12
ANO 44 / Nº 3.978 / R$ 2,00 06 A 12 DE JULHO / 2012 Qualificação ‘Fim da história’ para a política do Mato Grosso do Sul O empresário Rene Franco, da Paraíso das Tintas, e a Ibratin, indústria de tintas, promoveram curso de capacitação para mais de 30 pintores de Dourados. P.06 A saída de Zeca do comando do PT e ascensão do neopetista, senador Delcídio do Amaral, marcou o fim do período de polarização de forças políticas no Mato Grosso do Sul. P.03 DIRETOR: JOSÉ HENRIQUE MARQUES HEGEMONIA Beleza da região atrai europeus BONITO Frank Stolzenberg deixou Alemanha para viver na natureza REGIONAL P.10 FCO apresenta linhas de crédito JARDIM Empresários conheceram programas para o estado ILUSTRAÇÃO ARQUIVO FRONTEIRA Tensão Governo paraguaio lembra da guerra e põe o dedo na ferida Assessor do presidente Federico Franco com- parou a punição ao Paraguai, pelo Mercosul, à tríplice aliança formada por Brasil, Argentina e Uruguai, na guerra contra seu país. P.08 Shell não comprará em regiões de conflito CAARAPÓ Boicote inclui terras em disputa entre índios e fazendeiros DIVULGAÇÃO Federico Franco, atual presidente do Paraguai ELEIÇÃO Rejeitado pelo PMDB Marçal lança Keliana e legitima Murilo P.04 VIDA Governo quer aumentar doadores de órgãos no país P.09 Comemoração Cooperativas promovem evento neste sábado, das 8h às 14h, na Praça Antônio João. P.05 TORPEDOS Depois de apalavrar publicamente apoio a Marçal Filho o deputado deu “migué” e recuou. Não honrou os fios do bigode. P.03 Geraldo Resende acrescenta outra traição em sua biografia

Edição 189

Embed Size (px)

DESCRIPTION

De 06 a 12 de julho de 2012

Citation preview

ano 44 / nº 3.978 / R$ 2,00 06 a 12 de julho / 2012

Qualificação

‘Fim da história’ para a política do Mato Grosso do Sul

O empresário Rene Franco, da Paraíso das Tintas, e a Ibratin, indústria de tintas, promoveram curso de capacitação para mais de 30 pintores de Dourados. p.06

A saída de Zeca do comando do PT e ascensão do neopetista, senador Delcídio do Amaral, marcou o fim do período de polarização de forças políticas no Mato Grosso do Sul. p.03

diretor: José HenRique MaRques

hegemonia

Beleza da região atrai europeus bonito

Frank Stolzenberg deixou Alemanha para viver na natureza

Regional p.10

FCO apresenta linhas de créditojardim

Empresários conheceram programas para o estado

ilustração

ar

qu

ivo

fronteira

TensãoGoverno paraguaio lembra da guerra e põe o dedo na feridaAssessor do presidente Federico Franco com-parou a punição ao Paraguai, pelo Mercosul, à tríplice aliança formada por Brasil, Argentina e Uruguai, na guerra contra seu país. p.08

Shell não comprará em regiões de conflitocaarapó

Boicote inclui terras em disputa entre índios e fazendeiros

divulgação

Federico Franco, atual presidente do Paraguai

eleição

Rejeitado pelo PMDB Marçal lança Keliana e legitima Murilo p.04

vida

Governo quer aumentar doadores de órgãos no país p.09

ComemoraçãoCooperativas promovem evento neste sábado, das 8h às 14h, na Praça Antônio João. p.05

torpedos Depois de apalavrar publicamente apoio a Marçal Filho o deputado deu “migué” e recuou. Não honrou os fios do bigode. p.03

Geraldo Resende acrescenta outra traição em sua biografia

Vai começar tudo de novo. Vai?

Jornalista responsável: José Henrique Marques - DRT/MS 192 CNPJ: 08.792.017/0001-30 - INPI Nº 013887 de 17/08/1974 - Cartório 1º Ofício nº 11/68Fundada em 08-03-1968 por Theodorico Luiz Viégas

De acordo com o calendário eleitoral, a partir desta sexta-feira (06), está libera-da a propaganda eleitoral. Oficialmente, está dado início ao período de campanha, logo, a partir desta sexta-feira, o voto do eleitor será disputado por centenas de can-didatos, que usaram todos os instrumentos de convencimento que a sociedade já sabe bem quais são.

O eleitor douradense, como todos os outros, será bombardeado por promessa de realização de obras, garantia de melhor qualidade de vida, compromisso de fazer mais pela educação e pela saúde públicas, juramento de conduta ética no trato do dinheiro do povo e de um mandato pautado na participação popular.

Dado às informações colocadas, todos os atuais mandatários de Dourados tenta-rão manter-se no cargo, com a reeleição. Outros que já sentiram a dor e as delícias do poder vão querer voltar. Muitos buscarão sentir essa sensação pela primeira vez.

Haverá candidato de todo tipo e para todo gosto. O infantil: que passava

as tardes brincando de vídeo game com coleguinha Uragano; o paizão: que ocupou o lugar de Artuzi e de Marcelo Barros no assistencialismo leva e traz; o patrão, que quebra o chapéu na testa e sai à compra de gado (voto); o socialista, que vai recu-perar o discurso e as memórias das suas militâncias; o papagaio de pirata, que vai se apropriar tanto da imagem quanto das obras do Executivo, como se fosse ele próprio o chefe-mandatário; o herdeiro, que vai (na surdina) atrás dos votos dos Uraganos cassados, com o apoio deles. E também haverá o candidato preparado, realmente honesto e bem intencionado, do tipo que quase nunca consegue se eleger.

Se há uma personagem dessa novela recontada que pode mudar o final recor-rente da história é o eleitor. Ele, ela, são donos do voto e dos seus destinos. Eles poderão encher, mais uma vez, os espaços públicos de corruptos ou não. Mais uma vez está sendo dada ao eleitor a chance de mudar a política de Dourados. Vai começar tudo de novo. Vai?

06 a 12 de julho de 201202 Opinião

Editorial

frasE da sEmana

“O PT é confiável. O neo-PT é que não é confiável... O Delcídio é traidor... Para mim, o Delcídio quer matar o Zeca dentro do PT...”Empresário Antonio João Hugo Rodrigues que, esta semana, acusou o senador Delcídio do Amaral de traição.

clichÊ Aurélio Munhoz (*)

Seu nome é Ivo Schiter. Completa 81 anos no dia 26 deste mês. Com um sorriso permanente no rosto, marcado pelos rigores do tempo, Ivo é uma das pes-soas mais respeitadas pela sua vizinhança, no bairro Cajuru, em Curitiba. Mora lá há quase quatro décadas em uma casa de madeira, humilde como ele.

Gaúcho de Porto Alegre, mudou-se com a família para Curitibanos (SC), onde começou a trabalhar na lavoura ainda crian-ça, aos nove anos. Depois, foi me-cânico, soldador, caminhoneiro. Fez outras tantas coisas duras na vida, como abrir estradas usando apenas uma picareta, no governo do presidente Getúlio Vargas. Tem as mãos acentuadamente calejadas pelas décadas de lida.

Deveria ter se aposentado aos 65 anos, como todo traba-lhador. Mas como a mãe só o registrou com dez anos de idade, levou mais uma década para conquistar o benefício. Mas não o descanso. No limiar dos seus 81 anos, Ivo Schiter continua trabalhando. É borracheiro, já há 36 anos. “Quebro um galho na borracharia para ajudar meu filho porque está difícil achar quem queira trabalhar”, explica, impressionado com a falta de disposição de muitos jovens para o suor no rosto.

Exploração E frustraçõEsLembrei-me de Ivo Schi-

ter por força da enxurrada de notícias veiculadas pela mídia a respeito do cansaço de Neymar. No vigor dos seus 20 anos, o camisa 11 da seleção brasileira e do Santos alega fadiga por sua rotina de estádios, treinos, aero-portos, compromissos sociais e gravações de comerciais de rádio e de TV. É plausível que Neymar esteja fisicamente cansado da vida atarefada que leva, ainda que grande parte dela seja plena de glamour, fama e dinheiro. O talento no trato da bola impôs mesmo ao craque uma vida cheia de compromissos. E a velocidade supersônica do futebol moderno torna dura a vida dos artistas dos gramados.

Neymar, enfim, tem o direi-to de se sentir cansado. Por não vivermos sob a égide do arbeit macht frei (“o trabalho liberta”) – suprassumo da fraseologia

nazista que se usava para escra-vizar os judeus nos campos de concentração – temos todo direito ao “ócio criativo”, como diria o sociólogo Domenico de Masi. O milionário e jovem Neymar, inclusive. O garoto do Santos é, com todos os méritos, nosso mais importante jogador de futebol, o que não é pouco no país com o maior acervo de títulos e ídolos do esporte.

Acontece que – perdoem-me os santistas fanáticos – mi-lhões de brasileiros, incluindo muitos apaixonados por futebol, também estão cansados. Primei-ro, de trabalhar, de fato. E de trabalhar duro, rotina diária de milhões de brasileiros que, di-ferentemente de Neymar, vivem histórias marcadas por cenários de exploração dos seus patrões, além de um infinito de frustra-ções no plano pessoal.

Noticiário bEstializadoSegundo, cansados do es-

candaloso grau de atenção que a mídia dedica ao jovem – foco deste artigo. Da quase absoluta irrelevância e futilidade dos te-mas ligados ao talentoso jogador. Da tentativa de transformá-lo no herói e no gênio – uma espécie de Ayrton Senna dos gramados – que ele, decididamente, não é. De se-rem bombardeados por uma tão intensa saraivada de perfumarias e paparicações – sobre ele, como de resto sobre tudo o que é fútil – que ofendem até a mais limitada inteligência.

A overdose de Neymar se torna ainda mais ofensiva e irri-tante quando se sabe que o país tem um rol de problemas tão gi-gantescos como nosso território, mas que, a despeito disso, não merecem um milésimo da aten-ção dedicada ao garoto do Santos pela imprensa. Alguém vai se apressar em dizer que ninguém é obrigado a consumir o caudaloso noticiário dos veículos que fize-ram de Neymar a mais festejada celebridade esportiva nacional. Há quem goste deste gênero de informação – e estas pessoas merecem o nosso respeito. Fica difícil acreditar, porém, que elas sejam maioria e que este gênero de besteirol justifique tanto espa-ço quanto informações de efetivo interesse público.

O cerne do problema é co-

nhecido. Ao impor uma superex-posição injustificada de Neymar, como de resto ocorre com tantas outras estrelas do show bizz, a mídia bestializa o noticiário porque revela uma clara escolha por um modelo de jornalismo não baseado na divulgação de notícias efetivamente relevantes para o conjunto da população brasileira.

cardápio dEfutilidadEsO modelo de jornalismo

que esta mídia adota se sustenta no entretenimento, no banal, no espetáculo, na perfumaria traves-tida de informação que interessa a uma minoria, mas que, na ver-dade, é tomada como assunto de interesse geral – a maquiavélica falácia de se tomar a parte pelo todo. Esquece-se, com isso, que seu papel é fundamentalmente social e seu compromisso é com a maioria – lições básicas que qualquer calouro de jornalismo deve saber. Não custa reabrir as feridas para lembrar, limitando-nos ao caso das rádios e TVs, que estes veículos operam por meio de concessões públicas aprova-das pelo Congresso Nacional e sancionadas pela Presidência da República. Usufruem da isenção de vários impostos. E recebem generosas doses de dinheiro público de governos e estatais – privilégio de que também go-zam certos jornalões, revistas e portais de notícias nacionais.

