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ECONOMIA TERRITORIALECONOMIA TERRITORIAL

Retornos Crescentes e Economias de Aglomeração

As regiões econômicas de August LöschAs regiões econômicas de August Lösch

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O geógrafo alemão, do século XIX, August Lösch,elabora um modelo de economia espacial em condições de concorrência imperfeita em que o espaço resulta uma variável fundamental. Desenvolve o conceito de região econômica, através da delimitação da área de mercado segundo uma série de postulados.

LOSCH, A. The economics of location, Yale U.P., New Haven, 1954. (caps. 9, 10 e 11)

August Lösch (1906-1945)

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Teorias fundamentais da localização: •Lösch – Considera na sua teoria aspectos Lösch – Considera na sua teoria aspectos estritamente econômicosestritamente econômicos•Planície com recursos naturais uniformes e Planície com recursos naturais uniformes e adequadamente distribuídos adequadamente distribuídos •Área homogênea em todos aspectos com Área homogênea em todos aspectos com fazendas autossuficientes formando pequenos fazendas autossuficientes formando pequenos triângulostriângulos•Em que condições o produto deverá ser vendido Em que condições o produto deverá ser vendido e qual sua área de mercado? e qual sua área de mercado?

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A curva de demanda espacial

Distância (m)

Preço ao consumidor

P+m2t

P+m1t

P

0 m1 m2

Tarifa de transporte - t P – preço do produto FOB (Free On Board significa livre das despesas de transporte) Mm é a distânciaPreço CIF- P+mt ( CIF = Cost, Insurance and Freight que significam Custo, Seguro e Frete respectivamente)

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A curva de demanda espacial

Quantidade (q)

Preço CIF(P+mt) ou custos

P+m1t

P+m2t

P= 0 q2 q1

P+m1t

A curva de demanda espacial Quanto maior o preço CIF, menor a quantidade demandada (q)

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Cone de demanda

Custo (mt = g)

Quantidade (q)

g

F

p

E

Q

As vendas podem ser feitas em todas direções ( tarifa é a mesma em todas as direções) O cone de demanda é formado pelo giro do eixo dos custos em torno das quantidades.

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A curva de demanda total

Quantidade (q)

Pi

0 Q

D’

D A curva de demanda total na representação tradicional – curva de demanda normal

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A curva de custos médios de longo, denominada por Losch de curva de planejamento, corresponde a diversos níveis de produção

Somente quando a curva de custos médios de longo prazo intercepta ou tangencia a curva de demanda, a fazenda poderá produzir para o mercado.

Quando a curva de demanda não interceptar a curva de custos médios, talvez porque os custos de transportes sejam muito altos, ou devido a questões relativas às vantagens de produção de longa escala, que tornam a produção pequena antieconômica, e o produto da fazenda não será comercializável.

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A natureza das regiões econômicas loschianas é identificada através do equilíbrio de longo prazo das firmas em concorrência monopolística, com o surgimento de novas firmas. Curva de demanda não é infinitamente elástica como na concorrência perfeita possui uma inclinação negativa (concorrência monopolística) – receita marginal (inclinação negativa)Concorrência monopolística – grande número de produtores com plena liberdade para entrar ou sair do mercado vendendo um produto diferenciado (acessibilidade dos consumidores à fontes de abastecimento devido à localização)

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Devido a concorrência dos produtos, o equilíbrio de curto prazo desaparece no longo prazo.A entrada de novas firmas, atraídas pelos sobre lucros, divide a demanda do produto entre maior número de produtores deslocando a curva de demanda para baixoNovo equilíbrio – tangência da curva de demanda com a curva de custo total médio de longo prazo

Devido aos lucros, Losch mostra que diversas firmas se distribuem no espaço motivada pelo excedente comerciazável formando diversas áreas circulares.

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Áreas de mercado circulares com interstícios – todas as empresas com a mesma Estrutura de Custo

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Áreas de mercado circulares com interstícios – todas as empresas com a mesma Estrutura de Custo

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À medida que se distribuem no espaço, as áreas circulares tendem a se tangenciar desaparecendo os espaços vazios. No longo prazo – todos os consumidores serão atendidos pelas firmas, desaparecendo os espaços vazios. Quando todos consumidores são atendidos, a forma das áreas de mercado circulares se interconectam formando áreas de mercado Hexagonais (melhor forma possível para atender toda a demanda dos consumidores).

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Áreas de mercado circulares sem interstícios

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Áreas de mercado circulares sem interstícios

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Nas áreas de intercessão, será mais favorável para os consumidores se abastecerem, respectivamente de um lado ou de outro do segmento que une os pontos onde duas áreas circulares se interceptam. Consumidor da área de intercessão a preferem-se abastecer na fonte mais próxima A, e pelo mesmo motivo da área b em B.

