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8/13/2019 Enfermagem Urgencia e Emergencia
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PROENFPROGRAMA DE ATUALIZAO EM ENFERMAGEMSADE DO ADULTO
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Os autores tm realizado todos os esforos paralocalizar e indicar os detentores dos direitos deautor das fontes do material utilizado. No entanto,se alguma omisso ocorreu, tero a maiorsatisfao de na primeira oportunidade reparar asfalhas ocorridas.
A medicina uma cincia em permanenteatualizao cientfica. medida que as novas
pesquisas e a experincia clnica ampliam nossoconhecimento, modificaes so necessrias nasmodalidades teraputicas e nos tratamentosfarmacolgicos. Os autores desta obra verificaramtoda a informao com fontes confiveis paraassegurar-se de que esta completa e de acordocom os padres aceitos no momento da publicao.No entanto, em vista da possibilidade
de um erro humano ou de mudanas nas cinciasmdicas, nem os autores, nem a editora ouqualquer outra pessoa envolvida na preparao da
publicao deste trabalho garantem que atotalidade da informao aqui contida seja exata oucompleta e no se responsabilizam por erros ou
omisses ou por resultados obtidos do uso dainformao. Aconselha-se aos leitores confirm-lacom outras fontes. Por exemplo, e em particular,recomenda-se aos leitores revisar o prospecto decada frmaco que planejam administrar paracertificar-se de que a informao contida neste livroseja correta e no tenha produzido mudanas nasdoses sugeridas ou nas contra-indicaes da suaadministrao. Esta recomendao tem especialimportncia em relao a frmacos novos ou de
pouco uso.
Estimado leitor
proibida a duplicao ou reproduo deste volume, no todo ou em parte, sob quaisquer formas oupor quaisquer meios (eletrnico, mecnico, gravao, fotocpia, distribuio na Web e outros), sempermisso expressa da Editora.
E quem no estiver inscrito no Programa de Atualizao em Enfermagem (PROENF) no poderrealizar as avaliaes, obter certificao e crditos.
Associao Brasileira de Enfermagem - ABEn NacionalSGAN, Conjunto B.CEP: 70830-030 - Braslia, DF
Tel (61) 3226-0653E-mail: [email protected]://www.abennacional.org.br
SISTEMA DE EDUCAO EM SADE CONTINUADA A DISTNCIA (SESCAD)PROGRAMA DE ATUALIZAO EM ENFERMAGEM/SADE DO ADULTO (PROENF)Artmed/Panamericana Edito ra Ltda.Avenida Jernimo de Ornelas, 670. Bairro Santana90040-340 Porto Alegre, RS Brasil
Fone (51) 3025-2550 Fax (51) 3025-2555E-mail: [email protected]@semcad.com.brhttp://www.semcad.com.br
http://www.abennacional.org.br/http://www.semcad.com.br/http://www.semcad.com.br/http://www.abennacional.org.br/8/13/2019 Enfermagem Urgencia e Emergencia
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Grace Teresinha Marcon Dal Sasso Doutora em Informtica em Sade e Enfermagem pelaUniversidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Professora da UFSC. Enfa. de Emergncia eTerapia Intensiva. Pesquisadora do CNPq. Vice-Coordenadora do Grupo de Estudos emTecnologias, Informaes e Informtica em Sade e Enfermagem (GIATE/NFR/UFSC)
Helga Bresciani Mestre em Enfermagem na rea de Concentrao Filosofia, Sade eSociedade pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Professora da Universidadedo Vale do Itaja (UNIVALI) CE Biguau. Enfa. de Terapia Intensiva da Secretaria Estadual deSade
Lcia Marcon Mestre em Enfermagem na rea de Concentrao Filosofia, Sade e
Sociedade pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Professora da Universidadedo Sul de Santa Catarina (UNISUL) Palhoa. Enfa. de Terapia Intensiva da Secretria Estadualde Sade
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ENFERMAGEM NASURGNCIAS E EMERGNCIAS
GRACE TERESINHA MARCON DAL SASSO
HELGA BRESCIANI
LCIA MARCON
SAYONARA DE FTIMA FARIA BARBOSA
CAMILA ANTUNES
Sayonara de Ftima Faria Barbosa Doutora em Informtica em Enfermagem pelaUniversidade Federal de So Paulo (UNIFESP). Docente do Departamento de EnfermagemUFSC. Enfa. da rea de Terapia Intensiva. Membro do GIATE/NFR/UFSC: Grupo de Pesquisaem Tecnologias, Informaes e Informtica em Sade e Enfermagem
Camila Antunes Mestranda do programa de Ps-Graduao em Enfermagem da UniversidadeFederal de Santa Catarina (UFSC). Professora da Universidade para o Desenvolvimento doAlto Vale do Itaja-Unidavi. Enfermeira de Emergncia e Terapia Intensiva. Membro do Grupo dePesquisa GIATE
INTRODUO
As reas de urgncia e emergncia constituem-se em um componente essencial da assistn-cia sade. O aumento dos casos de acidentes e da violncia tem causado um forte impactosobre o Sistema nico de Sade (SUS) e o conjunto da sociedade nos ltimos anos. Naassistncia, esse impacto pode ser medido diretamente pelo aumento dos gastos cominternaes hospitalares, pelo crescimento da taxa de mortalidade, pelas internaes nasUTIs e pela alta taxa de permanncia hospitalar destes pacientes.
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EMERGNCIAS De modo algum, temos a pretenso de esgotar os contedos sobre a enfermagem nas urgn-
cias e emergncias e, portanto, ressaltamos a necessidade de aprofundamento dos temastrabalhados para dar maior sustentao prtica. Vamos trabalhar na perspectiva de indaga-es, oportunizando momentos de reflexo frente ao fazer dirio.
Outra ferramenta utilizada sero as janelas de reflexo ao longo do texto, que podero servirde estmulo para aprofundar os saberes diante de cada tema apresentado. Durante o desen-volvimento do texto, elaboramos cuidadosamente algumas questes relacionadas aos con-tedos e que auxiliaro vocno processo de auto-aprendizagem.
OBJETIVOS
Este texto aborda os aspectos principais da assistncia de enfermagem em situaes deurgncia e emergncia. Nosso objetivo problematizar e pontuar os aspectos principais daassistncia na rea, na perspectiva de contribuir para que voc amplie sua capacidade decompreenso e anlise frente aos contextos assistenciais do(a) enfermeiro(a), bem comopossa contribuir para a implementao de aes sistematizadas na assistncia de enferma-gem a estes pacientes.
Os objetivos de auto-aprendizagem relacionados a este contedo visam, em relao enfer-magem nas urgncias e emergncias, prover o leitor, mediante perguntas provenientes daprtica de enfermagem, de informaes sobre as condutas de avaliao e de interveno.
Ao final deste captulo, espera-se que voc possa:
sistematizar protocolos de avaliao e procedimentos de interveno em enfermagem nombito da emergncia e urgncia, de forma a:
ter segurana e agilidade na tomada de decises; adaptar esses protocolos as situaes concretas da prtica em enfermagem.
ESQUEMA CONCEITUAL
Distino entre urgncia e emergncia
Enfermagem nas emergncias respiratrias
Enfermagem nas emergncias neurolgicas
Enfermagemnas urgnciase emergncias
Enfermagem nas emergncias cardiovasculares
Enfermagem nas emergncias gastrintestinais
Enfermagem nas emergncias de pacientes vtimas dequeimaduras, afogamento e intoxicaes exgenas e endgenas
Enfermagem na cetoacidose diabtica, no estadohiperglicmico - hiperosmolar e hipoglicemia
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DISTINO ENTRE URGNCIA E EMERGNCIA
Uma dvida que certamente deve estar incomodando voc qual a diferena entre urgncia eemergncia.
De acordo com a Portaria No2.048, de 5 de Novembro de 2002, do Ministro de Estadoda Sade, define-se emergncia comoa constatao mdica de condies de agravo sade que impliquem risco iminente de vida ou sofrimento intenso, exigindo, portanto,tratamento mdico imediato. Define-se urgncia como a ocorrncia imprevista deagravo sade com ou sem risco potencial vida, cujo portador necessita de assistn-cia mdica imediata.1
Em nosso entendimento, diferenciar os dois termos parece desnecessrio, pois em qualquer dassituaes definidas, o paciente necessitar sempre de atendimento imediato. Assim, parece-nosmais importante focalizar as competncias do enfermeiro na prtica em emergncia. Nessesentido, a Associao Americana de Enfermagem (ANA) estabeleceu os Padres da Prtica deEnfermagem em Emergncia, em 1983, tendo como referncia padres definidos,1classificandoos enfermeiros de emergncia em trs nveis de competncia: primeiro nvel requer competncia mnima para prestar atendimento ao paciente
traumatizado; segundo nvel o profissional necessita formao especfica em enfermagem de emergncia; terceiro nvel o enfermeiro deve ser especial ista em rea bem delimitada e atuar no mbito
pr e intra-hospitalar.
A assistncia de enfermagem, no ambiente de emergncia, requer do enfermeiro tranqilidade,
agilidade, capacidade para tomar decises rpidas, seguras, contnuas e livre de riscos adicio-nais de forma a se adaptar, de imediato, a cada situao que se apresente sua frente. Esseprofissional deve estar preparado para o enfrentamento de intercorrncias emergentes, necessi-tando para isso conhecimento cientfico e competncia clnica (experincia).2
Para tanto, elaboramos um diagrama de fluxo que estabelece as prioridades no processo decisriode atendimento ao paciente nas principais situaes de urgncia e emergncia (Figura 1).
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EMERGNCIAS
Chegada do paciente emergncia
Avalie o paciente: Queixa principal: se o
paciente no pode falar,busque informaes com osfamiliares que oacompanham, um amigo oupessoa presente na cena;
Sinais vitais (SV) completose acurados na chegada edurante a permanncia naemergncia;
Observao rigorosa,ausculta e palpao no
exame fsico completo.
