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ESCOLA E INCLUS - Operação de migração para o novo ... · Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (BRASIL, 2008a). ... 6.571, de 18 de setembro de 20083, o Conselho Nacional

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ESCOLA E INCLUSÃO: DESAFIOS PARA A EDUCAÇÃO

Autora: Maria Lucia.Pacheco Salamanca Coelho1

Orientadora: Lucia Terezinha Zanato Tureck2

RESUMO

Este   artigo   tem   como   objetivo   apresentar   reflexões   sobre   a   inclusão   escolar, trazendo   assuntos   fundamentados   em   referenciais   teóricos   para   os   desafios   e dificuldades   decorrentes   da   pluralidade   e   diversidade   do   contexto   inclusivo.   A importância de discutir este tema justifica­se pelo fato de que a inclusão escolar não é uma realidade em todas as escolas, pois, é uma temática atual, decorrente das mudanças que aconteceram principalmente nas duas últimas décadas, quando as legislações passaram a garantir o direito de acesso e permanência a todos os alunos que   queiram   frequentar   o   ensino   regular,   independente   das   necessidades educacionais   que   apresentam.   Portanto,   é   algo   sobre   o   que   a   escola   e   os profissionais da educação têm muito que aprimorar na prática docente, evidenciando a   importância  do  entendimento  e  pesquisa  sobre  este  assunto.  O  Programa  de Desenvolvimento da Educação – PDE, da Secretaria de Estado da Educação do Paraná, possibilitou esta  reflexão na escola como espaço de formação da equipe escolar e discussão no Grupo de Trabalho em Rede ­ GTR.  A metodologia usada foi de   análise   e   debate   de   textos   científicos   e   documentos   legais,   bem   como   a elaboração   de   propostas   pedagógicas   inclusivas,   proporcionando   ao   grupo   de professores  uma reflexão sobre  a   inclusão escolar  de  alunos com necessidades educacionais   especiais   e   a   proposição  de  ampliação   das  práticas  pedagógicas, articuladas com rede de apoio intersetorial.

PALAVRAS­CHAVE:  Inclusão   escolar;   referenciais   teóricos;   formação   de professores; atendimento educacional especializado; rede de apoio.

1     Professora da disciplina de Geografia, no  Colégio Estadual Antônio José  Reis – Ensino Fundamental e Médio. 2  Mestre em Educação (UEM), Licenciada em Pedagogia (UEPG), Membro do Colegiado do Curso de Pedagogia da UNIOESTE,  campus  Cascavel, Paraná. Leciona a disciplina de Fundamentos da Educação Especial.

INTRODUÇÃO:

 Este artigo foi elaborado a partir do trabalho de pesquisa bibliográfica e da 

implementação pedagógica em forma de curso de Formação de Professores para a 

Educação Inclusiva como atividade de extensão do Programa Institucional de Ações 

Relativas   às   Pessoas   com   Necessidades   Especiais   –   PEE,   da   Unioeste,   em 

articulação com o Programa de Desenvolvimento da Educação ­ PDE, da SEED/PR, 

no qual a Unioeste participa com a orientação científica aos professores estaduais. 

O   Curso   destinou­se   a   professores   da   rede   estadual   de   ensino   buscando 

contextualizar   a   discussão   a   partir   das   concepções   e   formas   de   tratamento 

historicamente   postas   às   pessoas   com   deficiência,   os   processos   de   ensino­

aprendizagem,   a   fundamentação   teórica   da   Psicologia   Histórico­Cultural,   a 

legislação e documentos normativos da educação inclusiva e propostas de práticas 

pedagógicas   inclusivas,   articuladas   com  rede  de  apoio   intersetorial.  Escolhemos 

falar de inclusão, pois as pessoas com necessidades especiais vivenciaram a sua 

negação em toda a história e somente no final do século XX conseguiram que as 

nações pensassem nelas num contexto de direito. O direito, e não a obrigatoriedade, 

à   educação   dos   educandos   com   necessidades   especiais   está   garantido   em 

inúmeros documentos, dentre eles: Constituição Federal de 1988, em seu artigo 208; 

­   Lei   nº   9394/96   –   Lei   de   Diretrizes   e   Bases   da   Educação   Nacional   –   LDBN; 

Diretrizes   Curriculares   da   Educação   Especial   para   a   Construção   de   Currículos 

Inclusivos da Secretaria de Estado da Educação do Paraná (2006); Lei nº 8069/90 ­ 

Estatuto da Criança e do Adolescente; Declaração de Salamanca (1994) e inúmeros 

outros. O Ministério da Educação, por intermédio da então Secretaria de Educação 

Especial,   considerando  documentos  que  estabelecem o  direito  a  uma  educação 

inclusiva  baseada em direitos humanos,   lançou a Política Nacional  de Educação 

Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (BRASIL, 2008a). Após o Decreto nº 

6.571,   de  18  de  setembro  de  20083,   o  Conselho  Nacional   de  Educação   ­  CNE 

3 O Decreto nº 6.571/2008 foi revogado pelo Decreto nº 7.611, de 17 de novembro de 2011, o qual mantém a  dupla  matrícula,   assim  como,   amplia  as   normativas  para  o  Atendimento  Educacional 

instituiu   as   Diretrizes   Operacionais   da   Educação   Especial   para   o   Atendimento 

Educacional   Especializado   –   AEE   na   educação   básica   (BRASIL,   2009), 

regulamentando­o. A legislação é explícita quanto à obrigatoriedade em acolher e 

matricular todos os alunos, independente de suas necessidades ou diferenças. Por 

outro  lado, é   importante ressaltar que não é  suficiente apenas esse acolhimento, 

mas que o aluno com necessidades educacionais especiais tenha condições efetivas 

de   aprendizagem   e   desenvolvimento   de   suas   potencialidades.   Desta   forma,   é 

necessário e urgente, que os sistemas de ensino se organizem para que além de 

assegurar essas matrículas, assegurem também a permanência de todos os alunos, 

sem   perder   de   vista   a   intencionalidade   pedagógica   e   a   qualidade   do   ensino. 

