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DOMINGO MACEIÓ - ALAGOAS 30 DE MARÇO DE 2014 N 0 2008 R$ 3,00 tribunahoje.com INDEPENDENTE EXEMPLAR DO ASSINANTE Bom a parcialmente nublado com possiblidades de chuvas em áreas isoladas 03:17 2.3 09:26 0.0 Mínima 20º Máxima 32º TEMPO MARÉS FINANÇAS 15:34 2.3 21:51 0.0 POUPANÇA: 0,5000% DÓLAR COMERCIAL R$ 2,26 R$ 2,26 DÓLAR PARALELO R$ 2,36 R$ 2,45 OURO: R$ 95,00 A ditadura militar em Alagoas O GOLPE MILITAR QUE DERRUBOU O GOVER- NO CONSTITUCIONAL DE JOÃO GOULART, MERGULHOU O PAÍS NAS TREVAS E ESTA SEMANA COMPLETA 50 ANOS, DEIXOU MAR- CAS PROFUNDAS TAMBÉM POR AQUI. QUEM CONTESTOU A DITADURA FOI PERSEGUIDO, TORTURADO, CENSURADO OU MORTO. PÁGINAS 2 a 5 e 19 GOVERNO E ASSEMBLEIA FORAM CONIVENTES COM A DITADURA POLICIAS E EXERCITO FIZERAM O SERVICO SUJO DA REPRESSAO NOS ANOS DE CHUMBO JORNALISTAS ESCREVIAM COM CENSORES NA REDACAO O RESGATE ESPETACULAR DE ALDO ARANTES DAS CELAS DO DOPSE EM MACEIO DJALMA FALA SOBRE AS PERSEGUICOES E A MORTE DO IRMAO MUNIZ FALCAO ADVOGADO JOSE COSTA FOI PRESO E TEVE A CASA INVADIDA PELA REPRESSAO PRESIDENTE DOS EUA COGITOU UMA INTERVENCAO NO BRASIL

Edição número 2008 - 30 de março de 2014

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Page 1: Edição número 2008 - 30 de março de 2014

DOMINGOMACEIÓ - ALAGOAS 30 DE MARÇO DE 2014

N0 2008

R$ 3,00 tribunahoje.comINDEPENDENTE

EXEMPLAR DOASSINANTE

Bom a parcialmente nublado com possiblidades de chuvas

em áreas isoladas03:17 2.309:26 0.0

Mínima

20ºMáxima

32ºTEMPO MARÉS FINANÇAS15:34 2.321:51 0.0

POUPANÇA: 0,5000%

DÓLAR COMERCIALR$ 2,26 R$ 2,26

DÓLAR PARALELOR$ 2,36 R$ 2,45

OURO:R$ 95,00

A ditadura militar em Alagoas

O GOLPE MILITAR QUE DERRUBOU O GOVER-NO CONSTITUCIONAL DE JOÃO GOULART, MERGULHOU O PAÍS NAS TREVAS E ESTA

SEMANA COMPLETA 50 ANOS, DEIXOU MAR-CAS PROFUNDAS TAMBÉM POR AQUI. QUEM CONTESTOU A DITADURA FOI PERSEGUIDO,

TORTURADO, CENSURADO OU MORTO. PÁGINAS 2 a 5 e 19

GOVERNO E ASSEMBLEIA FORAM CONIVENTES COM A DITADURA

POLICIAS E EXERCITO FIZERAMO SERVICO SUJO DA REPRESSAO

NOS ANOS DE CHUMBO JORNALISTAS ESCREVIAM COM

CENSORES NA REDACAO

O RESGATE ESPETACULAR DE ALDO ARANTES DAS

CELAS DO DOPSE EM MACEIO

DJALMA FALA SOBRE AS PERSEGUICOES E A MORTE DO IRMAO MUNIZ FALCAO

ADVOGADO JOSE COSTA FOI PRESO E TEVE A CASA INVADIDA

PELA REPRESSAO

PRESIDENTE DOS EUA COGITOUUMA INTERVENCAO NO BRASIL

Page 2: Edição número 2008 - 30 de março de 2014

PolíticaANDREZZA TAVARESREPÓRTER

Golpe é sinônimo de pancada, dor; de manobra traiçoeira.

Sem qualquer exagero é difícil não associar golpe a um período nebuloso no Bra-sil que foi a ditadura militar, de 1964 a 1985. Anos cruéis aos opositores do regime ou a quem fosse considerado suspeito de ser contra àque-la política também marcada pela falta de democracia.

Às vésperas dos 50 anos do fatídico 31 de março de 1964, a Tribuna Indepen-dente foi atrás de persona-gens que presenciaram a di-

tadura. Pessoas que passam por você e exalam histórias de perseguição, repressão e resistência. E você fica sa-bendo a partir de agora.

Nosso primeiro perso-nagem é Djalma Falcão, um dos fundadores do Mo-vimento Democrático Bra-sileiro (MDB), partido que agregava oposicionistas ao regime militar. Foi o primei-ro prefeito de Maceió com o fim da dituadura.

Por ser um estado peque-no e com política canaviei-ra dominante, Alagoas não teve dificuldades de esten-der sua mão ao regime. E nao foi apenas isso.

“Os crimes, os atentados,

a supressão da liberdade e dos direitos civis, as tor-turas, as mortes, tudo isso ocorreu em todas as partes do Brasil e também em Ala-goas, mas tudo ficou perdido na memória historiográfica do país, por que simples-mente caiu no rol da impu-nidade”, contou Falcão.

Relatou ainda que du-rante os 21 anos da ditadu-ra militar, instituições como o Ministério Público Esta-dual, Tribunal de Justiça, Assembleia Legislativa e a Polícia Federal foram coni-ventes com os desmandos da ditadura e se acovardaram.

“As novas gerações que compõem essas instituições,

eu quero crer que elas têm isenção e querem apurar a verdade. Mas os anteces-sores desses órgãos foram responsáveis pela conivên-cia com os crimes praticados pela ditadura militar”, lem-brou.

Para Djalma Falcão, um dos piores sentimentos é sa-ber que pessoas opostas ao regime foram perseguidas, torturadas, convivem com sequelas e chegam a sonhar com os tipo de agressões que sofreram. Outro fato mar-cante e que ainda é preciso justiça diz respeito a quem perdeu suas vidas por ser contrário ao regime militar.

REPRESSÃO

O serviço sujo nas delegacias e no Exército

Relatos históricos de Djalma Falcão estouram em instituições que hoje pedem respeito. Djalma conta que em Alagoas havia dois tipos de torturadores: os diretos que eram os delegados da Polícia Civil e Federal e os oficiais da Polícia Militar; e os torturadores sem rosto que ficavam à sombra, dan-do as ordens.

“Aqui a repressão era fei-ta em nome dos governan-tes, os delegados de polícia recebiam a tarefa suja de fazer a repressão: prender, torturar e fazer desapare-cer”, revelou Djalma Falcão em longa conversa com a re-portagem da Tribuna.

A luta entre oposicionis-tas ao regime era completa-mente desigual. O poderio econômico e governamental assombrava. Segundo Djal-ma Falcão, não era fácil bater de frente com a pre-feitura de Maceió, governo estadual, Legislativo, Judi-ciário e Forças Armadas.

O ex-prefeito de Maceió recorda que figuras públi-cas e conhecidas atualmente também estavam ao lado dos militares, desempenhando funções de espionagem.

“Outra figura de destaque na época foi Galba Novaes de Castro, que era sargen-to e fazia parte do Sistema P2 do Exército, responsável em fotografar as reuniões do MDB [Movimento Democrá-tico Brasileiro] e entregar aos repressores. Qualquer ato que a oposição tomasse por mais legítimo que fosse, era tido como ato de subver-são e prontamente relatado ao comando do Exército em Alagoas”, menciona Djalma Falcão.

Além de contar com a re-pressão do governo e demais poderes, quem era contrário à ditadura militar, e tinha ideais políticos com base no comunismo, corriam mais riscos. Djalma rememora que existiu em Alagoas o CCC (Comando de Combate aos Comunistas), uma orga-nização sem rosto, mas que era financiada pelas elites, cujo dinheiro servia para a compra de armas, munições, viaturas, combustíveis e até suborno de autoridades. Tudo ocorria tranquilamen-te na clandestinidade. (AT)

MACEIÓ - DOMINGO, 30 DE MARÇO DE 2014POLÍTICA2

Djalma Falcão, ex-prefeito de Maceió e um dos fundadores do Movimento Democrático Brasileiro

Sebastião Muniz Falcão prejudicado pelo governo militar em AL

Djalma Falcão é irmão de Sebastião Muniz Falcão, ex-governador de Alagoas, eleito pela primeira vez em 1955. Em entrevista à Tri-buna, Djalma expõe sem qualquer ressentimento as covardias do regime contra Muniz Falcão, um dos fun-dadores do MDB.

“Ele [Muniz Falcão] foi eleito pela segunda vez em 1965 pela segunda vez go-vernador de Alagoas pelo voto popular, mas não pôde assumir, pois foi impedido pelo Comando do 4º Exér-cito. Faleceu seis meses de-pois, devido um câncer de pulmão, agravado pelas per-seguições do regime”, revela.

Seu irmão declarou nes-ta entrevista que Sebastião Muniz Falcão não fumava, não bebia e era um homem trabalhador. “O professor Wagner Miranda que o as-sistia no Rio de Janeiro dis-se que não podia afirmar a inequidade praticada contra o meu irmão fosse a cau-sa principal da morte dele, mas garantiu que essas in-justiças, perseguições sem dúvida agravaram e muito o estado de saúde dele e foram responsáveis pelo abrevia-mento de sua morte”, rela-tou Djalma Falcão”.

REGIME COVARDE

Eleição, perseguição e a morte de Sebastião Muniz Falcão, em 65

Metade dos helicópteros Robinson no Brasil sofreu acidenteUm levantamento inédito a pedido da Coluna sobre o setor de avia-

ção civil revela um número assustador: praticamente metade dos helicópteros modelos Robinson R22 e R44 homologados no Brasil

sofreu acidente. Os dados são confirmados pelo CENIPA – Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes da Aeronáutica. O País possui 216 aparelhos R22 e R44 homologados pela Agência Nacional de Avia-ção Civil, e registrou 94 acidentes com os dois tipos de helicóptero em 10 anos, entre 2004 e 2014. Esse são os relatados. Somente este ano, foram quatro registros, três deles com seis mortes.

RadarO R66 não tem registro de acidentes. Os modelos R22 e R44, os cha-mados ‘bolhas’, são muito usados por pilotos em treinamento, emissoras de TV, e empresários a passeio.

Os campeõesA ANAC tem homologados para voos no Brasil 137 modelos do R44 e 79 do R22. Os anos de 2010 (14), 2011 (18) e 2012 (15) registraram mais acidentes.

Alerta Um aparelho seminovo custa até menos de R$ 1 milhão, o mais barato do mercado. Na última década, foram 53 acidentes com o R44, e 41 com o modelo R22.

Colisão numéricaA fabricante americana Robinson informou que as turbinas são Rolls Royce, e hoje há 591 aparelhos voando nos céus do País. Mas os números não batem com os da Anac.

Plano de vooSegundo a fabricante, o R22 é um helicóptero de dois assentos e ‘o único em fabricação para a instrução de escolas de aviação’. A despeito do alto número de acidentes, muitos com mortes, a Robinson informa que há variados registros no CENIPA de incidentes como ‘pouso brusco; perda de controle no solo; colisão em voo com obstáculo’ etc

Jogo$ Latino$Participantes do Seminário Internacional de Loterias – Desafiando o Contexto, em Mar del Plata, há poucos dias, avaliaram que, ao proibir cassinos e bingos, o Brasil fica na contramão do avanço do setor, com ganhos públicos na América Latina.

Cassinos em casaO evento debateu o sucesso da Euromilhões – adotado pelo Brasil no caso da Mega da Virada – e o avanço inevitável dos jogos online. O País não possui lei ainda para este tipo de jogo. Ou seja, cassinos são proibidos, mas brasileiros jogam em casa, com cartão de crédito, em bingos e cassinos online de sites hospedados no exterior.

Maldade À boca pequena, opositores brincam com governistas ao entenderem o que é o protesto ‘Não vai ter Copa!’: é que vai faltar água em São Paulo e energia no Brasil.

Piada prontaFonte de críticas à gestão tucana por racionamento de energia, o Minis-tério de Minas e Energia do governo Dilma esboça um termo que tentará esconder a crise no setor similar à era FHC: ‘Campanha pela redução do consumo de energia’.

Papa na PalestinaO Papa Francisco vai à Terra Santa em Maio. O Vaticano já preparou o roteiro. Francisco desembarca em Amã, na Jordânia, dia 24 de maio, e celebrará missa num estádio. Lá, visita o local do batismo de Jesus em Betânia, no rio Jordão.

..e em IsraelDepois, o Papa Francisco viaja de helicóptero para Belém e faz discurso no palácio da Autoridade Palestina, ao lado de Mahmoud Abbas. E, evidente, estica a visita para Jerusalém e Tel Aviv.

Adeus, tietagemOs fãs das seleções estrangeiras ficarão frustrados. Em acordo com a FIFA e as Forças Armadas, a pedido das próprias delegações, os 32 voos fretados vão aterrissar nas bases aéreas militares das cidades sedes, sem passar pelos saguões dos terminais.

Comitiva realA decisão das delegações é um mistério, mas pode indicar como a FIFA as tem orientado, e o medo dos estrangeiros com a violência e a própria infraestrutura dos aeroportos. As comitivas terão tratamento de chefes de Estado: escolta e vias liberadas.

Sem oba-oba Já estão preparadas para receber as seleções as bases aéreas do Rio (Galeão), Fortaleza e Brasília. O governo informa que a estratégia vai evitar problemas nos terminais.

Ponto FinalCampanha de redução voluntária do uso de energia é .. racionamento!

Com Luana Lopes e Equipe DF e SPwww.colunaesplanada.com.brcontato@colunaesplanada.com.brTwitter @leandromazzini

TRIBUNAINDEPENDENTE

ESPLANADALEANDRO MAZZINI - [email protected]

A ditadura aos olhos de quem viuÀs vesperas dos 50 anos do regime militar, pessoas resistiram ao período, e vivenciaram a conivência de instituições

ANDREZZA TAVARES

DIVULGAÇÃO

FUGASDjalma Falcão não che-

gou a ser torturado, mas fugiu da polícia por diversas vezes. Quando tinha sua pri-são decretada ele fugia para Recife ou Rio de Janeiro. Em Maceió, ele encontrou abrigo na casa de Sebastião Costa,

pai do desembargador do Tribunal de Justiça, Sebas-tião Costa Filho.

Também contou com o abrigo na casa do deputa-do Gonçalo Tavares, avô do atual secretário de Defesa Social, o procurador de Jus-tiça Eduardo Tavares. (AT)

Houve políticos que lutaram pela restauração da democracia no BrasilDjalma Falcão mostra ainda que que é preciso fazer justiça a um grupo de políticos idealistas que não compactuavam com os militares, a exemplo do ex-governador e senador Silvestre Péricles de Góes Monteiro; seu irmão, o senador Ismar de Góes Monteiro; os deputados federais Ari Boto Pitombo; Abraão Fidelis de Moura; e Aloysio Nonô, pai do vice-governador José Thomaz Nonô. “Esses formavam a primeira frente de combatentes em favor da restauração da democracia do Brasil”, assegurou.

Page 3: Edição número 2008 - 30 de março de 2014

CAMPANHARetorno da ditadura é inadimssível no BrasilA professora Alba Correia faz uma análise do atual cenário em que as pessoas tentam regredir a um período em que a liberdade de manifestação e expressão eram combatidas com veemência. “O uso das redes sociais contribuem para que jovens disseminem uma ideia em voltar a ditadura no país. Nós da Comissão Estadual da Verdade, que leva o nome do Jayme Miranda, já discuti-mos isso e entendemos que este processo é completamente inaceitável”, considera.

VIAGEMEncontro com Jango no exílio do UruguaiEm 1965, quando Alba Correia era do Movimento de Educação de Base, foi designada para um curso de cooperativismo no Uruguai. Lá, a discussão era em tom único: abaixo a ditadura!. Nesse contxto, Alba recorda que encontrou diversas pessoas que foram exiladas do país por ser contrário ao regime militar. “Encontramos João Goulart e sua esposa, Leonel Brizola e outros brasileiros estavam vivenciando um retrocesso na América Latina”, disse a profes-sora Maria Alba Correia.

1964... 2014

Do jornalista Elio Gaspari: “A deposição do presidente João Goulart continua a ser um tema divisivo na política brasileira porque, meio século depois, alguns itens da agenda de 1964 continuam presen-

tes, ao vivo e em cores. Registre-se que o elemento primordial, detona-dor e desfecho da revolta, foi o fato de que os dois lados jogavam com a carta da intervenção militar. Jango tinha um “dispositivo” nos quartéis e seus adversários tinham conspirações desconexas, até que um general voluntarioso implodiu a ordem constitucional. Não existe mais essa carta, mas há outras que, na essência, derivam de pensamentos autoritários. Vale a pena visitá-los, pois permitem que se descubra, em 2014, o código genético do golpismo de 1964. O primeiro é a falta de respeito à vontade popular. Há 50 anos, uma das provas de que Jango era um esquerdista estava na sua defesa do voto para o analfabeto. Um iletrado não podia ter o mesmo peso político que um doutor. Veio a ditadura e cassou os votos de todos para a escolha do presidente. Em 1969, depois que o presidente Costa e Silva ficou incapacitado, os generais sabiam que o voto de um analfabeto não valia o de um doutor, mas descobriram que o de um coronel não valia o de um general e o de um general que comandava uma mesa não valia o de outro, que comandava uma tropa. Resultado: elegeram o general Emílio Médici sem que se saiba como essa escolha foi feita. A desqualificação do voto alheio está aí até hoje.”

RegistroAmanhã completa 50 anos o golpe militar de 1964. Às 9 horas, o Progra-ma Ufal em Defesa da Vida promoverá mesa-redonda com o tema “50 anos da Ditadura Militar no Brasil: Para que não se esqueça! Para que nunca mais aconteça!”. Participarão Edval Nunes Cajá, José Costa e Vladimir Palmeira, personagens da resistência à ditadura.

Exemplo vivoDos perseguidos em Alagoas pela ditadura militar instituída em 31 de março de 1964 quem mais alcançou projeção política foi o engenheiro Ronaldo Lessa, que conseguiu ser vereador, prefeito, deputado estadual e duas vezes governador. Ronaldo ficou preso por três meses, no antigo Instituto Penal São Leonardo, acusado de “subversivo”.

SentimentoJornalista experiente em política esteve nesta semana no Palácio Repú-blica dos Palmares. Saiu na certeza de que o governo descarta apoiar Benedito de Lira a governador. A se confirmar, ao senador restaria se entender com PT, PMDB e PTB, que, como seu PP, são aliados de Dilma Rousseff.

CenárioIsso leva a uma hipótese: o grupo majoritário a ser apoiado por Téo Vile-la uniria o DEM do vice-governador José Thomaz Nonô, o PSB do depu-tado federal Alexandre Toledo e o PSDB do próprio governador, através do ex-secretário Marco Fireman, presidente do partido em Maceió.

RazõesEntre Nonô, Toledo e Fireman sairiam os candidatos a governador, a vice e a senador, não necessariamente nessa ordem. PSDB, DEM e PSB fazem oposição ao governo federal. E, pela convergência eventual entre Eduardo Campos e Aécio Neves, os presidenciáveis teriam interesse na composição.

OtimistaNa terça-feira, em almoço com deputados da sua bancada, o Téo Vilela fez alguns na relação entre o Executivo e a Assembleia Legislativa. Mas, como não poderia deixar de ser, o cardápio incluiu a eleição deste ano. “Vamos ganhar essa eleição, fiquem certos disso”, teria dito o governa-dor.

AgendaO prefeito de Pão de Açúcar, Jorge Dantas (PSDB), assume amanhã, pela segunda vez, a presidência da Associação dos Municípios Alago-anos. Dantas substitui Marcelo Beltrão (PTB), de Jequiá da Praia, que passa a ser o 1º tesoureiro da AMA. A vice-presidente da entidade agora é Pauline Pereira, prefeita de Campo Alegre.

Bola foraDe Adriano Ribeiro, coordenador de projetos sociais da Associação Brasileira O Pequeno Nazareno, de Fortaleza: “O Estado brasileiro está perdendo todas as jogadas quando se trata de resolver a situação das crianças que moram nas ruas. De que vale sediar a Copa da FIFA e perder a copa da vida de nossas crianças que vivem nas ruas?”

MACEIÓ - DOMINGO, 30 DE MARÇO DE 2014 POLÍTICA 3 TRIBUNAINDEPENDENTE

* O Centro de Inclusão Digital, da Ufal, está com inscrições abertas até as 23h59m de hoje para cursos gratuitos de Informática Básica I e II, Introdução ao Linux e Montagem e Manutenção de Computadores. Informações no site da Ufal.

* Termina amanhã o prazo para inscrição na seleção de estágio do Ministério Público Federal em Alagoas. Os pré-requisitos e documentos necessários constam no Edital 03/2014, que pode ser acessado em www.pral.mpf.mp.br/concursos/estagiario/

* Amanhã, último dia de março, será grande a movimentação nos bancos. É que, além de ser o limite de pagamento de vários compromis-sos do cidadão, a Prefeitura de Maceió pagará os salários de março e o Estado pagará março a quem ganha até R$ 2.050,00.

* De amanhã até 5 de abril acontece a Semana Alagoana do hip hop, com Djs, rap, graffiti e break dance, no Espaço Linda Mascarenhas, no CEAGB. Durante esses cinco dias haverá debates, oficinas, shows e apresentações de dança, além de arte em Maceió.

* O Circuito Popular de Corridas de Rua de Maceió inicia hoje a atual temporada com prova no Farol, dentro do projeto Lazer na Praça. A largada é às 8h30m, na Praça Centenário. Percurso de 5 km, na Avenida Fernandes Lima, sentido Centro/ Tabuleiro.

Esses temas (Petrobras e Stand-ard & Poor’s) não são do andar de baixo. São só do andar de cima. Para ter impacto junto aos eleitores da presidente, é preciso uma CPI.”RODRIGO MAIADeputado federal do DEM/RJ, ao defender a CPI para apurar denúncias contra a Petrobras

FLAVIO GOMES DE BARROS - [email protected]

Conjuntura Regime militar causou mortes e torturas em ALComissão Estadual da Verdade tem buscado justiça por intermédio de depoimentos de presos políticos no estado

BATALHAS

A fuga de Aldo Arantes e a AnistiaO ex-presidente da União

Nacional dos Estudantes, Aldo Arantes, foi preso na cidade de Pariconha, alto Sertão alagoano, atuando no sindicato e na cooperativa local. Alba Correia recorda que o governador Lamenha Filho descobriu que havia dois ‘ativistas’ naquela re-gião e determinou a prisão deles.

Durante seis meses, Aldo Arantes passou no Departa-mento da Ordem Política e Social (DOPS) em Maceió, até que o cardiologista José Rocha fez uma visita aos

presos e o descobriu por lá com nome de Roberto. “Se os militares descobrissem que Roberto era Aldo Arantes, eles iriam matá-lo. Foi daí que surgiu o plano de retirá--lo da DOPS”, explicou Alba, que participou da fuga do presidente da UNE.