Identifique risco de vida:A (via area prvia)B (respirao)C (circulao adequada)
Qual ou quais so oscomprometimentos?Quais so asintervenes deenfermagem?
Queimaduras, afogamentoe intoxicaes exgenase endgenas?
Alteraes metablicas:
cetoacidose diabtica, estadohiperglicmico- hiperosmolar ehipoglicemia?
Alteraes gastrintestinais?
Alteraes cardiovasculares?
Alteraes neurolgicas?
Alteraes respiratrias?
Figura 1 Diagrama do processo decisrio de atendimento ao paciente nas principais situaesde urgncia e emergncia
A partir do diagrama geral, apresentado na Figura 1, estabelecemos um conjunto de questes esituaes que auxiliaro no processo de auto-aprendizagem da assistncia de enfermagem aopaciente em situaes de urgncia e emergncia.
Como poderemos observar no decorrer dos contedos, atuar em situaes de emer-gncia e urgncia exige rapidez e agilidade na tomada de deciso clnica quanto aomelhor cuidado que deve ser prestado ao paciente.
Assim, focalize sempre a prioridadedo atendimento. Proceda o ABC Airway (viaarea), Breathing(respirao) e Circulation(circulao) e, em seguida, responda: Quemfornece as informaes? O queest acontecendo? Quandocomeou o problema? Onde o problema? Por queele comeou? O quepode estar associado? Comoocorreu? Qual a gravidade?
Evite danosmaiores ao paciente. Busque sempre a evidncia cientfica para suaprtica.
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1. Mais importante do que tentar estabelecer a diferena entre urgncia e emergncia, focalizar competncias do enfermeiro na prtica em emergncia. Baseado em suaexperincia, quais as competncias que voc considera indispensveis a um enfermei-ro que atua no atendimento imediato de pacientes em situaes emergenciais?
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2. Numere a segunda coluna de acordo com a primeira, relacionando os nveis decompetncia em que so classificados os enfermeiros de emergncia, segundopadres estabelecidos pela ANA, sua caracterizao.
( 1 ) Primeiro nvel ( ) O enfermeiro deve ser especialista em rea( 2 ) Segundo nvel bem delimitada e atuar no mbito pr e intra-( 3 ) Terceiro nvel hospitalar.
( ) Requer competncia mnima para prestaratendimento ao paciente traumatizado
( ) O profissional necessita formao especficaem enfermagem de emergncia.
Resposta no final do captulo
3. Considerando os questionamentos que devem ser feitos ao paciente aps a realiza-o do ABC, comente a orientao Evite danos maiores ao paciente. Busque sempre aevidncia cientfica para sua prtica.
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ENFERMAGEM NAS EMERGNCIAS RESPIRATRIASO papel do enfermeiro, nas emergncias respiratrias, fundamental, pela sua presena cons-tante ao lado do paciente, geralmente sendo o primeiro profissional a identificar e avaliar mudan-as no quadro clnico decorrente de alteraes respiratrias. De modo geral, as emergnciasrespiratrias desenvolvem-se a partir de um evento inicial, que a IR.
As questes que sero discutidas no que diz respeito enfermagem nas emergncias respirat-rias esto apresentadas no Quadro 1.
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Quadro 1
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QUESTES QUANTO ENFERMAGEM NAS EMERGNCIAS RESPIRATRIAS
O que significa insuficincia respiratria (IR) aguda?Quais so as causas mais comuns que levam o paciente a desenvolver um quadro de IR?
Como se manifesta a IR aguda?A IR aguda tem incio sbito?Como avaliar o paciente com alterao respiratria? Como se deve agir neste caso?Como avaliar a oxigenao e o equilbrio acidobsico?
Quais so os distrbios acidobsicos que podem ser observados na emergncia? Como interpretar a gasometria? Como pode ser feita a determinao da compensao do desequilbrio acidobsico? O que significa a compensao do desequilbrio acidobsico?
Como assegurar a permeabilidade das vias areas? Quais so os principais cuidados com o tubo endotraqueal?
Quais so as complicaes mais comuns na intubao traqueal?Quais as condies mais comumente encontradas no paciente com trauma torcico?
Qual o significado de trax instvel? O que pneumotrax hipertensivo e como se manifesta? Quais so as condutas de enfermagem ao paciente com drenagem de trax?
O que crise asmtica e como se manifesta? Quais so as medicaes mais comumente utilizadas na crise asmtica e suas
implicaes?
O QUE SIGNIFICA INSUFICINCIA RESPIRATRIA AGUDA?
A insuficincia respiratria aguda (IRA) pode ser definida como a situao emque o sistema respiratrio no consegue manter os valores da presso arterial deoxignio (PaO
2) e/ou da presso arterial de gs carbnico (PaCO
2) dentro dos limi-
tes da normalidade, para determinada demanda metablica.
Na IR aguda, h uma queda aguda na PaO2sangnea para valores iguais ou inferiores a
50mmHg,* (hipoxemia) e/ou um dficit agudo na eliminao do gs carbnico levando osvalores da PaCO
2para 60mmHg ou mais (hipercapnia).3 A primeira condio classificada como
IR do tipo I (hipoxmica)e a segunda IR do tipo II (hipercpnica).
* Para saber mais:Verifique a importncia da curva de dissociao de hemoglobina para compreender porque este valor crtico. Consulte em Hudak CM, Gallo BM;4Knobel E.;5Pires MTB, Starling SV.6
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QUAIS SO AS CAUSAS MAIS COMUNS QUE LEVAM O PACIENTE ADESENVOLVER UM QUADRO DE INSUFICINCIA RESPIRATRIA?
Dentre as causas da IR do tipo I,destacam-se: pneumonia; atelectasia; edema pulmonar; embolia pulmonar; quase afogamento; doena pulmonar obstrutiva crnica (DPOC) agudizada; asma grave; pneumotrax.
J a IR do tipo IIgeralmente causada por algumas condies, tais como: alteraes do SNC; alteraes neuromusculares perifricas; disfuno da parede torcica e pleura; obstruo das vias areas superiores.7
COMO SE MANIFESTA A INSUFICINCIA RESPIRATRIA AGUDA?
Pela diversidade de causas e mecanismos envolvidos no desenvolvimento da IR, ela pode semanifestar de vrias formas. Entretanto, h sinais comuns independentes da etiologia, e geral-mente relacionados com as alteraes dos gases sangneos.
De modo geral, pacientes com IR se queixam de dispniae apresentam elevao das f reqn-cias respiratria e cardaca. A cianose apresenta-se a partir da elevao da concentraosangnea da hemoglobina reduzida a valores superiores a 5g/dL.
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Observe que a cianose considerada um sinal tardio da IR, que no deve esperarser considerado para que sejam tomadas medidas assistenciais.
Com o agravamento da hipoxemia, passam a surgir manifestaes neurolgicas, como: diminuio da funo cognitiva; deteriorao da capacidade de julgamento; agressividade; incoordenao.
Manifestaes semelhantes s causadas pelo agravamento da hipoxemia podem sercausadas por elevaes agudas do gs carbnico.
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EMERGNCIAS Nas situaes de casos em que h hipoxemia crnica, os pacientes podem apresentar:
sonolncia; falta de concentrao; apatia; fadiga; retardo no tempo de reao.Ahipercapnia crnicapode desencadear sintomas semelhantes aos da hipoxemia crnica, almdos a seguir relacionados: cefalia, particularmente matinal; distrbios do sono; irritabilidade; sonolncia; coma.
A hipercapnia crnica pode provocar at mesmo a morte do paciente.
A INSUFICINCIA RESPIRATRIA AGUDA TEM INCIO SBITO?
Nem sempre a manifestao de IR se d de maneira abrupta, mas tambm por manifestaessutis de alterao do quadro clnico. Desta forma, pode ser classificada em agudae crnica, deacordo com a velocidade de instalao:
IR aguda a rpida deteriorao da funo respiratria provoca manifestaes clnicas maisintensas e, freqentemente, alteraes do equilbrio acidobsico.
IR crnica as alteraes das trocas gasosas se instalam de maneira progressiva, e as ma-nifestaes clnicas podem ser mais sutis, sem alteraes gasomtricas do equilbrioacidobsico. Um exemplo de tal condio a DPOC avanada.
COMO AVALIAR O PACIENTE COM ALTERAO RESPIRATRIA?
Para que a conduta de enfermagem seja realizada de modo rpido e eficiente, importante que oenfermeiro conhea os principais critrios de avaliao respiratria em unidade de emergncia,de modo a identificar evidncias de obstruo de vias areas ou de insuficincia respiratria.
De modo sumrio, esta avaliao consta dos seguintes critrios, analisados a partir dequestionamentos realizados durante a inspeo:
o paciente apresenta dificuldade para respirar, com uso de musculatura acessria?
Se a expanso torcica menor do que o normal (3 a 6cm), observe se h evidncia deque o paciente est usando msculos acessrios quando respira, incluindo elevao
dos ombros, retrao dos msculos intercostais e uso dos msculos escalenos eesternocleidomastideos.
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o paciente tem diminuio do nvel de conscincia ou est confuso, ansioso ou agitado? o paciente muda a sua posio para respirar mais facilmente? a pele do paciente est plida, sudorica ou ciantica? o trax do paciente expande-se simetricamente? existe alterao na freqncia e/ou ritmo respiratrios?
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A freqncia, ritmo e qualidade das respiraes so pontos-chave da funo respirat-ria, podendo tambm ser indicadores de disfuno neurolgica.
Uma avaliao respiratria completa realizada, usando-se, alm da inspeo, a palpao, apercusso e a ausculta.
