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Eio db Janeiro Sexta feira, 1 de junho de ÂNNO VI, Ni" 118 r.t35-s?:riií. mSBãsm CORTE. « Por um anno . . 16$000 Por seis mezes. . S-2D000 Por trp.s mezes . 4$00C O CORREIO MERCANTIL éproprlcd íld de Rodrigues e C.a O Correio Mercantil publica os actos oQlciaes, mas náo é ofllcial. correio mmrn PROVlSCí US. Pon DMANNO. . . \ 8-^000 Pon seis sirzes . . 9-TOOO POU TUES MEZES . 5$M)00 -—ti—— As Asslgnaturas começão nos dias I o 16 de cada mez. Os artigos Communlcadoi do Into resso geral tem Inserção gratuita ULTIMAS DATAS. ae ÍBahia. 10 de maio Ceará24 de abril. < Maranhão... 23 do abril. Pará 16 de abril. INTERIOR. Pernambuco.. 2 de maio. Porto Alegre. . 10 maio. Rio Grande .. 16 de maio. S. Catharina. . 16 de abril. EXTERIOR. Londres..... lSde abril. Llverpool.... 13de abril. Havre 3 de abril. Paris12 da abril. Lisboa17 de abril. Porto.,21 de abril. Madridn de abril Valparalzo.. 3 de marejo. Montevidéo.. Buenos Ayres. Baltimore.... New-York.... Trieste Antuérpia;... Hamburgo... Gênova...... 10de maio 7 de maio 28 de março 31 de março 27 de março 11de abril aMé^abrll 0 de abril FRETES. ântuerpla 35a4üs. Canal«o s. Constantlnopla 4S s. Kstad-Unldos.. Sn cs. Bamburgo 35 s. llavre40 f. Liverpool.... 48 s. Londres 48 s. Marseille .... 32 6 d. Trieste38 s. PARTIDA DOS CORREIOS. Ouro Preto, Goyaz, Matto Grosso, S. João de El-Rel, Valença, Vassouras, Parahyba, Iguassú, Paty do Alferes Parahybuna, Rio Bonito, e Dores, 1,6, 11, 16, al e26. S. Paulo, Itaguahy, S. João do Príncipe, Rezende, Bae- pendy, Campanha, Pouso Alegre, Pouso Alto, PIrahy, Arrozal, Barra Mansa, Angra, Paraty, Mangaratiba e Mambucaba, 2,7, «2, n, 22, e 27. Campos, província do Espirito Santo, Macahé, S. João da Barra, Barra de 8. João, Aldêa de S. Pedro eCabo Frio, 3,8,13,18, 23, e 28. Cantag allo , Nova Friburgo, Magé, Santo Antônio de Sá, S.João de Itaborahy, Santa Anna a S. Joté do Rio Preto, 4,14, e 24. 8. João d*EL-REi,Iguassú, Vassourai, Valença, Rio Preto, Goyaz e Cuiabá, 8,48, e »8. Sapucaia e Apparecida, i», sÔ,e3t. MAGK.Paquetá,Porto daEstrella, ePetropolfitodoi os dias. Nictukrot todos os dias ás <• horas da manhã eájB da tarde. CALENDÁRIO! JUNHO TEM 30 DIASif' DIAS SANTOS DO MEZ. gpa7i3,15e29. LUNAÇÕBS. Cheia a 8, ás 7 h. e 34, m. da tarde. Mlng. a 13, as 7 h. e 31, m. da tarde. Nova a 20, ás 11 h. e 96, m. da manta. Cresc. a 27, ás 7 h. e r.i m. da manhã. Sexta l~S. Firmo. Nasc.dosol áso h'e40m.—Oc. às 8 «20. Maré cheia ás 10 h. «1 9 m. da manh. » » as 10 ii. e 33 m. da Tard. ESTAÇÕES DO ANNO. O outono principia a 20 de março. O Inverno » a ai de junho. A primavera * a 22 de setemfc. O estlo » a si de dezem. % PARTIDA í)OS OMNIBUS. Botafogo.—ida: ás«, 7,8,9,1 o e n horas da m. j 1, s, *, 5,6 e 7da tarde.—Volta: ás 7,8,9,10 eu, 12 da m.; 9, », 5,6,7 e 8 da tarde. Are al das Lararo.—Ida: ás 6 ui, 7i|3,8 iti, e H nt da m.; 1 m,««ia, 5 ni e 6 na dat.: no domingo ha mais um carro ás 40411 dam.— Volta: ás 7 na, 8 e9 4jada m.:e4a4ia, 3 411, «na, 6 lj2 07 nada tarde: no domingo lia mais ura carro ái 14 11a da manhã. Eng. Velho.—Ida: ài 6, e 8 {domingos edlassantoi 1041a) da m.; et, * e6dat.-VoIta:ài7,e9(do- mlngose dias santos 44 Ira) ii. dam.:e3,5e7da t. lioCoMPR.—Ida:ás6 4iae8i|tdam.;31iaes4iadat. Volta: ás7,1|2e 941adam.; 1111 mim dat. Andarabv Pkq. -ida: ás 6 4 ia da m., e 4114 da t. -Vol- ta: ás 8 da ra. e 6 da t. S. Christ.— Ida:às 6,7,8e9dam.; e 3 119.SI1S1, 4 4ia, 84i3 e ei is da tard.—Volta: às 7,8,9eloda m.;3iit,4*i|2,51i9, 6111 e7 4il da tard. Eaos domingos e dias santos de guardas, Ida ás 11 h., e volta ao melodia. Rua n. do Imp. Ida: ái 6 na e 8 411 dam.; 3e tf dat. —Volta: ài 7 4,1 e 9 411 da m. -, 1 a 6 dat. CÂMBIOS. Cambio sobre Londres . . » » Pariz . . . » » Hamburgo . Metaes Ouro em barra . ¦ Onças hespanholai. ª» da pátria. SS114a2.",!ií. 376 a 378 690. 174 318X1)0 31»000 a .11*200 » peç&idee^ioo velhas. l7»soo n i.saooo » ª» novas. i6»soo a I7»ooo » Moeda 1 de4»ooo . . 9$soo a ossno » pesoshespanhoes . , t»!)70 a i»odo » » da pátria. . . l»97o Patacoes ..,,... i»070 Prata. ........ 107 a los » cobre 1 a 2 n cento de desa Apólices de 6 por »]•. . . . 88 112 a 80 » provlnclaeü. . . . 86 a 81» Ir- nominal COMPAXniAS POnLICAS. Ifomei dal eomps. Quantias pag. Ultimas venda Paquetes de vapor Nictheroy Omnibus Monte do Soecorro Banco Commerc, 360» 000 3()ll»0(l0 400300o 400*000 Bl)0»000 4 de maio. 280» Nominal. 19 (le Jan. <30# 27 de jan. 148» 27 do fev. 71o» SKSSI WMKIWWf PARTE OFFICIAL. MINISTÉRIO DO IMPÉRIO. F.XPEDIE.VTE 110 DIA 11 DE MAIO. Ao Sr. Manuel Antônio Gnlvão, cnmo relator da sec- ção do concelho ile estado dos negócios do império, re- melteiido-sc o oITlcio do presidente da provincia deMot- to-Grosso, e mnis papeis nniiexos, no qual participa que Albano de Souza Ozorio, que presidiu a mesa parochlal <la freguezia da Sé, na eleição de vereadores c juizes de paz em 7 dc setembro ultimo, além de ter aceita- do o posto de tenente coronel da guarda nacional de- pois da eleição cm que sahirá juiz de paz, achava-se suspenso como vereador da câmara municipal da ca- pitai. ²A' Illm.¦•» câmara municipal desta corte, approvan- do-sc a deliberação que tomou de mudar a denomina- ção da rua do Ferreira, no mangue da Cidade Nova, pa- raa de ruailcS. João. ²Ao inspector geral do Instituto vacclniro, aceusan- do-sca recepção do seu oflicio de 10 deste incz, em que parte dos motivos porque fez suspender desde II de marçd ultimo a vacclnáçãò na freguezia do.Engenho Velho, e dc que pretende faze-la continuar do dia 20 do corrente em dlnntc. ²Ao gerente da compnnhia brasileira de paquetes de vapor, para que no primeiro paquete que sahir para o Sul seja transportado, como passageiro do estado, o engenheiro Pedro Orem, que vai servir na provincia de S. Pedro. Communlcou-se ao Sr. ministro da mari- nha. * Ao mesmo gerente, afim de que na primeira oc- casião seja transportado até A provincia do Pará, tam- bem como passageiro do estado, o capitão graduado dc engenheiros Marras Pereira de Sales. Communlcou-se ao Sr. ministro üa guerra. ²Circular aos presidentes das provincias, renetton- do-sc uma porção de exemplares do Auxillailor da In- dustria Nacional, pertencentes aos mezes de janeiro, fe- vereiro e março deste anno. ²Ao presidente da provincia do Ulo de Janeiro, para que, ouvindo as autoridades aceusadas, Informe áíerca da represen lação em que Francisco José Soares c outros se queixão de irregularidades conimellidas nas eleições de vereadores e juizes de paz da freguezia de Nossa Se- nliora da Piedade dc Iguassú. ²Ao presidenle da província Matto Grosso, aceu- sahdo-se a recepção dn seu ofíleio de 13 de janeiro ultl- mo, e das copias dos que lhe dirigira tanto a nova ca-' mara municipal da capital, como a que terminou suas funeções a 7 do dito mez. ²Ao director do curso jurídico dc Olinda, commu- nicandó-sé ter-se lleado Inteirado, pelo oflicio dc 31 de março ultimo, de haverem terminado n'aquelle dia, debaixo da melhor ordem e sorego, os e-xaincs prepara- torins. tendo-so aberto no antecedente as aulas do dito estabelecimento, MINISTÉRIO DA FAZENDA. EXPEOIENTK DO DIA 10 DF. MAIO. A' thesouraria do Ceará, remettendo a relação dos títulos dc diversos empregados para cila nomeados que se erivião, afim de que receba delles os respectivos orno- lunicntns i.a secretaria, dando entrada como suppri- mento feito pelo thesouro, e saceado solire o mesmo thesouro a favor do conselheiro ofTldal maior. ²A'do Pará, slniilliante. DIA 11. Ao Sr. ministro da justiça, partlclpando-llie haver expedido, cm coiisSqucucla do seu aviso de 24 de abril, ordem á rcccbcdoria do município para a entrada na cidade, livre de direitos, dos 30 eavalios que conduzir o tenente José Antônio da Cunha, para o corpo mu- nicipal permanente; quanto aos outros impostos de barreiras, sendo provinclaes, aos respectivos presiden- tes incumbe o cumprimento do que a tal respeito S. Ex. houver de ordenar-lhes. ²Ao mesmo, reme tendo-lho o ofilcio da thesoura- ria de Matto Grosso delK de dezembro, relativo á or- dem expedida sobre a licença concedida ao bacharel Manoel Pereira da Silva Coelho, juiz de direito da co- marca dc Matto Grosso. ²Ao da marinha, que para poder expedir a ordem de que trata o aviso de 0 dc_ março, para pagamento do soldo do chefe de divisão graduado llarlholomeu llaydcn, mister é declarar o cambio a que deve ser feito. ²Ao inspeclor da alfândega, para que ouvindo a commissão da pauta, Informe sobre a representação dc FOLHETIM DO COEI» MERCAÍWlL 0 MIO DECEIMIIAS, O. POR tt mm mmmmÊmi diversos negociantes íícerca dos direitos do calçado es- trangelro.m —. ao mesmo, parliclpando-lhe ter sido confirmada a decisão a respeito da apprehcns.ão dos pacotes com peças de lonas, japnnas, camisas, barretes c meias, cujo processo se devolve. ²Ao mesmo, para mandar pagar a Severo Francisco Itamalho, proprietário da 16." parte dn traplcheda Ilha das cobras, a quantia de 4«8U7üO rs. do arrendamento do dito traplrho, desde 19 dc maio dc 1848 a 18 de fe- vereiro deste anno, ficando 8241/31.8 rs. para ser inclui- do no credito qiie se houver de pedir ao corpo legisla- tlvo. ²Ao administrador da reccbcdorla, conformo reso- lução de consulta da secção de fazenda do concelho d'es- tado, se declara que os partidos do juízo dc orphãos são Isentos do imposto annual dc escriptòrio, por não virem especificados no regulamento Mel S de junho de 1844, que síi trata dns cotitaitorcs"judlciaes. ²Ao mesmo, para expedir ns convenientes ordens á agencia do Imposto dosado, para que deixe entrar na cidade, livre dc direito, SO eavalios, queda província de S. Paulo conduz para o corpo de municipaes perma- nentes o tenente José Antônio da Cunha. ²Ao presidente do Ulo Grande do Sul, Instando pe- Ias Informações que se exigirão cm 18 de outubro sobre a queixa que fazem algumas casas de commercio Ingle- zas do Itio Grande, contra medidas tomadas pelo.Ins- pector da respectiva alfândega a respeito de navios qüe se dirigem com carga an porto dc S. José aa Norte. ²A'thesouraria do Itlo de Janeiro; conforme avisa dc Império de S, participa-se a nomeação de José Joa- quim da Silva para o logar de 2. "ajudante da agencia do Correio de Campos.¦¦''''•¦; ²A' da Bahia, declarando que approva a deliberação da tliesourarla, sobre a pretenção dos empregados do consulado que se julgão com direito á parte de uma apprehensão eiTcctuada pelo guarda mór da alfândega, dc gêneros siibtrahldos aos direitos de exportação, dc- liberação conrorme com o parecer do fiscal, com o que consta dos oíllclos, o com a allegação dn guarda mór, ludo fundado nas disposições do artigo 37,5 5.°, artigo 284 do regulamento de 2a de junho-dc 1836, c do artigo ií)8 do regulamento de 30 de maio do mesmo anno. ²A' de Sergipe, para o recebimento dos emolumen- tos do 2.o escripturario da alfândega Manuel.Antonio de Carvalho Aranha.'dar-lhe entrada como supprlmento do thesouro, c sacar sobre o mesmo thesouro a favor do conselheiro olllcjal maior. -r A' das Alagoas, similhante a respeito do 3.» cscrlp- turario José Antônio Marques, e o escrivão da mesa de rendas de S. Miguel. João Itodrlgues de Faria. ²A' de Pernambuco, cnnforrne aviso da justiça de 4 dn correnle, se concederão 4 mezes dc licença com or- donadn, para tratar de sua saude, ao bacharel João Pau- Io dc Miranda, juiz de direito da comarca de Goyanna. ²A' de Pernambuco, com nferelãçãó (Jus títulos ile 1 vários empregados, que se remettem para receber d'clles os emolumentos, dar-lhes entrada como siipprimento e sacar sobre o thesouro pela sua importância. ²A' da Parahiba, concedendo ao inspector seis me- zes de licença com vencimento para tratar da sua saude. ²A' do Maranhão, conformo aviso da justiça de 20 de abril, manda pôi; á disposição do presidente :)8n.^, nuc se lançará na rubrica do 5 3.» do artigo :i.° da lei do orçamento, para despezas da relação. ²A' do Pará, antorisando o augmento de/il9«#4!>!< na rubrica —Aposentados —no corrente exercício. ²A' de S. Paulo, para receber os emolumentos do litulo do 3." escripturario Joaquim Roberto de Azevedo Marques, e proceder como a este respeito se tem or- denado. ²A' de Santa Catharina, o mesmo a respeito dos ti- tulo do administrador e do escrivão da mesa dc ren- das de Porto Bello. ²A' mesma, conforme aviso do Império de 26 dc abril, para entregar ao demarrador Frederico Xavier de Souza 40»rs. pelo mappa da colônia de Santa Isabel que apromptou por ordem do presidente. ²A'dc Minas, conforme aviso do império dc7, foi dcmittldn Manoel de Jesus Silveira que servia de agen- tedo correio da villa deAyuruoca, enão Eugênio An- tonio de Araújo, como se participou cm virtude do avl- so d'aquclle ministério de B de março. ²A' mesma, conforme aviso da justiça dc 3, que ao juiz dedircito Manoel José Gomes.Ribeiro, removido para a comarca do Rio de S. Francisco, se concederão K mezes de licença com ordenado, para tratar desua saude. . "4 ²a''de Goyaz, conforme ^aviso do mesmo mlnls- terio de 44 de abfll,"se concederão ao bacharel-Esta- vão Ribeiro de Rezende, JuTz de direito da capital e chefe de policia, 6 mezes dc licença córasetu venci- mentos para tratar da sua saude, a contar de 19 de fe- vereiro passadn, pagos pelo thesouro. ²A' de Matto Grosso, para receber os emolumentos do titulo do 3.0 escripturario João Nunes Martins, c o mais conforme se ordenou ás demais thesourarlas. Circular, conforme aviso da marinha de 27 de abril, se autorlsão as thesourarlas das províncias marítimas, á excepção da do Piauhy, para fornecerem os dlnhei- ros precisos para as despezas que so houverem de fazer no corronto exercício com a acqulsição do menores para o corpo de impcriaes marinheiros, na conformidade das ordens que por aquelle ministério ora se expedem aos respectivos presidentes; sacando as thesourarlas mensalmente sobre a intendencia da marinha da corte a favor do thesouro. TRIBUNAES. Oh! não quero, nem devo sahir da vizinhança do Steinberg sem primeiro ter toda a certeza que Guilhermina não corre o menor perigo,.-interrompeu Franz com animação ; liei de reclamar os direitos que lenho á sua mão, enquanto me rostar um alento de vida. ..Mas quaes são esses outros obstáculos de que fallas, Sigismun- do? Não te entendi. Ah ! obstáculos bem vulgares e mes- quinhos para o filho do príncipe reinante dc Hohenzollern... Sabes, Franz, que eu o Albcrtovivemos ha muito em commum... a modesta mezada quo Alberto recebe de seu pai, correeiro de atacado emBlenheim, apenas chega para as suas despezas de bo- tequim ; eu, pela minha parte, nem tanto lenho por mez ... Pois bem I as despezas da tua enfermidade, as loucuras de Alber- to, talvez mesmo as minhas prodi^alida- des exhaurirão os nossos recursos, de sorte quo o dono desta estalagem, apezar do seu puritanismo, não está disposto a fiar-nos cousa alguma. . . " (l) Vide Correio Mercantil n. 147.~" Franz sorriu com tristeza. ²Pois é isso o que te afflige,'amigo Sigismundo ? fácil se pôde vencer esse obs- taculo... Tenho em deposito nas maõs de uno1'banqueiro judeu de Manbein a quan- tia de quarenta mil ilorins, a que se reduz toda a minha fortuna... Esse dinheiro es- á tua ordem e a de Alberto. —te Quarenta mil ilorins! repetiu Sigis- mundo com ar pensativo ; bem se poderia com essa quanlia .. . Sim, sim, esla idéa é talvez uma inspiração do Céo ; hei de fal- lar a Ritter, hei de... Franz, proseguiu o mancebo, é preciso que vás immediata- mente buscar esse dinheiro a Manbein, estás'restabelecido^ em estado de empre- heiider essa pequena viagem ; vou alugar uma barca com dous remeiros, e ... ²Não sahirei daqui, não perderei de vista, um instante sequer, esse desmante- lado torreão que encerra o que eu mais prezo neste mundo, exclamou Franz. Si- gismundo, meu fiel amigo, dá-me mais es4- ta prova de amisade, vai tu receber essa quantia ; com esta letra ao portador en- tregar-ie-hâo o dinheiro sem mais forma- lidade. E estendeu-lhe um papel que tirou da sua carteira ; Sigismundo hesitou rece- be-lo. ²Pois bem! disse emfim; estou promp- to a partir... mas com uma condição. ²Qual é, meu bom Sigismundo ? ²Que durante a minha ausência não farás nenhuma tentativa para entrarno cas- SUPREMO TRIBUNAL DE JUSTIÇA, JULGAMENTO DO EX-PRESIDENTE DE SEUGI- PE, O IUCHAREL JOAQUIM JOSÉ TEIXEIRA. Bèlatorio do procurador da coroa, servindo de promotor. . Pelo requerimento fl. i foi o bacharel Joaquim José Teixeira, ex'presldcnte da provincia de Sergipe, denun- ciado polo cidadão Manuel Antônio dc Carvalho Aranha, por ter elle na qualidade de presidente mandado, a pretexto de.proteger.á liberdade da eleição, aportaria de 29 de outubro de 1847, que se imprimiu no perlodl- co Correio Sergipense n. 4, ordenando ao chcíe de poli- cia que expedisse ordem ás autoridades policiaes seus subordinados para.qiic sem nova ordem daquella pre- sldencla não proseguissem nos processos instaurados por denuncia, ou cx-oulclo, e nem Instaurasse novos antes do dia 8 do mez dc novembro; c que retirassem até o mesmo dia todas as ordens de prisão, que cm vir- tude de taes processos tivesse mandado passar; eque neste mesmo sentido proclamara ao povo daquella pro- vincia na mesma data, c impressa no mesmo periódico do dia 30, após a mencionada portaria, liste é o facto denunciado, c delle prosegue o denunciante no seu re- querimento a deduzir corolários, todos oflensivos á se- gurança publica, eaos direitos constitucionaes cindi- viduacs dos cidadãos, e a figurar males desastrosos, aílm de aggravar, c fazer mais horroroso este crime, que de- nomlnou —attentado contra o § 12 do art. 179— da cons- tiluição do Império; e querendo classldca-lo em algum dos' artigos do cod. criminal fez exclusão de todos aquel- les cm que se poderia entender incluído este crime, co- mo os §s 1" c2"do art. 129, o art. 139, o o classificou afinal no art. 9S pedindo a pena deste arligo, com op- posição ao livre exercício do poder judiciário. AJunlnu o denunciante a este sen rçqucrlf»entn o periódico de que llz menção, itendo ouvido ó réo respondeu a ri. 7 principiando por mostrar que esta denuncia fora dada por vingança, por haver elle suspendido o denunciante do exercício dcoillclal-inaior de contadoria da thesou- raria provincial cm portaria dc 16 dc novembro que juntou a fl. 9, onde por rausal o ter o denunciante por meio de licenças para Ir á liahl.1 percorrido vários logares da provincia para perturbara eleição primaria. Quanto ao fado denunciado dizquechcgando á provin- cia, e sabendo que o vice-presidente lloto havia expedi- do em um dia .Vi autoridades policiaes sem audiência do chefe de policia, c estes estavão processando varias pessoas influentes do partido contrario an partido de lloto, para osarredarda urna eleitoral, odlciára aoclic- fe de policia rccommendando-lhc providencias a respel- to; que este mandara vir uma.relação dos processos por aqucllasaulorldades.lnstaurados, mas não achando suf- fleiente esta medida confercnclíir.i com elle, que lhe. disse não ler força para obstar ao montão dc arbitrário- dades que pratleavão os delegados e subdclcgailos, ho- mchs escolhidos para aquelle fim, e que um acto enérgico do governo o poderia obstar; e que não sendo possível a mudança dc tão grande n.umero deautorida* des perseguidoras, a que parecerja manejo eleitoral cm vésperas de eleições, dissera ao^écretario, que se acha- va presejite. « Ordene-se tcrmlnaiítemcnte ao chefe dc policia que torn^resnonsavcls os seus subalternos por qualquer pcrseguiça*,'e os ameace com a perda dos car- gos que oecupão,» e faça-se também proclamaçío cha- mando a seus lares os cidadãos foragidos por receio de serem presos injustamente. Diz mais que esta ordem e proclamarão lhe forão apresentadas de mistura com ou- tros papeis do expediente, eassignára sem lhes prestar sua maior attenção; que sendo entregue ao chefe de po- llcla, que tinha assistido á ordem que se tinha dado ao secretario, e não achando a portaria no pensamento delle presidente, fôra Isso mesmo representar-lhe pes- soalmenlc; e lendo-a elle então attentamente, evendo que da redacção se poderlão originar duvidas, dissera ao chefe de policia que explicaria melhor o seu pensa- mento; que com eflelto por nova portaria de »de no- vembro, que se juntou a fl. 11, determinara ao chefe de policia que declarasse aos seus subordinados que com aquella ordem de 29 de outubro não so entendeu a prohibição de se fazerem corpos'de delicio, edesopren- derem os criminosos processados cm regra, o em fia- grante, mas somente a quo se formassem processos pa- ra o fim unlcodoarrcdarda urria eleitoral alguns cida- dãos; c que passado "o dia da eleição continuassem os processos crimes'Instaurados, nuaesquer quo fossem. Concluiu oréó a sua resposta afllrniando quenenhuus réos deixarão dc ser presos, que nenhum processo deixou dc proseguir; que sabia muilo bem a Independência do poder Judiciário,'que nãoseoppòza c'la,.ncm olVendeu o pacto fundamental do estado, antes seu flui foi oppor- se para quo não a pisassem, e que se o denunciante não havia comprchonilldo as suas boas Intenções, as havia cninproliendido bom a província, porquo de sua assem- bléa legislativa havia recebido o mais honroso voto do agradecimento. A esta resposta juntou o réo os tros documentos dequetlz acima menção. Proccdendn-se a sorteio na fôrma da lei a (1. 12 e cm conferência dos juizes sorteados, lavrou-se o despacho dc pronuncia a fl. 12 v., sendo o réo pronunciado como incurso nas penas do art. r5 (|o código criminal; c sendo cm con- seqüência preso o réo, que espontaneamente so ai.rc- sentara, como communicou o tenentetoroncl coinman- dante dos permanentes, em scu.ofllclo fl. fs, deu-se vista dosautos ao Exm. conselheiro promotor da justiça, que formulou o lilicllo fl. 17, -reduzindo a artigos o «pendido na denuncia, que fica relatado, comitto por evitar repetições, concluindo que o réo fora con- demnado nas,penas do art. <i!> do código criminal, em que tinha sido pronunciado Sendo o réo intimado para contrariar o llbcllo, assim o cumpriu a II. si. Nesta sua contrarlcdade articula ser supposto o fundamento do lll)cllo,|dizeiidn-scquc elle réo havia confessado, na res- posta a fl. 7, ter expedido a portaria dt 2o dc outubro dc 1847; pois que não podendo deixar do confessar a sua assignatura, esta confissão era apenas relativa ao facto material da expedição dáquellc oflicio, e não á moralidade delle, como havia explicado na mesma resposta, e entendido na conformidade do ollicio fl. 11, ficando bem patente a pureza do suas intenções com os documentos que juntava do n.° 1 a S. Que o oill- cio explicado, como foi, contendido ainda melhor pelos referidos documentos agora apresentados, não podia produzir oselTeltos qne suppoz. olibclln; c nem o seu denunciante argulii, o menos provou de modo algum que tivesse effeilo o referido oflicio em algum ponto da província. Que era Impossível provar-se que tivesse resultado algum o mencionado ollicio, porque, apenas expedido, fôra immediatainente fixada a sua verda- deira inlclligencia, única por que deveria ser exeqüível dc donde uão podião resultar oselTeltos nuc a denun- cia co libeilo liicaltribucm; que não era, nem podia ser contrario no§ 12 do art. 1?9 da constituição, nem a qualquer outra lei vigente; c que não podia preceder esta aceusaçao, por não ler Incorrido nas penas do art. 9lí do código ciiniinal, nem em qualquer outro art. do mesmo código. E contrariando por negação o mais que lhe podesse prejudicar, protestou convencer a final, e renunciar an termo assignado para contrariar, assim como aos mais termos probatórios. Os documentos mencionados nesta contrarlcdade são: o l.u, um ollicio dirigido ao juiz dc paz dc Itabalanliilia dc 3 de novem- bro cm rcsposla ao do 1." do mez, no qual o réo diz que nunca forão das Instrucçoes daquella presidência fazar que volcm ou sejão votados cidadãos1 que a lei exceptiia, enem também impedir que se facão corpos dc delicio e se prendão criminosos achados cm flagrante, ou pro- cessados cm regra; mas unicamente obstar que pelo receio de processos ad hoe se. tolhesse o direito de votar. 0 2.°, é um oflicio do chefe de policia dando parle dc haver exigido dossubdelegados a relação dos processos que o réo aceusou na sua resposta e contrariedade. O 3.o, 6 uma circular do presidente aos juizes dc paz re- 'comincndando-llies a maior Imparcialidade no acto das eleições. O 4.», é outra circular ás câmaras miinlci- paes da provincia communicando a sua posse, e ma- nlfcstando-lhes o seu programma governativa—Justiça, concórdia ccngraiidcclmento material e morai da pro- vincia—, O S.°, finalmente, é um ollicio dirigido ao chefe dc policia recommendando a liberdade do voto nas pro- xlmas eleições, e qüe o mesmo se recommende ás auto- rldadcs seus subordinados. Hio dc Janeiro, de maio de 184o.—Campos. ¦ l. ¦iu ¦ IKJÇÇEHOA^ Vistos estes autos de denuncia jj aceusaçao ex-ofllclo, Intentada contra o réo Joaquim íqsé Teixeira, cx-presl- dente da provincia de Sergipe, mostra-se haver sido o réo denunciado pelo cidadão Manuel Antônio de Carva- lho Aranha, c pronunciado a fl. por'ter violado a cons- tiluição do império, e Incorrido nas penas do art. 93 do código criminal, pois que, a pretexto de proteger a li-, berdade da eleição, expedira a portaria de 29 de outu- bro de 1847, ordenando ao chefe de policia que expedis- se ordem ás autoridades policiaes que lhe erão subor- dlnadas, para que sem nova ordem da presidência não proseguissem nos processos instaurados por denun- cia, ou ex-ofllclo, nem instaurassem novos antes do dia tello de Steinberg e fallar a Guilhermina. ²Mas, se sobreviesse algum aconteci- mento, Sigismundo, se eu soubesse... —,,Aqui estarei de volta amanhã; além de que, dovo dizer-te que me oceorre um projecto que tornaria agora inúteis todas essas temeridades. —• Inúteis 1 pois tencionas livrar Gui- lhormina da vingança do seu terrível ir- mão ? ¦— Tenho toda .a esperança de induzir o barão a reconhecer de boa Vontade o teu casamento com sua irmã ... uma vez, po- rém, que elle não tenha de todo perdido a, rasão. ²Será possível, Sigismundo ? Expli- ca-me . ...^ ²O tempo urge ; e demais, aiuda pre- ciso amadurecer o meu projecto antes de pol-o em execução. Confia em mim- em breve, talvez amanhã, findarão todas as tuas angustias. ²Oh 1 que se tal fizeres, dever-te-hei mais que a vida. Sigismundi 1 ²Então proraettes-me não tentar pas- so algum temerário durante a minha au- sencia ? ²Sim, amigo, o que poderei eu fazer sem ti. ²Eia pois, animo 1 tornou Sigismun- do levaniando-se com resolução. Pede ao Céo que proteja os meus esforços, que ain* da fruirás a ventura neste mundo. Os dois amigos abraçárão-se com eíTu- são. Sigismundo repetiu a Franz as pala- vras sacramentaes que elle devia proferir, em caso de necessidade, para fazer-se obede- cer por Alberto Shwartz, e sahiu precipi- tadamente, depois deaindarecommendar to- da a prudência ao marido de Guilhermina. D'ahi pouco, o mancebo partia para Manbein em uma barca impedida por dois vigorosos remeiros. Franz, acompanhou-a por muito tempo com os olhos, de een- costado á sacada do seu quarto; mas a bar- ca era uma dessas embarcações compridas e esquias, tao afamadas pela sua velocida- de, e ajudada pela corrente, bem depressa appareceu como um ponto negro na azula- da superQcie do Rheno. Quando ella su- miu-se, ao quebrar uma das sinuosidade» do rio, Franz ainda julgou ver ao longe o seu amigo, de na popa da barca, apon- tar-lho para o Céo em signal de esperança. Franz ainda esteve muito tempo com os olhos-fitos no ponto do horizonte onde a pequena embarcação acabava de desappa- recer, mas pouco a pouco volveu-os dos.es- plendoresdo rio e alçou-os para o castello de Steinberg. Algumas nuvens alvacentas atravessavão o céo e mais fazião sobresahir o sombrio perfil do velho torreão; osrden- tilhões de suas ameias avultaváo ao vivo por entre essas massas aclaradas de luz. Franz, encostado à balauslrada da janella, olhava com tristeza para essas grossas mu- ralhas que encerravão todas as suas afiei- ções, mas o inexorável e lugubre edifício guardava cioso o segredo dosacontecimen- tos quo talvez mesmo a essa hora n'elle se 8 de novembro; e quo retirassem alé o mesmo dia toda as ordens de prisão quo cm virtude tle taes processos tivessem mandado passar. Allega por uliimo quo o prè«i sidente proclamara também aos novos neste mesmo suu- tido. Dcfendcii-so o réo negando a Imputada violação da constituição, e o ler Incorrido nas penas do uri. li.i do código criminal; pois que punindo este artigo a opposl- ção direcla c por factos ao livre exercício do poder ju- diclarlo, jAniais se poderia considerar como opposição direcla epor factos a expedição da portaria que faz o ohjecto desta aceusaçao; quo a opposição direcla eSpor factos poderia rcailzar-se com força p mão armada; pois quo consistindo este poder no complexo dotoilos os magistrados, com mão armada so poderia fazer opposição ao livre exercido das suas attrlbuiçõcs, i; não com uma portaria dirigida ao chefe dc policia. Que esla portaria fera logo declarada por nova poria- ria de :i ile novembro, dlzcndose nesla que a prohihi- ção d'aquclla se deveria entender a respeito dos pro- cessos Instaurados para o único lim de arrediir da urna eleitoral os cidadãos, eque concluída a eiolçãó (leverlão continuar os processos crimes Instaurados, qiíaesqiior que fossem Que sendo assim explicada o entendida a portaria de 29 dc outubro, dosapparecla o equivoco do que se aproveitou o denunciante para fazer a sua dc- milícia. Que aportaria de 2!) ile ouiubro ainda mes- mo explicada pela de II de novembro; que se via ali., nun chegara a ter execução, nem produzirá ollcito ai- gum: que derão causa a expedição dVllo as repelidas arbitrariedades que pratleavão as autoridades pollciaos Com o fim de dominarem as eleições. Quo lão lójigo eslava do violar u constituição do Império, qne nulos, para melhor observa-la o cumpri-la, expedira ordem ao chefe de policia, ccircuiar aos juizes de paz, recoiu- mcndando-lucsu maior Imparcialidade no acto das ciei- ções. Que seus actos como presidente ciáii dérhoiis- trattvos das suas boas intenções e da sua vontade de cumprir exactamentu o constituição, pelo que mereci'1- ra da câmara legislativa provincial um volu honroso dn agradecimento cm duas cartas, que lhe dirigira, c por Isso as apresentava cajuiilava ao processo; que poi lan- to não.havia violado a constituição do império, o mui- to menos incorrido nas penas cóminiiiadus uo art. 9g do código criminal. Oque tudo ylíto, examinados o.s documentos, 6 pon- deradas as exposições vorbaes do procurador, defensor do réo, como seja cerlo em direito, que não lia crlmiiiò- so sem fé, c sem Intenção de praticar o fticlo crinil- noso, c sem que uma lei anterior o qualifique comi) tal, prohiblndo-o especificada o expressamente, clcslg- naiido-o ecommlnaiido-lliu as pena';, para no ciso de Infracção lhe seroin Impostas pelos juizes, art. i»«» q-3.» (Io código eliminai, vem em conseqüência dcsi.es prln- clplos a ser patente a liiiprocedoiiciií da iiiicni.iila aceu- sação; porquanto provado se acha que a Intenção e pro- poslto tio réo ní.0 liverão por lim o supposto crime do opposição ao livre exercício do poder judiciário, antes os seus actos como presidenle da província provãp o contrario, porque desde logo tirou o equivoco da por- tinia que faz o ohjecto da aceusaçao por oiilrn porta- ria, em a qual, além de declarar aquella, dclòrinliioü ao chefe de policia que expedisse ordens usinais ler- miiiantcs para que fosse capturado o executor do assa."- sliuito commcttido na villa dc S. Amaro, documento a 11. ll. Na mesma data de :i dc novembro, escreveu ao juiz depazdellabaiana, dizendo que nunca fôra da inten- ção do governo da provincia Impedir que se [ízcssciii corpos de delido, e se prendessem criminosos fichados em llagranie, ou processados em regra, documento fl. •24. Na circular aos juizes de paz recoininciida-llics que protegessem a liberdade do voto no acto das ciei- ções. documento fl. üii. A mesma recomiriciidaçno fez ao chefe de policia, documento II. ii, o que lüílo mos- Ira que o Intuito do réo nao ela praticar um crime, mas sim evitar que se commeltessem crimes, o que ai ri- da quando menos legalse podesse julgar ómolo, do tino lançou mão para obter esse fim, Justificável era elle em face do art. li, 11.» do código criminal. Portanto, e pelo mais dos autos, o o ponderado ver- balmente pelo defensor do réo, o absolvem ila aceusa- ção,coiitra tile feita, e mandão que se baixa na çul- pa, c seja solto c livre; c sendo primeiramente sellados os autos, pague a municipalidade as custas. Ilio de Ja- neiro, cm sessão deste tribunal dc IS de maio dc 184a, (Assignados os membros do tribunal.) TRIBUNAL DA RELAÇÃO. Presidência do Sr. conselheiro Cavalcanti. SESSÃO EM 28 DE AltltlL DE I8i!>. A's 9 horas da manhã ahriu-se a sessão, achando-se presentes os Srs. desembargadores Miranda itibeiro, Vianna, 1'antoja, Lisboa, Cerqueira, Draga, llarbòzii, Vellozo, lllbelro, Costa Pinto, Vuldetaro e Vaz Vieira. passassem. Nenhum semblante apparocia nas setteiras que servião dc janellas do la- do da campina; nenhuma forma transpa- recia porentre as ameias. Por toda a parte reinava o mesmo silencio o immobilidade, no Steinberge nos sous arredores; as cegonhas ainda pairavãonos ares por ei- ma da torre. Franz acompanhava machinalmente com os olhos as continuas evoluções desses pas- saros. As cegonhas ora calavão á terra com a rapidez da setta.ora se romonlaváo o se con- fundiào com as nuvens; de vez em quando pousavao afagando-so nas chaminés, nas torres e nos tectos de chumbo do Stein- berg. ²Felizes pássaros 1 dizia o mancebo suspirando, acabão talvez de roçar com as pontas das azas a janella do quarto da mi- nha Guilhermina ; pudérão ouvir um sus- piro dos seus lábios, um som da sua mei- gavpz. Não ter eu também azas para voar aos seus pés ! E silenciosas lagrimas lhe banhavão o pallido rosto. ²Como são mentirosos os presagios ! tornou Franz após ligeira pausa ; quando estes pássaros de bom agouro tornarão a apparecer no velho castello depois de vin- te e cinco annos de ausência , dissérão os amigos dessa familia quo ia outra vez raiar para ella a prosperidade... até eu che- guei por instantes a persuadir-me que era o instrumento de que a Providencia so ¦-.' .^¦>I-Oç-.::-.^^-..--:':: ILEGÍVEL-