Aldo Arantes foi retirado em um dia de jogo do Brasil após os militantes consegui-rem colocar sonífero no café dos policiais. Posteriormen-te, Arantes foi encaminhado para Recife, na mala de um carro.

LEI DA ANISTIA

Os cinquenta anos do golpe militar também fazem alusão à busca por mais jus-tiça, principalmente no que diz respeito às pessoas que perderam suas vidas e fo-ram torturadas. Alba Cor-reia remonta ao ano de 1979 quando a Lei da Anistia promulgada pelo presidente Figueiredo, passou a entrar em vigor.

Ela sustenta que a nor-ma foi uma via de mão du-pla. Ao tempo em que presos políticos, pessoas que esta-vam na clandestinidade e exilados retomaram o cami-

nho da liberdade no Brasil, havia uma condicionante que dava garantias aos tor-turadores e assassinos do governo militar.

“O Brasil inteiro resga-ta essa história de 50 anos atrás porque a anistia não foi a que a gente pediu, embora nossos militantes, pessoas que lutaram pela redemocratização no país voltaram ao convívio fami-liar, poré, os torturadores fo-ram isentados. E as pessoas que estão desaparecidas até os dias de hoje? Precisamos de justiça”, encerra. (NS)

NIGEL SANTANAEDITOR DE POLÍTICA

Os militares não cos-tumavam destinguir a quem capturar du-

rante 21 anos do governo mil-itar no país. Resistir não era apenas um ato de bravura. A perseverança em ver um país justo fazia com que militantes unidos não permitissem que outros fossem penalizados.

É com este enredo que a professora Maria Alba Cor-reia da Silva se apresenta. É participante da Comissão Estadual da Memória e Ver-dade Jayme Miranda, contri-buindo diretamente para que os culpados pelas torturas e mortes no país, bem como em

Alagoas, não passeiem impu-nes.

Alba Correia era concluin-te do curso de Pedagogia quando o golpe militar ocor-reu no país. Atuou em diver-sas vertentes do movimento da educação, da Juventude Universitária Católica e do Movimento Cooperativista ligado aos trabalhadores ru-rais.

A professora sentiu na pele a chegada dos militares quando o movimento estu-dantil foi atingido. “Diretó-rios Acadêmicos fechados e a dissolução da União Nacional dos Estudantes [UNE] foram exemplos de que o país estava sendo cercado por militares. O golpe rompeu com a luta do

povo brasileiro pela reforma de base, a exemplo da edu-cação e reforma agrária. Os maiores anseios da população foram atingidos diretamen-te”, recorda Alba Correia.

Segundo a professora, o recrudescimento do período militar foi ocasionado pela população inflamada que es-tava nas ruas em protesto. Alba citou quem foram as pessoas em Alagoas perse-guidas pelo regime, a exem-plo de Jayme Miranda, por sua atuação política; Nilson Miranda; Odijas Carvalho; Manoel Lisboa; Maria Yvo-ne Ribeiro (Marivone); Lucia Beltrão; Tobias Granja; Jorge Omena; Gabriel de Freitas Soares e Rubens Colaço.

SANDRO LIMA

Maria Alba Correia participou de manifestos contra o período militar e luta por justiça todos os dias

UNIÃO

Familiares de perseguidos tinham abrigo

Com a instituição do Ato de Número 5, em 1968, que permitiu ao presidente uti-lizar de métodos para pres-sionar a população a não se rebelar, lideranças populares e sindicais foram jogadas na clandestinidade em Alagoas.

“Nos sindicatos, nos dire-tórios acadêmicos, havia fo-cos de resistência que foram descobertos pelos militares. Muitos fugiram e foram con-siderados foragidos e foram jogados na clandestinidade. Ao lado disso, nós entráva-mos numa linha de resistên-cia ao regime para proteger os perseguidos, abrigando aqui em nossas casas as famílias daquelas pessoas. Realiza-mos um trabalho de proteção a pessoas de outros estados. Por exemplo, o Luciano Si-queira, atual vice-prefeito de Recife, foi preso em Santana do Ipanema, e acolhido por nós”, relembrou a professora Alba Correia, em entrevista à Tribuna Independente.

BANDEIRASOs atos repressivos da

ditadura militar também foram alvos das críticas do movimento em Alagoas, que seguindo um rito nacional, expressou aos alagoanos os bandeiras de luta como a da Anistia Geral e Irrestrita, contrária às medidas de ex-ceção que fechou o Congresso Nacional, e uma Constintuin-te Livre e Soberana para ten-tar trazer de volta a democra-cia.

“Esses fatos conseguiram unir as principais correntes políticas para conseguir uma reviravolta em período extre-mamente difícil. Os ditadores tratavam a população à base do ódio, do rancor, do desres-peito à vida. Foi assim que as eleições de Tancredo Neves culminou com o fim da dita-dura militar em 1985. Longos 21 anos de ditadura, a mais longa da história da Améri-ca Latina. Vivenciar aquela época foi muito forte, emo-cionante, principalmente do ponto de vista de quem este-ve sempre do lado oposto dos militares, que não queriam saber de diálogo”, observou a professora ao ser entrevista-da pela Tribuna. (NS)

Page 4: Edição número 2008 - 30 de março de 2014

Defender opositores ao regime tinha seus riscosMilitares e delegados ficavam atentos às funções e teses dos advogados

CRIMESPaulo Malhães é o retrato da ditaduraO advogado e ex-deputado federal confessa que ao ouvir recentemente o depoimento prestado pelo coronel do Exé-rcito, reformado, Paulo Mal-hães, à Comissão da Verdade, confessando-se autor de in-úmeros homicídios e de tortura, sentiu-se estarrecido. “É impres-sionante a frieza deste militar ao narrar a prática do rosário de crimes hediondos que cometeu. A violência de uma ditadura e o aparelho repressor do Estado podem ultrapassar os limites da imaginação”, argumenta.

ANISTIANo Congresso, o fim do Ato Institucional 5Como parlamentar, José Costa informou que participou da votação, em 1978, da Emenda Constitucional de iniciativa do General Geisel, pondo fim ao AI-5, acabando com a censura aos meios de comunicação e restabelecendo o habeas-corpus em favor de perseguidos políti-cos. “Em 1979 tive ainda maior felicidade ao votar a Lei de Anistia, que permitiu a volta ao Brasil de centenas de brasileiros que se encontravam no exílio e pôs fim a todos os processos e condenações”, recorda.

A poluição que mata

Dados da Organização Mundial da Saúde, mostram que 7 milhões de pessoas morreram em todo o planeta por exposição à polui-ção do ar. Uma em cada oito mortes, naquele ano mostrou que

o número tem duplicado nos últimos anos e que a poluição é agora o maior fator de risco ambiental para a saúde humana. Em comunicado a OMS afirma que reduzir a poluição do ar poderia salvar milhões de vidas, uma vez que os riscos são maiores do que se pensava particularmente no que diz respeito a doenças coronárias e acidente vascular cerebral (AVC). Segundo as estimativas da Organização, a poluição do ar interior esteve ligada a 4,3 milhões de mortes em 2012 em lares com fogões a carvão, lenha ou biomassa. A poluição do ar exterior esta na origem da morte de 3,7 milhões de pessoas. Além dos problemas coronarianos causados pela poluição do ar interior e exterior também podem ser citadas doenças respiratórias, incluindo infecções agudas e doenças pulmonares obstrutivas e crônicas. Em termos regionais, os países de baixo e médio rendimento nas regiões do Sudeste Asiático e do Pacífico Ocidental registram maior número de mortes associadas à poluição do ar, com um total de 3,3 milhões de mortes ligadas á poluição do ar interior e 2,6 milhões á poluição do ar exterior. Segundo dados da OMS, 80% das mortes associadas á poluição do ar interior devem-se às doenças cardiovasculares, como a cardiopatia isquêmica (40%) e ao acidente vascular cerebral (40%). Seguem a doença pulmonar obstrutiva crônica (11%), câncer de pulmão (6%), e infecções respiratórias infantis. Em relação á poluição do ar exterior, 34% das mortes devem-se ao AVC, 26% à cardiopatia isquêmica, 22% á doença pulmonar obstrutiva crônica, 12¨às infecções respiratórias infantis e 6% ao câncer de pulmão.

Na Fifa, só festaO anúncio foi feito pelo presidente Joseph Blatter durante reunião do Comitê Executivo em Zurique, na Suíça. A Fifa teve em 2013 os maiores ganhos financeiros da sua história. A entidade arrecadou US$ 1,386 bilhão (R$ 3,2 bilhões) com um lucro liquido de US$ 72 milhões, um ganho bruto de 20% maior que o obtido em 2012. Para muitos este lucro da Fifa tem tudo a ver com a realização da Copa do Mundo no Brasil. Porém, para os cartolas

da entidade o ganho não é relacionado ao lugar onde a Copa aconte-ce, mas sim ao seu próprio valor. Por isso mesmo a Fifa acredita que ainda vai ganhar mais dinheiro com a Copa na Rússia (2018) e depois no Qatar (2022).

Na Fifa, só festa 2Para o presidente Joseph Blatter o importante é ter cautela sobre a comemoração pelos ganhos na temporada passada. “Melhoramos nossa reserva, mas o custo da Copa no Brasil ainda não esta claro” disse ele. O Mundial do Brasil deve gerar recursos de mais de US$ 4 bilhões, quase R$ 10 bilhões. Mas ninguém da Fifa nega que a Copa a ser realizada no Brasil é um sucesso financeiro. Afinal foram batidos os recordes de venda de ingressos e de camarotes. A maior parte das cotas de patrocínio também foi vendida. “Isso mostra a importância do futebol no Brasil. É uma lenda. Todos querem ver esta Copa, estejam elas dentro ou fora do país” afirmou o secretário Jérôme Valcke.

Confecções no sertãoO Polo de Confecções de Delmiro Gouveia terá suas obras concluídas em Abril próximo, e de imediato irá beneficiar 400 costureiras do sertão alagoano. O investimento é de R$ 3 milhões, com recursos liberados pelo Fundo Estadual de Combate e Erradicação da Pobreza (Fecoep). O empreendimento é composto de sete galpões instalados em uma área de 218 mil metros quadrados. Neste espaço serão instaladas 200 máquinas de costura, adquiridas através de convênio entre o Governo de Alagoas, Federação das Indústrias e Sebrae. O Polo vai atender aos empreendedores individuais, associações, cooperativas além de micro e pequenas empresas integrantes da Cadeia Produtiva Têxtil e de Confecções.

Crimes ambientaisA Polícia Federal divulgou esta semana o relatório final sobre os cri-mes ambientais cometidos no litoral de Alagoas e em Pernambuco. Em relação ao nosso estado a PF deteve 12 profissionais do turismo que atuavam em Maragogi porque alimentavam peixes em áreas proibidas, com o intuito de “fazer fotos com turistas”. Eles terão de pagar R$ 15 mil, além de ficarem sem trabalhar por 30 dias. A operação policial envolveu ainda o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiver-sidade (CMBio) e da Área de Proteção Ambiental Costa dos Corais.

Crimes ambientais 2Os fotógrafos detidos utilizavam ração de peixe com pão para atrair os peixes e fazer os registros. Cobravam R$ 50 por foto e entregavam um CD aos turistas. A atividade é proibida pela legislação ambiental. Os policiais disfarçaram-se de turistas e registraram o momento em que o crime era cometido. Foram detidos em flagrante, mas não permanece-ram presos por terem cometido apenas uma infração. Segundo a Polí-cia Federal, estas atitudes podem favorecer determinadas espécies de peixes mais resistentes e prejudicar outras espécies de animais que vivem nos locais.

Crimes ambientais 3A Operação da PF e da CMBio se estenderá até Abril, passando pelos municípios de Maragogi ( em Taocas, Barra Grande, Galés) e Paripuei-ra, e ainda por Toquinho, São José da Coroa Grande, Porto de Gali-nhas, Serrambi e Tamandaré, em Pernambuco. Os policiais federais envolvidos nesta ação também desenvolvem ações de fiscalização e vistoria em embarcações, no combate ao tráfico de drogas da região, documentação de estrangeiros, contrabando, transporte de menores, caça e pesca ilegal e invasão de áreas ambientais.

• contece nesta segunda feira, em frente ao prédio da Associação Comercial, em Jaraguá, o “Ato Show da Liberdade” que relembra os 50 anos do golpe militar no país.

• O evento é para marcar a liberdade e a democracia alcançada no Brasil, sem sentir qualquer tipo de saudade do nefasto período ditato-rial.

• O show foi organizado pelas Secretarias da Mulher, Direitos Huma-nos e Cidadania, da Cultura, da Prefeitura de Maceió, da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Fundação Teotonio Vilela e da Comissão Estadual da Memória e Verdade Jayme Miranda.

• Participarão do Ato Show os seguintes artistas alagoanos: Dhida Lyra, Wilma Miranda, Roberta Aureliano, Igbonam Rocha, Luiz Pompe, Almir Lopes, Leureny e Elaine Kundera.

• Além das musicas proibidas pela censura no período da ditadura, também serão declamados poemas sobre a resistência à tirania e com a luta pela democracia e liberdade.

BARTOLOMEU DRESCH [email protected]

MACEIÓ - DOMINGO, 30 DE MARÇO DE 2014POLÍTICA4 TRIBUNAINDEPENDENTE

ADAILSON CALHEIROS

José Costa é advogado, foi deputado federal e aconselha aos jovens a prezarem pela democracia

‘SUBVERSIVO’

Advogado foi preso e teve sua casa invadida por ser oposição

IDEAIS

Como deputado, José Costa fez denúncias de torturas do regime

Exercer uma profissão de advogado e ainda ser contrá-rio aos desmandos do regi-me militar ocasionou coação profissional e perseguição.

Como advogado, José Costa confessa que foi des-respeitado profissional-mente quando o coronel do Exército, Nilo Floriano, que estava no exercício do cargo de Secretário de Segurança de Alagoas, e o delegado Ru-bem Quintela, o prenderam para que não lograsse êxito nas investigações do assas-sinato de Luiz Augusto de Castro e Silva, o Tininho,

que segundo a versão po-licial, o autor do crime foi José Moura.

“Prenderam-me ao che-gar à minha residência para que eu, advogado de José Moura, lhe revelasse pre-tensas informações que me tivessem sido dadas por meu cliente sobre esse crime e que estariam sob sigilo pro-fissional”, afirmou o advoga-do à Tribuna. O outro caso de perseguição, lembra José Costa, aconteceu no início dos anos 70 quando sua re-sidência na Rua Jangadei-ros Alagoanos, foi invadida

ao anoitecer de um sábado ou domingo por agentes da ditadura. “Eles vinham de Recife, a procura de uma jovem militante de um par-tido de esquerda que estaria abrigada em minha casa, segundo informações passa-das à Ordem dos Advogados de Alagoas pelo Subcoman-dante do 20º. BC, Tenente--Coronel Nivaldo Tenório”, descreveu.

O advogado recordou que os agentes da repressão ar-rombaram com facilidade a porta da entrada, mas foram contidos pelos cães (LM)

O Congresso Federal, a partir de 1974, foi mora-da do advogado José Costa, eleito deputado federal. Era partícipe da bancada conhe-cida como Grupo Autêntico do Movimento Democráti-co Brasileiro (MDB), único partido político que abriga-va parlamentares de todas as matizes, mas que tinham um compromisso comum, que era lutar pelo restabe-lecimento da democracia no Brasil.

“Usei muitas vezes a tri-buna para denunciar vio-lências do regime militar:

tortura, assassinatos políti-cos, como o que vitimou meu querido amigo Jaime Miran-da, um exemplo de dignida-de; prisões e processos polí-ticos de estudantes, líderes sindicais etc.”, pontuou José Costa.

Ele acrescentou que tecer críticas ou denúncias contra o regime era coragem, já que o partido da ditadura mili-tar, o Arena, tinha maioria em Brasília. Os parlamenta-res da situação eram claros apreciadores do regime e fe-chavam os olhos sem ressen-timentos para as torturas e

mortes jamais solucionadas no Brasil.

Ainda no contexto parla-mentar, José Costa recorda que saiu em defesa de de-putados estaduais cassados por atos institucionais do re-gime, a exemplo de Moacir Andrade, Elísio Maia, entre outros

O advogado acredita que pela sua atuação no par-lamento durante o período da ditadura, ele conseguiu ser eleito deputado federal constituinte e assim parti-cipar da elaboração da atual Constituição Federal. (LM)

LUCIANA MARTINSREPÓRTER

Os anos de chumbo de 1964, 1970, 1978 e 1979 foram viven-

ciados pelo advogado José Costa. Chegou a ser preso pelo Exército por defender um cliente, no intuito de revelar quais as teses da defesa para livrá-lo das gar-ras afiadas dos militares. Em um período em que ser deputado federal oposto à ditadura era perseguição, tortura e morte certa.

Em contato com a re-portagem da Tribuna In-dependente, José Costa aconselha aos jovens a co-nhecerem o que foi o regime militar, além de incentivá--los a manter a democracia no Brasil. O advogado citou como exemplo, a época de 1964, quando seu cliente José Moura Rocha, que per-tenceu à Juventude Comu-nista sofreu contínua per-seguição policial de agentes do Departamento de Ordem Política e Social (DOPS), co-mandados pelos Delegados Fernando Costa e Luiz Au-gusto de Castro e Silva, o Ti-ninho. “No início de abril de 64, Moura, que era incapaz de matar uma mosca, estava sendo acusado de planejar nada menos do que ataques terroristas em Maceió: sabo-tar o abastecimento de água na capital, dinamitar o mer-cado público etc. Quem esta-va à sua procura, para pren-dê-lo, era o Delegado Rubem Quintela”, comentou.

No intuito de salvar o seu cliente, ele retirou Moura de Maceió com a ajuda de Car-los Moura, filho do deputado Abrahão, e de Álvaro, mo-torista de praça, amigo fiel de José Costa e cúmplice na tarefa de esconder alguns outros clientes perseguidos pela ditadura.

“Eu o abriguei em uma fazenda do então Deputa-do Estadual Antônio Ama-ral, em Águas Belas – Per-nambuco, por uns dez dias. Procurei, depois disso, o Tenente do Exército Josué Saldanha, que participava de uma Comissão-Geral de Investigação em Alagoas, e pedi que me levasse até ao Comandante do 20º. Bata-lhão de Caçadores [hoje 51º. BI] para que eu obtivesse garantias de que, apresen-tando o advogado José Mou-ra, como era de seu desejo, ele não viesse a sofrer tortu-ra e tivesse assegurado seu direito de ampla defesa.”, lembrou.

José Costa argumenta que precisou encarar o co-mandante do 20° Batalhão e pedir garantias ao seu clien-te. Todo o trabalho não foi em vão, até que José Moura Rocha foi absolvido pela Au-ditoria da 7ª. Região Militar, após se apresentar aos mili-tares para prisão.

Page 5: Edição número 2008 - 30 de março de 2014

CENSURARepórter respondia a inquéritos na políciaPublicar uma simples notícia contra uma autoridade partícipe da ditadura militar tinha como punição responder a um inquérito policial. Algumas des-sas histórias foram contadas pelo jornalistas Ricardo Neto e Valmir Calheiros. Ricardo, por exemplo, foi sozinho à Polícia Federal porque não poderia ir com com advogado. Lá, era uma verdadeira pressão psicológica. “Perguntavam os maiores absurdos, ninguém sabia ao certo do que estava sendo acusado”, relembou.

Metralhadoras apontadas à RedaçãoDepoimentos de jornalistas que atuaram no período militar demonstram como agiam os censores no Jornalismo

NIGEL SANTANAEDITOR DE POLÍTICA

Era 1968 quando o mais feroz Ato Institucion-al, o de número 5, foi

decretado no Brasil. Para a imprensa, a censura nos jornais e revistas. No calor de um país vigiado, as lem-branças de um jornalista foram relatadas à Comissão da Verdade de Jornalistas Alagoanos, ligada à Fenaj.

Ricardo Neto era dire-tor de Redaçao do Jornal de Alagoas, que contava com nomes de Aldo Ivo e Alber-to Jambo. Lá, a figura do censor, responsável em in-formar aos repórteres e edi-tores o que não poderia ser publicado em hipótese algu-ma, agia como se fosse um quartel.

“Eu atendi e recebi as pa-tadas, durante muito tempo. Nessa época, eu era diretor de Redação do Jornal de Ala-goas. O diretor da época era o Arnoldo Jambo, que era um homem de centro, não era de chaleirar o sistema. A Redação era realmente comigo. Eu era um garoto que comandava Aldo Ivo, Alberto Jambo etc. Lembro como se fosse hoje as visi-tas da censura à Redação do

Jornal de Alagoas, por volta de 1968. Nós já conhecíamos a truculência, era de acordo com o barulho”.

No mesmo período, a si-tuação se complicou a partir do momento em que os mili-tares adentravam nas Reda-ções com armas de grosso ca-libre. “Após o golpe militar, veio a censura braba. Quan-do era o Exército, vinham três, quatro militares mais um oficial. Minha mesa [no jornal Gazeta de Alagoas] era lá na frente perto de Otávio Lima, uma espécie de conselheiro do sindicato. En-tão, o oficial dava as ordens, como se ali fosse um quartel: ‘De ordem do senhor coman-dante da 4ª Região Militar, está proibido tocar no as-sunto tal, blá, blá’. Batia o calcanhar e saia sem dar chance de nada. Aliás, eles entravam, marchando como se tivessem trocando uma guarda, todos de metralha-dora, no meio da Redação”, disse o jornalista em depoi-mento à Comissão.

Segundo o jornalista, não poderia sair uma linha sobre greves, mobilização na Cen-tral do Brasil, a morte ou suicídio de pessoas que po-deriam ter ligação opositora ao regime.

REPRODUÇÃO

Ricardo Neto recordou temas que não poderiam ser publicados

AO EXÉRCITO

Jornalistas prestavam depoimentosDe saudosa memória e

serviços prestados ao Jor-nalismo alagoano, Valmir Calheiros, fez sua última menção ao período militar, quando contactado pela Co-missão de Jornalistas Ala-goanos.

Repórter policial no jor-nal Gazeta de Alagoas, era visado por conta dos relatos diários. Valmir recebeu bi-lhetes dos censores de 1964 a 1976, e os guardava em seu birô. “Diziam basica-mente o seguinte: não divul-gar opinião nem crítica ao

governo; não divulgar mor-tes”, exemplifica um trecho do depoimento do jornalista conseguido pela Tribuna Independente.

CENSOR/REPÓRTERTer um intruso na Reda-

ção o fez manter contatos até amistosos, do ponto de vista da convivência. De acordo com Valmir Calheiros, a pa-lavra de ordem no trabalho era respeitar o que o coman-do do Exército determinava.

Eu era um repórter bem visado. Eu, Teófilo Lins, To-bias Granja e Zito Cabral.

Raro era o dia em que a gen-te não era chamado para dar um depoimento lá no Exérci-to ou na Polícia Federal [no Mirante São Gonçalo] Como eu tinha mais intimidade com a Polícia Federal, pelo fato de ser repórter de Po-lícia, conversava com os ca-ras com mais tranquilidade. Ao meio-dia, eu bebia com meus censores no Bar Sol Nascente, à tarde eu rece-bia os censores na Redação. Um dia vinha o Porto, outro dia vinha o Paes. Eles não queriam saber de nada, só

censurar, dizer o que não po-díamos falar. O que saía era louvação, anúncio e convites das autoridades de jantares oferecidos pelas forças de-mocráticas, pelas senhoras do movimento democrático”, contou Valmir Calheiros.

