ENADE 2008 Pedagogia Prova

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Novembro 2008

LEIA COM ATENO AS INSTRUES ABAIXO.01 - Voc est recebendo o seguinte material: a) este caderno com as questes de mltipla escolha e discursivas, das partes de formao geral e componente especfico da rea, e das questes relativas sua percepo sobre a prova, assim distribudas:

Partes Formao Geral/Mltipla Escolha Formao Geral/Discursivas Componente Especfico/Mltipla Escolha Componente Especfico/Discursivas Percepo sobre a prova

Nmeros das Questes 1 a 8 9 e 10 11 a 37 38 a 40 1 a 9

Peso de cada parte 60% 40% 85 % 15 % __

b) 1 Caderno de Respostas em cuja capa existe, na parte inferior, um carto destinado s respostas das questes de mltipla escolha e de percepo sobre a prova. As respostas s questes discursivas devero ser escritas a caneta esferogrfica de tinta preta nos espaos especificados no Caderno de Respostas. 02 - Verifique se este material est completo e se o seu nome no Carto-Resposta est correto. Caso contrrio, notifique imediatamente a um dos Responsveis pela sala. Aps a conferncia do seu nome no Carto-Resposta, voc dever assin-lo no espao prprio, utilizando caneta esferogrfica de tinta preta. 03 - Observe no Carto-Resposta as instrues sobre a marcao das respostas s questes de mltipla escolha (apenas uma resposta por questo). 04 - Tenha muito cuidado com o Carto-Resposta, para no o dobrar, amassar ou manchar. Este Carto somente poder ser substitudo caso esteja danificado em suas margens - superior e/ou inferior - onde se encontra a barra de reconhecimento para leitura tica. 05 - Esta prova individual. So vedados o uso de calculadora e qualquer comunicao e troca de material entre os presentes, consultas a material bibliogrfico, cadernos ou anotaes de qualquer espcie. 06 - Quando terminar, entregue a um dos Responsveis pela sala o Carto-Resposta grampeado ao Caderno de Respostas e assine a Lista de Presena. Cabe esclarecer que voc s poder sair levando este Caderno de Questes, decorridos 90 (noventa) minutos do incio do Exame. 07 - Voc ter 04 (quatro) horas para responder s questes de mltipla escolha, discursivas e de percepo sobre a prova.

Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Ansio Teixeira - INEP

Ministrio da Educao

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FORMAO GERALQUESTO 1O escritor Machado de Assis (1839-1908), cujo centenrio de morte est sendo celebrado no presente ano, retratou na sua obra de fico as grandes transformaes polticas que aconteceram no Brasil nas ltimas dcadas do sculo XIX. O fragmento do romance Esa e Jac, a seguir transcrito, reflete o clima poltico-social vivido naquela poca. Podia ter sido mais turbulento. Conspirao houve, decerto, mas uma barricada no faria mal. Seja como for, venceu-se a campanha. (...) Deodoro uma bela figura. (...) Enquanto a cabea de Paulo ia formulando essas idias, a de Pedro ia pensando o contrrio; chamava o movimento um crime. Um crime e um disparate, alm de ingratido; o imperador devia ter pegado os principais cabeas e mand-los executar.ASSIS, Machado de. Esa e Jac. In:_. Obra completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1979. v. 1, cap. LXVII (Fragmento).

Os personagens a seguir esto presentes no imaginrio brasileiro, como smbolos da Ptria. I II

III

Disponvel em: http://www.morcegolivre.vet.br/tiradentes_lj.html

ERMAKOFF, George. Rio de Janeiro, 18401900: Uma crnica fotogrfica. Rio de Janeiro: G. Ermakoff Casa Editorial, 2006. p.189.

ERMAKOFF, George. Rio de Janeiro, 1840-1900: Uma crnica fotogrfica. Rio de Janeiro: G. Ermakoff Casa Editorial, 2006. p.38.

IV

V

LAGO, Pedro Corra do; BANDEIRA, Jlio. Debret e o Brasil: Obra Completa 1816-1831. Rio de Janeiro: Capivara, 2007. p. 78.

LAGO, Pedro Corra do; BANDEIRA, Julio. Debret e o Brasil: Obra Completa 1816-1831. Rio de Janeiro: Capivara, 2007. p. 93.

Das imagens acima, as figuras referidas no fragmento do romance Esa e Jac so (A) I e III (B) I e V (C) II e III (D) II e IV

(E) II e V

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QUESTO 2 Quando o homem no trata bem a natureza, a natureza no trata bem o homem.Essa afirmativa reitera a necessria interao das diferentes espcies, representadas na imagem a seguir.

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QUESTO 4CIDADS DE SEGUNDA CLASSE? As melhores leis a favor das mulheres de cada pas-membro da Unio Europia esto sendo reunidas por especialistas. O objetivo compor uma legislao continental capaz de contemplar temas que vo da contracepo eqidade salarial, da prostituio aposentadoria. Contudo, uma legislao que assegure a incluso social das cidads deve contemplar outros temas, alm dos citados. So dois os temas mais especficos para essa legislao: (A) aborto e violncia domstica. (B) cotas raciais e assdio moral. (C) educao moral e trabalho. (D) estupro e imigrao clandestina. (E) liberdade de expresso e divrcio.

QUESTO 5A foto a seguir, da americana Margaret Bourke-White (1904-71), apresenta desempregados na fila de alimentos durante a Grande Depresso, que se iniciou em 1929.Disponvel em: http://curiosidades.spaceblog.com.br Acesso em: 10 out. 2008.

Depreende-se dessa imagem a (A) atuao do homem na clonagem de animais pr-histricos. (B) excluso do homem na ameaa efetiva sobrevivncia do planeta. (C) ingerncia do homem na reproduo de espcies em cativeiro. (D) mutao das espcies pela ao predatria do homem. (E) responsabilidade do homem na manuteno da biodiversidade.

