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1 Apresentação (Até 32 pgs p/ Cpad) A Igreja Evangélica Assembleia de Deus de Criciúma, na Presidência do Pastor João Ceno Ohlweiler, e através do departamento da Escola Bíblica Dominical – E.B.D., na Superintendência do Evangelista Adriano Sebben e Pb.Nelson Silveira, juntamente com a EETHOB (Escola de Educação Teológica Holando Brasil) na direção do Pb.Gerço Monteiro e Kelly Fernandes, realizam nos dias 26 a 31/05/2011 a sua 4ª Escola Bíblica de Obreiros e Simpósio de Educadores e Educandos Cristãos de Criciúma – EBOSECC. Palavra do Pastor Presidente Neste ano estaremos realizando a 4a edição do Ebosecc, que com certeza será de muito proveito para cada participante. É uma alegria poder contar com a sua presença, isso mostra o interesse em se aprimorar mais no conhecimento da Palavra de Deus. Para desempenhar um trabalho mais eficiente como obreiro, líder ou professor (a) de Educação Cristã. A oportunidade é excelente, pois teremos palestrantes de alto nível de experiência e conhecimento. Concluo agradecendo as equipes de trabalho da E.B.D. e Eethob pela realização deste evento que já tem espaço reservado em nosso calendário devido a sua relevância e magnitude. Que a benção de Deus seja abundante em tua vida. Unidos em Cristo. – João Ceno Ohlweiler – Pastor. Realização – Departamento

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Apresentação (Até 32 pgs p/ Cpad)

A Igreja Evangélica Assembleia de Deus de Criciúma, na Presidência do Pastor João Ceno Ohlweiler, e através do departamento da Escola Bíblica Dominical – E.B.D., na Superintendência do Evangelista Adriano Sebben e Pb.Nelson Silveira, juntamente com a EETHOB (Escola de Educação Teológica Holando Brasil) na direção do Pb.Gerço Monteiro e Kelly Fernandes, realizam nos dias 26 a 31/05/2011 a sua 4ª Escola Bíblica de Obreiros e Simpósio de Educadores e Educandos Cristãos de Criciúma – EBOSECC.

Palavra do Pastor Presidente

Neste ano estaremos realizando a 4a edição do Ebosecc, que com certeza será de muito proveito para cada participante. É uma alegria poder contar com a sua presença, isso mostra o interesse em se aprimorar mais no conhecimento da Palavra de Deus. Para desempenhar um trabalho mais eficiente como obreiro, líder ou professor (a) de Educação Cristã.A oportunidade é excelente, pois teremos palestrantes de alto nível de experiência e conhecimento. Concluo agradecendo as equipes de trabalho da E.B.D. e Eethob pela realização deste evento que já tem espaço reservado em nosso calendário devido a sua relevância e magnitude.Que a benção de Deus seja abundante em tua vida.Unidos em Cristo. – João Ceno Ohlweiler – Pastor.

SUMÁRIO

Apresentação .......................................................................................................................01Programação........................................................................................................................03Discipulado Cristão............................................................................................................ 04Líderes influenciando uma Igreja em Crescimento ........................................................19Educação Cristã.................................................................................................................. 45A Dinâmica na Formação do Adolescente cristão........................................................... 45A Dinâmica na Formação da Criança cristã.....................................................................45

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PROGRAMAÇÃO – PALESTRAS

TERÇA-FEIRA: 26 DE JULHO - NOTURNO19h Abertura19h30 Discipulado CristãoPr. Elienai Cabral

QUARTA-FEIRA: 27 DE JULHO - NOTURNO19h Discipulado CristãoPr. Elienai Cabral

QUINTA-FEIRA: 28 DE JULHO - NOTURNO19h Discipulado CristãoPr. Elienai Cabral

SEXTA-FEIRA: 29 DE JULHO – NOTURNO 2 Palestras Simultâneas19h Líderes Influenciando uma Igreja em crescimentoPr. Paulo André Barbosa19h Ensino Participativo na EBDPr. Marcos Tuller

SÁBADO: 30 DE JULHO – NOTURNO 4 Palestras Simultâneasa) 19h Líderes Influenciando uma Igreja em crescimento

Pr. Paulo André Barbosab) 19h : Ensino participativo na EBD: uma nova perspectiva para docência cristã e A

importância da comunicação na formação do professor de EBDPr. Marcos Tuller

c) 19h : A dinâmica na formação do Adolescente cristãoProfessora. Marcia Fogaça

d) 19h : A dinâmica na formação da Criança cristãProfessora. Elaine Savi

DOMINGO: 31 DE JULHO – MATUTINO 4 Palestras Simultâneas

a) 09h Líderes Influenciando uma Igreja em crescimentoPr. Paulo André Barbosa

b) 09h : Ensino participativo na EBD: uma nova perspectiva para docência cristã e A importância da comunicação na formação do professor de EBD

Pr. Marcos Tullerc) 09h : A dinâmica na formação do Adolescente cristão

Professora. Marcia Fogaçad) 09h : A dinâmica na formação da Criança cristã

Professora. Elaine Savi

NOTURNO – ENCERRAMENTO19h Culto Ação de GraçasPr. Paulo André Barbosa

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TEMA: Discipulado Cristão (Pr.Elienai Cabral)

DISCIPULADOMateus 28.19,20

INTRODUÇÃO: . Após a ressurreição o Senhor Jesus apareceu aos seus discípulos e os comissionou para a evangelizarem e discipularem os que recebessem o seu Evangelho – . Jesus deixou apenas um plano para o crescimento da igreja na terra: a multiplicação através de discípulos fazendo discípulos –. Na grande comissão deixada por Jesus, os dois elementos vitais e inseparáveis dessa comissão são a Evangelização e o Discipulado –. A base bíblica inicial para o Discipulado está em Mateus 28.19,20 cujo texto se constitui no modelo e método deixados por Jesus –. Essencialmente, o discipulado é feito e regido sob a lei da multiplicação –I – QUE SE ENTENDE POR DISCIPULO E DISCIPULADO

1. O quadriforme método para a tarefa do discipulado deixado por Jesus em Mateus 28.19,20 –A) É um método que implica concentração em torno do discípulo que faz um circulo

crescente em torno da pessoa –2. Discipulado envolve a relação entre mestre e aluno, baseada no modelo de Cristo e

seus discípulos - 3. Que é um discípulo? É o aluno, o aprendiz; o que imita o mestre; o que pisa nas

pisadas do seu mestre –4. Ser discípulo significa aprender tudo, por palavras, atos e modo de vida do seu

discipulador – Mt 10.25; 20.17; Lc 6.40; Jo 8.31; 13.35 –

II – OS MÉTODOS DE JESUS PARA O DISCIPULADO 1. O método da escolha –2. O método da concentração –3. O método da consagração –4. O método da submissão –5. O método da demonstração –6. O método do amor –

III – O PROPOSITO DO DISCIPULADO 1. O ponto inicial para o discipulado –2. A importância do aconselhamento no discipulado –3. O discipulado implica em gerar outro discípulo –4. A formação do discipulado –5. O discipulado requer multiplicação –6. O processo de multiplicação –

IV – PROCEDIMENTOS DE INTEGRAÇAO DO DISCIPULO 1. Amor2. Alimentação

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3. Proteção 4. Lealdade 5. Acessibilidade6. Ensino7. Maturidade

V – PLANO BÁSICO PARA O TRABALHO DO DISCIPULADO 1. A trilogia que corresponde à missão da igreja na terra:

a) Evangelizar – Mr 16.15; 1 Co 1.23; 2 Co 4.5; Fp 1.18b) Discipular – Mt 28.19,20c) Integrar – At 2.41-46

2. Treinamento de pessoal para fazer o discipulado implica um tríplice conhecimento:a) Conhecimento doutrinário –b) Conhecimento técnico ( operacional) –c) Conhecimento prático –

3. O currículo para o treinamento de discipuladores, além de oferecer o Curso de Plano Básico de Treinamento, visa estabelecer os fundamentos da fé cristã aos novos convertidos ( discípulos) –

4. Relações Humanas no Discipulado –a) Idoneidadeb) Disciplina Pessoalc) Motivaçãod) Flexibilidade

VI – ORGANIZAÇÃO DO TRAB ALHO DO DISCIPULADO1. O trabalho burocrático2. O trabalho de Integração

VII – O CURRICULO DE CURSO BASICO PARA O DISCIPULADO 1. Doutrina da Salvação2. Doutrinas de Vida Cristã3. Doutrina de Integração

VIII – COMO FAZER UM DISCIPULO ( Como discipular) 1. Primeiros contatos 2. Modelo de Cartão de Decisão 3. Contato Posterior4. Ficha de Acompanhamento 5. O acompanhamento do novo convertido ( nv.discipulo)6. Avaliaçao da Ficha de Acompanhamento

CONCLUSÃO: Estas idéias são as mais racionais possíveis porque a preocupação básica do trabalho de Discipulado é o fazer discípulos capazes se reproduzirem outros discípulos.Pastor Elienai Cabral

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Pastor Elienai Cabral

Escritor , conferencista, articulista e outros. Autor de vários livros publicados pela CPAD como. A síndrome do Canto do Galo, O Pregador Eficaz , Comentários sobre a Carta aos Romanos e Efésios; entre outras obras. Comentador da Revista de Escola Dominical desde 1985; publicada pela CPAD. Atualmente é líder da Assembléia de Deus em Sobradinho-DF. E Presidente da Convenção das Assembléias de Deus do Distrito Federal (CEADDIF). Membro da Academia Evangélica de Letras do Brasil (AELB) e também membro da Casa de Letras Emílio Conde. (CPAD).Brasilia DF

TEMA: Líderes influenciando uma Igreja em crescimento (Pr.Paulo André Barbosa)

1. O desafio do crescimento da Igreja O crescimento da igreja é o resultado do Evangelho sendo pregado com genuinidade e santidade, pessoas são salvas por Jesus, vidas são transformadas, igrejas são plantadas. Paulo disse aos crentes de Colossos que o Evangelho “em todo o mundo, está produzindo fruto e crescendo” (Cl 1.6). O conceito bíblico de crescimento é amplo, e quando diz respeito a Igreja, quer dizer: desenvolvimento, aperfeiçoamento. No NT o crescimento da Igreja é identificado como “corpo”. Um corpo saudável cresce, da mesma forma a Igreja se tiver vida: cresce. Aí duas perguntas são levantadas:

1.1- Em que áreas se deve crescer? Paulo fala em Efésios 4.15, que os crentes devem crescer “em tudo”. Em Colossenses fala em crescer no “pleno conhecimento de Deus” (Cl 1.10) e em “ações de graça” (Cl 2.7). Em 1 Tessalonicenses da importância de crescer no amor de uns para com os outros (3.12). Em sua segunda epístola o apóstolo Pedro exorta os cristãos a crescerem “na graça e no conhecimento” do Senhor Jesus Cristo (2 Pe 3.18). Generalizando, pode-se dizer que os cristãos devem crescer, progredir ou amadurecer em quatro áreas principais: adoração (devoção, culto), comunhão (amor, companheirismo), testemunho (evangelização, discipulado) e serviço (diaconia, solidariedade).

1.2 Como alcançar o verdadeiro crescimento? Para haver verdadeiro crescimento ocorra, existem certas condições apontadas pelos textos bíblicos. (a) O crescimento deve vir de Deus, não do mero esforço, diligência ou criatividade humana. Daí, oração, fidelidade às Escrituras. Crítica ao movimento do “crescimento da igreja”. (b) O crescimento exige submissão e obediência à Cabeça do corpo, Cristo. Ef

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4.15b: “... cresçamos em tudo naquele que é o Cabeça, Cristo.” O crescimento deve ser cristocêntrico, não antropocêntrico. (c) O crescimento requer profunda união e coordenação entre os membros (Cl 2.19: “juntas e ligamentos”). Ef 4.16: “... de quem todo o corpo, bem ajustado e consolidado, pelo auxílio de toda junta, segundo a justa cooperação de cada parte, efetua o seu próprio aumento...” (d) O crescimento implica numa correta associação de verdade e amor: “... seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo... para a edificação de si mesmo em amor” (Ef 4.15a,16b). A igreja primitiva cresceu rapidamente porque os crentes, cheios do Espírito Santo, evangelizavam todo o tempo (At 5.42; 8.4). Como resultado viu-se o vertiginoso crescimento registrado no livro de Atos dos Apóstolos. A proclamação da Palavra de Deus promove o crescimento e a edificação da igreja. (At 2.41,47; 4.4; 5.14; 9.31, 21.20).

2. O líder e o crescimento da Igreja Tudo começa com o líder. Diz Barna: “nunca vi Deus dar uma visão para comissões!”1. Assim como em cada sermão se toma uma parte das Escrituras para ser explicado, o líder precisa também tomar a visão de Jesus, esclarecê-la e torná-la alcançável para a igreja local, ou para uma região. Ao esclarecer a situação que uma igreja se encontra (diagnóstico) e apresentar para ela o que ela poderia alcançar em um tempo e espaço determinado (visão), os métodos e ações se submetem à esta visão. Já não estamos sujeitos aos modismos metodológicos, nem ao ativismos vazio, mas à utilização coordenada de métodos e ações úteis para alcançar aquela visão. Não se pode subestimar a influência de um líder, pois o mesmo procura conduzir pessoas, motivando, influenciando as pessoas para voluntariamente contribuam para atingir os objetivos propostos do grupo. O estilo de liderança cristã reflete os princípios bíblicos de lidar e considerar as pessoas, bem como os motivos, ou as razões que norteiam a liderança devem ser fundamentadas nas qualidades bíblicas.

2.1 A necessidade de uma liderança espiritual A natureza espiritual da igreja necessita de uma liderança que esteja além dos limites do que é puramente humano que esteja disposto a pagar o preço. Líderes espirituais não são constituídos por eleição ou mesmo por instituições eclesiásticas, eles são forjados por Deus. Sobre este tipo de liderança diz J. Oswald Sanders “a maior necessidade da igreja, para que cumpra suas obrigações para com a presente geração, é uma liderança espiritual, sacrificial, plena de autoridade vinda do alto. Plena de autoridade porque as pessoas gostam de ser lideradas por alguém que sabe aonde vai, e que inspira confiança. Elas seguem quase sem questionar o líder que se mostra sábio e forte, que age conforme com sua fé. Espiritual, porque uma liderança carnal, que pode ser explicada em termos do natural, embora possa ser atraente e competente, resultará, contudo, apenas em esterilidade, e em bancarrota moral e espiritual. Sacrificial, porque foi modelada segundo a vida daquele que se deu a si mesmo em sacrifício pelo mundo todo, dando-nos um exemplo, para que seguíssemos seus passos 2.” Russel Shedd diz que “Um líder convence outras pessoas a segui-lo porque tem respostas e soluções. Ele sabe o caminho a seguir ou, pelo menos, convence seus seguidores de que é competente. Pouca ou nenhuma vantagem pode ser obtida pela elevação de alguém a uma posição de autoridade, se essa pessoa é nitidamente incapaz de convencer o grupo de que pode resolver seus problemas.3”

1 George Barna. O Poder da Visão, p352 Liderança Espiritual, pág. 83 Russel Shedd – O líder que Deus usa – pág.8

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2.2 Definindo Liderança Liderança pode ser definida como influência, ou seja, a habilidade de influenciar a outros. Alguém só pode se considerar líder à medida que influencia outras pessoas a segui-lo. “O líder de igreja eficiente é aquele que tem provado que sabe como trabalhar arduamente. Ele tem calosidade nas mãos e aprendeu a disciplina do trabalho árduo e produtivo4.” O general chinês destaca que “há três tipos de pessoas no mundo: aquelas que não se mexem, as que são movíveis e as que movem os outros”5. O presidente dos Estados Unidos Harry Trumam definia o líder como alguém que tem “a habilidade de fazer com que os outros façam o que não queiram fazer e gostem de fazê-lo.6”

2.3 Liderança positiva e negativa A liderança é a capacidade e o desejo de unir homens e mulheres num mesmo propósito. Na definição do almirante Nimitz líder é aquele que “inspira suficiente confiança a seus subordinados de modo a aceitarem suas idéias e obedecerem seu comando 7”. O líder estudantil John R. Mott disse que o líder “é o homem que conhece o caminho e sabe-se manter a frente, trazendo os outros após si.” Para Arthur Schlesinger Jr liderança é “a capacidade de persuadir, inspirar e mobilizar multidões.8” Já Gardner define liderança como “o processo de persuasão e exemplo pelo qual uma pessoa(ou equipe de líderes) induz um grupo a agir de acordo com os propósitos comuns a todos.9”

2.3.1 Cracterísticas da liderança negativa As Escrituras e a história da igreja estão repletas de exemplos de pessoas que exerceram liderança positiva, bem como, possui inúmeros exemplos daqueles que exerceram liderança negativa procurando fazer o povo de Deus se desviar do caminho.

