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ESPECIFICOSPRINCPIOS E DIRETRIZES DO SISTEMA NICO: OBJETIVOS; ATRIBUIES, DOUTRINAS E COMPETNCIAS

1. IntroduoOs Princpios Do Sistema nico De Sade

A perspectiva que tenho adotado, ao longo da vida profissional, para a abordagem a este tema, tem sido histrica e poltica, marcada por um lado pelo envolvimento, pela militncia no movimento pela Reforma Sanitria Brasileira, e por outro, pelos estudos que temos feito, no mbito do Instituto de Sade Coletiva,no grupo de pesquisa de Planificao, Gesto e Avaliao de sistemas de sade, sobre o processo de formulao e implementao do SUS. Nesse sentido, necessrio, logo de incio, recuperar alguns dos elementos histricos que ajudam a situar nosso tema, e, em seguida partirmos para a apresentao do que entendemos o SUS, para revisarmos seus princpios e diretrizes.

2. O que o SUS?O SUS pode ser entendido, em primeiro lugar, como uma Poltica de Estado, materializao de uma deciso adotada pelo Congresso Nacional, em 1988, na chamada Constituio cidad, de considerar a Sade como um Direito de Cidadania e um dever do Estado.

Esse processo se por um lado resultou da ampla mobilizao de um conjunto

de foras sociais em torno do movimento pela RSB, revela a aproximao do nosso marco jurdico aos princpios do chamado Estado de Bem-Estar-social (Welfare state), contraposto perspectiva liberal e neoliberal, que defende a reduo do papel do Estado na garantia das condies de vida (e sade) da populao brasileira.

preciso, portanto, entender o significado disso, em uma sociedade capitalista e perifrica, como a brasileira, na qual vicejam distintas concepes acerca do Estado, da Poltica, em suma, da natureza das relaes entre pblico e privado, e mais contemporaneamente, das relaes entre estatal- pblico privado.

Nesse sentido, o SUS um projeto que assume e consagra os princpios da Universalidade, Equidade e Integralidade da ateno sade da populao

brasileira, o que implica conceber como imagem-objetivo de um processo de

reforma do sistema de sade herdado do perodo anterior, um sistema de sade, capaz de garantir o acesso universal da populao a bens e servios que garantam sua sade e bem-estar, de forma equitativa e integral. Ademais, se acrescenta aos chamados princpios finalsticos, que dizem respeito natureza do sistema que se pretende conformar, os chamados princpios estratgicos, que dizem respeito diretrizes polticas, organizativas e operacionais, que apontam como deve vir a ser construdo o sistema que se quer conformar, institucionalizar.Tais princpios, so,como vocs sabem, a Descentralizao, a Regionalizao, a Hierarquizao e a Participao social.Ora, isso exige que se esclarea o sentido e o significado que se pretende e tem sido dado, aos termos SADE, SISTEMA DE SADE, e principalmente, o que se est entendendo por Universalidade o que se est entendendo por

Equidade e o que est se entendendo por Integralidade, bem como, por Descentralizao, a Regionalizao, a Hierarquizao e a Participao social. impossvel nesse curto espao de tempo, dar conta desse desafio. O que me proponho a fazer, portanto, apenas caracterizar,em grandes, linhas, o debate que vem se dando em torno de cada um dos princpios finalsticos, tentando identificar sua fundamentao terica e poltica, como ponto de partida para que vocs introduzam a reflexo sobre a dimenso tica embutida na discusso de cada um deles.3. Princpios Finalsticos E Diretrizes Estratgicas Do SUSO princpio fundamental que articula o conjunto de leis e normas que constituem a base jurdica da poltica de sade e do processo de organizao do SUS no Brasil hoje est explicitado no artigo 196 da Constituio Federal (1988), que afirma: A sade direito de todos e dever do Estado, garantido mediante polticas sociais e econmicas que visem a reduo do risco de doena e de outros agravos e ao acesso igualitrio s aes e servios para sua promoo, proteo e recuperao. Esse artigo traz, alm da idia central do direito sade como direito de cidadania, inerente a todos aqueles que sejam brasileiros, por nascimento ou naturalizao, a noo de que cabe ao Estado a responsabilidade por promover a sade, proteger o cidado contra os riscos a que ele se expe e assegurar a assistncia em caso de doena ou outro agravo sade.

O cumprimento dessa responsabilidade poltica e social assumida pelo Estado

implica na formulao e implementao de polticas econmicas e sociais que

tenham como finalidade a melhoria das condies de vida e sade dos diversos grupos da populao. Isto inclui a formulao e implementao de polticas voltadas, especificamente, para garantir o acesso dos indivduos e grupos s aes e servios de sade, o que se constitui, exatamente, no eixo da Poltica de sade, conjunto de propostas sistematizadas em planos, programas e projetos que visam, em ltima instncia, reformar o sistema de servios de sade, de modo a assegurar a universalizao do acesso e a integralidade das aes.

A universalidade, portanto, um princpio finalstico, ou seja, um ideal a ser alcanado, indicando, portanto, uma das caractersticas do sistema que se pretende construir e um caminho para sua construo. Para que o SUS venha a ser universal preciso se desencadear um processo de universalizao, isto , um processo de extenso de cobertura dos servios, de modo que venham, paulatinamente, a se tornar acessveis a toda a populao. Para isso, preciso eliminar barreiras jurdicas, econmicas, culturais e sociais que se interpem entre a populao e os servios A primeira delas, a barreira jurdica, foi eliminada com a Constituio Federal de 88, na medida em que universalizou o direito sade, e com isso, eliminou a necessidade do usurio do sistema pblico colocar-se como trabalhador ou como indigente, situaes que condicionavam o acesso aos servios pblicos antes do SUS. De fato, os trabalhadores de carteira assinada, fossem empregados ou autnomos, ativos ou aposentados, trabalhadores urbanos ou rurais, e seus dependentes, tinham o direito assegurado aos servios do antigo INAMPS, na medida em que contribuam (como contribuem ainda hoje) para a Previdncia Social. Aos

excludos do mercado formal de trabalho restava a condio de indigentes, pobres que recorriam s instituies filantrpicas ou, mais freqentemente, aos servios pblicos mantidos pelo Ministrio da Sade ou da Educao (Centros e Hospitais universitrios) e pelas Secretarias Estaduais e Municipais de Sade.

O pleno exerccio desse direito, entretanto, exige a superao das barreiras econmicas, sociais e culturais que ainda se interpem entre os usurios e o sistema de servios de sade. Do ponto de vista econmico, ainda que a populao no precise pagar diretamente pelos servios (o financiamento assegurado pelo Estado, mediante a utilizao de fundos pblicos), no se pode negar que a enorme parcela da populao pobre, que vive em pequenos municpios com baixo grau de desenvolvimento econmico ou habitam a periferia das grandes cidades, no dispem de condies mnimas de acesso aos servios, s vezes at porque no tem como pagar o transporte necessrio para chegar a uma unidade de sade. Por outro lado, o Estado precisa dispor de um volume de recursos financeiros capaz de ser investido na ampliao da infra-estrutura do sistema, isto , na construo e reforma de unidades de sade, na compra de equipamentos e insumos, na contratao e pagamento de pessoal qualificado a trabalhar na produo de aes e servios de sade de distintas naturezas e graus de complexidade. Enfim, para garantir a universalizao do acesso, a construo do SUS tem demandado um esforo enorme para a garantia do Financiamento do sistema, bem como para o Gerenciamento dos recursos financeiros de modo a que sejam utilizados na expanso e qualificao dos servios pblicos de sade em todo o pas.

Do ponto de vista scio-cultural tambm existem barreiras, sendo a principal delas, sem dvida, a barreira da linguagem, da comunicao entre os prestadores de servios e os usurios. Ainda quando chega aos servios, grande parte da populao no dispe de condies educacionais e culturais que facilitem o dilogo com os profissionais e trabalhadores de sade, o que se reflete, muitas vezes, na dificuldade de entendimento e de aprendizado acerca do comportamento que deve adotar para se tornar coadjuvante do processo de preveno de riscos e de recuperao da sua sade. Uma simples receita mdica pode ser um texto ininteligvel para grande parte da populao que no sabe ler.

A contribuio que um sistema de servios de sade pode dar superao das desigualdades sociais em sade implica redistribuio da oferta de aes e servios, e na redefinio do perfil dessa oferta, de modo a priorizar a ateno em grupos sociais cujas condies de vida e sade sejam mais precrias, bem como enfatizar aes especficas para determinados grupos e pessoas que apresentem riscos diferenciados de adoecer e morrer por determinados problemas.

Finalmente, a integrao entre as aes promocionais, preventivas e curativas diz respeito possibilidade de se estabelecer um perfil de oferta de aes e servios do sistema que contemple as vrias alternativas de interveno sobre os problemas de sade em vrios planos de sua histria (natural) social, abarcando intervenes sobre condies de vida, riscos e danos sade. Cabe registrar a distino entre integralidade e integrao, termos que por vezes se confundem no debate acerca da organizao dos servios de sade. Se a integralidade, como posto anteriormente, um atributo do modelo, algo que o modelo de ateno sade deve ser, a integrao um processo, algo a fazer para que o modelo de ateno seja integral. Nesse sentido, a integrao envolve duas dimenses: uma dimenso vertical, proporcionada pelo estabelecimento da hierarquizao dos servios (SR e CR), que permite a produo de aes de distinta complexidade (primria, secundria, terciria) em funo da natureza do problema que se esteja enfrentando, e uma integrao horizontal, que permite a articulao, no enfrentamento do problema, de aes de distinta natureza (promoo, preveno, recuperao).

