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República Federativa do Brasil Estado do Piauí Ministério Público do Estado do Piauí Diário Oficial Eletrônico ANO IV - Nº 637 Disponibilização: Quarta-feira, 20 de Maio de 2020 Publicação: Quinta-feira, 21 de Maio de 2020 PROCURADORIA-GERAL DE JUSTIÇA CARMELINA MARIA MENDES DE MOURA Procuradora-Geral de Justiça MARTHA CELINA DE OLIVEIRA NUNES Subprocuradora de Justiça Institucional LEONARDO FONSECA RODRIGUES Subprocurador de Justiça Administrativo CLEANDRO ALVES DE MOURA Subprocurador de Justiça Jurídico CLÉIA CRISTINA PEREIRA JANUÁRIO FERNANDES Chefe de Gabinete RAQUEL DO SOCORRO MACEDO GALVÃO Secretária-Geral / Secretária do CSMP Assessor Especial de Planejamento e Gestão _____________________________ CORREGEDORIA-GERAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO LUÍS FRANCISCO RIBEIRO Corregedor-Geral LENIR GOMES DOS SANTOS GALVÃO Corregedora-Geral Substituta JOÃO PAULO SANTIAGO SALES Promotor-Corregedor Auxiliar RODRIGO ROPPI DE OLIVEIRA Promotor-Corregedor Auxiliar ANA ISABEL DE ALENCAR MOTA DIAS Promotor-Corregedor Auxiliar COLÉGIO DE PROCURADORES ANTÔNIO DE PÁDUA FERREIRA LINHARES ANTÔNIO GONÇALVES VIEIRA TERESINHA DE JESUS MARQUES ALÍPIO DE SANTANA RIBEIRO IVANEIDE ASSUNÇÃO TAVARES RODRIGUES ANTÔNIO IVAN E SILVA MARTHA CELINA DE OLIVEIRA NUNES ROSANGELA DE FATIMA LOUREIRO MENDES CATARINA GADELHA MALTA MOURA RUFINO LENIR GOMES DOS SANTOS GALVÃO HOSAIAS MATOS DE OLIVEIRA FERNANDO MELO FERRO GOMES JOSÉ RIBAMAR DA COSTA ASSUNÇÃO TERESINHA DE JESUS MOURA BORGES CAMPOS RAQUEL DE NAZARÉ PINTO COSTA NORMANDO ARISTIDES SILVA PINHEIRO LUÍS FRANCISCO RIBEIRO ZÉLIA SARAIVA LIMA CLOTILDES COSTA CARVALHO HUGO DE SOUSA CARDOSO _____________________________ CONSELHO SUPERIOR DO MINISTÉRIO PÚBLICO CARMELINA MARIA MENDES DE MOURA Presidente LUÍS FRANCISCO RIBEIRO Corregedor-Geral IVANEIDE ASSUNÇÃO TAVARES RODRIGUES Conselheira MARTHA CELINA DE OLIVEIRA NUNES Conselheira FERNANDO MELO FERRO GOMES Conselheiro RAQUEL DE NAZARÉ PINTO COSTA NORMANDO Conselheira

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República Federativa do BrasilEstado do Piauí

Ministério Público do Estado do Piauí

Diário Oficial EletrônicoANO IV - Nº 637 Disponibilização: Quarta-feira, 20 de Maio de 2020

Publicação: Quinta-feira, 21 de Maio de 2020

PROCURADORIA-GERAL DE JUSTIÇA

CARMELINA MARIA MENDES DE MOURAProcuradora-Geral de Justiça

MARTHA CELINA DE OLIVEIRA NUNESSubprocuradora de Justiça Institucional

LEONARDO FONSECA RODRIGUESSubprocurador de Justiça Administrativo

CLEANDRO ALVES DE MOURASubprocurador de Justiça Jurídico

CLÉIA CRISTINA PEREIRA JANUÁRIO FERNANDESChefe de Gabinete

RAQUEL DO SOCORRO MACEDO GALVÃOSecretária-Geral / Secretária do CSMP

Assessor Especial de Planejamento e Gestão

_____________________________

CORREGEDORIA-GERAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO

LUÍS FRANCISCO RIBEIROCorregedor-Geral

LENIR GOMES DOS SANTOS GALVÃOCorregedora-Geral Substituta

JOÃO PAULO SANTIAGO SALESPromotor-Corregedor Auxiliar

RODRIGO ROPPI DE OLIVEIRAPromotor-Corregedor Auxiliar

ANA ISABEL DE ALENCAR MOTA DIASPromotor-Corregedor Auxiliar

COLÉGIO DE PROCURADORES

ANTÔNIO DE PÁDUA FERREIRA LINHARES

ANTÔNIO GONÇALVES VIEIRA

TERESINHA DE JESUS MARQUES

ALÍPIO DE SANTANA RIBEIRO

IVANEIDE ASSUNÇÃO TAVARES RODRIGUES

ANTÔNIO IVAN E SILVA

MARTHA CELINA DE OLIVEIRA NUNES

ROSANGELA DE FATIMA LOUREIRO MENDES

CATARINA GADELHA MALTA MOURA RUFINO

LENIR GOMES DOS SANTOS GALVÃO

HOSAIAS MATOS DE OLIVEIRA

FERNANDO MELO FERRO GOMES

JOSÉ RIBAMAR DA COSTA ASSUNÇÃO

TERESINHA DE JESUS MOURA BORGES CAMPOS

RAQUEL DE NAZARÉ PINTO COSTA NORMANDO

ARISTIDES SILVA PINHEIRO

LUÍS FRANCISCO RIBEIRO

ZÉLIA SARAIVA LIMA

CLOTILDES COSTA CARVALHO

HUGO DE SOUSA CARDOSO

_____________________________

CONSELHO SUPERIOR DO MINISTÉRIO PÚBLICO

CARMELINA MARIA MENDES DE MOURAPresidente

LUÍS FRANCISCO RIBEIROCorregedor-Geral

IVANEIDE ASSUNÇÃO TAVARES RODRIGUESConselheira

MARTHA CELINA DE OLIVEIRA NUNESConselheira

FERNANDO MELO FERRO GOMESConselheiro

RAQUEL DE NAZARÉ PINTO COSTA NORMANDOConselheira

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1. EXPEDIENTE DO GABINETE []

1.1. EXTRATO DE DECISÃO11776 Extrato de DecisãoProcedimento de Gestão Administrativa nº 19.21.0378.0003099/2020-89Requerente: Antônio Henrique Graciano SuxberguerRequerido: Procuradoria-Geral de JustiçaAssunto: Solicitação de DiáriasDefiro, nos termos do Ato PGJ/PI 414/2013 e na Portaria CNMP-PRESI Nº 30, de 31/03/2016, o pedido do requerente, autorizando o pagamentode 01 (uma) diária e ½ (meia) ao PROMOTOR DE JUSTIÇA DO MPDFT E MEMBRO AUXILIAR DO CNMP ANTÔNIO HENRIQUE GRACIANOSUXBERGUER, referente a seu deslocamento, no período do dia 01 ao dia 02 de março de 2020, para ministrar oficina "Pacote Anticrime", nacidade de Teresina-PI, no Auditório da Sede Leste deste Ministério Público, conforme Ofício CEAF nº 07/2020 e Despacho PGJ.Teresina-PI, 28 de fevereiro de 2020Carmelina Maria Mendes de MouraProcuradora-Geral de JustiçaExtrato de DecisãoProcedimento de Gestão Administrativa nº 19.21.0378.0003119/2020-34Requerente: Lenara Batista Carvalho PortoRequerido: Procuradoria-Geral de JustiçaAssunto: Solicitação de DiáriasDefiro, nos termos da Resolução CSMP nº 13/2013, o pedido do requerente, autorizando o pagamento de ½ (meia) diária à PROMOTORA DEJUSTIÇA LENARA BATISTA CARVALHO PORTO, referente à sua viagem ao interior do Estado do Piauí, no dia 30 de janeiro de 2020, a serviçodo GAECO/MPPI, conforme Portaria PGJ/PI nº 348/2020.Teresina-PI, 17 de fevereiro de 2020Martha Celina de Oliveira NunesProcuradora-Geral de Justiça em exercícioExtrato de DecisãoProcedimento de Gestão Administrativa nº 19.21.0378.0003120/2020-07Requerente: Luiz Antônio França GomesRequerido: Procuradoria-Geral de JustiçaAssunto: Solicitação de DiáriasDefiro, nos termos da Resolução CSMP nº 13/2013, o pedido do requerente, autorizando o pagamento de ½ (meia) diária ao PROMOTOR DEJUSTIÇA LUIZ ANTÔNIO FRANÇA GOMES, relativa a seu deslocamento para responder pela 2ª Promotoria de Justiça de União - PI, no dia 06de fevereiro de 2020, conforme a Portaria PGJ/PI Nº 2.533/2019.Teresina-PI, 17 de fevereiro de 2020Martha Celina de Oliveira NunesProcuradora-Geral de Justiça em exercícioExtrato de DecisãoProcedimento de Gestão Administrativa nº 19.21.0378.0003137/2020-33Requerente: Assuero Stevenson Pereira OliveiraRequerido: Procuradoria-Geral de JustiçaAssunto: Solicitação de DiáriasDefiro, nos termos da Resolução CSMP nº 13/2013, o pedido do requerente, autorizando o pagamento de 03 (três) diárias e ½ (meia) aoPROMOTOR DE JUSTIÇA ASSUERO STEVENSON PEREIRA OLIVEIRA, referente a seu deslocamento para responder pela Promotoria deJustiça de Ribeiro Gonçalves-PI, no período do dia 18 a 21 de fevereiro de 2020, conforme a Portaria PGJ/PI Nº 3408/2019.Teresina-PI, 17 de fevereiro de 2020Martha Celina de Oliveira NunesProcuradora-Geral de Justiça em exercícioExtrato de DecisãoProcedimento de Gestão Administrativa nº 19.21.0378.000003146/2020-81Requerente: Ana Sobreira Botelho MoreiraRequerido: Procuradoria-Geral de JustiçaAssunto: Solicitação de DiáriasDefiro, nos termos da Resolução CSMP nº 13/2013, o pedido do requerente, autorizando o pagamento de 04 (quatro) diárias e ½ (meia) àPROMOTORA DE JUSTIÇA ANA SOBREIRA BOTELHO MOREIRA, relativa a seus deslocamentos para responder pela Promotoria de Justiçade Jerumenha-PI, nos dias 10 a 14 de fevereiro de 2020, conforme Portaria PGJ/PI nº 1167/2019.Teresina-PI, 18 de fevereiro de 2020Martha Celina de Oliveira NunesProcuradora-Geral de Justiça em exercícioExtrato de DecisãoProcedimento de Gestão Administrativa nº 19.21.0378.0003151/2020-43Requerente: José Marques Gomes MartinsRequerido: Procuradoria-Geral de JustiçaAssunto: Solicitação de DiáriasDefiro, nos termos do Ato PGJ/PI nº 414/2013, o pedido do requerente, autorizando o pagamento do valor referente a 05 (cinco) diárias e ½(meia), ao MILITAR JOSÉ MARQUES GOMES MARTINS, por deslocamento, nos dias 26 a 31 de janeiro de 2020, para São João da Serra,Castelo do Piauí, São Miguel do Tapuio, Assunção do Piauí e Buriti dos Montes-PI, para realizar a segurança do evento "MP EM AÇÃO,PROCON ITINERANTE", conforme Portaria PGJ/PI nº 520/2020.Teresina-PI, 03 de março de 2020Carmelina Maria Mendes de MouraProcuradora-Geral de JustiçaExtrato de DecisãoProcedimento de Gestão Administrativa nº 19.21.0378.0003153/2020-86Requerente: Silas Sereno LopesRequerido: Procuradoria-Geral de Justiça