Egoísmo Quando o líder se preocupa mais com o seu conforto do que com as necessidades do rebanho de Deus. A prioridade máxima do líder deve ser a de cuidar do rebanho e não de si mesmo. Cristo diz que o bom pastor “dá a vida pelas suas ovelhas” (Jo 10.11). Negligência Quando o líder não se preocupa com o rebanho, não se envolve com ele. Sendo que o que Deus deseja é que o líder trate das ovelhas fracas, cuide das doentes, cure suas feridas, busque a desgarrada e resgate a perdida. “Procura conhecer o estado das tuas ovelhas e cuida dos teus rebanhos” (Pv 27.23).

Brutalidade “A fraca não fortalecestes, a doente não curastes, a quebrada não ligastes, a desgarrada não tornastes a trazer e a perdida não buscastes; mas dominais sobre elas com rigor e dureza” (Ez 34.4).

Incapacidade de agregar Uma liderança negativa pode afetar o rebanho, quando o líder negligencia o seu grupo, o mesmo freqüentemente se dispersa, o que também traz conseqüências amargas para o líder

4 Cajado do Pastor – seção A1, pág. 55 Liderança Espiritual, pág. 206 I Liderança Espiritual, pág. 217 Liderança Espiritual, pág.208 Redescobrindo a alma da liderança pág. 1189 Redescobrindo a alma da liderança pág. 119

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“Assim diz o SENHOR Deus: Eis que eu estou contra os pastores e deles demandarei as minhas ovelhas; porei termo no seu pastoreio, e não se apascentarão mais a si mesmos; livrarei as minhas ovelhas da sua boca, para que já não lhes sirvam de pasto” (Ez 34.10).

b) Características do líder positivo A liderança exige acima de tudo confiança. Um grupo somente crerá em um líder que deu mostras de visão e propósito, dando razões ao grupo para confiar, e a confiança está estritamente ligada ao caráter.

2.2.3 - Características da Liderança Espiritual Santidade A santidade é um quesito fundamental na vida de um líder cristão mais do que nunca, pois até mesmo no mundo religioso nunca se observou tamanha insegurança. As profecias bíblicas que apontam apostasia e indiferença para com os crentes professos cumprem-se cabalmente em nossos dias, entretanto, daqueles que permanecem firme em seu propósito de servir ao Mestre e a sua igreja. E esta santidade consiste em fundamentalmente separação do mundo. A postura do líder cristão de inimizade para com o mundo gera conflitos "Se fôsseis do mundo, o mundo amaria o que era seu. Mas como não sois do mundo, antes, dele vos escolhi, é por isso que o mundo vos odeia" (Jo 15:19). E esta vida de santidade representa o afastamento dos prazeres do mundo (Hb 9.24-26), das alianças sociais e comerciais do mundo (2 Co 6.14-18).

Unção do Espírito Santo Ser cheio do Espírito de Deus era requisito básico para a eleição de um diácono na igreja primitiva (At 6.3). É o poder do Espírito Santo que enche o líder de ousadia, impregna no coração do líder paixão pelas almas. Diz Hernandes Dias Lopes: ”No Pentecoste, o Espírito desceu sobre os discípulos em chamas como de fogo. Deus é fogo consumidor. O trono de Deus é fogo. A Palavra de Deus é fogo. Ele faz dos seus ministros labaredas de fogo. Jesus batiza com fogo. Sempre foi desejo de Jesus lançar fogo sobre a terra: "Eu vim para lançar fogo sobre a terra e bem quisera que já estivesse a arder" (Lc 12.49).”

Sabedoria No homem nem sempre conhecimento e sabedoria estão juntos. Um analfabeto pode ser mais sábio que um erudito. O conhecimento é adquirido por estudo, ao passo que a sabedoria é resultado de uma compreensão intuitiva das coisas. Ambos no homem são imperfeitos, mas em Deus são perfeitamente absolutos. Os homens alcançam o conhecimento por meio do estudo, à sabedoria é intuitiva. “Normalmente a sabedoria usa o conhecimento para servir a alguns propósitos determinados. O conhecimento é o entendimento das regras gerais, enquanto a sabedoria é o extrair conclusões gerais de regras particulares para um propósito definido. A sabedoria é o conhecimento intuitivo aplicado.” O líder sábio é equilibrado e o livra das extravagâncias. O conhecimento pode ser adquirido através de estudos, porém, ao ser cheio do Espírito de Deus o líder é cheio de sabedoria.

Fé As Escrituras ensinam que “sem fé é impossível agradar a Deus” (Hb 11.6). Os líderes do AT e do NT viam o decurso da história sob o prisma da fé num Deus soberano sobre tudo e sobre todos, cuja providência abrange todas as coisas, não viam como os historiadores de hoje de um prisma puramente secular. Da mesma forma hoje um líder de fé ultrapassa obstáculos que os líderes que não entendem o campo da fé não ultrapassam. Líderes de fé

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surgem no vácuo daqueles que fracassaram exatamente por lhes faltar fé para vencer barreiras. Muitas igrejas fracassam porque os seus líderes deixaram de crer e tornaram-se mestres em narrar desgraças ao invés de olharem com os olhos da fé as crises como oportunidades de crescimento. Um grande desafio para a liderança eclesiástica é o viver por fé, o que é marcado pela fé na providência, que produz convicção inabalável de que Deus é o Senhor de tudo e Senhor da igreja.

Amor Diz Russel Shedd que “Uma liderança sem amor é como um corpo sem o coração. Morta e sem sentido, ela promove vaidade, em vez de maturidade cristã”10. James C. Hunter diz em seu livro “O monge e o executivo que: "Liderança não é estilo, liderança é essência, isto é, caráter. Liderança e o amor são questões ligadas ao caráter. Paciência, bondade, humildade, abnegação, respeito, generosidade, honestidade, compromisso. Estas são as qualidades construtoras do caráter, são os hábitos que precisamos desenvolver e amadurecer se quisermos nos tornar líderes de sucesso, que vencem no teste do tempo".

Serviço O ideal de Cristo para o seu povo é o de uma comunidade servindo-se mutuamente11. “Pois o próprio Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos” (Mc 10.45). O apóstolo Paulo dizia: “sede, antes, servos uns dos outros, pelo amor” (Gl 5.13). O serviço do crente deve ser estendido ao mundo necessitado, infelizmente na cristandade hodierna são poucos aqueles que querem servir a muitos. Shedd lembra que “A mãe de Tiago e João esperava por posições maiores de liderança para seus filhos no reino que Jesus planejava inaugurar. Não somente os filhos de Zebedeu creram que o poder e a felicidade fossem sinônimos, mas também, os outros dez discípulos tornaram-se ressentidos quando eles perceberam que as duas maiores posições na organização tinham sido solicitadas. Eles também estavam tão animados quanto Tiago e João para alcançar a autoridade e o poder no Reino. Jesus, porém, comparou o conceito mundano de "grandeza" a sua própria definição”12. Cristo rejeitou todos os conceitos mundanos de liderança: “Mas Jesus, chamando-os para junto de si, disse-lhes: Sabeis que os que são considerados governadores dos povos têm-nos sob seu domínio, e sobre eles os seus maiorais exercem autoridade. Mas entre vós não é assim; pelo contrário, quem quiser tornar-se grande entre vós, será esse o que vos sirva e quem quiser ser o primeiro entre vós será servo de todos” (Mc 10.42-44). Cristo ensina que há um preço caro a ser pago por uma liderança marcante “Mas Jesus lhes disse: Não sabeis o que pedis. Podeis vós beber o cálice que eu bebo ou receber o batismo com que eu sou batizado?” (Mc 10.38), o que se pode aprender também é que só se alcança a excelência na liderança mediante o espírito de servo, ou seja, somente se exerce o primeiro lugar quando tornar-se servo de todos. Quando se fala em “espírito de servo” não se tem em vista meros atos de serviço, pois muitas vezes tais atos são praticados por motivações errôneas.

a.3) Características práticas do líder positivo Visão

Ninguém vai além de sua visão. Ninguém seguirá alguém que não sabe como fazer e nem aonde vai. Visão sem paixão faz do líder apenas um visionário, paixão sem visão torna o líder num fanático.

10 O líder que Deus usa, pág. 2411 Serviço mútuo, uns aos outros.12 O líder que Deus usa, pág. 27

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A visão se constitui em previsão, ou a visão de coisas e pessoas e visão interna, visão realista de si mesmo. Em outras palavras, visão é saber discernir o que vem pela frente. O líder responsável sempre olhará para frente, para tentar saber como suas decisões irão repercutir não apenas as pessoas hoje, mas também as gerações vindouras. Russel Sheed chama a atenção “O homem que Deus usa necessita ter uma visão do alvo e dos objetivos finais da organização. Ele precisa, em oração, olhar para o futuro com sua imaginação e perceber o propósito central que trouxe a igreja ou o grupo à existência. Ele vê claramente o final para o qual ela existe. Cada investimento em tempo, em dinheiro, em pessoas e em sacrifício necessitam mover na direção daquele objetivo”13. O gerenciamento eficiente sem a liderança eficiente é, como um autor escreveu, "como arrumar cadeiras do convés no Titanic". “Olhos que olham são comuns, olhos que vêem são raros14.” Sanders diz que visão inclui otimismo e esperança. “Jamais um pessimista tornou-se líder. O pessimista vê uma dificuldade em cada oportunidade. O pessimista, sempre vendo dificuldades antes das possibilidades tende a refrear o homem de visão que deseja deslanchar.15”

Disciplina Somente a pessoa disciplinada tem condições de atingir os patamares mais altos, pois é alguém que aprendeu a dominar-se a si mesmo. O verdadeiro líder é quem aprendeu a submeter-se de bom grado, aprendendo a obedecer. Quem se rebela contra a autoridade, raramente estará qualificado para exercer uma liderança de primeira linha. Muitos que abandonam o ministério não o fazem porque lhes faltaram dons espirituais, mas porque certamente certas áreas de suas vidas não foram entregues ao Espírito Santo. O líder cheio da unção do Espírito Santo jamais recua diante das dificuldades, tampouco, de pessoas problemáticas, antes com serenidade e equilíbrio aplicará disciplina bondosa quando os interesses do Reino exigem.

Autoridade A autoridade exercida pelos líderes da igreja é autoridade delegada pelo próprio Senhor Jesus: “Tendo chamado os seus doze discípulos, deu-lhes Jesus autoridade sobre espíritos imundos para os expelir e para curar toda sorte de doenças e enfermidades” (Mt 10.1). “Eis aí vos dei autoridade para pisardes serpentes e escorpiões e sobre todo o poder do inimigo, e nada, absolutamente, vos causará dano” (Lc 10.19). Na acepção bíblica, o pastor é alguém que está disposto a dar a sua vida pelas ovelhas, totalmente dedicado a proteger, servir e alimentar o rebanho de Deus. Não apenas alguém encarregado de governar, mas alguém que se importa, cuida e ama. “O bom pastor dá a sua vida pelas ovelhas” (Jo 10.11). Quando um pastor ou obreiro recebe a responsabilidade por uma congregação de crentes, ele recebe autoridade para alimentar, visitar, defender, proteger, cuidar e disciplinar as ovelhas de Deus com amor. Assim, os líderes figuram como representantes de Deus, como embaixadores de Cristo (2 Co 5.20). Entretanto, aqueles que receberam a autoridade delegada devem agir nas diversas situações como Cristo estivesse presente pessoalmente.

Decisão Uma das mais acentuadas qualidades da liderança é a capacidade de decisão firme e rápida. Quando o líder possui uma visão ele precisa fazer algo para que a visão se transforme em ação. Quando o líder cristão está convicto da vontade de Deus ele sem se importar com as

13 O líder que Deus usa, pág.3614 Oswald Sanders – Liderança Espiritual, pág. 4915 Liderança Espiritual, pág.50

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conseqüências perseguirá o seu ideal sem queimar etapas. Moisés esteve apto para a liderança somente quando avaliou os custos de abandonar o fausto da corte do Egito para identificar-se com o povo de Deus em seus sofrimentos (Hb 11.24-27). Todos os heróis da fé listados em Hebreus 11 foram homens de decisão. O líder precisa resistir a tentação de adiar a resolução de problemas, porque uma decisão precipitada é melhor que nenhuma. Na maior parte das decisões a questão de ordem não é tanto o que se deverá fazer, mas, estar preparado para enfrentar as conseqüências.

Valores O grupo para ter sua estima elevada precisa ser liderado por um homem que tenha valores definidos. Paulo é um exemplo disso, para ele a liberdade era incomparavelmente melhor que a escravidão. Por isso, o apóstolo dos gentios proclamou vigorosamente a verdade da liberdade em Cristo aos crentes da Galácia (Gl 5.1-13). Para Paulo quando se perde a liberdade se perde tudo, pois, a escravidão dos elementos do mundo não se compara ao caminho da liberdade do Espírito Santo (Gl 4.8,9). Os pastores e os líderes devem constantemente ensinar os valores cristãos que torna o crente diferente do mundo. O líder cristão precisa estar sempre reafirmando os valores que configuram a identidade do cristianismo. O guia competente quando sabe o caminho, dá tanta segurança ao grupo que faz com que a estrada certa pareça a mais natural e a melhor.

“Jesus convidou homens a segui-lo, contudo, não, cega ou ignorantemente. Os discípulos teriam que negar a si próprios, tomar sua cruz diariamente e seguir cuidadosamente nos passos de Jesus (Lc 9.23). O valor que os seus seguidores ganhariam, contudo, seria inquestionavelmente digno disso. Eles salvariam suas "vidas" (v. 24). Um bom líder necessita saber pelo que se é digno de viver ou de morrer. É por isso que Jesus convidou os cansados e os oprimidos para aceitar o seu jugo (Mt 11.28). Jesus modelou os valores centrais do Reino através de seu estilo de vida e de atitudes. Ele ainda chama líderes para "aprender dele" (v. 29)16”.

a.4) Ações que fazem a liderança eficaz Administração

Diz Russel Shedd que “um homem que Deus usa necessita organizar e administrar as atividades e ações de Deus na Terra. Ele precisa decidir o que será feito, e a seqüência de ações; ele planeja os acontecimentos, dando prioridade ao que é necessário. Empurra os eventos e as atividades desnecessárias para a periferia. O bom líder gasta pouco tempo apagando incêndios que irrompem na organização. Ele se esforça muito mais no ensejo de tomar decisões que previnam as tensões e os conflitos, do que nos problemas embrionários que poderão provocar incêndios”17. O líder eficaz possui habilidade administrativa, sabendo quando começar, quais os passos a serem tomados e como atingir os objetivos propostos. Diz Eugene Habecker presidente da Sociedade Bíblica Americana que “processos e estruturas organizacionais precisam ser regularmente avaliados18.” Gardner identificou seis características dos líderes-administradores:a) São pensadores a longo prazo;

16 O líder que Deus usa, pág.3717 O líder que Deus usa, pág.4018 Redescobrindo a alma da liderança, pág.111

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b) Enxergam além do ponto para o qual caminham e compreendem sua relação com a organização como um todo;c) Atingem e influenciam além de sua jurisdição e limite;d) Dão grande ênfase as características intangéveis da visão, dos valores e da motivação, e compreendem intuitivamente os elementos não-racionais e inconscientes da interação entre o líder e os discípulos;e) Tem a capacidade política de enfrentar as exigências conflitantes dos vários envolvidos f) Pensam sob o aspecto da renovação19. Dizem alguns que um bom líder revela-se após sua morte ou saída do campo. Ele preparou outros líderes? Enquanto liderou liberou a igreja para trabalhar? Liderar não é simplesmente mandar. Biblicamente, liderar é: capacitar; liberar os discípulos para que estes trabalhem; supervisionar os resultados e refinar o ensino motivador (Lc 10.1-20). Líderes lideram ao mesmo tempo em que liberam.

Coragem20

A coragem é atributo indispensavel do líder eficaz. O Apóstolo Paulo experimentou situações de risco maximo, algumas vezes sentindo temor (1 Co 2.3; 2 Co 7.5). Embora o medo não fosse um sentimento agradável, Paulo não o evitou para cumprir o ministério que recebeu de Deus (At 20.24). Não importa se o líder sentir medo, a exortação de Deus é para que tenha bom ânimo (Js 1.9). Os discipulos de Cristo estavam acovardados, reunidos a portas fechadas com medo dos judeus (Jo 20.19), mas ao serem cheios do Espírito Santo proclamaram a mensagem salvadora de Cristo com intrepidez (At 4.13). Quando o líder é guiado pelo Espírito de Deus, ele é domindo não pelo “espírito de covardia” mas de poder (2 Tm 1.7). A história da Igreja é um testemunho eloquente de que a coragem do líder é demonstrada quando o mesmo está disposto a enfrentrar condições e fatos desagradáveis, e agir com firmeza diante destas circunstâncias desfavoráveis. Outros podem recuar, mas nunca o líder. Grande parte dos líderes da igreja encontraram morte violenta porém corajosamente deram testemunho de su fé. Como disse Tertuliano de Cartágo “o sangue dos martires é a semente da igreja.” Humildade21

A humildade é uma caracteristica não muito apreciada pelo mundo, que preconiza a proeminência e a publicidade. Para Deus é diferente, a humildade ocupa um lugar de destaque na sua escala de valores. No mundo se busca autopromoção, diante de Deus o líder espiritual busca a autonegação. Cristo ensina que o serviço cristão baseia-se na humildade e na servitude (Mt 20.25-27). Contudo, a humildade é uma qualidade que vai desenvolvendo-se gradualmente na vida do líder quando mais perto de Cristo o lider chega mais humilde se

19 Citado em Redescobrindo a alma da liderança, pág.12020 Coragem é a habilidade de confrontar o medo, a dor, o perigo, a incerteza ou a intimidação. Pode ser dividida em física e moral. O homem sem medo motiva-se a ir mais além. Enfrenta os desafios com confiança e não se preocupa com ior. O medo pode ser constante, mas o impulso o leva adiante. Coragem é a confiança que o homem tem em momentos de temor ou situações difíceis, é o que faz viver lutando e enfrentando os problemas e as barreiras que colocam medo, é a força positiva para combater momentos tenebrosos da vida.21 Humildade vem do latim humus que significa "filhos da terra". Refere-se à qualidade daqueles que não tentam se projetar sobre as outras pessoas, nem mostrar ser superior a elas. A Humildade é a virtude que dá o sentimento exato da nossa fraqueza, modéstia, respeito, pobreza, reverência e submissão.

