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Escola Básica do 1º, 2º e 3º Ciclos/PE Professor Francisco M. S. Barreto - Fajã da Ovelha________ Projecto Educativo de Escola 1 «Ensinar exige compreender que a educação é uma forma de intervenção no mundo; Ensinar exige saber escutar; Ensinar exige querer bem aos educandos; Ensinar exige a convicção de que a mudança é possível.» Paulo Freire

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Escola Básica do 1º, 2º e 3º Ciclos/PE Professor Francisco M. S. Barreto - Fajã da Ovelha________ Projecto Educativo de Escola

1

«Ensinar exige compreender que a educação

é uma forma de intervenção no mundo;

Ensinar exige saber escutar;

Ensinar exige querer bem aos educandos;

Ensinar exige a convicção de que a mudança é possível.»

Paulo Freire

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Introdução

Pretende-se que o Projecto Educativo de Escola (PEE) seja a identidade de uma escola representada em forma de um contrato documental, vinculador e responsabilizador de toda a comunidade educativa, que retrata a escola e define as suas linhas orientadoras, assumindo-se nele a autonomia e a democracia participativa em todos os seus momentos (concepção/elaboração, concretização/implementação e avaliação).

Deverá reflectir, implícita ou explicitamente, um determinado paradigma educacional dominante associado a um paradigma sociocultural, por um período temporal que deverá depender da estabilidade e formação dos professores (seus obreiros principais) e da estabilidade dos paradigmas referidos, embora a Lei aponte para um horizonte de quatro anos.

Tem como principais documentos de operacionalização, complemento e organização, o Plano Anual de Escola, o Projecto Curricular de Escola, o Regulamento Interno e o Orçamento.

A sua edificação é muitas vezes entendida numa lógica burocrática irracional, sendo depois “escondido”, não sendo divulgado, parecendo que ninguém acredita na sua real importância, mas, continuando imponente e venerado como se de um livro sagrado se tratasse.

O PEE só será impulsionado verdadeiramente, quando todos agentes educativos (alunos, professores, pessoal não docente e encarregados de educação) entenderem a sua importância na escola. Caso contrário não existirá a motivação necessária para deixar de ser um mero documento.

Por isso este PEE deve ser entendido como um projecto comum, partilhado por todos os elementos da comunidade, que ao assumirem os compromissos aqui mencionados, possibilitarão alcançar os objectivos delineados.

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I - Caracterização Do Meio A Escola Básica do 1º, 2º e 3º Ciclos/PE Professor Francisco Barreto tem como

população escolar, alunos das áreas geográficas dos Prazeres, Fajã da Ovelha, Ponta do Pargo e Paul do Mar.

Fajã da Ovelha

A Escola Básica dos 1º, 2º e 3º Ciclos/PE Professor Francisco Manuel Santana Barreto está localizada no Sítio da Raposeira do Lugarinho, na Freguesia da Fajã da Ovelha, no Concelho da Calheta, no Sul da Ilha da Madeira (costa Oeste). Serve uma população escolar maioritariamente de origem rural com crianças dos 3 aos 16 anos de idade.

A Fajã da Ovelha é uma freguesia onde as principais actividades económicas estão relacionadas com o sector primário como a agricultura e criação de gado bovino. Entre a produção agrícola predomina a da batata-doce, da semilha e do milho.

Quanto ao sector secundário, a freguesia dedica-se à panificação, construção civil e produção de lacticínios. Relativamente ao sector terciário, os habitantes desta freguesia contam com o comércio geral e prestação de serviços.

Está inserida numa área mais habitacional do que comercial, pois o tipo de comércio predominante, apenas com algumas excepções, dirige-se à satisfação das necessidades básicas dos seus habitantes, como cafés e mercearias.

Tem como sítios de confinação: Raposeira, Lombada dos Cedros, Lombada dos Marinheiros, Achada, Massapez e São Lourenço.

Ponta do Pargo A Freguesia da Ponta do Pargo é uma zona distinta de

todas as restantes da Madeira, pela extensão da sua planura. Situa-se no extremo Oeste da costa Sul da ilha, no alto de rochas sobranceiras ao mar, formando em parte uma pitoresca planície, sem grandes acidentes de terreno, excepto na região montanhosa que a limita, principalmente pelo Norte.

O nome da freguesia é elucidativo do costume, a pesca de um peixe semelhante ao pargo, nesta zona ocidental da ilha.

Os habitantes vivem especialmente da agricultura, plantando semilha, batata-doce, trigo e grande variedade de produtos hortícolas, nomeadamente cenoura, pepino, tomate, cebola, pimentão e feijão entre outros.

Infra-Estruturas: Centro de Saúde; Poli Clínica, Estação dos CTT; Agências Bancárias (BANIF e BPI); Casa do Povo; Junta de Freguesia; Gabinete do Munícipe; Associação Desportiva e Cultural da Ponta do Pargo.

Principais sítios da freguesia: Cabo; Lombada Velha; Serrado; Pedregal; Salão de Baixo; Salão de Cima; Corujeira; Lombadinha; Amparo e Lombo.

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Prazeres Situada a 40 Km a Oeste do Funchal, aconchegada nas

suaves ondulações dum planalto que se ergue junto à costa e cuja altitude média é de 600 metros.

Até 1935, o acesso aos Prazeres era difícil e moroso por falta de estradas. Actualmente a via expresso facilita a comunicação e o acesso rápido e fácil à freguesia.

Foi porta que se abriu à emigração, por onde se escoou grande parte da gente, sobretudo para África do Sul.

Primitivamente ligada à freguesia do Estreito da Calheta, a freguesia dos Prazeres tornou-se independente juntamente com alguns casais da Fajã da Ovelha a 18 de Dezembro de 1676. A sua designação provém de uma pequena ermida dedicada a Nossa Senhora dos Prazeres, ali edificada muito anteriormente à criação da paróquia. Porque a beleza tem o condão benéfico de enaltecer os sentidos, o prazer da paisagem é aqui uma fácil conquista! A freguesia é, em si, um amplo miradouro de onde se avistam locais aparentemente distantes, em perfeita simbiose com o oceano, ponto de encontro único entre a terra e o mar.

A freguesia possui: Junta de freguesia, sede do PSD, Externato São Francisco Sales (1º Ciclo com Pré-Escolar e Creche), Associação Recreativa e Desportiva, Mercado Abastecedor, Quinta Pedagógica, Campo Municipal de Futebol, Complexo Desportivo, Hotel “Jardim Atlântico”, Estação de Tratamento de Água, Centro de Saúde, Espaço Multimédia, Fábrica de Curtumes, minimercados, restaurantes e cafés.

Principais sítios da freguesia: Lombo da Rocha, Lomba da Velha, Lombo do Coelho, Sítio dos Picos, Sítio da Referta, Sítio dos Jardim Pelado, Sítio da Estocada e Sítio da Carreira.