4. Cartografia do debate sobre os princpios e diretrizes do SUS

Uma vez expostos em grandes linhas, os princpios e diretrizes do SUS, interessante apontar os desdobramentos possveis de uma reflexo mais aprofundada sobre cada um deles, indicando alguns referenciais que podem ser teis nesse processo, alguns dos quais sem sido, inclusive, incorporados ao debate que se trava na cena poltica da rea.4.1. A problemtica da Universalidade; o debate em torno da universalidade,ou melhor dizendo, do processo de universalizao do SUS tem sido abordada, fundamentalmente, do ponto de vista da contraposio da perspectiva social-democrata embutida no texto constitucional e a perspectiva neoliberal que te se difundido no mbito das polticas pblicas no Brasil nos ltimos 20 anos. Assim, de um lado, argumenta-se a favor da garantia do acesso a qualquer das aes e servios produzidos pelo SUS, o que tem gerado uma grande iniqidade, devido aos diferenciais de informao e de conscincia do direito assegurado entre os vrios segmentos da populao e, por outro, defende-se a necessidade de se estabelecer certa priorizao, devido s dificuldades financeiras, gerenciais e operacionais do sistema, enquanto, no plo oposto, argumenta-se favor de uma definio do pacote bsico a ser prestado pelo SUS, subvertendo-se, com isso, a proposta de universalizao. Em suma: trs posies: a) universalizao de tudo (o que embora desejvel, invivel a curto e mdio prazo, o que gera uma competio

interna pelos recursos entre prestadores e uma competio externaentre usurios, pelos servios, com evidente vantagem dos segmentos econmica e culturalmente mais beneficiados. O n critico!, tem sido,portanto, o financiamento, no por acaso o tema em torno do qual gravita o debate poltico.

4.2. A problemtica da Equidade, que tem gerado tambm, algumas polmicas, em virtude, de um lado, do questionamento da pertinncia de polticas especficas para determinados grupos, vista como uma forma de neocorporativismo ou de clientelismo, na medida em que atendem presses de movimentos sociais mais bem organizados, ou que conseguem estabelecer lobbies, ou anis tecnoburocrticos com setores das instituies gestoras das polticas. De outro, defende-se a pertinncia dessas polticas, no s como resposta a presses especficas,seno como forma de expresso da 4 gerao de direitos , como assinala Bobbio.4.3. Finalmente, a problemtica da Integralidade, que tem como fundamento as distintas concepes acerca dos determinantes do processo sade-doena, e das formas de atuao sobre os diversos momentos desse processo, em torno da qual vem se constituindo um amplo debate, marcado pela multiplicidade de concepes e propostas de vrios autores com respeito reorganizao das prticas, dos servios e do prprio sistema de sade. Aponto aqui, a reviso que tenho feito sobre a multiplicidade de perspectiva com que se trata a problemtica do cuidado sade, ora privilegiando a dimenso micro poltica (das relaes entre profissionais de sade, trabalhadores e usurios, ora privilegiando a dimenso organizacional, quer se trate da organizao do processo de trabalho dos diversos profissionais da rea, CONDIES DE RISCO SOCIAL: Violncia:

Segundo definio da Organizao Mundial da Sade OMS , as violncias so caracterizadas pelo uso intencional da fora fsica ou do poder, real ou em ameaa, contra si prprio, contra outra pessoa, ou contra um grupo ou comunidade que possa resultar em ou tenha alta probabilidade de resultar em morte, leso, dano psicolgico, problemas de desenvolvimento ou privao. A violncia pode ser classificada, tambm segundo a OMS, em trs categorias: violncia dirigida contra si mesmo (auto-infligida); violncia interpessoal (classificadas em 2 mbitos: violncia intrafamiliar ou domstica entre parceiros ntimos ou membros da famlia e violncia comunitria que ocorre no ambiente social em geral, entre conhecidos e desconhecidos) e violncia coletiva (atos violentos que acontecem nos mbitos macro-sociais, polticos e econmicos, caracterizados pela dominao de grupos e do estado). Quanto natureza, os atos violentos podem ser classificados como abuso fsico, psicolgico, sexual e envolvendo abandono, negligncia e privao de cuidados.

Com base na definio acima, estariam excludos os incidentes no intencionais, tais como as leses ocasionadas pelos acidentes de trnsito, quedas e queimaduras, dentre outros. Considerando, porm a relevncia epidemiolgica dos acidentes de transporte, bem como tendncia de importantes autores nacionais, como Minayo, que o incluem como uma forma de violncia (uma vez que nem sempre podemos excluir a intencionalidade, alm de envolver geralmente infraes de trnsito que na verdade poderiam ser chamados de crimes), optamos por incluir este tema entre os eixos a serem discutidos. As propostas aqui apresentadas enfocam, assim, os seguintes eixos: Violncia auto-infligida (suicdios); Violncia / acidentes no trnsito; Violncia interpessoal (no mbito domiciliar, comunitrio e coletivo; de natureza fsica, psicolgica, sexual ou envolvendo abandono e negligncia; envolvendo gnero e grupos etrios mais vulnerveis).

Apesar do grande destaque que a mdia vem dando ao tema da violncia, este ainda frequentemente abordado como um assunto restrito segurana pblica. Acontecimentos trgicos envolvendo homicdios, violncia no trnsito, suicdios so relatados quase todos os dias, de forma a ser muitas vezes considerados como acontecimentos banais. A dimenso total do fenmeno bem como seus modos de produo e em especial suas repercusses sociais (em especial na rea de sade) passam, porm, muitas vezes despercebidas. Dados preliminares do Sistema de Informaes de Mortalidade do Ministrio da Sade referentes a 2006 indicam que neste ano ocorreram 47.477 bitos por homicdio (130 por dia), 34.954 mortes no trnsito (96 por dia) e 8344 suicdios (23 por dia), o que equivale a 249 mortes (nmero superior ao de recente desastre areo) ocorrendo a cada dia. Conforme pode ser observado na figura 1, ocorreu tendncia de crescimento das taxas de mortalidade por homicdio at 2003, quando atingiu coeficiente de 28,9 bitos por 100.000 habitantes. Desde ento observam-se taxas um pouco menores. A taxa de mortalidade por homicdio no Brasil em 2006 foi de 25,4 por 100.000 habitantes, considerada ainda alta segundo classificao da Organizao Mundial da Sade (so consideradas baixas taxas at 10 por 100.000 habitantes, mdias as taxas entre 10 e 20, altas as maiores que 20 at 30 e muito altas aquelas acima de 30 por 100.000 habitantes).

Desemprego:

O alto nvel de desemprego do Brasil causa grande preocupao, segundo dados atuais da Fundao SEADE/DIEESE (Sistema Estadual de Anlise de Dados/Departamento Intersindical de Estatsticas e Estudos Socioeconmicos)num grupo de 5 pessoas economicamente ativa, uma est desempregada. A problemtica do desemprego se deve ao no crescimento da economia do pas e a conseqente no gerao de empregos; surgindo um aumento da tenso social e poltica que torna ainda mais difcil o cenrio para o mercado de trabalho. Como num crculo vicioso, as incertezas sobre o comportamento da economia e aquelas geradas pela crise social podem ter efeitos ainda mais negativos sobre a taxa de emprego. O problema do desemprego extremamente complexo, a comear pelas explicaes para o surgimento de tal fenmeno.

Existem vrias hipteses que tentam explicar o desemprego. Mesmo sua definio discutvel:'desemprego' (em francs: chmage) palavra utilizada a partir do sculo XII e vem do latim popular 'caumare', quesignifica 'repousar durante os grandes calores', comeou por significar o tempo das festas passadas sem trabalhar e substituiu durante toda Idade Mdia e a Revoluo Industrial, a noo atual de dia de feriado regular para os trabalhadores. A nica libertao vinha dos dias de desemprego, estar desempregado correspondia situao de repouso para o trabalhador.

Uma das hipteses que tentam explicar o desemprego a dopensamento marxistaque revela a existncia de uma reserva de fora de trabalho sem emprego como caracterstica inerente sociedade capitalista, criada e reproduzida diretamente pela prpria acumulao de capital, a que Marx chamou de exrcito de reserva ou exrcito industrial de reserva. Porm, dependendo das propores, o desemprego sem duvida o espelho que melhor reflete as dificuldades econmicas e sociais de um pas, suas relaes com a insatisfao da populao, e o aumento da criminalidade nas grandes cidades. Esta sem dvida uma contradio terrvel para um sistema econmico porqueo desemprego se torna um mal necessrio para o capitalismo, segundo o pensamento de Marx.

Se o desemprego e o capitalismo so inseparveis, os ndices atuais de desemprego so alarmantes e afetam a toda a populao, pois h por um lado os que no conseguem arrumar emprego e por outro aqueles que temem perder seus empregos. As conseqncias do desemprego para o indivduo esto associadas a fatores como durao do desemprego, contexto scio-econmico em que ocorre, a idade do desempregado, entre outros.

Oindivduo desempregadopercebe a realidade que se alterou e inicia umprocesso de abandono das referncias, dando incio a existncia de um ciclo que vai do choque, passando pela depresso e podendo conduzir ou no adaptao. Assim, apessoa desempregada vive um processo de perda e culpa.

Com o advento do Capitalismo surgiu uma valorizao moral da condio de trabalhador. Atualmente, a atribuio moral da categoria de trabalhador assalariado permanece inalterada, ocasionando uma conseqente desvalorizao dos indivduos que no se encontram nesta condio.

Um desempregado'no exerce' seu ofcio(profisso que escolheu para ser sua atividade remunerada),mas ainda uma pessoa, ele faz parte de um grupo social, sujeito ativo, apesar de no estar empregado; est tambm se transformando como toda a espcie humana.

