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1 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES AVM – FACULDADE INTEGRADA PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU AS PRINCIPAIS OPERAÇÕES BANCÁRIAS PASSIVAS: UM COMPARATIVO DE MERCADO. Vinícius Rodrigues Abrantes ORIENTADOR: Prof. Aleksandra Sliwowska Rio de Janeiro 2016 DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL

DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL · fornece as modalidades de crédito necessário para a realização dos investimentos. A instituição bancária é eficiente na

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

AVM – FACULDADE INTEGRADA

PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

AS PRINCIPAIS OPERAÇÕES BANCÁRIAS PASSIVAS: UM

COMPARATIVO DE MERCADO.

Vinícius Rodrigues Abrantes

ORIENTADOR: Prof. Aleksandra Sliwowska

Rio de Janeiro 2016

DOCUMENTO PROTEGID

O PELA

LEI D

E DIR

EITO AUTORAL

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

AVM – FACULDADE INTEGRADA

PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

Apresentação de monografia à AVM Faculdade Integrada como requisito parcial para obtenção do grau de especialista em MBA em Finanças e Gestão Corporativa. Por: Vinícius Rodrigues Abrantes

AS PRINCIPAIS OPERAÇÕES BANCÁRIAS PASSIVAS: UM

COMPARATIVO DE MERCADO.

Rio de Janeiro 2016

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AGRADECIMENTOS

Agradeço ao Deus eterno, pela vida e por todas as suas graciosas bênçãos, pelas oportunidades concedidas e por me permitir conhecer pessoas tão especiais que me agregaram valores inestimáveis de conhecimento, experiência de vida e caráter.

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DEDICATÓRIA

Dedico esta Monografia a minha amada esposa, Merilyn Fernandes Vieira Abrantes e filha Ana Clara Vieira Abrantes, que estiveram ao meu lado em todo tempo me encorajando nos momentos difíceis, aos meus queridos pais pelo amor, dedicação e exemplo de vida em que me espelhei para alcançar meus objetivos de vida.

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RESUMO

O presente trabalho demonstra como os bancos tem uma

participação ativa na vida de toda a sociedade. Aponta os principais serviços

oferecidos pelos bancos, e em muitos casos certas operações só podem ser

feitas através da intermediação de uma agência bancária Descreve os

principais produtos de operações passivas no mercado financeiro nacional.

Demonstra a necessidade de conhecimento do tema abordado por parte dos

administradores, como ferramenta da Administração Financeira e dos

indivíduos que pretendem fazer parte de uma organização financeira. Induz

uma reflexão sobre os interesses organizacionais e individuais. Desta forma, a

pesquisa metodológica realizada apresentará respostas comprobatórias das

hipóteses atendendo aos objetivos deste trabalho.

Palavras Chaves: Sistema Financeiro Nacional, Operações Passivas.

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METODOLOGIA

Pesquisa bibliográfica e documental através da análise dos livros ASSAF

NETO, A. Mercado financeiro. FORTUNA, Eduardo – Mercado financeiro:

produtos e serviços. PAULA, L. F. R. Dinâmica da firma bancária em alta

inflação.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 08

O SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL 09

MERCADO BANCÁRIO 24

COMPARATIVO DE OPERAÇÕES PASSIVAS NO SISTEMA BANCÁRIO

BRASILEIRO 32

CONCLUSÃO 39

BIBLIOGRAFIA 41

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INTRODUÇÃO

As modernas instituições financeiras criaram o conceito de mesa de

operações, onde centralizam a maioria das operações de suas áreas de

mercado, ou seja, suas operações comerciais que envolvam a definição de

taxas de juros e, portanto, o conceito de spread, que é a diferença entre o

preço do dinheiro captado e o preço do dinheiro aplicado, como, por exemplo,

na forma de empréstimo (FORTUNA, 2008).

Inserido neste cenário, surge o problema desta pesquisa: Quais as

principais operações passivas existentes no mercado de crédito brasileiro?

Com base neste problema é formulado o tema desta pesquisa: As

principais operações passivas: um comparativo de mercado. Quais são as

principais fontes de captação que o banco se utiliza para realizar as suas

operações de empréstimos no sistema financeiro? A incerteza em relação ao

futuro resulta em uma estratégia defensiva? Os agentes econômicos preferem

a liquidez, buscando alocar seus recursos em ativos seguros que possam ser

negociados em um menor intervalo de tempo possível, sendo facilmente e

rapidamente conversíveis em moeda, além de obter grande capacidade de

reter valor?

Após definir o objetivo geral e específicos surgem as hipóteses que “são,

porém, necessárias, pois possuem a função de orientar o pesquisador na

coleta e análise dos dados”. Esta pesquisa buscará confirmar as seguintes

hipóteses:

� O sistema bancário, dentro de uma economia capitalista moderna,

fornece as modalidades de crédito necessário para a realização dos

investimentos.

� A instituição bancária é eficiente na criação dos canais adequados de

financiamento necessário para uma economia em expansão e consegue

responder às demandas de crédito existentes.

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CAPÍTULO I

O SISTEMA FINACEIRO NACIONAL

1.1. Funções básicas e a importância do SFN

Segundo Fortuna (2008), faz parte da dinâmica econômica a expectativa

de que, em decorrência de qualquer movimentação de compra, venda ou troca

de mercadorias ou serviços, haja uma operação de natureza monetária,

envolvendo algum intermediário financeiro; há um cheque para receber ou

depositar, uma duplicata para ser descontada, uma transferência de dinheiro

de uma conta para outra ou uma operação de crédito para antecipar a

realização do negócio.

Qualquer fato econômico, seja ele de transformação, circulação ou

consumo, é suficiente para gerar movimentação do mercado financeiro. Por

isso, é fundamental a estabilidade do sistema que interliga essas operações,

para a segurança das relações entre os agentes econômicos.

1.1.1. Função dos Intermediários Financeiros e definição de

Intermediação Financeira

Existem diversos personagens no mercado financeiro, alguns com

excesso de recursos dispostos a investir, visando uma remuneração por seu

capital, outros precisando de recursos visando atender suas necessidades de

caixa. Como esses personagens se encontram? O caminho natural para esse

"encontro" ocorrer é no mercado financeiro, onde diversas instituições

financeiras captam a poupança dos doadores e transferem para aqueles que

necessitam de recursos. Podemos chamar esse encontro de "intermediação

financeira".

Segundo Fortuna (2008), os tomadores finais são aqueles que se

encontram em posição de déficit financeiro, ou seja, pretendem gastar, em

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consumo ou investimento, mais do que sua renda. Eles precisam de capital

adicional e estão dispostos a pagar pelo capital que obtiverem.

