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Escola Básica 2/3 de Carregosa Educação para a Sexualidade A sexualidade aparece mais como uma experiência pessoal, fundamental na construção do sujeito, ela é, segundo a Organização Mundial de Saúde: “(...) uma energia que nos motiva para encontrar amor, contacto, ternura e intimidade; ela integra-se no modo como nos sentimos, movemos, tocamos e somos tocados; é ser-se sensual e ao mesmo tempo sexual. A sexualidade influencia pensamentos, sentimentos, acções e interacções e, por isso, influencia também a nossa saúde física e mental” Partindo desta premissa, a sexualidade deve ser entendida de uma forma mais holística, como atributo de todo o Ser Humano e que, por esta razão, é parte integrante das relações que este estabelece consigo mesmo e com os outros. 1-Enquadramento Legal Lei nº 60/2009, de 06 de Agosto - Sobre o regime de aplicação da Educação Sexual em meio escolar. A Lei 60/2009 fixa o quadro jurídico da aplicação da educação sexual em meio escolar. Esta pode resumir-se desta forma: Carga horária: mínimo de 6 horas, distribuídas pelos 3 períodos do ano lectivo, para os 1º e 2º CEB. Para Educação para a Saúde Página 1

Educação Sexual-PLANIFICAÇÃO

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Page 1: Educação Sexual-PLANIFICAÇÃO

Escola Básica 2/3 de Carregosa

Educação para a Sexualidade

A sexualidade aparece mais como uma experiência pessoal,

fundamental na construção do sujeito, ela é, segundo a Organização

Mundial de Saúde:

“(...) uma energia que nos motiva para encontrar amor,

contacto, ternura e intimidade; ela integra-se no modo como

nos sentimos, movemos, tocamos e somos tocados; é ser-se

sensual e ao mesmo tempo sexual. A sexualidade influencia

pensamentos, sentimentos, acções e interacções e, por isso,

influencia também a nossa saúde física e mental”

Partindo desta premissa, a sexualidade deve ser entendida de uma forma mais holística, como atributo de todo o Ser Humano e que, por esta razão, é parte integrante das relações que este estabelece consigo mesmo e com os outros.

1-Enquadramento Legal

Lei nº 60/2009, de 06 de Agosto - Sobre o regime de aplicação

da Educação Sexual em meio escolar.

A Lei 60/2009   fixa o quadro jurídico da aplicação da educação

sexual em meio escolar. Esta pode resumir-se desta forma:

Carga horária: mínimo de 6 horas, distribuídas pelos 3

períodos do ano lectivo, para os 1º e 2º CEB. Para o 3º CEB e

Ensino Secundário, o mínimo é de 12 horas lectivas.

Gabinete de Apoio: o Director tem de criar gabinete de apoio

para a educação sexual, com espaço próprio e condições

materiais e humanas que lhes permitam responder a todas as

dúvidas dos alunos enviadas por correio electrónico, a Escola

Educação para a Saúde Página 1

Page 2: Educação Sexual-PLANIFICAÇÃO

teria uma página de perguntas e respostas no site do

Agrupamento.

Formação: cabe ao ME assegurar a formação dos professores

responsáveis pela disciplina.

Projectos curriculares sobre educação sexual e projectos de

turma sobre educação sexual: os professores envolvidos têm

de elaborar, no início do ano, o projecto curricular, que deverá

ser acompanhado pelos profissionais do centro de saúde local.

Intervenção dos pais: os pais e encarregados de educação

deverão ser informados de todas as actividades curriculares e

não curriculares desenvolvidas no âmbito da educação sexual.

Portaria nº196-A/2010 de 9 de Abril – regulamentação da Lei nº

60/2009

2.Finalidades da Educação Sexual

De acordo com a Lei n.º 60/2009 de 06 de Agosto, constituem

finalidades da educação sexual:

Educação para a Saúde Página 2

Page 3: Educação Sexual-PLANIFICAÇÃO

a. A valorização da sexualidade e afectividade entre as pessoas no

desenvolvimento individual, respeitando o pluralismo das

concepções existentes na sociedade portuguesa;

b. O desenvolvimento de competências nos jovens que permitam

escolhas informadas e seguras no campo da sexualidade;

c. A melhoria dos relacionamentos afectivo-sexuais dos jovens;

d. A redução de consequências negativas dos comportamentos

sexuais de risco, tais como a gravidez não desejada e as

infecções sexualmente transmissíveis;

e. A capacidade de protecção face a todas as formas de

exploração e de abuso sexuais;

f. O respeito pela diferença entre as pessoas e pelas diferentes

orientações sexuais;

g. A valorização de uma sexualidade responsável e informada;

h. A promoção da igualdade entre os sexos;

i. O reconhecimento da importância de participação no processo

educativo de encarregados de educação, alunos, professores e

técnicos de saúde;

j. A compreensão científica do funcionamento dos mecanismos

biológicos reprodutivos.