Considerando  que  os   fundamentos   teórico­metodológicos  da  Educação   Inclusiva 

baseiam­se numa concepção de educação de qualidade para todos e no respeito à 

diversidade,   é   imprescindível   uma  participação  mais   qualificada  dos  educadores 

para o atendimento das necessidades educativas de todos os alunos, com ou sem 

deficiências. Infelizmente, o despreparo dos professores figura entre os obstáculos 

mais citados para a educação inclusiva. É nos termos apresentados que o presente 

trabalho busca, através de fundamentação teórica e metodológica, compreender a 

educação inclusiva, possibilitando a reflexão da escola quanto à prática pedagógica 

no processo ensino aprendizagem na seguinte sequência: 1)Levantamento junto 

aos professores, quanto às dificuldades do processo inclusivo. 2) Fundamentação

teórica dos temas abordados nos encontros; 3)  Análise   e   resultados   da 

realização do curso.

1 ­ LEVANTAMENTO JUNTO AOS PROFESSORES QUANTO ÀS DIFICULDADES 

DO PROCESSO INCLUSIVO:

Ao propor que a implementação pedagógica para a escola seria em forma de 

curso   com o   tema  “Inclusão  escolar  de  alunos  com necessidades  especiais",   a 

direção da escola foi muito receptiva em relação à temática escolhida e a proposta 

Especializado.

de trabalho. E por isso possibilitou que o primeiro encontro fosse num momento de 

espaço de formação previsto no calendário escolar com a presença de todos os 

professores,  entendendo ser  um assunto de muita   relevância.  E, como ponto de 

partida do trabalho, os professores responderam a um questionário que pedia para 

apontar   em sua  prática  pedagógica   suas  dificuldades  em   relação  à   inclusão,  a 

metodologia que já usam a importância da interação com os responsáveis pelo aluno 

e o que conhecem sobre as redes de apoio. A mesma dinâmica foi  proposta ao 

Grupo de  Trabalho  em Rede   ­  GTR,  e  as   respostas   foram semelhantes,  o   item 

dificuldades  foi  manifestado com muita  ênfase e angústia,  e  as   respostas  foram 

semelhantes   e   ressaltaram:   não   estarem   preparados   para   atender   alunos   com 

necessidades especiais; falta de capacitação; superlotação das salas; insegurança; 

falta   de   material   adequado   e   tempo   para   preparar   materiais   específicos; 

preocupação com o rendimento escolar dos demais alunos; falta de conhecimento; 

interpretar  qual  é  a  dificuldade  individual;   falta  de  orientação;  conseguir  ensinar; 

mostrar os conteúdos respeitando as diferenças de cada grupo. Mas ao apontarem 

as   metodologias   já   usadas   quando   tem   alunos   inclusos,   as   respostas   foram 

surpreendentes e a maioria já utilizam de algumas metodologias diferenciadas que 

propiciam   uma   condição   de   interação   aos   alunos   inclusos   como   mostram   as 

respostas: atividades lúdicas; diálogo; socialização; incentivo; recursos audiovisuais; 

materiais  concretos;   linguagem simples;  socializar  conhecimento  tendo os alunos 

como   monitores;   atividades   diferenciadas;   fazer   atendimentos   individualizados; 

trabalhos   em   grupos;   despertar   a   curiosidade   e   o   interesse   com   exposição   do 

conteúdo   de   forma   mais   dinâmica;   posicioná­los   na   sala   de   acordo   com   suas 

necessidades;   tempo maior  para   realização  das  atividades  propostas;  atividades 

diferenciadas e integradoras; regras adaptadas; dinâmicas de aceitação. Também 

compreendem a   interação   com os   responsáveis   pelos  alunos  como  de  extrema 

importância e apontam que devemos pedir à família auxílio no sentido de apoiar e 

incentivar seu filho quanto à persistência nos estudos; responsabilidade; afetividade; 

participação na escola; procurar atendimentos especializados. Em relação ao papel 

das redes de apoio os professores manifestaram como sendo muito importante, pois 

a grande maioria não sabe como lidar com os alunos e muitas vezes não aceitam a 

deficiência o que dificulta os encaminhamentos e assistência no que for necessário; 

os encaminhamentos são feitos pela escola, porém os atendimentos particulares são 

caros e  os públicos são muito  demorados.   Isto  mostra  que compreendem como 

importante, porém, fica claro que o grupo ainda não tem conhecimento da área de 

abrangência da mesma e o suporte que pode dar ao aluno, a família, ao professor e 

a escola. A partir desta discussão, buscamos nos referenciais teóricos suporte para 

compreendermos   porque   a   inclusão   escolar   está   acontecendo   e   como   está 

acontecendo.

2 - FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA DOS TEMAS ABORDADOS NOS

ENCONTROS:

Ao   longo   da   história,   as   pessoas   com   deficiência,  como   também   outros 

grupos desviantes do padrão aceito pela sociedade, passaram por vários estágios 

de tratamento, decorrentes das concepções possíveis e existentes em cada época, e 

Carvalho   (2009)   situa:  extermínio   /   abandono   (nas   sociedades   primitivas   e 

escravistas); institucionalização (em asilos, manicômios e institutos há mais de 500 

anos, com o desenvolvimento da sociedade capitalista); integração (segunda metade 

do   século   XX,   em   escolas   especiais   entidades   assistenciais   e   centros   de 

reabilitação) e  inclusão (final do século vinte, onde a pessoa com deficiência tem 

direito à convivência não segregada).

Da análise histórica, observamos que as pessoas com deficiência e com 

necessidades   educacionais   especiais   passaram   da   condição   de   excluídos   e 

segregados para o direito de inclusão e participação em seu meio social.

No texto “Terminologia sobre deficiência na era da inclusão”, Sassaki (2003, 

s/p), faz um resgate histórico que podemos assim esquematizar:

ÉPOCA TERMINOLOGIANo começo da história, durante séculos. Os inválidosSéculo XX até +ou – 1960 Os incapacitados (excepcionais)De +­ 1960 até +­1980. “Os defeituosos”De 1981 até +­ 1987. “Pessoas deficientes”De +­ 1988 até +­1993. Pessoas portadoras de deficiência.

De +­ 1990 até hoje. Pessoas com necessidades especiais. 

Pessoas especiaisEm maio de 2002. Portadores de direitos especiaisDe +­ 1990 até hoje e além. “Pessoas com deficiência”

Segundo o autor, os tratamentos e terminologias referentes às pessoas com 

deficiência  fazem parte  da maneira  como a sociedade as vê  em cada momento 

histórico   e   justifica   que   jamais   houve   ou   haverá   um   único   termo   correto   para 

denominar os deficientes.  O tema inclusão compreende a ideia de uma população 

excluída, exclusão esta construída em favor dos interesses da sociedade capitalista. 

