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COLÉGIO ESTADUAL PROFESSORA SIRLEY JAGAS ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO PONTA GROSSA/PR 2010

ESCOLA ESTADUAL PROFª SIRLEY JAGAS · 1.APRESENTAÇÃO O Projeto Político-Pedagógico do Colégio Estadual Professora Sirley Jagas - Ensino Fundamental e Médio, foi construído

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COLÉGIO ESTADUAL PROFESSORA SIRLEY JAGAS

ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO

PONTA GROSSA/PR

2010

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COLÉGIO ESTADUAL PROFª SIRLEY JAGAS

ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO

Projeto elaborado com o coletivo da escola, conforme disposto no artigo 12, inciso I da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, com o objetivo de delimitar as ações e a identidade deste estabelecimento de ensino.

PONTA GROSSA/PR

2010

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SUMÁRIO

1.APRESENTAÇÃO

2.Introdução.

3.Identificação do Estabelecimento

Aspectos Históricos

Organização dos Espaços e Tempos Escolares

Oferta de Cursos e Modalidades

Recursos Físicos

Recursos Materiais

Recursos Humanos

Aspectos Socioeconômicos e Culturais da Comunidade Escolar

4.MARCO SITUACIONAL

5.MARCO CONCEITUAL

Filosofia da Escola

Concepção de Homem

Concepção de Mundo

Concepção de Socioedade

Concepção de Cidadania

Concepção de Educação/Escola

Concepão de Aprendizagem

Concepção Epistemológica

Concepção Pedagógica

Valores e Princípios norteadores

Concepção de Avaliação

Gestão Democrática

Órgãos Colegiados

6.MARCO OPERACIONAL

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1.APRESENTAÇÃO

O Projeto Político-Pedagógico do Colégio Estadual Professora Sirley Jagas -

Ensino Fundamental e Médio, foi construído coletivamente com a intenção proporcionar

aos profissionais, um rumo, uma identidade, com o objetivo de ser um pólo articulador

de intenções, de interações e de forças que caminham juntas para a concretização das

finalidades e objetivos educacionais estabelecidos democraticamente por toda a equipe

escolar.

Na sua construção coletiva participaram efetivamente a equipe diretiva, a equipe

pedagógica, o corpo docente, os funcionários, representantes do corpo discente,

representante dos pais de alunos e representantes da comunidade.

No decorrer dos últimos anos foram realizados estudos e discussões para

melhor fundamentar a elaboração do Projeto Político Pedagógico. Através das

capacitações e reuniões pedagógicas periódicas, a escola abriu-se ao diálogo e ao

debate, por meio da reflexão coletiva que proporcionou o planejamento e

replanejamento das ações para a construção do Projeto Político Pedagógico e sua

possível efetivação.

Entendemos que, quando garantimos o direito da comunidade escolar, de

participar dos encaminhamentos das decisões, esta compreenderá melhor o

funcionamento da escola e melhor se organizará para assegurar que os interesses da

maioria sejam atendidos. E para que isto se efetive se faz necessário a construção

democrática e coletiva deste PPP. Ao propor a efetiva participação no âmbito escolar e

educacional, este Projeto Político Pedagógico contribuiu decisivamente para a

redefinição das próprias políticas educacionais da escola e influenciou na definição das

finalidades educacionais, nos objetivos e no próprio papel da escola na sociedade

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atual, de acordo com as necessidades do mundo moderno e as exigências da

comunidade escolar local.

Assim garantimos através da construção participativa do Projeto Político

Pedagógico a organização de todo o trabalho escolar, buscando a melhoria da

qualidade de ensino e garantindo a instalação de uma gestão democrática

proporcionando uma gestão democrática.

2.INTRODUÇÃO

A educação está na pauta das discussões nas universidades, nas Secretarias de

Educação, nas escolas, nas instituições não-governamentais, nas associações, nos

sindicatos, na mídia. Educadores e profissionais de outras áreas debatem os

problemas educacionais e apontam novas perspectivas para a educação.

É preciso questionar a posição que está reservada aos jovens na escola, nos

grupos comunitários e na Nação. Diante dessa conjuntura, há uma expectativa na

sociedade para que a educação se posicione na linha de frente da luta contra as

exclusões, contribuindo para a promoção e integração de todos, voltando-se à

construção da cidadania, não como meta a ser atingida num futuro distante, mas como

prática efetiva.

A sociedade demanda uma educação de qualidade, que garanta as

aprendizagens essenciais para a formação de cidadãos autônomos, críticos e

participativos, capazes de atuar com competência, dignidade e responsabilidade na

sociedade em que vivem e na qual esperam ver atendidas suas necessidades

individuais, sociais, políticas e econômicas.

Isso significa novas demandas para a educação em que se destacam os

conteúdos que façam sentido para o momento de vida presente e que ao mesmo

tempo favoreçam o aprendizado, pois o processo de aprender é permanente. Para

tanto, é necessária a utilização de metodologias capazes de priorizar a construção de

estratégias de verificação e comprovação de hipóteses na construção do

conhecimento, a construção de argumentação capaz de controlar os resultados desse

processo, o desenvolvimento do espírito crítico capaz de favorecer a criatividade, a

compreensão dos limites e alcances lógicos das explicações propostas.

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Metodologias que favorecem essas capacidades favorecem também o

desenvolvimento da autonomia do sujeito, o sentimento de segurança em relação às

suas próprias capacidades, interagindo de modo orgânico e integrado num trabalho de

equipe e, portanto, sendo capaz de atuar em níveis de interlocução mais complexos e

diferenciados.

Buscamos um ensino de qualidade, capaz de formar cidadãos que interfiram

criticamente na realidade para transformá-la e não apenas para que se integrem ao

mercado de trabalho.

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9.394, promulgada em 20

de dezembro de 1996, prevê que os estabelecimentos de ensino, respeitadas as

normas comuns e as de seu sistema de ensino, terão a incumbência de elaborar e

executar sua proposta pedagógica (artigo 12). Nos artigos 13 e 14, a LDB diz que a

elaboração da proposta pedagógica contará com a participação dos profissionais da

Educação, que deverão ainda definir e cumprir plano de trabalho para concretizá-la.

Em resposta às determinações constitucionais e legais, às legítimas demandas

sociais do sistema educativo, ao compromisso da escola com a comunidade local, está

sendo construído a Projeto Político-Pedagógico do Colégio Estadual Profª. Sirley Jagas

de forma coletiva, como condição essencial para a democratização das relações de

poder no âmbito da escola.

Este documento, portanto, exige de nós educadores um enfrentamento crítico

face à possibilidade de construção do trabalho pedagógico escolar, centrada no

diálogo, enquanto instrumento de produção de um saber coletivo sobre as práticas

cotidianas da escola.

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3. IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO

Estabelecimento de Ensino: Colégio Estadual Profª Sirley Jagas – Ensino

Fundamental e Médio.

Código do Estabelecimento de Ensino: 02451

Município: Ponta Grossa

Código do Município: 2010

Núcleo Regional de Educação: Ponta Grossa

Código do NRE: 25

Dependência Administrativa: Estadual

Entidade Mantenedora: Governo do Estado do Paraná

Ato de autorização do Estabelecimento: Resolução nº 40097 de 28 de dezembro de

1988.

Ato de reconhecimento do Estabelecimento: Resolução nº 1035/92 de 08 de abril

de 1992.

Parecer do NRE de Aprovação do Regimento Escolar: Nº 158/2004 de 23/12/2004

Parecer do NRE de Aprovação do Regimento Escolar: nº 119/2009 de 06/08/2009

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Ato de renovação de reconhecimento do Curso: Resolução 668/2008 de 15 de abril

de 2008.

Porte: 3 (TRES)

Regime escolar: -Diurno- seriado anual

- Noturno – EJA

Distância do Estabelecimento ao NRE: aproximadamente 12 Km.

Endereço: Rua Santo Antonio, 600 - Núcleo Habitacional Santa Luzia – Bairro:

Chapada - CEP: 84063–310 - Município: Ponta Grossa

Fone/Fax: (42) 3228-9792

Aspectos Históricos

O Colégio Estadual Professora Sirley Jagas, localizado na rua Santo Antonio, 600,

no Núcleo Habitacional Santa Luzia no Município de Ponta Grossa, Estado do Paraná,

tem como mantenedora a Secretaria de Estado de Educação. A denominação “Sirley

Jagas” foi em homenagem à docente Sirley Jagas.

Sirley Jagas foi professora na Escola Municipal Maria Antônia de Andrade e teve

sua vida interrompida aos 28 anos em decorrência de um acidente fatal. Sirley Jagas

nasceu no dia 04 de dezembro de 1957 na cidade de Ponta Grossa.

Filha do casal Thadeu Jagas e Leocádia Belinoski Jagas, Sirley viveu grande parte

de sua vida no bairro São José juntamente com seus pais mais seis irmãos: Celso,

Dirce, Carlos, Luiz Fernando, Alceu e Alcione.

Embora tenha sido criada em uma família grande, foi a única dos irmãos que teve

por objetivo concluir o curso universitário. Segunda a sua irmã Dirce, desde pequena

seu sonho era ser professora.

Iniciou sua vida escolar na Escola Estadual Júlio Teodorico, estudando até a 3ª

série; estudou a 4ª série no Colégio São José e cursou da 5ª a 8ª série no Colégio

Marista PioXII.

Fez o Curso Normal, no Instituto de Educação Cézar Prieto Martinez.Cursou

Pedagogia na Universidade Estadual de Ponta Grossa, recebendo seu certificado de

conclusão de curso em 22 de dezembro de 1981.

Sirley Jagas tornou-se funcionária pública municipal no dia 5 de agosto de 1977,

exercendo o cargo de professora na Escola Municipal de Sete Saltos, em Itaiacoca,

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com turmas mutisseriadas. Lecionou nas escolas Trindade, em Uvaia, na Escola

Paroquial São José, Escola Estadual Profª Faris Michaele, Escola Municipal Prefeito

Dr. Elizeu Campos Mello. Lecionou também no município de Irati e Guarapuava. Sua

última lotação foi na Escola Maria Antonia de Andrade, situada no Núcleo habitacional

Santa Luzia em Ponta Grossa.

Sirley foi casada com Valter Cordeiro Pinto e teve dois filhos: Adriana Salete

Matos Meira e Leandro Matos Meira.

Segundo familiares, sua relação com a família era ótima, era uma pessoa

extrovertida e dinâmica, conquistando facilmente a amizade das pessoas.

O sonho de Sirley Jagas era ser um dia diretora de escola, pois tinha muita

ligação com alunos e gostava muito do que fazia.

Foram esses os motivos que fizeram com que a comunidade do bairro Santa

Luzia desejassem fazer uma homenagem a essa extraordinária professora.

Homenagem que resultou na escolha do nome da escola: Escola Estadual Professora

Sirley Jagas.

A escola Sirley Jagas iniciou suas atividades no ano de 1.989, criada através da

resolução nº 4.097 de 28 de dezembro de 1988. Essa resolução criou e autorizou a

funcionamento da Escola Estadual Profª Sirley Jagas – Ensino de 1º grau, no prédio da

Escola Municipal Maria Antônia de Andrade, com sede à rua Santo Mauro, nº 342,

Núcleo Habitacional Santa Luzia, no município de Ponta Grossa, mantida pelo Governo

do Estado do Paraná.

A autorização de funcionamento foi concedida pelo prazo de dois anos a partir do

início do ano letivo de 1989, para ministrar de forma gradativa, o ensino das quatro

últimas séries do ensino fundamental, no período noturno. Pela deliberação 510/91 a

autorização foi prorrogada. No ano de 1989, funcionava apenas com uma turma de 5ª

série; em 1990, com duas turmas ,sendo uma turma de 5ª e outra turma de 6ª

série(ensino fundamental).

Em 1991, a escola mudou-se para o novo prédio, sito à rua Santo Antônio, nº

600, funcionando com as quatro últimas séries do ensino fundamental.

Em 31 de maio de 1991, foi aprovado o plano curricular da escola através da

resolução nº 1877/91, publicado em Diário Oficial de nº 3532 de 13 de junho de 1991.

No dia 06 de setembro de 1991, foi inaugurada oficialmente, e em 3 de abril de

1992, através da resolução nº 1.035/92 foi reconhecida com o Curso de 1º Grau

Regular.

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A primeira diretora desta Unidade Escolar foi a Professora Rosangela Grigol. De

1993 a 1995, a Professora Elizabete de Fátima Koloski; de 1995 a 1997: Inês Elizabeth

Kubiak, de 1998 a 2004: Rosana Aparecida Skudlarek, e de 2004 a 2008, a Professora

Elisabete Dal Col Nascimento. No ano de 2008 foi eleita como diretora a professora

Sandra Mara de Souza com o mandato vigente até o ano de 2011. Em 2010 foi

realizado o processo de escolha para direção-auxiliar devido a abertura da Educação

de Jovens e Adultos no período noturno, sendo eleita através do Conselho Escolar e

APMF, a Pedagoga Andrea Ribeiro que passou a ocupar esse cargo.

Atualmente esta Unidade Escolar oferece as seguintes etapas de ensino:

Ensino Fundamental, esta modalidade funciona no regime seriado/anual no período

matutino e vespertino e Ensino Fundamental e Médio na modalidade EJA (ensino de

Jovens e Adultos) no período noturno. A modalidade EJA foi implantada a partir de

23/04/2010, através da Resolução nº 1585/2010 a escola passou a denominar-se

Colégio Estadual Professora Sirley Jagas.

ORGANIZAÇÃO DOS ESPAÇOS E TEMPOS ESCOLARES.

Horários:

Manhã:

Entrada: 7:30 hs

Recreio: 10:00hs às 10:15hs

Saída: 11:55hs

Tarde:

Entrada: 12:55 hs

Recreio: 15:25 hs às 15:40 hs

Saída: 17:20 hs

Noite:

Entrada: 18:30 hs

Recreio: 20:05 hs às 20:15 hs

Saída: 22:05 hs

OFERTA DE CURSOS E MODALIDADES

Ensino Fundamental – Período Matutino

03 turmas de 8ª série

03 turmas de 7a série

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01 turma de 6a. Série

Ensino Fundamental – Período Vespertino

04 turmas de 5ª série

03 turmas de 6ª série

EJA – Educação de Jovens e Adultos - Ensino Fundamental Fase II e Ensino

Médio – Período Noturno

Nesta modalidade de ensino os alunos são matriculados por disciplinas, cada

disciplina tem oferta para organização individual e coletiva, de acordo com as

necessidades dos alunos, tanto no Ensino Fundamental – Fase II quanto no Ensino

Médio, podendo o aluno estar matriculado em até 4 (quatro) disciplinas. Cada disciplina

possui uma carga horária específica a ser cumprida conforme Matriz Curricular.

Recursos Físicos

6 salas de aula medindo 49,50 m² cada uma

1 sala de aula medindo 32,76 m²

Laboratório de informática 49,77 m²

Biblioteca medindo 24,29m²

Direção e Equipe Pedagógica: 24,36m²

Banheiro professores: 4m²

Sala de Apoio a Aprendizagem e Viva Escola: 24,22m²

Saguão: 165,83m²

Cozinha: 24,32m²

Banheiros para alunos: masculino – 29,47m²

feminino – 29,54m²

RESTRUTURAÇÕES FEITAS NO AMBIENTE FÍSICO

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Este Estabelecimento de Ensino possui um espaço físico pequeno em relação à

demanda e ao número de turmas e alunos. O prédio escolar comporta no andar

superior 03 salas com capacidade para 35 alunos e uma sala improvisada na antiga

biblioteca para 24 alunos, 01 sala para direção e equipe pedagógica, 01 sala para a

secretaria, 01 sala para a biblioteca, a sala dos professores passou ser a sala de apoio,

01 sala para o laboratório de informática e de professores e mais 02 banheiros.

No térreo encontram-se 03 salas de aula, 01 cozinha, 01 despensa, 01 sala

onde se guarda material esportivo, 01 almoxarifado, e 02 banheiros para os discentes.

O saguão coberto onde é servida a merenda escolar e onde são realizadas as

atividades de educação física nos dias chuvosos, além de atividades fora da sala de

aula. Encontra-se no pátio externo 01 pequeno jardim e a residência do permissionário.