Eio db Janeiro Sexta feira, 1 de junho de ÂNNO VI, Ni ...memoria.bn.br/pdf/217280/per217280_1849_00148.pdf · Catharina. . 16 de abril. EXTERIOR. Londres..... lSde abril. ... Arrozal,

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Eio db Janeiro Sexta feira, 1 de junho de ÂNNO VI, Ni" 118r.t35-s?:riií. mSBãsm

CORTE. «Por um anno . . 16$000Por seis mezes. . S-2D000Por trp.s mezes . 4$00CO CORREIO MERCANTIL éproprlcd íld

de Rodrigues e C.aO Correio Mercantil publica os

actos oQlciaes, mas náo é ofllcial.

correio mmrn•

PROVlSCí US.Pon DMANNO. . . \ 8-^000Pon seis sirzes . . 9-TOOOPOU TUES MEZES . 5$M)00

-—ti——

As Asslgnaturas começão nos diasI o 16 de cada mez.

Os artigos Communlcadoi do Intoresso geral tem Inserção gratuita

ULTIMAS DATAS.

aeÍBahia. 10 de maioCeará 24 de abril.

< Maranhão... 23 do abril.Pará 16 de abril.

INTERIOR.Pernambuco.. 2 de maio.Porto Alegre. . 10 dê maio.Rio Grande .. 16 de maio.S. Catharina. . 16 de abril.

EXTERIOR.Londres..... lSde abril.Llverpool.... 13de abril.Havre 3 de abril.Paris 12 da abril.Lisboa 17 de abril.Porto., 21 de abril.Madrid n de abrilValparalzo.. 3 de marejo.

Montevidéo..Buenos Ayres.Baltimore....New-York....TriesteAntuérpia;...Hamburgo...Gênova......

10 de maio7 de maio

28 de março31 de março27 de março11 de abrilaMé^abrll0 de abril

FRETES.ântuerpla 35a4üs.Canal «o s.Constantlnopla 4S s.Kstad-Unldos.. Sn cs.Bamburgo 35 s.

llavre 40 f.Liverpool.... 48 s.Londres 48 s.Marseille .... 32 6 d.Trieste 38 s.

PARTIDA DOS CORREIOS.

Ouro Preto, Goyaz, Matto Grosso, S. João de El-Rel,Valença, Vassouras, Parahyba, Iguassú, Paty do AlferesParahybuna, Rio Bonito, e Dores, 1,6, 11, 16, al e26.

S. Paulo, Itaguahy, S. João do Príncipe, Rezende, Bae-pendy, Campanha, Pouso Alegre, Pouso Alto, PIrahy,Arrozal, Barra Mansa, Angra, Paraty, Mangaratiba eMambucaba, 2,7, «2, n, 22, e 27.

Campos, província do Espirito Santo, Macahé, S. Joãoda Barra, Barra de 8. João, Aldêa de S. Pedro eCaboFrio, 3,8,13,18, 23, e 28.

Cantag allo , Nova Friburgo, Magé, Santo Antônio deSá, S.João de Itaborahy, Santa Anna a S. Joté do RioPreto, 4,14, e 24.

8. João d*EL-REi,Iguassú, Vassourai, Valença, RioPreto, Goyaz e Cuiabá, 8,48, e »8.

Sapucaia e Apparecida, i», sÔ,e3t.MAGK.Paquetá,Porto daEstrella, ePetropolfitodoi

os dias.Nictukrot todos os dias ás <• horas da manhã eájB

da tarde.

CALENDÁRIO!

JUNHO TEM 30 DIASif'

DIAS SANTOS DO MEZ.gpa7i3,15e29.

LUNAÇÕBS.Cheia a 8, ás 7 h. e 34, m. da tarde.Mlng. a 13, as 7 h. e 31, m. da tarde.Nova a 20, ás 11 h. e 96, m. da manta.Cresc. a 27, ás 7 h. e r.i m. da manhã.Sexta l~S. Firmo.Nasc.dosol áso h'e40m.—Oc. às 8 «20.Maré cheia ás 10 h. «1 9 m. da manh.

» » as 10 ii. e 33 m. da Tard.

ESTAÇÕES DO ANNO.O outono principia a 20 de março.O Inverno » a ai de junho.A primavera * a 22 de setemfc.O estlo » a si de dezem. %

PARTIDA í)OS OMNIBUS.

Botafogo.—ida: ás«, 7,8,9,1 o e n horas da m. j 1, s,*, 5,6 e 7da tarde.—Volta: ás 7,8,9,10 eu, 12 dam.; 9, », 5,6,7 e 8 da tarde.

Are al das Lararo.—Ida: ás 6 ui, 7i|3,8 iti, e H ntda m.; 1 m,««ia, 5 ni e 6 na dat.: no domingo hamais um carro ás 40411 dam.— Volta: ás 7 na, 8 4»e9 4jada m.:e4a4ia, 3 411, «na, 6 lj2 07 nadatarde: no domingo lia mais ura carro ái 14 11a damanhã.

Eng. Velho.—Ida: ài 6, e 8 {domingos edlassantoi1041a) da m.; et, * e6dat.-VoIta:ài7,e9(do-mlngose dias santos 44 Ira) ii. dam.:e3,5e7da t.

lioCoMPR.—Ida:ás6 4iae8i|tdam.;31iaes4iadat.Volta: ás7,1|2e 941adam.; 1111 mim dat.

