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W W W W W anderl anderl anderl anderl anderl éa éa éa éa éa BOA VONTADE A REVISTA DA ESPIRITUALIDADE ECUMÊNICA • ANO XXII • N O 189 • 15 DE JUNHO DE 2004 W W W W W anderl anderl anderl anderl anderl éa éa éa éa éa A eterna “Ternurinha” fala de sua vida, de sua obra e de Deus. Fé e Ciência Fé e Ciência Fé e Ciência Fé e Ciência Fé e Ciência TEMPL EMPL EMPL EMPL EMPLO DA B B B B BOA V V V V VONT ONT ONT ONT ONTADE ADE ADE ADE ADE “A Casa de T A Casa de T A Casa de T A Casa de T A Casa de Todos Nós” odos Nós” odos Nós” odos Nós” odos Nós” NIETZSCHE IETZSCHE IETZSCHE IETZSCHE IETZSCHE E O E E E E ECUMENISMO CUMENISMO CUMENISMO CUMENISMO CUMENISMO DEST EST EST EST ESTAQUES QUES QUES QUES QUES DESENV ESENV ESENV ESENV ESENVOL OL OL OL OLVIMENT VIMENT VIMENT VIMENT VIMENTO BRASILEIRO BRASILEIRO BRASILEIRO BRASILEIRO BRASILEIRO O O O O O Vice Vice Vice Vice Vice-Governador de São P Governador de São P Governador de São P Governador de São P Governador de São Paulo, aulo, aulo, aulo, aulo, Doutor Doutor Doutor Doutor Doutor Cláudio Lembo, analisa implicações históricas Cláudio Lembo, analisa implicações históricas Cláudio Lembo, analisa implicações históricas Cláudio Lembo, analisa implicações históricas Cláudio Lembo, analisa implicações históricas. Momento P Momento P Momento P Momento P Momento Poético oético oético oético oético SAÚDE AÚDE AÚDE AÚDE AÚDE Abaix Abaix Abaix Abaix Abaixo o sedentarismo! o o sedentarismo! o o sedentarismo! o o sedentarismo! o o sedentarismo! Os benefícios da hidroginástica Os benefícios da hidroginástica Os benefícios da hidroginástica Os benefícios da hidroginástica Os benefícios da hidroginástica Fumo — Combata essa idéia. Fumo — Combata essa idéia. Fumo — Combata essa idéia. Fumo — Combata essa idéia. Fumo — Combata essa idéia. Análise do professor Mauro de Souza Análise do professor Mauro de Souza Análise do professor Mauro de Souza Análise do professor Mauro de Souza Análise do professor Mauro de Souza Paiva Netto aiva Netto aiva Netto aiva Netto aiva Netto Carlos Heitor Cony Carlos Heitor Cony Carlos Heitor Cony Carlos Heitor Cony Carlos Heitor Cony José Sarney José Sarney José Sarney José Sarney José Sarney Valmir Campelo almir Campelo almir Campelo almir Campelo almir Campelo VIA IA IA IA IAGEM GEM GEM GEM GEM DE DE DE DE DE L L L L LULA ULA ULA ULA ULA À C C C C CHINA HINA HINA HINA HINA: Evento sem precedentes Evento sem precedentes Evento sem precedentes Evento sem precedentes Evento sem precedentes Alex Salim

BOA VONTADE 189

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Page 1: BOA VONTADE 189

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BOA VONTADEA REVISTA DA ESPIRITUALIDADE ECUMÊNICA • ANO XXII • NO 189 • 15 DE JUNHO DE 2004

WWWWWanderlanderlanderlanderlanderléaéaéaéaéaA eterna “Ternurinha” fala de suavida, de sua obra e de Deus.

Fé e CiênciaFé e CiênciaFé e CiênciaFé e CiênciaFé e Ciência

TTTTTEMPLEMPLEMPLEMPLEMPLOOOOO DDDDDAAAAA B B B B BOOOOOAAAAA V V V V VONTONTONTONTONTADEADEADEADEADE“““““A Casa de TA Casa de TA Casa de TA Casa de TA Casa de Todos Nós”odos Nós”odos Nós”odos Nós”odos Nós”

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Momento PMomento PMomento PMomento PMomento Poéticooéticooéticooéticooético

SSSSSAÚDEAÚDEAÚDEAÚDEAÚDEAbaixAbaixAbaixAbaixAbaixo o sedentarismo!o o sedentarismo!o o sedentarismo!o o sedentarismo!o o sedentarismo!Os benefícios da hidroginásticaOs benefícios da hidroginásticaOs benefícios da hidroginásticaOs benefícios da hidroginásticaOs benefícios da hidroginásticaFumo — Combata essa idéia.Fumo — Combata essa idéia.Fumo — Combata essa idéia.Fumo — Combata essa idéia.Fumo — Combata essa idéia.

Análise do professor Mauro de SouzaAnálise do professor Mauro de SouzaAnálise do professor Mauro de SouzaAnálise do professor Mauro de SouzaAnálise do professor Mauro de Souza

PPPPPaiva Nettoaiva Nettoaiva Nettoaiva Nettoaiva Netto

Carlos Heitor ConyCarlos Heitor ConyCarlos Heitor ConyCarlos Heitor ConyCarlos Heitor ConyJosé SarneyJosé SarneyJosé SarneyJosé SarneyJosé SarneyVVVVValmir Campeloalmir Campeloalmir Campeloalmir Campeloalmir Campelo

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Page 2: BOA VONTADE 189

2 BOA VONTADE 15 de junho de 2004

Av Cristiano Machado 4001Belo Horizonte - Minas Gerais

Brasil - CEP: 31910-810

Reservas:55 31 3429-4000

Page 3: BOA VONTADE 189

3BOA VONTADE15 de junho de 2004

A lógica não concebe barreirasada, em Ciência, se encontra em sua for-ma derradeira.

Foge à lógica conceber barreiras in-transponíveis para uma especialidade es-

sencial ao desenvolvimento humano, em que pes-quisar, analisar, concluir — pesquisar de novo,mais uma vez analisar para concluir em ampli-tude de reflexão ad infinitum — é a base de sualuminosa lide. Mormente agora, quando o mun-do está se transformando muito depressa.

No livro A loucura sob novo prisma, escre-veu o Dr. Adolfo Bezerra de Menezes*1 (1831-1900), que foi médico, professor, orador, políti-co, Presidente da Câmara Municipal do Rio deJaneiro, cargo equivalente, hoje, ao de PrefeitoMunicipal: “A prova de que nada sabemos doInfinito Saber, que é nosso destino conquistar,encontra-se no fato de que a Ciência caminhasempre, sem que possa afirmar: toquei o marcoterminal”.

Isso significa dizer, para argumentar, que aCiência, com destaque para o seu ramo chama-do Sociologia, não pode ser aprisionada numatorre de marfim. Sua área de influência, numaaliança com a Religião, abrange tudo que repre-sente o exame apurado do fenômeno humano,social e espiritual na Terra, como na concepçãodo físico norte-americano Brian Swimme, cita-do pelo escritor Eduardo Castor Borgonovi*2:“Estou convencido de que qualquer visão do Uni-verso que não nos deixa chocados não tem im-portância para nós. Não precisamos de visõessensatas. Precisamos das mais chocantes e fan-tásticas visões do Universo que pudermos encon-trar”.

Ciência e pesquisa incansável

O renomado astrônomo e físico Ronaldo Ro-gério de Freitas Mourão foi o primeiro brasilei-ro a ter um asteróide com o seu nome. Em entre-vista à Rede Boa Vontade de Rádio, em marçode 2000, assim se expressou: “A Ciência é umprocesso de conhecimento da Natureza que uti-liza uma série de métodos. O científico é exata-mente o da comprovação. Levantamos uma hi-pótese, submetendo-a a experiências que com-provam ou não a hipótese anterior. O principalobjetivo da Ciência é sempre estar colocando emdúvida aquilo que afirmamos. Não há uma Ci-ência absoluta (...). Não acreditamos em algu-ma coisa porque simplesmente acreditamos, mas,sim, sempre questionando a probabilidade deexistir ou não o que foi analisado”.

Desintegrar preconceitos

Albert Einstein (1879-1955), em 1940, dirigindo-se à Conferência sobre Ciência, Filosofia e Religião,no Seminário Teológico Judaico da América, em NovaYork, declarou: “A Ciência só pode ser criada poraqueles que estão totalmente imbuídos de aspiração àverdade e à compreensão. A fonte deste sentimento,no entanto, emana da esfera da Religião. A ela tam-bém pertence a fé na possibilidade de que as regrasválidas para o mundo da existência sejam racionais,isto é, compreensíveis à Razão. Eu não posso conce-ber um cientista genuíno sem essa fé profunda”.

Ademais, como observou o ilustre professor Wal-ter Bagehot (1826-1877): “Uma das maiores afliçõespara a natureza humana é a angústia que lhe causauma idéia nova”.

O velho Einstein estaria de pleno acordo com oeconomista britânico, porque no século seguinte, ovigésimo, que está se findando, viria a dizer: “(...) émais fácil desintegrar um átomo que um preconcei-to”.

O criador do Instituto Brasileiro de Pesquisas Psi-cobiofísicas, engenheiro Hernani Guimarães Andra-de, nome conceituado entre investigadores científicosde várias nacionalidades, destaca em seu livro A trans-comunicação através dos tempos um parecer apreci-ável do Nobel de Medicina, fisiologista e pensadorfrancês Charles Richet (1850-1935), fundador daRevista de Metapsíquica, que também teve de arros-tar a convenção: “Sei demasiadamente bem (por mi-nha própria experiência) quanto é difícil crer naquiloque se viu, quando o que foi visto não está de acordocom as idéias gerais, vulgares, que formam o fundodos nossos conhecimentos”. (...)

Além do saber convencional

O célebre enunciador da Teoria da Relatividade,que costumava advertir que “Deus não joga dadoscom o Universo”, não escondia sua aptidão para anecessidade de libertar a mente, de forma que ela possaalçar vôos infinitamente mais altos: “Penso noventa enove vezes e nada descubro; deixo de pensar, mergu-lho em profundo silêncio e eis que a verdade se merevela”.

Ora, os silêncios de Einstein foram de supremavalia para a evolução da Humanidade.

PAIVPAIVPAIVPAIVPAIVA NETTA NETTA NETTA NETTA NETTOOOOOwww.paivanetto.com

N

José de Paiva Netto, jornalista,radialista e escritor, é Presidente dasIBVs.

MENSAGEMMENSAGEMMENSAGEMMENSAGEMMENSAGEM

Em 18 de outubro de 2000, a cidade deBrasília/DF serviu de cenário para umdos maiores feitos à integração entre Fé eCiência. Naquele ano, sob os auspícios doentendimento, a Legião da Boa Vontaderealizava, no Parlamento Mundial daFraternidade Ecumênica (o ParlaMundida LBV), o I Fórum Mundial Espírito eCiência. Um dos objetivos do evento foi ode promover o intercâmbio entre oconhecimento científico e as váriastradições religiosas e espiritualistas, alémde estruturar novos paradigmas para odesenvolvimento sustentável de umasociedade fraterna, solidária e equânime,a partir de uma perspectiva espiritual eecológica que garanta a Paz Mundial.

Por oportuno, apresentamos aosleitores de BOA VONTADE trechos darevista Ciência e Fé na Trilha doEquilíbrio, especialmente escrita porPaiva Netto para o encontro. O material éfruto de seus improvisos, ao longo dedécadas, no rádio, na TV e em palestras.

Boa leitura!

*¹ Dr. Adolfo Bezerra de Menezes Cavalcanti —

Conhecido também como o Médico dos Pobres, por

causa de sua extrema dedicação aos menos favorecidos.

Presidiu a Federação Espírita Brasileira (FEB).

*² Jornalista Eduardo Castor Borgonovi, que voltou à

Pátria Espiritual em 29/12/2000, cita o físico norte-americano

Brian Swimme na sua obra O Livro das Revelações.

Page 4: BOA VONTADE 189

4 BOA VONTADE 15 de junho de 2004

O Messianismo de Aquário

E

AO LEITAO LEITAO LEITAO LEITAO LEITOROROROROR OPINIÃOOPINIÃOOPINIÃOOPINIÃOOPINIÃO

Jornalista responsável:

Francisco de Assis Periotto

(RMT nº 19.229/RJ)

Editora:

Débora Verdan (MTB no 27870)

Supervisor de texto:

Paulo Alziro Schnor

Produção editorial:

Equipe Elevação

Projeto gráfico:

Equipe Elevação

Revisão: Equipe Elevação

BOA VONTADE é uma publicação quinzenal das

Instituições da Boa Vontade, IBVs (Legião da Boa

Vontade, Fundação José de Paiva Netto e Religião

de Deus), editada pela Editora Elevação.

Endereço para

correspondência:

R. Doraci, 90 — Bom Retiro

CEP 01134-050 — São Paulo/SP

Tel.: (11) 3358-6868

Caixa Postal 13.833-9

CEP 01216-970

Internet: www.boavontade.com

EXPEDIENTEEXPEDIENTEEXPEDIENTEEXPEDIENTEEXPEDIENTE

REFLEXÕES DREFLEXÕES DREFLEXÕES DREFLEXÕES DREFLEXÕES DA ALMAA ALMAA ALMAA ALMAA ALMAToda organização vitoriosa

desfruta a presença marcantede mulheres espiritualmente

esclarecidas. A intuição,competência do Criador

manifesta na criatura, é um dospoderosos instrumentais

femininos.

ÍNDICEÍNDICEÍNDICEÍNDICEÍNDICE

cumenismo Irrestrito ideário de Paz de toda aHumanidade, esperança cantada há milênios noMundo Espiritual e aguardada ansiosamente nocampo físico. Não deixa de ser

o espírito da chegada do Messias, nes-te fim de ciclo, às multidões ainda es-cravas da ignorância espiritual queaguardam Seu retorno. Mas o Cristomanifesta-se de muitas formas: na açãodos santos; na reflexão elevada de sá-bios, filósofos, intelectuais; no sacrifí-cio da Ciência. Mas veio também, pes-soalmente, para um momento históri-co, trazendo a base psicológica de com-preensão da Sua Volta Triunfal. Suavinda estabeleceu o ponto de virada, oalicerce no futuro para um novo Céu euma nova Terra, erguidos por meio doentendimento e da Fraternidade univer-sais. Falar em Paz Mundial será com-preensível quando os povos levanta-rem a cabeça a mirar maneiras concre-tas de compreensão entre as criaturas,suas culturas e crenças. Isso não ocorrerá sem que hajaum princípio psíquico que os faça refletir e julgar re-sultados.

Muito se teoriza e canta a beleza da Paz. Porém, adura realidade mostra no campo humano que, só à custade muitas dores, desilusão e destruição, se tem conse-guido ensaios, reflexões e o mínimo de ação onde ointeresse ainda é o moto disparador dos fatos na cons-trução dessa Paz tão almejada. Exemplo mais gritanteestá no atual conceito de globalização, assentado nosmoldes predominantemente oportunista e exploratório.Mas o que esperar de mentes e corações até agora afas-tados do verdadeiro poder do Amor, sinônimo de Fra-ternidade e Caridade, essência de Deus, como dizia osaudoso jornalista Alziro Zarur.

As discutidíssimas ações humanitárias que, comabuso da força, obrigam a intervenções militares ditas

saneadoras da lei podem querer indicar a busca de umaordem mundial, mas, infelizmente, são firmadas nasesteiras dos tanques e sobre multidões de cadáveres,

viúvas e órfãos, como afirmaPaiva Netto. Os que aguardama chegada do Messias devemobservar que ela é, de fato, di-nâmica e que seu desdobra-mento se dá em várias frentes.Educação Espiritual das men-tes e corações, mesmo pelo so-frimento, é uma delas. Acredi-tar que o aparecimento Deletraria plenitude de felicidade esolução fácil aos problemas daHumanidade seria cômodo,mas desprovido de conteúdoreal. A visão do Cristo Esta-dista exige uma reavaliaçãodos padrões gerais de compor-tamento, um novo estudo, peloprisma da Espiritualidade, daPolítica, da Religião, da Filo-

sofia e, principalmente, da Ciência, sobre a reformaprofunda nos valores conducentes da Raça Humana.O fato de o Cristo vir e tomar a condição humana —daí Ele se intitular “Filho do Homem” — estabeleceuos fundamentos dessa reforma. E, sendo a mais impor-tante a do próprio interior humano, trouxe-nos um NovoMandamento: Amai-vos uns aos outros como Eu vosamei. Como diz Paiva Netto, Jesus regulamentou aNova Lei, completando: Nisto reconhecerão todos quesois realmente meus discípulos. Para conferir, é só irao Evangelho de Jesus, segundo João, no capítulo 13,versículos 34 e 35.

O Ecumenismo Irrestrito tem sua alma no Temploda Boa Vontade e ação concreta, prática e incontestá-vel no Parlamento Mundial da Fraternidade Ecumêni-ca, em Brasília/DF, Brasil. Filhos diletos da audácia ecompetência de Paiva Netto, são como disparadoresdessa era messiânica.

Haroldo Rochacorrespondente na Europa

Mensagem de Paiva Netto.................................. 3

Atualidade........................................................... 5

Ecumenismo....................................................... 6

Brasil Democrático......................................8

Abrindo o Coração..............................................10

Viver é Melhor...................................................13

Vida Plena...........................................................14

Melhor Idade...................................................... 17

ParlaMundi e TBV........................................... 18

Fórum Mundial Espírito e Ciência.................... 20

Crônicas e Entrevistas........................................ 22

ONU na LBV.................................................... 24

Legião da Boa Vontade....................................... 24

Cursos.................................................................. 32

Bolo com Pudim................................................ 33

Soldadinhos de Deus......................................... 34

Ação Jovem LBV............................................... 35

Rede Mundial.................................................. 38

Rede Boa Vontade de Rádio ............................ 39

Clube Cultura de Paz ........................................ 41

Pedagogia do Cidadão

Ecumênico......................................................... 42

Paiva Netto

BOA VONTBOA VONTBOA VONTBOA VONTBOA VONTADEADEADEADEADEwww.boavontade.com

A revista BOA VONTADE não se responsabi-

liza por conceitos emitidos em seus artigos assi-

nados.

Especialmente preparada para você, leitor, esta

edição da revista BOA VONTADE traz um artigo

publicado em Crônicas e Entrevistas (2000), obra

do escritor Paiva Netto, com lançamento pela Edi-

tora Elevação. Em destaque, apresentamos entre-

vista com a cantora Wanderléa, que abre o coração

e fala sobre a importância de Deus em sua vida,

além de reportagem com os escritores José Sarney

e Carlos Heitor Cony.

Falando sobre desenvolvimento brasileiro, o

Vice-Governador do Estado de São Paulo, Cláudio

Lembo, analisa as implicações históricas da colo-

nização do País. Ainda há matérias sobre saúde,

Ecumenismo, ação jovem, Melhor Idade, Educa-

ção e muito, muito mais — inclusive seções dedi-

cadas ao público infantil.

Esperamos que você goste e, sobretudo, que nos

envie suas opiniões, sugestões ou críticas, para que

possamos trazer-lhe sempre o melhor. Boa leitura!

Os editores

Page 5: BOA VONTADE 189

5BOA VONTADE15 de junho de 2004

BOA VONTBOA VONTBOA VONTBOA VONTBOA VONTADEADEADEADEADEwww.boavontade.com

Cony reedita livro de sucesso

O casal Dona Beatriz e o acadêmicoCarlos Heitor Cony, em memorável possena ABL. Representando o escritor PaivaNetto, seu filho Dr. Pedro Paulote de Paiva.