O problema da dualidade emprego e desemprego est nainstabilidade psicolgicaque surge dafalta de recursos financeiros, sociais e psicolgicos do indivduo para enfrentar a condio de desemprego; alm valorizao moral do trabalhador, que ocasiona a desvalorizao de quem no se encontra nesta condio.

evidente que h uma transio nas relaes de trabalho; o emprego formal est sumindo e dando lugar a outras formas de trabalho remunerado, porm o trabalhador permanece com o mesmo significado institudo de emprego.O emprego formal fornece uma estrutura temporal para a vida do trabalhador e um senso de propsito, fornece rotina e salrio regulares; joutras formas de trabalho remuneradocomo o trabalho autnomono fornecem necessariamente as mesmas estruturas.

Criana Desprotegida:

A violncia domstica uma das situaes de risco mais frequentes. toda e qualquer situao que comprometa o desenvolvimento fsico e emocional da criana ou do adolescente, em decorrncia da ao ou omisso dos pais/responsveis, da sociedade ou do Estado, ou at mesmo em face do seu prprio comportamento. Abandono, negligncia, conflitos familiares, alcoolismo e drogadio, alm de todas as formas de violncia (fsica, sexual e psicolgica), configuram situaes de risco. Violncia fsica - Corresponde ao uso deliberado da fora fsica ou do poder da autoridade no relacionamento com criana ou adolescente por parte de qualquer pessoa que exera uma relao de superioridade, causando-lhe sofrimento fsico. Esta relao de fora baseia-se no poder disciplinador do adulto e na desigualdade entre adulto/criana. Violncia sexual - todo ato, jogo ou relao sexual, de natureza ertica, destinado a buscar o prazer sensual (com ou sem contato fsico, com ou sem o emprego da fora fsica), heterossexual ou homossexual, tendo como finalidade estimular sexualmente a criana ou o adolescente ou utiliz-lo para obter uma estimulao sexual para si ou para outra pessoa.Violncia psicolgica - a interferncia negativa do adulto sobre a criana conforme um padro de comportamento destrutivo. Costuma apresentar-se associada a outros tipos de violncia. Negligncia - Corresponde aos atos de omisso com efeitos negativos que representam uma falha no desempenho dos deveres do adulto, incluindo os de superviso, de alimentao e de proteo.

Processos Migratrios:

Ademais, o Brasil foi um dos pioneiros no que diz respeito liderana na proteo internacional dos refugiados, sendo o primeiro pas do Conesul a ratificar a Conveno relativa ao Estatuto dos Refugiados de 1951, no ano de 1960.No entanto, apesar da boa vontade do Estado brasileiro em acolher estes grupos denominados vulnerveis e desempenhar um papel ativo frente a tal questo, depara-se com o problema de integrao dos refugiados diante da insero dos mesmos na sociedade brasileira, tais como: a lngua, a cultura, bem como a questo da efetivao dos direitos fundamentais, ou seja, direito ao emprego, sade, moradia, educao, entre outros. Nesse sentido, para que se concretize a ajuda humanitria e a integrao dos refugiados no cenrio nacional, a ACNUR atravs de convnios conta com o apoio de atores no-estatais, isto , organizaes no-governamentais, como o caso do Rio Grande do Sul, por meio do trabalho desempenhado pela Associao Antnio Vieira, tendo, portanto a participao da Universidade no desempenho deste processo.

Dessa forma, as desigualdades econmicas geram por consequncia outras formas de desigualdade e excluso, ou seja, poltica, discriminatria e social. Assim, os cidados considerados diferentes sofrem discriminao. Ainda, em relao ao preconceito, a intolerncia em relao ao diferente, fundamenta toda ordem de discriminao e de violncia contra grupos chamados minoritrios, poltica e principalmente culturalmente, eis que em nossa sociedade vige uma postura cultural arraigada a histria dos povos e de suas raas. Isso os torna vulnerveis aos direitos igualdade, vida, integridade, liberdade, e pode-se vislumbrar, por exemplo tais discriminaes frente a grupos afro-descendentes, que sofreram e sofrem at hoje com o forte racismo presente na sociedade. Por fim, o princpio da no-discriminao o primeiro, o fundamental em todo ordenamento jurdico internacional dos direitos humanos. Est presente nos tratados internacionais, regionais e nacionais, mas no est presente, ainda, na cultura e nas atitudes individuais de forma to forte.

Analfabetismo:

Nas ltimas dcadas os avanos econmicos tm permitido um aumento da riqueza, com um grande nmero de pessoas abandonando a condio de pobreza no mundo. O Brasil acompanhou esse processo com sucesso nos campos econmico e social. Essa melhora gerou mudana na pirmide econmica do pas, com incremento da classe mdia e ampliao do acesso a bens e servios. Com o avano do desenvolvimento econmico, o grau de instruo formal dos brasileiros tambm aumentou. Mesmo com esse avano, o analfabeto funcional, aquele que sabe ler, mas no consegue participar de todas as atividades em que a alfabetizao necessria para seu funcionamento efetivo, ainda representa uma situao com presena significativa nas estatsticas sociais A capacidade de obteno e de manipulao de informaes fundamental para que um indivduo esteja integrado sociedade em que vive. A falta de domnio completo da leitura e da escrita gera, na sociedade atual, grandes dificuldades para o cotidiano. Tais dificuldades muitas vezes se transformam em excluso, quando o indivduo colocado margem de seu grupo pela dependncia que tem de outras pessoas.

Ausncia ou insuficincia de infra-estrutura bsica:

As deficincias da infra-estrutura atual no Brasil (seja em rodovias, ferrovias, portos, saneamento e outros setores) so bem conhecidas da populao, por estarem amplamente noticiadas na mdia. Casos como o da BR 116, onde pontes caem e interrompem a rodovia, ou da BR 101 no Estado do Rio de Janeiro, onde danos na via interrompem o trfego entre centros importantes, foram noticiados e esto na memria de todos. O fato que estamos assistindo a uma acentuada degradao da infra-estrutura do pas, construda com grandes sacrifcios e investimentos desde a poca de 50. No h manuteno preventiva desta infra-estrutura, e a manuteno corretiva sempre mais cara, pois aps os danos surgirem e se amplificarem, o custo de reparao sempre mais elevado do que quando as correes e reparos so feitos preventivamente.O BNDES, na dcada de 90, j falava das possibilidades de crescimentos do Brasil serem prejudicadas por gargalos na infra-estrutura, e de 10 anos para c estas deficincias e gargalos s se amplificaram. Na poca, isto foi chamado de Custo Brasil, o custo, por exemplo, de transporte da safra por estradas deficientes e mal conservadas, de embarques em portos com capacidade insuficiente, o custo em sade pblica gerados pela insuficincia de investimentos em saneamento, e assim por diante.Se o Brasil quiser realmente entrar em uma trajetria de desenvolvimento sustentvel, o Custo Brasil tem de ser significativamente reduzido, e como os investimentos em infra-estrutura tem prazo de maturao elevado, a preparao destes investimentos tem de comear j.Sistemas de transporte e saneamento, rodovias, ferrovias, portos, etc. necessitam passar por um processo de vrias etapas para serem realizados, como : elaborao de projetos bsicos e executivos, licitaes (sejam obras pblicas, concesses, ou PPPs), contratao, execuo, e entrada em operao. Tudo isto demanda tempo, e no pode ser feito da noite para o dia. Servios de tapa buraco, como os que esto sendo feitos no momento em rodovias federais, so meros paliativos, e no resultam em melhoria duradoura de nossa infra-estrutura.A soluo para nossa infra-estrutura, tendo em vista a falta de capacidade de investimento do Governo (Federal, Estaduais e Municipais) demonstrada nos ltimos anos, realizar, alm das obras pblicas convencionais, a licitao de concesses (como as concesses rodovirias, em que os projetos so auto-sustentveis), e de Parcerias Pblico - Privadas (PPPs em que necessrio o aporte de recursos fiscais, mas de forma sustentvel, e compatvel com a capacidade de pagamento dos governos).De fato, se analisarmos o crescimento anual da infra-estrutura em setores selecionados, constamos o seguinte quadro, que desanimador.Drogadio:

Intitulamos droga qualquer substncia e/ou ingrediente utilizado em laboratrios, farmcias, tinturarias, etc.; um pequeno comprimido para aliviar uma dor de cabea ou at mesmo uma inflamao, uma droga. Contudo, o termo comumente empregado a produtos alucingenos ou qualquer outra substncia txica que leva dependncia como o cigarro e o lcool, que por sua vez tm sido sinnimo de entorpecente.As drogas psicoativas so substncias naturais ou sintticas que ao serem penetradas no organismo humano, independente da forma (ingerida, injetada, inalada ou absorvida pela pele), entram na corrente sangunea e atingem o crebro, alterando todo seu equilbrio, podendo levar o usurio a reaes agressivas.

O que leva uma pessoa a usar drogas?Pesquisas recentes apontam que os principais motivos que levam um indivduo a utilizar drogas so: curiosidade, influncia de amigos (mais comum), vontade, desejo de fuga (principalmente de problemas familiares), coragem (para tomar uma atitude que sem o uso de tais substncias no tomaria), dificuldade em enfrentar e/ou aguentar situaes difceis, hbito, dependncia (comum), rituais, busca por sensaes de prazer, tornar (-se) calmo, servir de estimulantes, facilidades de acesso e obteno e etc.

Histria do combate s drogas no Brasil

Em sintonia com o modelo internacional de combate s drogas, capitaneado pelos Estados Unidos, o Brasil desenvolve aes de combate e punio para reprimir o trfico.

Essa tendncia, porm, vem desde os tempos de colnia. As Ordenaes Filipinas, de 1603, j previam penas de confisco de bens e degredo para a frica para os que portassem, usassem ou vendessem substncias txicas. O pas continuou nessa linha com a adeso Conferncia Internacional do pio, de 1912.

A viso de que as drogas seriam tanto um problema de sade quanto de segurana pblica, desenvolvida pelos tratados internacionais da primeira metade do sculo passado, foi paulatinamente traduzida para a legislao nacional. At que, em 1940, o Cdigo Penal nacional confirmou a opo do Brasil de no criminalizar o consumo.