Os doadores finais são aqueles que se encontram em situação

exatamente inversa, de superávit financeiro, ou seja, pretendem gastar em

consumo ou investimento, menos do que sua renda. Estão dispostos a

emprestar esse capitai excedente e querem receber juros pelo empréstimo

a) Definição de Intermediação Financeira

Intermediação financeira é o processo pelo qual tomadores e doadores

de recursos encontram-se em um ambiente organizado, fiscalizado e

controlado por vários órgãos, visando o perfeito funcionamento desta função do

Sistema Financeiro Nacional.

b) Intermediários Financeiros

Compõe o Sistema Financeiro Nacional e se dedicam de alguma forma,

ao trabalho de propiciar condições satisfatórias para a manutenção de um fluxo

de recursos entre poupadores e investidores capazes de financiar o

crescimento da economia.

1.2 Estrutura

1.2.1 Órgãos de Regulação, Auto Regulação e Fiscalização

1.2.1.1 Conselho Monetário Nacional - CMN

O Conselho Monetário Nacional (CMN), instituído pela Lei 4.595, de 31

de dezembro de 1964, é o órgão responsável por expedir diretrizes gerais para

o bom funcionamento do SFN.

Os membros do CMN são:

• Ministro da Fazenda (exerce a função de presidente do Conselho

• Ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão.

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• Presidente do Banco Central do Brasil (escolhido pelo Presidente

da República e aprovado pelo Senado

Dentre suas funções estão:

• Adaptar o volume dos meios de pagamento às reais necessidades

da economia;

• Regular o valor interno e externo da moeda e o equilíbrio do

balanço de pagamentos;

• Orientar a aplicação dos recursos das instituições financeiras;

• Propiciar o aperfeiçoamento das instituições e dos instrumentos

financeiros;

• Zelar pela liquidez e solvência das instituições financeiras

• Coordenar as políticas monetária, creditícia, orçamentária e da

dívida pública interna e externa;

• Regulamentar as taxas de juros e estabelecer as metas

inflacionarias para o COPOM

O CMN - Conselho Monetário Nacional é um órgão normativo do sistema.

Ele não exerce papel de executor.

Ex.: Ele é quem cria as regras para o funcionamento das instituições

financeiras. Mas a fiscalização é feita pelo Banco Central.

A meta de inflação é definida pelo CMN – Conselho Monetario Nacional.

1.2.1.2. Banco Central do Brasil — BACEN

O Banco Central do Brasil (BACEN) é uma autarquia vinculada ao

Ministério da Fazenda, que também foi criada pela Lei 4.595, de 31 de

dezembro de 1964.

Ele é:

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• O executor das políticas traçadas pelo CMN e o principal órgão

fiscalizador do SFN.

• O banco fiscalizador e disciplinador do Ministério da Fazenda.

• O banco que aplica penalidades, na intervenção e na liquidação

extrajudicial de instituições financeiras.

• O banco gestor do SFN, ao expedir normas e autorizações e

promover o controle das instituições financeiras.

• Responsável por garantir o poder de compra da moeda nacional

(controle da inflação), como banco executor da política monetária.

• O banco do Governo

Seus objetivos são:

• Zelar pela adequada liquidez da economia;

• Manter as reservas internacionais em nível adequado;

• Estimular a formação de poupança;

• Zelar pela estabilidade e promover o permanente

aperfeiçoamento do sistema financeiro.

Dentre suas atribuições estão:

• Emitir papel-moeda e moeda metálica;

• Executar os serviços do meio circulante;

• Receber recolhimentos compulsórios e voluntários das instituições

financeiras e bancárias;

• Realizar operações de redesconto e empréstimo às instituições

financeiras;

• Regular a execução dos serviços de compensação de cheques e

outros papéis;

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• Efetuar operações de compra e venda de títulos públicos federais;

• Exercer o controle de crédito;

• Exercer a fiscalização das instituições financeiras;

• Autorizar o funcionamento das instituições financeiras;

• Estabelecer as condições para o exercício de quaisquer cargos de

direção nas instituições financeiras.

O Banco Central do Brasil - BACEN é o principal órgão executor e

fiscalizador do Sistema Financeiro Nacional.

Ex.: É o BACEN que autoriza o funcionamento e fiscaliza as instituições

financeiras. Cumpre a meta ' de inflação definida pelo CMN - Conselho

Monetário Nacional.

É o BACEN, quem determina a liquidação extrajudicial das instituições

financeiras em dificuldades.

1.2.1.3 Comissão de Valores Mobiliários

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) também é uma autarquia

vinculada ao Ministério da Fazenda, instituída pela Lei 6.385, de 7 de

dezembro de 1976.

É responsável por regulamentar, desenvolver, controlar e fiscalizar o mercado

de valores, mobiliários do país.

Para este fim, exerce as funções de:

• Assegurar o funcionamento eficiente e regular dos mercados de

bolsa e de balcão;

• Proteger os titulares de valores mobiliários; evitar ou coibir

modalidades de fraude e manipulação no mercado;

• Assegurar o acesso do público a informações sobre valores

mobiliários negociados e sobre as companhias que os tenham emitido;

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• Assegurar a observância de práticas comerciais eqüitativas no

mercado de valores mobiliários;

• Estimular a formação de poupança e sua aplicação em valores

mobiliários;

• Promover a expansão e o funcionamento eficiente e regular do

mercado de ações e estimular as aplicações permanentes em ações do

capital social das companhias abertas.

Mas afinal o que é um Valor Mobiliário?

É um título emitido de forma pública pelas empresas que conferem a

seus proprietários (do título) direitos patrimoniais ou creditícios sobre as

mesmas.

São considerados valores mobiliários:

• Ações, debentures e bônus de subscrição;

• Certificados de depósito de valores mobiliários;

• Cédulas de debêntures;

• Cotas de todo e qualquer Fundo de Investimentos ou de clube de

investimentos em quaisquer ativos.

• Notas comerciais (commercial papers);

• Contratos futuros, de opções e outros derivativos, cujos ativos

subjacentes sejam valores mobiliários;

• Contratos de derivativos, independentemente dos ativos

subjacentes.

NÃO são valores mobiliários:

• Títulos da dívida pública federal, estadual ou municipal;

• Títulos cambiais de responsabilidade de instituição financeira, exceto

as debêntures.

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• Tudo relacionado a valores mobiliários é regulamentado e fiscalizado

pela CVM.

• Ações, debêntures e cotas de Fundos de Investimentos são

considerados valores mobiliários.

A CVM regulamenta e fiscaliza todos os fundos de investimentos.

1.2.2 Principais Intermediários Financeiros: conceito e atribuições

1.2.2.1 Bancos Múltiplos

Segundo ASSAF NETO (2010), os bancos múltiplos são instituições

financeiras privadas ou públicas que realizam as operações ativas (operações

de crédito), passivas (operações de captação de recursos) e acessórias

(leasing, seguros, etc) das diversas instituições financeiras, por intermédio das

seguintes carteiras:

• Comercial;

• De investimento;

• De desenvolvimento, exclusiva para bancos públicos;

• De crédito imobiliário;

• De crédito, financiamento e investimento;

• De arrendamento mercantil (leasing).