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Assunto: Solicitação de DiáriasDefiro, nos termos da Resolução CSMP nº 13/2013, o pedido da requerente, autorizando o pagamento de 01 (uma) diária e 1/2 (meia) aoPROMOTOR DE JUSTIÇA SILAS SERENO LOPES, devido ao deslocamento ocorrido, nos dias 30 a 31 de janeiro de 2020, para atuar naaudiência referente ao processo nº 0000403-32.2018.8.18.0140, na 8ª Vara Criminal da Comarca de Teresina-PI.Teresina-PI, 14 de fevereiro de 2020Martha Celina de Oliveira NunesProcuradora-Geral de Justiça em exercícioExtrato de DecisãoProcedimento de Gestão Administrativa nº 19.21.0378.0003154/2020-59Requerente: Silas Sereno LopesRequerido: Procuradoria-Geral de JustiçaAssunto: Solicitação de DiáriasDefiro, nos termos da Resolução CSMP nº 13/2013, o pedido do requerente, autorizando o o pagamento de 04 (quatro) ½ (meia) diárias aoPROMOTOR DE JUSTIÇA SILAS SERENO LOPES, relativa ao seu deslocamento, nos dias 04, 11, 18 e 25 de fevereiro de 2020, para responderpela Promotoria de Justiça de Batalha-PI.Teresina-PI, 14 de fevereiro de 2020Martha Celina de Oliveira NunesProcuradora-Geral de Justiça em exercícioExtrato de DecisãoProcedimento de Gestão Administrativanº 19.21.0378.0003158/2020-48Requerente: Roberto Monteiro CarvalhoRequerido: Procuradoria-Geral de JustiçaAssunto: Solicitação de DiáriasDefiro, nos termos da Resolução CSMP nº 13/2013, o pedido do requerente, autorizando o o pagamento de 04 (quatro) diárias e ½ (meia) aoPROMOTOR DE JUSTIÇA ROBERTO MONTEIRO CARVALHO, relativa ao deslocamento realizado nos dias 10 a 14 de fevereiro de 2020, a fimde responder pela Promotoria de Justiça com sede na cidade de Capitão de Campos-PI, conforme Portaria PGJ/PI N° 3403/2019.Teresina-PI, 19 de fevereiro de 2020Carmelina Maria Mendes de MouraProcuradora-Geral de JustiçaExtrato de DecisãoProcedimento de Gestão Administrativanº 19.21.0378.0003159/2020-21Requerente: Cezário de Sousa Cavalcante NetoRequerido: Procuradoria-Geral de JustiçaAssunto: Solicitação de DiáriasDefiro, nos termos da Resolução CSMP nº 13/2013, o pedido do requerente, autorizando o pagamento de 06 (seis) diárias ao PROMOTOR DEJUSTIÇA CEZÁRIO DE SOUSA CAVALCANTE NETO, referente a seus deslocamentos, ocorridos nos períodos: de 03 a 06 e de 17 a19/02/2020, para responder pela Promotoria de Justiça da cidade de Castelo do Piauí-PI, em decorrência de férias do seu titular, conformePortaria PGJ/PI Nº 304/2020.Teresina-PI, 03 de março de 2020Carmelina Maria Mendes de MouraProcuradora-Geral de JustiçaExtrato de DecisãoProcedimento de Gestão Administrativanº 19.21.0378.0003160/2020-91Requerente: Emmanuelle Martins Neiva Dantas Rodrigues BeloRequerido: Procuradoria-Geral de JustiçaAssunto: Solicitação de DiáriasDefiro, nos termos da Resolução CSMP nº 13/2013, o pedido do requerente, autorizando o o pagamento de 06 (seis) diárias à PROMOTORA DEJUSTIÇA EMMANUELLE MARTINS NEIVA DANTAS RODRIGUES BELO, relativas a seus deslocamentos, ocorridos do dia 03 ao dia 07 e do dia13 ao dia 14 de fevereiro de 2020, a fim de integrar o Grupo de Atuação Especial de Controle Externo da Atividade Policial-GACEP, com atuaçãona comarca de Teresina-Pi, conforme Portaria PGJ/PI nº 1774/2018.Teresina-PI, 19 de fevereiro de 2020Carmelina Maria Mendes de MouraProcuradora-Geral de JustiçaExtrato de DecisãoProcedimento de Gestão Administrativanº 19.21.0378.0003161/2020-64Requerente: Glécio Paulino Setúbal da Cunha e SilvaRequerido: Procuradoria-Geral de JustiçaAssunto: Solicitação de DiáriasDefiro, nos termos da Resolução CSMP nº 13/2013, o pedido do requerente, autorizando o pagamento de 04 (quatro) diárias e 1/2 (meia) aoPROMOTOR DE JUSTIÇA GLÉCIO PAULINO SETÚBAL DA CUNHA E SILVA, referente ao seu deslocamento, para atuar na Justiça Itinerante aser realizada no município de Teresina-PI, conforme Portaria PGJ/PINº 4431/2020, no período de 10 a 14 de fevereiro de 2020.Teresina-PI, 18 de fevereiro de 2020Martha Celina de Oliveira NunesProcuradora-Geral de Justiça em exercícioExtrato de DecisãoProcedimento de Gestão Administrativa nº 19.21.0378.0003163/2020-10Requerente: Mário Alexandre Costa NormandoRequerido: Procuradoria-Geral de JustiçaAssunto: Solicitação de DiáriasDefiro, nos termos da Resolução CSMP nº 13/2013, o pedido do requerente, autorizando o pagamento de 01 (uma) diária e ½ (meia), aoPROMOTOR DE JUSTIÇA MÁRIO ALEXANDRE COSTA NORMANDO, relativa a seu deslocamento à cidade de Teresina-PI, no período de 31de janeiro a 01 de fevereiro de 2020, a fim de participar de audiências de custódia na referida cidade, conforme o Ato nº 05/2019 CGMP-PI e aescala de plantão anexados aos autos.Teresina-PI, 02 de março de 2020Carmelina Maria Mendes de MouraProcuradora-Geral de JustiçaExtrato de DecisãoProcedimento de Gestão Administrativa nº 19.21.0378.0003169/2020-42