A biblioteca encontra-se em um espaço pequeno, as pesquisas são limitadas,

não conseguindo atender todos os alunos. Para incentivar a leitura, foram colocados

alguns livros didáticos no saguão para serem emprestados pela bibliotecária na hora do

recreio.

Recursos Materiais

No momento, temos em nosso acervo didático 8 (oito) TV's, sendo que 6 (seis)

são TV's Pendrive e estão em salas de aula; (3) três DVD; (4) quatro aparelhos de

Som Micro-sistem; (1) um retro-projetor; caixa e som e microfone para comunicação

externa.

Contamos também com um acervo bibliográfico em construção, pois a maioria

dos livros dispostos nas prateleiras, são livros didáticos de anos anteriores. Os títulos

científicos e literários são aqueles enviados pela SEED, ainda em um número muito

pequeno.

Na secretaria há 5 computadores, sendo 04 do Programa Paraná Digital; 02

impressoras do Paraná Digital, uma multifuncional e uma matricial, além dos bens e

equipamentos comuns ao uso dos estabelecimentos de ensino, que constam em

inventário próprio de bens e patrimônio.

No laboratório de informática são 20 computadores do Paraná Digital e uma

impressora.

Temos todos os equipamentos para o laboratório de ciências, mas não temos

espaço físico para o laboratório.

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Recursos Humanos

A quantidade de alunos matriculados e frequentando aproximadamente 450

(quatrocentos e cinquenta) alunos na faixa etária de dez a dezesseis anos de idade, no

diurno (dados de 2010).

No noturno estão matriculados aproximadamente 170 (cento e setenta) alunos

em diferentes disciplinas.

A seguir a relação de profissionais atuantes na escola.

1. Corpo docente: 31

2. Direção: 01

3. Direção Auxiliar: 01

4. Equipe Pedagógica: 03

5. Técnico–administrativo: 03

6. Bibliotecária: 01

7. Agente Educacional I: 10

h) Número de turmas: 14 (diurno)

Para conferir o quadro funcional deste estabelecimento acesse o link:

www4.pr.gov.br/escolas/dadosEscola.jsp

Aspectos sócio-econômicos e culturais da Comunidade Escolar

ESTÁ EM FASE DE EXTRATIFICAÇÃO DE DADOS

4.MARCO SITUACIONAL

(EM FASE DE CONSTRUÇÃO)

Critérios de Organização das Turmas

A escolha de turmas é realizada de acordo com a demanda de vagas existente,

atendendo aos alunos oriundos das escolas municipais vizinhas e a distribuição das

turmas se dá através dos critérios estabelecidos pelo regimento escolar.

- Acompanhamento e realização da hora atividade

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Trata-se de um espaço constante de trabalho coletivo na escola, que é

absolutamente fundamental para a mudança da instituição. Reunião Semanal é um

espaço de trabalho que congrega, ao menos, Professores de determinado segmento

da escola, Direção e Pedagogos. Cabe a esse grupo assumir a responsabilidade de

organização desses encontros. “As reuniões pedagógicas semanais são espaços

privilegiados para o Pedagogo poder acompanhar o trabalho dos docentes, observar

sua participação e ter elementos mais concretos para poder dialogar”.

(VASCONCELOS, 1991).

Sabemos, portanto, da dificuldade de se trabalhar dessa forma na escola, uma

vez que o tempo disponível é fragmentado e escasso. A hora-atividade é um momento

fundamental para a troca de experiências entre os profissionais, para melhor planejar

as aulas e projetos, realizar estudos, leituras e reflexões a fim, de melhorar a prática

pedagógica, portanto, em discussões realizadas a respeito, os professores sugerem o

aumento de número de horários integrados em contra-turno, com a devida

remuneração para trabalhos de reflexão, análise, e efetivação de projetos.

Entendemos que esse é um passo que não depende de nosso trabalho no

interior da escola, porém, serve como sugestão para a mudança e consequente

melhoria da qualidade de ensino, uma vez que se deseja o professor como intelectual

transformador1.

De acordo com a instrução nº02/2004 SUED a hora atividade deve ser

organizada de forma que as disciplinas afins sejam concentradas no mesmo dia,

durante a semana, porém existe ainda uma certa dificuldade no cumprimento desta

determinação devido ao numero significativo de professores que trabalham em outras

escolas que ocasiona a necessidade de efetuar adaptações do horário.

5.MARCO CONCEITUAL

Filosofia da Escola

De acordo com Grispun (p.83), a escola é uma organização complexa;

comporta vários serviços executados por diferentes profissionais, da mesma forma que

a escola assume seu PPP, ela pertence à uma instituição maior chamada educação,

que por sua vez pertence à sociedade.

1 De acordo com Giroux (1997), no livro: Professores como Intelectuais Transformadores.

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Sabemos que não existe uma forma isolada de construção de um sistema

educacional, da mesma forma no interior da escola, onde surgem os verdadeiros

conflitos sociológicos, filosóficos e políticos.

Há que se entender as relações como uma trama muito bem elaborada de

fios que nos conduzem diretamente ao “fazer acontecer” dentro da escola e mais

especificamente no interior da sala de aula.

Nosso papel enquanto escola é desconstruir e desmistificar a rígida estrutura

em que o aluno é o mero receptor dentro de um sistema educacional maior que

funciona de modo formal e pragmático de transmissão do patrimônio cultural da

humanidade.

Entendemos que a Escola Sirley Jagas está representando um espaço de

transformação dessas práticas, portanto, um importante aliado na desconstrução de

verdades absolutas que vem sendo disseminadas pelos séculos a fora.

Dentro da especificidade do ensino fundamental, a escola procura, através

de seus professores e demais funcionários da educação determinar as normas que

devem ser seguidas promoções de uma prática emancipadora que leva para a

construção de uma sociedade aberta (mais critica e participativa).

É necessário esclarecer que essas normas devem conter uma estrutura,

onde todos os envolvidos no processo tenham a oportunidade (vez e voz) de opinar e

interferir no processo, uma vez que as ações sejam analisadas, tenham

intencionalidade e estejam em concordância com os aspectos legais e com a

especificidade da comunidade local.

De acordo com Saviani na concepção dialética da filosofia da educação, a

análise da escola estaria relacionada ao contexto histórico onde ela está inserida(...).

Nesta concepção entende-se que a escola está a serviço das forças emergentes da

sociedade, abrindo espaços para expressão dos interesses populares, buscando a

transformação e uma nova ordem social (apud GRISPUM, 2002, p. 85).

A escola, portanto, é um lugar de confronto com o mundo social (idem, p.

85). Neste sentido, pretendemos como educadores conscientes proporcionar as nossos

alunos, oportunidades de transformação e entendimento de sua realidade social e

consequentemente de conduzir da melhor forma sua própria vida.

Concepção de homem

A educação é um processo inerente à sociedade humana. O

desenvolvimento da sociedade depende do processo da evolução da educação sendo

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que homem se consolidou como ser dominante e se sobressaiu as demais especies

devido a capacidade educacional do seu desenvolvimento.

A educação é uma exigência para o processo de trabalho, representando o

conhecimento de produção de ideias, conceitos, valores, símbolos, hábitos, atitude,

habilidade,ou seja, produção de saber.

Portanto tem por objetivo à identificação dos elementos culturais que

precisam ser assimilados pela espécie humana para que eles se tornem humanos pela

forma mais adequada para atingir seus objetivos, assim formando um homem critico,

indagador, e sempre em busca do conhecimento e tendo ciência que somente através

da educação poderemos transformar nossa sociedade e preparar cada vez mais a

espécie humana para a evolução.

Concepção de mundo:

Atualmente, vivenciamos grandes transformações econômicas, políticas,

sociais, educacionais, etc; mudanças estas, que nos levam a construir novos

conceitos, a ter outra visão de mundo.

Não podemos negar que a globalização tem muitos pontos positivos como a

aproximação de povos, troca de informações e conhecimentos, mas também vem

contribuindo consideravelmente para com as desigualdades entre as nações,

reacendendo conflitos étnicos, culturais e religiosos que promovem ao mesmo tempo,

inclusão para poucos e exclusão de muitos.

Diante de toda esta situação , a educação passa por mudanças constantes

precisa ser pensado e repensado, dinamizando seu processo como sendo um direito

de todos, indistintamente à informação, e ao conhecimento.

Esta época de mudanças , incertezas e novos rumos que afetam

frontalmente a educação fazendo necessário modificar a prática docente e as relações

que se dão no cotidiano da Escola. A educação é sobretudo, construção de ideias e

formação de hábitos que precisam ter como ponto de partida a formação ética e a

proposta de construção de novas visões de mundo.

Devemos questionar sempre o papel da Escola no mundo moderno e buscar

ações que visem transformar o papel do ambiente escolar e dar ao educando um

processo de conhecimento menos traumático revendo modelos avaliativos para que o

processo de conhecimento tenha razão e compromisso de todos no alcance de uma

nova forma de entender, analisar e questionar o mundo.

Com o avanço da tecnologia em todos os ambientes sociais, faz-se

necessário que a escola crie oportunidades de conhecimento voltado para a

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compreensão do valor das transformações e dos aspectos da dinâmica social que

molda espaços e faz ideias e concepções.

As mudanças do mundo devem ser percebidas e questionadas pelos alunos

que precisam estar sempre atentos a cada mudança compreendendo os fatores

motivadores das transformações sociais, políticas e econômicas da atualidade. A

escola deve ter um papel de aproximação do aluno em relação á realidade que lhe

cerca para que este esteja sempre preparado para o mundo do conhecimento cientifico

e para a vida social.

É preciso que a escola possibilite espaços para o entendimento dos

problemas do mundo atual sejam eles econômicos , ecológicos e socioculturais para

que o aluno saiba seu papel no mundo e seja um verdadeiro artífice da mudança. A

escola deve mostrar o mundo compreendendo claramente suas transformações e os

fatores motivadores de cada processo de mudanças da vida política , econômica e

social.

É papel da Escola gerar oportunidades para que tenha cumplicidade se

efetive na relação professor/aluno. A visão de uma escola aberta às transformações e

viva e que procure entender as modificações do mundo de hoje é vital para o alcance

da qualidade e de um conhecimento que seja útil para todos e de uma vida digna e

dominada na lógica da justiça e da igualdade social.

Concepção de sociedade:

Atualmente vivemos em uma sociedade que se apresenta de forma desigual

econômica e culturalmente, onde os acessos aos benefícios sociais não atendem todos

que necessitam, reforçando assim as injustiças que são os grandes flagelos da

população. Diante desta realidade social a Escola e seus profissionais devem

fundamentar suas ações refletindo sobre os problemas sociais, levando o aluno a

compreender a realidade em que vive, como uma realidade que pode ser transformada.

Desta forma refletindo sobre o mundo real, tentando encontrar soluções para os

problemas existentes através da reflexão com os alunos, desejamos uma sociedade

igualitária, mais justa, na qual os indivíduos sejam respeitados e valorizados como

elementos constituintes desta sociedade.

Vivemos em um mundo onde a desigualdade social, o materialismo, a

violência, a ganância, a desonestidade, o crime, muitas vezes prevalecem sobre a

justiça, desfavorecendo as pessoas que muitas vezes vivem em situação de injustiça e

miséria.

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Cabe a sociedade a responsabilidade na luta por um mundo onde as

pessoas vivam em condições dignas, com oportunidades de trabalho, educação e

saúde, porém não podemos deixar de considerar o espaço e a importância que a

escola e as relações construídas em seu âmbito de um modo geral, tem para a

efetivação dessa mudança, mesmo que de forma serena, com resultados a longo

prazo.

Concepção de Cidadania

Tudo exige uma educação para a cidadania. Para Gadotti “pode-se dizer que

cidadania é essencialmente consciência de direitos e deveres no exercício da

democracia. Não há cidadania sem democracia”. (1996, p.38).

Cabe a escola contribuir para a formação integral do aluno, pois educar é

formar para a vida, é contextualizar, relacionando a teoria com a prática, os conteúdos

com a realidade que se vive mostrando sua importância e aplicação.

A Educação é indispensável para cada cidadão, respeitando as diversidades

culturais, regionais, étnicas, religiosas e políticas no processo de construção da

cidadania, tendo como meta uma crescente igualdade de direitos entre os cidadãos,

baseados nos princípios democráticos onde inicia um processo de humanização e

libertação.

Com o conhecimento cientifico adquirido na escola, o aluno se prepara para

a vida. Passa a ter o poder de se transformar e de modificar o mundo onde vive.

Educar é um ato que visa à convivência social, a cidadania e a tomada de

consciência política. A educação escolar, além de ensinar o conhecimento científico,

deve assumir a incumbência de preparar as pessoas para o exercício da cidadania. A

cidadania é entendida como o acesso aos bens materiais e culturais produzidos pela

sociedade, e ainda significa o exercício pleno dos direitos e deveres previstos pela

Constituição da República.

A educação para a cidadania pretende fazer de cada pessoa um agente de

transformação. Isso exige uma reflexão que possibilite compreender as raízes

históricas da situação de miséria e exclusão em que vive boa parte da população. A

formação política, que tem no universo escolar um espaço privilegiado, deve propor

caminhos para mudar as situações de opressão. Muito embora outros segmentos

participem dessa formação, como a família ou os meios de comunicação, não haverá

democracia substancial se inexistir essa responsabilidade propiciada, sobretudo, pelo

ambiente escolar.

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Concepção de Educação/Escola

A escola precisa atuar dentro do cenário da pós-modernidade. Um cenário

que coloca novos desafios para nós educadores: que tipo de educação necessitam os

homens e as mulheres dos próximos vinte anos para viver neste mundo tão diverso?

Certamente eles e elas necessitam de uma educação para a diversidade. A sociedade

multicultural deve educar o ser humano multicultural, capaz de ouvir, de prestar

atenção no diferente, e respeitá-lo.

Neste novo cenário da educação será preciso reconstruir o saber da escola e

a formação do educador. Só haverá um papel cristalizado tanto para a escola quanto

para o educador se o professor for mais criativo e aprender com o aluno e com o

mundo.

A educação deve superar a fragmentação do conhecimento, o reducionismo,

abrindo-se para a concretude da existência em todas as suas dimensões. Com este

conhecimento, o educando será mais ativo, consciente e dinâmico para atuar na

sociedade como autor da história social, política, cultural, econômica e religiosa para

resolver problemas e transformar a realidade, tornando-se um agente de mudanças.

Portanto, entendemos que a escola não tem por função selecionar, mas

educar; não tem por função excluir, mas incluir; porque ser diferente, não significa ser

incapaz de aprender; e a função dos profissionais é reconhecer e trabalhar

pedagogicamente a diversidade.

Concepção de Aprendizagem

Aprendizagem é um processo que acontece na interação entre os indivíduos,

principalmente do professor e do aluno e entre os próprios alunos no diálogo de sua

vivência cotidiana e no modo como essa vivência relaciona-se com o seu processo de

aprendizagem. Aprender e ensinar são processos gradativos que caminham juntos e o

sucesso de ambos acontece quando há comprometimento de “todos” os envolvidos

com a educação. Ensinar é criar condições para que ocorra a aprendizagem, é mediar

o processo de construção do conhecimento, é ajudar o outro a entender, a refletir e a

indagar, facilitando assim a compreensão do conhecimento científico.

A conquista do conhecimento dá-se ao tempo de cada um, na capacidade de

esperar que construa seus conceitos, sem deixar de ser exigente, para que cresça e

possa alcançar o nível máximo possível de suas potencialidades. Estará presente aí, o

professor, para intervir assumindo o papel de mediador, facilitador, que interage, com

os alunos num processo dialógico.

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Concepção Epistemológica

O conhecimento é construído e transformado coletivamente. Nesse sentido,

o processo de produção do conhecimento deve pautar, sobretudo, na socialização e na

democratização do saber. O conhecimento escolar é dinâmico e não mera

simplificação do conhecimento científico. Separando aprender e fazer e superando a

relação entre mestre e aluno.

O Projeto Politico Pedagógico nortea-se nas Diretrizes Curriculares,

buscando melhorias do ensino no sentido de responder as necessidades sociais e

históricas que caracterizam o meio em que os alunos estão inseridos.

A linha pedagógica adotada implica em um ensino diferenciado busca

também a formação do cidadão, sujeito histórico, com melhor capacidade de

interpretação dos fatores cotidianos, em função da adaptação para a realidade e as

necessidades que surgirem.