QUESTO 3A exposio aos raios ultravioleta tipo B (UVB) causa queimaduras na pele, que podem ocasionar leses graves ao longo do tempo. Por essa razo, recomenda-se a utilizao de filtros solares, que deixam passar apenas uma certa frao desses raios, indicada pelo Fator de Proteo Solar (FPS). Por exemplo, um protetor com FPS igual a 10 deixa passar apenas 1/10 (ou seja, retm 90%) dos raios UVB. Um protetor que retenha 95% dos raios UVB possui um FPS igual a (A) 95 (B) 90 (C) 50 (D) 20 (E) 5

STRICKLAND, Carol; BOSWELL, John. Arte Comentada: da pr-histria ao ps-moderno. Rio de Janeiro: Ediouro [s.d.].

Alm da preocupao com a perfeita composio, a artista, nessa foto, revela (A) a capacidade de organizao do operariado. (B) a esperana de um futuro melhor para negros. (C) a possibilidade de ascenso social universal. (D) as contradies da sociedade capitalista. (E) o consumismo de determinadas classes sociais.

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QUESTO 6CENTROS URBANOS MEMBROS DO GRUPO ENERGIA-CIDADES

LE MONDE Diplomatique Brasil. Atlas do Meio Ambiente, 2008. p. 82.

No mapa, registra-se uma prtica exemplar para que as cidades se tornem sustentveis de fato, favorecendo as trocas horizontais, ou seja, associando e conectando territrios entre si, evitando desperdcios no uso de energia. Essa prtica exemplar apia-se, fundamentalmente, na (A) centralizao de decises polticas. (B) atuao estratgica em rede. (C) fragmentao de iniciativas institucionais. (D) hierarquizao de autonomias locais. (E) unificao regional de impostos.

QUESTO 7Apesar do progresso verificado nos ltimos anos, o Brasil continua sendo um pas em que h uma grande desigualdade de renda entre os cidados. Uma forma de se constatar este fato por meio da Curva de Lorenz, que fornece, para cada valor de x entre 0 e 100, o percentual da renda total do Pas auferido pelos x% de brasileiros de menor renda. Por exemplo, na Curva de Lorenz para 2004, apresentada ao lado, constata-se que a renda total dos 60% de menor renda representou apenas 20% da renda total. De acordo com o mesmo grfico, o percentual da renda total correspondente aos 20% de maior renda foi, aproximadamente, igual a (A) 20% (B) 40% (C) 50% (D) 60% (E) 80%Disponvel em: http://www.ipea.gov.br/sites/000/2/livros/ desigualdaderendanobrasil/cap_04_avaliandoasignificancia.pdf

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QUESTO 8O filsofo alemo Friedrich Nietzsche(1844-1900), talvez o pensador moderno mais incmodo e provocativo, influenciou vrias geraes e movimentos artsticos. O Expressionismo, que teve forte influncia desse filsofo, contribuiu para o pensamento contrrio ao racionalismo moderno e ao trabalho mecnico, atravs do embate entre a razo e a fantasia. As obras desse movimento deixam de priorizar o padro de beleza tradicional para enfocar a instabilidade da vida, marcada por angstia, dor, inadequao do artista diante da realidade. Das obras a seguir, a que reflete esse enfoque artstico (A) (B) (C)

Homem idoso na poltrona Rembrandt van Rijn - Louvre, Paris Disponvel em: http://www.allposters.com/ gallery.asp?startat=/ getposter.aspolAPNum=1350898

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Figura e borboleta Milton Dacosta Disponvel em: http://www.unesp.br/ouvidoria/ publicacoes/ed_0805.php

O grito - Edvard Munch - Museu Munch, Oslo Disponvel em: http://members.cox.net/ claregerber2/The%20Scream2.jpg

(D)

(E)

Menino mordido por um lagarto Michelangelo Merisi (Caravaggio) - National Gallery, Londres Disponvel em: http://vr.theatre.ntu.edu.tw/artsfile/ artists/images/Caravaggio/Caravaggio024/File1.jpg

Abaporu - Tarsila do Amaral Disponvel em: http://tarsiladoamaral.com.br/index_frame.htm

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QUESTO 9 - DISCURSIVA

DIREITOS HUMANOS EM QUESTO

O carter universalizante dos direitos do homem (...) no da ordem do saber terico, mas do operatrio ou prtico: eles so invocados para agir, desde o princpio, em qualquer situao dada.Franois JULIEN, filsofo e socilogo.

Neste ano, em que so comemorados os 60 anos da Declarao Universal dos Direitos Humanos, novas perspectivas e concepes incorporam-se agenda pblica brasileira. Uma das novas perspectivas em foco a viso mais integrada dos direitos econmicos, sociais, civis, polticos e, mais recentemente, ambientais, ou seja, trata-se da integralidade ou indivisibilidade dos direitos humanos. Dentre as novas concepes de direitos, destacam-se: a habitao como moradia digna e no apenas como necessidade de abrigo e proteo; a segurana como bem-estar e no apenas como necessidade de vigilncia e punio; o trabalho como ao para a vida e no apenas como necessidade de emprego e renda. Tendo em vista o exposto acima, selecione uma das concepes destacadas e esclarea por que ela representa um avano para o exerccio pleno da cidadania, na perspectiva da integralidade dos direitos humanos. Seu texto deve ter entre 8 e 10 linhas. (valor: 10,0 pontos)LE MONDE Diplomatique Brasil. Ano 2, n. 7, fev. 2008, p. 31.

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QUESTO 10 - DISCURSIVARevista Veja, 20 ago. 2008. p. 72-73.

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Alunos do nota 7,1 para ensino mdio Apesar das vrias avaliaes que mostram que o ensino mdio est muito aqum do desejado, os alunos, ao analisarem a formao que receberam, tm outro diagnstico. No questionrio socioeconmico que responderam no Enem (Exame Nacional do Ensino Mdio) do ano passado, eles deram para seus colgios nota mdia 7,1. Essa boa avaliao varia pouco conforme o desempenho do aluno. Entre os que foram mal no exame, a mdia de 7,2; entre aqueles que foram bem, ela fica em 7,1.GOIS, Antonio. Folha de S.Paulo, 11 jun. 2008 (Fragmento).