Em  cada   momento   histórico  este  discurso  é   divulgado  pela   mídia   reforçando  o 

interesse  da  classe  dominante,  que  detém o  poder  em  todas  as   instâncias.  No 

momento   atual,   as   escolas   vivem   a   inclusão   dos   alunos   com   necessidades 

educacionais   especiais   na   rede   regular   de   ensino.   Respaldando   este   momento 

trazemos observações de alguns pesquisadores sobre o assunto.

A educação especial,  no discurso e nas ações dos educadores e pesquisadores, tem enfrentado uma luta grande e corajosa... diante de   ações   ainda   limitadas   do   poder   público...   há   uma   enorme probabilidade de  inversões enquanto a  lógica  capitalista neoliberal permanecer sem ser  tocada,  sem ser alterada (PADILHA, 2007, p. 138 e 139).

Uma  das   coisas   que   mais   me  intriga   no  Brasil   de  hoje  é   o   uso epidêmico   da   palavra   “inclusão”.   Ela   está   na   mídia,   no   discurso político,  em documento de Ministérios,  de Secretarias  estaduais  e municipais   e   de   organizações   não   governamentais:   ela   está   na produção  acadêmica  e  no  senso  comum.   E   intriga  porque  o  uso acontece num momento cruel da história do capitalismo...  (PATTO, 2008, p. 25 – grifo no original).

A  luta  em  favor  da  inclusão é  necessária  e   justa,  porém não esconde a 

ideologia   capitalista   que   perpassa   estes   discursos.   O   discurso   inclusivo   e   as 

medidas   tomadas   para   sua   implantação   não   são   uma   iniciativa   nacional,   mas 

integram um movimento de mobilizações internacionais ocorrido nas décadas finais 

do século XX, mas que tem suas raízes na sociedade pós­guerra. Essa mobilização 

provocou   a   realização   de   várias   conferências   mundiais,   das   quais   decorreram 

documentos   internacionais   norteadores   da   política   de   inclusão   social   para   os 

governos nacionais. Apresentamos a seguir algumas das principais declarações:

­ Declaração Universal dos Direitos Humanos – publicada pela ONU em 

1948. Assegura a todas as pessoas, independente da raça, cor, sexo, religião, sem 

distinção nenhuma, os mesmos direitos à liberdade, a uma vida digna, à educação 

fundamental,  ao desenvolvimento e social,  enfim à   livre participação na vida em 

comunidade;

­  Declaração Mundial  Sobre  Educação para  Todos  ­  em Jomtiem,  na 

Tailândia, em 1990, em que apresenta a luta pelo acesso aos meios de satisfação 

das  necessidades  básicas   de  aprendizagem  de   todos   os   cidadãos,   sejam  eles, 

crianças, jovens e adultos.

­  Declaração de Salamanca –  assinada em Salamanca, na Espanha, em 

1994, resultante da Conferência Mundial sobre Necessidades Educativas Especiais, 

promovida   pela   UNESCO,   assegurando   que   a   educação   de   pessoas   com 

deficiências   seja   parte   integrante   dos   sistemas   educacionais.   Reconhecendo   a 

necessidade e urgência de providenciar a educação das pessoas com necessidades 

especiais dentro do sistema regular de ensino;

­ Convenção de Guatemala – Convenção Interamericana para a Eliminação 

de Todas as Formas de Discriminação contra Pessoa Portadora de Deficiência – na 

Guatemala,   em   1999,   condena   qualquer   forma   de   discriminação,   exclusão   ou 

restrição por causa da deficiência que impeça o exercício dos direitos das pessoas 

com deficiência, inclusive à educação;

­  Convenção   da   ONU,   lançada   em   2006   e   promulgada   no   Brasil   pelo 

Decreto   Legislativo   nº   138   ­   O   propósito   da   presente   Convenção   é   promover, 

proteger e assegurar o exercício pleno e eqüitativo de todos os direitos humanos e 

liberdades fundamentais por todas as pessoas com deficiência e promover o respeito 

pela   sua   dignidade   inerente.   Pessoas   com   deficiência   são   aquelas   que   têm 

impedimentos de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, os 

quais, em interação com diversas barreiras, podem obstruir sua participação plena e 

efetiva na sociedade em igualdades de condições com as demais pessoas.

Como  país   signatário   desses  documentos,   o  Brasil   vem  incluindo  esses 

princípios na legislação. Assim, a partir da Constituição de 1988, que em seu artigo 

208   preconiza   a   freqüência   do   ensino   regular   aos   alunos   com   deficiência,   a 

legislação  infraconstitucional  vem sendo  reformulada dentro  desses princípios de 

direitos humanos, apesar de sua concretização não ocorrer na mesma proporção.

A regulamentação dos direitos constitucionais para pessoas com deficiência 

é  o conteúdo da  lei  nº  7.853/89,  que além de defini­los de  forma mais explícita, 

particularmente os direitos à educação, saúde, trabalho, criminaliza o preconceito e 

instrui a atuação do Ministério Público.

A lei nº 8069/90, que constitui o Estatuto da Criança e do Adolescente, faz 

valer o direito das crianças e adolescentes, no capítulo IV; no artigo 53, garantindo a 

igualdade  de  condições para  o  acesso e  permanência  na  escola  e  atendimento 

educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede 

regular de ensino.

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, lei nº 9394/96, dedicou o 

capítulo V à Educação Especial, garantindo aos alunos com necessidades especiais 

o direito de matrícula na rede regular de ensino, serviço de apoio especializado e 

currículos que atendam às suas necessidades.

Também a respeito da acessibilidade, duas leis estabelecem a amplitude da 

questão,   leis  nº  10.048/2000  e  nº  10.098/2000,   regulamentadas  pelo  Decreto  nº 

5.296/2004.

Neste contexto, a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da 

Educação Inclusiva (BRASIL, 2008a) vem definir a implantação, em todo território 

nacional,   dessa  educação,   indicando  os   procedimentos  a   serem   tomados  pelos 

Estados e Municípios em suas redes escolares. Duas providências capitais foram 

tomadas:  uma  inicialmente,  com o Decreto nº 6.571/2008,  que  foi   revogado pelo 

Decreto   nº   7.611,   de   17   de   novembro   de   2011,   o   qual   mantém   e   amplia   as 

disposições a respeito do AEE,  institui a dupla matrícula – na classe comum e no 

AEE, e a outra diz respeito à regulamentação exarada pelo Conselho Nacional de 

Educação, com o Parecer nº 13 e a Resolução nº 04/2009, e pela própria Secretaria 

de Educação Especial do MEC, na Nota Técnica nº 9/2010.