Napalpao, podem ser verificados temperatura e turgor da pele, movimento ventilatrio (cuja
assimetria pode indicar atelectasia, pneumotrax, trax instvel, dentre outros), expanso torcica,uso de musculatura ventilatria, qualidade das vibraes pulmonares, crepitao (que pode indi-car enfisema subcutneo), posio traqueal (que pode indicar atelectasia, pneumo ou hemotrax).
Com a percusso, podem ser interpretadas as vibraes audveis resultantes a partir da identifi-cao das diferentes densidades. Entretanto, a informao obtida pela percusso limitada, eapenas leses grandes ou processos patolgicos (por exemplo, derrames pleurais com mais de500mL) podem ser determinados por esta tcnica. reas de tecido preenchidas com ar produzemsons ressonantes (timpnicos), que so normais sobre o tecido pulmonar sadio. reas de tecidohiperinflado produzem sons hiperressonantes.
Finalmente, a auscultapermite a verificao dos sons ventilatrios, que indicam como o ar circulanas vias areas. Os sons ventilatrios podem ser normais ou anormais. Os sons normais so dequatro tipos: som traqueal, brnquico, broncovesicular e vesicular. Os sons adventcios ou nor-mais podem ser contnuos, como os roncos e sibilos (presentes na asma) ou descontnuos(estertores finos ou bolhosos).3*
* Para saber mais:Para aprender a melhor identificar os diferentes sons, normais e adventcios, visite o Estetoscpiovirtual em http://www.doutorbusca.com.br/downloads/default.asp?cat=48 ou http://
www.medstudents.com.br/estetoscopio_virtual.asp?mnu=7®id=2 9
Como se deve agir em caso de insufic incia respiratria?
Se o paciente estiver com insuficincia respiratria aguda, imediatamente realize o ABC (viaarea, ventilao e circulao) e, caso seja identificada ausncia de batimentos cardacos, asmanobras de ressuscitao cardiopulmonar (RCP). Ver ABC da RCP na seo de emergnciascardiovasculares, a ser tratado ainda neste captulo.
A maioria dos casos de parada cardaca se d secundariamente parada respiratria.3
http://www.doutorbusca.com.br/downloads/default.asp?cat=48http://www.doutorbusca.com.br/downloads/default.asp?cat=48http://www.doutorbusca.com.br/downloads/default.asp?cat=488/13/2019 Enfermagem Urgencia e Emergencia
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EMERGNCIAS COMO AVALIAR A OXIGENAO E O EQUILBRIO ACIDOBSICO?
A habilidade em rapidamente interpretar o resultado dos gases do sangue arterial (gasometriaarterial) uma ferramenta importante na unidade de emergncia.*
A gasometria arterial reflete a oxigenao, a adequao das trocas gasosa nos pulmes, e oestado acidobsico. Os gases sangneos devem ser interpretados conjuntamente com a histriaclnica do paciente e o exame fsico.
Os valores da gasometria arterial que refletem a oxigenaoincluem: a presso parcial de oxignio no plasma arterial (PaO
2), cujo valor normal de 80 a 100mmHg
ao nvel do mar, a saturao de O2(SaO2), que se refere quantidade de oxignio ligado hemoglobina, cujo
valor normal varia de 93 a 99%.
Os valores da gasometria arterial que refletem a ventilao e o equilbrio acidobsico incluem: opH logaritmo negativo da concentrao de ons H+. O pH normal varia de 7,35 a 7,45. Se
os ons H+ elevam-se, o pH cai, resultando em acidemia. Por outro lado, uma diminuio deons H+ resulta em um pH elevado e em alcalemia;
aPaCO2 presso parcial de CO
2dissolvida no plasma arterial, e seu valor normal varia entre
35 a 45mmHg. Uma PaCO2superior a 45mmHg indica acidose respiratria. Um valor inferior a
35mmHg indica alcalose respiratria; oHCO
3+ representa a concentrao de bicarbonato de sdio no sangue. A sua faixa de
normalidade vai de 22 a 26mEq/L.3
*Para saber mais:Voc pode aprofundar a leitura sobre como avaliar a oxigenao no site http://perfline.com/emc/
journal.cgi?folder=gases.10
Sobre o equilbrio acidobsico, consultar em http://perfline.com/cursos/cursos/acbas/acbas.htm 11
Quais so os distrbios acidobsicos que posso observar na emergncia?
Aacidose respiratria ocorre quando o sistema respiratrio falha em eliminar o CO2
to rapida-mente quanto produzido, provocando uma diminuio no pH abaixo de 7,35. Condies queafetam o funcionamento dos pulmes e podem provocar acidose respiratria incluem: depresso do centro respiratrio (sedao, trauma de tronco cerebral); problemas com o movimento da caixa torcica (paralisia da musculatura respiratria, trax
instvel, pneumotrax; distrbios na troca gasosa (pneumonia, edema pulmonar ou embolia pulmonar, enfisema.
Em um paciente com acidose respiratria aguda, o pH est baixo. Na acidose respiratriacrnica(como ocorre com o paciente com DBPOC*), h nveis elevados de PaCO
2,mas um pH
normal, devido a um nvel elevado de bicarbonato.
http://perfline.com/emc/http://perfline.com/cursos/cursos/acbas/acbas.htm11http://perfline.com/cursos/cursos/acbas/acbas.htm11http://perfline.com/cursos/cursos/acbas/acbas.htm11http://perfline.com/emc/8/13/2019 Enfermagem Urgencia e Emergencia
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EMERGNCIAS Um exemplo de dois distrbios simultneos ocorre durante a parada cardaca, em que
pode ocorrer acidose respiratria e metablica (acidose mista), devido hipoventilao,e acidose ltica.
COMO FEITA A DETERMINAO DA COMPENSAO DDESEQUILBRIO ACIDOBSICO?
Se h alguma anormalidade no equilbrio acidobsico, um ou mais sistemas-tamposo ativadospara revert-la. Por exemplo, se o paciente tem acidose respiratria (pH baixo e PaCO
2alta), os
rins iro responder, retendo mais HCO3e excretando ons H+ (alcalose metablica). Por outro
lado, se um paciente est em acidose metablica (pH baixo, HCO3baixo), os pulmes iro res-
ponder eliminando mais CO2(alcalose respiratria).
O que significa a compensao do desequilbrio acidobsico?
A compensao do desequilbrio acidobsico usada para descrever os mecanismos corporaispara a restaurao do pH normal, quando confrontado com estados de acidose ou alcalose.
Htrs estgios de compensaodo desequilbrio acidobsico: ausente pH anormal com a PaCO
2ou [HCO
3-]anormal e o outro componente normal;
parcial pH anormal, com a PaCO2ou [HCO
3-] anormal e o outro componente tambm anor-
mal, refletindo a tentativa do organismo em compensar o distrbio; completa [HCO3-] e PaCO2esto em proporo, produzindo um pH normal, porm os valo-
res da [HCO3-
] e PaCO2esto anormais.
4. Diferencie IR aguda de IR crnica.
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........................................................................................................................................................
........................................................................................................................................................ 5. Preencha o quadro a seguir, indicando, ao lado de cada procedimento de uma avali-
ao respiratria completa, os sinais que podem ser observados.Procedimento Sinais observados
Inspeo
Palpao
Percusso
Ausculta
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6. Voc est na unidade de emergncia e recebe um paciente com o seguinteresultado de gasometria arterial: pH 7,36; PaCO
229mmHg; bicarbonato 20 mmol/L.
l. Com base nestes valores possvel afirmar que o paciente apresenta qual
distrbio acidobsico?
A) Acidose metablica no compensada.B) Acidose metablica parcialmente compensada.C) Acidose metablica completamente compensada.D) A gasometria no apresenta alteraes.Resposta ao final do captulo
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7. Elabore um esquema com os procedimentos de avaliao da oxigenao e o equil-brio acidobsico na enfermagem em emergncias respiratrias.
COMO ASSEGURAR A PERMEABILIDADE DAS VIAS AREAS?
A obstruo de vias areas uma das intercorrncias mais comuns na emergncia e pode se darpela presena de corpo estranho ou por trauma.
A ao primeira para assegurar o controle de vias areas proceder sua desobstruo , o que sed a partir da extrao manual de eventual corpo estranho ou da aspirao de secrees ousangue muito comum nos casos de traumatismo.
Assegurar a permeabilidade das vias areas maior prioridade no tratamento das con-dies de emergncia respiratria.
Se voc no visualiza a causa da obstruo da via area, no tente elimin-la manual-mente. Verifique contedo de RCP na seo sobre emergncias cardiovasculares a sertratado neste captulo.
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EMERGNCIAS Vale lembrar que, independentemente da abordagem de controle das vias areas, sempre im-
portante pensar na possibilidade de leso cervical, principalmente quando a necessidade de inter-veno se d nas condies de insuficincia respiratria secundria ao trauma. A desobstruomanual das vias areas o primeiro passo, e feita aps uma rpida inspeo da orofaringe, ecom manobras que visam a mover anteriormente a mandbula, afastando a lngua da hipofaringe.
Na desobstruo manual das vias areas, deve-se dar ateno aos pacientes vtimasde trauma, mantendo o alinhamento cervical e efetuando manobras de trao madibular.
Aaspirao outro procedimento para a manuteno da permeabilidade das vias areas, quan-do no for observada a presena de corpos estranhos ou se a via area estiver obstruda porsangue ou secrees.
Vale lembrar que pacientes com indicao de intubao endotraqueal devem ser aspirados antesdo incio do procedimento, de modo a facilitar o trajeto e a diminuir a possibilidade de o pacienteaspirar para as vias areas inferiores sangue e/ou secrees.
Aintubao traquealrefere-se instalao de uma via area artificial que visa a man-ter as vias areas superiores desobstrudas, facilitar a aspirao de secrees e pro-mover a oxigenao e a ventilao. Pode ser realizada por via nasal ou oral, sendo estausada mais freqentemente por ser mais fcil.