Entre os piores tambm em matemtica e leitura O Brasil teve o quarto pior desempenho, entre 57 pases e territrios, no maior teste mundial de matemtica, o Programa Internacional de Avaliao de Alunos (Pisa) de 2006. Os estudantes brasileiros de escolas pblicas e particulares ficaram na 54a posio, frente apenas de Tunsia, Qatar e Quirguisto. Na prova de leitura, que mede a compreenso de textos, o pas foi o oitavo pior, entre 56 naes. Os resultados completos do Pisa 2006, que avalia jovens de 15 anos, foram anunciados ontem pela Organizao para a Cooperao e o Desenvolvimento (OCDE), entidade que rene pases adeptos da economia de mercado, a maioria do mundo desenvolvido.WEBER, Demtrio. Jornal O Globo, 5 dez. 2007, p. 14 (Fragmento).

Ensino fundamental atinge meta de 2009 O aumento das mdias dos alunos, especialmente em matemtica, e a diminuio da reprovao fizeram com que, de 2005 para 2007, o pas melhorasse os indicadores de qualidade da educao. O avano foi mais visvel no ensino fundamental. No ensino mdio, praticamente no houve melhoria. Numa escala de zero a dez, o ensino fundamental em seus anos iniciais (da primeira quarta srie) teve nota 4,2 em 2007. Em 2005, a nota fora 3,8. Nos anos finais (quinta a oitava), a alta foi de 3,5 para 3,8. No ensino mdio, de 3,4 para 3,5. Embora tenha comemorado o aumento da nota, ela ainda foi considerada pior do que regular pelo ministro da Educao, Fernando Haddad.GOIS, Antonio e PINHO, Angela. Folha de S.Paulo, 12 jun. 2008 (Fragmento).

A partir da leitura dos fragmentos motivadores reproduzidos, redija um texto dissertativo (fundamentado em pelo menos dois argumentos), sobre o seguinte tema: A contradio entre os resultados de avaliaes oficiais e a opinio emitida pelos professores, pais e alunos sobre a educao brasileira. No desenvolvimento do tema proposto, utilize os conhecimentos adquiridos ao longo de sua formao. Observaes Seu texto deve ser de cunho dissertativo-argumentativo (no deve, portanto, ser escrito em forma de poema, de narrao etc.). Seu ponto de vista deve estar apoiado em pelo menos dois argumentos. O texto deve ter entre 8 e 10 linhas. O texto deve ser redigido na modalidade padro da Lngua Portuguesa. Seu texto no deve conter fragmentos dos textos motivadores. (valor: 10,0 pontos) 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

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PEDAGOGIA

COMPONENTE ESPECFICOQUESTO 11O Manifesto dos Pioneiros da Educao Nova foi publicado em 1932 e assinado por 26 educadores brasileiros, entre eles Ansio Teixeira, Fernando de Azevedo e Loureno Filho. Nos trechos a seguir, aparecem algumas de suas principais idias. Mas, do direito de cada indivduo sua educao integral, decorre logicamente para o Estado que o reconhece e o proclama, o dever de considerar a educao, na variedade de seus graus e manifestaes, como uma funo social e eminentemente pblica, que ele chamado a realizar, com a cooperao de todas as instituies sociais. A conscincia desses princpios fundamentais da laicidade, gratuidade e obrigatoriedade, consagrados na legislao universal, j penetrou profundamente os espritos, como condies essenciais organizao de um regime escolar, lanado, em harmonia com os direitos do indivduo, sobre as bases da unificao do ensino, com todas as suas conseqncias. Com base nesses trechos, conclui-se que, em seu contexto histrico, o Manifesto era (A) libertrio, pois pregava o fim do Estado. (B) autoritrio, j que defendia a obrigatoriedade escolar. (C) elitista, porque pregava a dualidade do sistema de ensino. (D) inovador, pois compreendia a educao como um direito social. (E) conservador, na medida em que entendia a educao pblica como privilgio.

QUESTO 14A relao entre educao escolar e desigualdade social vem sendo estudada pela Sociologia h mais de um sculo. Diferentes autores e diversas correntes de pensamento explicam os complexos mecanismos dessa relao. Mesmo considerando as grandes diferenas existentes entre pases e pocas, a escolarizao progressiva da populao (A) vem acompanhada de um aumento das exigncias educacionais do mercado de trabalho. (B) garante empregabilidade compatvel com o nvel de instruo. (C) proporciona acesso ao mercado de trabalho devido diminuio da competitividade. (D) est relacionada s crises econmicas e favorece o desemprego. (E) gera equanimidade entre segmentos sociais e diminuio de conflitos culturais.

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QUESTO 12Qual a contribuio da disciplina Filosofia da Educao para a formao do educador? (A) Atender necessidade de organizao do pensamento com vistas a um melhor desempenho didtico-pedaggico. (B) Dominar o conhecimento historicamente produzido pela humanidade visando a uma cultura erudita. (C) Reunir informaes sobre a existncia humana para orientar a forma de organizar sua vida privada. (D) Contribuir para as solues prticas exigidas pelo cotidiano, auxiliando na elaborao do planejamento escolar. (E) Ajudar o professor a identificar e interrogar os valores que esto subjacentes ao e s concepes do humano.