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Áreas de mercado circulares sem interstícios

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Áreas de mercado hexagonais – os mercados formam um triângulo unindo os pontos centrais dos hexágonos

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Fonte: Ramos e Mendes, 2001Universidade do Minho

Áreas de mercado Hexagonais de Losch

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Como se formam as menores áreas de mercado economicamente viáveis? Rede de mercados hexagonais cujas áreas ficam determinadas de acordo com a estrutura de custos e com as tarifas de transporte pontos dentro dos hexágonos – regiões centrais e ponto médio que liga estas regioes centrais representam as regiões pobres.

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O padrão locacional ou a distribuição territorial das atividades econômicas no cenário econômico de Losch

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Roda dentada de Losch – seis setores compostos de uma parte hachureada e outra clara. Estrutra Regional: cidade CentralEntorno desta cidade: 6 setores onde as atividades econômicas se concentram e 6 setores onde as atividades se dispersam.No sistema de Losch, podem ocorrer outros lugares centrais mas seu número diminui à medida que o número de funções aumenta (diversificação e complexidade das atividades).A distância entre os centros de maior ordem é maior do que os centros de ordem menor.

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O aumento do número de vendas é maior nos locais onde os consumidores têm maior acesso ao produto pelo seu preço FOBSe o aumento das vendas e da produção resulta em economias de escala e redução do preço FOB, a organização espacial da economia se caracteriza pela aglomeração das atividades econômicas. Na sua área de mercado, a empresa tem poder de monopólio conferido pela barreira imposta pelo custo de transporte às outras empresas dado o nível de produção de equilíbrio igual em todos os locais.

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Curva espacial de receita bruta: variação de receitas em localizações alternativas (A, B e Q)

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LEMOS, M .B. Espaço e capital: um estudo sobre a dinâmica centro x periferia. Campinas: (Tese de (Doutorado). UNICAMP/IE, 1988.

2.4 – teorias da localização (p. 183 a 197)

4 - Sobre a renda fundiária urbana (p.300 a 376).

Considerações acerca das Teorias de Localização:

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Teorias da localização – paradigma neoclássico de equilíbrio (princípio da maximização) – localização ótima ou ponto de minimização de custos.Abandono do paradigma neoclássico – estudar o movimento do capital no espaço (movimento das forças produtivas) desenvolvimento regional desigual com efeitos cumulativos (Lemos,1988)Weber – melhor localização onde ocorre a minimização dos custos de transporte – curva espacial de custos – oferta do produto August Losch e o conceito de áreas de mercado – curva de demanda no espacial

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Áreas de mercado de Losch mercadorias pouco transportáveis terão mercados (demanda) restritos (exemplo; serviços) inclusão de economias de escala para explicar a estruturação do espaço econômico Equilíbrio de monopólio – as empresas fixam um preço, e quanto menor este preço de oferta, maior é a área de mercado e o avanço sobre a área do espaço concorrente.

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Von Thunen – teoria da localização agrícolaExistência do espaço localizado afeta a decisão locacional das atividades econômicasAs atividades econômicas (agrícolas) procuram estabelecer sua localização em torno do centro urbanoConceito de espaço localizado, isto é, o espaço privilegiado onde a produção torna-se mais rentável (diferencial do custo de transporte da mercadoria agrícola entre um ponto localizado e outro mais afastado). Monopolização da renda fundiária.

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Modelo de Thunen construiu um modelo fechado em um centro urbano isolado, sendo portanto um modelo eminentemente desaglomerativo e incongruente com a própria ideia de aglomeração urbana.A existência do espaço localizado (renda urbana) deve-se ao diferencial de transporte, mas o crescimento dos centros urbanos é um fator desaglomerativo (aumento do custos de transporte).

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Lemos: na realidade existem vários tipos de centros urbanos, com diferentes tamanhos e formas de especialização, cada qual com estrutura de custos distinta e onde assume o caráter decisivo o fator aglomerativoO modelo de Thunen é a explicação da natureza do espaço localizado (renda urbana) e sim estabelece sua influência sobre a localização relativa das atividades econômicas em torno de um centro urbano.

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Os modelos de Thunen e de Losch são complementares: o primeiro enfatiza o processo desaglomerativo do processo de urbanização e o segundo enfatiza a natureza aglomerativa das atividades econômicas, levando o crescimento dos centros urbanos.