Segundo Roberta Duboc Pedrinha, especialista em Direito Penal e Sociologia Criminal, estabeleceu-se uma concepo sanitria do controle das drogas, pela qual a dependncia considerada doena e, ao contrrio dos traficantes, os usurios no eram criminalizados, mas estavam submetidos a rigoroso tratamento, com internao obrigatria.

Modelo blicoPorm, Roberta Pedrinha conta que o golpe militar de 1964 e a Lei de Segurana Nacional deslocaram o foco do modelo sanitrio para o modelo blico de poltica criminal, que equiparava os traficantes aos inimigos internos do regime.

Para a advogada, no por acaso, a juventude associou o consumo de drogas luta pela liberdade. Nesse contexto, da Europa s Amricas, a partir da dcada de 60, a droga passou a ter uma conotao libertria, associada s manifestaes polticas democrticas, aos movimentos contestatrios, contracultura, especialmente as drogas psicodlicas, como maconha e LSD, analisa.

CADASTRAMENTO FAMILIAR E TERRITORIAL:

Origem dos dados

Os dados disponveis so oriundos do Sistema de Informao da Ateno Bsica - SIAB e gerados a partir do trabalho das equipes de Sade da Famlia (ESF) e Agentes Comunitrios de Sade (ACS).

Os Agentes Comunitrios de Sade, atravs das visitas domiciliares, fazem o cadastramento das famlias, identificam a situao de saneamento e moradia e fazem o acompanhamento mensal da situao de sade das famlias. Com base nessas informaes e mais os procedimentos realizados pelas Equipes de Sade da Famlia na Unidade Bsica de Sade ou no domiclio, as Coordenaes Municipais de Ateno Bsica fazem mensalmente a consolidao de seus dados e os enviam para as Regionais de Sade. Da seguem para as Secretarias Estaduais, sempre fazendo as respectivas consolidaes.

As bases estaduais so enviadas mensalmente para o Datasus, quando ento consolidada a base nacional.

importante esclarecer que os relatrios emitidos pelo SIAB, quando solicitados por Regional, Estado ou Nacional,excluemmunicpios que no informaram todos os meses do perodo selecionado, razo pela qual se poder ter indicadores diferentes no cruzamento das variveis aqui disponibilizadas, a no ser que se utilize os mesmos critrios.

Crtica dos dados

O Ministrio da Sade, quando disponibiliza os indicadores do SIAB, atravs de publicaes, como por exemplo, o "Sistema de Informao da Ateno Bsica - Indicadores 2002", na consolidao por Estado, Regio e Brasil exclui municpios que no informaram todos os meses do perodo. Aplica tambm uma rotina para a crtica dos dados.

Esta rotina se baseia na definio de critrios, a partir dos quais se define pela incluso ou excluso do municpio na base de dados para anlise - "base limpa". Foram definidos critrios de verificao de erros e inconsistncias, tanto para a base de dados de cadastro quanto para a base de dados de situao de sade. Ainda no foram definidos critrios para limpeza da base de dados de produo.

Aps aplicao das rotinas de limpeza, obtm-se duas "bases limpas": a base de cadastro e a base de situao de sade. A "base limpa" de cadastro exclui os municpios com erros ou inconsistncias relacionados a qualquer um dos critrios considerados. A "base limpa" de situao de sade inclui ou exclui o municpio com relao a cada um dos indicadores analisados. Vale ressaltar que, como as rotinas so independentes, a excluso de um municpio numa das bases no implica na sua excluso da outra base.

Descrio das variveis disponveis para tabulao

Atravs da Internet, o Datasus disponibiliza as principais informaes para tabulao sobre as Bases de Dados do Sistema de Informao da Ateno Bsica (SIAB),de acordo com a base de dados recebida, sem crticas:

Localidade

Local (municpio, regio metropolitana; micro-regio, aglomerado urbano, regional de sade, macrorregional de sade, UF ou regio) onde as ESF e/ou de ACS atuam.

Ano

Ano de competncia dos dados. Esto disponveis dados a partir de 1998. Para cada ano, apresentada a situao em dezembro, a no ser no ano corrente, quando apresentada a situao do ltimo ms disponvel.

Tipo de equipe

Opo para dados agregados ou em separado referente ao tipo de equipe:

ESF - Equipe de Sade da Famlia

ESFSB1 - Equipe Sade Famlia com Sade Bucal Modalidade 1

ESFSB2 - Equipe Sade Famlia com Sade Bucal Modalidade 2

EACS - Equipe de Agentes Comunitrios de Sade

Outros

Modelo de ateno

Opo para dados agregados ou em separado referente aos modelos PACS, PSF e outros.

Zona

Se rural ou urbana ou ambas.

Cadastramento FamiliarO cadastramento das famlias e pessoas das reas de abrangncia do PACS/PSF realizado no incio dos trabalhos das equipes e atualizado anualmente ou sempre que necessrio. consolidado a partir da ficha A.

N Famlias

Famlias Cadastradas: total de famlias cadastradas.

N Pessoas

Pessoas Cadastradas: total de pessoas cadastradas.

Mulheres 60anosHomens 60anos

Nmero de pessoas cadastradas por sexo (mulheres e homens) nas seguintes faixas etrias:

60anos - de 60 anos completos em diante.

Crianas de 7 a 14a.escola

Crianas de 7 a 14 anos na escola: nmero de pessoas matriculadas e freqentando regularmente a escola, mesmo aquela que estiver de frias no momento do cadastramento mas que freqentar a escola no perodo letivo seguinte.

Adulto 15 a+ alfabetizadoPessoas de 15 anos e mais alfabetizadas: nmero de pessoas que sabe ler e escrever no mnimo um bilhete. O indivduo que apenas assina o nome no considerado alfabetizado.

Alcoolismo 0a14a, Chagas 0a14a, DefFsica 0a14a, Diabetes 0a14a, DistMental 0a14a, Epilepsia 0a14a, HipertArter 0a14a, Hansenase 0a14a, Malria 0a14a, Tuberculose 0a14a, Gestantes 10a19a, Alcoolismo 15a+, Chagas 15a+, DefFsica 15a+, Diabetes 15a+, DistMental 15a+, Epilepsia 15a+, HipertArter 15a+, Hansenase 15a+, Malria 15a+, Tuberculose 15a+, Gestantes 20a+

Nmero de casos atuais de doenas ou condies referidas pela famlia, por faixa etria. No necessria comprovao do diagnstico. So as seguintes as doenas ou condies referidas:

Alcoolismo - ALC

Chagas - CHA

DefFsica - DEF (Deficincia fsica)

Diabetes - DIA

DistMental - DME (Distrbio mental)

Epilepsia - EPI

HiperArter - HA (Hipertenso arterial)

Hansenase - HAN

Malria - MAL

Tuberculose - TB

Gestantes - GES

As faixas etrias so:

0a14a - 0 a 14 anos

15a+ - 15 anos e mais

Para o nmero de gestantes, as faixas etrias so:

10a19a - 10 a 19 anos

20a+ - 20 anos e mais

Pes.Cob. Pl. Sade

Pessoas com cobertura de Plano de Sade: total de pessoas com cobertura de plano de sade. considerado como plano de sade qualquer seguro para assistncia mdica privativa de qualquer tipo (hospitalizaes, consultas, exames laboratoriais, etc.) pago pela famlia ou por outro (empregador de algum membro da famlia, parentes, etc.)

CONHECIMENTOS GEOGRFICOS DAS REGIONAIS ADMINISTRATIVAS DO MUNICPIO DE JABOATO:

Jaboato dos Guararapes ummunicpiobrasileirodoestadodePernambuco, situado nonordestedo pas. Pertence Mesorregio Metropolitana do Recife, Microrregio de Recifee Regio Metropolitana do Recife; localizando-se a sul dacapital do estado, distando desta cerca de 18 km. Ocupa uma rea de 257,3km, estando 23,6km formando opermetro urbanoe os 233,7km restantes formando azona ruraldo municpio.7Segundo estimativa doInstituto Brasileiro de Geografia e Estatstica(IBGE), em 2014 sua populao era de cerca de 680943 habitantes,3sendo, desta forma, osegundomunicpio mais populoso do estado. A sede municipal tem uma temperatura mdia anual de 24,4C,tendo aMata Atlnticacomo vegetao nativa e predominante, tendo tambm alguns trechos derestingaemanguezal.Aproximadamente 97,82% da populao vive na zona urbana municipal,11dispondo de 114 estabelecimentos de sade, segundo dados de 2009.O seundice de Desenvolvimento Humano(IDH-M) de 0,717, sendo considerado mdio e acima da mdia estadual, ocupando oquintolugar no ranking estadual. As terras que formam o atual territrio municipal foram concedidas por Duarte Coelho, em 1566, a Gaspar Alves Purga e Dona Isabel Ferreira, com o objetivo de desenvolver a produtividade das terras. Numa extenso de uma lgua, foi instalado o engenho So Joo Batista, o qual foi vendido em 1573 a Ferno Soares, cuja herdeira, Maria Feij, foi casada com o portugus Antnio Bulhes, havendo a mudana do nome do engenho para Bulhes. O municpio foi fundado sob o nome de Jaboato em 4 de maio de 1593 por Bento Luiz Figueira, o terceiro proprietrio do antigo Engenho So Joo Batista. A cidade conhecida como "Bero da Ptria", por ter sido palco das batalhas em 1648 e 1649, na qual os pernambucanos expulsaram os holandeses do seu territrio. Em 1989, o municpio passou a chamar-se "Jaboato dos Guararapes", como uma homenagem ao Monte dos Guararapes local onde ocorreu alguns conflitos daInsurreio Pernambucana. Jaboato dos Guararapes se destaca por sua indstria, possuindo o terceiro maior PIB industrial de Pernambuco15e estando situado numa regio estratgica de desenvolvimento econmico de Pernambuco, se localizando no caminho entre Recife e oPorto de Suape, que o principal plo de investimentos do estado. cortado pelas principais rodovias do estado, aBR-101(de norte a sul), aBR-232(de leste a oeste) e o futuro Arco Metropolitano, que tem em seu projeto um traado no sul do municpio.Juntamente com outros municpios da sua regio, Jaboato faz parte do Territrio Estratgico de Suape, criado pela Agncia de Desenvolvimento de Pernambuco (CONDEPE/FIDEM) para delimitar a rea de influncia do Complexo Industrial e Porturio de Suape.