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Requerente: Rogério Azevedo SilvaRequerido: Procuradoria-Geral de JustiçaAssunto: Solicitação de DiáriasDefiro, nos termos do Ato PGJ/PI nº 414/2013, o pedido do requerente, autorizando o pagamento do valor referente a ½ (meia) diária, aoMILITAR ROGÉRIO AZEVEDO SILVA, devido a deslocamento ocorrido no período de 29 de janeiro de 2020, a fim de realizar trabalho no interiordo Estado do Piauí, a serviço do GAECO/MPPI, conforme Portaria PGJ/PI nº 264/2020.Teresina-PI, 19 de fevereiro de 2020Carmelina Maria Mendes de MouraProcuradora-Geral de JustiçaExtrato de DecisãoProcedimento de Gestão Administrativa nº 19.21.0378.0003170/2020-15Requerente: Rogério Azevedo SilvaRequerido: Procuradoria-Geral de JustiçaAssunto: Solicitação de DiáriasDefiro, nos termos do Ato PGJ/PI nº 414/2013, o pedido do requerente, autorizando o pagamento do valor referente a 1 (uma) diária, ao MILITARROGÉRIO AZEVEDO SILVA, devido a deslocamento ocorrido no período de 29 a 30 de janeiro de 2020, a fim de realizar trabalho no interior doEstado do Piauí, a serviço do GAECO/MPPI, conforme Portaria PGJ/PI nº 340/2020.Teresina-PI, 19 de fevereiro de 2020Carmelina Maria Mendes de MouraProcuradora-Geral de JustiçaExtrato de DecisãoProcedimento de Gestão Administrativa nº 19.21.0378.0003172/2020-58Requerente: Wellington Luiz de CarvalhoRequerido: Procuradoria-Geral de JustiçaAssunto: Solicitação de DiáriasDefiro, nos termos do Ato PGJ/PI nº 414/2013, o pedido do requerente, autorizando o pagamento do valor referente a 1 (uma) diária e ½ (meia),ao MILITAR WELLINGTON LUIZ DE CARVALHO, devido a deslocamento ocorrido no período de 29 a 30 de janeiro de 2020, a fim de realizartrabalho no interior do Estado do Piauí, a serviço do GAECO/MPPI, conforme Portaria PGJ/PI nº 340/2020.Teresina-PI, 19 de fevereiro de 2020Carmelina Maria Mendes de MouraProcuradora-Geral de JustiçaExtrato de DecisãoProcedimento de Gestão Administrativa nº 19.21.0378.00003177/2020-20Requerente: Márcio Douglas Pereira de SousaRequerido: Fundo Estadual de Proteção e Defesa do Consumidor - FPDCAssunto: Solicitação de DiáriasDefiro, nos termos do Ato Conjunto PGJ/PROCON N° 01/2017, o pedido do requerente, autorizando o pagamento do valor referente a 06 (seis)diárias e ½ (meia), a(o) SERVIDOR(A) MÁRCIO DOUGLAS PEREIRA DE SOUSA (Técnico Ministerial), por seu deslocamento realizado do dia16 ao dia 22 de fevereiro de 2020, a fim de participar das ações do MP em Ação, Procon Itinerante, nas cidades de: Parnaguá, Sebastião Barros,Cristalândia, São Gonçalo do Gurguéia e Riacho Frio-PI, conforme Portaria MPPI/PROCON nº 01/2020.Teresina-PI, 19 de fevereiro de 2020Nivaldo RibeiroCoordenador-Geral do Procon MP/PIExtrato de DecisãoProcedimento de Gestão Administrativa nº 19.21.0378.00003178/2020-90Requerente: Márcio Douglas Pereira de SousaRequerido: Fundo Estadual de Proteção e Defesa do Consumidor - FPDCAssunto: Solicitação de DiáriasDefiro, nos termos do Ato Conjunto PGJ/PROCON N° 01/2017, o pedido do requerente, autorizando o pagamento de 04 (quatro) diárias e ½(meia) ao SERVIDOR DO PROCON MPPI MÁRCIO DOUGLAS PEREIRA DE SOUSA, relativo a seu deslocamento às seguintes cidades: SãoJoão da Serra, Castelo do Piauí, São Miguel do Tapuio, Assunção do Piauí e Buriti dos Montes-PI, no período de 27 a 31/01/2020, para participardas ações do MP em Ação, Procon Itinerante, nessas cidades listadas no Calendário de Atividades 2020.1, conforme Portaria MPPI/PROCON nº01/2020.Teresina-PI, 20 de fevereiro de 2020Nivaldo RibeiroCoordenador-Geral do Procon MP/PIExtrato de DecisãoProcedimento de Gestão Administrativa nº 19.21.0378.0003179/2020-63Requerente: Cleandro Alves de MouraRequerido: Procuradoria-Geral de JustiçaDefiro, nos termos da Resolução CSMP nº 13/2013, o pedido do requerente, autorizando o pagamento de 03 (três) diárias ao Promotor de Justiçae Subprocurador de Justiça Jurídico CLEANDRO ALVES DE MOURA, relativas a seus deslocamentos para responder pela 7ª Promotoria deJustiça de Picos-PI, nos dias 14, 18 e 19 de fevereiro de 2020, tudo conforme a Portaria PGJ/PI N° 3802/2019.Teresina-PI, 18 de março de 2020Carmelina Maria Mendes de MouraProcuradora-Geral de JustiçaExtrato de DecisãoProcedimento de Gestão Administrativa nº 19.21.0378.0003186/2020-47Requerente: Maurício Gomes de SouzaRequerido: Procuradoria-Geral de JustiçaDefiro, nos termos da Resolução CSMP nº 13/2013, o pedido do requerente, autorizando o pagamento de ½ (meia) diária) ao PROMOTOR DEJUSTIÇA MAURÍCIO GOMES DE SOUZA, referente a seu deslocamento, no dia 13 de fevereiro de 2020, para atuar nas audiências de atribuiçãoda 56ª Promotoria de Justiça, na 8ª Vara Criminal da cidade de Teresina-PI, conforme Portaria PGJ/PI n° 480/2020.Teresina-PI, 06 de março de 2020Carmelina Maria Mendes de MouraProcuradora-Geral de JustiçaExtrato de DecisãoProcedimento de Gestão Administrativa nº 19.21.0378.0003187/2020-20

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Requerente: Maurício Gomes de SouzaRequerido: Procuradoria-Geral de JustiçaDefiro, nos termos da Resolução CSMP nº 13/2013, o pedido do requerente, autorizando o pagamento de 05 (cinco) diárias ao PROMOTOR DEJUSTIÇA MAURÍCIO GOMES DE SOUZA, referentes a seus deslocamentos, realizados nos seguintes períodos: do dia 10 ao dia 11 e do dia 17ao dia 20 de fevereiro de 2020, a fim de responder pela 5ª Promotoria de Justiça da cidade de Picos-PI, conforme Portaria PGJ/PI nº 408/2020.Teresina-PI, 04 de março de 2020Carmelina Maria Mendes de MouraProcuradora-Geral de JustiçaExtrato de DecisãoProcedimento de Gestão Administrativa nº 19.21.0378.0003189/2020-84Requerente: Mário Alexandre Costa NormandoRequerido: Procuradoria-Geral de JustiçaAssunto: Solicitação de DiáriasDefiro, nos termos da Resolução CSMP nº 13/2013, o pedido do requerente, autorizando o pagamento de 02 (duas) diárias e ½ (meia) aoPROMOTOR DE JUSTIÇA MÁRIO ALEXANDRE COSTA NORMANDO, em decorrência do deslocamento, nos dias 17 a 19 de fevereiro de 2020,para responder pela 1ª Promotoria de Justiça da cidade de Valença-PI, conforme Portaria PGJ nº 2.609/2019.Teresina-PI, 20 de fevereiro de 2020Carmelina Maria Mendes de MouraProcuradora-Geral de JustiçaExtrato de DecisãoProcedimento de Gestão Administrativa nº 19.21.0378.0003190/2020-57Requerente: Mário Alexandre Costa NormandoRequerido: Procuradoria-Geral de JustiçaAssunto: Solicitação de DiáriasDefiro, nos termos da Resolução CSMP nº 13/2013, o pedido do requerente, autorizando o pagamento de 07 (sete) diárias ao PROMOTOR DEJUSTIÇA MÁRIO ALEXANDRE COSTA NORMANDO, em decorrência do deslocamento, nos dias 02 a 05 e 16 a 19 de março de 2020, pararesponder pela 1ª Promotoria de Justiça da cidade de Valença-Pi, conforme Portaria PGJ nº 2.609/2019.Teresina-PI, 20 de fevereiro de 2020Carmelina Maria Mendes de MouraProcuradora-Geral de JustiçaExtrato de DecisãoProcedimento de Gestão Administrativa nº 19.21.0378.0003191/2020-30Requerente: Tallita Luzia Bezerra AraújoRequerido: Procuradoria-Geral de JustiçaAssunto: Solicitação de DiáriasDefiro, nos termos da Resolução CSMP nº 13/2013, o pedido do requerente, autorizando o o pagamento de 02 (duas) meias diárias àPROMOTORA DE JUSTIÇA TALLITA LUZIA BEZERRA ARAÚJO, relativas a seus deslocamentos, no dia 20 de fevereiro de 2020, paraparticipação em audiências judiciais no Posto Avançado do município de Marcolândia-PI, conforme a Resolução CPJ nº 02/2018 e o Ato PGJ nº777/2018.Teresina-PI, 20 de fevereiro de 2020Carmelina Maria Mendes de MouraProcuradora-Geral de JustiçaExtrato de DecisãoProcedimento de Gestão Administrativa nº 19.21.0378.0003192/2020-03Requerente: Maurício Verdejo Gonçalves JúniorRequerido: Procuradoria-Geral de JustiçaAssunto: Solicitação de DiáriasDefiro, nos termos da Resolução CSMP nº 13/2013, o pedido do requerente, autorizando o o pagamento de 01 (uma) diária e 1/2 (meia) aoPROMOTOR DE JUSTIÇA MAURÍCIO VERDEJO GONÇALVES JÚNIOR, relativa a seu deslocamento para fins de implantação da SecretariaUnificada na Comarca da cidade de Oeiras-PI, no período de 14 a 15 de outubro de 2019, conforme Portaria PGJ/PI nº 3183/2019.Teresina-PI, 18 de março de 2020Carmelina Maria Mendes de MouraProcuradora-Geral de JustiçaExtrato de DecisãoProcedimento de Gestão Administrativa nº 19.21.0378.0003193/2020-73Requerente: Maurício Verdejo Gonçalves JúniorRequerido: Procuradoria-Geral de JustiçaAssunto: Solicitação de DiáriasDefiro, nos termos da Resolução CSMP nº 13/2013, o pedido do requerente, autorizando o pagamento de 04 (quatro) diárias e ½ (meia) aoPROMOTOR DE JUSTIÇA MAURÍCIO VERDEJO GONÇALVES JÚNIOR, em razão do seu deslocamento à cidade de Teresina-PI, no períodode 10 a 14 de fevereiro de 2020, a fim de participar das audiências que ocorreram na 5ª Vara Criminal da referida cidade, conforme PortariaPGJ/PI nº 93/2020.Teresina-PI, 20 de fevereiro de 2020Carmelina Maria Mendes de MouraProcuradora-Geral de JustiçaExtrato de DecisãoProcedimento de Gestão Administrativa nº 19.21.0378.0003195/2020-19Requerente: Cléia Cristina Pereira Januário FernandesRequerido: Procuradoria-Geral de JustiçaAssunto: Solicitação de DiáriasDefiro, nos termos da Resolução CSMP nº 13/2013, o pedido do requerente, autorizando o pagamento de 02 (duas) diárias e ½ (meia) àPROMOTORA DE JUSTIÇA E CHEFE DE GABINETE CLÉIA CRISTINA PEREIRA JANUÁRIO FERNANDES, devido ao deslocamento aParnaíba-PI, nos dias 16 a 18 de fevereiro de 2020, para realizar atividades referentes à implantação do "Projeto Apolo: Gestão Eficiente dePromotorias de Justiça", conforme Portaria PGJ nº 489/2020.Teresina-PI, 21 de fevereiro de 2020Carmelina Maria Mendes de MouraProcuradora-Geral de JustiçaExtrato de Decisão

