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CSE-314-4 Planejamento e Gestão da Qualidade Engenharia e Tecnologia Espaciais ETE Engenharia e Gerenciamento de Sistemas Espaciais Planejamento e Gestão da Qualidade L.F. Perondi 19.09.2011

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CSE-314-4

Planejamento e Gestão da Qualidade

Engenharia e Tecnologia

Espaciais – ETE

Engenharia e

Gerenciamento de

Sistemas Espaciais

Planejamento e

Gestão da Qualidade

L.F. Perondi

19.09.2011

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Guildas da Europa Medieval

- Do Século XII ao início do Século XIX, artesãos no continente europeu

organizavam-se em guildas, ou corporações de ofício. As guildas

especificavam regras bastante estritas para a qualidade de produtos e

serviços.

- “Comitês de Inspeção”, implementavam estas regras, aferindo marcas

ou símbolos especiais aos produtos considerados sem falhas.

- Artesões, eventualmente, colocavam uma segunda marca nos produtos

por eles produzidos. Inicialmente, tais marcas eram utilizadas para

identificar a origem de itens com falhas.

- Com o tempo, porém, estas marcas passaram a identificar os artesãos

com boa reputação.

- Marcas de inspeção e marcas de mestres-artesãos serviam como prova

de qualidade para produtos comercializados na Europa Medieval.

- Esta abordagem à qualidade na manufatura vigorou até à Revolução

Industrial, no final do Século XVIII – início do Século XIX. FONTE: AMERICAN SOCIETY FOR QUALITY

http://asq.org/learn-about-quality/history-of-quality/overview/overview.html

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Produção artesanal: cada sistema era fabricado a partir de peças

únicas, ajustadas uma a uma pelo artesão, de modo que juntas

conferissem ao sistema a funcionalidade projetada. O artesão detinha

os conhecimentos necessários a: concepção e arquitetura, projeto,

fabricação e integração do sistema.

Como se manifestava a qualidade?

- matéria prima: homogeneidade

- funcionalidade do produto

- repetibilidade de produtos com mesma funcionalidade

FONTE: AMERICAN SOCIETY FOR QUALITY

http://asq.org/learn-about-quality/history-of-quality/overview/overview.html

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Artesanal

Até início do Século XIX, o sistema dominante de fabricação era o

artesanal. Jovens aprendizes aprendiam um ofício, ao mesmo tempo

em que trabalhavam para um mestre – geralmente, por muitos anos.

Como a produção era vendida, quase de exclusivamente, localmente,

cada mestre artesão tinha um compromisso e uma pressão da própria

comunidade em garantir a qualidade dos bens que produzia. Se as

expectativas de qualidade não eram atingidas, o mestre artesão corria

o risco de perder clientes, com difícil perspectiva de reposição (má

reputação). Assim, os mestres inspecionavam a qualidade de todos os

bens produzidos, previamente à venda.

FONTE: AMERICAN SOCIETY FOR QUALITY

http://asq.org/learn-about-quality/history-of-quality/overview/overview.html

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Fábricas

O sistema de fábricas, um produto da Revolução Industrial

na Europa, passou a compartimentar os artesãos em

categorias de profissionais especializados em tarefas

particulares. A qualidade no sistema de fábricas era

garantida através da habilidade e treinamento do

trabalhador, suplementada por auditorias/inspeções.

Produtos defeituosos eram retrabalhados ou descartados.

FONTE: AMERICAN SOCIETY FOR QUALITY

http://asq.org/learn-about-quality/history-of-quality/overview/overview.html

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O sistema de Taylor

No final do século XIX, Frederick W. Taylor introduziu

modificações no sistema de fabricação, buscando aumentar a

produção sem o aumento do número de trabalhadores

especializados. Taylor introduziu o planejamento da produção

(tempos e movimentos). Foram criados departamentos especiais

para inspecionar a produção, de modo a impedir que produtos

defeituosos chegassem aos clientes. A atitude em relação à

qualidade – gerentes questionavam o inspetor “por que o produto

defeituoso chegou ao mercado?”, ao invés de questionar o

engenheiro responsável pelo planejamento sobre “Por que

planejamos serviço desta forma?”