VISITA DOMICILIAR:

A visita domiciliar (VD) configura-se como uma oportunidade diferente de cuidado: visando promoo da sade da comunidade com suporte tcnico-cientfico, a ao desenvolve-se em um espao extra unidade de sade. Na prtica, entretanto, o que se tem observado com maior frequncia a realizao da VD para intervir ou minimizar o processo sade-doena.

A VD considerada a atividade externa unidade de sade mais desenvolvida pelas equipes de sade. Ela se caracteriza por utilizar uma tecnologia leve, permitindo o cuidado sade de forma mais humana, acolhedora, estabelecendo laos de confiana entre os profissionais e os usurios, a famlia e a comunidade, ampliando o acesso da populao s aes da Sade em um dos pontos de sua rede de ateno: o domiclio, a unidade residencial de determinada famlia.

No Brasil, a denominao VD remete Estratgia Sade da Famlia (ESF), que viabiliza a Ateno Primria Sade no Brasil e assume papel fundamental na organizao do trabalho de suas equipes. Para a realizao dessa atividade, so necessrios planejamento, execuo, registro de dados e avaliao. O registro considerado um critrio de avaliao da assistncia prestada nos servios de sade, aspecto relevante da informao sobre o processo de trabalho desenvolvido pelos profissionais.

A VD constitui um dos instrumentos mais indicados na prestao de cuidados sade do indivduo, sua famlia e comunidade. Ela deve ser conduzida no bojo de um processo racional, orientada por objetivos definidos e pautados nos princpios da eficincia, com a finalidade de favorecer o restabelecimento da independncia e a preservao da autonomia do usurio.

A VD, assim como as demais aes de sade, alm de ser registrada nos pronturios, deve alimentar os sistemas de informaes em sade, fundamentais para o planejamento e avaliao dessas aes.

Na prtica, o que se observa a quantificao de VD realizadas e seu registro no sistema de informaes, o que, em realidade, revela uma lacuna com relao ao levantamento de informaes sobre os usurios que as recebem. Essa fragilidade, possivelmente, ocorre pela inexistncia de uma ficha de registro padronizada para as visitas realizadas e aquelas a serem efetivadas.

No Sistema de Informao da Ateno Bsica (SIAB), h fichas de acompanhamento de gestao na mulher, hipertenso, diabetes mellitus, tuberculose e hansenase, todas utilizadas pelos agentes comunitrios de sade (ACS); porm, inexiste uma ficha especfica a ser utilizada pelos demais profissionais da equipe, para o acompanhamento das famlias na VD.

Resultados de um estudo realizado no municpio de Aracaju, estado de Sergipe,revelaram que os profissionais planejam a VD, no obstante sem registro, devido ausncia de um instrumento especfico desenhado com essa finalidade. Diante desse cenrio, os autores do referido estudo sugeriram, para o fortalecimento das aes desenvolvidas no domiclio, a utilizao de um instrumento que possibilitasse o planejamento, acompanhamento e avaliao da VD.

Tcnicas de levantamento das condies de vida e de sade/doena da populao e Indicadores epidemiolgicos, socioeconmicos e culturaisDiversos fruns internacionais de cunho social das ltimas dcadas tm enfatizado a necessidade de estabelecer compromissos com a qualidade de vida das populaes. Mais do que preocupaes com a integrao da economia no mundo global, destacam a importncia de verificar em que condies esse desenvolvimento se d, e, principalmente, quais os impactos para a sociedade e para o meio ambiente.

Em 2000, aOrganizao das Naes Unidas(ONU) reuniu 189 pases, no que se chamou a cpula do milnio, quando foram estabelecidos oito objetivos atravs dos quais se pretende intervir para reduzir a gravidade do estado social verificado em vrios pases no mundo. Os objetivos do milnio, assim chamados, constituem aes em reas prioritrias com o intuito de at 2015 construir a melhoria de um conjunto de situaes que incluem: erradicar a pobreza extrema e a fome; alcanar o ensino primrio universal; promover a igualdade de gnero e capacitar as mulheres; reduzir a mortalidade de crianas; melhorar asadematerna; combater a Aids, malria e outras doenas; assegurar a sustentabilidade ambiental; e promover uma parceria mundial para o desenvolvimento (Brasil, 2006a).

O alcance destas metas somente ser possvel atravs da universalizao de servios bsicos de sade,educao, abastecimento de gua potvel, tratamento de esgoto, coleta e destino adequado do lixo, energia eltrica, segurana, urbanizao, bem como do estabelecimento de polticas pblicas que visem gerao de emprego, distribuio de renda, moradia digna e ambientes com baixo adensamento domiciliar. Implicar, sobretudo, a luta pela democracia substantiva, que, alm do simples direito ao voto (democracia representativa), representa a ampliao da igualdade, ou seja, da participao coletiva na apropriao dos bens coletivamente criados: no h democracia efetiva onde existe excessiva desigualdade material entre os cidados. E essa desigualdade material, econmica, impede inclusive que haja uma democracia poltica efetiva (Coutinho, 2002: 20).

Um dos elementos fundamentais na construo de uma sociedade democrtica, portanto, o enfrentamento de seus principaisproblemas de sade, por meio da compreenso e interveno na esfera de seus determinantes e condicionantes.

Quando relacionados e contextualizados, esse conjunto de indicadores tem permitido uma compreenso das diferenas regionais, urbano-rurais, intraurbanas, econmicas, sociais e culturais que expressam diferenas nos modos de se ter sade, adoecer e receber o cuidado. Indicam, sobretudo, o peso de alguns determinantes na manuteno e aprofundamento das iniqidades em sade, bem como os imensos desafios postos aoSistema nico de Sade(SUS) e sociedade como um todo.

importante destacar que os problemas que aqui sero apontados entre outros tantos que se apresentam fazem parte do cotidiano detrabalhodaateno sade. Assim, o dia-a-dia dosAgentes Comunitrios de Sade(ACS) no acompanhamento das famlias est repleto de situaes em que possvel perceber o quanto so determinantes, no processo sade-doena, as circunstncias de desemprego, de desestruturao familiar, de baixa escolaridade, de acesso limitado aos servios pblicos, de baixo grau de articulao comunitria ou de falta de horizontes e a desesperana.Urbanizao

Segundo dados da Sntese de Indicadores daPNAD/IBGE de 2005 (Brasil, 2006a), a proporo de pessoas residentes em reas urbanas foi de 82,8%. O avano da industrializao acentuou o processo de urbanizao e de desenvolvimento das metrpoles brasileiras at os anos 80. Nas ltimas dcadas, porm, as taxas de crescimento das sedes metropolitanas e regionais vm diminuindo, ao passo que se observa um crescimento mais elevado de suas reas de entorno. De fato, houve significativo crescimento populacional de cidades no metropolitanas em todas as regies brasileiras, onde cidades pequenas e de porte intermedirio apresentaram crescimento expressivo. A tendncia observada pelos especialistas parece indicar um processo de desconcentrao espacial da populao brasileira (Patarra, 2000). Nas capitais, porm, o processo de periferizao tem-se intensificado.

Saneamento

De acordo com a publicao Sade Brasil 2004, daSecretaria de Vigilncia em Sadedo Ministrio da Sade, em que so analisados diversos determinantes e condicionantes do processo sade-doena, considera-se que o Brasil ainda apresenta insuficincias e desigualdades na distribuio dos servios de saneamento bsico (Brasil, 2004a). Grande parte dos esgotos no tratada, a disposio do destino dos resduos slidos inadequada, prejudicando a eficincia das polticas de outros setores, como a sade e o meio ambiente.

De acordo com os dados dos censos demogrficos doIBGE, a proporo da populao coberta pela rede pblica de abastecimento de gua foi ampliada de 52% (1980) para 76% (2000), e pela coleta pblica de resduos slidos aumentou de 60% (1991) para 76% (2000) (grficos 4 e 5).

Acesso aos Servios de Sade

Embora ainda existam importantes limitaes, o acesso aos servios de sade tem apresentado uma melhoria expressiva em vrios indicadores. De acordo com os dados daPesquisa Nacional de Amostras por Domiclio(PNAD), de 2003, 79,3% da populao tm servio de sade de uso regular, contra 71,2% em 1998. O servio de uso regular mais comum em 2003 foi o posto de sade. Sua participao relativa cresceu entre a PNAD 1998 (41,8%) e a PNAD 2003 (52,4%) (Brasil, 2003a).

As iniqidades podem ser percebidas quando so examinados alguns servios especficos e as condies de renda e escolaridade: do total da populao brasileira, 15,9% nunca fizeram consulta ao dentista. Esse percentual chega a 31% nas famlias com renda de at 1 salrio mnimo, e de apenas 3% entre as famlias com renda superior aos 20 salrios mnimos.

Entre as mulheres de 50 anos e mais, apenas 50,3% referiram j ter se submetido a um exame de mamografia. Se analisada a escolaridade, percebe-se uma grave desigualdade: enquanto 68,1% das mulheres que possuem 15 anos ou mais de estudo j fizeram este exame, entre as mulheres sem escolaridade este ndice de apenas 24,3%.