Andarabv Pkq. -ida: ás 6 4 ia da m., e 4114 da t. -Vol-ta: ás 8 da ra. e 6 da t.

S. Christ.— Ida:às 6,7,8e9dam.; e 3 119.SI1S1, 44ia, 84i3 e ei is da tard.—Volta: às 7,8,9elodam.;3iit,4*i|2,51i9, 6111 e7 4il da tard. Eaosdomingos e dias santos de guardas, Ida ás 11 h., evolta ao melodia.

Rua n. do Imp. — Ida: ái 6 na e 8 411 dam.; 3e tfdat. —Volta: ài 7 4,1 e 9 411 da m. -, 1 a 6dat.

CÂMBIOS.

Cambio sobre Londres . .» » Pariz . . .» » Hamburgo .

Metaes — Ouro em barra .¦ Onças hespanholai.

» da pátria.

SS114a2.",!ií.376 a 378690.174318X1)031»000 a .11*200

» peç&idee^ioo velhas. l7»soo n i.saooo» » novas. i6»soo a I7»ooo» Moeda 1 de4»ooo . . 9$soo a ossno» pesoshespanhoes . , t»!)70 a i»odo» » da pátria. . . l»97o

Patacoes ..,,... i»070Prata. ........ 107 a los

» cobre 1 a 2 n cento de desaApólices de 6 por »]•. . . . 88 112 a 80

» provlnclaeü. . . . 86 a 81» Ir- nominalCOMPAXniAS POnLICAS.

Ifomei dal eomps. Quantias pag. Ultimas vendaPaquetes de vaporNictheroyOmnibusMonte do SoecorroBanco Commerc,

360» 0003()ll»0(l0400300o400*000Bl)0»000

4 de maio. 280»Nominal.19 (le Jan. <30#27 de jan. 148»27 do fev. 71o»

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PARTE OFFICIAL.

MINISTÉRIO DO IMPÉRIO.F.XPEDIE.VTE 110 DIA 11 DE MAIO.

Ao Sr. Manuel Antônio Gnlvão, cnmo relator da sec-ção do concelho ile estado dos negócios do império, re-melteiido-sc o oITlcio do presidente da provincia deMot-to-Grosso, e mnis papeis nniiexos, no qual participa queAlbano de Souza Ozorio, que presidiu a mesa parochlal<la freguezia da Sé, na eleição de vereadores c juizesde paz em 7 dc setembro ultimo, além de ter aceita-do o posto de tenente coronel da guarda nacional de-pois da eleição cm que sahirá juiz de paz, achava-sesuspenso como vereador da câmara municipal da ca-pitai.A' Illm.¦•» câmara municipal desta corte, approvan-do-sc a deliberação que tomou de mudar a denomina-ção da rua do Ferreira, no mangue da Cidade Nova, pa-raa de ruailcS. João.

Ao inspector geral do Instituto vacclniro, aceusan-do-sca recepção do seu oflicio de 10 deste incz, em quedá parte dos motivos porque fez suspender desde II demarçd ultimo a vacclnáçãò na freguezia do.EngenhoVelho, e dc que pretende faze-la continuar do dia 20 docorrente em dlnntc.

Ao gerente da compnnhia brasileira de paquetesde vapor, para que no primeiro paquete que sahir parao Sul seja transportado, como passageiro do estado, oengenheiro Pedro Orem, que vai servir na provincia deS. Pedro. — Communlcou-se ao Sr. ministro da mari-nha.* — Ao mesmo gerente, afim de que na primeira oc-casião seja transportado até A provincia do Pará, tam-bem como passageiro do estado, o capitão graduado dcengenheiros Marras Pereira de Sales. — Communlcou-seao Sr. ministro üa guerra.Circular aos presidentes das provincias, renetton-do-sc uma porção de exemplares do Auxillailor da In-dustria Nacional, pertencentes aos mezes de janeiro, fe-vereiro e março deste anno.

Ao presidente da provincia do Ulo de Janeiro, paraque, ouvindo as autoridades aceusadas, Informe áíercada represen lação em que Francisco José Soares c outrosse queixão de irregularidades conimellidas nas eleiçõesde vereadores e juizes de paz da freguezia de Nossa Se-nliora da Piedade dc Iguassú.

Ao presidenle da província dó Matto Grosso, aceu-sahdo-se a recepção dn seu ofíleio de 13 de janeiro ultl-mo, e das copias dos que lhe dirigira tanto a nova ca-'mara municipal da capital, como a que terminou suasfuneções a 7 do dito mez.

Ao director do curso jurídico dc Olinda, commu-nicandó-sé ter-se lleado Inteirado, pelo oflicio dc 31 demarço ultimo, de haverem terminado n'aquelle dia,debaixo da melhor ordem e sorego, os e-xaincs prepara-torins. tendo-so aberto no antecedente as aulas do ditoestabelecimento,

MINISTÉRIO DA FAZENDA.EXPEOIENTK DO DIA 10 DF. MAIO.

A' thesouraria do Ceará, remettendo a relação dostítulos dc diversos empregados para cila nomeados quese erivião, afim de que receba delles os respectivos orno-lunicntns i.a secretaria, dando entrada como suppri-mento feito pelo thesouro, e saceado solire o mesmothesouro a favor do conselheiro ofTldal maior.

A'do Pará, slniilliante.DIA 11.

Ao Sr. ministro da justiça, partlclpando-llie haverexpedido, cm coiisSqucucla do seu aviso de 24 de abril,ordem á rcccbcdoria do município para a entrada nacidade, livre de direitos, dos 30 eavalios que conduziro tenente José Antônio da Cunha, para o corpo mu-nicipal permanente; quanto aos outros impostos debarreiras, sendo provinclaes, aos respectivos presiden-tes incumbe o cumprimento do que a tal respeito S. Ex.houver de ordenar-lhes.

Ao mesmo, reme tendo-lho o ofilcio da thesoura-ria de Matto Grosso delK de dezembro, relativo á or-dem expedida sobre a licença concedida ao bacharelManoel Pereira da Silva Coelho, juiz de direito da co-marca dc Matto Grosso.

Ao da marinha, que para poder expedir a ordemde que trata o aviso de 0 dc_ março, para pagamentodo soldo do chefe de divisão graduado llarlholomeullaydcn, mister é declarar o cambio a que deve serfeito.Ao inspeclor da alfândega, para que ouvindo acommissão da pauta, Informe sobre a representação dc

FOLHETIM DO COEI» MERCAÍWlL

0 MIO DECEIMIIAS, O.POR

ttmm mmmmÊmi

diversos negociantes íícerca dos direitos do calçado es-trangelro. m

—. ao mesmo, parliclpando-lhe ter sido confirmadaa decisão a respeito da apprehcns.ão dos pacotes compeças de lonas, japnnas, camisas, barretes c meias,cujo processo se devolve.Ao mesmo, para mandar pagar a Severo FranciscoItamalho, proprietário da 16." parte dn traplcheda Ilhadas cobras, a quantia de 4«8U7üO rs. do arrendamentodo dito traplrho, desde 19 dc maio dc 1848 a 18 de fe-vereiro deste anno, ficando 8241/31.8 rs. para ser inclui-do no credito qiie se houver de pedir ao corpo legisla-tlvo.

Ao administrador da reccbcdorla, conformo reso-lução de consulta da secção de fazenda do concelho d'es-tado, se declara que os partidos do juízo dc orphãossão Isentos do imposto annual dc escriptòrio, por nãovirem especificados no regulamento Mel S de junho de1844, que síi trata dns cotitaitorcs"judlciaes.Ao mesmo, para expedir ns convenientes ordens áagencia do Imposto dosado, para que deixe entrar nacidade, livre dc direito, SO eavalios, queda provínciade S. Paulo conduz para o corpo de municipaes perma-nentes o tenente José Antônio da Cunha.Ao presidente do Ulo Grande do Sul, Instando pe-Ias Informações que se exigirão cm 18 de outubro sobrea queixa que fazem algumas casas de commercio Ingle-zas do Itio Grande, contra medidas tomadas pelo.Ins-pector da respectiva alfândega a respeito de navios qüese dirigem com carga an porto dc S. José aa Norte.A'thesouraria do Itlo de Janeiro; conforme avisadc Império de S, participa-se a nomeação de José Joa-quim da Silva para o logar de 2. "ajudante da agenciado Correio de Campos. ¦¦''''•¦;A' da Bahia, declarando que approva a deliberaçãoda tliesourarla, sobre a pretenção dos empregados doconsulado que se julgão com direito á parte de umaapprehensão eiTcctuada pelo guarda mór da alfândega,dc gêneros siibtrahldos aos direitos de exportação, dc-liberação conrorme com o parecer do fiscal, com o queconsta dos oíllclos, o com a allegação dn guarda mór,ludo fundado nas disposições do artigo 37,5 5.°, artigo284 do regulamento de 2a de junho-dc 1836, c do artigoií)8 do regulamento de 30 de maio do mesmo anno.A' de Sergipe, para o recebimento dos emolumen-tos do 2.o escripturario da alfândega Manuel.Antoniode Carvalho Aranha.'dar-lhe entrada como supprlmentodo thesouro, c sacar sobre o mesmo thesouro a favor doconselheiro olllcjal maior.-r A' das Alagoas, similhante a respeito do 3.» cscrlp-turario José Antônio Marques, e o escrivão da mesa derendas de S. Miguel. João Itodrlgues de Faria.A' de Pernambuco, cnnforrne aviso da justiça de 4dn correnle, se concederão 4 mezes dc licença com or-donadn, para tratar de sua saude, ao bacharel João Pau-Io dc Miranda, juiz de direito da comarca de Goyanna.A' de Pernambuco, com nferelãçãó (Jus títulos ile 1vários empregados, que se remettem para receber d'cllesos emolumentos, dar-lhes entrada como siipprimento esacar sobre o thesouro pela sua importância.A' da Parahiba, concedendo ao inspector seis me-zes de licença com vencimento para tratar da sua saude.A' do Maranhão, conformo aviso da justiça de 20de abril, manda pôi; á disposição do presidente :)8n.^,nuc se lançará na rubrica do 5 3.» do artigo :i.° da leido orçamento, para despezas da relação.A' do Pará, antorisando o augmento de/il9«#4!>!<na rubrica —Aposentados —no corrente exercício.A' de S. Paulo, para receber os emolumentos dolitulo do 3." escripturario Joaquim Roberto de AzevedoMarques, e proceder como a este respeito se tem or-denado.

A' de Santa Catharina, o mesmo a respeito dos ti-tulo do administrador e do escrivão da mesa dc ren-das de Porto Bello.A' mesma, conforme aviso do Império de 26 dcabril, para entregar ao demarrador Frederico Xavier deSouza 40»rs. pelo mappa da colônia de Santa Isabelque apromptou por ordem do presidente.

A'dc Minas, conforme aviso do império dc7, foidcmittldn Manoel de Jesus Silveira que servia de agen-tedo correio da villa deAyuruoca, enão Eugênio An-tonio de Araújo, como se participou cm virtude do avl-so d'aquclle ministério de B de março.

A' mesma, conforme aviso da justiça dc 3, que aojuiz dedircito Manoel José Gomes.Ribeiro, removidopara a comarca do Rio de S. Francisco, se concederãoK mezes de licença com ordenado, para tratar desuasaude. . 4

a''de Goyaz, conforme ^aviso do mesmo mlnls-terio de 44 de abfll,"se concederão ao bacharel-Esta-vão Ribeiro de Rezende, JuTz de direito da capital echefe de policia, 6 mezes dc licença córasetu venci-mentos para tratar da sua saude, a contar de 19 de fe-vereiro passadn, pagos pelo thesouro.

A' de Matto Grosso, para receber os emolumentosdo titulo do 3.0 escripturario João Nunes Martins, c omais conforme se ordenou ás demais thesourarlas.

— Circular, conforme aviso da marinha de 27 de abril,se autorlsão as thesourarlas das províncias marítimas,á excepção da do Piauhy, para fornecerem os dlnhei-ros precisos para as despezas que so houverem de fazerno corronto exercício com a acqulsição do menores parao corpo de impcriaes marinheiros, na conformidadedas ordens que por aquelle ministério ora se expedemaos respectivos presidentes; sacando as thesourarlasmensalmente sobre a intendencia da marinha da cortea favor do thesouro.

TRIBUNAES.

— Oh! não quero, nem devo sahir davizinhança do Steinberg sem primeiro tertoda a certeza que Guilhermina não correo menor perigo,.-interrompeu Franz comanimação ; liei de reclamar os direitos quelenho á sua mão, enquanto me rostar umalento de vida. ..Mas quaes são essesoutros obstáculos de que fallas, Sigismun-do? Não te entendi.

— Ah ! obstáculos bem vulgares e mes-quinhos para o filho do príncipe reinantedc Hohenzollern... Sabes, Franz, que euo Albcrtovivemos ha muito em commum...a modesta mezada quo Alberto recebe deseu pai, correeiro de atacado emBlenheim,apenas chega para as suas despezas de bo-tequim ; eu, pela minha parte, nem tantolenho por mez ... Pois bem I as despezasda tua enfermidade, as loucuras de Alber-to, talvez mesmo as minhas prodi^alida-des exhaurirão os nossos recursos, desorte quo o dono desta estalagem, apezardo seu puritanismo, já não está disposto afiar-nos cousa alguma. . .

" (l) Vide Correio Mercantil n. 147. ~"

Franz sorriu com tristeza.Pois é isso o que te afflige,'amigo

Sigismundo ? fácil se pôde vencer esse obs-taculo... Tenho em deposito nas maõs deuno1'banqueiro judeu de Manbein a quan-tia de quarenta mil ilorins, a que se reduztoda a minha fortuna... Esse dinheiro es-lá á tua ordem e a de Alberto.

—te Quarenta mil ilorins! repetiu Sigis-mundo com ar pensativo ; bem se poderiacom essa quanlia .. . Sim, sim, esla idéaé talvez uma inspiração do Céo ; hei de fal-lar a Ritter, hei de... Franz, proseguiu omancebo, é preciso que vás immediata-mente buscar esse dinheiro a Manbein, jáestás'restabelecido^ em estado de empre-heiider essa pequena viagem ; vou alugaruma barca com dous remeiros, e ...

Não sahirei daqui, não perderei devista, um instante sequer, esse desmante-lado torreão que encerra o que eu maisprezo neste mundo, exclamou Franz. Si-gismundo, meu fiel amigo, dá-me mais es4-ta prova de amisade, vai tu receber essaquantia ; com esta letra ao portador en-tregar-ie-hâo o dinheiro sem mais forma-lidade.

E estendeu-lhe um papel que tirou dasua carteira ; Sigismundo hesitou rece-be-lo.

Pois bem! disse emfim; estou promp-to a partir... mas com uma condição.

Qual é, meu bom Sigismundo ?Que durante a minha ausência não

farás nenhuma tentativa para entrarno cas-

SUPREMO TRIBUNAL DE JUSTIÇA,JULGAMENTO DO EX-PRESIDENTE DE SEUGI-PE, O IUCHAREL JOAQUIM JOSÉ TEIXEIRA.

Bèlatorio do procurador da coroa, servindode promotor.

. Pelo requerimento fl. i foi o bacharel Joaquim JoséTeixeira, ex'presldcnte da provincia de Sergipe, denun-ciado polo cidadão Manuel Antônio dc Carvalho Aranha,por ter elle na qualidade de presidente mandado, apretexto de.proteger.á liberdade da eleição, aportariade 29 de outubro de 1847, que se imprimiu no perlodl-co Correio Sergipense n. 4, ordenando ao chcíe de poli-cia que expedisse ordem ás autoridades policiaes seussubordinados para.qiic sem nova ordem daquella pre-sldencla não proseguissem nos processos já instauradospor denuncia, ou cx-oulclo, e nem Instaurasse novosantes do dia 8 do mez dc novembro; c que retirassematé o mesmo dia todas as ordens de prisão, que cm vir-tude de taes processos tivesse mandado passar; equeneste mesmo sentido proclamara ao povo daquella pro-vincia na mesma data, c impressa no mesmo periódicodo dia 30, após a mencionada portaria, liste é o factodenunciado, c delle prosegue o denunciante no seu re-querimento a deduzir corolários, todos oflensivos á se-gurança publica, eaos direitos constitucionaes cindi-viduacs dos cidadãos, e a figurar males desastrosos, aílmde aggravar, c fazer mais horroroso este crime, que de-nomlnou —attentado contra o § 12 do art. 179— da cons-tiluição do Império; e querendo classldca-lo em algumdos' artigos do cod. criminal fez exclusão de todos aquel-les cm que se poderia entender incluído este crime, co-mo os §s 1" c2"do art. 129, o art. 139, o o classificouafinal no art. 9S pedindo a pena deste arligo, com op-posição ao livre exercício do poder judiciário. AJunlnuo denunciante a este sen rçqucrlf»entn o periódico deque já llz menção, itendo ouvido ó réo respondeu a ri. 7principiando por mostrar que esta denuncia fora dadapor vingança, por haver elle suspendido o denunciantedo exercício dcoillclal-inaior de contadoria da thesou-raria provincial cm portaria dc 16 dc novembro quejuntou a fl. 9, onde dá por rausal o ter o denunciantepor meio de licenças para Ir á liahl.1 percorrido várioslogares da provincia para perturbara eleição primaria.Quanto ao fado denunciado dizquechcgando á provin-cia, e sabendo que o vice-presidente lloto havia expedi-do em um dia .Vi autoridades policiaes sem audiênciado chefe de policia, c estes estavão processando variaspessoas influentes do partido contrario an partido delloto, para osarredarda urna eleitoral, odlciára aoclic-fe de policia rccommendando-lhc providencias a respel-to; que este mandara vir uma.relação dos processos poraqucllasaulorldades.lnstaurados, mas não achando suf-fleiente esta medida confercnclíir.i com elle, que lhe.disse não ler força para obstar ao montão dc arbitrário-dades que pratleavão os delegados e subdclcgailos, ho-mchs escolhidos para aquelle fim, e que só um actoenérgico do governo o poderia obstar; e que não sendopossível a mudança dc tão grande n.umero deautorida*des perseguidoras, a que parecerja manejo eleitoral cmvésperas de eleições, dissera ao^écretario, que se acha-va presejite. « Ordene-se tcrmlnaiítemcnte ao chefe dcpolicia que torn^resnonsavcls os seus subalternos porqualquer pcrseguiça*,'e os ameace com a perda dos car-gos que oecupão,» e faça-se também proclamaçío cha-mando a seus lares os cidadãos foragidos por receio deserem presos injustamente. Diz mais que esta ordem eproclamarão lhe forão apresentadas de mistura com ou-tros papeis do expediente, eassignára sem lhes prestarsua maior attenção; que sendo entregue ao chefe de po-llcla, que tinha assistido á ordem que se tinha dado aosecretario, e não achando a portaria no pensamentodelle presidente, fôra Isso mesmo representar-lhe pes-soalmenlc; e lendo-a elle então attentamente, evendoque da redacção se poderlão originar duvidas, disseraao chefe de policia que explicaria melhor o seu pensa-mento; que com eflelto por nova portaria de »de no-vembro, que se juntou a fl. 11, determinara ao chefede policia que declarasse aos seus subordinados que

com aquella ordem de 29 de outubro não so entendeu aprohibição de se fazerem corpos'de delicio, edesopren-derem os criminosos processados cm regra, o em fia-grante, mas somente a quo se formassem processos pa-ra o fim unlcodoarrcdarda urria eleitoral alguns cida-dãos; c que passado

"o dia da eleição continuassem osprocessos crimes'Instaurados, nuaesquer quo fossem.Concluiu oréó a sua resposta afllrniando quenenhuusréos deixarão dc ser presos, que nenhum processo deixoudc proseguir; que sabia muilo bem a Independência dopoder Judiciário,'que nãoseoppòza c'la,.ncm olVendeuo pacto fundamental do estado, antes seu flui foi oppor-se para quo não a pisassem, e que se o denunciante nãohavia comprchonilldo as suas boas Intenções, as haviacninproliendido bom a província, porquo de sua assem-bléa legislativa havia recebido o mais honroso voto doagradecimento. A esta resposta juntou o réo os trosdocumentos dequetlz acima menção. Proccdendn-sea sorteio na fôrma da lei a (1. 12 e cm conferência dosjuizes sorteados, lavrou-se o despacho dc pronuncia afl. 12 v., sendo o réo pronunciado como incurso naspenas do art. r5 (|o código criminal; c sendo cm con-seqüência preso o réo, que espontaneamente so ai.rc-sentara, como communicou o tenentetoroncl coinman-dante dos permanentes, em scu.ofllclo fl. fs, deu-sevista dosautos ao Exm. conselheiro promotor da justiça,que formulou o lilicllo fl. 17, -reduzindo a artigos o«pendido na denuncia, que já fica relatado, comittopor evitar repetições, concluindo que o réo fora con-demnado nas,penas do art. <i!> do código criminal, emque tinha sido pronunciado Sendo o réo intimado paracontrariar o llbcllo, assim o cumpriu a II. si. Nesta suacontrarlcdade articula ser supposto o fundamento dolll)cllo,|dizeiidn-scquc elle réo havia confessado, na res-posta a fl. 7, ter expedido a portaria dt 2o dc outubrodc 1847; pois que não podendo deixar do confessar asua assignatura, esta confissão era apenas relativa aofacto material da expedição dáquellc oflicio, e não ámoralidade delle, como já havia explicado na mesmaresposta, e entendido na conformidade do ollicio fl. 11,ficando bem patente a pureza do suas intenções comos documentos que juntava do n.° 1 a S. Que o oill-cio explicado, como foi, contendido ainda melhor pelosreferidos documentos agora apresentados, não podiaproduzir oselTeltos qne suppoz. olibclln; c nem o seudenunciante argulii, o menos provou de modo algumque tivesse effeilo o referido oflicio em algum pontoda província. Que era Impossível provar-se que tivesseresultado algum o mencionado ollicio, porque, apenasexpedido, fôra immediatainente fixada a sua verda-deira inlclligencia, única por que deveria ser exeqüíveldc donde uão podião resultar oselTeltos nuc a denun-cia co libeilo liicaltribucm; que não era, nem podiaser contrario no§ 12 do art. 1?9 da constituição, nema qualquer outra lei vigente; c que não podia precederesta aceusaçao, por não ler Incorrido nas penas do art.9lí do código ciiniinal, nem em qualquer outro art. domesmo código. E contrariando por negação o mais quelhe podesse prejudicar, protestou convencer a final, erenunciar an termo assignado para contrariar, assimcomo aos mais termos probatórios. Os documentosmencionados nesta contrarlcdade são: o l.u, um olliciodirigido ao juiz dc paz dc Itabalanliilia dc 3 de novem-bro cm rcsposla ao do 1." do mez, no qual o réo diz quenunca forão das Instrucçoes daquella presidência fazarque volcm ou sejão votados cidadãos1 que a lei exceptiia,enem também impedir que se facão corpos dc delicioe se prendão criminosos achados cm flagrante, ou pro-cessados cm regra; mas unicamente obstar que peloreceio de processos ad hoe se. tolhesse o direito de votar.0 2.°, é um oflicio do chefe de policia dando parle dchaver exigido dossubdelegados a relação dos processosque o réo aceusou na sua resposta e contrariedade. O3.o, 6 uma circular do presidente aos juizes dc paz re-'comincndando-llies a maior Imparcialidade no acto daseleições. O 4.», é outra circular ás câmaras miinlci-paes da provincia communicando a sua posse, e ma-nlfcstando-lhes o seu programma governativa—Justiça,concórdia ccngraiidcclmento material e morai da pro-vincia—, O S.°, finalmente, é um ollicio dirigido ao chefedc policia recommendando a liberdade do voto nas pro-xlmas eleições, e qüe o mesmo se recommende ás auto-rldadcs seus subordinados. Hio dc Janeiro, I» de maiode 184o.—Campos. ¦ l.