Paul do Mar

O Paul do Mar situa-se a SW, da ilha da Madeira, pertencendo ao Concelho da Calheta. Sendo o Paul do Mar, uma fajã plana, esta tem sensivelmente 2 km de extensão. Pelo facto do Paul do Mar ser uma fajã, o seu acesso é feito através da Fajã da Ovelha, por uma estrada que serpenteia a montanha ao longo de 5 km.

O túnel inaugurado a 9 de Julho de 2000, tem a extensão de 2510 metros e liga o Paul do Mar ao Jardim do Mar. Esta aproximação veio trazer a esta freguesia novos progressos como por exemplo: a construção de hotéis para o turismo e um maior fluxo de pessoas a visitar esta zona.

Paul do Mar é uma pequena fajã, cuja origem do nome estará ligada à sua constituição geográfica.

Os principais Sítios do Paul do Mar são: Ribeira das Galinhas; Serrado da Cruz; Lagoa; Igreja e Quebrada todas as denominações destes sítios têm em linha de conta as características que os mesmos apresentam.

Socialmente, existem famílias que vivem bem economicamente sobretudo aquelas que tiveram sucesso com a emigração, contudo, a maioria, vive do Rendimento Mínimo Garantido. Muitas delas são famílias numerosas e problemáticas, constituídas apenas pela mãe (Encarregado de Educação) e que residem no bairro social. Em termos económicos, a população dedica-se à construção civil, ao comércio, à agricultura e essencialmente à pesca.

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Verifica-se que a população masculina procura trabalho em barcos, em países como: Samoa, Equador, Panamá, São Diego, entre outros.

Os restantes dedicam-se à construção civil e ao comércio cabendo às mulheres o trabalho doméstico e a agricultura.

A freguesia possui: Junta de freguesia, Centro de Saúde, Casa do Povo, Centro de Acção Social, Banco, sede PSD, Escola do 1º Ciclo com Pré-Escolar, Biblioteca Pública (no edifício da escola), Lota, Hotel Paul do Mar ApartHotel, ETAR, minimercados, restaurantes e cafés.

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II - Caracterização Sumária da Escola

(O Que Somos?)

Organização Escolar

Todos os estabelecimentos escolares são regidos por normativos definidos pelas estruturas tutelares, mas devido às suas especificidades próprias, inerentes às características dos membros das sua comunidades escolares e ao meio onde se inserem, constroem a sua identidade alicerçada na autonomia de que dispõem. Deste modo são aqui registados dados relativos ao esquema organizativo da Escola Básica dos 1.º, 2.º e 3.º Ciclos com Pré - Escolar Professor Francisco M. S. Barreto.

Alunos

Turmas

No ano lectivo 2005/2006 a Escola Básica do 1.º Ciclo/Pré da Fajã da Ovelha foi integrada na Escola Básica 2º e 3º ciclos Professor Francisco M. S. Barreto, passando a gestão daqueles níveis de ensino a estarem sob a tutela da mesma Direcção. A designação da escola foi alterada para Escola Básica dos 1º, 2º, 3º Ciclos/PE Professor Francisco Manuel Santana Barreto – Fajã da Ovelha -.

Calcula-se que a população escolar não ultrapassará os 350 alunos repartidos por turmas do Pré-Escolar, Ensino Básico Diurno e Nocturno.

No 1º ciclo (Ensino Básico Nocturno) as idades dos alunos situam-se entre os 47 e os 70 anos de idade. No 3º ciclo (Ensino Básico Nocturno) as idades dos discentes situam-se entre os 18 ano e os 55 anos de idade.

A formação das turmas realiza-se a partir da heterogeneidade dos seus elementos, de modo a não se criar turmas de supostos grupos homogéneos, etiquetados com rótulos e marginalizados da restante comunidade escolar. Assim, é assumida a individualidade de cada aluno, sendo necessário efectuar trabalho pedagógico de diferenciação, para respeitando ritmos de aprendizagem diferentes, alcançar-se o sucesso educativo.

Horários das turmas

O Pré-Escolar e 1º ciclo das 8.15 às 18.15 horas. 1º Ciclo: 1º e 2º ano com componente curricular de manhã e actividades de enriquecimento curricular à tarde, 3º e 4º ano com componente curricular à tarde e actividades de enriquecimento curricular de manhã.

Nos 2º e 3º Ciclos os alunos iniciam a sua actividade escolar às 8.15 e terminam às 15.55. Os horários das turmas foram definidos concentrando a componente curricular na parte da manhã, e a restante na parte da tarde, sendo que o 2.º ciclo terá aulas à tarde duas vezes por semana (3ª e 5ª Feira), e o 3.º Ciclo três vezes por semana (2ª, 4ª e 6ª feira).

De realçar que este horário só continuará a ser possível se o número de turmas não aumentar muito, pois se tal facto se concretizar teremos um problema de espaços

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físicos. Se tal acontecer o horário dos alunos terá se ser alterado para dois turnos (o da manhã e o da tarde).

O ensino recorrente nocturno do 1º ciclo inicia a sua actividade escolar às 19.00 horas e termina às 22.00 horas, enquanto que o 3º ciclo inicia às 19.00 horas e termina às 23.05 horas.

Transportes escolares

A Escola Básica 1, 2, 3/PE. Professor Francisco M. S. Barreto por se encontrar localizada no Concelho da Calheta, o mais extenso da Ilha da Madeira, e por este não possuir uma rede de transportes públicos que possa assegurar a deslocação dos alunos para a escola, é esta que tem de garantir o transporte dos alunos para este estabelecimento de ensino, organizando um sistema de carreiras de autocarros que traga os alunos para a escola e os leve de regresso a casa.

O sistema de autocarros escolares não abarca os alunos que habitem numa área igual ou inferior a 2 Km da escola. O número de alunos que se desloca para a escola a pé é de 23.

Pessoal Docente

Esta escola por ser um novo estabelecimento de ensino, vê esse facto reflectido no seu corpo docente, por não possuir muitos elementos pertencentes ao Quadro de Escola, garantia de estabilidade e continuidade de projectos. No entanto o facto do corpo docente ser jovem e dinâmico, constitui uma mais valia para a construção deste projecto de escola, que se está a formar.

O corpo docente deste estabelecimento de ensino deverá situar-se entre os 50 a 55 docentes.

O corpo docente está dividido por ciclos que no ano lectivo 2006/2007 foi constituído pelo seguinte número de docentes:

Ciclos Número de Professores

Pré-Escolar 2

1º Ciclo 13

2º Ciclo 13

3º Ciclo 25

Ensino Especial 2

TOTAL 55

Estruturas de Gestão

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A administração de uma escola necessita de órgãos e estruturas que desenvolvam actividades pedagógicas e administrativas que assegurem o pleno funcionamento da instituição. Assim, a direcção, administração e gestão deste estabelecimento de ensino é garantida pelos seguintes órgãos:

- Conselho da Comunidade Educativa; - Conselho Executivo - Conselho Pedagógico; - Conselho Administrativo.