Deveriam, portanto, pautar seu trabalho prioritariamente pela defesa dos interesses na-cionais de todos os brasileiros, o que não significa que a mídia deva excluir o jovem jogador do noticiário. Significa, apenas, que não há absolutamente ne-nhum sentido em se dar tanta relevância a um menino que, decididamente, pouquíssimo importa para o desenvolvimento desta nação.

Diferentemente de Ivo Schiter, o borracheiro octoge-nário que, a despeito das suas amarguras, continua firme na sua duríssima lida diária (a mesma de milhões de brasileiros), Neymar está cansado. Nós, também: dos mimos concedidos a ele e do lauto cardápio de futilidades que domina boa parte da mídia na-cional. (*)Jornalista e sociólogo, Curitiba, PR

Celebridades: Neymar está cansado. Nós, também

chargE

linotipo luciAno MArtins costA (*)

Endereço:Rua Oliveira Marques, 2640

CEP 79.805-021 - Dourados-MSTelefone (67) 3422-6674

E-mail: [email protected]@folhadedourados.com.br

Folha On Line: www.folhadedourados.com.br

Diretor-geral: José Henrique MarquesDiretora-administrativa: Fernanda Garcia de BritoDiretor-regional: Edson FreitasEditor: Emerson Ferreira do Nascimento DRT/MS 135Assessor Jurídico: Upiran Gonçalves da Silva - OAB/MS 7124-AChargista: Amarildo LeiteEditoração: Jimmy Ricardo

Colaboradores: Valfrido Silva, Nicanor Coelho, Ademar de Lima, Ilson Venâncio, Waldemar Gonçalves (Russo) e Clóvis de Oliveira

Salvo editorial, este jornal não se responsabiliza por conceitos e ou opiniões emitidos através de matérias, artigos e colunas que são de responsabilidade de seus autores.

Impressão: Editora M.A. LTDA-ME CNPJ: 00.201.207/0001-24

Municípios de Circulação: Dourados, Campo Grande, Nova Andradina, Ivinhema, Angélica, Deodápolis, Glória de Dourados, Novo Horizonte do Sul, Jateí, Vicentina, Fátima do Sul, Douradina, Rio Brilhante, Itaporã, Caarapó, Na-viraí, Itaquiraí, Eldorado, Mundo Novo, Japorã, Guia Lopes da Laguna, Jardim e Bonito.

As imagens, bastante exploradas pela televisão, nas quais o prefeito de Palmas, no Tocantins, negocia com o bicheiro Carlos Cachoeira alguma ajuda financeira em troca de participação em seu futuro governo, são o retrato da falência do sistema eleitoral que fundamenta a democracia brasileira.

Sem sutilezas, as cenas demonstram que o sistema representativo da República é uma farsa: desde o lançamento das candidaturas, organizações como a que é comandada pelo bicheiro de Goiás se respon-sabilizam pelas campanhas, oferecendo consultoria para todas as necessidades dos par-tidos até o dia da posse. Depois, vem a cobrança.

No caso de Raul Filho, que se elegeu pelo Partido dos Trabalhadores em Palmas, os diálogos são exemplares: o então candidato pede ajuda de qualquer tipo, e acaba aceitan-do a oferta de um show para animar seu comício. O preço seria, claro, o superfaturamen-to de algum serviço público. Mais claro, mais transparente, não poderia ser.

Salvo esquemas mais sofisticados, como os acordos tácitos do instituto criado pela indústria de construção civil em São Paulo para financiar seus candidatos prediletos à prefeitura e à Câmara Mu-nicipal, essa é a realidade da política em todo o país.

raciocíNio primárioA rigor, não se pode cha-

mar isso de política. Na verda-

de, trata-se da apropriação do poder público por interesses privados, um tipo de negócio particular como qualquer ou-tro, com a diferença de que a conta é paga pelos cofres públicos.

No caso do bicheiro Ca-choeira, o fato agravante é que o dinheiro que financia candi-datos vem de atividades ile-gais. E não se pode descartar, por exemplo, a possibilidade de que até mesmo o lucro do narcotráfico esteja sendo devi-damente lavado em operações desse tipo.

Em São Paulo, já houve o caso de um candidato a deputado federal bancado diretamente pela organização criminosa conhecida como Primeiro Comando da Capital, cuja principal fonte de renda é o tráfico de drogas.

A tranquilidade com que se negocia a participação de bandidos no financiamento de campanhas eleitorais torna perfeitamente factível a sus-peita de que a liberdade de ação dos traficantes em muitas cidades brasileiras tenha sido negociada como parte dessas alianças.

Observe-se, por exemplo, como a operação das Forças Armadas na cidade paulista de Pirassununga em busca de ladrões de munições, levou o PCC a eliminar os suspeitos, para evitar que a operação militar continuasse a prejudi-car seus negócios com drogas. [...] Ora, é raciocínio primário ponderar que, se controlam a rotina dessas comunidades, os criminosos organizados

podem muito bem definir os resultados de eleições.

a dEmocracia sob risco O episódio envolvendo

Carlos Cachoeira com o pre-feito de Palmas pode ter vindo a público por iniciativa do pró-prio bicheiro, como um aviso de que teria muito ainda a mos-trar, quem sabe envolvendo alguns de seus acusadores.

Então, perguntaria o lei-tor, “estaria tudo dominado?” É bem possível que sim, mas a sociedade, a imprensa e os par-tidos políticos – mesmo aqueles profundamente contaminados pelo esquema Cachoeira – pre-cisam colocar um limite nessa negociata, sob pena de todos acabarem perdendo.

Mas não basta escan-carar e expurgar da política o esquema chefiado pelo bi-cheiro goiano. A sucessão de escândalos envolvendo financiamento de campanhas eleitorais está minando a cre-dibilidade do próprio regime democrático no momento em que o Brasil consegue produ-zir o fenômeno da mobilidade social massiva.

Sabe-se que a segunda e terceira gerações das famílias que ascendem da pobreza ten-dem a se tornar mais conserva-doras. Com as instituições polí-ticas minadas pela corrupção, uma sociedade conservadora e pouco educada se torna terreno propício à ação de aventureiros populistas, para risco da pró-pria democracia. (*)Jornalista e escreve para o Observatório da Imprensa.

Justiça e corrupção: Corrupção a céu aberto

Mid

iAM

Ax

Mid

iAM

Ax

presário e presidente do PSD, Antonio João Hugo Rodrigues (sem apresentar provas), Delcídio não hesi-tou em traí-lo, nem em trair seu próprio partido, o PT, em nome da proposta de fa-zer alianças para garantir sua vitória em 2014. Aliás, traição é a pa-lavra que mais se ouve de po-líticos nos últi-mos dias pelo estado. Em os todos os can-tos, um acusa o outro de trair acordos, partidos, ideologias, projetos.

Ainda de acordo com Antonio João, Delcídio e Andre teriam um pacto de “não agressão”, que garan-tiria a ambos, vitória anteci-pada nas eleições de 2014: o senador vira governador e o

governador vira senador. O resultado do próximo pleito estadual já estaria definido hoje, sem disputa, sem cam-panha, sem riscos.

A sopa de letrinhas em que se tornaram as coliga-ções nos municípios do Mato

Grosso do Sul mostram que os arranjos supra-partidá-rios evitaram o confronto di-reto entre os dois partidos nessas eleições

para prefeito. Com exceção de Campo Grande, onde Vander Loubet, sobrinho de Zeca, vai encarar o candi-dato de André Puccinelli, Edson Girotto. Mas essa animosidade não pode ser entendida como oposição a André ou ao PMDB, tra-ta-se de projetos políticos

pessoais, não de projetos partidários.

A teoria do “fim da his-tória”, do norte-americano Francis Fukuyama, defende, de forma geral, que a histó-ria da humanidade teria che-gado ao seu “fim” quando o sistema capitalista venceu a guerra contra o projeto de sociedade socialista da ex-União Soviética. Sem outra ideologia ou proposta de governo capaz de lhe fazer frente, o capitalismo teria se tornado hegemônico no mundo. No Mato Grosso do Sul, a “endireitada” do PT, através da política de alianças com os seus antigos adversários, decretou o fim do esquerdismo no estado e significou a consagração da vitória do PMDB e sua con-solidação como força política hegemônica. É o fim da his-tória política no estado.

‘Fim da história’ para a política do MS

“Se não existe possibilidade de fracasso, então a vitória é insignificante.” (Robert H. Schuller)

“Sê humilde quando a sorte te bafeja, e paciente quando te despreza.” (Baltasar Gracian)

“A paz, se possível, mas a verdade a qualquer preço.” (Lutero)

José Henrique Marques

LideGeraldo Resende acrescenta outratraição na ‘riquíssima’ biografia

Na iminência de ser processado, com autorização do Supremo Tribunal Federal, acusado de receber propina para viabilizar recursos para obras em Mato Grosso do Sul, através das emendas parlamentares, o deputado federal Geraldo Resende (PMDB) acrescentou ao apagar das lu-zes do processo pré-eleitoral mais traição em sua “rica” biografia política. Outra vez não honrando a palavra, traiu o colega de bancada Marçal Filho que foi impedido pelos convencionais peemedebistas de disputar a Prefeitura de Dourados com o aval dos comandados de Geraldo.

Num jogo de cartas marcadas desde que “perdeu” a indicação para enfrentar o prefeito Murilo Zauith em 7 de outubro com base em pesquisas eleitorais, Geraldo Resende sempre empenhou seu bigode a favor de Marçal. Recuou com o “migué” de que Marçal não construiu a candidatura. Puro cinismo.

Embora tenha pelos faciais entre o nariz e o lábio superior, é useiro e vezeiro de usar a retórica para negociar lá na frente com muitas vantagens, é claro. Não integra o grupo de homens que honram seus bigodes.

Aliás, Geraldo Resende iniciou sua carreira política traindo então companheiros tucanos no início da década de 90, quando para se eleger vereador desrespeitou a grande maioria do diretório municipal do PSDB e “acertou” com o PMDB de Braz Melo. De lá para cá o elenco de traições passam pelo PT de Zeca (no Governo MS) e de Tetila (na Prefeitura), PPS e agora Marçal. Até o governador André Puccinelli acusa-o de ingrato.

Mas, o grande traído nessa história toda é o povo de Dourados e de Mato Grosso do Sul, que é tratado como mera massa de manobra para as ambições pessoais de Geraldo Resende. Em Brasília, onde também deveria se preocupar em legislar e fiscalizar o Governo Federal, cultiva a obsessão por verbas públicas. Não é à toa que o grampo de Eleandro Passaia na Operação Uragano o atingiu, a Procuradoria Geral da República queira investigá-lo e, mesmo com três mandatos, ainda integre a bancada do “baixo clero” na Câmara dos Deputados, ou seja, os parlamentares que têm pouca ou nenhuma expressão política na Casa.

O que é seu, deputado, está guardado – pela Justiça do povo.

RetrancaAcinte - Cemar Arnal pa-

rece ser um homem destemido. Depois de flagrado recebendo propina e indiciado pela Polícia Federal por conta da Operação Uragano, o vereador do PDT aprontou feio com o empresário Nicácio Canteiro, que pensa em processá-lo.

Plantou – O deputado es-tadual Laerte Tetila passou por várias “saias justas”, domingo, na feira livre. Foi questionado por sua posição em relação às eleições municipais de 7 de ou-tubro. Muita gente cobrou dele candidatura própria do PT.

Febre – Virou moda em Mato Grosso do Sul as tais aca-demias ao céu aberto. O que tem de parlamentares federais oferecendo os instrumentos por aí não é brincadeira. O modus operandi parece ser o mesmo das ambulâncias que originou as “sanguessugas”.

Postergando – O prefeito Murilo Zauith (PSB) está avi-sando os aliados, às lideran-ças e candidatos a vereador: campanha política somente em agosto. Até lá será agente político apenas como prefeito. É uma estratégia de baixar os custos.