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torna.

Pr.Paulo André Barbosa

Pastor-auxiliar na AD Guaíba/RS, 1º Secretário da Igreja, Superintendente do Deptº de Educação Cristã. Formado em Teologia pelo Seminário Teológico Evangélico do RS, professor de teologia bíblica, sistemática e história da  teologia no IBE(Instituto Bíblico Esperança).  Articulista, escritor com mais de 30 títulos publicados nas áreas de teologia e pesquisa bíblica.

TEMA: A importância da comunicação para a formação do professor de escola bíblica dominical (Pr.Marcos Tuler).

A IMPORTÂNCIA DA COMUNICAÇÃO PARA A FORMAÇÃO DO PROFESSOR DE ESCOLA DOMINICAL

"Não existe uma só atividade humana que não seja afetada ou que não possa ser promovida através da Comunicação". Gilbert Highet

INTRODUÇÃO

O que faz um professor quando ensina? Naturalmente ele se comunica com a classe. Sua intenção primordial é fazer com que seus alunos entendam perfeitamente sua mensagem, isto é, o conteúdo do ensino. Em suma, o ensino é um processo de comunicação em que o professor, através de vários procedimentos e informações, orienta e dinamiza a aprendizagem. A maioria das funções do ensino é cumprida exatamente pelo comportamento verbal do professor. São os padrões ou formas de comunicação empregados por ele que vão em grande parte determinar os níveis de realização e o resultado final do processo de ensino-aprendizagem. Neste processo, o que faz o professor? Que responsabilidade ele assume? Dentre tantas operações educativas, o mestre apresenta os estímulos, dirige as

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atividades, sugere, orienta o pensamento do aluno, proporciona condições para que o educando aplique o que aprendeu e, no final, valendo-se permanentemente dos recursos da comunicação, promove mais aprendizagens. Da boa comunicação em sala de aula, dependem não só a retenção de conteúdos, mas, de forma mais ampla, todos os processos de formação do aluno, especialmente, o respeito mútuo, a cooperação e a criatividade. I. O PROCESSO DA COMUNICAÇÃO HUMANA 1. O que significa comunicar?

A palavra comunicar vem do latim comunicare e significa “pôr em comum”, tornar comum. Em sentido prático, comunicar é transmitir idéias e informações com o principal objetivo de promover o entendimento entre os indivíduos. Para que ela se realize, é necessária a utilização de um código comum previamente estabelecido.

2. O processo da comunicação.

Este processo, inicialmente, exige três elementos, a saber: emissor, receptor e mensagem. Faltando qualquer um desses elementos, a comunicação não acontece.

3. A mensagem e sua interpretação.

A mensagem é o objeto e a finalidade da comunicação humana. Toda mensagem possui um significado e carrega propriedades de percepção comuns ao emissor e receptor. Outro elemento importante é a interpretação. Na verdade, ela é a chave de toda comunicação. Dela é que vai depender a dedução e a compreensão da mensagem. A boa mensagem é a que facilita a interpretação. Conforme explica Abraham Moles em L`Affiche dans la Société Urbaine, “a eficácia máxima da comunicação não é alcançada senão quando a mensagem é compreendida pelo receptor”. Se ela não é interpretada, compreendida e assimilada, não há comunicação.

4. O meio ou canal.

O meio pode facilitar ou dificultar a interpretação. Entretanto, é o conteúdo da mensagem que vai indicar ao transmissor o meio a ser escolhido. A mensagem, para ser compreendida, deve sempre harmonizar-se com os requisitos de clareza, rapidez e disponibilidade dos meios. 5. O repertório de signos e sua percepção.

Cada pessoa possui seu próprio repertório de signos ou símbolos. Os signos normalmente são estabelecidos pelo próprio homem. Entre eles temos os sinais, como por exemplo os códigos de trânsito, os signos verbais incluídos na fala, e os não verbais como os gestos, a maneira de olhar etc.“A comunicação será efetiva se o comunicador levar sempre em conta os repertórios correspondentes do receptor. Se ele utilizar uma idéia ou uma experiência no repertório respectivo do receptor, este entenderá claramente a mensagem. Se o comunicador escolher signos que não figurem no repertório do receptor, é certo que não haverá comunicação”.

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6. O processo de recepção.

Depois da percepção dos signos que compõem a mensagem, a segunda parte do processo é a: a) Decodificação. De modo subconsciente o receptor compara os signos percebidos com seu repertório e decifra sua equivalência. Se os signos percebidos não existem no seu repertório, o receptor poderá apelar ao contexto geral da mensagem. A terceira parte denomina-se...

b) Interpretação. A mensagem em sua totalidade é avaliada pelos interlocutores, que verificarão se ela está de acordo com o assunto sobre o qual se está comunicando. Ela também é conferida com os demais repertórios do receptor: intenções, idéias, experiências etc. Na interpretação, o receptor se pergunta: Qual é o significado que devo atribuir a esta mensagem que Fulano me transmite a respeito desse assunto?

A quarta parte do processo é conhecido como:c) Feedback ou retroalimentação. Trata-se do retorno da mensagem, que alimenta a comunicação. O professor que presta atenção nas reações ou respostas do aluno encontra nelas a forma de reajustar suas mensagens.

7. Como acontece a comunicação?

Conhecendo agora os elementos básicos da comunicação, podemos tentar reconstituir em detalhe todo o processo. Um estímulo interno ou externo provoca uma reação: a de comunicar-me. Traduzo em palavras a idéia e por associação a interpreto, organizando as palavras em uma frase-

mensagem. Seleciono o meio mais adequado à movimentação da minha mensagem rumo ao

receptor. Emito a mensagem através do meio selecionado. A mensagem caminha e chega ao receptor. O receptor recebe a mensagem procurando interpretar-lhe o significado. O receptor compreende a mensagem decifrando os símbolos em termos de sua própria

interpretação. A reação do receptor, após sua interpretação, é transportada como nova mensagem de

volta a minha pessoa. Interpreto a reação do receptor e, avalio se o significado que recebi é o mesmo que lhe

enviei. Coincidindo-se os significados – o meu e o do receptor – completa-se através da

compreensão mútua o circuito da comunicação.

8. Barreiras ou entraves à comunicação.

Existem alguns obstáculos (ruídos) que atrapalham a boa comunicação. Vejamos:a) Barreiras físicas: Distância espacial; escuridão (comunicação visual).b) Barreiras fisiológicas: cegueira, surdez.c) Barreiras culturais: padrões culturais.d) Barreiras sociais: tradição, normas institucionais, status diferentes. Relacionamento entre chefes e subalternos, entre um aluno e um diretor.e) Barreiras psicológicas: atitudes negativistas ou de oposição podem bloquear a recepção. II. COMO TORNAR A COMUNICAÇÃO EFICIENTE NO ÂMBITO DA SALA DE AULA

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1. Diagnostique o problema.

Há professores que, por falta de conhecimento ou sensibilidade docente, não percebem que são maus comunicadores. A impressão que temos é que se preocupam com a medíocre exposição de sua matéria em detrimento da educação propriamente dita. O professor acha que sua função consiste em transmitir conhecimentos e que é obrigação do aluno ouvir e compreender. Alguns, têm suas idéias tão mal, ou tão perfeitamente organizadas, que não há neles lugar para a imaginação criativa dos alunos. Quando as idéias do professor estão desorganizadas, sua mensagem é confusa e insegura. Os tais preferem o monólogo, isto é, a criticada “salivação”. Outros costumam ensinar partindo da seguinte premissa: “Se os alunos mais inteligentes dos primeiros assentos entendem o que eu falo, todos os demais também entenderão”. Ora, isso é simplesmente um absurdo!Em relação à linguagem, muitos são os que costumam utilizar conceitos ou termos que ainda não existem na experiência dos estudantes. Ao contrário destes, há os que assumem uma postura bem mais nociva: não se preocupam em enriquecer o vocabulário dos alunos.A maneira de expor a matéria é outro problema que dificulta a boa comunicação entre educadores e educandos. Muitos mestres colocam tantas idéias em cada exposição que somente algumas delas são compreendidas e retidas na mente do aluno. Falar rápido demais, articular mal as palavras, usar voz baixa e em tom monótono são comportamentos igualmente perniciosos.Se existem professores que não utilizam meios visuais para comunicar conceitos, ou relações que exigem apresentação gráfica, há também os que utilizam recursos visuais de forma inadequada: por exemplo, empregam o quadro-negro sem planejamento algum, escrevendo e desenhando ora aqui, ora ali, com muita confusão e desordem. Aqui está um breve resumo dos principais problemas que atrapalham a comunicação entre docentes e discentes em qualquer nível do processo ensino-aprendizagem.A eficiência da comunicação resulta fundamentalmente do seguinte: clareza, precisão, simplicidade, criatividade e objetividade da mensagem.

2. Identifique o foco de interesse da aula.

Os objetivos e os conteúdos merecem atenção especial. Refletem eles a necessidade e o interesse do aluno? É a partir desse foco que será realizado o contexto, ou situação estímulo, para que se processe a aprendizagem. Muitas vezes, a comunicação não se efetiva devido à ausência de um foco de interesse. O professor fala, e os alunos fazem ou pensam outra coisa.

3. Ajuste a mensagem às condições dos alunos.

Tarefas muito difíceis, confusas, ou muito fáceis não despertam o aluno para a ação. O aluno possui possibilidades de vocabulário que necessitam ser consideradas pelo professor. Só existe aprendizagem se o aluno modifica seu comportamento. Entretanto, ele não modificará seu comportamento se não possuir a base necessária para tal. As experiências dos alunos permitem ou facilitam a nova aprendizagem? Possuem eles capacidade para entender o que o professor está informando ou pretende informar?

4. Organize a mensagem equilibrando conhecimentos novos com antigos.

Se tudo que se pretende transmitir já é conhecido do aluno, não há razão para a comunicação. Bem como, se a mensagem for totalmente estruturada com elementos novos o aluno não terá capacidade de apreendê-la.

5. Estabeleça uma seqüência permitindo que o aluno avance progressivamente até à assimilação da informação.

Para chegar ao domínio de conceitos complexos, é necessário partir do exame de conceitos ordinários, sejam estes dominados ou não pelos alunos.

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6. Seja conciso em sua exposição.

Expor as idéias em poucas palavras é uma virtude extremamente necessária à práxis docente. Nos desligamos facilmente quando ouvimos pessoas prolixas. Aquelas que dizem muita coisa, porém, inútil e irrelevante.

7. Desenvolva uma linguagem natural.

Isto é, que seu comportamento verbal seja claro, consistente e coerente, expressando idéias bem conectadas.

8. Utilize a linguagem didática. a) O que é linguagem no ensino?

A linguagem é o principal recurso de comunicação de que o professor se utiliza para ministrar informações, prestar esclarecimentos aos alunos e orientar-lhes todo o processo de aprendizagem.

b) O que é linguagem didática?

A linguagem didática se distingue tanto do linguajar vulgar, indisciplinado e quase sempre incorreto, como do estilo solene e formalizado. A linguagem didática situa-se a meio termo entre estes dois extremos.

Características: Instrutivas e educativas

Instrutivas: Em relação ao estilo e elocução

Quanto ao estilo, a linguagem deve ser:

1) Simples, natural e fluente (vacilante, tortuosa, rebuscada).2) Sóbria, direta e incisiva (sem rodeios).3) Clara e acessível (sem termos difíceis, pouco usados e incompreensíveis; neologismos, excesso de termos técnicos).4) Exata e precisa (sem ambigüidades, indecisões ou equívocos).5) Gramaticalmente correta.

Quanto à elocução, a linguagem dever ser:

1) Bem articulada e com boa dicção.2) Enunciada com voz clara e firme.3) Animada, expressiva e enfática.4) Evitar maus hábitos, tais como: “hã”, “entendeu”, “muito bem”, interpolados com intervalos freqüentes.

Obs: O uso de tais enchimentos é, em geral, uma reação nervosa e reflete uma tentativa oral de tomar tempo para os processos mentais do professor.

Educativas:

1) Educar o ouvido dos alunos à boa linguagem, correta e expressiva.2) Desenvolver nos alunos a apreciação e o bom gosto pela linguagem correta e apurada.3) Formar nos alunos o hábito de falar com desenvoltura, clareza e correção.

9. Domine a arte de ouvir.

O professor necessita ouvir com interesse e atenção. A audição inteligente é ainda facilitada quando atentamos para a fisionomia e para a gesticulação de quem fala. Concernente a esta séria questão, gostaria de contar aos meus leitores um episódio que me ocorreu quando lecionava em determinado seminário do Rio de Janeiro:Certa noite, entusiasmado com minhas observações sobre saber ouvir”, decidi fazer uma experiência com meus alunos do curso teológico. No transcurso de uma interessante aula, interrompi abruptamente minha preleção e disse: “Por hoje, é o bastante! Imediatamente depois, fiz duas perguntas: – No que é que vocês estavam pensando quando interrompi a aula? – O que é que eu estava falando? Não sendo possível detalhar o resultado

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da minha decepcionante pesquisa, contento-me em apenas informar aos leitores minha infeliz pasmaceira: apenas 28% dos meus alunos, de fato, me ouviam. Os outros, como diriam meus filhos, estavam em “off”, completamente desligados.Um dos maiores problemas de comunicação, tanto a de massa como a interpessoal, é como o receptor capta uma mensagem. Raríssimas são as pessoas que procuram ouvir exatamente o que a outra está dizendo. Ouvir depende de concentração. Ouvir é perceber através do sentido da audição. Escutar significa dirigir a atenção para ouvir.Enquanto uma pessoa normal fala, em média 120 a 150 palavras por minuto, nosso pensamento funciona três ou quatro vezes mais depressa. Conseqüentemente surge um mal hábito na audição. Muitas pessoas estão de tal forma ansiosas em provar sua rapidez de apreensão, que antecipam os pensamentos antes de ouvi-los dos lábios do interlocutor. Isso ocorre quando ouvimos a famigerada exclamação: “Já sei o que você vai dizer!”Ouvir, portanto, é muito raro. É necessário limpar a mente de todos os ruídos e interferências do próprio pensamento durante a fala alheia. Ouvir, implica uma atenção irrestrita ao outro. Daí a dificuldade de as pessoas com raciocínio rápido efetivamente ouvirem. Sua inteligência em funcionamento, seu hábito de pensar, avaliar, julgar e analisar tudo, interferem como um ruído, na plena recepção daquilo que lhe está sendo falado.Às vezes, imaginamos ter tanta coisa “interessante” para dizer, nossas idéias são tão originais e atrativas que é um castigo ouvir. Queremos falar. Falando aparecemos. Ouvindo nos omitimos. Só ouvir, acreditamos, dá aos outros uma impressão desfavorável de nossa inteligência. Por isso falamos, mesmo nada tendo a dizer. Porém não é esse o conselho bíblico. É melhor ouvir que falar. “...mas todo homem seja pronto para ouvir, tardio para falar...” (Tg 1.19).É através dos sentidos que a alma humana comunica-se com o mundo. No ato de ouvir, percebemos e identificamos os sons pelo sentido da audição. Ouvindo atentamente interpretamos e assimilamos o sentido do que percebemos.Não é de hoje a dificuldade que as pessoas têm de ouvir atentamente o que os outros falam. O próprio Senhor Jesus discorreu sobre o tema quando explicava a seus discípulos a razão de falar-lhes por parábolas. Naquela ocasião, o Mestre usou a seguinte expressão: “Quem tem ouvidos para ouvir, ouça...” (Mt 13.9). Segundo Champlim essa expressão, inclusive usada por Jesus outras vezes, sob diferentes circunstâncias (Mt 11.15; Mc 4.9,23; Ap 2.7,11,17,29; e 3.6,13,22), era um ditado comum entre os judeus, empregado especialmente pelos rabinos.