Pessoal Não Docente

Para o regular funcionamento de uma escola o pessoal não docente assume importância crucial, por assegurar determinadas estruturas e serviços indispensáveis às actividades curriculares e extra curriculares.

O pessoal não docente distribui-se da seguinte forma:

Os serviços administrativos possuem 5 elementos;

O trabalho de auxiliares de acção educativa, assistentes e cozinheiras é assegurado por 22 elementos divididos pelas seguintes funções.

Ao serviço da escola encontra-se, a tempo inteiro, uma técnica de biblioteca, um técnico de informática e uma psicóloga.

Espaços Físicos

Ao nível dos espaços físicos a escola é constituída da seguinte forma: - 2 edifícios - 8 salas de aula - 1 sala de E.V.T/E.T. - 1 sala de E.V. - 1 Laboratório de físico-química - 1 Laboratório de Ciências Naturais - 1 cantina/Bar/sala de convívio dos alunos - 1 sala dos serviços administrativos - 1 sala de Acção Social Escolar - 1 Reprografia/Papelaria - 1 PBX - 1 sala de Sessões - 1 sala de Gestão - 1 cozinha/copa - 1 sala do Ensino Especial - 1 gabinete de Psicologia - 1 Polidesportivo - 1 Ginásio - 1 arrecadação de Educação Física - 3 balneários masculino/Feminino/Professores - 2 Laboratórios de Informática

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- 1 sala de Porto de Abrigo - 1 sala de Conselho Executivo - 1 Biblioteca/sala de leitura/ Multimédia - 1 Gabinete Médico - 1 sala de convívio/bar professores e funcionários - 1 sala de funcionários

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III - Objectivos da Acção Educativa

(O Que Concretizar?)

* Porque temos uma concepção humanista e humanizadora de educação e de escola; * Porque defendemos o pleno desenvolvimento da personalidade e das características intrínsecas de cada pessoa e a formação de um cidadão consciente e participativo; * Porque defendemos, como princípio básico e unificador, da Cidadania; * Porque defendemos princípios elementares como a Liberdade, a Igualdade, a Solidariedade e a Ecologia; * Porque defendemos valores como a Democracia, a Participação, a Autonomia, a Justiça, a Dignidade, a Responsabilidade, a Cooperação, a Criatividade, a Interculturalidade e a Paz; * Porque subscrevemos o Relatório para a UNESCO da Comissão Internacional sobre Educação para o século XXI, no qual surgem como grandes pilares para a educação o Aprender a conviver (viver juntos), o Aprender a aprender (conhecer), o Aprender a fazer e o Aprender a ser; * Porque para além de Aprender a aprender (saber formar-se) é preciso Aprender a intervir (saber transformar-se e transformar), ou seja, exercer a cidadania;

Estabelecemos os seguintes objectivos a concretizar na acção educativa:

1º Garantir que toda a gestão e acção educativa da escola tenham como prioridade o interesse superior do aluno, nomeadamente na prevalência de critérios de natureza pedagógica e científica sobre critérios de natureza económico-administrativa. 2º Assegurar as condições de humanidade, afectividade e cooperação através de um bom clima de escola e relacionamento interpessoal saudável e profícuo. 3º Garantir o pleno desenvolvimento pessoal (físico, mental, moral, espiritual) e social do aluno, enquanto indivíduo e cidadão responsável, crítico, activo e interveniente. 4º Garantir a todos os alunos, não só a igualdade de oportunidades de acesso ao ensino, mas essencialmente uma efectiva igualdade de oportunidades para alcançar o sucesso educativo. 5º Proporcionar condições de forma a superar as limitações impostas pelas desigualdades socio-económicas e culturais de determinados alunos, cuja proveniência social os coloca, à partida, em desvantagem no acesso ao êxito escolar.

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6º Assegurar o domínio da língua portuguesa, numa perspectiva transversal, enquanto suporte fundamental da comunicação, do acesso ao conhecimento e à cultura, da criação e da participação na vida social. 7º Proporcionar a fluência numa segunda língua, facilitador da interculturalidade e da aquisição de saberes. 8º Fomentar a utilização das tecnologias de informação e da Internet. 9º Assegurar o ensino generalizado das ciências e tecnologias e o desenvolvimento da curiosidade e conhecimento científicos, assentes na observação e experimentação. 10º Oferecer cursos profissionais assegurando primeiro a empregabilidade (ou estudos/especialização posteriores) e tendo em conta os interesses e necessidades dos alunos. 11º Desenvolver a autonomia pessoal, visando a formação de cidadãos civicamente responsáveis e democraticamente intervenientes na vida comunitária. 12º Aprofundar a autonomia institucional, com referência aos princípios e objectivos gerais determinados pelo Estado, procurando autogovernar-se em todas as dimensões organizativas da escola. 13º Dotar os alunos de ferramentas intelectuais e de mecanismos de raciocínio para desenvolver e articular as suas próprias ideias, exercer o pensamento autónomo e crítico, bem como uma compreensão real, rigorosa e coerente do mundo, das coisas e da identidade psicológica colectiva (memórias, tradições, crenças, valores, significados). 14º Incentivar os alunos a serem agentes da história (actores e não espectadores), para serem capazes de transformar, progressivamente, o mundo. 15º Desenvolver a criatividade pessoal e a sensibilidade estética. 16º Garantir a prioridade da formação pessoal, social e cultural do aluno, enquanto preparação para a vida, mas sem negligenciar a transmissão de conhecimentos (instrução). 17º Assegurar a inter-relação equilibrada do saber e o saber fazer, a teoria e a prática, a cultura escolar e a cultura do quotidiano (experiencial). 18º Educar para os direitos humanos e a multiculturalidade. 19º Educar para a consciência ecológica e preservação ambiental.

20º Educar para a saúde, suporte do bom desenvolvimento e da qualidade de vida pessoais, nomeadamente através de uma cultura alimentar equilibrada e sadia, da aquisição de hábitos de higiene e da promoção de estilos de vida saudáveis. 21º Dar estímulos organizacionais, assentes na cultura organizacional moderna, para a motivação, empenho e participação activa e criativa dos elementos da comunidade educativa, que pressupõe uma liderança democrática, humanizada, transparente, equitativa, ancorada no valor da cidadania.