• Os bancos múltiplos com carteira comercial podem captar depósitos à

vista.

• Na sua denominação social deve constar a expressão "Banco"

(Resolução CMN 2.099, de 1994).

Ex.: Banco XYZ S/A

Um Banco Múltiplo deve ter (operar), no mínimo, 2 carteiras e uma destas

carteiras deve ser rogatoriamente:

• Carteira Comercial (Banco Comercial);

• Carteira de Investimentos (Banco de Investimentos).

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1.2.2.2 Bancos Comerciais

Para ASSAF NETO (2010), os bancos comerciais são instituições

financeiras privadas ou públicas que têm como objetivo principal proporcionar

suprimento de recursos necessários para financiar, a curto e a médio prazos, o

comércio, a indústria, as empresas prestadoras de serviços, as pessoas físicas

e terceiros em geral.

A captação de depósitos à vista, livremente movimentáveis, é atividade

típica do banco comercial, o qual pode também captar depósitos a prazo.

Deve ser constituído sob a forma de sociedade anônima e na sua denominação

social deve constar a expressão "Banco" (Resolução CMN 2.099, de 1994).

Tanto os Bancos Comerciais como os Bancos Múltiplos com carteira

comercial, podem captar depósitos à vista.

Essa distinção provoca algo que no mercado financeiro é conhecido

como efeito multiplicador de moeda

1.2.2.3 Bancos de Investimento

São bancos essencialmente, vocacionados para a concessão de crédito

de médio e longo prazo podendo, simultaneamente, prestar apoio nas áreas da

gestão e administração de ativos financeiros.

São instituições financeiras privadas especializadas em:

• Operações de participação societária de caráter temporário;

• Financiamento da atividade produtiva para suprimento de capital

fixo e capital de giro;

• Administração de recursos de terceiros;

• Subscrição pública de valores mobiliários;

• Operações de maior escala (repasses de recursos oficiais e do

exterior);

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• Fusões e aquisições.

Devem ser constituídos sob a forma de sociedade anônima e adotar,

obrigatoriamente, em sua denominação social, a expressão "Banco de

Investimento".

Não possuem contas correntes e captam recursos via depósitos à prazo,

repasses de recursos internos e externos.

Administram e vendem cotas de fundos de investimento.

Os Bancos de Investimentos captam somente via depósito a prazo

(CDB/RDB) - Não podem captar depósitos à vista (conta corrente), produto que

ele não pode operar.

1.2.3 Outros Intermediários Financeiros ou Auxiliares Financeiros:

conceitos e atribuições

1.2.3.1 Bolsa: BMF&FBOVESPA

Segundo Fortuna (2008), as bolsas têm o objetivo de manter local

adequado ao encontro de seus membros e a realização, entre eles, de

transações de compra e venda de títulos e valores mobiliários pertencentes à

pessoas jurídicas públicas e privadas, em mercado livre e aberto,

especialmente organizado e fiscalizado por seus membros e pela Comissão de

Valores Mobiliários.

BM&FBOVESPA

A BM&FBOVESPA é uma companhia de capital brasileiro formada, em

2008, a partir da integração das operações da Bolsa de Valores de São Paulo e

da Bolsa de Mercadorias & Futuros.

É a principal instituição brasileira de intermediação para operações do

mercado de capitais e a única bolsa de valores, mercadorias e futuros em

operação no Brasil.

Atividades:

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• Desenvolve, implanta e prevê sistemas para a negociação de

ações, derivativos de ações, títulos de renda fixa, títulos públicos

federais, derivativos financeiros, moedas à vista e commodities

agropecuárias.

• Realiza o registro, a compensação e a liquidação de ativos e

valores mobiliários transacionados por meio de suas plataformas de

negociação, além da listagem de ações e de outros ativos, bem como

divulga informação de suporte ao mercado.

• Atua como depositária central dos ativos negociados em seus

ambientes, além de licenciar softwares e índices.

• Atividades de gerenciamento de riscos das operações realizadas

por meio de seus sistemas.

• Exerce o papel de fomentar o mercado de capitais brasileiro.

• Também gerencia investimentos sociais, com foco no

desenvolvimento de comunidades que se relacionam com seu universo.

Mercado de Balcão: resume operações realizadas com diversos papéis, sem

necessidade de registro em bolsa. Não possui lugar físico; transações

realizadas via telefone.

1.2.3.2 Sociedades Corretoras de Títulos e Valores Mobiliários (CTVM):

principais funções

Para ASSAF NETO (2010), as Corretoras são instituições financeiras

que realizam operações de compra e venda de ações e outros ativos na Bolsa.

As Corretoras são responsáveis por intermediar a negociação do investidor na

Bolsa, ou seja, para você começar a investir, terá antes de escolher uma!

As Corretoras que operam na Bolsa são autorizadas a funcionar pelo

Banco Central e pela CVM.

Funções:

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• Divulgar para o investidor informações sobre preço e volumes das ações

e outros títulos disponíveis;

• Orientar nas decisões de compra e venda;

• Distribuir produtos e serviços da BM&FBOVESPA e intermediar

negociações.

As corretoras são fiscalizadas pelo Banco Central (é uma instituição financeira)

e ainda - pela CVM, pois operam no ambiente das Bolsas de Valores e de

Mercadorias e Futuros

1.2.3.3 Sociedades Distribuidoras de Títulos e Valores Mobiliários (DTVM):

principais funções

As Sociedades Distribuidoras são Instituições autorizadas a funcionar

pelo Banco Central do Brasil e que compõe o Sistema Financeiro Nacional,

atuando na intermediação de Títulos e valores mobiliários, nos mercados

Financeiros e de Capitais.

As Distribuidoras se assemelham às Sociedades Corretoras e, a partir

de 02/03/2009, através de uma decisão conjunta do Banco Central e da CVM,

tiveram autorização para operar diretamente no ambiente de negociação das

Bolsas de Valores.

A área de atuação das Sociedades Distribuidoras é regional (cidades)

sendo delimitada expressamente na autorização para funcionamento expedida

pelo Banco Central do Brasil.

Como instituição auxiliar do Sistema Financeiro Nacional, tem como

objetivo intermediar operações com Títulos e valores mobiliários. Por exemplo:

papéis de Renda Fixa, Ações, Debêntures, certificados de incentivos fiscais e,

ainda, atuar no mercado de Commodiies, na compra e venda de Ouro e

intermediação em Bolsa de Mercadorias.

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*As Distribuidoras também são fiscalizadas pelo Banco Central (é uma

instituição financeira) e ainda pela CVM.

