6
C om a aproximação das eleições, os institutos de pesquisa lançam, na mídia, dados, projeções e cálculos que pretendem delinear um quadro político e profetizar o futuro. Os números, des- providos de conteúdo crítico, às vezes, omitem propostas indecentes. O exemplo são os projetos similares das candidaturas Marina Silva (PSB) e Aécio Neves (PSDB). Não há antagonismo nas proposições deles. Na conve- xidade desta eleição, o que se vê é o escamoteamento das reais intenções dos políticos que põem em risco avanços conquistados nos últimos 12 anos. Com isso, Aécio e Ma- rina empobrecem o debate político ideológico com a falsa ideia do apartidarismo próprio dos processos elei- torais e tentam mostrar aos eleitores que os seus projetos são opostos. Não é por acaso que Aécio e Marina incluíram a inde- pendência do BC nos seus programas. Eles planejam reabilitar a antiga ordem ins- titucional e recuperar o mo- delo financista, sustentado pelos Estados Unidos, cuja falência foi com provada pela crise econômica internacio- nal em curso no mundo intei- ro iniciada em 2008. O fato é que o brasileiro che- ga, em 2014, com o desafio de analisar e compreender sua situação política e econô- mica, comparando cenários antes e durante os governos Lula-Dilma para projetar o que será o país nas relações de trabalho, emprego, salário e carreira no serviço público a partir de 2015. Há que se pensar sobre os temas com visão politizada, reconhe- cendo, nos partidos políticos, qual representa o interesse de cada classe social. Infelizmente, nestas eleições, o debate essencial está esva- ziado. Há candidaturas que desvinculam a gestão pública das ideologias e não trazem para o palco eleitoral a dis- cussão sobre o que significa, na vida cotidiana das pesso- as, cada um desses projetos. Tanto é assim que o projeto de Aécio Neves traça, por alto e de forma genérica, assuntos essenciais da gestão pública. Ao mesmo tempo em que se apresenta vazia, esta eleição está marcada pela polarização de dois projetos: o neoliberal, com as políticas de enfraque- cimento do Estado, ataques aos direitos sociais e traba- lhistas, representado pelas candidatura de Aécio Neves e o democrático popular, de fortalecimento e recuperação dos direitos sociais subtraídos na década de 1990 e a demo- cratização do Estado, repre- sentado por Dilma Rousseff. INFORMATIVO DO SINDICATO DOS TRABALHADORES EM EDUCAÇÃO | EDIÇÃO ESPECIAL | FORTALEZA, OUTUBRO DE 2014 Eleições 2014 e a ameaça do retorno neoliberal Comparativo das 2 candidaturas à Presidência / pag 03 e 04 Criação de empregos cresce 20 milhões de novos empregos formais Salário com ganhos reais Menor inf lação é no governo Dilma Com Lula e Dilma mínimo tem ganhos reais A mais baixa inflação desde o Real 02 06 05 02 Educação avançou Nos últimos 12 anos com Governos Lula e Dilma

Escola de luta

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Page 1: Escola de luta

Com a aproximação das eleições, os institutos de

pesquisa lançam, na mídia, dados, projeções e cálculos que pretendem delinear um quadro político e profetizar o futuro. Os números, des-providos de conteúdo crítico, às vezes, omitem propostas indecentes. O exemplo são os projetos similares das candidaturas Marina Silva (PSB) e Aécio Neves (PSDB). Não há antagonismo nas proposições deles. Na conve-xidade desta eleição, o que se vê é o escamoteamento das reais intenções dos políticos que põem em risco avanços conquistados nos últimos 12 anos. Com isso, Aécio e Ma-rina empobrecem o debate

político ideológico com a falsa ideia do apartidarismo próprio dos processos elei-torais e tentam mostrar aos eleitores que os seus projetos são opostos.

Não é por acaso que Aécio e Marina incluíram a inde-pendência do BC nos seus programas. Eles planejam reabilitar a antiga ordem ins-titucional e recuperar o mo-delo fi nancista, sustentado pelos Estados Unidos, cuja falência foi com provada pela crise econômica internacio-nal em curso no mundo intei-ro iniciada em 2008.