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22º Assegurar a participação e envolvimento activos de todos os elementos da comunidade educativa, nas decisões e orientações da escola que a eles digam respeito. 23º Desenvolver uma cultura de responsabilidade pessoal, quer no respeito pela diferença e pelo espaço humano dos outros, quer na intervenção consciente na realidade circundante. 24º Assegurar a disciplina pessoal necessária ou indispensável, numa perspectiva positiva e integradora (dotada de acompanhamento), para o bom desenrolar do processo de ensino-aprendizagem e relacionamento interpessoal. 25º Assegurar a educação sexual, com base e sempre integrada numa educação para os afectos. 26º Desenvolver políticas de prevenção de toxicodependências (quer de drogas legalizadas ou outras). 27º Promover a segurança na escola.

28º Promover formação significativa para professores, funcionários e encarregados de educação, adequada às necessidades práticas. 29º Promover a valorização e humanização dos espaços educativos, no sentido de contribuírem para o bem-estar na escola e para o sucesso educativo. 30º Fomentar a interacção escola-meio. 31º Combater a desertificação rural.

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IV - Levantamento de Situações

(Que Problemas Existem?) Conjunto dos problemas mais prementes identificados na nossa escola, que são o pressuposto para a construção e aplicação do Projecto Educativo, que procura responder a esses problemas através da definição de princípios e valores, finalidades, objectivos e estratégias de actuação prática. A identificação dos problemas foi possível através de um inquérito realizado junto dos professores, funcionários, alunos, encarregados de educação e entidades concelhias (Juntas de Freguesia, Centros de Saúde, Câmara Municipal, P.S.P., …). De realçar que estes problemas não afectam todos os alunos da nossa escola mas sim uma maioria. Por se revelar uma maioria é que estão aqui presentes e ordenados por prioridades a combater por todas as entidades intervenientes.

1. Formação para a Cidadania O saber ser, o saber estar, o saber viver, o saber conviver, o saber agir, o saber intervir, o saber transformar são competências unânimes ao cidadão na sociedade actual. Um cidadão consciente da realidade em que se insere, participativo, interveniente e responsável.

2. Relação Escola - Família / comunidade Um factor considerado cada vez mais essencial para o sucesso educativo e desempenho da organização escolar, mas de difícil concretização devido a falta de hábitos na participação dos pais na escola, pelo facto de a maioria não a sentir como sua, e de lá se deslocarem por aspectos negativos.

3. Insucesso Escolar Talvez, consequência do meio em que estão inseridos, os nossos alunos têm uma enorme falta de objectivos e uma grande indiferença a tudo o que os rodeia (sejam actividades lectivas ou extra-curriculares propostas pela escola ou por um desejo de ir trabalhar). Outros têm como maior ambição emigrar (seguindo as pisadas dos familiares) projectando aí um grande futuro e crendo que para tal não é necessário estudar ou adquirir cultura geral pois para as tarefas que ambicionam desempenhar no estrangeiro não é necessário estudar.

4. Abandono Escolar O abandono escolar no nosso país situa-se nos 45,2 por cento, o mais alto da União Europeia, segundo estudo recente do Eurostat. Este número representa mais do dobro da média comunitária – que se situa pelos 19,4 por cento. Na nossa escola esta é uma realidade, mais acentuada no 3.º Ciclo, caracterizada por uma baixa auto-estima dos alunos, desmotivação a vários níveis, ausência de objectivos de vida, indiferença pelas actividades propostas e pela falta de iniciativa.

5. Indisciplina Os comportamentos e atitudes perturbadoras do normal funcionamento do processo de ensino-aprendizagem constituem um problema reconhecido não só pelos agentes

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educativos, mas também ao nível institucional, nomeadamente a Assembleia Legislativa Regional e o Ministério da Educação, que traduziram em lei medidas neste âmbito.

6. Toxicodependências No meio em que a escola está inserida, muito rural e carenciado, o consumo de álcool e de tabaco é um costume enraizado. Os excessos de pais e encarregados de educação reflectem-se na vida familiar (violência doméstica, falta de comunicação em casa, desinteresse dos pais pela vida dos seus educandos) e consequentemente nos nossos alunos que, desde cedo, consideram normal fumar e consumir álcool sem se importarem com as consequências que daí podem advir. De realçar que no contexto actual é cada vez mais frequente o contacto com substâncias ilícitas para o qual a escola deve estar sempre atenta e preparada para intervir.

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V – Definição de prioridades e campos de actuação

(Como vamos fazer?)

INTERVENÇÃO 1

Centro Sócio-Pedagógico «Porto de Abrigo»

Projecto socio-pedagógico para prestar apoio, acompanhamento e contribuir para a prevenção, resolução ou minorar de problemas disciplinares e emocionais dos alunos, actuando também a montante, ou seja, sobre possíveis causas socio-económicas e culturais. Trata-se de não actuar apenas sobre os sintomas visíveis no aluno e na sua acção, mas também ao nível das causas subjacentes. É encarar o aluno como um todo, em todas as suas dimensões pessoais e sociais.

O Porto de Abrigo é constituído por uma equipa multidisciplinar formada por professores, um psicólogo e uma assistente social. Trata-se de um processo de acompanhamento que tem em conta o passado e o futuro, não se limitando a actuar de emergência, no momento presente.

Estabelecimento de parcerias com diversas entidades como a Segurança Social, Câmara Municipal da Calheta (gabinete de acção social) e Centro de Saúde da Calheta.

[Cumpre os objectivos 1º, 2º, 3º, 4º, 5º, 24º e 30º]

INTERVENÇÃO 2

Ensino Recorrente – 1 e 3.º Ciclos

O ensino recorrente nocturno pretende preencher uma lacuna no concelho relativamente à alfabetização e escolarização dos adultos, sobretudo face aos baixos níveis de escolarização da população e os ainda elevados índices de analfabetismo, associados, especialmente, à população com actividade no sector agrícola - o concelho da Calheta é essencialmente agrícola. Este será um meio de qualificação académica e cultural, que contribuirá para o desenvolvimento global do concelho em termos humanos, sócio-culturais e económicos.

É necessário fazer um levantamento dos potenciais alunos, nomeadamente através do acompanhamento daqueles que estão a frequentar o ensino recorrente nas escolas do 1º Ciclo ou em escolas de concelhos vizinhos.

[Cumpre os objectivos 1º, 3º, 4º, 16º, 30º e 31º]

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INTERVENÇÃO 3

Formação Profissional

A formação profissional deve oferecer formação diversificada e padrões elevados de qualidade, que corresponda às necessidades e expectativas do aluno, garantindo bons níveis de empregabilidade.

Destina-se a quem deseje melhorar o seu desempenho profissional, através do seminários e acções de média duração, em áreas disciplinares de docentes da escola, através de protocolos com instituições públicas e privadas.