A professora afirmou que a baleia um mamfero. Inconformado, Pedro argumentou: Mamfero vaca, gato, cachorro, cujos filhotes mamam. A baleia vive dentro dgua, tem nadadeiras, um peixe. A maioria dos colegas concordou com Pedro, mas todos comearam a mudar de idia ao assistir a um filme em que apareciam baleias pequenas sendo amamentadas. Pedro comeou a perceber que morar fora dgua no algo que defina os mamferos, e que ter rabo de peixe, nadadeiras e morar na gua no so caractersticas apenas dos peixes. A aprendizagem de Pedro foi gerada, segundo a teoria piagetiana, pelo processo de (A) anulao do conhecimento anterior e substituio deste por contedos novos e diferentes. (B) associao de novos contedos queles que j faziam parte da sua estrutura cognitiva. (C) comparao entre informaes contrastantes e o reforo do conhecimento anterior. (D) desequilbrio, por conflito cognitivo, e acomodao do novo conhecimento ao anterior. (E) reforo positivo por parte da professora, dos colegas e da famlia.

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QUESTO 13

A dicotomia entre professores e especialistas marcou, ao longo da histria, as discusses sobre a identidade do pedagogo. A partir dos anos 1990 uma determinada perspectiva sobre essa identidade foi fortalecida. Ela est nas Diretrizes Curriculares do Curso de Graduao em Pedagogia/Licenciatura, promulgadas em 2006. Qual destas afirmaes expressa essa concepo? (A) A docncia a base identitria do pedagogo, alm da gesto escolar, de sistemas e de programas no escolares. (B) A identidade do pedagogo se afirma por sua condio de especialista. (C) O planejamento e a avaliao dos sistemas educacionais cabem aos administradores e a gesto escolar, aos pedagogos. (D) A investigao educacional tarefa das universidades e sua aplicao papel dos pedagogos. (E) O pedagogo deve optar entre dedicar-se docncia das sries iniciais ou gesto educacional.

O pensamento pedaggico de Paulo Freire parte de alguns princpios que marcam, de forma clara e objetiva, o seu modo de entender o ato educativo. Considerando as caractersticas do pensamento desse autor, analise as afirmaes que se seguem. I - Ensinar um ato que envolve a reflexo sobre a prpria prtica. II - Modificar a cultura originria parte do processo educativo. III - Superar a conscincia ingnua tarefa da ao educativa. IV - Educar um ato que acontece em todos os espaos da vida. V - Educar transmitir o conhecimento erudito e universalmente reconhecido. Esto de acordo com o pensamento de Paulo Freire APENAS as afirmaes (A) I e II (B) II e V (C) I, III e IV (D) I, IV e V (E) I, II, III e IV

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QUESTO 17Considere as descries que se seguem. Escola X: O currculo desenvolvido em projetos de trabalho, com integrao entre disciplinas, e os laboratrios de informtica esto a servio da pesquisa empreendida pelos alunos. Escola Y: H uma delimitao clara entre as disciplinas, com horrios e espaos bem definidos para as atividades, e os recursos tecnolgicos do suporte transmisso de conhecimentos. Escola Z: Laboratrios de informtica, telas digitalizadas e estdios de produo audiovisual esto disponveis aos professores, que so conduzidos a desenvolver um currculo em que os novos conhecimentos cientficos sejam imediatamente incorporados. Qual das anlises faz uma relao coerente entre concepes de currculo e uso da tecnologia, segundo as correntes tericas a que se referem? (A) As escolas X e Y adotam uma concepo de currculo calcada no multiculturalismo, pois o tratamento dado ao uso de recursos tecnolgicos est associado diversidade. (B) Na escola X o currculo possui uma abordagem interdisciplinar, o que favorece o carter investigativo do uso de recursos tecnolgicos no contexto da metodologia de projetos. (C) Na escola Y a delimitao entre as disciplinas demonstra que o currculo reflexo da pluralidade cultural contempornea, ao passo que o modo como a tecnologia adotada remete a um modelo tecnicista. (D) Na escola Z os diversos recursos tecnolgicos usados indicam uma viso de currculo calcada na teoria pscrtica, pois os professores acompanham as inovaes tecnolgicas. (E) As escolas Y e Z trabalham segundo uma perspectiva curricular crtica, em que os recursos tecnolgicos so utilizados para a formao continuada de alunos e professores.

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QUESTO 19Uma professora prope uma atividade em que as crianas devem escrever um bilhete para uma personagem. Ao longo da tarefa, a professora percorre todas as mesas, l em voz alta ou silenciosamente alguns bilhetes, comenta as adequaes e inadequaes na escrita, leva as crianas a refletirem a partir dos erros ortogrficos e pede que os bilhetes sejam reescritos em casa. De acordo com a descrio dessa situao, a prtica avaliativa realizada pela professora OPOSTA a qual das concepes e seus propsitos, apresentados no quadro abaixo? Propsito conhecer os conhecimentos j aprendidos pelas crianas. (B) Classificatria medir erros e acertos das aprendizagens das crianas em relao escrita. (C) Formativa acompanhar o processo individual de aprendizagem das crianas. (D) Mediadora intervir nas aprendizagens realizadas pelas crianas. (E) Investigativa conhecer os indcios das aprendizagens realizadas pelas crianas. Concepo (A) Diagnstica

QUESTO 20Leia a tabela que apresenta dados do ndice de Desenvolvimento da Educao Bsica Ideb.IDEB 2005, 2007 e Projees para o BRASIL

Saeb e Censo Escolar Disponvel em: http://www.inep.gov.br. Acesso em set. 2008.

QUESTO 18A elaborao do projeto poltico-pedaggico um processo de consolidao da democracia e da autonomia da escola, com vistas construo de sua identidade. uma ao intencional, com um compromisso definido coletivamente, que reflete a realidade, busca a superao do presente e aponta as possibilidades para o futuro. O projeto poltico-pedaggico um documento que no se reduz dimenso didtico-pedaggica. Nesse texto, o projeto poltico-pedaggico se constitui como (A) instrumento legitimador das aes normativas da equipe gestora. (B) desenvolvimento de aes espontneas da comunidade escolar. (C) definio de princpios e diretrizes que projetam o vir a ser da escola. (D) incorporao de mltiplas teorias pedaggicas, produzidas na contemporaneidade. (E) implementao de estrutura organizacional visando administrao interna da escola.