Apesar se ter vivido os anos de chumbo, o jornalis-ta assegurou que resistência ao golpe por parte da gran-de imprensa em Alagoas foi zero. Havia algumas tenta-tivas isoladas de jornalistas, mas não conseguiam publi-car nada contrário. (NS)

Tudo ou nada

A semana que se inicia deve ser bastante movimentada nos bastidores políticos, a chegada do prazo final para desincompatibilização pode trazer grandes surpresas, ou não. Caciques tentam a todo modo um

lugar ao sol fortalecendo seus quadros com o intuito de mostrar força. Te-otonio poderá surpreender ficando – como já afirmou aos quatros cantos – ou pedindo passagem para enfrentar Fernando Collor na disputa pela única vaga ao Senado federal (aposto na primeira hipótese). Olhos esbugalhados e ouvidos bem abertos, e eis que as peças ganharão novos movimentos até a próxima sexta-feira, dia 04.

DesautorizadoApós a informação veiculada pelo sempre ante-nado jornalista Ricardo Mota de que o empre-sário João Lyra daria lugar a Augusto Farias na disputa por uma das nove vagas na Câmara Federal, JL em tom de quem não gostou mesmo disparou: “Esse cidadão não passa nem na porta do partido (PSD) quanto mais ser meu substituto”. JL finalizou: “Estou firme e forte na disputa e na condução do PSD”.

Nomeação prontaO ministro da justiça Eduardo Cardozo confirmou que ainda na primeira quinzena do mês de abril a presidenta Dilma Rousseff nomeará o novo de-sembargador do Tribunal Regional do Trabalho da 19ª região. Um alagoano curioso quis saber qual a preferência da presidenta, e o ministro apenas respondeu: “Dilma respeita a decisão do tribunal”. Encabeça a lista tríplice o advogado Marcelo Vieira, seguido por Lula Resende e Marialba Braga.

Agora é meu filhoCarlos Ronalsa sonha um caminho frutuoso para seu herdeiro político, o vereador Dudu Ronalsa. O pai articula a candidatura do filho para disputar uma das vinte e sete vagas da casa de Tavares Bastos, e num futuro (2016) deseja disputar o comando da Prefeitura de Piaçabuçú, no litoral sul do estado.

Falando nisso...... Galba Novaes expos seu número de telefone pessoal durante programa do PRB. Segundo Galba, é para ouvir o que tem a dizer a população e se o político viver com estrelismo, esse tá morto.

EstacionadoO PSB nacional anda preocupado com a “evolução” do pré-candidato ao governo, Alexandre Toledo. Nas pesquisas para consulta interna o neo-socialista não saiu da casa de 2%. Com isso inviabilizaria um palanque próprio para o presidenciável Eduardo Campos.

Em tempoComo já noticiamos existe grande chance de uma aliança PSB/PSDB em Alagoas já que para os estudiosos nacionais das legendas “o estado de Alagoas representa quase nada na disputa nacional”. Assim a cooperativa dos usineiros trabalha para fortalecer o nome de Alexandre Toledo junto ao Palácio República dos Palmares. Resta saber se Teotonio arriscaria enfren-tar seus afilhados em posição confortável no ninho.

Agenda movimentadaAmanhã, dia 31, será bastante movimentada na Associação dos Municípios Alagoanos (AMA). O prefeito de Pão de Açúcar, Jorge Dantas, assume para o mandato até 2015. A diretoria dará continuidade ao trabalho que vem sen-do feito em defesa do municipalismo. O prefeito Marcelo Beltrão continua na diretoria ocupando o cargo de primeiro tesoureiro e a prefeita Pauline Pereira como vice-presidente.

Oscilação constanteNos últimos dias o cidadão que precisa abastecer seu veículo em qualquer posto de combustível na capital alagoana se depara com uma verdadeira oscilação de preços no valor da gasolina que variavam entre R$ 2,77 a R$ 3,04. Enquanto isso o Procon faz vista grossa.

A tão sonhada via Nesta segunda-feira (31), o prefeito de Maceió, Rui Palmeira, e o secretário municipal de Infraestrutura e Urbanização, Roberto Fernandes, assinam a ordem de serviço para obras de drenagem e pavimentação, de aproximada-mente 7.000m², em ruas do bairro de Cruz das Almas. Serão investidos R$ 5 milhões na região, recursos vindos do Ministério do Turismo e também da Prefeitura. A ordem de serviço será assinada na Rua Professor Ernani de Figueiredo Magalhães, às 09h.

Jogos na escolaO câmpus Maceió abre inscrições, na próxima terça-feira (1º), para o curso de extensão “O uso de jogos na sala de aula”. Estão sendo ofertadas 30 vagas destinadas a professores do ensino fundamental da escola pública. Os interessados devem comparecer ao câmpus no dia 1º de abril, das 14h às 17h, no 1º andar, sala de Ciências Humanas.

Desconto para turmaA OAB/AL está dando descontos para o pagamento da anuidade 2014. Para os advogados que decidirem realizar a quitação até a próxima segun-da-feira (31), o desconto será de 5%. A anuidade, que é de R$ 600, ficará por R$ 570,00.

CotidianoLININHO NOVAIS - [email protected]

MACEIÓ - DOMINGO, 30 DE MARÇO DE 2014 POLÍTICA 5 TRIBUNAINDEPENDENTE

A ex-estudante de Geogra-fia da Universidade Federal do Espírito Santo, Ângela Mi-lanez, 67, foi só mais uma das torturadas na atual sede do 38º Batalhão de Infantaria. Em Vila Velha e nos demais centros de tortura do país, o fato de serem mulheres as colocavam sob ameaças se-xuais, além dos espancamen-tos tradicionais. A praxe era rasgar as roupas delas diante de vários homens. E sobram relatos de abortos e estupros.

Historiador e professor de ciência política, Vitor Amo-rim de Ângelo destaca que aspectos machistas da socie-dade das décadas de 1960 e 1970 se repetiam, com mais gravidade, nos locais de tor-tura.

“Algumas experiências

são únicas para a mulher. São raros relatos de ho-mens estuprados na prisão. De mulheres, não. E, para os militares, os comunistas eram menos do que nada”, ressalta.

Ângela era recém-filiada ao PCdoB. As atividades mais “subversivas” às quais se dedicou foram distribui-ção de panfletos estudantis e participação em reuniões partidárias.

“Só me interrogavam sem roupa. Achavam que ficaria com vergonha e falaria tudo. Uma vez me colocaram nua, com uma jiboia por cima”, conta. Ângela dividiu cela com outras mulheres, entre elas a economista Míriam Leitão, que estudou na Ufes e militou em Vitória.

PEVERSIDADE

Interrogatório de mulheres tinha violência sexual

Angela Milanez e Jussara Martins, foram presas e torturadas

EDSON CHAGAS

Page 6: Edição número 2008 - 30 de março de 2014

Opinião

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JorgrafCooperativa dos Jornalistas

e Gráficos do estado de alagoas

RENAN CALHEIROS

OLÍVIA DE CÁSSIA

JOÃO LYRA

Senador pelo PMDB e presidente do Congresso Nacional

Jornalista

Deputado federal pelo PSD de Alagoas

MACEIÓ - DOMINGO, 30 DE MARÇO DE 2014OPINIAO6 TRIBUNAINDEPENDENTE

Dia da vergonha nacionalAmanhã completa-se 50 anos do golpe

militar no Brasil e o que se pode sa-ber deste triste período da histórica

nacional é que poucas pessoas estão vivas para contar os momentos de horrores ocorri-dos de 1964 a 1985 e até depois dessa épo-ca. Contudo aqueles que estão na faixa dos 50 e 60 anos, em Alagoas, e que conseguiam compreender a situação, presenciaram a co-nivência oficial do governo do Estado e todos os poderes aos atos de brutalidade que cul-minaram no desaparecimentos de inúme-ras pessoas pelo país afora.

Quem dispor de boa memória, vai lembrar que durante o processo de eleição do novo presidente do país em 1985, por meio de um colégio eleitoral e quando todos cobravam a volta de democratização do país e o fim do regime de exceção, quase toda a bancada governista alagoana ainda hesitava quanto ao apoio a Tancredo Neves, candidato na-tural daqueles que apoiavam o fim da dita-dura.Vai lembrar ainda, que todos os veícu-los de comunicação eram aliados da linha dura militar até porque seus proprietários,

eram vinculados ao poder econômico e polí-tico vigente naquele período.

Os horrores dentro das casa da morte, espalhadas por todos os estados resulta-ram em mais de 70 mil pessoas presas e perseguidas e 437 mortas e desaparecidas, de acordo com levantamento realizado por familiares das vítimas nas últimas quatro décadas.

Somente no Doi-Codi, entre os anos de 1969 e 1978, sofreram torturas neste pré-dio mais de oito mil pessoas e mais de cinquenta delas foram assassinadas. Os assassinatos de militantes da resistência à ditadura eram acobertados por versões falsas de suicídios, atropelamentos ou mor-tes em tiroteios.Atualmente, a cultura da morte praticada pelas polícias militares é continuidade do que fizeram os assassinos do Doi-Codi, com a mesma falsa versão de resistência seguida de morte para ocultar o extermínio de jovens negros e pobres das periferias de nossas cidades. A banalização da violência por parte da PM é a pior he-rança da ditadura militar.

A cada ano o Senado Federal confere o Diploma Mulher Ci-dadã Bertha Lutz àquelas que se destacaram na defesa dos direitos da mulher. A iniciativa pretende valorizar o papel da mulher na sociedade.

O Diploma Mulher Cidadã Bertha Lutz é mais uma das iniciativas para valorizar a mu-lher. Cientista, líder feminista e política paulista, Bertha Lutz foi uma das pioneiras da luta pelo voto feminino e pela igualdade de direitos entre homens e mu-lheres no país.

Ao assumir uma cadeira de deputada na Câmara Federal, defendeu mudanças na legisla-ção referente ao trabalho da mu-lher e dos menores de idade, ten-do proposto a igualdade salarial, a licença de três meses para a gestante e a redução da jornada de trabalho, então de 13 horas.

Este ano foram agraciadas cinco mulheres. Cristina Maria Buarque, a militante feminista, pesquisadora da Fundação Joa-quim Nabuco e foi presidente

da Casa Mulher do Nordeste e Secretária Executiva do Projeto Mulher & Democracia.

Também foi contemplada De-laíde Alves Miranda Arantes, ministra do Tribunal Superior do Trabalho, que por décadas, como advogada, defendeu os direitos das trabalhadoras do país. Por ocasião da proposta de Emenda Constitucional que es-tendeu às doméstica os direitos trabalhistas das outras catego-rias profissionais, participou ati-vamente das discussões.

Outra homenageada foi Mag-nólia de Souza Monteiro Rocha, presidente da Liga Roraimense de Combate ao Câncer, que dedi-ca seu trabalho às portadoras da doença e ao desenvolvimento de ações que vão desde a prevenção até o diagnóstico precoce do cân-cer, com prioridade para os tipos mais incidentes na população fe-minina, tal como o de mama e o do colo do útero.

Também foi agraciada Maria Lygia Maynard Garcez Silva, presidente da Associação de

Pais e Amigos dos Deficientes Auditivos de Sergipe. Os pro-blemas auditivos de uma filha tornaram-se inspiração para a sua luta pela capacitação de pes-soas com a mesma deficiência. É de sua iniciativa a implantação da primeira sala de aula no país com sinais de Libras.

A última homenageada foi Maria José Rocha, ex-deputada estadual da Bahia, mestre em Educação pela Universidade Federal da Bahia-UFBA, psi-copedagoga e ex-consultora da UNESCO. Ela foi responsável pelo Programa de Alfabetização do Ministério da Educação de Angola, tendo recebido o Prêmio Nacional de Educação Darcy Ribeiro, da Câmara dos Depu-tados, pela realização do Progra-ma Feliz Cidade.

A gratidão do Senado essas mulheres é extensiva a tantas outras anônimas que lutam pe-los seus direitos. O momento solene deve ser apenas mais um para ressaltar a importância do trabalho que desenvolvem.

A oposição sem votos descobriu que o caminho para combater o governo é desmoralizar a Petro-bras. A cantilena dura 24 horas por dia, lembrando os versos do poeta que anunciam o caos: “pa-rece que o mundo se desgovernou e o céu desapareceu”. O vale-tudo beira a um desespero grosseiro, fugindo a uma simples luta polí-tica E vai continuar assim, até as vésperas do pleito de outubro. O desatino é tão descomunal entre oposicionistas e parte da gran-de mídia, que chegam a pregar o “impeachment” da presidente da República e a instalação de uma CPI - esse sim, um cami-nho constitucional e regimental, que pode ser buscado, bastando que se atendam as assinaturas correspondentes a um terço dos membros do Senado (27) e da Câ-mara dos Deputados (171).

Na certa, desesperados pela divulgação das últimas pesqui-sas de intenção de voto, que re-forçam a condição de favorita ab-soluta à reeleição, os candidatos oposicionistas lançaram mão de uma estratégia para envolver Dilma Rousseff em um cipoal de denúncias de irregularidades contra a maior empresa brasilei-ra, a Petrobras. Com esse gesto, ignoram tudo que ela representa para o Brasil, especialmente no momento em que a extração de óleo da camada do pré-sal avan-

ça a pleno vapor. Na verdade, os que exploram política e elei-toralmente o caso Pasadena são os mesmo que, no governo FHC, lutaram pela privatização da empresa, inclusive com a ridí-cula mudança de seu nome para Petrobrax. O povo tem memória.

É evidente que ações temerá-rias e decisões equivocadas de investimento de qualquer em-presa estatal - patrimônio do povo - devem ser investigadas pelos órgãos responsáveis. Isso é uma coisa. Outra bem diferen-te é querer suprir a indigência eleitoral dos sem votos à custa da desmoralização da empresa. Usar a Petrobras para esse in-tuito é prejudicar o País, trair a maior saga nacionalista do povo brasileiro, que redundou em sua criação em 1953, pelo presiden-te Vargas.

No meio desse cenário de men-tiras, lembremos que a produção no pré-sal bate recordes sucessi-vos, acima de 415 mil barris/dia, e os indicadores econômico-fi-nanceiros também são positivos. Por outro lado, uma comparação feita entre os balanços da Petro-bras com os de quatro grandes rivais internacionais - Exxon Mobil, Shell, Chevron e British Petroleum- revela uma verda-de inconveniente para muitos arautos do caos e os sem voto: a Petrobras, ao contrário do que

dizem, ostenta números mais saudáveis do que suas rivais. A começar pela última linha do ba-lanço: a do lucro. De 2012 para 2013, a Petrobras avançou 1%, em dólar, enquanto Exxon caiu 27%, Shell recuou 35%, Chevron perdeu 18% e apenas a BP avan-çou impressionantes 113%. Ade-mais, o período de 2006 a 2013 também traz dados muito posi-tivos para a Petrobras. Entre as cinco, foi a única que expandiu sua produção (11%), enquanto as outras caíram ou ficaram no mesmo lugar: Exxon (-1%), Shell (-8%), Chevron (0%) e BP (-18%). Outro ponto importante diz res-peito aos investimentos. Das cinco, a Petrobras, de novo, foi a que mais cresceu, com um salto de 228%, contra 114% da Exxon, 85% da Shell e 152% da Chevron. Finalmente, o valor de mercado da Petrobras passou de US$ 15,4 bilhões, em 2002, para US$ 214 bilhões em 2014 (+1.290%).

É uma pena que maus bra-sileiros insistam no crime de lesa pátria de desmoralização da Petrobras, transformando-a em cabo eleitoral, desvirtuan-do os rumos de uma campanha e jogando literalmente o nosso patrimônio no lixo. Os oposicio-nistas estão alucinados e, (quem sabe?) pode estar se formando por aí a turma dos black blocs dos sem votos.

Minha mãe era uma pessoa obstinada e cética em alguns ca-sos. Quando queria uma coisa ia à luta e ai de quem se atraves-sasse no caminho dela, princi-palmente se o objetivo fosse com relação aos filhos. Se algum menino se aproximasse de mim, ela não contava história: ia na casa dele e falava com os pais, para pedir que se afastassem de mim. Ela era assim, possessiva.

Quando terminei o ginásio, no Colégio Cenecista Santa Maria Madalena, em União dos Palmares, da mesma forma que ela tinha feito com relação aos meus irmãos, conseguiu uma bolsa de estudos para mim, com a esposa de seu Ezíquio Cor-reia, então prefeito de União, para que eu estudasse em Ma-ceió e pudesse ter um trocado para pagar a passagem do ôni-bus e o lanche.

Vim estudar na Escola Morei-ra e Silva, no Cepa, para fazer o Científico, pois queria fazer vestibular em União, naquela época, só tinha o curso normal, o pedagógico. Terminei a oitava série ginasial em 1975 e em 76 já estava na escola, em Maceió. Naquela época, escola pública era valorizada e lá estudavam muitas lideranças que hoje as-sumiram cargos importantes no Estado e na política.

Fui morar numa casinha velha, de poucos recursos, de propriedade de seu Marinho,

um senhor que possuía várias casinhas de aluguel em Maceió, no Centro e redondezas. A casa já era na Vieira Perdigão, coin-cidentemente a rua que moro hoje.

Meus irmãos tinham trans-formado numa pequena repú-blica, onde abrigava vários es-tudantes de União, mas quando eu cheguei lá eles saíram e fica-mos eu e meu querido irmão Pe-trônio, que já cursava o terceiro ano no Moreira.

Dona Antônia queria ter uma filha médica, custasse o que cus-tasse, mas essa não era a minha seara e creio que para ela foi a maior decepção da vida, quando fui reprovada no meu primeiro vestibular, que fiz para Medici-na para agradá-la; anos depois quando fiz para Comunicação Social e fui aprovada, depois de várias tentativas, ela não aguentou e desabafou: “O curso é tão ruim que foi o último que anunciaram na televisão”.

Em 1982, naquela época, o saudoso Luiz Tojal anunciava os aprovados na Ufal, pela TV Alagoas e falava todos os cur-sos: Comunicação foi o último e quando meu nome foi anuncia-do eu nem acreditei e na casa da minha tia Ozória caí em prantos.

Fomos para a antiga Reitoria comprar o kit do fera, eu e mi-nha prima Rejane, que também tinha sido aprovada em Educa-

ção Física e no outro dia, de ma-drugada, viajamos de trem, de-vidamente vestidas nas nossas camisas de fera, para União dos Palmares, cantarolando músi-cas da MPB.

Lembrar toda aquela fase traz um misto de saudade e con-tentamento, por ter realizado meu sonho de ter sido aprovada no curso que eu queria, pois fa-zer jornalismo, escrever ou ser escritora era meu sonho da in-fância, mesmo com as opiniões contrárias de mamãe.

Os perrengues que passamos na profissão são imensos, mas quando fazemos aquilo que gos-tamos, com amor e dedicação, a vida fica mais leve e podemos dizer que somos felizes, apensar de tudo.

Mas a obstinação da minha mãe não parou e ela continuou a lutar por aquilo que queria, até quando ficou mais debilitada e colocou uma ideia na cabeça: pedir de presente a família, o túmulo da prima Luiza que ela tanto gostava.

Ela queria ser sepultada no local e assim, toda semana ela ia varrer e cuidar do local, até que veio a falecer e foi sepul-tada, junto da prima que tanto admirava. Estranhamente não quis ficar junto do meu pai e dos meus avós. Assim era minha mãe: forte, destemida e cética e quem quisesse atravessar na sua frente ela passava por cima.

Reverência às mulheres

Petrobras vira cabo eleitoral

Minha mãe Antônia

INDEPENDENTE

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7 TRIBUNAINDEPENDENTE PUBLICIDADEMACEIÓ - DOMINGO, 30 DE MARÇO DE 2014

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8 TRIBUNAINDEPENDENTEPUBLICIDADE MACEIÓ - DOMINGO, 30 DE MARÇO DE 2014

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CIDADES 9 TRIBUNAINDEPENDENTE MACEIÓ - DOMINGO, 30 DE MARÇO DE 2014

CidadesPara cientista, cidadão tem que fazer sua parte e cobrar mais atuação das instituiçõesDo ponto de vista do cientista político, Eduardo Magalhães, a questão de fazer justiça com as próprias mãos é mais complexa que a atuação policial. A falta de impunidade e de credibilidade das instituições de segurança e da Justiça está compondo em Maceió um estado de terrorismo nas relações sociais. Ainda assim, segundo ele, o cidadão tem que fazer a sua parte e cobrar mais atuação nessas áreas. “A impunidade está se proliferando. Temos que tomar as providências como uma sociedade, e não atribuir a culpa somente ao Governo. Infelizmente as pessoas acham que enquanto a violência estiver na casa do vizinho estará tudo bem”.

18 casos de justiça com as proprias mãosOAB encaminha ofício à Secretaria de Defesa Social e MPE para cobrar providências de mortes por linchamentos

Espancamento também faz parte do contexto infantil

DANIEL MAIAREPÓRTER

Uma coisa está se tor-nando hábito em Ma-ceió, em pleno século

XXI, a justiça das mãos está substituindo a justiça dos homens e a divina. Diante da criminalidade que faz o cenário de belezas naturais virar um celeiro de barbárie, a Comissão de Direitos Hu-manos da Ordem dos Advog-ados do Brasil em Alagoas (OAB/AL) encaminhou um ofício à Secretaria de Defesa Social (Seds) e ao Ministério Público Estadual (MPE) co-brando atuação mais enér-gica para coibir a revolta de grupos diante de linchamen-tos e brigas generalizadas.

Sobre crimes bárbaros como o apedrejamento que vitimou Jeferson de Souza Ramalho, após ter confessa-do um estupro e assassinato de Lucrécia Martins no dia 25 de março, o presidente da

comissão, Daniel Nunes, en-tende que a problemática da violência é uma questão de polícia. “Não há justificativa. As pessoas precisam entender que matar o próximo é crime. E a polícia serve para repri-mir qualquer ação criminosa”, aponta.

De acordo com o levanta-mento da OAB, de setembro de 2013 até o assassinato de Lucrécia, foram registrados 18 casos de intervenções de populares para fazer justiça com as próprias mãos. “Des-sas 18 pessoas, nove morre-ram. Em três casos de morte, duas pessoas eram inocentes e a outra, deficiente mental”, detalha o advogado Daniel Nunes assinalando que em 2014 já houve redução de mortes desse tipo.

A Comissão de Direitos Humanos constata que 50% dos assassinatos por espaca-mento em Alagoas são volta-dos a pessoas com faixa etária de 25 a 29 anos.

Apesar desses levanta-mentos o advogado Daniel Nunes, entende que o índice de crimes envolvendo morte violenta diminuiu no Esta-do, o que faz, segundo ele, a sensação de insegurança di-minuir.