“O adágio era usado para chamar a atenção sobre a importância do ensino apresentado, o sentido oculto do ensino e a total compreensão do que fica subentendido no ensino. Jesus queria dizer que seus ensinos deveriam ser ouvidos com atenção e diligência, e que por ausência disso, muitos não poderiam compreendê-lo”.

Naturalmente que os ouvidos foram feitos para ouvir. Jesus usou o pleonasmo para realçar seus verdadeiros propósitos. Não era suficiente apenas ouvir no sentido de identificar os sons das palavras, era necessário interpretar o sentido delas para praticá-las. Significa: ter ouvidos com capacidade para ouvir e entender os mistérios de Deus. Jesus estava dizendo que, falando por parábolas, nem todos teriam capacidade de ouvir e compreender o pleno sentido de suas palavras. “Ouvindo, não ouvem, nem compreendem” (Mt 13.13). Ouviram com os seus ouvidos os seus ensinamentos, mas permaneceram surdos para as suas implicações. Isto porque a eficiência do aprendizado, através da audição, depende da predisposição da pessoa. Ou seja, a atitude mental de quem ouve é imprescindível.

Deus outorgou ao homem meios para conhecer a personalidade divina, mas o uso desses meios não é obrigatório. Os indivíduos, por sua própria vontade, podem “fechar” seus ouvidos.

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Infelizmente, em nossas igrejas, muitos ouvem a pregação da Palavra de Deus apenas para cumprir um protocolo eclesiástico. Conforme o dito popular, as palavras “entram por um ouvido e saem por outro” sem sequer serem compreendidas racionalmente. Que dirá refletidas e interiorizadas pela alma e espírito. CONCLUSÃO

A emissão, transmissão e recepção do conteúdo didático são componentes da rede de comunicação entre professores e alunos. É necessário enfatizar que da excelente comunicação dependem não só a aprendizagem, mas também a admiração mútua, a cooperação e a criatividade em sala de aula. O professor, que também pretende ser bom comunicador, precisa desenvolver empatia, ou seja, colocar-se no lugar do aluno e, com ele, procurar as melhores respostas para que, ao mesmo tempo que aprende novos conteúdos, desenvolve sua habilidade de pensar.

Marcos Tuler

[email protected]: (21) 3015-1000 9991-9952

Proibida a reprodução, parcial ou total desta apostila, sem a expressa autorização do autor.

ENSINO PARTICIPATIVO: UMA NOVA PERSPECTIVA PARA A DOCÊNCIA CRISTÃ

Pr. Marcos Tuler

INTRODUÇÃO

O ensino participativo na Escola Dominical tem por objetivo principal fazer com que os alunos sejam mais ativos no processo de aprender, deixando para trás as aulas essencialmente expositivas, enraizadas na cultura da maioria dos professores. O professor não é o único detentor do conhecimento. Os alunos também são dotados de saberes, idéias e experiências. Ensinar não é apenas transferir informações de uma cabeça a outra, como se a mente do aluno fosse um armazém ou depósito de conhecimentos alheios. Ensinar não é somente comunicar algum conteúdo. Ensinar é fazer pensar, é estimular para a identificação e resolução de problemas, é ajudar a criar novos hábitos de pensamento e ação.

I. CARACTERÍSTICAS DO ENSINO PARTICIPATIVO

1. Centrado no aluno e não no professor ou conteúdo.

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O ensino centrado no aluno pretende criar condições favoráveis à aprendizagem e liberar a capacidade de auto-aprendizagem do aluno, visando o seu desenvolvimento intelectual e emocional.

“Não se pode ensinar a outra pessoa, diretamente; podemos somente facilitar-lhe a aprendizagem.” (Rogers, 1951)

2. Utiliza-se da comunicação multilateral e não unilateral.

O aluno participa ativamente do processo ensino-aprendizagem, em vez de comportar-se passivamente como receptáculo do conhecimento do professor. O mestre deve ser um animador da inteligência coletiva (troca de experiências); aprendizagem cooperativa.

O professor deve promover a inteligência plena, ou seja, desenvolver o pensamento analítico, criativo e prático.

3. Objetiva o contato do aluno direto com a realidade.

A maioria dos professores utiliza-se da preleção (exposição oral) para ministrar suas aulas: explanações, informações, definições, enumerações, comentários, tudo transmitido oralmente. O professor precisa evitar o excesso de verbalismo em suas aulas. Precisa mostrar aos alunos os elementos relacionados às palavras a que se referem. O professor deve trabalhar com recursos didáticos visuais e audiovisuais: ilustrações, cartazes, gráficos, fotos, desenhos, figuras, gravuras, mapas, objetos, materiais tridimensionais etc.O professor não deve apenas narrar um fato para que se chegue aos ouvidos do aluno, mas representá-lo graficamente a fim de que se imprima na imaginação por intermédio dos olhos. II. O CONTEÚDO NO ENSINO PARTICIPATIVO

1. O conteúdo dever ser contextualizado; aplicado à realidade dos alunos.

Os ensinamentos bíblicos ministrados na ED têm de sair do campo teórico para o prático, ou seja, os conteúdos de ensino devem despertar nos alunos motivação para mudança de comportamento. Nenhum educador cristão deverá limitar-se ao conteúdo de uma matéria de ensino disposta em livro ou revista didática. Antes, deve ele em sua prática docente, considerar suas próprias experiências de vida como singular fonte de material útil ao bom êxito do ensino. Os livros que o professor lê, as pessoas com quem tem contato diariamente e cada experiência pessoal poderão constituir excelentes materiais para auxiliá-lo na suprema tarefa de esclarecer a Palavra de Deus a seus alunos.

2. As informações devem ser transformadas em conhecimento.

As informações contidas em um livro só têm valor quando são transformadas em conhecimento. Elas se tornam conhecimento à medida que são colocadas em prática.

Com o advento da globalização, a informação e o conhecimento estão à disposição de todos. Hoje uma pessoa pode ter acesso num só dia a um número equivalente de informações que um sujeito teria a vida inteira na Idade Média. A massa de conhecimento da humanidade hoje duplicada a cada dois anos, dobrará a cada 80 dias nos próximos 10 a quinze anos.

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É quase impossível para o professor da classe de Escola Dominical competir com seus alunos, principalmente os adolescentes, em termos de quantidade de informação. Isto em função de os adolescentes passarem a maior parte do tempo conectados à Internet. O que fazer?

Os professores deverão ajudá-los a selecionar e priorizar as melhores informações para transformá-las em conhecimento útil às suas vidas em todas as áreas.

III. O CONCEITO DE APRENDER NO ENSINO PARTICIPATIVO

1. O aluno aprende quando muda de comportamento.

Até o séc. XVI aprender era memorizar. A partir do séc. XVII Comenius considerou que aprender implica: compreender, memorizar e aplicar. Atualmente sabe-se que aprender é um processo lento, gradual, complexo e envolve mudança de comportamento.

“Fixar, compreender e exprimir verbalmente um conhecimento não é tê-lo aprendido. Aprender significa ganhar um modo de agir”. (Anísio Teixeira)O processo de ensinar tem como conseqüência obrigatória o processo de aprender. Se o professor ensinou e o aluno não aprendeu, não houve verdadeiro ensino.

2. O aluno aprende cooperando com o outro.

O professor que solicita a participação de seus alunos em sala de aula, também promove a aprendizagem cooperativa. Isto é, seus alunos passam a ajudar-se mutuamente no processo de aprendizagem, atuando como parceiros entre si e com o professor, visando adquirir conhecimento. São as trocas de experiências educativas. Aprendizagem cooperativa ou colaborativa é um processo onde os membros do grupo ajudam e confiam uns nos outros para atingir um objetivo acordado. A sala de aula é um excelente lugar para desenvolver as habilidades de criação de um grupo do qual se terá necessidade no futuro.

IV. A METODOLOGIA DO ENSINO PARTICIPATIVO

1. Utilize a maior variedade possível de técnicas didáticas.

Lance mão das principais técnicas didáticas disponíveis para facilitar a aprendizagem e dinamizar suas aulas, tais como: debates, discussão em grupo, painéis, simpósios, dinâmicas de grupo, dramatização, estudo de casos etc.

2. Mantenha o aluno em contato com a realidade.

A maioria dos professores da Escola utiliza-se da preleção para ministrar suas aulas. Do início ao fim de cada trimestre, os alunos ouvem explanações, informações, comentários, explicações, conselhos, enunciados, definições, tudo transmitido oralmente por seus mestres.

– O aluno precisa ter contato direto com a realidade.

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– O professor precisa mostrar aos alunos os elementos relacionados às palavras a que se referem.

– Os alunos precisam visualizar os elementos essenciais dos conceitos para entendê-los e assimilá-los.

– “Quanto mais separado da experiência for determinado conteúdo, mais complicadas serão as mediações verbais.” (Rubem Alves)

– O que é imediatamente experimentado não precisa ser ensinado nem repetido para ser memorizado.

– O professor não deve apenas narrar um fato para que se chegue ao ouvidos, mas representá-lo graficamente para que se imprima na imaginação por intermédio dos olhos.

3. Conceda-lhes a palavra.

Deixe seus alunos expressarem-se livremente: opiniões, problemas, necessidades, idéias, ideais, sugestões, lutas e vitórias, para que percebam, por eles próprios, que são todos iguais e carecem da ajuda dos professores.

Leve para a sala de aula todo tipo de assunto que estejam dispostos a discutir. Mas, não aqueles demasiadamente complexos, complicados, confusos, especulativos e que nada acrescente à temática da lição em estudo.

4. Permita-lhes que participem ativamente do processo de ensino-aprendizagem.

Todo ensino deve ser dinâmico e toda aprendizagem não pode deixar de ser ativa, pois ela se realiza somente pelo esforço pessoal do aluno. O professor deve solicitar, quer no início, quer no decurso de qualquer aula, a opinião, a colaboração, a iniciativa e o trabalho do próprio aluno.

5. Proponha-lhes atividades extraclasses.

Visitas a museus, bibliotecas e outras instituições culturais; excursões, aulas ao ar livre, projetos sociais etc.

6. Trabalhe com projetos pedagógicos.

No trabalho com projetos, o próprio aluno constrói o conhecimento. O professor apenas propõe situações de ensino baseadas nas descobertas espontâneas e significativas dos alunos.

Com o trabalho de projetos, aprender deixa de ser um simples ato de memorização e ensinar não significa mais repassar conteúdos prontos.Aprende-se participando, vivenciando sentimentos, tomando atitudes diante dos fatos, escolhendo procedimentos para atingir determinados objetivos. Ensina-se não só pelas respostas dadas, mas principalmente pelas experiências proporcionadas, pelos problemas criados, pela ação desencadeada.

7. Planeje a utilização de recursos didáticos.

Use e abuse dos auxílios didáticos visuais e audiovisuais e das ilustrações, tais como: desenhos, gravuras, pinturas, fotografias, figuras significativas, recortes de revistas, jornais e livros, cartazes, gráficos, infográficos, mapas, organogramas, materiais tridimensionais (objetos, maquetas, simulacros, dioramas, modelos...), filmes bíblicos, slides, transparências, quadro-de-giz etc.

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a) Selecione e analise os recursos que serão utilizados em cada aula. Tenha sempre em vista os objetivos a serem atingidos, considerando que nenhum recurso pode ser utilizado sem o estudo cuidadoso do momento adequado de sua aplicação.

Questione: O recurso que pretendo usar é eficiente? Contribui para atingir o objetivo visado? O que ficará na mente do meu aluno? O objeto? A imagem? A mensagem?

b) Estabeleça uma ordem de prioridade e relacionamento entre os recursos.

Evite que eles se transformem em um mero mostruário, desvinculados dos objetivos reais da aprendizagem.

c) Aproveite todas as possibilidades didáticas dos recursos, apresentando-os de maneira clara, simples e acessível.

Propicie ao aluno, através dos recursos, condições para que desenvolva sua capacidade de compreensão, interpretação e aplicação, evitando assim, símbolos confusos.

8. Avalie seus alunos e sua prática docente.

“A eficiência de nosso ensino não se avalia com base naquilo que o professor faz, mas no que o aluno faz, em decorrência de nossa prática didática.” (Howard Hendricks)

V. PERFIL DO PROFESSOR NO ENSINO PARTICIPATIVO

1. Professor Entusiasta.

Seja simples e direto ao ensinar, porém, entusiasmado. O professor entusiasmado é aquele que possui exaltação criadora, dedicação ardente em tudo que faz e sempre fala com veemência, vigor e paixão.Entusiasmo verdadeiro contagia os alunos. Você costuma preparar suas lições com alegria? Você se sente feliz e radiante quando a classe está reunida para o estudo da lição?

2. Professor Inovador.

O professor deve criar um ambiente de constante expectativa do “novo”, do atraente, da curiosidade. O aluno quer livrar-se do tédio e da monotonia. Ele deseja entrar em atividade e demonstrar que é habilidoso e criativo.

O mestre que simplesmente reproduz enfadonha e rotineiramente o conteúdo da revista, sem empreender o esforço da pesquisa, está irremediavelmente fadado ao fracasso.

3. Professor Socializador.

A educação e o ensino são fenômenos de interação psicológica e comunicação social. Os alunos precisam sentir-se parte de um grupo. Às vezes, nos esquecemos que nossos alunos têm carências sociais e afetivas, dificuldade de relacionamento e necessidades de cultivar amizades sinceras. O professor deve propiciar um clima de amizade entre os alunos. Não é suficiente o contato que tem com eles durante as aulas na ED. O mestre precisa propiciar um ambiente favorável a um inter-relacionamento onde haja compreensão e possam compartilhar idéias, aspirações e verdades aprendidas na Palavra de Deus.

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4. Professor Orientador.

O ensino consiste na orientação que se deve dar aos alunos em seu aprendizado. A tarefa do professor não se resume em simplesmente apresentar os fatos à sua classe mas em conduzi-la até o ponto de encontrar as devidas conclusões. Afinal, o que o professor faz é relevante em virtude do que ele leva seus alunos a fazerem. Em outras palavras, o educador não deve somente apontar aos alunos o caminho do conhecimento e da aprendizagem, mas antes conduzi-los diligentemente ao longo desse caminho. A missão do professor é estimular a busca do conhecimento.O ensino não consiste em que se faça alguma coisa para o aluno, mas sim em que os alunos sejam orientados enquanto fazem, eles mesmos, alguma coisa. A postura do professor precisa mudar de uma atitude professoral para uma atitude de facilitador da aprendizagem.

Carls Rogers em uma de suas preleções afirmou com muita propriedade: “Não se pode ensinar a outra pessoa, diretamente; podemos somente facilitar-lhe a aprendizagem.”A educação cristã não consiste em que coloquemos algo sobre nossos alunos, mas sim em que contribuamos para que alguma coisa aconteça dentro deles.

5. Professor Aprendiz.

O autêntico educador, ao contrário de certos professores que se sentem “donos do saber”, é humilde e está sempre com disposição para aprender. Ele não se esquece que o homem é um ser educável e nunca se cansa de aprender. Aprendemos com os livros, com nossos alunos, com as crianças, com os idosos, com os iletrados, enfim, aprendemos enquanto ensinamos. Não há melhor maneira de aprender do que tentar ensinar outra pessoa. O professor-educador deve estar atento a qualquer oportunidade de aprender. Quando não souber uma resposta, é melhor ser honesto e dizer que não sabe. A ausência do orgulho diante da realidade de “não saber”, facilita e promove a aprendizagem. CONCLUSÃO

Antigamente os professores davam sua aula e eles mesmos levantavam algumas questões a serem abordadas. Com isso os alunos não eram estimulados a participar. É fato porém que, quando estimulados, eles se mostram muito mais participativos e o processo de ensino-aprendizagem se torna muito mais eficaz. O papel do professor no ensino participativo ganha maior importância. Ele deverá propor a seus alunos debates, trabalhos em grupo, incentivando a troca de experiências. Todo ensino deve ser dinâmico e toda aprendizagem tem de ser ativa, pois ela somente se realiza pelo esforço pessoal do aprendiz. O professor deve solicitar, quer no início ou no decurso de qualquer aula, a opinião, a colaboração, a iniciativa e o trabalho do aluno.

Marcos Tuler

[email protected]: (21) 3015-1000 (21) 9991-9952

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Proibida a reprodução, parcial ou total desta apostila, sem a expressa autorização do autor.

Pr. MARCOS TULER

Marcos Tuler é pastor, pedagogo, bacharel em teologia, pós-graduado em docência superior, psicopedagogia e mestrando em Educação. É conferencista, articulista, comentarista de lições bíblicas para adolescentes e juvenis da CPAD, Professor e Diretor da FAECAD (Faculdade Evangélica de Ciência, Tecnologia e Biotecnologia da CGADB) e orientador pedagógico do Seminário Evangélico Boa Esperança no Rio de Janeiro. É membro da Academia Evangélica de Letras Emílio Conde, e membro correspondente da Academia Evangélica de Letras do Brasil. É autor dos livros Manual do Professor de Escola Dominical, Recursos Didáticos para a Escola Dominical, Dicionário de Educação Cristã, Ensino Participativo para a Escola Dominical e Abordagens e Práticas da Pedagogia Cristã. Todos publicados pela CPAD.