Anteriormente, no Estado do Paraná,  a Secretaria Estadual  de Educação 

publicou as “Diretrizes Curriculares da Educação Especial  para a Construção de 

Currículos Inclusivos” (PARANÁ, 2006), que preconiza:

O   desafio   da   participação   e   aprendizagem,   com   qualidade,   dos alunos  com necessidades educacionais especiais,  seja em escolas regulares, seja em escolas especiais, exige da escola a prática da flexibilização curricular que se concretiza na análise da adequação de objetivos   propostos,   na   adoção   de   metodologias   alternativas   de ensino,   no   uso   de   recursos   humanos,   técnicos   e   materiais específicos, no redimensionamento do tempo e espaço escolar, entre outros   aspectos,   para   que   esses   alunos   exerçam   o   direito   de aprender em igualdade de oportunidades e condições (p. 9).

As escolas,  de  modo  geral,   têm conhecimento  a   respeito  das  leis  sobre 

inclusão   quanto   à   obrigatoriedade   da   garantia   da   vaga;   no   entanto,   encontram 

dificuldades para a sua implementação, como limite da própria formação profissional, 

do número elevado de alunos por turmas, da rede física inadequada, do despreparo 

para   ensinar   os   alunos   que   fogem   do   padrão   “normal”.   Na   realidade,   estas 

mudanças  são  profundas  e  gradativas,  e  necessitam principalmente  de  políticas 

públicas  coerentes  e  não   somente  garantia  da   vaga,   conforme  assinala  Silveira 

Bueno (1993):

É necessário, para que a educação especial se insira efetivamente na democratização do ensino, que ela se incorpore não só na luta pela melhoria da escola pública, como também nos movimentos que buscam a extensão dos direitos de cidadania à população em geral (p. 140).

Nessa   perspectiva,   entendemos   que   há   necessidade   e   urgência   em   se 

buscar o entendimento e formas de viabilização para a inclusão escolar dos alunos 

com necessidades educacionais especiais, que vão para além da questão legal. Há 

que se buscar mudanças e a escola tem um papel relevante nesse processo de 

inclusão,   pois   é   de   sua   responsabilidade   específica   o   processo   ensino­

aprendizagem.  Para   subsidiar   estas   mudanças   estudamos   as   contribuições   da 

pedagogia histórico­crítica e da psicologia histórico­cultural  para a construção do 

conhecimento.  Segundo  Saviani   (2000,   p.31),   “o  papel  de  uma   teoria   crítica  da 

educação é dar substância concreta a essa bandeira de luta de modo a evitar que 

ela seja apropriada e articulada com os interesses dominantes” e (LEONTIEV, 2004), 

resgata de forma crítica como as diferenças se constituem no processo histórico, 

situando a exclusão social como alienante e com muitos entraves.

A unidade da espécie humana parece ser praticamente inexistente não em virtude das diferenças de cor da pele, forma dos olhos ou de quaisquer outros traços exteriores, mas sim, das enormes diferenças e condições do modo de vida,  da riqueza da atividade material  e mental,   do   nível   de   desenvolvimento   das   formas   de   aptidões intelectuais (p. 277).

Paulo Ross (2003),   também tratando das diferenças,  dá  um enfoque aos 

alunos com necessidades educacionais especiais:

Todos   os   alunos   tem   direito   de   que   lhes   sejam   oferecidos   as oportunidades   educacionais   que   favoreçam   interações   com   os colegas   da   mesma   faixa   etária   e   que   lhes   permitam,   no   futuro participar  na sociedade.  Esse  é  o  processo de   inclusão,  benéfico tanto aos alunos com necessidades educacionais, quanto aos outros alunos, que dispõe de mais recursos e adquirem atitudes de respeito e solidariedade em relação aos seus colegas (p. 77).

Toda essa heterogeneidade grita na escola, sendo necessárias mudanças 

para atender aos aspectos cognitivos e sociais. Dominar os conteúdos da disciplina 

específica   não   significa   dar   conta   do   processo   ensino/aprendizagem,   os 

fundamentos   teóricos   metodológicos   são   necessários   em   nosso   trabalho.   Nesta 

perspectiva  procuramos   fazer  a   relação  entre  a  Pedagogia  Histórico  Crítica  e  a 

Psicologia Histórico Cultural.

Na pedagogia histórico­critica, o método parte de uma relação direta da experiência do aluno confrontada com o saber sistematizado e na relação professor/aluno: fica o papel do aluno como participado e o professor é o mediador entre o saber e o aluno. Neste processo a aprendizagem   acontece   baseada   nas   estruturas   cognitivas   já estruturadas nos aluno (http://pedagogia.tripod.com/ 2011).

Se pensarmos na aprendizagem do aluno com necessidades educacionais 

especiais   incluso na sala comum em nada muda,  pois  a mediação do professor 

acontecerá   nas   possibilidades   desse   aluno   e   não   na   sua   deficiência.   Nesta 

abordagem, não é só o aluno com deficiência que se beneficia, mas todos os alunos, 

uma vez que em grupo aprendem a trabalhar suas diferenças, conhecendo cada 

qual as suas limitações e potencialidades. 

Vigotski, interpretado por Rosseto (2010) traz na concepção histórico cultural 

um novo olhar para o aluno com deficiência, vê possibilidades de aprendizagem a 

partir da inclusão:

Preocupado   com   a   educação   das   pessoas   com   deficiência   e sustentado pelo princípio de que todo ser humano pode aprender, mesmo   apresentando   condições   físicas,   mentais,   sensoriais, neurológicas ou emocionais diferentes, Vigotski discute o processo de   desenvolvimento   humano   na   perspectiva   de   que   as   leis   de desenvolvimento são as mesmas para todas as crianças.

Assim, para explicar o processo de desenvolvimento, Vigotski faz uso do   conceito   de   nível   de   desenvolvimento   atual   e   zona   de desenvolvimento próximo. Afirma que ao analisar o desenvolvimento de   uma   criança,   é   necessário   não   se   deter   naquilo   que   já amadureceu, mas no que está em processo de formação. Para tanto, trabalha   com   o   nível   de   desenvolvimento   atual   (em   algumas traduções   aparece   como   real   ou   efetivo)   e   com   a   zona   de desenvolvimento próximo (ou proximal). O primeiro diz respeito aos problemas que a criança resolve de forma independente, autônoma. O segundo se refere a problemas que a criança soluciona com ajuda, com a colaboração do adulto ou de uma criança mais experiente (p. 25).