1.2.4 Sistemas E Câmaras de Liquidação e Custódia: atribuições e

benefícios para o investidor

1.2.4.1 Sistema Especial de Liquidação e Custódia – SELIC

Criado em 1979 pela ANDIMA (Associação Nacional das Instituições do

Mercado Financeiro), em parceria com o Banco Central, o SELIC é um sistema

eletrônico que processa o registro, a custódia e a liquidação financeira das

operações realizadas com títulos públicos federais, garantindo segurança,

agilidade e transparência nos negócios.

Esse sistema realiza as transações primárias e secundárias, com

TÍTULOS PÚBLICOS FEDERAIS (LFT, LTN, NTN). A liquidação financeira é

feita utilizando-se o mecanismo de Entrega Contra Pagamento (também

chamado DVP-Delivery Versus Payment) ou seja, quando o comprador

disponibiliza o dinheiro do pagamento, o SELIC troca o nome do dono do título

na sua custódia e simultaneamente transfere o dinheiro para a conta reserva

bancária indicada pelo vendedor do título. A liquidação da operação impacta

instantaneamente a conta reserva no Bacen.

O título só é transferido (entrega) para o comprador após este

disponibilizar o dinheiro (pagamento), por isso o entrega contra pagamento

Caso o dinheiro para pagamento não seja disponibilizado em 30 minutos após

o registro no SELIC, a operação estará cancelada.

CBS: LFTs = Letras Financeiras do Tesouro;

LTNs = Letras do Tesouro Nacional;

NTNs = Notas do Tesouro Nacional.

1.2.4.2 Câmara de Custódia e Liquidação - CETIP

A CETIP - Câmara de Custódia e Liquidação é uma das maiores

empresas de custódia e de liquidação financeira da América Latina. Foi criada

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em conjunto pelas instituições financeiras e o Banco Central, em março de

1986, para garantir mais segurança e agilidade às operações do mercado

financeiro brasileiro.

Os diferentes ativos estão sujeitos à normas específicas, relacionadas

com o pagamento de juros, dividendos e resgates. Por isso, a CETIP adota

procedimentos diferenciados de custódia que asseguram o tratamento

adequado a cada tipo de ativo. Assim como no SELIC, a transferência da

custódia, é automática e processada de acordo com o conceito DVP - Delivery

Versus Payment (ou Entrega Contra Pagamento).

Os ativos e contratos registrados na CETIP representam quase a

totalidade dos títulos e valores mobiliários PRIVADOS de renda fixa, além de

derivativos, dos títulos emitidos por estados e municípios e do estoque de

papéis utilizados como moedas de privatização, de emissão do Tesouro

Nacional.

1.2.4.3 Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia – CBLC

A Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia foi criada em 1997 a

partir de uma cisão da Bolsa de Valores de São Paulo - BOVESPA. A criação

da CBLC foi uma resposta às necessidades do mercado brasileiro de

estabelecer uma estrutura moderna de Clearing e Depositária.

É uma sociedade anônima que presta serviços de compensação,

controle de riscos e liquidação física e financeira de operações com títulos e

valores mobiliários nos mercados à vista e a prazo da BM&FBOVESPA, além

de outros mercados. A CBLC também opera os sistemas de custódia de títulos

e valores mobiliários em geral.

A CBLC atua como Contraparte Central para todos os Agentes de

Compensação. A principal função de uma Contraparte Central (CCP) é,

colocando-se entre todos os compradores e vendedores, assumir o risco das

contrapartes entre o fechamento do negócio e sua liquidação. A CBLC torna-se

contraparte central no momento em que a operação é fechada. Simplificando,

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ela se comporta como vendedor de todos os compradores e comprador de

todos os vendedores.

Das operações que são registradas na CBLC, apenas a compra e venda

de ações no mercado à vista, faz parte do programa do exame.

Observação importante:

Para ASSAF NETO (2010), A Cetip e o Selic, ao contrário das Câmaras de

Compensação, que vimos neste capítulo (CBLC, BM&F- derivativos, BM&F-

câmbio e BM&F-ativos), não atuam como Contrapartes Centrais. Ou seja, estas

duas centrais não atuam como últimas garantidoras das operações por elas

cursadas.

1.2.4.4 Sistema de Pagamentos Brasileiro – SPB

Segundo Fortuna (2008), o Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB) é o

conjunto de procedimentos, regras, instrumentos e operações integrados que,

por meio eletrônico, dão suporte à movimentação financeira entre os diversos

agentes econômicos do mercado brasileiro, tanto em moeda local quanto

estrangeira, visando a maior proteção contra rombos ou quebra em cadeia de

instituições financeiras, além de dar mais agilidade e segurança às transações

bancárias.

Sua função básica é permitir a transferência de recursos financeiros, o

processamento e liquidação de pagamentos para pessoas físicas, jurídicas e

entes governamentais.

Toda transação econômica que envolva o uso de cheque, cartão de

crédito, ou TED, por exemplo, envolve o SPB.

Benefícios do SPB para o Investidor:

A existência do SPB permite a movimentação eletrônica de recursos

dentro do mesmo dia, para valores a partir de RS 3.000,00, não desperdiçando

tempo para investir os recursos transferidos.

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Além disso, o SPB trouxe mais segurança para o investidor, porque não

permite mais que bancos sem recursos na conta reserva possam operar, como

acontecia no passado. Desta forma, fica mais transparente a saúde financeira

da instituição na qual se está investindo.

O risco do Sistema Financeiro com o SPB diminuiu, trazendo maior

segurança para os clientes dos serviços bancários. O SPB diminui a

possibilidade de acontecer o “efeito dominó”, quando uma instituição financeira

quebrada continua operando e tomando empréstimos que não serão pagos de

outras instituições, assim outras instituições acabam quebrando e repassando

o efeito e assim por diante. Além disso, as “dearínghouses”, que vimos

anteriormente estão garantindo a liquidação de diversas operações financeiras,

com maior segurança.

A principal função do SPB é reduzir o risco sistêmico no Sistema

Financeiro Nacional.

Risco Sistêmico: neste caso específico é o risco de que uma instituição

financeira não tenha recursos suficientes, deixando de pagar a outra, causando

um efeito cascata, "efeito dominó", levando ao colapso toda a estrutura de

bancos e financeiras.

Hoje existe um mecanismo de segurança maior, desenvolvido pelo

Bacen, conhecido como SPB sigla de Sistema de Pagamentos Brasileiro e a

implementação da TED - Transferência Eletrônica Disponível, instrumentos que

procuram impedir o fechamento de dia com operações financeiras não

encerradas, do ponto de vista da transferência efetiva dos recursos financeiros

envolvidos em grandes transações.