Pr. Marcos Tuler

Marcos Tuler é pastor, pedagogo, bacharel em teologia, pós-graduado em docência superior, psicopedagogia e mestrando em Educação. É conferencista, articulista, comentarista de lições bíblicas para adolescentes e juvenis da CPAD, Professor e Diretor da FAECAD (Faculdade Evangélica de Ciência, Tecnologia e Biotecnologia da CGADB) e orientador pedagógico do Seminário Evangélico Boa Esperança no Rio de Janeiro. É membro da Academia Evangélica de Letras Emílio Conde, e membro correspondente da Academia Evangélica de Letras do Brasil. É autor dos livros Manual do Professor de Escola

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Dominical, Recursos Didáticos para a Escola Dominical, Dicionário de Educação Cristã, Ensino Participativo para a Escola Dominical e Abordagens e Práticas da Pedagogia Cristã. Todos publicados pela CPAD.

TEMA: Dinâmica na formação do Adolescentes cristão (Prof.V Marcia Fogaça)

MÁRCIA FOGAÇ[email protected]

1.CHAMADO

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1.1.Características de um chamado por Deus.(ação)

Falava dos sonhos de Deus para sua vida;(Gên.37.5.6) Fazia a vontade de Deus;(Gên.39.3) Fiel a sua liderança.

(Gên.39.7,8,9) Não negou seu Deus e o ministério porque veio a adversidade.(Gên.39.

21) Andava com Deus.(Gên.41.14) Deus o levou de prisioneiro a governador.De maltrapilho e escravo à usar o anel e

roupas de linho fino(roupas da corte).Pela sua atitude de LEVANTAR E AGIR CONFORME A VONTADE DE DEUS.José não foi covarde.(Gên.41.42,43,44)

1.2.Paulo e Timóteo: OUVIR-ObediênciaExemplo de um chamado para líder, que formou outro líder.

Paulo Timóteo

Experiente Ministro Jovem

Ministro

Mestre Aprendiz

Mandou carta Ouviu

Aconselhava Obediência

1.3.Paulo e o jovem discípulo Timóteo.

Você tem sido discípulo de Jesus e se deixado discipular por alguém?

Se você for um líder na igreja,observe o relacionamento de Paulo e Timóteo; Siga os bons exemplos ouça e aprenda com os outros;

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Seja o exemplo dos fiéis;(I Tm.4.12) Cresça espiritualmente;(estatura de Cristo) Pratique o que você aprende e ensine; Renda-se a voz do Espírito Santo; Seja maduro espiritualmente;(o que faz=o que é) Conheça a área de atuação que o Senhor te designou; Busque a graça e o conhecimento com humildade.

1.4.Resultado da obediência e atitude de Timóteo

Pastor da igreja de Éfeso; Enfrentou todos os tipos de conflitos-espirituais e culturais; Recebe as cartas e segue as instruções; Se torna um líder eficaz sobre a ótica de Deus,de Paulo e da igreja; Dava exemplo de caráter cristão.(I Timóteo 4.12)

Se você tem chamada para liderar aprenda a SER SERVO.

Ser líder ou ter um trabalho na igreja requer: Servir sempre o Mestre; Planejar suas ações coletivamente; Ter estratégias claras conforme a vontade de Deus; Amar a obra a qual

executa.

2.CONHECER O PERFIL DO ADOLESCENTE

Perfil Físico: Perfil Psicológico: Perfil Espiritual:

2.1.Perfil Físico:

1°) Na Infância...

CAPTAÇÃO -explorando o mundo à sua volta;Os Pais são os PRINCIPAIS MODELOS;No 5° ano de vida, crianças dão muito VALOR À AMIZADE;VIDA SOCIAL da criança passa a ser cada vez mais importante;Na Infância...Nos 7 ou 8 anos, a criança passa a racionalizar seus pensamentos e suas crenças, procurando as razões, os porquês;A criança... analisa os padrões de comportamento ensinados pela família e sociedade – efetivamente COMPARA!REFERÊNCIA- Os Pais e a Família, ê como Modelos de Comportamento pra criança, é da IMPORTÂNCIA dos Amigos e dos PROFESSORES.

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2°)Pré-Adolescente...

Dos 10 em diante – gostos SEMELHANTES;Essa faixa etária é cheia de intensas mudanças físicas e psicológicas – fase do EU desorientado (sem equilíbrio), precisa se encontrar!A “participação” ACEITAÇÃO num grupo de amigos;Os rejeitados pela sociedade, podem desencadear problemas psicológicos tais como DEPRESSÂO ou ANOREXIANo ritmo de Crescimento Corporal -PUBERDADE - Devemos observar :Para as MENINAS entre o 10º e o 12º ano, onde os primeiros pêlos aparecem, vem a menarca, o desenvolvimento do corpo começa a aparecer. Para os MENINOS começa do 12º ao 14º ano, começo de um alto crescimento físico (estirão do crescimento), crescimento de pêlos e engrossamento do timbre de voz. A maturação dos órgãos sexuais dá-se geralmente depois, no 14º ao 15º ano de vida.

Necessidades físico-psicológicas Infanto-Juvenil:

1. Ter Jesus em sua Família!2. Aprender a ter uma boa alimentação; 3. Ter o aprendizado de bons hábitos de comportamento; 4. Aprender a ter limpeza e higiene; 5. Aprender a ter um vestuário e um lar adequado;6. E ter espaço para o Estudo e para brincadeiras.

Rm.12.7 Se é ministério, seja em ministrar; se é ensinar, haja dedicação ao ensino.

2.2.Perfil Psicológico: Cuidados!!!

Influências na formação da personalidade da criança (efeminado e masculinizada);Envolvimento psico-afetivo “AMOR” da criança pelo seu sexo oposto – Líder = professor(a);E AÍ?! COMO RESOLVER ESSES PROBLEMAS?

Perfil Psicológico:

É FÁCIL RESOLVERTudo nesta Vida, primeiramente apresentemos à Ele... E, façamos Tudo como Ele nos

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ensinou ...com muito AMOR!!!Sabem por quê?...DEUS é AMOR!1Jo.4.16 Conhecemos e cremos no amor que Deus nos tem. Deus é caridade e quem está em caridade está em Deus, e Deus, nele.

2.3.Perfil Espiritual:Sl.32.8 Instruir-te-ei e ensinar-te-ei o caminho que deves seguir; guiar-te-ei com os meus olhosDevemos ensiná-los a Orar:

• Lc.11.2 E ele lhes disse: Quando orardes, dizei: Pai, santificado seja o teu nome;...

Devemos Orar sempre com eles:• Lc.11.1 Senhor, ensina-nos a orar, como também João ensinou aos seus discípulos.

Devemos Orar, uns pelos outros:• Cl.1.9 Por esta razão, nós também, desde o dia em que o ouvimos, não cessamos de orar

por vós e de pedir que sejais cheios do conhecimento da sua vontade, em toda a sabedoria e inteligência espiritual.

Devemos ensiná-los a Jejuar também;E, sempre Louvar a Deus.

• Sl.109.30 Louvarei grandemente ao SENHOR com a minha boca; louvá-lo-ei entre a multidão.

3.SUGESTÕES CRIATIVAS NO TRABALHO COM ADOLESCENTES

O líder ou professor de adolescentes precisa investir na leitura, pesquisa e estudo sobre o assunto.Algumas sugestões para formação do adolescente:

Retiros Acampamentos Acampadentros Passeios Visitas em asilos,hospitais,escolas Participação do adolescente na igreja Dinâmicas de grupo Filmes temáticos Estudo de caso Construção de jornais Produção de reportagem filmada Visita e comunicação com missionários Criação de comunidades em sites de relacionamento Comunicação por torpedo(celular) Noite dos talentos Noite da dracma perdida

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Márcia F. de Oliveira Fogaça

Formação acadêmica Graduação-pedagogia-habilitações-séries iniciais-formação de educadores-educação infantil –supervisão-orientação e gestão escolar.Pós graduação especialização gestão educacional.

Atividades seculares Diretora geral do C.E.M.VILSON KLEINUBINGProfessora de didática e estágio supervisionado do curso de magistério

Consultora educacional na escola particular cristã Kerigma

Atividades eclesiásticas UAADESCP-gestão plataforma 2ADAD-ESCOTEIROS-coordenadora estadual2ª Coordenadora ADAD-São JoséLíder de Adolescentes -SEDE-São José

TEMA: A importância da dinâmica na formação da criança cristã ( Prof.V Elaine Marcon Savi)

TEMA: A IMPORTÂNCIA DA DINÂMICA NA EDUCAÇÃO CRISTÃ DAS CRIANÇAS. Prof.j Elaine Marcon Savi.

1. INTRODUÇÃO:

Há alguns séculos atrás, um pedaço de papel e uma caneta de pena, era os recursos mais utilizados pelo homem, além da linguagem verbal, para poder comunicar-se. Antes ainda deste tempo, “os registros mais antigos das primeiras civilizações trazidos á luz pela arqueologia estão em forma de visual, principalmente desenhos e esculturas.” Com o passar dos anos e com o fenômeno da modernização, a indústria de marketing tem avançado para dentro de nossos lares fazendo nossos jovens, adolescente e crianças viajarem no sentido lactu sensu da palavra, com apenas um click. O mundo tem investido milhões de dólares

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através da tecnologia e da mídia (televisão, cinema, internet, jogos eletrônicos, celulares, Mp3, Mp4, tablets) tudo para conquistar nossas crianças. Elas são atraídas pela música, pelos efeitos visuais de alta qualidade, pela interatividade, pela tecnologia avançada nos jogos, muitos deles com ensinamentos esotéricos e com mensagens baseadas no ocultismo.

O desafio está proposto, como conseguiremos vencer este período de tantas ofertas inovadoras às nossas crianças, com apenas lápis, papel e tesoura nas mãos? Como conseguiremos diante desta “concorrência desleal” romper as barreiras, e levá-las á Cristo? Como professores, líderes e pais podem contribuir para formar em nossas crianças o verdadeiro caráter de Cristo?

Obviamente, que não pretendemos esgotar o assunto nas linhas seguintes, mas apenas evidenciar alguns pontos relevantes aos educadores cristãos, visando ajudá-los a levar o Evangelho de Cristo aos nossos pequeninos de forma simples, porém significativa e profunda, capaz de formar ou transformar um ser.

1. PORQUE É IMPORTANTE ENSINAR DESDE A MAIS TENRA IDADE A PALAVRA DE DEUS.

Infelizmente, existe uma aversão dentro de algumas igrejas concernentes a educação infantil, líderes que não entendem sobre o assunto e que se afastam da vontade de Deus neste quesito, acreditando ser um tempo desperdiçado, aquele desprendido para evangelizar uma criança. O que fazer então com o desejo de Deus manifestado nos Salmos, 71.6 onde a palavra diz “Deus quer que elas aprendam desde a mais tenra idade.” Ele é nosso mestre, é ele que está no controle de todas as coisas. “Igrejas que não valorizam a palavra de Deus não podem ser consideradas igrejas Cristãs. Não são servas da palavra, nem servas de Cristo.” (Pr. Elinaldo Renovato de Lima). Que tempos são estes em que alguns líderes passam por cima da vontade de Deus e acreditam que estourar uns balões é suficiente!

Vejamos abaixo alguns motivos que nos impele como servos do Senhor a acreditar e executar esta difícil, porém, magnífica e gratificante tarefa de evangelizar uma criança independentemente de sua faixa etária:

1) Porque é um querer de Deus, acima de tudo ( Sl. 71.6)2) Porque desde os tempos de Moisés o Senhor se preocupou em formar uma igreja

santa e fiel e não de pensamentos inconstantes como foi o povo de Israel (Sl. 78)3) Porque desde o ventre a criança já tem capacidade de sentir a presença de Deus.

(Lc. 1: 41).4) Porque Satanás ataca as crianças. (Mc. 9:17-18)5) Porque não é vontade de Deus que nenhum destes pequeninos se perca. (Mt.

18:14)6) Porque elas já têm capacidade de crer. (Mt. 18:10)7) Porque delas é o reino que o Senhor já preparou. (Mc. 10:14) 8) Porque é nosso dever (pais, professores, líderes), ensiná-las desde pequenas o

caminho em que devem andar. (Pv. 22:6)9) Porque terá uma vida inteira para servir ao criador ( I Sm. 1.22)

O Senhor Jesus Cristo sempre teve extrema preocupação com as crianças, em Marcos 10:14, nós percebemos a real vontade do Senhor de que todas venham até ele. Sabemos que

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toda igreja tem sofrido com a influência do mundo pós-moderno e que nossas crianças tem sido alvo constante das investidas do maligno, visando afastá-las de Deus. Façamos a nossa parte enquanto ainda há tempo, pois como diz nosso ilustre Pr. Antônio Gilberto “tudo aquilo que vale a pena ser conquistado exige de nossa parte trabalho, perseverança e dedicação.” Quanto vale uma alma? O Sr. Jesus responde, quando através da sua atitude demonstrou grande interesse em trazer para o seu regaço aquela ovelha que esteve perdida, mesmo tendo as 99 no aprisco. Sejamos, pois, seus imitadores!

Ademais, Jesus nosso mestre por excelência, antes de sua ascensão ao céu, instruiu os discípulos a anunciarem o evangelho a toda criatura, conforme está escrito:“Portanto, vão a todos os povos do mundo e façam com que sejam meus seguidores em nome do pai do filho e do espírito santo e ensinando a obedecer tudo o que tenho ordenado a vocês e lembrem-se disto: eu estou convosco todos os dias até o fim dos tempos.” (Mt. 28:19). Deste modo podemos perceber definitivamente que nossas crianças também estão no centro da vontade de Deus.

Não podemos esquecer que das crianças de hoje depende o futuro de toda a nossa nação e da igreja. Embora temos visto muitos proclamarem isto nos púlpitos, a prática tem sido diferente, poucos fazem alguma coisa e muitos não fazem nada pra mudar essa realidade tão obvia que é o descrédito pelo departamento Infantil dentro de nossas igrejas. A igreja do Senhor precisa despertar mais para essa tarefa. Lembremo-nos da ocasião em que Moisés tentava retirar o povo de Israel da escravidão do Egito, a Bíblia nos diz em Ex.10:10-11 que Faraó, em um primeiro momento permitiu apenas aos homens ir adorara ao Senhor porém “não vou deixar, de jeito nenhum, que vocês levem as suas mulheres e os seus filhos!” Podemos aqui por intermédio de uma interpretação analógica, considerar que Faraó queria continuar aprisionando as crianças no Egito, proibindo-as de adorar a Deus no deserto. É o que satanás tem tentando fazer nos dias de hoje, tem trabalhado para aprisionar nossas crianças nas redes da tecnologia. Despertamos enquanto ainda há tempo. Temos que prepará-las agora, investir em nossas crianças é a chave de tudo! “No Brasil existem milhões de crianças. Muitas estão largadas e outras tantas perdidas. Muitas têm comprometimento mínimo ou quase nenhum com a fé.”

“Se você deseja deixar o legado de sua influência sobre o mundo, invista na vida das pessoas. E se quiser superestimar este investimento, invista nas pessoas enquanto ainda são crianças! Daqui a 100 anos, não importará o tipo de carro que dirigi, o tipo de casa que morei, quanto tinha no banco, nem que roupa vesti. Mas o mundo pode ser um pouco melhor porque eu fui importante na vida de uma criança. Eu investi nela não só materialmente mais espiritualmente, levando a criança á Cristo e depois protegendo-a até alcançar sua maturidade espiritual.” ( anônimo)

Para corroborar segue abaixo um texto de Spougeon:“Nenhum campo está mais bem preparado para a boa semente do que aquele que

ainda não foi pisado como a estrada nem coberto pelos espinhos.A criança ainda não aprendeu os enganos do orgulho, a falsidade da ambição, as

desilusões do mundanismo, os truques do comércio, os sofismas da filosofia; e isso é uma vantagem muito grande sobre os adultos.

Quando mais cedo uma alma é iluminada, mais curta é sua noite na escuridão, então quanto mais cedo na vida ocorre a salvação do coração, melhor e maior é a benção.”

4 . REQUISITOS PARA O ÊXITO DESTE TRABALHO:

Muitos são os requisitos exigidos não só dos professores, mas da igreja como um todo. Vejamos abaixo alguns deles:

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4.1 PREPARAÇÃO ESPIRITUAL: “Certeza de salvação e comunhão com Cristo. Ter certeza de salvação é condição sine qua non para êxito do magistério cristão. Há professores que não tem certeza da própria salvação, como poderão evangelizar as crianças de sua classe? Somente o mestre que conhece a Jesus por meio de uma experiência de conversão pessoal e genuína é que poderá levar seus alunos a aceitar a Cristo como Salvador.”