Fim – Dos seis processos originados da Operação Owari apenas dois ainda não foram ar-quivados, por enquanto. Em tese, todos os humilhados com a prisão e execração pública poderão pro-cessar o Estado por danos morais e outras cosita mas. É o Brasil!

Mentiras – Havia sabo-tadores no encontro decisivo do PT. Vazaram informações de que João Grandão teria chamado Murilo de traidor (não é verdade) e que Tetila pretendia ser candidato a pre-feito (nem na pauta essa tese encontrou).

Reflexão

[email protected]

torpedos

Anote: cobrança judicial e denúncia no Conselho de Ética da Câmara Federal porão “margarida” em maus lençóis.

Telegráfica

As decisões que se davam através do voto, nas urnas, agora são arquitetadas e acordadas em gabinetes

A saída de Zeca do PT do comando do Partido dos Trabalhadores (ao término do seu segundo mandato de governador) e ascensão do neopetista, senador Delcí-dio do Amaral, marcou o fim do período de polari-zação de forças políticas no Mato Grosso do Sul. PT e PMDB marcaram uma era de disputa de poder entre partidos e de antagonismos ideológicos, que chegou ao fim para dar lugar à dispu-ta entre facções internas aos partidos.

Os embates eleitorais deram espaço aos “acordos de alianças”. As decisões que se davam através do voto, nas urnas, agora são arquitetadas e acordadas em gabinetes. O PT não é mais marco do espaço da oposição no estado. Não existe mais oposição. O poder se tornou hegemô-nico e representa um único projeto.

O caminho escolhido pelo senador Delcídio do Amaral para chegar ao Governo do Estado foi o das “alianças”, ao invés do caminho do velho petismo que levou Zeca ao Gover-no, marcado pela disputa de cada “jarda” do campo adversário, acumulando vitórias em batalhas até ganhar a guerra.

Segundo acusou o em-

06 a 12 de julho de 2012 03PolíticaHegemoniaColuna nascimento

Sem oposição, PMDB de André

domina o estado e conquista hegemonia

Profecia feita, profecia cumprida: é Murilo!Sem SurpreSa Valfrido silVa

Quando, às vésperas do carnaval deste ano, mais precisamente no dia 15 de fevereiro, publiquei aqui um post com o título “André vai apoiar Murilo. E fim de papo!”, foi um pampeiro danado. Principalmente da parte do deputado Geraldo Resende, até então o que mais insistentemente se colocava como candidato de oposição a Zauith. Para ele este blogueiro fazia parte de uma rede de cons-piração sem retorno para prejudicar seus projetos.

Mais tarde, diante da interminável lengalenga, pressionado a tomar uma posição e já sendo acusado de estar com os pés em duas canoas, até o gover-nador se aborreceu com o Blog, ao afirmar que não adiantava ele dizer que iria apoiar A ou B, dentro do PMDB, diante da insistência de setores da imprensa em desauto-

rizá-lo. Que se setores, se só aqui rolava esse tipo de assunto, com a turma toda da dita imprensa subordi-nada, como sempre, ape-nas aceitando as matérias pagas das assessorias dos pré-candidatos? Pode ter havido, isto sim, algum tipo de comunicação telepática entre André e o blogueiro, já que tudo o que aqui foi escrito acabou acontecen-do e, pelo jeito, conforme ele havia planejado.

Quando, também em fevereiro, Odilon Azam-buja pediu as contas da Sanesul tentei arrancar dele se era para sair candi-dato a prefeito. A resposta, bem ao seu estilo, foi um peremptório não, com a alegação de que já estava aposentado, que não tem saco para a política e que tudo o que almejava na vida era curtir os filhos e os netos. Como em momento algum tive dúvidas quanto

ao teatrinho peemedebis-ta, continuei auscultando sobre o nome do vice que o velho “manda brasa” suge-riria a Murilo Zauith. Tanto que “lancei” aqui o médico Sebastião Nogueira, primo do outro Nogueira, o Antô-nio, o vice dos sonhos de Murilo e de André, mas vetado pelas confusões que arrumou com o demo Zé Teixeira e também com Geraldo Resende, além de Sérgio Henrique Araújo.

Bati na trave, já que, à última hora, acabaram pré-candidatos, Sebastião com o apoio do deputado George Takimoto e Sérgio Henrique lançado à últi-ma hora por Délia Razuk; depois, acordados, já na boca da urna, Sebastião e Antônio cabalando votos para Odilon.

Além do ponto final ao imbróglio que depois da surra levada por Marçal Fi-lho nas urnas da convenção

peemedebista Keliana Fer-nandes qualificava como marmelada, como se ela e seu amado não desconfias-sem de nada, a indicação de Odilon Azambuja como companheiro de chapa da reeleição pós uragânica aponta para uma providen-cial estratégia de André Puccinelli para 2014.

É que depois do en-terro coletivo de todos os adversários é bem pro-vável que o agora ainda mais todo poderoso Mu-rilo Zauith não se conten-te apenas em comandar politicamente a Grande Dourados, mas certamente querendo ir à desforra no âmbito do Estado, depois da frustrada tentativa de chegar ao Senado. André e Cia., pois, que se cuidem, já que o homem quando põe uma coisa na cabeça, sai de baixo. Que o digam Ari Artuzi e os algozes das outras derrotas.

André e Delcídio partilhando o estado: um vira governador e outro vira senador

arquivo

sucedida administração da Prefeitura de Angélica, credenciais mais que su-ficientes para qualificá-lo como candidato de Pucci-nelli e de Murilo a deputa-do federal em 2014.

Barbosi-nha já decla-rou (inclusive a essa folha), que pretende mesmo dispu-tar um cargo político nas próximas elei-ções estadu-ais, e será mais um nome forte a disputar os votos dos douradenses. Proble-ma para os atuais depu-tados federais Geraldo Resende e Marçal Filho, ambos do PMDB, que quei-ram ou não, saem desgas-

tados desse processo elei-toral pelas denúncias de “amarelarem” e fugirem da disputa com Murilo no apagar das luzes das con-venções partidárias, por isso mesmo, em circuns-

tâncias pouco claras.

Sem fa-zer a larde , Barbos inha mostrou que é o elemento surpresa na política dou-radense e que

sabe bem como articular nos bastidores, longe dos holofotes e das polêmicas, de maneira competente e eficiente. Barbosinha é “o cara” em um eventual se-gundo mandato de Murilo e em 2014.

Odilon Azambuja, ex-diretor regional da Sanesul é indicação dos ex-chefes: André Puccinelli e Barbosinha

A indicação “peeme-debista” de Odilon Azam-buja para vice de Murilo Zauith na disputa pela Pre-feitura de Dourados, é mais uma das muitas fantasias que povoaram o imaginário político nos últimos três meses no município. Assim como Geraldo Resende e Marçal Filho nunca foram uma opção séria de candi-datura para o PMDB (a vo-tação do diretório mostrou que tudo não passou de jogo

de cena), tampouco Odilon é uma escolha do partido. O ex-diretor regional da Sanesul é indicação dos ex-chefes: André Puccinelli e Barbosinha.

A pista foi o licencia-mento de Odilon Azambuja da Sanesul, em tempo há-bil, previsto em Lei, para ser candidato nessas elei-ções. Naquele momento, três meses atrás, estava selado o futuro do PMDB e do PT. Tudo que veio depois foi mera busca de surfar nas ondas da mídia e capi-talizar, nunca foi tentativa verdadeira de mudar os desígnios “divinos”.

Amigo de Murilo, José Carlos Barbosa (Barbo-sinha), presidente da Sa-nesul, é filiado ao Demo-cratas, antigo partido de

06 a 12 de julho de 201204 PolíticaO cara nascimento

O fator ‘Barbosinha’ na política douradenseedson freitas

Barbosinhamostrou que é o elemento

surpresa na política douradense

Murilo, portanto, além de amigo, é politicamente afinado com o prefeito e, importante: homem de absoluta confiança do go-vernador André Puccinelli,

que o colocou para dirigir a Empresa de Saneamento do estado e administrar um orçamento multimilioná-rio. Soma-se ao currículo de Barbosinha uma bem-

Barbosinha é homem de extrema confiança de André

Ao contrário do que se imaginava ao se descer-rar o palco das convenções municipais, daí se vislum-brando carinhas - algumas por demais carimbadas - e currículos dos peitudos dispostos a encarar as ur-nas em outubro próximo, em vez do início, propria-mente dito, da campanha eleitoral, o que se assiste é um verdadeiro festival de acusações, com traição de mamando a caducando. Pior, não apenas traição na acepção da palavra, entre companheiros, mas até entre parceiros “de momento”, isso mesmo, como os das “ficadas” na antiga e gloriosa Coréia douradense.

A história que mais vem dando pano pra man-ga é a de Delcídio do Ama-ral, tucano de coração que foi ficando petista pela conveniência do “mo-mento” lulista no âmbito nacional e, claro, também, por força do mandato. Assanhando-se para os lados de André Puccinelli desde 2010, quando preci-sava da reeleição, agora, vislumbrando novamente a possibilidade de, com apoio dele, vir a sucedê-lo no governo, com ele teria se encontrado na cala-da da noite para rifar os companheiros de partido estado afora. Zeca do PT, que até hoje se arrepende amargamente por não ter retribuído o apoio de Pedro Pedrossian à sua primeira eleição de gover-nador com a cadeira que chancelou a Delcídio no Senado, está espumando de raiva e exigindo expli-cações. Isto, depois de o galo ter cantado mais de três vezes anunciando a

amigO (?)

Traições refletem, ainda, o day after à UraganoValfrido silVa

traição do rechonchudo barrageiro do Pantanal. Se Delcídio traiu o PT com André, o que dizer da condição Nelsinho Trad, na outra ponta da cor-da trabalhando feito um doido, também, para que o governador “tratore” petistas e demais adver-sários acreditando ser ele o ungido de 2014?

Ainda nesta perspec-tiva, um pouco mais abaixo das linhas e dos travessões da Colônia Federal, outra estrela petista que estava ficando com um adver-sário histórico esperou a undécima hora de uma das intermináveis plenárias do partido para tentar um golpe pra lá de sorrateiro. Acredite quem quiser, mas o professor Laerte Tetila, bem ao estilo daqueles que dão o tapa e escondem a mão, só não saiu candidato porque a esposa, também professora, Zonir Tetila, fazendo jus à tradição da família Mattos, à última hora, acabou com as pre-tensões do marido de ten-

tar reaver a prefeitura que entregou de mão beijada ao Valdecir em 2008. Não por acaso, durante a con-venção de estilo americano no Cachoeirinha, sábado de manhã, o prefeito fez lembrar os dias em que andou emburrado pela indefinição de Puccinelli no período que antecedia a eleição para o Senado, dando-lhe as costas. De-pois, Zauith explicou que não se sentiu traído por Tetila, apenas ficou um pouco aborrecido, mas que o momento é de maturida-de e de juntar os cacos por Dourados.

A história se repetiu em vários municípios, e, mais interessante, confor-me denúncia do Correio do Estado de hoje, com o CBT de André Puccinelli pilotado por Delcídio do Amaral ignorando até mesmo alguns ponteiros de pesquisas, como o ra-dialista Alcides Bernal, em Campo Grande. Aqui um parêntese. Em lugar de traição, leia-se leilão,

com o último lance no expirar do prazo da con-venção.

Mas, afinal, por que tanto estica-e-puxa e tanta adrenalina num processo que deveria ser dos mais democráticos, dando-se aos partidos a oportunida-de de disputa e ao eleitor a de escolha? Muito mais que medo das urnas, pelas dificuldades de operacio-nalização da tal estrutura, reflexo, ainda, da Uraga-no, como remake do filme The Day After, na realida-de retratando a situação periclitante nos meses que se seguem ao início de conflito nuclear entre Estados Unidos e União Soviética. Assim como a guerra fria, num passe de mágica cinematográfica transformada em guerra quente entre as, até então, duas potencias mundiais, as traições destas eleições, que pareciam mornas, po-dem esquentar a tela da TV no horário eleitoral. Senão agora, com certeza em 2014.

