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Equações de diferenças Prof a : Ana Maria Luz 2013.2. Tempo Discreto. A variação temporal envolvida em modelos econômicos, podem ser de duas formas: - PowerPoint PPT Presentation
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Equações de diferençasProfa: Ana Maria Luz2013.2
Tempo Discreto
A variação temporal envolvida em modelos econômicos, podem ser de duasformas:1) quando o tempo varia continuamente, a variação é uma grandeza infinitesimal, daí, a mudança na variável dependente é descrita por derivadas ou diferenciais;2) quando o tempo é considerado uma variável discreta, ou seja, t assuma apenas valores inteiros, o conceito de derivada perde sua aplicabilidade e o padrão de mudanças da variável dependente é descrito pelas chamadas diferenças.Neste sentido, o modelo dinâmico que procura determinar a trajetória no tempo, é descrito pelas equações de diferenças. Neste caso, a variável dependente só assume um valor diferente no tempo quando t muda de um valor inteiro para outro. Sob este ponto de vista, é mais conveniente interpretarmos valores de t relacionados a períodos de – ao invés de pontos no – tempo. Assim, quando denotamos t = 1, significa período 1, t =2, período 2, e sucessivamente. Entretanto, este “período” nem sempre é usado no sentido do calendário, mas no sentido analítico.
Equações de diferenças de1ª ordem
A mudança de tempo contínuo para discreto não produz nenhum efeito sobre a natureza básica da análise dinâmica, apesar de alterar a sua formulação.
O padrão de mudança, agora é representado pelo quociente diferencial Δy/Δt, que é o análogo discreto da diferencial dy/dt.
Como t só pode assumir valores inteiros, necessariamente Δt = 1, por isso o quociente diferencial se torna simplesmente Δy.
Naturalmente, a expressão Δy pode assumir vários valores, dependendo de 2 períodos consecutivos envolvidos na extração da diferença. Para indicar o período a que se refere a diferença indicamos por um índice subscrito na variável dependente e definiremos a diferença de primeira ordem na forma específica:
Δyk = yk+1 – yk (1)onde yt indica o valor de y no t-ésimo período e yt+1 o seu valor no período
seguinte.Com esta notação, podemos descrever o padrão de mudanças de y na
forma:Δyk = 2, ou Δyk = – 0,1yk (2)
Equações de diferenças de1ª ordemPodemos obter as equações de diferenças como aproximações
das equações diferenciais continuas. Considere o seguinte exemplo:
dy/dt=λy
Queremos uma análise discreta do problema, t só assume valores inteiros, como se y(t)=y(k∆t) (necessariamente Δt = 1)
)(y(t)-t)y(t
lim0
tytt
∆tt
y
Equações de diferenças de1ª ordem
Se usarmos a notação que yk=y(k∆t) então obtemos que
Logo uma aproximação para dy/dt=λy seria
t
yy
dt
dy kk
1
t
tkyttky
dt
dyt
tytty
dt
dy
)()(
)()(y(t)=y(k∆t)
kkk y
t
yy 1
kk yty )1(1
Equações de diferenças de1ª ordem
Obtemos uma equação de diferenças de 1ª ordem que aproxima uma equação diferencial de 1ª ordem
Uma solução de equação de diferenças acima é uma sequência de números y0,y1,y2,...
kkk ytytkfy
yytfdt
dy
)1),(
),(
1
ok
kk
o
o
o
yyy
yyy
yy
y
)1)1
)1)1
)1
1
212
1
Equações de diferenças de1ª ordem
Para o exemplo anterior temos que a solução é dada pela seqüência:
Este processo é conhecido como método iterativo.
Outra forma de se obter a expressão geral da seqüência que é solução da equação de diferenças de 1ª ordem é explicado a seguir.