Educação para a Saúde Página 3

Page 4: Educação Sexual-PLANIFICAÇÃO

Educação para a Saúde Página 4

Page 5: Educação Sexual-PLANIFICAÇÃO

Planificação Global - Educação Sexual Temas aglutinadores/Conteúdos mínimos DGIDC

CicloTema Aglutinador Conteúdos Mínimos (de acordo com as orientações da

DGIDC) Áreas CurricularesHoras

1º Ciclo (1º ao 4º

ano)

Conhece-te a ti mesmo

Noção de corpo;

O corpo em harmonia com a Natureza;

Noção de família;

Diferenças entre rapazes e raparigas;

Protecção do corpo e noções dos limites, dizendo não às aproximações abusivas.

Estudo do Meio

Expressões

Formação Cívica

Área de Projecto

6h- /ano

Puberdade: aspectos biológicos e emocionais;

Educação para a Saúde Página 5

Page 6: Educação Sexual-PLANIFICAÇÃO

2º Ciclo

5º ano

Nós e os outros

O corpo em transformação;

Caracteres sexuais secundários;

Normalidade, importância e frequência das suas variantes bio-psicológicas;

Diversidade, tolerância e respeito;

Sexualidade e género;

Reprodução humana e crescimento; contracepção e planeamento familiar;

Compreensão do ciclo menstrual e ovulatório.

EMRC

Ciências da Natureza

Formação Cívica

Área de Projecto

Outras

6h-10h/ ano

6º ano A pessoa

3º Ciclo

7º ano A Adolescência

Compreensão da fisiologia geral da reprodução humana;

Compreensão do ciclo menstrual e ovulatório;

Compreensão da sexualidade como uma das componentes mais sensíveis da pessoa, no contexto de um projecto de vida que integre valores (ex: afectos, ternura, crescimento e maturidade emocional, capacidade de lidar com frustrações, compromissos, abstinência voluntária) e uma dimensão ética;

Prevenção dos maus tratos e das aproximações abusivas.

Compreensão da prevalência, uso e acessibilidade dos métodos contraceptivos e conhecer, sumariamente, os mecanismos de

Ciências Naturais

EMRC

Formação Cívica

Área de Projecto

Outras

12h/ano

Educação para a Saúde Página 6

Page 7: Educação Sexual-PLANIFICAÇÃO

8º ano

9º ano

Amor e Planeamento

Valorização da Vida e dos Hábitos Saudáveis

acção e tolerância (efeitos secundários);

Compreensão da epidemiologia e prevalência das principais IST em Portugal e no mundo (incluindo infecção por VIH/Vírus da Imunodeficiência Humana - VPH2/Vírus do Papiloma Humano - e suas consequências) bem como os métodos de prevenção.

Saber como se protege o seu próprio corpo, prevenindo a violência e o abuso físico e sexual e comportamentos sexuais de risco, dizendo não a pressões emocionais e sexuais;

Conhecimento das taxas e tendências de maternidade na adolescência e compreensão do respectivo significado;

Conhecimento das taxas e tendências das interrupções voluntárias de gravidez, suas sequelas e respectivo significado;

Compreensão da noção de parentalidade no quadro de uma saúde sexual e reprodutiva saudável e responsável.

Educação para a Saúde Página 7

Page 8: Educação Sexual-PLANIFICAÇÃO

Competências, conteúdos e atitudes

AnAnoo ddeeEEscscololaarrididaaddee TTeemama CCoommppeettêêncinciasas CConontteeúdoúdoss AAttiittududeess

1º1º CCiclicloo Conhece-te a Conhece-te a ti mesmoti mesmo

EExpxprreessssar ar oopinipiniõõeess ee sensenttiimmenenttooss ppessessooaaiiss;;

CoCommuniuniccarar aacceerrccaa ddee tteemasmas rrelelaacciioonnaaddooss cocomm aa sesexxuaualidlidaadede;;