O fato é que o brasileiro che-ga, em 2014, com o desafi o

de analisar e compreender sua situação política e econô-mica, comparando cenários antes e durante os governos Lula-Dilma para projetar o que será o país nas relações de trabalho, emprego, salário e carreira no serviço público a partir de 2015. Há que se pensar sobre os temas com visão politizada, reconhe-cendo, nos partidos políticos, qual representa o interesse de cada classe social.

Infelizmente, nestas eleições, o debate essencial está esva-ziado. Há candidaturas que desvinculam a gestão pública das ideologias e não trazem para o palco eleitoral a dis-cussão sobre o que signifi ca,

na vida cotidiana das pesso-as, cada um desses projetos. Tanto é assim que o projeto de Aécio Neves traça, por alto e de forma genérica, assuntos essenciais da gestão pública. Ao mesmo tempo em que se apresenta vazia, esta eleição está marcada pela polarização de dois projetos: o neoliberal, com as políticas de enfraque-cimento do Estado, ataques aos direitos sociais e traba-lhistas, representado pelas candidatura de Aécio Neves e o democrático popular, de fortalecimento e recuperação dos direitos sociais subtraídos na década de 1990 e a demo-cratização do Estado, repre-sentado por Dilma Rousseff .

INFORMATIVO DO SINDICATO DOS TRABALHADORES EM EDUCAÇÃO | EDIÇÃO ESPECIAL | FORTALEZA, OUTUBRO DE 2014

Eleições 2014 e a ameaça do retorno neoliberal

Comparativo das 2 candidaturas à Presidência / pag 03 e 04

Criação de empregos cresce20 milhões de novos empregos formais

Salário com ganhos reais

Menor inf lação é no governo Dilma

Com Lula e Dilma mínimo tem ganhos reais

A mais baixa inflação desde o Real

02

06

05

02

Educação avançouNos últimos 12 anos com Governos Lula e Dilma

Page 2: Escola de luta

2 INFORMATIVO ESCOLA DE LUTA | OUTUBRO de 2014 |

Inflação do governo Dilma é a mais baixa desde o RealMídia joga com o medo e a mentira para a terrorizar a população, inventando números ine-xistentes. Não é à toa que ficou apelidada de Partido da Imprensa Golpista (PIG)

GOVERNO

“Uma mentira repetida mil vezes torna-se verdade”.

Essa é uma das frases mais conhecidas de Paul Joseph Goebbels ministro da propa-ganda do Reich (1933-1945), um dos principais seguidores do nazista Adolf Hitler e vio-lento anti-semita que apoiou o extermínio dos judeus durante a Segunda Guerra Mundial. A lógica contida nesa frase se re-pete até hoje nos grandes meios de comunição brasileiros.

O exemplo mais evidente é a tentativa de desqualificar o go-verno Dilma com a informação inverídica de que a economia está ameaçada pela “alta in-flação”. Acostumada a intervir

na política e até mesmo a eleger presidentes, a mídia brasileira não se conforma com os avan-ços dos governos Lula-Dilma.Por causa de tanta mentira, não é à toa que foi apelidada pelos próprios jornalistas de Partido da Imprensa Golpista (PIG). Estudos do IBGE, Die-ese e do FMI divulgados pelo Radar Econômico, um blog do jornal O Estado de S. Paulo um dos veículos ligados ao famoso PIG indicam que nos 3 primei-ros anos de governo, a inflação média anual obtida pelo gover-no Dilma é a mais baixa desde o Plano Real. Em 2011, 2012 e 2013, os preços medidos pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA)

subiram na base dos 6,o8% ao ano, apontando que a inflação está controlada. Fernando Hen-rique Cardoso, por sua vez, nos primeiros 3 anos (1995, 1996 e 1997) dos seus dois mandatos, obteve 12,40% de inflação mé-dia anual, que, combinada com a política de congelamento sa-larial da época, reduziu o poder aquisitivo. Em período equi-

valente no governo Lula (2003, 200, 2005), a média foi de 7,53%. A crise mundial não afetou com força os trabalhadores graças a política macroecônomica e de valorização dos salários e dos servidores públicos e de gera-ção de emprego. Mais avanços somente serão possíveis com a manutenção e aprofundamento dessas políticas.