Esta teoria evidencia um método diferenciado de trabalho, especificando-se

por passos que são imprescindíveis para o desenvolvimento do educando. O método

de ensino visa estimular a atividade e a iniciativa do professor; favorecendo o diálogo

com os alunos, mas sem deixar de valorizar o diálogo com a cultura acumulada

historicamente; levando em conta os interesses dos alunos, os ritmos de

aprendizagem e o desenvolvimento psicológico, mas sem perder de vista a

sistematização lógica dos conhecimentos, sua ordenação e gradação para efeitos do

processo de transmissão-assimilação dos conteúdos cognitivos. Esse método deve

fazer a vinculação entre educação e sociedade, onde professores e alunos são

tomados como agentes sociais (SAVIANI, 2007).

A Pedagogia Histórica Crítica segundo Saviani (2000), procura articular uma

proposta pedagógica cujo ponto de referência e compromisso é a transformação da

sociedade e não sua manutenção e perpetuação. , tem a educação como prática

mediadora no seio da prática social, e portanto, coloca a prática social como ponto de

partida e de chegada do processo de ensino. articula teoria e pratica .

Buscamos uma pedagogia que fizesse da escola uma instituição capaz de

viabilizar as condições de transmissão-assimilação do saber sistematizado, dosando-

o, sequenciando-o de maneira que o individuo passasse a dominá-lo, através das

relações pedagógicas determinadas, que cumpra a função específica de socializar o

saber historicamente elaborado. Esta Pedagogia objetiva resgatar a importância da

escola e reorganizar o processo educativo, enfatizando o problema do saber

sistematizado, a partir do qual se define a especificidade do saber escolar.

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Concepção Pedagógica

Conscientes, como educadores que somos, dos resquícios de um passado

não muito distante, temos observado que ainda em nossas escolas, encontramos

práticas educacionais tradicionais. Acreditamos que tais práticas se efetivam devido a

historicidade da formação inicial dos profissionais que aprenderam e acabam

disseminando, muitas vezes, práticas que não são condizentes com um projeto de

emancipação social e exercício da cidadania.

Sabemos que a escola não é uma ilha isolada, pois ela faz parte do todo

social e a transformação da sociedade e inicia no interior das escolas, ou seja, parte de

dentro da própria instituição de ensino.

A concepção pedagógica que almejamos, portanto, tem como tarefa

primordial a difusão de conteúdos vivos, significativos, concretos, ou seja, que os

mesmos formem uma ponte com a vida dos alunos, uma educação contextualizada,

que além de garantir a informação, o conhecimento e o compromisso com a formação

do ser humano integral, consciente de seus direitos e deveres e de sua tarefa como

cidadão e que passa a ser entendida como “uma atividade mediadora no seio da

prática social global”.

Necessitamos, portanto, realizar a sensibilização de todos os profissionais e

envolvidos na dos novos objetivos desejados pelo projeto de educação emancipadora e

formadora de cidadãos críticos, participativos e transformadores.

Snyders (apud RAYEL, et al, p.11) sintetiza tudo isto ,

(...) ao mencionar o papel do professor que para ele, trata-se de um lado, obter

o acesso dos alunos aos conteúdos, ligando-os com a experiência concreta

dele – a continuidade; mas, de outro, de proporcionar elementos de análise

crítica que ajudem o aluno a ultrapassar a experiência , os estereótipos, as

pressões difusas, da ideologia dominante – é a ruptura.

Então, se faz necessário, que os conteúdos sejam permanentemente

reavaliados face às realidades sociais; pois este, juntamente com a socialização do

sujeito serão instrumentos para a participação organizada e ativa , na democratização

da sociedade contribuindo desta maneira para a formação de sujeitos críticos,

participativos, criativos , conhecedores de seus direitos e deveres , ou seja,

verdadeiros cidadãos.

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Valores e Princípios Norteadores

Ao contrário da maioria das empresas, cujos objetivos estão relacionados à

produção e venda de mercadorias, a escola trabalha com pessoas. O relacionamento

humano entre estas pessoas e a dignidade com que são tratadas constitui, um fator

importante para a consecução dos objetivos da escola, ou seja, para a educação das

novas gerações.

A escola deverá orientar-se com a finalidade de busca do saber, onde se

aprenda pelo trabalho e não para o trabalho. Pois, é na medida de condição de

produtor do conhecimento que nos afastamos de uma concepção de transmissão de

aprendizagem, evoluindo de repetição para produção do saber, desenvolvendo e

estimulando o gosto pelo ato intelectual de aprender, cujo a importância decorre do uso

de ler e intervir no mundo.

Os pressupostos éticos deverão perpassar todos os níveis da relação

educacional, através da prática dos princípios éticos e do respeito à dignidade humana,

e de conhecimentos, e, a adesão dos valores morais à conduta social. Através da

abordagem crítico-reflexiva da realidade e do conhecimento, refletir as situações de

ensino-aprendizagem direcionadas ao desenvolvimento de capacidades e habilidades,

participação solidária e responsável no contexto social. , otimizar aos indivíduos e

grupos sociais compreender e expressar o real evidenciando pelo domínio dos

fundamentos científicos. E, a capacidade criativa de aperfeiçoar os processos

tecnológicos que sustentam o desenvolvimento econômico , social e profissional,

envolvendo conhecimentos técnicos e práticas específicas , articuladas com os

recursos e métodos de ensino-aprendizagem, com vistas ao aperfeiçoamento de

habilidades, capacidades e competências necessárias ao exercício profissional.

Devemos sempre ter por base uma consciência sincera e profunda da

dignidade e do valor de toda e qualquer pessoa. E esta consciência só será autêntica

na medida em que for acompanhada de uma ação concreta e permanente no sentido

da promoção da pessoa humana.

Numa realidade carente de valores como justiça, responsabilidade e

solidariedade a escola assume importante papel de formar integralmente a pessoa

humana, ou seja, corpo, mente e espírito.

Esta educação acredita no ser humano como pessoa pesquisadora, criativa

e ativa que explora e modifica o mundo que a rodeia, comprometida em viver e agir

como pessoa definida na relação consigo, com os outros, com a natureza, com as

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coisas e com Deus. Mais importante que pronunciar palavras, é permitir ao educando

pronunciar-se.

Concepção de Avaliação

A avaliação é compreendida como elemento integrador entre aprendizagem

e ensino que envolve múltiplos aspectos. É uma ação que ocorre durante o processo

de ensino-aprendizagem e não apenas em momentos especifico, caracterizados como

etapas de fechamentos de trabalhos.

A avaliação, tal como a concebemos, é abrangente porque contempla tanto

as questões ligadas estritamente ao processo ensino-aprendizagem, como as que se

referem à organização do trabalho escolar, à função socializadora e cultural, à

formação das identidades, dos valores, etc.

Ela deve ser entendida como um dos aspectos de ensino pelo qual o

professor estuda e interpreta os dados da aprendizagem e de seu próprio trabalho, com

a finalidade de acompanhar e aperfeiçoar estes processo , bem como diagnosticar

seus resultados e atribuir-lhes valor. Fornecendo condições para que seja possível ao

professor tomar decisões quanto ao aperfeiçoamento das situações de aprendizagem.

Portanto, não mais procede pensar que o único avaliado é o aluno em seu

desempenho cognitivo. A avaliação é um processo formativo e contínuo sendo assim é

preciso também que professor se avalie refletindo sobre seu trabalho e procedimentos

re-estruturando sua prática quando necessário.

Avaliar é criar oportunidade de ação e reflexão constantemente

acompanhado pelo professor estimulando o aluno a novas questões e oferecendo ao

aluno diferentes caminhos para o conhecimento científico.

Gestão Democrática

Numa administração escolar verdadeiramente democrática, todos os envolvidos

direta ou indiretamente no processo, participam das decisões que dizem respeito à

organização e ao funcionamento escolar. Com base nessa visão, o entoque da

competência administrativa no interior da unidade escolar busca comprometer todos os

envolvidos na gestão da escola estabelecendo um novo horizonte de relações e de

colaboração recíproca.

Para que isso aconteça, se faz necessário em primeira instancia a efetivação da

gestão democrática na escola. Mas, ela exige, em primeiro lugar, uma mudança de

mentalidade de todos os membros da comunidade escolar. Mudança que implica deixar

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de lado o velho preconceito de que a escola pública é apenas um aparelho burocrático

do Estado, e não uma conquista da comunidade. A gestão democrática da escola

implica que as comunidades, os usuários da escola, sejam seus dirigentes e gestores,

e não apenas seus fiscalizadores ou meros receptores dos serviços educacionais. Na

gestão democrática, pais, alunos, professores e funcionários assumem sua parte de

responsabilidade pelo projeto da escola.

Assim, acontece a gestão democrática, onde todos participam opinando,

indagando, e tomando decisões em conjunto do que é prioritário na instituição, e de

como o coletivo pode encontrar as soluções de determinada situação.

Buscamos uma gestão pautada na democracia, portanto, sabemos que a

mesma se conquista gradativamente. Entendemos, então, que a gestão democrática

num primeiro momento deverá oferecer a pais e comunidades palestras, encontros,

reuniões sensibilizando-as da importância de sua participação e o quanto isto afeta a

vida escolar de seus filhos.

Há razões que justificam a implantação de um processo de gestão democrática

na escola: a escola deve formar para a cidadania e, para isso, ela deve dar exemplo. A

gestão democrática da escola é um passo importante no aprendizado da democracia. A

escola não tem um fim em si mesma. Ela está a serviço da comunidade.

Neste sentido, a gestão democrática da escola está prestando um serviço

também à comunidade que a mantém; a gestão democrática pode melhorar o que é

específico da escola, isto é, o seu ensino. A participação na gestão da escola

proporcionará um melhor conhecimento do funcionamento da escola e de todos os

seus atores. Proporcionará um contato permanente entre professores e alunos, um

conhecimento mútuo e, em consequência, aproximará também as necessidades dos

alunos dos conteúdos ensinados pelos professores. O aluno aprende apenas quando

se torna sujeito de sua aprendizagem. E para ele se tornar sujeito de sua

aprendizagem precisa participar das decisões que dizem respeito ao projeto da escola,

que faz parte também do projeto de sua vida.

A gestão democrática deve estar impregnada por uma certa atmosfera que se

respira na escola, na circulação das informações, na divisão do trabalho, no

estabelecimento do calendário escolar, na distribuição das aulas, no processo de

elaboração ou de criação de novos cursos ou de novas disciplinas, na formação de

grupos de trabalho. A gestão democrática é, portanto, atitude e método. A atitude

democrática é necessária, mas não é suficiente. Precisamos de métodos democráticos,

de efetivo exercício da democracia. A democracia também é um aprendizado,

demanda tempo, atenção e trabalho.

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Por isso o nosso desafio é construir novas relações no interior da escola, onde

pais, alunos, funcionários não sejam meros executores de parcelas nas ações

educativas, mas sujeitos coletivos capazes de apropriar-se da concepção e do

planejamento integral da escola. É preciso superar o funcionamento compartimentado,

autoritário e excludente, onde os alunos apenas estudam, pais acompanham

precariamente a vida da escola, funcionários cumprem rotina e professores atuam

isoladamente.

Queremos que a nossa escola seja um espaço para a construção de uma cultura

democrática capaz de disseminar-se. Seu avanço depende da ação e das vontades

individual e coletiva em todos os espaços sociais. Porque, se a democratização da

escola cumpre um papel na democratização da sociedade, também é fundamental que

se afirme que não haverá gestão democrática na escola se não houver democracia na

sociedade. A escola não é, e não será, uma ilha de democracia. É necessário que não

se perca de vista que a democratização da escola não se dará isoladamente. Também

não pode ser vista como um fim em si, mas como mais uma frente de ação da

cidadania na busca da construção democrática.

Assim, não apenas o diretor ou os órgãos superiores da educação irão definir o

que é prioritário para a escola. Todos os segmentos da escola adquirem assim, papel

fundamental no processo decisório.

Órgãos Colegiados

O Colegiado torna-se, nesse sentido, fator imprescindível: o espaço em que os

diferentes segmentos escolares decidirão sobre a organização do trabalho na escola.

Para isso é preciso buscar formas de a escola estar mais presente no dia-a-dia

da comunidade e também o inverso, isto é, a presença da comunidade no cotidiano da

escola. Pais, pessoas ligadas a associações e instituições e profissionais que possam

demonstrar o trabalho que realizam, de modo que a escola, os estudantes e os

professores possam se envolver em atividades voltadas para o bem-estar da

comunidade, planejando de forma participativa e desenvolvendo projetos que

repercutam dentro e fora da escola.

Assim darão a sua contribuição na sociedade eliminando as práticas,

autoritárias, desenvolvendo no interior da escola uma cultura de participação, de

decisões coletivas, de convivência com as diferenças.

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Com o planejamento participativo, estaremos quebrando e desfazendo, pela

ação, a crença de que planejar é atividade muito complexa e para a qual apenas os

especialistas estão devidamente preparados.

Com tal compreensão e prática estaremos desvelando o mito do planejamento e

enxergando o seu caráter político e ideológico, pois, a definir objetivos, metas,

metodologias de ação, formas de avaliação do trabalho na escola, estamos fazendo

opções e atribuindo às nossas ações educativas caráter transformador.

Dessa forma, o planejamento e a organização do trabalho escolar, pensados e

acompanhados por todos e para todos não serão atividades meramente burocráticas e

técnicas. Será, sim, um verdadeiro exercício de cidadania, porque envolverá a

participação e a tomada de decisão. Planejar socializadamente pressupõe a prestação

de um serviço à comunidade, da qual ela participa diretamente.

Portanto, tem-se, no momento do planejamento, a visão de totalidade desse

processo coletivo, que envolve a reflexão, a tomada de decisão, a organização da ação

e a avaliação de resultados.

O planejamento socializado prevê que a participação de certos segmentos

escolares e comunitários, como a dos pais, a dos alunos, a de associações escolares e

comunitárias, não ocorra apenas quando o planejamento com outros segmentos

(direção escolar, professores, funcionários da escola) já tenham sido iniciado, ou

depois de definidos alguns critérios básicos que deverão ser cumpridos. Não se trata

de adesão a um processo já iniciado. Ao contrário, fica garantida a participação de

todos os segmentos, sem exceção, desde o princípio do planejamento escolar.

No entanto, isso não significa dizer que todos os segmentos estarão participando

o tempo todo de todas as tarefas e de todos os tipos de planejamento a serem

realizados na escola. Mas, deflagrado o processo, todos os segmentos terão suas

tarefas bem definidas. Apesar disso, poderá haver atividades que envolvam equipes

multissegmentárias que assim, poderão estar trocando experiências a todo o momento

e repassando-as aos grupos mais específicos.

Nesse sentido, operacionalizam-se a ação e todas as etapas do planejamento

escolar, observando-se, ainda, que os temas que não forem objeto de consenso básico

retornarão a todo o grupo e serão rediscutidos. Além disso, tudo o que ficar

consolidado terá de ser cumprido por todos.

Representantes da escola deverão ser também definidos pelo grupo para que as

consolidações do planejamento socializado não fiquem restritas a escola. Dessa

maneira, tais representantes estarão veiculando as experiências da escola em outras

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instâncias. Ou seja, tudo o que estiver acontecendo na escola será também socializado

com outras escolas, com outras experiências, em outros níveis.

Esse processo revela a importância do colegiado da escola na troca de

experiências e de levar aos níveis superiores da administração educacional as

deliberações tiradas na base.

O nosso grande desafio é, portanto, contrapor ao método da exclusão, da

imposição, da manipulação, elementos substanciais da cultura autoritária. O método da

participação, das decisões coletivas, da socialização das informações, da convivência

das diferenças, desencadeará processos alternativos para formação de uma sólida

cultura democrática.

Currículo:

Matriz Teórica:

A organização de conteúdos de cada disciplina que compõe a Matriz Curricular

será construído através do planejamento participativo com os professores e equipe

pedagógica da escola, levando-se em consideração a realidade onde a escola está

inserida, os objetivos a serem atingidos, assegurando a formação do aluno,

indispensável ao exercício da cidadania.