AAAAATUALIDTUALIDTUALIDTUALIDTUALIDADEADEADEADEADE

A realização, em mar-

ço, do seminário “Amé-

rica Latina–África: Pro-

movendo a erradicação

da pobreza nos países

menos desenvolvidos”,

no Parlamento Mundial

da Fraternidade Ecumê-

nica, o ParlaMundi da

LBV, em parceria com o

Conselho Econômico e

Social das Nações Uni-

das (Ecosoc), originou uma agenda de ações co-

ordenadas, que será apresentada na reunião do

Alto Segmento desse conselho, a ocorrer em ju-

nho deste ano, na sede da ONU, em Nova York,

Estados Unidos.

O Ministro-Presidente do Tribunal de Contas

da União, Doutor Valmir Campelo, é um dos que

vêem com bons olhos a presença de instituições

brasileiras como agentes da sociedade civil na

solução desses problemas, a exemplo da Legião

da Boa Vontade, que possui status consultivo ge-

ral no Ecosoc e coordenou o evento no Brasil.

Diz ele: “É um momento importantíssimo, que

abre a oportunidade de fazer um debate sério, de-

mocrático (...). A LBV faz um trabalho sério e

produtivo para o nosso país. (...) É uma institui-

ção séria e que realiza em vários lugares do nos-

so país um trabalho transparente. O que Paiva

Netto consegue fazer com tanto sacrifício repre-

senta muito para os menos favorecidos, aqueles

que mais sofrem, e serve principalmente como

exemplo de humanização para um país como o

nosso. Parabéns!”.

ONU em junhoEcosoc aprecia agenda de ONGsda América Latina em apoio àÁfrica

Para marcar os 40 anos do movimento que im-

plantou o regime militar no Brasil, o jornalista e

escritor Carlos Heitor Cony, outro membro da

ABL e que viveu de perto os acontecimentos de

1964, está realizando diversas palestras. Uma de-

las ocorreu em 10 de maio, no Rio de Janeiro/

RJ, e foi promovida pela Fundação de Serviço

Público, em parceria com a Secretaria Estadual

de Cultura.

Na ocasião, o autor apresentou mais um traba-

lho, o livro O Ato e o Fato, que reúne crônicas

reeditadas. Ele aproveitou para autografar um

exemplar ao dirigente da Legião da Boa Vontade,

Acompanhado de Ministros, Governadores

e Empresários, o Presidente Luiz Inácio Lula

da Silva esteve na China, entre os dias 23 e 27

de maio, para impulsionar as relações comerci-

ais entre os dois países, com ênfase para os se-

tores considerados prioritários, como infra-es-

trutura, mineração, móveis, logística e agrone-

gócios. Para o encontro, o Itamaraty programou

seminários e workshops em Pequim e em Xan-

gai sobre oportunidades de negócios e investi-

mentos com o Brasil.

Uma dessas reuniões ocorreu no dia 24,

quando foi realizado o seminário “Brasil–Chi-

na: Comércio e Investimentos. Perspectivas para

o século XXI”, com a participação de diversos

ministros. Na ocasião, foi instalado o Conselho

Empresarial Brasil–China e ratificados acordos

com a seguinte mensagem: “A José de Paiva Netto,

com o abraço de Carlos Heitor Cony”.

O jornalista ainda fez comentários sobre o tra-

balho pioneiro da Obra, durante entrevista à Rede

Boa Vontade de Rádio (AM 940 kHz): “A LBV é

uma instituição muito bem estruturada, profissio-

nal. Já é antiga, tradicional, cheia de boas realiza-

ções; é uma antecessora das ONGs, uma anteces-

sora do programa Fome Zero, com o lema Educa-

ção e Cultura, Alimentação, Saúde e Trabalho com

Espiritualidade. São dados positivos de tudo o que

nós sonhamos”.

(por Simone Barreto — Rio de Janeiro/RJ)

comerciais, com a presença do Presidente Lula,

que discursou no fim do evento.

Outro destaque da programação foi o semi-

nário “Brasil–China: Uma parceria de sucesso”,

realizado em Xangai, no dia 26.

Viagem de Lula à China:

Brasil contemporâneo nas crônicas de Sarney

José Sarney, acompanhado desua esposa, Dona Marly.

Um dos grandes nomes da política e que se ser-

viu da nossa recente história para trazer ao leitor

um pouco de sua lide como escritor, o Presidente

do Senado Federal, José Sarney, lançou no dia 11

de maio, em Brasília/DF, dois volumes de Crôni-

cas do Brasil Contemporâneo.

Membro da Academia Brasileira de Letras (ABL),

Sarney retrata, em diversos textos, a síntese da con-

temporaneidade brasileira, nos quais mostra o pano-

rama real do País de 1998 a 2002, esmiuçando fatos

e tendências que culminaram em grandes mudanças

em todos os âmbitos do cotidiano nacional.

Por ocasião do lançamento, ele autografou um

dos exemplares do título ao Diretor-Presidente da

Legião da Boa Vontade: “Ao Paiva Netto, com os

parabéns pela sua obra”.

No mesmo dia, o Senador, que é membro do

Conselho da Ordem do Mérito da Fraternidade

Ecumênica, do ParlaMundi da LBV, havia agra-

decido ao dirigente da Legião da Boa Vontade as

congratulações pela passagem de seu aniversário,

em 24 de abril: “Agradeço, de coração reconheci-

do, a mensagem que recebi do estimado amigo.

Abraços. José Sarney”.

Evento sem precedentes

(por Sônia Sabatine — Brasília/DF)

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Débora Verdan

Page 6: BOA VONTADE 189

6 BOA VONTADE 15 de junho de 2004

ECUMENISMOECUMENISMOECUMENISMOECUMENISMOECUMENISMO

Nietzsche e oEcumenismo

ENTREVISTENTREVISTENTREVISTENTREVISTENTREVISTAAAAA

Há mais de meio século, as Instituições

da Boa Vontade desenvolvem uma aborda-

gem ecumênica do conhecimento, colabo-

rando para a Cultura de Paz. O escritor Pai-

va Netto afirma que, na edificação da socie-

dade solidária, “não se pode perder uma

vírgula que seja do conhecimento e da Fra-

ternidade que os povos, a duras penas, con-

quistaram”. Conhecer as múltiplas visões e

buscar com elas um aprendizado que a to-

dos beneficie é um exercício permanente

daqueles que, vencendo o preconceito, bus-

cam identificar as contribuições de todos.

Um bom exemplo para ilustrar os bene-

fícios que o conhecimento ecumênico pode

trazer é a seguinte entrevista com o profes-

sor Mauro Araújo de Souza, doutor em Fi-

losofia pela Pontifícia Universidade Católi-

ca de São Paulo (PUC-SP) e autor, entre

outros livros, de Cosmovisão em Nietzsche

— Leituras de Gilles Deleuze, Scarlett Mar-

ton e outra leitura.

O conceituado professor, pesquisador, es-

critor e filósofo participou do programa Ecu-

menismo, da Rede Mundial — A TV da Edu-

cação com Espiritualidade! (RMTV), e, neste

bate-papo, podemos observar quanto é en-

riquecedor ultrapassar os limites que sepa-

ram as pessoas e os saberes e conhecer-nos

um pouco mais.

Radiografia do pensamento dopolêmico filósofo alemão feita peloprofessor Mauro de Souza

Paulo Alziro Schnorapresentador do programa Ecumenismo (RMTV)

BOA VONTADE — O senhor poderia comentar a tãodivulgada frase de Nietzsche “Deus está morto”?

Mauro de Souza — É uma satisfação estar

aqui com vocês. Falar sobre Nietzsche, para mim,

é muito importante, até mesmo para desfazer al-

guns equívocos com relação a esse filósofo ale-

mão do século XIX. O Anticristo é um livro de

Nietzsche que faz parte de um projeto do filósofo,

para o que ele chamava de “a transvaloração de

todos os valores”. Ele considerava que os valores

metafísicos estavam desgastados; portanto, ao fa-

lar em transvaloração, está anunciando o porvir

de uma nova sociedade, de um novo cidadão. (...)

Nietzsche acredita que o reino dos céus está em

nosso coração.

BV — No entanto, muitos consideram Nietzsche umateu.

Mauro de Souza — Na realidade, Nietzsche é

tratado por muitos como ateu e, em alguns mo-

mentos, ele se coloca assim também. Por outro

lado, ao interpretá-lo, comparando seus diversos

escritos, verificamos o seu profundo conhecimento

não só do Evangelho, mas de toda a Sagrada Es-

critura. Ele era filho de um pastor luterano e qua-

se trilhou os mesmos caminhos do pai. Tinha um

vasto conhecimento de idiomas clássicos antigos,

como o grego, o hebraico e o latim. Ia às origens

desses textos para fazer suas análises. Então, quan-

do ele fala a respeito de Deus, sobre o reino dos

céus, apresenta uma perspectiva com a qual nós

não estamos acostumados, porque já cristalizamos

nossas reflexões sob valores que a tradição consa-

grou. No entanto, Nietzsche considera que esses

valores, muitas vezes mal-entendidos, acabam

desvalorizando este mundo, porque reforçam aque-

la divisão, bastante conhecida, que separa o sa-

grado e o profano, como a define o autor romeno

Mircea Eliade.

BV — O pensamento de Nietzsche, segundo seuestudo, propõe o fim desse dualismo?

Mauro de Souza — Exatamente. Esse dualis-

mo começou essencialmente com Sócrates e foi

solidificado por um dos seus discípulos, Platão,

que lançou e consagrou a famosa teoria das idéi-

as, estabelecendo o dualismo, ou seja, o antago-

nismo entre o mundo sensível — que seria o nos-

so, um mundo imperfeito, um mundo das cópias

— e um mundo perfeito — o mundo das idéias.

Alguns pensadores do Cristianismo misturaram

filosofia grega com a tradição hebraica, dando ao

dualismo platônico um caminho religioso.

BV — Por que Nietzsche deu a um de seus livros otítulo O Anticristo?

Mauro de Souza — São muitas as interpreta-

ções a respeito de Nietzsche. Utilizam-no em busca

de justificativas: religiosos, socialistas, anarquis-

tas, etc., de forma que os seus escritos muitas ve-

zes se tornam úteis para vários segmentos da so-

ciedade. Mas nós precisamos tomar cuidado, por-

que aí mora também um grande perigo, que é a

distorção de seus escritos. Quando falo de cosmo-

visão em Nietzsche, quero apresentar o olhar do

filósofo sobre aquilo que nós chamamos de Uni-

verso. Cosmo vem do grego, quer dizer ordem.

Que espécie de ordem nos rege? Ela é feita de quê?

A partir desse contexto, retomo o tema de O Anti-

cristo. Vamos analisar a palavra “anticristo”. Ge-

ralmente, adotamos o prefixo “anti” para indicar

uma ação contrária. No caso da vacina para com-

bater a raiva, por exemplo, dizemos vacina anti-

rábica. No livro, no entanto, a expressão “anti”

deve ser compreendida como “no lugar de Cristo”.

Como assim? Seria outro Cristo? Não, mas outra

possibilidade de leitura sobre o Cristo, diferente

daquela que estamos acostumados a ver, segundo

a ótica dos diversos segmentos do Cristianismo.

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7BOA VONTADE15 de junho de 2004

ECUMENISMOECUMENISMOECUMENISMOECUMENISMOECUMENISMO

Casa natal de Nietzsche, em Röcken,próximo a Leipzig.

Assim, Nietzsche consegue tornar-se, senão uni-

versal, pelo menos pluralista. Ao colocar-se no

lugar de Cristo, segundo os estudos de interpreta-

ção bíblica por ele realizados, entende que a ins-

titucionalização do Cristianismo ocorre com Paulo,

e não com Jesus.

BV — A crítica apresentada por Nietzsche é comrelação à instituição paulina do Cristianismo?

Mauro de Souza — Exatamente, porque, na

sua perspectiva, São Paulo teria adotado uma vi-

são dualista de mundo. Nietzsche diz o seguinte:

“O Evangelho tem um problema, pois deve ser lido

em suas metáforas, e não ao pé-da-letra”. Primei-

ro, porque o Evangelho não foi escrito por Jesus;

segundo, porque esses escritos vieram à tona a

certa distância, posterior ao homem Jesus. Tudo

isso gera dúvidas, mil interpretações. Nietzsche

colocou em foco questionando realmente como a

institucionalização fez uso daquilo que poderia ser

o Cristianismo. E vou citar, aqui, uma frase lapi-

dar do livro O Anticristo, que pode auxiliar-nos a

ter outra visão de mundo, outra cosmovisão:

“O Evangelho morreu na cruz”. É forte essa

frase; eu sei que é forte. Mas, por outro

lado, diz: “O Reino dos Céus está den-

tro de nosso coração”. Nietzsche

gostava muito da frase “Onde es-

tiver o teu tesouro, lá estará o teu

coração”. É uma filosofia dos

valores, porque os nossos va-

lores são os nossos tesouros.

BV — Por que Nietzsche, com

sua proposta do super-homem, é

considerado um precursor do

nazismo?Mauro de Souza — Eu fa-

ria, aqui, um breve resumo a res-

peito disso. A palavra alemã über-

macht pode ser traduzida por super-

homem. Mas adotaremos a tradução

“além do homem”, que é melhor por se tra-

tar da superação deste Homem que somos nós,

com valores viciados, que muitas vezes são me-

ras ideologias. No meu livro Cosmovisão em Ni-

etzsche, apresento a visão de Gilles Deleuze, que

fez uma leitura apresentando como inexistente em

Nietzsche a questão do ser e do não-ser, mas, sim,

a transformação contínua chamada devir, que de-

senvolvo propondo que esse devir é uma espé-

cie de quase-ser. E completo a leitura do filósofo

francês com uma leitura que destoa em algumas

partes, mas o complementa em outras, que é a da

filósofa brasileira e professora da USP Scarlett

Marton, que diz o seguinte: “O devir existe real-

mente como uma constante. Esse devir não gera o

ser”. Embora a professora Scarlett não deixe o

mesmo espaço do primeiro autor, ela apresenta

uma coisa interessante: “Sagrada é esta vida, aqui

e agora, como nós a vivemos”. Então, o funda-

mental na obra de Nietzsche é o valor da vida.

Eis aí um sentido religioso em seu pensamento.

Porque, apesar de toda essa pluralidade, apesar

desse devir, há uma possibilidade de um sentido

de existência, que é o valor máximo, a vida, ou a

vida como referência para todo e qualquer valor.

Isso é Nietzsche, seja em Deleuze, seja na pers-

pectiva de Scarlett Marton. Esse é o meu livro. E,

a partir dessa reflexão, eu gostaria de falar sobre a

palavra “ecumenismo”. Vem do grego oicos e quer

dizer “casa”, “uma habitação em comum”. Como

o pensamento de Nietzsche pode promover ecu-

menismo? Justamente pela idéia do perspectivis-

mo, pela idéia das diferenças, pela idéia da plura-

lidade, pelo respeito às diferenças. Coisa que mui-

tas vezes nós não vemos em nosso dia-a-dia é esse

oicos em nossa sociedade, uma casa comum onde

os diferentes possam conviver.

BV — Nem Deus morreu, nem Nietzsche morreu?Mauro de Souza — Exatamente. Ele (Nietzs-

che) é um extemporâneo, assumiu essa condição.

Provocou polêmica em sua época e continua pro-

vocando nos dias de hoje. O Deus de Nietzsche,

ele diz numa frase, num livro famoso, Assim fala-

va Zaratustra: “Eu só poderia acreditar num Deus

que soubesse dançar”. Então, Nietzsche não quer

um Deus estático, congelado, um Deus do além.

Se ele tivesse de acreditar num Deus, seria num

Deus vivo, num Deus que se movimenta, num

Deus que está conosco. E, aí, eu lembro a pa-

lavra “Emanuel”, um Deus que está em

nosso coração. Uso as palavras do

Evangelho tão caras ao filósofo: “O

Reino dos Céus está em nosso co-

ração”.

BV — E, por falar no Deus

vivo, recordo São Francisco

de Assis, que louvava Deus

por meio da dança e do

canto.Mauro de Souza —

São Francisco de Assis,

até mesmo, é citado por

Nietzsche na obra O Anti-

cristo — claro que de forma

bastante crítica. Mas São

Francisco de Assis seria o san-

to que daria essa abertura que Ni-

etzsche também possibilita, em ou-

tro viés. Não estou misturando São

Francisco com Nietzsche, mas São Francis-

co está presente no Espiritualismo; é o padroei-

ro da ecologia, é um santo realmente plural. É um

cidadão do mundo, como ele mesmo dizia aos seus

frades: “Frades meus, sede cidadãos do mundo”.

E, assim, finalizamos a conversa com um dos

mais promissores filósofos da nova geração,

Mauro de Souza, sob as bênçãos de São Francis-

co de Assis, Patrono da Legião da Boa Vontade,

e às luzes que encontramos no Espírito sempre

combativo de Friedrich Nietzsche. Compreende-

mos, uma vez mais, o quão adequadas são as

palavras do escritor Paiva Netto, especialmente

neste momento de tanta violência: “Precisamos

viver a unidade na diversidade para suplantar-

mos a adversidade”.

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Nietzsche (terceiro de pé da esquerda para adireita) na Associação Filosófica de Leipzig

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8 BOA VONTADE 15 de junho de 2004

BOA VONTADE — Quais as razões para que o Brasil,

com essa pujança natural que possui, tenha um déficit

de desenvolvimento tão significativo em relação aos

Estados Unidos da América do Norte?Cláudio Lembo — Acho que foram as formas de

colonização totalmente diferentes. Nós tivemos umacolonização com qualidades, porém voltada para abusca de pedras preciosas e de madeira, ou seja, umacolonização predatória. Os Estados Unidos não.Quando os primeiros ingleses lá chegaram, tinhamuma visão muito nítida: a de criar uma nova nação,uma nova forma de civilização. Traziam um conteú-do evangélico muito forte. Isso fez a diferença. (...)Lá, o colonizador ou o colono foi para ficar e criaruma nova pátria. No Brasil, o colo-nizador queria sempre retirar o quepudesse e retornar para a metrópole.É uma diferença básica que estrutu-rou um valor cultural que nos marcaaté hoje.

BV — Há uma avaliação que o

jornalista Paiva Netto sempre faz: o

fato de a descoberta do ouro no Brasil

dar-se antes da Independência. Nos

Estados Unidos isso ocorreu depois.Cláudio Lembo — Muito bem

colocado, pois no Brasil, primeiro, foia conquista do território, a coloniza-ção dos índios como escravos, e, de-pois, chega-se às minas de ouro. NosEstados Unidos, a busca por pedraspreciosas aconteceu no século XIX,bem depois. Portanto, o nosso jorna-lista Paiva Netto está certíssimo nes-sa visão, que eu nunca tinha reconhe-cido e tido a sensibilidade de perceber. É uma verda-de.

BV — Quais são os principais entraves para a

distribuição mais adequada de renda no Brasil?Cláudio Lembo — É complexo. Eu acho que é

impossível permanecermos com o atual nível de con-centração de renda que vemos no Brasil. Agora, comofazer a distribuição? O primeiro instrumento é a Edu-

cação. É o trabalho da LBV. Vocês sempre trabalha-ram buscando a educação do Povo, educação quesempre foi marginalizada no Brasil. As elites erambem-educadas, iam para os colégios fechados, o queas isolava. Isso criou uma sociedade extremamentedesigual. O que precisa? Educação, em primeiro lu-gar. Em segundo lugar, eu acredito sempre na pre-sença do Estado ainda como indutor de desenvolvi-mento. Acho que o Estado pode ser um bom instru-mento de desenvolvimento. (...) Para a Educação,temos um exemplo notável: a LBV, que sempre sepreocupou com isso, sempre ofereceu os seus espa-ços para educar. Hoje em dia, fala-se muito em So-

lidariedade, em responsabilidade social. Nós esta-mos numa casa em que sempre se pensou nisso. E foitão ativa que muitas vezes despertou a inveja contrauma instituição que sempre procurou educar.