Dilma (2011/2013)Lula (2003/2005)FHC (1995/1997)

A INFLAÇÃO NOS TRÊS PRIMEIOS ANOS

20

15

10

5

0

Educação brasileira avançou nos últimos 12 anosUm dos avanços é a Lei no 11.738/2008, que instituiu o piso salarial profissional nacional para o ma-gistério público da educação básica. Política implantada pelo governo Lula define critérios de repasse de recursos do Fundeb

Na última década, o governo federal triplicou os investimentos na área

de educação. Uma destas políticas é o piso salarial Profissional Nacional para o Ma-gistério da Educação Básica Pública. A aprovação do piso salarial é um momento histórico para os educadores brasileiros, que, desde 1822, lutam pela instituição de um piso de caráter nacional para a catego-ria, além de ser um grande passo no sen-

tido de conseguir uma escola pública de qualidade e a valorização dos trabalhado-res da educação básica pública.

Sancionada em 16 de julho de 2008 pelo ex-presidente Lula, a lei muda de forma sig-nificativa a vida dos professores que rece- biam salários muito próximos do salário mínimo e hoje contam com um referen-cial remuneratório bem superior. Embora reconheça que a lei é um avanço, a CNTE defende a elevação do piso salarial para R$ 1.937,26 como vencimento inicial.

A discussão sobre o PNE é outro ponto que deve mudar o valor do piso recebido hoje pelo professor. Sancionada pela pre-sidenta Dilma Rousseff em 25 de junho de 2014, a Meta 17 do PNE prevê isonomia

salarial no magistério nacional com as carreiras de nível superior.

Já no Distrito Federal, os professores tem uma remuneração acima do valor estipula-do pela Lei do Piso, sendo o grande desa- fio trazer, nos próximos anos, juntamente com a discussão do PDE, a isonomia sala-rial com a média das carreiras de nível su-perior do GDF.

Nos últimos anos, os professores do DF ti-veram vitórias importantes na luta contra a política de gratificações nas remunerações, com a incorporação de várias gratificações. A última vitória se deu este ano, com a in-corporação da TIDEM, que gerou reajuste salarial e fortaleceu a remuneração do pro-fessor na aposentadoria.

Page 3: Escola de luta

3INFORMATIVO ESCOLA DE LUTA | OUTUBRO de 2014 |

ELEIÇõES 2014

Candidata à reeleição, Dilma Rousseff dialoga com o eleitor, apresentando um histórico de realizações e conquistas, enquanto Aécio Neves propõe um cenário de incertezas e icognitas.

A educação é motivo de críticas por parte de professores e da própria sociedade em Minas Gerais. Implantou política de produtivi-dade, alterou o plano de carreira, mesmo com os professores rejeitando a proposta, planeja implementar a política de bonificação por metas na educação nacional.

Em sua proposta de governo, o candidato Aécio Neves sinaliza para uma revisão no modelo de partilha válida para a exploração do petróleo na área do pré-sal, postura antina-cional. Nota-se uma pressão articulada par que o pré-sal seja entregue a grupos estrangeiros

EDUCAÇÃO

PRÉ-SAL

Instituir a política de bonificação, modelo que adotou enquanto governador de Minas Gerais, onde demitiu, no início deste ano, 71 mil servidores públicos. Na gestão por produtividade, as negociações com trabalhadores trazem consigo congelamentos salariais e reajustes mediante gratificações, diminuindo ganhos e prejudicando as aposentadorias no setores público e privado.

FUNCIONALISMO PÚBLICO/CLT

Resgata projeto econômico do PSDB adotado na década de 1990, período de congelamento de salários, falta de investimento nos serviços públicos, privatizações. Defende a autonomia do Banco Central, medida que impede o governo de interferir nos juros, que ficarão à mercê do mercado financeiro, expondo o país aos interesses dos banqueiros.

O candidato do PSDB Aécio Neves promete criar o Plano Nacional de Habitação, como uma ação prioritária d governo. Quando Fernando Henrique Cardoso (PSDB) era presidente, os imóveis apresentavam financiamen tos difíceis, que impediam a quitação do financiamento.

POLÍTICASHABITACIONAIS

Aécio Neves, candidato do PSDB, não destaca a causa LGBT, apenas a insere dentre outras proposições. Ele é vago na abordagem do tema, que entra no seu plano de governo mesclado com outras pautas, diminuindo a importância de debater o assunto.