Estar   na  escola  de  ensino   regular,   na   perspectiva   desta   teoria,   é  muito 

importante para o aluno com necessidades especiais, pois é através das interações 

sociais que o outro colabora com a aprendizagem. Sendo o professor um elemento 

que já incorporou os conhecimentos, no seu fazer pedagógico, dialogar e escutar é 

uma   ação   importantíssima   para   conhecer   as   dificuldades   dos   alunos,   procurar 

melhorar   as   formas   de   interação   e   comunicação,   propor   estratégias   de   ação 

capazes de amenizar os problemas e as necessidades e elaborar atividades que 

possam   verdadeiramente   ensinar   o   conteúdo   a   todos   os   alunos.   Também   na 

abordagem histórico­cultural, Góes (2008) aponta as possibilidades do educando e a 

responsabilidade do meio social:

Se o educador não atua de modo a trazer o educando para o campo da significação, não há como construir um funcionamento psíquico de   ordem   superior.   Esses   problemas   da   interação   com   alunos especiais tem efeitos muito prejudiciais, justamente por se tratar de sujeitos que precisam mais que os outros (ainda que todos precisem) da disposição do educador para se manterem imersos nos processos de   significação.   Fazendo   uma   inferência   das   proposições   de Vygotski, entendo que, se a esses sujeitos não se deve oferecer uma pedagogia menor, também não oferecer experiências de um diálogo menor (p. 42).

A aquisição dos significados está   relacionada com a  interação social.  Na 

escola, a utilização de instrumentos e signos usados através da fala do professor, de 

outros   de   recursos   didáticos   pedagógicos   específicos   de   acordo   com   as 

necessidades de cada individuo ou de um grupo, possibilitarão o desenvolvimento 

do pensamento, da linguagem, da atenção e da memória, condições necessárias 

para o nível de abstração de significados, ou seja, aprendizagem e a formação das 

próprias   funções psicológicas  superiores.  É  sobre  a  pessoa com deficiência  e  o 

processo   de   aprendizagem   na   abordagem   histórico­cultural   que   Anache   (2008) 

descreve:

Se considerarmos que a criança com deficiência mental grave está dominada pelos rudimentos do pensamento, da linguagem humana e das   formas   primitivas   de   trabalho,   ela   pode   e   deve   receber   da educação um tratamento qualitativamente distinto, para além de uma 

série de práticas automáticas. É necessário considerar que o curso de   desenvolvimento   desse   sujeito   passa   pela   colaboração,   pela ajuda  social   de   outra   pessoa,  que   inicialmente  é   sua   razão,   sua vontade, sua atividade. Essa tese coincide plenamente com o curso normal do desenvolvimento da criança (p. 52).

A importância do professor para o aluno, no processo da educação inclusiva 

é  muito grande, ele representa o elo entre o conhecimento e o aluno, seu papel 

colabora   na   construção   da   aprendizagem   e  na   formação   de   atitudes  e   valores 

fazendo as inferências necessárias levando em consideração as especificidades da 

turma.  Às  vezes,  basta uma atenção especial,  um momento compartilhado para 

compreender   determinado   aluno   e   possibilitar   a   ajuda   necessária   e   instigar   o 

próximo passo.

  E   para   especificar   quem   são   estes   alunos   que   pode   ser   considerado 

incluso, o documento da Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da 

Educação Inclusiva (BRASIL, 2008a)  define o público alvo da educação inclusiva: 

alunos com deficiência, com transtornos globais do desenvolvimento e com altas 

habilidades/superdotação. Especifica, ainda, as características de cada grupo:

Consideram­se   alunos   com   deficiência   àqueles   que   têm impedimentos de longo prazo, de natureza física, mental, intelectual ou  sensorial,  que em  interação  com diversas  barreiras  podem  ter restringida sua participação plena e efetiva na escola e na sociedade. Os alunos com transtornos globais do desenvolvimento são aqueles que   apresentam   alterações   qualitativas   das   interações   sociais recíprocas   e   na   comunicação,   um   repertório   de   interesses   e atividades restrito, estereotipado e repetitivo. Incluem­se nesse grupo alunos com autismo, síndromes do espectro do autismo e psicose infantil.   Alunos   com   altas   habilidades/superdotação   demonstram potencial elevado em qualquer uma das seguintes áreas, isoladas ou combinadas:   intelectual,   acadêmica,   liderança,   psicomotricidade   e artes.   Também   apresentam   elevada   criatividade,   grande envolvimento na aprendizagem e realização de tarefas em áreas de seu   interesse.  Dentre  os   transtornos   funcionais  específicos  estão: dislexia, disortografia, disgrafia, discalculia, transtorno de atenção e hiperatividade, entre outros (p.15).

Para garantir a estes alunos uma inclusão com qualidade entendendo que 

perpassa todos os níveis, etapas e modalidades, oportuniza a todos o Atendimento 

Educacional   Especializado   ­   AEE,   disponibilizando   os   recursos   e   serviços   e 

orientando  quanto  a   sua  utilização  no  processo  de  ensino  e  aprendizagem nas 

turmas comuns do ensino regular. O AEE vem contribuir com a educação inclusiva 

como um programa para complementar ou suplementar a ação pedagógica e a sua 

utilização   nas   turmas   comuns   do   ensino   regular,   identificando,   elaborando   e 

organizando recursos pedagógicos e de acessibilidade que eliminem as barreiras 

para a plena participação dos alunos, não sendo substitutivas à  escolarização. O 

atendimento educacional especializado disponibiliza programas de enriquecimento 

curricular,   o   ensino   de   linguagens   e   códigos   específicos   de   comunicação   e 

sinalização, ajudas técnicas e tecnologia assistiva, dentre outros. Constituindo oferta 

obrigatória dos sistemas de ensino, deve ser realizado no turno inverso ao da classe 

comum,   na   própria   escola   ou   centro   especializado   que   realize   esse   serviço 

educacional.   Também   a   educação   de   jovens   e   adultos,   educação   profissional, 

educação indígena, do campo e quilombola tem garantido que os recursos, serviços 

e   atendimento   educacional   especializado   estejam   presentes   nos   projetos 

pedagógicos construídos com base nas diferenças socioculturais desses grupos.