Aintubao traquealest indicada para os pacientes que esto incapacitados de pro-teger a via area, com problemas graves de oxigenao que necessita de altas concen-traes de oxignio e, ainda, para pacientes que necessitem de suporte ventilatriomecnico.
Aintubao nasotraqueal usada nos casos de fratura de mandbula ou trauma decavidade oral ou face, sendo contra-indicada nos casos de fratura nasal ou fratura debase de crnio.*
*Para saber mais:Verifique o material necessrio para intubao em Knobel E.12
Quais so os principais cuidados com o tubo endotraqueal?
Dentre os cuidados posteriores insero do tubo endotraqueal, destacam-se: certificao da localizao do tubo atravs da ausculta pulmonar; observao da expanso torcica (simetria), mantendo-o firme; realizao de RX de trax; manuteno do balonete do tubo cheio, com uma presso entre 20 a 25mmHg, 13
observando se h vazamentos de ar.
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De modo a mais facilmente identificar possvel intubao seletiva, indicado registrar a altura emcentmetros do tubo, na altura da comissura labial. A presena de murmrio vesicular bilateral e aausncia de rudo areo no epigstrio tambm so indicativos da posio adequada do tubotraqueal.12,13,14
Quais so as complicaes mais comuns na intubao traqueal?
Por ser um procedimento invasivo e freqentemente realizado sob situaes extremas, podem ocor-rer complicaes secundrias intubao. Dentre essas complicaes, podem ser destacadas: trauma de vias areas, com hemorragia; intubao esofgica ou de brnquio-fonte direito; vmito que leva aspirao; quebra de dentes.12,13,14
QUAIS AS CONDIES MAIS COMUMENTE ENCONTRADAS NO PACIENTECOM TRAUMA TORCICO?
O trauma torcico engloba as vrias leses que atingem a caixa torcica e suas estruturas inter-nas, sendo diretamente responsveis por 25% das mortes ocorridas por trauma e estas ocorrementre 30 minutos a trs horas aps a chegada do paciente ao servio de emergncia.
O trauma torcico pode ser penetrante (provocado por leso direta, ferimentos por arma de fogoou arma branca, queda sobre objetos, dentre outros), levando a condies, como o pneumotrax,
o hemotrax e o trax instvel.12,13,14
Qual o significado de trax instvel?
Otrax instvel uma condio em que duas ou mais costelas adjacentes so fraturadas empelo menos dois lugares.
Nessa condio, o segmento instvel perde o suporte sseo e a fixao caixa torcica, tornan-do-se flutuante. Com isso, passa a se mover em direo oposta ao restante do trax durante a
inspirao e expirao. Ou seja, enquanto na inspirao o trax se expande, o segmento flutuantese move para dentro, expandindo-se quando o trax retrai-se na expirao, provocando a chama-da respirao paradoxal.12,13,14
O que pneumotrax hipertensivo e como se manifesta?
O pneumotrax hipertensivo ocorre quando a presso pleural muito maior que a presso atmos-frica na expirao e freqentemente, durante a inspirao. Geralmente resulta de um fenmenovalvular de via nica. As manifestaes mais comuns incluem sbita deteriorao com taquidispnia,
sudorese, taquicardia e hipotenso. Observa-se tambm desvio contralateral da traquia, comhipoxemia.
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EMERGNCIAS O pneumotrax hipertensivo uma situao de emergncia extrema, e na inexistncia de material
para drenagem torcica prontamente disponvel, feita descompresso com a insero no espaopleural de uma agulha de grosso calibre.12,13,14
Quais so as condutas de enfermagem ao paciente com drenagem de trax?
A drenagem torcica tem como principal objetivo permitir a reexpanso pulmonar, atravs daeliminao do ar, sangue ou fluido eventualmente presentes no espao pleural.
Na drenagem torcica, importante assegurar que o circuito permanea livre de obs-trues ou dobras no sistema, de modo a garantir seu efetivo funcionamento, que observado pela flutuao do nvel de lquido no frasco de drenagem ou aumento dovolume. Pela necessidade de manter um selo de gua, necessrio que a extremidadeesteja submersa na soluo, mas em uma profundidade que no seja superior a 2,5cm,
para no provocar aumento do esforo ventilatrio do paciente.
Para acompanhar a persistncia ou parada da drenagem, preciso que o nvel de soluo colo-cada no frasco seja registrado, com controle peridico do volume verificado. H condies emque pode existir aumento do sangramento ou desenvolvimento de processo infeccioso. Por con-seguinte, necessrio o registro das caractersticas e do volume de drenagem.
Pode ocorrer o surgimento de enfisema subcutneo ao redor de insero do dreno, quedeve ser comunicado, pois pode levar formao de pneumotrax hipertensivo.12,13,14
O QUE CRISE ASMTICA E COMO SE MANIFESTA?
Acrise asmtica um episdio de exacerbao aguda da inflamao da mucosa davia area, com broncoespasmo de instalao sbita, acompanhado de hipoxemia,manifestando-se por tosse, predominantemente noturna e matutina, desconforto res-piratrio, sibilncia, dispnia e, s vezes, fadiga respiratria ou alterao do nvel deconscincia.12,13,14
Quais so as medicaes mais comumente uti lizadas na crise asmtica esuas implicaes?
Dentre as medicaes util izadas na cri se asmtica,destacam-se: os broncodilatadores 2-agonistas (salbutamol, fenoteral, terbutalina); corticosterides sistmicos (hidrocortisona, prednisona ou prednisolona); aminofilina (opo secundria de broncodilatador para alvio imediato dos sintomas da asma).15
A administrao destas medicaes pode trazer algumas conseqncias . Todos os agonistas-adrenrgicos podem ocasionar efeitos colaterais , que esto relacionados freqentementecom a dose e com o modo de administrao.
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No Quadro 3, listam-se as indicaes de administrao e efeitos colaterais dos principais frmacosutilizados na crise asmtica.
Quadro 3
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INDICAES E EFEITOS COLATERAIS DOS PRINCIPAISFRMACOS UTILIZADOS NA CRISE ASMTICA
Tipo de frmaco Indicaes de administ rao e efeitos colaterais
2-agonistas Quando administrados por via inalatria,
2-agonistas resultam em menos
taquicardia e tremor. Raramente desencadeiam arritmias graves.
Em doses elevadas, podem contribuir para hipopotassemia. Em situaes maiscrticas, os
2-agonistas tm sido empregados por via endovenosa ou
subcutnea.16
Os efeitos colaterais so incomuns e incluem:
cefalia; ansiedade; sedao; fadiga; nuseas; vmitos; hipoxemia, em geral discreta.
Corticosterides Efeitos adversos so raros quando se utiliza o medicamento por curtos perodos,e incluem: hiperglicemia;
hipertenso; hipopotassemia; reteno de lquidos; lcera pptica; sndrome de Cushing.
Aminofilina Deve ser administrada lentamente ou preferencialmente em infuso contnua.
Esse medicamento pode produzir efeitos, tais como: nusea; vmito; cefalia; tremores; taquicardia; convulses; arritmias. hipotenso.
Para saber mais:Aprofunde a leitura do III Consenso Brasileiro no Manejo da Asma, disponvel emJ Pneumol; 2002;28 (Supl 1).16
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8. Na interpretao dos gases do sangue arterial primeiramente, avalia-se aoxigenao e verifica-se o estado acidobsico. Indique a interpretao dos dadosobtidos nesta avaliao:
A) pO2abaixo do valor normal ............................................................................................................................................................................................................................ B) pCO
2maior do que 35 .......................................................................................
........................................................................................................................................... C) pCO
2maior do que 45 ........................................................................................
........................................................................................................................................... D) pH menor do que 7,35 ...............................................................................................................................................................................................................................E) pH maior do que 7,45 ................................................................................................................................................................................................................................... F) bicarbonato menor do que 22 ....................................................................................................................................................................................................................... G) bicarbonato maior do que 26 ........................................................................................................................................................................................................................ Resposta ao final do captulo
9. Em sua prtica diria de enfermagem, como voc identifica que o tubo endotraquealpermanece no local adequado?
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........................................................................................................................................................
........................................................................................................................................................
.........................................................................................................................................................10. Resuma as indicaes quanto s intervenes de enfermagem para a manutenoda permeabilidade das vias respiratrias.
.......................................................................................................................................................
........................................................................................................................................................
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........................................................................................................................................................ 11. Elabore um esquema com as intervenes de enfermagem ao paciente com drena-gem de trax.
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12. Quais as indicaes de administrao dos seguintes frmacos de maneira a seprevenir efeitos colaterais em casos de crise asmtica:
A) 2-agonistas ...............................................................................................................
........................................................................................................................................................
........................................................................................................................................................ B) corticosterides ............................................................................................................
....................................................................................................................................................
........................................................................................................................................................ C) aminofilina ...............................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................
ENFERMAGEM NAS EMERGNCIAS NEUROLGICAS
A atuao da enfermagem nas urgncias e emergncias neurolgicas deve estar voltada para adeteco de alteraes neurolgicas e hemodinmicas, comumente observadas nos agravos dosistema nervoso, com a finalidade de reduzir a ocorrncia de seqelas ou a morte dos indivduoscom esses eventos.
As questes que sero discutidas no que diz respeito enfermagem nas emergncias neurolgi-cas esto apresentadas no Quadro 4.
Quadro 4
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QUESTES QUANTO ENFERMAGEM NAS EMERGNCIAS NEUROLGICAS
O que compreende uma avaliao neurolgica em situaes de urgncia e emergncias?O que leva o indivduo a um quadro de coma? Quais os parmetros que devem ser utilizados em uma avaliao inicial no paciente em
estado de coma?Quais os sinais clnicos apresentados pelo paciente com ruptura de aneurisma cerebral? Quais so os fatores de risco que levam o paciente a apresentar vasoespasmo?
Quais so os sinais clnicos que sugerem vasoespasmo em um paciente com HSA?