Qual das afirmaes faz uma anlise coerente entre os dados da tabela e os fatores do Ideb? (A) Os dados sobre aprovao escolar e as mdias totais de desempenho no Saeb e na Prova Brasil resultaram em ndices que ultrapassaram as metas para o ensino fundamental em 2007. (B) Os ndices observados no ano de 2007, mais elevados quanto maior a escolaridade, so ferramentas para o acompanhamento das metas de qualidade do Plano de Desenvolvimento da Educao. (C) O Ideb, que rene, em um indicador, o fluxo escolar e as mdias de desempenho nas avaliaes, foi, no total de 2007, inferior meta para o mesmo ano. (D) A superao das metas no ensino fundamental e no ensino mdio foi um avano, levando-se em considerao que a escala do Ideb vai de zero a seis. (E) A expectativa de avano nas escolas estaduais inferior quela esperada para as escolas municipais, uma vez que o ndice comparvel nacionalmente.

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QUESTO 21A racionalidade cientfica, forma dominante de pensar e de agir na Modernidade, transformou o homem e sua ao em objetos de investigao. Passaram a ser tratados da mesma forma que as coisas e os fenmenos da natureza, como objetos fixos, imutveis. O historicismo veio a se opor a essa perspectiva positivista, chamando a ateno para a dimenso histrica da existncia, do mundo e da sociedade. As vertentes da pesquisa em educao que acompanharam essa discusso incorporaram idias do historicismo e trouxeram para a prtica da investigao o pressuposto de que (A) a pesquisa educacional supe a existncia de mtodos previamente definidos. (B) a objetividade e a universalidade do conhecimento so garantidas pelos mtodos de pesquisa. (C) a metodologia da pesquisa determina a produo dos conhecimentos histrico-educacionais. (D) o conhecimento da realidade s possvel por meio do controle do fenmeno educacional. (E) o conhecimento educacional depende da compreenso dos processos scio-histricos.

QUESTO 22H uma discusso do ser professor que envolve a diferenciao entre a pedagogia do professor e a pedagogia do mestre. A funo do professor ensinar a todos a mesma coisa e a do mestre, anunciar, a cada um, uma verdade particular, uma resposta singular e uma realizao. Nesse sentido, o mestre o condutor do discpulo at si mesmo, um agente de seu processo de individuao. O discpulo confia no mestre para que o instrua e o conduza enquanto ele no for capaz de se conduzir sozinho, entendendo que a condio de discpulo provisria. Assim, a experincia do mestre, adquirida atravs da prtica e da sagacidade, , na verdade, a capacidade de discernimento dos espritos que, ao pressentir as possibilidades de cada um, prope-lhes fins ao seu alcance, assim como os meios de alcan-los, atravs da utilizao das suas capacidades. As idias do texto afirmam: I II III IV a confiana do discpulo na figura do mestre; a busca de padres nos processos de individuao; o entendimento das limitaes e possibilidades de mestres e discpulos; a percepo do mestre como condutor s verdades. (D) I e III (E) I, II e III

De acordo com o texto, (so) correta(s) APENAS a(s) idia(s) (A) II (B) IV (C) I e II

QUESTO 23As Diretrizes Curriculares da Educao Infantil e os Referenciais Curriculares propem a educao infantil como espao de cuidar e educar. Essa concepo tambm se estende s creches, sobre as quais afirma-se: I II III IV as creches so lugar de proteo e de cuidados com a sade, bem como de educao para as crianas; o ambiente escolar da creche se constitui como espao assistencialista s crianas; o processo educativo na creche promove o desenvolvimento afetivo, cognitivo e social; como espao de guarda e tutela, a creche tem especial cuidado com a sade e a higiene das crianas. (E) III e IV

So afirmaes adequadas concepo de creche, expressas nos documentos citados, APENAS (A) I e II (B) I e III (C) II e III (D) II e IV

QUESTO 24

Jornal do Brasil. Rio de Janeiro.

A tirinha de Ziraldo apresenta-nos uma situao corriqueira. De um modo geral, tem-se a concepo de que as crianas aprendero os conhecimentos em um nico dia e de uma nica forma. Essa concepo perde o sentido quando se pensa, por exemplo, nos ciclos bsicos de alfabetizao, pois os mesmos pressupem que a alfabetizao (A) marcada por estgios. (B) linearmente construda. (C) construda em processo. (D) elaborada sem interrupes. (E) aprendida por etapas sucessivas.

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QUESTO 25Numa sala de aula de terceiro ano do ensino fundamental, com crianas oriundas de vrias regies do Brasil, um aluno pronunciou a palavra olho como [oio]. Outra criana da turma chamou-lhe a ateno, corrigindo-lhe a fala. A professora aproveitou a oportunidade e pediu a todos para que, a partir dali, falassem sempre como se escreve, ou seja: os que falassem [sau] deveriam sempre falar [sal]; os que falassem [viage] deveriam sempre falar [viagem]; os que falassem [bodi] deveriam sempre falar [bode]; os que falassem [cantano] deveriam sempre falar [cantando]. Rapidamente as crianas perceberam que ficou muito difcil falar e que seria impossvel falar sempre exatamente como se escreve. A professora aproveitou para explicar que ningum fala exatamente como se escreve. Essa professora sabe que (A) as relaes arbitrrias e no perfeitas entre sons e letras so raras. (B) as variaes dialetais de origem social e regional devem ser superadas. (C) as variaes da lngua falada tm significados afetivos e culturais. (D) a lngua portuguesa escrita no fontica. (E) a correspondncia entre os sons da fala e a escrita fontica invarivel.

QUESTO 26A professora Ins, interessada em integrar matemtica e artes plsticas, props aos seus alunos uma pesquisa da obra do artista plstico Piet Mondrian (1872-1944), que consistiu na observao dos quadros reproduzidos abaixo.