Batista e Mantoan (2007) falam que o AEE para as pessoas com deficiência 

mental deve privilegiar o desenvolvimento e a superação de seus limites como para 

as demais deficiências. O aluno deve sair de uma situação passiva para apropriação 

ativa do saber. O AEE não deve ser reforço escolar e deve acontecer de forma que 

contemple   a   interface   entre   o   ensino   comum   onde   os   professores   pensem   e 

planejem a melhor forma de beneficiar este aluno.

O   Atendimento   Educacional   Especializado   decorre   de   uma   nova concepção da Educação Especial, sustentada legalmente, e é uma das condições para o sucesso da inclusão escolar dos alunos com deficiência.   Esse   atendimento   existe   para   que   os   alunos   possam aprender   o   que  é   diferente   dos  conteúdos   curriculares  do   ensino comum e que é necessário para que possam ultrapassar as barreiras impostas pela deficiência (p. 22)

Na busca de uma escola inclusiva, o trabalho deve ser colaborativo entre os 

diversos segmentos da sociedade, entre eles, a rede de apoio. Nessa rede, situam­

se políticas públicas como a assistência social, de saúde, justiça, transporte, cultura, 

lazer,  como elementos que contribuem no desenvolvimento do aluno e apóiam a 

escola e a família.

3 ­ ANÁLISE E RESULTADOS DA REALIZAÇÃO DO CURSO DE FORMAÇÃO:

Ao estudarmos o  tema “Pessoa com deficiência na história,  concepções e 

tratamentos”,  a reação dos participantes nos debates era de indignação, pois não 

imaginavam como as pessoas com deficiência já sofreram diante das atrocidades 

cometidas contra eles em todos os momentos da história, tendo como síntese  que 

além   dos   tratamentos,   as   terminologias   referentes   às   pessoas   com   deficiência 

também   fazem   parte   da   maneira   como   a   sociedade   as   vê   em   cada   momento 

histórico e que jamais houve ou haverá um único termo correto para denominar os 

deficientes. Em sites oficiais pesquisamos sobre as legislações atuais a respeito da 

educação  inclusiva,  através de um roteiro  indicativo,  tendo como compreensão a 

importância   de   conhecer   as   legislações   como   garantia   de   direitos   e   também 

entender que as conquistas atuais em relação à inclusão são frutos de lutas sociais. 

Fundamentamos a aprendizagem com as teorias da pedagogia histórico­crítica e da 

psicologia histórico­cultural  como possibilidade de construção do conhecimento e 

através da teoria de Vigotski, concluímos que esta  parte do principio que o homem é 

um   ser   histórico­social   ou,   mais   abrangentemente,   um   ser   histórico­cultural,   a 

linguagem é o principal mediador na formação e no desenvolvimento das funções 

psicológicas superiores e compreende várias  formas de expressão:  oral,  gestual, 

escrita, artística, musical e matemática; a atividade mental é exclusivamente humana 

e é resultante da aprendizagem social, da interiorização da cultura e das relações 

sociais; o desenvolvimento é um longo processo marcado por saltos qualitativos que 

ocorrem em três momentos: da filogênese (origem da espécie) para a sociogênese 

(origem da sociedade); da sociogênese para a ontogênese (origem do homem) e da 

ontogênese   para   a   microgênese   (origem   do   indivíduo   único);   as   estruturas   de 

percepção,   a   atenção   voluntária,   a   memória,   as   emoções,   o   pensamento,   a 

linguagem,   a   resolução   de   problemas   e   o   comportamento   assumem   diferentes 

formas,   de   acordo   com   o   contexto   histórico   da   cultura   e   o   papel   do   outro   na 

construção  do   conhecimento.   Complementando  a   teoria,   assistimos   ao   filme   “O 

garoto selvagem” (L’ Enfant Sauvage), filme de François Truffaut, baseado em fatos 

reais ocorridos nos fins do século XVIII, que na interpretação o grupo destaca: a 

importância do social, que as funções elementares possibilitaram a sobrevivência, 

mas a sua reação se assemelha a de um animal, a afetividade da governanta no 

filme funcionava como ponto de equilíbrio chamando o médico para a razão quando 

exagerava nas intervenções, O menino a partir da convivência, mostra resultados de 

interação, ou seja, o desenvolvimento psicológico como um processo de adaptação 

da criança ao mundo dos signos e das pessoas. Por isso, a defesa de que todos os 

alunos têm direito de frequentar o ensino regular, a convivência com pares possibilita 

crescimento. Um outro elemento importantíssimo estudado foi o público ­ alvo da 

Educação   Inclusiva   definidos   pela   Política   Nacional   de   Educação   Especial   na 

Perspectiva  da  Educação  Inclusiva   (BRASIL,  2008a)  em alunos com deficiência, 

transtornos globais  de  desenvolvimento e  altas  habilidades/superdotação.  Nestes 

casos   e   outros,   que   implicam   em   transtornos   funcionais   específicos,   e   pela 

Deliberação   n.º   02/03   aprovada   em   02/06/03,   pela   comissão   temporária   de 

educação   especial   do   Conselho   Estadual   de   Educação   do   Paraná,   ofertando 

atendimento educacional especializado aos alunos com necessidades educacionais 

especiais decorrentes de: I ­ dificuldades acentuadas de aprendizagem ou limitações 

no processo de desenvolvimento que dificultem o acompanhamento das atividades 

curriculares,  não vinculadas a uma causa orgânica  específica  ou   relacionadas a 

distúrbios, limitações ou deficiências; II ­ dificuldades de comunicação e sinalização 

demandando a utilização de outras  línguas,  linguagens e códigos aplicáveis;   III   ­ 

condutas típicas de síndromes e quadros psicológicos neurológicos ou psiquiátricos; 

IV   ­   superdotação/altas   habilidades   que,   devido   às   necessidades   e   motivações 

específicas, requeiram enriquecimento e/ou aprofundamento curricular, assim como 

aceleração  para  concluir,   em menor   tempo,  a  escolaridade,   conforme normas  a 

serem  definidas  por   resolução  da   Secretaria   de   Estado   da  Educação.  Além  de 

estudarmos   sobre   cada   especificidade,   tivemos   a   presença   de   uma   psicóloga 

falando dos Transtornos Globais  do  Desenvolvimento e,  ao saberem sobre  cada 

caracterização,   possibilitou   identificarem   no   contexto   escolar   as   dificuldades   e 

também   as   potencialidades   de   cada   aluno   incluso,   pois   esta   era   uma   das 

dificuldades  encontradas.  Na  sequencia,  outro   tema estudado   foi   o  Atendimento 