Depois do flerte com PMDB, Murilo parece dar pouco crédito ao que Tetila fala

anita tetslaff

Keliana Fernandes (PSC) já é a grande surpresa dessas eleições. Quando ninguém mais esperava novidade, ela se lançou candidata à prefeita de Dourados e pôs lenha na fervura de uma campanha que, tudo indicava, seria levada em banho-maria. Ela e o seu vice, pastor Orlando Ortega Sanches (PTC), colocam-se na disputa como plano “B” do deputado fe-deral Marçal Filho (PMDB).

Antes de ser rejeitado pelo seu partido como can-didato, Marçal Filho já avia anunciado que, se fosse preteri-do, tinha um plano “B”: lançar a esposa candidata em seu lugar. No seu pronunciamento de candidata Keliana disse que a possibilidade de traição do PMDB a seu marido já era cogitada desde há um ano, pelo menos, quando então ela deci-diu sair do PMDB e filiar-se ao PSC, para ser a carta na manga de Marçal.

O marido de Keliana, que não estava presente na coletiva e que nem mesmo se pronun-ciou, até agora, em apoio à sua mulher, terá que escolher entre ser infiel ao PMDB ou a sua esposa, se vai ficar ao lado da esposa honesta ou do partido que não teve escrúpulo em traí-lo à luz do dia. Na verdade, ninguém espera que Marçal não fique ao lado de Keliana, que se mantenha ausente da campanha da esposa, o eleitor

jamais entenderia essa postu-ra. Contudo, se Marçal deseja mesmo ajudar a companheira a tornar-se prefeita, vai precisar sair do casulo e demonstrar todo seu desejo de marido.

Mesmo que se reconheça todo potencial e carisma de Keliana junto à grande parcela do eleitorado, a sua candida-tura seria apenas mais uma aventura de um partido nanico, não fosse o marido e as circuns-tâncias. Mas com todo o pano de fundo criado pelo PMDB, a candidatura de Keliana muda o panorama desenhado para a campanha eleitoral em Dou-rados. No mínimo, ela legitima a busca de Murilo Zauith pelo segundo mandato.

Keliana tem discurso para usar na campanha. Ela repre-senta a emoção que faltava em uma campanha demasiado racional e matemática. E qual-quer leigo sabe do valor prepon-derante do elemento passional em uma campanha política. Além disso, a traição sofrida pelo marido também poderá ser usada como elemento de discurso (talvez isso explique o nervosismo do secretario de Go-verno de Murilo, Zito, na tarde desta quarta-feira). Contudo, só o tempo dirá se Keliana vai utili-zar-se das armas que tem. E isso depende mais do engajamento do marido na sua campanha do que dela mesma. O eleitor vai ter que esperar para ver.

alô vOcê!

Keliana: plano ‘B’ de Marçal Filho

nascimento

Pastor Orlando (PTC) e Keliana Fernandes (PSC)

edson freitas

Centro-Oeste, com sede em Dourados.

O sistema cooperativo surgiu como proposta alter-nativa de produção, basea-da na solidariedade entre os associados, visando ao desenvolvimento conjunto. No mundo, já chega perto de um bilhão o número de pessoas que fazem parte de algum tipo de cooperativa, que pode ser feita nas mais variadas modalidades de produção e serviços. Com o tema “Cooperativas cons-troem um mundo melhor”,

a iniciativa da ONU tem como objetivo dar visibilidade ao movimento cooperativista, aumentando o interesse pú-blico sobre as

cooperativas e encorajando governos a estabelecerem políticas, leis e regulamen-tações condizentes e pro-pícias para a formação, o desenvolvimento e a esta-bilidade do setor.

No Brasil, o coope-rativismo tem crescido a

cada ano: em 2011, nos 13 ramos em que atua, o setor atingiu mais de 10 milhões de associados, re-gistrando um crescimento de 11% em relação ao ano anterior, de acordo com dados da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB). O aumento se dá também na geração de empregos: 296 mil pessoas

estavam empregadas em cooperativas em 2011, em torno de 9% a mais que em 2010, trabalhando em 6.586 cooperativas.

A Sicredi Centro Sul MS, Cooperativa de Crédi-to presente em Dourados, é um exemplo do sucesso crescimento possui atu-almente 45 mil sócios e está presente em 19 cida-

des do cone sul do Estado (Dourados 3, Caarapó, Rio Brilhante, Laguna Carapã, Amambai, Nova Andradi-na, Novo Horizonte do Sul, Naviraí, Iguatemi, Nova Alvorada do Sul, Itaporã, Ivinhema, Mundo Novo, Ponta Porã, Aral Moreira, Coronel Sapucaia e Bela Vista, são mais 450 milhões de reais em recursos ad-

ministrados e cerca de 300 milhões em operações de crédito. Em 2011 a Coope-rativa deu um resultados superior a 15 milhões de reais, dos quais pelo menos metade foram distribuí-dos aos seus associados, agregando renda e contri-buindo para a melhoria da qualidade de vida destas comunidades.

06 a 12 de julho de 2012 05EconomiaCooperativismo NascimeNto

Dourados participa de comemoração da ONU

Dourados fará parte da comemoração mundial pelo Ano Internacional das Cooperativas, instituído pela ONU. No próximo dia 7 de julho (sábado), das 8 às 14 horas, na praça Antonio João, diversas coo-perativas da cidade farão o “Dia C”, quan-d o e s t a r ã o reunidas para apresentarem os produtos e serviços oferecidos pelo sistema, além de atividades de lazer e culturais. Na ci-dade, o evento que também celebra o Dia Internacional do Cooperativismo, está sendo organizado pelo Si-credi, uma das maiores cooperativas de crédito do

No mundo, já chega perto de um bilhão o

número de pessoas que fazem parte de algum tipo de cooperativa

edson freitas

Representantes da imprensa foram recebidos por diretores e assessores de Comunicação do Sicredi Centro Sul MS

O risco que está se tornando realidade de uma frustração nas previsões da safra norte-americana de soja está catapultando os preços da soja nos merca-dos internacional e nacio-nal. A avaliação foi feita ao Agrodebate por dois dos principais especialistas no mercado de grãos em Mato Grosso do Sul, o presidente da Associação dos Produto-res de Soja (Aprosoja/MS), Almir Dalpasquale, e Ale-xandre Bueno Magalhães, analista de mercado da Grãos de Ouro Corretora, de São Gabriel do Oeste.

Em Mato Grosso , maior produtor do País, por exemplo, a cotação fechou na sexta-feira (29), a R$ 60 a saca em Sorriso e R$ 63 em Cuiabá. Já em Mato Grosso do Sul, os preços foram ainda maiores, a R$ 66 em São Gabriel do Oeste e R$ 67,50 em Dourados. Tanto Dalpasquale quanto Magalhães apontam que o mercado abre a semana com cotações acima de R$ 70 a saca.

Um exemplo de como o preço do soja está valori-zado é que na safra passa-da, neste mesmo período, o valor da saca estava sendo comercializado no patamar de R$ 40, conforme Ma-galhães, o que representa que entre um ciclo e outro houve uma valorização de 75% no valor da commodi-tie. “Temos que levar em conta o aumento do custo de produção também neste período, mas o valor está realmente alto”, comenta ele.

Panorama Nos Esta-dos Unidos, segundo Dal-pasquale, as lavouras de soja estão em um momento crucial, de floração e gra-nação, e estão sendo afe-tadas pela falta de chuva. “Da previsão de uma safra boa para ótima eles estão passando rapidamente de boa para ruim. É a lei do mercado, se vai ter menos produto disponível o preço logicamente vai subir”, explica.

O presidente da Apro-soja cita ainda outros fa-

tores que estão ajudando a elevar o preço da soja. “Além dessa perspectiva frustrada da safra de soja nos Estados Unidos, uma parte dos produtores de-les migrou para o milho para atender o mercado de alimentos, de ração e de etanol e houve ainda uma quebra de safra de 11 a 12 milhões de toneladas de soja na América do Sul. Junte tudo isso em um cenário em que os esto-ques mundiais já estavam baixos e a demanda estava alta para ter os preços no patamar atual”.

Dalpasquale lembra, entretanto, que a maior parte da safra de soja do País já foi comercializada o que impede que os pro-dutores aproveitem esse panorama de preços altos. “Em Mato Grosso do Sul, por exemplo, temos menos de 10% do produto na mão”, comenta, completando que para evitar que o pouco produto ainda disponível seja vendido para o mer-cado externo que as in-

dústrias brasileiras estão pagando prêmios muito altos aos produtores.

Neste cenário, o ana-lista de mercado da Grãos de Ouro Corretora diz que a tendência é que os preços da soja continuem subindo nos próximos dias. “Não podemos falar de um teto para os preços, até porque ao longo deste período podem ocorrer algumas realizações de lucros, de investidores que compra-ram por um valor e querem vender na alta, o que pode eventualmente afetar os preços”, alerta.

Magalhães diz que em razão do quadro atual, o mercado já começa a se preocupar também com a próxima safra de soja. “Nosso plantio começa em outubro. Temos que tor-cer para que não ocorram problemas climáticos com a safra no Brasil, segundo maior produtor mundial do grão, e a da Argentina, o terceiro. Se isso ocorrer, os preços vão disparar ainda mais”, conclui.

Efeito EUA catapulta preços em MS e MTsoja agrodebate

O Ibge (Instituto Brasi-leiro de Geografia e Estatís-tica) elevou, na avaliação de junho, a previsão da safra de grãos do país para 160,7 mi-lhões de toneladas. A nova es-timativa é 0,3% maior do que a divulgada no mês anterior, cuja previsão era 160,3 mi-lhões de toneladas. Dourados deve colher 30% a mais em relação a safra passada.

Caso a previsão se con-firme, o país terá, no final deste ano, uma safra de ce-reais, leguminosas e oleagi-nosas 0,4% maior do que a registrada no ano passado, que totalizou 160,1 milhões de toneladas. Segundo o Ibge, a área prevista para ser colhi-da em 2012 [49,4 milhões de hectares] é 1,6% maior do que a registrada em 2011.

Entre as três principais culturas do país (que repre-sentam 91% da produção de grãos), o único crescimento na produção neste ano deve-rá vir do milho (22,7%), que também deverá ter aumento de 10,5% na área plantada.

O arroz terá a maior queda na produção em rela-

ção a 2011 (14,8%) e também uma redução da área planta-da (13,2%). Já a soja terá uma queda de 12,3% na produção, apesar de um aumento de 3,5% na área plantada.

Entre os 26 produtos se-lecionados pela pesquisa do Ibge, a metade deverá apre-sentar aumento na produção em relação a 2011, como algodão herbáceo em caroço (4%), amendoim em casca primeira safra (25,3%), aveia em grão (12,3%), café em grão arábica (16,5%), café em grão canephora (9,7%), cevada em grão (14,3%) e feijão em grão segunda safra (8,0%).