DESEQUILÍBRIOOutro crime bárbaro que

entra para a lista fúnebre da intolerância popular foi o as-sassinato de Márcio dos San-tos, de 37 anos, que aconteceu no dia 20 de março. Márcio foi espancado até a morte na Rua Goiás, sob a acusação de ter depredado dois veículos na localidade. A vítima que era portadora de patologias men-tais foi levada ensanguentada pela família até o Hospital Escola Portugal Ramalho, onde morreu. A polícia não conseguiu indentificar os mo-radores que participaram da agressão por causa dos danos nos carros. Márcio morreu mas o desequilíbrio de mora-dores não foi sanado. Comissão de Direitos Humanos da OAB encaminhou ofício a Secretaria de Defesa Social, cobrando ações mais enérgicas para os casos

SUSPEITA

Briga por ximbra entre crianças levanta mistério na Vila Emater

O clima de tensão e misté-rio sobre histórias de mortes sem explicação que vem à tona em determinadas comunidades tem se espalhado. A dor da per-da para quem fica pode se con-verter em resignação ou rancor. Por vezes a última opção é o que prevalece. Não é o que se espera do desfecho do que acon-teceu na Vila Emater, localiza-da no bairro de Jacarecica.

O caso do menino Josivaldo dos Santos Nascimento, de 7 anos, que faleceu quatro dias após supostamente ter apanha-do na rua por duas crianças de 9 e 10 anos, está sendo encami-nhado ao Juizado da Infância e da Juventude. A causa de sua morte ainda é um mistério. De acordo com a conselheira tute-lar, Gilvanete Davino, o caso precisa de uma atenção espe-cial por se tratar de crianças. “Nos próximos dias, devem aparecer mais informações e testemunhas”, acredita a con-selheira.

Além da necessidade de

atenção diferenciada, a decisão é uma forma de garantir às fa-mílias de ambas as partes uma participação de forma a contri-buir na investigação do caso. “Fomos à Vila Emater, mas não encontramos ninguém da famí-lia. A outra família tem medo de ser retaliada. Trata-se de mais duas crianças que devem ser preservadas”, explica a con-selheira tutelar.

A conselheira Gilvanete Cunha, informou que já so-licitou o laudo cadavérico de Josivaldo. A previsão é que o laudo seja expedido na próxima quarta-feira. O laudo médico do Hospital Geral do Estado (HGE) também é considerado importante pelo Conselho Tute-lar para saber se a criança ha-via apresentado sinais de espa-camento que levassem à causa da morte.

A morte de Josivaldo, no dia 25 de março, provocou re-percussão pela forma como uma simples brincadeira de criança pode ter conduzido a um desfe-

cho fatal. Um jogo de ximbra envol-

vendo Josivaldo e um menino e uma menina terminou em bri-ga. Vizinhos disseram ter visto Josivaldo ser imobilizado pelas outras crianças e recebendo so-cos e chutes. O fato ocorreu em uma sexta-feira (21). No mes-mo dia o menino apresentou sintomas semelhantes a intoxi-cação.

No sábado pela manhã o menino foi atendido no ambu-latório João Fireman, situado no bairro do Jacintinho. Porém o médico que o atendeu, Elton Jofre, informou que a criança não apresentou nenhum sinal de agressão física.

Dessa forma, a causa da morte de Josivaldo dos Santos por enquanto é um mistério estarrecedor pelo desconheci-mento do real estado de saúde do garoto e por se tratar de uma briga envolvendo crianças. Es-sas, símbolo do futuro e de um presente em que se faz Justiça com as próprias mãos. (D.M.)

ADAILSON CALHEIROS

DIVULGAÇÃO

Moradores da Vila Emater disseram que durante a briga de criança Josival foi imobilizado, levou socos e chutes

Segundo Daniel Nunes a problemática da violência é uma questão de polícia: ‘Matar o próximo é crime’

JUSTIÇA TARDIA

Impunidade seria causa maior da barbárie para cientistas políticos

A barbárie é vista para os especialistas como uma nega-ção total da sua condição de cidadão que deveria acreditar na Justiça. A condição de ani-malidade pelo ato de eliminar aquele que se dispersa do que se chama de moral pode ser vista como comparar a vida de um ser humano a uma ba-rata. Para esse tipo de proble-ma depositar expectativas so-mente na atuação policial não bastaria.

A doutora em Ciência Polí-tica, Luciana Farias Santana, assinala a impunidade assim como um conjunto de fatores que desencadeiam a intole-rância generalizada possíveis

causas desse fato. “A impunidade, o aumento

da insegurança, a falta de po-líticas públicas, de segurança, de confiança nas instituições políticas, de desconfiança entre os indivíduos, dentre outros são fatores que contri-buem para esse tipo de com-portamento não esperado das pessoas que vivem em socie-dade e sob as regras constitu-cionais nas quais são previs-tos direitos e deveres”, reflete.

Luciana Farias entende que os problemas estão inter-ligados, e a impunidade, por exemplo, além de ser a causa maior de intolerância das pes-soas já é uma consequência de

um sistema prisional deficien-te e de políticas públicas ine-ficazes.

“A Justiça brasileira ain-da é muito lenta. Os julga-mentos são lentos. O sistema presidiário é precário. É ne-cessária uma conscientização social ampla, políticas públi-cas eficientes que atuem nas diferentes áreas, nos diferen-tes segmentos sociais. A cri-minalidade em Maceió é alta como pode ser verificada nos índices de segurança públi-ca que constantemente são divulgados. E as causas são bastante complexas”, denun-cia a doutora em Ciências Po-líticas (D.M.)

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MACEIÓ - DOMINGO, 30 DE MARÇO DE 2014CIDADES10 TRIBUNAINDEPENDENTE

Faixa azul ganha apoio da populaçãoSegundo a SMTT, elogios também vêm dos motoristas dos coletivos que agora partem e chegam aos terminais nos horários pre-estabelecidos

Uma das medidas para melhorar a vida dos usuários do trans-

porte coletivo em Maceió e que ainda vem dando o que falar é a faixa azul. O espaço direcionado prioritaria-mente aos ônibus que circu-lam nas avenidas Durval de Góes Monteiro, Fernandes Lima e Tomás Espíndola, foi implementado pela Super-intendência Municipal de Transportes e Trânsito de Maceió (SMTT) com o obje-tivo de dar mais velocidade aos coletivos e beneficiar milhares de passageiros.

Há mais de uma mês em vigor, a faixa azul tem con-quistado apoio dos usuários de ônibus que ganharam ce-leridade nos trajetos feitos nas vias do Farol e Tabulei-ro.

“Mais de 40% da frota de ônibus de Maceió utili-za a faixa exclusiva. E com a redução no tempo de per-curso temos conseguido reestruturar o sistema em vários horários para dar maior conforto aos usuários do transporte coletivo”, ex-plicou o superintendente da SMTT, Tácio Melo.

Segundo ainda o gestor, a medida vem rendendo elo-

gios não somente por parte dos usuários, mas também dos motoristas que agora fazem as viagens de forma mais tranquila, saindo e vol-tando dos terminais nos ho-rários pré-estabelecidos.

Um dos beneficiados com a faixa exclusiva é o estu-dante do curso de Publici-dade e Propaganda, Bruno Vasconcelos. Ele atravessa a faixa azul para chegar ao trabalho no horário da tar-de. “Para ir ao trabalho eu gastava em média 50 minu-tos, agora eu levo apenas 20. Já na volta para casa, gasto apenas 15 minutos, o que antes fazia em 30 minutos”, afirmou.

O auxiliar administra-tivo Reginaldo Rodrigues alega o quanto tem sido van-tajoso andar de ônibus. “A iniciativa não poderia ser melhor. O tempo de viajem reduziu bastante e hoje che-go mais rápido no trabalho e em casa. Passo o dia inteiro no trabalho e na volta o que quero é chegar logo no meu lar. Muitos reclamam sobre a diminuição no número de faixas para os carros, mas para nós usuários de ônibus, foi muito boa essa mudan-ça”, concluiu. Faixa Azul foi implementada pela SMTT com o objetivo de dar mais velocidade aos coletivos e beneficiar os passageiros do transporte público

“Com a redução no tempo de percurso temos conseguido reestruturar o sistema em vários horários”, diz Tácio Melo

ASCOM MACEIÓ

ADAILSON CALHEIROS

FISCALIZAÇÃO

No primeiro dia, 51 veículos foram autuados pela SMTT

As autuações para quem for trafegado indevidamen-te na faixa azul começaram a valer no último dia 10 de março. Só no primeiro dia foram autuados 51 veícu-los, sendo 50 particulares e um ônibus que transi-tou fora da faixa. Durante a primeira semana foram autuados cerca de 138 con-dutores de carros e motos e 10 ônibus que fizeram ul-trapassagem fora da faixa exclusiva para ônibus.

Segundo o diretor de Operações de Trânsito da Superintendência Munici-pal de Transportes e Trân-sito de Maceió (SMTT), Carlos Calheiro, são autua-dos em média por dia 20 a 25 condutores que insistem em utilizar a faixa inade-quadamente. “O motorista que continuar desrespei-tando a faixa exclusiva será devidamente punido com pagamento de mul-ta e perda de três pontos na carteira de habilitação, conforme o artigo 29, inciso VII do Código de Trânsito Brasileiro”, enfatiza.

HORÁRIOA faixa exclusiva para

ônibus coletivos funciona de segunda à sexta no ho-rário das 6h às 20h. Fora desse horário, os demais veículos poderão transitar pela faixa. O uso também está liberdo durante todo o dia nos finais de semana e feriados.

COMO FUNCIONA?A faixa da direita, sepa-

rada das demais pela cor azul para dar mais visibi-lidade, passa a ser de uso dos coletivos urbanos. Nas faixas à esquerda, o trânsi-to será dos demais veículos como os particulares, de carga, além dos transpor-tes complementares da re-gião metropolitana e táxis. Estes devem usar apenas as pistas da esquerda e usar a pista da direita so-mente quando estiverem prestes a entrar numa via com acesso daquele lado. Os ciclistas continuarão com a preferência pela di-reita, mantendo a distân-cia de segurança que é de 1,5m.

SISTEMA

Licitação e abrigo nas paradas estão entre as melhorias

Além da faixa exclusiva, outros meios vêm sendo co-locados no intuito de ofere-cer um melhor serviço para a população. Entre eles, está a implantação e recuperação de abrigos e terminais de ônibus em várias localida-des a fim de favorecer tam-bém a acessibilidade para as pessoas com dificuldade de locomoção e reestruturação do sistema de transporte.

Para dar continuidade à mobilidade urbana, a pre-feitura de Maceió, por meio da SMTT, fará a licitação do transporte público. O certa-me é algo inédito e foi pla-nejado desde fevereiro de 2013, dentro da legalidade e da transparência. A elabora-ção foi pautada na qualidade do transporte, de forma que atenda a uma série de cri-térios como a demanda da quantidade de passageiros, gerenciamento dos termi-nais de ônibus, utilização da faixa seletiva, bilhetagem eletrônica e outros pontos determinantes.

Page 11: Edição número 2008 - 30 de março de 2014

CIDADES 11 TRIBUNAINDEPENDENTE MACEIÓ - DOMINGO, 30 DE MARÇO DE 2014

Lagoa Mundaú ganha aterro irregularInstituto de Meio Ambiente verificou, durante vistoria, o acúmulo de lixo e entulho no local e fez vários registros

Crianças que moram às margens da lagoa brincam livremente em meio a restos de construção jogados por carroceiros, sem saberem o risco que estão correndo

Segundo moradores do local, falta de educação agrava o problema e contribui para ocasionar os desastres naturais

ADAILSON CALHEI-ROS

ADAILSON CALHEIROS

ANA PAULA OMENAREPÓRTER

Geralmente acontece pela noite. É o que afirmam moradores e caminhonei-

ros que fazem frete à beira da Lagoa Mundaú, no bairro da Le-vada, em Maceió. Restos de con-strução podem ser vistos por toda a parte, junto com muito lixo onde crianças brincam livremente sem saber do risco que correm.

Por meio de denúncia anôni-ma, o Instituto do Meio Ambiente (IMA) foi até o local em janeiro e constatou o fato fazendo vários registros. Por conta do horário, as equipes do instituto e da reporta-gem da Tribuna Independente não flagaram nenhum carroceiro promovendo a ação criminosa.

A constatação foi reforçada pelo caminhoneiro que faz frete bem em frente ao local do descar-te ilegal. Leonel Erick disse que carroceiros podem ser vistos pelo menos duas ou três vezes na se-mana jogando entulhos às mar-gens da lagoa.

“Até meio caminhão a gente ver constantemente. Acho erra-do, mas o aterro sanitário por ser longe, quem trabalha lá ainda não facilita a entrada de quem quer descarta o lixo de forma cor-reta. Muitas vezes ouço os falar que o pessoal do aterro não dá autorização”, observou.

CRIME AMBIENTAL

Moradores do local condenam açãode corroceiros

A estudante Larissa dos Santos, que mora a poucos me-tros da laguna, condena a ação de carroceiros e acrescenta que não são apenas eles que jogam lixo e entulho na beira da lagoa. “Os próprios moradores também colaboram para o crime ambien-tal. Não sabem eles que quando der uma chuva leva tudo”, lem-brou.

A doméstica Cícera Alvino também comunga da mesma opinião da estudante, ela acre-dita que a falta de educação contribui diretamente para os desastres naturais. “O povo des-trói o planeta e depois reclama das catástrofes que eles mesmos procuraram o fim”, frisou.

De acordo com o IMA, após receber uma denúncia realizada pelo Ministério Público Fede-ral, a fiscalização realizou uma vistoria e verificou um aterro ir-regular às margens da Laguna Mundaú, no bairro da Levada, em Maceió. No local, a equipe da Diretoria de Monitoramento e Fiscalização (DIMFI) consta-tou o problema. (A.P.O.)

CASAS IRREGULARES

Habitantes também depositam lixo

Por se tratar de uma ocupação pauperizada, não existe esgotamento e os habitantes das constru-ções irregulares depositam lixo e despejam efluentes domésticos nas margens e águas da lagoa.

O aterro, construído a partir de resíduos sólidos da construção civil, causa danos ambientais como o assoreamento e aumento na probabilidade de inun-dações, decorrente da im-permeabialização da área.

No momento da inspe-ção ninguém soube infor-mar o responsável pela construção do aterro.

A equipe que esteve no local esclarece que as que questões estruturais do local competem ao muni-cípio, através das Secre-tarias Municipais de Con-trole e Convívio Urbano (SMCCU), Infraestrutura (Seminfra) e de Proteção ao Meio Ambiente (Semp-ma). (A.P. O.)

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Obra leva cordelista a Poços de Caldas‘A proezas do É’, de Valdemir Ferreira, tem dois mil versos começados com o verbo ser na terceira pessoa do presente do indicativo

DAVI SALSAREPÓRTER

Autor de mais de 50 livre-tos com temas voltados, principalmente, para a

educação de crianças e adoles-centes, o cordelista alagoano Valdemir Ferreira, popular-mente conhecido em toda a Região Agreste como “Cartuxo Cordelista”, está sendo recon-hecido fora de Alagoas, com o convite para participar da 9ª edição da Feira Nacional do Livro (Flipoços), que será real-izada entre os dias 26 de abril e 4 de maio, em Poços de Caldas, no estado de Minas Gerais.

Um dos trabalhos do corde-lista alagoano foi o livro “As Proezas do É”. A obra de lite-ratura popular tem dois mil versos que sempre começam com a conjugação do verbo ser na terceira pessoa do presente do indicativo.

Uma licença poética que torna o escritor o único neste gênero de Cordel em todo o Brasil, e por isso foi convida-do para apresentar o trabalho e representar o estado de Ala-goas no evento literário.

A Feira Flipoços é a segun-da mais importante do país, e este ano terá como tema “A cultura popular na arte e na li-teratura”. O patrono do evento será o escritor Ferreira Gullar.

A cidade mineira receberá escritores e profissionais do ramo. Entre os convidados

internacionais, cinco nomes já estão confirmados para de-bater a literatura portuguesa e espanhola. São eles: o espa-nhol Eric Frattini e os portu-gueses Luis Miguel Rocha, Pe-dro Guilherme-Moreira, Joel Neto e o sobrinho de Fernan-do Pessoa, Luis Miguel Roza Dias.

Mas o talento do cordelista alagoano tem uma particulari-dade que o torna uma atração bastante esperada pelos orga-nizadores e participantes da feira literária

Cartuxo Cordelista é filho de uma costureira e de um mecâ-nico. O artista passou toda a sua infância e adolescência na Rua Boa Vista e atualmente reside na Rua Estudante José de Oliveira Leite, no centro de Arapiraca.

Ele começou a trabalhar aos 11 anos de idade vendendo picolés; aos 13 entregava bo-tijões de gás. Antes de ingres-sar no Banco do Brasil – onde trabalhou de 1981 a 1997, le-cionou Matemática na Escola Hugo Lima e trabalhou em uma empresa multinacional de beneficiamento de tabaco (fumo).

Sua obra é extensa. São 70 cordéis produzidos em parce-ria com o amigo Paulinho da Julita, que reside na cidade de Girau do Ponciano, e faz as assinaturas dos desenhos e ilustrações das capas de cada livro.

Poética de ‘Cartuxo Cordelista’ o torna o único em determinado gênero da Literatura de Cordel

O cúmulo do exagero

Presbítero discidente da Igreja Evangélica do Amor Divino, o distin-to Hermegaldo Prudente autointulou-se pastor, fundou uma igreja protestante e instalou-se na biboca mais distante do Tabuleiro Martins.

Deu à sobredita o prolixo e complicado nome de “Igreja Evangélica da Salvação e do Amor da Mãe de Deus no Céu, na Terra e nos Demais Plane-tas”. Coisa de louco! Povo crédulo e tolo ao extremo, o tabuleirense da periferia logo aderiu à nova seita. Ao cabo de seis meses, pastor Hermengaldo se viu na obrigação de arrumar um auxiliar, porque os serviços evangélicos ali estavam exigindo isso. Não foi difícil convocar entre os fiéis o assessor pretendido. Pastor pegou o camelô Eunóflio Soares, bom de papo, e o nomeou presbítero. No dia da estréia do cara no púlpito, o templo estava superlotado. No lado de fora, tinha até gente trepada nas árvores, para ver o novo irmão discursar. Notando que Eunóflio estava meio tenso, o pastor Hermengaldo chegou junto: - Fique calmo, meu irmão. Olhe, faça o seguinte... vá lá na dispensa, pegue um litro de uísque e tome uma lapada, pra descontrair. Pode ir, que eu fico aqui quebrando o galho até sua volta. Vá! Eunófilo foi. Ele não tomou apenas um gole. Bebeu garrafa e meia. É que, antes de ingressar na “lei do evangelho”, o cara era biriteiro de marca maior. Eunóflio voltou ao púlpito pisando macio. Pegou o microfone, e lascou lá: - Caríssimos irmãos... Alelúia! E todo mundo: - Alelúia! Eunóflio deu uma temperada na goela, uma cusparada de lado e mandou ver um sermão com gosto de gás. A platéia delirava e ele estraçalhava na falação. Quando terminou, transpirando por todos os poros, a galera explodiu em vivas e alelúias. Foi carregado nos braços e quase fizeram um carnaval. Assim que tudo ficou calmo, o pastor-chefe Hermengaldo, entusiasmado com o novo ministro, comentou: - Gostei. Você teve um bom desempenho na sua estréia. Precisa, apenas, “manerar” um pouco no seu entusiasmo. - Manerar? - É, rapaz. Você exagerou em tudo. Na bebida e na oração. Não precisava tomar garrafa e meia de uísque e nem chamar Nossa Senhora de “Mãezona Boazuda”. - Não? - Não. Também não era necessário mandar o demônio para a puta que o pariu!

Demais pra ser verdade! O sujeito entrou na delegacia de plantão e pediu para falar com o delegado - na ocasião o doutor Nivaldo Aleixo -, alegando que era “assunto de suma importância” que exigia “certa urgência”. O agente que atendia na portaria fez a gentileza de conduzí-lo à presença da autoridade. O delegado Aleixo manjou na figura à sua frente: um cara pálido mais da conta, olheiras profundas... debrrubadaço! - O amigo está adoentado? - indagou o delegado. E o infeliz: - O senhor está perguntando isso por causa do meu aspecto, doutor? - Exato. Você está parecendo que acaba de sair de um túmulo, rapaz! - Ressaca, doutor... - Ressaca? - Venho biritando sem parar faz duas semanas e só estou aqui porque uns amigos me aconselharam... - E o que tem a ver sua farra com sua presença nesta repartição policial? - Bom, doutor, é o seguinte: durante todosa port esses dias eu estava comemorando o desaparecimento da minha sogra. Minha mulher foi procurá-la e também não voltou mais! - Entendo. - Pois é, doutor! Esse acontecimento na minha vida é melhor do que ganhar na loteria, concorda comigo? O delegado chamou o escrivão, ordenou que fossem registrados os desa-parecimentos das mulheres e, em seguida, liberou o camarada, que saiu aos pi-notes da Deplan e entrou no primeiro bar que encontrou, vibrando de felicidade.

“Cadê as provas?” Estando meio à toa, e não tendo coisa melhor a fazer, o Fiderbaldo pegou a esposa Esterlina e foi com ela ao cinema. Pegaram a última sessão. Quando saíram de lá, foram fazer um lanche. Cerca de 1 hora da manhã, resolveram voltar pra casa. Assim que o carro parou na porta, Esterlina tomou um choque: estavam acesas todas as luzes da casa e o portão escancarado. Fiderbaldo correu pra dentro e voltou alarmado: - Os ladrões levaram a Tv, o som, o vídeocassete, minhas garrafas de uísque... Num instantinho os vizinhos se juntaram ao casal. Fiderbaldo disse à mulher e aos vizinhos que ia chamar a polícia. Antes de correr para a Deplan, recomen-dou à esposa: - Pelo amor de Deus não mexa em nada. Os ladrões deixaram aí um monte de pistas. Aguente firme que eu volto logo! O delegado de plantão pediu a ajuda do Instituto de Criminalística. Quando os peritos chegaram ao local, o chefe da equipe (advinha quem?) perguntou ao dono da casa: - Onde foi que ocorreu o furto? Foi aqui mesmo? É que a polícia e a perícia encontraram tudo arrumadinho, tudo bonitinho, tudo limpinho, tudo lustrando e cheirando a novo. Não parecia que ali tinha se verficado a ação de ladrões. Todo chateado, Fiderbaldo chamou a mulher: - Amor, por que você arrumou tudo? E ela: - Essa é muito boa, meu filho! Você saiu daqui dizendo que ia trazer a polí-cia, não foi? - Foi. - Então você acha que eu ia receber as visitas com a casa toda desarrumada daquele jeito?

AÍLTON VILLANOVA [email protected]

Um antigo problema

O serviço de envio e monitoramento de água para as comunidades rurais de Arapiraca está compro-

metido desde o último dia 21 deste mês de março. Isto porque a Defesa Civil do Esta-do de Alagoas interrompeu o fornecimento por questões burocráticas.Com os esforços da prefeita Célia Rocha

(PTB), as secretarias Municipais de Meio Ambiente e Saneamento (Semasa) e de Agricultura e a Defesa Civil de Arapiraca estão viabilizando e estudando meios para que, neste meio tempo, a população que mais precisa não fique sem abastecimento via carros-pipa.

MACEIÓ - DOMINGO, 30 DE MARÇO DE 2014CIDADES12 TRIBUNAINDEPENDENTE

TRABALHO ARTESANAL

Artista popular sonha em ver seus cordéis publicados

Cartuxo Cordelista continua na luta pela realização de um sonho: ver os seus cordéis publi-cados por uma editora, uma vez que ele mesmo ainda reproduz suas obras de forma artesanal, com cópias em xerox em papel ofício. Atualmente, sua meta é conseguir um patrocinador que esteja interessado em divulgar seus trabalhos de arte popular.