SeSerr aasssseertrtiivovo nnasas didivveerrssasas ininterateracçõcçõeess ssocociiaaisis;;

AAddeeququarar asas várváriiaass ffoormasrmas ddee coconntatacctoto ffísiísiccoo aaooss didiffeerreenntteess coconnttexexttooss ssocociiaaisis;;

IdIdenenttiiffiiccarar ee ssaabbeer ar aplipliccarar rresesppoosstastas aaddeeququaaddaass eemm sisittuuaçõaçõeess ddee ininjjususttiiçça,a, aabbuussoo oouu ppeerrigigoo ee ssaabeberr pprrococuurarrar aappooioio ququaandndoo nenecceessssáráriioo..

NNoçoçãoão ddee cocorrppoo;;

OO cocorrppoo eemm hharmarmooniniaa cocomm aaNNatatuurerezza;a;

NNoçoçãoão ddee FFamamíliília;a;

DifDifeerrenenççasas enenttrree rarappaazzeess ee rarappariariggaass;;

PPrrootteecçcçãoão ddoo cocorrppoo ee nnoçõoçõeess ddooss lilimmiitteess,, didizzeennddoo nnãoão àsàs aapprrooxximaimaçõçõeess aabbuusisivavass..

AAcceieitataççãoão ddasas didiferfereenntteess ppartarteess ddoo cocorrppooee ddaa iimamagegemm cocorrppoorarall;;

AAcceieitataççãoão ppoosisittiivavaddaa susuaa iiddenenttiiddaaddee sesexxuual eal e ddaa ddooss oouutrtrooss;;

RReefflexlexãoão fafaccee aaooss ppapapééiiss ddee gégénneerroo;;

RReecoconhenhecciimmenentoto ddaa iimpmpoortârtânncciiaa ddasas rrelelaaçõçõeess afafeeccttiivasvas nna fama famíliília;a;

VVaalloorriizzaaççããoo ddasas rrelelaçõaçõeess ddee coocoopeperaraççãoão ee ddee IInntteerajrajududa;a;

AAcceieitataççãoão ddoo didirreieitoto ddee ccaaddaa pesspessooaa ddeeccidiidir r ssobobrere oo sseueu pprróópprriioo cocorrppoo..

Educação para a Saúde Página 8

Page 9: Educação Sexual-PLANIFICAÇÃO

2ºCicloAnAnoo ddee

EEscscololaarrididaaddee TTeemama CCoommppeettêêncinciasas CConontteeúdúd AAttiittududeess

5º5º AnAnooNós e os outrosNós e os outros

EExpxprreessssar ar oopinipiniõõeess ee sensenttiimmenenttooss ppessessooaaiiss;;

TToomarmar dedeccisisõõeess ee aacceieitarastaras dedecciissõõeess ddooss oouutrtrooss;;

AAcceieitartar ooss didiffeerrenentteess ttiippooss ddee sseennttiimmeennttooss qquuee ppoodedemm esesttaarr pprreseseenntteess nnasas didiffeerreenntteess rrelelaaçõçõeess enenttrree asas ppessessooaass;;

AAddeeququarar asas várváriiaass ffoormasrmas ddee coconntatacctoto ffísiísiccoo aaooss didiffeerreenntteess coconnttexexttooss ddee ssocociaiabilidbilidaadede;;

IdIdenenttiiffiiccarar ee ssaabbeer ar aplipliccarar rresesppoosstastas aaddeeququaaddaass eemm sisittuuaçõaçõeess ddee ininjjususttiiçça,a, aabbuussoo ee pepeririggoo ee ssaabeberr pprrococuurarrar oo aappooioio neneccessessáráriioo..

DDiiferferenenççaa eenntretre eemmoçõoçõeess ee sensenttiimmenenttooss;;

DDisistitinnguguiirr ooss várváriiooss ttipipooss ddee amamoor;r;

FFomomenentartar ccaappaaccididaaddeess ddee aauuttoo-- esesttiimama ee ddee aauuttoo--coconntrtroolele;;

SeSexxuuaalidlidaaddee ee gégénneerroo..