Ao planejarmos nossas ações, percebemos a necessidade de que a escola, ao

elaborar sua proposta curricular busque as correlações entre os conteúdos das áreas

de conhecimento e universo de valores e modo de vida de seus alunos.

Desta forma devemos compreender que o currículo envolve três conceitos:

formal (os planos e propostas pedagógicas), em ação (aquilo que efetivamente

acontece nas salas de aula e nas escolas) e oculto (o não dito, aquilo que tanto alunos

quanto professores trazem, carregado de sentidos próprios criando as formas de

relacionamento, poder e convivência na sala de aula). Assim quando pensamos em

currículo estamos nos referindo a uma forma de organizar princípios Éticos, Políticos e

Estéticos que fundamentam a articulação entre Áreas de Conhecimento e aspectos da

Vida Cidadã.

Sendo assim, abordaremos os temas que não podem deixar de serem

contemplados em todas as áreas do conhecimento, portanto, não devem deixar de

serem discutidos no âmbito escolar de um modo geral. Sabemos que existe uma

variedade muito grande de temas transversais, porém enfatizaremos os assuntos que

estão sendo mais discutidos no momento histórico atual, tentando fazer uma ponte com

os conteúdos ensinados em sala de aula. Além disso, trataremos dos temas

organizados pelas diretrizes curriculares do Ensino Fundamental.

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A seguir faremos a exposição dos temas que não podem deixar de ser

amplamente difundidos nesta escola, de acordo com as discussões realizadas entre os

professores, funcionários e equipe pedagógica:

Lei nº 10.639/03 – A inserção dos conteúdos de História e cultura afro-brasileira

e africana nos currículos escolares.

O momento atual nos parece propício para avanços, ao mesmo tempo em que

revela uma maior complexidade de atuação. Dessa forma, o desafio que se impõe é o

da práxis: avançar na teoria para poder dar um salto de qualidade nas práticas efetivas

em sala de aula e em consequência, no mundo. Sabemos que o povo negro é

discriminado em todos os cantos do planeta onde os brancos são maioria.

E a nossa sala de aula, será território neutro? Por mais que nos preocupemos

em tratar todos da mesma maneira, algumas culturas continuam sendo negadas e

silenciadas, inclusive no currículo.

A discriminação acontece não somente nas relações sociais e cotidianas na

sociedade em geral. Notamos que isso acontece de forma mais evidente nos livros que

a turma lê, não somente de histórias, como também nos livros didáticos. Em geral, eles

mostram famílias negras de classe média, felizes e bem-sucedidas? Têm príncipes,

reis e rainhas que não sejam brancos? Você não acha isso um problema? Então

imagine o que significa ser despertado para o prazer da leitura sem ver sua raça

representada de forma positiva nas páginas dos livros (2002) Lendas, contos da

carochinha e mitologias ajudam as crianças a construir sua identidade. Num processo

de transferência, os pequenos se colocam no lugar dos heróis e vivenciam as

sensações dos personagens”.

Sentimento de inferioridade e auto-rejeição são as mais comuns na auto-estima

de quem não se reconhece nas histórias contadas na escola. "Todos querem ser

aceitos por seu grupo, pela sociedade. Muitos alunos passam a se enxergar como

brancos", explica Ana Célia Silva, professora da Faculdade de Educação da

Universidade Federal da Bahia (UFBA).

Neste sentido, o desafio teórico atual é o de construir o paradigma da Educação onde as diversidades sejam amplamente trabalhadas e divulgadas para que haja uma efetiva mudança de sociedade que deve clarear, (des)construir, consolidar e disseminar nossas concepções, ou seja, os conceitos, o modo de ver, as idéias que conformam nossa compreensão e tomada de posição diante da realidade que se constitui pela relação histórica e culturalmente construída entre as relações de etnias e diversidades culturais. Trata-se, ao mesmo tempo de socializar/quantificar a compreensão do acúmulo teórico e prático que já temos, e de continuar a elaboração e o planejamento

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dos próximos passos, mudando os rumos da sociedade que desejamos formar para o futuro. (Nova Escola, 2002)

Sendo assim, construímos esse Projeto Político-Pedagógico fundamentado na

construção de um diálogo com a teoria pedagógica. Sabemos que um novo projeto de

educação não acontece sem as questões universais da pedagogia e da educação,

porém sabemos que não existe teoria sem a prática. Essa relação dialógica no interior

da escola é que irá permear todo o processo de desconstrução de uma mística que

envolve discriminação e preconceito que ocorrem de forma velada ou evidente.

Nosso papel nesta escola, será, portanto, um diálogo que acontecerá em torno

de uma concepção de ser humano, cuja formação é necessária para a própria

implementação do projeto de emancipação de uma sociedade que integrada ao projeto

de uma Educação para e com as diversidades, esteja vinculada a objetivos políticos de

emancipação e de luta por justiça e igualdade social.

Na escola nos deparamos com professores e alunos que carregam formações

culturais diversas, reconhecendo que há diferenças entre sua cultura letrada e popular,

sua cultura machista, branca, afro-brasileira. Não se trata apenas de convivermos com

colegas e alunos cultos ou incultos, com padrões de linguagem pertencentes a

coletividades, a etnias que têm compreensões diversas do mundo, da vida, das

relações sociais. Temos símbolos, rituais, crenças e valores diferenciados.

Para vivermos democraticamente e em uma sociedade plural é preciso respeitar

e valorizar a diversidade étnica e cultural que a constitui.

A diversidade cultural e social ultrapassa o limite das exclusões historicamente

tratadas, ou seja, a exclusão social pode estar acontecendo em diversas situações da

vida cotidiana de nossos alunos, que na maioria das vezes não é de pronto detectada.

Olhando sob essa perspectiva, sugere-se que no projeto de escola ideal

(ideologizada), tratemos da diversidade com maior freqüência e naturalidade, usando

estratégias e metodologias próprias em vários momentos das atividades escolares.

Uma das estratégias que deve ser adotada pela escola é a aproximação com a

comunidade a fim de conhecer e diagnosticar as diferenças étnicas, culturais, sociais,

religiosas, de gênero, etc.

Percebemos, portanto, a necessidade de que o professor estabeleça métodos

diferenciados, evitando até mesmo o preconceito sobre ele próprio que pode acontecer

nos casos de comparação de um professor com o outro. As estratégias pedagógicas

podem ser colocadas no plano da organização de aulas atrativas e criativas, onde os

assuntos mais densos podem ser tratados através de dinâmicas, piadas, músicas,

formação de grupos de discussão e de realização de atividades inter e extra-classe.

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Inclusão e diversidade

Nas reflexões e discussões realizadas na escola, concluiu-se que o processo de

inclusão deve acontecer em relação não apenas aos portadores de necessidades

especiais, mas a todos os alunos que apresentem “necessidades educativas

especiais”, que podem ser de cunho psicológico, provisório ou até mesmo familiar (DE

ACORDO COM O TEXTO INCLUSÃO E DIVERSIDADE). Neste sentido, entendemos

que a educação para todos, é aquela voltada ao desdobramento de atividades e

práticas que atinjam todos os alunos em todas as suas dificuldades e diversidades.

Portanto, sair da retórica depende do fortalecimento da noção de

responsabilidade coletiva quanto à educação de todos. Entra, portanto, aqui a

responsabilidade da equipe escolar em estabelecer análises, estudos e críticas da

realidade para responder as questões que nortearão o desvelar de qual educação

devemos oferecer e que educadores devemos ser em nossa prática profissional e

social.

Outra questão importante diz respeito à inclusão de portadores de necessidades

especiais nas escolas regulares. Percebe-se que essa inclusão se faz necessária e é

mais do que justa, porém, reconhece-se que as escolas e, em especial esta, ainda não

possuem a estrutura física e profissional necessária para que este projeto realmente se

efetive. Dessa forma, o que se vê são crianças e adolescentes que acabam

desenvolvendo-se socialmente bem, porém sem a devida qualidade de ensino que a

falta de estrutura provoca, tornando esses sujeitos ainda segregados e excluídos de

alguma forma.

É necessário salientar que o processo de mudança já iniciou, e que esse é um

grande passo em relação à reestruturação das políticas educacionais e mais do que

isso da visão social que se tem sobre o assunto. Um desses passos é a inserção das

discussões sobre a inclusão e diversidade no projeto das escolas, pautados pelas

orientações da SEED e de acordo com a legislação, que vem sendo amplamente

discutida em todo o mundo.

Em relação à legislação, sabe-se que historicamente os deficientes tem sido

excluídos e segregados dos espaços comuns da sociedade. A partir da promulgação

da Declaração Universal dos Direitos Humanos e enriquecida pela revolução da

década de 60 as políticas vêm trazendo discussões importantes, ampliando e

modificando a situação dos deficientes perante a sociedade e principalmente no

período escolar.(ARANHA, 2004)

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Verifica-se que nesta escola, o esforço dos profissionais para o atendimento

desses alunos é evidente. Isso acontece ainda informalmente, com a inserção dos

segmentos da sociedade sem distinção de classes sociais e de alunos com

necessidades especiais.

As maiores dificuldades encontradas estão no plano da falta de informação, falta

de qualificação do quadro docente e de funcionários, porém apesar das dificuldades a

comunidade escolar vem cumprindo seu papel em relação ao cumprimento da lei e

principalmente, realizando sua função a partir do esforço pessoal de cada profissional

envolvido.

Percebemos com isto, que o sistema educativo necessita perceber a inclusão

como um processo dependente do desenvolvimento da capacidade interna das escolas

e de cada membro dela, trazendo à tona seu papel de agentes na escolha das

prioridades de mudança na implementação de inovações.

Programa de Formação da Cidadania Plena – PREVIDA

De acordo com o Decreto no. 4588 de 05 de abril de 2005 – SUED, devemos

contemplar em nosso currículo, o Programa de Formação da Cidadania Plena,

desenvolvendo ações que tenham como foco os fatores de risco e proteção voltados ao

indivíduo, à família, à escola e à comunidade.

De acordo com o Decreto acima citado, passaremos a discutir, refletir e difundir

nesta escola, sobre as questões que deverão estar contidas no currículo, referentes ao

desenvolvimento da Cidadania Plena em todas as ações implícitas no âmbito escolar,

além de desenvolver um projeto específico que contemple temas importantes para a

efetivação de uma ação emancipatória neste sentido.

Tais temas podem variar de acordo com a realidade de nossos alunos, mas a

princípio, trataremos de temas que estão em maior evidência na vida de nossa

comunidade – causas e conseqüências do alcoolismo; drogadição; qualidade de vida;

entre outros –.

Arroyo define que se desejamos uma escola do povo e para o povo, devemos

cristalizar nossas ações no sentido de fornecer os subsídios necessários para que este

próprio cidadão tome suas atitudes de acordo com a sua consciência crítica. Ou seja,

não podemos formular leis, diretrizes (pacotes prontos) de determinações políticas,

educacionais e até mesmo históricas, porque estaríamos apenas repetindo os erros do

passado, pois é impossível formar uma consciência crítica com verdades absolutas.

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Então, nada mais justo que a escola e a educação para a cidadania deva ser

pensada pelo povo e não feita para o povo.

Ainda estão na memória de todos as proclamações solenes de dirigentes políticos que, durante as últimas décadas, justificaram a exclusão da cidadania com a tese da imaturidade política do povo. Prometiam o direito a participação desde que o povo aprendesse a ser cidadão consciente, racional e socializado. O que freqüentemente foge de nossa memória histórica é que essa tese não é exclusividade do elitismo autoritário nem do seu entulho! (BUFFA; ARROYO; NOSELLA, 1991, p. 31)

Portanto, buscamos uma educação para a Cidadania Plena, entendendo que

este direito nasce de diversas lutas e conflitos. Fatos históricos nos demonstram que a

educação deixa de ser escravizaste e controladora dos cidadãos a partir do momento

que deixamos de dar ênfase á submissão, mesmo que de forma velada, às elites

dominantes detentoras do poder e do capital, fato que agrava as desigualdades sociais.

“Nos últimos tempos a distribuição da dose de educação passa a estar

condicionada ao destino de cada indivíduo na nova ordem social e à dose de poder que

os diversos grupos sociais vão conquistando”(idem, p.36).

A educação na sociedade atual passa a ser encarada (ainda que em um

processo lento) como passagem estreita para o novo reino da liberdade e da

participação, visto que já se caminha para a concepção de que todos somos cidadãos

de direitos e de deveres, independente de classe social, aspiração política ou

ideológica, opção religiosa ou da diversidade cultura, étnica ou de gênero à que

pertence.

É importante ressaltar que nosso papel enquanto disseminadores e mediadores

de situações concretas de intervenção vão além da educação das crianças e

adolescentes dentro da escola, pois inevitavelmente nossas ações irão refletir na vida

do educando e conseqüentemente de sua família e sociedade, num processo dinâmico.

Educação Ambiental

A atual problemática ambiental é consequência da fragilidade dos valores que

norteiam a relação ser humano e natureza. Estes valores, ao longo do tempo foram

sendo impulsionados pelo consumismo e resultaram em muitos problemas de ordem

social, econômica e cultural à toda a humanidade. Neste contexto, o conhecimento e a

compreensão sobre o meio eram limitados, pois a educação tradicional não

contemplava a relação sociedade natureza e não percebia a necessidade de

intervenção no modo de se conceber o meio ambiente.

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A esse respeito, Morales argumenta que “o ser humano não está mais no centro

do universo, mas sim na periferia e, para tanto, é preciso desvencilhar desse modo de

pensar e de agir, próprio de uma educação tradicional, na busca de uma alternativa

pautada num processo reflexivo e crítico, com caráter político.”( 2008, p.10)

Entende-se por educação ambiental os processos por meio dos quais o

indivíduo e a coletividade estabelecem valores sociais, conhecimentos, habilidades,

atitudes e competências voltadas à preservação e à conservação do meio ambiente, o

que reafirma um caráter interdisciplinar, sistêmico e integrador (BRASIL, 1999).

Atualmente, nota-se uma maior preocupação em se compreender as questões

ambientais em todas as instâncias, principalmente no campo educacional. Hoje sabe-

se, porém ainda muitos ainda ignorem, que o homem pertence a natureza e que não

cabe mais a relação de dominação sobre ela.

Mais recentemente, através do Decreto 4281/02 ocorreu a regulamentação da

Lei nº 9795/99 que torna efetiva a educação ambiental em todos os níveis e

modalidades e se constitui um imperativo, não só diante da atual legislação, mas diante

da necessidade de dar soluções adequadas aos graves problemas que afetam o

planeta.

A atual crise ambiental sugere a necessidade de construir um saber ambiental

emergente em todo o conjunto de disciplinas, tanto nas ciências naturais como sociais

aplicadas, para formar um conhecimento capaz de captar tanto a multicausalidade

quanto as relações de interdependência dos processos de ordem natural e social que

estão envolvidos nas inúmeras problemáticas socioambientais do presente. Neste

sentido, nossa escola irá trabalhar com a educação ambiental em todas as disciplinas

do currículo. Com os conteúdos ambientais permeando as disciplinas e

contextualizados com a realidade da comunidade, a escola ajudará o aluno a perceber

a correlação dos fatos e a ter uma visão holística, ou seja, integral do mundo em que

vive, assim como poderá atuar de forma mais consciente e a se relacionar melhor com

a natureza.

Estudos sobre o Estado do Paraná

Os estudos sobre o Estado do Paraná estão inseridos nos conteúdos de

História e Geografia e de forma interdisciplinar atendendo as novas demandas, fruto da

conquista dos movimentos sociais como a Lei 13.381/01 que “Torna obrigatório no

ensino fundamental e médio da rede pública estadual de ensino, conteúdos da

disciplina de História do Paraná”.

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Estes estudos favorecem a aproximação entre a realidade vivida e as

disciplinas considerando os sujeitos como agentes de transformação social.

Assim sendo, propicia o conhecimento específico regional, levando em

consideração a importância de todos os povos que formaram e enriqueceram de uma

forma ou outra a região.

De acordo com Cavalcanti (2002), nosso trabalho tem como base “A

compreensão do contexto da realidade do aluno, conteúdos que destaquem a

relevância social da Geografia e História, e que depois possam ser extrapolados para

outras escalas”.

Acreditamos que para o aluno do ensino fundamental, é relevante o

desenvolvimento de um raciocínio geográfico ou como sugerem outros, de um

conhecimento espacial que auxilie na compreensão do mundo, privilegiando a sua

dimensão.