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2. SECRETARIA GERAL []

2.1. PORTARIAS PGJ11754

Procedimento de Gestão Administrativa nº 19.21.0378.0003198/2020-35Requerente: Jorge Luiz da Costa PessoaRequerido: Procuradoria-Geral de JustiçaAssunto: Solicitação de DiáriasDefiro, nos termos da Resolução CSMP nº 13/2013, o pedido do requerente, autorizando o pagamento de ½ (meia) diária ao PROMOTOR DEJUSTIÇA JORGE LUIZ DA COSTA PESSOA, referente a seu deslocamento, para responder pela 2ª Promotoria de Justiça da cidade de SãoRaimundo Nonato-PI, no dia 12 de fevereiro de 2020 conforme Portaria PGJ nº 432/2020.Teresina-PI, 20 de fevereiro de 2020Carmelina Maria Mendes de MouraProcuradora-Geral de JustiçaExtrato de DecisãoProcedimento de Gestão Administrativa nº 19.21.0378.0003200/2020-78Requerente: Débora da Rocha SousaRequerido: Procuradoria-Geral de JustiçaAssunto: Solicitação de DiáriasDefiro, nos termos do Ato PGJ/PI nº 414/2013, o pedido do requerente, autorizando o pagamento do valor referente a ½ (meia) diária, àSERVIDORA DÉBORA DA ROCHA SOUSA, por seu deslocamento, no dia 14 de fevereiro de 2020, ao município de Campo Maior-PI, a fim derealizar ação do Projeto "Ano Novo, Tempo de Cuidar de Si", do Comitê de Saúde e Qualidade de Vida no Trabalho, conforme Portaria PGJ/PI nº471/2020.Teresina-PI, 20 de fevereiro de 2020Carmelina Maria Mendes de MouraProcuradora-Geral de JustiçaExtrato de DecisãoProcedimento de Gestão Administrativa nº 19.21.0378.0003209/2020-29Requerente: Francisco de Assis Rodrigues de Santiago JúniorRequerido: Procuradoria-Geral de JustiçaAssunto: Solicitação de DiáriasDefiro, nos termos da Resolução CSMP nº 13/2013, o pedido do requerente, autorizando o pagamento de 03 (três) diárias e ½ (meia), no valor deR$ 1.400,00 (Um mil e quatrocentos reais), ao PROMOTOR DE JUSTIÇA FRANCISCO DE ASSIS RODRIGUES DE SANTIAGO JÚNIOR,relativas a seu deslocamento para responder pela 3º Promotoria de Justiça da cidade de Oeiras-PI, no período de 17 a 20 de fevereiro de 2020,conforme Portaria PGJ/PI nº 3776/2019.Teresina-PI, 27 de fevereiro de 2020Carmelina Maria Mendes de MouraProcuradora-Geral de Justiça

PORTARIA PGJ/PI Nº 1036/2020A PROCURADORA-GERAL DE JUSTIÇA, CARMELINA MARIA MENDES DE MOURA, no uso das atribuições legais,R E S O L V ESUSPENDER ad referendum do Conselho Superior do Ministério Público do Estado do Piauí 30 (trinta) dias de férias do Promotor de JustiçaAVELAR MARINHO FORTES DO REGO, titular da 2º Promotoria de Justiça de Pedro II, referentes ao 2º período do exercício de 2020,anteriormente previstas para o período de 01 a 30 de junho de 2020, conforme escala publicada no DEMPPI n° 543, de 13/12/2019, ficando os 30(trinta) dias para usufruto em data oportuna.REGISTRE-SE, PUBLIQUE-SE E CUMPRA-SE.PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA, em Teresina (PI), 19 de maio de 2020.CARMELINA MARIA MENDES DE MOURAProcuradora-Geral de JustiçaPORTARIA PGJ/PI Nº 1037/2020A PROCURADORA-GERAL DE JUSTIÇA, CARMELINA MARIA MENDES DE MOURA, no uso das atribuições legais,R E S O L V ESUSPENDER ad referendum do Conselho Superior do Ministério Público do Estado do Piauí 30 (trinta) dias de férias do Promotor de JustiçaLUCIANO LOPES NOGUEIRA RAMOS, titular da 4º Promotoria de Justiça de Campo Maior, referentes ao 1º período do exercício de 2020,anteriormente previstas para o período de 01 a 30 de junho de 2020, conforme escala publicada no DEMPPI n° 543, de 13/12/2019, ficando os 30(trinta) dias para usufruto em data oportuna.REGISTRE-SE, PUBLIQUE-SE E CUMPRA-SE.PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA, em Teresina (PI), 19 de maio de 2020.CARMELINA MARIA MENDES DE MOURAProcuradora-Geral de JustiçaPORTARIA PGJ/PI Nº 1038/2020A PROCURADORA-GERAL DE JUSTIÇA, CARMELINA MARIA MENDES DE MOURA, no uso das atribuições legais,R E S O L V ESUSPENDER ad referendum do Conselho Superior do Ministério Público do Estado do Piauí 30 (trinta) dias de férias do Promotor de JustiçaMAURÍCIO VERDEJO GONÇALVES JÚNIOR, titular da 6º Promotoria de Justiça de Picos, referentes ao 1º período do exercício de 2020,anteriormente previstas para o período de 01 a 30 de junho de 2020, conforme escala publicada no DEMPPI n° 543, de 13/12/2019, ficando os 30(trinta) dias para usufruto em data oportuna.REGISTRE-SE, PUBLIQUE-SE E CUMPRA-SE.PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA, em Teresina (PI), 19 de maio de 2020.CARMELINA MARIA MENDES DE MOURAProcuradora-Geral de JustiçaPORTARIA PGJ/PI Nº 1039/2020A PROCURADORA-GERAL DE JUSTIÇA, CARMELINA MARIA MENDES DE MOURA, no uso das atribuições legais,R E S O L V ESUSPENDER ad referendumdo Conselho Superior do Ministério Público do Estado do Piauí 30 (trinta) dias de férias da Promotora de JustiçaFRANCINEIDE DE SOUSA SILVA, titular da Promotoria de Justiça de Buriti dos Lopes, referentes ao 1º período do exercício de 2020,