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CAPÍTULO 2

MERCADO BANCÁRIO

2.1. Produtos de Captação (Operações Passivas)

Para ASSAF NETO (2010), as modernas instituições financeiras criaram

o conceito de mesa de operações, onde centralizam a maioria das operações

de suas áreas de mercado, ou seja, suas operações comerciais que envolvam

a definição de taxas de juros e, portanto, o conceito de spread, que é a

diferença entre o preço (custo) do dinheiro captado (comprado, tomado) e o

preço (receita) do dinheiro aplicado (vendido, doado), como por exemplo, na

forma de empréstimo.

Uma das principais funções desta mesa é a que está ligada à captação

de recursos “comprados” pela instituição e se constitui na chamada mesa de

captação.

Uma de suas principais funções é a formação de taxas para captação

através dos CDB e RDB, cujo objetivo é tentar obter o menor custo possível de

captação e ainda ser competitivo com os concorrentes com taxas atraentes aos

clientes, além da compra e venda de CDB de terceiros e de prazos decorridos

em mercado, bem como a formação de taxas para a clientela deste produto.

É uma alternativa de risco para os clientes, através de uma aplicação de

curto prazo, com liquidez antecipada. O banco, por seu lado, pode carregá-los

em carteira, visando ao ganho financeiro e/ou ganho de intermediação.

É interessante notar como, do ponto de vista dos bancos, os clientes

poderiam ser classificados quanto à captação (FORTUNA, 2008, p. 174).

2.1.1. Certificados de Depósito Bancário e Recibos de Depósito Bancário

– CDB/RDB (Pré/Pós)

Segundo Fortuna (2008), o Certificado de Depósito Bancário – CDB –, e

o Recibo de Depósito Bancário – RDB –, são os mais antigos e utilizados

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títulos de captação de recursos, junto às pessoas físicas e jurídicas, pelos

bancos comerciais, bancos de investimento, bancos de desenvolvimento,

bancos múltiplos que tenha uma destas carteiras, e caracterizam um depósito a

prazo fixo. No caso específico do RDB, ele também pode ser instrumento de

captação por parte das Sociedades de Crédito, Financiamento e Investimento –

Financeiras –, e por parte das Cooperativas de Crédito, nesse último caso

apenas junto aos seus associados (Resolução 3.454, de 30/05/07).

O CDB é um título de crédito escritural, e o RDB um recibo, e sua

emissão gera a obrigação das instituições emissoras pagar ao aplicador, ao

final do prazo contratado, a remuneração prevista – que será sempre superior

ao valor aplicado. Os recursos capitados pelas instituições através desses

instrumentos são normalmente repassados aos clientes na forma de

empréstimos.

Assim, eles são títulos que representam uma dívida da instituição para

com o investidor. O risco presente nesses títulos, portanto, é de crédito. Esses

papéis podem ser prefixados, com a remuneração total definida na aplicação,

ou pós-fixados, corrigidos por um índice de preços mais juros. Os títulos pós-

fixados podem ser corrigidos pelo juro interbancário diário ou DI over, onde o

investidor recebe uma porcentagem da taxa overnight do mercado. Esse tipo

de CDB é hoje o mais comum, pois permite aplicar por um prazo maior.

A partir de 02/08/99, por determinação da Circular 2.905, do BC, os

títulos com taxas prefixadas ou pós-fixadas deixaram de ter prazo mínimo, mas

ficaram sujeitos a uma tabela regressiva de IOF em função do prazo de

aplicação.

A partir daquela data, o prazo mínimo dos títulos emitidos em TR passou

para um mês e em TBF, para dois meses. Nas operações contratadas com

base na TBF, a remuneração inferior ou superior a ela não pode ser

capitalizada, devendo ser subtraída da TBF ou somada a ela. A partir da

mesma data pode-se, também, pós-fixar pela TJLP, com prazo mínimo de um

mês.

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Dessa forma, a liberdade de prazo dos CDB permite que os bancos

emitam CDB com taxa pré ou pós, remunerados pela taxa do DI de qualquer

número de dias de acordo com o interesse da instituição emissora e do cliente,

reduzindo, assim, os custos de operações acessórias, tais como emitir um CDB

e depois efetuar um swap em DI.

Como esse CDB-DI é corrigido diariamente e seu prazo não

necessariamente precisa ser predeterminado, o investidor pode permanecer

aplicado pelo tempo que quiser a um custo final menor e mais competitivo com

os FIF e FAC, pois não sofre a incidência da taxa de administração, embora

permaneça o problema das restrições do CDB ao volume aplicado que se

reflete em baixa remuneração para baixos volumes.

O CDB é transferível (resgatado, a critério da instituição financeira, antes

do vencimento) por endosso nominativo (endosso em preto), desde que

respeitados os prazos mínimos. O endossante responde pela existência do

crédito, mas não pelo seu pagamento. Além disso, não pode ser prorrogado,

mas renovado de comum acordo, por nova contratação.

Por sua vez, os RDB podem resgatados antecipadamente em caráter

excepcional, desde que com o acordo da instituição depositária e desde que

justificado por alguma emergência – um tratamento médico, por exemplo.

Entretanto, mesmo no caso dos CDB poderá existir, na venda antes do prazo

final, uma perda de rentabilidade, já que o comprador, no caso a instituição

financeira, poderá, de acordo com as condições de momento do mercado,

exigir um spread ou deságio para gerar a liquidez solicitada pelo vendedor do

CDB.

Para permitir um bom controle da liquidez das instituições financeiras,

pelo BC, elas são obrigadas a registrar todos os títulos emitidos com valores

acima de R$ 50 mil, em sistema de registro e liquidação financeira autorizado

pelo BC ou CVM, mencionando, inclusive, se há ou não previsão de liquidação

antecipada.

Essa exigência foi estabelecida pela Resolução 3.272, de 25/03/05, e

entrou em vigor em 01/07/05.

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Para calcular a rentabilidade líquida de um CDB, não levando em conta

a CPMF de uma aplicação nova a partir da conta corrente, e o IOF, será

necessário calcular o imposto de renda – IR – incidente sobre o ganho de

capital. A partir de 01/01/98, a alíquota de IR passou a ser de 20%, e a partir de

01/01/05 ela é decrescente, de 22,5 a 15%, em função do prazo de

permanência da aplicação (até seis meses, o investidor paga 22,5% sobre o

ganho de capital; de seis meses a um ano, paga 20%; de um ano a dois, paga

17,5%; e acima de dois anos, paga 15%).

Para os CDB pós em TR, o pró-rateamento da TR nas operações cujo

prazo não seja múltiplo de 30 dias será sempre feito nos primeiros dias de

vigência do contrato até a data-base.

Assim, por exemplo, um CDB, ou outra operação financeira com prazo

de 135 dias e data-base no dia 20 (este é o dia de vencimento da operação)

contratado no dia 5 deve sofrer pró-rateamento nos primeiros 15 dias com base

na TR divulgada no dia 5. Divide-se a TR do dia 5 pelo número de dias úteis do

período de vigência dessa taxa e, depois, multiplica-se pelo número de dias

úteis existentes entre o dia 5 e o dia 20 imediatamente posterior.