[Cumpre os objectivos 1º, 3º, 4º, 5º, 10º, 16º, 17º, 30º e 31º]

INTERVENÇÃO 4

Actividades para a Comunidade

Desenvolver a interacção/ligação escola-família e rentabilizar os recursos materiais e humanos já disponíveis na escola, bem como os saberes, a cultura e experiências dos elementos de agregados familiares dos alunos, na promoção e realização de actividades conjuntas no âmbito da música, jogos tradicionais, desporto para todos, tradições, dramatizações, passeios, entre outros. Implica o respeito profundo pela cultura, história e experiências dos alunos, pais e comunidade em geral. A escola, por seu lado, oferece formação em áreas para as quais esteja dotada.

Endereçar convites aos Encarregados de Educação sempre que se realizem actividades relevantes na escola.

[Cumpre os objectivos 2º, 3º, 15º, 16º, 17º, 30º e 31º]

INTERVENÇÃO 5

Projecto “Caravela”

De forma a garantir o acesso ao êxito escolar, implementa-se o projecto “Caravela”, que tem os seguintes objectivos:

- Dar a oportunidade de sucesso educativo a todos os alunos, respeitando os seus

estilos e ritmos de aprendizagem; - Proporcionar, dentro da sala de aula, práticas e dinâmicas de trabalho, baseadas na diferenciação pedagógica e no “cooperative learning”; - Aumentar a auto-confiança dos alunos e motivação para o estudo; - Combater os grandes índices de insucesso dos 1º, 2º e 3º Ciclos do Ensino Básico, verificados nas freguesias oeste do Concelho da Calheta; - Criar condições para melhorar a relação professor-aluno; - Promover espaços de reflexão que proporcionem o espírito crítico; - Desenvolver o espírito de entreajuda e de equipa;

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-Envolver e responsabilizar os três agentes do processo de ensino- -aprendizagem: Aluno; Encarregados de Educação; Professores; [Cumpre os objectivos 1º, 3º, 5º, 11º, 14º, 16º, 18º, 22º, 24º, 30º]

INTERVENÇÃO 6

Provedoria dos Alunos

Composto somente por alunos e para alunos, constitui um novo mecanismo de participação activa na vida da escola, de modo a exercer uma cidadania consciente, embora num campo de actuação específico, o de assegurar o cumprimento dos Direitos Humanos, em geral, e a Carta dos Direitos Humanos na Escola, em concreto. Qualquer aluno pode recorrer à Provedoria dos Direitos Humanos sempre que se considere ofendido ao nível dos Direitos Humanos.

Os representantes da Provedoria dos Alunos seriam os representantes dos alunos na Comunidade Educativa.

A Provedoria dos Direitos Humanos limita-se a emitir recomendações sobre quaisquer violações da Carta dos Direitos Humanos na Escola, que fará chegar à Assembleia de Turma respectiva e à Assembleia de Delegados para conhecimento geral.

[Cumpre os objectivos 1º, 3º, 11º, 13º, 14º, 16º, 18º, 21º, 22º e 23º]

INTERVENÇÃO 7

Assembleia de Turma

Assegurar a participação dos alunos através da análise, debate e emissão de opiniões, ao nível das turmas, sobre situações que lhes digam respeito. Devem funcionar, sempre que possível, nas aulas de Formação Cívica. [Cumpre os objectivos 1º, 3º, 11º, 13º, 14º, 16º, 21º, 22º e 23º]

INTERVENÇÃO 8

Assembleia de Delegados de Turma

Assegurar a participação dos alunos através da análise, debate e emissão de

pareceres sobre situações que lhes digam respeito. A Assembleia de Delegados deve reunir-se, no mínimo, uma vez por período.

A Assembleia de Turma e a Assembleia de Delegados de Turma são novos espaços privilegiados para o desenvolvimento da educação para a cidadania, no processo de

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formação de cidadãos responsáveis, conscientes, críticos, activos e intervenientes (cidadania participativa e continuamente reivindicativa pela igualdade, liberdade, solidariedade e equilíbrio ecológico), com recurso, nomeadamente, ao intercâmbio de experiências vividas pelos alunos e à sua participação individual e colectiva, na vida da turma, da escola e da comunidade.

A eleição do delegado de turma deverá ser fruto de uma candidatura e da respectiva campanha eleitoral.

A Assembleia deverá ser constituída por 1 representante por turma do 1º ciclo e de um delegado por cada turma dos 2º e 3º ciclos.

Deverão ser premiados os bons desempenhos.

[Cumpre os objectivos 1º, 3º, 11º, 13º, 14º, 16º, 21º, 22º e 23º]

INTERVENÇÃO 9

Sala de Estudo

Espaço para os alunos realizarem tarefas de estudo no tempo que estão na escola sem aulas. Localiza-se na Biblioteca, permitindo um apoio no estudo e também na execução de trabalhos.

Deve ser assegurada a presença contínua de um técnico de biblioteca e, sempre que possível, um professor, para regulação, dinamização e apoio não só à Sala de Estudo, mas também à Biblioteca e Área Net. destinados à pesquisa na Internet ,execução de trabalhos, consulta de software informático, etc. [Cumpre os objectivos 1º, 4º, 5º, 6º, 23º e 29º]

INTERVENÇÃO 10

Biblioteca

Divisão do espaço em três zonas. Uma zona para leitura dotada de conforto, silêncio e literatura adequada (incluindo espaço com banda desenhada) e atractiva para os jovens, de modo a incrementar essa prática tão importante para o desenvolvimento pessoal. Uma segunda zona com computadores destinados à pesquisa na Internet, execução de trabalhos, consulta de software informático, etc.

. Uma terceira zona onde funcionará a Sala de Estudo.

[Cumpre os objectivos 1º, 4º, 5º, 6º, 8º e 29º]

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INTERVENÇÃO 11

Laboratório de Línguas

Laboratório de Línguas dotado de meios técnicos: sistema áudio com auscultadores individuais, écran e vídeo/DVD, leitor de CD e computador com ligação à Internet.

[Cumpre os objectivos 1º, 4º, 5º, 7º, 8º, 16º e 29º]

INTERVENÇÃO 12

Laboratório e atelier de Matemática Sala destinada a aulas de matemática dotada de computadores ligados em rede, software, retroprojector, videoprojector, tela, jogos didácticos e materiais de apoio. [Cumpre os objectivos 5º, 8º, 9º, 13º]

INTERVENÇÃO 13

Sala de Educação Musical

Sala destinada a aulas de música, com insonorização e condições acústicas adequadas equipada com mini estudo de gravação e computador com ligação à internet.