BV — Analisando que os investidores internacionaisprecisam do balizamento do FMI, que estrangula osinvestimentos em expansão, parece-nos que a demandada sociedade brasileira por crescimento não poderá seratendida de imediato.

O Vice-Governador do Estado deSão Paulo, Doutor Cláudio Lembo, vi-sitou, em abril, a Fundação José dePaiva Netto. Na oportunidade, foi re-cebido pelo canto de alunos do Insti-tuto de Educação da Legião da BoaVontade. Posteriormente, em entrevis-ta ao programa Ecumenismo, exibidopela Rede Mundial — A TV da Educa-ção com Espiritualidade! (RMTV), fezconsiderações quanto às influênciashistóricas no atual estágio de desen-volvimento do Brasil. A seguir, trans-crevemos os principais trechos dessaentrevista.

ENTREVISTENTREVISTENTREVISTENTREVISTENTREVISTAAAAA

Desenvolvimento brasileiroO Doutor Cláudio Lembo analisa implicações históricas

BRASIL DEMOCRÁTICOBRASIL DEMOCRÁTICOBRASIL DEMOCRÁTICOBRASIL DEMOCRÁTICOBRASIL DEMOCRÁTICO

Cláudio Lembo foi recebido pelo canto de alunos do Instituto

de Educação da LBV

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Paulo Alziro Schnorapresentador do programa Ecumenismo ( RMTV)

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9BOA VONTADE15 de junho de 2004

BRASIL DEMOCRÁTICOBRASIL DEMOCRÁTICOBRASIL DEMOCRÁTICOBRASIL DEMOCRÁTICOBRASIL DEMOCRÁTICO

Cláudio Lembo — Claro! Estamos num con-

flito incrível e amargo. De um lado, o FMI, com

as suas normas, que são normas contábeis. O

FMI não tem poderes de intervenção. Ele fixa

as normas, e os países que são signatários do

famoso acordo do pós-guer-

ra têm de segui-las. Porém,

o esgarçamento social está se

tornando intenso. O dramá-

tico índice que a ONU levan-

tou (de que os latino-ameri-

canos estão mais interessa-

dos em desenvolvimento do

que em democracia) é amar-

go. Eu acho que sem demo-

cracia não haverá desenvol-

vimento. Os países mais de-

senvolvidos são os países de-

mocráticos, aqueles onde o

cidadão, a pessoa, tem valor

efetivo. Portanto, nós temos

de repensar e ter cuidado.

BV — Neste momento de

reflexão nacional, qual a importância do espírito

empreendedor e da vivência ecumênica, estimulados

pelas Instituições da Boa Vontade há mais de meio

século?Cláudio Lembo — Temos, aqui, dois pontos.

Primeiro, devemos ter efetiva consciência de que oBrasil é bom (...). Eu tenho consciência disso. E o

segundo ponto — esse me parece extremamente im-portante e que tem de ser sempre registrado — éum princípio constitucional brasileiro de 1988: oprincípio do Ecumenismo. A grande qualidade bra-sileira é ter essa capacidade de ver o direito dos

diferentes, o direito dos diver-sos. Todos podem ter suas cren-ças, suas convicções, e são res-peitados. Esse é um traço cul-tural brasileiro que nós temosde preservar, não permitir quese rompa, porque é extrema-mente importante que todospossam ter suas crenças, sua re-ligião, suas convicções políticase doutrinárias, e que um não pos-sa violentar o espaço do outro.Isso é importante na culturabrasileira, e creio que é umaherança vinda do colonizadorportuguês, que é positiva, e dopróprio autóctone, ou seja, doindígena e das demais raças:o negro, por exemplo, que per-

mitiu que nós fizéssemos, no Brasil, uma inte-gração muito positiva, que não há em outros pa-íses. (...) No Brasil somos todos iguais. (...) Euagradeço por terem me oferecido essa oportuni-dade e quero cumprimentar a LBV pelo seu tra-balho. É uma obra extremamente meritória.

Hoje em dia, fala-semuito em

Solidariedade, emresponsabilidade social.

Nós estamos numacasa em que sempre sepensou nisso. E a LBVfoi tão ativa que muitas

vezes despertou ainveja contra uma

instituição que sempreprocurou educar.

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10 BOA VONTADE 15 de junho de 2004

ABRINDO O CORAÇÃOABRINDO O CORAÇÃOABRINDO O CORAÇÃOABRINDO O CORAÇÃOABRINDO O CORAÇÃO

ENTREVISTENTREVISTENTREVISTENTREVISTENTREVISTAAAAA

Na década de 1960, quando um grande movimento mu-

sical tomou conta da juventude do País, Wanderléa tor-

nou-se uma das cantoras mais queridas do Povo. Ao lado

dos amigos Roberto e Erasmo Carlos, sua marca não se

deteve a um acervo de sucessos musicais, como Capela do

amor, É pena, Eu já nem sei, Exército do surf e Foi assim.

E é ela mesma quem diz: “A Jovem Guarda foi uma gran-

de família, que criou laços profundos dentro da sociedade

brasileira. Pessoas de todas as idades gostavam e ainda

gostam do nosso trabalho”.

Para todas as gerações, vale a pena conhecer mais a

respeito da Jovem Guarda — marco na história da música

nacional — e também do carisma de Wanderléa.

BOA VONTADE — A que você atribui essa perenidade que a Jovem

Guarda assume quando novos artistas passam a regravar as

músicas que foram sucesso nesse movimento?Wanderléa — A Jovem Guarda não foi somente um movi-

mento musical; ela marcou uma época de transformação. Nós

tivemos a oportunidade, por meio de um programa na televi-

são e da trilha sonora que se fez ali, de trazer uma identidade

nova, completamente nova, um modo de vestir, um modo de

atuar. Foi um marco muito forte no sentido comportamental

Wanderléa:lembranças einspiração em Deus.

também. Eu tive a alegria de, por intermédio do programa, fazer

a minha parte, que foi a contribuição feminina do movimento.

Fico feliz de essa marca e de todas essas lembranças estarem tão

fortes no coração de todo o público que nos acompanhou.

BV — Como a Jovem Guarda ocorreu na sua vida?Wanderléa — Não houve

um mentor: “Ah, vamos fazer

isso”. As coisas foram aconte-

cendo. Todo adolescente tem

essa necessidade, essa vontade

de transformar. E, para mim, era

muito forte. A transformação

sempre foi no sentido da criati-

vidade, da criação artística.

BV — Houve grande influência no

comportamento e, de certa forma,

na relação familiar com a Jovem

Guarda. Como era a sua situação

dentro de casa?Wanderléa — Meu pai ti-

nha um pouco de receio com relação à carreira. Foi difícil

Texto: Angélica BeckFotos: Alex Salim

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11BOA VONTADE15 de junho de 2004

ABRINDO O CORAÇÃOABRINDO O CORAÇÃOABRINDO O CORAÇÃOABRINDO O CORAÇÃOABRINDO O CORAÇÃOno começo, mas fui rompendo as barreiras. À medida que se

fortaleciam os laços com o público, o carinho do público, o res-

peito das pessoas, ele foi ficando mais acessível. Mamãe já via

tudo de forma diferente. A parte de música, de arte, ela aceitava

de maneira mais doce.

BV — O que você acha que falta entre pais e filhos?Wanderléa — O que falta é mesmo proximidade, amorosi-

dade, tolerância, educação. Eu acho que falta uma proximidade

amorosa, porque, independente do que seja, acho que os pais

têm de estar próximos; tem de existir verdade, tem de ser uma

relação verdadeira. Viver é delicado, mas a gente tem de estar

atento e ter predisposição para as coisas acontecerem certas,

serem de maneira mais bonita e com menos conflito. Todo mun-

do tem de colaborar um pouco.

BV — Um momento difícil da sua vida e como você venceu essa

dificuldade.Wanderléa — Tive muitos momentos difíceis. Todo Ser Hu-

mano tem. Um deles foi quando perdi o meu filho Leonardo,

um mestre de aprendizado para mim. Ele me trouxe um posici-

onamento cósmico, me fez reconhecer todo o amor que o públi-

co tinha por mim. Além de Deus, além dos Espíritos de Luz, eu

tive todas essas pessoas que acompanharam a minha carreira,

me carregaram no colo. Todos oraram por mim. Foi uma união

muito linda que meu filho trouxe.

BV — E quanto ao trabalho?Wanderléa — Eu vou trabalhar enquanto estiver forte, bem

e, principalmente, enquanto o público estiver me aceitando. O

meu trabalho só me dá alegrias. Quando você está no início da

carreira, está com insegurança: “Ah, será que é, ou que não é?”.

O mais importante na minha vida é o meu posicionamento cós-

mico, é a inteireza do meu ser, principalmente no meu trabalho,

na hora em que vou apresentar-me. Para mim, é um momento

sagrado.

BV — Já que falou em momento sagrado, qual a importância de

Deus na sua vida?Wanderléa — Ah, Deus é tudo. É a Luz Maior, a Sabedoria

Maior, a nossa conexão com a Luz, a nossa Inspiração Maior.

BV — Você já esteve no Templo da Boa Vontade, em Brasília. Pode-

nos dizer como foi essa visita?Wanderléa — Foi maravilhosa. Digo para todo mundo que

é uma experiência que todos deveriam vivenciar. Foi muito bo-

nita. Eu fiz a espiral, e, quando você chega ao centro, recebe

aquela luz advinda do cristal, imenso, maravilhoso, energético,

que projeta aquela luz em você. E, ali, você é energizado. Ali,

você volta pelo lado claro daquela espiral, dissolvendo tudo

aquilo e trazendo boas energias, bons pensamentos, um novo

estado de visão, de vida. Adorei! Toda vez que eu passar por

Brasília quero ir lá. Eu acho muito linda essa filosofia toda da

LBV, porque é ecumênica. Tenho um carinho muito especial

pela LBV. Ainda no início da minha carreira, tive a honra de

conhecer pessoalmente Alziro Zarur e fico muito feliz com o

trabalho que Paiva Netto desenvolve já há tantos anos. Pude

perceber quanto cresceu a LBV. Acho muito bonito e reveren-

cio a energia de Paiva Netto, a sua sabedoria, o seu poder de

realização. Reverencio e mando um beijo e um agradecimento

especial.

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12 BOA VONTADE 15 de junho de 2004

Mais de100 mil livrosvendidos

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13BOA VONTADE15 de junho de 2004

Fumo — Combata essa idéia.

Três milhões de pessoas morrem por ano nomundo em conseqüência do uso do cigarro. De acor-do com a Organização Mundial da Saúde (OMS),se a tendência atual permanecer, esse número pas-sará, em 2020, para dez milhões.

O fumo está relacionado a diversas doenças,sendo uma das principais causas de morte que po-dem ser evitadas. Dessas, o câncer de pulmão lide-ra entre os fumantes.

Em locais fechados, a ação nociva das substân-cias químicas e tóxicas do tabaco é ainda maior.Nesses locais, o nível de monóxido de carbono che-ga a atingir, depois de algumas horas, concentra-ções de 100 a 200 partes por milhão, quando opadrão do bom ar é de apenas nove partes por mi-lhão. A atmosfera fica carregada de nicotina, mo-nóxido de carbono, substâncias cancerígenas e ou-tras lesivas aos aparelhos res-piratório e cardiovascular, asquais se dispersam de formahomogênea pelo ambiente, afe-tando também as áreas reser-vadas aos não-fumantes.

Fumante passivo

A exposição contínua a essapoluição, vinda de cigarrosalheios, dobra o risco de doen-ças cardíacas. Um estudo en-volvendo 32 mil enfermeiras,realizado por pesquisadores deHarvard, nos Estados Unidos,apresentou resultados alar-mantes para os fumantes passivos: as enfermei-ras expostas constantemente à poluição do taba-co, seja no trabalho, seja em casa, mostraram maisriscos (91%) de sofrer problemas cardíacos, con-tra 58% das que tiveram exposição ocasional.

Os poluentes provocam também reações ime-diatas nas pessoas mais sensíveis, como dor decabeça, irritação ocular, lacrimejamento, cocei-ra, ardência, espirro, pigarro, tosse irritativa, di-ficuldade respiratória, dor no peito e mal-estar.

Em vista disso, a OMS lançou uma campanhapedindo mais restrições ao fumo em ambientes fe-

chados de trabalho e de lazer, além de colocar aler-tas sobre os malefícios do fumo em todos os maçosde cigarro.

Motivação

Por muito tempo, entendeu-se motivação comoa vontade ou não de a pessoa parar de fumar. Seela quisesse, o médico seria capaz de ajudar; docontrário, nada poderia ser feito. Hoje, já se com-preende motivação como um processo psicológicoque pode ser acelerado ou não pela intervenção domédico.

Essas mudanças podem ser as mais variadas: opaciente pode tentar diminuir o consumo por si mes-mo, conversar com alguém importante sobre o pro-blema ou procurar um médico para cessar o fumo.

O próximo estágio seria o damanutenção, no qual mudançassignificativas no estilo de vidadeveriam ser feitas para conso-lidar a nova forma de compor-tamento sem a substância.

Pessoas que param de fumaraos 50 anos diminuem pela me-tade a probabilidade de morrernos próximos quinze anos, com-paradas àquelas que não inter-rompem o hábito: apenas umano depois da parada, o riscode problemas cardíacos reduz50%. Grávidas que deixam defumar no primeiro trimestre evi-tam que o feto tenha baixo peso.

Também é importante discu-tir com o paciente sobre barreiras para essa inter-rupção e mitos que se contam, como, por exemplo,o de que a pessoa não vai concentrar-se no trabalho,o de que vai engordar muito, etc. Deve-se lembrarque a peça mais importante no processo de acabarcom o vício do fumo é o pensamento positivo e cons-trutivo.

(por Elaine Ruivo — São Paulo/SP)

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VIVER É MELHORVIVER É MELHORVIVER É MELHORVIVER É MELHORVIVER É MELHOR

SAÚDESAÚDESAÚDESAÚDESAÚDE

Atualmente,

identificam-se 4.7204.7204.7204.7204.720

componentes do

cigarro. Todos, sem

exceção, são

altamente nocivosaltamente nocivosaltamente nocivosaltamente nocivosaltamente nocivos

ao organismo, tanto

para o fumante ativo

como para o passivo.

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14 BOA VONTADE 15 de junho de 2004

Composição do leite materno

1. Água em quantidade suficiente, mesmo nos dias quentes e secos.

2. Proteína e gordura adequadas e na quantidade certa.

3. Mais lactose (nível de açúcar) do que os outros leites.

4. Vitaminas, ferro, sais, cálcio e fósforo em quantidades suficientes.

Não há necessidade de suplementos vitamínicos.

5. Lipase (uma enzima especial), que digere as gorduras. Por isso, o

leite não é “pesado” como os outros, sendo, assim, mais bem digerido e

absorvido. A criança em aleitamento materno pode mamar em interva-

lo menor do que a que toma mamadeira.

6. Fatores antiinfecciosos, sendo estéril e isento de bactérias.

7. Constante temperatura ideal, não azedando ou estragando.

DICASDICASDICASDICASDICAS

Logo no primeiro dia do nascimento do bebê, a produção de leiteé pequena. Esse leite, chamado colostro, é transparente e amarela-do, tem alto valor nutritivo e é suficiente para as necessidades dorecém-nascido, agindo como uma verdadeira vacina. A “descida”desse leite é estimulada em cada mamada: quanto mais a criançamamar, mais leite a mãe produzirá.

Na hora de amamentar, é fundamental colocar o bebê na posiçãocorreta: a barriga dele deve estar virada para a barriga da mãe. As-sim, ele consegue pegar o peito corretamente e, para a mulher, émais cômodo, além de ela não ter rachaduras nem sentir dores namama.

Para evitar rachaduras, a mãe não deve lavar os mamilos depoisde cada mamada. Basta o banho diário sem o uso de qualquer tipode sabonete. O próprio leite protege a pele, evitando infecções. Tam-bém não se deve usar pomadas ou cremes.

Se a mama ficar muito cheia, deve-se seguir este procedimento:ferver um frasco de vidro com tampa, prender os cabelos, lavar bemas mãos, colocar os dedos no local onde termina a auréola e apertarvárias vezes até o leite sair. Pôr o leite no frasco esterilizado, tam-par e guardar na geladeira (12 horas) ou no congelador (15 dias), oudoar a um banco de leite humano. Deve ser aquecido em banho-maria.

Vale ressaltar que, se por algum motivo a mãe não puder ama-mentar, ela deve procurar um banco de leite humano ou um profissi-onal de saúde para orientá-la. E não se deve esquecer de dar as va-cinas em dia e, é claro, muito Amor para o bebê!

ESPECIALESPECIALESPECIALESPECIALESPECIAL

Amamentaçãosem mistérios

VIDVIDVIDVIDVIDA PLENAA PLENAA PLENAA PLENAA PLENA

As crianças que mamam no peito recebeminúmeros benefícios. Destaca-se, entre eles,melhor desenvolvimento do organismo, o queos torna mais inteligentes, com menos riscosde ter alergias e obesidade na fase adulta.

Já na mulher o processo de cicatrização éacelerado, a hemorragia pós-parto é evitadae a probabilidade de ter osteoporose na vidamadura é bem menor.

A consciência de uma boa amamentaçãocomeça na gravidez. É importante que afutura mamãe saiba que o leite materno é oalimento exclusivo ao bebê até os seis meses.Participar de palestras, ler orientaçõesmédicas e fazer cursos sobre amamentação aorientarão sobre as vantagens de amamentare as desvantagens do desmame precoce.

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15BOA VONTADE15 de junho de 2004

VIDVIDVIDVIDVIDA PLENAA PLENAA PLENAA PLENAA PLENA

A Constituição Federal, a Consolidação das Leisdo Trabalho (CLT) e o Estatuto da Criança e doAdolescente (ECA) asseguram direitos a mães e cri-anças em relação à amamentação. As garantias ofe-recidas colocam a legislação brasileira em posiçãode destaque, como uma das mais avançadas na pro-teção ao aleitamento materno nos seis primeiros me-ses de vida do bebê.

Em resumo, temos:• Licença-maternidade — “À gestante é asse-

gurada a licença de 120 dias consecutivos, sem pre-juízo do emprego e da remuneração, podendo terinício no primeiro dia do nono mês da gravidez, sal-vo por prescrição médica” (Constituição Federal,art. 7o, inc. XVIII).

• Direito de garantia no emprego — “É proi-bido demitir, com ou sem justa causa, a mulher tra-balhadora durante o período em que estiver grávida(desde a confirmação) ou amamentando (até cincomeses após o parto)” (Ato das Disposições Consti-tucionais Transitórias, art. 10, inc. II, letra “b”).

• Direito à creche — “Todo estabelecimento queempregue mais de 30 mulheres com mais de 16 anosde idade deverá ter local apropriado onde seja per-

Leis que protegem a amamentação

Originá-rio da Chinaantiga, obonsai é a artede miniaturi-zar árvoresque podemproduzir flo-res e frutosnaturalmen-te. Quantomais antigoele for, maio-res serão ovalor e a beleza, dentro do conceitofilosófico oriental de exaltação à ve-lhice e à sabedoria. A finalidade éoferecer a possibilidade do autoco-nhecimento por meio da observação

Serenidade nasfolhas do bonsai

te convênios, com outras entidades públicas, priva-das ou de entidades sindicais” (CLT, art. 389, pará-grafos 1o e 2o).

• Pausas para amamentar — “Para amamen-tar o próprio filho, até que este complete seis mesesde idade, a mulher terá direito, durante a jornada detrabalho, a dois descansos especiais, de meia horacada um. Quando exigir a saúde do filho, o períodode seis meses poderá ser ampliado a critério da au-toridade competente” (CLT, art. 396, parágrafo úni-co).