Do total de mulheres de mais de 24 anos de idade, 78,1% foram submetidas a exame preventivo de cncer de colo de tero. Ou seja, uma em cada cinco mulheres nunca o fizeram. Quando essa informao associada escolaridade, evidencia-se a diferena no acesso: enquanto 93,1% das mulheres com 15 anos ou mais de estudos fizeram o preventivo, entre as mulheres sem escolaridade, apenas 55,8% o realizaram.

A distribuio de mdicos e enfermeiros ainda apresenta grande concentrao nas regies Sudeste e Sul do pas. Enquanto a regio Sudeste destacou-se com uma razo de 13,2 mdicos empregados por 10 mil habitantes, na regio Norteesta proporo era de 2,6. Da mesma forma, na regio Sudeste foi encontrada uma razo de 5,1 enfermeiros por 10 mil habitantes, ao passo que na regio Norte essa proporo diminui para 2,3 (Rais/MTE/Nescon-UFMG apud Brasil, 2004a).

Sem dvida nenhuma, o aumento da cobertura populacional do Programa de Sade da Famlia tem proporcionado uma mudana significativa nas caractersticas do acesso e na ateno sade em nosso pas. De acordo com as informaes disponibilizadas no endereo eletrnico do Departamento de Ateno Bsica daSecretaria de Ateno Sade DAB/SAS/MS, em janeiro de 2007, a populao coberta por equipes de Sade da Famlia implantadas era de 86.200.000 em torno de 46,2% da populao brasileira (grficos 8 e 9), contando com a atuao de 26.700 equipes, em mais de 5.100 municpios (www.saude.gov.br).

Doenas No-Infecciosas

As doenas no transmissveis foram responsveis por mais de 60% dos bitos notificados em 2004.

Sabe-se que a hipertenso, o colesterol alto, o excesso de peso, a inatividade fsica, o tabagismo e o alcoolismo esto entre os principais fatores de risco para a maior parte destas doenas. O ritmo acelerado e o stress da vida nas grandes cidades, as tenses do mundo dotrabalho competitividade alta, subemprego e desemprego e as barreiras econmicas e culturais para uma alimentao equilibrada tm tornado inquestionvel a tendncia de crescimento das doenas no-infecciosas no pas, sinalizando um quadro de difcil enfrentamento. .

De acordo com os dados doMinistrio da Sade, em 2004, o principal grupo de causas de morte no Brasil, em todas as regies e para ambos os sexos, foram as doenas do aparelho circulatrio.

Compem este grupo, as doenas hipertensivas, as doenas cerebrovasculares, as doenas isqumicas do corao, o infarto agudo do miocrdio, as doenas reumticas e demais doenas circulatrias.

Otrabalho dos ACS extremamente relevante neste contexto. A identificao precoce dos casos, o acesso imediato ao tratamento e o acompanhamento dos contatos, entre outras aes, poder garantir a eliminao futura da doena no Brasil.

Outras doenas transmissveis tm apresentado um quadro de persistncia, o que torna necessrio o fortalecimento de novas estratgias, com maior integrao entre as reas de preveno e controle e a rede assistencial, j que o principal foco da ao nesse conjunto de doenas est voltado para o diagnstico e o tratamento das pessoas doentes, visando interrupo da cadeia de transmisso.

importante tambm enfatizar a necessidade de aes multissetoriais para a preveno e o controle desse grupo de doenas, j que grande parte das razes para a endemicidade reside em processos externos ao setor sade urbanizao acelerada sem adequada infra-estrutura urbana, alteraes do meio ambiente, desmatamento, ampliao de fronteiras agrcolas, processos migratrios, grandes obras (rodovias e hidroeltricas) (Brasil, 2004a). Nesse grupo encontram-se a malria, atuberculose, as meningites, a leishmaniose visceral e a leishmaniose tegumentar americana, a febre amarela silvestre, as hepatites virais, a esquistossomose, a leptospirose e os acidentes com animais peonhentos.

A malria,endmicaem toda a regio da Amaznia brasileira, desde a dcada de 1980 vem registrando uma mdia de 500.000 casos anuais (grficos 17 e 18). O aumento recente dos casos tem sido atribudo em grande parte intensa e desordenada ocupao das periferias de cidades como Manaus, Porto Velho e Cruzeiro do Sul, municpios que concentram 26% de todos os casos daAmaznia Legal. Aspectos socioeconmicos, como o desmatamento para extrao de madeira e expanso da fronteira agrcola; o deslocamento de grupos populacionais para o interior das florestas decorrente da valorizao de produtos das atividades extrativistas; o intenso processo de assentamento rural; e fatores ambientais, como a variao de ndices pluviomtricos, tambm tm sido relacionados ao incremento da doena.

Continua sendo um desafio mobilizar a participao comunitria para a diminuio da disposio de recipientes que possam armazenar gua, particularmente aqueles encontrados nos lixos das cidades, ferros-velhos e borracharias, como garrafas, latas e pneus, ou no interior das casas, onde o hbito de manter vasos de plantas, bastante difundido na cultura brasileira, funciona como uma espcie de retomada do vnculo perdido com a natureza. Caixas dgua e cisternas descobertas tambm tm-se tornado focos de criadouros do Aedes aegypti. Otrabalhodos agentes devigilncia em sade(controle de endemias) pode ser potencializado pela interao com os ACS. O desenho de estratgias conjuntas inclui a identificao e eliminao de criadouros, o combate ao vetor, as aes educativas, a notificao dos casos suspeitos e o acompanhamento da evoluo dos doentes.

O grande fluxo de pessoas e mercadorias no mundo globalizado aponta a possibilidade cada vez maior de disseminao de doenas outrora restritas aos seus locais e contextos de surgimento. Os freqentes alertas de risco de pandemia provocados pela disseminao da gripe aviria (Sars), de hantaviroses e de influenza tm preocupado as autoridades sanitrias de todo o mundo e tomado as manchetes de jornais nesta virada de sculo.

Caber aos trabalhadores do SUS compreender a dinmica complexa que caracteriza cada territrio, reconhecendo os objetos (fixos) e as aes(fluxos) do espao, bem como as especificidades e vulnerabilidades de cada contexto (Monken & Barcellos, 2005). Por fim, caber sociedade como um todo a busca de respostas sociais adequadas aos problemas identificados.

Vigilncia epidemiolgicas

Procedimento sistemticos permanente pelo qual toma-se conhecimento dos eventos relacionados coma doena e respectivos meios de controle em um local especifico. conjunto de aes que proporciona o conhecimento, a deteco ou preveno de qualquer mudana nos fatores determinantes e condicionantes de sade individual e coletiva coma finalidade de recomendar ou adotar as medidas de preveno e controle de doenas e agravos.

- Obter Informaes; processar as informaes.

Coleta de dados e Informaes

Indicadores Epidemiolgicos (de sade)

Coeficientes e ndices epidemiolgicos

- Abrangncia

- Gerais: restries de tempo e espao;

- Especficos: as citadas, sexo, raa, faixa etria, causa especifica

Incidente: freqncia esto surgindo os casos novos da doena.

Prevalente: freqncia casos da doena existentes numa pop num momento ou intervalo de tempo.

ndices gerais: de maior significado: demogrfico ou de vital pearl.

ndices especficos: Densidade populacional; Mortalidade proporcional

Indicadores epidemiolgicos (de sade)

Analise situao sanitria de uma pop, como as decises em relaes a preservao da sade, a cura ou tratamento de doenas so possveis pela disponibilidade de informaes validas e confiveis.

Variveis relacionadas ao tempo

Subdiviso

-Distribuio Cronolgica Ex. distribuio cronolgica freqncia de bitos.

Verifica a ao da doena num grupo voltando ao passado (historia da Doena) num intervalo cronolgico

- Variao Cclica: Ex. mensal anual.

Variao repetido de intervalo a intervalo, alternando-se valores mnimos e mximos.

- Variao Sazonal: Repete-se sempre na mesma estao do ano ou certos dias esperados.

-Tendncia secular: Apresenta certa estabilidade, intensificao ou decrscimo de valores.

Variveis relacionadas ao espao

Subdivises:

- Variveis geopolticas: Ex. paises da Amrica, comparaes internacionais

- variveis geogrficas. Espao geogrficos.

- variveis Poltico - Administrativas. Ex. territrio nacionais, republica federativa do Brasil.

Fatores Ambientais

- naturais, Localizao, relevo , hidrografia, solo.

- Artificiais, modificao ou destruio da paisagem natural.

Fatores populacionais

Ligados ao conjunto socialmente organizado.

-Demogrficos ; pop diverge composio por idade, sexo

- Sociais; Cultura, religio.

Variveis urbano rural

- Urbana; residente cidades...

- Rural; Residente fora dos limites da cidade

Mobilidade espacial

Movimento pessoas ou pop de uma rea geogrfica para outra.

- Circulao; movimento temporal- lugares pr- definidos ou no.

- Migrao; mudana de residncia permanente ou razoavelmente durvel.

Varivel relacionada pessoa

Independe do tempo e espao e no deve ser confundida com variveis populacionais.

UTILIZAO E PREENCHIMENTO DOS INSTRUMENTOS DA ATENO BSICA:

Sistema de Informao Ateno Bsica um sistema (software), desenvolvido peloDATASUSem 1998, cujo objetivo centra-se em agregar, armazenar e processar as informaes relacionadas Ateno Bsica (AB) usando como estratgia central a Estratgia de Sade da Famlia (ESF). por meio das informaes coletadas pelo software do SIAB que o Ministrio da Sade toma decises de gesto da Ateno Bsica em nvel nacional. Entretanto, o SIAB no deve ser compreendido e utilizado somente para esse fim. Este sistema parte necessria da estratgia de SF, pois contm os dados mnimos para o diagnstico de sade da comunidade, das intervenes realizadas pela equipe e os resultados scio-sanitrios alcanados. Dessa forma, todos os profissionais das Equipes de Ateno Bsica (EAB) devem conhecer e utilizar o conjunto de dados estruturados pelo SIAB a fim de traar estratgias, definir metas e identificar intervenes que se fizerem necessrias na ateno da populao das suas respectivas reas de cobertura, bem como avaliar o resultado do trabalho desenvolvido pela equipe.

