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Clara Saker Sampaio Rafaela Loiola de Carvalho. Doença Ulcerosa Péptica. Fisiologia. Secreção ácida: Células Parietais - Bomba de prótons (acetilcolina, histamina e gastrina ); Defesas da mucosa: Muco; Bicarbonato; Renovação celular; Fluxo sanguíneo da mucosa; Postaglandinas. - PowerPoint PPT Presentation
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Doença Ulcerosa Péptica
Clara Saker SampaioRafaela Loiola de Carvalho
Fisiologia
Secreção ácida: Células Parietais - Bomba de prótons (acetilcolina, histamina e gastrina);
Defesas da mucosa: Muco; Bicarbonato; Renovação celular; Fluxo sanguíneo da mucosa; Postaglandinas.
Patogenia
Desequilíbrio entre fatores agressores e fatores de defesa da mucosa: Uso de AINES; Infecção por H.Pylori; Estresse isquêmico/tóxico; Sais biliares; Ácido; Pepsina.
Etiologia
Infecção por H.pylori; Drogas (AINEs); Estilo de vida (tabagismo, etilismo,
cafeína); Stress fisiológico severo
(queimaduras, trauma, cirurgia e doença severa).
Etiologia
Estados hipersecretórios (gastrinoma, hiperfunção das células G antrais, mastocitose, leucemia basofílica, hiperpatireoidismo, fibrose cística);
Fatores fisiológicos (aumento da produção basal de ácido, aceleração do esvaziamento gástrico);
Fatores genéticos.
O papel do H. pylori
Bactéria gram-negativa, helicoidal; móvel e com 4 a 6 flagelos em uma das extremidades;
H:M (1:1); Prevalência aumenta com a idade, baixo
nível socioeconômico, condições de moradia e grau de instrução;
Transmissão (oral-oral, oral-fecal, gastro-oral);
Coloniza apenas a mucosa gástrica; Sua principal enzima é a urease.
O papel do H. pylori
No Brasil: 35% das crianças e 50-80% dos adultos estão infectados cronicamente;
15% desenvolvem úlcera péptica; 80-95% dos paciente com ulcera
duodenal e 60-95% dos pacientes com úlcera gástrica tem HP;
Fatores de virulência (cagA, vacA, urease, catalase, lipopolissacrídeos).
O papel do H. pylori
Está relacionado às seguintes patologias gástricas: Gastrite superficial agudo ou crônica; Gastrite crônica (antral ou pangastrite
atrófica ou não atrófica); Adenocarcinoma gástrico; Linfoma gástrico MALT; Úlceras pépticas gástricas e duodenais.
Tipos de úlceras
Úlcera duodenal - hipercloridria Úlcera gástrica:
Tipo I ou de pequena curvatura – normo ou hipocloridria;
Tipo II ou de corpo gástrico associada à úlcera duodenal - hipercloridria;
Tipo III ou pré-pilórica - hipercloridria; Tipo IV ou de pequena curvatura, parte
alta, próximo à junção esôfagogátrica – normo ou hipocloridria.
Manifestações clínicas
Assintomático; Dor ou desconforto epigástrico; Azia; Náuseas; Sensação de plenitude pós-prandial. Dor irradiando para o dorso.
Manifestações clínicas
Sinais de alarme: Perda ponderal inexplicada; Anemia; Sangramento; Vômitos recorrentes; Saciedade precoce.
Manifestações clínicas
Sinais de alarme: Progressiva disfagia ou odinofagia; Massa abdominal; Adenopatia; História familiar de CA gástrico; Gastrectomia parcial prévia.
Diagnóstico diferencial
Síndrome Coronariana Aguda; Colecistite; Esofagite; Gastrite; Gastroenterite; DRGE; DII; Síndrome de Zollinger-Ellison.
Diagnóstico
EDA; SEED.
Diagnóstico
Diagnóstico
Paciente com sintomas dispépticos recentes: Pesquisa para H. pylori (testes não
invasivos):▪ Teste respiratório da urease, sorologia,
antígeno fecal. Caso positivo - tratamento empírico
(antibióticos + omeprazol); Caso negativo - tratamento empírico
com anti-secretores.
Diagnóstico
EDA indicações: Paciente com mais de 45 anos ou com
sinais de alarme; Casos refratários ou recorrentes de
sintomas dispépticos.