Leite humano também se doa

O Ministério da Saúde registra, em todo o País,o funcionamento de mais de 160 Bancos de LeiteHumano (BLHs), que são centros especializados eminformar, educar e incentivar o aleitamento mater-no, dando amplo apoio à mulher e executando ativi-dades de coleta, processamento e controle da quali-dade do leite humano. As mães podem cadastrar-separa triagem e doação, pois o uso do leite pasteuri-zado tem contribuído para a sobrevida e recupera-ção de bebês de parto prematuro.

mitido às empregadas guardar, sob vigilância e as-sistência, os seus filhos no período de amamenta-ção. Essa exigência poderá ser suprida por meio decreches distritais mantidas, diretamente ou median-

ESPECIALESPECIALESPECIALESPECIALESPECIAL

DECORAÇÃODECORAÇÃODECORAÇÃODECORAÇÃODECORAÇÃO

do pensamen-to, e princípi-os como equi-líbrio e har-monia sãofundamentais.

É impor-tante que obonsai tenhaforma defini-da, com ga-lhos bem de-senvolvidos edesenho acen-

tuado, e que esse trabalho seja realiza-do por mãos sensíveis de quem com-preende que as técnicas estão a servi-ço de algo maior: transmitir serenida-de.

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(Seção Vida Plena - por Elaine Ruivo)

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17BOA VONTADE15 de junho de 2004

ENDEREÇOSMELHOR IDMELHOR IDMELHOR IDMELHOR IDMELHOR IDADEADEADEADEADE

Falta de tempo, comodismo ou preguiça? Paradefinir qual a principal causa de uma vida sedentá-ria, normalmente a relacionamos à modernidade,que nos oferece muitas facilidades. Com a evolu-ção da tecnologia e a diminuição de atividades ocu-pacionais que demandam gasto energético, adota-mos a lei do menor esforço, agora a lei da “infor-matização”.

Segundo estudo divulgado pela OrganizaçãoMundial da Saúde (OMS), o sedentarismo é res-ponsável por 60% das mortes prematuras todos osanos, motivadas, sobretudo, pela falta ou grande re-dução da atividade física.

Para deixar de fazer parte do grupo dos sedentári-os, o indivíduo precisa gastar, no mínimo, 2.200 ca-lorias por semana, o que pode ser conseguido com aprática de diversas atividades, entre elas caminhada,natação, hidroginástica e exercícios com pesos.

A OMS recomenda um mínimo de 30 minutosdiários de exercícios moderados, que são benéfi-

Combatendo o sedentarismo

cos não só para a saúde, mas também para a vidasocioeconômica.

Ao começar uma atividade física, é aconselhá-vel fazê-la com intensidade moderada de 40 a 60minutos, de três a cinco vezes por semana, semprecom acompanhamento médico.

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oto

Dis

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QUALIDQUALIDQUALIDQUALIDQUALIDADE DE VIDADE DE VIDADE DE VIDADE DE VIDADE DE VIDAAAAA CANTINHO DCANTINHO DCANTINHO DCANTINHO DCANTINHO DA SAUDA SAUDA SAUDA SAUDA SAUDADEADEADEADEADEDoce olhar de MariaMúsica e letra: Eva Reis

Uma estrela apareceuNa Manjedoura um dia,E os anjos em coro cantaramAquela canção, que dizia:Ave, Maria!Ave, Maria!

No mundo tudo foi Luz,Nos corações, grande alegria!Hoje ainda rezamosQuando louvamos Maria:Ave, Maria!Ave, Maria!

Chegava ao mundo Jesus,Trazendo para a eternidadeA bela Mensagem de Luz,De Amor e Boa Vontade.

Com o Evangelho de Deus,A nova Era surgia!Tudo isso aconteciaSob o doce olhar de Maria.

Ave, Maria! (4 vezes)

Para as pessoas que não podemrealizar exercícios no solo, a hi-droginástica é a atividade mais in-dicada, principalmente para a Me-lhor Idade, pois melhora o condi-cionamento físico e a qualidade devida como um todo.

O primeiro passo é fazer avali-ação médica. Em seguida, preci-sa-se observar a altura da água em

Hidrossaúde

Ma

rce

lo J

r.

relação ao corpo. O ideal é queela fique no nível do ombro,quando o peso do corpo passa aser apenas 10% do valor real.Isso praticamente elimina os im-pactos musculares e das articu-lações. Os especialistas na áreaafirmam que, quanto mais bai-xo o nível da água, maior o im-pacto.

www.boavontade.com

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18 BOA VONTADE 15 de junho de 2004

NONONONONOTÍCIASTÍCIASTÍCIASTÍCIASTÍCIAS

PPPPPARLAMUNDI E TEMPLO DARLAMUNDI E TEMPLO DARLAMUNDI E TEMPLO DARLAMUNDI E TEMPLO DARLAMUNDI E TEMPLO DA BOA VONTA BOA VONTA BOA VONTA BOA VONTA BOA VONTADEADEADEADEADE

Quem vai ao Distrito Federal nãopode deixar de conhecer o Temploda Boa Vontade (TBV), a Pirâmidedos Espíritos Luminosos (SGAS915, Lotes 75/76, tel. (61) 245-1070), que, segundo o jornal portu-guês Diário de Notícias, “é a maiorconstrução piramidal do século XX”.A beleza e a força de seu Ecumenis-

mo Irrestrito são alguns dos atrati-vos que fazem do Templo da LBV omonumento mais visitado da capitaldo País. Tudo isso chama a atençãoda mídia, que constantemente dá des-taque ao local.

No dia 30 de abril, a revista Bem-Vindo, que é editada em português einglês, reservou, em sua edição de

www.tbv.com.br

lançamento, quase uma página intei-ra para divulgar o Templo da Paz,como também é chamado. Além dabela foto, na qual se pode ver o con-junto ecumênico da Legião da BoaVontade — composto do TBV e doParlamento Mundial da Fraternida-de Ecumênica (ParlaMundi) —, apublicação ressaltou: “Construído

Nil

ton

Preda

em forma de pirâmide de sete lados,tem 21 metros de altura. Uma dasatrações é o cristal no salão princi-pal, que pesa 21 quilos e tem 40 cen-tímetros de altura e está depositadono ápice da pirâmide. Sob o cristal,os visitantes percorrem um caminhoem espiral em busca de energização,rezando ou meditando”.

Templo daBoa Vontade

detém recordede visitas.

TBV: a maiorconstruçãopiramidal doséculo XX.

Templo daBoa Vontade– A Casa deTodos Nós.Correio Braziliense (Brasília/DF)”

Diário de Notícias (Porto,Portugal)

”Jornal de Brasília (Brasília/DF)

TBV na mídiaDa Redação

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19BOA VONTADE15 de junho de 2004

EVENTEVENTEVENTEVENTEVENTOOOOO

Estudo revela surgimento de religiosidade ecumênica

O livro Sociologia das Adesões: Novas religiosi-dades e a busca místico-esotérica na capital do Bra-sil, lançado em 5 de maio, em Brasília/DF, é resultadode uma importante pesquisa, coordenada por Deis Si-queira, professora de Sociologia da Universidade deBrasília (UnB). Na obra literária, ela contou com aparceria do também professor Ricardo Barbosa deLima, da Universidade Federal de Goiás (UFG).

O estudo, que deu origem à publicação, levou dezanos (de 1994 a 2004) para ser concluído e contoucom o apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento

PPPPPARLAMUNDI E TEMPLO DARLAMUNDI E TEMPLO DARLAMUNDI E TEMPLO DARLAMUNDI E TEMPLO DARLAMUNDI E TEMPLO DA BOA VONTA BOA VONTA BOA VONTA BOA VONTA BOA VONTADEADEADEADEADE

Científico e Tecnológico(CNPq). Foram entrevista-dos milhares de pessoas arespeito da busca da religi-osidade na capital federal.O título apresenta o perfildos novos adeptos e religi-ões e os aspectos sociode-mográficos, de sexo e es-colaridade.

Na obra os autoresaprofundam análise feita aoTemplo da Boa Vontade(TBV), o Templo da Le-gião da Boa Vontade(LBV). O trabalho contoucom a participação de alu-nos de Sociologia e Antro-pologia da UnB, além decolaboradores de universi-dades do Exterior. Para tan-to, utilizaram o livro de vi-

sitas do TBV a fim de coletar os dados, e entrevista-ram peregrinos e visitantes. As páginas 116 e 117trazem duas fotos do Templo da Paz; nas páginas140 e 141, mais citações, com demonstrações grá-ficas.

De acordo com Deis Siqueira, o resultado detodo esse exame foi encaminhado para um bancode dados da UnB, e só do TBV foram registradosaproximadamente oito mil depoimentos.

Em entrevista à Rede Mundial — A TV da Edu-cação com Espiritualidade!, ela explicou por que

escolheram o local: “O Templo foi evidentementeuma dessas novas religiosidades que nós aprofun-damos. Primeiro pelo fato de ser o mais visitadoda cidade; segundo, porque ele é um exemplo con-creto de nova religiosidade, porque tem a marcado ecumênico. No Templo você tem o ecumênicoplasmado”.

A antropóloga Patrícia Trindade Maranhão Cos-ta, que participou também da pesquisa, esteve nolançamento do título e teceu algumas considerações:“O Templo sintetiza toda essa busca por uma reli-gião que seja significativa para a vida das pessoas.Todo parente, amigo que vem a Brasília, tem a mes-ma opinião, fica encantado com a beleza, a Paz quelá dentro é transmitida, com todo o significado reli-gioso que está em cada pedra, em cada sala, detalhedaquele lugar”.

Pesquisadores e autores da obra ainda deixaram,por escrito, suas mensagens ao idealizador e constru-tor da Pirâmide da Paz em um dos exemplares do li-vro:

— “Querido Paiva Netto, espero que este livro nosajude a todos, a construir um mundo com mais Paz.Com carinho, Deis Siqueira”;

— “Caro Paiva Netto, é com carinho e admiraçãoque lhe dedico este livro. Espero que seu olhar e suaótica possam enriquecê-lo. (...) Ricardo Barbosa deLima”;

— “Caro Paiva Netto, que este livro te inspire, ain-da mais, a desvendar alguns mistérios desta nossa ci-dade linda. Patrícia Maranhão”;

— “Prezado Paiva Netto, que estas leituras pos-sam contribuir para sua trajetória. Respeitosamente,Marcos Silva Silveira”.

Bem-Vindo é uma realização do BrasíliaConvention & Visitors Bureau, em parceria coma Secretaria de Turismo do Distrito Federal, di-recionada aos visitantes da capital brasileira.

Para comemorar os 44 anos de fundação deBrasília, em 21 de abril, o jornal Correio Bra-ziliense encartou, no dia 14, a revista OlharBrasília. A edição, que tem como proposta fa-zer o cidadão observar a sua cidade com outrosolhos, traz em destaque o TBV.

A publicação apresenta uma foto da pirâmi-de da Legião da Boa Vontade com duas legen-das. A seguir, o texto da primeira:

“Templo da Boa Vontade — A Casa de To-dos Nós — Um altar sem santos nem divinda-des, um átrio sem cânticos ou orações. Aben-çoados pelos quatro elementos da natureza —ar, água, terra e fogo —, os visitantes medi-

tam, caminham, relaxam e se tranqüilizam nos2 mil m2 do Templo da Boa Vontade (...). É pa-rada obrigatória para os turistas da cidade”.

Já a segunda legenda fala da energia pode-rosa do cristal e do expressivo número de pere-grinos que por lá passam.

Outro que registrou o grande número de vi-sitantes do TBV foi o Jornal de Brasília. Como título “Todos ao Templo”, o periódico abre amatéria publicada na edição de 21 de abril. Diza reportagem: “É como se toda a população deGoiânia passasse por ali no período de um ano.O Templo da Boa Vontade detém o recorde devisitas a monumentos e prédios. De acordo coma Secretaria de Turismo, o espaço ecumênicoatraiu, em 2003, um total de 1.261.970 pesso-as. Inaugurado em 21 de outubro de 1989, oTemplo detém outra expressiva marca. No topo

da pirâmide de sete faces, no pináculo, está co-locada a maior pedra de cristal puro do mundo(...)”.

O poder de atração do Templo foi valoriza-do também pela TeleLista do Distrito Federal2004, que, em 14 de abril, fez o lançamentode seu produto na Galeria de Arte do TBV, emconjunto com a abertura da exposição da ar-tista plástica Marlene Godoy, “Tarô de Brasí-lia” — ambas as atividades em homenagem aoaniversário da capital federal. A foto da Pirâ-mide da Paz aparece no índice geral do guia,na página 1, em fusão com três outros impor-tantes pontos turísticos locais: a Esplanada dosMinistérios, o Mastro da Bandeira com o Pa-vilhão Nacional e a Catedral Metropolitana.

Da esquerda para a direita, Marcos Silveira, Patrícia Maranhão, aprofessora de Sociologia Deis Siqueira, Paulo Medeiros (responsávelpelo TBV) e o professor Ricardo Lima.

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www.tbv.com.br

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20 BOA VONTADE 15 de junho de 2004

FÓRUM MUNDIAL ESPÍRITFÓRUM MUNDIAL ESPÍRITFÓRUM MUNDIAL ESPÍRITFÓRUM MUNDIAL ESPÍRITFÓRUM MUNDIAL ESPÍRITO E CIÊNCIAO E CIÊNCIAO E CIÊNCIAO E CIÊNCIAO E CIÊNCIAwww.forumespiritoeciencia.org.br

CONFERÊNCIACONFERÊNCIACONFERÊNCIACONFERÊNCIACONFERÊNCIA

Edgar Mitchell

Tenho muito prazer de estar aquihoje.

Gostaria de começar dizendo queo objetivo dos cientistas e dos místi-cos é o mesmo: compreender a reali-dade. A diferença entre eles está no fatode que os místicos têm buscado essacompreensão há milhares de anos, pormeio de pesquisas sobre o interior dosSeres Humanos. Já os cientistas, bemmais jovens em seus estudos, têm tidomuito sucesso nos últimos quatrocen-tos anos, mas são recém-chegados econsideram apenas os aspectos físicos,ignorando o observador, ou seja, o SerHumano que observa o mundo exteri-or.

Quando falamos em conciliar Ci-ência e Espírito, queremos dizer que aCiência, pela primeira vez, faz as per-guntas sobre o observador: “Quem éo observador? Como ele interage como mundo externo?”. Esse é o tema dapalestra.

Vamos lembrar-nos de que há ape-nas 45 anos nenhum Ser Humano ha-via estado no espaço. A atmosfera, ocosmos, as estrelas, as galáxias, asconstelações galácticas eram, até en-tão, totalmente desconhecidos; estáva-mos apenas começando a ver o quetudo isso significava. Em 1957, na Ma-rinha norte-americana, meu trabalhoera testar aviões. Nesse mesmo ano, aUnião Soviética enviou ao espaço oprimeiro satélite não-tripulado, o Spu-tinik. Então, percebi que os Seres Hu-manos iriam em seguida, e era isso queeu queria fazer. Eu tinha apenas 27anos e empenhei-me, nos anos seguin-tes, na qualificação e no credenciamen-to necessários para que a Nasa me se-lecionasse. Em 1966, fui escolhidopara o programa Apollo.

Vamos também nos lembrar umpouco daquele período. O grande as-trônomo britânico Fred Hoyle disse em1957, no começo da era espacial: “Há

quinhentos anos, Copérnico libertou-nos da idéia de que éramos o centrogeométrico do Universo, mas ainda in-sistimos na idéia de que somos o cen-tro biológico do Universo”. Quando fuià Lua, há quase trinta anos, ainda setinha essa noção, na Ciência e na Teo-logia, de que somos, sozinhos, o cen-tro biológico. Nos últimos trinta anos,isso mudou radicalmente, e acho queas pessoas já não acreditam mais nis-so. Muito embora não tenhamos pro-vas públicas oficiais, a maioria de nós,

por uma questão de fé, sabe que va-mos encontrar essa interconexão.

Fred Hoyle disse outra coisa mui-to importante: “Se algum dia, do es-paço, tirarmos uma fotografia da Ter-ra, nossa vida nunca mais será a mes-ma”. E ele tinha razão. Desde que trou-xemos as primeiras fotografias da Ter-ra, tiradas da Apollo 8 e das outrasmissões, há 32 anos, não houve umdia, nas cidades mais importantes domundo, em que em alguma página dosjornais ou na programação da TV não

Ph

oto

Dis

c

Descobrindo a Almana Ciência (PARTE I)(PARTE I)(PARTE I)(PARTE I)(PARTE I)

Com uma extraordinária e

diversificada carreira — cien-

tista, piloto de provas, oficial da

Marinha norte-americana,

astronauta, quinto homem a

pisar a Lua, empresário, escri-

tor e conferencista —, Edgar

Mitchell é exemplo dos esforços

da Humanidade por ampliar os

horizontes e explorar a Alma.

A partir desta edição, publicare-

mos sua palestra apresentada na

Primeira Seção Plenária do

Fórum Mundial Espírito e

Ciência (FMEC), em outubro de

2000. Nela, o famoso astronauta

discorre sobre a mudança dos

paradigmas científicos, para que

a Ciência passe a considerar,

com maior atenção, em seus

trabalhos o ponto de vista

espiritual — ponto de vista esse

que vem ao encontro de tese

defendida há décadas pelo

escritor Paiva Netto: “A Ciên-

cia, iluminada pelo Amor, eleva

o Ser Humano à conquista da

Verdade”.

Joã

o P

reda

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21BOA VONTADE15 de junho de 2004

FÓRUM DFÓRUM DFÓRUM DFÓRUM DFÓRUM DA JUVENTUDEA JUVENTUDEA JUVENTUDEA JUVENTUDEA JUVENTUDE

Por que Fórum da Juventude?A velocidade da informação (po-

lítica, econômica, acadêmica, cultu-ral) pelo poder globalizante da mí-dia não pode ser prejudicial ao en-volvimento dos jovens no coletivo(pela idéia de que o esforço do indi-víduo é nulo no contexto maior — oda vida em sociedade). A tecnologia,impulsionando os recursos de comu-nicação que permitem a vida social(em gestos, diálogos, signos e tantoselementos que organizam as civiliza-ções nos mais diversos tipos de com-plexidade), pode aproximar ou dis-tanciar os seres. Os instrumentos de-senvolvidos pela tecnologia podem,por exemplo, facilitar a formação deredes em que o indivíduo se percebacomo parte (impossível de ser sepa-rada) do todo.

A percepção do que somos um éfundamental para desenvolvermos al-ternativas para os caminhos egocên-

tricos e insuficientes que hoje vigo-ram na tentativa de organizarmos otrabalho, a produção, a qualidade devida, a formação dos cidadãos.

Mesmo o auto-reconhecimento doindivíduo-cidadão (quando acontece)

é normalmente tardio. Ocorre muitasvezes apenas na idade adulta, quan-do a pessoa já não tem mais o tempoe a disposição da adolescência, que,por ser fase de formação, é o momentode questionamento da ordem e do sis-

tema aplicados e de intervenção noambiente em que se vive. Por isso aidéia de criar um meio de comunicaçãoque aproxime os jovens.

Fóruns são importantes pela idéiade participação coletiva, de olhar socialem conjunto (não necessariamente igualou semelhante, mas com o objetivo co-mum de construir com o outro, de me-lhorar a vida do coletivo).

Interagindo com o Fórum Perma-nente Espírito e Ciência, o Fórum daJuventude Ecumênica da Boa Vontadeexiste para dar voz ao jovem, que, nasua região, tem a oportunidade de dia-logar e encontrar soluções para proble-mas humanos e sociais que o prejudi-cam e ameaçam a vida em todas as par-tes do mundo.

