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A inteligencia emocional atuando nas escolhas do ser humano.
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Entenda o que é inteligência emocional e por que ela é importante para vocêCOMPARTILHAR
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POR DAIANA GEREMIAS
06 ABR 2015 - 16H 56
Você provavelmente já ouviu e talvez esteja até acostumado a ouvir
que pessoas com um maior quociente de inteligência – o famoso Q.I –
são as que se dão melhor em suas carreiras profissionais. O que você
talvez não saiba é que existe outro tipo de inteligência, a emocional,
que parece ser o segredo por trás de muitas pessoas de sucesso.
Se esse tipo de inteligência é emocional, você já deve imaginar que
não é o tipo de coisa que se aprende na escola nem depende de
equações matemáticas ou fórmulas bizarras. Basicamente,
inteligência emocional é a habilidade que uma pessoa tem de
perceber, entender, avaliar e administrar suas próprias emoções e
também as emoções dos outros, de maneira positiva.
Por mais que em um primeiro momento isso possa parecer fácil,
administrar as próprias emoções não é exatamente a tarefa mais
simples do mundo. É preciso autocrítica, reflexão, meditação e
empatia – só para citar alguns fatores. Isso tudo afeta a maneira como
nos comportamos, tomamos decisões e interagimos socialmente.
E se você acha que isso é tudo uma grande enrolação, saiba que a
ciência já descobriu que pessoas com altos níveis de QI são
superadas 70% das vezes por pessoas emocionalmente inteligentes.
Basicamente, saber controlar suas próprias emoções, refletir sobre
elas e colocar suas conclusões em prática pode fazer com que você
se dê melhor do que o “gênio” da turma.
Aliás, que fique claro que não se trata de uma competição entre
inteligências. O intuito aqui é talvez fazer com que você comece a
observar que seus pensamentos têm uma lógica que talvez até você
mesmo desconheça, e que buscar entender as próprias emoções é
uma das atividades mais instigantes de todas.
Pessoas com uma inteligência emocional bem desenvolvida são
geralmente consideradas autoconfiantes, persistentes, motivadas e
capazes de controlarem a si mesmas. Não quer dizer, no entanto, que
estamos falando de pessoas conhecidas como “meigas” ou “fofas” ou
alguém que está à procura de aprovação constante – essa é uma
confusão bastante comum.
De acordo com um expert no assunto, Travis Bradberry, pessoas com
um nível alto de inteligência emocional procuram ser bem sucedidas,
conseguem controlar suas emoções, têm um bom convívio social e
constantemente avaliam suas próprias atitudes e seus pensamentos.
Pesquisas recentes já comprovaram: pessoas emocionalmente
inteligentes são aquelas que mais se dão bem em seus ambientes de
trabalho. Um desses estudos, só para você ter ideia da dimensão da
coisa, avaliou a vida de 17 mil pessoas, desde quando eram crianças
até chegarem à fase adulta, por um período de 50 anos. O resultado:
as pessoas consideradas emocionalmente inteligentes eram mais bem
sucedidas em suas profissões do que aquelas com grandes
pontuações de QI.
E não acaba aqui! Há pesquisas que sugerem que pessoas que
desenvolveram a inteligência emocional na adolescência ou no início
de sua fase adulta não apenas têm sucesso em suas profissões como
vivem relacionamentos amorosos longos e estáveis, além de
apresentarem baixos níveis de depressão e ansiedade. Há evidências,
inclusive, de que essas pessoas são até mesmo mais saudáveis.
Empatia
De acordo com o psicólogo Daniel Goleman, os cinco elementos que
precisam ser trabalhados para o desenvolvimento de uma mente
emocionalmente inteligente são: autoconhecimento, autocontrole,
motivação, habilidades sociais e empatia.
Desses itens, o que pode ainda ser desconhecido é a empatia, que,
de maneira geral, é a capacidade de se colocar no lugar de outra
pessoa. Alguns cientistas sociais e políticos dizem que essa
palavrinha pequena de significado imenso poderia melhorar muito o
mundo no qual vivemos.
Duvida? Então que tal começar a pensar duas vezes antes de julgar
alguma pessoa por seu status social ou por suas atitudes? Em
algumas situações, só quem sente na pele como é passar por
determinada experiência pode falar com propriedade sobre ela. E, sim,
vale reforçar: esse tipo de exercício social pode fazer de você não
apenas uma pessoa mais sensata, mas também uma pessoa de
sucesso.
E você?
Ainda de acordo com Goleman, pessoas que exercitam as cinco
características acima tendem a parecer confiantes, são boas naquilo
que fazem profissionalmente, atingem seus objetivos, são adaptáveis
e flexíveis. São pessoas resilientes e capazes de se recuperar de
situações estressantes. “A vida é muito mais suave se você tem uma
boa inteligência emocional”, resume o psicólogo.
Apenas profissionais da área de psicologia podem identificar com
precisão se uma pessoa tem ou não um nível alto de inteligência
emocional, ainda assim uma maneira popular de tentar descobrir
como anda a sua inteligência emocional é avaliar sua capacidade de
reconhecer expressões faciais. E aí, você é bom em saber o que
alguém está sentindo apenas ao olhar as expressões faciais dessa
pessoa?
Inteligência emocional e ambiente de trabalho
Estudos indicam que empresas tendem a promover funcionários bem-
humorados e que têm uma boa relação com os outros, dois fortes
indícios de inteligência emocional. Esse padrão muda um pouco
quando olhamos para cargos de diretoria: no geral, são pessoas com
os menores índices de inteligência emocional. Bizarro, não?
Ainda não se sabe ao certo por que isso acontece, mas acredita-se
que essa baixa inteligência emocional tem a ver com o fato de que
diretores e CEOs são profissionais que interagem pouco com os
funcionários de nível básico e não entendem como suas decisões
podem impactar os outros – de novo, uma questão de empatia.
Por outro lado, muitas grandes empresas já começaram a contratar
funcionários com altos níveis de inteligência emocional, como é o caso
da Força Aérea dos EUA, que tem recrutado pessoas por meio de
testes emocionais, avaliando questões de empatia, assertividade,
felicidade e autoconhecimento. Financeiramente falando, contratar
esse tipo de pessoa significa, para a Força Aérea norte-americana,
economizar US$ 3 milhões por ano.
Como melhorar a sua inteligência emocional
De acordo com uma publicação da Harvard Business Review, estes
são comportamentos típicos de pessoas com baixa inteligência
emocional. Se você tem algum deles, dá sempre para tentar mudar:
Você frequentemente tem a sensação de que os outros não entendem
o que você fala e isso o deixa frustrado.
Você se surpreende quando as outras pessoas se sensibilizam com
seus comentários e sempre acha que elas estão exagerando.
Você acha que ter uma boa relação com as pessoas do seu trabalho
não é algo importante.
Você cria, com relação aos outros, as mesmas expectativas que tem
sobre si mesmo.
Você culpa os outros pelos problemas que sua equipe de trabalho
enfrenta.
Você acha irritante quando alguém espera que você saiba como ele
está se sentindo.
VVV