Diagnóstico
Em caso de úlcera gástrica, biopsiar pelo menos 7 fragmentos pelo maior risco de malignização desse tipo de úlcera;
Pesquisa para H. pylori (testes invasivos): Teste rápido da urease do
fragmento biopsiado; Histopatologia; Cultura.
Complicações agudas
Perfuração: 90% das úlceras duodenais perfurados
ocorrem na parede anterior do bulbo duodenal;
Livre; Tamponada
Complicações
Perfuração: Dor abdominal; Hipotensão; Taquicardia; Taquipnéia;
Paciente imóvel, joelhos fletidos, sinal de irritação peritoneal.
Complicações
Perfuração: Rafia e proteção com omento; Inibidor da bomba de prótons; Erradicação do H. pylori; Tratamento cirúrgico; Biopsia; ATB; Sondagem nasogástrica.
Complicações
Obstrução: Plenitude epigástrica; Saciedade precoce; Náuseas; Vômitos.
Complicações
Obstrução: Tratamento:▪ Hidratação venosa;▪ Correção do desequilíbrio hidro-eletrolítico e
ácido-básico;▪ Inibidores de bomba;▪ Lavagem gástrica;▪ Jejum.
Complicações
Hemorragia digestiva alta (HDA): Parede posterior do duodeno; Súbita hematêmese; Melena.
Complicações
HDA: Sinais de hipovolemia (hipotensão postural,
taquicardia, hipotensão não-postural, choque);
Hidratação – SF 0,9%; Concentrado de hemácias - perda acima de
1500 mL; Cateter nasogástrico – lavagem para avaliar
continuidade ou recidiva precoce do sangramento.
Inibidores de bomba.
Complicações
HDA: Realizar EDA;
Tratamento cirúrgico:▪ Pacientes que sangram durante ou após EDA
e que necessitem de 6 ou mais unidades de sangue;▪ Pacientes com sangramento superior a 2000
mL nas primeiras 24 horas, com queda do hematócrito para menos de 25%;
Complicações
HDA: Tratamento cirúrgico:▪ Duodenais:▪ Pilorotomia com ulcerorrafia;▪ Piloroplastia e vagotomia troncular executada;
▪ Gástricas:▪ Excisão e biópsia.
Tratamento clínico
Objetivos: Aliviar os sintomas; Estabelecer condições para cicatrização
da úlcera; Eliminar fatores de risco; Prevenir recidiva Erradicar o H. pylori.
Tratamento clínico
Mudança nos hábitos de vida;
Redução da acidez estomacal;
Protetores da mucosa estomacal e duodenal;
Terapia tripla ou dupla para H. pylori.
Tratamento clínico
Anti-secretores de primeira linha: Inibidores da bomba H+K+ATPase:▪ Acloridria por 1 dia;▪ 4 a 8 semanas;▪ Parte do esquema de erradicação do H.
pylori;
Tratamento clínico
Anti-secretores de primeira linha: Bloqueadores de H2:▪ Receptores de H2 de histamina;
▪ Não podem ser ingeridos concomitantemente aos anti-ácidos;▪ Insuficiência renal aguda – eliminação renal;▪ Tornam pessoas sensíveis ao álcool;
▪ 4 a 8 semanas.
Tratamento clínico
Segunda linha: Antiácidos:▪ Rápido alívio;▪ 1 horas após refeições e antes de deitar;▪ Alumínio em grandes quantidades – depleção
de fosfato e formação de precipitados intestinais;▪ Anorexia, fraqueza muscular e doença óssea;
▪ Não mais utilizados no tratamento regular de DUP.
Tratamento clínico
Segunda linha: Sucralfato:▪ Barreira mecânica – proteção viscosa sobre a
úlcera;
▪ Pouco absorvido – constipação e náuseas;▪ Ligação com anti-ácidos diminui sua ação.
Tratamento clínico
H. pylori: Dispepsia recorrente; Presença e úlcera gástrica ou duodenal; Linfoma MALT; CA gástrico precoce, após ressecção
endoscópica ou cirúrgica; CA gástrico submetidos à gastrectomia subtotal; Uso crônico de AINE ou AAS com alto risco para
úlcera ou sangramento; Parentes de primeiro grau com CA gástrico; Gastrite atrófica.
Tratamento clínico
H. pylori: O que não tratar:▪ Qualquer outra gastrite que não a atrófica;▪ DRGE;▪ História familiar de parentes de segundo
grau.