Quais as intervenes clnicas e cirrgicas do tratamento do aneurisma cerebral roto?
Quais os sintomas mais comuns em um acidente vascular cerebral?
Que medidas devem ser adotadas para manter a perfuso arterial cerebral no AVC? Que convulso e quais os danos que pode acarretar ao sistema nervoso central (SNC)?
Quais os sinais clnicos caractersticos de uma meningite?
Quais as categorias que definem a intensidade do traumatismo cranioenceflico (TCE) combase na escala de coma de Glasgow (ECG)? Quais os sinais clnicos e neurolgicos que caracterizam os agravos causados pelo TCE?
Quais so as principais intervenes de enfermagem no atendimento ao paciente com TCE
grave?Quais as intervenes de enfermagem ao paciente com traumatismo raquimedular alto na faseaguda ? Por que ocorre choque medular?
Uma leso da medula em nvel cervical pode levar a uma insuficincia respiratria aguda
(IRA)? Quais so os sinais clnicos comumente encontrados nos pacientes com ttano? Quais so
as complicaes?Que condutas devem ser tomadas para a melhoria do quadro do paciente?
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EMERGNCIAS O QUE COMPREENDE UMA AVALIAO NEUROLGICA
EM SITUAES DE URGNCIA E EMERGNCIAS?Uma avaliao neurolgica inicial requer conhecimento e habilidade do profissional, com a finali-dade de evitar progresso das leses primrias, bem como diminuir ou evitar ao mximo as le-ses secundrias. Portanto, essa avaliao busca detectar precocemente sinais de alerta queesto relacionados ao mau prognstico como: alterao das pupilas; dficit motor; grau de coma; alterao dos movimentos oculares e sinais vitais, como a alterao da respirao (j que
dependendo do local da leso, a respirao altera e piora o quadro devido hipxia ou hipercapnia que podem ocorrer).
Aps a avaliao neurolgica, como complemento, deve haver a avaliao laboratorialpara auxiliar o tratamento inicial.15 Consulte tambm o protocolo de sua instituio.
O QUE LEVA O INDIVDUO A UM QUADRO DE COMA?
Ocomapode ser produzido pela disfuno cerebral hemisfrica bilateral ou leso do sistema deativao reticular (SAR). Estas leses podem ter causas estruturais e/ou metablicas.7
OSAR um sistema de fibras ascendente que se origina no mesencfalo e tlamo. Osramos estendem-se para o crtex. A estimulao do crtex pelo SAR parece ser aprincipal base fisiolgica para a conscincia, o alerta e a ateno a vrios estmulosambientais.4
Quais os parmetros que devem ser utilizados em uma avaliao inic ial no paciente em estado de coma? Os parmetros que devem ser utilizados em uma avaliao inicial no paciente em estado de
coma* so quatro: respirao; pupilas; movimentos oculares; atividades motoras.6
*Para saber mais:Ver tambm algoritmo referente ao exame neurolgico do paciente em coma no Protocolo da Unida-de de Emergncia. Srie A. Normas e Manuais Tcnicos.Ministrio da Sade, 2002.17
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QUAIS OS SINAIS CLNICOS APRESENTADOS PELOPACIENTE COM RUPTURA DE ANEURISMA CEREBRAL?
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Oaneurisma cerebral uma dilatao sacular, redonda, da parede arterial que sedesenvolve devido a fraqueza dessa parede. A preocupao em casos de aneurismacerebral quanto ao aumento da dilatao sacular a ponto de romper-se ou exerceruma presso sobre estrutura enceflica circundantes. O ndice de mortalidade eleva-do: 20 a 40% das vtimas morrem no momento do sangramento inicial. O ressangramento a principal causa de morte em pacientes com histria de ruptura.4
Geralmente, o paciente apresenta os seguintes sinais, que ocorrem devido elevao da pressointracraniana: cefalia intensa (explosiva), acompanhada de diminuio do nvel de conscincia; disfuno dos nervos cranianos; distrbios dos sinais vitais; comprometimento motor (que poder ser uma hemiparesia ou hemiplegia); vmitos.
Outros sinais indicativos de aneurisma cerebral tambm encontrados durante o exa-me clnico so rigidez de nuca, febre, irritabilidade, fotofobia e borramento visual.
Quando o sangue extravasado atinge o espao subaracnide, ocorre irritao do tronco enceflico,provocando alteraes no sistema nervoso autnomo, como, por exemplo, arritmias cardacas e
hipertenso arterial. Outra complicao o desenvolvimento de hidrocefalia.4,5
Quais so os fatores de risco que levamo paciente a apresentar vasoespasmo?
Vasoespasmo o estreitamento vascular, difuso ou localizado, secundrio hemorra-gia subaracnide (HSA), podendo ser de natureza funcional ou anatmica. Aetiopatogenia do vasoespasmo complexa, envolvendo uma srie de mediadores infla-matrios e no-inflamatrios, alm da alterao histopatolgica bem caracterstica. a
maior causa de morbidade e mortalidade em pacientes com HSA.18
A gravidade do quadro inicial aumenta as possibilidades de o paciente com HSA apresentarvasoespasmo. A quantidade de sangue nas cisternas provavelmente pode ser o principal indicativopara o desenvolvimento de espasmo. Assim como outras alteraes esto associadas a estequadro, como desidratao, hipovolemia e hiponatremia.7,18
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EMERGNCIAS Quais so os sinais clnicos que sugerem
vasoespasmo em um paciente com HSA?O vasoespasmo pode ser clinicamente diagnosticado quando o paciente apresenta: diminuio do nvel de conscincia; novo dficit motor que no pode ser explicado por causas como hidrocefalia, ressangramento
ou distrbios metablicos.7,18
Quais as intervenes clnicas e cirrgicasdo tratamento do aneurisma cerebral roto?Entre as intervenes clnicas e cirrgicas do tratamento do aneurisma cerebral roto est a repo-sio volmicapara a manuteno dos ndices pressrico, realizada a fim de obter uma presso
de perfuso cerebral superior a 70mmHg. Alm disso, preciso teraputica com o antagonistado clciocomo profilaxia e tratamento do vasoespasmo.
Quando o paciente apresentar uma diminuio significativa do nvel de conscincia, isto , escorena escala de coma de Glasgow menor do que 10, alteraes sistmicas secundrias aosangramento cerebral como edema pulmonar e hipoxemia, a intubao orotraqueal funda-mental para diminuir os agravos do quadro.
Otratamento cirrgi coser determinado pela gravidade do quadro poder ser uma derivaoventricular externa (DVE) nos casos de hidrocefalia aguda, drenagem de hematoma, clipagem deaneurisma e tratamento endovascular.7
QUAIS OS SINTOMAS MAIS COMUNSEM UM ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL?
Segundo Knobel,18o acidente vascular (AVC) isqumicoocorre por obstruo dovaso devido a um trombo ou mbolo. Pode ser transitrio e classificado como ataqueisqumico transitrio (AIT).
J o AVC hemorrgico ocorre por ruptura do vaso, sendo as hemorragiasintraparenquimatosas duas vezes mais freqentes do que as hemorragiassubaracnideas.
Um evento encontrado que distingue os dois tipos de AVCs a cefalia. Nos AVCsisqumicos, ela rara enquanto, nos AVCs hemorrgicos, geralmente intensa e deinicio abrupto.
Ossintomasmais comuns em um AVC so: hemiparesia contralateral leso; diplopia; amaurose fugaz; tonteira; vertigem brusca; desequilbrio.
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Em um ataque isqumico transitrio (AIT), o dficit regride em 24 horas, sendo que na maioria dasvezes em um perodo inferior a uma hora.
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Atentar para a sintomatologia do AIT particularmente importante devido ao risco decompresso do tronco cerebral em um AVC hemorrgico neste local, exigindo interven-
o cirrgica rpida, com o intuito de fazer descompresso da fossa posterior, evitandoseqelas graves ou a morte.19
Que medidas devem ser adotadas para mantera perfuso arterial cerebral no AVC?
Amanuteno dos ndices pressricos relativamente elevados demonstra ser benfica emrelao ao risco de se instituir teraputicas que produzam hipotenso arterial. Durante a faseaguda no AVC comum ocorrer um aumento da presso arterial (PA), sendo que geralmente em
menor grau nos AVC isqumicos.
Outro fator importante a concentrao do CO2no sangue arterial para a manuteno do fluxo
cerebral, pois a elevao do mesmo produz uma vasodilatao que compromete o fluxo sangneoarterial devido ao aumento da presso intracraniana (PIC), podendo levar hipertenso.
Hipertenso intracraniana o aumento da presso no interior do crnio. A hiperten-so intracraniana pode ser conseqncia de vrias doenas que afetam o encfalo,como trombose de seios ou veias corticais, txicas, vrios medicamentos uso ou retira-do de corticide.18
Os desequilbrios hidroeletrolticos tambm devem ser corrigidos para evitar a hemoconcentrao.Nos casos de AVC isqumico, primordial a utilizao de anticoagulantes.5
13. Resuma as informaes importantes acerca da avaliao neurolgica em situaesde urgncia e emergncias.
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14. Como avaliar um indivduo em estado de coma?
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15. So fatores de risco de venoespasmo, EXCETO:
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A) hipervolemia.B) desidratao.C) quantidade de sangue nas cisternas.D) hiponatremia.Resposta no final do captulo
16. Elabore um esquema com os sinais clnicos e indicaes de interveno em enfer-magem em casos de aneurisma cerebral
17. Caracterize AVC isqumico e AVC hemorrgico, mencionando que fator clnico osdistingue.
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........................................................................................................................................................ 18. Por que importante atentar para a sintomatologia do AIT?
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........................................................................................................................................................ 19. Que procedimentos so importantes na interveno em enfermagem em caso deAVC?
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Nohematoma subdural agudo , o individuo apresenta os sinais atribudos leso primria comdeteriorizao progressiva devido ao aumento da PIC.