[Cumpre os objectivos 1º, 15º, 16º e 29º]

INTERVENÇÃO 14

Sala de Sessões

Sala de Sessões com projector multimédia e painel fixos, sistema de som e tratamento acústico. [Cumpre o objectivo 29º]

INTERVENÇÃO 15

Atendimento aos Encarregados de Educação

Dotar a escola de espaços apropriados, com conforto, para garantir um atendimento digno, personalizado e em condições de privacidade aos Encarregados de Educação. [Cumpre os objectivos 1º, 22º, 29º e 30º]

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INTERVENÇÃO 16

Espaços de Socialização

Bar dos Alunos: Assegurar o atendimento célere e conferir maior conforto ao espaço.

Sala de Convívio: Dotar o espaço de TV Cabo, música ambiente e jogos de mesa.

Esplanada: Espaço ao ar livre com mesas, cadeiras e guarda-sóis. Jardins: Espaços ajardinados, com bancos de jardim. Campo de mini-golf: Espaço relvado para prática de mini-golf. Rampa de desportos radicais: Espaço em forma de rampa curvada para a prática de desportos radicais com skate e

bicicleta. Parque Infantil

[Cumpre os objectivos 1º, 2º, 3º, 19º, 20º, 24º e 29º]

INTERVENÇÃO 17

Centro de Recursos

Produção, selecção e arquivo de materiais audiovisuais, informáticos e outros de

apoio à acção educativa através de uma equipa que conjugasse biblioteca, centro de informação e página da internet.

[Cumpre os objectivos 8º, 9º e 29º]

INTERVENÇÃO 18

Educação para a Ecologia Dinamização de actividades ambientais através de organização de passeios de BTT, pedestres em percursos pelas serras da Madeira; selecção, triagem e reciclagem de resíduos; poupança energética, água e papel.

Parceria com associações ambientalistas e o Gabinete do Ambiente da Câmara Municipal da Calheta, Quinta Pedagógica e Secretaria Regional do Ambiente.

[Cumpre os objectivos 1º, 3º, 11º, 13º, 14º, 16º, 17º, 19º, 23º, 29º e 30º]

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INTERVENÇÃO 19

Educação para a Saúde

1- Projecto de prevenção primária das toxicodependências – principalmente o álcool e o tabaco – e promoção de estilos de vida saudáveis.

2- Divulgação entre os alunos de linhas telefónicas de apoio às toxicodependências. 3- Rede de Bufetes Escolares (promoção de hábitos alimentares saudáveis). 4- Saúde Física (diagnóstico, monitorização, estudo e despiste de situações de

risco, juntamente com o Centro da Fajã da Ovelha, tendo em conta, por exemplo, factores como a massa corpórea/obesidade, diabetes, aspectos cardíacos, entre outros a determinar; montagem de estratégias como a prescrição de actividades físicas, mudança de hábitos/estilos de vida e/ou encaminhamento para médicos especialistas).

5- Parceria com o Centro de Saúde da Fajã da Ovelha e Gabinete de Nutrição da Secretaria Regional da Educação.

6. Saúde oral estabelecendo parcerias com a Secretaria Regional dos Assuntos Sociais.

7. Formação em Higiene Pessoal.

[Cumpre os objectivos 1º, 3º, 16º, 17º, 20º, 26º e 30º]

INTERVENÇÃO 20

Educação para a sexualidade e afectos

1- Projecto transdisciplinar em que conteúdos de educação sexual serão abordados em todas as disciplinas.

2- Divulgação de linhas telefónicas de apoio à sexualidade na adolescência. 3- Parcerias com o Centro de Saúde da Calheta e outras entidades com

competências nesta área.

[Cumpre os objectivos 1º, 3º, 16º, 17º, 20º, 23º, 25º e 30º]

INTERVENÇÃO 21

Educação para a Criatividade 1- Projectos e clubes no âmbito da educação artística. 2- Promoção da leitura e da escrita. 3- Parcerias com o Centro das Artes – Casa das Mudas. [Cumpre os objectivos 1º, 3º, 4º, 5º, 6º, 13º, 15º, 16º,17º e 30º]

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INTERVENÇÃO 22

Segurança

1- Elaboração e difusão de um Plano de Segurança Global da Escola. 2- Parcerias com o Centro de Saúde da Calheta, Polícia de Segurança Pública e

Bombeiros Voluntários da Calheta. 3- Cacifos para os alunos. 4- Maior vigilância nos recreios. 5- Formação na área dos primeiros socorros. 6- Enfermaria com condições materiais e de privacidade no atendimento.

[Cumpre os objectivos 1º, 28º, 29º e 30º]

INTERVENÇÃO 23

Intercâmbios escolares

Fomentar os intercâmbios com outras escolas, do país e do estrangeiro, no sentido conhecer outras vivências e realidades, fomentar a multi / interculturalidade e a aprendizagem de outras línguas. Promover a geminação de escolas no intuito de trocar experiências organizacionais e pedagógicas. [Cumpre os objectivos 1º, 3º, 4º, 5º, 7º, 8º, 11º, 13º, 16º, 15º, 17º, 18º, 21º, 23º e 30º]

INTERVENÇÃO 24

Alunos Luso-Descendentes

Facultar condições de integração na escola, nomeadamente através do apoio (individualizado ou em grupo de três alunos) na língua e cultura portuguesas ou de outras actividades/iniciativas na comunidade escolar.

Estes alunos, oriundos dos continentes africano, americano e europeu constituem um factor de diferenciação cultural positiva, no sentido em que a multiculturalidade e a interculturalidade, que proporcionam, devem ser encaradas como recurso socio-cultural e maximizadas no sentido de:

- Sensibilizar para realidades culturais e valores diferentes dos nossos e com os quais convivemos;

- Desenvolver o respeito pela diferença, por outras culturas e povos, como factor de enriquecimento mútuo e convivência pacífica;

- Fomentar o intercâmbio e o estreitar de laços entre culturas, de modo a contribuir para uma sociedade multi e intercultural.

[Cumpre os objectivos 1º, 2º, 3º, 4º, 5º, 6º, 11º, 18º e 22º]

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INTERVENÇÃO 25

Docas De forma a proporcionar aos alunos apoios nas áreas disciplinares de Português, Matemática e Inglês, as Docas são espaços onde estão presentes docentes orientadores, a que os alunos voluntariamente podem recorrer, ou então por indicação do Conselho de Turma. [Cumpre os objectivos 1º, 2º, 3º, 4º, 5º e 16º]

INTERVENÇÃO 26

Associação de Amigos do Professor Francisco Barreto

Associação cultural e de solidariedade, dinamizadora de actividades dentro e fora da comunidade escolar, que através de parcerias promova a escola no exterior e auxilie alunos economicamente mais carenciados. [Cumpre os objectivos 1º, 2º, 3º, 4º, 5º, 12º, 14º, 21º, 22º, 28º e 30º]

INTERVENÇÃO 27

Formação Contínua

Promover formação significativa para os alunos, encarregados de educação, pessoal docente e não docente.