¦iu ¦IKJÇÇEHOA^

Vistos estes autos de denuncia jj aceusaçao ex-ofllclo,Intentada contra o réo Joaquim íqsé Teixeira, cx-presl-dente da provincia de Sergipe, mostra-se haver sido oréo denunciado pelo cidadão Manuel Antônio de Carva-lho Aranha, c pronunciado a fl. por'ter violado a cons-tiluição do império, e Incorrido nas penas do art. 93 docódigo criminal, pois que, a pretexto de proteger a li-,berdade da eleição, expedira a portaria de 29 de outu-bro de 1847, ordenando ao chefe de policia que expedis-se ordem ás autoridades policiaes que lhe erão subor-dlnadas, para que sem nova ordem da presidência nãoproseguissem nos processos Já instaurados por denun-cia, ou ex-ofllclo, nem instaurassem novos antes do dia

tello de Steinberg e fallar a Guilhermina.Mas, se sobreviesse algum aconteci-

mento, Sigismundo, se eu soubesse...—,,Aqui estarei de volta amanhã; além

de que, dovo dizer-te que me oceorre umprojecto que tornaria agora inúteis todasessas temeridades.

—• Inúteis 1 pois tencionas livrar Gui-lhormina da vingança do seu terrível ir-mão ?

¦— Tenho toda .a esperança de induziro barão a reconhecer de boa Vontade o teucasamento com sua irmã ... uma vez, po-rém, que elle não tenha de todo perdido a,rasão.

Será possível, Sigismundo ? Expli-ca-me . .. .^

O tempo urge ; e demais, aiuda pre-ciso amadurecer o meu projecto antes depol-o em execução. Confia em mim- embreve, talvez amanhã, findarão todas astuas angustias.

Oh 1 que se tal fizeres, dever-te-heimais que a vida. Sigismundi 1

Então proraettes-me não tentar pas-so algum temerário durante a minha au-sencia ?

Sim, amigo, o que poderei eu fazersem ti.

Eia pois, animo 1 tornou Sigismun-do levaniando-se com resolução. Pede aoCéo que proteja os meus esforços, que ain*da fruirás a ventura neste mundo.

Os dois amigos abraçárão-se com eíTu-são. Sigismundo repetiu a Franz as pala-

vras sacramentaes que elle devia proferir,em caso de necessidade, para fazer-se obede-cer por Alberto Shwartz, e sahiu precipi-tadamente, depois deaindarecommendar to-da a prudência ao marido de Guilhermina.

D'ahi pouco, o mancebo partia paraManbein em uma barca impedida por doisvigorosos remeiros. Franz, acompanhou-apor muito tempo com os olhos, de pó een-costado á sacada do seu quarto; mas a bar-ca era uma dessas embarcações compridase esquias, tao afamadas pela sua velocida-de, e ajudada pela corrente, bem depressaappareceu como um ponto negro na azula-da superQcie do Rheno. Quando ella su-miu-se, ao quebrar uma das sinuosidade»do rio, Franz ainda julgou ver ao longe oseu amigo, de pé na popa da barca, apon-tar-lho para o Céo em signal de esperança.

Franz ainda esteve muito tempo com osolhos-fitos no ponto do horizonte onde apequena embarcação acabava de desappa-recer, mas pouco a pouco volveu-os dos.es-plendoresdo rio e alçou-os para o castellode Steinberg. Algumas nuvens alvacentasatravessavão o céo e mais fazião sobresahiro sombrio perfil do velho torreão; osrden-tilhões de suas ameias avultaváo ao vivopor entre essas massas aclaradas de luz.Franz, encostado à balauslrada da janella,olhava com tristeza para essas grossas mu-ralhas que encerravão todas as suas afiei-ções, mas o inexorável e lugubre edifícioguardava cioso o segredo dosacontecimen-tos quo talvez mesmo a essa hora n'elle se

8 de novembro; e quo retirassem alé o mesmo dia todaas ordens de prisão quo cm virtude tle taes processostivessem mandado passar. Allega por uliimo quo o prè«isidente proclamara também aos novos neste mesmo suu-tido.

Dcfendcii-so o réo negando a Imputada violação daconstituição, e o ler Incorrido nas penas do uri. li.i docódigo criminal; pois que punindo este artigo a opposl-ção direcla c por factos ao livre exercício do poder ju-diclarlo, jAniais se poderia considerar como opposiçãodirecla epor factos a expedição da portaria que faz oohjecto desta aceusaçao; quo a opposição direcla eSporfactos só poderia rcailzar-se com força p mão armada;pois quo consistindo este poder no complexo dotoilosos magistrados, só com mão armada so poderia fazeropposição ao livre exercido das suas attrlbuiçõcs, i; nãocom uma portaria dirigida ao chefe dc policia.

Que esla portaria fera logo declarada por nova poria-ria de :i ile novembro, dlzcndose nesla que a prohihi-ção d'aquclla só se deveria entender a respeito dos pro-cessos Instaurados para o único lim de arrediir da urnaeleitoral os cidadãos, eque concluída a eiolçãó (leverlãocontinuar os processos crimes Instaurados, qiíaesqiiorque fossem Que sendo assim explicada o entendida aportaria de 29 dc outubro, dosapparecla o equivoco doque se aproveitou o denunciante para fazer a sua dc-milícia. Que aportaria de 2!) ile ouiubro ainda mes-mo explicada pela de II de novembro; que se via ali.,nun chegara a ter execução, nem produzirá ollcito ai-gum: que derão causa a expedição dVllo as repelidasarbitrariedades que pratleavão as autoridades pollciaosCom o fim de dominarem as eleições. Quo lão lójigoeslava do violar u constituição do Império, qne nulos,para melhor observa-la o cumpri-la, expedira ordemao chefe de policia, ccircuiar aos juizes de paz, recoiu-mcndando-lucsu maior Imparcialidade no acto das ciei-ções. Que seus actos como presidente ciáii dérhoiis-trattvos das suas boas intenções e da sua vontade decumprir exactamentu o constituição, pelo que mereci'1-ra da câmara legislativa provincial um volu honroso dnagradecimento cm duas cartas, que lhe dirigira, c porIsso as apresentava cajuiilava ao processo; que poi lan-to não.havia violado a constituição do império, o mui-to menos incorrido nas penas cóminiiiadus uo art. 9g docódigo criminal.

Oque tudo ylíto, examinados o.s documentos, 6 pon-deradas as exposições vorbaes do procurador, defensordo réo, como seja cerlo em direito, que não lia crlmiiiò-so sem má fé, c sem Intenção de praticar o fticlo crinil-noso, c sem que uma lei anterior o qualifique comi)tal, prohiblndo-o especificada o expressamente, clcslg-naiido-o ecommlnaiido-lliu as pena';, para no ciso deInfracção lhe seroin Impostas pelos juizes, art. i»«» q-3.»(Io código eliminai, vem em conseqüência dcsi.es prln-clplos a ser patente a liiiprocedoiiciií da iiiicni.iila aceu-sação; porquanto provado se acha que a Intenção e pro-poslto tio réo ní.0 liverão por lim o supposto crime doopposição ao livre exercício do poder judiciário, antesos seus actos como presidenle da província provãp ocontrario, porque desde logo tirou o equivoco da por-tinia que faz o ohjecto da aceusaçao por oiilrn porta-ria, em a qual, além de declarar aquella, dclòrinliioüao chefe de policia que expedisse ordens usinais ler-miiiantcs para que fosse capturado o executor do assa."-sliuito commcttido na villa dc S. Amaro, documento a 11.ll. Na mesma data de :i dc novembro, escreveu ao juizdepazdellabaiana, dizendo que nunca fôra da inten-ção do governo da provincia Impedir que se [ízcssciiicorpos de delido, e se prendessem criminosos fichadosem llagranie, ou processados em regra, documento fl.•24. Na circular aos juizes de paz recoininciida-llicsque protegessem a liberdade do voto no acto das ciei-ções. documento fl. üii. A mesma recomiriciidaçno fezao chefe de policia, documento II. ii, o que lüílo mos-Ira que o Intuito do réo nao ela praticar um crime,mas sim evitar que se commeltessem crimes, o que ai ri-da quando menos legalse podesse julgar ómolo, do tinolançou mão para obter esse fim, Justificável era elle emface do art. li, 11.» do código criminal.

Portanto, e pelo mais dos autos, o o ponderado ver-balmente pelo defensor do réo, o absolvem ila aceusa-ção,coiitra tile feita, e mandão que se dé baixa na çul-pa, c seja solto c livre; c sendo primeiramente selladosos autos, pague a municipalidade as custas. Ilio de Ja-neiro, cm sessão deste tribunal dc IS de maio dc 184a,— (Assignados os membros do tribunal.)

TRIBUNAL DA RELAÇÃO.Presidência do Sr. conselheiro Cavalcanti.

SESSÃO EM 28 DE AltltlL DE I8i!>.A's 9 horas da manhã ahriu-se a sessão, achando-se

presentes os Srs. desembargadores Miranda itibeiro,Vianna, 1'antoja, Lisboa, Cerqueira, Draga, llarbòzii,Vellozo, lllbelro, Costa Pinto, Vuldetaro e Vaz Vieira.

passassem. Nenhum semblante apparocianas setteiras que servião dc janellas do la-do da campina; nenhuma forma transpa-recia porentre as ameias. Por toda a partereinava o mesmo silencio o immobilidade,no Steinberge nos sous arredores; só ascegonhas ainda pairavãonos ares por ei-ma da torre.

Franz acompanhava machinalmente comos olhos as continuas evoluções desses pas-saros.

As cegonhas ora calavão á terra com arapidez da setta.ora se romonlaváo o se con-fundiào com as nuvens; de vez em quandopousavao afagando-so nas chaminés, nastorres e nos tectos de chumbo do Stein-berg.

Felizes pássaros 1 dizia o mancebosuspirando, acabão talvez de roçar com aspontas das azas a janella do quarto da mi-nha Guilhermina ; pudérão ouvir um sus-piro dos seus lábios, um som da sua mei-gavpz. Não ter eu também azas para voaraos seus pés !

E silenciosas lagrimas lhe banhavão opallido rosto.

Como são mentirosos os presagios !tornou Franz após ligeira pausa ; quandoestes pássaros de bom agouro tornarão aapparecer no velho castello depois de vin-te e cinco annos de ausência , dissérãoos amigos dessa familia quo ia outra vezraiar para ella a prosperidade... até eu che-guei por instantes a persuadir-me que erao instrumento de que a Providencia so

¦-.' .^¦>I-Oç-.::-.^^-..--:'::

ILEGÍVEL-

sow i

dorréó Mercantil. miiMma{ia.LmmaiM,mmaKmmmir^t

romnarccftrão depois os Srs. Bellsarlo,nos

Machado Nu-'-"rtilgouTo c Pimenta Bueno, faltando com causa

íariidídS os Srs! Oliveira Coutlnl.o, Pinto CDIchorro,liainlroi c Mascarffnhas

Nio esteve presente o S>r,coroa e fazenda.

BXPKOIESTE

conselliclro procurador da

i»„ co iiní nmclo do juiz dos orphãos da corte, com aI,cu-sc unilomciu cJoinMlu|llc.1I1(lo (inc.por ter deim» <i...T? ile abril, coininuiucanuo que, pur ua »»

„„" ÍSoeridô o esc ivâo do seu juizo, Cândido MartinsnIsahtos Vianna; ajuramentara por tempo, dc um

m« Incrprínclptnr. a correr do dia 13 do mesmo me?,hJoaoíXpinna para servir durante o seu Impedi-incuto. ;,

Mandou-se arcliivar.BESPACnO BE FEITOS.

Aggravos de petição,H 9S3.-ABgravanle, Honorlo José Teixeira; nRgrayn-

„«!' n Mario Anna maquina da Silva, e outro . po juizdSnslíooSr. Be isario.ijuignu-se negar provimento ao,!' o interposto a fl. 389 v. do despacho a fl. 389.a=Tfl84 -Agravante, Ellseo Antônio l)ias. por cabeçann st a mulher; agravada D. Thereza Perpetua dc QU-veirà Fo JulizdofeUó o Sr. Machado Nuncs.^Julgou-scnao conhe

"rdo aggravo interposto a fl. 303 y. do deípa-

cho a fl Mi, por ser apresentada a sua petição ou ml-"tilsPfelfenl^P ü? Frcllns Vurtado: ng-ara ado Francisco Barbosa de Campos. Foi juiz do folio.8ícenuelra.-Jdjgou-sc. IffMMlSvencido conhecer do aggravo Interposto a fl. !8jW$nrnvlmónto mandando-sc que o juiz a quo, reforman-' Sòo seu dcspS'de fl. 117, denegue a vista pedida pelo

T.É ^A™^^xanaSé Coelho; agçra-,auóI buie.,1 JoséVcoes Vianna. Foi urz <o Mio oSr. Braga. - Julgou-se negar provimento ao aggravo in-iprniislo a fi. 72 v. do despacho a fl. 42.%! ns» -ÀRsravanlc, Alnre do Mekimici cr; aggravo-mmmm d«Carvi,lh0-Foi julz {l° £01 ° ° *$5 rbo a.-Julüou-sc não conhecer do aggravo interpostoa ii; 85 V. do despacho a fl. 25, por nao sor caso delle.

llabeas corpús.N 38.-Pacicntc, Manoel Lucas. Foi juiz relator o Sr.

Braga.-Julgou-se mandar passar ordem de soltura a fa-vordo paciente.

DILIGENCIAS.

Appellações eiveis.* «S77.-Appellante. n. Maria Emliia de Moura Vaz!

anneHad., D. Maria Cândida de Moura Prado. Foi juizflore"too Sr. Araújo Vlanna.-Julgou.se mandar n fei-lü con. vis à ao curador geral dos orphaos, para olllclar

Feita a leitura da acta, «ue foi achada conforme, le-vantou-se a sessão à uma nora e vinte c cinco minutosda larde.

(ÇE86ÃO EU 30 m >BWL »E |&9»

Presidência do Sr. /conselheiro Cavalcanti.As pove horas da manhã abriu-se a sessão, achando-se

presentes os Srs. desembarg84orcs, Miranda Blbeiro,Araújo Vianna, panloja, Lisboa, Machado Nunes, Cer-queira, Braga, Barj)osa, Velloso, Mascarenhas, Klbeiro, Costa Pinto, Valdeiáro, c Vaz Vieira. mniín« riffÀii<sivn nata avelha diplomacia.

Compareceu depois o Sr. iiclisario, faltado com menos Oliensiva para a ™ " »i, rpmbm• - irs. Oliveira Coutlnho,. Chichorro, Q encarregado de negócios da trança, repman

Mudou-se o espirito e a fôrma de toda -Ajlema-nha. Surgiu um novo império; a nova Alloma-nha toráíim novo imperador.

O rei da Prússia, um Ifohen»ollQrn e chamadoasqeeetlcr aos Othpns, aos flobeustanfens, $o.sUabsboqrgsj _, _ . ,

Tado isto se faz sem que a frança ollicial osaiba. O governo da frança, o mais revoluciona-rio da Eurppa, tomou nesta questão a attitude a

causa participada os Srs.Paulino, llamiro, e Pimenta Bueno

Não esteve "presente o Sr. conselheiro procurador aa

coroa efftzeuda.EXPERIENTE.

Leu-se um offlcio do Sr. conselheiro desembargador

negócios ,, ..do-se muito feliz de % sido admiltido na socteda-de das grandes personagens políticas, nada exi-

gia, nada perguntava. Todas as vezes que seusoi metternicte, ou os inimigos da nova

José Antônio pimenta Bueno, cóm a data de 30 aVabril, Allemanha lhe perguntavão a sua opinião, elleparticloando não poder, por Incommodo, assistir a con- mainr Gravidade os referia ao seu governo,ferencia desse dia. LUU1 *J",a"" b" „:„:„.„„„ f,.,

uillicrmc;_SSK^ do_feito o^'a 'vi nn,!.- Julgou-se mandar descer o; ftIlo U

á nova e curial avaliação dajuizo a quo para se procederCiNS%il'l - Anpellante, João Pinto Klbeiro; appellada,a camara mim Cipal da cidade da Victoria, por seu pro-eu o

"o lute do leito o Sr. Panloja. - Julgou-se pur

sè tenra a desistência constante do termo a (1. 87.N

"sôV-Priiiieirnappcilaiite.o juiz; segundo appel-

ümúC Antônio Pinto Ferreira Vianna; appel lados, Aiuo-nio Pinto Ferreira Vianna e o procurador dos feitos dafita( :Fo1 jul'/ do relto o Sr. Lisboa.-Julgou-se man-„• e cer o feito ao juizo a quo para ser a causa nova ecurialmcnte avidlada

N "898 -Appoiiamè, Agostinho de Camargo Penteado;anneíuidos; José ilo Almeida Pacheco e sua mulher, loi'io

relto o Sr. Lisboa.-Julgou-se mandar remelter ofeito aô juizo da terceira vara para se proceder a nova ereáülai-avaliaçãoda causa.

í; "h«

18 -AiMKiHantc.ojulzo;appelíados,AnlonioLo-pes, José ioiiqülm Gomes c oulros. Foi juiz do leitoobr.CcraSá -Julgou-se mandar descer o feito ao juiz aoiio para se proceder a avaliação da causa.

N -MSI.-Appellante, Antônio Alves def.arvallio; ap-íielíallos. Francisco dePaula Corrêa de Toledo. Foi JuizIo feito o Sr. S. de Souza.- Julgou-se receber os artigos

dc habilitação a II. 113, para serem contrariados ou con-f'f"!.87l.-Appellante, o juízo; appellado, AntônioMendes de Oliveira Castro. Foi juiz do feito o Sr. Ribeiro.-julgou-se mandar averbar os competentes direitos daC'TVsiiT-APPellante, Francisco Honoralo de Moura c5ua*rnulhcr; appelíados, José Felisardo da Süva esuamuller. Eo i juiz do feito o Sr. Pimenta llueno.-Jul-ei

"se mandar vér o feito pelo desembargador Mascare-

ilhas que depois do desembargador ltainiro era quem!lcvià fnzí* lo; ficando assim inutillsada a nota de vistasdo desembargador Ribeiro. , ,

K. Í530.—Appellniilos. Manuel Joaquim (Ia Lapr "«cus filhos menores; appellado, José Anlonio dos Santosmm *"i j»iz ll°,eit0 °Sr- 1>lme"ta 1,!lclv°/-JU|-c( -se mandai- ver o feito pelo desembargador Mascare-n

"s < uo depois do desembargador Bani ro- era quem

le ià rà/e-lo llcáhdo assim inutillsada a nota dc vistasdo desembargador Ribeiro. , ,, .,.

K M88.-Aiipellaiues, Manuel Antônio Alves c;C.«;anpélladò, Mi nuel Alves dc Oliveira. Foi juiz do feito osTvz Vieira.-Julgou-se mandar llcar sem ei cito porliVeomelenle anota de vistas do desembargador Ços.laPinto e seguir o feito com os lmmcdialos ao desembar-gadorValdetaroN .,1V. _ .M„)ellantc. Fernando (*utlcrrcs;appcllaila,D Mnrlanno IlevdeurecU. Foi juiz do leito o Sr. Panlpja.-Julgou-se reformar a sentença appellada dç I.M y.T..,n MiVnivmi ii iinnéllada dn id.lalldado da divida

cuiidem-iicdida no Hbcllo, <* constantedaJeiraail.nndo-se a mesma appellada a sas lazer ao appellau e

aquànlia dc2lí»SüO. metade da importância da ditaiciiii e os furos respectivos. ,, _, I

N"w O;- Appellanle, José Manuel de Carva ho Cha-vcs:

" ..'liado Manuel Moledo. Foi juiz do feito o Sr.

Panloja. - Julgou-se confirmar a sentença appellada de"'NMsisi.-Appcllanle, Joaquim José de Oliveira Cas-tro-'nnncllado, Antônio Prudente da Fonseca. Niljuizdni feito o M'. Lisboa. - Julgou-se desallendldo o reque;rlmento de II. I8!>, haver por nullo o processado cx-jl..sáem diante, por ler sido um dos avaliadores incoinpcieii-temente niiineado pelo juiz dacnusa, e não poreirnitodc louvarão a apífíziincnlo das parles; e outrosim man-dar renietlcr o feito ao juizo a quo para proseguiremnelle os seus lermos.