AAcceieitataççãoão ddasas didiffeerrenentteess ppartarteess ddoo cocorrppoo ee ddaa iimagmageem m cocorrppoorarall;;

AAcceieitataççãoão ppoosisittiivava dda a ssuuaa ideidennttididaaddee sseexuxualal ee ddaa ddooss oouutrtrooss;;

RRefeflexlexãoão fafaccee aaooss ppaapépéiiss ddee ggéénenerroo;;

RReecoconhenhecciimmenentoto ddaa iimmppoortârtânncciiaa ddasas rrelelaaçõçõeess afafeeccttiivasvas nna fama famíliília;a;

RReecoconhenhecciimmenentoto ddaa iimmppoortârtânncciiaa ddooss sensenttiimmenenttooss ee ddaa afafeeccttiivvididaaddee nnaa vviivvênêncciiaa ddaa sesexxuaualidlidaadede..

Educação para a Saúde Página 9

Page 10: Educação Sexual-PLANIFICAÇÃO

6º6º AnAnoo AA PPessessooaa

CoCommuniuniccarar aacceerrccaa ddoo tteemama ddaa sseexxuuaalliiddaadede;;

AAddoopptartar cocommppoortamrtamenenttooss ininffoormarmaddooss eemm matmatéérriiasas comcomoo aa coconntratraccepepççãoão ee aa pprevrevenenççãoão ddasas DDSSTT;;

AAddeeququarar asas várváriiaass ffoormasrmas d dee coconntatacctoto ffísiísiccoo aaoossdidiferfereenntteess coconnttexexttooss ddee ssocociiaabilidbilidaadede..

PPububererddaadede:: aasspepeccttooss bibioollóógigicocoss ee eemmocociioonnaaisis;;

OO cocorrppoo eemm tratransnsffoormarmaççããoo;;

CarCaracactteerreess ssexuexuaaiiss sseeccundundáárriiooss;;

OOss mmeeccaanisnismmooss dda a rreepprrooduduççããoo DDiiververssiiddaaddee ddooss cocommppoortamrtamenenttooss sesexxuuaaiiss aoao lloonnggooddaa vvididaa ee ddaass didiffeerrenenççasas iindindivvididuuaaisis;;

SeSexxuuaalidlidaaddee ee gégénneerroo;;

RRepeprrooduduççãoão huhumamannaa ee ccrresescciimmenenttoo; ; coconntratraccepepççãoão ee plplaaneneaammeenntoto famfamiliiliarar..

AAcceieitataççãoão ddasas mmuudadannççasas ffiissiioollóógigiccasas ee eemmoocciioonnaaiiss pprróópprriiasas ddaa susuaa ididaadede;;

AAcceieitataççãoão ddaa didiververssididaaddee ddooss comcomppoortamrtamenenttooss sesexxuuaaiiss aoao lloongngoo dda va vidida;a; RReecoconhenhecciimmenentoto ddaa iimpmpoortârtânncciiaa ddooss sensenttiimmenenttooss ee ddaa afafeeccttiivvididaaddee nnaa vviivvênêncciiaa ddaa sesexxuaualidlidaadede;;

PPrreevvenenççãoão fafaccee aa rrisiscocoss pparaara aa ssaaúúddee nna a eessffeerara sesexxualual ee rreepprrooduduttiiva.va.

AnAnoo ddeeEEscscololaarrididaaddee TTeemama CCoommppeettêêncinciasas CConontteeúdoúdoss AAttiittududeess

Educação para a Saúde Página 10

3ºCiclo

Page 11: Educação Sexual-PLANIFICAÇÃO

7º7º AnAnoo //8º8º AAnono

7º7º aannoo –– AA AdAdooleslesccêênncciiaa

8º8º aannoo –– AAmmoorr ee PPllaaneneamameenntoto

CoCommuniuniccarar aacceerrccaa ddoo tteemama ddaa sseexxuuaalliiddaadede;;

AAcceieitartar ooss didiffeerrenentteess ttiippooss ddee sseennttiimmeennttooss qquuee ppoodedemm esesttaarr pprreseseenntteess nnasas didiffeerreenntteess rrelelaaçõçõeess enenttrree asas ppessessooaass;;

AAddoopptar tar cocommppoortamrtamenenttooss ininffoormarmaddooss eemm matmatéérriiasas cocomomo aa ccoonntratraccepepççãoão ee aa pprreevvenenççãoão ddasas DDSSTT;;

AAddeeququarar asas várváriiaass ffoormasrmas ddee coconntatacctoto ffísiísiccoo aaooss didiffeerreenntteess coconnttexexttooss ddee ssocociaiabilidbilidaadede;;

RReecoconhenhecceerr sisittuuaaçõçõeess ddee aabubusoso sseexuxuaall,, iidendenttiiffiiccarar ssoolluuçõçõeess ee pprrococuurarrar ajajuudda;a;

IIdendenttiiffiiccarar ee ssaabbeer ar aplipliccarar rresesppoosstastas aaddeeququaaddaass eemm sisittuuaçõaçõeess ddee ininjjususttiiçça,a, aabbuussoo ee pepeririggoo ee ssaabeberr pprrococuurarrar oo aappooioio neneccessessáráriioo..