“É importante focalizar as mudanças que o mundo de nossos dias manifesta,

já que ele está dizendo que o seu conteúdo existencial está mudando, é nosso dever

assumir o desafio que significa enfrentar o estudo do presente e da realidade que o

identifica, a fim de que os estudantes também sejam co-participantes e beneficiário do

resultado de nossas preocupações científicas” (FIGHERA,2002,p.26).

A realidade prática do nosso professor busca auxilia-lo a encontrar o melhor

caminho para planejar e desenvolver suas aulas, considerando a realidade em que a

escola e os alunos estão inseridos.

É fundamental que o espaço vivido pelos alunos continue sendo o ponto de

partida dos estudos, e que este permita compreender como o local, o regional e o

global relacionam-se nesse espaço, bem como a contextualização do conhecimento de

outras áreas paralelo ao estudo proposto.

Essa prática envolve procedimentos, problematizações, observação, registro,

descrição, documentação, representação e pesquisa dos fenômenos sociais, culturais,

naturais e econômicos que compõem os estudos nossa Região.

O conhecimento sobre nosso Estado no ensino fundamental, não acompanhou

significativamente as mudanças da realidade ao longo do tempo. Conseqüentemente,

surgiram e surgem novas demandas explicativas sobre ela.

Ocorre então a necessidade de atualização da disciplina não apenas burocrática,

mas que alcance o cotidiano da sala de aula e contextualizada com a realidade do

aluno e do mundo em que ele vive.

Matriz Curricular

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As Matrizes Curriculares do segundo segmento do Ensino Fundamental deverão

contemplar uma Base Nacional Comum e uma Parte Diversificada. A Base Nacional

Comum refere-se ao conjunto de conteúdos mínimos obrigatórios dos Currículos

Nacionais preponderando sobre a parte diversificada. Ela é composta pelos seguintes

componentes: Ciências, Educação Artística, Educação Física, Ensino Religioso,

Geografia, História, Língua Portuguesa e Matemática, tendo carga horária mínima de

02 (duas) horas-aula e máxima de 04 horas-aula semanais, com exceção do Ensino

Religioso, sendo sua freqüência facultativa para os alunos.

Na Parte Diversificada da Matriz Curricular deverá constar apenas uma Língua

Estrangeira, como componente curricular obrigatório, identificando-se o idioma definido

pelo estabelecimento de ensino, observando-se a disponibilidade de professor

habilitado e as características da comunidade atendida.

6.MARCO OPERACIONAL

Um projeto capaz de sustentar uma educação eficaz deve ser construído a partir

de ações que possibilitem a formação de uma equipe coesa e solidária, e que somem

esforços para que suas metas sejam assumidas por todos os envolvidos no processo.

Na definição das linhas de ação a serem adotadas pela escola nos reportamos as Dire-

trizes Curriculares do Ensino do Paraná, no plano de Ação da Direção para o triênio

2009/2011. Assim priorizamos a busca de ações ou propostas que possibilitem atingir

nossas intenções pedagógicas de formar pessoas e cidadãos cada vez mais autôno-

mos, responsáveis, cultos, solidários e democraticamente comprometidos na constru-

ção de um destino pessoal e coletivo na busca de uma sociedade que valorize a afir-

mação das mais nobres qualidades de cada ser humano. (Projeto educativo fazer a

Ponte, 2003).

Buscamos, a melhoria da qualidade de ensino na escola pública, e o sucesso da

equipe escolar com um planejamento de todas as ações no interior da escola,

objetivando a efetivação de um projeto que atenda da melhor forma possível a função

social da escola. Para tanto defendemos:

Gestão Democrática

Incentivar e criar estratégias que possibilitem a participação do Conselho

Escolar, APMF, Grêmio Estudantil, funcionários e professores para romper possíveis

formas de preconceitos e corporativismos que possam existir entre os diferentes

grupos que se formam. A escola deve procurar se aproximar de sua comunidade,

procurando conhecer suas necessidades, valores e buscando estreitar a relação

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escola-comunidade. Buscar a participação da comunidade, criando momentos de

reflexão sobre obrigações e responsabilidade dos mais diferentes agentes sociais, e

decidindo sobre os rumos da escola e de seus encaminhamentos pedagógicos. Para

possibilitarmos esta integração:

- Rediscutir e reformular o Projeto Político Pedagógico da Escola com a

comunidade escolar;

- Efetivar o Grêmio Estudantil;

- Tornar a APMF (Associação dos Pais e Mestres e Funcionários) ativa e

participativa reorganizando-a para gerir projetos de interesse da comunidade;

- Tornar efetiva a atuação do Conselho Escolar;

- Proporcionar abertura para discussão e participação de todos os órgãos

representativos no interior da escola;

- Fortalecer os vínculos facilitadores à participação dos pais na vida escolar dos

filhos, gerando maior comprometimento no processo ensino-aprendizagem;

- Implantação de um “Conselho Diretor” com a finalidade de executar uma

administração colegiada, onde dada um possa de forma autônoma, responsável e

solidária participar de maneira construtiva e ativa para a tomada de decisões.

Proposta Pedagógica

A proposta pedagógica deve ser lida como gestão pedagógica pois é a face mais

significativa e importante da gestão escolar, todas demais devem existir em função

desta. E todo o coletivo escolar deve estar envolvido em sua discussão. No entanto ela

não acontece por si só, ela depende de diversos fatores tais como recursos, pessoas,

estrutura, organização, objetivos, e comprometimento de todos. Ela deve assegurar a

função principal da escola que é de proporcionar a aprendizagem dos alunos, portanto

devemos:

- Rediscutir e aprimorar a cada ano, ou sempre que necessário, o Projeto

Político Pedagógico da escola com suas instâncias;

- trabalhar para instituir uma cultura de avaliação da instituição escolar;

- otimizar o conselho de classe, buscando seus verdadeiros objetivos;

- fornecer total abertura, incentivo, apoio e subsídios aos professores que

desejam desenvolver projetos nas diversas áreas;

- Valorização do professor através de estratégias que permitam o pleno

desenvolvimento da sua profissão, proporcionando que sua formação ocorra

dentro de um contexto de trabalho articulando-se a Escola, para esse efeito, com

outras instituições.

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- promover a valorização e conseqüente formação continuada dos profissionais

da educação que atuam no estabelecimento;

- incentivar o aperfeiçoamento e a formação continuada dos funcionários,

visando a qualidade do trabalho escolar;

- implementar a Biblioteca do Professor para acesso de todo quadro funcional.

- buscar coletivamente estratégias diferenciadas para diminuição dos índices de

reprovação e evasão escolar (dar continuidade ao Projeto Tente outra Vez);

- otimizar a Biblioteca através do Projeto constante no PPP: Biblioteca Um

espaço de Sonhos e Aprendizagem;

- Proporcionar otimização do espaço físico da escola visando gerar um ambiente

adequado e acolhedor às crianças e adolescentes em seus diversos espaços

(sala de aula, corredores, saguão, sala de apoio,etc)

- contribuir para minimizar as formas de expressão da violência real ou simbólica

dentro e fora do ambiente escolar;

- Estreitar as relações com órgãos externos que possam colaborar com os

alunos com problemas sociais (Conselho Tutelar, CRAS, Centro de Apoio ao

Adolescente, etc);

- inserir gradativamente a discussões sobre a os temas sociais contemporâneos,

iniciando com a sensibilização dos envolvidos no projeto educativo da escola;

- Desenvolver estratégias pedagógicas que possibilitem o desenvolvimento da

cidadania, senso crítico e participativo dos alunos além de gerar um clima de

socialização e promoção da educação integral (Assembléias semanais, jornal da

escola, rádio escola, projeto de leitura em contra turno, teatro, poesia,

grafitagem, meio ambiente, cidadania Educação Fiscal, Sexualidade, Prevenção

ao uso indevido de Drogas, Prevenção a Gravidez na Adolescência,

enfrentamento a violência, incentivo a atividades esportivas, culturais, atividades

artísticas, recreativas, e atividades extra-curriculares, entre outras;

Formação Continuada

Reuniões pedagógicas periódicas

Reuniões pedagógicas descentralizadas

Capacitações oferecidas pela SEED/NRE

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Qualificação de Equipamentos e Espaços Escolares

a) Liberar, mediante planejamento do professor, o laboratório de informática para

uso dos discentes;

b) Reorganizar a biblioteca, ampliar o acervo literário, etc;

c) Conscientizar os usuários a zelarem pela biblioteca, assim como o patrimônio

público;

d) Pleitear a doação de um terreno,próxima à escola, de propriedade da Prefeitura

Municipal de Ponta Grossa para possibilitar a ampliação de salas de aula e uma qua-

dra de esportes .

ORGANIZAÇÃO INTERNA DA ESCOLA

Funções e Atribuições

Direção

Segundo Moran (2007) “um bom gestor muda uma escola”, pois é capaz de bus-

car caminhos, para motivar todos os envolvidos no processo. O gestor deve ser aquele

que impulsiona, motiva e direciona a escola, trazendo em suas raízes ideológicas a

convicção do que ele tem em mente sobre os objetivos para o desenvolvimento sadio

do processo educativo em toda a sua amplitude.,Auxiliado pelos demais componentes

do corpo de especialistas e de técnicos administrativos, atendendo às leis, regulamen-

tos e determinações dos órgãos superiores do sistema de ensino e às decisões no âm-

bito da escola assumidas pela equipe escolar e pela comunidade. O diretor auxiliar de-

sempenha as mesmas funções na condição de substituto eventual do diretor.

Para maiores informações acesso o link:

http://www.diaadia.pr.gov.br/cge/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=8

Equipe Pedagógica

A equipe pedagógica cabe a tarefa primordial de assegurar que o processo de

ensino aprendizagem se efetive de forma intencional e planejada, com vistas a

qualidade da educação. Entre outras atribuições cabe ao pedagogo: avaliar e

acompanhar desempenhos docentes e discentes; fazer articulações com outras

instituições, introduzir metodologias inovadoras; adotar critérios próprios de

organização da vida escolar e de pessoal docente de acordo com a comunidade

escolar e sua realidade.

Para maiores informações acesso o link:

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http://www.diaadia.pr.gov.br/cge/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=12

Docentes

O corpo docente é constituído pelo conjunto dos professores em exercício na

escola, cuja função básica consiste em realizar o objetivo prioritário da escola, o

processo de ensino e a aprendizagem. Os professores de todas as disciplinas formam,

junto com a direção e os especialistas, a equipe escolar. Além de seu papel específico

de docência das disciplinas os professores também tem a responsabilidade de

participar da elaboração do projeto político-pedagógico, na realização das atividades da

escola e nas decisões do conselho de escola e de classe ou série, das reuniões com

pais (especialmente na comunicação e interpretação da avaliação), da APMF e das

demais atividades cívicas, culturais e recreativas da comunidade.

A qualidade do ensino vem sendo muito discutida ultimamente, onde é

necessário que o professor seja aberto, pesquisador, crítico, inovador, criativo,

solidário, mediador, engajado no processo educativo, consciente das transformações

sociais, assumindo e promovendo a educação no respeito ao educando.Trabalhe para

o resgate da vivência dos valores e favoreça o educando ser crítico, ético e

comprometido com as mudanças sociais. Promova a justiça e a fraternidade, crie

canais de participação, favorecendo o diálogo para uma educação libertadora, criadora

e crítica que leve o educando a sentir-se sujeito participativo da história, agente de

transformações sociais, capaz de assumir compromissos duradouros e pronunciar-se

na busca do conhecimento científico, considerando sempre a dignidade humana.

Equipe Administrativa – Agente Educacional II

Este setor responde pelas atividades-meio que asseguram o atendimento dos

objetivos e funções da escola.

A Secretaria Escolar cuida da documentação, escrituração e correspondência

da escola, dos docentes, demais funcionários e dos alunos. Responde também pelo

atendimento de pessoas. Para realização desses serviços, contamos com uma secre-

tária e duas auxiliares administrativas. O setor administrativo responde também pelos

serviços de bibliotecária e administrador de sistemas, além dos serviços auxiliares, (ze-

ladoria, vigilância e atendimento ao público) e multimeios (biblioteca, laboratórios, vide-

oteca, etc).

Equipe de Apoio – Agente Educacional I

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A zeladoria, realizada pelos serventes, cuida da manutenção conservação e

limpeza do prédio; da guarda das dependências, instalações e equipamentos; da

cozinha e da organização e distribuição da merenda escola; da cozinha e da

organização e distribuição da merenda escolar; da execução de pequenos consertos e

outros serviços rotineiros da escola.

É importante ressaltar que esses profissionais também tem o compromisso de

cuidar e acompanhar os alunos em todas as dependências do edifício, menos na sala

de alua, orientando-os quanto a normas disciplinares, atendendo-os em caso de

acidente ou enfermidade, como também do atendimento ás solicitações dos

professores quanto a material escolar, assistência e encaminhamento de alunos.

Os serviços gerais têm a seu encargo o serviço de manutenção, preservação,

segurança e merenda escolar do estabelecimento de ensino, sendo coordenado e

supervisionado pela direção. Os serviços gerais mencionados são composto por

servente(s), merendeira(s) e inspetor de alunos.

- APMF

A Associação de Pais, Mestres e Funcionários, é um órgão associativo,

constituído pelos pais ou responsáveis dos alunos, pelos membros do Corpo Docente e

Funcionários e terá como finalidade principal, a integração Escola–Família–

Comunidade, bem como a promoção de atividades que gerem algum benefício

educacional, social, desportivo ou cultural para os alunos e/ou suas famílias. A APMF

se regerá por estatuto próprio, aprovado pela Direção do Estabelecimento de Ensino,

que indicará seu representante junto a Associação.

Reúne os pais de alunos, o pessoal docente e técnico-administrativo e alunos

maiores de 18 anos e costuma funcionar mediante uma diretoria executiva de um

conselho deliberativo.

Para maiores informações acesso o link:

http://www.diaadia.pr.gov.br/cge/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=41

- Conselho Escolar

O Conselho Escolar é um órgão colegiado de natureza consultiva deliberativa e

fiscal, com o objetivo de estabelecer, a Proposta Pedagógica da escola, critérios

relativos a sua ação, organização, funcionamento e relacionamento com a comunidade,

nos limites da legislação em vigor, e compatíveis com as diretrizes e política

educacional, traçadas pela Secretaria de Estado da Educação. Tendo por finalidade

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promover a articulação entre os vários segmentos organizados da sociedade e os

setores da Escola, a fim de garantir e eficiência e a qualidade do seu funcionamento.

Para maiores informações acesso o link:

http://www.diaadia.pr.gov.br/cge/arquivos/File/Estatuto_1_edicao.pdf

Grêmio Estudantil

O Grêmio Estudantil será um órgão associativo constituído pelo Corpo Discente

e terá a finalidade de estimular e difundir as iniciativas de caráter cívico, cultural, social

e científico desde que autorizadas pela Direção do Estabelecimento de Ensino. Este se

regerá por regulamento próprio aprovado pela Direção que indicará um membro do

corpo docente para sua orientação e assessoria.

Para maiores informações acesso o link:

http://www.diaadia.pr.gov.br/cge/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=96

Conselho de Classe

O Conselho de Classe é um órgão colegiado de natureza consultiva e

deliberativa em assuntos didático-pedagógicos, com atuação restrita a cada classe da

Escola, tendo por objetivo avaliar o processo ensino–aprendizagem na relação

professor–aluno e os procedimentos adequados a cada caso.

O Conselho de Classe tem por finalidade: estudar e interpretar os dados da

aprendizagem na sua relação com trabalho do professor, na direção do processo

ensino–aprendizagem propostos pelo plano curricular; acompanhar e aperfeiçoar o

processo de aprendizagem dos alunos; analisar os resultados da aprendizagem na

relação com o desempenho da turma, com a organização dos conteúdos e

encaminhamento metodológico; utilizar procedimentos que assegurem a comparação

com parâmetros indicados pelos conteúdos necessários de ensino, evitando a

comparação dos alunos entre si.