Ter uma vida de comunhão com o Senhor é imprescindível, estar preparado espiritualmente, é simplesmente revestir-se de toda a armadura, conforme o Apostolo Paulo nos adverte em Efésios 6, pois quando nos doamos para a obra do Senhor, muitas são as aflições e perseguições que vem nos assolar, para que venhamos a desistir desta tarefa, mas a Bíblia nos diz em Hb 10:38 “ o meu justo viverá pela fé, e: Se retroceder, nele não se compraz minha alma”

A oração é a chave que abre todas as portas em qualquer ministério dentro da casa do Senhor. Portanto, dedicar-se a uma vida de oração, fortalece cada vez mais o elo entre Deus e o homem, e através desse fortalecimento é que encontramos motivação, fé, esperança, para alcançar nosso objetivo como professor de Escola Bíblica Dominical.

Além da oração, também deve estar o professor em constante contato com a palavra de Deus, explorando-a com sede de conhecimento. A Bíblia para nós é como uma bússola para um navio em alto mar, ela mostra a direção, o caminho a seguir, ela nos norteia, nos instrui,tem capacidade para nos corrigir se estivermos na contramão do porto seguro. “Lâmpada para os meus pés e luz para o meu caminho é a palavra do Senhor.” ( Sl. 119.105).Não pode faltar na nossa dispensa a sabedoria das coisas de Deus. Salomão em provérbios 4:5-9, assim menciona: “Procure conseguir sabedoria (...) não abandone a sabedoria, ame a sabedoria; abrace-a e você será respeitado.”. Em Salmos 1, Davi assim deixa-nos escrito, “feliz são aqueles (...) que tem prazer na lei do Senhor, e nessa lei eles meditam de dia e de noite, são como árvores plantadas junto ao ribeiro, elas dão fruta no tempo certo, suas folhas nunca secam, tudo o que essas pessoas fazem dá certo.”. Confiar no Senhor no poder da oração e da sua palavra, é o que mais precisamos, pois muitas das vezes pode tudo ao seu redor parecer conspirar contra sua vida e seu ministério, mas, com Cristo no barco tudo vai muito bem! Portanto, diante da dificuldade, peça: “Mas, se alguém tem falta de sabedoria, peça a Deus, e ele dará porque é generoso e dá com abundância.” (Tg. 1:5).

4.2 RECONHECER A CHAMADA MINISTERIAL: Neste aspecto, tenho visto muitos líderes fora da direção de Deus, delegando tarefas por mera conveniência. Numa empresa onde há vagas para telefonista, jamais se pode contratar um soldador para executar essa função. Será que o Espírito Santo se calou? Ou simplesmente não lhe é dado mais oportunidade?

A Bíblia afirma que: “foi ele quem escolheu alguns para serem apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e ainda outros para pastores e mestres da igreja. Ele fez isso para preparar o povo de Deus para o serviço cristão, a fim de construir o corpo de Cristo.” ( Ef. 4:11-12).

O Senhor Jesus muito antes de transformar a vida de Paulo, já o conhecia, e por certo sabia que precisaria de alguém assim como ele, com as suas características, um homem inteligente, letrado, conhecedor da Lei, corajoso, para fazer um trabalho tão importante que foi a disseminação do evangelho pelo mundo. Assim, também ocorre conosco, mediante nossas características nós somos escolhidos para o serviço cristão, cabe a você professor ter sensibilidade para entender a vontade de Deus para sua vida e onde ele quer te usar.

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Eis aqui algumas perguntas que lhe farão elucidar a resposta: Você ama seus alunos? É humilde e sempre tem Vontade de aprender? É membro ativo da igreja onde trabalha? Tem bom testemunho? Conhece as características do grupo de criança que vai trabalhar? É dedicado? Ora por seus alunos? Identifica-se de alguma forma com as crianças? É paciente?

4.3 PREPARAÇÕES PEDAGÓGICAS: Aqui o professor, precisa demonstrar suas reais “habilidades para traçar e alcançar objetivos, mentorear seus alunos, utilizar de toda sua imaginação, criatividade, organização, bem como desenvolver postura de educador”.

Algumas dicas: - comece explorando suas habilidades, idéias e experiências para se comunicar com

seus alunos.- Relacione-se com eles de modo pessoal, sensível e proveitoso;- Relacione o tema que está ensinando á vida e experiência prática de fé;- Seja flexível: se for o caso, saia do plano de sua lição para sanar dúvidas dos

alunos. Uma dúvida pode trazer inúmeras oportunidades de explorar temas importantes;- Converse informalmente com seus alunos;- Interaja com outros professores que também possuem experiência no ministério de

ensino, sempre há algo para aprender;- Use e abuse de toda sua criatividade- Todas as atividades de sala de aulas devem estar de acordo com os objetivos

propostos. Por exemplo, se meu objetivo traçado para determinada aula, foi ensinar através da história de Jonas a Obediência, todas as demais atividades desenvolvidas tem que estar com o mesmo propósito, qualquer atividade lúdica, brincadeira, música, tem que estar em consonância com este fundamento.

Quanto à postura do educador cristão, esta aparece, quando você percebe a transformação no comportamento e conseqüentemente na vida de seu aluno. O professor de Escola Bíblica, não deve estar voltado ao interesse de ensinar tecnicamente mais uma história Bíblica desconhecida por seu aluno, há águas mais profundas a serem alcançadas: o de formar um caráter cristão nos nossos pequeninos.

4.4 PRECISAMOS SEGUIR OS PASSOS DO MESTRE: “ Para o professor ser eficaz no ensino precisa seguir de perto os passos do seu mestre. O mestre do professor é o Senhor Jesus.” Vejamos como nosso mestre agia:

a ) Jesus Conhecia a matéria que ensinava. A passagem de Lucas 24.27 faz menção ao maior estudo Bíblico da história: abarcou o período de Moisés a Cristo. ( E, tão grande estudo foi dirigido para uma classe de 2 alunos!) Através dos Evangelhos vemos, por suas citações das Escrituras, como Jesus conhecia o Livro Sagrado.

b) Jesus Conhecia os seus alunos. Tanto eles andavam com Jesus, como Jesus os visitava. Os ensinos objetivos e ilustrados do Mestre, bem como seu modo de proceder para com eles, demonstram que Jesus os conhecia bem. ( Ver Mateus capítulo 13; Lucas 15.8-10; João capítulo 21, etc.)

c) Jesus reconhecia o que havia de bom em seus alunos ( Ver João 1.47). O professor jamais deve apresentar-se à sua classe com ares de superioridade, com aspecto dominante. Paulo, com toda a sua grandeza, reconhece as qualidades dos irmãos na fé e cooperadores (Rm cap. 16; Fp 2.20-25).

d) Jesus ensinava as verdades bíblicas de modo simples e claro. Exemplos: Lucas 5.17-26; 13.3; João 14.6. Ele tomava as ocorrências comuns da vida, conhecidas de todos, para ensinar as verdades eternas de Deus. (Ver Mateus 9.16, 11.16).

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e) Jesus ensinava através de seu exemplo, isto é, a sua vida de obediência. ( João 13.15; Atos 1.1;1 1Pedro 2.21).

f) Jesus ensinava com graça: É a graça divina na vida do professor que torna a sua aula realmente eficaz e de efeito duradouro para a glória de Deus.

4.5 A IGREJA PRECISA TER A VISÃO DE JESUS: No novo testamento, as crianças foram tomadas por Jesus como exemplo. De forma explícita o Senhor demonstra sua visão acerca das crianças, em Mateus Capítulo dezoito, o Senhor estabelece:

UM FATO: ELAS TÊM VALOR (Mt. 18: 1-4)UMA ORDEM: RECEBA ( MT.18:5)UM FATO: ELAS TEM ANJOS ( Mt. 18: 10)UMA ORDEM: NÃO AS DEPREZE (Mt. 18:10)UM FATO: ELAS PODEM CRER ( Mt. 18:6)UMA ORDEM: EVITE TROPEÇOS (Mt. 18:6)

Em Marcos 9:36, Jesus para resolver uma discussão entre os discípulos, toma uma criança nos braços que nada tinha haver com orgulho e ambição e disse: “ qualquer que receber uma destas crianças em meu nome a mim me recebe.” Assim, com estas palavras Jesus quis ensinar aos discípulos que “ àqueles de disposição humilde, mansa e meiga, eu irei reconhecer e aceitar e incentivar que todos façam o mesmo, e o que for feito a eles será interpretado como sendo feito a mim mesmo, e também a meu pai.”

As crianças são indivíduos dotados de uma inteligência ímpar, e rapidamente conseguem perceber quando são valorizadas ou não, quando possuem espaço ou não, e até mesmo sentir quando podem dar ou não um simples abraço em seu pastor. Não devemos subestimá-las, pois são seres em total desenvolvimento e estão atentas a tudo que acontece em nossa volta.

Segundo a visão de Jesus não devemos desprezá-las. Em João 21:15, em uma conversa particular com Pedro, o Senhor diz em um primeiro momento, Pedro se tu me amas apascenta os meus cordeiros, Pedro se tu me amas apascenta as minhas ovelhas. “A igreja de Cristo é seu rebanho. Neste rebanho, alguns são cordeiros jovens, sensíveis e frágeis, enquanto outros são ovelhas crescidas.” Olha que ensinamento fabuloso, aqui o pastor cuida de ambos, mas primeiro dos cordeiros, pois em todas as ocasiões, Ele demonstrou carinho particular por eles. “Ele recolhe os cordeirinhos nos braços, e os leva no seu regaço.” (Is.40:11)

Em meio á tantas privações dentro do departamento infantil, nos deparamos muitas vezes com professoras desmotivadas, tristes, abatidas por não receberem apoio e auxílio de alguns líderes. Querido leitor, lembrem-se destas palavras “muitas vezes para colher com júbilo é preciso semear com lágrimas.”5. OS OBJETIVOS PERMANENTES DO PROFESSOR DA ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL.

Para a psicologia os elementos principais que influem para a formação de qualquer indivíduo se resumem na “hereditariedade e ambiente. Porém para nós que somos crentes em Cristo Jesus, sabemos que o fator DECISÃO/ESCOLHA, tem maior importância, pois é através desta que as pessoas tomam a sua própria decisão ao lado de Cristo, e, pelo poder transformador do Espírito santo de Deus podem ter seus temperamentos advindos de sua hereditariedade, bem como as más tendências que possa ter sofrido devido ao ambiente em que foram criados, totalmente regenerados.

Este fator DECISÃO/ESCOLHA, esta intrinsecamente ligada ao objetivo principal do professor da escola bíblica Dominical e dos pais, qual seja levar uma criança à Cristo,

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pois sabemos que é nossa responsabilidade, como ambos, entregar o alimento espiritual as crianças. “Que privilégio e que responsabilidade”!

Certa vez, conta uma história, que uma pessoa dirigiu-se a uma criança e lhe perguntou: O que você quer ser quando crescer? Sabe o que ela lhe respondeu? Bem, eu posso ser um pastor ou um ladrão, depende de quem chegar primeiro.

A salvação das nossas crianças depende da intensidade e profundidade com que é falada para elas a respeito das coisas de Deus, pois do contrário, se nos tornarmos omissos e muito superficiais no modo com que falamos, estaremos fadados ao insucesso, e podemos afirmar então que, a “ocasião é que faz o ladrão”.

Nós professores juntamente com a família, temos que estar firmes no propósito de ensinar uma criança, Provérbios 22:6 assim nos exorta:“ Ensine a criança no caminho em que ela deve andar e quando crescer nunca mais se desviará dele.” ( Sl.22)

O que devo provocar em meus alunos então, que vai culminar numa decisão a posteriori pelas coisas de Cristo. Segundo Pastor Antônio Gilberto, o “professor deve ter em mira três propósitos para com os alunos, quais sejam:

Que desejo que meus alunos aprendam? Isto visa a mente do aluno, Aqui nós devemos conseguir atingir o cognitivo, o intelecto das crianças. Este é o plano objetivo da lição. O Plano objetivo da lição está entrelaçado com o propósito do assunto que está sendo abordado naquela respectiva lição, por exemplo: Amor, perdão, obediência, salvação, etc... O Plano objetivo de uma lição cuja história é a de Jonas, é ensinar sobre obediência e Perdão. O Plano objetivo de uma lição cuja história se refere a Daniel, é ensinar sobre fidelidade, oração, enfim.

Que desejo que meus alunos sintam? Isto visa à afetividade do aluno. Plano subjetivo da lição. Aqui nós precisamos tocar a alma da criança, ela precisa sentir que aquele aprendizado que ela teve através da história de Jonas e Daniel, serve para a vida dela também, aqui nós começamos a adentrar numa esfera espiritual, porque a criança deve começar a perceber que ela precisa mudar algumas atitudes em sua vida.

Que desejo que meus alunos façam: Isto visa à vontade do aluno, aliada a prática. Agora sim, uma vez que ela aprendeu, sentiu, é a vez de entrar em ação. Agora a criança começa a praticar aquilo que ela aprendeu. Não há coisa melhor e mais gratificante para um professor de EBD, poder contemplar a mudança através da palavra de Deus nos pequeninos, o amor e a simplicidade com que transparecem seu amor por Cristo e o despertar para uma nova vida em Cristo Jesus. Isto realmente é imensurável.

Permitam-me contar-lhes um breve testemunho. Há alguns dias atrás fui indagada por meu filho de 6 anos, que me perguntou: Mãe, quando Jesus vai me buscar para ir para o céu? E, eu lhe respondi, olha filho, a mãe não sabe, na verdade ninguém sabe, ninguém sabe o dia a hora em que Jesus virá, pode ser hoje, daqui um mês, no dia do seu aniversário quem sabe, ou então quando você estiver bem velhinho! Ele olhou pra mim com um olhar misto de indignação e braveza e me respondeu: A não! Quando eu estiver velhinho não!

Através da sua expressão e da sua resposta eu pude compreender que a vontade dele era de que Cristo viesse rápido, pois quando falamos para ele acerca das coisas maravilhosas do céu, entrou na sua mente, um lugar lindo, sem dor, sem choro, sem fome, despertamos nele a vontade no coração de morar no céu, e tão logo gostaria de ir para este lugar tão lindo.

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“Tenho mais confiança na vida espiritual de criança que recebi na igreja do que tenho na vida espiritual de adultos recebidos de igual modo.”

“Vou ainda mais longe ao dizer que normalmente encontro um conhecimento mais claro do Evangelho e um amor mais forte por Cristo nas Crianças convertidas do que em adultos convertidos.

“Vou surpreendê-los ainda ao dizer que algumas vezes encontrei uma experiência espiritual mais profunda em crianças de 10 a 12 anos do que em pessoas de 50 a 60” ( Spurgeon)

6. A IMPORTÂNCIA DA UTILIZAÇÃO DE RECURSOS DIDÁTICOS NA EDUCAÇÃO INFANTIL DE NOSSAS CRIANÇAS.

6.1 O QUE É RECURSO DIDÁTICO? “Recurso didático são meios que servem para estruturar conceitos necessários à

compreensão do que está sendo estudado. Isto é, são recursos auxiliares do ensino que facilitam assimilação da mensagem que se pretende comunicar. Uma das finalidades dos recursos é estimular o aluno a pensar, refletir, acerca do assunto no qual está sendo aplicado o recurso.”

6.2 QUAL A SUA IMPORTÂNCIA E FINALIDADE Na prática nós sabemos que é de extrema relevância a utilização dos recursos

didáticos dentro da sala de aula. Em uma classe infantil, a abordagem do assunto apenas na forma de preleção é praticamente nula, as crianças literalmente dormem nos bancos. As aulas ministradas com auxílio dos recursos didáticos se tornam mais proveitosas, atrativas e frutíferas “pois, motivam e despertam o interesse; vitalizam a atividade do aluno; favorecem o desenvolvimento da capacidade de observação; dão consistência ao essencial de cada tema; reforçam a aprendizagem, possibilitando uma integração das diversas atividades; aproximam o aluno da realidade; visualizam ou concretizam os conteúdos da aprendizagem; fornecem material de experiência, ilustram as noções mais abstratas, permitem a fixação da aprendizagem, oferecem informações e dados, servem para desenvolver o domínio psicomotor, valem para a experimentação concreta.”

Dentro da classe de EBD, as crianças precisam encontrar os aparatos ideais para que se concretize o aprendizado de forma saudável e eficaz. Da mesma forma que o ensino secular prove as técnicas e maneiras de ensinar, no ensino cristão não pode ser diferente. Isto envolve situações, que muitas vezes foge da alçada dos professores/educadores, pois como já dito anteriormente, há uma necessidade de investimento por parte da igreja para as classes de EBD Infantil.

Nós professores temos que usar sempre de nosso dinamismo e criatividade, explorando sempre que possível os diversos tipos de Recursos didáticos, visando melhor extrair as verdades abstratas que estão contidas no Livro Sagrado, para repassar aos pequenos. “O processo de aprendizagem é extremamente dinâmico. Os recursos devem ser significativos para os alunos: sua finalidade é estimular o aluno a pensar, refletir, acerca do assunto no qual está sendo aplicado o recurso, é aproximá-lo da realidade, possibilitando o desenvolvimento de sua imaginação e de sua capacidade de estabelecer analogias.”