Nohematoma intraparenquimatoso, h uma leso (coleo de sangue) no parnquima cere-bral, limitado pelos tecidos que a rodeiam. Esse tipo de hematoma formado por mecanismos
primrios ou secundrios e um fator de mau prognstico, devido s limitaes de seu alcancepara uma interveno cirrgica. Infelizmente, o mais freqente dentre os trs tipos.15
Quais so as principais intervenes de enfermagemno atendimento ao paciente com TCE grave?
No Quadro 5, apresentamos as principais intervenes de enfermagem no atendimento aopaciente com TCE grave.
Quadro 5
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PRINCIPAIS INTERVENES DE ENFERMAGEMNO ATENDIMENTO AO PACIENTE COM TCE
Garantir um suporte respiratrio adequado Avaliar nvel de conscincia Monitorar os sinais vitais Controlar pupilas Avaliar movimentao ocular Avaliar dficits motores Manter o paciente em alinhamento anatmico e a cabeceira do leito elevada a 30 Realizar o balano hidroeletroltico rigoroso
Garantia de suporte respiratrio adequado
A enfermagem deve atentar para os sinais que so indicativos da m oxigenao tecidual, comoagitao, hipoatividade, cianose, arritmia cardaca e alterao de presso arterial.
A utilizao do tubo endotraqueal fundamental para manter a permeabilidade das vias areas. Ocuidado a esse paciente intubado e em ventilao mecnica exige que sejam implementadas
intervenes de enfermagem, como a posio do tubo para evitar desconforto como leso dacomissura labial ou estimulao ao vmito.
A fixao e o controle rigoroso da altura do tubo evitam acidentes, como intubao seletiva,hipoventilao e microaspiraes por deslocamento, alm da fixao e o controle da presso docuff para evitar leses na traquia por presso excessiva, bem como diminuir os riscos demicroaspiraes contnuas por falta de uma presso adequada.7
A permeabilidade do tubo mantida atravs de uma hidratao correta do paciente, manutenode aquecimento e indicao adequada das aspiraes de secrees endotraqueais.
A oximetria de pulso permite uma avaliao contnua, e sua variao de parmetro sempre um sinal de alerta. Recomenda-se que a saturao de O
2seja mantida acima
95%.4
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Avaliao nvel de consc incia
A avaliao neurolgica em situaes de urgncias deve ser rpida e eficaz. A escala do coma deGlasgow mundialmente utilizada para avaliar trs parmetros como a abertura ocular, melhorresposta verbal e motora. Atravs do somatrio dos escores (que varia de 3 a 15) possvel
perceber o grau de comprometimento neurolgico. O escore 3 o menor, enquanto o 15 caracte-riza um indivduo lcido.
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Durante a avaliao, o profissional dever registrar os dficits motores, caso o indivduoos apresente.4
Monitoramento dos sinais vitais
Apresso arterialdeve ser mantida para que a perfuso cerebral seja eficaz. Os pacientes cominjrias cerebrais graves podem ter sua auto-regulao comprometida, isto , sofrer as conse-qncias diretas da variao dos ndices pressricos. A recomendao, na fase inicial, manter apresso arterial mdia (PAM) acima de 80mmHg, para evitar perodos de hipotenso arterial oque contribui para o desenvolvimento da isquemia cerebral.
O controle da presso arterial rigoroso, na fase inicial, indiscutivelmente uma interven-o indispensvel para diminuir e ou evitar danos neurolgicos graves ou at mesmo amorte.
Apresso de pulso outro parmetro considerado, uma vez que seu alargamento pode ser umindicativo de irritao do tronco cerebral. A variao do pulso, assim como as arritmias cardacasso sinais de alerta, pois geralmente esto relacionadas piora do quadro do paciente por causasneurolgicas ou metablicas.18
Atemperatura elevadaaumenta o metabolismo celular e o fluxo sangneo cerebral, elevando apresso intracraniana. A manuteno do paciente normotrmico ou mesmo com hipotermia mo-derada contribui para diminuir os riscos de leso neuronal pelo aumento do metabolismo celularrelacionado ao aumento da temperatura corporal. Os mtodos fsicos e qumicos devem ser utili-zados sempre que as alteraes da temperatura corporal ocorrerem.15
Amonit orizao da presso venosa central (PVC)orienta para reposio volmica, auxiliana teraputica preventiva para evitar a hipotenso arterial por perda excessiva dos lquidoscorporais.4
Controle das pupilas
As pupilas devem ser avaliadas quanto ao tamanho, reatividade e simetria. Com o uso de uminstrumento pupilmetro, possvel classificar corretamente seu tamanho, favorecendo assim apercepo do examinador quanto simetria, mesmo quando esta for discreta. Esta identificao
precoce de grande valia, pois alerta a equipe nos possveis processos expansivos.
O teste da reatividade pupilar obtido atravs do uso de um foco luminoso diretamente na pupila(reflexo fotomotor direto).
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As alteraes do reflexo, isto , diminuio ou ausncia, geralmente est associada aosprocessos expansivos localizados no tlamo e na ponte.18
Avaliao da movimentao ocular
A movimentao ocular voluntria no pode ser avaliada no paciente em coma. Portanto, testesso utilizados para verificar a integridade de determinadas estruturas, como o tronco enceflico.16
Avaliao dos dficits motores
Os dficits motores devem ser monitorados e valorizados no paciente com comprometimento dosistema nervoso central (SNC). Essas anormalidades neurolgicas focais geralmente so indicativas
de uma patologia estrutural intrnseca do SNC, todavia alteraes metablicas graves como ahipoglicemia tambm podem apresentar dficit motor.19
Manuteno do paciente em alinhamento anatmico e a cabeceira do leito elevada a 30
A posio do paciente com trax elevado e pescoo reto so cuidados que favorecem a drenagemliqurica e venosa do SNC, evitando que a PIC se eleve devido semi-ocluso das veias jugulares,quando comprimidas por falta de alinhamento do pescoo ou a no-elevao do trax.
Tambm no devem ser permitidas a flexo, a rotao ou a hiperextenso do pescoo, pois po-dem interferir na drenagem do sistema venoso jugular, acarretando elevao da PIC.
As manobras que elevam a presso do abdmen conseqentemente elevam a presso intratorcica,diminuindo a drenagem venosa cerebral e favorecendo a elevao da PIC.15
Realizao de balano hidroeletroltico rigoroso
O controle hidroeletroltico rigoroso favorece a manuteno do estado fisiolgico nos pacientesneurolgicos graves altamente susceptveis a aos desequilbrios hidroeletroliticos. Sendo assim,
a monitorizao desses dados contribui para prevenir que alteraes significativas modifiquem oprognstico do paciente.15
Qual a contra-indicao da passagemde sonda nasogstrica no paciente com TCE?
H contra-indicao da passagem de sonda nasogstrica (SNG) no paciente com TCE quando opaciente apresenta sinais caractersticos de fratura de base de crnio como: otorragia, equimosena rea periorbital (olhos de guaxinim) e rea mastide (sinal de Battle).
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EMERGNCIAS A instalao da SNG favorece a penetrao de microrganismos que podem levar a uma
infeco grave do contedo cerebral devido a um possvel contato entre o liquor e adrenagem do seio da face.4
QUAIS AS INTERVENES DE ENFERMAGEM AO PACIENTECOM TRAUMATISMO RAQUIMEDULAR ALTO NA FASE AGUDA?
So intervenes de enfermagem ao paciente com traumatismo raquimedular alto na fase aguda(TRM):
manuteno do corpo alinhado e do pescoo reto tem o objetivo de minimizar os poten-ciais riscos de piora das leses por manobras inadequadas;
controle dos sinais vitais necessrio, pois poder ocorrer hipotenso arterial, bradicardiae hipotermia ou hipertermia devido s alteraes do sistema nervoso autnomo;
vigilncia constante do padro respiratrio* tem como finalidade prevenir hipoventilao,hipoxemia e outras complicaes quando as inervaes dos msculos respiratrios foremafetadas.4
*Para saber mais:Consulte a Padronizao de Classificao Neurolgica da Leso Medular no Protocolo da Unidadede Emergncia. Srie A. Normas e Manuais Tcnicos. Ministrio da Sade, 2002.21
POR QUE OCORRE CHOQUE MEDULAR?
Nos pacientes com leso medular, o tnus vasomotor perdido. Com isso, o sangue fica acumu-lado na periferia e, conseqentemente, ocorre a reduo da presso arterial por diminuio dovolume circulante.4
Uma leso da medula em nvel cervical pode levara uma insuficincia respiratria aguda (IRA)?
A insuficincia respiratria aguda (IRA) deve ser prevista, pois embora na fase inicial a respiraoesteja satisfatria, posteriormente o edema medular pode agir como leso ascendente e compro-mete o diafragma.4 Ver mais informaes sobre a IRA na seo referente s urgncias e emer-gncias do sistema respiratrio deste captulo.
QUAIS SO OS SINAIS CLNICOS COMUMENTEENCONTRADOS NOS PACIENTES COM TTANO?
Ottano uma infeco aguda por Clostridium tetani (bastonete anaerbio Grampositivo). Tem como conseqncia a produo de uma neurotoxin (exotoxina), que ageno neurnio causando hipertonicidade da musculatura esqueltica profunda.*
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Os achados clnicos comumente encontrados nos pacientes com ttano so trismo, aumento dotnus muscular, principalmente na face e mandbula, dificuldade de deglutir e riso sardnico. Oespasmo da musculatura do pescoo e da musculatura dorsal resulta em opisttomo. Uma discre-ta elevao da temperatura, elevao do pulso, aumento e diminuio de presso arterial, dorrigidez da parede abdominal tambm so observados.7
Quais so as complicaes do ttano?