Para mais informações, acessewww.acaojovemlbv.com. Faça partedesse movimento.

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c

se tenha divulgado uma foto da Terra.É a foto mais publicada na história daHumanidade. Por quê? Porque ela falaa nós de maneira extremamente pro-funda.

O que significa este Planeta?Essa pergunta me ocorreu quandoeu voltava da Lua. Havia sido trei-nado como cientista e engenheirono Massachussetts Institute ofTechnology, nos Estados Unidos,onde obtive meu doutorado. Sem-pre me considerei bastante culto nasciências da nossa era, mas, voltandoda Lua, não pude evitar a sensaçãode fascínio com a visão deste cosmosmagnífico, irresistível e maravilhoso;começar a entender sua vastidão, asimensas distâncias envolvidas, a imen-sa quantidade de energia e de matériae, ao mesmo tempo, a sensação de co-nexão de sentimentos, de que a místi-ca havia estado lá desde sempre, e, decerta forma, tudo isso em intercone-xão, fazendo-me perceber que as ex-plicações às perguntas “Quem somos?Como chegamos aqui? Para onde va-

mos?” oferecidas pela Ciência são in-completas, imperfeitas. Em algum mo-mento da existência, todo Ser Huma-no já se fez essas perguntas. As res-postas que vêm danossa cosmologiacultural, especial-mente das diferen-tes religiões, sãoinsatisfatórias, ar-caicas.

Assim comoos povos antigosnão tinham a me-nor idéia paraonde iam e o queencontrariam dooutro lado na vas-tidão dos oceanos,atualmente explo-ramos cada vezmais o espaço econtinuaremos aexplorar. Precisa-mos entender o mundo sob um novoângulo, sob nova perspectiva. Agoraque já sabemos mais sobre o cosmos,precisamos também compreender me-lhor as perguntas “Quem somos? Como

FÓRUM MUNDIAL ESPIRÍTFÓRUM MUNDIAL ESPIRÍTFÓRUM MUNDIAL ESPIRÍTFÓRUM MUNDIAL ESPIRÍTFÓRUM MUNDIAL ESPIRÍTO E CIÊNCIAO E CIÊNCIAO E CIÊNCIAO E CIÊNCIAO E CIÊNCIA

chegamos aqui? Para onde vamos?”,para ter respostas mais claras.

Há dois grandes pilares: o da Reli-gião, baseada na mística, sob uma pers-

pectiva interna; eo da Ciência, quetem sido o grandeprotocolo da des-coberta sobre arealidade que nós,humanos, inven-tamos. Há dife-rentes histórias epontos de vista.Agora, chegou omomento de osconciliarmos.Teremos de res-ponder às mes-mas perguntasaqui apresenta-das, de um pontode vista totalmen-

te espiritual, e não mecânico, ou robóti-co, como temos feito na Ciência. É des-te momento que estamos falando: o decombinar as duas verdades.

No fim do século XVII, René Des-cartes sugeriu que o corpo e a mente,

fisicidade e Espiritualidade, eram coi-sas diferentes, ou seja, a dualidade car-tesiana permitiu que os intelectuais daépoca começassem a investigar umnovo método, chamado Ciência, e des-cobrissem a natureza da realidade fí-sica. Tudo muito bem, desde que semantivessem longe do aspecto espiri-tual.

Assim continuamos durante qua-trocentos anos e seguimos esse cami-nho. A fisicidade e a Espiritualidademantiveram-se como domínios com-pletamente separados. E sobre essasidéias construímos grande parte da ci-vilização ocidental. Um resultado mui-to infeliz é que vamos à igreja aos do-mingos, pedimos perdão e podemos,de novo, começar a destruir o mundono restante da semana. Não podemosmais tolerar isso!

Na próxima edição, publicaremosa continuidade da palestra de EdgarMitchell na Reunião Plenária do Fó-rum Mundial Espírito e Ciência.

Quando fui à Lua, háquase trinta anos, aindase tinha essa noção, naCiência e na Teologia,

de que somos,sozinhos, o centro

biológico. Nos últimostrinta anos, isso mudou

radicalmente.

www.forumespiritoeciencia.org.br

Equipe de Estudos Ecumênicos

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22 BOA VONTADE 15 de junho de 2004

CRÔNICAS E ENTREVISTCRÔNICAS E ENTREVISTCRÔNICAS E ENTREVISTCRÔNICAS E ENTREVISTCRÔNICAS E ENTREVISTASASASASAS

Momento poético

A

PAIVA NETTO

www.paivanetto.com.br

brisa que acariciava a praia, num

alegre entardecer de 1955, testemu-

nhou a cena inusitada. Na verdade,

o vento suave foi cúmplice do fato,

que, mesmo sem versos, já seria

uma autêntica poesia, transcrita na alma de um

jovem. Na oportunidade, grafei, na forma de

um poeminha, a rica emoção de haver sido ar-

rebatado, num relance, pela encantadora visão.

Minha doce namorada de adolescência teve a

alça do vestido deslocada pelo sopro do mar...

Ah!

Teu colo,

lindo!

No meu deslumbramento

de criança,

assomou

como perene lembrança

para toda a minha vida.

Mesmo quando velho,

não o esquecerei.

Jamais!

Ah!

A maldade?!

Está nos olhos

de quem a vê.

E, logo,

lanço o repto

que antevê

que o mal do mundo

está na alma

do furibundo.

Não no coração

de quem me lê...

Nas dobras da existência,

o canto da Esperança:

é bom viver!...

Amar a beleza,

do Amor,

a fortaleza

de quem ama e crê.

Deus

não fez o mundo

para nos negar a alegria

de adorar a Natureza,

Sua cria.

Só não deseja

que a maculemos.

Pelo contrário,

Que a respeitemos,

porque a Vida...

A Vida!

foi feita para se viver!

Era um tempo diferente...

Era um tempo diferente: para contemplar

um simples joelho, tinha-se de vencer uma

guerra de Tróia, com Homero; Helena; Páris;

Heitor; Menelau; Agamenon; Ulisses; Aquiles,

aquele do calcanhar frágil; Cassandra, a viden-

te desprezada; o inefável “presente de grego”,

ou seja, o colossal cavalo de madeira, e tudo o

mais...

Depois do momento poético, corri para a va-

randa da casa dela, peguei de um lápis, umas

folhas de papel de pão e, deslumbradíssimo,

ousei esses versinhos, que aí estão com alguns

Joã

o R

uiz

Lop

es

Bruno Simões de Paiva e Idalina Cecília dePaiva

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23BOA VONTADE15 de junho de 2004

pequenos ajustes. A extasiante musa

nunca os chegou a ler... A minha timi-

dez era demasiada. Mostrei-os, porém,

naquele mesmo dia, ao meu pai, Bruno

Simões de Paiva, dedicado mentor de mi-

nha juventude. A gente, às vezes, discu-

tia, é verdade. Mas como fomos amigos!

Hoje, ele está com 88 anos*1, bem vivi-

dos e sofridos.

Crítico severo dos meus arroubos

“literários” juvenis, era romântico

de carteirinha também. Foi compla-

cente no seu veredicto... Ainda bem

que o meu velho sempre foi meu bom compa-

nheiro. Tinha igualmente o coração enamora-

do. Basta lembrar que se apaixonou por minha

mãe aos nove anos de idade... Ela estava com

sete. Uniram-se em 1940, duas décadas depois

de se encontrarem em Camaçari pela primeira

vez. A família foi contra. Eles eram primos.

O padrinho do casamento foi o grande Dori-

val Caymmi*2, conhecido deles desde a infân-

cia na Bahia, com suas tradições e costumes

praianos, que o privilegiado marido de Dona

Stella Maris e ditoso pai de Nana, Dori e Da-

nilo continua cantando tão bem:

O Vento

Vamos chamar o vento

Vamos chamar o vento

Vento que dá na vela

Vela que leva o barco

Barco que leva a gente

Gente que leva o peixe

Peixe que dá dinheiro, Curimã

Curimã ê, Curimã lambaio

Curimã ê, Curimã lambaio

Curimã

Curimã ê, Curimã lambaio

Curimã ê, Curimã lambaio

Curimã

Vamos chamar o vento

Vamos chamar o vento

Vento que dá na vela

Vela que vira o barco

Barco que leva a gente

Gente que leva o peixe

Peixe que dá dinheiro, Curimã

Vamos chamar o vento

Vamos chamar o vento

A nossa existência é para ser respeitada e

amada realmente, jamais destruída por exces-

sos esmagadores. Observando o feliz exemplo

de meus queridos pais, Bruno e Idalina, relem-

bro, com Lícia, minha irmã, algumas palavras

que publiquei em Reflexões e

Pensamentos — Dialética da Boa

Vontade , lançado em 1987:

“Assim como o sangue, circulan-

do pelo corpo, oxigeniza e ali-

menta as células humanas, o

Amor, percorrendo os mais recôn-

ditos pontos de nossa Alma, fer-

tiliza-a e a torna plena de vida.

(...) Ao final de tudo, ele — que

se expressa das mais surpreen-

dentes formas na grande tare-

fa de conduzir os homens à

sobrevivência — vencerá! Continuamos

acreditando na vitória final do Ser Huma-

no e seu Espírito eterno, a Obra Máxima

do Criador”.

Ei, Você aí! Pensou que fosse ler uma

página pornográfica? Quebrou a cara, hein?!

Gandhi e o bom humor

Não quero perder o ensejo de reiterar uma

coisa: amadurecer não significa tornar-se amar-

go, perder o humor. Dizia Mohandas Kara-

mchandi Gandhi que, se não sustentasse o jú-

bilo no seu Espírito, não poderia suportar as

suas lutas e já teria morrido há muito tem-

po. Guardemos a elucidativa lição do

Mahatma.

Vênus de MiloMuseu do Louvre(Paris, França)

*1 Este artigo foi publicado em 2000. Em 24 de junho

do mesmo ano, Bruno Simões de Paiva voltou à Pátria

Espiritual.

*2 Dorival Caymmi — Em 30 de abril, esse grande can-

tor, compositor e poeta completou seu nonagésimo aniver-

sário. Dorival, Bahia e Brasil são três palavras que se con-

fundem, se misturam, em sentido, magia e música. O

País reverencia um de seus mais conceituados no-

mes da MPB. Da mesma forma, a Legião da Boa

Vontade e seu dirigente, Paiva Netto, dão-lhe

os parabéns por data tão especial.

Dorival CaymmiD

elf

in V

ieir

a/A

E

Gandhi (que nasceu em 1869 e foi morto abala, em janeiro de 1948) aparece nesta fotocom o Pandit Jawaharlal Nehru (1889-1964),seu principal discípulo. Nehru, pai de IndiraGandhi (1917-1984), foi o primeiro dirigenteda Índia libertada. Indira também governou opaís de Krishna, como primeira-ministra, atéser assassinada pelos seus guarda-costas.

Re

produ

çã

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24 BOA VONTADE 15 de junho de 2004

LEGIÃO DLEGIÃO DLEGIÃO DLEGIÃO DLEGIÃO DA BOA VONTA BOA VONTA BOA VONTA BOA VONTA BOA VONTADEADEADEADEADE

Metas para o milênio

Depois de quatro anos de as Na-ções Unidas estabelecerem as oito me-tas de desenvolvimento do milênio(MDMs), que devem ser cumpridasaté 2015, ainda há muito que fazer.Com base nessa declaração é que oConselho Econômico e Social das Na-ções Unidas(Ecosoc), noqual a Legiãoda Boa Vonta-de (LBV) temstatus consul-tivo geral, su-geriu a reali-zação, entreos dias 10 e11 de março,do seminário“ A m é r i c aLatina–Áfri-ca: Promovendo a erradicação da po-breza nos países menos desenvolvi-dos”, no Parlamento Mundial da Fra-ternidade Ecumênica, o ParlaMundi daLBV, localizado no SGAS 915, Lotes75/76, em Brasília/DF. Em junho, aInstituição estará apresentando os re-sultados desse encontro em reunião doAlto Segmento do Ecosoc, na sede daONU, em Nova York, EUA.

O SenadorM o z a r i l d oC a v a l c a n t i( P P S / R R ) ,palestrante noprimeiro dia,enfatizou logono início deseu discurso:“Quero para-benizar aLBV por es-tar fazendoeste evento,sob a coordenação da ONU. Estainiciativa é o caminho que nós de-vemos buscar para resolver algotão aflitivo, que atinge as regiõesmais pobres do mundo, que são jus-

Maria das Graças

Carvalho

A. B

rizzi

Prédio daOrganizaçãodas NaçõesUnidas (ONU)em Nova York

www.lbv.org

ONU NA LBVONU NA LBVONU NA LBVONU NA LBVONU NA LBVJoã

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Mozarildo Cavalcanti

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reda

da redação

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25BOA VONTADE15 de junho de 2004

tamente a África e a América Latina e que têmlaços profundos, tanto históricos quanto as se-melhanças nos seus problemas. Só uma forteparceria entre governo e socieda-de civil pode, realmente, reverteresse processo. A própria ação daLBV demonstra como uma orga-nização não-governamental, con-duzida com seriedade, com espíri-to efetivamente de tentar mudar ascoisas, de maneira ecumênica, semter uma verdade pronta e acabada,pode mudar os acontecimentos emdiversos setores, na Educação, naassistência às crianças”.

O Embaixador de Moçambique,Amadeu Conceição — que tambémapresentou sua experiência no mesmo painel doSenador Cavalcanti —, falou da grande vergo-nha que é, apesar do alto nível de tecnologia aque o Homem já chegou, o fato de populaçõesinteiras viverem em situação de extrema pobre-za. Segundo o Embaixador, o ParlaMundi daLBV, ao encetar tal iniciativa, dá uma grandecontribuição à Humanidade. “EsteParlamento e esta Organizaçãoecumênica (LBV) têm um papelmuito grande na união, na Solida-riedade entre as pessoas. Por issonossa presença aqui, hoje”, disse.

Igualmente esteve presente arepresentante da Secretaria Espe-cial de Políticas para as Mulhe-res, ligada à Presidência da Re-pública, Maria das Graças Carva-lho. Para ela, as propostas deba-tidas no seminário vinham ao en-contro das metas desse órgão go-vernamental. “Gostaria de agradecer o convi-te. Estamos muito felizes de estar participandodeste evento. Quero dizer também que todas aspolíticas hoje desenvolvidas na Secretaria le-vam à questão da inclusão das mulheres e, por-tanto, da superação da pobreza.”

Aids e pobreza

Outro que participou do en-contro foi o professor de Políti-cas Sociais da Universidade deBrasília, Mário Ângelo Silva, queenalteceu a iniciativa da LBV:“Gostaria de parabenizar a orga-nização do evento por ter incluí-do o tema HIV–aids numa dis-cussão sobre erradicação da po-breza. Sabemos que, hoje, esseproblema está intimamente associado a essaquestão”.

De acordo com o professor, a epidemia jáatingiu 30% da população de algumas nações,

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Rosembergue Pinheiro

Maria Inês Barbosa

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Mário Ângelo Silva

ENDEREÇOSENDEREÇOSENDEREÇOSENDEREÇOSENDEREÇOSArgentina: Calle José Mármol,964 • Caballito • Buenos Aires •CP 1236 • Tel.: (00xx5411)4925-5000

Portugal: Rua AlexandreHerculano, 355 • CEP 4000-055Porto • Tel.: (00xx35122)208-6494

Bolívia: Calle de Cuba, 1.905Miraflores • La Paz • Casilla deCorreo 5951 • Tel.: (00xx5912)222-5749

Estados Unidos da América:20 Calumet Street, 1st floorNewark/NJ • Zip Code 07105Tel.: (00xx1973) 344-5338

Paraguai: Rua MariscalEstigarribia, 1.534 • Fernandode la Mora • Tel.:(00xx59521) 520-630

Uruguai: Av. Agraciada, 2.328,esquina San Martín • AguadaMontevidéu • CP 11800 • Tel.:(00xx5982) 924-2790

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Amadeu Conceição

LEGIÃO DLEGIÃO DLEGIÃO DLEGIÃO DLEGIÃO DA BOA VONTA BOA VONTA BOA VONTA BOA VONTA BOA VONTADEADEADEADEADE

e, como nessas localidades não há disponibili-dade de medicamentos, de anti-retro-virais, as pessoas adoecem ou mor-

rem. “O número de indi-víduos incapacitadospara o trabalho na Amé-rica Latina, no Caribe ena África é muito grande,e isso compromete o de-senvolvimento desses po-vos, na medida em quenão existe, e vai existirmenos ainda, recursos hu-manos e força de trabalhopara o desenvolvimento do país nosvários campos, seja na produção dealimentos, na saúde, na Educa-

ção...”, alertou.Por tudo isso, ele ainda ressaltou: “A aids,

hoje, é um problema sem fronteiras, é de toda aHumanidade. Quando a gente assiste aos paísesmais pobres se acabando, sendo dizimados pelaepidemia, se vê que é preciso pensar em solu-

ções mundiais. E é nesse sentido quea LBV e o ParlaMundi estão contri-buindo: articulando melhor esse mo-vimento internacional na luta contraessa doença; juntando forças, idéi-as, para que se possa, de fato, inter-vir nessas situações de maneira maiseficaz e ecumênica. Porque cadapovo possui sua cultura, tradição,Espiritualidade, e qualquer políticasocial e de saúde precisa levar emconta os aspectos locais. Essa visãoglobal que vocês trouxeram para oevento foi fundamental para pensarnas soluções”.

A exemplo de outras autoridades, o Secretá-rio de Gestão do Ministério da Saúde, Rosem-bergue Pinheiro, destacou na iniciativa da LBVum princípio a ser vivido urgentemente por to-

dos: o da Fraternidade Universal. “Éfundamental este momento que vive-mos, e estou radiante de estar parti-cipando dele, pois cria uma nova vi-são da questão da Solidariedade in-ternacional e mobiliza os vários seg-mentos da sociedade a pensar, emconjunto, alternativas para enfrentaresses problemas. A LBV, com estebelo monumento à Humanidade (Par-laMundi), mostra todo o seu compro-misso na transformação e na concep-ção ecumênica de Solidariedade hu-mana para todos. Isso é, realmente,um acontecimento fantástico! É uma

Obra imprescindível e que vai marcar, com cer-teza, o Brasil!”

Por fim, vale lembrar a palavra de MariaInês Barbosa, Secretária Adjunta de Promoção

da Igualdade Racial (Seppir), que salientou ovalor da realização desse seminá-rio para que surja uma nova cons-ciência universalista: “Esse tipo deevento é extremamente importan-te. Primeiro porque institui umanova cultura, como bem foi ditopelo representante da LBV. É pre-ciso que derrubemos uma culturahierarquizada por raça, por gêne-ro e por condição social, mesmoporque é necessário ter noção deque a Humanidade é composta dadiversidade e que todos nós temoso que contribuir. A riqueza de um

significa a pobreza do outro, e isso precisa serdesfeito”.

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27BOA VONTADE15 de junho de 2004

Educação, amparo e Amor: sinônimos deum Lar notável.

Conhecido como Templo da Na-tureza e da Criança, o Lar e ParqueAlziro Zarur, mantido pela Legião daBoa Vontade no município de Glori-nha, a 40 km de Porto Alegre/RS,completou, em 23 de maio, 44 anosde atividades dedicadas ao bem-estarde milhares de meninos em situaçãode risco social.

Desde a década de 1960, quandofoi inaugurado, o Lar mudou a vidade muitos guris, como eles são cari-nhosamente chamados. Atualmente, olugar atende, em regime residencial,mais de cem garotos entre 6 e 18 anosque estão afastados de seus pais, ou

por serem órfãos, ou porque seus res-ponsáveis perderam momentanea-mente a guarda deles na Justiça, ouainda em conseqüência de seus fami-liares estarem na faixa de exclusãosocioeconômica.