As fichas que estruturam o trabalho das EAB e que produzem os dados que compem o SIAB so utilizadas para realizar o Cadastramento, Acompanhamento Domiciliar e para o Registro de Atividades, Procedimentos e Notificaes das pessoas adscritas nos territrios das EAB. Estas fichas so organizadas conforme lista abaixo:

* Ficha para cadastramento das famlias (Ficha A);* Ficha para acompanhamento (Fichas B);Ficha de gestantes (Ficha B-GES);Ficha de hipertensos (Ficha B-HA);Ficha de diabticos (Ficha B-DIA);Ficha de pessoas com tuberculose (Ficha B-TB);Ficha de pessoas com hansenase (Ficha B-HAN);* Ficha para acompanhamento da criana Ficha C (Carto da Criana); * Ficha para registro de atividades, procedimentos e notificaes (Ficha D).Antes de registrar/digitar as informaes no SIAB, as fichas preenchidas pelos profissionais so consolidadas em trs blocos centrais:* Cadastramento das famlias (Fichas A);* Relatrio de Situao de Sade e Acompanhamento das Famlias (SSA);* Relatrio de Produo e Marcadores para Avaliao (PMA).Aps registradas as informaes o SIAB se torna uma fonte rica de dados que abarca informaes importantes e abrangentes na rea da sade que alm de servir para auxiliar as EAB em seu processo de trabalho, serve tambm como fonte para vrios tipos de pesquisas, para os rgos governamentais, para as comunidades acadmicas das reas de enfermagem, medicina entre outros que utilizam tais dados a fim de compor pesquisas nas reas de sade coletiva.INDICADORES EPIDEMIOLOGICOS, SOCIOECONOMICOS E CULTURAISInstrumentos para avaliar quantitativamente a freqncia da ocorrncia da doena numa determinada populao, em um perodo. Coeficiente Expressa o risco a que o individuo esta exposto de apresentao de doena Coeficiente = Principais Coeficientes - Natalidade letalidade Mortalidade morbidade

ndices - Expresso de freqncia entre duas series de valores sem associao probabilstica.

Principais ndices

- Densidade populacional Mortalidade Proporcional Vital Pearl.

Ex:

Tipos de variveis:

Caractersticas gerais: idade e sexo

caractersticas familiares: estado civil idade dos pais, morbidade familiar

caractersticas tnicas: raa, cultura, local de nascimento

Nvel socioeconmico: ocupao, nvel de instruo, residncia

Vigilncia epidemiolgicas

Procedimento sistemticos permanente pelo qual toma-se conhecimento dos eventos relacionados coma doena e respectivos meios de controle em um local especifico.

conjunto de aes que proporciona o conhecimento, a deteco ou preveno de qualquer mudana nos fatores determinantes e condicionantes de sade individual e coletiva coma finalidade de recomendar ou adotar as medidas de preveno e controle de doenas e agravos.

- Obter Informaes; processar as informaes.

Coleta de dados e Informaes

Cumprimento das funes da vigilncia epidemiolgica depende de dados para fomentar processo produo de informaes para interveno.

Tipos de dados e informaes necessrios ao sistema de vigilncia epidemiolgica so: Demogrficos, Ambientais e scio econmicos.

Notificao

Comunicao de ocorrncia de determinada doena ou agravo sade feita a autoridade sanitria por profissionais de sade ou qualquer cidado para adoo de medidas de interveno pertinentes.

Notificao negativa: informando a no ocorrncia de casos no perodo considerado.

Registro dos eventos vitais

- nascimentos, casamentos e dissoluo e bitos, na rea da sade: nascimento e bito.

Registradas oficialmente em cartrios.

Classificao Internacional de Doenas

Estatsticas seguem regras com objetivo de padroniz-las e conferir > consistncia aos dados. Quase todos os pases do mundo utilizam a classificao Internacional de doenas (CID).

Cada leso, doena ou causa de bito recebe seu cdigo, so agrupados para facilitar o preparo de estatsticas.

PROBLEMAS CLINICOS PREVALENTES NA ATENCAO BASICA A SADENo Brasil, a estratgia AIDPI enfoca pneumonia, diarria, otite, doena febril, anemia e desnutrio, alm do incremento nutricional e promoo ao aleitamento materno, imunizao e acompanhamento do crescimento e desenvolvimento. No momento atual, outros componentes esto sendo organizados: neonatal, asma e doenas bronco-obstrutivas e violncia/acidentes (comunicao pessoal Dr. Benguigui, Y.). A estratgia utiliza sinais e sintomas que apresentam uma boa relao de sensibilidade e especificidade. A avaliao destes sinais e sintomas, associada a uma sistematizao de atendimento, prioriza a gravidade e integra vrias condies das quais a criana pode estar sofrendo. Os pilares da estratgia so: manejo dos casos, atravs da habilidade profissional, organizao do sistema de sade e participao da comunidade.Essa estratgia, direcionada para o atendimento em nvel primrio, apresentada em uma srie de quadros que mostram a seqncia e a forma dos procedimentos a serem adotados pelos profissionais de sade.A avaliao da criana feita usando um mnimo de sinais clnicos que rapidamente determinam a gravidade do caso - sinais gerais de perigo. Quando um destes sinais est presente, a criana classificada como Doena Muito Grave, sendo necessrio referir para um hospital ou servio de ateno secundria. Deve-se, sempre que possvel, iniciar o tratamento prvio remoo.

Se a avaliao destes sinais negativa, inicia-se a avaliao para as doenas prevalentes, atravs das seguintes perguntas e observaes.

A CRIANA EST COM DIARRIA?Se a criana apresenta diarria, avaliam-se os sinais para detectar desidratao - letargia, sede, olhos fundos e "sinal da prega" - verificao do tempo de retorno da pele ao estado anterior, quando esta levantada pelo polegar e indicador como um belisco suave. Classificao:

"Diarria com desidratao grave ou Doena muito Grave"- a criana apresenta-se com pelo menos dois dos seguintes sinais: letrgica ou inconsciente, olhos fundos, no consegue beber ou bebe muito mal ou sinal da prega positivo, isto , a pele demora 2 segundos ou mais para retornar ao estado normal. A criana dever ser transferida para o hospital, iniciando-se hidratao venosa com etapa rpida de soluo salina;

"Diarria com desidratao"- Apresenta pelo menos dois sinais que se seguem: inquieta ou irritada, olhos fundos, bebe avidamente, com sede ou sinal da prega levemente positivo, isto , a pele demora at 2 segundos para retornar ao estado normal. Inicia-se Terapia de Reidratao Oral e depois de hidratada, a criana recebe sais de reidratao oral para continuar o tratamento no domiclio e orientaes para retorno;

"Diarria sem desidratao"-tratamento domiciliar com orientaes para uso do soro de reidratao oral.

Se houver sangue nas fezes acrescentado o termo "Disenteria" classificao, antibioticoterapia iniciada e orientado retorno em 2 dias . Caso a diarria tenha durao mnima 14 dias, classificada como "Diarria Persistente" e dieta com baixo teor de lactose iniciada.

3. A CRIANA TEM FEBRE?A criana com histria de febre avaliada para presena de malria ou meningite. Avalia-se a pele em busca de petquias, a nuca para detectar rigidez e abaulamento de fontanela para a possibilidade de meningite. Com a avaliao destes sinais a criana classificada:

"Doena febril Grave ou Doena muito Grave"- a criana transferida, aps receber a primeira dose de antibitico e

"Doena febril"- tratamento domiciliar com antitrmico e orientaes para retorno em 2 dias.

No Brasil o componente malria aplicado nas regies endmicas, principalmente regio da Amaznia Legal, rea com alto risco, composta pela regio Norte e os estados de Mato Grosso, Tocantins e Maranho.

4. A CRIANA TEM DOR DE OUVIDO?Se a resposta for positiva, a criana recebe a classificao de Otite, principalmente se ocorrer otorria.

"Mastoidite"- Se a criana apresenta tumefao dolorosa ao toque atrs da orelha, dever ser referida urgentemente ao hospital com administrao da primeira dose de antibitico.

"Otite mdia aguda"- Se h secreo purulenta visvel no ouvido h menos de 14 dias ou dor de ouvido. O tratamento domiciliar indicado com antibitico e marcao de retorno em 2 dias.

"Otite mdia crnica"- Secreo purulenta visvel por mais de 14 dias. No tratada com antibitico. Orientaes para limpeza do ouvido e retorno em 2 dias.

"No h infeco de ouvido"- No h sinais descritos anteriormente.

5. AVALIAO DA PALIDEZ DA PALMA DA MO (ANEMIA)Classificada como:

"Anemia grave"- A criana apresenta palidez palmar grave, referida para servio secundrio, para dosagem da hemoglobina e avaliao de hemotransfuso;

"Anemia"- A criana que apresenta palidez palmar leve recebe tratamento domiciliar com sulfato ferroso e orientao para retorno em 14 dias. Mebendazol tambm prescrito pela alta prevalncia de verminose.

"Sem anemia"- sem palidez palmar.

6. AVALIAO DO ESTADO NUTRICIONALInspeo visual de todo o corpo da criana, com ateno em ps, pela possibilidade de edema. Peso da criana anotado no grfico Peso x Idade e avaliado:

"Desnutrio grave"- emagrecimento acentuado visvel ou edema de ambos os ps. A criana referida urgentemente para hospital.

"Peso muito baixo para idade"- o valor anotado encontra-se abaixo da linha inferior do carto da criana do MS. Avalia-se e orienta-se a alimentao da criana e o retorno em 5 dias (em 2 dias em menores de 6 meses).