N 2f!il -Appellanles, Antônio Soares da^ol)rcga esua'niullier; appelíados, o padre Antônio dc ProençabulntanllDiic outros. Foi juiz do feito o Sr. Lisboa.-íulgou-sedesprezar os einbargosoppostos ali. h-tk aoacórdão de 11. ííl. . , , ,, .

N 270a.-Appellante, João Rodrigues Lima; appel-lado, Joãollaplista Martins. Foi juiz dofelto o Sr.Lisboa.—Julgou-se não conhecer da appellação Interposta a II.7-2 da sentença a II. 70, por ler sido apresentado fora dotermo legal. _ ..,,„.«N •'«:> -Appellante, João Jaeinlho dc Mendonça;iuinelíadiis, 1). Francisco Luiza da Silva e seus filhos.Fo juiz diVfcito o Sr. Lisboa. -Julgou se nullo o pro-cessado cx-ll. 114 v. em diante pela incompc|.eucia dosárbitros que, por effeito de uma simples declaração desuspclção nao motivada ou jurada, passarão a tomar co-nheclmeuto do feito.

Mandou-se archivar,DESPACHO DE FEITOS.

Aggravos de petição.K.989.—Aggravaiite, Anlonio Pinto Vieira Peixoto,

como teslainentelro de Joaquim do Babo Pinto; aggra-vada. O. nernarda Ueiiedlcta dc Lima. Foi juiz do feitoo Sr Velloso. -Julgou-se dar provimento ao aggravoInterposto a fl. 87 v., roaiidando-sè que o juiz. a quo, rp-formando o seu despacho dc fl. 8li, copeeda nos. pro-prios autos a visla pedida pelo aggravante. ¦*<

N 991, — Aggravante, Manoel Gomes de OliveiraCouto; aggravado, João Ventura Rodrigues. Foi juizdo feito o Sr. Ribeiro. — Julgou-se nao conhecer doaggravo interposto a II. 87 V. do despacho, a fl. 38, pornão ser caso delle. '

llabeas corpus.N. 39. — Paciente, José Gomes Morelrp. Fòljuiz re-

Intor o Sr. Barbosa.—Julgou-se, tendo sido'apresen-tado o paciente com os esclarecimentos exigidos, dene-gar-llie, â vista delles, ordem de soltura.

Becursos crimes.N. 3.19. —Recorrente, ojuiz; recorrido, Manoel José

de Araújo, como inspector da thesouraria da fazenda daprovincia dcMallo Grosso. Foi juiz do feito o Sr. Pan-loja.—Julgou-se negar provimento ao recurso Ipicr-posto ex-oilicio do despacho de nãQprohuncIo a fl. 33.

N. 340. — Recorrente. ,Candidò LOpes de Almeida;recorrido, Manoel Bento de Araújo.' Foi juiz do fe|too Sr. Lisboa. — Julgou-se dar provimento ao recursotrapseripto a fl. 49, c proveniente do despacho lnserto a11.48, mandando-sc continuar o recorrente nos termosda iiccusiição, de'quo indevidamente foi privadOj para-proseguirem por parteda justiça. . ...

N. 342.— ltecorrenle, 6 juízo; recorrido, Manuel Joséde Araújo, como inspector da thesouraria da razenda daprovincia ile Matto Grosso. l"oi juiz do feito o Sr. Ma-cliado Nunes. — Julgou-se negar provimento ao recursointerposto ex-offlcio do despacho de nao pronuncia aII. 28 v.

N.343.—Recorrente, a justiça por seu proniotor;recorrido, o tabellião João Comes Guerra de Aguiar.Foi juiz do feito o Sr. Cerqueira. —Julgou-se dar pro-vimento ao recurso transcripto a II. 38, liiandando-seque o juiz. a quo, revogando os seus despachos de11. 3 e II. 3 v., denegue a fiança pedida pelo recorrido.

jiu.ir.iiSCiAS.Àppellaçnes eiveis.

N.2921. — Appellante, João Lopes do A|mclda; ap-peitado, Firmino da Cosia Bodrigues. Foi juiz do feito

Sr Araújo Vlniina. Julgou-se mandar não só r.emet-ler o feito ao juízo da 1" vara municipal para ser acausa nova e e.urlálmcnle avaliada, como satisfazerdepois os competentes direitos declianccllarla.

N. 2087; — Appollantes, 1). Jeronyrna Maria do Me-nozes e outros; appellado, Francisco Antônio Vieira deBarros. Foi juiz do feito o Sr. Lisboa. — Julgou-se porsentença a desistência constante dos lermos afl. 2il cfl. 218 v. „• ,

ls\ 2914. —1.» appellanle, o juizo; 2.° appellanle,Frederico Falkman; appelíados, José Antônio Coelho,curador da herança' jacente dn finado llerniano Cor-des e o procurador fiscal. Foi juiz do feito o Sr. Vcl-loso. — Julgou-se mandar rénjcttor o feito ao juizo da2.H víira municipal para se proceder ft nova e regularavaliação da causa.

N. 1899.— Appellante, Manpel Jordão de Vargas cVasconeellos: appellado, Manuel Ignacio de Sousa porseu procurador. Foi juiz do feito o Sr. Machado Nu-nes. —Julgou-se confirmar a sentença appellada de(1. 228 v.

N. 2120. ~ Appellante, D. José Antônio Freire de An-drade; appelíados, Joas Rudgg esua mulher. Foijuiz do 1'cllo o Sr. Valdelaro. -Julgou-se desprezaros embargos oppostos a II. 200 no acórdão de II. I!)(i v.

N. 2728. —Appellanles, Joaquim Rabello Teixeira eoulros herdeiros dc Manoel Bifaclro Teixeira esua mu-lher; appelíados, Sllyerla Dias Moreira c outrosher-déiroü de Manoel Ferreira dos 'Santos; Foi juiz do feito

Sr Vaz Vieira.-Julgou-se não conhecer do aggravono aulo do processo a fl. 103, por nao se citar lei que

oautorise; e ouiio-sini haver por nullo lodo o pro-cesso, tanto por ser feita a primeira citação cm diaconsagrado ao culto divino, como por ter proseguidosem habituarão dc todos os interessados na causa.

N 2748. -Appellanles, Lino José Alves esua mulher;appellado, João José de Souza (jujntanilha. Foi juiz dofeilo o Sr. Vaz Vieira. —Julgou-se confirmar a sen-tenca appellada de II. 130 v.

K. 27SU. — Appellantes, O. Maria «albina e oulrosherdeiros de Ignacio Anlonio Ribeiro; appellada,Anna Hosa da Conceição, aulorisada por seu marido.Foi juiz do feilo o Sr. Vaz Vieira. —Julgou-se coníir-mar a sentença appellada dc 11. 88 v.

i\'. 2738.- Appcllanfes, Quintlllano Mendes Montei-roe oulros, testamenleiro e herdeiros de Francisco dasChagas de OHveira; appellada, Boza Miquellna da Con-cclrao. Foi juiz do feito o Sr. Vaz Vieira. —Julgou-se nãoconhecer doaggravo no aulo do processo a ll.8(iv.,pormiosecilar especiflnidaniente lei que o autorlse, e ser In-tepipestivamenle interposto; outrosim, não se tendovencido a nullidade do processo, confirmar a sentençaappellada de 11. H4.

Feita a leitura da acta, que foi achada conforme, dccla-rim o Sr. conselheiro presidente da relação que as con-ferenciás d'ora em diante principiariao íis 10 lioras damanhã; e levantou a sessão á uma hora da tarde.

Á única cousa que os ministros francezes conser-vão com habilidade universalmente reconhecida,o a sua silenciosa gravidade, que cenlinua a aco-bertar sua real nullidade.

Está a-França determinada a proteger fl ovp-nisação deste novo império, pu atrevo^e-ha ellaa combate-lo ** . ,

Um tal facto, alguns annos passados, teria der-rotado toda Europa.

Napole5o teve que ganhar vinte batalhas pri-rneiro qu»fizesse a Europa reconhecer o seu novotitulo de imperador da republica franceza. Sfiovoltas quo o mundo da. Esto novo imperador daAllemanha não encontrará opposição sistemáticada parte das monarchias, nem mesmo ainda do•'overno quasi republicano da França."

O rei da Prússia tom em suas müos a sorte dospovos da Allemanha. Na grande lula entre oVov.Pmundo e a velha sociedade, entre as republicasrecém-nascidas e as monarchias agonisantes, éo povo quem da o exemplo do respeito da legalirdade, e mesmo da historia.

; O povo gosta das recordações dos tempos pas-sados. A poesia, a historia, a fé e a esperançaiiiííuirSo na escolha do novo imperador, elemen-tos-eleitoraes estes deque a França não faz maiscaso algum. ,

Como responderá o rei da Prússia a esle appelloque lhe faz o povo allenião? Aceitará ?,e se acot-tar comprehenderá o sentido deste appello?

Elle {áin diante de si dous exemp|os, duas es-iradas, ê duas maneiras de obrar.

Primeiramente, o exemplo do imperador d Aus-iria que aceita tudo, constituições, e revoluções,que as aceita publica eòllicialmente, quê as juraá face de Deus e dos^nomens, porém com condi-ção de tomar a sua applicação impossível Temdiante de si o exemplo do ex-rei Carlos Albertochamado a governar a Iialia, o aceitando a ofter-ta a seu pezar (todos sabemos o uso que deliafez.).

O rei da Prússia faria bom de abandonar estesexemplos históricos, e de criar, se ó possivel, umacousa sem exemplo.

Uma realeza, ou um império popular. .O que haveria a temer não sSo as invasões es-

tranrtfiiras, nem as lutas com os parlidos dissi-dentes do interior; são os conselhos d* seus amt-.«os os aluados do imperador d'Áustria e dal\us-sia. Em summa, deverá elle unir-se á Austria, aRnssia, ao ministério francez, ou antes aos povosda Europa?

Todos os poderes novos elevados pelo povo,Luiz Philippe, Clilopicki, Carlos Alberto prefe-rirão a alliança com inimigos.

Todos elles cahirjip.O ministério ací\ial do novo poder da trança

trabalha com todas as suas forças para faze-la ou-irar nesta politica que acaba por um estampido.

O rei da Prússia escolherá, os povos oacun-selharüol [Tribune des Peuples.)

duque de Saboia. Elle, obterá da Austria con-dições de paz que ella recusaria se tratasseaomWi* . ,,'

A'spessoas qij,e eslavão presentes rpnipÊr^o-Iliesasl»gw»as, masfl$o produzirão emoçfioijo rostod\e Carlos AlbMo,e todo?os esforços,do 4uqyede Saboia para o fazer mudar de resolução fornoi>a'ldà<J0sv "...¦„',

O re} abraçou seus filhose^odps os ,que ^staviíopresentes: agradeceu-lhes os serviços que lho li-nhão feito, e disse-lhes mais :

« Senhores, jà não sou o vosso rei; sede leaese dedicados a meu filho, como mefostesamim.»

Retirou-se e loi escrever á rainha, o encarre-igouil duque de Sahpia de lhe .entregar aíárta dedespedida.

Por^volta das 10 horas, o cavalheiro RobitaiU,ajudante de ™mpo de Cario* Alberto,,e ha maisde # aniios addido á sua pessoa, entrou na sala,ode joelhos e cornos olhos'arrasa dos em lagrimassupplioou permiss&o Je o acompanhar- Esla scenaaffeclou muito Carlos Alberto, e com as lagrimasnos olhos prometleu escrever-lhe, dizondo-lho aon-ile parava, e que talvez o mandasse ir para suacompanhia.

Orei despediu, todas as pessoas que o rodea-vão, e parecia não ter fixado ainda o tempo paraa sua partida. Todavia uma carruagem puchadaa quatro cavallos esperava-o n'uma rua vizinha.Pela uma hora da madrugada, o rei, embrulhadon'um capote de jornada, e precedido d'um escu^deiro, deixou secretamente o palácio. Um.çorreioestava á espera no fundo das escadas. Entrou sóna carruagem, os dous criados subirão para a ta-bna, e o postilhão recebeu ordens para seguir aestrada da Porta Stura. (NaciWal do Porta.)

í

ticias recebidas da America do Sul erão mais fa-voraveis ao commercio britannico jiaquella partedp mu*ido.

j^prd Palmerston t — Espero, a julgar pelo as-pecío gera) dos negócios, que os negócios do Rioda Prata sejão satisfactoriamente ajustados. EmBueflos-Ayres não existe abice algum áo commer-.ciotrilaniiico, e segundo as ultimas noticias viu-das, cpnsla que os últimos carregamentos dos na-vios britannicos voarão, sendo comprados com amaior avidez para o commercio do interior [apoia-dos).

GUIANA BR1TANNICA.O Sr. H. Baillie disse que, segundo lhe .paro- '^K-^j,!

„.a, o governador Barkly, tendo chegado na fiiiia^ ,. ^ t\nabrjtannica, declarara ao tribunal dn policia quenão eslava autorisado a tratar da lista civil. Dose-jiva pois saber se o governe tinha mandado o. Sr.Barkly sem instrucções a tal respeilo?

J.prd.1. Russell irr- Não se derão instrucçõespor «scripto ao Sr. Barkly a respeilo da lista ei-vij, porem que entendia qtie.se o tribunal assen-tasse de dirigir á coroa uma petição acerca da lis-t? cjvil, havia iodas as disposições de attender aqjuaíiajpr.r.edijcção qne pedissem. Mas que lendoa lisíà civil sido estabelecida pòr um tempo cerio,não se llie podia'fazer alteração algiimi sem con-

-'-- [Times.)

cia,

V

senso da coroa.

INGLATERRA.CASADOS COMMUNS,.3 BE ABRIL.

PIEMÒNTE.

Em resposla a uma pergunta do Sr. Urquhartsobre a decíaraçSo do ministro francez acerca doPiemonte:

Lord Palmerston observou que o honradomembro não tinha especificado a declaração a queajíudja, e que demais devia lembrar-se que nopresente estáflo em que' se achavão ps negócios

elle (lord Palmerston) não podia

INTEBIOPU

ASSEMBLÈA LEGISLATIVA PROYIN-CUL DO UIO DE JANKJRO.

SESSÃO EM 30 DE MAIO DE 18^9.

Presidência do Sr. visconde de Baependy.A's 11 horas da manhã, achão-se presenlos 18

membros da casa, a saber: os Srs. visconde doBaependy, Feijó, Cunha Barboza, Amaral, Cor-rôa de Carvalho, Azambuja, Varella, Montezu-ma, Cardozo, Paula Monteiro, Bernardes delíou-vêa, Caslrioto, Araújo Coutinbo, Alves Carneiro,José de Assis, Manuel Joaquim, Itaphael e Ra-mos da Silva: faltando com causa os Srs. Varejão,barão de Lages, Parriguc Fam, Santos Lobo eFrias Vasconcellos, e sem participação os Srs.Miranda Rego, barão de S. Gonçalo, Dias da

estrangeiros, eiie pa ra.m—, wwm „olt Sales Torres Homem, Gomes de Menezes,fazer declaração alguma om favor do governo ^^ ^ ^ muconrii Araújo Neves,

Couto Reis, NutioEnlalio, Gomes dos Santos, Si-queira e Silva, Cavalcanti.

O Sn. Presidente declara que não ha sessãopor falta de numero, eque não dá ordem do dia,porque, segundo dispõe o regimento, a sessão doamanhã, depois do expediente, só pôde ser oceu-pada com redações.

1TALU.,

DESPEDIDA DE CARLOS ALBERTO.

A Patrie diz o seguinte a respeito da abdica-

ANTERIOR*

O NOVO IMPERADOR DA ALLEMANHAUm grande facto, um facto de política européa

acaba de acontecer diante do nossos olhos, emlima cidade quasi contígua á fronteira daFrança.

ção de Carlos Alberto :' Na noite depois da batalha, o rei triste, mas

com calma, voltou para o palácio Bellini. A's 9horas mandou chamar o duque de Saboia e Ge-nova,o comimindnnieem chefe,o ministroCador-na, e.ostencntesgeneraes e commaudantesdas di-visões nláquéllèmomento em Novara. Ohoalodasua abilic!H;ãojáse havia espalhado no palácio, e.quando entrou na sala onde estava reunido o con-celiio, a emoção das pessoas preseutes denunciouque haviâo penetrado no seu segredo. O rei en-trou com aquella dignidade que tanto o caracteri-sa, e disse •

« Senhores, a fortuna trahiu a vossa cora-gem e çts minhas esperanças; q nosso exercitoestá dissolvido, ê impossível prolongar a lueta.A minha tarefa está cumprida, e parece-me quefarei um grande serviço á minha palria, dan-do-lhe esta ultima prova de devoção — abdi-cando cm favor de meu filho, Victor Manuel,

francez [apoiados). Se á'pergunta que o honradimembro lhe dirigira era a respeito de alguma de-claração feita pelo governo, ou ao governo de SM.', claro eslava que era dever seu responder aella pisadas).

OSr. Urquhart: — Foi esta declaração feitaem conseguoncia de alguma inlelligencia havidaentre os dous governos de Inglaterra e Françasobre os negócios do Piemonte?

Lord Palmerston:—E' claro quo qualqueralteração nos limites territoriaes do Piemonte derveria

"ser uma questão européa, que envolvesse

muito serias e graves considerações. Tenho rasfiospara suppor, á vista do procedimento do go ernoo do general austríaco, que a Áustria^ não te«no menor desejo nem disposição de exigir comocondieão da paz cessão de território algum pie-monlez [apoiados).

RÚSSIA E TURQUIA.

O Sr. Anstey: — Declarou que na sessão v.in-doura perguntaria se se tinhão empregado ameaçaspara obter a admissão da esquadra russa no Bus-plioro, e se o governo estava preparado a resistir;,tamanha infracção dos tratados existentes.

Lord Palmerston : — Posso já agora mesmnresponder á pergunta. O governo de S. M. temfortes rasões para crer que o governo russo nãope<liu licença para que a esquadra russa passassedo Mar Negro para o Mediterrâneo.

RIO DA PRATA.

Respondendo ao Sr. Urquhart quedospjavasa-ber em virtude de que adjudicação os vasos delidos no Uio da Prata tinhão sido applicados a ou-tros fins, Lord Palmerston disseque não tinha havido adjudicação alguma desses vasos :'que taladju-dicação somente podia ter, logar quando os vasoscapturados perlenoiãoa particulares: que os vasosem questão não forão capturado.- ; ião de vnlí.para Biienos-Ayres do bloqueio de Montevidéo.Os ministros inglez e francez exigirão que os sub-ditos francezes e inglezes fossem desembarcadosdafrolilha. Oajmirantede Buenos-Ayres recusousatisfazer es.tavexigencia, e tentou compelÜ-losaqüe voltassem para Moiiievidéo, ao que oppondosé os aliniranles inglez e francez, o almirante deHuónçs-Ayrós abandonou os nav40s, que não forãocapturados, mas do que apenas tomarão conta osalmirantes, Sendo emprestado um delles a cadaalmirante para o seu serviço. Não houve portantoadjudicação alguma, devendo esses vasos ser en-tregues assim que se tivesse feito a paz.

O Sr. Éwart desejava saber se as ultimas no-

POLÍTICA INTEIRA.,..

Nl ., .ii.. , i — i ¦¦¦...———

A CONQUISTA ELEITORAL.

Continúa-sp a dizer que ó mandado retirar paraa corte o 1." batalhão de fuzileiros, qne por outroserá substituído na provincia do Minas. Não ha '

quem de boa fó encTiergue nestas marchas e con-tramarchas de batalhões onlra cousa quo não se-jão planos eleitoraes.

Sahirão a campo, em resposla ao nosso artigoos dous publicistas dò ministério; mas coniona.,contestarão das nos«as informações, nada (instrui-rão dos nossos argumentos, nada mai* diriamosa não ser a necessidade 'le consignar algomas re-velaçõosque se nos fazem. Segundo o Brasilicus,tudo' ficará remediado, e os fuzileiros prestarãoquantos serviços delles seesperavão, uma vez que

*

se demitia o commandante, e se mande vir paraa corto o Sr. visconde de Camamú [que até mui-to estimará vir para o seio de sua família). Pa-rece-nos ver nisto uma evelaçãn, havendo-se en-carregado o Brasilicus de dourar a pulula aoSr. Camamú : demitta-o pois o ministério^ se paraUso ha motivo ; está no seu direito : mas depois.los iiriteçedentes nccorrHos, somente poderá esca-para censúraldequerér converter o exercito emconquistador de eleições publicando quaes forãoas exigências do Sr, Souza Ramísa que prestou-se ou não o (summandniile dusfuzileiros.

Oticamos agora o Brasil :« Ainda bem que a opposição não o denomina

« corpo de Jiinisaros, de Cains, e reserva essas« denominações para outras épocas.))

Aspdavras emgriphorevelão todo o pensamen-to dos movimentos de tropa : marchem os bata-Ihões, e já sabe o governo qne chegará época emque serão pi Ia opposição denominados Janisarose Cains : qual será, pois, esta época senão quan-do a força publica fôr empregada em arrancardas mesas os legítimos presidentes, alterrar a pa-pulação, e conquistar eleições ,

E note-se que fazendo justiça a disciplina dos

servia para reerguer uma antiga casa....Crenças mentirosas, ridículas superstições,só dignas da pobre velha que as conservana memória 1...

Mal tinha Franz proferido os.tas palavras,appareceu de repente uma figura humanapor delraz das ameias do iprreào ; pela ai-tura do porte, e pela vigorosa accentuaçàodas feições, fácil era ao manpebo, mesmona distancia em que se achava, reconhecero barão de Steinberg. Henrique tinha numão nma espingarda, com que immedia-tamentefez pontaria... INao se ponde ou-vir o estampido da explosão, mas um tur-bilhão de denso fumo que se erguia ao armostrou que o barão a tinha disparado. Aomesmo tempo uma das cegonhas que pai-ravão por s<»bre o torreão começou a calará terra em longas pspiraes; estava fcritla.