Já entre os produtos que deverão ter queda na produção neste ano desta-cam-se amendoim em casca segunda safra (-29,8%), arroz em casca (-14,8%), batata-in-glesa primeira safra (-7,8%), batata-inglesa segunda safra (-20,1%), cana-de-açúcar (-7,4%), feijão em grão primei-ra safra (-36,3%), mamona em baga (-60,8%) e trigo em grão (-8%). Com informações da Agência Brasil.

safra

Dourados colhe 30% a mais e comércio deve ser aquecido

da redação

Edson FreitasColuna

[email protected] a 12 de julho de 2012 Estampa06

Aniversariantes

VivianeChagas,de Naviraí, dia 09

Valquíria do Nascimento,de Itaquiraí, dia 10

AlexandreCaobianco,de Itaquiraí, dia 07

Lia Nogueira, de Dourados, dia 08

Nathy Nanda Tolvai, de Dourados, dia 08

ValdomiroSobrinho,

de Mundo Novo, dia 06

Ibratin e Paraíso das Tintas treinam pintores

Mais de trinta pintores de Dourados foram capacitados com o curso IBRAART – Técnicas e Normas de Aplicação dos Produtos Ibratin. O evento realizado pela Paraíso das Tintas e Ibratin, com apoio do CREA-MS, aconteceu no Ceper do BNH-3º Plano. O palestrante foi Carlos Estodutto, auxiliado pelo consultor de vendas Anderson Silva. Também presenciaram a palestra arquitetos e representantes do Sebrae-MS. Vale destacar que Grupo Ibratin é uma organização empresarial focada no segmento de tintas e texturas, voltada para satisfa-ção dos clientes com qualidade, tecnologia, inovação, beleza e sustentabilidade, e a Paraíso das Tintas é a pioneira no ramo de tintas em Dourados onde atua há 40 anos. A família pioneira no ramo de tintas em Dourados, Junior, Rene e Artemio Franco entre Anderson Silva e Carlos Estodutto, da Ibratin

O empresário Rene Franco, da Paraíso das Tin-tas, é candidato a vereador pelo PT. É uma nova lideran-ça empresarial que surge para renovar a política de Dourados. Sucesso e para-

béns pela coragem e desprendimen-

to em se colocar como alterna-tiva ao elei-torado dou-radense.

EnfoqueFernanda Brito [email protected] 06 a 12 de julho de 2012 07

Um café da manhã com a imprensa, na segunda-feira (02), marcou o lançamento, em Dourados, do Dia Internacional do Cooperativismo comemorado sábado (7). Representantes das empresas jornalísticas foram recebidos pela Diretoria e assessores de Comunicação Social do Sicredi Centro-Sul MS. Fotos: Edson Silva.

• O Qualifica Dou-rados formou a primeira turma de 2012. Pessoas ins-critas no curso de pintura em tecidos receberam o certi-ficado de conclusão do curso de quali-

ficação.

• Em Dourados, na Praça Antonio João, acontece neste sábado (7) o Dia C, Dia de Cooperar. Este evento está sendo promo-vido pelas Cooperativas sediadas em Dourados com apoio da OCB/MS.

Durante a manhã terá uma programação com passeio ciclístico e apresentações culturais além de sorteio de bicicletas para os parti-cipantes. As Cooperativas Sicredi Centro Sul MS, Sicoob, MS Peixe, Unimed, Cergrand, Copacentro, Coopasol, Uniodonto e Uniprime estarão pre-sentes com estandes para visitação do público.

• Muita diversão e comidas típicas é o que promete o Arraiá do SESC Dourados,que será no dia 8 de julho domingo, com início às 13

horas. Haverá apresenta-ção de quadrilhas, shows musicais e barracas ca-racterizadas, com comidas típicas, um dos principais atrativos da tradicional festa caipira. A proposta é proporcionar lazer e inte-gração aos alunos do SESC e à família comerciária de um modo geral. O ingresso solidário é 1kg de alimento não perecível /ou 01 litro de leite de caixinha, que será revertido ao Mesa Brasil SESC.

• No dia 17 de julho, terça-feira, às 18h30, o corretor

de imóveis e advogado Pau-lo Roberto Xavier, do Rio de Janeiro, estará no auditório do Conselho Regional dos Corretores de Imóveis,em Campo Grande, para proferir a palestra “Des-mistificando as arras e as certidões nos negócios imo-biliários”, realizada pelo Conselho em parceria com o Sindicato dos Corretores de Imóveis de MS. O ingresso solidário é 1 kg de alimento não-perecível e é necessário confirmar presença pelo site www.crecims.com.br. Mais informações pelo te-lefone 3325-5557.

Dro

p’s

destaque

AniversAriAntes

• Vereador Walter Hora, dia 07• Vice-prefeita Dinaci Ranzi, dia 06 • Deputado estadual Laerte Tetila, 07

CAfé dA mAnhã com a imprensa

06 a 12 de julho de 201208 GeralParaguai MS JÁ

Governo lembra da Guerra e cria tensão na fronteiraPara o analista político paraguaio, José Carlos Rodríguez, o novo governo ‘faz uso provinciano e perverso da história’ ao citar a Tríplice Aliança

Com clima ainda ten-so no Paraguai, o presi-dente paraguaio Federico Franco, que assumiu após um suposto “golpe legal” contra Fernando Lugo, com discurso moraliza-dor de que acabaria com o nepotismo no Poder Público, deu demonstra-ções, esta semana, de que o país que faz fronteira com 11 cidades de Mato Grosso do Sul continuará sendo palco da falta de cumprimento de promes-sas de políticos.

Com 10 dias no cargo ele nomeou a cunhada, Mirtha Vergara de Franco, como conselheira da hidre-létrica de Itaipu e o pri-mo Víctor Rivarola como ministro na Secretaria de Ação Social. Durante o discurso de posse, no dia 22 de junho, Franco prometeu que “terminaria a época em que amigos e parentes ocu-pam cargos públicos”.

OpOrtunismOEssa semana também

a agência britânica BBC citou uma declaração do re-presentante paraguaio na Organização dos Estados Americanos (OEA), Hugo Saquier, que dizia que Bra-sil, Argentina e Uruguai ar-mavam uma “nova Tríplice Aliança” contra a nação, em referência à união dos três durante a Guerra do Paraguai (1864-1870).

“Se quiserem formar outra Tríplice Aliança, que o façam. (…) Não será

a primeira vez”, disse Sa-quier, queixando-se do que avaliou como uma articu-lação entre os três para expulsar o Paraguai do Mercosul e da Unasul, sem dar chance de defesa.

Por ora, o trio já suspendeu o país da cú-pula do Mercosul nesta sexta-feira, em Mendoza (Argentina). O Paraguai também foi impedido de

participar de reunião da Unasul nas mesmas data e cidade, quando o bloco sul-americano anunciará sua posição sobre a crise paraguaia.

A imprensa paraguaia através do ABC Color, um dos principais jornais pa-raguaios e que foi funda-do durante a ditadura de Alfredo Strossner dando suporte até 1983, tenta dar suporte ao “isolamento” semelhante ao da Tríplice Aliança. O La Nacion que é de 1995 segue a mesma linha nacionalista.

Para o analista políti-co paraguaio, José Carlos Rodríguez, o novo governo ‘faz uso provinciano e per-verso da história’ ao citar a Tríplice Aliança para criticar a postura dos paí-ses vizinhos. ‘O discurso é muito útil ao governo, que usa um trauma coletivo para defender algo inde-fensável. Assim, fazem-se de vítimas e transferem a culpa aos outros’. Segun-do ele, a posição adotada por Brasil, Argentina e Uruguai quanto ao impe-achment de Lugo é equili-brada e visa responder ao ‘golpe de Estado que houve no Paraguai’’, publicou a BBC.

Representantedo Governo

mexe na ferida da Guerra e cria

tensão

Esta semana começou com novidades na grade de programação na TV RIT local. Trata-se do programa RIT Motors. Um programa centrado na venda de veícu-los novos e semi-novos que aborda ainda os cuidados que o proprietário deve ter na conservação de sua má-quina e dicas de trânsito para ajudar a pessoa que dirige a fazê-lo com mais segurança.

O programa será exibi-do aos sábados às 11h30, sen-do reprisado diariamente de domingo a sexta logo depois do programa SOS Cidadão.

“Dourados se tornou um grande centro de com-pras da região sul do Estado e no segmento de veículos seminovos não é diferente. Com mais de 100 lojas es-tabelecidas na cidade este mercado está cada vez mais concorrido, por isso a TV

RIT lança esse programa voltado para o setor junta-mente com as principais garagens e concessionárias”, declara Wagner Almeida, diretor comercial da TV RIT em Dourados.

“Queremos fazer um programa simples, mas efi-ciente. Que seja uma nova ferramenta para o consu-midor que procura por um veículo que atenda suas ne-cessidades. Para isso, coloca-

mos detalhes como valores, ano de fabricação e outros itens importantes”, afirma Luciana Simião, cinegrafista e diretora de imagens.

O Programa tem ain-da como apresentador o radialista Beto Godoy, na direção geral Maciel Arruda e Amarildo Leite como vide-ografista.

O telefone para conta-to é (067) 3416-8200/(067) 9971-3207

RIT Motors: estréia programa centrado em vendas de veículos semi-novos TV riT da redação

Luciana Simião e Beto Godoy filmam para o RIT Motors

amarildo leite

O presidente paraguaio Federico Franco assumiu após um suposto “golpe legal”

divulgação

ConsCiênCia CósmiCaAdemar de Lima *Expansionista consciencial & pesquisador

Sim, existem gatos com persona-lidades variadas. Alguns mais tímidos outros mais sociáveis, dependentes, outros ariscos e isso têm muito a ver com a raça desses animais.

Dentre as variadas características da personalidade encontra-se o gato ex-plorador que apresenta um excesso de confiança desconhecendo qualquer situ-ação de perigo.

É necessário cuidado especial com eles, cuidar objetos, plantas tóxicas, fios elétricos porque tudo para eles são motivos de descoberta.

O gato cuidadoso é calmo, retraído, gostam da rotina, e evita situações dife-rentes das habituais.

Elege sempre um local para se refu-giar de companheiros ou visita ali perma-necendo até se sentir seguro e protegido. Muitas vezes somente aparece quando a visita vai embora.

Para quem cuida dele é toda atenção, mas não dá confiança para estranhos e por essa condição se torna muito dependente do seu dono.

O sociável ao contrário já gosta de companhia dos humanos e de outros gatos e até de outros animais. Interagem bem e isso faz com que assuma comportamento explorador e de confiança. Adora ser mi-mado e procura por isso.

Há também o gato independente que

não gosta de ser incomodado, passeiam em terrenos baldios, andam por cima de mu-ros, dormitam ao sol e aparecem quando querem comer, beber ou a atenção do seu dono. Muito arisco e de poucos amigos.

Bem, mas seja lá qual for o compor-tamento ou a raça do seu animal, zele dele garantindo as cinco liberdades assegura-das pela legislação de bem estar animal mantendo-os livres: de fome e sede e com acesso à água fresca e a uma dieta que os mantenha saudáveis e vigorosos; de desconfortos e vivendo em um ambiente apropriado que inclui abrigo e uma área confortável para descanso; de dor, feri-mentos e doenças por meio de prevenção ou de rápido diagnóstico e tratamento; para expressar comportamento normal, uma vez que lhes sejam garantidos: espaço suficiente, condições de moradia apropria-das e a companhia de outros animais de sua espécie; de medos e angústias e com a garantia de condições e tratamento que evitam sofrimentos mentais.

Boa semana.

Gatos: eles têm personalidade?

(*) Anderson Vendruscolo, Carlos Eduardo Zanetti , Creilda Santos Alves, Cristiani Paula Souza, Kcleyr Gonçalves dos Santos, Robson Soares Capecci , Simoni Nunes Amaro, Winnie Batista Gonçalves.

06 a 12 de julho de 2012 09Saúde

Governo quer aumentar doadores no país

Infecção urinária, questão da física (3/5)Por desconhecimento

nossa cultura alimentar é pelo sabor ou pelo visual, quando muito nos preocu-pamos com as colorias e os carboidratos, seguimos a moda e copiamos estilos. Se todos falam é normal, se todos comem também como, ninguém se preocupa ou presta atenção às proteínas, vitaminas e a regulação de sais minerais. Queremos temperos, queremos sabor e sabor é sinônimo de sal que é sódio, que potencia-liza as mitocôndrias e os complexos de Golgi e outras organelas componentes da estrutura orgânica das cé-lulas. Nossa vida moderna e acelerada nos remete aos fast food’s (não sou contra, adoro a praça de alimenta-ção do shopping!), porém não como, como comes, degusto e já compreendo um pouquinho sobre os ômegas e iodos que minhas

tireóides e hipófise necessi-tam. Além disso “converso” com meus órgãos internos, não os agrido com deliciosos e irresistíveis temperos e condimentos. Como apren-diz decidi compreender o meu metabolismo orgâ-nico/físico e seu perfeito funcionamento dando-lhe o “combustível” necessário, como nas aulas.