Composio com Vermelho, Azul e Amarelo - 1930

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Composio com Amarelo, Azul e Vermelho - 1939Disponvel em: http://www.artcyclopedia.com/artists/mondrian_piet.html

A qual objetivo da educao matemtica para o ensino fundamental, presente nos PCN, atende a proposta da professora, de observao dos quadros de Mondrian? (A) Identificar formas geomtricas e reproduzi-las segundo categorias artsticas mimticas, a fim de apurar o gosto esttico. (B) Estabelecer conexes entre temas matemticos de diferentes campos e entre esses temas e conhecimentos de outras reas curriculares. (C) Descrever resultados com preciso e argumentar sobre suas conjecturas, estabelecendo relaes entre matemtica e linguagem oral. (D) Resolver situaes-problema para validar estratgias e resultados, identificando os ngulos obtuso, agudo e reto entre as formas geomtricas. (E) Apurar a percepo da forma e estimular a sua criao, por meio da cooperao, tendo em vista a soluo de problemas numricos propostos.

QUESTO 27Observe a ilustrao abaixo. A fala do menino permite os comentrios a seguir. I - Quando o menino diz e vo quatro, utiliza-se de um mecanismo que no reflete o valor posicional do algarismo, realizando a operao de forma mecnica. II - Expresses como e vo quatro ou desce um esto relacionadas troca que ocorre na base 10, no sistema de numerao decimal, no entendimento de sua estrutura lgico-matemtica. III - O ensino de regras destitudas de significados pode estar na origem das dificuldades apresentadas por crianas, ao tentarem utilizar os algoritmos na resoluo de problemas. IV - A compreenso do valor posicional de um algarismo favorecida quando a criana opera com materiais concretos em que pode agrupar elementos de dez em dez ou de cem em cem, por exemplo. So corretos os comentrios (A) I e II, apenas. (B) I e III, apenas. (C) II e III, apenas. (D) II, III e IV, apenas. (E) I, II, III e IV.

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QUESTO 28O menino que carregava gua na peneiraManoel de Barros

QUESTO 29Em uma Escola de Ensino Fundamental, a professora de crianas de 6 anos iniciar atividades para trabalhar o conceito de representao, importante para a alfabetizao geogrfica e desenvolvimento do pensamento histrico. Considerando as situaes que contribuem para a construo do conceito em foco, analise as atividades apresentadas a seguir. I - Os alunos devem trazer de casa suas fotos em idades diferentes, orden-las cronologicamente e explicar as diferenas e semelhanas entre as imagens. II - A professora apresenta quatro fotos de uma casa em tamanhos diferentes e pede para que os alunos as recortem e as ordenem da maior para a menor. III - Os alunos observam pinturas famosas que retratam pessoas para reproduzi-las e destacar as que mais se aproximam das originais. IV - A professora solicita que as crianas preencham com cores especficas as figuras geomtricas previamente desenhadas por ela. As atividades que a professora deve trabalhar esto descritas APENAS em (A) I e II (B) I e III (C) II e III (D) II e IV (E) III e IV

Tenho um livro sobre guas e meninos. Gostei mais de um menino que carregava gua na peneira. A me disse que carregar gua na peneira Era o mesmo que roubar um vento e sair correndo com ele pra mostrar aos irmos. A me disse que era o mesmo que catar espinhos na gua O mesmo que criar peixe no bolso. O menino era ligado em Quis montar os alicerces de uma casa sobre orvalhos. A me reparou que o menino Gostava mais do vazio Do que do cheio. Falava que os vazios so maiores E at infinitos. Com o tempo aquele menino Que era cismado e esquisito Porque gostava de carregar gua na peneira

QUESTO 30Estudantes de 9 anos de uma Escola de Ensino Fundamental estudam a distribuio de gua para a populao. O professor inicia a atividade com perguntas como: Toda gua que sai da torneira boa para beber? A gua suja pode se tornar limpa? Existem casas sem gua boa para beber? As respostas so discutidas. O professor realiza em sala atividades prticas como: construo de uma maquete do sistema de distribuio de gua da cidade; experincia de decantao e filtrao da gua; excurso estao de tratamento de gua da cidade. O trabalho ampliado para o estudo da preservao ambiental e da situao da gua potvel da populao, que no tem acesso rede de abastecimento de gua. Refletem sobre como o poder pblico cuida da qualidade da gua e das questes ambientais e, ainda, sobre a responsabilidade social da populao e dos governantes. A partir dessa descrio, considere as afirmaes a seguir. I - As perguntas iniciais respondidas pelos alunos permitem ao professor fazer o levantamento do conhecimento prvio dos alunos. II - A contextualizao dos temas ocorre durante as atividades, na insero de aspectos do cotidiano dos alunos e da populao. III - O conhecimento cientfico desautoriza o conhecimento que os alunos trazem de suas experincias de vida, em relao ao meio ambiente. IV - As crianas devem concluir que as questes relativas ao desmatamento prximo aos mananciais de gua e a distribuio de gua tratada a toda a populao so de responsabilidade social exclusiva dos governos. De acordo com a descrio, so corretas APENAS as afirmaes (A) I e II (B) I e III (C) I e IV (D) II e III (E) II e IV

BARROS, M. de. Exerccio de ser criana / bordados de Antnia Zulma Diniz, ngela Marilu e Svia Dumont sobre desenhos de Demstenes Vargas. Rio de Janeiro: Salamandra, 1999.(fragmento)

O texto e os bordados inventam uma realidade mgica e uma esttica do corpo em movimento. Esses elementos expressivos mostram algumas caractersticas de linguagem: I - possibilidades plsticas da linguagem escrita; II - aproximao do mundo mgico com o mundo real pela metfora da gua na peneira; III - literatura e arte visual como expresses dos conhecimentos que caracterizam o mundo infanto-juvenil; IV - hegemonia dos aspectos gramaticais na criao dos textos literrios. So caractersticas de linguagem evidenciadas no texto APENAS (A) I e II (B) II e III (C) III e IV (D) I, II e III (E) II, III e IV

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QUESTO 31Os alunos da EJA chegam sala de aula com saberes construdos a partir de suas vivncias em todos os contextos por onde circulam familiar, profissional, de lazer ou religioso. Os professores devem trabalhar tais saberes por meio de atividades em que sejam (A) avaliados para uma compreeenso dos erros epistemolgicos. (B) integrados aos contedos das diferentes reas do conhecimento. (C) reconstrudos em torno de parmetros de correo prvios. (D) relativizados por serem construdos fora do processo de escolarizao. (E) esvaziados por sua associao ao fracasso escolar dos alunos.