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anteriormente previstas para o período de 01 a 30 de junho de 2020, conforme a Portaria PGJ nº 553/2020, ficando os 30 (trinta) dias parausufruto em data oportuna.REGISTRE-SE, PUBLIQUE-SE E CUMPRA-SE.PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA, em Teresina (PI), 19de maio de 2020.CARMELINA MARIA MENDES DE MOURAProcuradora-Geral de JustiçaPORTARIA PGJ/PI Nº 1040/2020A PROCURADORA-GERAL DE JUSTIÇA, CARMELINA MARIA MENDES DE MOURA, no uso das atribuições legais,R E S O L V ESUSPENDER ad referendum do Conselho Superior do Ministério Público do Estado do Piauí 30 (trinta) dias de férias do Promotor de JustiçaCEZÁRIO DE SOUZA CAVALCANTE NETO, titular da 2º Promotoria de Justiça de Campo Maior, referentes ao 1º período do exercício de 2020,anteriormente previstas para o período de 01 a 30 de junho de 2020, conforme escala publicada no DEMPPI n° 543, de 13/12/2019, ficando os 30(trinta) dias para usufruto em data oportuna.REGISTRE-SE, PUBLIQUE-SE E CUMPRA-SE.PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA, em Teresina (PI), 19 de maio de 2020.CARMELINA MARIA MENDES DE MOURAProcuradora-Geral de JustiçaPORTARIA PGJ/PI N° 1041/2020A PROCURADORA-GERAL DE JUSTIÇA, CARMELINA MARIA MENDES DE MOURA, no uso das atribuições conferidas pelo art. 12, incisoXIV, alínea 'f', da Lei Complementar Estadual no 12/93,RESOLVE:DESIGNAR a Promotora de Justiça JOSELISSE NUNES DE CARVALHO COSTA, titular da 45ª Promotoria de Justiça de Teresina, para atuarna audiência de mediação/conciliação referente ao processo nº 0019265-95.2011.8.18.014, por videoconferência, em data a ser definida peloCentro Judiciário de Resolução de Conflitos e Cidadania de 2º Grau - CEJUSC/2º Grau.REGISTRE-SE, PUBLIQUE-SE E CUMPRA-SEPROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA, em Te sina (PI), 19 de maio de 2020.CARMELINA MARIA MENDES DE MOURAProcuradora-Geral de JustiçaPORTARIA PGJ/PI Nº 1042/2020A PROCURADORA-GERAL DE JUSTIÇA, Dra. CARMELINA MARIA MENDES DE MOURA, no uso de suas atribuições legais,RESOLVE:CONCEDER, de 18 de maio a 18 de julho de 2020, 61 (sessenta e um) dias de Licença Prêmio à servidora LUIZA FERREIRA DOS SANTOS,Auxiliar Ministerial, matrícula nº 16026, lotada junto à Coordenadoria de Apoio Administrativo, referentes ao quinquênio ininterrupto de 28 dejunho 1998 a 27 de junho 2003, de acordo com o art. 91 da Lei Complementar nº 13, de 03 de janeiro de 1994, anteriormente interrompida pormeio da Port. PGJ/PI Nº 3113/2019.Retroajam-se os efeitos da presente Portaria ao dia 18 de maio de 2020.REGISTRE-SE, PUBLIQUE-SE E CUMPRA-SE.PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA, em Teresina (PI), 19 de abril de 2020.CARMELINA MARIA MENDES DE MOURAProcuradora-Geral de JustiçaPORTARIA PGJ/PI N° 1043/2020A PROCURADORA-GERAL DE JUSTIÇA, CARMELINA MARIA MENDES DE MOURA, no uso das atribuições conferidas pelo art. 12, incisoXIV, alínea 'f', da Lei Complementar Estadual no 12/93, e considerando a solicitação do Promotor de Justiça José Sérvio de Deus Barros, titularda 1ª Promotoria de Justiça de Oeiras,RESOLVE:DESIGNAR o Promotor de Justiça VANDO DA SILVA MARQUES, titular da 2ª Promotoria de Justiça de Oeiras, para atuar em audiênciasjudiciais por videoconferência (Processos nºs 0001124-57.2017.8.18.0030, 0000273-13.2020.8.18.0030 e 0001581-26.2016.8.18.0030), a seremrealizadas no dia 21 de maio de 2020, na 1ª Vara da Comarca de Oeiras.REGISTRE-SE, PUBLIQUE-SE E CUMPRA-SEPROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA, em Teresina (PI), 19 de maio de 2020.CARMELINA MARIA MENDES DE MOURAProcuradora-Geral de JustiçaPORTARIA PGJ/PI N° 1044/2020A PROCURADORA-GERAL DE JUSTIÇA, CARMELINA MARIA MENDES DE MOURA, no uso das atribuições conferidas no artigo 12, incisoXIV, alínea "f", da Lei Complementar Estadual nº 12/93, e considerando a solicitação da Promotora de Justiça Maria das Graças do MonteTeixeira, titular da 32ª Promotoria de Justiça de Teresina,R E S O L V EDESIGNAR a Promotora de Justiça MÁRCIA AÍDA DE LIMA SILVA, titular da 1ª Promotoria de Justiça de Altos, para atuar no plantão ministerialdo dia 30 de maio de 2020, na Comarca de Teresina, em substituição à titular da 32ª Promotoria de Justiça de Teresina.REGISTRE-SE, PUBLIQUE-SE E CUMPRA-SEPROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA, em Te sina (PI), 19 de maio de 2020.CARMELINA MARIA MENDES DE MOURAProcuradora-Geral de JustiçaPORTARIA PGJ/PI Nº 1052/2020A PROCURADORA-GERAL DE JUSTIÇA, CARMELINA MARIA MENDES DE MOURA, no uso de suas atribuições legais,R E S O L V EDESIGNAR servidor para atuação em Plantão Ministerial na forma especificada abaixo:ESCALA DE SERVIDORES PLANTÃO MINISTERIAL DE MAIO/2020SEDE: FLORIANO/PI

DIA PROMOTORIA DE JUSTIÇA SERVIDOR

15 1ª Promotoria de Justiça de Floriano Suzana Guaritas Costa*

*Substituição de ServidorREGISTRE-SE, PUBLIQUE-SE E CUMPRA-SE.PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA, em Teresina (PI), 20 de maio de 2020.CARMELINA MARIA MENDES DE MOURAProcuradora-Geral de Justiça

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3. PROMOTORIAS DE JUSTIÇA []

3.1. GRUPO DE TRABALHO - criado pelas Portarias PGJ 866/2020 e PGJ 928/2020 - PICOS-PI11755 PROMOTORIAS DE JUSTIÇA DE PICOS-PI GRUPO DE TRABALHO-PGJ/PI 866/2020 e 928/2020Promotorias de Justiça de Picos, Fronteiras, Jaicós, Simões, Inhuma, Valença, Padre Marcos, Paulistana, Itainópolis, PioIX://www.mppi.mp.br/telefones da Secretaria (89) 98143-0561/(89)99867-5372.DESPACHO- GRUPO DE TRABALHO (COMARCA DE SIMÕES)AUTOS PA Nº 54/2020 - Nº SIMP: 10.421/2020Considerando a existência do PA nº 000208-188/2020, que foi enviado ao Grupo regional após declínio de atribuição do Promotor oficiante naPromotoria de Paulistana - PI, entendo que as ações relacionadas ao Hospital Regional Mariana Pires Ferreira, localizado no Município dePaulistana, devem ser acompanhadas dentro do PA 000208-188/2020, cujo objeto é mais amplo e abarca toda a questão d estrutura hospitalar,não apenas a habilitação dos leitos.Desta forma, DETERMINO sejam extraídas cópias da documentação relacionada ao referido hospital para ser juntada ao PA nº SIMP 000208-188/2020, ARQUIVANDO PARCIALMENTE esteProcedimento Administrativo de nº 54/2020 (SIMP nº 000010.421/2020), que passará a ter por objeto apenas o procedimento de Habilitação dosleitos dos Hospitais localizados nos Municípios de Marcolândia e Jaicós.Publicações e expedientes necessários.Cumpra-se.Picos (PI), 18 de maio de 2020.Tallita Luzia Bezerra AraújoPromotora de JustiçaSIMP: 00000013-370/2020RECOMENDAÇÃO DO GRUPO REGIONAL Nº 233, de 20 de maio de 2020O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, por meio do grupo de apoio instituído pelas portarias n.º 866/2020 e 928/2020, comfundamento no art. 27, parágrafo único, inciso IV, da Lei n° 8.625, de 12.02.93 (Lei Orgânica Nacional do Ministério Público) e art. 38, parágrafoúnico, inciso IV, da Lei Complementar n° 12, de 18.12.93 (Lei Orgânica Estadual), e ainda,CONSIDERANDO que o Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbido da defesa da ordemjurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis, segundo disposição contida no caput do artigo 127, daConstituição Federal;CONSIDERANDO que, em 30.01.2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que o surto da doença causada pelo Coronavírus(COVID-19) constituiu Emergência de Saúde Pública de importância Internacional (ESPII), dado o grau de avanço dos casos de contaminaçãopelo novo coronavírus, especialmente no território Chinês;CONSIDERANDO que a ESPII é considerada, nos termos do Regulamento Sanitário (RSI): "um evento extraordinário que pode constituir umrisco de saúde pública para outros países devido à disseminação internacional de doenças; e potencialmente requer uma resposta internacionalcoordenada e imediata";CONSIDERANDO que, no Brasil, o Estado de Emergência de Saúde Pública de Importância Nacional - ESPIN foi declarado em 3 de fevereiro de2020, por meio da edição da Portaria MS nº 188, nos termos do Decreto nº 7.616, de 17 de novembro de 2011;CONSIDERANDO que, em 11.03.2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou pandemia para o Coronavírus, ou seja, momento emque uma doença se espalha por diversos continentes com transmissão sustentada entre humanos;CONSIDERANDO que a classificação da situação mundial do novo coronavírus (COVID-19, SARSCoV-2) como pandemia significa o riscopotencial da doença infecciosaatingir a população mundial de forma simultânea, não se limitando a locais que já tenham sido identificadas como de transmissão interna;CONSIDERANDO que, em âmbito nacional editou-se a Lei Federal nº 13.979, de 06 de fevereiro de 2020, sobre as medidas para enfrentamentoda emergência de saúde pública de importância internacional (ESPIIN) decorrente do coronavírus responsável pelo surto de 2019, comalterações posteriores via Medidas Provisórias;CONSIDERANDO o Decreto Legislativo Federal nº 6, 20 de março de 2020, que reconhece, para os fins do art. 65 da Lei Complementar nº101, de 4 de maio de 2000, a ocorrência do estado de calamidade pública, nos termos da solicitação do Presidente da República encaminhadapor meio da Mensagem nº 93, de 18 de março de 2020; o Decreto nº 18.895, de 19 de março de 2020, do Poder Executivo do Estado doPiauí, que declarou estado de calamidade pública, para os fins do art. 65 da Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000, em razão dagrave crise de saúde pública decorrente da pandemia da Covid-19, e suas repercussões nas finanças públicas;CONSIDERANDO que, em decorrência da situação de emergência sanitária, vários entes federados, dentre os quais o Governo do Estado doPiauí, adotou providências que, em conjunto com a Portaria Ministério da Saúde n° 356/2020, buscaram mitigar os efeitos dessa crise sanitária ede saúde pública, como se vê no Decreto estadual nº 18.884, de 16 de março de 2020, que, dentre as medidas regulamentadas paraenfrentamento da situação de ESPIIN (Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional) decorrente do novo coronavírus, suspendeuatividades coletivas ou eventos realizados pelos órgãos ou entidades da administração pública estadual direta e indireta queimplicassem em aglomeração de pessoas;CONSIDERANDO ainda o Decreto estadual nº 18.902, de 23 de março de 2020, estabeleceu medidas no sentido de suspender as atividadescomerciais e de prestação de serviços no âmbito do Estado do Piauí, ressalvando apenas algumas atividades de caráter essencial; o Decretoestadual nº 18.947, de 22 de abril de 2020, que dispõe sobre o uso obrigatório de máscara de proteção facial, como medida adicional aoenfrentamento da Covid-19; e o Decreto estadual nº 18.966, de 30 de abril de 2020, que, dentre outras medidas, prorrogou até a data de 21de maio de 2020 as medidas sanitárias determinadas pelos Decretos estaduais 18.901 e 18.902;CONSIDERANDO que, até o dia 19 de maio de 2020, o Brasil havia registrado 16.792 (dezesseis mil e setecentos e noventa e dois) mortesdecorrentes da propagação do COVID-19, conforme dados oficiais do Ministério de Saúde (https://covid.saude.gov.br/ );CONSIDERANDO que, no Estado do Piauí, até a mesma data, foram registrados 85 (oitenta e cinco) óbitos e 2440 (dois mil, quatrocentos equarenta) casos confirmados, segundo dados da SESAPI (https://www.pi.gov.br/coronavirus/ );CONSIDERANDO que a Lei nº 13.979, de 6 de fevereiro de 2020, dispõe sobre as medidas para enfrentamento da emergência de saúde públicade importância internacional decorrente do Coronavírus responsável pelo surto de 2019, estabelecendo que, para tanto, as autoridades poderãoadotar medidas, no âmbito de suas competências (art. 3º);CONSIDERANDO que o art. 3º, §4º, da Lei nº 13.979/2020, estabelece que as pessoas deverão sujeitar-se ao cumprimento das medidasprevistas, e o descumprimento de tais medidas poderá acarretar a responsabilização, inclusive penal, nos termos dos delitos previstos nos artigos268, 131 e 132 do Código Penal;CONSIDERANDO que a saúde é direito de todos e dever do Estado, nos termos do art. 196, da Constituição Federal, e, nesse cenário depandemia, necessário se faz resguardar a saúde da população, evitando transmissões comunitárias, principalmente, através da mitigação docontato entre as pessoas, para controle da disseminação do vírus;CONSIDERANDO o elevado risco de que uma contaminação simultânea de grande parte da população do Estado do Piauí pela Covid-19