Com muita criatividade e improviso, Cartuxo também dá o exemplo de que a poe-sia popular nordestina – mais precisamente a literatura de cordel – pode baixar os índices de analfabetismo e melhorar o aprendizado das crianças no interior de Alagoas. Autor de mais de 50 folhetos impressos coloridos em papel off-set, o ex--bancário intitula seu trabalho de novo cordel.

Cartuxo Cordelista mantém a tradição do cordel antigo com versos rimados e estrofes cur-tas, mas está inovando o tra-balho com a escolha de temas ligados à ecologia, lições de lín-gua portuguesa, educação para o trânsito e até um cordel tra-duzido para a língua inglesa in-

titulado Travelling - que quer dizer viajante.

O cordel relata com muita di-versão a história de duas aves migratórias que contam suas experiências pelos Estados brasileiros por onde passaram. “Essa foi uma maneira diverti-da que encontrei para incenti-var o hábito da leitura entre as crianças, além de ensinar um pouco de Inglês e Geografia”, explica o cordelista.

Cartuxo diz que nunca havia escrito nada ligado à literatura ou poesia. Ele conta que a ideia de produzir literatura de cordel surgiu de repente, após comple-tar 54 anos de idade. Hoje, ele está com 56 anos de vida.

Atento à importância do seu trabalho, Cartuxo reclama da falta de apoio para produzir seus livros em cordel. “Faço tudo com muito esforço e não recebo nenhuma compensação financeira por isso. Meu sonho agora é participar da feira lite-rária em Minas Gerais e depois contar com apoio para confec-cionar os livros e distribuir nas escolas”, declara o escritor po-pular. (D.S.)

Carros-pipaSegundo o secretário da Se-masa, Ivens Barbosa, o Estado teria parado de fornecer água, pois o contrato está sendo reno-vado com os carros-pipa, sendo tramitado no Ministério Público do Estado (MPE) e, posterior-mente, estando na iminência de publicação no Diário Oficial do Estado (DOE) para continuar os serviços.

Desassistidas“Dessa forma, centenas de famílias ficarão desassistidas, se o problema não for logo solucionado, visto que a maioria dos moradores destas comunidades da zona rural possui cisternas com 16 mil litros. O que nos preocupa, é o Estado não resolver esse trâmite burocrático, e os arapiraquenses ficarem sem receber água”, diz o secretário Ivens Barbosa, ressaltando que a Administração Pública Municipal está atenta e já trabalhando para atender a demanda, se preciso for.

Sem abastecimentoÀ frente de Proteção e Defesa Civil de Arapiraca, o agente Diego Richard Amorim, pontuou os locais que estão sem receber abastecimento de carros-pipa desde o último dia 21: Vila Aparecida, Lagoa d’Água, Lagoa Cavada, Esporão, Breu, Barreiras, Poção, Xexéu, Tingui, Sítio Fernandes, Vila São Francisco e Capim. Segundo ele, o contrato dos veículos que leva água às comunidades de Rio dos Bichos, Gaspar, Canaã e Bom Nome II vai até o dia 17 de abril próximo.

MaceióCerca de 124 vereadoras alagoanas eleitas no último pleito estiveram reunidas, na manhã de sexta-feira (28), no auditório da Casa da Indústria, no I Seminário das Lideranças Femininas do Estado de Alagoas.

Maior espaçoDe acordo com a deputada Rosinha da Adefal, que lançou a cartilha “ Mais Mulher no Poder”, as mulheres precisam ocupar um espaço maior na esfera política e mostrar, não só sua sensibilidade, como também competência para exercer um cargo eletivo. “Podemos muito mais”, disse Rosinha.

ConvocaçãoA informação é da jornalista Simoneide Silva: A Copeve publica os editais 19/2014 e 20/2014 convocando 931 candidatos do processo Enem/Sisu para ingresso na Uni-versidade Federal de Alagoas. Eles devem confirmar matrícula, no caso dos suplentes que já entregaram documentação na chamada anterior, e os da 5ª chamada da Lista de espera devem fazer a pré-matrícula. Os dias para esses procedimentos começaram quinta-feira, 27, e se estendem segunda, 31, e terça, 1º de abril das 9h às 17h, nos locais definidos nos referidos editais.

Promovido pela UVEALO evento, promovido pela União dos Vereadores de Alagoas (UVEAL), Procuradoria da Mulher e Secretaria de Estado da Mulher, terá a participação da procura-dora da Mulher da Câmara dos Deputados, deputada federal Elcione Barbalho (PMDB-PA) e da procuradora-adjunta Rosinha da Adefal (PTdoB-AL). As parlamen-tares irão realizar palestras incentivando uma maior participação da mulher no processo eleitoral.

Preenchimento imediatoSão 147 vagas para preenchimento imediato e início das aulas neste primeiro semestre, 2014.1, sendo 83 para o sistema de cotas e 64 para ampla concorrência. Os candidatos a essas vagas devem confirmar matrícula na Ufal, para cursos do Campus A.C. Simões, em Maceió, e as Unidade de Ensino Palmeira dos Índios, de Penedo e Santana do Ipanema. Entre os cursos que estão com vagas a preencher para ainda este semestre são Biologia, Educação Física, as engenharias, Direito, Medicina, Nutrição, Farmácia e Odontologia.

Semana AzulArapiraca vai sediar, de 31 de março a 05 de abril, a Semana Azul. A iniciativa pretende con-scientizar a população sobre o autismo, doença que atinge uma em cada 110 crianças, segundo pesquisas realizadas nos Estados Unidos. Neste pe-ríodo, serão realizadas diversas atividades com a finalidade de esclarecer sobre a deficiência.

ProgramaçãoA programação inclui palestras com diferentes profissionais, oficinas, cinema, música e teatro. Também serão realizadas caminhadas, panfletagem, motociata e paradas em faixas de trânsito.“No dia 2 de abril, Dia da Conscientização Mundial do Autismo, nosso objetivo é fazer com que as pessoas saibam o que é o autismo. Estamos nos mobilizando também para que no dia o maior número de pessoas vista azul. A cor (azul) é usada, em vir-tude do autismo ser diagnosticado, em sua maioria, em meninos”, afirma a pedagoga Nayara Stheffany Tenório de Barros.

... A decisão de realizar o evento surgiu do empresário Ciro Magalhães ao ser procura-do por uma amiga, mãe de um autista. Ela pediu para ele fazer algo para lembrar as pessoas sobre o Dia da Conscientização Mundial do Autismo. Ele pesquisou o assunto e conversou com Nayara e começaram a organizar a Semana, junto com o Colégio Multivisão e a Associação de Pessoas com Transtorno Autístico do Agreste de Alagoas.

... “Eu queria uma ação maior que envolvesse a sociedade e servisse como uma ajuda para a identificação do autismo pelas pessoas leigas, que podem estar com o problema à frente sem saber como lidar. É impressionante a quantidade de autistas em tratamento e certamente existem muitos ainda não diagnosticados”, esclareceu o empresário.

... O presidente do Senado, Renan Calheiros, disse na quinta-feira (27) que, com o requerimento da CPI da Petrobrás já protocolado na Casa, irá combinar com os líderes dos partidos um calendário para instalação da comissão.

... “É evidente que uma CPI em ano eleitoral mais atrapalha do que facilita a vida do Brasil. Mas agora não há mais o que fazer”, disse Renan.

... Ainda na quinta-feira, durante solenidade na Presidência do Senado, Renan lembrou que “a política, por suas tensões naturais, não é para cardiopatas. “A aridez dos em-bates políticos nos testam em todos os momentos”, afirmou.

... Já está nas mãos do presidente do Senado, Renan Calheiros, uma moção de repú-dio da bancada do Partido Verde contra o acordo firmado entre Brasil e Alemanha para cooperação cientifica e tecnológica na área nuclear.

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Jovem expande empresa após inspiração Criativo e refinado trabalho artesanal é feito a partir de peças de madeiras em MDF desenvolvidas com sua mãe

A Jurart’s foi criada quando Juraci de Oliveria, mãe de Janiele, estava superando um momento difícil

EMPRESAS

BNB financiaimóvel paramicros em AL

O Banco do Nordeste está financiando a aquisição de imóvel para as micro e peque-nas empresas dos setores in-dustrial, agroindustrial, de tu-rismo, comércio e prestação de serviços. A primeira operação desta natureza em Alagoas foi realizada recentemente com o Supermercado Real, localizado em Palmeira dos Índios.

O empreendimento funcio-nava em prédio alugado que foi adquirido por meio de crédi-to do BNB, no âmbito do Fun-do Constitucional de Finan-ciamento do Nordeste (FNE/MPE Comércio), no valor de R$ 238,4 mil.

Para o empresário Fagner Freitas da Silva, proprietá-rio do Supermercado Real, o principal atrativo do crédito do Banco do Nordeste foi a taxa de juros e o prazo de pagamen-to, que possibilitou uma parce-la bastante acessível. “Com o financiamento, podemos sair do aluguel e adquirir a sede do empreendimento”, ressalta o cliente.

Janiele Oliveira, jovem, estudante do curso de biblioteconomia da

Ufal, estava passando em frente a uma marcenaria e viu algumas madeiras em MDF sendo descartadas. Naquele momento, ela re-solveu comprar uma máqui-na de corte de madeiras e deu de presente à sua mãe e, desde então, as duas têm desenvolvido um criativo e refinado trabalho artesanal.

Foi assim que nasceu a empresa Jurart’s com ins-piração num projeto deno-miando Pontapé

Na noite da última quin-ta-feira (27), ocorreu mais uma edição especial do ‘Pon-tapé’. Desta vez, o seminário foi no auditório do Centro Universitário Cesmac, e con-tou com a palestra da jovem Janiele Oliveira, que par-ticipou da primeira edição do Pontapé, em setembro de 2013, e relatou o impac-to que a ação teve nas suas atividades. Janiele contou a histório da Jurart’s, o pe-queno negócio gerido por ela e sua mãe.

A ideia da empresa exis-te desde setembro de 2012, mas o nome só se concreti-zou em março de 2013. “A empresa acabou de comple-

tar um ano e, durante todo esse tempo, eu vejo que mi-nha mãe se sente realiza-da por ter seu negócio, sua renda, sua independência e tudo isso fazendo o que ela realmente ama”, completa.

Para Janiele, assistir à palestra foi fundamental para que ela conseguisse expandir o negócio com sua mãe.

MOTIVAÇÃO“A empresa já existia,

mas, como a proposta do ‘Pontapé’ se baseia princi-palmente em ter motivação, depois da palestra, eu pude amadurecer a ideia de fato e entender melhor o que po-dia ser feito para alavancar minha empresa”, afirma Ja-niele.

Hoje, a empresa de Ja-niele faz parte do programa ‘Bota Pra Fazer’, um curso de criação de negócios que utiliza a metodologia ‘Fast-trac’ da Fundação Kauffman adaptada para o mercado brasileiro pelo Instituto Em-preender Endeavor.

O objetivo principal é que as pessoas sejam capazes de se conhecer e desenvolver sua capacidade empreende-dora, aprender a identificar oportunidades e criar um novo negócio.

MACEIÓ - DOMINGO, 30 DE MARÇO DE 2014 ECONOMIA 13 TRIBUNAINDEPENDENTE

EconomiaEmpresa desenvolve tecnologia para agricultura em AlagoasA Tec Irrig é uma empresa de tecnologia que, aliando conceitos matemáticos ao sistema agrícola de Alagoas, vem mostrando que a tecnologia pode auxiliar o produtor rural a transformar sua produção em sustentável e competitiva. O projeto foi um dos finalistas ao I Prêmio Alagoano Empreendedor Inovador. Os principais serviços ofertados pela empresa estão ligados à qualificação e competência técnicas relacionadas ao planejamento utilizando ferramentas computacionais e modelos matemáticos para otimizar decisões; o desenvolvimento de projetos de sistemas de irrigação e de drenagem, assim como de pesquisas que visam melhorias na qualidade de aplicação de água às culturas.

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40% dos brasileiros já entraram no cheque especialCrédito dos mais usados pelo consumidor é também um dos mais caros

Classes B e C serão as responsáveis por 81% do consumo em todo país

Quando o orçamento aperta, as pessoas optam por uma série

de alternativas para cobrir suas despesas. Uma delas é o cheque especial: um em-préstimo automático ofe-recido pelos bancos e que aparece junto do seu saldo. Segundo pesquisa realizada pelo portal Meu Bolso Feliz (http://meubolsofeliz.com.br/), 40% dos brasileiros uti-lizaram o cheque especial no período de um ano.

Dos entrevistados, 43% das classes A e B afirma que já entraram no limite do cheque especial e 34% das classes C, D e E utilizou o cheque especial no mesmo

período.Foi constatado então,

que, um número significa-tivo de pessoas, de todas as classes sociais, incorpora esse limite “extra” ofereci-do pelo banco no orçamento mensal de forma errada.

“Apesar de o cheque es-pecial ser uma das modali-dades mais usadas pela sua facilidade de acesso, é tam-bém uma das mais caras do mercado”, explica José Vignoli, educador financeiro do portal Meu Bolso Feliz, uma iniciativa do SPC Bra-sil (Serviço de Proteção ao Crédito).

Por que as taxas são pe-rigosas?

Com juros de 150% ao ano (8% ao mês), em mé-dia, o uso do cheque espe-cial pode gerar uma dívida muito maior do que a espe-rada. Exemplo: Maria está com dificuldade de pagar suas contas e resolveu pegar R$1.000 do cheque especial para não sujar seu nome e fazer compras extras. No mês seguinte, teve dificulda-des de sair dele e esse pro-blema foi se arrastando por meses. Em um ano, a dívida de Maria passou de R$1.000 para R$2.500.

“Nunca use o cheque es-pecial para ajudar nas com-pras ou desejos pessoais que ultrapassem sua renda men-

sal. Esse hábito passa uma falsa impressão de aumento de renda e, consequente-mente, leva ao descontrole das despesas e endivida-mento”, explica Vignoli.

QUANDO USAR?O segredo é usar o che-

que especial eventualmente e controlar bem os prazos de pagamento. Há bancos que oferecem alguns dias de uso do cheque especial sem cobrança de juros. Em um momento de aperto, apro-veite essa facilidade, sem-pre atentando ao dia exato que terá para cobrir o valor. Um dia a mais de uso levará a cobrança de juros de todo o prazo utilizado.

Brasileiros têm marcas da moda na cabeça e vão gastar para comprar no varejo potencial estimado em R$ 11,6 bilhões no ano

Sem disciplina e juros altos do especial, dívidas tendem a crescer

Classe C brasileira hoje representa 58% da população, ou 125 milhões

DÍVIDA

Uma alternativa pode ser o crédito pessoal, diz especialista“Quando o banco analisa

a situação do cliente e sabe quando e como a dívida será paga, a melhor opção é pegar um crédito pessoal, onde uma quantia combi-nada fica disponível para o cliente, que pode usá-lo li-vremente”, explica Vignoli.

Exemplo: Se a pessoa tem uma necessidade hoje e vai receber o 13º em junho, a melhor alternativa é ir ao banco e negociar um crédito pessoal com pagamento da dívida para o mês que terá o dinheiro. Com planejamen-to para longo prazo, essa alternativa é mais segura e mais barata.

Outra opção bastante usada quando o dinheiro do mês acaba é o cartão de crédito. Mas atenção: se a quitação total da fatura da-

quele mês não for feita, os juros do cartão chegam a 12,5% ao mês, ou seja, ain-da maiores do que o cheque especial.

“Se usado para emer-gências e de forma cons-ciente, o cheque especial ainda é a melhor opção”, explica Vignoli.

‘MEU BOLSO FELIZ’O portal Meu Bolso Feliz

(http://meubolsofeliz.com.br/),uma iniciativa do SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito), une informa-ções para mostrar às famí-lias e pessoas em geral da importância da educação financeira.

Amplo e com um serviço completo, orienta cidadãos e explica qual é a melhor maneira de consumir e ter controle monetário.

Cada brasileiro deve gastar neste ano, em mé-dia, R$ 810,84 com vestuá-rio. Segundo estimativas do Pyxis Consumo, ferra-menta de dimensionamen-to de mercado do IBOPE Inteligência, esse valor é 3% superior ao projetado em 2013, quando a média nacional foi de R$ 786. O consumo total de vestuário no país deve encerrar o ano com um volume de R$ 138 bilhões.

De acordo com o estu-do, as classes C e B serão as maiores consumidoras, com 41% e 40% do potencial de consumo, respectiva-mente. Em reais, o poten-cial de consumo da classe C é de R$ 56,2 bilhões e o da classe B, R$ 54,9 bilhões, A classe A deve represen-tar 11% do consumo total do país, com gastos de R$ 15,1 bilhões. As classes D e E compõem o menor grupo

de consumo para o varejo de moda, com potencial es-timado para 2014 de 8%, atingindo R$ 11,6 bilhões.

POTENCIAL POR REGIÃOA região Sul é a que

possui a maior expectati-va de gasto por habitante, com R$ 941,67, seguida da região Centro-Oeste, com R$ 917,49, e da região Su-deste, com R$ 863,49. Os moradores da região Norte devem gastar R$ 695,98 e os do Nordeste, R$ 632,11.

Considerando as classes socioeconômicas na análise por região, o Sudeste con-centra o maior potencial em todas as classes.

O destaque fica para a classe B, com R$ 29,1 bi-lhões, seguida pela classe C, com R$ 26,9 bilhões. Os índices mais baixos estão quase todos concentrados na região Norte, onde a soma de todas as classes deve atingir R$ 8,7 bilhões.

A exceção são as classes D e E do Centro-Oeste, grupo que apresenta o menor po-tencial de consumo dentro todos, de R$ 849,1 milhões.

O potencial de consumo refere-se apenas ao consu-mo domiciliar, ou seja, às compras de pessoa física junto a varejistas do ramo e inclui a aquisição de ves-tuário masculino (bermu-da, calça social, calça jeans, camiseta, casaco, roupa ín-tima, terno, meia, camisa e gravata), feminino (vesti-do, saia, blusa, terno femi-nino, roupa íntima, roupa esportiva e moda praia) e infantil (blusa, camiseta, roupa para bebê, vestido, calça, meia, roupa íntima e roupas de praia).

CLASSE DO CONSUMOSe a classe C brasileira

fosse um país, seria o 12º mais populoso do mundo e o 18º em consumo. Via-gens, eletrônicos e móveis

para a casa estão no topo da lista de desejos deste grupo, segundo pesqui-sa divulgada pela Serasa Experian e pelo instituto Data Popular.

Formada por 108 mi-lhões de pessoas que gasta-ram R$ 1,17 trilhão e movi-mentaram 58% do crédito no Brasil no ano passado, a classe C brasileira repre-senta hoje 54% da popula-ção do País e em 2023 a es-timativa é de que essa fatia suba para 58%, chegando a 125 milhões de pessoas. Em 2013, esse grupo repre-sentava 38%.

O estudo considera clas-se média a família com renda mensal per capita de R$ 320,01 a R$ 1.120 e apresenta quatro perfis do consumidor: os “batalhado-res” formam o maior grupo e são os que mais consu-miram em 2013: R$ 388,9 bilhões.

EM 2014

Brasileiro gastará R$ 810 com vestuário

MACEIÓ - DOMINGO, 30 DE MARÇO DE 2014ECONOMIA14 TRIBUNAINDEPENDENTE

Page 15: Edição número 2008 - 30 de março de 2014

ESPORTES 15 TRIBUNAINDEPENDENTE MACEIÓ - DOMINGO, 30 DE MARÇO DE 2014

Fluminense e Vasco brigam por uma vagaTricolor das Laranjeiras tem a vantagem do empate para chegar na decisão do segundo turno do estadual 2014

Um clássico carioca vai apontar quem será um dos final-

istas do estadual deste ano. Fluminense e Vasco decidem neste domin-go quem avança para a grande decisão do Campe-onato Carioca. O jogo será às 16h no Maracanã.

Na partida de ida o pla-car de 1x1 mostrou o equili-brio dos times. Por ter tido melhor campanha que o Vasco, o Fluminense tem vantagem de jogar por dois empates. O Tricolor entrou na disputa pela vaga na fi-nal com a vantagem de jo-gar por dois empates. Nova igualdade neste domingo dará a vaga ao time de Re-nato Gaúcho. O treinador elogiou a postura do seu grupo, que apesar de ter o regulamento a seu favor esteve muito perto de con-

seguir a vitória no primeiro jogo após abrir o placar com Fred e depois Thalles empa-tou para o Cruz-Maltino.

“Nós esquecemos o re-gulamento, fomos a campo. O regulamento tem que ser usado na hora certa e bri-gar. Acima de tudo minha equipe teve atitude o tempo todo. Isso é muito importan-te, principalmente numa se-mifinal. Domingo não será diferente, todo mundo vai brigar por ela. Vão ver um jogo bem mais pegado. Vale muito. Além do clássico, a vaga na final”.

Renato não poderá con-tar com Jean. O volante foi expulso após fazer falta em Everton Costa. O lateral-di-reito Bruno saiu machucado e terá de ser reavaliado.

O Vasco, por sua vez, também deve ir a campo com um esquema bastante

ofensivo. Precisando rever-ter a vantagem do adversá-rio, Adilson Batista indicou que vai escalar o time com três atacantes: Everton Cos-ta, Reginaldo e Edmilson. O objetivo é pressionar o rival no seu campo de defesa.

“A marcação começa no ataque, até para não sobre-carregar o meio-campo e a zaga. Vamos tentar fazer o que o Adilson está pedindo para não facilitar a saída de bola”, revelou Edmílson, que já marcou 10 gols.

Além dos três atacan-tes, os volantes Guiña-zu e Pedro Ken retornam à equipe nos lugares de Aranda e Fellipe Bastos. Ambos voltam após terem sido preservados do últi-mo jogo, em que poderiam ser suspensos, pois tinham recebido um número limite de cartões amarelos.

ARQUIVO

TERRA

Romário ficou atrás de Roberto baggio em lista dos 50 melhores jogadores de todas as Copa do Mundo

Vasco e Fluminense disputam neste domingo a última semifinal da taça Rio que é o segundo turno

TOPS

Revista lista 50 maiores jogadores das Copas com Romário atrás de Baggio

A revista “World Soccer” voltada para a Copa do Mundo listou os 50 maiores jogadores de todos os tempos que parti-ciparam dos Mundiais. Pelé, que disputou quatro edições e venceu três, é apontado como o maior nome da história da competição e ocupa o primeiro lugar. Mas outros destaques do país em títulos mundiais fi-caram em posições polêmicas.

Campeão em 1994 e 2002, Ronaldo é o maior artilheiro da história das Copas, com 15 gols, Ronaldo. No entanto, ficou atrás de Gerd Müller,

campeão em 74. O “Fenôme-no” ocupa a sexta posição, atrás do alemão, o quinto. Com 14 gols em 70 e 74, Mül-ler liderou a lista de goleado-res até 2006, quando Ronaldo chegou a 15.

Grande nome na conquista do tetra brasileiro em 1994, Romário ficou em 13º lugar na lista e acabou superado por Roberto Baggio, o 12º co-locado. Após ótimas atuações no Mundial disputado nos Estados Unidos, o italiano foi o personagem que marcou a fi-nal daquela edição, ao perder

o pênalti que garantiu o título à seleção brasileira.