A Circular 3.206 de 25/09/03, do BC permitiu às instituições financeiras

contratarem operações de depósitos a prazo com mais de uma base de

remuneração ou índice de preço, desde que prevaleçam a base ou o índice de

preço que proporcionar a maior remuneração ao depositante. O normativo

alterou a Circular 2.905, de 30/06/99, que vedava, em relação às operações

ativas e passivas realizadas no mercado financeiro, a previsão contratual de

mais de uma base de remuneração ou índice de preço, exceto na hipótese de

extinção da baseou do índice pactuado.

A adoção de mais de uma base de remuneração ou índice de preço,

sobretudo nos contratos de depósitos a prazo, é boa tanto para depositantes

como para instituições financeiras, à medida que propicia àqueles a

oportunidade de maximizar os rendimentos de suas aplicações em conjuntura

diversa daquela em que ocorreu a contratação, bem como confere às

instituições do SFN um elemento de diferenciação de seus produtos, capaz de

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torná-los mais atrativos para os potenciais investidores. Ressalte-se, ainda, que

as operações baseadas em múltiplas possibilidades de remuneração viabilizam

reduzir os custos dos depositantes que comumente recorrem ao mercado para

contratar operações de derivativos visando a proteger seus investimentos

contra oscilações de taxas de juros, índices de preços ou base de

remuneração, visto que as aplicações podem ser estruturadas de modo a

dispensar contratações acessórias. Com o objetivo de proteger o depositante, a

circular estabelece que deverá prevalecer como critério de remuneração a base

ou o índice de preço mais vantajoso para o investidor.

2.1.2. CDB-DI (antigo CDB-Over)

Segundo Fortuna (2008), embora as aplicações de pessoas jurídicas

não-financeiras no overnight fossem proibidas pelo BC, desde março de 91,

muitas empresas tinham acesso a elas. Através de contratos de “gaveta”, as

conhecidas side letters, também não autorizadas pelo BC, clientes

preferenciais conseguiam, em aplicações superiores ao valor equivalente a

US$ 30.000,00, garantir liquidez diária aliada a uma boa rentabilidade, pois a

operação era lastreada em CDI que, na maioria dos casos, remunera melhor

do que os CDB. Para viabilizar essas operações, os bancos emitiam CDB

prefixado, garantindo liquidez antes do prazo de vencimento e taxas

equivalentes a uma porcentagem do CDI (entre 75% e 100%, dependendo do

valor e da perspectiva de prazo da aplicação). Desse modo, podiam recomprá-

lo quando o cliente precisasse, pagando pelo prazo decorrido a porcentagem

do CDI acertada informalmente no ato da aplicação. Com a introdução dos

swaps, estas operações passaram a ser feitas vinculadas a um contrato de

swap de pré para DI.

Posteriormente, após 02/08/99, com a eliminação do prazo mínimo de

emissão, e com a possibilidade de emitir um CDB com variação pelo DI,

conhecido no mercado como CDB-DI ou CDB “swapado” em DI, essa

operações de CDB-Over não são, em tese, mais necessárias.

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2.1.3. CDB Rural

Segundo Fortuna (2008), são títulos cuja captação é especifica dos

bancos comerciais e múltiplos com carteira comercial e que aplicam no crédito

rural e se destinam aos financiamentos agrícolas. Seus prazos mínimos são

idênticos aos dos demais CDB, e as instituições financeiras têm de demonstrar

ao BC que os recursos captados com esses papéis se destinam ao

financiamento da comercialização de produtos agropecuários e/ou maquinas e

equipamentos agrícolas. A vinculação aqui é obrigatória e tem de ser

comprovada através de mapas enviados ao BC.

2.1.4. Letras de Câmbio

Segundo Fortuna (2008), é o instrumento de captação tradicional

específicos das sociedades de crédito, financiamento e investimento

(financeiras), sempre emitido com base numa transação comercial, ou seja,

quando elas emprestam algum valor para alguém, essa pessoa saca, por

precaução, uma LC contra a financeira, que aceita e lança no mercado.

Assim, a emissão de LC autorizada por empresas não-financeiras e

usuários de bens e serviços, com aceite e coobrigação das Sociedades de

Crédito, Financiamento e Investimento, teve como finalidade obter recursos

para o financiamento do crédito direto ao consumidor final.

Esses títulos são regulados pelo artigo 27 da Lei 4.728, de 14/07/65.

Podem ser emitidos com taxas prefixada, flutuante e pós-fixada em TR, TJLP

ou TBF pelos prazos mínimo de 60 dias e máximo de 180 dias. Em relação ao

imposto de renda sobre os ganhos de capital a seu tratamento é idêntico ao do

CDB.

2.1.5. Letras de Crédito Imobiliário – LCI

Segundo Fortuna (2008), as LCI foram oficialmente criadas pela Lei

10.931, de 02/08/04, como um novo instrumento financeiro para captação de

recursos para os financiamentos imobiliários.

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Podem ser emitidas na forma escritural, nominativa e endossável e

identificando os créditos que lhes são caucionados, por bancos comerciais,

bancos múltiplos com carteira de crédito imobiliário, Caixa Econômica Federal,

sociedades de crédito imobiliário, associações de poupança e empréstimo,

companhias hipotecárias ou outras instituições que venham a ser autorizadas

pelo BC.

São títulos bastante semelhantes às letras hipotecárias, mas diferentes

destas, que são emitidas única e exclusivamente vinculadas a uma hipoteca,

pois podem ser lastreados por créditos imobiliários ligados ao instituto jurídico

tanto da hipoteca quanto da alienação fiduciária de um imóvel.

Concedem aos seus tomadores o direito de crédito pelo seu valor

nominal, juros fixos ou flutuantes, e, se for o caso, atualização monetária por

índice de preços setoriais ou gerais pelo índice de remuneração básico dos

depósitos de poupança, inclusive mensal.

A circular 3.152, de 20/09/02, já havia estabelecido que os prazos

mínimos para a emissão de LCI, contados a partir da data de sua emissão,

são:

36, meses, quando atualizadas mensalmente por índices de preço;

12 meses, quando atualizadas anualmente por índices de preço; e

60 dias, nos demais casos.

É vedado o pagamento dos valores relativos à atualização monetário

apropriados desde a emissão, quando ocorrer o resgate total ou parcial.

A LCI pode ser garantida por um ou mais créditos imobiliários, desde

que seu prazo de vencimento não seja superior ao prazo de quaisquer dos

créditos imobiliários que lhe serviam de lastro, nem que a soma do principal

das LCI emitidas exceda o valor total dos créditos imobiliários em poder da

instituição emitente.