Citei a infecção urinária porque está relacionada com o não processamento corre-to do sal deixando o sódio “oxidado” e a córtex renal não dá conta de processar obstruindo a alça de henly. Assim o metabolismo não pode parar e o órgão parte para os planos emergenciais B, C e D e só depois entra em colapso. A guerra energética das eletricidades química com a eletromagnética, além de influências externas de energias elétricas de nossos aparelhos “modernos” pro-

ram mostrados com podero-sos microscópios eletrônicos, um na área da medicina e o outro na área da Física. O aparelho da Medicina focali-zou o plasma sanguíneo, suas células e organelas e tudo o que “navega” naquele oce-ano orgânico, parando a fo-calização numa hemoglobina acoplada por uma organela denominada de “ferro M” e outras denominadas de “ferro não M” nadando no oceano plasmático da dimen-são orgânica. O microscópio da Física foi um pouco mais além e focalizou a mesma cena, porém na dimensão atômica e foi possível saber porque a organela “ferro M” se acoplou na hemoglobina e a “ferro não M” flutuou entre as partículas atômicas. Ambas regidas sob a energia eletromagnética, a “ferro M” magnetizada de acordo com o eletromagnetismo da hemoglobina, e a “ferro

não M” magnetizada pelo espaço entre moléculas e ambas com consciência de onde deveriam atuar nos próximos minutos. A “ferro M” serviria a uma célula glial próxima do núcleo de um neurônio e a “ferro não M” pertencia a um grupo de trabalho e função completa-mente diferente, que tradu-zindo era dar “viscosidade férrica eletromagnética” no oceano plasmático. No mi-croscópio da Física apenas uma partícula flutuado no “nada”, no aparelho da Me-dicina organelas coloridas “nadando” num líquido vis-coso. A mesma organela no mundo orgânico e no mundo atômico simultaneamente tinha consciência de seus afazeres em cada dimensão. É assim que faço quando estou fora do corpo por isso afirmo que precisamos sair, para que ele se restabeleça quimicamente.

Vida AgênciA BrAsil

O número de doadores de órgãos no Brasil cresce cada dia e, com ele, o índice de transplantes realizados no país. Atu-almente, o programa público nacional de transplantes de órgãos e tecidos é um dos maiores do mundo. Para ser doador, não é necessário deixar documento por escrito. Cabe aos familiares autorizar a retirada, após a constatação da morte encefálica. Neste quadro, não há mais funções vitais e a parada cardíaca é inevitável.

Embora ainda haja batimentos car-díacos, a pessoa com morte cerebral não pode respirar sem ajuda de aparelhos. O processo de retirada dos órgãos pode ser acompanhado por um médico de confiança da família. É fundamental que os órgãos sejam aproveitados enquanto há circula-ção sangüínea para irrigá-los. Mas se o coração parar, somente as córneas poderão ser aproveitadas.

Quando um doador efetivo é reco-nhecido, as centrais de transplantes das secretarias estaduais de saúde são co-municadas. Apenas elas têm acesso aos cadastros técnicos de pessoas que estão na fila. Além da ordem da lista, a escolha do receptor será definida pelos exames de compatibilidade com o doador. Por isso, nem sempre o primeiro da fila é o próximo a ser beneficiado. As centrais controlam todo o processo, coibindo o comércio ilegal de órgãos.

A doação é regida pela Lei nº 9.434/97. É ela quem define, por exemplo, que a retirada de órgãos e tecidos de pessoas mortas só pode ser realizada se precedida de diagnóstico de morte cerebral consta-tada por dois médicos e sob autorização de cônjuge ou parente. Para ser doador,

duz resíduos, e destes sur-gem o que denominamos de vírus, que hora se comporta como minério e hora como metal em estados químicos que ainda desconhecemos, e o que é intrigante, todos têm consciência. Eu sei que para você é difícil aceitar porque você raciocina consciência com cérebro ou rede neural idêntica a nossa. Te afirmo que o núcleo da célula é o “cérebro” (dessa célula),

que o núcleo do vírus tam-bém é. Portanto, bem antes da energia eletromagnética, existe outra energia supe-rior a qual desconhecemos. Numa dessas aulas constatei que a folha tem consciência da árvore a qual pertence, ou seja, ela tem consciência de seu estado anímico em relação a sua origem e suas funções dentro do “processo árvore”.

Dois experimentos fo-

não é necessário deixar documento por escrito. Cabe aos familiares autorizar a retirada de órgãos.

• Ter identificação e registro hospitalar;

• Ter a causa do coma estabelecida e conhe-cida;

• Não apresentar hipotermia (temperatura do corpo inferior a 35ºC), hipotensão arterial ou estar sob efeitos de drogas depressoras do Sistema Nervoso Central;

• Passar por dois exames neurológicos que avaliem o estado do tronco cerebral. Esses exames devem ser realizados por dois médicos não participantes das equipes de captação e de transplante;

• Submeter o paciente a exame complementar que demonstre morte encefálica, caracterizada pela ausência de fluxo sangüíneo em quantida-de necessária no cérebro, além de inatividade elétrica e metabólica cerebral;

• Estar comprovada a morte encefálica. Si-tuação bem diferente do coma, quando as células do cérebro estão vivas, respirando e se alimentando, mesmo que com dificuldade ou um pouco debilitadas.

Observação: Após diagnosticada a morte en-cefálica, o médico do paciente, da Unidade de Terapia Intensiva ou da equipe de captação de órgãos deve informar de forma clara e objetiva que a pessoa está morta e que, nesta situação, os órgãos podem ser doados para transplante.

PArA ser doAdor é Preciso

Alemão que escolheu viver na cidade dá dicas dos atrativos locais: Gruta do Lago Azul é um dos cartões-postais

Quando decidiu se apo-sentar, há seis anos, o geólogo alemão Frank Stolzenberg, de 56 anos, vivia na Holanda e tinha como opções voltar para a terra natal ou morar em um dos vários países da Ásia, Eu-ropa ou Oriente Médio pelos quais havia passado ao longo da carreira. Mas, depois do casa-mento com uma brasileira e de várias viagens a Bonito, a 300 quilômetros de Campo Grande, o geólogo deixou o Velho Con-tinente para recomeçar a vida em um paraíso natural.

“Escolhi Bonito pela se-gurança, tranquilidade e pela vida simples. Tive o primeiro contato em 1996, e desde então voltei todos os anos nas férias, até montar base aqui, em 2006. Foi como um sonho realizado. Sempre gostei de lagos e rios, e o cenário da Serra da Bodo-quena em torno da cidade me encantou”, disse Frank.

Da antiga profissão, res-tou apenas o gosto pela natu-reza. Frank tornou-se apicultor e dono de pousada ao lado da esposa, a artista plástica Maria Pires. As experiências como turista e empresário permiti-ram que o casal conhecesse a maioria dos atrativos locais. E para quem pretende visitar a cidade, eles dão dicas que não se encontram em qualquer guia de viagens.

“Uma coisa que não falam no guia é que alguns grandes restaurantes cobram muito caro e não dão tanto valor para o atendimento. Às vezes, basta

Naviraí – A escola municipal José Carlos da Silva está desenvolvendo um projeto de trânsito em parceria do núcleo de trânsito de Naviraí. O projeto visa à conscientização e a mudança de comportamento dos alunos e do público em geral. Com o tema “Pedestre consciente, trânsito eficiente”, o projeto é constituído por atividades internas e externas, como palestras com profissionais do trânsito e simulações em rotatórias e faixas de pedestres. Na sexta-feira (29) a es-cola realizou uma panfletagem, onde os alunos do quarto ano da escola distribuíram panfletos na Avenida Miguel Sotane, no bairro Jardim Paraíso. Para que a atividade acontecesse à escola contou com a parceria dos profissionais do trânsito do município, que fizeram toda a segurança no local.

Mundo novo – Indiscutivelmente o município vive um momento extraordinário em sua história, onde a paz reina de forma absoluta, a união entre os poderes e comunidade é bastante saudável e o desenvolvimento está á todo vapor. Prova disso é a explosão no campo da construção civil. Casas sendo construídas em todos os bairros, prédios comerciais e residenciais sendo edificados, hotéis sendo levantados em número de cinco simultaneamente. Na entrada da cidade o terreno está sendo preparado para a construção de um hotel e do lado da pista e uma churrascaria do outro, além de mais setenta unidades habitacionais para as famílias de baixa renda, além de 181 já entregues nesta gestão. A qualidade de vida sendo elevada em vários setores como especialmente na saúde e educação, e assistência social. Estradas rurais cascalhadas, readequadas e em ótimas condições de tráfego. Área urbana sendo transformada em rural, a piscicultura e bovinocultura leiteira crescendo assustadoramente, e acima de qualquer avanço, a paz reina absoluta entre a comunidade e a segurança pública tem sido destaque em nível estadual. É assim que Mundo Novo com 18 mil habitantes respira o seu dia: com otimismo, perseverança, união paz e com cheiro de progresso.

Jardim – O Centro de Convenções Oswaldo Monteiro foi palco da reunião do empresariado local com a equipe promotora do FCO Itinerante, que está realizando um ciclo de palestras e apresentações sobre o programa no Sudoeste do Estado. A reunião foi aberta a empreendedores urbanos e rurais, micro e pequenas empresas e pequenos produtores rurais e propôs divulgar e orientar potenciais investidores para captação de recursos junto ao Fundo no Estado. A iniciativa é uma parceria do governo estadual - através da Seprotur, Iagro e Agraer - com o Ministério da Integração Nacional, Superintendência Regional do Banco do Brasil, Sicredi, BRDE, Banco da Gente, Sebrae/MS, com apoio da Famasul, Fiems Fecomércio e Fetagri/MS, além da Prefei-tura de Jardim.

Itaporã – A prefeitura, através da Gerência de Saú-de pública realizou reunião com hipertensos e diabéticos residentes nos distritos de Montese e Pirapora, que rece-beram orientações referentes ao controle da tuberculose. Na ocasião foi realizada a coleta de material para exame de escarro, além da realização da aferição de pressão arterial, exame de glicemia capilar. Mensalmente serão entregues medicamentos para os hipertensos e diabéticos. As reuniões serão realizadas mensalmente pela equipe da Estratégia da Saúde da Família de Montese e Piraporã juntamente com a participação de técnicos da Gerência, visando à educação para prevenção e promoção da saúde tendo em vista à inte-gralidade da assistência a saúde.

iviNhema - Este é o 6º ano que a Prefeitura e a Polícia Militar executam o Programa Educacional de Resistência às Drogas. Tal iniciativa já capacitou aproximadamente 4.750 crianças e jovens e tem como objetivo proporcionar o crescimento e o desenvolvimento global de crianças e adolescentes, tornando-os cidadãos críticos, capazes de resistir às pressões para usarem drogas e, consequente-mente, ajudarem na construção de um país melhor. Este projeto abrange os estudantes de 10 a 12 anos de idade de todas as escolas do Município (públicas e particulares) e a cada semestre é formada uma nova turma. A formatura da turma (de aproximadamente 240 estudantes) do primeiro semestre de 2012 aconteceu na noite do dia 03, no Instituto de Educação Nova Geração - Positivo.

