins [et al]. Curso básico de auditoria. 2.ed. São Paulo: Atlas, 2008. PAULA, Maria Goreth Miranda Almeida. Auditoria Interna – Embasamento Conceitual e Suporte Tecnológico. São Paulo: Atlas, 1999 PINHO, Ruth Carvalho de Santana. Fundamentos da auditoria: auditoria contábil: outras aplicações de auditoria. São Paulo: Atlas, 2007.
SILVA, Erlon Rodrigo. A Importância da Auditoria Interna na Gestão dos Recursos Financeiros: Um Estudo de Caso em uma Rede de Concessionárias de Veículos. Florianópolis, 2008
45
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 2
AGRADECIMENTO 3
DEDICATÓRIA 4
RESUMO 5
METODOLOGIA 6
SUMÁRIO 7
INTRODUÇÃO 8
CAPÍTULO I
Auditoria 11
1.1 – História 11
1.1.1 – Origem da Auditoria no Brasil 15
1.2 – Conceito 18
1.3 – Classificações da Auditoria 19
1.3.1 – Auditoria Externa 19
1.3.2 – Auditoria Governamental 21
1.3.3 – Auditoria Ambiental 23
1.3.4 – Auditoria Interna 24
1.3.5 – Principais Diferenças entre
Auditoria Externa e Auditoria Interna 27
CAPÍTULO II
A Auditoria Interna e o Processo de Tomada de Decisão para as Empresas no
Cenário Atual 29
CAPÍTULO III
Metodologia da Pesquisa e Análise de Dados Obtidos 34
46
3.1 – Conceito 34
3.2 – Caracterização da Empresa Entrevistada 36
3.2.1 – Missão da Empresa 36
3.2.2 – Visão da Empresa 37
3.2.3 – Valores da Empresa 37
3.3 – Dados Coletados 37
3.4 – Resultados Obtidos com a Pesquisa de Campo 37
CONCLUSÃO 40
ANEXOS 42
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 43
ÍNDICE 45