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acarrete um colapso ao sistema de saúde, em decorrência da virtual insuficiência de profissionais, equipamentos, insumos e medicamentos nasredes pública e privada para tratar, ao mesmo tempo, milhares de pessoas com sintomas graves de insuficiência respiratória aguda, tratamentoeste que, numa quantidade considerável de casos, exige entubação para ventilação mecânica e internação em unidade de terapia intensiva (UTI);CONSIDERANDO as medidas de distanciamento social recomendadas pelos órgãos de saúde, que objetivam, principalmente, reduzir econtrolar a velocidade de transmissão do vírus, para que, assim, o sistema de saúde tenha tempo de reforçar sua estrutura comequipamentos (EPIs, respiradores e testes de diagnóstico) e recursos humanos capacitados;CONSIDERANDO que a alta velocidade da taxa de propagação da doença, associada à insuficiente realização de testes da Covid-19 noEstado do Piauí e à deficiente estruturação dos hospitais de todo estado prenunciam um cenário catastrófico;CONSIDERANDO que o Ministério da Saúde divulgou o Plano de Contingência Nacional para Infecção Humana pelo novo coronavírus,documento essencial para a definição das estratégias de atuação;CONSIDERANDO que o Poder Executivo deve atuar em conjunto com a Administração Pública para as ações e estratégias ao combate doCOVID-19;CONSIDERANDO que o art. 38, parágrafo único, inciso IV, da Lei Complementar Estadual nº 12/93, autoriza o Promotor de Justiça a expedirrecomendações aos órgãos e entidades públicos, requisitando ao destinatário sua divulgação adequada e imediata; assim como resposta porescrito;RESOLVE:RECOMENDAR AO PREFEITO MUNICIPAL DE SÃO LUÍS DO PIAUÍ, que,em razão dos fatos amplamente conhecidos, os quais se revestem da natureza de for- ça maior, qual seja, o enfrentamento da emergência desaúde pública de importância nacional e internacional, que determine, seguindo as diretrizes contidas nas recomen- dações do Ministério daSaúde para combate à COVID-19, o cancelamento do ENCONTRO PARA APRESENTAÇÃO DO PLANO DE CONTINGENCIA AOENFRENTAMENTO DO CORONAVÍRUS (COVID-19) NO MUNICIPIO DE SÃO LUÍS DO PIAUÍ, PREVISTO PARA SER REALIZADO EM 20DE MAIO DE 2020 ÀS 19:00H;Consigne-se que o não cumprimento desta Recomendação pela autoridade pública implicará na adoção das medidas extrajudiciais e judiciaiscabíveis à espécie, inclusive, responsabilidade por ato de improbidade administrativa e/ou criminal.ENCAMINHE-SE, urgentemente, a presente Recomendação ao Prefeito Municipal de São Luís, para fins de conhecimento, cumprimento edivulgação, determinando que informem as medidas adotadas no prazo de 24h;REMETA-SE cópia da presente Recomendação ao Centro de Apoio Operacional de Defesa da Saúde (CAODS), para fins de conhecimento econtrole, via e-mail;PUBLIQUE-SE a presente Recomendação no Diário Oficial do Ministério Público. Cumpra-se.Picos-PI, 19 de maio de 2020.ITANIELI ROTONDO Assinado de forma digital porITANIELI ROTONDO SA:77511646387SA:77511646387 Dados: 2020.05.19 17:02:06 -03'00'Itanieli Rotondo SáPromotor de JustiçaAssinado de forma digital porANTONIO CESAR GONCALVES ANTONIO CESAR GONCALVESBARBOSA:55274706304BARBOSA:55274706304Dados: 2020.05.19 17:12:03 -03'00'Antônio César Gonçalves BarbosaPromotor de JustiçaMicheline Ramalho Serejo

KARINE ARARUNA

Promotora de JustiçaAssinado de forma digital porKARINE ARARUNAXAVIER:01022053 XAVIER:01022053370370Dados: 2020.05.19 17:25:32-03'00'Karine Araruna XavierPromotora de JustiçaRomana Leite VieiraPromotora de JustiçaTALLITA LUZIA BEZERRAAssinado de forma digital por TALLITA LUZIA BEZERRA ARAUJO:00500067384ARAUJO:00500067384 Dados: 2020.05.19 19:11:42 -03'00'Tallita Luzia Bezerra AraújoPromotora de JustiçaMicheline Ramalho Serejo SilvaPromotora de JustiçaAssinado de forma digital porPAULO MAURICIO ARAUJO GUSMAO:00793588537PAULO MAURICIO ARAUJO GUSMAO:00793588537Dados: 2020.05.19 18:45:10 -03'00'Paulo Maurício Araújo GusmãoPromotor de JustiçaCleandro Alves de MouraPromotor de JustiçaPROMOTORIAS DE JUSTIÇA DE PICOSGRUPO DE TRABALHO- PORTARIA PGJ/PI 866/2020 E 928/2020Promotorias de Justiça de Picos, Fronteiras, Jaicós, Simões, Inhuma, Valença, Padre Marcos, Paulistana, Aroazes, Itainópolis e Pio IX.DECISÃOTrata-se de Procedimento Administrativo objetivando fiscalizar a efetiva aplicação dos recursos públicos no combate e prevenção ao COVID-19pelo Município de ACAUÃ-PI, e de dar maior transparência dos gastos realizados para este fim.

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3.2. 2ª PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE FLORIANO-PI11756