Educacional  Especializado – AEE,  como programa de apoio complementar  e  ou 

suplementar e a rede de apoio, fundamentados por documentos oficiais como: artigo 

208, da Constituição federal, Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva 

da Educação  Inclusiva (BRASIL, 2008a) e a presença de uma Assistente Social, 

falando o que é esta rede de apoio e como usufruir destes serviços: leis, espaço de 

atendimento, transporte gratuito, Benefício de Prestação Continuada ­ BPC, Centro 

de Referência da Asisitência Social ­ CRAS, Centro de Referência Especializado da 

Asisitência Social   ­  CREAS, Conselho Tutelar,  Promotoria  Pública,  Saúde Mental 

(Centro de Atendimento Psico Social ­ CAPSI e Centro de Atendimento Psico Social / 

Álcool   e   Drogas   ­   CAPSAD),   Fonoaudiologia,   Atendimento   com   psicologia, 

Psicopedagogia, Neuropediatra e Tratamento psiquiátrico (adolescentes e adultos). 

Como leis citou: Lei nº 8.9821/97, que obriga todos os estabelecimentos comerciais 

(bares, lancherias, restaurantes e congêneres) com área igual ou superior a 100m2 a 

adaptar ou construir no mínimo um banheiro masculino e um banheiro feminino para 

uso de pessoas com deficiência; Lei nº 7.8471/96, que adapta os banheiros públicos 

para   o   uso   das   pessoas   com   deficiência;   Lei   nº   7.5911/95,   que   obriga 

estabelecimentos comerciais com mais de 1000 metros quadrados a colocação de 

cadeira de rodas e assemelhados para uso dos interessados; Lei nº 7.076/92, que 

estabelece prioridade de atendimento, em todas as repartições publicas municipais, 

estaduais e federais, estabelecimentos bancários e comerciais, as pessoas idosas, 

portadoras de deficiência física e gestantes. Os espaços de atendimento na cidade 

de   Toledo:   Apada   (surdez),   Apae   (deficiência   mental),   Salas   de   recursos 

multifuncionais (escolas) e NEPE na Secretaria Municipal de Educação. Transporte 

gratuito:   precisa   ter   laudo   médico   (psiquiatra   ou   neurologista)   que   confirma   a 

deficiência física ou mental permanente e Parecer Social de um assistente social, 

tanto  para  a  concessão  local  como  interestadual  ou  municipal.  Sobre  BPC para 

pessoa   com  deficiência  e   idoso;   cuja   socilitação  pode   ser   feita   no  CRAS   mais 

próximo da  residência.  O CRAS e  o  CREAS prestam atendimento  pelo  SUAS  ­ 

Sistema  Único  de  Assistência  Social.  O  CRAS basicamente   constitui   atenção  à 

família e suas questões sociais e o CREAS a toda e qualquer situação de agressão 

ou violência independente de ter ou não deficiência, ou idade. O Conselho Tutelar 

atua basicamente para garantir direitos violados e proteção à criança e adolescente 

em situação  de   risco  social/familiar   ou  pessoal,   questão  de  abuso,   atendimento 

psicológico, sendo emergencial neste caso. A Promotoria Pública atua na garantia 

de direitos, busca­se para exames solicitados, que não são liberados pelo SUS ou 

que demoram muito e há risco para a criança ou adolescente ou que interferem na 

aprendizagem (medicamentos especiais ou caros que o SUS ou farmácia básica não 

fornece), além da garantia de permanecer ou ter acesso a escola. A Saúde Mental 

do   SUS   encontra­se   no   serviço   público   de   saúde   do   município,   conta   com   a 

estrutura de um Departamento de Saúde Mental, um CAPSI e um CAPS AD – Álcool 

e   Drogas,   visa   atender   os   encaminhamentos   não   atendidos   pelos   Caps   acima 

relatados, e os procedimentos realizados com crianças e adolescentes. Além de ser 

responsável pelo fluxo de internamentos psiquiátricos e outros trabalhos de grupo e 

ambulatorial, além de Fonoaudiologia, Atendimento com psicologia, Psicopedagogia, 

Neuropediatra e Tratamento psiquiátrico (adolescentes e adultos). Para o grupo foi 

muito produtivo, pois sentiram que existem outros espaços além da sala de aula 

dando   apoio   a   este   aluno   e   também   subsidiou   a   escola   na   busca   de 

encaminhamentos possíveis. 

Finalizamos o trabalho, sendo apontados pelo grupo como imprescindíveis 

para  a  dinâmica escolar  na  perspectiva  de  educação  inclusiva:  Que o  professor 

regente   tenha   formação   continuada   com   cursos   de   qualidade   para   que   saiba 

distinguir   as   diferentes   dificuldades   ou   deficiências   e   possa   trabalhar   de   forma 

realmente inclusiva, faça planos de aulas visando aulas de qualidade para todos, 

mude a postura de trabalho, apresente encaminhamento e propostas que possibilite 

ver   como  o  aluno  enfrenta  determinadas   situações  de  aprendizagens,   utilize  de 

recursos que são úteis para desenvolver certas atividades, procure estratégias de 

ensino adequadas, não bastando somente saber qual é o nível de desenvolvimento 

atual do aluno, mas também avaliar a sua capacidade e o seu limite de fazer com a 

ajuda de outras pessoas ou recursos. A Escola precisa trabalhar em equipe, discutir, 

refletir sobre as dificuldades de aprendizagem e buscar meios para saná­las, saber 

encaminhar os alunos a entidades que venham suprir suas necessidades (CRAS, 

CREAS,  Conselho  Tutelar,   especialidades  médicas...),   estar   disposta  a   trabalhar 

essa forma de educação, assumir o compromisso e perceber a importância de se 

repensar   e   refletir   em   torno   de   um   plano   de   ação   em   conjunto   com   diretores, 

coordenadores   e   equipe   pedagógica,   responsáveis   pela   sala   de   apoio   e 

especialistas e dentro das novas tendências de políticas sociais promover integração 

e participação dando prioridade no que diz respeito à inclusão, adequar com infra­

estrutura de qualidade, nos diversos tipos de edificações e instalações, atendendo 

