Antonio Delfim Netto

22 de fevereiro de 2016 Guarulhos, SP

Perspectivas da Economia Brasileira

DSM Produtos Nutricionais

1

2 Fonte: IBGE; Elaboração: Ideias Consultoria

PIB em perspectiva histórica

-6

-4

-2

0

2

4

6

8

10

12

14

16

1819

4919

5119

5319

5519

5719

5919

6119

6319

6519

6719

6919

7119

7319

7519

7719

7919

8119

8319

8519

8719

8919

9119

9319

9519

9719

9920

0120

0320

0520

0720

0920

1120

13*2

01

5

Fonte: IBGE *Projeção

Média 1947-80: 7,5%

Média 1980-2016: 2,3%

1º Choque do Petróleo

2º Choque do Petróleo

Crise cambial

Crise cambial

Crise cambial

Plano Real

Plano Collor

Plano Cruzado

Apagão

Crise mundial

Reforma cambial

*20

16

Média 1947-2016: 4,7%

80

90

100

110

120

130

140

150

160

170

1801

99

6

19

97

19

98

19

99

20

00

20

01

20

02

20

03

20

04

20

05

20

06

20

07

20

08

20

09

20

10

20

11

20

12

20

13

20

14

3 Fonte: IBGE; Elaboração: Ideias Consultoria

PIB e Componentes Selecionados (1996 = 100)

Consumo das Famílias

PIB

Indústria

Plano Real Desvalorização Valorização Cambial Cambial

11,7

25,527,2

11,611,5

7,9

5,4

-4,8

-10

-5

0

5

10

15

20

25

30

2004-2006 2007-2009 2010-2012 2013-2015

Comércio Varejista

Indústria de Transformação

Suprido pela Importação

Produção Industrial e Comércio Varejista Variação em Relação ao Triênio Anterior (%)

Fonte: IBGE. Elaboração: Ideias Consultoria 4

-20

-15

-10

-5

0

5

10

15

20

25

mar

/04

jun/

04se

t/04

dez/

04m

ar/0

5ju

n/05

set/

05de

z/05

mar

/06

jun/

06se

t/06

dez/

06m

ar/0

7ju

n/07

set/

07de

z/07

mar

/08

jun/

08se

t/08

dez/

08m

ar/0

9ju

n/09

set/

09de

z/09

mar

/10

jun/

10se

t/10

dez/

10m

ar/1

1ju

n/11

set/

11de

z/11

mar

/12

jun/

12se

t/12

dez/

12m

ar/1

3ju

n/13

set/

13de

z/13

mar

/14

jun/

14se

t/14

dez/

14m

ar/1

5ju

n/15

set/

15de

z/15

5

Produção Industrial

Variação em Igual Mês do Ano Anterior e Acumulado em 12 meses (%)

Fonte: IBGE (Nova série); Elaboração: Ideias Consultoria

Acumulada em 12 meses

Mês do ano anterior

Efeito subsídios e desonerações

jan/2015

1,1% PIB por ano

0,75

1,25

1,75

2,25

2,75

3,25

3,75

4,25

40

60

80

100

120

140

160

180

dez

/95

ago

/96

abr/

97

dez

/97

ago

/98

abr/

99

dez

/99

ago

/00

abr/

01

dez

/01

ago

/02

abr/

03

dez

/03

ago

/04

abr/

05

dez

/05

ago

/06

abr/

07

dez

/07

ago

/08

abr/

09

dez

/09

ago

/10

abr/

11

dez

/11

ago

/12

abr/

13

dez

/13

ago

/14

abr/

15

dez

/15

Taxa

de

Câm

bio

No

min

al R

$/U

S$

Salá

rio

No

min

al m

édio

na

Ind

úst

ria

de

SP

(200

7=10

0)

Câmbio Real = Câmbio Nominal / Salário Médio Nominal

Fonte: Fiesp, BCB. Elaboração: Ideias Consultoria 6

0

40

80

120

160

200

240

280

-70

-60

-50

-40

-30

-20

-10

0

10

20

30

40

1996

1997

1998

1999

2000

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

2010

2011

2012

2013

2014

2015

*

Rel

ação

Câm

bio

/Sal

ário

(D

efas

ado

2 A

no

s, 2

009=

100)

Sald

o C

om

erci

al (U

S$ B

ilhõ

es)

Saldo (US$ Bilhões)