FONTE: AMERICAN SOCIETY FOR QUALITY

http://asq.org/learn-about-quality/history-of-quality/overview/overview.html

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2750 AC: Construída a

Grande Pirâmide de Gizé

Estudiosos e

pesquisadores até hoje

discutem sobre como foi

construído o complexo de

pirâmides de Gizé.

A Grande Pirâmide, com

146.7 m de altura e 230 m

de base, é a maior de

todas as 80 pirâmides do

Egito.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Pir%C3%A2mides_de_Giz

%C3%A9

http://en.wikipedia.org/wiki/Egyptian_pyramids

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A precisão com que as pirâmides

foram construídas há muito

impressiona pesquisadores e

estudiosos.:

-Os quatro lados são

praticamente do mesmo

comprimento.

- A base da Grande Pirâmide

forma um quadrado quase que

prefeito, com lado médio da

ordem 230m, com somente 19

cm de diferença entre o maior

e o menor lado (~0,018 %).

- Este quadrado encontra-se,

também, quase que

perfeitamente nivelado.

- Quando finalizada, a Grande

Pirâmide tinha uma altura de

146.7 m – altura equivalente a

um prédio de 50 andares.

- http://pt.wikipedia.org/wiki/Pir%C3%A2mides_de_Giz%C3%A9

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-Pesquisadores estimam que algo

como 2,3 milhões de blocos de

pedra, com massa média de 2,5

toneladas cada, foram utilizados

em sua construção.

- O maior bloco possui massa de

cerca de15 toneladas.

- A Grande Pirâmide manteve-se

como a mais alta estrutura feita

pelo homem até a construção da

Torre Eiffel, em 1900, 4.400 anos

depois da construção da

pirâmide.

- http://pt.wikipedia.org/wiki/Pir%C3%A2mides_de_Giz%C3%A9

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208 AC: Construção da Grande

Muralha da China

Com mais de 8.850 km de extensão,

a Grande Muralha constitui-se em

um gigantesco empreendimento,

executado ao longo de

aproximadamente 1.000 anos.

Em sua fase inicial, entre 221 e 206

AC (Qin Dynasty), foram

construídos em torno de 3.000 km,

com o objetivo de conter invasões de

povos do norte.

Acredita-se que os trabalhos na

muralha ocuparam a mão-de-obra de

cerca de um milhão de homens,

entre soldados, camponeses e

cativos. Calcula-se que a Grande

Muralha tenha empregado cerca de

trezentos milhões de metros cúbicos

de material, o suficiente para erguer

cento e vinte vezes a pirâmide de

Quéops ou um muro de dois metros

de altura em torno da Linha do

Equador.

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A construção da muralha, em diversas de suas partes, não teria sido possível

sem a avançada tecnologia de fabricação de tijolos da dinastia Ming. Em uma

época em que construtores europeus encontravam-se ainda dependentes de

cortes grosseiros de pedra, na dinastia Ming utilizavam-se fornos, estado-da-

arte, para produzir tijolos em massa, que eram tão fortes como blocos de

alvenaria moderna.

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312 AC: Aquedutos Romanos

- O comprimento combinado dos aquedutos da cidade de Roma é da ordem de 790 Km.

- Somente 47 km encontram-se acima do solo.

- Aquedutos romanos eram construções sofisticadas, construídos com tolerâncias muito precisas:

em Pont du Gard (Fr.), gradiente de 34 cm por km (3,4:10,000), com caimento vertical total de

somente17 m no comprimento total de 50 km.