Os créditos imobiliários que lhe servem de lastro podem ser substituídos

por outros da mesma natureza, por iniciativa do emitente da LCI, nos casos de

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liquidação ou vencimento antecipado, ou por solicitação justificada do credor da

LCI.

As LCI são isentas de imposto de renda sobre o ganho de capital nas

aplicações feitas pelas pessoas físicas e seguem a tabela regressiva de

imposto de renda sobre o ganho de capital em função do prazo de

permanência, para as aplicações feitas pelas pessoas jurídicas.

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CAPÍTULO 3

COMPARATIVO DE OPERAÇÕES PASSIVAS NO

SISTEMA BANCÁRIO BRASILEIRO

3.1. Operações Passivas

3.1.1. Certificados de Depósito Bancário e Recibos de Depósito Bancário

– CDB/RDB (Pré/Pós)

a) CDB BANCO ITAÚ S.A.

Segundo o site do Banco Itaú, os Certificados de Depósitos Bancários –

CDB são aplicações de renda fixa que permitem que você saiba, com

antecedência, o prazo e as condições de remuneração. Contam com a solidez

do Itaú Unibanco e com a garantia do Fundo Garantidor de Créditos – FGC até

o limite de R$ 250 mil por CPF e CNPJ por instituição financeira em casos de

intervenção, liquidação ou de falência.

Tipos de CDB:

• CDB Pré: o prazo e a rentabilidade são definidos no momento da

aplicação. Nessa modalidade de investimento é possível saber

antecipadamente a rentabilidade bruta e líquida na data de seu

vencimento.

• Itauvest: aplicação de renda fixa com serviço de cobertura da conta-

corrente em caso de necessidade de saldo. Sua rentabilidade é pós-

fixada, com rentabilidade percentual (%) do CDI que aumenta à medida

que o recurso permanece investido. As taxas são progressivas,

aumentando de acordo com o tempo de permanência no investimento e

retroagindo ao primeiro dia da aplicação.

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Tem-se também à disposição o Aplic aut mais, serviço que oferece

aplicação e resgate automático dos saldos disponíveis em conta, para fazer

com que o dinheiro parado possa render também.

Na compromissada, que é uma aplicação de renda fixa, o banco vende para

o cliente um título de emissão do Grupo Itaú Unibanco e se compromete a

recomprá-lo a uma taxa percentual (%) do CDI acordada no momento da

aplicação.

b) CDB BANCO DO BRASIL

Segundo o site do Banco do Brasil, os recursos aplicados no CDB Flutuante

BESC migraram para o Banco do Brasil e agora se chamam BB CDB DI

SWAP. Os extratos dos investimentos podem ser obtidos na sua agência de

relacionamento e nos canais de autoatendimento do BB.

Investir em CDB é sempre seguro. É um título de renda fixa e o risco é

muito baixo.

No Banco do Brasil é a pessoa quem escolhe o tempo que seu dinheiro vai

ficar aplicado. E como o Imposto de Renda só vai ser pago no vencimento,

quanto mais tempo os valores permanecerem aplicados, menor será a alíquota

de imposto cobrado.

Vantagens do CDB

• Quanto maior o tempo de aplicação, menor será a alíquota de Imposto

de Renda.

• Quanto mais se investe, maior poderá ser a remuneração.

• Aplicações garantidas pelo Fundo Garantidor de Crédito – FGC.

• Valor do resgate creditado automaticamente na sua conta.

• O CDB não possui taxa de administração.

Importante: As modalidades CDB Flutuante DI e CDB Pós-fixado (TR) não

estão mais disponíveis para aplicação.

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3.1.2. CDB-DI (antigo CDB-Over)

a) CDB-DI BANCO DO BRASIL

Segundo o site do Banco do Brasil, a aplicação proporciona liquidez e

rentabilidade diária e o prazo é de 05 anos. De acordo com o valor

investido, o investidor receberá um percentual fixo do CDI definido no

momento da aplicação.

Risco do investimento: Muito Baixo.

Imposto de Renda: Quanto mais tempo os valores permanecerem

aplicados, menor será a alíquota de imposto cobrado, conforme tabela

abaixo:

Tempo de Permanência Alíquotas Regressivas

Até 180 dias 22,5%

De 181 a 360 dias 20,0%

De 361 a 720 dias 17,5%

Acima de 720 dias 15,0%

IOF: Conforme Decreto nr. 7.487 de 25.05.2011, o IOF incide nos

resgates das operações de CDB realizados antes de 30 dias, de acordo

com a tabela.

b) CDB-DI BANCO ITAÚ S.A.

Segundo o site do Banco Itaú, o CDB DI Itaú é uma aplicação de renda

fixa em que sua empresa contrata um percentual (%) da taxa CDI, taxa de

juros praticada no mercado financeiro, que é mantido durante toda a

operação, até mesmo nos resgates antecipados (parciais ou totais).

Vantagens:

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Quanto maior o volume aplicado, maior o retorno.

Liquidez diária, a partir do 2° dia útil da aplicação.

Garantia integral do Banco Itaú.

Proteção adicional do FGC - Fundo Garantidor de Crédito*.

* Entidade privada, com regulamento aprovado pelo Conselho Monetário

Nacional, que administra um mecanismo de proteção aos correntistas,

poupadores e investidores do mercado financeiro.

Tributação:

I.R. Fonte - cobrado nos resgates antecipados e vencimentos, com

alíquota definida de acordo com a tabela a seguir:

Tabela de IR:

Prazo decorrido entre aplicação e o resgate antecipado /

vencimento

Alíquota de

IR

até 180 dias 22,5%

de 181 a 360 dias 20,0%

de 361 a 720 dias 17,5%

acima de 720 dias 15,0%

IOF - Caso a liquidação ocorra em até 29 dias, a partir do início da

operação, haverá incidência do IOF à alíquota de 1% ao dia sobre o valor

de resgate, limitado a um percentual do rendimento, conforme tabela

divulgada na Portaria nº264 de 30/06/1999, sendo este valor deduzido da

base de cálculo do Imposto de Renda.

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3.1.3. CDB RURAL

a) CRÉDITO RURAL – BANCO DO BRASIL

Segundo o site do Banco do Brasil, no Banco do Brasil podem ser

encontradas as mesmas linhas de crédito rural para financiar suas atividades

agropecuárias de custeio, investimento e comercialização que eram oferecidas

pelo Besc.

Além das linhas tradicionais, o BB ainda oferece outros produtos e serviços

como BNDES, Finame, Pronaf, Proger, cartão Ourocard Platinum Agronegócio

que em breve estarão disponíveis nas agências BB/Besc.

Ainda pode se contar com mecanismos de proteção de produção e de

preços que poderão ser adquiridos na contratação das operações de crédito

rural no Banco do Brasil. São eles, o BB Seguro Agrícola, o Programa GPA –

Garantia de Preços Agropecuários e o Proagro – Programa de Garantia da

Atividade Agropecuária, que visa garantir a amortização de custeios agrícolas

no caso de ocorrência de sinistro na lavoura.