SSerer mamassccuullininoo ee sseerr ffeemmiinnininoo:: duduasas foformasrmas cocommpleplemmeenntartareess ddoo seserr hhuumamannoo;;

PPrroobleblematmatiizzaaççãoão dda a quesquestãotão ddooss ppaappééiiss tratraddiicciioonnaallmmenenttee atratribuibuííddooss aa ccaaddaa sseexxoo;;

MMeeccaanisnismmooss ddaa rrepeprrooduduççããoo;;

PPllaaneneamamenentoto famfamiliiliar,ar,mmééttooddooss coconntratraccepepttiivvooss ee ddooeennççasas sesexxuualmalmenenttee tratrannssmmisisssíívveieiss;;

MMeeccaanisnismmooss dda a rrespespoosstata sesexxuualal huhummaanna;a;

RReeccuurrssooss eexxisistteenntteess pparaara aa rresesooluluççãoão ddee sisittuuaaçõçõeess rrelelaacciioonnaaddasas cocomm aa ssaaúdúdee sseexuxualal ee rrepeprroodduuttiiva;va;

TTipipooss ddee aabbuussoo sesexxuual eal e esestrattratéégigiasas ddooss aaggrreessssoorreses..

AAcceieitataççãoão ddasas mmuudadannççasas ffiissiioollóógigiccasas eeeemmoocciioonnaaiiss pprróópprriiasas ddaa susuaa ididaadede;;

AAcceieitataççãoão ddaa didiververssididaaddee ddooss comcomppoortamrtamenenttooss sesexxuuaaiiss aoao lloongngoo dda va vidida;a;

RReecoconhenhecciimmenentoto ddaa iimpmpoortârtânncciiaa ddooss sensenttiimmenenttooss ee ddaa afafeeccttiivvididaaddee nnaa vviivvênêncciiaa ddaa sesexxuaualidlidaadede;;

AAcceieitataççãoão ddooss didiferfereenntteess comcomppoortamrtamenenttooss ee oorriieenntataçõçõeess sseexuxuaaiiss;;

PPrreevvenenççãoão fafaccee aa rrisiscocoss pparaara aa ssaaúúddee nna a eessffeerara sesexxualual ee rreepprrooduduttiiva;va;

AAcceieitataççãoão ddoo didirreieitoto ddee ccaaddaa pesspessooaa aa dedecciididirrssoobbrere oo seseuu pprróópprriioo cocorrppoo..

Educação para a Saúde Página 11

Page 12: Educação Sexual-PLANIFICAÇÃO

Educação para a Saúde Página 12

Page 13: Educação Sexual-PLANIFICAÇÃO

AnAnoo ddee

EEscscololaarrididaaddeeTTeemama CCoommppeettêêncinciasas CConontteeúdoúdoss AAttiittududeess

9º9º AnoAnoVVaalloorriizzaaççããoo ddaa VVididaa ee ddee HHáábibittooss SSaaududáváveeiiss

RReecoconhenhecceerr aa sseexuxuaalliiddaaddee comcomoo uumama ddasas didimmensensõõeess mamaiiss sesennsísívveeiiss ddaa pepersrsoonnaallididaaddee huhummaanna;a;

AAcceieitartar ooss didiffeerrenentteess ttiippooss ddee sseennttiimmeennttooss qquuee ppoodedemm esesttaarr pprreseseenntteess nnasas didiffeerreenntteess rrelelaaçõçõeess enenttrree asas ppessessooaass;;

AAddoopptar tar cocommppoortamrtamenenttooss ininffoormarmaddooss eemm matmatéérriiasas cocomomo aa ccoonntratraccepepççãoão ee aa pprreevvenenççãoão ddasas DDSSTT;;

AAddeeququarar asas várváriiaass ffoormasrmas ddee coconntatacctoto ffísiísiccoo aaooss didiffeerreenntteess Coonnttexexttooss ddee ssocociiaabilidbilidaadede;;