Na contagem da publica-ção britânica, Pelé é seguido pelo argentino Maradona, em segundo lugar e campeão em 1986, e pelo alemão Franz Beckenbauer, vencedor em 74, em terceiro. Garrincha, bicampeão em 1958 e 62, é o quarto. Atrás de Gerd Müller e Ronaldo, está o holandês Jo-han Cruyff (o sétimo), seguido pelos franceses Zinedine Zida-ne (oitavo). Rivaldo, vice em 1998 e campeão em 2002 nem é citado na lista

Page 16: Edição número 2008 - 30 de março de 2014

MACEIÓ - DOMINGO, 30 DE MARÇO DE 2014ESPORTES16 TRIBUNAINDEPENDENTE

EsportesSemifinais do paulistão hoje com San-tos e Penapolense; Palmeiras e ItuanoOs quatro melhores querem chegar na final. Pela tabela divulgada pela federa-ção paulista o primeiro jogo das semifinais do Paulistão 2014 será entre Santos e Penapolense, às 16 horas deste domingo, na Vila Belmiro. Logo em seguida, às 18h30, o Ituano enfrentará o Palmeiras. Melhor time da primeira fase, o Santos do técnico Oswaldo de Oliveira conseguiu a classificação às semifinais depois de golear a Ponte Preta, por 4 a 0, na Vila Belmiro. Enquanto Ituano e Penapolense avançaram nos pênaltis, após empatarem com Botafogo e São Paulo, sem gols, respectivamente. O Palmeiras bateu o Bragantino por 2x0. A final começa no próximo final de semana com dois jogos seguidos.

CRB joga com Coruripe pela vaga antecipadaGalo espera marcar 20 pontos e se firmar nas semifinais do Alagoano 2014

Circuito popular de rua levará mais de 700 atletas para avenida Fernandes Lima

ASCOM CRB

SECOM MACEIÓ

CRB e Coruripe empataram no primeiro jogo no litoral sul em 1x1

Mais de 700 corredores estarão neste domingo na Avenida Fernandes Lima participando do circuito

AÇÃO

Semel abre temporada 2014 de corridasA Prefeitura de Maceió,

por meio da Secretaria Muni-cipal de Esporte e Lazer (Se-mel), lança neste domingo o Circuito Popular de Corridas de Rua de Maceió, temporada 2014. Serão sete etapas em bairros diferentes da capital. A primeira prova será no Fa-rol, na Avenida Fernandes Lima, com largada às 8h30.

O tema deste ano é a sus-tentabilidade e todos os par-ticipantes serão convocados a levar, de forma voluntária, duas garrafas pet no ato da inscrição, que serão doadas para instituições que traba-lham com reciclagem.

“Será uma parceria muito positiva da Semel com a Secre-taria de Proteção ao Meio Am-biente. Vamos usar a ferra-menta do esporte para alertar as pessoas, através de oficinas, sobre a importância da recicla-gem, dos hábitos sustentáveis, separação do lixo, cuidado com o meio ambiente, plantio de árvores e outras ações. Sem-pre teremos equipes de orien-tação da sustentabilidade nas etapas do circuito”, explicou Pedro.

Os objetivos do Circuito são cumpridos a cada prova. A etapa do Farol abre o calendá-rio com o percurso de 5 quilô-metros na Avenida Fernandes Lima, sentido Centro/ Tabu-leiro. Jovens, idosos, atletas profissionais e anônimos esta-rão juntos para celebrar mais um dia de esporte e saúde.

“O objetivo é sempre sen-sibilizar a população sobre a importância do condiciona-mento físico e consequente-mente alertar para a quali-dade de vida”, lembrou Pedro. “O Circuito Popular facilita a participação em suas etapas por ser gratuito. É um estímu-lo a mais para todos”, disse o professor Daniel Costa, que comanda a área esportiva da organização.

FÓRMULA 1

Hamilton tenta superar Rosberg e Massa está otimista na Malásia

Apesar de Lewis Hamilton abandonar o GP da Austrália na segunda volta em razão de problemas no motor, a Mer-cedes manteve o propulsor em seu carro para este fim de semana de GP da Malá-sia. A largada acontece neste domingo às 5h da manhã.No treino o V6 turbo do W04 do britânico mostrou saúde. Ha-milton foi o mais rápido.

Em segundo ficou Kimi Raikkonen com sua Ferrari, terminando à frente da outra “Flecha de Prata”, de Nico Rosberg, vencedor da etapa de abertura da temporada. A dupla da McLaren, Jenson Button e Kevin Magnussen, fechou o top 5.

Os pilotos da Williams ti-

veram desempenho discreto nesse começo de atividades na Malásia. Felipe Massa ficou uma posição à frente de seu companheiro de equipe, Valt-teri Bottas. Quem também foi discreto foi o ex-parceiro do brasileiro nos tempos de Fer-rari, Fernando Alonso.

Após a desclassificação de Daniel Ricciardo no GP da Austrália, em razão de irregularidades no fluxo de combustível, uma das gran-des expectativas será quanto ao desempenho dos carros da RBR em Sepang. O tetracam-peão Sebastian Vettel está oti-mista e diz que vai para cima buscar os primeiros pontos.

Algoz de Felipe Massa na primeira curva do GP da

Austrália, Kamui Kobayashi sofreu com problemas na bateria do motor de sua Ca-terham. Outro que teve um começo de dia difícil foi Sergio Pérez. O mexicano da Force India passou a maior parte do tempo nos boxes e sequer marcou volta cronometrada.

Mas são os pilotos da Lo-tus que devem estar mais preocupados. Tanto Romain Grosjean e Pastor Maldonado tiveram problemas nos moto-res Renault ao saírem para a pista e tiveram que ter seus carros recolhidos para os bo-xes. A atividade foi marcada por diversas escapadas e ro-dadas. Muitos pilotos perde-ram pontos de freada e deram uma voltinha fora.

PRESIDENTADilma convida Merkel para ver Alemanha e Portugal na CopaA presidente Dilma Rousseff con-vidou a chanceler alemã, Angela Merkel, para assistir à partida entre Portugal e Alemanha, válida pela primeira fase da Copa do Mundo. O jogo ocorrerá na Arena Fonte Nova, em Salvador (BA), no dia 16 de junho. Dilma já havia convidado o papa Francisco, que é argentino, para assistir jogos do Mundial. Há expectativa de que a presidente faça convites específicos a outros chefes de Estado ou de Governo para virem ao Brasil por conta da Copa. Quem já “se convidou” para estar no Brasil durante a final do torneio máximo do futebol foi o presidente da China, Xi Jinping, que sugeriu que a cúpula das principais economias emergentes do mundo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul (Brics) ocorresse no dia 15 de julho, dois dias depois da final, em vez da primeira data prevista para março. O encontro ocorrerá em Fortaleza (CE).

‘CSA’ PORTUGUÊSPortugal lança uniforme branco e azulA Federação Portuguesa de Futebol (FPF) lançou o novo segundo uniforme da seleção, que mudou de cor e agora, com vista na Copa do Mundo de 2014, será branco com as mangas e a gola em azul. Em comunicado, a FPF confirmou a “aposentadoria” da segunda camisa anterior, que era toda preta e que foi usada pela pri- meira vez em um amistoso contra o Equador, disputado em fevereiro de 2013. Apesar da mudança do segundo uniforme, a camisa principal mantém sua cor tradicional, o vermelho, embora com algumas listras em um tom mais claro no pei- to. A nova camisa principal foi estreada no último amistoso da seleção portuguesa quando Portugal goleou a seleção de Camarões por 5 a 1. Já o segundo uniforme conta com uma camisa inteiramente branca e com pequenos toques de azul nas mangas e na gola, enquanto o calção é totalmente azul. Uma cruz portuguesa que representa a Ordem de Cristo e que lembra as conquistas marítimas realizadas por Portugal no século XV e o símbolo da FPF, acompanhado dos anos 1914 e 2014 - para celebrar seu centenário.

COPA 2018Fábio Capello lamenta rumores de boicoteO técnico da Rússia, o italiano Fábio Capello, afirmou que a anexação da Crimeia pela Rússia não deverá afetar os esportes no país. Na opi-nião do treinador, política e futebol não andam lado a lado. “O esporte está fora da política. Eu não entendo isso. Não entendo quando alguém cogita boicotar uma competição”. O treinador falou ainda do pedido de dois senadores dos Estados Unidos à Fifa. Na petição, os políti- cos queriam a retirada da Rússia da Copa do Mundo de 2014 e a mudança da sede da competição em 2018. “Eu não entendo o motivo para você boicotar a Copa do Mundo e outras compe-tições esportivas”, disse o treinador. Em resposta ao pedido dos americanos, dois políticos russos enviaram à Fifa um pedido para exigir a expulsão dos Estados Unidos da Copa de 2014. O motivo: as ações agressivas contra a antiga Iugoslávia, o Iraque, a Líbia e Síria. Capello revelou também o orgulho dos russos pelo desempenho nos Jogos Olímpicos de Inverno de Sochi. Na opinião do treinador, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, deve fazer investimento parecido para ter bons resultados no futebol, em 2018. “Eles precisam preparar as seleções sub-21 e sub-20 para encontrar novos jogadores”.

ATRASADOArena Pantanal acelera instalação de cadeirasEm contagem regressiva para a inauguração, a Arena Pantanal finaliza os detalhes para a partida entre Mixto e Santos, no dia 02 de abril, pela Copa do Brasil. Cerca de 20 mil torcedores (16 mil nas arquibancadas e quatro nos camarotes) irão ocupar o setor inferior do estádio, já que a área superior ainda não recebeu as cadeiras, divididas em dois tons. O estádio tem 97% das obras concluí- das, segundo a Secopa-MT. O atraso na instala-ção das cadeiras aconteceu pela polêmica com o Ministério Público Estadual, que viu indícios de superfaturamen- to. Os assentos azuis claros estão fixados nos quatro setores da arqui- bancada inferior da arena. Restam os mais escuros. Até agora, cerca de 14 mil cadeiras estão instaladas. A capacidade do es-tádio será de 41.390 torcedores. As poltronas VIP, situadas no lado oeste do estádio, em frente ao lounge, também estão sendo fixadas. No setor superior leste, teve início a colocação das longarinas que dão suporte aos assentos. Esta área não será usada na partida desta quarta-feira. A chegada dos torcedores se dará por uma esplanada de 93 mil m² calçada, com o projeto paisagístico sendo finalizado.

Único clube invicto do Campeonato Alago-ano, o CRB entra

em campo neste domingo para uma decisão que pode garantir vaga nas semifi-nais de forma antecipada. O Galo encara o Coruripe, às 16h, no Estádio Rei Pelé, com a missão de at-ingir 20 pontos no Grupo A e se firmar na segunda fase deste segundo turno.

A sequência de vitórias (quatro até agora seguidas), motiva o grupo mas não empolga o técnico Eduardo Souza, que foi efetivado no meio de semana pela dire-ção regatiana. “Não tenho esse pensamento. Cada jogo é uma decisão e mesmo nes-sa sequência que estamos não podemos desacelerar. Estou passando isso para os jogadores e o foco é no títu-lo”, disse Souza.

PROMOÇÃOA diretoria do CRB lan-

çou uma promoção. As mu-

lheres que forem ao jogo com camisa vermelha ou branca irão entrar de gra-ça. Além dessa promoção, o CRB também vai estrear seus uniformes da tempora-da 2014.

Os ingressos tem os mes-mos valores dos jogos an-teriores: R$ 10 para arqui-bancada baixa, R$ 15 para arquibancada alta e R$ 30 para cadeira.

O TIMEO lateral-direito Diego

Aragão e o atacante Jeffer-son Maranhão estão fora deste jogo. O zagueiro Ga-briel estará de volta.

O CRB deve ir a cam-po com: Júlio César; Paulo Sérgio, Marcus Vinicius, Gabriel e Gleidson; Olívio, Bogé, Johnnattan e Diego Rosa; Marcelo Maciel e De-nílson.

OUTROS JOGOS15h15 Comercial x Murici15h15 S.Rita x Penedense16h00 ASA x CEO

Page 17: Edição número 2008 - 30 de março de 2014

VEÍCULOS 17 TRIBUNAINDEPENDENTE

Com mais de 6.200 emplaca-mentos no bimestre e 3.301 no mês de fevereiro, o Novo Logan (foto), comprova mais uma vez seu sucesso comercial, registrando excelente desempenho neste início de 2014. No segmento de comerciais leves, destaque também para o Novo Master, que encerrou o mês na liderança do seu segmento com 30,7% de participação de mercado e 791 unida-des emplacadas. A Renault encerra o mês de fevereiro com market share de 6,4% e 15.718 unidades emplacadas, volume 40,9% maior se comparado a 2013. Os números são animadores.

O Grupo Volvo (foto), dá uma passo estratégico importante com o lançamento da linha de ônibus UD desenvolvida especificamente para mercados em crescimento. Inicialmente, os ônibus UD serão comercializados no mercado indiano. “Apresentamos uma nova linha de ônibus UD projetada especificamente para mercados em crescimento, um segmento com forte potencial de crescimento. Atualmente, a marca de ônibus UD é forte no Japão e nos merca-dos do Sudeste Asiático. Agora, renovamos e adaptamos o ônibus para o mercado indiano e outros mercados em crescimento”, afirma Akash Passey, vice-presidente, das operações de ônibus do Grupo Volvo.

Parte do grande projeto de fortalecer ainda mais seu portfó-lio, a Volvo (foto), está apresentan-do sua linha de motoni-veladoras, que podem agora ser operadas mediante alavancas joystick. “Este é um opcional que permite maior precisão na movimentação da lâmina, melhor qualida-de do nivelamento e menor fadiga do operador. Estamos mais uma vez aumentando o grau de tecnologia de nossos equipamentos para benefício do cliente e dos projetos que eles executarem”, diz Afrânio Chueire, presidente da Volvo Construction Equipment Latin America.

MACEIÓ - DOMINGO, 30 DE MARÇO DE 2014

Lançado em março de 1994, o primeiro carro a ga-solina com motor turbo de fábrica trazia requinte, es-portividade e alta potência. O Uno Turbo i.e, porém, não será lembrado apenas pelos seus números privile-giados de performance, mas também como o carro que iniciou a tendência downsi-zing no Brasil. Hoje, pala-vras como eficiência ener-gética, motores pequenos e potentes, baixo consumo de combustível e fun-to-drive fazem parte do vocabulá-rio comum. Mas, há 20 anos

atrás, realmente eram inova-ções. Inovações que vieram junto com o Uno Turbo i.e.

Equipado com um pe-queno e eficiente motor de quatro cilindros, 1.4 litros e turbo-compressor, o Uno Turbo desenvolvia 118 cv, potência equivalente a mo-tores 2.0 litros de aspiração natural da época. Com tama-nha potência, o Uno Turbo i.e era referência no desem-penho, acelerando de zero a 100 km/h em apenas 9,2 segundos e chegando a ve-locidade final de 195 km/h, números invejáveis até hoje.

Com tamanha potência, hou-ve uma revisão completa no Uno. Sua caixa de cinco marchas foi completamente revista, com novas relações, enquanto todo o sistema de suspensões e freios foram re-dimensionados. Sua carroce-ria era 10 mm mais baixa, os pneus traziam as dimensões de 185/60/14, montados em exclusivas rodas com 5,5 po-legadas de largura e os discos de freio dianteiros eram os mesmos do Tempra, assim como os tambores traseiros.

O painel era muito com-pleto e de fácil visualização,

como em todo bom esportivo. Trazia dois grandes mostra-dores, velocímetro e contagi-ros, e contava também com manômetro de turbo (pressão de trabalho de 0,8 bar), tem-peratura de água, pressão e temperatura do óleo lubrifi-cante. Como particularidade, seu estepe saiu do cofre do mo-tor e ganhou o porta-malas, caso único em todos os Uno comercializados no Brasil.

O Uno Turbo i.e mar-cou uma geração de clien-tes e foi fabricado so-mente entre 1994 e 1996.

O i3, primeiro carro elétrico de série da BMW, já roda pelas ruas de São Paulo, como parte do projeto de lançamento no mercado brasileiro, que vai acontecer no segundo semestre. O carro será testado por mais uma semana nas ruas da cidade.Segundo Carlos Cortes, gerente de vendas e marketing da BMW, o carro chega como referência no que diz respeito à mobilidade urbana, com alta tecnologia e emissão zero.Veículos

Golf fica R$ 3,3 mil mais baratosem sensor Nova versão Comfortine passa a ser oferecida a partir de R$ 66.990,00

O consumidor tem a partir de hoje à dis-posição uma versão

mais barata do Golf, obvia-mente também menos equi-pada. O objetivo da monta-dora é atingir um espectro maior do mercado.

A nova versão Comfort-tine custa R$ 66.990,00, R$ 3.370,00 a menos do que a Highline.

Em contrapartida, o car-ro perdeu sensor de chuva, sensor crepuscular, volante multifuncional, controle de velocidade.

O carro vem com motor 1.4 TSI bluemotion, com 140cv, que acelera de 0 a 100 km/h em 8,4 segundos e tem velocidade máxima de 212 km/h, função start--stop, o câmbio é manual de seis marchas e como opcio-nal a transmissão automá-tica DSG de sete velocida-des com função que permite mudanças manualmente.

O Comfortline mantém os sete airbags, bloqueio eletrônico do diferencial, controle eletrônico de es-tabilidade (ESC), controle de tração (ASR), freios com ABS e sistema que aciona os freios do carro automatica-mente, quando os sensores dos airbags percebem o risco de uma colisão.

Vem com câmbio e volan-te de couro, acabamento de tecido preto e detalhes de alumínio, ar-condicionado, sensor de estacionamento dianteiro e traseiro, vidros com isolamento térmico, sis-tema multimídia com tela de 5,8’’ sensível ao toque, com bluetooth, entradas para Ipod e Iphone, SD-Card e mp3, vidro elétrico nas qua-tro portas, coluna de direção com regulagem de altura e distância.

Para os itens opcionais esta versão oferece dois pa-cotes: Elegance e Exclusive.

Após registrar um preju-ízo equivalente a € 61,1 mi-lhões em 2012, a Volvo Cars reverte o cenário e retorna ao azul em 2013: a montado-ra anotou lucro líquido de € 108,2 milhões no ano passa-do após a adoção de uma for-te política de redução de cus-tos e recuperação das vendas no segundo semestre, infor-ma a companhia em comu-nicado divulgado este mês.

Considerando o câmbio desta data, o lucro operacio-nal fechou em € 216,3 mi-lhões, quase trinta vezes o valor obtido no ano anterior, de € 7,44 milhões. A margem operacional ficou em 1,6% em 2013 contra 0,1% de 2012. Já a receita teve que-da de 1,9%, passando de €

14,03 milhões em 2012 para € 13,77 milhões em 2013.

“Este lucro anual repre-senta uma reviravolta signi-ficativa em comparação com o resultado dos primeiros seis meses de 2013. Além de um bom desempenho de vendas no segundo semes-tre, o nosso foco no custo tem sido um fator essencial para o retorno à lucrativi-dade”, comenta em nota o presidente e CEO da Volvo Cars, Håkan Samuelsson. Diferente da primeira me-tade do ano, com dificul-dades mais acentuadas na Europa e Estados Unidos, a empresa viu uma revira-volta nas vendas no segun-do semestre. impulsionada pelo crescimento na China.

O modelo Fiat Uno Turbo i.e foi fabricado apenas de 1994 até 1996 e foi destaque, em pouco tempo, no mercado automotivo brasileiro

20 ANOS

Uno com motor turbo marca história da Fiat

Modelo BMW elétrico já roda no Brasil e será lançado em breve

RECUPERAÇÃO

Volvo Cars reverte prejuízo e volta a lucrar

ALAVANCASVolvo: operadas com um joystick

SUCESSONovo Logan e Master são destaques

CRESCIMENTOGrupo Volvo lança ônibus UD na Índia

Versão Comforttine custa R$ 3.370,00 a menos sem sensor de chuva, sensor crepuscular, volante multifuncional e controle de velocidade

Page 18: Edição número 2008 - 30 de março de 2014

MACEIÓ - DOMINGO, 30 DE MARÇO DE 201418 VEÍCULOS

MERCEDES-BENZ

Marca em destaque: 100 mil peçasTOYOTA

Testes de carga de baterias sem fios com o Prius Plug-in

NEGÓCIOS

Venda de carros, através de financiamento, cresce

A Mercedes-Benz do Bra-sil atingiu este ano os 10 anos de produção das peças remanufaturadas da linha RENOV, que são fabricadas na unidade da Empresa em Campinas, interior de São Paulo. Este marco históri-co é um dos principais des-taques da marca na edição 2014 da Automec Pesados & Comerciais (Feira Inter-nacional Especializada em Peças, Equipamentos e Ser-viços para Veículos Pesados e Comerciais). A Empresa é uma das patrocinadoras do evento, que será realizado, entre os dias 1º e 5 de abril, no Pavilhão de Exposições do Anhembi, em São Paulo.

“Nossa Empresa é pionei-ra na produção de remanufa-turados no País, asseguran-do aos clientes uma solução eficiente e rentável para renovação de seus veículos, com a qualidade e a confia-

Um dos lançamentos mais aguardados do mercado bra-

sileiro, a Honda CB 500X, traz atributos diferenciados como versatilidade, robust-ez e praticidade e represen-ta uma excelente opção para os iniciantes de uma vida aventureira em duas rodas.

O modelo vem com-pletar a família 500cc, ao lado da naked CB 500F e da esportiva CBR 500R. Os três modelos utilizam o motor bicilindrico, de

quatro tempos e 471 cm3 - DOHC (Double Over Head Camshaft), com duplo comando de válvu-las no cabeçote, quatro válvulas por cilindro e arrefecimento a líquido, que desenvolve potência máxima de 50 cv a 8.500 rpm e torque máximo de 4,55kgf.m a 7.000 rpm.

Projetada para ofer-ecer grande conforto e prazer ao pilotar, a CB 500X tem design difer-enciado, inspirado em

recentes lançamentos da Honda na categoria, com formas que expressam arrojo e modernidade. Representa a opção ideal para quem deseja adquirir a sua primeira motocicleta de alto de-sempenho, para ser uti-lizada no deslocamento do dia-a-dia e lazer dos finais de semana.

A Honda possui tradição em tecnologia e o modelo CB 500X não foge a regra, msotran-

do o quanto a amarca trabalha para oferecer produtos de alta quali-dade.

O novo modelo será comercializado nas cores vermelho e cinza (metálicas), com preço público sugerido de R$ 23.500,00 (STD) e R$ 25.000,00 (ABS). Pelo jeito o valor da motoci-cleta é bastante com-petitivo para o mercado brsileiro, dentro do seu segmento.

A Toyota Motor Corpora-tion (TMC) iniciou em feve-reiro, na região de Aichi no Japão, os testes de verifica-ção do novo sistema de carga sem fios para baterias de ve-ículos que necessitam de re-cargas sucessivas, tais como híbridos plug-in ou veículos exclusivamente elétricos.

Segundo anuncia a mar-cas nipónica em comunica-do, este novo sistema pode carregar a bateria de um automóvel estacionado so-bre uma bobina magnética colocada na superfície do piso em cerca de 90 minutos, o que torna o processo de re-carga mais simples e conve-niente, já que elimina a ne-cessidade de manuseamento de cabos.