Tratamento clínico
Erradicação do H. pylori: Esquema tríplice:▪ Amoxicilina + Claritromica + Inibidor da
bomba de prótons;▪ 7 a 14 dias;▪ Omeprazol 20 mg + Amoxicilina 1 g + Claritromicina
500 mg;▪ Omeprazol 20 mg + Claritromicina 500 mg +
Metronidazol 500 mg;
Tratamento clínico
Erradicação do H. pylori: Esquema quádruplo:▪ Inibidor da bomba de próton ou Ranitidina
150 mg + Subsalicilato de Bismuto 525 mg + Metronidazol 500 mg + Tetraciclina 500 mg;
▪ Reservado para pacientes refratários à terapia convencional.
Tratamento clínico
Erradicação do H. pylori: Esquema duplo:▪ Amoxicilina + Metronidazol
▪ Claritromicina em infecções resistentes ao Metronidazol;▪ Pode-se adicionar Omeprazol ao esquema;▪ Nos EUA, tratamento dura duas semanas.
Tratamento cirúrgico
Hemorragia refratária a terapia endoscópica ou recidivante;
Perfuração ou obstrução;
Falha na cicatrização com tratamento clínico;
Recidivas constantes após tratamento clínico e erradicação do H. pylori.
Tratamento cirúrgico
Úlcera duodenal: Vagotomia:▪ Interrupção da estimulação das células
parietais pela acetilcolina;▪ Reduz a secreção em 50%;
Antrectomia:▪ Interrupção da estimulação das células
parietais pela gastrina;▪ Associada à vagotomia, reduz a secreção em
85%.
Vagotomia
Trocular: Desinerva
estômago e outros órgãos;
Seletiva: Desinerva toda a
irrigação vagal do estômago, mas poupa de outros órgãos;
Super-seletiva: Preserva ramos do
antro e piloro; Não necessita de
drenagem.
Drenagem
Esvaziamento rápido de líquidos;
Retardo do esvazia-mento de sólidos;
Piloroplastia: Secção das fibras
musculares do piloro.
Drenagem
Antrectomia Remove as células G; Recidivas de 0 a 2%; Necessidade de reconstrução (BI, BII, Y); Síndrome pós-vagotomia e pós-
gastrectomia (20%).
Tratamento cirúrgico
Billroth I: Gastroduodenostomia.
Tratamento cirúrgico
Billroth II: Gastrojejunostomia.
Tratamento cirúrgico
Y en Roux: Gastrojejunostomia com anastomoses entero-entérica e gastro-entérica.
Tratamento cirúrgico
Complicações: Síndrome pós-vagotomia:▪ Diarréia pós-vagotomia;▪ Acomete 30% dos pacientes;▪ Duração: 3 a 4 meses;▪ Severa e persistente em 2%;▪ Causa desconhecida;
Atonia gástrica; Necessidade de procedimento de
drenagem.
Tratamento cirúrgico
Complicações: Síndrome pós-gastrectomia relativa à
ressecção:▪ Síndrome Dumping:▪ Ocorre quando há prejuízo do piloro;▪ Esvaziamento rápido de conteúdo hiperosmolar;▪ Náuseas, vômitos, diarréia, dor epigástrica, rubor
facial, tontura, taquicardia;▪ Tratamento clínico (dietético);▪ Tratamento cirúrgico: converter para Y en Roux.
Tratamento cirúrgico
Complicações: Síndrome pós-gastrectomia relativa à
reconstrução:▪ Síndrome da alça aferente:▪ Ocorre nos pacientes submetidos à BII;▪ Acúmulo de secreções com obstrução à eliminação;▪ Dor e distensão abdominal;▪ Vômitos biliosos – alívio dos sintomas;▪ Dilatação, perfuração, peritonite.
Tratamento cirúrgico
Complicações: Síndrome pós-gastrectomia relativa à
recontrução:▪ Gastrite alcalina:▪ Refluxo de secreção biliar;▪ Dor abdominal, vômitos biliosos;▪ Tratamento: converter para Y em Roux.
Bibliografia
Harrison – Medicina Interna – 17ª Edição
Peptic Ulcer Disease - BS Anand, MD -Department of Internal Medicine, Division of Gastroenterology, Baylor College of Medicine, Jun 20, 2011.
OBRIGADA!