RReecoconhenhecceerr sisittuuaaçõçõeess ddee aabubusoso sseexuxuaall,, iidendenttiiffiiccarar ssoolluuçõçõeess ee pprrococuurarrar ajajuudda;a;

FisFisiioolloogigiaa ggeeralral dda a rrepeprrododuuççãoão huhumamanna;a; CCiicclloo mmensenstrtruualal ee oovvululatatóórriioo;; PPaapepell ddasas hhoormrmoonnasas nnoo cciicclloo sesexxuualal ffeemmiinnininoo ee mamassccuullininoo;; NNoçoçãoão ddee ppararenentatallididaaddee nnoo ququaaddroro ddee uumama ssaaúúddee sseexxuualal ee rrepeprroodduuttiiva va ssaauuddáváveell ee rrespespoonnssávávelel;; AA sseexxuuaalliiddaaddee cocomomo uumama ddasas didimmeennssõõeess mamaiiss sseennsísívveieiss ddaa peperrssoonnaallididaaddee huhummaanna,a, nnoo coconnttexextoto ddee uumm pprroojjeecctoto ddee vvididaa ququee iinntteeggrere vavalloorreess ((eexx: af: afeeccttooss,, tteerrnnuurraa,, ccrresescciimmenentoto ee mamattuurrididaaddeeeemmocociioonnaall,, ccaappaaccididaaddee ddee llididar ar ccoomm frfrusustrtraçõaçõeses,, cocommpprroommississooss,, aabsbsttiinnêênncciiaa vvoolulunntártáriia)a) ee uumama didimmeennsãosão ééttiicca;a; RReeccuurrssooss eexxisistteenntteess pparaara aa rresesooluluççãoão ddee sisittuuaaçõçõeess rrelelaacciioonnaaddasas cocomm aa ssaaúdúdee sseexuxual eal e rrepeprrododuuttiivvaa;; CCoonhenhecciimmenenttooss ssoobbrere epiepiddeemmiioolloogigiaa ee pprreevavalênlêncciiaa ddasas pprrinincciippaaiiss DDSSTT eemm PoPortrtugugal eal e nnoo mmundundoo ((inincclluuindindoo iinnffeecçcçãoão ppoorr VVIIHH//VVíríruuss dda a

AAcceieitataççãoão ddasas mmuudadannççasas ffiissiioollóógigiccasas ee eemmoocciioonnaaiiss pprróópprriiasas dda a susuaa ididadadee;;

AAcceieitataççãoão ddaa didiververssididaaddee ddooss comcomppoortamrtamenenttooss sesexxuuaaiiss aoao lloongngoo dda va vidida;a;

RReecoconhenhecciimmenentoto ddaa iimmppoortârtânncciiaa ddooss sensenttiimmenenttooss ee ddaa afafeeccttiivvididaaddee nnaa vviivvênêncciiaa ddaa sesexxuaualidlidaadede;;

AAcceieitataççãoão ddooss didiffeerreenntteess comcomppoortamrtamenenttooss ee oorrieientantaçõçõeess sseexuxuaaiiss;;

PPrreevvenenççãoão fafaccee aa rrisiscocoss pparaara aa ssaaúúddee nna a eessffeerara sesexxualual ee rreepprrooduduttiiva;va;

AAcceieitataççãoão ddoo didirreieitoto ddee ccaaddaa pesspessooaa aa dedecciididir r ssoobbrree oo sseueu pprróópprriioo cocorrppoo..

Educação para a Saúde Página 13

3ºCiclo

Page 14: Educação Sexual-PLANIFICAÇÃO

IIdendenttiiffiiccarar ee ssaabbeer r aaplipliccarar rresesppoosstastas aaddeeququaaddaass eemm sisittuuaçõaçõeess ddee ininjjususttiiçça,a, aabbuussoo ee peperriigogo ee ssaabeberr pprrococuurarrar oo aappooioio neneccessessáráriioo..