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4.31 – A teoria de localizacao de von thunenQuanto maior a distância, maior o custo de transporte dos produtos agrícolas e, portanto, menos vantajosa a localização. Produtos localizados mais próximos do mercado consumidor são aqueles que obtém maior sobre lucro.Modelo de Von Thunen – modelo desaglomerativo aplicável não somente á agricultura mas também à indústria (Lemos, 1988)

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O caráter desaglomerativo – as culturas agrícolas com menor grau de transportabilidade pagam uma renda mais alta nos pontos de melhor localização, expulsando aquelas menos intensivas ou de melhor transportabilidade para os pontos mais afastados. Resultado estendido para a localização industrial, comercial, residencial e de serviços calculando-se o custo de acessibilidade aos mercados. O critério de hierarquização das atividades permaneceria o mesmo de Von Thunen.

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A produção física por unidade de área, a tarifa da distância do produto a ser transportado determinam a localização.A renda mais alta é o custo de acessibilidade, fazendo deste modo a desaglomeração das atividades econômicas. No modelo de Von Thunen é criticado por Lemos (1988) por sua total ausência de fatores aglomerativos que é uma tendência do capitalismo.O movimento do capital no espaço é o resultado líquido de fatores desaglomerativos (custos de acessibilidade) e, principalmente, de fatores aglomerativos.

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Críticas ao modelo de Von Thunen

Interdependência entre os setores da economia – o processo da atividade econômica não envolve somente a venda final dos produtos, mas também as compras de mercadorias intermediárias (insumos) e a força de trabalho, expressas por um custo de acessibilidade, que somado ao preço da produção permite a existência de um sobre lucro transformável em renda.

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A renda espacial e os fatores aglomerativos.Espaço localizado – formação de uma renda fundiária urbanaPorque a produção das atividades econômicas são diferentes?1)Diferença nos preços de produção – produtividade natural (caso dos produtos agrícolas)2)Maior produtividadade (concorrência e centralização no espaço econômico) vantagens locacionais urbanas

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Vantagens locacionais urbanas – Economias de escalas advindas da aglomeração geográfica de produtores e consumidoresO movimento do capital modifica o espaço econômico, seja ampliando (pela concentração geográfica) as vantagens aglomerativas, seja aumentando o custo de acessibilidade e iniciando um processo de desconcentração geográfica, seja recriando vantagens aglomerativas em outros pontos do espaço geográfico.

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O tamanho do centro urbano é o resultante tanto da maior produtividade quanto do esgotamento dos ganhos de escala ou do aumento de acessibilidade.O processo da renda fundiária urbana é a síntese complexa de fatores aglomerativos (expansão dos centros urbanos) e de fatores desaglomerativos estabelecendo um limite ao crescimento urbano e a descentralização do capital

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Fatores aglomerativos e desaglomerativos e salários.A ocorrência deste dois fatores é ilustrada pelo comportamento dos salários nos centros urbanos. Trabalho qualificado e não qualificadoO salário tem seu gradiente de renda formado pelos custos de transporte do trabalhador da sua moradia até os serviços (produção).Custo de moradia (aluguel) é um fator alternativo ao gasto com transporte. Quanto maior o aluguel maior acessibilidade a moradia e menor o custo de transporte

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Crescimento do centro urbano – aumento do aluguel e do custo de transporte (salário maior) para a força de trabalhoO crescimento dos centros urbanos implicará um aumento dos gastos do trabalhador com sua localização no espaço. Para isso o salário nominal dos trabalhadores deverá aumentar para manter seu poder de compra (aluguel, transporte etc).Quanto maior o centro urbano, ceteris paribus, maior o nível dos salários nominais (fator desaglomerativo)

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Se o aumento de salários fosse decisivo na determinação do espaço, não haveria tendência a concentração urbana. Fatores compensatórios (fatores aglomerativos) agem no sentido de concentração urbana – constitui a própria gênese do crescimento urbano, compensando para algumas atividades, o aumento do custo de acessibilidade por meio dos retornos crescentes de escalas (trabalhador qualificado).Atividades que utilizam trabalhos não qualificados são expulsas para a periferia das grandes metrópoles.

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A determinação da renda espacial passa por n atividades dos mais diversos tipos que incluem desde agricultura até a prestação de serviços. Critério de hierarquização destas atividades: binômio “intensidade do uso do solo” mais “grau de transportabilidade”Gradiente de renda: uso do solo monopolizado (menor grau de transportabilidade e renda mais alta) e maior grau de transportabilidade (renda mínima absoluta)

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A determinação da renda dependerá das condições de demanda para a atividade em questão (áreas de mercado de Losch)Quanto maior a demanda, maior a renda. O custo de acessibilidade e as vantagens aglomerativas dos centros urbanos são condensadas no fator produção “terra localizada” ou solo localizado.A renda espacial, ao contrário da renda natural (produtividade ou fertilidade do solo para agricultura), é totalmente produzida pelo capital (infraestrutura, reotornos crescentes de escalas)