POLÍTICASLGBT

ECONOMIA

AÉCIO NEVES

A INFLAÇÃO NOSÚLTIMOS 19 ANOS

A TAXA DE JUROS (SELIC)NOS ÚLTIMOS 18 ANOS

Méd

ia m

ensa

l = 1

,83%

21,88%

1995

1,70%

1,90%

1996

38,0%

1,66%

1997

38,0%

34,50%

1998

29,0%

25,0%

1999

15,75%

19,0%

19,0%

15,25%

2001

22,0%

19,0%

2002

Méd

ia m

ensa

l = 0

,75%

9,11%

Méd

ia m

ensa

l = 0

,36%

Última reuniãodo ano (COPOM)

Primeira reuniãodo ano (COPOM)

4,34%

Méd

ia m

ensa

l = 0

,20%

2,48%

1996 1997 1998 Méd

ia m

ensa

l = 0

,70%

8,43%

1999 Méd

ia m

ensa

l = 0

,43%

5,27%

2000

2000

Méd

ia m

ensa

l = 0

,78%

9,44%

Méd

ia m

ensa

l = 1

,22%

14,74%

2001 2002

COMPARATIVO DAS DUAS CANDIDATURAS

A campanha eleitoral para a dis-puta da Presidência da República

apresenta dois lados bem desenhados em 2014. De um, o apresentado pela candi-data à reeleição, Dilma Rousseff, com um cenário de realizações, conquistas e vitórias nas mais variadas áreas ao longo dos últimos 12 anos. Do outro, o propos-to pelos candidatos Aécio Neves: um ce-nário repleto de incógnitas, incertezas e lembranças neoliberais.

Para manchar a imagem da atual gestão, a mídia recorre ao medo como tentativa de desqualificar o governo Dilma, com a informação inverídica de que a economia está ameaçada pela força da alta inflação. Acostumada a intervir na política e até mesmo a eleger presidentes, a mídia brasi-leira não se conforma com os avanços dos governos Lula-Dilma. Uma prova são os números do Banco Central e do Banco de Dados do Portal de Finanças, os quais re-velam que o Brasil evoluiu, cresceu e que a inflação está controlada.

Com o objetivo de ampliar as discussões de professores (as) sobre o melhor cenário para o país, colocamos, ao lado, um qua-dro comparativo com as propostas dos dois principais candidatos à Presidência para as áreas da educação, pré-sal, funcio-nalismo público, economia, política LGBT e políticas habitacionais.

Page 4: Escola de luta

4 INFORMATIVO ESCOLA DE LUTA | OUTUBRO de 2014 |

Ao contrário do que a mídia tem divulgado, a infl ação no Brasil mostra uma história bem diferente. A mídia reconstruiu um cenário de informação, que vai em sentido contrário à história. Atualmente, a infl ação gira em torno de 0,5% ao mês, com uma taxa Selic controlada.

DILMA ROUSSELFFA proposta é de investir fortemente na qualidade da educação. Universalizar a educação infantil de 4 a 5 anos até 2016; ampliar e qualificar a rede de educação em tempo integral, no período de 2015-2018; oferecer mais 100 mil bolsas do Ciência sem Fronteiras e valorizar o professor com melhores salários e melhor formação. A valorização se dará pela Meta 17 do PNE, que aponta o cenário de isonomia com carreiras de nível superior. EDUCAÇÃO

A previsão é atender às reivindicações da sociedade e o pré-sal servirá para financiar a educação (75%) e a saúde (25%). A presidenta Dilma planeja investir 1 trilhão e 300 bilhões de reais, oriundos do pré-sal,na educação. Aprovou, no PNE, o uso de 10% do PIB na estrutura, no ensino e na valorização salarial dos professores.

Fortalecimento do Estado e democratização do acesso aos serviços públicos por meio de concurso, com desconstrução dos prejuízos causados pelas políticas neoliberais dos anos 1990. Manutenção das Mesas Nacionais de Negociação Permanente, com resultados positivos para todas as categorias. Sobre os direitos trabalhistas, tem sido enfática em não retirar diretos, mantendo a relação atual.

Manutenção dos pilares da política econômica da solidez na condução e na criação e fortalecimento de um grande mercado de consumo de massas. Redução das taxas de juros, inflação baixa, rigor na gestão fiscal e ampliação dos investimentos com fortalecimento da participação do Estado na economia. Política de valorização dos salários como forma de fortalecer o desenvolvimento econômico e social.