É a síntese necessária. Decido.Após a regular instauração do feito, esta signatária tomou conhecimento, por meio do(a) Promotor(a) com atribuição no município em referência,acerca da existência de procedimento com igual teor naquela comarca, qual(is) seja(m):I. PA nº 14.2020.000214.188.2020Inobstante, a manutenção de dois procedimentos, com idênticos objetos, em dois locais distintos, mostra-se irrazoável e ineficiente.Assim, pelos motivos expostos, ARQUIVO o presente ProcedimentoAdministrativo. via Athenas.Publique-se em DOEMP. Remessa de cópia desta decisão ao E. CSMP, Após, arquive-se o feito em promotoria, com as baixas e registrosnecessários, conforme art. 12 da Resolução CNMP nº 174/2017.Deixo de comunicar as partes em razão do disposto no art. 13,§2º da Resolução nº 174/2017.Picos/PI, 15 de maio de 2020.Micheline Ramalho Serejo da SilvaPromotora de JustiçaPágina < # > de < # >www.mppi.mp.brTelefones da Secretaria (89) 98143-0561 // (89) 99867-5372DECISÃOTrata-se de Procedimento Administrativo objetivando fiscalizar a efetiva aplicação dos recursos públicos no combate e prevenção ao COVID-19pelo Município de Ipiranda do Piauí, e de dar maior transparência dos gastos realizados para este fim.É a síntese necessária. Decido.Após a regular instauração do feito, esta signatária tomou conhecimento, por meio do(a) Promotor(a) com atribuição no município em referência,acerca da existência de procedimento com igual teor naquela comarca, qual(is) seja(m):I. PA n° 13/2020.000156-230/2020.Inobstante, a manutenção de dois procedimentos, com idênticos objetos, em dois locais distintos, mostra-se irrazoável e ineficiente.Assim, pelos motivos expostos, ARQUIVO o presente ProcedimentoAdministrativo. via Athenas.Publique-se em DOEMP. Remessa de cópia desta decisão ao E. CSMP, Após, arquive-se o feito em promotoria, com as baixas e registrosnecessários, conforme art. 12 da Resolução CNMP nº 174/2017.Deixo de comunicar as partes em razão do disposto no art. 13,§2º da Resolução nº 174/2017.Picos/PI, 15 de maio de 2020.Micheline Ramalho Serejo da SilvaPromotora de JustiçaSIMP 000069-370/2020DESPACHO - ARQUIVAMENTO - GRUPO DE TRABALHOTrata-se de Procedimento Administrativo instaurado com objetivo de acompanhar as ações da Vigilância Sanitária do Município de FranciscoSantos-PI, no que tange à fiscalização da fabricação e comercialização de preparações antissépticas ou sanitizantes oficinais sem préviaautorização da ANVISA.Em breve síntese, expediu-se a Recomendação nº 15.2020 ao Município de Francisco Santos-PI, com o objetivo de tracejar preceitos orientativospara as empresas que decidam fabricar temporariamente preparações antissépticas ou sanitizantes oficinais sem prévia autorização da Anvisa,conforme excepcionalmente autorizado pela Resolução de Diretoria Colegiada da Anvisa - RDC nº 350, de 19 de março de 2020, cujocumprimento deve ser verificado pela Vigilância Sanitária do referido município.Após o regular envio da recomendação, o Coordenador da Vigilância Sanitária do município, respondendo ao ofício nº1290/2020-69-370.2020/SUPJP/7ªPJ - Picos, informou, em síntese, que não há empreendimentos no município que fabricam substâncias sanitizantes ouantissépticas, no entanto, quanto a comercialização, noticiou que o Município intensificará monitoramento da comercialização dos itens esubstâncias que estejam em desacordo com a ANVISA.É o breve relato. Passa-se a decidir.A análise dos autos, verifica-se que o cerne da demanda limita-se a orientar a atuação da Prefeitura Municipal de Francisco Santos, por meio doseu órgão de supervisão sanitária, a fiscalização da fabricação e comercialização de preparações antissépticas ou sanitizantes oficinais semprévia autorização da ANVISA.Sucede que, conforme informado pelo município, não há estabelecimentos na municipalidade com objetivos de fabricação, ao passo que, quantoa comercialização, informou que serão intensificadas o monitoramento dos itens e substâncias que estejam em desacordo com a ANVISA.Deste modo, tendo como alcançado o objetivo a que o Ministério Público se propôs, dado que as orientações contidas na Recomendação nº015/2020 foram levadas ao conhecimento do Município de Francisco Santos, mormente a Vigilância Sanitária, porquanto, caso venham a surgirestabelecimentos voltados a fabricação e comercialização de preparações antissépticas ou sanitizantes oficinais no âmbito daquele ente, o órgãojá se encontra ciente das medidas necessárias.Registra-se que, caso surjam demandas específicas quanto à temática, este Órgão Ministerial voltará a atuar.Assim, por todo o exposto, eis que exaurido objeto aventado, promovo o ARQUIVAMENTO do presente Procedimento Administrativo, realizando-se os procedimentos de praxe.Deixo de comunicar as partes em razão do disposto no art. 13,§2º da Resolução nº 174/2017.Publique-se em DOEMP. Remessa de cópia desta decisão ao E.CSMP, via Athenas.Após, arquive-se o feito em promotoria, com as baixas e registros necessários, conforme art. 12 da Resolução CNMP nº 174/2017.Picos - PI, 14 de maio de 2020 Paulo Maurício Araújo GusmãoPromotor de Justiça

PORTARIA Nº 16/2020Objeto: Averiguar violação e garantir direitos fundamentais das crianças E.E.S.F., A.E.P. S.,e I.V.P.S., filhos de IASMIM PEREIRA DOS SANTOS, bem como tomar as medidas extrajudiciais e judiciais cabíveis, caso sejamnecessárias para a garantia dos direitos fundamentais.O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, por intermédio da 2ª Promotoria de Justiça da Comarca de Floriano, usando de suasatribuições legais, tendo em vista o que dispõe o art. 8°, III e art. 9° da Resolução N°174/2017 do Conselho Nacional do Ministério Público,CONSIDERANDO o disposto nos artigos 227 e 229 da lei CF/88, no qual preconizam que é dever da família, da sociedade e do Estadoassegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, àprofissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda formade negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão; Os pais têm o dever de assistir, criar e educar os filhos menores;

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3.3. 2ª PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE PIRACURUCA-PI11762

CONSIDERANDO que a Lei 8.069/90, Estatuto da Criança e do adolescente (ECA), evidencia a existência de deveres intrínsecos ao poderfamiliar, conferindo aos pais obrigações não somente do ponto de vista material, mas especialmente afetivas, morais e psíquicas. O artigo 3° doECA preceitua que toda criança e adolescente gozam de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, a fim de lhes proporcionar odesenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, em condições de liberdade e de dignidade;CONSIDERANDO que, fora recebido e-mail institucional proveniente da Secretaria da 1ª Vara desta Comarca, encaminhando decisão que servede Ofício à 2ª Promotoria de Justiça de Floriano, para o acompanhamento dos menores de idade, E.E.S.F., nascida em 22/05/2015 (3 anos e 11meses), A.E.P. S. nascida em 13.02.2018 (2 ano e 3 meses) e I.V.P DOS S. nascida em 14.02.2020 (3 meses), em razão da situação queenvolve a genitora das crianças, IASMIM PEREIRA DOS SANTOS, atualmente em prisão domiciliar com uso de tornozeleira eletrônica, conformedecidido no APF nº 486-25.2020.8.18.0028, cuja cópia integral dos autos fora anexado ao e-mail.CONSIDERANDO que compete ao Ministério Público instaurar procedimento administrativo para a defesa de direitos fundamentais, conformeartigos 227 e 229 da CF/88 e as disposições na Resolução n° 174/2017;RESOLVE:Instaurar o presente PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO com a finalidade de garantir direitos fundamentais das crianças E.E.S.F., A.E.P. S. eI.V.P.S, bem como as medidas extrajudiciais e judiciais cabíveis, na forma da lei, DETERMINANDO, desde já, as seguintes providências:1. Autuação da presente portaria e anexos, registrando-se em livro próprio, bem como, arquivando-se cópia na pasta respectiva;2. A remessa desta portaria, por meio eletrônico, ao CSMP e CAODIJ/MPPI, para conhecimento, conforme determina o art. 6º, § 1º, daResolução nº 01/2008, do Colendo Colégio de Procuradores de Justiça do Estado do Piauí;3. A confecção de extrato a ser remetido, por meio eletrônico, à Secretaria-geral do Ministério Público, para a devida divulgação na imprensaoficial, propiciando a publicação e registro desta Portaria no sítio eletrônico da Procuradoria Geral de Justiça, conforme artigo 4º, inciso VI e artigo7º, § 2º, inciso II, da Resolução nº 23, de 17 de setembro de 2007, do Conselho Nacional do Ministério Público.4. Adotar providências necessárias ao regular trâmite deste Procedimento.Finalmente, ressalta-se que o prazo para a conclusão deste Procedimento é de 1 (um) ano, podendo ser prorrogado sucessivamente pelo mesmoperíodo, desde que haja decisão fundamentada, à vista da imprescindibilidade da realização de outros atos, consoante art. 11 da Resolução nº174/2017 do CNMP.Registre-se, Publique-se e Cumpra-se.Floriano(PI), 18 de maio de 2020._________________________José de Arimatéa Dourado LeãoPromotor de Justiça Substituto na 2ª PJ

PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO Nº 63/2020SIMP: 000270-174/2020RECOMENDAÇÃO MINISTERIAL Nº 59/2020O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, através do Promotor de Justiça titular da 2ª Promotoria de Justiça de Piracuruca, MárcioGiorgi Carcará Rocha, no uso de suas atribuições legais que lhe conferem o parágrafo único do artigo 3º do artigo da Lei 8.625/93 e Resolução164/2017 do CNMP;CONSIDERANDO que incumbe ao Ministério Público à defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuaisindisponíveis (artigo 129 da CF e artigo 141 da Constituição do Estado do Piauí);CONSIDERANDO que a 2ª Promotoria de Justiça de Piracuruca, instaurou Procedimento Administrativo nº 63/2020, com o objetivo deacompanhar e fiscalizar o regular funcionamento da Câmara de Vereadores do município de Piracuruca, no período da pandemia do COVID-19;CONSIDERANDO que, em 30/01/2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que o surto da doença causada pelo Coronavírus(COVID-19) constitui Emergência de Saúde Pública de importância Internacional (ESPII);CONSIDERANDO que a ESPII é considerada, nos termos do Regulamento Sanitário Internacional (RSI), "um evento extraordinário que podeconstituir um risco de saúde pública para todos países devido a disseminação internacional de doenças; e potencialmente requer uma respostainternacional coordenada e imediata";CONSIDERANDO que o Ministério da Saúde, em 03/02/2020, através da Portaria GM/MS nº 188/2020, declarou "emergência em saúde públicade importância nacional", em decorrência da infecção humana pelo Coronavírus, considerando que a situação atual demanda o emprego urgentede medidas de prevenção, controle e contenção de riscos, danos e agravos à saúde pública;CONSIDERANDO que, em 11/03/2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou pandemia para o Coronavírus, ou seja, momento emque uma doença se espalha por diversos continentes com transmissão sustentada entre humanos;CONSIDERANDO que a classificação da situação mundial do novo Coronavírus como pandemia significa o risco potencial da doença infecciosaatingir a população mundial de forma simultânea, não se limitando a locais que já tenham sido identificadas como de transmissão interna;CONSIDERANDO que, em decorrência da situação de emergência sanitária, vários entes federados, dentre os quais o Governo do Estado doPiauí, adotou providências que, em conjunto com a Portaria Ministério da Saúde n° 356/2020, buscaram mitigar os efeitos dessa crise sanitária ede saúde pública, como se vê no Decreto estadual nº 18.884, de 16 de março de 2020, que, dentre as medidas regulamentadas paraenfrentamento da situação de ESPIIN (Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional) decorrente do novo coronavírus, suspendeuatividades coletivas ou eventos realizados pelos órgãos ou entidades da administração pública estadual direta e indireta que implicassem emaglomeração de pessoas;CONSIDERANDO que, até o dia 07 de maio de 2020, o Brasil havia registrado 9.146 (nove mil e cento e quarenta e seis) mortes decorrentes dapropagação do COVID-19, conforme dados oficiais do Ministério de Saúde (https://covid.saude.gov.br/);CONSIDERANDO que, no Estado do Piauí, até a mesma data, foram registrados 37 (trinta e sete) óbitos e 1131 (hum mil, cento e trinta e um)casos confirmados, segundo dados da SESAPI (https://www.pi.gov.br/coronavirus/);CONSIDERANDO que a Lei nº 13.979, de 6 de fevereiro de 2020, dispõe sobre as medidas para enfrentamento da emergência de saúde públicade importância internacional decorrente do coronavírus responsável pelo surto de 2019, estabelecendo que, para tanto, as autoridades poderãoadotar medidas, no âmbito de suas competências (art. 3º);CONSIDERANDO que o art. 3º, §4º, da Lei nº 13.979/2020, estabelece que as pessoas deverão sujeitar-se ao cumprimento das medidasprevistas, e o descumprimento de tais medidas poderá acarretar a responsabilização, inclusive penal, nos termos dos delitos previstos nos artigos268, 131 e 132 do Código Penal;CONSIDERANDO que a saúde é direito de todos e dever do Estado, nos termos do art. 196, da Constituição Federal, e, nesse cenário depandemia, necessário se faz resguardar a saúde da população, evitando transmissões comunitárias, principalmente, através da mitigação docontato entre as pessoas, para controle da disseminação do vírus;CONSIDERANDO o elevado risco de que uma contaminação simultânea de grande parte da população do Estado do Piauí pela Covid-19acarrete um colapso ao sistema de saúde, em decorrência da virtual insuficiência de profissionais, equipamentos, insumos e medicamentos nasredes pública e privada para tratar, ao mesmo tempo, milhares de pessoas com sintomas graves de insuficiência respiratória aguda, tratamentoeste que, numa quantidade considerável de casos, exige intubação para ventilação mecânica e internação em unidade de terapia intensiva (UTI);CONSIDERANDO as medidas de distanciamento social recomendadas pelos órgãos de saúde, que objetivam, principalmente, reduzir e