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QUESTO 34Uma organizao social com foco no trabalho com crianas e adolescentes em situao de risco est tendo problemas de evaso dos participantes do projeto de iniciao musical e profissionalizao. Os gestores ficaram preocupados, pois o projeto conta com msicos experientes, recursos e equipamentos adequados. Considerando os princpios da gesto, qual o primeiro procedimento para tentar resolver o problema? (A) Disponibilizar recursos financeiros. (B) Investir na formao docente. (C) Fazer diagnstico sobre a situao. (D) Promover aes que envolvam a comunidade. (E) Reorganizar a gesto de pessoas.

QUESTO 32A Escola Nova Fronteira apresentava altos ndices de reprovao e de violncia. Na avaliao dos professores, as prticas pedaggicas eram individualizadas e no havia articulao interna ou com a comunidade. A professora Clara foi eleita diretora e entendeu que os aspectos administrativos deveriam dar sustentao aos pedaggicos. Liderou um movimento de organizao da escola em direo a uma instituio autnoma e democrtica. Para isso, Clara considerou alguns dos princpios a seguir. I - A implementao do projeto poltico-pedaggico constri a identidade da instituio por meio de permanente reflexo e discusso. II - A participao dos pais e da comunidade nas assemblias escolares uma forma de aproximar a escola da sociedade. III - A centralizao das aes desburocratiza os processos de gesto e de organizao. IV - A gesto colegiada organiza o trabalho pedaggico, viabilizando a ampla participao. So princpios da gesto democrtica, que devem ser considerados por essa professora APENAS (A) I e II (B) II e III (C) II e IV (D) I, II e IV (E) I, II, III e IV

QUESTO 35A Escola Municipal Mara vem modificando as caractersticas de sua gesto. Ampliou as ligaes com a comunidade em seu entorno e fortaleceu o conselho escolar, que tem acompanhado a freqncia e o desempenho dos alunos. Quando surgem problemas, os membros do conselho, formado por professores, alunos, pais, funcionrios e representantes da comunidade, conversam entre si, com os professores e a famlia do aluno. Alm disso, o conselho participa das decises pedaggicas e administrativas, inclusive no que tange ao uso dos recursos financeiros da escola, seja para obras de manuteno, para passeios educativos ou para a compra de materiais didticos. De acordo com a regulamentao municipal, haver novas eleies para o conselho escolar no prximo ano. A escola apresentada nesse texto est atuando I - de forma equivocada, pois envolve os alunos nas decises pedaggicas e administrativas; II - em consonncia com as concepes democrticas de gesto, pois redefine os membros do conselho por meio de eleies peridicas; III - em desacordo com a LDBEN 9.394/1996, pois permite que pessoas de fora da escola interfiram em sua gesto; IV - de acordo com a LDBEN 9.394/1996, pois tem um conselho escolar atuante, com participao comunitria. Est(o) correta(s) APENAS a(s) afirmao(es) (A) II (B) III (C) IV (D) I e III (E) II e IV

QUESTO 33A partir dos anos 1990 foram realizadas vrias reformas curriculares no mbito das instituies educativas, dentre elas, as propostas de reorganizao dos anos de escolaridade em ciclos, que trouxeram mudanas significativas para a estruturao curricular e a avaliao, com a implantao da progresso continuada. Tais experincias fizeram constatar que a implementao de novas propostas nas escolas necessita que as(os) (A) particularidades da implementao em cada escola sejam programadas pelos nveis centrais. (B) equipes diretoras aceitem a proposta e a desenvolvam com o apoio do coordenador pedaggico. (C) aes pedaggicas e administrativas sejam modificadas de forma coletiva e participativa. (D) projetos oficiais prescrevam com clareza as aes a serem executadas. (E) programas de formao continuada aconteam depois do processo de implementao.

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QUESTO 36Considere os depoimentos para responder questo.

QUESTO 37O ano de 2008 foi repleto de atividades e comemoraes na Escola Machado de Assis, devido ao centenrio de morte do grande escritor brasileiro. O resultado desse processo necessitava ser sistematizado e socializado. Para isso, considerou-se a possibilidade de desenvolver as seguintes atividades: I - organizar reunies com docentes das escolas vizinhas para que os mesmos procedimentos fossem adotados pelas demais; II - publicar as produes de alunos e professores, visando valorizao e difuso do conhecimento; III - convidar um especialista no tema para ratificar a qualidade das produes dos alunos e legitimar os conhecimentos construdos; IV - realizar um perodo de culminncia das atividades, com exposies, apresentaes artsticas e demonstraes para a comunidade. A(s) atividade(s) coerente(s) como uma concepo da escola como produtora de conhecimento e de vivncias democrticas (so) APENAS (A) I (B) II (C) II e III (D) II e IV (E) III e IV

Qual das afirmaes abaixo analisa corretamente um ou mais dos depoimentos desses coordenadores pedaggicos? (A) Lucas e Henrique possuem uma concepo de coordenao proveniente da pedagogia renovada, j que enfatizam um posicionamento crtico, voltado s questes sociais. (B) Lucas e Ely demonstram ser tcnicos normatizadores, pois seus procedimentos esto voltados manuteno da ordem e s questes administrativas. (C) A viso de Ely sobre coordenao pedaggica est calcada em um modelo de gesto tcnico-cientfico, pois se preocupa com o desenvolvimento profissional dos docentes. (D) A atividade proposta por Maria reflete um modelo de gesto participativa, na medida em que corresponde a uma prtica passvel de ser controlada em detalhes. (E) O depoimento de Henrique revela uma viso de coordenao que privilegia a tcnica, voltada para o controle do comportamento, para o desempenho e para os resultados.