Na situação de espirito ein que Franz seachava, este acontecimento, aliás tão sim-pies, causou-lhe profunda coiiimqçãq.

— Pois também esse homem desapie-dado conheceu que esses pássaros de'bomagouro linhão illudidp a sua esperança !tornou o mancebo com.voz surda, Oh 1sim, quiz vingar-se da sua insolenle ale-?gria... E entretanto que culpa tinha a po*bre ave do rigor do sou destino !

A cegonha ferida continuava abaixar áterra. O barão, debruçado no parapeito depedra, parecia observar com anciedade oelíeito do seu deshumano aclo. O pássaroquiz pousar no cimo do torreão, depois nomuro de alvenaria em que tinha o seu ni-

nho, porém cada vez mai» se lhe enfraque.cião as forças, e não pôde alcançar esse.pouso. A outra cegonha revoava desatina-da em roda da sua companheira, pondo-se ás vezes por baixo delia, como para am-para-la na incerta queda ; porém baldadosesforços! o infeliz pas-aro calava, calavaá terra, mais suslido que levado pelas en-sanguentadas azas. Pôde afinal pousar nabase do torreão ; mas eutão, como so qui-zesse arredar-se desse edifício que lãoinhos-pilo se lhe tornara; formou um ultimo evigoroso adejo, e, deslisandq mui rente coma escabrosa superlicie do rochedo, veiu porüm cahir rias moitas de urzes que cresciâoá margem do Rheno.

Henrique de Steinberg conservava-seno seu posto elevado, mas, desde que opássaro descora da base do torreão, nãopudera tpais ve-lo por causa de um resallodo penedo. O barão debruçou-se á direitae q esquerda para ver onde a pobre cego-njia tinha cahido; depois voltou-se e ace-nòu cora a mão. Appareceu entàooutro ho-mem, que Franz logo conheceu ser FritzReutner. O major apontou-lhe para àsurzes, depois ambos desapparecôrào eaplataforma da torre tornou a ficar desertae solitária.

Franz, da sua parte, não perdera de vis-ta a innocente victima do barão de Stein-?berg. Conchegado ao canto da janella,para que do castello o não avi>tassem,viu a cegonha ferida debater-se nas urzese adejar para o seu lado, como para pedir-

lhe amparo e protecção. Era indubitavelque Fritz o talvez mesmo o barão não tar-?dariãc a vir apanhar o pobre pássaro, quenào podia escapar á encarniçada persegui-ção dos seus inimigos.

Eis que de repente Franz lembrou-seque Guilhermina, sem de todo comparlira crença supersticiosa da criada, tinha ma-nifestado corta veneração para com as ce-gonhas, ao ve-las voltar ao Sieinberg, edesejou soccqrrer um frágil vivente amadode Guilhermina. Levado desse generososentimento, correu à porta do quarto, atra-vessou a sala commum da estalagem entãodeserta, e, seguindo pela margem do rio,em breve alcançou a cegonha.

O pobre pássaro agitava-se entre os ur-zes, ao pò do.jrio, batendo com as brancasazas na agoa de um pequeno renianso.Franz não hesitou entrar pelo rio ató meiaperna para apanha-la. A cegonha, ator-doada pela queda, ou enfraquecida pelo fe-rimento, entregou-se sem resistência, omancebo tomou-a cautelosamente nos bra-ços, e voltou rapidamente para o seuquarto, sem haver encontrado pessoa ai-gomai

Assim que largou o pássaro no chão,correu a janella. O barão de Steinberg es-tava outra vez no vão da ameia, e acenavapara Fritz Reutner que descia lentamen-te pelo rochedo, olhando para todos os la-dos. A outra cegonha revoava tristemente

procurar com os olhos a sua fiel e infelizcompanheira.

Certo de que ninguém o tinha visto nasua curta excursão, o estudante phegou-seao pássaro ferido. A cegonha nâo linhasabido do logar em que elle a pozera, pa-recia não intimidarrse çom a vista doFranz,como se uin secreto jpslinctQ.lhe revelasseas boas intenções do seu protector. O man-cebo debruçou-se para ella, e, guiado pe-Ias pequenas manchas de sangue que lhetisnavão a branca plumagem, examinouaceuradamente o ferimento. Tinhão-lhèacertado alguns bagos de chumbo miúdo,que pareciâo não ter-lhe aflectado os or-gaõs vitaes. Franz facilmente extrahiu-os,depois lavou a ferida com uma pouca deagua fresca. Este tão simples curativo pro-duziu o melhor effeito : a cegonha ergueuimmediatamenle a descabida cabeça, íir-mou-se nos seus pés vermelhos, endirei-tou o pnduloso pescoço o moveu levemen-leasazas como para experimentar as for-ças. Não querendo entretanto fugir, logotornou a ficar immovel, e fitou em Franzum olhar melancólico.

Notou então o estudante, por entre ascompridas pennas que revestiào o pescoçodo pássaro, uma espécie de coleira que ape-qas se distjnguia à primeira vista. Por essesignal, bem cqmo por certa, grossura emuma das pernas, pôde elle reconhecer ohinkende, esse mysterioso pássaro, que ha-via sido favorito do barão Herniann , avô

roda do Fritz, o parecia, como elle, [ do major, e que ultimamente voltara ao

castello de Steinberg. Franz hesitou pormomentos; mas, cedendo por fim a um ir-resislivel sentimento de curiosidade, levoua mão a essa espécie de breve; o hinkende.plácido e immovel, não oppôz resistência.Consistia esse objecto em uma fina laminade chumbo enrolada por modo que podesseexactamente envolver, em pequeno volo-me, um fraguiento de papel ou de panno ;estava suspensa ao pescoço da cegonha poruma corrcntinhad'aço, que as compridas ooleosas pennas da ave aquática não linhãopodido inteiramente resguardar de ferru-gem, porque apenas o mancebo tocou-lhe,a pequena lamina desprendeu-se por si ocahiu-lhe na mão,

Examinou enlão Franz, não sem certoestremecimento nervoso , o objecto quetão singularmente acabava de cahir em seu

poder. Depois de abrir o envoltório dechumbo, achou dentro um pedaço-de per-gaminho cuidadosamente enrolado; a cap-sula metallica mo que elie eslava envollotinha-o completamente resguardado da hu-midade, e os caracteres nelle traçados ain-da estavão bem inlelligiveis. Era uma es-peciede planta grosseiramente delineada,que parecia ler sido feita muito á pressa;por baixo delia estava a assignatura do ba-rão Hermiinn e estas palavras eácriplas deseu próprio punho: o Fluchl-weg de Slcin-berg.

Franz pôz-se a reflectir.

{Continua)

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ILEGÍVEL-

Correio Mercantil ^^ti0ggumiximsteBÊis^iaHómiiMmsmmmsmÊBÊieaB*m

fuzileiros, não puzcmos em duvida qne elles prós-tom braço forte, ainda sem o quererem, aoppros-

sãoda provincia de Minas. O principio da obe-

diencia; dissemos nós, pôde converter o soldadoem verdadeiro Janisaru (iendo mesmo senti men-

tos' os mais patrióticos). E se c certo que em

taes casos todo o nosso clamor, todas as ímpre-cações sera'0 contra os governantes, níio contra

aquelles qué de boa fé accreditão cumprir um

dever obedecer, do-l hes, nSo ó menos certoque

o]Brasil imputando-nosadulaçOes ao batalhão de

fuzileiros, não respeitou a verdade.Mandão forças porque foliamos de resisten-

ciai Impostura 1 bem sabem que a resistência

aconselhada por alguns opposiciomstas e lona pa-cilica; consiste en. oppôr a inércia aos desatinosministerii.es; reduz-so a niío cumprirem uma or-

dem manifestamente «lega! funccionanos quepelo codiqo teemodever ^ assim proceder.lotaa defobedirncífi consistira em fazer o ji.iz de pazas chamadas pela qualificação ultimamente feita,como manda a lei, não pela que se està fazendo,como querem os mandões. E onde porventurao presidente da mesa julgar qne deve obedecer,

por prudência, e para evitar perseguições, nm-

guem os pretende compellir, nem mesmo acon-selliar a que desobeileçSo. # \

Traiaso, pois, de uma desobediência a ordemillegal, por obediência ao código; tratada deliamansa, espontânea e pacificamente , pois bomsabe o minisler.o que a opposição em Minas piei-teia os eleições, e conta vencer: como, pois, nosrespondom'com remessas de tropas? Desafiamoso Brasil a que explique por miúdo qual o modo

porque as baionetas, sem (ladino da liberdade dovoto, hso de compellir as mesas a violar a lei,

para obedecer a uma ordem manifestamente ij-legal! *

Não basta ao ministério reunir uma camaranulla cm sua origem : ainda pretende conquistará ponta do baioneta uma estúpida unanimidade :

pobre paiz 1

E ainda sujeitas as qualificações a tantas mu-danças, ousou o ministério dizer que estavão fei-tas em 19 de fevereiro. E' governo de direilo, elemjtisáobediência o que assim procede?

O QUE E TER HABILIDADE ECONSCIÊNCIA I

O pensamenfn da lei de 19 de agosto foi co-hibir os abomináveis l?,"^^ R^M de 1814.

O pensamento da lei dc Í9 de agosto foi con-Umiar de eleição.a eleição os resultados daluta eleitoral de 1841.

Occupa-spo Brasil em demonstrara idenli-dade dessas duas opiniões, que ambas são suas.Não ó graça: c Brasil emprehendeu mui seria-mente aquella demonstração que viu a luz em 80cjo passado mez: merece ser lida; eé curiosa 1..

PÜBLIC4ÇI0 A PEDIDO.

Ao lllm. Sr. José Maria "Lopes

da Costa.—Hoje recebi uma caria vinda de Lisbpir pelo Ta-rujo Primeiro, que foi escripta nesla corte, em9 de fevereiro por um de-.iS^ amigos; o nadalem de ambíguo no saÍMoripto, estão bem clarosmeu nome, minha morada, a palavra « rôrte» asa logo, logo, logo mo sello de 30 róis 1 Rogopois ao Sr administrador do correio geral da oòr-te haja de observar que nas malas que se remettemnão vá alguma carta para paiz differenle do da-qtiellc para onde vai a ma|a, porque, assim comoaconteceu com uma carta sem importância, poderásueceder com outras que só a demora de um diapódc causar graves transtornos e prejuízos. Acarta, se o Sr. Lopes quizer examina-la, podo pro-cura-la nesta lypographia. /. F.doA.L.

Eslas tabellas, arranjadas om Londres por cor-retôres de grande experiência, são baseadas nasmais oxactas informnções, e, cou:o documentosostalisticos, merecem grande confiança. Dellas sedeprehende que as existências de café na Europano 1.° demarco próximo passado erão menoresquo em qualquer dos annos anteriores desde 1846,e que é mais que provável se roalizem os prognos-ticos de um decrescimento maior no anno quevem, em conseqüência da diçniniiição da produc-ção nos paizes exportadoresV-eAtlribue-se a estaconvicção o tor a. yòmpanhiaNjJ-Uandcza obtidopelo café que fvmdeu em março pviços lão altos,8 a firmeza dos mesmos nas mais praças da Eu-ropa. A opinião relativa ao artigo ó pois favora-vel, mas é do lastimar quo os acontecimentos porliticos tivessem, segundo as ultimas noticias, cau-sado alguma frouxidão nos preços o desanimadoas transacções.

Quanto á marcha futura do mercado do assu-car, é opinião geral que os preços em toda a partese hão de sustentar. Em Cuba calcula-se que nasafra haja uma diminuição de 25 por

°/„, e quenos Aniilbas será a diffcrença para monos aindamaior. As existências totaes em o 1.° do marçoerão pouco mais ou monos as mesmas qne as doanno passado, isto é, cerca de 154,000 lonela-d*'.... Na Grã-Bretanha o consumo annual tove umpíogmento de 3,500 toneladas.

(Jornal do Commercio.)

EMBARCARÃO NO DIA 31.CAFÉ.

Maxwell e C. (Boston). ... 310S. SoulhameC. (Bosion). . . 173Diversos (Lisboa) 30

ERAINDIFFERENTK AO PARTIDO MINISTERIAL

FAZER AS ELEIÇÕES POR UMA OU POR OU-

TRA QUALIFICAÇÃO ?

Dirião que. sim os que sustentarão a atrevidaviolação da lei eleitoral. Ninguém os acreditou :o ministério não é tão imbecil que sem nenhumantiiidadeou fim carregasse com tamanha responsa-bilidaile, viciando em sua origem a camara de

que espera a sanctiíicação de seus desatinos, econsolidação do seu poderio. Era evidente queem muitos logares conseguirão os seus agenlesintervir e viciar as qualificações, amoldantlo-asao seu desejo de tiiiimphar per fasou pernefas:não pudião ser outros os motivos por que se pre-feriu a despeito da lei a qualificação que se estáfazendo, eque o próprio ministério reconhece edeclara que ainda em 5 do agosto não se teráconcluído em muitos logares.

Era isso natural; e sabíamos que, especial-mente na provincia de Minas, se verificara emgrande escala essa intervenção policial para ar-ranjar qualificações ad hoc : iremos expondo as

provas desla asserção em proporção que dos fac-tos obtivermos miúdas informações.

Na cidade de Marianna, para consummar a vio-lencia, foi precisa uma manobra dessas eni quesão lão babeis os acttiaesgovernadoies. E' juizde direito o Sr. Gomes Cândido, candidato sa-quarema ; e 1 ° substituto do juiz municipal oSr. Manoel Julio, outro candidato : ia reunir-seo concelho do recurso, no qual não contavão osdominadores com a docilidaded» juiz municipal,que não é da facção. Entonclôrão-se os Srs. Go-mes Cândido e Manoel Julio, otudoso arran-joti. Adoeceu o juiz de direito candidato, e, pas-sando a vara ao municipal, compelliu-o assim adeixar a presidência do concelho ao candidato1." substituto: foi o resultado a exclusão do quasi300 volantes anteriormente qualificados. E ha-vcr_qtiem ouse sustentar em boa fé qne não bou-ve em Marianna qualificação ad hoc, feita pos-leriormeiile á dissolução?

Na villa de Oliveira annullou-seadrede a elei-ção municipal (quea opposição tornou a vencer),o porque contavão com o presidente da camaravelha, tomou o arbítrio o governador da Capita-nia de mandar que continuasse elle a funecio-par: fui com os anxilios deste vereador sem po-deres que se excluirão da lista perto de 200 vo-tantos. E não haveria lambem na Oliveira qua-lificação adhocl era indifferento ao ministério

quo se fizesse a eleição pela deste anno, ou pelado anno passado? Deste concelho municipal piirMmoltamotttano um facto mui curioso: do^clarou em despachos que desprezava os dociirmentos da opposição, e mandava inscrever osseus correligionários, embora nenhum apre-rsentassem, por queo concelho sabia que ellespor aterrados não podião obtel-os 1

No municipio deParacatú, cuja devastação foiencarregada a um celebre Joaquim Caetano, quealli em outras épocas moveu sedições o deu oru-gem a muitos crimes, excluiu este Regulo a 852votantes, entre os quaes fazendeiros, juizes de

paz, proprietários, etc, e procede com tanlo ei-¦ nismo na obra da perseguição dos liberaes, e espe-

cialmetite do extermínio da família Mello Franco,que parece ter recebido a missão de provocar a|-guma scena que sirva de pretexto á marcha dqsbaionetas conquistadoras do voto livre.

Muitos outros factos semelhantes havemos deexpor opportunamente ; por hoje terminaremoscom uma supplica ao Sr. presidente da relaçãoChegarão á corte alguns recursos d'aquel|es que ogoverno por amor da justiça e tolerância querprivar dovolo. liana relação juizes partidistas,juizes candidatos, homens quo muilos factos nosautorisão a julgar capazes de retardar ou negar ajustiça para servir ao ministério e às própriascandidaturas: escusamos nomea-los.

O Sr. conselheiro Cavalcante dc Lacerda goza'dos foros de magistrado imparcial e recto : paraconserva-los cumpre-lhe vigiar a conducla dos de-sembargadores políticos, cumpre-lhe ver queitem sempre aconteça serem a esses distribuídosos recursos eleitoraes, em que são tão interessa-dos; que não se lhes ponha pedra em cima; qtjonão se retarde a justiça, o que po caso presenteeqüivale a nega-la.

S. Ex. não poderá levar a mal esta nossa repre-sentação. Nãoirrogamos injufia go seu caracter;nem o cremos capaz de scienter auxiliar os pia-nos dos candidatos,—juizes: desperlamos-lhcporém a attençao, para que a sua boa fé não seja il-laqueada. Tanta é a energia com que censuraremosqualquer abuso, de que sejão victimas os nossosamigos, quanta será a franqueza com que procla-memos a integridade de S. Ex. so, como espera-mos, empregar os meios a seu alcance para quejustiça seja feita,

COMMERCIO.PRAÇA, 31 DE MAIO.—ÁS 5 HORAS DA TAIWK.

As transacções de cambio continuão paraly-sadas.

De café forão as vendas moderadas, a preçosum pouco mais baixos, para as qualidades supe-riores.

ALFÂNDEGA.Rendimento do mez de maio

de 1849 737:57(1»! 40Idem de maio de 18*8. , . . 572:37fi'»743

. . . <65:199*»397Dillerença. .....

CONSULADO.Rendimento dos dias 1 a 30. .

» do dia 31. . . .

Rs

13S:38S»8331:534-$087

130:819*920

saccas.»»

E desde o 1.

Total,

do mez.

oi 3

106,016

ENTRADAS POR CABOTAGEM NO DIA 31,GBNKROS NACIONAES.

Arroz: 2,002 saceos. — Farinha: 1,015 di-tos.—Feijão: 40 ditos.-— Madeira: 31 dúzias.1'

corrente, envlando-lhe a Informação que acaba dc daro siibilelcgaüd do Sacramento, acerca do quo áljcga íuá'tina Mai Ia da Conceição no requerimento queacom-panha a este.

Ao subdelegado dn Sacramento, envlando-lhe orequerimento dc Francisco Jnsií Coelho dc Varia, afimde proceder na Mima da lei contra quem culpado foi*.

Ao dn Candelária, remcticndo-lhc uni bilhete derifa n. 2093, ea exposição que o acompanhou para que,examinando o que na mesma so refere, haja de pro-ceder na fôrma da lei contra os culpados, olisorvando-lhe que é este um abuso que com todo o cscan'lalovem quasi todos os dias annunciados pelos jornaes, cque convém acabar-se, afim dc que não conilnvic aserem prejudicadas as lotcrlaslr-galinentoconcedidas.

Ao chefe de policia da provincia de S. Paulo, re-mellendo-lhe uma carta e esclarecimentos que it estarepartição furão dirigidos nor João llaptlsta Ferreira,luJo relativo no pardo lteglnaldo, que. sendo captivo,consta aclnr-sc na villa de Castro tlogSii província como nomo sypposto de José Antônio Francisco, afim deexpedir suas ordens para ser ello capturado c remei-tido a esta repartição.

Ao commandante superior da guarda nacional'rogando-lhe a expedição de suas ordens para ser dis-pensado do serviço o guarda da segunda companhiado I" batalhão Antônio José Gonçalves Mattos, cniquan-to exercer o togar de inspector do 9" quarteirão deS. José.

Ao cônsul Inglez, rcmcttciido-lhe o marinheiro In-gtez Alexandre llarrison, que disse pertencer á giiarnlção do paquete Spider, o qual rol preso cm Nlcllierohi,por so achar embriagado, adiu de lhe dar o destinoconveniente.

Ao conselheiro oíllclal-inalor da secretaria de es-tado dos iickocíos da justiça, traiisníittlnilo-llie cmoriginal o oflicio do subdelegado de S. Josó, Acerca daexposição dc Agostinho Pereira de Lacerda.

Parte-do dia 30 de maio de 1849.

Na freguezia do Sacramento forão presos, á ontem dnrespectivo subdelegado, o escravo Jacintho, por ileso-bediencla, João Baptista Moreira, Francisco Jnsé dcSales, Januário Joséda Silvae Antônio ltibelro Monteiropor olVensas physicas ( Joaquim José Thltnollieo porfurto, José Guilherme, Joaquim Justinloniio Vicloria,José dos Santos, os escravos Firmino e Joaquim pordesordem.

Na de S. ltita, foi arrojado A praia dos Calxolroso ca-daver dc um preto, que foi remcttldo para a Santa casada Misericórdia, afim de se proceder aos necessáriosexames.

IMPORTAÇÃO.MANIFESTOS.

BRIGUE PRUSSIANO—TITANIA— DE NEW-CAS1LE.

Carvão: 275 1/2 toneladas a Weitzmann o C.PATACIIO INGLEZ—-ADMIRAL NELSON—

DE CADIZ.

Sal: 87 1/2 lastros ao capitão.

ReunirS"o-se hoje os credores do Sr, DiogoBirckhead, para ouvirem deste a exposição dosseus negocio;, e deliberarem a respeito.

Segundo o balanço apresentado pelo Sr. Ilirck-head o passivo de sua casa ó de 588:000 Sf>, oo activo de 177:000 #000. A proposla por elleofferecida consiste em obter uma concordata quelhe permilta continuar em seus negócios, obri-

gando-sea solver o debito com as quantias quedo aclivo de 177 contos fòr realizando, e em

prestações annuaes de 50 a 60 por cento dos lu-cros que suas novas transacções lhe deixaram.

Nomeou-se uma commissão composta dos Srs.JoSo Henrique Ulrieh, João Antônio Camarinhao C. Westwood, para examinar o balanço apre-sentado ; e fixou-se o dia de quarta feira da

próxima semana para uma nova reunião, em quoprovavelmente os credores tomarão um acordosobre as condições propostas pelo Sr. Birchkead,e as casas que por seu fallimenlo se aclião com-

prometlidas.

PRODUCÇÃO E CONSUMO DO CAFÉ NO ANNO DE1848, CALCULADO EM LIBRAS INGLEZAS.