ItaquIraí – A Prefeitura entregou termos de compro-misso de doação das 30 unidades habitacionais do Loteamen-to Nova Esperança II, no dia 29 de junho. “A casa própria é muito importante para as famílias beneficiadas, que têm difi-culdade em pagar aluguel devido à renda baixa. Assim, eles vivem com mais dignidade”, diz a prefeita Sandra Cassone. Os beneficiários estão morando nas unidades habitacionais desde novembro do ano passado. Essas casas fazem parte do Programa Minha Casa, Minha Vida, e foram construídas com investimentos de R$ 360 mil do Governo Federal, de R$ 150 mil do Governo do Estado. O município cedeu à área e investiu na infra-estrutura do local, instalando rede de água, iluminação pública e regularizando os lotes.

municípios EM foco

06 a 12 de julho de 201210 Regional

Mergulhos em rios e banhos em cachoeiras são atrações

Bonito Hélder rafael (*)

arquivo

Shell não comprará matéria prima em região de conflitoCaarapó da redação

A Shell, sub-concessioná-ria do grupo Raízen informou que a empresa não comprará mais álcool produzido em áre-as de disputa entre indígenas e produtores rurais. A Raízen é formada pela união da Cosan

e da Shell.A medida impactou dire-

tamente a região de Caarapó no Mato Grosso do Sul, onde havia produtores de cana fornecendo matéria prima em área de disputa. O Minis-

tério Público do Estado vinha pressionando a empresa, que para não ter ranhuras na imagem decidiu abrir mão do produto.

A terra indígena em ques-tão em Caarapó é a Guyraroká,

que tem fazendas no entorno. A ONG Survival foi quem fez pressão internacional contra a Shell. Agora os ambienta-listas da ONG afirmaram que a Raízen virou um exemplo a ser seguido.

Setor florestal é estimulado no interior de Mato Grosso do SulMais Floresta da redação

Por meio do Progra-ma Mais Floresta, ciclo de palestras que incentiva a produção de eucalipto e seringueira no Mato Grosso do Sul, o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – Se-nar/MS pretende estimular os produtores rurais do Es-tado ao plantio de um milhão de hectares de florestas até o ano de 2030.

A cidade de Batayporã é o 17º município a receber o programa constituído de cinco palestras que tratam de temas relacionados ao

mercado da borracha natural e a rentabilidade do culti-vo da seringueira, manejo, linhas de financiamento, rentabilidade da pecuária com o eucalipto e o mercado regional do eucalipto.

Nessa edição foi acres-centada uma palestra refe-rente as adequações emer-genciais relacionadas ao novo código florestal, que será ministrada por Samanta Pineda, advogada e consul-tora jurídica para assuntos ambientais da Frente Parla-mentar da Agropecuária no

Congresso Nacional.As próximas cidades a

receberem o Programa Mais Floresta serão Chapadão do Sul, no dia 7 de agosto, e Cassilândia que deverá sediar o Encontro Sul-Mato-Grossense do setor, no dia 9 do mesmo mês.

Mais Floresta - O pro-grama faz parte do Plano para o Desenvolvimento Sustentá-vel de Florestas Plantadas, que define estratégias para o desenvolvimento florestal em Mato Grosso do Sul e prevê o plantio de 1 milhão de hecta-

res de florestas até 2030, nas cidades da região nordeste do Estado que possuem alta demanda de matéria-prima para a indústria florestal, como a celulose e o papel.

O Mais Floresta é reali-zado pelo Senar/MS em par-ceria com Famasul, e conta com apoio do Painel Flores-tal, Cautex Florestal,Banco do Brasil, Banco Regional de Desenvolvimento do Ex-tremo Sul - BRDE, Reflore MS, Sebrae/MS, Sociedade Brasileira de Agrossilvicul-tura-SBAG.

ir à praça central e comer um espetinho de carne assada, com mandioca e arroz. Um grupo de turistas da República Checa seguiu a recomendação, e de-pois nos disseram que nunca tinham comido algo tão saboro-so. E o atendimento é simples e agrada”, diz Frank.

A maioria dos atrativos naturais de Bonito situa-se na área rural, mas quem se hos-peda nas pousadas e hotéis da área urbana pode fazer um pas-seio à noite pela avenida Pilad Rebuá, a principal da cidade. “As calçadas receberam novo paisagismo e a via está mais segura para os pedestres. Os principais restaurantes e lojas estão lá, e muitos ficam abertos até a meia-noite. Sem contar os bares com música ao vivo”, conta Maria.

Nas refeições, Maria su-gere restaurantes especializa-dos em servir pescado sem es-pinhas. Há ainda lanchonetes que oferecem sabores exóticos, como sanduíche de carne de jacaré e pastéis de pintado e de pacu.

Sobre bonito Conhecida no país e no

exterior pela riqueza natural, Bonito situa-se na Serra da Bodoquena, onde há um par-que nacional sem visitação pública. A cidade de 19 mil habitantes oferece dezenas de opções turísticas, que vão da contemplação da fauna e flora

até roteiros radicais, como rapel e descida de tirolesa. Alguns atrativos já serviram de cenário para locações de duas novelas, “Alma Gêmea” (2005) e “Viver a Vida” (2011).

De carro ou ônibus a par-tir de Campo Grande, a viagem dura cerca de quatro horas, cruzando rodovias desconges-tionadas. Outra opção é por via aérea. O aeroporto de Bo-nito recebe voos regulares às quintas-feiras e aos domingos. Os períodos de alta temporada são definidos com base nos feriados prolongados e nas férias escolares. A rede de hospedagem é ampla e conta com cerca de 5 mil leitos. O preço das diárias em pousadas parte de R$ 50, mas em alguns hotéis pode chegar a R$ 1,5 mil, dependendo da época do ano.

AlimentAndo mAcAcoSPara que o visitante possa

aproveitar bem a estadia em Bonito, Maria Pires recomenda que sejam feitos pelo menos três passeios diferentes: gruta, cachoeira e flutuação. O acesso à Gruta do Lago Azul, um dos cartões-postais da cidade, li-mita-se a pequenos grupos por dia, com objetivo de manter a preservação do lugar. Mas isso não diminui o impacto causado pelas belezas da gruta.

“Quando fui pela primei-ra vez, em 1996, a gente podia tocar nas formações rochosas,

e anos antes era permitido até tomar banho no lago. Hoje é tudo proibido. Sou a favor, porque se não fosse isso, tudo estaria degradado”, comenta a artista plástica.

A fauna silvestre chamou a atenção de Frank nas Ca-choeiras do Rio do Peixe, que ficam na fazenda Água Viva. “É possível dar banana aos macacos. As aves são mansas, vêm no ombro da gente”, conta o alemão.

O Parque das Cacho-eiras, situado na parte alta do rio Formoso, deixou uma impressão especial em Maria por conta da possibilidade de banhar-se em sete quedas de água límpida. “Na Noruega, por exemplo, também existem cachoeiras lindíssimas, mas a água nunca passa dos 15 graus e o banho não é agradável. Em Bonito, faz calor o ano inteiro”, diz.

Para a flutuação, os ins-trutores são muito bem prepa-rados e pacientes. “Existe um treinamento antes dos mergu-lhos, e o visitante usa sempre roupa, máscara e colete apro-priados. Teve uma alemã de 77 anos que ficou com medo, mas depois de mergulhar no Aquá-rio Natural, ficou estarrecida com as belezas subaquáticas”, lembra.

Tanta coisa para se ver e fazer em Bonito fez com que Maria e Frank mudassem ra-dicalmente o estilo de vida que eles mantinham na Europa. “Quando mudamos para cá, trouxemos de navio uns 30 volumes com objetos pessoais, livros e outras coisas. Mas fomos nos envolvendo com a chácara e a pousada, e aquelas caixas ficaram fechadas por mais de dois anos. Então per-cebi que eu não tinha vontade de abri-las. Recomecei a vida só com uma camiseta, shorts e um número de celular novo”, lembra Frank. (*) Do G1 MS.

Para a flutuação, instrutores são muito bem preparados e pacientes

9611-2431

06 a 12 de julho de 2012 11Entretenimento

palavras cruzadas

res

po

sta

d

a a

nte

rio

r

horóscopo da semana www.somostodosum.com.br

www.coquetel.com.br

O ESPETACULAR HOMEM ARANHAJá em pré-estreia em algumas salas de

cinema no Brasil, O ESPE-TACULAR HO-MEM ARANHA será lançado oficialmente nesta sexta-feira, 06 de julho em todo o País nas versões tradicionais e 3D. Pra quem não sabe, em Dourados, depois de um breve intervalo temos de volta a sala 3D no cinema do Shopping.

O crítico de cinema Pablo Villaça, do site Cinema em Cena, fez alguns breves co-mentários sobre o filme e o criticou de forma negativa, dizendo ser apenas uma repetição da já conhecida origem do Homem Aranha que já vimos na primeira produção de Sam Raimi. Tachou o filme de chato, disse não te gostado do astro Andrew Garfield, o Peter Parker e, não contente, atacou ainda o 3D convertido dizendo não ter sido bem usado pelo diretor Marc Webb.

Porém, algumas pessoas que já assisti-ram ao filme rebateram em comentários e defenderam a abordagem da estória dizendo que se trata de um recomeço e desta vez, con-tando a origem do personagem de forma mais detalhada. Alguns elogiam Andrew dizendo ser um Peter melhor que Tabey Maguire, do primeiro Homem Aranha. Iniciei dizendo isso tudo com a intenção de preparar você so-bre uma opinião profissional de um lado e de outro, de pessoas que simplesmente gostam de um bom filme e, pelo jeito, no caso elas se divergem e muito. De minha parte a única coisa que posso dizer é: Vá ao cinema, pois de uma forma geral a crítica internacional tem elogiado a produ-ção.

E já que estamos falando deste lança-mento muito esperado pelos fãs do Aranha desde os gibis, quero apresentar o herói para aqueles que ainda não o conhecem como foi criado originalmente. (Wikipedia, socorrooooo!!!!!!)

Homem-Aranha (Spider-Man em in-glês) é um personagem fictí-cio da Marvel Comics. É um dos mais importantes e populares super-heróis das histórias em quadrinhos, séries animadas, filmes, jogos e outras formas de mídia. Suas revistas estão entre as mais vendidas do gênero no mundo há décadas. É a identidade secreta de Peter Parker. Foi criado por um dos mais bem-sucedido criadores moderno de histórias em quadrinhos, Stan Lee, com seu grande parceiro Steve Ditko. Na época do início da publicação de Homem-Aranha no começo da década de 1960, os heróis seguiam um padrão mais ou menos uniforme de rigidez moral e retidão, tanto em suas vidas nor-mais quanto quando travestidos em seus alter-egos. O Homem-Aranha, contudo, foi o primeiro herói a ganhar dinheiro com o uso de seus poderes: Peter Parker vende fotos agindo como o herói para o Clarim Diário. Seus motivos, porém, são altruístas: ele ajuda a tia viúva e idosa a pagar as contas, principalmente com os remédios. É, portan-to, um dos super-heróis mais humanizados das histórias em quadrinhos, o que o levou a um sucesso estrondoso e a uma competição direta de populari-dade com ícones do nível de Superman e Batman.

Órfão quando pequeno, Peter Benjamin Parker foi morar junto com seus tios Benja-min e May Parker em Forest Hills, Queens, na cidade de Nova York. O menino cresceu e se tornou um adolescente tímido, mas extre-mamente inteligente. Era muito desajeitado com as garotas e não tinha muitos amigos. Aos 15 anos, durante uma demons-tração de equipamentos que manipulavam radiação, Parker foi picado por uma aranha de uma espécie cujo veneno, em situações normais, é inofensivo ao ser humano. Porém, ela havia sido exposta à radioativi-dade do aparelho e por isso a picada provocou impressionantes

mutações na genética, metabolismo e biolo-gia do organismo do jovem Peter. Na versão ultimate (ou Marvel Millenium, como é mais conheci-da no Brasil) e no filme de 2002, Pe-ter é picado por uma aranha geneticamente alterada.