Soluções de Equações de diferenças de 1ª ordemO método geral para obter a solução de uma equação de
diferenças de primeira ordem na forma linear:yk+1 + ayk = b (3)
onde a e b são constantes arbitrárias, consiste em construir uma solução de duas componentes: uma função yp que é solução particular da equação não-homogênea completa (3) e uma função complementar yc que é solução geral da equação reduzida:
yk+1 + ayk = 0 (4)A função complementar é da forma da solução obtida no
exemplo, ou seja,é da forma yc = Ark, que em (4) – já que deve satisfazer a equação homogênea – se torna:
A (r)k+1 + a A (r)k = 0 r = – a y⇒ ⇒ c = A(– a)k
Soluções de Equações de diferenças de 1ª ordem
A função particular, que está relacionada com a equação completa, pode ser escolhida por qualquer tentativa que satisfaça (3), a mais simples é yp = C, que em (4):
C + aC = b C(1+a) =b ⇒ ⇒ C=b/(1+a) se (a ≠ -1)Se a = -1, devemos tentar yp = kC. Daí, em (3) temos:
C(k+1) + akC = b ⇒ C(k+1) + (-1)kC = b C=b⇒ .
Portanto, yp = kb . Assim, somando yc e yp obtemos a solução geral dada por:
yk = A(-a)k + b/(1 + a) (5)
yk = A(-a)k + kb = A[-(-1)]k + kb (6)
solução geral, no caso em que a ≠ -1
solução geral, no caso em que a = -1
Soluções de Equações de diferenças de 1ª ordem
Se tivermos uma condição incial yk=yo quando k=0 substituindo em (5) e (6) obtemos que:
No caso que a≠-1
y0 = A + b/(1 + a) A= ⇒ y0-b/(1+a)
⇒yk=( y0 -b/(1+a) )(-a)k+ b/(1+a) No caso em que a=-1
y0 = A y⇒ k= yo[-(-1)]k + kb
Equações de diferenças de2ª ordem
Motivação: Considere a EDO de 2ª ordem:
y’’+p y’+q y=g
y´´=f(t,y,y´)
)',,((t)y'-t)(ty'
lim0
yytftt
t
tytty
dt
yd
)(')('
2
2
Exemplo: y’’=-y
)()(')('
tyt
tytty
Equações de diferenças de2ª ordem
t=k∆ty(t)=y(k ∆t)yk=y(k ∆t)
)()()()())((
22ty
t
tytty
t
ttyttty
)()()(2)2(
2ty
t
tyttytty
022
2
12
12
kkk
kkkk
yyy
yyyy
Equações de diferenças de2ª ordem
yk+2=f(k∆t, yk ,yk+1)
Se f for linear de um modo geral temos
(7)
Aqui assim como no caso da equação de diferenças de primeira ordem a solução é da forma:
yk= solução do caso homogêneo (yc) + solução particular (yp)
gqypyy kkk 12
Soluções de Equações de diferenças de 2ª ordem
O caso homogêneo:
(8)
tem como candidato a solução yc = Ark substituindo em (8) obtemos a equação
Ark(r2+pr+q)=0 r⇒ 2+pr+q=0
Caso 1: (p2-4q>0) Duas raízes reais distintas r1 e r2
yc = A1r1k+A2r2
k
012 kkk qypyy
Soluções de Equações de diferenças de 2ª ordemCaso 2: (p2-4q=0) Duas raízes reais repetidas r1=r2
yc = A3r1k+A4 k r2
k Caso 2: (p2-4q<0) Duas raízes complexas
conjugadas
r1=a+bi r2=a-biUsando a Fórmula de De Moivre(a+bi)k=Rk(cos(θk)+i sen(θk) ) temos que
yc=Rk(A5cos(θk)+A6 sen(θk) ) cos(θ)=a/R sen(θ)=b/R
22 baR
Soluções de Equações de diferenças de 2ª ordemCandidato a solução particular: yp = C.
Substituindo em (7) obtemos
C+pC+Cq=g ⇒
Caso p+q=-1 a solução experimental yp = C não funcionará e tentaremos yp = kC. Substituindo obtemos
(k+2)C+p(k+1)C+qkC=g
C[(p+q+1)k+2+p]=g. Como p+q=-1 temos
)1(1
qpqp
gC
)2(2
pp
gC
Caso p+q=-1 e p=-2 a solução experimental yp = kC não funcionará então podemos tentar para solução particular yp = k2C...
Soluções de Equações de diferenças de 2ª ordem
Referências
Matemática para Economistas: A. Chiang. Editora Mc Graw Hill
Equações Diferenciais Elementares e Problemas de Valores de Contorno. Boyce e Di Prima