A presidenta Dilma Rousseff se posicionou publicamente a favor da criminalização da homofobia. Durante a gestão petista (desde 2003), foi instituída a Coordenação de Promoção dos Direitos de LGBT, na SDH/PR (2009), o Conselho Nacional LGBT (2010) e realizadas as duas Conferências Nacionais LGBT, respectiva- mente, em 2008 e 2011. Também foi criado o Dia Nacional de Combate à Homofobia (17 de maio).

PRÉ-SAL

FUNCIONALISMO PÚBLICO/CLT

ECONOMIA

POLÍTICASLGBT

O programa “Minha Casa Minha Vida” da candidata Dilma Rousseff (PT) já garantiu a entrega de 3,45 milhões de casas, das quais metade já foi entregue, beneficiando mais de 6 milhões de brasileiros. A candidata mantém o programa de financiamento habitacional da Caixa Econômica Federal, que financiou (em prestações decrescentes) mais de 500 mil moradias por ano.

POLÍTICASHABITACIONAIS

Méd

ia m

ensa

l = 0

,23%

2,81%

2006Méd

ia m

ensa

l = 0

,42%

5,04%

2005Méd

ia m

ensa

l = 0

,51%

6,13%

2004Méd

ia m

ensa

l = 0

,86%

10,38%

2003

13,75%

11,25%

2008

8,75%

12,75%

2009

10,75%

8,75%

2010

11,0%

11,25%

2011

7,25%

10,50%

10,0%

7,25%

2013

11,0%

10,50%

2014

Méd

ia m

ensa

l = 0

,42%

5,15%

Méd

ia m

ensa

l = 0

,54%

6,48%

Méd

ia m

ensa

l = 0

,34%

4,11%

2007 2008 2009 Méd

ia m

ensa

l = 0

,53%

6,46%

2010 Méd

ia m

ensa

l = 0

,51%

6,07%

2011

2012

Méd

ia m

ensa

l = 0

,46%

6,19%

Méd

ia m

ensa

l med

ida

até

Agos

to =

0,5

0%

5,56%

2012 Méd

ia m

ensa

l = 0

,46%

6,19%

2013 2014

11,25%

13,0%

2007

13,25%

17,25%

2006

18,0%

18,25%

2005

17,75%

16,50%

2004

16,50%

25,50%

2003

Font

e: Ba

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ESCOLA DE LUTA É UMA PUBLICAÇÃO DE RESPONSABILIDADE DO SINDICATO UNIÃO DOS TRABALHADORES EM EDUCAÇÃO.

DIRETORIA EXECUTIVAAna Cristina Fonseca Guilherme da Silva1ª Secretario GeralSharly Et Chan Nunes Albuquerque2ª Secretaria GeralGardênia Pereira Baima1ª Secretario de FinançasDamião Nogueira Maia2º Secretario de FinançasCecília Gonçalves Vieira1ª Secretaria de Imprensa e DivulgaçãoFrancisco Wellington Soares Monteiro2ª Secretaria de Imprensa e DivulgaçãoFrancisco Vanderli Pereira1º Secretaria de Assuntos Funcionais e JurídicosHaidêe Maia Firmo1º Secretaria de Assuntos Funcionais e JurídicosAna Maria Menezes Marreiro1ª Secretaria de Assuntos SindicaisJosé Silvano Sousa Araujo2ª Secretaria de Assuntos SindicaisSilvana Maria Oliveira e Silva1ª Secretaria de AdministraçãoCândida Maria Carvalho Lobato2ª Secretaria de AdministraçãoMaria do Socorro Malaquias Monteiro1ª Secretaria de Assuntos Sociais e Desportivos

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SINDICATO UNIÃO DOS TRABALHADORES EM EDUCAÇÃO - FORTALEZARua Floriano Peixoto, 1464 - José Bonifácio, CEP: 60025-131, Fortaleza/CearáFone:(85) 3231.7282 , CNPJ: 41.303.058/0001-91E-mail: [email protected] Site: www.sindiute.org.br

Page 5: Escola de luta

5INFORMATIVO ESCOLA DE LUTA | OUTUBRO de 2014 |

A recuperação do poder aquisitivo do mí-nimo é resultado de uma política econô- mica associada a investimentos sociais, ou seja, contrária à do governo FHC. Por isso, falar em autonomia do Banco Central é pôr todas essas conquistas ralo abaixo e trazer o Brasil, novamente, para um período de arrocho e aumento da pobreza, uma vez que é graças a essa regulação do mercado financeiro, executada pelo Bacen, que o governo Lula-Dilma pôde investir na valo-rização do salário mínimo, controle da in-flação, criação e manutenção de empregos, elevando, com isso, o poder aquisitivo dos salários.