[Cumpre os objectivos 1º, 3º, 4º, 5º, 11º, 12º, 17º, 21º, 22º e 28º]

INTERVENÇÃO 28 Referendo

Instituir a figura do referendo, enquanto ferramenta de participação democrática e

cívica, para decidir sobre questões de particular e relevante interesse para a vida da escola e toda a comunidade educativa.

A decisão sobre a pertinência de desencadear um referendo é tomada pelo Conselho da Comunidade Educativa, por uma questão de respeito pelos princípios democráticos e de praticabilidade: é único órgão de gestão da escola no qual estão representados todos os elementos da comunidade.

[Cumpre os objectivos 1º, 11º, 12º, 14º, 21º, 22º e 23º]

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INTERVENÇÃO 29

Associação de Pais

A Associação de Pais deve ter um papel efectivo e substantivo, assumindo responsabilidades e superando as funções formal e protocolar.

A escola precisa e tem de estimular a colaboração efectiva, interveniente, activa e dinâmica daqueles parceiros na vida da instituição, de forma a responder mais e melhor às necessidades educativas da população do concelho, quer dizer, a melhorar, efectivamente, o serviço público prestado pela instituição. [Cumpre os objectivos 1º, 2º, 3º, 4º, 5º, 12º, 14º, 21º, 22º, 28º e 30º]

INTERVENÇÃO 30

Salas Específicas Criação de salas específicas das diversas disciplinas, de forma a disponibilizar o acesso facilitado a materiais próprios e adequados a cada disciplina.

[Cumpre os objectivos 5º, 7º, 8º, 9º, 13º, 29º]

INTERVENÇÃO 31

Avaliação da Execução do Projecto Educativo

Cabe ao Conselho da Comunidade Educativa «acompanhar e avaliar a sua execução [do Projecto Educativo de Escola]», (Artigo º do Decreto Legislativo Regional nº 21/2006/M), ou seja, assegurar o cumprimento e a efectivação das orientações, dos princípios e valores, dos objectivos e intervenções concretas contidas no Projecto Educativo.

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ANEXOS

Caracterização Do Meio

Fajã da Ovelha

Caracteriza-se por uma freguesia onde as principais

actividades económicas estão relacionadas com o sector primário como a agricultura e criação de gado bovino. Entre a produção agrícola predomina a da batata-doce, da semilha e do milho.

Quanto ao sector secundário, a freguesia dedica-se à panificação, construção civil e produção de lacticínios. Relativamente ao sector terciário, os habitantes desta freguesia contam com o comércio geral e prestação de serviços.

Como em qualquer freguesia que se preze, não poderiam faltar as festas tradicionais: Festa de Santo António: Raposeira, no dia 13 de Junho; Festa de São João: Fajã da Ovelha, no dia 24 de Junho

A Escola Básica da Fajã da Ovelha encontra-se situada na Freguesia da Fajã da Ovelha no Concelho da Calheta, no Sul da Ilha da Madeira. Serve uma população escolar maioritariamente rural com crianças dos 3 aos 16 anos de idade.

Está inserida numa área mais habitacional do que comercial, pois o tipo de comércio predominante, apenas com algumas excepções, dirige-se à satisfação das necessidades básicas dos seus habitantes, como cafés e mercearias.

Tem como sítios de confinação: Raposeira, Lombada dos Cedros, Lombada dos Marinheiros, Achada, Massapez e São Lourenço.

A família mostra-se com certa disponibilidade para ser interveniente no processo educativo das crianças, embora nem sempre participando nas actividades propostas pela escola. É notório o facto de devido às suas actividades profissionais (trabalhos agrícolas sazonais), terem pouca disponibilidade para fazerem o acompanhamento devido aos seus educandos.

Ponta do Pargo

A Freguesia da Ponta do Pargo é uma zona

distinta de todas as restantes da Madeira, pela extensão da sua planura. Situa-se no extremo Oeste da costa Sul da ilha, no alto de rochas sobranceiras ao mar, formando em parte uma pitoresca planície, sem grandes acidentes de terreno, excepto na região montanhosa que a limita, principalmente pelo Norte.

O nome da freguesia é elucidativo do costume, a pesca de um peixe semelhante ao pargo, nesta zona ocidental da ilha.

A freguesia foi criada por volta do ano de 1560. Os habitantes vivem especialmente da agricultura, plantando semilha, batata-

doce, trigo e grande variedade de produtos hortícolas, nomeadamente cenoura, pepino, tomate, cebola, pimentão e feijão entre outros.

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A emigração tem como destinos, sobretudo, a África do Sul e a Venezuela. Ultimamente os jovens tomaram outros rumos, como França, Suíça, Ilhas do Canal.

Tem como festas tradicionais: N. Sra. Do Amparo: último Domingo de Agosto; Festa do Pêro: Meados de Setembro.

Infra-Estruturas: Centro de Saúde; Poli Clínica, Estação dos CTT; Agências Bancárias (BANIF e BPI); Casa do Povo; Junta de Freguesia; Gabinete do Munícipe; Associação Desportiva e Cultural da Ponta do Pargo.

Principais sítios da freguesia: Cabo; Lombada Velha; Serrado; Pedregal; Salão de Baixo; Salão de Cima; Corujeira; Lombadinha; Amparo e Lombo.

Prazeres

Situada a 40 Km a Oeste do Funchal, aconchegada

nas suaves ondulações dum planalto que se ergue junto à costa e cuja altitude média é de 600 metros.

Até 1935, o acesso aos Prazeres era difícil e moroso por falta de estradas.

A via mais rápida era pelo lado da costa e constituída por veredas íngremes, que escalavam os pontos acessíveis da escarpa, entre ribanceiras e precipícios. As pessoas doentes ou idosas eram conduzidas por ali em redes ou palanquins, meio de transporte utilizado então nos lugares de difícil acesso da ilha.

Para o interior, carreiros mal traçados conduziam às povoações vizinhas, estas também sem estradas que as ligassem à capital.

Assim isolado, o povo dos Prazeres levava uma vida recatada. Era gente simples, de costumes austeros e patriarcais, apegada às tradições e profundamente religiosa.

Vivia do amanho da terra, que trabalhava com processos primitivos, baseados no aproveitamento das forças da Natureza. Com o rodar dos anos, alguns dos seus filhos aventuraram-se a buscar, em distantes terras, trabalho mais fácil e maiores proventos.

Foi porta que se abriu à emigração, por onde se escoou grande parte da gente, sobretudo para África do Sul.

Era então pároco dos Prazeres o Padre António Félix de Freitas, sacerdote piedoso, dotado de grande zelo, respeitoso e dócil e um dos seus sonhos era a construção de uma escola paroquial aberta a todas as crianças da paróquia, que viesse suprir a insuficiência do ensino ministrado na escola oficial.