Peter descobre sobre seus poderes quando quase é atropelado por um carro. Seu sentido de aranha o alerta do perigo e por puro reflexo ele salta e se fixa na parede de um prédio. Ainda assustado, ele escala esse prédio e amassa uma chaminé de aço como se fosse de papel. A cena em que um menino o vê escalando a parede ficou imor-talizada em todas as HQ’s que contaram a sua história, menos no cinema e na edição Ultimate Marvel.

Parker fica muito empolgado com seus novos poderes e, no início, pensa somente em como ganhar dinheiro com eles. Levado por esses pensamentos individualistas, não faz o mínimo esforço para impedir a fuga de um ladrão, que logo depois viria a matar seu tio Ben. Quando descobre que o assassino do tio é o bandido que poderia ter detido sem difi-culdades, se vê tomado por um sentimento de culpa que traz uma dura lição: “Com grandes poderes vêm grandes responsabilidades”. A partir de então, começa a utilizar seus poderes para combater o crime na cidade de Nova York, criando seu próprio disfarce e fazendo suas próprias roupas. Esta foto ilustra a primeira vez que o Homem Aranha apareceu em uma revista em quadrinhos. Foi na revista Amazing Fantasy em agosto de 1662. Este desenho foi feito pelos criadores gráficos Jack Kirby (lápis) e Steve Ditko (tinta) que tornavam arte as idéias de Stan Lee. Tá aí! Agora você está pronto para ver o filme do cabeça de teia.

Nota: O reinício da franquia aracnídea quebrou um recorde logo no seu primeiro dia em cartaz nos EUA: tornou-se o filme mais visto de todos os tempos em uma terça-feira. De acordo com apuração do site Deadline,o filme faturou US$ 35 milhões no dia 3 de julho, superando a estreia de Transformers (US$ 27,8 milhões) em 2007.

Um executivo da Sony já comemorou antecipadamente o sucesso: “Estes são gran-des números, um começo incrível para o que devem ser seis dias bem empolgantes”, disse ele ao site. O estúdio espera um faturamento entre US$ 110 milhões a US$ 120 milhões, mas especialis-tas de mercado afimam que a aventura tem fôlego para chegar aos US$ 140 milhões até o fim da semana.

Contatos: [email protected], Facebook: [email protected] e Orkut: [email protected]

[email protected]íticas? Elogios? Sugestões?

Mudanças importantes ocorrem em seu campo energético desde que o Sol ingressou em Cân-cer. A Lua Cheia desta

semana aumenta a sua sensibilidade e pode atrapalhar um pouco o anda-mento natural dos acontecimentos, pois promove instabilidade emocio-nal e perturba os relacionamentos.

O momento é extraordi-nário para os geminianos que desfrutam dos bons auspícios se Vênus e Jú-piter, em trânsito em seu

signo. Não desperdice essa oportuni-dade de ir adiante com seus projetos, pois irá chover na sua horta. Lucros, convites e promoções inesperadas o surpreenderão.

A vida é cheia de revira-voltas e esta semana pode-rá lhe reservar uma grata surpresa! Novos encontros farão surgir oportunidades

na área afetiva, especialmente para os arianos do segundo decanato. Porém, o resultado irá depender de sua atitude e se você realmente deseja um relaciona-mento duradouro.

GÊMEOS

CÂNCER

ÁRIES Júpiter já saiu de seu signo e se deslocou para a área relativa aos bens materiais e certamente lhe proporcionará boas

ocasiões de expansão. A sua con-junção com o igualmente benéfico planeta Vênus, promete facilitar a sua vida em muitos campos, princi-palmente o amoroso.

TOURO

A sua capacidade em en-frentar os desafios será muito importante neste momento de transição, antes que o Sol ingresse

em seu signo. Com o ingresso de Júpiter na casa relativa aos seus projetos futuros, novas oportunidades aparecerão, seja no âmbito pessoal que profissional e social.

LEÃO O virginiano deve apro-veitar a energia gerada pela presença de Marte em seu signo, no ultimo decanato, para mergu-

lhar com afinco em busca de seus objetivos profissionais. No entanto, você pode parecer chato e muito critico aos olhos de seus colegas e colaboradores.

VIRGEM

O céu dessa semana re-serva boas surpresas e possibilidade de expan-são para os librianos, que se beneficiarão es-

pecialmente no âmbito profissional. O benéfico aspecto de Júpiter e Vênus em Gêmeos também influen-cia seu signo. Procure, porém, ser reservado sobre seus objetivos

Esta será uma semana hiperativa para os es-corpinianos que desfru-tam de alguns aspectos benéficos dos planetas.

Porém, situações tensas podem che-gar a um ponto sem retorno e isso o obrigará a tomar algumas decisões drásticas e definitivas. Procure con-trolar suas mudanças de humor.

Júpiter e Vênus estão em oposição a seu signo e indicam um período de desafios importantes para o sagitariano! Seja

mais cauteloso em seus julgamentos, pois acabará emitindo opiniões que irão ferir a suscetibilidade alheia. Podem surgir oportunidades de via-gens, mesmo ao exterior.

LIBRA ESCORPIÃO SAGITÁRIO

O capricorniano está agora num ponto sem retorno, mas o momento atual o convida a se ar-riscar. Não há como não

enfrentar os novos desafios que suas próprias escolhas prepararam diante de você! Porém você precisa escutar o seu coração mais do que sua mente se quiser chegar aos seus objetivos.

Esta é uma semana muito auspiciosa para os aqua-rianos, especialmente os do segundo e terceiro decanato. Podem ocorrer

encontros afetivos inesperados que farão bater forte o seu coração. Na vida afetiva siga a sua intuição e seu coração, não seu raciocínio. Você deve tomar cuidado com os impulsos.

Neste período o pisciano oscila entre sentimento e racionalização e indi-ca que você pode estar enfrentando um período

crucial, sentindo a necessidade de promover grandes transformações em sua vida. Os natos do ultimo deca-nato podem se sentir particularmente desafiados pelas situações atuais.

CAPRICÓRNIO AQUÁRIO PEIXES

CONTRATA-SEMONTADOR DE MÓVEIS

Com experiência para trabalhar com móveis

planejados.Interessados favor ligar para (67) 8105-8095ou enviar e-mail para: [email protected]

A Boa HerançaO meu personagem de hoje

Januário Manuel Capoano (Zé Carlos) é de uma família grande composta por dezessete irmãos. Eu o conheci em uma época em que a música sertaneja traduzia o sentimento caboclo.

A sua inspiração musical nas-ceu da relação do homem com a natureza, e da vida simples que levava hoje chamada de música de raiz.

Ele me conta que a música sertaneja regional naquela época era diferente. Naquele tempo a natureza era viva, e a vida muito simples e dela vinha a inspiração. Bastava olhar o em torno: as ma-tas, animais, aves silvestres, rios, córregos de fontes de água límpi-da e a música vinda da natureza e com o canto dos pássaros e a vida alegre se traduzia em poesia.

Ele me contou que seu pai o italiano Luiz Capoano e sua mãe Lidia Lisboa Capoano eram agri-cultores em Guararapes–SP onde nasceram e vieram para Dourados e aqui se instalaram em um sitio localizado no distrito de Lagoa de Ouro em Cristalina, município de Caarapó onde formaram a Colô-nia Capoano.

Ele me disse que a música é para ele uma cultura natural, e que todos na família sempre a cultivaram, como o seu pai e os irmãos mais velhos: Julio, Sebas-tião, Antonio, e Vicente.

Gostavam de tocar e cantar. Ele e o Carlinhos, que eram os menores, aproveitavam a ausên-cia dos irmãos mais velhos para se aproximar dos instrumentos e foi assim, às escondidas, que foi tomando gosto pela música.

Na Colônia Capoano a vida era animada, além da música, eles tinham um time de futebol denominado Sociedade Esportiva Capoano que jogava em toda a região. Para pagar as despesas das viagens com o time promo-viam festas na colônia onde eles abrilhantavam com a música.

Sua aproximação com Dou-

Culturalmente Falando Ilson Boca [email protected] a 12 de julho de 2012

12

PoesiaCantinho da

Era o apelido de minha esposa...Ela me disse, quando era pequenaSempre a chamavam de Juriti!E me emocionou quando vi esta cena:

Num galho do abacateiroQue um dia eu ia cortarPois já velho e secando estaDeu vida no ninho da Juriti!

O filhote vê o mundo ao redorNo primeiro vôo, voltar pro seu ninhoDepois, pro caminho aprender de corSer recebido por sua mãe com carinho...

Que apelido mais lindo de ser ouvidoMerecida, alias ser chamada...Vendo este ninho do amor produzido...Lembro do meu aqui com minha amada.

A Juriti Victor Vapfrados passou a ser mais constante quando resolveu fazer um curso de rádio técnico por correspon-dência no Instituto Universal Brasileiro e vinha semanalmente de bicicleta para buscar as corres-pondências.

Com esse aprendizado lhe foi possível montar uma pequena estação de rádio na colônia, que lhe permitia falar com as casas próximas. Outro curso que fez foi de relojoeiro, profissão que exerce até hoje.

Na década de setenta pas-saram a vir a Dourados para participar dos festivais de músicas realizado por Gilberto Orlando. Com a dupla Zé Carlos e Carli-nhos fizeram apresentações em um desses festivais que eram realizados no Cine Ouro Verde e depois na Associação Comercial (atual ACED) quando localizada na Avenida Marcelino Pires.

No programa do José Guer-reiro (Véio Tatau) que era apre-sentado ao vivo na Rádio Clube de Dourados, eles se apresentavam cantando ao vivo e assim se tor-naram populares.

Em 1975 gravaram o primei-ro disco “Linda Criatura” o que lhe deram projeção nacional.

É importante ressaltar que o espaço da nossa música sertaneja foi conquistado há muito tempo por grandes artistas do nosso Estado. Para se ter uma idéia, já na década de sessenta, a dupla Délia e Delinha comandava um famoso programa do gênero na Rádio Excelsior de São Paulo onde se apresentavam, ao vivo, os mais famosos cantores do gênero na época .

Em 1985 Zé Carlos junto com Salu e Juninho (depois de ter sido substituído por Luizinho) formou o Trio Mato Grosso. Com esse Trio cravou no período de cinco anos três LPs alcançando grande projeção participando dos melhores programas de rádio e televisão.

Neste período percorreram por todas as cidades do estado

A nossa Feira Livre

do Mato Grosso com a caravana do Edson Cury, o popular Bolinha, cantando os seus sucessos. Como todo trabalho de grupo termina quando os ideais se divergem, foi assim que e trio se desfez.

Com o fim do trio Mato Grosso Zé Carlos gravou um LP em dupla com Luizinho do Acordeon trabalhando por dois anos neste projeto.

Hoje casado e pai de três meninas, Zé Carlos passou a se dedicar a família e a vida religiosa, gravando um LP com músicas do Padre Ivo dedicado à igreja.

E agora, em 2010, retornou gravando o CD “Dourados Berço de Ouro” com músicas de sua au-toria onde o trabalho vocal é feito pelas três filhas Cléa Cristina, Cris-tiane Regina, e Crislei Claudia.

Este trabalho está tendo uma boa projeção com destaque a música que leva o mesmo nome.

Eu que acompanho o seu trabalho musical há muitos anos, desejo para ele muito sucesso, e o cumprimento pela sua insistência em levar adiante essa cultura que tem mantido em sua família, uma boa herança acompanhando gerações.

Este cafezinho é do bom, com direito a boca livre para

degustação.

Trio Mato Grosso: Zé Carlos, Luizinho e Salu

ArquiVo

boCA VenAnCio