O Conselho de Classe é constituído pelo Diretor, Professor Pedagogo e por

todos os professores que atuam numa mesma classe. É presidido pelo Diretor que, em

sua falta, ou impedimento, será substituído pelo Professor Pedagogo. As reuniões

serão ordinariamente em cada bimestre, em datas previstas no Calendário Escolar e

extraordinariamente, sempre que um fato relevante assim o exigir. A convocação para

as reuniões será feito através de edital, sendo obrigatório o comparecimento de todos

os membros convocados.

São atribuições do Conselho de Classe: emitir o perecer sobre os assuntos

referentes ao processo ensino–aprendizagem, respondendo a consultas feitas pelo

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Diretor e pela Equipe Pedagógica; analisar as informações sobre conteúdos

curriculares, encaminhamentos metodológicos e processo de avaliação que afetem o

rendimento escolar; propor medidas que viabilizem um melhor aproveitamento escolar,

tendo em vista o respeito à cultura do educando, integração e relacionamento com os

alunos da classe; estabelecer planos específicos e viáveis de recuperação dos alunos,

em consonância com o Plano Curricular desta Escola; colaborar com a Equipe

Pedagógica na elaboração e execução dos planos de adaptação de alunos

transferidos, quando se fizerem necessários; decidir sobre aprovação ou reprovação de

alunos que, após a apuração dos resultados finais não atinjam o mínimo solicitado pelo

Estabelecimento de Ensino levando-se em consideração o desenvolvimento do aluno,

até então; cumprir e zelar pelo cumprimento do disposto neste Regimento Escolar.

As reuniões do Conselho de Classe serão lavradas em ata por secretário “ad

hoc”, em livro próprio, para registro divulgação ou comunicação aos interessados.

Sala de Apoio a Aprendizagem

A Sala de Apoio a Aprendizagem, é uma nova classe formada por alunos

matriculados nas quintas séries que apresentam dificuldades de aprendizagem

básicas, detectadas por meio de avaliações diagnósticas nas disciplinas, de Língua

Portuguesa e Matemática oriundas das séries iniciais da Educação Básica.

O objetivo da classe de apoio, é dar alicerce, a este aluno com dificuldades, por

meio de atividades diferenciadas, atrativas, significativas para que o mesmo possa

melhor acompanhar a série em que se encontra.

Funcionará nas dependências da Escola, duas vezes por semana, sendo

ofertadas no contraturno das aulas regulares com no máximo vinte alunos em cada

disciplina. Conta com a devida autorização dos pais, na qual se comprometeram

prontamente em mandar seus filhos, nos dias e horários marcados, compromisso

selado em reunião realizada especialmente com esta finalidade.

Tendo em vista, a importância do funcionamento da classe de apoio, como mais

uma oportunidade de aprendizagem para os alunos com dificuldades acreditamos

( família e escola) , que estamos contribuindo para que nossos discentes além de

matriculados, possam acompanhar e permanecer na escola o tempo possível para

adquirir os conhecimentos científicos oferecidos por esta Instituição de Ensino.

Sala de Recursos

A Sala de Recursos de 5ª a 8ª séries, é um espaço onde o trabalho pedagógico

realizado se destina a contribuir com a na minimização das dificuldades de aprendiza-

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gem dos alunos, onde existe a preocupação em consolidar a construção de uma esco-

la inclusiva de qualidade,

São atendidos neste programa os alunos que apresentam necessidades educa-

cionais especiais: alunos egressos da educação especial ou de sala de recursos de 1ª

a 4ª séries, e ainda aqueles que apresentam problemas de aprendizagem com atraso

acadêmico significativo, distúrbios de aprendizagem e/ou deficiência mental e que ne-

cessitam de apoio especializado complementar para obter sucesso no processo de

aprendizagem na classe comum.

A programação deverá contemplar as áreas do desenvolvimento (cognitiva, mo-

tora, socioafetiva - emocional).

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

Avaliação deste instrumento de trabalho

Serão considerados critérios de avaliação deste PPP:

- A utilização de aporte teórico consistente;

- as relações teórico- práticas estabelecidas;

- a utilização de técnicas de ensino, procedimentos metodológicos e

recursos didáticos coerentes com os objetivos propostos;

- flexibilização das ações, para que este documento não se torne apenas um

amontoado de palavras sem sentido;

- outros que se fizerem necessários durante o processo.

São considerados instrumentos de avaliação, os registros escritos, elaborados

sob as formas de: relatórios e/ou atas registrando as alterações que podem e devem

ser solicitadas pelos agentes do processo, quando for necessário e principalmente, a

vivência da prática no cotidiano escolar.

São ainda propostos, momentos de auto-avaliação, enquanto instrumento de

análise e crítica, visando a superação das dificuldades encontradas.

Sistemática de Avaliação adotada pela escola

Na avaliação o professor deve utilizar técnicas e instrumentos diversificados, tais

como: tarefas variadas, trabalhos, pesquisas, experimentos, relatórios, exposições,

participação em sala de aula, provas e outras que se recomendem, preponderando os

aspectos qualitativos da aprendizagem, considerada a interdisciplinaridade e a

multidisciplinaridade dos conteúdos.

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Portanto, para que a avaliação cumpra sua finalidade educativa, dever ser

diagnóstica, contínua, permanente e cumulativa, considerando os resultados obtidos

durante o período letivo, num processo contínuo cujo resultado final venha a incorporá-

los, expressando a totalidade do aproveitamento escolar.

A avaliação deverá ser registrada em documentos próprios, a fim de serem

assegurados à regularidade e autenticidade da vida escolar do aluno e os resultados

serão comunicados aos pais ou responsáveis, através do boletim de notas em reuniões

bimestrais.

Para os alunos de baixo rendimento escolar, este Estabelecimento de Ensino

proporcionará Recuperação de Estudos, de forma paralela, ao longo do período letivo.

Entendendo-se como Recuperação Paralela, aquela que ocorre no decorrer do

processo ensino–aprendizagem, devendo estudo, avaliação e reavaliação caminhar

juntos. E ser planejada, constituindo-se num conjunto integrado ao processo de ensino

e aprendizagem, além de se adequar às dificuldades do aluno considerando a

aprendizagem do mesmo no decorrer do processo, prevalecendo sempre a nota de

maior valor.

Para a execução da Recuperação Paralela serão utilizadas diversas

metodologias: retomada do conteúdo anterior, atendimento de duvidas,

aprofundamentos de estudos através de pesquisas, debates e outras atividades

similares, exercícios adicionais, atendimento individual enquanto houver trabalhos em

grupos.

A média anual é 6,0 de acordo com a resolução 3794/04.

O processo de avaliação nesta escola é processual, portanto deve ser dividido

em vários momentos, portanto, definiu-se através do Regimento Interno deste

estabelecimento que as avaliações contemplem no mínimo:

- Provas/testes – valor máximo 4,0 pontos cada

- Trabalhos avaliativos em sala de aula, fora de sala de aula, através de

pesquisas e tarefas e trabalhos em grupo - 6,0 pontos que devem ser divididos

de acordo com a necessidade de cada disciplina.

- Recuperação paralela de cada atividade avaliativa e aplicação do projeto Tente

Outra Vez.(Ver anexos)

TENTE OUTRA VEZ

Equipe Escolar Sirley Jagas

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TenteE não diga que a vitória está perdidaSe é de batalhas que se vive a vida

Tente outra vez

Abrangência:

Este projeto é destinado a todos os alunos do Ensino Fundamental, desta

escola, abrangendo a participação do coletivo escolar com ênfase nas diferentes

disciplinas, visando evitar a evasão e a repetência.

Justificativa:

Na busca de uma escola mais atrativa com uma educação de qualidade que

oportunizará o sucesso escolar do aluno e contribuirá para a sua permanência na

escola desenvolvemos o presente Projeto que visa a qualidade no processo de ensino

aprendizagem, e desperta a motivação, elemento essencial para o sucesso de

qualquer atividade planejada. E ao definir como como principio a Deliberação N.º

007/99, aprovada em 09/04/99, que trata das Normas Gerais para Avaliação do

Aproveitamento Escolar, Recuperação de Estudos e Promoção de Alunos, do Sistema

Estadual de Ensino, em Nível do Ensino Fundamental e Médio:

Art. 3.° - A avaliação do aproveitamento escolar deverá incidir sobre o desempenho do aluno em diferentes situações de aprendizagem.

§1.°- A avaliação utilizará técnicas e instrumentos diversificados.§ 2.° - O disposto neste artigo aplica-se a todos os componentes

curriculares, independente do respectivo tratamento metodológico.

A partir deste enfoque e tendo em mente a formação integral do aluno, com

vistas ao desenvolvimento do cidadão critico e reflexivo, procuramos abordar o

processo educativo deste estabelecimento de ensino sob as seguintes perspectivas:

Revisão do processo avaliativo valorizando o “fazer cotidiano” em detrimento do

acúmulo e memorização de conteúdos, lançando um novo olhar sobre o conceito de

avaliação, de acordo com o proposto no PPP desta escola em que a avaliação deve

ser formativa, contínua, processual e não focada em um único instrumento avaliativo.

Acredita-se que isso contribuirá sobremaneira na diminuição dos índices de

repentência.

Dar tratamento cientifico aos conteúdos pelos quais se dá a apropriação do

conhecimento, aliando-os aos temas sociais contemporâneos de relevância para esta

comunidade.

Promoção de atividades lúdicas, recreativas e culturais para os alunos que

alcançaram os objetivos propostos em relação aos conteúdos para o bimestre;

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Retomada de conteúdos com propostas didático-metodológicas diferentes das

já utilizadas para os alunos que não alcançaram os objetivos propostos com relação ao

conteúdo trabalhado no bimestre;

Desenvolvimento da auto-estima dos alunos a partir da melhora do seu

desempenho, resultante dessa nova oportunidade e da participação nas atividades

extra-classe voltadas ao interesse das crianças e adolescentes.

Estimular a protagonismo dos adolescentes através de sua participação e

interação nas atividades extra-classe que são desenvolvidas neste período.

Divulgar entre os alunos e comunidade escolar a relevância do projeto como um

todo, ou seja, no que se refere aos alunos que deverão rever objetivos não alcançados

e aqueles que tiveream êxito nos mesmos, enfatizando que todas as atividades foram

planejadas, com uma intencionalidade específica.

Trata-se portanto, de um projeto especial para o ano letivo de 2008, que acontecerá de

forma experimental, nos quatro bimestres constantes no ano, em momentos distintos.

Objetivo Geral

- Combate à evasão e repetência;

Objetivos específicos

• oferecer alternativas diferenciadas de estudo em sala de aula para assimilação

dos conteúdos que os alunos tiveram dificuldades;

• trabalhar com número reduzido de alunos com dificuldades nas diferentes

disciplinas, visando um atendimento mais direcionado;

• oportunizar atividades extraclasse que ajudarão no desenvolvimento de temas

de relevância para a realidade vivida pela comunidade

• propor atividades recreativas, lúdicas, culturais, visando a socialização e

desenvolvimento de atitudes de tolerância e organização espacial e de compreensão

do próprio corpo em relação ao outro e ao ambiente social;

• proporcionar oficinas pedagógicas em que serão tratados assuntos importantes

como saúde, artes, qualidade de vida, integração social, educação inclusiva,

desenvolvimento de auto-estima, valores, cuidados com o meio ambiente, entre outros.

• Criar um ambiente de aprendizagem dinâmico em que o aluno seja o

protagonista de sua própria história, trazendo significação e valorização da escola.

Abordagem Pedagógica:

O Projeto se desenvolverá a partir de dois eixos norteadores:

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O primeiro focará a retomada de conteúdos, aos alunos que não atingirem 60%

de aproveitamento, seja em atividades avaliativas diárias, trabalhos, testes, entre

outros tipos de avaliações, em concordância com a deliberação 07/99 no que tange a

recuperação de estudos, descrita com clareza em seus artigos 11 e 13:

Art. 11- A recuperação é um dos aspectos da aprendizagem no seu desenvolvimento contínuo, pela qual o aluno, com aproveitamento insuficiente, dispõe de condições que lhe possibilitem a apreensão de conteúdos básicos.Art. 13 - A recuperação de estudos deverá constituir um conjunto integrado ao processo de ensino, além de se adequar às dificuldades dos alunos.

O segundo eixo terá como foco os alunos que atingiram os objetivos propostos

durante o bimestre, com o desenvolvimento de atividades extraclasse. Segundo

Incontrin (1996),

“[...] é essencial ao pleno desenvolvimento das potencialidades humanas que

elas brotem e cresçam em equilíbrio, num balanceamento perfeito. Que o coração não

se sobreponha ao intelecto, nem vice-versa, e que o aspecto físico não seja esquecido”

(IMCONTRIM, 1996, p.24).

Ambos os eixos norteadores visam o desenvolvimento integral dos alunos, pois

conforme Vigostsky, todas as atividades facilitadoras do relacionamento e das

vivencias dentro do contexto escolar visam promover as transformações do sujeito em

relação ao seu objeto de aprendizagem.

A base do trabalho, portanto, está na motivação como estratégia para alcançar os

objetivos pretendidos. De acordo com Leite e Tassoni (2002) A questão da escolha dos

procedimentos e atividades de ensino apresenta implicações afetivas nem sempre

prontamente identificáveis. Trata-se da adequação da atividade escolhida, em função

do objeto que se tem. Caso contrário, as relações do aluno com o objeto passam a

tomar um caráter aversivo que pode levar o aluno a expressar a intenção de nunca

mais se relacionar com determinado objeto.

Ou seja, para ensinar não basta só ter o conhecimento de uma série de

metodologias e fazer opção por uma delas. É necessário conhecer, e compreender o

aluno, suas características: personalidade, desenvolvimento motor, emocional,

cognitivo e social na qual ele encontra, bem como a maneira como aprende. Se

quisermos compreender os nossos alunos dentro do processo de aprendizagem é

preciso lembrar do princípio psicológico, segundo o qual nenhum comportamento existe

sem uma causa motivadora que o determine.

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS:

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1. Dinâmica do trabalho de retomada de conteúdos específicos:

Diagnóstico/levantamento durante o bimestre, dos alunos que apresentam

dificuldades nos conteúdos, trabalhados, por disciplina;

Levantamento dos alunos que não atingiram o aproveitamento de 60% nas

atividades propostas;

Repasse do levantamento realizado para equipe pedagógica;

Elaboração de um cronograma especial das aulas por disciplina visando a

retomada dos conceitos/conteúdos trabalhados no bimestre (serão respeitadas o

número de aulas e a carga horária dos professores);

Professores e equipe pedagógica definirão as estratégias e metodologias de

atuação que contemplem os objetivos propostos, fazendo com que os alunos tenham

uma oportunidade a mais de estudo, além de funcionar como um apoio pedagógico

direcionado, sem prejuízos aos alunos que já alcançaram os objetivos propostos para

aquele período;

Preparação de atividades que visem atingir os objetivos propostos;

Retomada de conteúdos a partir das defasagens apresentadas pelos alunos, por

disciplina;

Avaliação das atividades desenvolvidas durante o Projeto, caracterizando

recuperação de estudos.

2. Dinâmica do trabalho com atividades extraclasse:

- Jogos para desenvolvimento da concentração, atenção, observação, raciocínio

lógico, memória, etc.

- Recreação para desenvolver habilidades tais como: equilíbrio, agilidade,

rapidez, atenção, lealdade, tato, confiança, velocidade, resistência física, coordenação,

memória, controle, força, observação, reflexão, habilidade em situações difíceis.

- Festivais de poesia, dança, canto;

- Teatro/Contação de histórias: como forma de incentivo a leitura e

desenvolvimento do mundo imaginário e lúdico da criança;

- Oficinas pedagógicas que envolverão assuntos como: desenvolvimento da auto-

estima, desenvolvimento de atitudes positivas, valores morais, éticos, sociais,

artísticos.

- Apresentação de artistas locais;

- Cine-fórum com filmes escolhidos de acordo com a faixa etária e atividade

complementar (fórum de discussão-debate-produção relacionada ao tema do filme)

- outros

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AVALIAÇÃO

• Como a dinâmica de trabalho tem enfoque no conteúdo selecionado pelos

professores das disciplinas, as produções poderão ser utilizadas como um dos

instrumentos de avaliação ou diagnóstico de diferentes disciplinas e conteúdos,

contemplando a legislação vigente, o direito do aluno a aprendizagem com

qualidade e a avaliação cumulativa, processual e contínua.