A obra — que atua sob o lemaEducação e Cultura, Alimentação,Saúde e Trabalho com Espirituali-dade — ocupa uma área com maisde um milhão de metros quadrados.A Natureza é predominante no local,decorado com flores e a presença deanimais e pássaros. Sem dúvida, umpresente para o Rio Grande do Sul.

Os guris freqüentam escolas dacomunidade, visando à sua integra-ção e socialização. Na LBV, rece-bem reforço escolar diário de pro-fessores; alimentação balanceada;vestuário; atendimento médico,odontológico, fonoaudiológico epsicológico; além do apoio de pro-fissionais de diversas áreas. Tudoisso lhes garante a convivência so-cial e o estímulo a uma consciênciacrítica de seus direitos e deverespara com a sociedade, bem como odespertar da cidadania, o amparo fí-sico-psicológico e, acima de tudo,muito Amor, fazendo valer o cum-

primento do artigo 227 do Estatutoda Criança e do Adolescente.

A casa é também um espaçoaberto à comunidade. Há jardins in-ternos, ginásio poliesportivo, qua-dras de futebol (sendo sete de areia)e um quiosque com produtos natu-rais, os quais a população pode vi-sitar, dessa forma conhecendo deperto o trabalho que a LBV realizae interagindo socialmente com osmeninos.

O Lar e Parque da Legião da BoaVontade está localizado na RodoviaRS 030, km 19, Parada 119, tel.(51) 487-1033.

da redação

LEGIÃO DLEGIÃO DLEGIÃO DLEGIÃO DLEGIÃO DA BOA VONTA BOA VONTA BOA VONTA BOA VONTA BOA VONTADEADEADEADEADEwww.lbv.org

ESPECIALESPECIALESPECIALESPECIALESPECIAL

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28 BOA VONTADE 15 de junho de 2004

MANAUS/AM SÃO JOSÉ DO RIO PRETO/SP

Complemento escolar

Centenas de famílias

atendidas pelo Centro Co-

munitário e Educacional da

LBV em Manaus/AM reu-

niram-se, recentemente,

para participar da I Sema-

na da Família, organizada

pela Instituição.

O objetivo do evento foi

o de abrir um espaço para

discutir temas como a vio-

lência física e sexual con-

tra a mulher; formas de

acesso à rede de proteção

às crianças e adolescentes vítimas de abandono e violência física, sexual ou

psicológica; e estratégias de prevenção ao uso indevido de drogas, de forma a

melhorar a qualidade de vida destas pessoas.

A iniciativa contou com a presença de representantes do Serviço de Atendi-

mento às Vítimas de Agressão Sexual (Savas), da Delegacia da Mulher, da Se-

cretaria Municipal da Infância e da Juventude (Seminf) e do Conselho Estadual

de Entorpecentes (Conen), que palestraram sobre assuntos relacionados ao bem-

estar da família.

(por Raquel F. de Souza)

A Legião da Boa

Vontade deu início, no

dia 3 de maio, em São

José do Rio Preto/SP, ao

programa Criança: Fu-

turo no Presente!, que já

é desenvolvido, com su-

cesso, em diversas cida-

des do País. A iniciativa

atende 40 crianças da Es-

cola Municipal Professor

Oscar Arantes Pires que

estão na faixa etária en-

tre 7 e 12 anos e que vi-

vem em situação de ris-

co social.

Além da complementação escolar — o ponto alto do programa —, a

garotada beneficia-se com atividades educativas, lúdicas, esportivas e de la-

zer. Os alunos recebem ainda reforço alimentar e atendimento psicológico e

fonoaudiológico. As famílias das crianças também são favorecidas com o

programa. O Centro Comunitário da LBV na cidade está localizado na Rua

Saldanha Marinho, 2.850, Centro, tel. (17) 235-4234.

(por Dalva Gimenes)

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Venha participar do maiorVenha participar do maiorVenha participar do maiorVenha participar do maiorVenha participar do maior

evento do Agronegócio daevento do Agronegócio daevento do Agronegócio daevento do Agronegócio daevento do Agronegócio da

América Latina, noAmérica Latina, noAmérica Latina, noAmérica Latina, noAmérica Latina, no

município que mais crescemunicípio que mais crescemunicípio que mais crescemunicípio que mais crescemunicípio que mais cresce

no Brasil.no Brasil.no Brasil.no Brasil.no Brasil.

As melhoresAs melhoresAs melhoresAs melhoresAs melhores

oportunidades de negóciosoportunidades de negóciosoportunidades de negóciosoportunidades de negóciosoportunidades de negócios

estão aqui!estão aqui!estão aqui!estão aqui!estão aqui!

Prefeitura Municipal de

Luís Eduardo Magalhães

Oziel Oliveira — Prefeito Municipal

Fone: (77) 628-9000

E-mail: [email protected]

Secretaria Municipal de Agricultura,

Meio Ambiente e Fomento Econômico

Rua Paraíba — Quadra 71

Lotes 13 e 14 — Centro

CEP 47850-000

Luís Eduardo Magalhães — Bahia

Fone: (77) 628-9030

E-mail: [email protected]

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I Semana da Família

LEGIÃO DLEGIÃO DLEGIÃO DLEGIÃO DLEGIÃO DA BOA VONTA BOA VONTA BOA VONTA BOA VONTA BOA VONTADEADEADEADEADE

NONONONONOTÍCIASTÍCIASTÍCIASTÍCIASTÍCIAS

www.lbv.org

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29BOA VONTADE15 de junho de 2004

Um trabalho que forma cidadãos“Centro de Educação Infantil José de Paiva Netto:

Um trabalho nota mil!” Com este título os jornais Tri-

buna do Bairro e Cidade Notícias, de Curitiba/PR,

abrem matéria especial sobre a LBV. A reportagem

traz as impressões do Diretor-Geral dos periódicos,

Mauro Ignácio, e da jornalista Rosangela Schellin, que

trabalha também nos dois veículos, após conhecerem,

recentemente, a unidade educacional da Legião da Boa

Vontade na capital paranaense.

No texto pode-se ler: “Por esta não

contávamos, quando tiramos a tarde

do dia 7 de abril, para conhecer de

perto o trabalho desenvolvido há 22

anos pelo Centro de Educação Infan-

til José de Paiva Netto, da Legião da

Boa Vontade, no Boqueirão, e onde

acontecia a festa de Páscoa das 110

crianças, de 2 a 6 anos — de famílias

carentes e em situação de risco so-

cial —, que aquele Centro atende

em período integral, diariamente, ofe-

recendo atividades lúdico-pedagógi-

cas, interativas e recreativas; e alfabe-

tização; paralelamente a valores de res-

gate à vida, à moral e à ética, visando

Vin

íciu

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am

ão

Tel.: (11) 222-2633

LEGIÃO DLEGIÃO DLEGIÃO DLEGIÃO DLEGIÃO DA BOA VONTA BOA VONTA BOA VONTA BOA VONTA BOA VONTADEADEADEADEADEwww.lbv.org

à formação para a cidadania e à cultura da Paz.

“(...) Na visita ao organizadíssimo Centro (...),

ficamos encantados com as instalações e com o tra-

balho baseado na Pedagogia do Cidadão Ecumêni-

co, do Diretor-Presidente da LBV, José de Paiva

Netto, que defende uma educação firmada no cére-

bro e coração, através da solidariedade, e que me-

rece o slogan: Você ajuda, a LBV faz!.

“O que não esperávamos é que nossa visita fos-

se registrada no site www.boavontade.com, com di-

reito também às nossas declarações quanto às im-

pressões que tivemos do trabalho desenvolvido (...).

Entre outras: ‘é um trabalho maravilhoso. Fiquei

impressionado com a estrutura e com o atendimen-

to. Esperamos que a LBV multiplique este traba-

lho em outras regiões e que ele possa ser conheci-

do pelos nossos governantes, para

que dêem o apoio que vocês merecem

(...)’ — Mauro Ignácio, diretor da Tri-

buna do Bairro — e ‘realmente é uma

estrutura que vale a pena a comunida-

de auxiliar com contribuições, para

que a LBV tenha condições de aten-

der a um maior número de crianças!’

— Rosangela Schellin (...).

Por falar nisso, as doações para o

Centro de Educação Infantil José de

Paiva Netto podem ser feitas na Rua

Padre Estanislau Trzebiatówski, 180,

Boqueirão. Mais informações pelo

286-9193”.

(por Vinícius Ramão)

CURITIBA/PRREPERCUSSÃOREPERCUSSÃOREPERCUSSÃOREPERCUSSÃOREPERCUSSÃO

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30 BOA VONTADE 15 de junho de 2004

Apoio profissional

Todos os meses, a Legião da BoaVontade em Belo Horizonte/MG qua-lifica cerca de 80 pessoas para o mer-cado de trabalho por meio do curso deinformática, que é oferecido, diaria-mente, a moradores de comunidadesem situação de risco social.

LEGIÃO DLEGIÃO DLEGIÃO DLEGIÃO DLEGIÃO DA BOA VONTA BOA VONTA BOA VONTA BOA VONTA BOA VONTADEADEADEADEADEwww.lbv.org

NONONONONOTÍCIASTÍCIASTÍCIASTÍCIASTÍCIAS

Força voluntária vencedesemprego

Tendo em vista o fim da sexta CampanhaNacional de Vacinação do Idoso, em 30 de abril,o Centro Comunitário e Educacional da Legiãoda Boa Vontade em Fortaleza/CE, em parceriacom o posto de saúde Luciano Torres de Melo,realizou, no dia 28 de maio, um atendimentoespecial aos maiores de 60 anos que ainda nãotinham sido vacinados.

Além desse serviço, a equipe da Unidade Bá-sica de Assistência à Saúde da Família (Ubasf)— formada pela dra. Maria de Lurdes Vascon-celos Queiroz, pela enfermeira Kátia LianaFreitas Batalha e pela auxiliar de enfermagemMarta Antônia Nascimento Mariano (com oapoio de voluntários da LBV) — verificou a

pressão arterial das pessoas atendidas.O objetivo dessa iniciativa da Instituição foi o de incentivar os cidadãos da

Terceira Idade a participar da campanha lançada pelo governo federal. Agripe é especialmente perigosa para os mais velhos, já que o organismo delesé mais vulnerável a essa doença, podendo levá-los à morte se houver compli-cações respiratórias, sobretudo os casos de pneumonia.

Quem quiser obter mais informações a respeito das atividades realizadaspela LBV em Fortaleza pode dirigir-se à Rua Alziro Zarur, 275, Vila ManoelSátiro, ou entrar em contato pelo tel. (85) 484-3533.

(por Ivonizia Vieira)

Desde o princípio desuas atividades, a Legião daBoa Vontade sempre contoucom o apoio voluntário paraa construção de uma socie-dade mais justa e solidária.Maria Eunice de Lima, ins-trutora do curso de manicu-re no Centro Comunitário eEducacional da LBV emCampo Grande/MS, é umexemplo dessa afirmativa.

Algum tempo atrás, passava por dificuldades e encontrou nas aulas na áreada beleza oferecidas pela Instituição a oportunidade para superar o momentodifícil. Inscreveu-se para participar e concluiu as sete etapas do curso decabeleireiro, manicure e pedicuro, conhecendo, assim, de perto o trabalhodesenvolvido. A partir de então, tornou-se voluntária.

Há três meses, Maria Eunice montou o seu próprio salão. Ela ressalta queo apoio da Obra foi fundamental para o seu sucesso: “A qualidade do ensinoda LBV é igual ao de locais pagos. Os instrutores são qualificados, prestati-vos e comunicativos. Tudo o que aprendi foi aqui. Então, senti vontade dedevolver meu aprendizado. Agradeço a Deus e à LBV”.

Em Campo Grande, a LBV está situada na Av. General Nepomuceno Cos-ta, 637, Vila Alba, tel. (67) 314-7300.

(por Analice Barcelá)

FORTALEZA/CE CAMPO GRANDE/MS

Joã

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reis

Muitos são os benefícios propor-cionados pela LBV na área de capa-citação profissional. Além das aulasna área, ela oferece módulos de habi-lidades e gestão, orientações sobre Es-piritualidade no serviço e atuação vo-luntária nas empresas, e palestras

educativas, que visam, principalmen-te, ao resgate da auto-estima dos mi-lhares de pessoas socorridas pelaObra.

Rosana Maria Starling Sobrei-ra, 46 anos, aluna do curso de in-formática, sempre fez doações paraa LBV. Em dado momento, houveuma mudança drástica no seu dia-a-dia. Problemas sérios, de ordemfinanceira, obrigaram-na a se des-fazer de muitos bens e a procuraruma nova fonte de renda. Foi nes-sa fase difícil de sua vida que en-controu o apoio que precisava naInstituição. “Nesse período, fiqueideprimida e lembrei-me da LBV.Foi Deus que me guiou. Liguei, e,na mesma hora, pediram que eufosse até o Centro Comunitárioconversar com a assistente social”,destaca Rosana. “Por isso, agrade-ço a Deus, à LBV e ao Paiva Net-to, porque a ajuda não foi apenasmaterial. Eu precisava de palavras

de conforto também. Aqui me de-ram dicas de como procurar traba-lho, entre outras coisas.”

Rosana ainda ressalta outrasqualidades dos serviços prestadospela Organização: “É um cursomuito sério, bom; a gente aprendemesmo. O professor tem toda BoaVontade para ensinar”.

Vale lembrar que a Legião daBoa Vontade ainda oferece à popu-lação cursos em várias especiali-dades, como auxiliar administrati-vo, cabeleireiro, manicure e pedi-curo, e corte e costura. Para queessas ações possam ser ampliadascada vez mais, a Instituição solici-ta o auxílio de Voluntários e doa-ções em geral. O Centro Comuni-tário e Educacional da LBV na ca-pital mineira está localizado na Av.Cristiano Machado, 10.727, Pla-nalto, tel. (31) 3494-3232.

(por Stella Souza)

Parceria reforça Campanha deVacinação do Idoso

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BELO HORIZONTE/MG

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31BOA VONTADE15 de junho de 2004

HOMENAGEMHOMENAGEMHOMENAGEMHOMENAGEMHOMENAGEM

Uberlândia saúda a Solidariedade

A Câmara Municipal de Uberlân-dia, no Estado de Minas Gerais, rea-lizou, em 6 de maio, uma sessão so-lene para saudar o Diretor-Presiden-te da Legião da Boa Vontade, José dePaiva Netto.

A iniciativa da homenagem foi daVereadora Liza Prado (PSB/MG) edo radialista e ex-Vereador MisacLacerda, tendo em vista os relevan-tes serviços prestados pelo dirigenteda LBV na área socioeducacional àspopulações menos favorecidas, emparticular aos idosos atendidos no LarAlziro Zarur, que, em 31 de agosto,completa seu 43o aniversário de fun-dação.

Centenas de pessoas prestigiaramo evento, que ocorreu no Plenário Ho-mero Santos. Na oportunidade, oagraciado recebeu o Diploma de Hon-ra ao Mérito e o título de “CidadãoHonorário”, tendo sido representadopor seu filho Dr. Pedro Paulote de Pai-va. Durante pronunciamento, estedestacou um trecho do artigo “É ur-gente educar!”, redigido por PaivaNetto especialmente para a revista So-ciedade Solidária: “(...)gente educada, instruídae espiritualizada é Povoque rebenta os grilhõesda miséria e os lançafora. Por isso, há tantotempo dizemos que, en-quanto não prevalecer oensino eficaz por todosos de bom senso almeja-do, qualquer nação pade-cerá o cativeiro das limi-tações que o despreparolhe impõe.

Precisamos ter Educa-ção e Cultura, mas tam-bém muita Espiritualida-de. Sem fanatismo, é claro!

Portanto, cuida do Espírito, re-forma o Homem. E tudo se trans-formará”.

Por sua vez, a Vereadora emocio-nou os presentes ao falar da Institui-ção: “A LBV e Paiva Netto têm rea-lizado um trabalho maravilhoso, porpessoas que realmente acreditam queé possível ter um mundo melhor. Por-

tanto, ao abandono, à miséria, a LBVdá, em troca, Amor. Ela cuida não sódo idoso, mas também das crianças,

LEGIÃO DLEGIÃO DLEGIÃO DLEGIÃO DLEGIÃO DA BOA VONTA BOA VONTA BOA VONTA BOA VONTA BOA VONTADEADEADEADEADEwww.lbv.org

das pessoas que foram abandonadaspelas famílias. Ninguém está sozinhoneste mundo. A gente tem Deus e aLBV para nos ajudar. Temos de mos-trar para o mundo inteiro essa ação”.

Da mesma forma, o radialista fa-lou de seu carinho à Obra:“Esse é um trabalho que emo-ciona e nos motiva a estar jun-to, a dar as mãos, para fazermais e mais pelo Ser Huma-no”.

Outro que compareceu àsolenidade foi o jornalista Sil-va Dantas, que parabenizou olíder da Boa Vontade: “Deusiluminou a mente da Vereado-ra Liza Prado e do meu ami-go Misac Lacerda, quandoambos concederam esta home-nagem muito justa a José dePaiva Netto. Só um homemiluminado para prestar os ser-viços que ele já fez e continua

fazendo. Peço a Deus que ilumine,cada dia mais, o seu caminho”.

ENDEREÇOSENDEREÇOSENDEREÇOSENDEREÇOSENDEREÇOS

Eis alguns endereços emEis alguns endereços emEis alguns endereços emEis alguns endereços emEis alguns endereços emque você pode conhecerque você pode conhecerque você pode conhecerque você pode conhecerque você pode conhecerde perto o trabalho dade perto o trabalho dade perto o trabalho dade perto o trabalho dade perto o trabalho daLegião da Boa VLegião da Boa VLegião da Boa VLegião da Boa VLegião da Boa Vontade.ontade.ontade.ontade.ontade.Outras informações noOutras informações noOutras informações noOutras informações noOutras informações nositesitesitesitesite www www www www www.lbv.lbv.lbv.lbv.lbv.org.org.org.org.org.....

Aracaju/SE: R. Rafael deAguiar, 1.336 – Pereira LoboCEP 49050-660Tel.: (79) 214-2757.

Belo Horizonte/MG: Av.Cristiano Machado, 10.727Planalto – CEP 31765-000Tel.: (31) 3494-3232.

Brasília/DF: SGAS 915, Lotes75/76 – Asa SulCEP 70390-150Tels.: (61) 245-1070/245-2342.

Goiânia/GO: R. Jamil Abraão,645 – Setor RodoviárioCEP 74430-290Tel.: (62) 531-5000.

Fortaleza/CE: R. Alziro Zarur,275 – Vila Manoel SátiroCEP 60713-030Tel.: (85) 484-3533.

Florianópolis/SC: R. GeneralEurico Gaspar Dutra, 226Estreito – CEP 88075-100Tel.: (48) 244-8500.

Da esquerda para a direita: Misac Lacerda,Dr. Pedro Paulote de Paiva e Liza Prado.

Site

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da redação

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32 BOA VONTADE 15 de junho de 2004

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CURSOSCURSOSCURSOSCURSOSCURSOS

PORTUGUÊSPORTUGUÊSPORTUGUÊSPORTUGUÊSPORTUGUÊS

ESPESPESPESPESPANHOLANHOLANHOLANHOLANHOL

INGLÊSINGLÊSINGLÊSINGLÊSINGLÊS

Erros ortográficos e gramaticaisdevem sempre ser evitados, tantona linguagem escrita quanto naoral. Alguns deles ocorrem comfreqüência. Por isso, procurare-mos, aqui, enfocar as situações queexigem maior atenção.