Deus sempre utilizou objetos simples e comuns para acompanhar sua tarefa pelo mundo.Vejamos alguns exemplos dos tempos Bíblicos:

1) Com um cajado de pastor Moisés fez milagres perante Faraó ( Ex. 4.2-4);2) Com uma corneta de chifre Josué derrubou as muralhas de Jericó ( Js. 6, 3-5);3) Davi, que com uma pedrinha levou o gigante ao chão ( I Sm. 17.40);

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4) Com uma queixada Sansão mata 1000 filisteus ( Jz. 6.36-40);5) Jeremias através do vaso do oleiro ensina uma grande lição sobre Deus, o criador de

tudo (Jr.18.1-10;19.1-3);6) Através do azeite da viúva, nos aprendemos que o poder de Deus pode prover tudo.

(2. Rs 4.1-7);7) Com apenas cinco pães e dois peixinhos Jesus alimenta mais de 5000 pessoas (Mc.

6.30-44);8) Nas águas do rio Jordão, Naamã é curado da lepra. ( 2 Rs.5.9-14).

Assim como Deus fez uso destes materiais, para realizar grandes milagres, nós também educadores, devemos dispor de todos os materiais e recursos que estiverem ao nosso alcance. Tudo e qualquer coisa podem servir de instrumento para que Deus continue ainda realizando milagres no nosso meio, principalmente quando o assunto é criança e o objetivo é a sua salvação.

“Jesus em seu ministério de ensino usou vários Recursos didáticos: referiu-se aos lírios, aos campos brancos, à luz e ao sal, ao caminho, à porta, à rocha, à areia, às redes, ao julgo; colocou um menino no meio dos discípulos para ilustrar a humildade e usou á água que uma mulher tirava do poço para ensinar que Ele é a água da vida. De modo mais natural o mestre usava o que estivesse ao seu alcance para proferir seus valiosos ensinamentos.”

“Pode-se dizer que os recursos devem ser utilizados como um meio para alcançar objetivos e não como um fim.”

6.3 MÉTODOS DE ENSINO QUE O PROFESSOR PODE APLICAR NA CLASSE:

Segundo Pr. Antônio Gilberto, “os métodos de ensino afetam os sentidos físicos, os quais são meios de comunicação da alma com o mundo exterior. È por meio deles que ela explora o mundo em volta de si, bem como recebe suas impressões.

a) Método de preleção: Também chamado expositivo como vemos em Mt. 5.1-2, no sermão do monte e em Lc.4.22. Este método nunca deve ser usado só. Em combinação com outros métodos como Jesus usou, é de grande valor no ensino. Sozinho, tem mais desvantagens do que vantagens. Nem sempre falar quer dizer ensinar! Este método é “praticamente nulo com os infantis.”

b) Método de Perguntas e respostas: Mateus 22.42-45, encerra quatro perguntas de Jesus. Este método tem muitas vantagens, pois estabelece um ponto de contato entre o professor e o aluno, ajuda a medir o conhecimento deste, desperta o interesse. É, portanto, um método utilíssimo do início ao fim da aula . Jesus iniciou uma palestra com um doutor perguntando: “como interpretas a Lei?, Lc. 10.26. Felipi, o evangelista, iniciou sua fala com o empregado, perguntando : “compreendes o que vens lendo? O método de pergunta e resposta é importante porque leva o aluno a participar ativamente da aula.

c) Método de discussão: É também chamado de debate orientado. A sequência na condução do Método da discussão é: pergunta, seguida de argumentação, seguida de análise, seguida de resposta( Lc 24.15-27, 32; At. 17.3,17;18.4;19.9)

d) Método Audiovisual: No método audiovisual a mensagem que ser quer transmitir é ouvida e vista, combinando assim dois canais poderosos de comunicação na aprendizagem. Ela atrai e domina a atenção, aumentando, portanto a retenção. Os psicólogos

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afirmam que, as impressões entradas pelos olhos são as mais duradouras. Exemplo de Jesus usando método audiovisual: Mateus 6.26 (“olhai “as aves no céu”), João 15.5 (‘eu sou a videira, vós as varas”), Ezequiel (Deus mandando Ezequiel gravar o perfil de Jerusalém nos tijolos). Este método utiliza o material mais variado possível, é de grande valor seu emprego no setor infantil. e) Método de narração: São as histórias. Nesse campo nada suplanta a Bíblia. Jesus usou muito este método, apresentando histórias em forma de parábolas, como em Mateus capítulo 13 (todo). A história é qual janela deixando o luz entrar. A história depois de narrada deve ser aplicada. Veja o caso de Natã ensinando a Davi em 2 Samuel 12.1-4 e, em seguida , aplicando o ensino versículo 7 do mesmo capítulo. Aa história é para a criança o que o sermão é para o adulto. Exemplos de Jesus usando o método de narração: O Bom Samaritano (Lc. 10.30-37), A Ovelha Perdida ( Lc.15. 3-7), As Dez Virgens (Mt. 25.1-13), O Filho Pródigo (Lc. 15. 11-32).

Para você professor que gosta de utilizar este método em sua classe, há três regras básicas para o êxito ao contar uma história: 1)Conheça de fato à história; 2) Mentalize a história, mesmo conhecendo-a; 3)Viva a história; isto é, “ sinta-a” ao contá-la e dramatizá-la.f)Método de Leitura: O professor pode deixar o aluno ler em voz alta, alguma parte da lição. Isto tem um valor maior do que se pensa. (Lc. 4.16 e Jo 8.6).G) Método de tarefas: Este é um grande método – aprender fazendo. Método ideal para crianças desde a mais tenra idade. A criança aprende de fato quando faz a lição, devidamente instruída pelo professor. Jesus para ensinar uma lição à Pedro utilizou este método ( Mt. 17.24-27). Aqui estão incluídos trabalhos de pesquisa, redação, trabalhos manuais (desenhos, esboços, mapas, montagens de lições ilustrados, figuras, labirintos, enigmas, palavras cruzadas.)h) Métodos Demonstrativos: É o método do exemplo, altamente influente e convincente. É ensinar fazendo. Jesus usou, ele fazia antes de ensinar ( Jo 13.15; At 1.1; 1 Pd 2.21). É o método “faça o que eu faço”, é o método do exemplo. Aqui marchas e cânticos com gestos para os pequeninos têm grande valor, assim com as dramatizações.

6.3 CONHEÇENDO SEU ALUNO E APLICANDO O ESTILO DE APRENDIZAGEM QUE MAIS SE ENQUADRA NO PERFIL DE CADA UM.

Nesta missão de levar o conhecimento da palavra de Deus às crianças, o professor precisa conhecer afundo não só o que vai ministrar, mas também como vai ministrar e para quem vai ministrar. Não basta tão somente, o professor estar munido de todo aparado necessário se desconhece o seu receptor e qual é a via mais proveitosa que vai levar este conhecimento até ele.

Para Marlene Le Ferver: “estilo de aprendizagem é o meio pelo qual a pessoa vê ou percebe melhor as idéias e, então, transforma-as e leva a efeito o que observou. Cada estilo de aprendizagem é tão singular quanto a assinatura da pessoa. Quando alguém precisa assimilar algo difícil, aprende mais rápido e fica mais contente em fazê-lo do seu estilo reforçado pelo modo como o professor ensina”.

Por isso se faz necessário que o professor conheça bem seu aluno, para que aplique os recursos condizentes com o estilo de aprendizagem respectivo. “Há quatro padrões mentais para assimilação de informações, nos quais todos nos encaixamos. Mas há um desses estilos que cada um de nós se enquadra melhor.

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1) Estilo interativo (envolver): - assimilam melhor as informações, através da interação com outras pessoas;- são sensíveis;- tem facilidade de relacionar-se;- são alunos inquiridores, ou seja, gostam de fazer perguntas;- gostam de compartilhar idéias;- são curiosos demais;- o ato de falar é considerado divertido;- quando verbalizam suas idéias, descobrem o que pensam;- possuem facilidade em falar dos seus sentimentos e de entender os dos outros;- são propensos para serem lideres e assumir a posição de centro das atenções;- são empáticos;- são flexíveis, querem ser amados;- para eles importa a amizade e amor das pessoas;- importa que alguém lhe de atenção;- preferem um ambiente barulhento;- apresentam necessidade de pertencer a um grupo;- sentem-se à vontade em apresentações teatrais e mímicas;

1) Estilo analítico (registrar):- aprendem ouvindo e observando;- as informações serão avaliadas e analisadas;- são considerados os melhores alunos;- sempre têm respostas corretas paras as questões levantadas;- exigem do professor mais profundidade nas informações;- sempre querem saber mais e aprender mais do que lhe é ensinado;- são mais, racionais, lógicos e examinadores;- são alunos prediletos, porque gostam de ouvir e se comportam bem na aula;- preferem informações apresentadas de forma lógica e seqüencial;- são bem atentos para ouvir;- assimilam mais informações em ambiente silencioso;- optam pelo trabalho solitário;- demonstram interesse nas atividades nas quais tenha que competir e ganhar;

2) Estilo pragmático (considerar);- gostam de aplicar o conteúdo na pratica; - priorizam a realização do trabalho não a idealização do mesmo;- usam suas idéias para solucionar problemas, esclarecer e solucioná-los;- o que aprenderam deve ser útil para seu cotidiano;- aprendem através da ação, de projetos que envolvam todos a praticarem o que foi ensinado;- movimentam-se durante a aula, não conseguem ficar parados;- demonstram impaciência com leitura;- apresentam uma visão prática do cristianismo;- aprendem melhor, quando lhes é demonstrado o que ensina;- resolvem problemas com desenvoltura;

3) Estilo dinâmico (alcançar):- considerados extremamente criativos;

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- contribuem com idéias acerca do tema tratado;- são extremamente flexíveis;- dificuldade de concluir algo;- cheios de imaginação;- constantemente estão em busca de algo diferente;- às vezes assumem posição de liderança por causa da personalidade forte e entusiasmo empolgante;- desenvolvem bom senso de humor e flexibilidade;- são curiosos, perspicazes, voltados para o futuro;- quebram regras, porque sempre tomam atitudes diferentes;- preferem professores que estimulem sua criatividade;

Bem provável que dentro da classe de aula, você se depare com todos estes estilos. Isso exigirá do professor uma preparação de aula bem programada para que nenhum de seus alunos seja prejudicado. Uma aula bem preparada pode começar de forma interativa (você pode perguntar para os alunos, como foi sua semana, se foi bem nas provas, como está mamãe, papai, perguntar sobre a última lição ministrada, enfim estimule o grupo, interagindo com eles já no começo da aula), depois podemos seguir pelo modo analítico (quando for ministrar a aula, ministre com conhecimento de causa, isso prende a atenção deste tipo de aluno), depois encaminhar para o modo pragmático, (utilize dos recursos audiovisuais para corroborar sua fala), por fim, conclua de modo dinâmico, realizando atividade/brincadeira relacionada ao tema, que explore a criatividade do aluno.

6.4 SUGESTÕES DE ATIVIDADES NOS ESTILOS DE APRENDIZAGEMEstilos de aprendizagem

Métodos auditivos Métodos visuais Métodos participativos

Interativos -agradecimentos gravados;- Música cristã;- Perguntas;- Acrósticos;- Leitura em duplas

- videoclipe;- Observação de figuras e quadro, para falar do que vê ( forma e conteúdo)- Desenho

- Canções com movimentos;- Representações;- Leitura em coro;- Jograis;

Analíticos - Memorização de versículos;- Dicionário;-Discussão em rodízio;- Enigmas;- Maratona Bíblica

- Desenho de estudo Bíblico;- Ilustração de Narração Bíblica;- Interrupção na história;- Retroprojetores, mapas

- Elaboração de regras para o grupo;- Murais;- Debate;

Pragmáticos - ilustrações Bíblicas para as diferentes situações que vivemos hoje no nosso dia-a-dia;- Kit de sobrevivência – uma mensagem que nos ajuda a lidar

- Histórias sem palavras (contar a história com base na observação de figuras);-apoio visual – de acordo com o assunto, deixe uma lembrança com o

- comida como instrumento de aprendizagem (refeição da páscoa, biscoito com mel – João Batista- Confecção dos vestuários dos templos Bíblicos;

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com uma situação;- Receita Bíblica – leitura bíblica que nos ensina como agir em algumas situações;

assunto: dinheiro de brinquedo (dízimo); palito de picolé atados (devemos ajudar a levar as cargas dos outros)

- gráfico acerca da alta e baixa espiritualidade.

Dinâmico - celebração de culto ( crianças);- Criação de Parábolas para contar à classe;- Observação de situações e elaboração de metáforas: “Minha casa é um pedaço do céu”;- Criação de reportagem;- Elaboração de frases;- tempestade de idéias: “Se tempo e dinheiro não fosse problema o que essa classe poderia fazer para Jesus?”

- Apresentação de versículos Bíblicos com ilustrações;- Recorte de figuras de jornais, livros, revistas sobre o assunto a ser estudado;- Análise de diferentes expressões visuais como você se sente: Como você se sente?- Criação de símbolos para representar algumas situações de nossa vida;- confecção de fantoches;

- Apresentação teatral com fantoches;- Memorização de versículos com gestos;- criação de um vídeo ou teatro acerca do tema estudado;- Mímica teológica: amor, fé, saudade, alegria; etc...

6.5. TRABALHANDO COM OS RECURSOS DIDÁTICOS CONFORME O GRUPO DE IDADE.

Além de atentarmos para o estilo de aprendizagem de cada aluno, também há que se levar em consideração a classificação da faixa etária para melhor aplicação dos recursos Didáticos pertinentes a cada grupo de idade. Pois como assevera Pr. Marcos Tuller, “cada criança é uma pessoa diferente de todas as demais. Cada qual é uma personalidade em desenvolvimento. Por isso, suas características e necessidades específicas deverão determinar o currículo, o método de ensino, e os recursos didáticos a serem empregados”.

Precisamos então, para aplicar os Recursos didáticos, conhecer anteriormente as características, necessidades e interesses peculiares de cada faixa etária, lembrando sempre que para o maior aprendizado devemos estimular os cinco sentidos da criança, qual seja: tato, olfato, paladar, audição e visão. “O conhecimento só é completo quando estiverem envolvidos no processo os cinco sentidos. De fato a criança aprende mais facilmente quando seus cinco sentidos são estimulados. É, portanto, necessário oferecer oportunidade para a criança ver, ouvir, apalpar, saborear e cheirar.”6.5.1. Classe Maternal (3 e 4): Resumidamente, as crianças desta faixa etária são Fisicamente ativas, mentalmente descobridoras, emocionalmente sensíveis, volitivamente moldável, socialmente tímida, espiritualmente imitadoras. A palavra chave de como ensinar uma criança da classe maternal se resume em: Uma idéia por sua vez, repetida e variada. O professor deve usar de abundante material ilustrativo. Esta idade aprende através da repetição (quantas vezes? no mínimo três); quando o professor perceber que a repetição está

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ficando enfadonha para o aluno, é sinal de que esta criança já pode ser promovida para a classe seguinte.a)Ensino adequado: A criança desta idade deve assimilar os seguintes conceitos: Deus fez tudo; Deus nos ama muito, individualmente; Ele nos dá tudo que temos; É muito agradável conhecer a Deus; Ele está perto e podemos falar com ele; A Bíblia é o livro que Deus nos deu; é um livro muito especial; por meio Cristo podemos fazer parte da família de Deus; - Quando cometemos algum erro, devemos falar logo com Deus a respeito; Ele tem um meio para resolver este problema;b)Histórias apropriadas para esta idade: A criação do mundo, O nascimento de Jesus, Multiplicação dos pães, O Nascimento de Moisés, Zaqueu.c)Recursos Didáticos: Flanelógrafos, Cartazes, quadros, dramatizações, fazendo de conta que nós estamos vivendo a história, fantoches,brinquedos, animais vivos e de brinquedo, massinhas de modelar (vamos fazer os peixinho, os pães e a cestinha), livro com muitas figuras e poucas palavras, desenhos simples que elas possam rabiscar em cores, blocos de diferentes tamanhos, para montar, quebra cabeça simples.d) Palavras-chaves de cânticos apropriados para essa idade: Coração limpo, meu coração sujo, o pai é bondoso, se abro a Bíblia, passarinho, como vai? Quem faz as lindas flores? Deus é bom pra mim, Deus mandou o Sol brilhar, Deus fez os peixinhos.