Acqueduct from Gorze to Metz, France Pont du Gard, France

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Bulgaria

Plovdiv Aqueduct (1)

Croatia

Burnum Aqueduct near Burnum (2)

Diocletianus Aqueduct near Split in southern of Croatia

(3)

France

Acqueduct from Gorze to Metz, France (4)

The Pont du Gard in southern France (5)

Barbegal aqueduct, France (6)

Four aqueducts supplying Lugdunum (Lyon) (7)

Aqueduct of the Gier (8)

Nîmes (9)

Aqueduct from Gorze to Metz (10)

Germany

Eifel aqueduct, Germany (11)

Greece

• Nicopolis, Epirus (12)

• Moria, Lesvos (13)

• Hadrian's Aqueduct, Stymphalia to Corinth, Corinthia

(14)

Italy

Aqua Augusta (15)

Pont d'Aël, Aosta Valley (16)

Aqua Appia, Rome (17)

Aqua Virgo, Rome (18)

Aqua Alexandrina, Rome (19)

Aqua Anio Novus, Rome (20)

Aqua Alsietina, Rome (21)

Israel

Caesarea Maritima, Israel (22)

Lebanon

Aqueduct of Zubaida, Beirut (23)

Aqueduct of Tyre, Tyre (24)

Aqueduct of Msaylha, Batroun (25)

Aqueduct of Nahr Ibrahim, Jbeil (26)

Republic of Macedonia

Skopje Aqueduct (27)

Spain

• Aqueduct of Segovia (28)

• Acueducto de los Milagros, Mérida (29)

• Almuñécar (5 above ground aqueducts - 4 still in

use) (30)

• Las Medulas (31)

• Aqüeducte de les Ferreres, Tarragona (32)

Tunisia

• Aqueduct of Hadrian, Tunisia (33)

Turkey

Valens Aqueduct, Istanbul, Turkey (34)

Aspendos, Antalya Province, Turkey (35)

Lamas Aqueduct, Mersin Province, Turkey (36)

United Kingdom

Dolaucothi (37)

Dorchester, Dorset (Durnovaria) (38)

Lanchester (Longovicium) (39)

312 AC: Aquedutos Romanos

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http://en.wikipedia.org/wiki/File:AcueductoSegovia_edit1.jpg

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http://en.wikipedia.org/wiki/Pantheon,_Rome

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http://en.wikipedia.org/wiki/Pantheon,_Rome

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Built in 126 AD

http://en.wikipedia.org/wiki/Pantheon,_Rome

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Santa Maria degli Angeli

http://en.wikipedia.org/wiki/File:3223_-_Roma_-_Santa_Maria_degli_Angeli_-_Interno_-_Foto_Giovanni_Dall%27Orto_17-June-2007.jpg

The baths were built between the years 298 AD and 306 AD

(Baths of Diocletian)

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Corporações de Ofício ou Guildas

As guildas, corporações artesanais ou corporações de ofício, eram

associações de artesãos de um mesmo ramo, isto é, pessoas que

desenvolviam a mesma atividade profissional que procuravam garantir os

interesses de classe . Ocorreram na Europa, durante a Idade Média e

mesmo após. Cada cidade tinha sua própria corporação de ofício. Essas

corporações tinham como finalidade proteger seus integrantes.

Hierarquia nas guildas

Aprendizes

Os aprendizes iniciavam seu treino ainda na infância, quando passavam

para a tutela de um mestre; com o tempo e longo aprendizado, podiam

chegar a mestres também, se fossem aprovados num exame da corporação

(a obra-prima). Normalmente os aprendizes eram filhos ou parentes do

mestre. Eles trabalhavam recebendo, em troca, comida, moradia, etc.

Mestres

Os mestres eram os donos das oficinas, devidamente licenciados como

sábios na atividade

Artesãos

Os artesãos eram trabalhadores pagos que embora terminado o seu

aprendizado, não possuiam oficinas próprias

http://pt.wikipedia.org/wiki/Guilda

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http://en.wikipedia.org/wiki/Mason's_mark

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http://en.wikipedia.org/wiki/Mason's_mark

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http://en.wikipedia.org/wiki/Mason's_mark

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http://en.wikipedia.org/wiki/Mason's_mark