É comum ouvirmos alguém di-zer: “Há décadas atrás”. Contudo,“há” e “atrás” já indicam que a fra-se está no passado. Assim, deve-seusar apenas “Há décadas” ou “Dé-cadas atrás”. Para deixar mais cla-ro, empreguemos, como exemplo,a seguinte afirmação do escritorPaiva Netto: “A LBV, pregando erealizando o Natal Permanente, hádécadas, luta para que se firme, naTerra, a Sociedade Solidária”.

Uso correto do verbo “haver”

Forma por extenso

Forma abreviada comum

na conversação

I am (Eu sou, eu estou) I ’ m

You are (Você é, você está) You’re

He is (Ele é, ele está) He’s

She is (Ela é, ela está) She’s

It is (Neutro: ele ou ela é ou está) It ’s

We are (Nós somos, nós estamos) We’re

You are (Vocês são, vocês estão) You’re

They are (Eles ou elas são, eles ou elas estão) They’re

VERB TO BE

1ª Lição(Unua Leciono)

Estudaremos em nossa 1a aula oalfabeto do esperanto. Ele se compõede 28 letras: a, b, c, c, d, e, f, g, g, h,h, i, j, j, k, l, m, n, o, p, r, s, s, t, u, u(u com braquia, isto é, com meia-luade pontas voltadas para cima) e ain-da as letras v, z.

Há em esperanto cinco letras (con-soantes), com a marca de um sinal se-melhante ao acento circunflexo: c, g,

1ª Lição(PrimeraLección)

Nesta 1a aula, estudaremos o al-fabeto da língua espanhola. Ele écomposto de 27 letras, que são: a, b,c, d, e, f, g, h, i, j, k, l, m, n, ñ, o, p,q, r, s, t, u, v, w, x, y, z. As letras emespanhol são femininas, então: la a(a “a”); la b (a “b”); ...

Agora, atenção, para as respec-tivas pronúncias: a, como a em por-

tuguês; b e v: para pronunciá-las oslábios devem estar fechados, comob em português. Exemplo: viento(vento), pronuncia-se biento; c: 1o)em algumas regiões da Espanha temsom interdental diante de e/i (comoth em inglês), mas a maioria dos quefalam espanhol a pronunciam comoem português. Ex.: cebolla (cebo-la), hacer (fazer); 2o) tem som de kdiante das vogais a/o/u, como emportuguês. Ex.: coche (automóvel).O dígrafo ch tem o mesmo som quena interjeição che! do gaúcho (RioGrande do Sul). Ex.: muchacho (ra-paz), pron.: mutchatcho.

Na próxima aula, prosseguiremosnosso estudo do alfabeto espanhol.

Como ocorre com certos verbosna língua portuguesa, o “haver”possui diversos sentidos. Entre elesestá o de “existir”. Os dois verbossão sinônimos, mas não podem serusados da mesma maneira. Nessesentido, “haver” é impessoal (o ver-bo fica sempre na terceira pessoado singular e não tem sujeito). Já overbo “existir” é sempre pessoal,isto é, deve ser conjugado de acor-do com o seu sujeito, concorda comeste.

Quando afirmamos “Há muitosalunos nas escolas da LBV”, não fa-zemos a concordância entre “há” (ter-ceira pessoa do singular) e “alunos”(plural). Mas, se substituirmos “ha-ver” por “existir”, precisaremos es-tabelecer a concordância com “alu-

nos”: “Existem muitos alunos nasescolas da LBV”.

E como devemos proceder em lo-cuções verbais que usam o verbo “ha-ver”? Qual é o plural de “Para todoproblema há de haver sempre a solu-ção”?

Em uma locução verbal, a regên-cia é feita com o verbo principal, en-quanto o verbo auxiliar segue fielmen-te aquele. Assim, na frase acima, overbo principal é “haver”, que, porser empregado com o sentido de “exis-tir”, é impessoal. Seu auxiliar tam-bém é impessoal e, portanto, fica nosingular: “Para todo problema há dehaver sempre a solução”.

Se a frase for “Para todo proble-ma há de existir sempre a solução”,o verbo principal é “existir”. Como

vimos, este é sempre pessoal. Seuauxiliar é regido da mesma forma queele: “Para todo problema hão de exis-tir soluções melhores”.

Por isso, ao usarmos o verbo “ha-ver” no sentido de “existir”, não deve-mos esquecer que ele é invariável. Nãose pode flexioná-lo e dizer “houveram”.Para melhor fixação, vamos a mais umexemplo, que se encontra no Evangelhode Jesus, segundo Lucas, 10:8 e 9:

Quando entrardes numa cidade eali vos receberem, comei do que vosfor oferecido.

Curai os enfermos que nela hou-ver, e anunciai-lhes: A vós outros estápróximo o Reino de Deus.

Até a próxima aula!

www.boavontade.com

h, j, s, que têm sons diferentes das mes-mas letras quando escritas sem esse“acento”. Da mesma forma o u (u combraquia), não se deve confundir com oconhecido u. Exemplos de palavras comessas letras “acentuadas” serão dadasnas próximas aulas.

As vogais são pronunciadas as-sim: a, i, u: como em português.Exemplos: ago (ação); idiomo (idio-ma); unu (um, número um). As vo-gais e e o são fechadas em esperan-to, isto é, pronunciam-se “ê”, “ô”.Exemplos: espero (esperança; pro-nuncie “esspêro”); pomo (maçã;pron. “pômo”).

Estudaremos na próxima aula

as letras b, c, c, d, f.^

^

^ ^ ^ ^

Page 33: BOA VONTADE 189

33BOA VONTADE15 de junho de 2004

BOLO COM PUDIMBOLO COM PUDIMBOLO COM PUDIMBOLO COM PUDIMBOLO COM PUDIMwww.bolocompudim.com.br

LANÇAMENTLANÇAMENTLANÇAMENTLANÇAMENTLANÇAMENTOOOOOOs moradores aquáticos do pe-

queno lago onde vivia o PeixinhoVermelho não acreditaram quandoele, voltando de uma viagem quefizera, lhes contou que existiam ma-res e oceanos enormes, plenamentehabitados, diante dos quais o “lagui-nho” em que eles moravam era umaimunda e lamacenta poça d’água.

A continuação da história pode-rá ser encontrada no próximo lança-mento do Bolo com Pudim Editori-al: O Peixinho Vermelho, da cole-ção Fábulas da Natureza.

PINTEPINTEPINTEPINTEPINTE

Leve o gatinho até o novelo de lã.

ACERTE O CAMINHOACERTE O CAMINHOACERTE O CAMINHOACERTE O CAMINHOACERTE O CAMINHO

HISTÓRIA EM QUADRINHOSHISTÓRIA EM QUADRINHOSHISTÓRIA EM QUADRINHOSHISTÓRIA EM QUADRINHOSHISTÓRIA EM QUADRINHOS

Crie você também uma tirinha ou deixe seu recado. Envie para Bolo com Pudim Editorial: Av. Rudge, 938 — Bom Retiro — São Paulo/SP — CEP 01134-000

Descubra a mensagem secreta.

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em

Jesu

s!

Bolo comPudim

Editorialapresenta a

coleçãoFábulas daNatureza

Page 34: BOA VONTADE 189

34 BOA VONTADE 15 de junho de 2004

JOGO DOS 7 ERROSJOGO DOS 7 ERROSJOGO DOS 7 ERROSJOGO DOS 7 ERROSJOGO DOS 7 ERROS

Boasorte!

FÓRUM DOS SOLDFÓRUM DOS SOLDFÓRUM DOS SOLDFÓRUM DOS SOLDFÓRUM DOS SOLDADINHOS DE DEUSADINHOS DE DEUSADINHOS DE DEUSADINHOS DE DEUSADINHOS DE DEUS

O Fórum Permanente dos Solda-dinhos de Deus é um espaço dedicadoàs crianças. É uma discussão, um bate-papo, em que elas trocam idéias sobreos temas da atualidade que realmenteas preocupam, sempre buscando assoluções.

Esse Fórum não se resume ape-nas a uma data, mas, sim, a todos osdias, porque as crianças dão seqüên-cia a essa atividade nas Aulas deMoral Ecumênica (AMEs), nos pro-gramas infantis da Rede Boa Vonta-de de Rádio (RBV) e da Rede Mun-dial — A TV da Educação com Es-piritualidade! (RMTV), que, por suavez, reconhecem a importância de le-

“Quem pensa que criança é boba éque é bobo!”

var o ensinamento, desde já, às cri-anças, que são “o futuro no presen-te”.

Como diz o escritor Paiva Netto,“Quem pensa que criança é boba éque é bobo!”, e elas comprovam essepensamento, quando tratam daquiloque as interessa com tanto amor e in-teligência, participando ativamente daprodução e apresentação de progra-mas de rádio e TV.

As crianças sabem o que querem,sim! Prova disso são os Soldadinhosde Deus de Santo André/SP, que enu-meraram os “Direitos Espirituais dasCrianças”, que toda a garotada tem eque devem ser respeitados.

1º – Receber a bênção da ora-ção diária, mesmo antes do seu nas-cimento, para a formação do Serintegrado em Deus.

2º – Receber as lições do Evan-gelho de Jesus, que formará toda asua estrutura moral e espiritual.

3º – Saber que a morte nãoexiste e que ela (a criança) é umSer eterno.

4º – Saber que Deus é nosso Pai,que Jesus é o Cristo de Deus.

5º – Saber que possui um oumais Anjos da Guarda, que a pro-tegem sempre.

6º – Aprender, desde cedo, a terbons pensamentos e boas palavras,para praticar boas ações.

7º – Saber que foi criada à ima-gem e semelhança de Deus em Espí-rito.

8º – Saber que Jesus é o Supre-mo Governante do Planeta Terra eque podemos falar com Ele pormeio da oração, quando quisermos.

9º – Conviver em um ambientede Paz, tranqüilidade, onde possa in-teriorizar os bons exemplos dosadultos.

10º – Freqüentar aulas de reli-gião, despertando, desde cedo, o es-pírito de religiosidade, que já nascecom ela.

Toda criança tem odireito de...

DIREITDIREITDIREITDIREITDIREITOS ESPIRITUAIS DOS ESPIRITUAIS DOS ESPIRITUAIS DOS ESPIRITUAIS DOS ESPIRITUAIS DAS CRIANÇASAS CRIANÇASAS CRIANÇASAS CRIANÇASAS CRIANÇAS

Crianças pela Paz Mundial

Semear entendimento universal ecuidado com o meio ambiente por meiode iniciativas educativas é a meta doprojeto “Jardim da Paz”, promovidopela LBV em todo o Brasil e no Exte-rior.

Engajado nessa proposta, em 20 deabril (quando se comemorou o Dia doPlaneta Terra), o programa Criança:Futuro no Presente! em Belford Roxo/RJ, que beneficia crianças atendidaspela Creche Comunitária Pedacinho doCéu, desenvolveu atividades sobre otema. A diretora da creche e Presiden-

te da Associação deMoradores do BairroCastelar, Jacira Olivei-ra, comentou: “Quan-do a LBV traz esseprojeto de Paz, ela é aprópria Paz. Se traba-lharmos com a crian-ça, desde cedo, parapromover a Paz, cons-cientizá-la sobre a im-portância da Natureza,ela será uma verdadei-

ra cidadã. Fico muito feliz por a Ins-tituição estar sempre em nossa comu-nidade, desenvolvendo programas,ajudando a nossa creche, que, em tem-pos passados, quase fechou. Graçasà LBV, ela está funcionando. A LBVacredita no nosso trabalho; nunca nosabandonou, traz sempre alegria paranós. Mande um abraço para o IrmãoJosé de Paiva Netto, e obrigada por aLBV existir!”.

(por Simone Barreto — Rio deJaneiro/RJ)

NONONONONOTÍCIATÍCIATÍCIATÍCIATÍCIA

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SOLDSOLDSOLDSOLDSOLDADINHOS DE DEUSADINHOS DE DEUSADINHOS DE DEUSADINHOS DE DEUSADINHOS DE DEUSwww.soldadinhodedeus.com.br

Page 35: BOA VONTADE 189

35BOA VONTADE15 de junho de 2004

SÃO PAULO/SPNONONONONOTÍCIASTÍCIASTÍCIASTÍCIASTÍCIAS

A Juventude Ecumênica da Boa Von-tade de Deus, em reunião no dia 2 demaio, fez um planejamento das ativida-des para o mês, a fim de reafirmar o com-promisso de militantes do Cristo nas Ins-tituições da Boa Vontade (IBVs).

Vários foram os assuntos da pautado encontro, e entre eles destacam-se aagenda de ações para a expansão da re-vista BOA VONTADE, visitas em lares,hospitais e orfanatos.

Essas atividades foram pensadaspara que todos possam participar ativa-mente, interagir, e não ficar apenas como

Ações para o Bem

AO JOVEM DAO JOVEM DAO JOVEM DAO JOVEM DAO JOVEM DA BOA VONTA BOA VONTA BOA VONTA BOA VONTA BOA VONTADEADEADEADEADE

Quem é o jovem da Boa Vontade?

Para entender a ideologia da Ju-ventude Ecumênica da Boa Vontadede Deus, é importante conhecer a“Carta ao Jovem de Boa Vontade”,escrita por Paiva Netto, propositor dacriação de um movimento jovem apartir da causa Boa Vontade.

Neste espaço, a cada edição o lei-tor vai conhecer aspectos da identi-dade do jovem de Boa Vontade. Co-meçamos com o primeiro item da re-ferida carta:

“I — Jovem: quando você abraçaos ideais da Religião de Deus, estáassinando a sua carta espiritual de al-forria e convictamente dizendo: ‘Pre-firo Deus, Jesus e o Paráclito (Espí-rito Santo ou Espírito da Verdade) àinsensatez humana’. Afirmando tam-bém está, como fizeram Pedro e Joãorespondendo aos sinedritas, que que-riam calar as suas vozes: Não pode-mos deixar de falar daquilo que vi-mos e ouvimos. (...) Importa antes

agradar a Deus que aos homens(Atos dos Apóstolos de Jesus, 4:20)”.

Abraçar esses ideais significa ado-tar valores espirituais para viver emsociedade, ou seja, perceber que o SerHumano não vive apenas de recursosmateriais, que os elementos da maté-ria são instrumentos para a evoluçãohumana, mas em si mesmos não sa-tisfazem todas as necessidades do ser.Assim, os jovens da Boa Vontade sãoaqueles que buscam a coerência depensamento e atitude, se comprome-tem com a Verdade e com a preserva-ção do outro, expressando pelas suasobras o Amor (síntese e sinônimo deDeus, a força criadora e provedorade todas as formas de vida). Portan-to, todo aquele que, independente-mente de tradição religiosa, cientí-fica, cultural, econômica, política, etc.,age com responsabilidade na vida so-cial é um ativista da Boa Vontade deDeus.

No dia 8 de maio, a Legião da BoaVontade, em parceria com a Juventu-de Ecumênica da Boa Vontade deDeus, distribuiu panfletos educativosda Campanha de Valorização da Vidano trânsito, cujo título é “Vá sem pres-sa, faça uma prece!”, no posto da Po-lícia Rodoviária em Marialva/PR.

A conscientização de motoristas epedestres foi o principal foco da cam-

Vá sem pressa, faça uma prece!

MARINGÁ/PR

Equipe de Estudos Ecumênicos

CARTCARTCARTCARTCARTASASASASAS

Marcha pela PazGostaria, inicialmente, de voltar

um pouco no tempo para ressaltar umfato ocorrido no retorno da caravananordestina, criada para o CongressoNatal de Jesus — O Pão-Nosso decada dia, quando nós começamos aelaborar idéias para a expansão do mo-vimento da Mocidade Legionária emnossa região. A proposta de criarmosum fórum estava entre as idéias ex-postas. Nos dias 24 e 25 de abril, rea-lizamos o 1o Fórum da Juventude noNordeste, com o tema “Jovens pelaPaz”, que reuniu jovens de religiõesdiversas de todo o Nordeste. Houve re-percussão na imprensa local. A Juven-tude Ecumênica da Boa Vontade deDeus ganhou espaço no dia 25 de abrilna capa do Jornal do Commercio. Apartir daí, a Juventude quer apresen-tar ao Presidente das Instituições da

Boa Vontade, José de Paiva Netto,mais ferramentas de trabalho, pois,como ele mesmo nos ensina, a Reli-gião de Deus quer unir todas as filo-sofias e opiniões para a fixação doAmor Universal, o Amor entre todos.

Escolhemos o tema “Jovens pelaPaz” pela situação atual em nossa re-gião e também da sociedade mundial.Não nos limitaremos ao evento querealizamos. A partir do mês de agosto,realizaremos a “Marcha pela Paz”, emconjunto (no mesmo dia e hora) emtodos os pontos do Nordeste onde atuea Mocidade Legionária. A manifesta-ção é derivada do Fórum da Juventu-de no Nordeste (V edição do Fórumda Juventude). Nossa intenção é tor-ná-la permanente e todos os anos rea-lizá-la em prol da Paz Mundial.

Raphael Rocha — Recife/PE

AÇÃO JOVEM LBVAÇÃO JOVEM LBVAÇÃO JOVEM LBVAÇÃO JOVEM LBVAÇÃO JOVEM LBVwww.acaojovemlbv.com

panha, que está na primeira etapa econta com o apoio da Polícia Rodovi-ária Estadual e de jovens voluntári-os, os quais distribuirão os panfletos.

Para saber mais sobre esta ou ou-tras atividades, basta ligar para o tel.(44) 226-3836.

(por Paulo Araújo)

espectadores — o famoso incentivo so-cial que o jovem está acostumado a re-ceber. Ele quer ser tratado como é: agentecapaz de promover e realizar ações parao bem comum. E nas IBVs isso ocorre,porque se reconhecem nos jovens Espí-ritos eternos.

Quem quiser tomar parte das ativi-dades da Juventude Ecumênica na capi-tal paulista ou ficar por dentro da pro-gramação do mês pode ligar para o tel.(11) 3358-6805.

(por Paula Schnor)

Page 36: BOA VONTADE 189

36 BOA VONTADE 15 de junho de 2004

AÇÃO JOVEM LBVAÇÃO JOVEM LBVAÇÃO JOVEM LBVAÇÃO JOVEM LBVAÇÃO JOVEM LBVwww.acaojovemlbv.com

NONONONONOTÍCIASTÍCIASTÍCIASTÍCIASTÍCIASCUIABÁ/MT

Da discussão à prática

EU QUEROSer militante da Juventude

Ecumênica da Boa Vontade

Ser um Soldadinho de

Deus (menor de 12 anos)

Receber informações sobre

o Movimento Jovem da

L B V

Receber a visita da

Religião de Deus em

minha casa

Inscrever crianças nas

Aulas de Moral

Ecumênica (menor

de 12 anos)

Ser correspondente da

revista BOA VONTADE

Ficha de cadastro

Receber informações sobre

cursos doutrinários

Voluntário em quais IBVs:

Informações pessoais

Fundamental Médio Superior

Nome:

E-mail:

Endereço: Número:

Complemento: Bairro: CEP:

Cidade: UF: País:

Tel. residencial: - Tel. comercial: -

Profissão: CPF:

Sexo: Masculino Feminino Grau de escolaridade:

Instituição de ensino:

Curso:

Estado civil: Data de nascimento:

-

--

/ /

De qual Espaço Ecumênico participa? UF:

LBV Religião de Deus FJPN

Mandar a ficha para a Caixa Postal 13.833-9 — São Paulo/SP — CEP 01216-970

Re

produ

çã

o L

BV

Dentro das atividades da Juventude Ecumênica da

Boa Vontade de Deus, ressaltamos o que ocorre em

Cuiabá/MT. Os jovens da capital mato-grossense con-

vidam os leitores de BOA VONTADE a participar, to-

dos os sábados, às 15 horas (horário local), do Encon-

tro Jovem Alto-Astral.