PRODUCÇÃO,Java, 812,000 pleuls de 133 libras 120,600,000Sumatra, 45,100 piculs de 132 libras 6,000,000Manilha 3,500,000

Mocha, exporlaflo paia Europa I sKnnnooMauras, 12,000 saccas j í>ÚUU>"uu

Ccylão, 252,000 sacc.de 140 lib. termomedlo 33,000,000llrasil, 1,710,707 sacc.de 160 lib 275,000,00oSurinam, 7,300 sacc. de 19o llb i,!iOO,oopVenezuela 23,000,000Costa-Ilica 9,000,000Porto-Rlco li.ooO.OOOCuba, costa meridional 13,000,000

» » scplcnlrional 6,000,000Jamaica ... 5,000,000S. Domingos 33.BOO.ooo

8*6,000,000

EXPORTAÇÃO.EMBARCAÇÕES DESPACHADAS NO DIA 31.

Falmouth— Berg. ingl. Maid of the MUI, de250 lons., consigs. II. llelder eC; inanil".3,000 saccas de café.

Lima—Derg. amer. Erato, de257 tons., con-sig. Maxwell: segue com a mesma carga comque entrou.

Porto-A legre—Pat. nac. Constância, de127 tons , consig. Mililão Máximo do Souza;manif. vários generos.

Cidade da Victoria — Brig.-esc. nac. Caro-Una, de 119 lons., consig. Manuel HodriguosChaves; manif. vários generos.

Pernambuco—Brig,-esc. nac. Feliz Ventura,de 133 tons., consig. Antônio Dias de SouzaCastro; manif.

Objectos para o serviço das capalazias."

Azarcão, azeite de peixe, cabos dq Unho, clnzasazues,colla,correntes, (Iodealgodão,graxa,moiiões, óleo, pin-ccis, pipas com água, regadores, seccantes, c vassouras.

Objectos para o expediente da repartição

Encadernações de livros, impressões, lacre, livros im-pressos, livros pautados para escripturaçào, obrelasj pa-pel de dilVcrcntcs qualidades, pennas diversas, tintaspara escrever lilcin, tliilciros, afeciros; canivetes, lhe-*souras, raspadeiras e mais miudezas próprias dccscrip-turucüo.

Mqttrlàes para as obras.De íuiDitKiuo : — Arca, cal, canos dcenbre, chiimio

para chumbar, cordas para andaimes, gatos dc bronze,gaios dc ferro, pedras de alvenaria, pedras dc cnchellia-ria, pedras para culiuiinas, pedras para iagedo, saibro,telhas e tijolos.

De carpinteiro : — Caibros, cantonelras e braçadef-ras de ferro,, couçoeiras de cedro c ylnhntlco, dohradi-ças, fechaduras e lemes, frocliaes de 25 a Ho palmos, pa-rraluzos de diversas qualidades, pernas dc serra dcan-aelim amargoso, pregos de embaraçar grandes, pregeide embaraçar meãos, pregos degaleota grandes refur-Çiidos, pregos dc galeota grandes, pregos de galcotameãos, pregos dcgaleola meãos pequenos, pregos ripa-res de cabeça, pregos ripa res de mela cabeça, ripas detaboas ile ungcllm, taboado de lei, taboadn dcplnlio, larxas falarcs de mela cabeça, vigas dc 28 a 75 palmos.

Itio de Janeiro, em 10 dc inalo do ISIfl.— Pelo escrivãod'all'andega, Pedro C. C. Garcia.

O arsenal de guerra pretendo comprar brim escurode liiilin c rassineta de algodão ; quem liver para ven-der remetia asainostras ali o dia 4 de junho próximofuturo, o propostas cm carta fechada ao Sr. director.Secretaria do arsenal de guerra , 31 de maio tle 1819.

O secretario, 'José

Victorino Coimbra. ^^^Ò arsenal de guerra contratou com os Srs. Dias do

Rezende e Comp. por tempo do qua Iro mo/es, a contardo 1« de Junho próximo futuro , oi.inicciincnlO de pãobranco da melhor qualidade , com o peso dc quatroonças, a preço de íl rtis cada nm.

Secretaria do arsenal de guerra, .'II de maio de 1819,O secielario, José Victorino Coimbra.

Tendo o Sr. Alexandre Taylor reclamado solírp o on -gano que teve no preco do brim branco de Unho quoajuslára, a preço de 380 rs., procedeu-se , por ordeindo Exm. Sr. minislro, a nova concunenela de amos-Iras e propostas. sondo preferido o mesmo Sr. Taylorpa compra de 3,610 varas dosou brim n. 9 a preço doS.iS ríls a vara, por ser o de menor preço daquellaqualidade. Secretaria do arsenal do guerra da còrle,em 31 de maio de 1819.— 0 secretario , José Victorl-po Coimbra.

DESPACHOS DE EXPORTAÇÃO NO DU 31.

Boston —na barca amer. Carolina, SamuelSoutham, 173 saccas de café. Maxwell, 740

. ditas de dito.Lisiioa —na gal. port. Firmeza, Costas Bo-

chás, 30 saccas de café.Liverpool—na barca ingl. Champion, Artbur

Moss, 210 couçoeiras de jacarandà.

REPARTICÀt» da POUCf A.

EXPEniENTE DO DIA 19 DE MAIO DF. 1819.

Total libras..CONSUMO.

Grã-Bretanha 37,oo0,09ollolianda ','., ,.,..,..,.:..'..... lo.ooo.ooolieigica 48,ooo,oooFrança 38,000,00oAllemanha, estados doZoliverein 93,000,00u

» estados não pertencentes ao dito 2S,ooo,oooÁustria ..; 30,000,000Suissa is.ooo.oooPaizes do Mediterrâneo 40,000,000

d dollaltlco ...; 28,000,000Portugal e Hespanha 18,000,000Cabo da lioa Esperança e Austrália 3,000,000Estados-Unidos e outros paizes da America

scptentrlonal.....; Uo.ooO^opo

Total libras.. 819,ooo,ooo

Quanto á prodúcçào dc 1818-49, calcula-se que a doBrasil sotrrerà uma diminuição de28o,oo0 saccas; sabe-seque a colheita de Porto-Rlco ser/i a metade da prece-dente; e temos avisos aulhenticos da maior parte dos ou-tros mercados supprldores, inclusive as nossas própriascolônias, dc que haverá uma diminuição comparativa.

EXISTÊNCIAS DO CAFÉ NOS SEIS PRINCIPAESMERCADOS DA EUROPA EM 1.° DE MARÇO.

Ao Sr. ministro da justiça, communicando-lhe, emcumprimento ao aviso dc lr> do corrente, que em datadeli, isto ii, iiiiineilialameiite que foi recebida a par-ticipacão do administrador da casa de correcção da fu-gados"3 escravos docalahoiiço, oinciou-so ao suhdele-gado de SanfAnna, para quceiaminasse o facto na fôrmada lei,c participasse o resultado; e cumprindo a ultimaparte do citado aviso, novamente se oillciou aquelleadministrador, c a informação que esle der ser-lhc-hatransmitida.

Ao Dr. juiz dos orpliãos, rcmeltcndo-llie os objec-tos constantes da relação inclusa, c que scachão dentrodc um estojo, que também acompanha os que tendosido apprehendidos a Pedro José Soares como furtadose não forão reclamados, afim de os fazer depositar com-potentemente até que sejão exigidos por quem direitotiver; rcmettcudo-se-llic igualmente por copia o ofliciodo subdelegado dc Santa Rita.

Ao Inspector do arsenal dc marinha remettendo-lhe Antônio Martins Ferreira para que se digne manda-lo empregar no serviço d'armada.

A João Chrisosiomo da silva, communicando-lheque por aviso do ministério da justiça, de 18 do correnie,foi participado que por decretro de IO houve S. M. oImperador por bem cxoneral-o docargodei.fsupplen-te do subdelegado dc SanfAnna.

De Igual (cora Albino Pereira Suzano, primeiro suprplente, a Josii Antunes Peieira , quarto; a Luiz An-tunes Suzano, quinto, da freguezia de Campo Grande.

Ao Dr. Francisco Lopes da Cunha, communican-do-lhe que, por decreto de 16 do corrente, houve porbem S. M. o Imperador nomea-lo primeiro supplente dosubdelegado de Santa Anna , afim de prestar nesta rc-partição o competente juramento.

Dc igual teor a Francisco Cardoso dos Santos Peixoto,para primeiro supplente da freguezia de Campo Grau-de; a Joaquim da Silva Alves, para quarto; a JoãoAntunes Suzano Júnior, para quinto, da mesma fre-guezia.Ao Dr. 2° delegado , dizendo-lhe que, por aviso doministério da justiça de 18 do corrente, foi communl-cado A esta repartição que, por decreto de 1G,- houve S.M. o Imperador por bem exonerar a Joào Chrisosiomoda Silva do cargo de primeiro supplente do subdelcga-do de Santa Anna, nomeando paru o substituir ao Dr.Francisco Lopes da Cunho.

- Ao primeiro delegado, participando que, por avi-soe decreto dc iguaes datas, forão exonerados AlbinoPereira Suzano , José Antunes Pereira e Luiz AntunesSuzano, dos cargos dei n,l» e S° supplentes do subdc-legado do Campo Grande, nomeando para os substituira Francisco Cardoso dos Santos Peixoto, a Joaquim duSilva Alves e João Antunes Suzano Júnior.

dia ao.Ao administrador da casa da correcção, remettendo-

lhe por copia o aviso do ministério da justiça de 1S docorrente, pura Informar á cerca do seu conteúdo.

Pessoas despachadas no dia 29.

Pomo — João Pereira, Poriugucz.—S. Paulo — lio-herto Alexandre Basset, llollondcz. — Paiunaiíua'—idíiiiuim Gomes Rodrigues, Portuguez.

DIA 30.PORTO-Aiitonlo Francisco da Glíva Vianna c José Mn-

reira, Portuguezes.—Porto-àí.egue — Augusto Flavian-110 da Silva Braga, Portuguez.-Ilio Granou e Sanla Ga-tharina-José de Oliveira Netto, Portuguez.

DIA 31.Portos do Norte.— Luiz de Abreu Pereira Coulliibo,

Portuguez.Secretaria da policia, 31 dc maio de IS49.—./. /¦'. Gui-

marães.

N. 38.—Quartel-general do commando superior daguarda nacional du corte, em 3i dc maio de 1819.

ORDEM DO DIA.Manda S. Ex. 0 Sr. marechal dc campo, commandan-

te superior, fazer publico, para conhecimento da guar-da nacional do seu conluiando, as duas relações queabulxose transcreve, a primeira dosSrs. oflleiaesqiie pordecreto (le 20 do corrente rorão denilllidos dos respecti-vos postos; ea segunda dos que por decreto de Iguul da-tu forão nomeados para diversos corpos da mesma guar-da; us quaes lhe forão comi.uinicadas cm avisos da se-cretaria ifestado dos negócios da justiça, datados du 28do mesmo mez.Relação dos Srs. ofíiciaes que S. M. o imperador houve

por bem demitlir dos respectivos postos.1.» Cnni'0 l)E C.VVAI.I.AIUA.

O tenente da 1 ."companhia do3,»esquadrão, Joaquimda Cunha Souto Maior.

O tenente da 2.'' companhia do 3.» esquadrão, CarlosGomes de Oliveira.

O alferes da 2." companhia do 1." esquadrão, JoaquimJosó de Mello Cairão.

2.0 BATALIlXO D'lXFAXri!RIA.O capitão da 2 a companhia, Manoel Gomes do Oliveira

Campos.8." CORVO urro.

O alferes da 2.» companhia, José Antunes Pereira.O alferes du 3.«, Autonio Pinto da Motta.

Por assim o ter pedido.O tenente da G.»companhia do 4.» batalhão, José An-

tonio Cubrul.Hefacrío dçs Srs. offtctaes que S. M. o Imperador houve

por bem nomear para diversos íwslos e eòrpõs daguarda nacional.

1,0 CORPO UE CAVALLARIA.Para tenente da 1.» companhia do 2.» esquadrão, 0 ai-

feres, Augusto Maria da Fonseca Costa.Para alfercs dal.» companhia do 3.» esquadrão, o l.o

sargento, José Mendes da Cosia.Para alferesda 2,'n companhia do 1.» esquadrão, o ai-

feres da l." do 3.», Joaquim Francisco de Oliveira Braga.

2.0 DATAI.UÃO «'INFANTERIA.

Para tenente ajudante, o airercs da 6." companhia, AI-varo Maria da Silva Rodrigues.

Para alferes porta-bandeira, o 2." sargento, José Pi-nheiro llequcão.

Para capitão da I.» companhia, o tenente da mesma,Fernando Anlonio de Almeida.

Para capitão da 2.», 0 capitão da 5,», José Antônio deBarros Itllieiro. ... — , , , ,

Para capilão da 8.», o capitão da l.a, Firmino José daSilva Veiga.

Para tenente da 1;» companhia, o alferesda 4.», Joãodoltcgoyuiiilanlllia.

Paru alfercs da l.a companhia, o sargento, João Anto-nio deSepulveda Figueiredo.

Para alferes da 2.», o sargento, Vicente Marques Lis-boa Filho. , ,

Para alferes da 4.a, o alfercs porta-bandeira,Jsé daSilva Mello. , , ,

Para alferes da 0.», o sargento quartel-mestic, Anto-nio José Ferreira.

5.0 BATALHÃO.Para alfercs secretario, o guarda, Marciano Máximo

Ferreira Lage.—^oíío Frederico llusselt, ajudante d'or-dens.

IMPERIAL SOCIEDADE AMANTE UAINSTRUCÇÃO.

iojo haverá sessão do concelho6 horas da tardo, Rio

849. — Dr. Camargo,

asIo de junho de

Io secretario.

COMPANHIA FLUMINENSE DOSOMNI IIUS.

O abaixo assignado convida os Srs. accin-nistas da Companhia Fluminense dos Om-nibus a reunirem-so cm assembléa geralno dia Io de junho próximo, às 11 horasdi manhã, na ma da Candelária n. 29, afimdo lhe ser ajirscntado o relatório e contasda administração, durante o anno lermi-nado em 30 de abril próximo passado. Riode Janeiro, 29 do maio de 18í9.— O di-redor presidente, Joaquim José dos SanlosJúnior.

Na noito do dia 27 do corrente foi àclifi-do no campo da Acclainação uma carteirao uma insigne de inspeclor de quarteirão;equem Iho faltar dirija-se ao quartel dellarbonos. Quartel om Barbonos» 31 domaio de 1849. — Francisco José du Paiva,tenente ajudante.

DEO GRATIAS.Acha-se completamente montado o col-

legio davcncpavol episcopal ordem 3.a doNossa Senhora do Terço, para educarãoda mocidade do sexo ftuviinino, dirigidopela religiosa congregação dos irmãos dósagrado coração de Maria, onde iinicamen-te se recebem pensionistas.

Nesle collegio, cujo serviço interno seráfeito pelas mesmas irmãs, com exclusão ab-soliiia dc pessoas escravas, serão as meni-nas educadas com o maior desvelo, alemdos ramos d'instrucção, nos mais sólidospiincipios da religião e da moral.

Nào entrando na fundação, deste estabe-lecimento calculo algum (!'intero<seira es-(icciilaçào, mas unicamente o desejo de,para honra de Deus, prestar um valiososerviço ao pai/crn geral-; e particularmenteá interessante (torção da humanidade quepor sua educação tanlo influo na felicidadepublica e domestica, bom fundadas espe»ranças devem conceber-se do que será elloacolhido com benevolência o prolecção portodos em geral, o (spocialmenle pelos bonschefes de familia.

O programma das maiorias d'ensino, econdições deste ponsionalo, distribuo—sogralis no mesmo collegio, silo no Rocio daCidade Nova n.° 10, onde se acha aber-Ia a matricula, e so pôde tratar 11 qualquerhora do dia. Rio de Janeiro, 31 do maiode 1849. — llermenegildo Antônio Pinto.

Uolland. qt.»iAnluerp. »Hamb... »lrieste.. »Havre... »Inglat... )>

Tolal, Q.uin-1taes inglezes.]

1846.

780.00048.000

120.00086.00031.000

398.000

1.468.000

1847.

783.00082.000140.00074.00080.000

388.000

1.487.000

4843.

73I.C0I)156.000140.000112.00074.000

293.000

1.606.000

1849.

880.000118.00014o. 00(1

43.00043.000

34-2.000

I.26S.000

fí B. As existências na llolianda são em primeiramão, as outras om prlmolra e segunda mao.

EDITAES,

nu 21.omclo do Sr. ministro do império, envlando-lhe uma

exposição pela qual se ve que teve logar infelizmenteoutro desabamento do morro doCattete perto do Pocl-nbo da Gloria, deixando grandes pedras ameaçandoperigo; e rogando-lhe a expedição das ordens necessa-rias ao inspector das obras publicas, afim de que, sen-do possível, amanha mesmo, e bem cedo, se principiea desmoronar a parle do morro que ameaça perigo,para as pessoas que transitai) pela rua do Cuttcte e paraas propriedades que lhe lição ao alcance.

DIA 22.Ao Sr. ministro da justiça, envlando-lhe, em cumpri-

mento ao aviso de IS do corrente, a Informação em ori-ginal que, a respeito do que o mesmo aviso trata, deuo administrador da casa de correcção.

— Ao mesmo Sr,, em cumprimento ao aviso de 11 do

01)r. Ângelo Muniz da Silva Ferraz, inspeclor d'al-randega desta corte, etc.: Faz saber que achando-se asmercadorias abaixo dcscrlptas no caso de serem arrema-tadas por consumo, os seus donos uu consignalarlos devem, 110 prazo de 30 dias contados da dula Ueste.despa-cha-las sob pena dc serem vendidas em basta pubHcaú sua custa e por sua conta, sem que lhes fique compe-lindo allegar cousa alguma contra o elleito desta venda.

Itelação dos volumes existentes no armazém de depositos, os quaes ignorão-sc as entradas c a quem per-teucem:3pólos com sal refinado, 2 frascos com conservas,

1 uilaiitc velho, 400 pares de tamancos, uma pedra dcültrar, 1 caixote com sobras de pregos, l ferro de açopara engommar, metade de um queijo londrino emmíio estado, 7 massos com sete grosas de flvellas paracolletcs.

E para que chegue a noticia a todos, este se pu-

Airandega, 30 de maio de 1849. — Ângelo Muniz daSilva Ferraz.

DECLARAÇÕES.

AVISOS MARÍTIMOS-

PERNAMBUCO por Maceió. Apolaca nacional A'. S. do durmo,

pretende subir no dia 7 de junho; paracarga e passageiros, tios quaes illVreco ex-cellentes commodos, linia-so com Anto-nio Comes Netto, rua Direita n. 'i3.

*_^hS_?

Por ordem do lllm. Sr. Inspeclor d'airandega se fazpublico que contrata-se para o primeiro trimestre doúnno financeiro de 1849 u 1880, (julho u setembro dpcorrenie anno eivei) o fornecimento de comedorias parua tripulação das barcas de vigia e escaleres desta alliui-dega, assim como o dos objectos necessários para o sei-viço das capalazias, os do expediente da mesma repar-lição, e matérias para as obras, conforme as relaçõesseguintes. As pessoas a quem convier tratar o relerido,devem ollereeer as suas propostas em carta rechada aomesmo Sr. Inspector, atéo dia Io do futuro mez.

Fornecimento de comedorias para as barcase escaleres:

Aguardente, azeite doce, azeite para luz, assucar, ba-calhâo, boiacha.carécm pó, carne secca, carne verde, Ta-rinha lina, feijão sorlldo, flo de algodão, lenha, puo de17 onças, sal, sebo em pão, toucinho, velas de sebo, e y'-sagre.

BAHIA. O paládio nacional S-João Vencedor sabe no dia 7 de ju-nho, para o resto da carga e passa-

geiros trata-se com Anlonio Gomes Not-lo, rua Direita 11. 43.

LEILÕES,LEILÃO DE CARVÃO FLNO.

HENRIQUE CANNELL e C. farão leilãoamanhã, sabbado , 2 de junho p, f., emsu» casa, rua do Hospicio n.7, ás 11 horas,de cem toneladas, pouco mais ou menos,de carvão (ino, próprio pararaeiros.o qualestá em logar perto de embarque, e serávendido em lotes eu junto, como melhorconvier aos compradores, que poderão vera amostra em casa dos unnuiicianies.

HENRIQUECÃNNIiLL 12 C pailicipFoque teem de offerecer cm leilão, na pro-

4 Correio Mercantil*

il

1I

xima semana, um completo sortimento deferragens e cuidaria.

CAMPBELL e GREGNWOOD fazem lei-lao hoje, sexta feira, 1.° de junho, em ca-sa dos Srs. Roslron Duttone C.,rua Di-reila n. 42, de um grande sortimento de fa-zendas, constando de pannos finos, entre-finos, e ordinários, princetas, sarjas, tilas,chitas em morim e em cassa, creguellas delinho finas e ordinárias, hollandas, ruões,brins de todas as qualidades, chalés elen-ços de chita, irlandês de linho, duraques,Tiscados, morins de todas as qualidades,panninhos, cambrainhas, lenços de cassa,algodões , barriganas, riscados escossezes,casimiras, brins de algodão, baetas, man-tas escuras, setinetas, metins, fustões,«te, etc.

Também de um grande sortimento de fa-zendas americanas, constando de algodõesentrançados e lisos, ditos azues e riscados,riscados de colchão, etc, etc.

CONTINUAÇÃO DO LEILÃO DE FAZENDASFRANCEZAS.

NA CAS A DA ESTRELLA.Rua do Ouvidor n. 106.Hoje, sexta feira, 1.° de ju-

Wk4f nho, ás 11 horas, leilão de umatJ-MaSL •'n<,a porção de fazendas fran-^P^**" cezas, chegadas ha pouco do

Paris, constando de sedas paravestidos , meias de todas as qualidades,cortes de vestidos de varias fazendas, cha-les de cachemira ede seda, chitas om cas-sa, riscados escossezes, gravalinbas de se-da para senhoras, chapéos de sol, morinsmuito largos, lenços de seda c dc muitasoutras qualidades, pannos para mesas,etc.1!