ImImununoodedeffiicciiêênncciiaa HHuumamannaa -- VPHVPH2/2/VVíírruuss ddoo PPaapilpiloomama HHuumamannoo -- ee susuasas coconsnseeqquuênêncciiaass)) bebemm cocomomo ooss mmééttooddooss ddee pprreevvenenççããoo;;

SSaabeberr cocomomo pprroottegeegerr oo sseeuu pprróópprriioo cocorrppoo,, pprreevveneniindndoo aa vviioolênlêncciiaa ee oo aabusbusoo ffísiísiccoo ee ssexuexuaall ee cocommppoortamrtamenenttooss sesexxuuaaiiss ddee rrisisccoo,, didizzendendoo nnãoão aa pprressessõõeess eemmocociioonnaaiiss ee sesexxuuaaisis;;

CCoonhenhecciimmenentoto ddaass tataxxasas ee ttenenddênêncciiasas ddee matmateerrnidnidaaddee nnaa aaddoolelessccênêncciiaa ee cocommpprreeensensãoão ddoo rresesppeeccttiivovo signisigniffiiccaaddoo;;

CCoonhenhecciimmenentoto ddaass tataxxasas ee ttenenddênêncciiasas ddasas iinntteerrrrupupçõçõeess vvoolunlunttáárriiasas ddee gravidez, suas sequelas e respectivo significado;;

TTipipooss ddee aabbuussoo sesexxuual eal e esestrattratéégigiasas ddooss aaggrreessssoorreses..

Educação para a Saúde Página 14

Page 15: Educação Sexual-PLANIFICAÇÃO

3- Metodologias

A metodologia adoptada deve ter em conta a identificação de necessidades, já

que em cada turma existe uma realidade diferente, que se reflecte numa

multiplicidade de padrões cognitivos, atitudinais e comportamentais por parte dos

alunos. Deve partir-se de uma caracterização dos alunos ou das turmas, em termos

socioculturais, de modo a ser possível detectar problemas ou deficiências, aos quais

é preciso atender prioritariamente. Tal constitui, tarefa do Director de Turma,

elemento essencial nesta primeira fase. As metodologias participativas expressam-

se na utilização de um conjunto muito vasto de técnicas. Não sendo o objectivo

descrevê-las exaustivamente, parece importante abordar algumas das mais

frequentemente utilizadas.

As metodologias participativas expressam-se na utilização de um conjunto muito

vasto de técnicas. Não sendo o nosso objectivo descrevê-las exaustivamente,

parece-nos, sim, importante abordar algumas das mais frequentemente utilizadas:

a) Trabalho de pesquisa

O trabalho de pesquisa ajuda o aluno a clarificar ideias, levando-o a interrogar-

se sobre os diferentes aspectos do tema em estudo.

A pesquisa de informação pode ser feita com base em inúmeras e diversificadas

fontes: livros, revistas, jornais, Internet, etc., podendo recorrer-se também a

entrevistas, trabalho de campo, arquivos e visitas de estudo. Devem ter-se em

conta dois aspectos principais:

1- Fazer um plano de trabalho e definir que informações são necessárias;

2- Reorganizar as informações e apresentação finais, sob a forma de um texto

escrito ou uma apresentação oral.

b) Brainstorming ou «Tempestade de ideias»

Consiste em listar, sem a preocupação de discutir num primeiro momento, todas

as sugestões que o grupo ou a turma fazem sobre determinada questão ou

Educação para a Saúde Página 15

Page 16: Educação Sexual-PLANIFICAÇÃO

problema. A lista deve ser constituída por palavras ou frases simples.

Devem aprofundar-se as sugestões dos alunos deve-se aprofundar a discussão e

esclarecendo as dúvidas e as ideias erradas.

c) Resolução de problemas

Mediante a utilização de histórias, casos reais ou dilemas morais,

incentiva-se a discussão para a resolução de problemas comuns com os quais os

alunos podem vir a ser confrontados.

Os jornais, as revistas ou as histórias populares podem ser utilizados de formas

diferentes:

• Pode ser utilizada uma história sem final e, nesse caso, pedir-se-á aos grupos

ou à turma que criem um ou vários finais possíveis;

• Pode ser utilizada uma história pedindo aos participantes para atribuírem

diferentes valores às várias personagens;

• Pode pedir-se ao(s) grupo(s) que identifique(m) uma ou várias soluções para

cada caso.

d) Jogos de clarificação de valores

Consiste em promover o debate entre posições diferentes (podendo ou não

chegar-se a consenso), através da utilização de pequenas frases que sejam

opinativas e polémicas.

Pode pedir-se a um dos participantes para assumir a defesa da opinião expressa

na frase, a um segundo para a contrapor (ainda que essas não sejam as suas

posições na realidade) e a um terceiro ainda que observe o debate, para depois o

descrever ao grande grupo.