• As atividades extraclasse deverão contemplar os temas sociais contemporâneos

que deverão ser integrados em um processo dinâmico ao conteúdo curricular

propriamente dito; dialético

• A avaliação da relevância do projeto na escola se dará através da aceitação e das

críticas que o mesmo terá entre professores, alunos e a comunidade.

• Os critérios de avaliação do projeto observarão os seguintes quesitos: Que

dinâmica ele gera? Qual o grau de satisfação e participação dos alunos? Qual a

aprendizagem resultante? Como o projeto se insere na vida da escola: integração,

dinamização, impacto na auto-estima coletiva, mobilização de professores e alunos,

apropriação da inovação, entre outros.

• A avaliação deverá ser contínua, contemplando os pontos positivos e negativos em

todas as instâncias que o projeto abarca.

• Se houver aceitação e sucesso nos objetivos propostos com foco principal na

promoção e formação dos alunos o projeto será inserido no Projeto Político

Pedagógico desta escola.

CRONOGRAMA:

A partir do ano letivo de 2008

Referências:

LEITE, Sérgio Antonio da Silva; TASSONI, Elvira Cristina Martins. A Afetividade na

Sala de Aula: As condições de ensino e a mediação do professor. In: Azzi, Roberta G.

e SADALLA, Ana Maria F.de A. (orgs). Psicologia e Formação docente: desafios e

conversas. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2002. p.113 a 141.

MASLOW, A . In: PRETTO, Siloé, P.N. Educação humanista: características de

professores e seus efeitos sobre alunos. SP: Cortez & Moraes, 1978. P.12)

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INCONTRIN, Dora. Pestalozzi: educação e ética. (Pensamento e ação no magistério)

São Paulo. Editora Scipione, 1997.

PARANÁ. Deliberação N.º 007/ 9 99 APROVADO EM 09/04/9 Conselho Estadual de

Educação, do Estado do Paraná. CÂMARAS DE ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO.

Que Dispõe sobre as Normas Gerais para Avaliação do Aproveitamento Escolar,

Recuperação de Estudos e Promoção de Alunos, do Sistema Estadual de Ensino, em

Nível do Ensino Fundamental e Médio. Sala Pe. Anchieta, em 09 de abril de 1999.

EDUCAÇÃO AMBIENTAL LEI 9.795, 27 DE ABRIL DE 1999

Abrangência: Alunos, professores, equipe escolar (Equipe Pedagógica, Direção,

Funcionários), país de alunos , membros da comunidade.

1. JUSTIFICATIVA

2. METODOLOGIA

- Reunião inicial para delimitar as ações possíveis e de prioridade com a participação

dos professores, equipe pedagógica, funcionários e o Conselho Escolar;

- Elaboração do projeto escrito e busca de referencial teórico;

Através da reunião inicial (realizada na semana pedagógica do início do ano de

2010) e após análise do coletivo da escola e do Conselho Escolar, chegamos a

definição das principais temáticas que serão desenvolvidas no decorrer do ano em

cada uma das diferentes disciplinas:

− Biologia:

− Filosofia:

− Sociologia:

− Química:

− Fisica:

− Ciências: Preservação dos ecossistemas e tipos de poluição;

Matemática: Realização de pesquisas da quantidade de lixo produzida pelas famílias

dos alunos (cálculos de médias, porcentagens, construção de gráficos, etc.), a fim

de aprender matemática e promover a sensibilização ambiental;

Inglês: Interpretação de textos, músicas e filmes com diferente temáticas ambientais;

História: A concepção das questões ambientais em determinados períodos históricos;

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Português: Interpretação e produção de textos com a temática ambiental;

Arte:

Educação Física:

Ensino Religioso: Será trabalhado o respeito ao meio ambiente e a importância da

natureza nas diversas religiões;

Geografia: Como as questões ambientais já fazem parte de uma das dimensões dos

conteúdos estruturantes da disciplina, a todo momento é trabalhado a educação

ambiental dentro da Geografia. No entanto, haverá continuidade de algumas ações

do projeto “De olho no arroio” de 2009. Exemplos:

1) Realização de novas análises da água do arroio Santa Luzia para ver evolução ou

retrocesso da poluição;

2) Promoção de palestras / mini-curso ou oficinas sobre temáticas ambientais com

alunos estagiários da UEPG (a confirmar – vendo possibilidade);

3) Apresentação/Exposição dos trabalhos realizados em cada disciplina no Dia Mundial

do Meio Ambiente (dia 05/06 – transferido para 07/06);

4)2*Realização de coleta dos entulhos das residências, para que se diminua a

quantidade de lixo no entorno da escola e no arroio (será avisado a comunidade um

dia antes com os alunos da tarde, para que separem e coloquem a disposição os

materiais – o que for útil será feito doação à famílias carentes);

5) Plantio de mudas de árvores na lateral da escola (21/09/2010);

6) Montar equipes para serem os fiscais do meio ambiente escolar;

3. AVALIAÇÃO

Será feita em momentos específicos nas diferentes disciplinas. Haverá um

momento final para realizar a avaliação coletiva dos resultados e para propor as

mudanças necessárias para o ano seguinte.

REFERÊNCIAS

MELO, M.S de.; MORO, R.S.; GUIMARÃES, G.B. Patrimônio Natural dos Campos

Gerais do Paraná. Ponta Grossa : UEPG, 2007, 230 p.

PONTUSCHKA, N. N.; PAGANELLI, T. Y.;CACETE, N. H. Estudo do Meio:

momentos significativos de apreensão do real. In:_____. Para ensinar e aprender

Geografia. São Paulo: Cortez, 2007. p. 171-212.

PARANÁ, Educação ambiental/ Secretaria de Estado da Educação. Superintendência

de Educação. Departamento de Diversidade. Coordenação de Desafio Educacionais

2 Esta ação será efetivada se conseguirmos um caminhão caçamba junto a Prefeitura.

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Contemporâneos. Curitiba: SSED – PR., 112 P. - (Cadernos Temáticos da

Diversidade).

HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA – LEI 10.639/03

Ponto de culminância: 20 de novembro 2010 – apresentação dos trabalhos

realizados pelas diferentes disciplinas durante o ano letivo.

Sugestão de atividades por disciplina:

História: História da Africa com destaque a cultura

Geografia: distribuição espacial da população negra no Brasil e no Paraná

Português: poesias de autores negros – etimologia das palavras advindas da africa

(diferentes colonizações)

Educação Física: Danças, jogos e esportes de origem africana.

Artes: Músicas (ritmo, instrumentos, movimentos) ;Ressaltar os artistas e obras de

arte de diversas modalidades que retratem a cultura e a história Afro brasileira e

africana.

Matemática: será feito um levantamento para identificar quem se reconhece como

negro

Aliado ao texto incluído no Projeto Politico Pedagógico da escola, sobre os estudos

e valorização da História e cultura Afro-brasileira e africana, incentivaremos o

“projeto conhecer”, visando oferecer a oportunidade de visitação à áreas de

importância para a história e cultura dos negros no Paraná, tais como: Colônia Sutil,

Fazenda Capão Alto (museu-fazenda em Castro).

PREVIDA – PROGRAMA DE FORMAÇÃO DA CIDADANIA PLENA

O Colégio Sirley Jagas passa a articular suas ações no âmbito da comunidade,

trazendo uma série de atividades, dentre os quais estão as sugeridas pela SUED

através da Instrução 002/05 e de acordo com o Decreto no. 4588 de 05 de abril de

2005 – SUED, devemos contemplar em nosso currículo, o Programa de Formação da

Cidadania Plena, desenvolvendo ações que tenham como foco os fatores de risco e

proteção voltados ao indivíduo, à família, à escola e à comunidade.

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De acordo com o Decreto acima citado, passaremos a discutir, refletir e difundir

nesta escola, sobre as questões que deverão estar contidas no currículo, referentes ao

desenvolvimento da Cidadania Plena em todas as ações implícitas no âmbito escolar,

além de desenvolver um projeto específico que contemple temas importantes para a

efetivação de uma ação emancipatória neste sentido.

Tais temas podem variar de acordo com a realidade de nossos alunos, mas a

princípio, trataremos de temas que estão em maior evidência nesta comunidade:

causas e consequências do alcoolismo; Uso Indevido de drogas lícitas e ilícitas;

qualidade de vida, entre outros.

Portanto deveremos trabalhar com as questões a seguir , fazendo o registro

através de relatórios e fotografias que serão encaminhados à Assessoria de Relações

Externas e Interinstitucionais da SEED ao final de cada período letivo.

Discutir com a comunidade / alunos o conteúdo do Decreto a seguir

Promover a participação dos pais

Estimular o debate crítico-reflexivo com os alunos a partir do levantamento de

dados, através de pesquisas em jornais, revistas, notícias veiculadas pela

imprensa, mídia em geral, acidentes, violência e mortes relacionadas ao uso de

álcool.

Promover discussões sobre a propaganda de bebidas alcoólicas como fator de

risco para o incentivo ao consumo;

Desenvolver com os alunos, pesquisa na nossa comunidade, levantando dados

concretos e indicadores de alcoolismo. (pode ser trabalhado com gráficos,

entrevistas individuais e coletivas na própria família do aluno ou a elaboração de

um senso da nossa região.

Promover palestras com os alcoólicos anônimos; patrulha escolar; etc.

Promover encontros que incentivem a qualidade de vida;

Desenvolver trabalhos sobre a cultura da paz durante o ano.

Estamos, portanto, buscando não somente o cumprimento da Lei, como também o

exercício de nosso dever como educadores comprometidos com um projeto social

muito maior do que apenas trabalhar os conteúdos historicamente construídos, mas,

proporcionar aos nossos alunos a oportunidade de interagir com o mundo que os

rodeia, mostrando a eles que existe possibilidade de transformação e que esta

depende de suas atitudes hoje.

ENFRENTAMENTO A VIOLÊNCIA NA ESCOLA

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Período de vigência: A PARTIR DE 2010

Justificativa

Tendo como pressuposto principal que a escola é um espaço em que culminam

várias formas de violências, faremos um trabalho direcionado não somente aos alunos,

mas, principalmente de disseminação e preparação junto aos professores e

funcionários para o enfrentamento dos problemas e conflitos gerados do cotidiano da

escola.

Temos em mente a necessidade eminente de buscar alternativas para

enfrentamento de situações que emergem no dia a dia da escola e que observamos

não são compreendidas para serem então resolvidas, ou seja, apenas compreende-se

o “fato ocorrido” e não o que gerou determinada situação de conflito de caos ou até

mesmo de violência.

Estamos ainda submersos numa rotina educacional que acaba por afirmar e

reafirmar questões que convergem apenas para a preparação para o mercado de

trabalho e das desigualdades sociais, de gênero, raciais, das relações de poder,

exploração de mão de obra, etc.

Objetivo Geral

Buscar mecanismos para a superação de diferentes formas de violência no ambiente

escolar.

Objetivos Específicos

Capacitar os profissionais da educação atuantes na escola, tendo em vista a

necessidade de aprofundamento em questões que ainda são entendidas de forma

superficial;

Elaborar planos de ação para colocar em prática os conteúdos trabalhados nas

capacitações;

Contribuir para a qualidade do ensino- aprendizagem;

Refletir sobre a importância das regras de convivência e as diferenças, afim de ajudá-

los a cultivar a paz nos demais seguimentos da sociedade;

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Melhorar a qualidade das relações e a convivência na escola.

Metodologia

O trabalho será dividido em diferentes etapas e com características específicas

para cada situação ou tema abordados, tendo em vista a capacitação permanente e o

trabalho efetivo em sala de aula.

A primeira proposta é a de negociar junto a direção, pelo menos 30 por cento

das horas-atividades dos professores e mensalmente faremos uma manhã (4horas) no

sábado ou a noite (4 horas), conforme necessidade e escolha da maioria.

Esta formação continuada em serviço, ocorrerá o ano todo em dias pré-definidos em

calendário para dar maior credibilidade ao trabalho.

Este tipo de formação em serviço, consistirá em análise de vídeos pedagógicos;

palestras; vídeos expositivos; visitas a locais que contribuam com o processo, etc;

verificar a possibilidade de certificação.

Proposta:

TODAS AS AÇÕES DEVEM CULMINAR EM: análise de situações concretas na

escola e definição das ações possíveis e realizáveis.

Vídeo sobre pedofilia (Tania Guerreiro)

Qualidade de vida e de trabalho – relações interpessoais (Prof Tioce-UTFPR)

Palestra com o Professor Nei Alberto Salles sobre Educação para a Paz;

Palestra com o Professor Flávio.... Educação em valores Humanos (Satya Say)

Palestra com a Prof Gilsani e Professora Ines sobre diversidade sexual-vídeo: trilogia

LGBT;

Palestra sobre Bullyng – análise do filme Bang Bang Você Morreu e Lucas: Um intruso

no formigueiro (Maria José Bastos)

Palestra sobre Gêneros com a Professora India Mara;(NRE)

Enfrentamento as drogas Lícitas e Ilícitas com o pessoal do Reviver/outro

Questões étnicas e Raciais na escola com a Professora Ms Maria Antonia Marçal

Violência familiar e banalização da violência – Prof Aurélio Pianaro (Escola de Pais

Sagrada Família)

Trabalho Infantil e relações de poder;

Influência da Mídia na Sociedade – banalização do sexo, da exposição do corpo,

consumismo;

Palestra com o Conselho Tutelar e com a Patrulha escolar.

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2a. ETAPA – definidos os propósitos do projeto e o início da capacitação em serviço,

professores, funcionários e equipe pedagógica deverão definir pelo menos duas ações

para desenvolverem durante o ano todo, dentro de sua disciplina em sala de aula e do

desenvolvimento do seu trabalho no caso de ser funcionário e equipe.

Exemplo de quadroProfessor/Funcionário

Tema Escolhido Ação Específica Resultados/Avaliação

(a ser preenchido no final do ano pelo grupo da escola) pts positivos e negativos - sugestões de melhorias

Andréa (Pedagoga)

Bullyng 1- Sessões coletivas por semestre;2- atuação diária

Sandra (Diretora)

Sexualidade/homofobia

1 – promover palestras para os pais e comunidade.

Rosane (funcionária)

Pedofilia 1 – observação dos alunos no pátio;2 – fazer a caixinha de dúvidas

Professor Violência (Conceito, Tipos, Causas e

Consequências, etc.)

1- Poderão ser realizados painéis informativos;2- Aplicação de questionário aos alunos , a fim de fazer um diagnóstico da situação.

Célia (Secretária)

Educação em Valores Humanos

1 – Promover momentos de relaxamento na escola;2 – fazer abordagens sobre o assunto no decorrer de seu trabalho.

Valderez (professora)

Higiene mental/violência

1 – Realizar estudos de textos e técnicas de relaxamento para a promoção da higiene física e mental;2- Finalização através de apresentações

Professor(Marcilene /Andrea e outros que tiverem interesse)

Medidas de prevenção e re-educação (repressão)

1- Visita a instituições de apoio/recuperação de menores.(Marilac; Instituto João XXIII; CENSE, etc.)

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Professoras(Scheila/ Osnéia )

Educação para a paz(As condições humanas para a paz na escola e na

família, no trabalho, etc.)

1- Fazer leituras de textos sobre o tema e realizar concursos de cartazes/redação/poesia/paródia, etc. sobre o tema PAZ.

Professora de inglês

Os efeitos dos desenhos animados (Mídia) na

instigação da violência.

1- Observação/Análise/Avaliação dos desenhos animados em conjunto com os alunos. Após observação, dar um novo direcionamento a esses desenhos, como deveriam ser os personagens, etc);2- Elaboração de histórias em quadrinhos ou dramatização.

SEXUALIDADE E PREVENÇÃO A GRAVIDEZ NA ADOLESCENCIA

EU POSSO SONHAR

Período de realização: a partir de 2009

Envolvidos: Direção/ Equipe Pedagógica/ Professores das áreas/ Funcionários/ Pais/

Alunos/ comunidade.

EIXO NORTEADOR DO PROJETO:

Importância do sonhar - Utilizar o sonho de vida de cada jovem como motivação

para a prevenção de gravidez na adolescência e vivencia responsável de sua

sexualidade.