Esse trabalho foi uma forma encontrada pela ju-

ventude para reunir os militantes e debater os mais

variados temas, sob a ótica do Evangelho-Apocalipse

de Jesus para os Simples de Coração. Estudos e dis-

cussões, além de atividades lúdicas e culturais, com-

põem a programação, que se renova a cada sábado.

Campanha

A Juventude Ecumênica realizou, no dia 16 de maio,

o 2o Mutirão do Quilo da Boa Vontade. A saída ocor-

reu às 8 horas, em frente

do núcleo da Legião da

Boa Vontade em Cuiabá

(Rua Dr. Fernando Ferra-

ri, 496, Dom Aquino).

As doações foram

reunidas e destinadas

aos programas de

atendimento e inclu-

são social das comuni-

dades que vivem em

situação de risco na

cidade.

(por Aline Cândida)

Page 37: BOA VONTADE 189

37BOA VONTADE15 de junho de 2004

ETETETETETAPAPAPAPAPAS DE GRAAS DE GRAAS DE GRAAS DE GRAAS DE GRAVVVVVAÇÃOAÇÃOAÇÃOAÇÃOAÇÃO

CONGRESSOCONGRESSOCONGRESSOCONGRESSOCONGRESSO

Luz, câmera e Ação Jovem LBV!As primeiras cenas do clipe da música-tema do

29o Congresso Internacional do Jovem da Boa Von-tade de Deus, Ação Jovem LBV, foram gravadasno dia 1o de maio, no pátio da Fundação José dePaiva Netto, em São Paulo/SP.

O vídeo foi montado para ilustrar a performan-ce do jovem nos meios de comunicação. Isso seexplica pelo fato de os 17 dançarinos e a equipe deprodução serem militantes da Juventude Ecumêni-ca da Boa Vontade de Deus. “A idéia é mostrar queo jovem pode fazer comunicação. Por isso, o clipedeverá mostrar imagens dos bastidores e dos jo-vens trabalhando na mídia”, afirmou Tamara Na-tach, uma das oito pessoas envolvidas na produ-ção do videoclipe.

Com passos rápidos, característicos da dançade rua, o clipe tem, no cenário, dez grandes caixasde som e, ao fundo delas, imensas “cortinas”, companos nas cores preta e bege. Os dançarinos ves-tem roupa social (calça preta e camisa branca) eusam distintivo da Religião de Deus.

O clipe estreou na telinha da Rede Mundial —A TV da Educação com Espiritualidade! no fim demaio.

(por Rodrigo Oliveira — São Paulo/SP)

A música-tema do 29o Congresso Interna-cional do Jovem da Boa Vontade de Deus estápronta. A letra foi feita por Leonardo Rous-taing e José Nilton Tonin, ambos integrantesdo movimento. Vale destacar que, para ouvira composição, basta acompanhar os progra-mas da Rede Boa Vontade de Rádio (RBV) eda Rede Mundial — A TV da Educação comEspiritualidade! (RMTV) ou, então, baixá-lano computador, pelo sitewww.acaojovemlbv.com. Veja a letra a seguir:

Ação Jovem LBV

Um novo exército surge,Mesmo em tempos difíceis.Militantes da PazSão todos invencíveis.A certeza da uniãoOs leva a marchar.É uma nova consciênciaA iluminar.

Ação Jovem a comunicar:Nossa força e coragemÉ Jesus que nos dá!

O jovem é a criação.

Cante a música do CongressoNele há devoção.Comunicação JesusVem do nosso coração!

Boa Vontade para mudar:Essa é a vontade que vai transformarTodo pensamento em ação,O sentimento a renovar.Quando desafiada,A Juventude se levanta,Esclarecendo Almas aflitas,Comunicando a Verdade.

Verdade que é de DeusConseguiremos buscar,Para termos a segurançaQue nos leva a marchar.

(Refrão)

O evento, que ocorrerá em 3 de julho deste ano,em Goiânia/GO, contará com a participação de jo-vens do Brasil e do Exterior, que debaterão o tema“Ação Jovem LBV e o poder da Comunicação”.

Para obter mais informações sobre este evento,entre em contato pelo tel. (11) 3358-6805.

1. Antes de iniciar as gravações,os jovens formam uma granderoda para fazer a prece Pai-Nosso.

2. Logo depois, entra em cena amaquiagem, para cuidar do visualdos dançarinos.

3. Cumpridas as etapas anteriores,e com todos em seu devido lugar,começam as várias tomadas dacâmera.

4. Enquanto isso, uma equipe estácom o monitor, analisando aexpressão dos que estão na frentedas câmeras, para ninguém sair decara feia.

5. Quando os produtores apro-vam a cena, nada de descanso...É hora de se preparar para apróxima gravação. Fotos: RMTV

AGENDAGENDAGENDAGENDAGENDAAAAA

OFICINA INTERNACIONAL TEXTO,POESIA E IMAGEM

PRAZO PARA ENTREGA DOSTRABALHOS: 15/6/2004

INFORMAÇÕES: (11) 3358-6805

SÃO PAULO/SPCAMPANHAS DE ENTRONIZAÇÃO

SÁBADOS, ÀS 9 HORASINFORMAÇÕES: (11) 3358-6805

AÇÃO JOVEM LBVAÇÃO JOVEM LBVAÇÃO JOVEM LBVAÇÃO JOVEM LBVAÇÃO JOVEM LBVwww.acaojovemlbv.com

(Refrão)

_________________

Page 38: BOA VONTADE 189

38 BOA VONTADE 15 de junho de 2004

REDE MUNDIALREDE MUNDIALREDE MUNDIALREDE MUNDIALREDE MUNDIAL

NONONONONOTÍCIASTÍCIASTÍCIASTÍCIASTÍCIAS

www.redemundial.com.br

DESTDESTDESTDESTDESTAQUE DAQUE DAQUE DAQUE DAQUE DA PROGRAMAÇÃOA PROGRAMAÇÃOA PROGRAMAÇÃOA PROGRAMAÇÃOA PROGRAMAÇÃO

Especialmente para as crianças

Futebol: a paixão nacional na TV.

Uma pergunta toma conta dos debates sobre

comunicação social e educação infantil: o que a

mídia tem apresentado às crianças? Diversas res-

postas foram encontradas na 4ª Cúpula Mundial

de Mídia para Crianças e Adolescentes, realizada

no Rio de Janeiro/RJ. O evento, do qual participa-

ram jovens atuantes na Rede Mundial — A TV da

Educação com Espiritualidade! (RMTV), chamou

a atenção para vários dados, como o revelado pela

Pesquisa de Mídia 2000, do Ibope, que enumera

mais de 12 milhões de telespectadores na faixa

etária dos 2 aos 14 anos no Brasil.

Para esse público, a Rede Boa Vontade de Co-

municação fala de maneira especial. Na Rede

Mundial, o jornalista Paiva Netto concedeu à ga-

rotada ampla área de manifestação por meio dos

programas Geração 2000 (exibido de segunda a

sexta, às 8h30 e 15 horas), Jornal da Criança (de

segunda a sexta, às 15h30) e Bolo com Pudim (de

segunda a sexta, às 14 horas).

O mais importante de toda essa experiência é a

possibilidade criada para que jovens e crianças se-

jam autores dos conteúdos que são transmitidos

nos programas, refletindo os valores da formação

ecumênica e solidária que recebem nas Institui-

ções da Boa Vontade (IBVs). É, definitivamente,

uma das formas mais dinâmicas de propagar a cul-

tura de Paz, respeitando também o direito consti-

tucional — confirmado pelo artigo 17 da Conven-

ção das Nações Unidas sobre os Direitos da Cri-

ança e do Adolescente —, que assegura à garota-

da e à juventude acesso a informações e dados “es-

pecialmente voltados à promoção de seu bem-es-

tar social, espiritual e moral, e saúde física e men-

tal”.

Se está no sangue ou na

cultura, ninguém pode preci-

sar. De qualquer maneira, to-

das as explicações se calariam

diante da arte dos grandes cra-

ques, que conseguem lances

de suspender a respiração de

uma arquibancada de mais de

100 mil corações. Esse misto

de garra e paixão fez com que

o futebol brasileiro corresse o

mundo.

O dia 26 de abril é dedica-

do a um dos personagens des-

se esporte: o goleiro. Na

RMTV, o programa Vida Ple-

na aproveitou a data e home-

nageou não só esse tipo de jo-

gador, mas todo o time e todas as posições. Afi-

nal, a educativa e premiada campanha da Legião

da Boa Vontade ensina que Esporte é Vida, não

violência!. Ao abrir fileiras nesse brado, o jorna-

lista Paiva Netto foi eleito, por duas vezes, o “Cra-

que da Paz”, recebendo o troféu Bola de Ouro,

das mãos do então presidente da FIFA, João Ha-

velange. Diria Roberto Soares, do programa Mo-

Angélica Beck

ABERTA

• São José dos Campos/SP

Rede Mundial de Televisão — canal 11

• Mococa/SP

Sociedade Direta de Comunicação — canal 18

ASSINATURA

• Manaus/AM

Horizon Cable — canal 63

• São Luís/MA

TV a Cabo Nordeste — canal 24

• João Pessoa/PB

Big TV — canal 6

• Araraquara/SP

Super TV — canal 42

• Catanduva/SP

NET Catanduva — canal 96

• Hortolândia/SP

Horizon Cable — canal 63

• Peruíbe/SP

SAT TV — canal 62

• Governador Valadares/MG

Ibituruna TV a Cabo — canal 58

• Teófilo Otoni/MG

Viacabo TV — canal 69

• Petrópolis/RJ

Zeisat TV a Cabo — canal 63

mento Esportivo*, que só essa pauta

renderia horas e horas de conversa.

Aqui, páginas e páginas de destaque.

Certamente, voltaremos ao assunto.

Por ora, fica registrada a emoção

do ex-goleiro Tobias, protagonista da

vitória corintiana em 1976, no giná-

sio do Maracanã, e do campeonato

paulista conquistado um ano mais

tarde. O eterno craque, que já repre-

sentou o Brasil em duas Copas do

Mundo (1982 e 1986), ficou com os

olhos marejados ao receber a estam-

pa de Jesus, o Cristo Estadista, e abriu

seu coração: “Ganhei uma dessas

quando estive na escola da LBV, na

cidade de São Paulo. Fico muitíssi-

mo feliz com essa homenagem”.

* Programa Momento Esportivo — No ar de segunda

a sexta-feira, às 13h30 e às 18h35, pela Rede Mundial

— A TV da Educação com Espiritualidade!.

ABRANGÊNCIAABRANGÊNCIAABRANGÊNCIAABRANGÊNCIAABRANGÊNCIA

Ph

oto

Dis

c

Page 39: BOA VONTADE 189

39BOA VONTADE15 de junho de 2004

EMISSORASEMISSORASEMISSORASEMISSORASEMISSORAS

REDE BOA VONTREDE BOA VONTREDE BOA VONTREDE BOA VONTREDE BOA VONTADE DE RÁDIOADE DE RÁDIOADE DE RÁDIOADE DE RÁDIOADE DE RÁDIOwww.redeboavontade.com

DESTDESTDESTDESTDESTAQUE DAQUE DAQUE DAQUE DAQUE DA PROGRAMAÇÃOA PROGRAMAÇÃOA PROGRAMAÇÃOA PROGRAMAÇÃOA PROGRAMAÇÃO

Aulas sobre o Apocalipse pelo rádio

A Juventude Ecumênica da Boa Vontade de Deus

está atenta à série O Apocalipse de Jesus para os

Simples de Coração, do escritor Paiva Netto, trans-

mitida pela Rede Boa Vontade de Rádio (RBV). De

olho nessa verdadeira aula da Política de Deus, a

política para o Homem e para o Espírito do Homem,

o Ação Jovem LBV (www.acaojovemlbv.com) per-

guntou: “Por que é interessante que as novas ge-

rações aprendam sobre o Apocalipse, o último li-

vro da Bíblia Sagrada?”. Em resposta a essa ques-

tão, diversos e-mails foram remetidos à redação

do site. Eis alguns deles:

“Porque Apocalipse, como o próprio nome já

diz, é Revelação. E, nesse livro, não só estão pre-

vistas em profecias as conseqüências das atitudes

humanas, como também a melhor Boa Nova de

todas: a Volta Triunfal de Jesus (...), que é o Mes-

tre dos mestres, o maior exemplo de Fraternidade

e equilíbrio que o mundo já conheceu. Daí a im-

portância do Apocalipse, o esclarecimento do fu-

turo trazido por Aquele que mais nos amou,

mostrando a vigilância que devemos ter para me-

recer tamanho júbilo”.

Teresa Afonso, 19 anos

Estudante de Publicidade e Propaganda —

Santos/SP

“É interessante que os jovens aprendam sobre

o livro das Revelações, porque, em um tempo atri-

bulado no qual vivemos, saber a respeito das coi-

sas que acontecem e acontecerão, decorrentes das

ações humanas, nos leva a pensar e a refletir mais

sobre as conseqüências de nossos atos, fazendo,

assim, que menos ações impensadas, que acarre-

tam problemas à sociedade, sejam praticadas”.

Alexandre Rueda, 18 anos

Estudante — Brasília/DF

A série O Apocalipse de Jesus para os Simples

de Coração é exibida diariamente em vários ho-

rários: à meia-noite e às 9, 18 e 21 horas pela RBV.

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(11) 3358-6800.

• Belo Horizonte/MG — 570 AM

• Brasília/DF — 1.210 AM

• Manaus/AM — 610 AM

• Montes Claros/MG — 550 AM

• Porto Alegre/RS — 1.300 AM

• Rio de Janeiro/RJ — 940 AM

• Salvador/BA — 1.350 AM

• São Paulo/SP — 1.370 AM

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• Santo Antônio do

Descoberto/GO — 88,9 FM

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40 BOA VONTADE 15 de junho de 2004

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41BOA VONTADE15 de junho de 2004

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Clube Cultura de Paz: atitude de quem acredita noCristo.

“O importante é, e já é tempo, for-

talecer essa mentalidade de comu-

nicação do Bem para todo o nosso es-

quema de trabalho.” Nessa afirma-

ção, o escritor Paiva Netto destaca

esse tipo de comunicação e comple-

menta o seu significado de informar,

pensando na libertação das mentes,

além de preparar cidadãos pensan-

tes, críticos e, mais do que isso, es-

piritualizados.

É por isso que o líder da Boa Von-

tade faz questão de ampliar, diaria-

mente, as ferramentas da comunica-

ção e sua capacidade de formar cé-

rebro e coração, baseando-se no

Novo Mandamento de Jesus: Amai-

vos uns aos outros como Eu vos amei.

E anuncia que é preciso haver Educação e Cultura,

Alimentação, Saúde e Trabalho com Espiritualidade

para todas as pessoas.

Aqueles que entendem essa mensagem li-

bertária já fazem parte da construção de um

futuro melhor e de uma sociedade mais feliz.

Dentro desse contexto nasce o Clube

Cultura de Paz, originado de uma ne-

cessidade de integração direta dos lei-

tores, ouvintes, telespectadores e in-

ternautas com essa comunicação do

Bem e para o Bem, no auxílio da ex-

pansão desta, com total foco em Jesus,

que é a maior referência do Amor Uni-

versal.

Quem deseja a construção de um

mundo melhor pode entrar nessa corren-

te. É só ligar para o tel. 0800-7733221 e

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acredita no Cristo. Faça parte!

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Dis

c

Page 42: BOA VONTADE 189

42 BOA VONTADE 15 de junho de 2004

Equipe de Estudos Ecumênicos

Nesta e nas próximas edições de BOA VON-

TADE o leitor acompanhará o conteúdo e o de-

senvolvimento da notável proposta do escritor

Paiva Netto para a Educação: a Pedagogia do Ci-

dadão Ecumênico (PCE).

É certo afirmar que essa pedagogia é aplicada

com reconhecido êxito em todos os espaços das Ins-

tituições da Boa Vontade, localizados em várias

regiões do Brasil e em diversas cidades da Améri-

ca Latina, América do Norte e Europa, em especial

nas escolas e pré-escolas da Legião da Boa Von-

tade. Correto também é reconhecermos que, para

compreensão ampla e plena, os estudos devem ser

permanentes. Por isso, publicaremos nesta seção

resultados desses estudos, além de palestras, en-

contros, enfim, tudo que se refira à PCE.

A seguir, apresentamos trecho extraído da In-

trodução do livro Pedagogia do Cidadão Ecumê-

nico — Estudo sobre um paradigma educacional

emergente, a ser lançado pela Editora Elevação.

Ao longo desta exposição introdutória, preten-

demos oferecer ao leitor algumas reflexões de-

monstrativas da necessidade de uma educação para

a cidadania ecumênica.

Levando em conta que a Educação não é um

fenômeno isolado e descontextualizado na socie-

dade humana, forçoso é compreender em que am-

biente se modelou a educação vigente e, ao mes-

mo tempo, considerar a sua alteração de forma

que se justifique o surgimento da educação ecu-

mênica.

Para atingirmos esse objetivo, reunimos infor-

mações que apresentam o que é paradigma, assim

como as características do modelo materialista

vigente e a necessidade de alcançar um novo pa-

drão, o que é perceptível, especialmente, no que

tange à Ciência.

Por fim, mostramos uma visão geral do para-

digma ecumênico e da educação formulada a par-

tir dele.

Esperamos que o leitor tenha gostado da ma-

téria e que faça parte da Equipe de Estudos Ecu-

mênicos por meio de sua opinião, sugestão e/ou

testemunhos. Escreva para [email protected].

Introdução à Pedagogia doCidadão Ecumênico(PARTE I)(PARTE I)(PARTE I)(PARTE I)(PARTE I)

Paradigma: o que é?

Podemos constatar

que todo conhecimento

organizado obedece a um

paradigma. O que nele

não se enquadra é rejei-

tado. Conclui-se, daí, que

as informações são pro-

duzidas a partir de uma

intencionalidade e obser-

vam um modelo domi-

nante.

Considerando a abran-

gência do Universo e do

Ser, o pesquisador vê-se

na contingência de buscar

parâmetros e estabelecer

focos, de maneira que não

se perca. Assim, uma hie-

rarquia de prioridades ne-

cessita ser estabelecida.

Do contrário, o tempo e os

recursos envolvidos para

ampliar o saber seriam

dissipados, e a disponibi-

lização das informações

seria bastante complexa; quando não, impossível.

No livro Estrutura das revoluções científicas

(Perspectiva, p. 60), Thomas S. Kuhn explica:

“(...) uma comunidade científica, ao adquirir

um paradigma, adquire igualmente um critério

para a escolha de problemas que, enquanto o pa-

radigma for aceito, poderemos considerar como

dotados de uma solução possível. Numa larga

medida, esses são os únicos problemas que a co-

munidade admitirá como científicos ou encoraja-

rá seus membros a resolver. Outros problemas,

mesmo muitos dos que eram anteriormente acei-

tos, passam a ser rejeitados como metafísicos ou

como sendo parte de outra disciplina. Podem ain-

da ser rejeitados como demasiado problemáticos

para merecerem o dispêndio de tempo. Assim, um

paradigma pode até mesmo afastar uma comu-

nidade daqueles problemas sociais relevantes

que não são redutíveis à forma de quebra-cabeça,

pois não podem ser enunciados nos termos com-

patíveis com os instrumentos e conceitos pro-

porcionados pelo paradigma” (grifos nossos).

Nas próximas edições, continuaremos a estu-

dar o conceito de paradigma.

www.boavontade.comPEDPEDPEDPEDPEDAGOGIA DO CIDAGOGIA DO CIDAGOGIA DO CIDAGOGIA DO CIDAGOGIA DO CIDADÃO ECUMÊNICOADÃO ECUMÊNICOADÃO ECUMÊNICOADÃO ECUMÊNICOADÃO ECUMÊNICO

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43BOA VONTADE15 de junho de 2004

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