Podem utilizar-se escalas do tipo «concordo totalmente», «concordo em parte»,

«é-me indiferente», «discordo em parte» e «discordo totalmente», fazendo

mover as pessoas na sala para cada uma das posições (que são afixadas nas

paredes), ou utilizando as opiniões individuais para o debate em pequenos grupos

e, numa fase posterior, em grande grupo.

e) Utilização de questionários

Educação para a Saúde Página 16

Page 17: Educação Sexual-PLANIFICAÇÃO

Em geral, os questionários são utilizados para recolher conhecimentos e opiniões

existentes. No entanto, também podem ser utilizados para transmitir (e não apenas

para avaliar) conhecimentos.

f) Role play ou dramatização

Consiste na simulação de pequenos casos ou histórias em que intervêm o

número de personagens desejadas. Funciona bem quando são os próprios

alunos, em grupo, a elaborarem o texto dramático. As dramatizações não

devem ser longas (cerca de 10 minutos) e devem ser complementadas com

debate em pequeno ou em grande grupo. É uma forma particularmente

dinâmica de analisar uma situação ou provocar um debate.

O role play pode ser eficazmente aproveitado no treino de determinadas

competências, tais como saber escutar o outro, desenvolver o relacionamento

interpessoal ou saber expressar sentimentos.

g) Produção de cartazes

É uma forma de organizar a informação recolhida (textos, fotografia, gráficos,

esquemas, etc.). Pode ser apresentada ao grande grupo, ou pode ser uma forma

de fomentar a discussão à volta de um tema.

Nesse caso pede-se com antecedência aos participantes que tragam revistas,

jornais, textos retirados da internet ou de livros, relacionados com um

determinado tema que se vai debater.

h) Caixa de perguntas

Consiste na recolha prévia e anónima de perguntas sobre temas de

interesse da turma ou de levantamento de necessidades. Pede-se a cada

sujeito que formule duas ou três perguntas por escrito, numa folha de papel que

posteriormente é dobrada em quatro e colocada numa caixa (tipo urna de voto).

É muito importante que o professor responda a todas as perguntas de forma

clara e com correcção científica.

i) Fichas de trabalho

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Page 18: Educação Sexual-PLANIFICAÇÃO

Facilitam o desenvolvimento dos trabalhos, e devem ser construídas de acordo

com os objectivos a alcançar:

• recolha de informação;

• exploração de informação;

• síntese de informação;

• avaliação.

Têm ainda a vantagem de serem um óptimo recurso, quando o tempo para a

actividade é curto.

j) Exploração de vídeos e outros meios audiovisuais

Estes materiais podem ser um auxiliar muito importante para o

desenvolvimento das actividades. Aconselha-se que sejam diferenciados os

momentos «antes da projecção» e «após projecção»:

• Antes da projecção - Deve haver recolha de perguntas e assuntos que a turma

ou grupo deseja ver tratados de forma a ajustar às necessidades do grupo.

• Após a projecção - É importante identificar as partes do vídeo que

apresentem mais interesse, os conhecimentos que ficaram e as dúvidas que

surgiram.

A construção de guiões de exploração permite uma síntese dos

conhecimentos adquiridos e a reflexão crítica sobre o material visionado.

4- Calendarização

As horas previstas para a operacionalização do projecto da Educação Sexual

devem ser divididas equitativamente, em cada ano de escolaridade, pelos três

períodos lectivos (artigo 5.º da Lei n.º 60/2009 de 6 de Agosto).

Cada Director de Turma, professor responsável pela Educação para a Saúde e

Educação Sexual, deve, em conselho de turma, proceder à elaboração do Projecto

da Educação Sexual da turma, até ao final do mês de Outubro.

5- Avaliação

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Page 19: Educação Sexual-PLANIFICAÇÃO

A avaliação do projecto deverá ser contínua, com observação directa, mas

concretizada no final de cada período lectivo com a elaboração de um relatório,

realizado pelo conselho de turma nas reuniões de avaliação. No final do ano lectivo,

a avaliação será feita pelos intervenientes, incidindo sobre o planificado e o trabalho

desenvolvido no âmbito do projecto. Terá como objectivo fomentar as boas práticas

decorrentes da implementação do projecto, assim como a reformulação das

metodologias inerentes às acções desenvolvidas que tiverem menor impacte junto

dos alunos. Daqui resultará uma reflexão, que deverá ser anexa ao relatório final da

Comissão da Educação para a Saúde e Sexualidade.

A Comissão de Educação para a Saúde/Educação Sexual

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Page 20: Educação Sexual-PLANIFICAÇÃO

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