"Peso baixo para idade ou ganho insuficiente"- o valor encontra-se entre as linhas mdia e inferior do carto da criana do MS ou o ganho de peso insuficiente. Avalia-se e orienta-se a alimentao da criana e o retorno em 30 dias (em 2 dias em menores de 6 meses).

"O peso no baixo"- Avalia-se e orienta-se a alimentao da criana, apenas em menores de 2 anos.

Na abordagem da criana de uma semana a dois meses de idade, algumas perguntas, avaliaes e classificaes diferem da criana maior. Os sinais de classificao grave descritos anteriormente so aplicados. Febre ou hipotermia, dificuldade de alimentao, presena de pstulas extensas na pele e secreo em coto umbilical que se estende pele so tambm avaliados e, se presentes, levam classificao de "Possvel infeco bacteriana Grave". O lactente jovem encaminhado urgentemente ao hospital, j tendo sido aplicada a primeira dose de antibitico. Caso a infeco restrinja-se ao umbigo ou apresente poucas pstulas na pele, a classificao ser "Infeco Bacteriana Local" e prescrito antibitico para o domiclio, com orientaes para retorno em 2 dias.

Boa parte da capacitao dos profissionais de sade dirigida para o "conversar com as mes ou responsveis", explicando a situao da sade de seu filho e como trat-lo, avaliando a forma pela qual a criana est sendo alimentada. A me instruda a reconhecer os sinais de alerta, os quais indicam que a criana deve ser trazida imediatamente para atendimento em uma unidade de sade.

Algumas crianas devero ser reavaliadas em at cinco dias, geralmente por estarem com doenas infecciosas que necessitam de tratamento com antibitico. O intervalo estipulado para o retorno da criana depende de sua faixa etria, condio de sade e da classificao recebida.Se a criana necessita de instrues para o tratamento e aconselhamento, o profissional de sade ensina a me a administrar medicamentos via oral, a aumentar a ingesto de fluidos na criana com diarria e a tratar infeces localizadas em casa. Por ltimo explica a data do retorno e quando retornar imediatamente1,7.

Portanto, a consulta de retorno uma parte importante do processo de manejo de casos e do contedo de educao aos pais na estratgia AIDPI. Caso a criana no retorne para reavaliao e o tratamento administrado no surtiu o resultado esperado, a doena pode agravar-se e a criana pode evoluir para bito. Esta consulta avaliar se a criana est melhorando com o tratamento prescrito. Crianas com febre precisam ser reavaliadas se no esto melhorando. O retorno especialmente importante para crianas com problemas de alimentao, que devero retornar para avaliao do ganho de peso7.

A estratgia AIDPI s pode ser efetiva se a famlia levar a criana doente no momento oportuno a um profissional de sade que recebeu capacitao adequada. Por isso, um aspecto importante da prtica da ateno integrada orientar as famlias (e procurar certificar-se sobre a compreenso da mensagem transmitida) em relao a: os sinais de perigo que demandam atendimento urgente no servio de sade; o calendrio de consultas de rotina para vacinao; o significado das curvas de crescimento e os marcos de desenvolvimento, os cuidados a serem prestados criana em casa e as medidas de preveno e promoo da sade.

O Processo de Municipalizao e o Programa de Sade da FamliaNa segunda metade do sculo passado a concepo de sade enfocada apenas no tratamento das doenas associado ao contexto poltico scio-econmico do Regime Militar favorecia a manuteno ou piora dos indicadores de sade, onde apenas os doentes cobertos pela Previdncia Social eram assistidos. Neste perodo, os programas de assistncia sade eram orientados sob a forma de cuidados mdico-hospitalares, onde recursos e esforos priorizavam o tratamento da doena. Com a abertura poltica, nos anos 80, onde a concepo de que o meio social influi de forma decisiva no desenvolvimento das doenas, inicia-se a discusso sobre a inter-relao doena, pobreza e desenvolvimento scio-econmico e a participao popular alcana o Estado democrtico e a Constituio Cidad, com a criao do Sistema nico de Sade (SUS).

A partir da Lei 8080 de 1990, o Sistema nico de Sade implantado, visando reorganizao da ateno sade. O Ministrio da Sade (MS) prope a descentralizao, priorizando o nvel local como porta de entrada, atendimento e resoluo dos principais problemas de sade da populao, assim como a vigilncia e a promoo sade - atribuies do PSF.

A implantao das Normas Operacionais Bsicas do Sistema nico de Sade de 1993 e 1996 (NOB - SUS 93 e NOB - SUS 96) promoveu a integrao dos governos federal, estadual e municipal e a descentralizao de responsabilidades e recursos para a operacionalizao do SUS. O conjunto de responsabilidades e recursos, antes concentrado no nvel federal, foi transferido para o nvel municipal, no processo denominado municipalizao15.

O aprofundamento do processo de regionalizao resultou na Norma Operacional da Assistncia Sade de janeiro de 2001 (NOAS - SUS 01 / 2001), que se baseia em universalidade, eqidade no acesso e integralidade da ateno. Alm de garantir o acesso de toda populao ao primeiro nvel de referncia municipal, o mais prximo possvel de sua residncia, a norma organiza os servios de mdia complexidade ambulatorial e hospitalar16.

O Programa de Sade da Famlia vem se configurar neste contexto de priorizao de atividades voltadas para a promoo e assistncia sade, atravs da ateno primria famlia, participao da comunidade, identificao e vigilncia dos problemas de sade e das situaes de risco. Esta proposta de ateno primria centrada na sade da famlia tem sido aplicada de diversas formas, tanto em experincias isoladas, como em programas integrados voltados para a reorganizao dos servios de sade em diversos pases, tais como Inglaterra, Cuba, Canad, Estados Unidos, Colmbia e Equador17.

No Brasil, as primeiras equipes de Sade da Famlia foram formadas em janeiro de 1994, mas a estratgia iniciou-se antes, em 1991, com a implantao do Programa de Agentes Comunitrios de Sade (PACS), ambos com o objetivo de fazer chegar o SUS s populaes mais carentes e marginalizadas. Atualmente o "Sade da Famlia" no mais um programa e sim uma proposta de reestruturao do modelo de ateno, reorganizando a prtica assistencial em novas bases. A equipe da unidade de sade da famlia formada pelos seguintes profissionais: mdico, enfermeiro, auxiliar de enfermagem e agente comunitrio de sade, todos com regime de dedicao integral. Algumas unidades tambm contam com odontlogo.

So atribuies da Equipe de Sade da Famlia:

Conhecer a realidade das famlias (scio-econmicas, psico-cultural, demogrfica e epidemiolgica);

Identificar problemas de sade e situaes de risco;

Valorizar o vnculo, a responsabilizao, a continuidade e a relao de confiana;

Promover a vigilncia da sade;

Aplicar as aes programticas em tuberculose, hansenase, doenas sexualmente transmissveis (DST), doenas crnicas, doenas relacionadas ao trabalho e ao meio ambiente;

Resolver a maior parte dos problemas, garantindo a referncia;

Prestar assistncia integral e promover a sade atravs da educao para a sade;

Desenvolver a auto-estima, troca de experincias, apoio mtuo e o auto-cuidado;

Promover aes intersetoriais e parcerias com organizaes para a melhoria da qualidade de vida e do meio ambiente;

Incentivar a formao e participao nos Conselhos de Sade.

Em 2003, o PSF funcionava em 4.276 municpios brasileiros com 17.608 equipes de sade da famlia. Cada equipe atende entre 600 a 1000 famlias - 3.475 pessoas em mdia. Em 2004, cerca de 19 mil equipes promovem uma cobertura de mais de 60 milhes de brasileiros. A meta para 2006 ampliar para 32 mil o nmero de equipes, atendendo assim a 100 milhes de pessoas ou cerca de 77% da populao brasileira.

Com o funcionamento adequado, as unidades de sade do PSF tm uma resolutividade de 85% dos problemas de sade de sua comunidade. Mas a avaliao realizada pelo Ministrio da Sade mostrou que esta implantao e funcionamento diferem em determinadas regies decorrentes do processo de municipalizao da sade.

Alguns autores investigaram o PSF em nosso meio. Em relao satisfao da populao, no municpio de Teresina, em 1999 observou-se desconfiana e pouca valorizao dos profissionais de sade em relao ao PSF20. J no trinio 1998-2000 em 14 municpios do Estado de So Paulo, a implantao do PSF mostrou-se como um dos fatores que contribuiu para a queda das taxas de mortalidade infantil e de abandono da vacina DPT.

Nas Unidades de Sade da Famlia, a assistncia criana se d atravs da estratgia AIDPI. Uma vez que as instituies de ensino ainda no formam o profissional com a qualificao necessria para atuar neste contexto, a capacitao dos membros da equipe feita atravs de um treinamento que utiliza material adaptado e elaborado pelo Ministrio da Sade. So tambm programadas visitas de seguimento, como parte do processo de educao continuada e avaliao.

Estudos sobre a estratgia AIDPI no PSF apontam para a existncia de problemas na sua implementao. No Estado de Pernambuco no perodo de agosto de 1998 a dezembro de 1999, os componentes de estrutura e processo das unidades do PSF mostraram-se em nvel aceitvel. Dois dos 10 municpios estudados, entretanto, haviam recebido apenas uma visita de seguimento, e foram classificados como insatisfatrios12. Foi tambm estudada a aplicao das normas da estratgia AIDPI pelas equipes de 90 unidades de sade (em sua maioria do PSF) nos Estados de Pernambuco, Par e Cear em 2000. Foram destacados alguns pontos positivos, mas foi identificada a necessidade de melhor capacitao dos profissionais de sade.

Desejamos que esta reviso, a partir de um melhor entendimento da ateno criana no PSF, estimule mudanas que alcancem os princpios que motivaram a reforma sanitria e o sistema nico de sade: eqidade, integralidade da assistncia e universalidade das aes de sade - 8 Conferncia Nacional de Sade.