às   necessidades   educacionais   de   cada   aluno.   Estabelecer   com   o   AEE   uma 

comunicação   constante,   pois   é   o   profissional   do   Atendimento   Educacional 

Especializado   que   dará   suporte   ao   professor   regente   sinalizando   as   formas   de 

aprendizagem e os possíveis recursos didáticos necessários a cada aluno. Buscar 

junto à  Família  maior  participação na vida  escolar  dos   filhos,  consequentemente 

maior   vínculo   com   a   escola,   que   apoiem   os   profissionais   envolvidos   no 

desenvolvimento do aluno, participem de encontros individuais, reuniões para que 

acompanhem   os   avanços   dos   filhos   e   colaborem   com   o   desenvolvimento   de 

aprendizagem  dele   para  estabelecer   compromissos  e  acordos  que   levem  a   co­

responsabilidade   na   tarefa   educativa:   aluno/filho.   A   saúde   deve   estar   em 

consonância com a escola, apoiando os profissionais que atendem os alunos de 

inclusão,  quando necessitarem de algum exame,  ou  algo   relacionado a  área  da 

saúde.   O   atendimento   precoce   é   de   fundamental   importância   para   minimizar   a 

deficiência  e  para   favorecer   todo  o  desenvolvimento  da  criança.  Que  o  governo 

garante com verbas e atende com efetiva atenção às políticas públicas do Conselho 

Nacional de Saúde. A falta de atendimento de saúde e assistência ao aluno com 

necessidades educacionais especiais e a carência de articulação de uma rede de 

serviços devem ser superadas, pois são fundamentais para a inclusão educacional e 

para a qualidade de vida a todos os cidadãos. Dispor uma Assistência Social que 

propicie à  família do educando aquilo que não estiver ao alcance deles para que 

consigam fazer com que o aluno avance em sua aprendizagem e desenvolvimento e 

trabalhando em parceria com as escolas e famílias. Acompanhe e auxilie a família 

orientando com os trabalhos colaborativos entre os seus direitos e deveres entre os 

diversos segmentos da sociedade situando a assistência social, a política de saúde. 

Justiça,   transporte,   cultura   e   lazer,   como   elementos   que   contribuem   no 

desenvolvimento do aluno e apoio a escola. E finalmente fazer com que as Políticas 

Públicas cumpra a legislação vigente, pois estar só no papel não é suficiente para 

garantir a igualdade de direitos e oportunidade a todos. Investir na Educação (Ex: 

suprir as escolas com  softwares  educativos, dar condições de acesso a todos…), 

essa é  a área que mais deve avançar,  pois  é  através dela que  todas as outras 

avançam,  ou   seja,   se  não  houver  políticas  públicas  pensadas  para  a  educação 

inclusiva fica difícil qualquer avanço.

CONSIDERAÇÕES FINAIS:

Com   o   Programa   de   Desenvolvimento   da   Educação   –   PDE,   tivemos   a 

oportunidade de estudarmos e refletirmos a respeito de uma das necessidades da 

escola que é  a Inclusão. Respaldado pela Instituição de Ensino Superior com os 

cursos de  formação geral,  específico e  também com a contribuição do professor 

orientador nos apoiando através da pesquisa. Isto oportunizou fundamentarmos a 

situação   problema   em   referenciais   teóricos   da   educação   geral   e   da   educação 

especial e entendermos o porquê da luta em favor dos alunos com necessidades 

especiais   e   quais   as   possibilidades   de   desenvolvimento   na   aprendizagem.   Ao 

analisarmos as possibilidades de  implementação chegamos à  conclusão de que, 

com uma metodologia em forma de curso ou grupo de estudo, a abrangência dos 

resultados seria maior, pois cada profissional da educação, a partir dessa formação, 

poderá incorporar mudanças de atitudes que favorecerão todos os estudantes. Os 

conteúdos   abordados   foram   abrangentes   para   dar   ideia   de   todo   o   processo   e 

oportunizar aos participantes conhecimentos necessários para a relação da teoria 

com a  prática.  Esperamos  com  isto  que  os  conteúdos  estudados  estimularão  e 

despertarão   no   educador   o   desejo   de   construir   novos   conhecimentos   e 

procedimentos  pedagógicos  que   favoreçam o processo  de ensino­aprendizagem, 

bem como a possibilidade da escola vir a ser um espaço no qual, com suas práticas, 

comporte, escute e acolha os alunos com deficiência e que estes se sintam parte 

integrante desse processo. Temos consciência de que esta iniciativa não é suficiente 

para resolver o  desafio da escola no processo  inclusivo, é  apenas um ponto de 

partida,   cabendo   a   todos   os   envolvidos   no   processo   educativo   continuarem 

buscando conhecimento e alternativas de ação. Além das reflexões feitas sobre a 

realidade da escola in loco, conseguimos perceber através do Grupo de Trabalho em 

Rede – GTR, com professores de  inúmeras escolas e cidades diferentes,  que a 

realidade paranaense se assemelha, onde os alunos inclusos já estão na escola e a 

partir deste contexto, estão tendo que buscar conhecimento e apoios necessários. 

Percebemos que todos os profissionais da educação envolvidos neste momento de 

reflexão, estão buscando respostas para o enfrentamento deste processo inclusivo e 

que, apesar das dificuldades encontradas, há interesse em buscar alternativas.

A caminhada até aqui nos mostrou um caminho e indicou ainda muitos outros 

a percorrer, pois a produção do conhecimento e a realização humana são desafios 

que sempre se renovam, no sentido de que não há uma finalização, uma tarefa que 

se cumpre, mas um processo que demanda continuamente estudos e tomadas de 

decisões.

REFERÊNCIAS

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_______ Lei nº 7.853, de 24 de outubro de 1989. Estabelece os direitos das pessoas com deficiência, criminaliza o preconceito e dá outras providências.

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10.048, de 8 de novembro de 2000, que dá prioridade de atendimento às pessoas que especifica, e 10.098, de 19 de dezembro de 2000, que estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, e dá outras providências.

______  Lei nº 10.098, de 19 de dezembro de 2000.  Estabelece normas gerais e critérios  básicos  para  a  promoção da  acessibilidade  das  pessoas  portadoras  de deficiência ou com mobilidade reduzida, e dá outras providências.

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