6.5.2. Classe de Jardim de Infância (5 e 6): Nesta faixa de idade a criança é fisicamente ativa, mentalmente perguntadora, emocionalmente veemente, volitivamente cooperadora, socialmente amiga, espiritualmente confiante. A palavra chave de como ensinar uma criança da classe jardim de infância se resume em: Uma idéia mais complexa por sua vez, repetida e variada. Aqui também ainda visemos uso da repetição para fixação da mensagem, por isso nesta fase ainda é possível unir esta classe ao maternal. Porém cada qual, aproveitará muito mais, se estiverem em suas classes próprias.a) Ensino adequado: Devem ser escolhidas histórias Bíblicas e da vida real que ensinem: O caminho da Salvação, como falar com Deus, é bom estar na casa de Deus, quero compartilhar com outros, a Bíblia é o recado de Deus, testemunho aos outros (missões e testemunho pessoal). Deve-se aumentar o número de histórias, repetindo-as menos vezes (2 a 4 vezes basta). Volte a apresentar ocasionalmente as histórias já contadas.b) Histórias sugeridas: Zaqueu – sua alegria ao ver Jesus, sua conversa com Jesus, sua Salvação. A filha de Jairo – Jesus dá vida ao que está ferido. O céu - a casa de Deus é bonita, foi preparada para nós. Família da Sunamita – Compartilharam sua casa com Eliseu, o servo de Deus, receberam o presente de um nenê.c) Palavras-chaves para os cânticos desta idade: Neste quesito, também podemos continuar usando os temas sugeridos para o maternal.d) Recursos Didáticos: Usam-se os mesmos métodos sugeridos para o Maternal, dando mais ênfase à dramatização. Acrescentam-se lições em cartazes, como “o ratinho e o fazendeiro, alegoria das ferramentas, o porquinho dizimista”.

6.5.3. Classe Primários (7 e 8): Nesta faixa etária temos crianças com as seguintes características: fisicamente realizador, mentalmente retentor, emocionalmente impaciente, volitivamente cooperador, socialmente camarada, espiritualmente discriminador. A palavra chave de como ensinar a primários se resume em atividade, seja ela, descrita, demonstrada ou vivida.

a)Ensino adequado: Deus- quem e como ele é?; O lugar de Jesus na trintade. Caminho da Salvação, Segurança de Salvação, As duas naturezas do crente, A vitória sobre o pecado

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(confissão, submissão, dependência de Deus), Andar diário com Deus (oração, conhecimento da palavra), Testemunho (pessoal e missões).

b)Histórias sugeridas: Nesta faixa de idade a linguagem do professor deve descrever atividades; isto é, em vez de dizer “Joãozinho estava alegre”, diga, “ Joãozinho pulava de alegria.” Escolha histórias na Bíblia em que os personagens sejam muito ativos e que o desempenho desses ensine atividade e lições para as crianças. Ex: História de Davi, menino que cuidava do rebanho de ovelhas, por certo era uma criança bem ativa, realizava trabalhos para ajudar seu pai Jessé em casa, quando ursos e leões atacavam o rebanho de ovelhas, era ele quem as defendia. Em outra ocasião, quando esteve diante do rei Saul, se mostrou um menino de atitude, quando determinou em seu coração enfrentar o gigante Golias. Da história de Davi, você pode extrair muitos ensinamentos para as crianças.

c)Cânticos: escolha cânticos que reforcem a mensagem que você está querendo passar para as crianças, se possível cante fazendo gestos.

d) Recursos Didáticos: Como é uma faixa etária que fisicamente são realizadores, participativos, envolva-os com bastantes atividades, confecção de cartazes, trabalhos manuais, Recursos que permitam eles participarem diretamente, (coração salmista, cidade de Jericó, o caminho do céu), participação em peças teatrais curtas, fantoches, flanelógrafos, próprio quadro de giz, etc...

6.5.4. Classe de Juniores (9 e 10): As características desta faixa etária se resume praticamente em: Fisicamente são valentes, mentalmente investigadores, volitivamente independentes, socialmente expansivos, emocionalmente intrépido, espiritualmente realista. A palavra chave para verificação do ensino é PRATINCANDO-O.

a)Ensino adequado: Os mesmos ensinos e doutrinas apresentados nos anos anteriores. Enfatize a consagração. Acrescente: O plano de Deus para sua vida, doutrinas fundamentais, memorização de versículos e nomes dos livros da Bíblia, fatos sobre a Bíblia, escritores, geografia Bíblica, mapas.b)Histórias sugeridas: Deve tratar de um Herói que soube enfrentar uma dificuldade e vencer, a Bíblia está repleta deles, Gideão, Sansão, Baraque, Jefté, Abraão,Jacó, Ester, e tantos outros etc... Para esta classe, inclua um período de perguntas em sua classe. Além de perguntar, onde?, o quê? Quem? Deve-se perguntar porquê?, mostrar porque o herói venceu, porque o inimigo foi derrotado, porque o herói fez o que não deveria ter feito, porque Deus permitiu certa coisa em sua vida, etc.... Esta é uma idade quando as verdades Bíblicas e o ensino prático devem ser experimentados e comprovados na vida do aluno. Ao ensinar que é bom ajudar os outros, deixe as crianças comprovar este fato, fazendo um trabalho juntamente com eles em um bairro carente. Quando for falar do quanto é importante evangelizar e conhecer a palavra de Deus, leve-os uma tarde para distribuir folhetos no seu bairro e proximidades. Após falar para eles como é importante ganhar uma alma pra Cristo, ensine-os a usar o livro sem palavras, para que eles possam também fazer o evangelismo pessoal, em casa, no colégio, nas ruas. c) cânticos sugeridos para esta idade: Cânticos com letras voltadas á pratica da ética Cristã, como por exemplo, corinhos que falem de amor, perdão, respeito, solidariedade, etc...

d)Recursos didáticos: Histórias em Flanelógrafos, visuais, recursos interativos, etc...

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7. BRINCADEIRA DE CRIANÇA:

Os leitores podem concordar comigo, se tem uma coisa que criança gosta de fazer é brincar, diante disto, nós educadores temos uma valiosíssima ferramenta nas mãos, que podemos usar, para também transmitir ensinamentos que tanto vão atingir a vida pessoal da criança como a espiritual. A ferramenta da qual falamos, são as brincadeiras. Sim! É possível sim, ensinar através das brincadeiras, valores éticos, cristãos e morais para nossas crianças.

Pelo fato da criança estar inserida dentro da igreja, não significa que ela é diferente em todos os outros aspectos com relação às demais, com as quais se relacionam. Crianças são crianças, o próprio Apóstolo Paulo fala em I Cor. 12,13,14 “Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, pensava como menino.” .Assim, dentro da igreja precisamos ter o cuidado de tratá-las como crianças, pois pensam, sentem e falam diferentemente de nós.

É importante compreendermos o significado que a brincadeira possui para criança. Brincando, a criança desenvolve seu senso de companheirismo. Jogando com amigos, aprende a conviver, ganhando ou perdendo, procurando aprender regras e conseguir uma participação satisfatória. No jogo, ela aprende a aceitar as regras, esperar sua vez, aceitar o resultado, lidar com frustrações e elevar o nível de motivação. Nas dramatizações, a criança vive personagens diferentes, ampliando sua compreensão sobre os diferentes papéis e relacionamentos humanos.

Além de auxiliarem e favorecerem no aprendizado, “as relações cognitivas e afetivas da interação lúdica propiciam amadurecimento emocional e vão pouco a pouco construindo a sociabilidade infantil”.

7.1 SUGESTÕES DE BRINCADEIRAS E JOGOS:a) Sua casa é um jornal.Material: Folhas de jornal, Música.Preparo: Espalhar as folhas de jornal pela sala, de acordo com o número de crianças.Desenvolvimento: As crianças devem andar, desviando das folhas de jornal, enquanto ouvem a música. Assim que a música parar rapidamente todas pisam em cima do jornal ( a sua casa). Quando o som reiniciar, todos saem andando novamente. A cada rodada, o professor tira um jornal do chão, para aumentar o desafio. Assim as crianças serão obrigadas a se juntarem pouco a pouco nos jornais. Ao final da brincadeira restará apenas um jornal, onde todos deverão ter um jeito de entrar. Vale encostar apenas uma parte do corpo como um dedo, por exemplo, mão ou pé. Nesta brincadeira não há vencedores. É uma brincadeira que você pode aplicar, quando estiver falando de união, ajudar uns aos outros, permanecerem juntos num único corpo, numa única fé, a união faz a força!b) Caixa de objetos:Materiais: Uma caixa grande enfeitada, objetos (condizem com o assunto da aula), duas vendas para os olhos.Preparo: Colocar objetos referentes com o assunto a ser tratado. Dividir a turma em duas equipes e escolher um representante de cada uma e vendá-los.Desenvolvimento: As crianças com os olhos vendados deverão ser conduzidas até a caixa onde pegarão um dos objetos, aleatoriamente. Escolhidos os objetos, eles deverão verificar a que história os objetos se referem. c) Crente carnal, crente espiritual

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Esta atividade é bem parecida com a brincadeira conhecida como Detetive. Basta trocar os nomes. O Detetive passa a ser o Cristão Espiritual, o assassino passa a se chamar acusador. As vítimas serão os cristãos carnais.Objetivo: Fazer com que a criança queira crescer espiritualmente e aprenda a fugir da tentação. Para que ela não queira ser apenas um cristão carnal, mas procure crescer na graça e no conhecimento de Deus.Material: pequenos pedaços de papel e caneta.Como fazer: Antes da brincadeira, em pequenos pedaços de papel, escreva os nomes, Crente espiritual, Acusador, Crente carnal. Separe e forme um circulo com as crianças, de modo que elas fiquem se olhando. A criança que pegou o papel com o nome acusador deve olhar para as demais e dar uma piscadinha, aquele Cristão Carnal que recebeu a piscadela do acusador diz, “ Caí”. O papel do cristão espiritual é encontrar o acusador, quando perceber quem é, tem que dizer, “tá repreendido”. Depois é só recomeçar a brincadeira.“Mas o que é espiritual discerne bem tudo, e ele de ninguém é discernido. Porque quem conheceu a mente do Senhor, para que possa instruí-lo? Mas nós temos a mente de Cristo. E eu, irmãos, não vos pude falar como à espirituais, mas como a carnais, como a menino em Cristo.” (I Cor.2.15,16;3.1).d) Etiqueta:Material: fichas de cartolina, (22x15), pincel atômico, fita crepe, papéis para anotação e lápis preto (a quantidade deverá ser de acordo com o número de participantes), música para animar.Preparo: Escrever nomes de personagens Bíblicos, lugares da Bíblia, objetos, etc..., nos cartões. Colar as fichas nas costas das crianças e distribuir os papéis para anotação e os lápis.Desenvolvimento: As crianças deverão estar dispostas em círculo enquanto as fichas são coladas nas costas. A um dado sinal, elas deverão copiar o máximo de palavras possíveis, das costas dos colegas, mas cada um deverá tentar impedir que os outros copiem a sua palavra. Vencerá a criança que conseguir o maior número de palavras.

8. CONCLUSÃO:Em Eclesiastes 3, a Bíblia nos relata que há tempo para todas as coisas neste mundo;

cada coisa tem a sua ocasião: “há tempo de plantar e tempo de arrancar”, este é o seu tempo caro educador! Tempo de semear para que outros possam colher algum dia; “há tempo de derrubar e tempo de construir”, este, também é seu tempo; tempo de derrubar conceitos antigos e construir novos no lugar, “há tempo de chorar e tempo de se alegrar”, este querido, também é seu tempo, tempo de chorar pelas tantas crianças que estão longe da presença do Senhor, e se alegrar por aquelas cuja oportunidade ele confiou em suas mãos, “tempo de afastar e tempo de abraçar” , e este tempo? Também é o seu, tempo de afastar a hipocrisia e abraçar a causa com amor, “há tempo de procurar e tempo de perder”, este tempo, também é seu amigo educador, tempo de procurar aquelas que se encontram perdidas, e tempo de perder o medo de procurar, “há tempo de economizar e tempo de desperdiçar”, e este tempo, de quem é? Reluto em dizer que este também é seu tempo ensinador, tempo de economizar tempo, e desperdiçar tempo para obra de Deus,“hà tempo de guerra e tempo de paz”, mais uma vez é seu, tempo de guerrear contra o inimigo e a favor dos pequeninos, tempo de promover a paz interior em nossas crianças,“tempo de ficar calado”, e este tempo? Será que é seu também caro educador? Permita-me responder: Não! Com todo respeito este tempo não é mais o seu, o tempo de ficar calado passou, hoje o seu tempo é “tempo de falar”, falar às crianças pequenas das coisas grandiosas de Deus, falar às crianças crescidas que o Senhor aprova este trabalho, falar para o inimigo de nossas almas, que mesmo diante de tantas investidas, aproveitando-se dos meios tecnológicos para fazer o

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mal aos pequenos, nós sempre poderemos bradar em alta voz, que, maior é o que está conosco! “O Senhor é meu pastor nada me faltará” (Sl. 23), não me faltará amor, não me faltará criatividade, não me faltará vontade, não me faltará compreensão, não me faltará obediência, não me faltará capacidade, não me faltará respeito, não me faltará nada! Porque tudo que precisamos está naquele que vive em nós.

TESTE DE AUTO AVALIAÇÃO.

1. Você ora diariamente pelas crianças de sua classe?2. Você é fiel, sempre presente, quer chova ou faça calor?3. Você chega antes da aula começar, ficando a disposição das crianças para conversar

um pouco com elas, ouvir seus problemas?4. Você lê de antemão pelo menos um esboço da lição do trimestre para saber o

conteúdo do ensino de sua turma durante o período?5. Você pode expressar numa frase o propósito de ensino de cada aula?6. Você tem procurado guiar suas crianças à Cristo, como o Salvador, Amigo e Senhor?7. Suas crianças entendem que a lição vem da Bíblia e não apenas de uma revista?8. Você usa um vocabulário que suas crianças entendem facilmente;9. Você faz perguntas e encorajam suas crianças a fazer perguntas sobre o assunto do

dia?10. Você começa o preparo da lição pelo menos 5 dias antes da ED?11. Se acontecer alguma coisa engraçada durante a aula, você ri com os demais, e depois

aproveita o acontecimento para voltar ao assunto?12. Você sabe controlar uma criança faladora, sem que ela se ofenda?13. Você conhece o passatempo predileto e os problemas de todas as suas crianças?14. Você visitar o lar de cada criança pelo menos uma vez ao ano, e visita imediatamente

o lar de qualquer que falte duas vezes seguida a ED?15. Em preparação para aula você localiza num mapa bíblico qualquer detalhe

geográfico referente à lição?16. Você lê artigos e livros que tratam de educação cristã, e assiste de vez em quando

cursos ou seminários sobre assuntos referentes ao ensino?

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17. Você varia o método de ensino a fim de que os alunos permaneçam alerta, esperando o que virá em seguida?

18. Sua vida cristã é pura e exemplar, no sentido de você não praticar atos que teria vergonha de contar as crianças?

19. Você analisa seu trabalho depois de cada aula, notando a reação das crianças, erros que você tenha cometido, e os bons resultados que conseguiu?

20. Numa hora de desânimo, quando está ao ponto de querer desistir do trabalho, você vai logo à presença de Deus, pedindo que ele à encoraje e fortaleça?

(Cada resposta positiva vale 5 pontos)80 à 100 pontos – Parabéns! Você é um excelente professor. 60 à 80 pontos – Você está fazendo um bom trabalho, mas tem que melhorar.50 à 60 pontos – Você é um professor regular. Verifique os pontos falhos e decida melhorar rapidamente, isso diante do Senhor.Abaixo de 50 pontos – Você é um professor insuficiente. Examine-se diante do Senhor. Você tem que aprender não ensinar. Decida o que você quer!

BIBLIOGRAFIA

SILVA, Antônio Gilberto. Manual da Escola Dominical. 17ª. Ed. Melhorada e aum. Rio de Janeiro: Casa Publicadora das Assembléias de Deus, 1998.TULLER, Marcos. Recursos Didáticos para a Escola Dominical. 1ª.Ed. Rio de Janeiro: Casa Publicadora das Assembléias de Deus, 2003.HENRY, Matthew. Comentário Bíblico Novo Testamento. 1ª. Ed. Rio de Janeiro: Casa Publicadora das Assembléias de Deus, 2008. FAY, Roberta e JONSON, Eunice V. Psicologia da Criança. 8ª. Ed. São Paulo: APEC – Alianças Pró Evangelização das Crianças, 2001.OLIVEIRA, Amélia Lemos. Estilos de Aprendizagem. Revista Ensinador Cristão. Nr.36, pág.7-9, Casa publicadora da Assembléia de Deus, Ano 9.ROCHA, Eliane. Apostila 9º. Seminário de Escola Bíblica e Teologia. Balneário Comburiu/SC, 2010.CÉZAR, Newlton. Apostila 2º.Congresso de Educação e Evangelização Infanto-Juvenil, Balneário Camboriú/SC, 2011.BUENO,Telma. Apostila 16ª. Conferência De Escola Bíblica Dominical. Curitiba/PR, 2008.

Elaine Cristina Marcon Savi

Coordenadora Geral do Depto Infantil cidade Tubarão, trabalha com confeccção de Recursos didáticos para o ensino Infantil, é professora da EBD, Ministra a palavra de Deus em cultos e Congressos Infantis.

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ANOTAÇÕES

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