O controle do Bacen e as políticas de valo-rização do mínimo e de criação de empre- gos permitem a revisão das remunerações, repercutindo de forma positiva sobre os salários de todas as camadas sociais com ganhos reais acima da inflação.

Pela primeira vez, desde 1995, salário mínimo obtém ganhos reaisEm janeiro deste ano, o seu poder aquisitivo comprava 2,23 cestas básicas, a maior relação desde 1979

SALáRIO

Entre 2002 e 2014, o salário mí-nimo obteve uma valorização de

72,35%. Essa informação foi divulgada no seminário “Política de Salário Mínimo para 2015- 2018: Avaliações de Impacto EconômicoeSocial”,organizado pelo Ins-tituto de Economia e pela Escola de Eco-nomia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre e EESP/FGV), que debateu o impacto do sa-lário mínimo no mercado de trabalho.

Fernando Barbosa Filho, pesquisador da FGV, mostrou que o mínimo aumentou, o desemprego diminuiu e a informalidade despencou de 43% para 22%, desde então. Carlos Corseuil, pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), por sua vez, afirmou que, em 1997, 10% dos trabalhadores que recebiam salário mínimo tinham ensino médio completo. Hoje são 40%.

O Boletim Focus, de O Estado de S. Pau-lo, indicou, no primeiro semestre deste ano, que as estimativas dos analistas consultados que mais acertam as proje-ções, os chamados Top 5 da pesquisa Fo-cus, a previsão para o IPCA, em 2014, no cenário de médio prazo, segue em 5,86%. Em 2015, a previsão é 5,80%.

Para conferir se houve esse ganho, basta subtrair a análise do reajuste da inflação do período. Com esse cálculo, confirma--se que o mínimo avançou 934% em nú-

meros absolutos, em 20 anos, e a inflação no período foi de 399,81%.

Em termos reais, o salário mínimo avan-çou, entre 1995 e 2014, 534,48%. Isso sig-nifica que o seu poder aquisitivo, no fim de 2014, será mais de cinco vezes maior do que o poder de compra do salário míni-mo no fim de 1994. Ou seja, com o valor de R$ 724,00, em vigor desde janeiro, o piso acumula ganho real de 72,35%, des-de 2002. Seguindo a política de valoriza-ção que combina o Produto Interno Bruto (PIB) com inflação, em 2015, o mínimo será R$ 788,06.

No fim do mandato de Fernando Henri-que Cardoso, um salário mínimo compra-va 1,42 cesta básica (Dieese). Em janeiro de 2014, passou a adquirir 2,23 cestas – maior relação desde 1979. A inflação teve sua força reduzida: a média anual do perí-odo FHC foi de 9,09%; no de Lula-Dilma, caiu para 5,95%, ao ano.

Dados do Dieese, Ipea, IBGE e outras fon-tes comprovam que, entre 2003 e 2014, houve, de fato, uma política de aumento real do salário mínimo que, trabalhada com outras políticas de inclusão social, re-velou-se, ao mesmo tempo, uma das mais eficientes formas de combate à desigual- dade e de ascensão social, bem como de inclusão da classe trabalhadora no merca-do consumidor.

TABELA 1 Reajuste do Salário Mínimo - 2003-2014

Período SalárioMínimo

Reajuste Nominal INPC Aumento

Real R$ % % %

1,23

1,19

8,23

13,04

5,10

Março de 2008 415,00 9,21 4,98

Abril de 2007 380,00 8,57 3,30

Abril de 2006 350,00

4,03

Fevereiro de 2009 465,00 12,05 5,92 5,79

Janeiro de 2010 510,00 9,68 3,45 6,02

Janeiro de 2011 545,00 6,86 6,47 0,37 Janeiro de 2012 622,00 14,13 6,08 7,59 Janeiro de 2013 678,00 9,00 6,20 2,64