A forma mais grave do ttano pode afetar a musculatura respiratria a ponto de provocar insu-ficincia respiratria e ou at a morte.*
Os espasmos da musculatura da respirao, do diafragma e da musculatura da laringeesto entre as complicaes respiratrias mais temveis , pois devido a essas alteraes, oindivduo pode desenvolver hipxia, fadiga respiratria, atelectasia, pneumonia. Tambm pode
ocorrer luxao vertebral ou fratura de compresso.7
Que condutas devem ser tomadas paraa melhoria do quadro do paciente com ttano?
So quatro as teraputicas indicadas para o tratamento do ttano: alvio dos espasmos musculares; suporte ventilatrio e preveno das complicaes; remoo da rea necrosada; neutralizao de qualquer tipo de toxinas livre*.Voc deve avaliar a eficcia da teraputica e comunicar imediatamente quando esta no for efi-caz, a fim de garantir uma assistncia adequada.7
Entre condutas que devem ser tomadas para a melhoria do quadro do paciente, podemser citadas: manter o paciente em quarto escuro e silencioso, administrar relaxantes musculares
para aliviar os espasmos e analgsicos para aliviar a dor; desbridar a rea necrtica na leso uma medida assertiva para a remoo da
toxina do local;7 manter o curativo bem arejado outra conduta que evita a proliferao de microrga-
nismo nos anaerbios;7
vigiar a parte respiratria tambm importante, pois inicialmente o paciente podenecessitar de uma intubao endotraqueal ou at mesmo de uma traqueostomiaprecoce para garantir a permeabilidade das vias areas;7
administrar imunoglobulina fundamental, uma vez que esta capaz de ativarneurnios afetados.7
*Para saber mais:Para aprofundar conhecimentos sobre o ttano, consulte Parsons; Wiener-Kronish, 2003.7
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EMERGNCIAS 21. Caracterize e diferencie crises convulsionais parciais e generalizadas, relacionando
cada um dos tipos com os danos cerebrais permanentes que podem ser causados poressas crises.
.......................................................................................................................................................
........................................................................................................................................................ ........................................................................................................................................................
........................................................................................................................................................ 22. Discuta a seguinte afirmao, a partir das informaes do texto: a puno de liquor,em casos de meningite, desaconselhada em casos de hipertenso intracraniana.
.......................................................................................................................................................
........................................................................................................................................................
........................................................................................................................................................
........................................................................................................................................................ 23. Diferencie, em termos de sinais clnicos e neurolgicos que caracterizam os seguin-tes agravos causados pelo TCE.
Agravos causados pelo TCE Sinais clnicos e neurolgicos especficosA) hematoma extradural temporal
B) hematoma subdural agudo
C) hematoma intraparenquimatoso
24. A passagem da sonda nasogstrica (SNG) contra-indicada nos pacientescom traumatismo cranioenceflico (TCE) que apresentam quais dos seguintessinais?
A) Epistaxe e hematoma palpebral.B) Otorragia, equimose na rea periorbital e rea mastide.C) Sangramento oral e otorragia.D) Todas as respostas anteriores esto corretas.Resposta ao final do captulo
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25. Complete o quadro, indicando os objetivos das intervenes de enfermagemnoatendimento ao paciente com TCE grave listadas a seguir.
Intervenes ObjetivosGarantir um suporte respiratrio
adequado
Avaliar nvel de conscincia
Monitorar os sinais vitais
Controlar pupilas
Avaliar movimentao ocular
Avaliar dficits motores
Manter o paciente emalinhamento anatmico e acabeceira do leito elevada a 30
Realizar o balanohidroeletroltico rigoroso
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26. Elabore um esquema, envolvendo as intervenes em enfermagem em caso dettano:
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ENFERMAGEM NAS EMERGNCIAS CARDIOVASCULARES
As questes quanto enfermagem nas emergncias cardiovasculares que sero discutidas nestaseo esto apresentadas no Quadro 6.
Quadro 6
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QUESTES QUANTO ENFERMAGEM NAS EMERGNCIAS CARDIOVASCULARES
Como identificar uma parada cardiopulmonar? Como deve ser ento o atendimento de uma PCP nas vrias modalidades?
Como voc deve proceder frente ao paciente que apresenta dor torcica na emergncia?
Que outras intervenes voc deve fazer?
Quais so as caractersticas clnicas do infarto agudo do miocrdio? Quais so as principais alteraes da escala de coma de Glasgow no infarto agudo do
miocrdio? Como voc deve agir nesta situao?
Como voc pode distinguir se o paciente est apresentando um infarto agudo do miocrdio ou
uma angina? Como voc deve agir nesta situao?
A maioria das alteraes que voc observou at aqui incluem as arritmias*. Mas, afinal, o que soarritmias? Um paciente com taquiarritmia com complexo QRS irregular e estreito tem provavelmente que
tipo de arritmia? Qual seria a funo do gluconato de clcio nesta situao?
Por que a lidocana no mais o frmaco de primeira escolha para a taquicardia ventricular?
Nas situaes de emergncias hipertensivas, como voc deve proceder? Por que a insuficincia cardaca congestiva provoca congesto pulmonar no paciente? Como, ento, deve ser a avaliao da(o) enfermeira(o) de um paciente que apresenta edema
agudo de pulmo?
COMO IDENTIFICAR UMA PARADA CARDIOPULMONAR?
Aparada cardiopulmonar (PCP) a cessao sbita da ventilao e da circulao,com conseqente colapso dos sistemas respiratrio e circulatrio.
Em casos de PCP, a abordagem sistemtica da ressuscitao deve ser rpida e imediata. A unida-de de emergncia deve estar preparada e equipada para receber o paciente nesta condio.
O Quadro 7 apresenta as etapas de avaliao ABCD primria e secundria em casos de PCP.
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Quadro 7
AVALIAO ABCD PRIMRIA E SECUNDRIA EM CASOS DE PCP
1 Imediatamente aps a chegada do paciente, avalie a responsividade.
2 Se o paciente estiver irresponsivo, chame por ajuda dos membros da equipe, posicione o paci-ente em decbito dorsal horizontal, pea um desfibrilador.
3 Em seguida, faa inicialmente a avaliao p rimria (ABCD): Airway(vias areas) abra a via area (hiperextenso da cabea e elevao do
mento). Se h suspeita de trauma, proceda a manobra de trao mandibular), apliqueo ver, ouvir e sentir;
Breathing (respirao) promova ventilao com presso positiva (confirmedesobstruo da via area com duas ventilaes);
Circulation (circulao) confirme ausncia de pulso e inicie as compressestorcicas;
Desfibrillation(desfibriliao) d choques na fibrilao ventricular e na taquicardiaventricular sem pulso.
4 Naavaliao secundria(ABCD), proceda da seguinte forma: Airway(vias areas) auxilie na intubao traqueal. Breathing (respirao) avalie a expanso torcica bilateralmente e ventile quando
necessrio (Veja os Guidelinesda American Heart Association). Circulation (circulao) estabelea acesso venoso, determine o ritmo e administre
medicaes apropriadas conforme prescrio mdica. Diagnstico diferencial procure atender as causas reversveis.22
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Tradicionalmente, a American Heart Association tem estabelecido as abordagens e o tratamen-to da PCP em algoritmos* que facilitam o estabelecimento de prioridades no atendimento porserem um mtodo ilustrativo de sumarizar a informao. Assim, para cada modalidade de PCP estabelecido um algoritmo de ao. Porm, vale lembrar que os passos devem ser seguidosrigorosamente, levando-se em conta, sobretudo, as caractersticas do paciente e a realidadebrasileira.22
O mais importante determinante da sobrevivncia de uma parada cardaca sbita apresena de um ressuscitador treinado que est apto, preparado, capacitado e equipa-do para agir.22 A via area adequada, ventilao, oxigenao, compresses torcicas e
desfibrilao so mais importantes do que administrao de medicamentos e soprioritrias sobre obter um acesso venoso ou injetar agentes farmacolgicos.22
*Para saber mais:Aprofunde conhecimentos sobre algoritmos emSuporte Avanado de Vida em Cardiologia 2000-2003 da Amercian Heart Association & FundacionInteramericana Del Corazon.Site: American Heart Association: http://www.americanheart.org/23
Circulation: Journal of American Heart Association: http://circ.ahajournals.org/ 2005.24
http://www.americanheart.org/23http://www.americanheart.org/23http://circ.ahajournals.org/http://circ.ahajournals.org/http://www.americanheart.org/238/13/2019 Enfermagem Urgencia e Emergencia
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DE UMA PCP NAS VRIAS MODALIDADES?O atendimento de uma PCP ser feito de acordo com as suas modalidades.1,2,19,22,25,26
Fibrilao ventricular e taquicardia ventricular sem pulso
1. Desfibrile trs vezes ou at o sucesso, com 200, 300 e 360 joules.2. Intube ou auxilie na intubao e confirme posio do tubo auscultando os pulmes.3. Estabelea acesso venoso, preferencialmente na fossa cubital.4. Desempenhe RCP contnuo (15 compresses e 2 ventilaes).5. Identifique o ritmo.6. Administre epinefrina 1mg IV e repita a cada trs/cinco minutos, ou vasopressina 40 unidades
em bolo.7. Desfibrile com 360J e ento repita o padro frmaco/choque, frmaco/choque at a circulao
retornar ou ser constatada a morte do paciente.
De acordo com o protocolo de sua instituio, considere os antiarrtmicos: amiodarona, 300mg IV considere repetir 150mg IV a cada trs/cinco minutos. A dose mxi-
ma cumulativa de 2,2g IV nas 24 horas; lidocana, 1 a 1,5mg/kg IV para fibrilao ventricular refratria pode ser administrada dose
adicional de 0,5 a 0,75mg/kg IV; repetir a cada cinco a 10 minutos com dose mxima de 3mg/kg.Se o ritmo for revertido, siga com 1-4mg/min IV de lidocana.