Câmbio/Salário

Produtos Industriais: Saldo Comercial e RelaçãoCâmbio/Salário

Produtos industriais conceito OECD; * Estimativa. Fonte: FIESP, BCB, Secex ; Elaboração: Ideias Consultoria 7

Perda do superávit de 2002-07= US$ 139 bilhões

Déficit comercial 2008-15 = US$ 293 bilhões

Perda total ≈ US$ 466 bilhões de demanda subtraída da indústria

Déficit comercial 1996-2001 = US$ 34,4 bilhões

Exportações Brasileiras de Manufaturados (%)

0,0

0,1

0,2

0,3

0,4

0,5

0,6

0,7

0,8

0,9

1,0

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

50

55

60

65

7019

64

1966

1968

1970

1972

1974

1976

1978

1980

1982

1984

1986

1988

1990

1992

1994

1996

1998

2000

2002

2004

2006

2008

2010

2012

8 Fonte: Banco Mundial e Secex; Elaboração: Ideias Consultoria

Participação dos manufaturados no total de exportações

Participação do Brasil nas exportações mundiais de manufaturados

+ 15% a.a.

- 1,2% a.a.

Fonte: OMC Elaboração: Ideias Consultoria 9

Participação nas Exportações Mundiais (%)

1 Brasil China Coréia

1983-1985 1,3 1,3 1,5

1990-1992 0,9 2,0 2,0

1997-1999 0,9 3,3 2,5

2004-2006 1,1 7,2 2,7

2011-2014 1,3 11,4 3,0

-12,0

-10,5

-9,0

-7,5

-6,0

-4,5

-3,0

-1,5

0,0

1,5

3,0

30,0

32,5

35,0

37,5

40,0

42,5

45,0

47,5

50,0

52,5

55,0

57,5

60,0

62,5

65,0

67,5

70,0de

z/09

fev/

10ab

r/10

jun/

10ag

o/10

out/

10de

z/10

fev/

11ab

r/11

jun/

11ag

o/11

out/

11de

z/11

fev/

12ab

r/12

jun/

12ag

o/12

out/

12de

z/12

fev/

13ab

r/13

jun/

13ag

o/13

out/

13de

z/13

fev/

14ab

r/14

jun/

14ag

o/14

out/

14de

z/14

fev/

15ab

r/15

jun/

15ag

o/15

out/

15de

z/15

10 Fonte: BCB; Elaboração: Ideias Consultoria

Crise Atual – O Estrago da Reeleição

Dívida Bruta (% PIB)

Déficit Nominal (% PIB)

-3,0

-10,3

5,3

1,5

12,0

2014

20

25

30

35

40

45

50

55

60

65

70

75

-11

-9

-7

-5

-3

-1

1

3

5

7

9

11

13

15

17

19

21

23

25

2013 2014 2015 2016*11

* Projeção. Fonte: BCB e IBGE; Elaboração: Ideias Consultoria

Crise Atual – O Estrago da Reeleição

Dívida Bruta (% PIB)

Inflação Monitorados (%)

Déficit Nominal (% PIB)

53,3

58,9

70

-3,0 -6,2

-10,3

18,1

5,3

1,5

-8,8

12,0

66,2

Equilíbrio Fiscal

Relação Dívida/PIB (%)

Fonte: FMI – Fiscal Monitor, Out/2015 Elaboração: Ideias Consultoria

12

Ano Colunas1 Dívida Bruta (A) Dívida Líquida (B) B / A

Países Desenvolvidos 78,9 48,9 62

2008 Países Emergentes 35,1 9,3 26

Brasil* 61,9 37,1 60

Países Desenvolvidos 105,2 71,3 68

2015 Países Emergentes 44,6 11,6 26

Brasil* 69,9 38,8 5650% 200%

0,51,01,52,02,53,03,54,04,55,05,56,06,57,07,58,08,59,09,5

10,010,511,011,512,012,513,013,514,014,515,015,516,0

jan

/10

mar

/10

mai

/10

jul/

10

set/

10

no

v/1

0ja

n/1

1m

ar/1

1m

ai/1

1ju

l/1

1se

t/1

1n

ov/

11

jan

/12

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/12

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/12

jul/

12

set/

12

no

v/1

2ja

n/1

3m

ar/1

3m

ai/1

3ju

l/1

3se

t/1

3n

ov/

13

jan

/14

mar

/14

mai

/14

jul/

14

set/

14

no

v/1

4ja

n/1

5m

ar/1

5m

ai/1

5ju

l/1

5se

t/1

5n

ov/

15

jan

/16

mar

/16

dez

/16

*

13

O Estrago da Reeleição

Fonte: BCB; Elaboração: Ideias Consultoria; *Projeções.