Janeiro de 2014 724,00 6,78 5,54 1,18

Total período - 262,00 110,05 72,35

Elaboração: DIEESE

Reajuste do Salário Mínimo, 2003 - 2014

16,67 3,21

Maio de 2005 300,00 15,38 6,61

Maio de 2004 260,00 8,33 7,06

Abril de 2003 240,00

Abril de 2002 200,00

20,00 18,54

Salário mínimo ganhou poder de compra nos últimos 12 anos

20146991 7991 8991 9991 0002 1002 2002 3002 4002 5002 6002 7002 8002 9002 0102 1102 2102 31021994 1995

415

622545510465380350300260240180 20015113613012011210070

1994

64,79

678

GOVERNO FHC GOVERNO LULA-DILMAValores em R$

2,232,072,032,062,01

1,741,931,91

1,601,47

1,381,421,371,281,251,221,23

1,141,02

2,13

724

fonte: DIEESE

Fonte: IBGE /

Page 6: Escola de luta

6 INFORMATIVO ESCOLA DE LUTA | OUTUBRO de 2014 |

um milhão de vagas de emprego, pro-vocando um défi cit enorme porque o mercado de trabalho era cada vez mais pressionado com as pessoas que a cada ano entravam na faixa etária apta ao trabalho”, diz o estudo.

Graças às estratégias de avanço adotadas no período 2003-2014, com fortalecimento dos bancos públicos (BB e Caixa derrubaram ju-ros), controle da infl ação (menor média anu-al desde o Plano Real), o Brasil atravessou

a maior crise internacional, desde os anos 1930, empregando políticas anticíclicas que garantiram a continuidade da distribuição de renda, a criação de empregos e a manu-tenção dos investimentos.

Criação de empregos tem a maior taxa dos últimos 20 anosO somatório dos três primeiros anos do governo Dilma com os oito do ex-presidente Lula resultou em 20 milhões de empregos formais gerados no Brasil

Ataxa de emprego e desemprego é um dos indicadores que revelam se a si-

tuação de um país é positiva ou negativa, do ponto de vista da satisfação popular. O governo Dilma, por exemplo, nos três primeiros anos, criou 4,139 milhões de empregos. Considerado extraordinário, em comparação com outros períodos da história econômica do Brasil, esse dado amplia sua importância quando com-parado aos dos países desenvolvidos, os quais estão sob efeito de uma crise mun-dial iniciada em 2008.

Numa comparação de dados produzidos pelo Instituto Brasileiro de Geografi a e Estatística (IBGE), Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), MTE e Banco Central, o professor de macroeconomia da Universidade Federal do Pará (UFPA), Helio Mairata , inventariou a trajetória econômica dos últimos quatro governos e revelou que a taxa de desemprego refl etiu maior dinamismo na era Lula-Dilma.“O somatório dos três primeiros anos do governo Dilma com os oito do ex-

-presidente Lula resultou em 20 milhões de empregos formais gerados no Brasil”. A pesquisa de Mairata mostra ainda que, nos oito anos de governo tucano, o ex-presidente, Fernando Henrique Cardoso (FHC), criou apenas 5.016.672 postos. Nos seus oito anos, Lula criou o triplo: 15.384.442; e, Dilma, em apenas três anos, criou quase o mesmo que FHC criou nos seus oito anos, afi rma o docen-te.

Dados do Cadastro Geral de Emprega-dos e Desempregados (Caged) indicam que, de 2011 a maio de 2014, a taxa de empregabilidade cresceu 11,47% – uma média mensal de civil, 580.023 e indús-tria de transformação, 510.544. Lula e Dilma inverteram a lógica neoliberal e investiram em programas sociais. FHC trouxe arrocho salarial, infl ação ele-vada, privatização de empresas públi- cas, redução intensa de investimentos nos serviços públicos com corte de mão de obra e estímulo à demissão. “No pri-meiro mandato, FHC destruiu mais de

AVANÇO

EMPREGOS Em 3 anos, Dilma criou mais de 4 milhões de empregos. FHC, um 8 anos, criou apenas 5 milhões

Desemprego na gestão Lula-Dilma apresenta queda

2014201320122011201020092008200720062005200420032002

12,35%11,66% 11,48%

9,86% 10% 9,34% 7,90% 8,08% 6,74% 5,97% 5,5% 5,39% 4,9%*

Font

e: IB

GE

* até maio

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