Homens e mulheres de todas as idades, jovens e mesmo crianças, o próprio pároco, todos se empenhavam com entusiasmo e persistência na dura tarefa. Logo que corria a notícia da chegada de um barco com material, apressavam-se a descer o vertiginoso carreiro e, pouco depois, era vê-los, qual formigueiro humano a subir a escarpada, cada um transportava o fardo adequado às suas forças: os mais possantes carregavam sacos às costas, as mulheres e os jovens levavam-nos à cabeça e os mais novos também traziam algo nas mãos. E tudo com alegria, em ambiente de festa, rindo e cantando. Assim foram transportados o cimento, os tijolos, a areia, as telhas e demais material. É evidente que a este ritmo a obra levou o seu tempo. Durante os cinco anos os prazerenses afadigaram-se na construção do edifício e do mobiliário que o devia rechear. Em Janeiro de 1934, o Padre Félix pede à Congregação da Apresentação para orientar a escola.

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Paul do Mar O Paul do Mar situa-se a SW, da ilha da Madeira,

pertencendo ao Concelho da Calheta. Sendo o Paul do Mar, uma fajã plana, esta tem sensivelmente 2 km de extensão. Pelo facto do Paul do Mar ser uma fajã, o seu acesso é feito através da Fajã da Ovelha, por uma estrada que serpenteia a montanha ao longo de 5 km.

A ligação à estrada regional dista cerca de 7,5 km. O túnel inaugurado a 9 de Julho de 2000, tem a extensão de 2510 metros e liga o

Paul do Mar ao Jardim do Mar. Esta aproximação veio trazer a esta freguesia novos progressos como por exemplo: a construção de hotéis para o turismo e um maior fluxo de pessoas a visitar esta zona.

Paul do Mar é uma pequena fajã, cuja origem do nome estará ligada à sua constituição geográfica.

Os principais Sítios do Paul do Mar são: Ribeira das Galinhas; Serrado da Cruz; Lagoa; Igreja e Quebrada todas as denominações destes sítios têm em linha de conta as características que os mesmos apresentam.

A História do Paul do Mar está intimamente ligada às ladeiras, quer seja a ladeira da Fajã da Ovelha ou a dos Prazeres, pois durante muitos anos foram os únicos meios de ligação às freguesias vizinhas e serviam de transporte e troca de produtos. Actualmente só servem para passeios turísticos ou de lazer.

O Paul do Mar, foi em tempos um importante centro industrial, da qual se destacava as indústrias de extracção do sal (salinas) e a de conservação de peixe (conservas). No entanto surgiram outras de menor importância tais como a fábrica da telha, da massa e o engenho.

Nos dias de hoje apenas existem vestígios de uma fábrica de telha e de conservas como se pode comprovar através de uma chaminé existente na freguesia.

No que diz respeito às tradições, pode-se salientar: o Cantar dos Reis, a Festa de Santo Amaro, os Mascarados, o Maio, o Divino Espírito Santo, os Santos Populares, a Festa do Santíssimo Sacramento, a Festa da Imaculada Conceição e as romagens de Natal.

Socialmente, existem famílias que vivem bem economicamente sobretudo aquelas que tiveram sucesso com a emigração, contudo, a maioria, vive do Rendimento Mínimo Garantido. Muitas delas são famílias numerosas e problemáticas, constituídas apenas pela mãe (Encarregado de Educação) e que residem no bairro social. Em termos económicos, a população dedica-se à construção civil, ao comércio, à agricultura e essencialmente à pesca.

Verifica-se que a população masculina procura trabalho em barcos, em países como: Samoa, Equador, Panamá, São Diego, entre outros.

Os restantes dedicam-se à construção civil e ao comércio cabendo às mulheres o trabalho doméstico e a agricultura.

A freguesia possui: Junta de freguesia, Centro de Saúde, Casa do Povo, Centro de Acção Social, Banco, sede PSD, Escola do 1º Ciclo com Pré-Escolar, Biblioteca Pública (no edifício da escola), Lota, HotelPaul do Mar ApartHotel, minimercados, Restaurantes e cafés.

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Dados Estatísticos

A população residente na Região Autónoma da Madeira (RAM), segundo as

estimativas aferidas nos resultados definitivos dos Censos de 2001, registou um acréscimo de 0,7% face a 2002, passando de 241 257 para 243 007 residentes. Em 2003,

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a densidade populacional da RAM foi de 292,4 Hab/Km2. Funchal foi o concelho com a maior densidade (1 338,6 Hab/Km2).

Em 2001, Portugal registou uma taxa de analfabetismo (relação entre a

população com 10 ou mais anos que não sabe ler e escrever e a população com 10 ou mais anos) de 9,0%, inferior à de 1991 (11,0%). Entre 1991 e 2001, o analfabetismo reduziu-se em Portugal Continental e a nível regional. No entanto, a Região Autónoma da Madeira (12,7%) continua a ser a região onde existe uma das maiores taxas de analfabetismo.

A taxa de analfabetismo das mulheres foi substancialmente superior à dos homens, quer em 1991, quer em 2001. Em 1991, apresentou um valor de 7,7% para os homens e de 14,1% para as mulheres, descendo em 2001 para 6,3% e 11,5%, respectivamente.

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Na região centro de Portugal continental e na Região Autónoma da Madeira a proporção de núcleos familiares monoparentais é das mais elevadas a nível nacional. A proporção de núcleos monoparentais no total de núcleos familiares, oscilava, em 2001, entre os 17% na Região. Núcleos familiares monoparentais são maioritariamente do tipo mãe com filhos.

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A análise da evolução da população ao longo dos anos revela a tendência de

envelhecimento demográfico, ou seja, o aumento da proporção da população idosa (com 65 ou mais anos) na população total. Apesar da forte queda da natalidade, com efeitos na perda de importância relativa de população jovem, registou-se uma elevada proporção de jovens comparativamente à de idosos. Em 2001,a Madeira detinha 19,1% jovens e 13,7% de idosos.

Alguns dados referentes à natalidade, mortalidade, nupcialidade, divórcio,

envelhecimento e dependência nos concelhos da Região Autónoma da Madeira. Fonte: Direcção Regional de Estatística da Madeira

Nota: Os dados estatísticos presentes são relativos à Região Autónoma da Madeira e ao Concelho da Calheta. Não há estudos significativos referentes às freguesias

dos Prazeres, Ponta do Pargo, Fajã da Ovelha e Paul do Mar.

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Indíce

Páginas

_ Introdução 2

_ I – Caracterização do meio 3

_ II – Caracterização sumária da Escola (O que somos?) 6

_ III – Objectivos da Acção Educativa (O que concretizar?) 10

_ IV – Levantamento de situações (Que problemas existem?) 13

_ V – Definição de prioridades e campos de actuação (Como vamos fazer?) 15

_ Anexos 24