AIWJNCIOS.0 Grito NacionalPublicou-se o numero 61, com os se-

gnintes artigos: — O actual governo foitraidor á nação e ao Imperador; o actualgoverno é e será traidor á nação e ao Im-perador; — Precaução contra os impla-caveis inimigos da nossa boa fé; — Per-gunlas; — Respostas ao Z. P.

Rua do Cano n. 223.Toma-se uma rapariga de 12 annos paro

cima para fazer companhia a uma senhoracasada, e para aprender a trabalhar em rou-pa de homem e de senhora : a quem con-vier dirija-se ao numero acima, loja.

O numero 8G contém os seguintes arti-gos: — A revista do Instituto Histórico;—Pernambuco; — Assembléa provincial;—O castigo de chibata ; — O Inspirado daNympha Egeria, eo Summo Pontífice doDeus mil reis; o vários outros artigos deinteresse.'

FENOmuito superior,chegado ultimamente, e porpreço commodo, vende-se na rua do Rra-gança n. 5.

ALUGA-SE uma preta para ama com

muito e bom leite; na rua dos Pes-cadores n. 35.

ENCVCLOPEDIE MODERNE.Os Srs. assignantes queirão ter a bondade dá

mandar buscar os seus cadernos alé o n,° 232,na livraria de Firmin Didot irmãos, rua da Qui-tánda n. 97.

Acabão de chegar de Paris c vendem-se na li-vraria de Firmin Didot irmãos, rua da Quitandan. 97, as seguintes obras:

Os Luziadas de Camões, nova edição com no-tas do Dr. Caetano Lopes de Moura, 1vol. boa encadernação 2SO00

Diclionnaire doebimie et de pbysique,par F. llecler, 2.""e édilion rcvuo et aug-mentéo d'un supplément, 1 vol. encad. . 2^500

Diclionnaire mythologiqiie univcrscl,par leDr. Jiicobi/l vol. encad. . . . 2^500

Diclionnaire de módocine pratique,par Hoefer, t vol. encad 3$000

Diclionnaire de géographio anciennoelmodemc, par Béraud, 1 vol. de 857pages, encad. 4.SO00

Nouvelle bibliolbèquc ilesvoyages an-ciens et modernos", conlenant, Ia rela-tion complèle ou analysée des voyages duChrisiopho Colomb, FernandCoitez, Pi-zarro, Anson, Byron, Uougainville,Coock, La Peyrouse, Brúce; Levaillant,Mungs-Parck, Biirklinrdt, Fraser, Bau-din, Duperrey, Freycinet, Pougueville,Dumont d'Urville, etc, etc, ouvragailluslrú de 100 magniíiques gravuressur acier, et accompagné de 5 bellescartes géographiques, 12 forts volumesin-8.° 24^000

Rollin, bistoiro ancienne, accompa-gnée d'observations et d'éclaircissemcntsbisloriqucs, par M. Letronne vol., 1 a 7reliés UftOOO

uuri do bosquepara cura da phthisiçá em todos os seus di(Terentes graus, que motivada por c»ns-

tipações, tosse, asthma, pleuriz, escarros de sangue, dór de costado e peito,palpitaçâo no coração, coqueluehc, bronchite, dôr na garganta e todas asmoléstias dos órgãos pulmonares.

AGENTES GERAES NO RRAS1L,

Rio de Janeiro, rua do Hospício n. ftO.

SÜB-AGENTES:

Bahia João Lourenço Seixas*Pernambuco Novaes e Comp.Ceara' . .. .... Henrique Ellery.Maceió . . . . • Diogo Barnett.Maranhão José Domingos.Castro e Comp.Para' Alfredo Breloir.Rio Grande do Sul. . Antônio Teixeira Palhares.Campos Eugênio Bricolens.Porto Albgre . . . .. A. Cornetèt.S. Paulo Henrique Fox.Paranaguá' João Croston.Porto das Caixas . . Neves e Tinoco.

De todas as moléstias que por herança ficão ao corpo hnmano.nenhuma ha que maisdestrucliva tenha sido, ou que lenha zombado dos esforços dos homens mais eminen-tes em medicina do que aquella que é geralmente conhecida por «moléstia no bofe. »Em varias épocas do anno passado tem-se offerecido ao publico differentes remédioscom allcstados das extraordinárias curas que elles lêem feilo, porém quasi qno em to-dos os casos a illusão tem sido apenas passageira, e o doente torna a recahir om peiorestado do que se achava anles de applicar o remédio tão recommendado: outrotantonão acontece com este extraordinário Xarope do Rosque.

O proprietário ao principio foi induzido a offerocer este xarope ao publico, depoisde ler cffectuado em si mesmo uma cura permamenle, e depois deter a opinião dos pri-meiros médicos da Europa e dos Estados-Unidos, de que seu estado já não dava espe-ranças de melhora, c era como segue. No anno de 1837 apanhei uma grande consli-paçào que rr.e atacou o pnlo, e todos os symplomas de phthisica pulmonar logo se se*guirão. Eu tinha uma tosse continuada com dôr no peito, salivava uma fleuma dura ealgumas vezes misturada com sangue, uma febre ótica, suores de noite, emmagreci ra-pidamente, o em pouco tempo fiquei reduzido a extrema debilidade.

Os meus médicos (entro os quaes havião alguns dos principaes dos Estados-Uni-dos) juntamente com'meus amigos, perderão toda a esperança do meu melhoramento,e esperavão que eu brevemente suecumbiria.

Neste eslado de moléstia por casualidade encontrei com nma antiga receita dos In-dios, o resolvi-me, com o consentimento dos meus médicos, a experimenta-la, visto oestado desesperado do meu caso.

Qual não ser'a a admiração dos meus médicos, e o meu contentamento vendo quedesde que principiei a tomar o Xarope conheci logo uma mudança no meu systema, epela continuação do uso, a moléstia madurou, os tumores formarão cabeça e arreben-tárão lançando grande porção de sangue e matéria. Depois de ter continuado pelo es-paço de 3 mezes com o remédio, a minha moléstia cessou inteiramente, e achei-merestabelecido de perfeita saúde, o bofe desde aquelle tempo tem continuado sem a me-nor affectaçao do enfermidade. Nestas circumstancias é que me resolvi ao principioa offereco-lo ao publico, firmemente convencido de quo 6 o único remédio que so temdescoberto, no qual se pôde tor confiança para a cura de phthisica pulmonar. Curouonde lodosos mais remédios tinhão falhado, e, se fòr tomado e applicado segundo as(liroeções poucas vezes deixará de produzir unia cum radical.

O seu principio dc operar é fácil de explicar : siiavisa o acalma a incommoda tos-se, amadurece oabeesso, facilita a salivação, e em pouco tempo livra os bofes da ma-teria que se reúne nos tubos doar. Regula as funeções usuaes sem necessidade de outraqualquer medicina, fortifica o systema e purifica o sangue. Não contêm nem mercúrio,ópio, ou outro qualquer ingrediente venenoso, e é feito unicamente de raizes o hervas.Tem-se usado ha mais de nove annos, o é universalmente considerado como o grandec único remédio para esta horrorosa moléstia. Os seus effeitos são ein todos os logaroso mesmo, admiráveis e triumphanles I..." /

Como medicamento preventivo o antídoto contra as tendências do clima para aphthisica, é grande valor, e não dá, segundo faz qualquer medico ou conhecedor dedrogas, porém emquanto se está paliando com estas enganosas misturas, o doente vairapidamente empeiorando, o cada dia mais o mais colloca o seu caso fóra do alcance deesperanças! ! Não suecede assim com esla preciosa medicina. E' sempre salutar, e seuseffeitos nunca sãodamnosos. Não é opintica, não é tônica, não ó um mero expectoran-te, não tem por objecto afagar o doente para ler uma fatal segurança. E' um granderemédio, uma grande composição curativa, o grande o único remédio que a sciencia eo conhecimento medico teem alé boje produzido para o tratamento desta moléstia atéhoje iiiconqtiistavel.

Em uma palavra, é o melhor remédio do mundo, e nenhuma pessoa locada comeste (lagelloda familia humana sorá justa para si e para seus amigos se descerá sepul-tura sem attestar suas qualidades virtuosas. Uma única garrafa quasi que em todosos casos produzirá uma considerável mudança no eslado de qualquer doença, seja ellaqual fòr.

Tem curado casos que se suppunhào superiores ao poder medico. Tem levantadodoentes como que da sepultura. Tem curado depois que já lodosos outros systemas,medicamentos e metbodos de tratamento teem falhado. Em uma palavra, descobriu-seo segredo, a Phthisica cura-se.

A antiga opinião de quea Phthisica não podia curar-se tem dcsapparecido desdea introducção desla milagrosa medicina. A Phthisica pela descoberta deste medicamen-to acha-se despida de metade dos horrores que causava. Em logar de se entregaremao desespero quando estavão seguros de que a Phthisica lhes tinha lançado as suas gar-rar, milhares de pessoas teem reeorrido a esle infallivel remédio, e com prazer e regosijocontinuão deslruetando seude neste século que produziu lal beneficio à raça humana.

Lembrem-se todos aquelles que se achão tocados de moléstia pulmonar, querpor tosse, constipações, asthma, bronebites, pleuriz, escarros de sangue, dôr do costa-do e no peito, palpitaçâo no coração, dôr de garganta, o todas as mais moléstias dosórgãos pulmonares, que o único remédio seguro é o Xarope do Bosque.

VENDE-SE EM CASA DOS AGENTES GERAES PARA O BRASIL, RUA DOHOSPÍCIO N. 40. —RIO DE JANEIRO.

JUUM lhe fallar um cavallo procure na tra-¦i vèssa de S. Januário n. 27, que dando ossignaes certo se lhe entregará, pagando os éstrà-gos que o dilo cavallo fez, ao contrario vai para odeposito, para ser vendido para o pagamento.

fi lUEM tiver uma casa de regulares commo-^C dos e quintal, na rua do Lavradio ou suas

iminediações, annuncie para ser procurado, ou di-rija-se á rua deS. Josén. 13.

ALUGA-SEA elegante casa abarracada e chácara

da rua Nova do Conde n. 196.— A casatem dezoito janellas, e a porta principal emuma frente de 180 palmos.-—E'appropria-da pela elegância e bom gosto de sua cons-trucção e repartimento para qualquer pes-soa ou familia que se trate com algumasumptuosidade. Enlre a casa e a rua haum lindo jardim com 30 braças de largurasobre mais de 20 de fundo, muito bem cul-tivado, e enriquecido de não pequeno nu-mero de flores e plantas escolhidas. Naparte posterior da casa existe uma hortaespaçosa com algum arvoredo, hortaliça ecapim para duas parelhas; desde já, po-dendo ceder-se ao inquilino, se assim lheconvier, terreno que dô capim para vinteanimaes pelo menos, visto que a chácaraestende-se a uma distancia de 300 braçasda rua Nova do Conde ás ruas de S. Leo-poldo e do Alcântara; tem còcheira, cavai-lariça, poço com boa água de lavar, etc.,etc; trata-se na rua Direita n. 77.

uma vara de largo a 3$800, luvas parameninas a 100 rs. ao par, morins comdefeito a 1U000 e a 1U600, pecas de aleo-dão do 1Ü000 a 3U000. chitas e ludo maismuito barato nesta loja.

50U rs. de gratificação.Nos fins de março p. p. fugiu da fabrica

de asphalto da Ponta do Caju um pretopedreiro e asphaltista, de nome Deniz,que deixa tratar pelo nome de Dionizio,de nação Moçambique, de idade 30 annospouco mais ou menos, com pouca barbano queixo e buço, altura regular, com ai-guns signaes nos lados do rosto meio apa-gados, uns miúdos e outros maiores, temum dente furado na frente, olhos a verme-lhados, falia apressado e um pouco gago;quem d'ello souber e levará dita fabrica,ou na rua de S. Francisco da Prainha n.31), escriptorio, sorá gratificado com SOUréis.¦ um ¦¦"¦ ¦***" '*¦*¦'¦' '¦— ¦ ii *¦•-—¦----—

ALUGA-SE, para deposito unicamen-

le, o armazém da rua do Sabão n. 76,assoalhado de novo, c com bastante lar-gueza; trata-se no sobrado.

3011 rs. de gratificação.No dia 17 do corrente fugiu do Sacco da

Mangaratibà um escravo pardo bastanteescuro, filho do Ceará, de nome Raimun-do; cujo escravo chegou a esta corte nomez de abril p. p., vindo do Rio Grande,de idade 26 annos, pouco mais ou menos,som barba, nariz bem feilo, rosto redondoe liso, estatura regular e cheio de corpo;quem d'ello souber e oMevar a S. Christo-vão, rua do Maruhy, chácara do Sr. LuizManoel Bastos, será gratificado com 30Uréis.

e & 5 5"*- e- <? ftv tJ Vt***»-^

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AO PHILOSOPHO Z. P."Secu fosse Deus, faria que asaneçãodas

penas pelos delidos contra as leis moraes,civis o políticas, fosso tão immediata, cer-ta e correspondente, como a das infrac-ções das leis pliysicas ou naluraes.

Se'fosse rei, reinaria para o bem e feli-cidade dos povos, lendo por basco dever ea justiça, e nunca a conveniência e ulili-dade senão como meio e fim.

So fosso legislador, lendo por base o di-reito natural e a justiça universal, empre-'garia todos os recursos do minha intelli-gencià em fazer que ninguém deixasse deachar o seu maior bem ou menor mal nocumprimento dos. seus deveres, reconhe-

rendo nclles exercício e gozo mais elficaz eproveitoso de seus direitos. R.

OS ÚLTIMOS INSTANTES1)0 GRUaiRTE "iOSlí MAUIA,

que o boje passado pelas armas emWillegaignon,seu adensa seus coinpanlieiros, e seu arrependi-mentò, aebar-sá-ba á venda HOJE depois da exe-cnção, na rua dosOurivcs n. 21, Ouvidorn. 152,praça da Constituição n. o2, o cm Nictherohilargo Municipal n. 2, preço 80 réis.

BECLARO que lendo minbã filha um

tumor no lado direito do rosto, coma applicação de uma das chapas medicinaesdo Sr. Ricardo Kirk, lenho hoje u prazerde a ver perfeitamente boa, c por isso, pos-suido-da mais profunda gratidão, tributo aoSr. Kirk o meu sincero reconhecimento.Pendotiba, 21 de maio dc 1849. — JoséCarlos de Azeredo Coutinho.— Reconheçoa verdadeira assignatura supra. — Nicthe-rohi, 21 do maio de 1849.—/usíi/io Anto-nio Lopes.

SE algum senhor proprietário tiver ai-

^unia boa casa do sobrado, que estejapára vagar, queira participa-lo no largodo Capim n. 69, em carta fechada com ascondições, e a J. P.

m-JTAltT-lNHO Alves da Silva eC, com-jjJ_prárão, por conta do Sr. Antônio Fa-gundes do Nacimenilo, um bilhete inlei-ro da 3." loteria das obras da igreja ma-triz do Campo Grande, de n. 797 e ummeio bilhete da mesma loteria de n. 359,cujos bilhetes ficão cm poder dos annun-ciantes.

ICIIMTO1TEIISIY0.Tres annos de experiência tem mostrado

qne este unguento cura em muito poucotempo Ioda a qualidade de feridas, sejãoulceras, chagas, ele; vende-se somento narua dos Ourives n. 81, bolica.

DELCAMBEE,DENTISTA, RUA DO OUVIDOR N. 126.

Dentaduras promptas e collocadascm24horas, seja com dentes inglezes, francezes,ou mesmo com dentes osano-cristallinos.

APÓLICESJOHN Rarbenson e C, comprão e ven-

dem apólices geraes e provinciacs, acçõesde todas as repartições publicas, desconlãoletras do thesouro, do banco e da praça.

PRECISA-SE de um prelo que seja

bom mascate; quem o tiver dirija-seá rua Formosa n. 45.

Publicou-se o n.u 7." deste interessante perio-dico, contém o monarchismp fundado na supers-lição ; — Os candidatos; — As ameaças; ~ OBrasil e Z. P.; — eo cynismo do presidente daBahia. Este numero merece ser lido por todos osBrasileiros.

Mui elegantes e fortes carrinhos ameri-canos, dos mais modernos, vend_m»soba-ratos, no armazém de Southworthe Sands,na rua d'Alfandega n. 20.

CHAsuperior, dc todas as qualidades e preços;vende-se na rua d'Alfüii!lega n. 20, por

Soutiiwoutii e Sands.

CHEGOU FINALMENTEà loja do barato, largo de Sanla Rita n.°217, os desejados morins om retalhos de

THEATRÕSARERTURA DO THEATRO DES. PEDRO

DE ALCÂNTARA.DOMINGO, 3 DE JUNHO PE 1849.

29." Recita da assignatura.COMPANHIA DRAMÁTICA.

1." representaçüo do interessante drama em 4actos precedido de 1 prólogo, traduzido do origi-nal francez:

J TERREMOTO DA MARTINICAou

O ROUBO DE UMA HERANÇA.?'<• distribuição dos actos.

l.o (ó prólogo) ....... A perfídia do sobrinho.2,o A revelação do escravo.3.o Dez annos de subterrâneo.4.o, O tremor de terra.ii.0 As ruínas oo castigo.

ACTORES.O Sr. de Pontalban, velhocolono Antônio José Pedro.

Roberto, seu sobrinho Miguel ArchanjoGusmão.Arlliur, joven oflicial de ma-rinlia Pedro Joaquim da Silva.

Daniel, negro moço. José da Silva Reis.Gervant, velho cura Francisco de Paula Dias.O governador (Ia llartinlca.. Manoel José Pinto.Maurício, negro velho Joaquim Monteiro Ramos.Maria Grala Nlcolinl.Jcnny AdelaideCliristlna(début)Outros adores de pequenos papeis.Habitantes da colônia, soldados, escravos negros, &c.

A scena passa-se na Martinica, entre o prólogo c o U-acto, ha o intervallo dc 10 annos.Todo o scenario é inteiramente novo, execulado pelopintor sccnographo Joaquim Lopes de Barros Cabral.Os bilhetes vendem-se para duas recitas, no escripto-

tio do theatro, entrada pela primeira porta do lado deS Francisco de Paula.Havendo ainda olauns camarotes vagos, recebem-se

nsslgnatüras por KO recitas, pelos descontos jó estabeleci-dos, cda mesma forma para a platéa superior.

Peças novas para as primeiras representações.COMPANHIA LYMCA.

Parlslna em 3 netos.Maria de Rohan, de Donlzetti. . , 3 actos.Vcstal, de Mcrcadantc 3 actos.

COMPANHIA DRAMÁTICA.Terremoto da Martinica 4 actos.O ministro de Luiz XIV 3 actos.O major Cravachon i acto.A peste negra 8 actos.

MOVIMENTO DO PORTO*

i

SAniDAS NO DIA 31.GOTiiEMnunGO — Esc. dinam. EÜzàbelh, 220 tons., m. L.von Ehrcn, equip. 7: c. café e couros; passag. oHamburgiicz Ilermum Summer.Boston- Hrig. amer. Saline. 286 tons, m. MercdithA. Sullvan, equip. 9: c. café.IlUENOs-AviiK.s-Pat. Fdelina, 164 tons. m. JooqulmFrancisco Ituuzllla, equip. li: c. vários gêneros; pas-sags. o Austríaco AmbrozIoDousanich.

ENTRADAS NO DIA 31.New LoNnoN--73ds., hlat. amer. Wellemanlic, '71

tons., m. R. J. llõdgns; equip. 10: c. vários generoja ordem; passags. 11 para CalifórniaBni!NOs-Avi(E.s--18ds.. brig. esc. Bella Virgínia, ISOtons., m. Francisco Peixoto Guimarães, equip. 18 :c. carne a Manuel Joaquim Pinto; passags. o lies-

panhol José João Rodrigues.CtiuzÀn—4ds., vapor dc guerra Ing. llydra, Comm.Grey S. Ripweth.kiodeS. FnANf.isco — 9 ds., hiate Vencedor, 30 tons.,m. Anlonio dc Oliveira, equip. 4: c. f.irinha c iria-deira a José Joaquim Gomes Braga; passags. José NI-colâu Machado Junior e um filho, e Tlbúrclo Machadode Oliveira.iTAPiconoi—Cds.j sumaca Marilia, 44 tons., m. Do-mingos Gonçalves da Silva, equip. 6 :c. farinha e ma-deira a Manuel Pontes da Câmara. •Iguape— G Us., brigue igíiapehse, 13S tons., m. JoséNunes da Silva, equip. 9: c. arroz a Francisco Ignacio

Mendes; passags. Joaquim dos Santos, Rito Maria daConceição, João José Chaves e o Portuguez João Pe-reira.Jeiiiimeiiim-12 hs., vapor D. Affonso, 124 tons., m. Lou-renço Machado, equip. 17: c. café a G. Monteiro; pas-sags. José Ramos da Silva, Manuel Francisco dos Reis,Manuel Pinto da Silva Torres e um filho, LuclannoJosé dc Almeida, sua mulher, duas filhas e tres esera-vos, Antônio José Nogueira, sua mulher euma filha,Manuel de Freitas Silva, sua mulher c dous escravos,os Portugueses José Luiz Teixeira Bastos e Josó daCosta Perreira Carvalho. .Ficão á barra duas barcas, dous bergantins e um pa-tacho.

DECLARAÇÃO.Recebendo freqnentemen-

le das províncias cartas depessoas quehonrão-nos, man-dando que as inscrevamos nalista dos nossos assignantes,sem ao mesmo tempo expedi-rem ordem para o competentepagamentonesla corte; decla-mos a alguns desses Srs. queainda não Icnlião sido atten-didos, e a quaesquer outrosque queirão subscrever a-nossa folha, que não nos épossível aceitar assigs?aturassem que eslas nos sejãopa-gas aqui, e sempre anticipa-damenle, como é pratica se-guida por todos os contem-porancos da imprensa diária,e condição de que não podemsem grandes sacrifícios pres-cindir twes emprezas.

A'quelles dos nossos assig-nantes, cujos trimestres, ouscmeslresjá estejão vencidos,rogamos se dignem dc man-dar satisfazer-nos o que deve-rem, c ao mesmo tempo aim-portancia dos mezes futuros,afim de não suspendermos aremessa das folhas.

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