O sistema de carga sem fios, acrescenta a Toyota, utiliza a tecnologia de in-dução magnética, a qual

transmite electricidade de uma bobine instalada no solo para outra presente no veículo, alterando o campo magnético entre elas.

Este sistema, desenvol-vido com o propósito de ser comercializado num futuro próximo, foi desenvolvido para reduzir as perdas de transmissão de energia que possam ser causadas por um desalinhamento ou diferen-ças de altura entre a bobina emissora e a bobina receto-ra, assim como para mini-mizar interferências eletro-magnéticas.

Outra dos tópicos do tes-te passa pela criação uma estrutura suficientemente robusta para suportar o peso de um veículo que lhe passe por cima e ao mesmo tempo permita a melhor eficiência da bobina emissora instala-da no piso.

O fechamento de negó-cios para venda finaciada de veículos mostra crescimen-to. São Paulo representa 30% das vendas de carros no País, sendo assim, ele também lidera o ranking de financiamentos e fechou fe-vereiro com 139.398 veículos financiados, com crescimen-to de 6,5% em relação ao mesmo período de 2013, se-gundo os dados divulgados pela Cetip.

Se compararmos os bi-mestres, os dois primeiros meses deste ano (288.587 fi-nanciamentos) representam um aumento de 0,3% em re-lação ao mesmo período do ano passado.

Em fevereiro, a região Sudeste, que engloba São Paulo, Rio de Janeiro, Mi-

nas Gerais e Espírito San-to, somou 232.658 financia-mentos.

Em todo o País, o total de financiamentos chegou a 505 mil unidades em feve-reiro, um aumento de 10% em relação ao mesmo perío-do de 2013.

No acumulado de 2014 foram 1,1 milhão de finan-ciamentos, um aumento de 3% em comparação ao mes-mo período de 2013.

Fica comprovado que as vendas, através de fina-ciamento, possuem grande importância no universo co-mercializado

Todos os números consi-deram os financiamentos re-alizados por meio de crédito direto ao consumidor (CDC), leasing e consórcio.

CB 500X, mais nova da família Honda 500Preço sugerido é de R$ 23.500,00 (STD) e R$ 25.000,00 (ABS)

CETIPCG domina o ranking de motos financiadas

NOVA YORKAlfa Romeo de volta aos Estados Unidos

TRIBUTAÇÃOAnfavea propõe novo modelo de IPVA

Nos dois primei-ros meses de 2014 já formam financiadas 64.817 motos CG e a Honda tem também as outras três motos mais financiadas, segundo dados da Cetip. Em fevereiro foram vendidas 30.931 CG com alguma parte financiada, quase o dobro da segunda colocada do ranking, que é a BIZ, com 14.979 unidades. Em terceiro lugar no ranking de financiamento está a NXR, que atingiu 9.923 unidades e em quarto a Pop, com 6.725 unidades. Na quinta posição aparece um modelo da Yamaha, a Fazer, que vendeu 4.752 unidades com parte financiada.

A Anfavea, asso-ciação dos fabri-cantes de veículos automotores, teria apresentado ao governo uma pro-posta para alterar a tributação pela posse dos carros. A Notícia foi divulgada pelo jornal Folha de S. Paulo. De acordo com a reportagem, em vez do atual IPVA, Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automo-tores, proporcional ao valor do bem, seria criada uma taxa anual de valor único. Chamada ICVA, Imposto sobre Circulação de Veículos Automotores, a taxa substituiria o IPVA e, segundo o presidente da Anfavea, Luiz Moan, estimularia a renovação de frota, uma vez que, quanto mais velho o carro, maior seria o peso do tributo.

A Alfa Romeo vai fazer sua reestréia nos Estados Unidos com a presença no Salão de Nova York, depois de dezenove anos ausen-te. Sergio Marchionne, chefão do grupo Fiat-Chrysler, já havia anunciado a volta da marca para 2012, mas acabou adiando para 2013 mas só neste ano é que o fato será consolidado. A Alfa Romeo vai vender inicialmente o modelo 4C, mas pro-mete aumentar o catálogo. A marca italiana planeja lançar vários modelos novos até 2018, provavelmente os lançamentos incluirão: dois sedãs, dois utilitários esportivos e um conversível (além do 4C).

TRIBUNAINDEPENDENTE

Financiamentos chegam a 505 mil unidades em fevereiro, um aumento de 10% em relação ao mesmo período de 2013

Marco histórico na produção de peças pela Mercedes-benz será destaque na Automec em São Paulo

Projetada para oferecer mais conforto e prazer, a CB 500X tem design diferenciado, inspirado em recentes lançamentos da Honda

bilidade típicas da marca”, diz Ari de Carvalho, diretor de Pós-Venda da Mercedes--Benz do Brasil. “O merca-do reconhece os benefícios da linha RENOV. Nesses

10 anos, produzimos cerca de 100.000 peças remanu-faturadas, já tendo vendido aproximadamente 37.000 motores, 13.000 câmbios e 25.000 embreagens, além de

diversos outros itens”.Na Automec, a Mercedes-

-Benz irá apresentar muitos outros destaques e diferen-ciais do mais completo por-tfólio de produtos e serviços.

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BRASIL 19 TRIBUNAINDEPENDENTE MACEIÓ - DOMINGO, 30 DE MARÇO DE 2014

John Kennedy cogitou fazer intervenção militar no BrasilPresidente norte-americano queria evitar que João Goulart fizesse do país uma ‘nova Cuba’

ARQUIVO

Entre a crise dos mísseis e o golpe de 64, as relações Estados Unidos-Brasil “se deterioraram acentuadamen-te”, escreve Hershberg, com Kennedy segredando a um visitante que a situação no Brasil lhe preocupava “mais que Cuba”.

Arquivos digitalizados pela biblioteca JFK mostram que, cinco dias antes do assassina-to de Kennedy, em novembro de 1963, o embaixador Lin-coln Gordon recomendava ao presidente que não incluísse o Brasil em um giro por países latino-americanos que faria no início de 1964.

Gordon mencionava o baixo comprometimento de Goulart com o esforço regional de inte-gração de Kennedy, a Aliança para o Progresso, e sua aver-são a investimentos estran-geiros.

A antipatia do embaixador – que identificava tendências peronistas e ditatoriais em Goulart, apesar de ser ques-tionado pelo Departamento de Estado em ocasiões – é bem documentada.

Hoje os historiadores tam-bém sabem que a chamada operação Brother Sam – o envio de uma força naval composta de petroleiros, des-tróieres e o prestigioso porta--aviões USS Forrestal para a costa brasileira – foi plane-jada durante o governo Ken-nedy e executada no período de seu sucessor, Lyndon B. Johnson.A frota levaria com-bustíveis, armamentos e ga-ses para controle de multidão para reforçar o arsenal das forças anti-Goulart.

O “ápice” da relação Ken-nedy-Jango fora durante a crise dos mísseis, em outu-bro de 1962, quando a inte-ligência americana revelou que a União Soviética esta-va posicionando mísseis na ilha comunista de Cuba.

A pedido de Kennedy, Gou-lart enviou um emissário à ilha comunista para servir de intermediário secreto en-tre Havana e Washington, segundo um detalhado es-tudo de James Hershberg, historiador da Universidade George Washington.

O emissário brasileiro, ge-neral Albino Silva, chegou em Havana quando o líder soviético Nikita Kruschev já anunciara a retirada dos mísseis de Cuba.

Mas o episódio é interpre-tado na historiografia como sinal do “benefício da dúvi-da” que Kennedy estendia a Goulart. Porém, no fim, serviu para reforçar as des-confianças do norte do conti-nente.

Hershberg diz que a Casa Branca achou que Jango “virava a casaca” em temas importantes conforme sua conveniência.

Kornbluh explica que a Casa Branca não gostou da recusa de Jango em se se alinhar aos Estados Unidos em um voto contra Cuba na Organização dos Estados Americanos (OEA) por ter aceitado esses mísseis.

Em vez disso, Jango de-fendera uma zona livre de armas nucleares na Amé-rica Latina. “No final, Ken-nedy se convence de que, se Goulart não estava com eles, estava contra eles”, disse o historiador.

OPERAÇÃO BROTHER SAMO líder brasileiro seria de-

posto apenas meses antes da reunião da OEA em julho de 1964 que expulsou Cuba e resultou no seu isolamento do hemisfério.

Em um telegrama enviado na tarde de 31 de março, por exemplo – disponível nos Ar-quivos Nacionais americanos –, Lincoln Gordon informa o Departamento de Estado so-bre “movimentos militares em Minas Gerais totalmente apoiados pelo governador Ma-galhães Pinto”.

“Tomei ação de repassar aos principais governadores a mensagem sobre (a) impor-tância vital (de) cores de legi-mitidade”, afirma o embaixa-dor.

“Meus intermediários estão se informando sobre como (o) grupo de governadores propõe lidar com (a) questão crítica (do) manto de legitimidade e (a) posição enquanto defenso-res da constituição (...) se não houver apoio do Congresso.”

A pesquisa de Carlos Fico revelou uma singular seme-lhança entre as ações ocorri-das em Minas e o cenário que o governo americano conside-rava mais “desejável”.

Pouco antes do golpe, Ma-galhães Pinto nomeara um secretariado especial, “como se fosse um ministério”, e de-signou inclusive uma espécie de “chanceler”, Afonso Ari-nos, “para obter no exterior o reconhecimento do governo alternativo”, disse Fico à BBC Brasil.

Correspondendo-se com Washington em dezembro de 1963, Gordon avalia que “se uma parte significativa do ter-ritório nacional ficasse em po-der de forças democráticas, a formação de um governo pro-visório para requisitar ajuda seria altamente desejável”.

Durante anos, o regime militar brasileiro e o gover-no americano sustentaram a versão de que os Estados Unidos apenas reconheceram um golpe “made in Brazil”, sem interferência dos grande vizinho do norte. Quando a operação Brother Sam veio à tona, Gordon afirmou que se tratava apenas de demons-tração de força.

Porém, no plano de con-

tingência obtido pelo profes-sor Carlos Fico, o embaixa-dor previra que os Estados Unidos poderiam apoiar os conspiradores “de forma en-coberta ou mesmo aberta, particularmente (apoio) logís-tico (gasolina, óleos e lubri-ficantes, alimentos, armas e munição)”.

“A ideia era fazer uma es-pécie de ponte aérea entre o porta-aviões e uma região de

São Paulo para a entrega des-sas munições e armas. Como é que iriam fazer isso essa entrega sem desembarcar?”, questiona o professor. “Seria impossível.”

Ao mesmo tempo, os do-cumentos indicam que o embaixador americano se preocupava com a “cara de le-gitimidade” que permitiria ao governo americano reconhe-cer o novo regime no Brasil.

Os historiadores acreditam que, no futuro, o dedo ameri-cano também pode aparecer em outros episódios que pre-cederam a deposição de Gou-lart.

O contato brasileiro dos mi-litares americanos – lutaram lado a lado na Itália durante a 2ª Guerra Mundial. Sabe-se pouco sobre a influência des-sa proximidade nos aconteci-mentos.

Em pouco mais de um ano, durante a Presidência de John

F. Kennedy, as relações americanas com João Goulart foram do “ápice” à deterioração total, ao ponto de os Estados Uni-dos chegarem ao fim de 1963 cogitando uma inter-venção militar no Brasil.

Porém, a veloz resignação de Jango à sua própria que-da meses depois poupou os brasileiros de verem tropas

americanas desembarcan-do em território nacional – uma ideia que soava tão escandalosa que os próprios americanos relutavam em abraçar, indicam os arqui-vos da época.

A possibilidade estava na manga caso houvesse “uma clara evidência de interven-ção do bloco soviético ou de Cuba do outro lado”, pre-cisou o então embaixador americano no Brasil, Lin-coln Gordon, em um plano

de contingência discutido com o Departamento de Es-tado em dezembro de 1963 e obtido pelo historiador Car-los Fico, da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

A hipótese de uma ação armada também foi assunto de conversa entre Gordon e Kennedy em Washington em outubro de 1963, segun-do uma gravação revelada pelo jornalista Elio Gaspari na reedição de A Ditadura Envergonhada.

Segundo o registro, o en-tão presidente perguntou ao embaixador se a situação no Brasil estava “indo para onde deveria”, ou se era “aconselhável que façamos uma intervenção militar”.

‘Nova Cuba’As desconfianças de Ken-

nedy em relação a Jango se exacerbaram entre fins de 1962 e fins de 1963, período em que os Estados Unidos se preocupavam em “evitar uma nova Cuba na América

Latina”.Evitar que o Brasil de

Jango “deslizasse” para o comunismo virou um “man-tra” em Washington, disse à BBC Brasil o historiador Peter Kornbluh, da organi-zação National Security Ar-chives, que pressiona pela desclassificação de docu-mentos históricos do gover-no americano.

As relações entre Kennedy e Jango foram se deterioran-do com o passar do tempo

ÁPICE Mísseis em Cuba deram início à crise

PLANOTelegrama monitora toda estratégiaEmbaixador norte-americano suspeitava de ligação do presidente com o peronismo

ARQUIVOS DE JFK

Brasil de Jango foi excluído do roteiro de visita

BROTHER SAM

Apoio ao golpe dos EUA foi doação de armas

Tanque militar circulando pelas ruas do Rio de Janeiro, no dia seguinte ao golpe militar que durou 21 anos, torturou e matou pessoas

Em abril de 1962, o presidente John Kennedy recebeu o presidente João Goulart no salão oval da Casa Branca; dois anos depois os EUA orquestraram o golpe militar

ARQUIVO

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MACEIÓ - DOMINGO, 30 DE MARÇO DE 2014PUBLICIDADE20 TRIBUNAINDEPENDENTE

Page 21: Edição número 2008 - 30 de março de 2014

DIVERSÃO&ARTE 1 TRIBUNAINDEPENDENTE

Poucos diretores são capazes de fantasiar tanto a vida de homens comuns como os irmãos

Ethan Coen e Joel Coen. Sim, a dupla possui personagens pra lá de bizarros em sua fil-mografia (Anton Chigurh, An-ton Chigurh, Anton Chigurh!), mas na maioria das vezes o que vemos são homens ordiná-rios em situações extraordiná-rias, seja em Barton Fink - De-lírios de Hollywood e Fargo ou mais recentemente em Queime Depois de Ler e Um Homem Sério. Agora, voltam a contar com um protagonista comum, ao ponto da distribuidora no Brasil decidir chamar o próprio filme de Inside Llewyn Davis: Balada de um Homem Comum.

O Llewyn Davis do título é sim um homem ordinário. Ele é um músico talentoso que vive

de pequenas apresentações e participações em CDs de ami-gos. Sem uma casa fixa, ele dorme sempre em apartamento de amigos ou conhecidos. Sem se preocupar com o futuro, ele toma péssimas decisões ao mesmo tempo em que se coloca à frente de outros artistas, seja pelo talento, seja pelo despren-dimento de bens materiais.

Interpretado brilhantemen-te por Oscar Isaac, que chega a irritar por sua passividade, proposital, é claro, o perso-nagem está parado num ciclo de vida que não avança e sem modifica, como podemos ver no curioso e radical final.

Com montagem dos próprios Coen, o longa tem como des-taque a direção de fotografia do ótimo Bruno Delbonnel (O Fabuloso Destino de Amélie Poulain e Fausto). Ele passa

muito bem a sensação de frieza e desespero provocados pelo forte inverno de Nova York e Boston. Sempre com tons ten-dendo para o cinza e para o azul, o longa é sempre sóbrio e faz das metrópoles cidades tão desinteressantes quanto a pequena cidade de Fargo.

Inside Llewyn Davis: Ba-lada de um Homem Comum - FotoÉ curioso notar que o personagem-título está sempre em busca de algo maior, mas sem nunca lutar realmente por isso. Conformado e inerte, ele encontra na figura de um gato uma metáfora para o sucesso que persegue e nunca alcança.

Além da presença de Isaac, o filme tem como principal vir-tude a trilha sonora. As sequ-ências de música são ótimas e os fãs do gênero folk. O cantor Justin Timberlake colabora

bastante na parte musical e ao lado de Isaac e Adam Driver (Girls) protagoniza uma cena chave da produção, onde eles gravam “Please Please Mr. Kennedy”. O elenco conta ain-da com as presenças de Gar-rett Hedlund, John Goodman, F. Murray Abraham e Carey Mulligan, que volta a mandar bem cantando em cena, como em Shame.

nside Llewyn Davis é mais um grande trabalho dos irmãos Coen, dois dos diretores mais brilhantes do cinema na atu-alidade. São poucos os nomes que produzem num espaço curto de tempo obras como Onde os Fracos Não Têm Vez, Bravura Indômita e agora este. Pode não ser um dos melhores trabalhos da dupla, mas sem dúvida faz justiça à filmografia da mesma.

UM EPOPEIA

FOLKEm ‘Inside Llewyn Davis - Balada de Um Homem Comum’, atração no Cine Arte

Pajuçara, os Irmãos Coen criam odisseia do fracasso para contar história

da música folk na década de 60

Os ingressos para a turnê de retorno da cantora britânica Kate Bush, ícone musical da década de 70 que retornará aos palcos após um hiato de 35 anos, foram esgotados em menos de 15 minutos, tendo em vista que os mesmos fo-ram colocados à venda na internet na última sexta-feira. Intitulada “Before the Dawn” (Antes de Amanhecer, em livre tradução), a turnê de retorno de Bush, que a principio contaria com 15 shows, também ganhou sete datas adicionais e, agora, terá 22 apresentações, todas no Hammersmith Apollo de Londres, onde a cantora já se apresentou em 1979. As teorias sobre as razões desse hiato de mais de três décadas incluíram seu perfeccionismo, o medo a voar e a morte de um dos integrantes de sua equipe durante uma turnê, mas nenhuma delas chegou a ser confirmada pela cantora.

Ingressos para turnê de retorno de Kate Bush acabam em menos de 15 minutos

MACEIÓ - DOMINGO, 30 DE MARÇO DE 2014

Page 22: Edição número 2008 - 30 de março de 2014

DIVERSÃO&ARTE2 TRIBUNAINDEPENDENTE

FALE CONOSCO - A Agenda é um serviço gratuito de orientação ao leitor. Os interessados em divulgar eventos, shows e exposições podem enviar material através do endereço: [email protected]

Teatro é o Maior BaratoA Diretoria de Teatros do Estado de Alagoas (Diteal) divulgou confor-me previsto em edital, os espetáculos selecionados para a 15ª edição do projeto “Teatro Deodoro é o Maior Barato”. No total, foram inscritos sessenta e oito espetáculos, sendo selecionadas vinte e nove apresenta-ções, quatro a mais que o previsto, em virtude da qualidade dos projetos inscritos.A abertura das apresentações acontece no próximo dia 02 de abril, com a Banda Divina Supernova. Os espetáculos se estendem até 26 de novembro, com uma pausa durante a Copa do Mundo, sempre às quartas-feiras, às 19h30, com ingressos a preços acessíveis (R$ 10 a entrada inteira e R$ 5 a meia-entrada).Além de democratizar o palco mais tradicional de Alagoas, o projeto “Teatro Deodoro é o Maior Barato” visa valorizar as produções locais de música e teatro e incentivar a formação de plateia. Maiores informações através do telefone 3315-5665.

MACEIÓ - DOMINGO, 30 DE MARÇO DE 2014

Gal CostaA cantora Gal Costa desembarca em Maceió para cantar os grandes sucessos de sua carreira. O show será realizado no dia 05 de abril na casa de shows Musique, localizada no Stella Maris. Os ingressos estão sendo vendidos no Folia Brasil (G.Barbosa Stella Maris e Unicompra Ponta Verde), Acesso Vip (Unicompra Farol, Parque Shopping Maceió e Bompreço Ponta Verde), Viva Alagoas (Shopping Maceió) e Mammoth Store (Passeio Stella Maris). Valor: Plateia A R$ 120 - Plateia B R$ 100 e Pista R$ 50. Mais informações: 3327.8700/ 9306.9306

Tim Maia - Vale Tudo, o Musical“Tim Maia foi o ser mais livre que eu conheci”. A frase de Nelson Motta sintetiza de forma ampla e ao mesmo tempo precisa uma das figuras mais controversas, anárquicas e amadas que a música deste país já produziu. Tudo no saudoso artista é superlativo, inclusive o retumbante sucesso de Tim Maia – Vale Tudo, o musical, que se tornou o grande fenômeno do teatro nacional nos últimos 2 anos. Última apresentação hoje. Teatro Gustavo Leite – Centro de Convenções. Plateia A - R$ 180,00 (inteira) / R$ 90,00 (meia), Plateia B - R$ 160,00 (inteira) / R$ 80,00 (meia), Plateia C - R$ 140,00 (inteira) / R$ 70,00 (meia), Mezanino - R$ 100,00 (inteira) / R$ 50,00 (meia), Mezanino Promo - R$ 50,00 ( inteira) / 25,00 (meia). Pontos de Venda: lojas A Fórmula – Maceió Shopping / Parque Shopping Maceió e Ponta Verde (Rua Mário de Gusmão, 440). Mais informações: (82) 3235-5301 / 9928-8675 / [email protected]

Le cirqueIntegrando dança, teatro e os tradicionais números circenses, o Le Cirque chega a Maceió para fazer um espetáculo especial. Com um elenco de alta qualidade artística, com figurinos total-mente diferenciados e trilha sonora de diversos países como França, Rússia, Espa-nha, Itália e Canadá, essa produção continua no Maceió Shopping até o dia 4 de maio. As apresentações têm duração de 1h40 e sessões de terça à sexta, às 20h30 e aos sábados e domingos, às 16h, 18h e 20h30. Bilheteria: Segunda a sexta, das 18h às 21h / Sábado e domingo das 10h às 21h. Ingressos: Lateral (R$30,00) preço único – Crianças até 10 anos (R$10,00), Plateia (R$40,00) / Meia (R$20,00), Central (R$50,00) / Meia (R$25,00), Criança: até 2 anos (não paga), Criança de 3 a 10 anos (meia). Criança a partir de 10 anos: estudante (meia) e não estudante (inteira)

Casa Cor Alagoas 2014:Quase 80 arquitetos alagoanos expõem na Casa Cor Alagoas - considerada a maior mostra de ar-quitetura, decoração e paisagismo das Américas. O público poderá conferir, até o dia 11 de maio, 48 ambientes distribuídos em mais de 1. 600 metros quadrados nas antigas instalações do Colégio Batista, no alto do Farol. Local: Antigo colégio Batista – Farol. Visitação das 16h às 22h, de terça a domingo (exceto 24 de abril e 18 de maio). Ingressos: R$ 30 (dia) e R$ 100 (passa-porte mês) - na Casa Cor e no 2º piso do Parque Shopping

I Semana Alagoana de Hip HopDjs, rap, graffiti, break dance, os quatro pilares do movimento hip hop estarão na I Semana Alagoana do hip hop que acontece de 31 de março à 05 de abril, no Espaço Linda Masca-renhas. Serão cinco dias de debates, oficinas, shows, dança e arte em Maceió. O movimento será exaltado na capital alagoana com apresen-tações dos grupos de rap: Todos Um, Coscar-que (BA), Zulu Fernando, Biografia Rap, Soma Negra, Reação Periférica. Além de oficinas e debates. Entrada Franca.