3.1.4. Letras de Câmbio

a) COBRANÇA DE IMPORTAÇÃO LC – BANCO DO BRASIL

Segundo o site do Banco do Brasil, é a forma de pagamento na qual o

exportador estrangeiro, após o embarque da mercadoria, emite uma letra de

câmbio (também denominada saque ou cambial) contra o importador brasileiro.

Esta será enviada ao BB, que efetuará a cobrança à vista ou a prazo, de

acordo com as instruções do remetente.

Para que serve?

Dar segurança à operação negociada entre exportador e importador,

garantindo que os termos de pagamento pactuados sejam cumpridos.

Como funciona?

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As cobranças de importação são regidas pelas Regras Uniformes para

Cobranças - Publicação n.º 522 da Câmara de Comércio Internacional.

• Cobrança à vista: modalidade de operação onde o importador efetua

o pagamento tão logo lhe seja apresentada a documentação de

embarque.

• Cobrança a prazo: modalidade de operação onde o importador, ao

ser apresentada a documentação de embarque, aceita um saque

para vencimento futuro.

Destinatários: Pessoas físicas e jurídicas, clientes ou não do BB.

Beneficiários: Custo reduzido em relação à carta de crédito, sendo indicada

especialmente aos clientes que possuam tradicionais fornecedores no exterior,

pois tal modalidade pressupõe confiança mútua, além da agilidade do serviço.

3.1.5. Letras de Crédito Imobiliário – LCI

a) LCI – BANCO DO BRASIL

Segundo o site do Banco do Brasil, a Letra de Crédito Imobiliário – LCI é

mais uma nova opção de investimento para o cliente pessoa física. Além de

oferecer condições diferenciadas, isenção de impostos e outras vantagens

especiais, contribui para o desenvolvimento do mercado imobiliário brasileiro.

Risco do Investimento: Muito Baixo

Imposto de Renda: Os rendimentos da Letra de Crédito Imobiliário são

isentos de Imposto de Renda.

IOF: A alíquota de IOF é reduzida a zero.

b) LCI – BANCO ITAÚ

Segundo o site do Banco Itaú, é um título de renda fixa emitido pelo Itaú,

vinculado a operações de financiamento imobiliário. Prazo mínimo de 60 dias

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para remuneração (carência legal). E rentabilidade em percentual do CDI (%)

acordada no momento da aplicação.

Para quem é indicado:

Clientes que buscam diversificar seu patrimônio e têm disponibilidade para

investir a médio e longo prazos, sem necessidade de liquidez. Isento de

imposto de renda para pessoas físicas, proporciona rentabilidade diferenciada

especialmente em momentos de baixa taxa de juros.

Benefícios:

• Isenção de imposto de renda para pessoas físicas.

• Garantia adicional do Fundo Garantidor de Créditos – FGC.

Aplicação:

Aplicação Mínima: R$ 100.000,00

Prazo: Mínimo de 6 meses.

Resgate:

Não permitidos até o vencimento da operação.

Informações Complementares:

Imposto de Renda: Isenção de IR na Fonte (apenas para

Pessoas Físicas).

Horário de

movimentação:

Internet e caixas eletrônicos: em dias

úteis das 10h às 16h.

Investfone Personnalité: em dias úteis das

10h às 18h.

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CONCLUSÃO

Este trabalho foi realizado diante de vários conceitos fornecidos pelos

autores destacados nesta pesquisa, tendo como objetivo geral investigar quais

as principais operações passivas existentes no mercado de crédito brasileiro?

Com base neste problema é formulado o tema desta pesquisa: As

principais operações bancárias passivas: um comparativo de mercado. Quais

são as principais fontes de captação que o banco se utiliza para realizar as

suas operações de empréstimos no sistema financeiro?

Fatos, estes, que foram analisados através de pesquisa metodológica,

buscando respostas para cada uma das hipóteses, posteriormente

confirmadas.

Os bancos, no atual cenário financeiro, tem uma participação ativa na

vida de toda a sociedade. Seja empresa privada, órgãos públicos e pessoas

físicas, todos de uma maneira ou outra necessitam dos serviços oferecidos

pelas instituições bancárias, seja para o pagamento de contas, abertura de

contas, contratação de financiamento, empréstimos e muitos outros serviços.

São muitos os serviços oferecidos pelos bancos, e em muitos casos

certas operações só podem ser feitas através da intermediação de uma

agência bancária, como a transferência de dinheiro entre contas, por exemplo.

Para os clientes bancários, é importante saber as taxas de juros

cobradas, os serviços oferecidos e as vantagens que se pode obter ao se

tornar cliente de um determinado banco. Contudo, por outro lado, quem

trabalha ou pretende trabalhar em bancos deve possuir um conhecimento

ainda maior, para poder atender os clientes de maneira satisfatória. Por esse

motivo, principalmente para quem vai prestar concurso para bancos, é

importante saber, pelo menos, as principais atividades e serviços prestados

pelos bancos. É comum nas definições de banco essas expressões, que

geralmente deixam em dúvida aos leigos no universo das finanças.

É certo que estamos migrando para um modelo em que as

responsabilidades sobre nosso futuro são transferidas dos governos ou

empregadores para nós mesmos. As relações trabalhistas ficam cada vez mais

tênues e os governos têm provado ser ineficazes quando se trata do trabalho e

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futuro da população. Por tanto, cada dia que passa são mais relevantes a

educação financeira e o planejamento de longo prazo.

Finalmente, o mercado muda e o investidor também muda. Deve-se

conhecer as limitações e trabalhar com elas. Buscando continuamente novas

informações sobre os investimentos e sobre novos investimentos (o mercado

financeiro muda com alta velocidade).

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

ASSAF NETO, A . Mercado f inancei ro . 8 . ed ição . São Pau lo :

A t las , 2010 .

FORTUNA, Eduardo – Mercado f inancei ro: produtos e

serviços . – 17ª ed . rev. e a tua l . – R io de Jane i ro :

Qua l i t ymark , 2008 .

PAULA, L . F . R . Dinâmica da f i rma bancár ia em a l ta

in f lação. Rev is ta de Economia Po l í t i ca , v . 17 , n . l , jan -

mar /1997 .

SITES CONSULTADOS:

30/05/07 - Resolução nº 3.454, do CMN, www.bcb.gov.br.

02/08/99 - Circular nº 2.905, do CMN, www.bcb.gov.br.

25/03/05 - Resolução nº 3.272, do CMN, www.bcb.gov.br.

25/09/03 - Circular nº 3.206, do CMN, www.bcb.gov.br.

25/03/16 – www.bb.com.br

25/03/16 – www.itau.com.br