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QUESTO 38 - DISCURSIVAA professora, ao entrar na turma do primeiro ano do curso de formao de professores, pediu a cada aluno que manifestasse, oralmente, o seu entendimento do que educar, do que ser professor e do que ser aluno. Todas as respostas mostravam uma compreenso simplificada da natureza de cada uma dessas atividades. Frente a esse resultado, a professora fez um planejamento de trabalho que considerasse o aprendizado de conceitos e a discusso de significados atribudos ao longo da histria da educao ao educativa, figura do professor e do aluno. a) Explique por que importante discutir o que educar, o que ser professor e o que ser aluno. (valor: 6,0 pontos)

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QUESTO 39 - DISCURSIVAA professora Renata, de uma turma do primeiro ano de escolaridade, leva todos os dias para a sala de aula um livro de literatura infantil e o l para os alunos. Ao terminar, pergunta qual foi a parte da histria que eles mais gostaram e a escreve no quadro. Em seguida, l em voz alta o trecho que escreveu, acompanhando com o dedo a leitura. Como a biblioteca da escola pequena, ela pediu a contribuio das crianas para que trouxessem livros, revistas ou jornais de suas casas. No dia seguinte ao pedido, recebeu a visita de Alice, me de um aluno, indagando-a sobre o motivo do pedido, j que a maioria das crianas daquela turma ainda no sabia ler. a) Apresente e explique duas justificativas pedaggicas que devero fundamentar a resposta de Renata a Alice. (valor: 4,0 pontos) ______________________________________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________________________________ HO

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QUESTO 40 - DISCURSIVAEm uma reunio do conselho escolar, os participantes definiram, como estratgia de aproximao entre escola e famlias, a realizao de visitas s casas dos alunos, a fim de conhecer de perto a realidade em que vivem. Um dos professores foi casa de Roberto, aluno que apresentava dificuldades de aprendizagem, principalmente em matemtica. L chegando, viu que se tratava de uma moradia popular, de uma famlia que no teve oportunidades de estudo. O professor de Roberto, porm, ficou surpreso ao saber que o menino ajudava o pai, feirante, como caixa na venda de frutas. Se ele sabia calcular valores e fazer o troco, no havia motivos para ter dificuldades em matemtica. Aps a visita, o professor comeou a pensar em estratgias para desenvolver com Roberto. a) Explique a importncia de iniciativas como a desse conselho escolar, em contexto de gesto participativa. (valor: 4,0 pontos) ______________________________________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________________________________ O ______________________________________________________________________________________________________________________________ UN ______________________________________________________________________________________________________________________________ AS ______________________________________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________________________________ b) Descreva outra ao que favorea uma integrao maior entre escola e comunidade e argumente por que essa ao relevante. (valor: 6,0 pontos) ______________________________________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________________________________ N ______________________________________________________________________________________________________________________________ SC ______________________________________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________________________________

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QUESTIONRIO DE PERCEPO SOBRE A PROVAAs questes abaixo visam a levantar sua opinio sobre a qualidade e a adequao da prova que voc acabou de realizar. Assinale as alternativas correspondentes sua opinio, nos espaos prprios (parte inferior) do Carto-Resposta. Agradecemos sua colaborao.

QUESTO 1Qual o grau de dificuldade desta prova na parte de Formao Geral? (A) Muito fcil. (B) Fcil. (C) Mdio. (D) Difcil. (E) Muito difcil.

QUESTO 6As informaes/instrues fornecidas para a resoluo das questes foram suficientes para resolv-las? (A) Sim, at excessivas. (B) Sim, em todas elas. (C) Sim, na maioria delas. (D) Sim, somente em algumas. (E) No, em nenhuma delas.

QUESTO 2Qual o grau de dificuldade desta prova na parte de Componente Especfico? (A) Muito fcil. (B) Fcil. (C) Mdio. (D) Difcil. (E) Muito difcil.

QUESTO 7Voc se deparou com alguma dificuldade ao responder prova. Qual? (A) Desconhecimento do contedo. (B) Forma diferente de abordagem do contedo. (C) Espao insuficiente para responder s questes. (D Falta de motivao para fazer a prova. (E) No tive qualquer tipo de dificuldade para responder prova.

QUESTO 3Considerando a extenso da prova, em relao ao tempo total, voc considera que a prova foi: (A) muito longa. (B) longa. (C) adequada. (D) curta. (E) muito curta.

QUESTO 8Considerando apenas as questes objetivas da prova, voc percebeu que: (A) no estudou ainda a maioria desses contedos. (B) estudou alguns desses contedos, mas no os aprendeu. (C) estudou a maioria desses contedos, mas no os aprendeu. (D) estudou e aprendeu muitos desses contedos. (E) estudou e aprendeu todos esses contedos.

QUESTO 4Os enunciados das questes da prova na parte de Formao Geral estavam claros e objetivos? (A) Sim, todos. (B) Sim, a maioria. (C) Apenas cerca da metade. (D) Poucos. (E) No, nenhum.

QUESTO 9Qual foi o tempo gasto por voc para concluir a prova? (A) Menos de uma hora. (B) Entre uma e duas horas. (C) Entre duas e trs horas. (D) Entre trs e quatro horas. (E) Quatro horas e no consegui terminar.

QUESTO 5Os enunciados das questes da prova na parte de Componente Especfico estavam claros e objetivos? (A) Sim, todos. (B) Sim, a maioria. (C) Apenas cerca da metade. (D) Poucos. (E) No, nenhum.

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