Filhos da Arte O casal de artistas visuais Gunna Cerulo e Izabele Nascimento na exposição Filhos da Arte, que fica no Museu Palácio Floriano Peixoto (Mupa) - Praça dos Martírios, 517, Centro, até 2 de maio. Visitação: De segunda a sexta-feira, e sábados, domingos e feriados das 13h às 17h. Entraa gratuita.

Documentário sobre o artista alago-ano Roberto Ataíde será lançado na Pinacoteca Universitária da UFAL, em Maceió. No dia 31 de março (2014), às 20h30, será lançado em

Maceió o netdoc Mais que traços e cores, do videoprodutor Cláudio Manoel Duarte, que faz uma home-nagem em memória do artista visual alagoano Roberto Ataíde Amorim, falecido há 18 anos.

Mais que traços e cores

Forró do CelebrationO estacionamento do Parque Shopping, em Cruz das Almas, será palco do Forró do Celebration. O evento - que será realizado no dia 30 de maio - conta com a partici-pação de Aviões do Forró e Bell Marques (Ex-Chiclete com Banana).Pontos de Ven-da: Viva Alagoas - Shopping Maceió. Mais informações: (82) 3235.6950

ExposiçãoMuita cor e expressividade darão tom à Exposição Beatriz Milhazes: Um Itinerário Gráfico recebido pela Galeria de Artes Sesc Centro até 19 de abril, dde terça a sábado, das 12h às 18h. A ação que faz parte do Projeto Arte Sesc pretende aproximar o público às artes visuais e ao processo criativo da artista. Durante o período de exposição, os apreciadores poderão dispor de visitas mediadas mediante agendamento prévio pelo fone: 3326-3133. Além do Grupo de Estudos que fará leituras coletivas, visitas à Sala de Leitura do Sesc Centro e exibição de documentário sobre o processo cria-tivo da artista, aos sábados, das 14h às 18h. Mais Informações: 3326-3133.

Page 23: Edição número 2008 - 30 de março de 2014

DIVERSÃO&ARTE 3 TRIBUNAINDEPENDENTE

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da JustiçaEleitoral(sigla)

Muitoseca

Sapo a-mazônico

Que tepertence

Paloma Du-arte, atrizInjuriada;insultada

"Interno",em PIB Junte;

associe

Norte(abrev.)Fim, eminglês

Desam-parou

Jornalista e escritorda trilogia

"1808","1822" e"1889"

Água, emfrancês

Estadodos

habituésde praiasnaturistas

Diz-se docolesterol

LDL14a letra

Pedaço(de um

alimento)

Institui-ções onde se formam

os ecle-siásticos

Oh, my (?)!: OMG!(internet)

Outronome da

“maconha”

3/aru — eau — end — god. 4/idea. 5/potro. 10/seminários. 15/laurentino gomes.

FLÁVIO RICCO - colaboração: José Carlos Nery - www.twitter.com/flavioricco

MACEIÓ - DOMINGO, 30 DE MARÇO DE 2014

VÍDEOS E CURTAS

O canal GNT acaba de colo-car no ar uma plataforma de interface com produtoras audiovisuais independentes. Nele, empresas podem apresentar seus projetos, que devem ser analisados em até 90 dias pela equipe da emissora. Segundo informativo dis-ponível no site, os critérios de análise são: originali-dade, aspectos artísticos e adequação ao público, quali-ficação técnica da equipe e capacidade gerencial e desempenho da empresa. Cada produtora pode enviar quantos projetos quiser, depois de feito o cadastro na emissora.Os proponentes selecio-nados serão avisados do interesse da emissora e uma reunião presencial será mar-cada. A produtora deve ser cadastrada na Ancine. Caso a empresa não possua esse cadastro, há um campo no site para a apresentação de empresas que, no entanto, não podem enviar projetos.Acesse o site no endereço www.produtoras.globosat.com.br. © 2014 Microsoft Termos Privacidade e cook-ies Desenvolvedores Portu-guês (Brasil)

ÁRIES - (21/3 a 19/4) – Liberdade não exclui responsabilidade e maturidade emocional, nativo de Áries. É preci-so agir com sabedoria em relação a recursos materiais compartilhados e à intimidade. Sente o desejo de fugir de obrigações, mas não é a melhor manei-ra de lidar com os desafios.Cor: LilásTOURO – (20/4 a 20/5) – Desafios envolvendo vida profissional e relaciona-mentos, individualidade e compromisso. As demandas das relações podem ser sentidas como limitadoras aos seus objetivos. Aprenda a harmonizar a individualidade e liberdade com vínculos emocionais profundos.Cor: Verde Esmeralda

GÊMEOS – (21/5 a 21/6) – O que você prega como sendo o ideal deve ser capaz de vivenciar na prática cotidia-na. Desafios envolvendo liberdade e responsabilidade. Não descuide do trabalho, geminiano. Cuidado com a tendência a agir de forma rebelde, des-considerando suas responsabilidades.Cor: Amarelo OuroCÂNCER – (22/6 a 22/7) – Intimidade, sexualidade, sentimentos, amor. Temas muito importantes aos cancerianos. Deve agir com maturidade emocio-nal, mas sem cobranças excessivas. Permita-se. Amor-próprio é a base de um relacionamento maduro. Vínculos emocionais se transformando.Cor: Cinza Claro

LEÃO – (23/7 a 22/8) – Desafios envol-vendo relacionamentos e obrigações no lar e na família, leonino. Cuidado com a resistência a encarar as suas responsabilidades e a fazer mudanças importantes. A mesma liberdade e espaço que quer para si deve ser capaz de proporcionar aos outros.Cor: Azul HortênciaVIRGEM – (23/8 a 22/9) – Contatos e parcerias de trabalho sendo desafiados. Cuidado com a tendência a atitudes de-fensivas. Não se feche nas suas próprias concepções. Reveja suas verdades e pa-radigmas. Fase de intenso aprimoramen-to emocional e nas relações. percebe o que precisa ser melhorado.Cor: Amarelo Gema

LIBRA – (23/9 a 22/10) – Não descuide de responsabilidades financeiras, por conta de questões afetivas. Aja de forma prudente em relação a gastos. Mas é hora de agir com mais autonomia no amor. Questões afetivas e materiais estão em pauta agora. Desafios de lidar positivamente com ambas.Cor: Verde MusgoESCORPIÃO – (23/10 a 21/11) – Conscientize-se dos padrões emocio-nais que é preciso desapegar e libertar. Autonomia e independência pedem maturidade. Desafios envolvendo família e individualidade. Para evoluir deve encarar de peito aberto as responsabili-dades que lhe cabem.Cor: Pink

SAGITÁRIO – (22/11 a 21/12) – Amigos ou pessoas próximas podem solicitar demandas que você não está disposto a encarar. Observe a forma como se comunica e como isso influencia os seus relacionamentos. Deixe ir os padrões que impedem uma atitude mais indepen-dente e libertária.Cor: LaranjaCAPRICÓRNIO – (22/12 a 19/1) – De-safios envolvendo questões financeiras, amizades e empresas, capricorniano. Não deixe de atender as suas respon-sabilidades. Conscientize-se de seus valores mais importantes. É preciso maturidade para encarar os desafios atuais. Cor: Vinho

AQUÁRIO – (20/1 a 18/2) – Lua e Vênus estão em seu signo e em contato com o planeta Saturno, aquariano. Não descuide de suas responsabilidades profissionais e emocionais. Tenha cons-ciência. Querer ser independente e livre, não exclui vínculos emocionais.Cor: Azul MarinhoPEIXES – (19/2 a 20/3) -É preciso evoluir emocionalmente e perceber as questões espirituais de seus relacio-namentos. Não basta ter uma teoria de como as coisas deveriam ser, se você não as aplica na prática. Quais os ideais e conceitos que norteiam os seus relacionamentos? Não fuja de respon-sabilidades.Cor: Azul Safira

HORÓSCOPO

Desgovernada Há quem entenda que Naty Graciano, a nova “CQC”, está um pouco fora de controle, misturando ousadia com falta de educação. Não é por aí. Todos percebem os seus esforços no sentindo de querer mostrar serviço, impressionar, algo natural para quem acabou de chegar. Mas existe a necessidade de procurar um ponto de equilíbrio, até para não jogar por terra o seu bom começo no programa.

Depois de “Amor à Vida”, Maria Casadevall coloca o cinema e uma nova série de TV entre suas prioridades. A atriz negocia participação nesses dois projetos, e deve fechar os contratos ainda nesta semana. Então é isso. Mas amanhã tem mais. Tchau!

. Na “Falso Brilhante” que vem aí, substituta de “Em Família”, uma correção: José Mayer não será pai de Bruno Gagliasso, um ajudante de cozinha nordestino, mas sim do chef famoso de um restaurante. . Bruno ainda grava suas últimas cenas para “Joia Rara” e, após rápidas férias, irá se dedicar aos preparativos da próxima novela das nove. . Mel Fronckowiak causou a melhor das impressões nos primeiros testes como nova repórter de “A Liga”.. A quinta temporada de “A Liga” tem previsão de estreia para 8 de abril.. Rodrigo Carelli, diretor de “A Fazenda”, diz que as mudanças na mecânica do programa poderão ser conferidas pelo público logo nas primeiras edições da nova temporada...... A equipe de “A Fazenda” também comemora o fato de muitos atores não terem renovado contrato com a Globo nos últimos meses. . Marcos Mion tem comemorado, e muito, as vitórias do seu “Legendários” contra o SBT. Está sobrando no horário de confronto.. A propósito de sábado, o “Zorra Total”, da Globo, continua com aquele problema de sempre.... ... Só os atores do programa conseguem rir de suas piadas ou brincadeiras.... ... A fase do programa nunca esteve tão ruim. Mas vem mudança por aí.

Samantha Schmutz vai atirar para todos os lados, em “Não tá fácil pra ninguém”, estreia do Multishow no dia 11, às 22 horas. No programa, além de atuar, dançar e sapatear, ela fará imitações de Carmem Miranda, Elis Regina, Roberto Carlos, Anitta, Beyoncé, Lady Gaga, Amy Winehouse e Madonna, devidamente caracterizada. Os números musicais serão acompanhados de uma banda e haverá plateia

DIVULGAÇÃO

Beijo gayDoutor Rafael em “Amor à Vida”, Rainer Cadete, agora, está malhando muito para convencer como garoto de programa no espetáculo “Cachorro Sorridente”, de Cininha de Paula, que estreia dia 10 no shopping da Gávea, Rio.No palco, ele terá cenas de beijo com Júlio Rocha, no papel de um ator. A peça, de humor acido, tem ainda Danielle Winits no elenco.

Globo confirma mudanças no ‘Planeta Extremo’A Globo finalmente se pronuncia sobre as mudanças

no “Planeta Extremo”, que deixa de ser quadro e vira programa próprio este ano. O formato de aventuras

radicais sai do “Fantástico” para um desafio ainda maior. A partir do segundo semestre, ainda sem data definida, terá início uma temporada de nove episódios com apresentação de Carol Barcellos e Clayton Conservani.Os dois serão os protagonistas de gravações que incluem cach-oeiras congeladas, rios de lava, ultramaratonas, montanhas, cânions, expedições a vulcões e mergulho em caverna.Este material começou a ser captado na metade do ano pas-sado e foi concluído há pouco tempo. As informações de basti-dor indicam que a sua exibição será nas noites de quinta-feira, algo que a emissora, por enquanto, não confirma. Garantido mesmo, o novo formato e o lançamento no próximo semestre.

Resultado O SBT comemora um crescimento de audiência de 58% no horário do “Conexão Repórter”, segundo dados do Ibope na Grande São Paulo, com base nas três edições exibidas até aqui nas noites de quarta-feira - seu novo dia.Isso só confirma que a mudança – antes entrava quinta-feira – não prejudicou os resultados do programa de Roberto Cabrini.

Teatro Carol Mânica, da série “PSI”, exibida no HBO, divide com Fábio Assunção a produção do espetáculo “Dias de Vinho e Rosa”, com previsão de estreia em agosto. O espetáculo terá direção do próprio Fábio, e conta a história de um casal interiorano, Mânica e Daniel Alvim, que se conhece no aeroporto e acaba se unindo na solidão e vícios, frutos da mudança para a metrópole.

DefiniçõesEm relação ao “Vídeo Show”, sobre as suas novidades, a Globo informa que o formato quiz show, comandado por Otaviano Costa, vai estrear em abril. Já o reality, apresentado por Zeca Camargo, no qual será revelado um ator para a novela “Boogie Woogie”, irá ao ar a partir de maio.

Cansaço Muito tem se falado sobre um segundo horário de novelas no SBT. A iniciativa é comemorada por todos da emissora. Isso é uma coisa. No entanto, quem já se encontra por lá, torce para que cheguem reforços também na equipe de direção. Não dá mais para apenas uma equipe fazer tudo.

Divisão “Hora do Faro”, novo programa do Rodrigo Faro na Record, que estreia dia 27 de abril, será realizado em três locais diferentes. Uma parte no polo de cinema de Paulínia, no interior de São Paulo, outra, nos estúdios Quanta, na capital paulista, e a terceira, na sede da emissora, na Barra Funda.Depois, no ar, tem que juntar tudo.

Veras ao ar livre Ficou para abril a estreia de um quadro do Marcos Veras no “Encontro com Fátima Bernardes”, na Globo, com o humorista entrevistando anônimos nas ruas. Ele terá direito inclusive a um cenário todo especial para este trabalho.

Novela bíblica Uma vez que a Record decidiu exibir “Moisés – Os 10 Mandamentos”, no ano que vem, o pessoal do roteiro, liderado por Vivian de Oliveira, tem trabalhado com bastante calma. Somente agora o episódio especial de estreia começa a ser escrito. A Record pretende contar com uma boa frente de capítulos antes de iniciar as gravações.

Locação E já está definido que “Moisés” terá mesmo boa parte das suas gravações no Deserto do Atacama, no Chile. Muito em breve, o diretor Alexandre Avancini irá abrir os testes para formação do elenco.

ReencontroDepois de muito tempo, Rosi Campos e Cássio Scapin vão voltar a trabalhar juntos, algo que não acontecia desde a parceria em “Castelo Rá-Tim-Bum”, da TV Cultura. O reencontro está marcado para o espetáculo “Terceiro Sinal”, baseado em “Noises Off”, de Michael Frayn, apresentado em Londres.Estreia dia 2 de maio no Teatro Folha, em São Paulo.

Canal de Tv lança site para produtoras independentes

Page 24: Edição número 2008 - 30 de março de 2014

DIVERSÃO&ARTE4 TRIBUNAINDEPENDENTEMACEIÓ - DOMINGO, 30 DE MARÇO DE 2014

Flávia Arroxelas Correia, amiga de infância, sempre antenada quando falamos em business. Flavinha , você é

um ser humano iluminado e uma amiga para sempre. Você sempre merecerá os nossos aplausos!

Ivana Leahy Correia, uma jovem senhora muito bonita, que enaltece os grandes acontecimentos sociais,

empresariais e de filantropia da cidade. Parabéns, amiga!

Ela é uma arquiteta muito especial, ela é Neu Leão, um ser humano super bacana, que comandou uma mesa vip no

último final de semana no conhecido Bistrot Nez, na cidade do Recife

FOTOS BY CHICO BRANDÃO

Todas as correspondências, como convites para esta coluna, e para Elenilson Gomes, deverão ser enviadas para Av. Sandoval Arroxelas, 840, Edf. Calliate Ap. 204 PV. CEP: 57035-230

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“A sinceridade e a generosidade se não forem temperadas com

moderação conduzem infalivelmente à ruína”

Nesta domingo, TopNews enfoca os amigos Flávia Coutinho Marroquim, leia-se Club Lyon, em companhia do seu gerente Fernandinho Luz, brindam o sucesso do início da chegada da nova coleção outono/inverno 2014 da Richard’s. Parabéns, amigos!

Neste domingo, a coluna apresenta na dicas TopNews Moda para as nossas leitoras um modelo da grife Bo.Bô da coleção outono/inverno que você encontra nas Casa Moa das empresárias Andéa e Moacira Cunha, localizada na Avenida Deputado José Lages, Ponta Verde. Vale a pena conferir!

FOTO BY CHICO BRANDÃO

Radiofrequência na VivacyEmpresária Wanessa Costa comemorando o sucesso

da Vivacy Centro de Estética. Entre os tratamentos mais requisitados está a terapia com radiofrequência. São radiações eletromagnéticas de alta frequência que aquecem a pele com uma propriedade chamada conversão de calor, por isso consegue aquecer as células mais profundas da pele sem lesionar a camada superficial. Por meio das temperaturas altas, em média 40 graus, conseguimos realizar uma lesão tecidual que é respondida através de produção de colágeno e tensão das fibras elásticas no local de aplicação, promovendo firmeza da pele percebida logo na

primeira sessão. Em temperaturas mais amenas já estamos trabalhando o esvaziamento da célula de gordura (adipócito) e a eliminação de celulites. A radiofrequência abrange de uma única vez muitas das nossas queixas e é indicada principalmente para casos de celulite, flacidez e gordura localizada, mas também está presente em tratamentos de estrias, aderências, fibroses tardias e marcas de acne. O tratamento é um dos preferidos pois é a maior tecnologia em estética não-invasiva, alcançando eficácia comprovada na primeira sessão. Para agendar a sua avaliação entre em contato pelos telefones 3432-3660/9804-6271.

Evviva Bertolini

Empresários Lucienne e Alexandre Moraes felizes com o sucesso dos projetos da Evviva Bertolini assinados pelos arquitetos Bia Vasco, Patricia Melro, Márcia Melro e Lydiane Rocha; Waleska Agra

e Daniel Lemos; Cris Nunes; Inês Amorim; Cleudir Baia; Maria Palmeira e Marta Nogueira na Casa Cor Alagoas. Ao todo, serão 48 ambientes com o melhor que a Evviva Bertolini pode oferecer. Você também pode conferir os projetos da linha de móveis nas lojas do Farol e Ponta Verde.

Grace by Cartier

O anel de noivado de Grace Kelly com o príncipe Rainier III de

Mônaco era assinado pela Cartier, uma das joalherias preferidas da princesa. E foi justamente a marca francesa a responsável pelas joias do filme “Grace: A Princesa de Mônaco”, dirigido por Olivier Dahan e estrelado por Nicole Kidman, com estreia marcada para 14 de maio, durante o festival de Cannes. Nesta semana, foram divulgadas imagens do filme em que Nicole e Paz Vega, que interpreta Maria Callas, usam algumas das peças poderosas da Cartier.

Lavanderia Clean Express

Lavar roupa em casa se tornou cada vez mais difícil com as

áreas de serviço cada vez menores. A lavanderia Clean Express, localizada no coração da Ponta Verde, especializada em lavagem a quilo, vem fazendo muito sucesso em nossa sociedade pela lavagem perfeita. Parabéns aos amigos Henrique Dória e Daniel Cunha pelo sucesso da lavanderia localizada no coração da Ponta Verde. Essa TopNews indica.

Páscoa em Nova York

O conhecido médico Henrique Vieira, em companhia da sua

bem-amada Cleide Vieira, escolheu a cidade de Nova York para descansar no feriadão da Semana Santa. Boa viagem, amigo, vocês merecem!

Romany Cansanção

No último dia 27, o procurador de Estado,

Romany Cansanção foi o aniversariante mais festejado. Várias comemorações aconteceram em torno do amigo. Aproveitamos a oportunidade para desejar felicidades a este grande valor na justiça alagoana.

Maria Antonieta

Os irmãos Breno, Leopoldo e Dedé Gama são responsáveis por um

dos restaurantes de maior sucesso da cidade. Premiado nacionalmente, não só pelo menu, assim como pela carta de vinhos, o trio construiu um espaço que alia bom gosto, sofisticação e culinária extraordinária. Destaque para as opções de entrada que

integram o menu como a burrata com tomate seco. Um pecado não experimentar. Informações e reservas pelo (82) 9931-2722.

Cheiro

Ao chegar a um restaurante, seja para

almoçar ou jantar, é comum encontrar muitas tentações, como pratos muito calóricos e sobremesas de dar água na boca. No entanto, de acordo com cientistas, um simples truque pode contribuir para fazer escolhas mais saudáveis de forma fácil: cheirar uma fruta. O novo estudo, publicado na revista científica “Appetite”, sugere que a exposição a aromas de frutas antes de escolher o prato pode tornar o cérebro mais propenso a selecionar uma opção saudável, especialmente na sobremesa.

Madonna brilhante

Madonna estava disposta a brilhar mais que os convidados de sua

tradicional festa pós-Oscar neste ano. A cantora usou nada menos que mil quilates de diamantes em acessórios. Os 1000 quilates foram distribuídos entre a pulseira e os brincos. Ninguém sabe o quanto vale os acessórios, mas a UsWeekly fez uma comparação com outras estrelas, como Anne Hathaway, que usou uma pulseira com 100 quilates de diamantes, avaliada em US$ 1 milhão. Ou então,

que tal comparar com Jennifer Lawrence, que usou um colar também com 100 quilates de diamantes, avaliado em US$ 2 milhões. Agora imagine os acessórios usados por Madonna...

Em queda

Eike Batista foi visto na fila de imigração, no aeroporto de

Nova York, depois de desembarcar da primeira classe da American Airlines. Por causa de uma pane nos computadores, o empresário teve que amargar uma fila gigante, como um mero mortal. Foram-se os tempos de jatinho particular.

Valor na medicina: SIM

Neste domingo queremos aplaudir e parabenizar a

queridíssima médica patologista Martha Azevedo, um ser humano que vem desenvolvendo um trabalho maravilhoso no seu laboratório SIM. Localizado na Avenida Sandoval Arroxelas, Ponta Verde, o mais novo laboratório vem desenvolvendo um trabalho digno dos nossos aplausos. Médica pesquisadora, sempre presente aos mais importantes congressos nacionais e internacionais, o trabalho de Martha no seu laboratório SIM é alvo de aplausos e elogios por toda sociedade alagoana. Todos os nossos amigos ficam maravilhados com a sua dedicação na medicina em nossa sociedade. Parabéns, amiga, você merece todas as homenagens!

Ocupação em alta

A estação das férias chega ao fim com um balanço positivo para

o turismo alagoano. Apesar das queixas com o aumento no valor das passagens áreas e do curto período de recesso escolar no Sul e Sudeste, os números mostram que a ocupação média de hotéis e pousadas foi muito boa, com períodos que chegaram a quase 100%. Segundo dados do Boletim de Ocupação Hoteleira da Setur divulgados hoje, os hotéis alagoanos registram nos meses de dezembro de 2013 e janeiro e fevereiro de 2014 – considerados de alta estação – pouco mais de 206 mil turistas. O número é levemente superior ao registrado no mesmo período do ano passado (2,09%).

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Feira do Livro

O Shopping Pátio Maceió está com

uma programação especial de incentivo à leitura. A ‘Feira do Livro’ está com descontos de

até 40%. São mais de 3 mil títulos, entre eles estão os gêneros infantis e juvenis. Promovida pela empresa de eventos, Ponto Cultural, a feira está em exposição na Praça de Eventos do Pátio Maceió, de segunda a sábado, das 10h às 22h; e aos domingos, das 12h às 20h. A entrada é gratuita.

Page 25: Edição número 2008 - 30 de março de 2014