7,0%*

8,2%*

12,0%*

IPCA Cheio, Preços Livres e Administrados - em 12 Meses (%)

Administrados

Livres IPCA

14

Inflação – Projeções para 2016

Taxa de Inflação no Mundo

Fonte: IMF World Economic Outlook, out/15 (exceto Brasil) Elaboração: Ideias Consultoria

Taxa de Inflação Número de Países

Menor do que 2,5% 34

De 2,5% a 5,0% 14

De 5,0% a 7,0% 4

De 7,0% a 10,0% 6

Total 58

Argentina, Brasil, Egito, Rússia, Venezuela, Ucrânia

-5

-3

-1

1

3

5

7

9

11

13

15

17

-3

-1

1

3

5

7

9

1120

06 T

220

06 T

320

06 T

420

07 T

120

07 T

220

07 T

320

07 T

420

08 T

120

08 T

220

08 T

320

08 T

420

09 T

120

09 T

220

09 T

320

09 T

420

10 T

120

10 T

220

10 T

320

10 T

420

11 T

120

11 T

220

11 T

320

11 T

420

12 T

120

12 T

220

12 T

320

12 T

420

13 T

120

13 T

220

13 T

320

13 T

420

14 T

120

14 T

220

14 T

320

14 T

420

15 T

120

15 T

220

15 T

3

15 * Projeção. Fonte: Frischtak, C., "O investimento em Infraestrutura no Brasil, 2012“ /IBGE/SRF; Elaboração: Ideias Consultoria

Contribuição do Investimento para o Crescimento do PIB (% aa)

PIB

Investimento

100 10

0

101

100

100 10

2

102 10

5

107

114 11

7 122

130

137

136

146 15

0

151

154

153

150

95

105

115

125

135

145

155

165

1995

1996

1997

1998

1999

2000

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

2010

2011

2012

2013

2014

2015

*

2016

*

Melhora Social: Ascenção das Classes de Menor Renda

Fonte: IBGE e IPEA. PIB per capita a preços de 2013; Elaboração: Ideias Consultoria * Supondo Gini estável e variação de -2,0% do PIB per capita em 2015 e 2016. 16

1995-2002 ρ = 2,4% π = 9,2%

2003-2016 ρ = 2,4% π = 6,3%

Índice de Bem-Estar Social PIB per capita x (1 – Coeficiente de Gini), 1995=100

147

Para Fazer o Brasil Crescer

17

• Como aumentar o investimento:

I. O poder Executivo tem de assumir o seu protagonismo e sugerir

ao Congresso as mudanças estruturais necessárias:

a. enfrentar o problema da Previdência (idade mínima);

b. enfrentar o problema das vinculações do gasto;

c. enfrentar o problema das indexações ao salário mínimo;

d. enfrentar o problema da livre negociação entre

trabalhadores e empresários, sob o controle dos sindicatos,

para preterir a lei.

e. insistir na reforma do ICMS e na simplificação do PIS/COFINS;

f. Preservar os programas de inclusão social bem focados e com

condicionalidades adequadas, controlando o seu “parasitismo”;

g. orçamento de base zero: avaliação cuidadosa de todos os

programas governamentais.

Para Fazer o Brasil Crescer

18

II. Crescimento e credibilidade são dois lados da mesma moeda:

a. não há ajuste fiscal sem crescimento.

III. Recuperar o investimento em infraestrutura e logística com leilões

bem feitos

IV. Abertura comercial:

a. apoio às exportações;

b. as importações são um fator de produção e tendem a aumentar as

oportunidades de absorção e desenvolvimento tecnológico.

Como Fazê-lo?

19

1. O problema não é econômico. Sobre ele há quase um

consenso entre as várias tribos dos economistas

2. O problema é de organização política:

a. um presidencialismo de coalizão que nem assume seu

protagonismo, nem coaliza;

b. um Congresso perdido e ocupado com propostas que –

com raras exceções – ignoram o interesse nacional e que

c. Insiste em dissipar a sua energia num assustador retrocesso

civilizatório.