Considere, tambm: sulfato de magnsio 1-2g IV diludo em 10mL de SG 5% ou gua destilada; considere
procainamida 20mg/min IV com dose mxima de 17mg/kg; bicarbonato de sdio 1mEq/kg. Se a circulao espontnea retornar, ventile e atenda a
causa subjacente.19,22,25,26
Atividade eltrica sem pulso
1. Intube ou auxilie a intubao.
2. Estabelea acesso venoso.3. Desempenhe RCP contnuo (15 compresses e 2 ventilaes).4. Considere hipovolemia, hipoxia, acidose, hiper ou hipocalemia, hipotermia, overdose de dro-
gas, tamponamento cardaco, pneumotrax hipertensivo, trombose coronariana,tromboembolismo pulmonar.
5. Administre epinefrina 1mg IV a cada trs a cinco minutos.
Se a freqncia cardaca baixa, administre atropina 1mg IV a cada trs minutos em dose mxi-ma de 0,04mg/kg. Se a circulao espontnea retornar, ventile e trate a causa subjacente.19,22,25,26
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No Quadro 8, so apresentadas as principais recomendaes para atendimento de PCP dosnovos guidelines.
Quadro 8
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PRINCIPAIS RECOMENDAES DOS NOVOS GUIDELINES*PARA O ATENDIMENTO DE PCP
recomendada, para o profissional ou leigo que est sozinho na cena, uma freqnciauniversal de 30 compresses e duas ventilaes, para vtimas de todas as idades, exceto pararecm-nascidos. O objetivo simplificar e permitir perodos maiores de compresses torcicasininterruptas.
A freqncia das compresses torcicas deve ser de cem por minuto (comprimindo firmementee soltando o trax rapidamente), a fim de minimizar as interrupes das compresses torcicas.
Durante a PCP, cerca de cinco ciclos (ou cerca de dois minutos) de RCP devem ser feitos entre
as checagens do ritmo. Em vez de checar o ritmo ou o pulso imediatamente aps aadministrao do choque, os profissionais devem imediatamente retomar a RCP.
Todos os esforos, incluindo a intubao, administrao de medicamentos e reavaliao dopaciente devem ser desempenhados de modo a minimizar as interrupes das compressestorcicas. As checagens do pulso devem ser limitadas durante o atendimento da PCP.
Para tratamento da fibrilao ventricular e da taquicardia ventricular sem pulso, deveria seradministrado somente um choque em vez de trs, seguindo-se imediatamente pela RCP(iniciando pelas compresses torcicas). Esta mudana se fundamenta no sucesso do primeirochoque a partir do desenvolvimento tecnolgico dos novos desfibriladores e do conhecimentode que, se o primeiro choque falha, a interveno com as compresses torcicas podemelhorar a concentrao de oxignio e de glicose ao miocrdio, fazendo com que o choquesubseqente seja mais efetivo para a desfibrilao.
A administrao de fibrinoltico (t-PA) pode melhorar os resultados nos pacientes com traumaisqumico agudo, conforme as orientaes do Instituto Internacional de Desordem Neurolgicae Trauma. Contudo, deve estar claramente definido no protocolo da instituio e da equipe deatendimento.22
*Para saber mais:Aprofunde algoritmos e veja, inclusive, as novas recomendaes para o socorrista leigo em:Suporte Avanado de Vida em Cardiologia 2004-2006 da American Heart Association & FundacionInteramericana Del Corazon.Site: American Heart Association: http://www.americanheart.org/23
Circulation: Journal of American Heart Association: http://circ.ahajournals.org/2005 24
Aprofunde tambm em: http://www.medscape.com/27
http://www.americanheart.org/23http://www.americanheart.org/23http://circ.ahajournals.org/200524http://circ.ahajournals.org/200524http://www.medscape.com/27http://www.medscape.com/27http://www.medscape.com/27http://circ.ahajournals.org/200524http://www.americanheart.org/238/13/2019 Enfermagem Urgencia e Emergencia
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COMO VOC DEVE PROCEDER FRENTE AO PACIENTEQUE APRESENTA DOR TORCICA NA EMERGNCIA?
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A dor torcica* pode estar relacionada com angina, IAM, TEP, pneumotrax, perfuraode esfago, hidrotrax, disseco ou pericardite.
Ao receber um paciente com dor torcica na emergncia,5,25faa imediatamente uma avaliaorpida (ABC).Identifique:
A via area do paciente est prvia? Ou seja, o paciente fala claramente e nenhum rudo estassociado com a respirao? Se a via area no estiver prvia, considere a limpeza da boca e coloque uma cnula
orofarngea (bico de Guedel) para auxiliar a limpeza e melhorar a oxigenao.
A respirao do paciente est efetiva? A respirao efetiva quando a cor da pele est dentrodos limites normais e o enchimento capilar inferior a 2 segundos. Se a respirao no for efetiva, considere a administrao de oxignio (via cateter, mscara
ou TOT).
A circulao do paciente est efetiva? A circulao efetiva quando o pulso radial est presen-te e a pele est quente e seca. Se a circulao no estiver efetiva, coloque o paciente em posio de resgate, estabelea
acesso venoso e administre 200mL de SF 0,9% rpido.
fundamental que voc faa a identificao do paciente, esteja atento (a) as suasqueixas e identifique a histria da doena presente.
*Para saber mais:Aprofunde seus conhecimentos sobre dor torcica em:Schell, Hildy & Puntillo, Kathleen A. traduo de Regina Garcez. Segredos em Enfermagem na Tera-pia Intensiva.28
Ou ainda emHuddleston, Sandra Smith & Ferguson, Sondra. Emergncias Clnicas26
Que outras intervenes voc deve fazer?
Alm da avaliao rpida (ABC), h outras intervenes que devem ser feitas.
1. Avalie rapidamente a intensidade, a localizao e a durao da dor (em uma escala de 0 a 10).
2. Faa o exame fsico completo (esta interveno deve fazer parte de sua conduta diria naemergncia, pois auxiliar a evidenciar os dados clnicos do paciente).
3. Verifique os SV.
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A morfina 10 vezes mais potente que o demerol. *Monitore os efeitos teraputicos dasmedicaes para alvio ou no da dor, sudorese, palidez cutnea, alteraes no padroventilatrio e da PA e alteraes do nvel de conscincia. Monitore os exameslaboratoriais. Mantenha o paciente e os familiares informados. Cuide da alimentao ehidratao do paciente.1 ,12,13
Considere a seguinte questo: quando um paciente apresenta dor torcica, voc noprecisa diagnosticar a doena, mas importante saber que pode estar presente noinfarto agudo do miocrdio, no edema pulmonar, na insuficincia cardaca congestiva,no tromboembolismo pulmonar, no pneumotrax, na pneumonia e na bronquite, comcaractersticas especficas. Portanto, esteja atento para prestar a assistncia necess-ria a partir das condies clnicas do paciente.1, 12,13
*Para saber mais:
Aprofunde seus estudos sobre as outras medicaes mais usadas nas situaes de angina e infarto,
como heparina, metropolol, morfina, nitroglicerina, trombolticos como estreptoquinase, uroquinase,rTPA entre outros em:http://www.manuaisdecardiologia.med.br/drogas/Indice1.shtml 29Aprofunde sobre a administrao de medicamentos em:http://www.medscape.com/ 27
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27. Diferencie a avaliao ABCD primria e secundria em casos de PCP
Item da
avaliao
Primrio Secundrio
A
B
C
D
28. Coloque os procedimentos para PCP na seqncia correta e atribua moda-lidade correspondente. Complete as lacunas, conforme o caso:
A) Modalidade: ............................................................................................... ( ) Administre epinefria 1mg IV a cada trs a cinco minutos.( ) Intube ou auxilie a intubao.( ) Considere hipovolemia, hipxia, acidose, hiper ou hipocalemia,
hipotermia, overdose de drogas, tamponamento cardaco,pneumotrax hipertensivo, trombose coronariana, trombo-embolismo pulmonar.
( ) Estabelea acesso venoso.( ) Desempenhe RCP contnuo (15 compresses e 2 ventilaes).
Resposta ao final do captulo
http://www.manuaisdecardiologia.med.br/drogas/Indice1.shtml29http://www.manuaisdecardiologia.med.br/drogas/Indice1.shtml29http://www.manuaisdecardiologia.med.br/drogas/Indice1.shtml29http://www.medscape.com/http://www.medscape.com/http://www.manuaisdecardiologia.med.br/drogas/Indice1.shtml298/13/2019 Enfermagem Urgencia e Emergencia
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O que fazer, nesses casos, quando a freqncia cardaca baixa?
.........................................................................................................................................
.........................................................................................................................................
.........................................................................................................................................
.........................................................................................................................................
B) Modalidade: ...............................................................................................
( ) Administre atropina 0,5 a 1mg IV para uma dose mxima de
0,04mg/kg at 3mg no mximo, conforme orientao mdica.
( ) Avalie se o paciente apresenta perfuso inadequada.
( ) Prepare um marca-passo transvenoso.
( ) Mantenha via area adequada;
( ) Se a perfuso for inadequada, prepare imediatamente marca-pas-
so externo transcutneo;
( ) Auxilie a respirao, quando necessrio;
( ) Monitore o ritmo (ECG), presso sangnea e oxmetro;
( ) Estabelea acesso venoso;
( ) Administre oxignio;
( ) Administre:
(A) .......................................................................................... ;
(B) .......................................................................................... ;
( ) Desempenhe RCP contnuo (15 compresses e 2 ventilaes).
Se a circulao espontnea retornar, ventile e trate a causa subjacente.19, 22, 25, 26
C) Modalidade: ...............................................................................................
( ) Desfibrile trs vezes ou at o sucesso, com 200, 300 e 360 joules.
( ) Desfibrile com 360J e ento repita o padro frmaco/choque,
frmaco/choque at a circulao retornar ou ser constatada a morte
do paciente.