OBJETIVO GERAL

Promover momentos de informações sobre sexualidade e prevenção demons-

trando que a capacidade do ser humano em se relacionar consigo mesmo e

com o outro vai além do contato físico, respeitando os seus sentimentos e o do

outro.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Conhecer seu corpo e o do outro (aparelhos reprodutores: masculino e feminino,

seu funcionamento; transformações corporais e sociais na puberdade/adoles-

cência);

Desenvolver no jovem a aprendizagem do controle da capacidade reprodutiva;

Desenvolver na comunidade escolar o conceito realista de que a adolescência

não é um período adequado para ter um filho;

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Promover na comunidade escolar (pais, funcionários e comunidade) palestras e

oficinas sobre saúde, planejamento familiar, relacionamento entre pais e filhos;

Identificar e expressar seus sentimentos e desejos, respeitando os sentimentos

e desejos do outro;

Educar para a consciência crítica na tomada de decisões responsáveis a respei-

to da sua sexualidade;

Desenvolver a auto-estima para os jovens identificarem seus sonhos, elabora-

rem seu projeto de vida e buscarem os recursos para sua realização;

Promover momentos de trocas de informações sobre sexualidade, preconceito,

respeito as diferenças, relações de gênero, reprodução, prevenção para jovens

e comunidade;

Sensibilizar a comunidade escolar sobre a prevenção de gravidez da adolescên-

cia;

Abordar a importância da aproximação entre pais e filhos para uma convivência

saudável na adolescência.

Inserir a discussão sobre planejamento familiar direcionada a comunidade, com

profissionais da área da saúde;

Incentivar o protagonismo, formando alunos das séries finais para atuarem

como multiplicadores.

METODOLOGIA:

1 - Oficinas e palestras que permeiam a discussão sobre sexualidade e prevenção a

gravidez na adolescência, destinadas aos alunos e pais;

2) Será criada uma rede entre a comunidade escolar (professores, funcionários pais e

alunos) para informação e divulgação das atividades realizadas pela escola;

3) Parcerias com:

- UEPG – Curso de Jornalismo e Informática para auxiliar no desenvolvimento de uma

mídia digital (blog ou site) que vincule informações sobre o tema Sexualidade e

prevenção da gravidez na adolescência, com enquetes, vídeos, fotos, depoimentos,

divulgação de eventos, sugestão de filmes, músicas, etc;

- Município para prevenção da gravidez através dos postos de Saúde;

- CRAS – Centro de Referencia em Assistência Social.

4) Qualificação dos alunos para atuarem como multiplicadores;

Desenvolvimento

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A metodologia será desenvolvida através de dinâmicas de

sensibilização/percepção, trabalhos em grupos/individuais, filmes, caixa de perguntas,

redações, dramatizações, estudo de caso, júri, debates sobre consumismo, análise de

programas de TV, relações de gênero através da história, atividades musicais e

exposição dialogada por parte dos ministrantes e dos adolescentes.

Pretende-se inserir o presente projeto no PPP da escola, desta forma, este será

avaliado juntamente com a comunidade escolar em momento próprio.

RECURSOS FÍSICOS

• Salas de aula;

• Saguão da Escola;

• Associação de Moradores da Santa Luzia;

RECURSOS HUMANOS

• Voluntários;

• Professores;

• Acadêmicos da UEPG;

• Alunos;

• Pais.

RECURSOS MATERIAIS

Utilizaremos Instrumentos de trabalho, materiais diversos tais como:

• Jogo “Na Onda”

• DVDs;

• Aparelho de Som;

• Tv/Vídeo;

• Laboratório de informática;

• Data-Show,

• TV Pen-Drive;

• Material de Expediente (lápis, caneta, papel, tesoura, cola, etc.)

RECURSOS FINANCEIROS

Serão apropriados a partir das verbas fornecidas pela SEED e arrecadadas pela

APMF.

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AVALIAÇÃO:

Avaliaremos a proposta como um todo no decorrer do processo.

Realizaremos avaliação conjunta, ao final de cada oficina e palestras

específicas, nos momentos finais, através de dinâmicas ou documento próprio em que

os partícipes poderão expressar seus pensamentos acerca do assunto estudado, de

forma a demonstrar sua compreensão.

O projeto geral será avaliado no final do ano através do PPP.

REFERÊNCIAS:

BOECHAT, Carlos Filho; Castro, Heloísa Sexo sem segredo.. Rio de Janeiro: Bloch,

1996.

CHARBONNEAU, Paul Eugène. Educação Sexual: Seus fundamentos e seus

processos. São Paulo: EPU, 1979.

PIRES, C. do V. G.; GANDRA, F.R.; LIMA, R.C.V. Coleção o dia-a-dia do professor:

Adolescência – Afetividade, sexualidade e drogas. Volume I, II, III, IV. 1ª Ed. Belo

Horizonte: Editora FAPI, 2002.

SERRÃO, Margarida e BALEEIRO, Maria Clarice. Aprendendo a Ser e a Conviver.

São Paulo: FTD, 1999.

SOUZA, Hália Pauliv de. Convivendo com seu sexo. Pais e Professores. São Paulo:

Paulinas, 1991.

Site: www.ecos.org.br.

Site: www.fiocruz.org.br.

RECREANDO

Justificativa

A partir das primeiras observações efetuadas, vimos que este momento na

escola era sinônimo de conflitos e agitação. Pressupondo possibilitar novas vivências

corporais e interativas entre nossos alunos e de dar sentido e significado de diversão

ao recreio, tornando-o um momento de prazer e alegria, e oportunizando a

socialização e novos momentos de aprendizagem optamos por criar o recreio dirigido.

Descrição

O recreio orientado, ocorre sobre a supervisão das atendentes de pátio, um

professor e alunos colaboradores que atuam nas diferentes atividades propostas.

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Objetivos

- Realizar brincadeiras que despertem a cooperação mutua;

- Dar novo significado a este momento na escola;

- Inibir a violência e agressividade;

- Socialização;

- Incentivar a participação na vida escolar;

- Respeito ao espaço físico da escola e aos materiais utilizados para as atividades;

- Respeito às regras estabelecidas;

Metodologia

a) Orientar alunos colaboradores, funcionários e professores sobre funcionamento do

programa RECREANDO;

Caberá ao professor:

- A participação do professor será por escala a ser definida;

- Ele atuará na orientação geral, incentivar os participantes;

- Orientar participantes zelando pelo respeito com os colegas, colaboradores e

materiais disponibilizados;

- Aos professores de Educação Física caberá a definição de propostas semanais de

atividades que serão ofertadas;

Caberá aos atendentes de pátio:

- Zelar pela correta aplicação do programa;

- Disponibilizar espaço para deixar as propostas de atividades;

- Orientar aos alunos colaboradores;

- organizar atividades, com auxilio dos alunos colaboradores;

- Disponibilizar material solicitado pelos colaboradores;

- Guardar material utilizado com auxilio dos colaboradores;

Caberá aos alunos colaboradores:

- Obter autorização dos pais para participação no programa;

- Chegar à escola com antecedência de 15 min;

- Estar devidamente credenciado através de crachá ou guardapó;

- Verificar as atividades que serão realizadas no dia;

- Organizar atividades, com auxilio de uma das atendentes de pátio;

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- Guardar material utilizado com auxilio atendentes de pátio;

- Orientar na realização das atividades;

- Respeito às regras estabelecidas;

A equipe pedagógica caberá:

- Definir cronograma para aos monitores;

- Criação de regras possibilitando a participação de todos;

- Cadastramento de monitores para atuarem nas diversas atividades (com autorização

dos pais);

A Direção caberá:

- Disponibilizar recursos para efetivação do programa;

- Ampliação de estruturas para desenvolvimento das atividades: tabela de basquetebol,

redes de mini-vôlei, jogos de mesa; outros.

Sugestões de atividades para o Recreio.

VÔLEI DE FRONHA GUIADO

Material: 1 bola de voleibol

Rede de voleibol ou elástico ou cordão

Pedaços de tecido (dois metros quadrados)

Lenços

Formação: Dois grupos

Organização: Os grupos formarão quartetos, sendo que dois participantes terão os

olhos vendados. Cada quarteto com um pedaço de tecido. Os participantes de olhos

vendados deverão estar em pontas opostas do tecido.

Desenvolvimento: O jogo seguirá a dinâmica do voleibol, sendo a bola lançada com o

tecido. A bola poderá dar um toque no chão.

Nota: Juntos, monitores e participantes poderão incluir critérios para a dinâmica

em dupla com os olhos vendados de um participante, para outras modalidades.

VOLEIBOL COM REDE MÓVEL

Material: 1 bola de voleibol Elástico

Formação: Dois grupos:

Organização: Solicitar dois participantes, para, de posse do elástico, dinamizarem a

rede móvel, os grupos deverão sempre ocupar lados opostos do elástico, independente

do espaço de campo de jogo.

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Desenvolvimento: Usar a dinâmica do jogo de voleibol, com os participantes

trocando passes para o envio da bola para o campo adversário. A rede irá mover-se

nas diversas direções da área de jogo, variando de tamanho e possibilitando grandes e

minúsculas áreas de jogo para as equipes.

Nota 01: Os participantes deverão ocupar sempre a extensão da área de jogo e

o prolongamento do campo.

Nota 02: O monitor deverá possibilitar a inclusão e retirada de regras por parte

dos participantes.

ALUNOS REPRESENTANTES DE TURMA

REGULAMENTO DOS ALUNOS REPRESENTANTES DE TURMA

Projeto Exercício diário de Cidadania

Funcionamento: a partir de 2009

Princípio geral deste regulamento:

Ética e compromisso com a democracia

Foco do Representante de Turma:

A educação que queremos.

Natureza:

Essencialmente Político-Educativa

O que significa representação:

Expressão da voz plural da sociedade organizada.

Papel do Representante de turma:

b) Defesa dos interesses coletivos;

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c) Defesa do Projeto Político Pedagógico da escola;

d) Compartilhar o ponto de vista e as aspirações da turma visando o interesse

comum;

e) Situar o interesse coletivo acima dos interesses individuais;

f) Fazer valer as decisões tomadas pela maioria;

g) Ter sensibilidade política.

O Representante de Turma deve ter:

Representatividade;

Disponibilidade;

Compromisso;

Saber ouvir

Saber dialogar;

Responsabilidade em acatar as decisões da maioria;

Nunca desistir de dar opiniões e apresentar suas propostas.

Art.1º Este Regulamento tem por objetivo normatizar a eleição, atividades, direitos e

deveres do aluno representante de turma.

Art. 2º As turmas terão um aluno representante e dois suplentes.

I.O primeiro suplente auxiliará o representante nas atividades pertinentes ou o

substituíra em sua ausência;

II.O segundo suplente assumirá as funções do primeiro suplente caso este seja

impedido ou afastado, por qualquer motivo.

Art. 3º Representante e seus suplentes deverão ser eleitos por votação direta.

I.Será considerado eleito como representante de turma o aluno mais votado na eleição;

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II.Será considerado eleito como primeiro suplente o segundo aluno mais votado na

eleição.

III. Será considerado eleito como segundo suplente o terceiro aluno mais votado.

IV. Em caso de empate o critério será o aluno de maior idade.

Art. 4º O mandato do representante e de seus suplentes terá duração de seis meses

(um semestre).

I.é permitido ao representante e seus suplentes candidatar-se a reeleição.

II. Perde o direito à candidatar-se o aluno que foi afastado de sua função.

Art. 5º Só podem concorrer para mandato de representante alunos regularmente

matriculados . Não poderão concorrer

I.Alunos com qualquer menção disciplinar em seus prontuários;

III.Alunos que tenham sido afastados de mandato anterior, por descumprimento dos

deveres.

III. O desligamento do aluno poderá ocorrer por falta disciplinar..

Art. 6º A eleição do aluno representante deverá ocorrer em aula regular, de forma

direta e com voto secreto, sob a supervisão de uma mesa previamente composta.

Art. 7º O Representante de turma tem as seguintes funções:

- Estimular a interação entre todos os alunos da turma.

- Saber ouvir os colegas em suas necessidades.

- Identificar as necessidades da turma.

- Mostrar-se sempre responsável e aberto ao diálogo.

- Cumprir as atividades diárias solicitadas pela equipe pedagógica (buscar pasta,

anotar alunos faltantes).

- Buscar a opinião consensual do grupo e representá-la.

- Participar das reuniões de Representantes de Turma marcadas diretamente pela

equipe pedagógica.

- O primeiro suplente irá auxiliar na execução das funções cotidianas e deverá sempre

substituir o Representante de turma, em qualquer reunião ou evento nos quais o titular

não possa estar presente.

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- Divulgar para a turma o que foi abordado nas reuniões, assim como os eventos

programados

- Representar a turma perante a Direção da escola, Equipe pedagógica, Professores e

Pais;

- Procurar manter a ordem em sala de aula, na ausência do Professor, principalmente

exigir que os alunos não saiam da sala de aula quando da troca de Professor entre

uma aula e outra;

- Repassar as turmas recados e informações quando solicitados pela Direção ou

Equipe Pedagógica;

- Ser exemplo de comportamento e assiduidade na entrega de trabalhos para poder

cobrar as mesmas atitudes da turma;

- Informar a Equipe Pedagógica quando e quais alunos apresentam dificuldades ou

demonstram falta de estímulo para prosseguir estudando;

- Relembrar e cobrar o que consta no regulamento interno do Colégio;

- Zelar pela escola e suas instalações, material didático, livros da escola e infra-

estrutura em geral, cobrando isso dos colegas;

- Anotar e encaminhar as reivindicações de alunos aos professores e Equipe, bem

como de professores aos alunos;

- Cooperar na manutenção e higiene no ambiente da Escola;

- Estimular a turma quanto a participação nos projetos da escola bem como na

disciplina em sala de aula;

- Promover a integração da turma, evitando a formação de grupinhos paralelos dentro e

fora da sala de aula;

- Avisar imediatamente a Equipe Pedagógica quando da falta de um Professor;

- Relacionar os aniversariantes do mês e ano e fixar no mural.

Art. 13. Em caso de renúncia, o representante deverá comunicar por escrito Direção

prazo mínimo de quinze (15) dias. Em caso de renúncia ou afastamento, o primeiro

suplente assumirá. Na impossibilidade do primeiro suplente assumir, o segundo

suplente deverá assumir.

Art. 14. Os casos omissos são resolvidos pela Direção/Equipe Pedagógica.

Art. 16. Este regulamento entra em vigor na data de sua aprovação.

“FELIZ AQUELE QUE TRANSFERE O QUE SABE E APRENDE O QUE ENSINA”

Cora Coralina

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BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

BRASIL. LDB - Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasília: Senado federal,

2004.

BUFFA, Éster; ARROYO, Miguel e Nosella, Paolo. Educação e Cidadania: Quem

educa o Cidadão. 3a. ed. Coleção Polêmicas do Nosso Tempo. São Paulo: Cortez:

Autores associados, 1991.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: Saberes necessários à prática educativa,

22a. ed. Coleção Leitura. São Paulo: Paz e Terra, 1997.

GADOTTI, Moacir. O projeto Político-Pedagógico da escola. Na perspectiva de uma

Educação para a Cidadania. La Salle: Revista de Educação e Ciência e Cultura II.

Centro Educacional La Salle de Ensino Superior. V. 1, no. 02 CELLES: Primavera de

1996.

GIROUX, H. Os professores como intelectuais: Rumo a uma pedagogia crítica da

aprendizagem. Trad. Daniel Bueno Porto Alegre : Artes Médicas, 1997.

GRISPUN, Mirian P. S. Zippin. Orientação Educacional – Conflito de paradigmas e

alternatives para a escola. 2a. Ed. São Paulo: Cortez, 2002.

LIBÂNEO, José Carlos. Organização e Gestão da Escola: teoria e prática. 5a. ed.

Revista e ampliada – Goiânia: Alternativa, 2004.

PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Educação Básica.

PARANÁ. Decreto no. 4588 de 05 de abril de 2005 – SUED

RAYEL, Renata Salgado et al. Professor Pedagogo na Educação Básica. Edição

2004, São Paulo: Apostilas Lógica, 2004.]

VASCONCELOS, C. dos S. Coordenação do Trabalho Pedagógico. Do projeto

político-pedagógico ao cotidiano da sala de aula.4. ed. São Paulo: Libertad, 2002.

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