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controlar a velocidade de transmissão do vírus, para que, assim, o sistema de saúde tenha tempo de reforçar sua estrutura comequipamentos (EPIs, respiradores e testes de diagnóstico) e recursos humanos capacitados;CONSIDERANDO que a alta velocidade da taxa de propagação da doença, associada à insuficiente realização de testes da Covid-19 noEstado do Piauí e à deficiente estruturação dos hospitais de todo estado prenunciam um cenário catastrófico;CONSIDERANDO que o Poder Legislativo deve atuar em conjunto com a Administração Pública para as ações e estratégias ao combate doCOVID-19;CONSIDERANDO que, no âmbito da Câmara dos Deputados, foi instituído o Sistema de Deliberação Remota, medida excepcional destinada aviabilizar o funcionamento do Plenário durante a emergência de saúde pública de importância internacional relacionada ao coronavírus (Covid-19);CONSIDERANDO que muitas Casas Legislativas já estão adotando a realização de sessões ordinárias e extraordinárias por meio do sistemavirtual como forma de não parar os trabalhos durante o isolamento social e para prevenção e combate à pandemia do novo coronavírus (Covid-19);CONSIDERANDO que o Plenário Virtual é mais uma ferramenta criada para que os parlamentares possam discutir e debater matérias online sempassar pela Sessão Plenária da Casa, com possibilidade de votação e acompanhamento remoto pelo cidadão, facilitando a transparência;CONSIDERANDO que o Ministério Público, poderá expedir recomendações devidamente fundamentadas, visando à melhoria dos serviçospúblicos e de relevância pública, bem como aos demais interesses, direitos e bens cuja defesa lhe caiba promover, conforme Resolução nº164/2019 do CNMP e art. 38, parágrafo único, inciso IV, da Lei Complementar Estadual nº 12/93;RESOLVERECOMENDAR ao Presidente da Câmara de Vereadores do Município de Piracuruca - PI, em cumprimento às disposições de ordemconstitucional, legal e administrativas acima referidas e outras com ela convergentes, que:A suspensão de todas as atividades presenciais legislativas até o dia 31 de maio;Que seja elaborado um projeto de resolução estabelecendo a modalidade de deliberação remota nas discussões e votações das matériaslegislativas sujeitas à apreciação do plenário e das comissões no âmbito da câmara municipal, durante a vigência da pandemia;Sejam expedidos aos vereadores, por meio de Edital de Convocação, convites para participarem das reuniões on-line simultâneas por meio deuma plataforma em que cada um possa exercer seu papel com segurança;Deverá ser disponibilizada e dada ampla publicidade do link, dia e hora estabelecidos, a fim de que os moradores possam acompanhar a reunião;Além da realização de sessões plenárias remota, que O ATENDIMENTO OCORRA, PREFERENCIALMENTE, PELOS CANAIS DIGITAIS,devendo a Casa Legislativa disponibilizar a população telefones disponíveis, sítios eletrônicos ou outros meios, contendo ainda informaçõesdiversas sobre a doença e os cuidados básicos para reduzir o risco de infecção.O Ministério Público Estadual deverá ser comunicado, exclusivamente através do e-mail [email protected], no prazo de 05(cinco) dias a partir do recebimento da presente, sobre o acatamento dos termos desta Recomendação.Fica advertido o destinatário dos seguintes efeitos das recomendações expedidas pelo Ministério Público:a) constituir em mora o destinatário quanto às providências recomendadas, podendo seu descumprimento implicar na adoção de medidasadministrativas e ações judiciais cabíveis;b) tornar inequívoca a demonstração da consciência a ilicitude;c) caracterizar o dolo, má-fé ou ciência da irregularidade quando tal elemento subjetivo for exigido e;d) constituir-se em elemento probatório em sede de ações cíveis ou criminais.Por fim, em atenção ao disposto artigo 9º da Resolução nº 164/2017 do CNMP, recomendo a divulgação adequada e imediata destaRecomendação no Diário Oficial do Município.Piracuruca, 19 de maio de 2020.(assinado digitalmente)MÁRCIO GIORGI CARCARÁ ROCHAPromotor de JustiçaPROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO Nº 64/2020SIMP: 000271-174/2020RECOMENDAÇÃO MINISTERIAL Nº 60/2020O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, através do Promotor de Justiça titular da 2ª Promotoria de Justiça de Piracuruca, MárcioGiorgi Carcará Rocha, no uso de suas atribuições legais que lhe conferem o parágrafo único do artigo 3º do artigo da Lei 8.625/93 e Resolução164/2017 do CNMP;CONSIDERANDO que incumbe ao Ministério Público à defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuaisindisponíveis (artigo 129 da CF e artigo 141 da Constituição do Estado do Piauí);CONSIDERANDO que a 2ª Promotoria de Justiça de Piracuruca, instaurou Procedimento Administrativo nº 63/2020, com o objetivo deacompanhar e fiscalizar o regular funcionamento da Câmara de Vereadores do município de São João da Fronteira, no período da pandemia doCOVID-19;CONSIDERANDO que, em 30/01/2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que o surto da doença causada pelo Coronavírus(COVID-19) constitui Emergência de Saúde Pública de importância Internacional (ESPII);CONSIDERANDO que a ESPII é considerada, nos termos do Regulamento Sanitário Internacional (RSI), "um evento extraordinário que podeconstituir um risco de saúde pública para todos países devido a disseminação internacional de doenças; e potencialmente requer uma respostainternacional coordenada e imediata";CONSIDERANDO que o Ministério da Saúde, em 03/02/2020, através da Portaria GM/MS nº 188/2020, declarou "emergência em saúde públicade importância nacional", em decorrência da infecção humana pelo Coronavírus, considerando que a situação atual demanda o emprego urgentede medidas de prevenção, controle e contenção de riscos, danos e agravos à saúde pública;CONSIDERANDO que, em 11/03/2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou pandemia para o Coronavírus, ou seja, momento emque uma doença se espalha por diversos continentes com transmissão sustentada entre humanos;CONSIDERANDO que a classificação da situação mundial do novo Coronavírus como pandemia significa o risco potencial da doença infecciosaatingir a população mundial de forma simultânea, não se limitando a locais que já tenham sido identificadas como de transmissão interna;CONSIDERANDO que, em decorrência da situação de emergência sanitária, vários entes federados, dentre os quais o Governo do Estado doPiauí, adotou providências que, em conjunto com a Portaria Ministério da Saúde n° 356/2020, buscaram mitigar os efeitos dessa crise sanitária ede saúde pública, como se vê no Decreto estadual nº 18.884, de 16 de março de 2020, que, dentre as medidas regulamentadas paraenfrentamento da situação de ESPIIN (Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional) decorrente do novo coronavírus, suspendeuatividades coletivas ou eventos realizados pelos órgãos ou entidades da administração pública estadual direta e indireta que implicassem emaglomeração de pessoas;CONSIDERANDO que, até o dia 07 de maio de 2020, o Brasil havia registrado 9.146 (nove mil e cento e quarenta e seis) mortes decorrentes dapropagação do COVID-19, conforme dados oficiais do Ministério de Saúde (https://covid.saude.gov.br/);CONSIDERANDO que, no Estado do Piauí, até a mesma data, foram registrados 37 (trinta e sete) óbitos e 1131 (hum mil, cento e trinta e um)casos confirmados, segundo dados da SESAPI (https://www.pi.gov.br/coronavirus/);CONSIDERANDO que a Lei nº 13.979, de 6 de fevereiro de 2020, dispõe sobre as medidas para enfrentamento da emergência de saúde públicade importância internacional decorrente do coronavírus responsável pelo surto de 2019, estabelecendo que, para tanto, as autoridades poderão

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adotar medidas, no âmbito de suas competências (art. 3º);CONSIDERANDO que o art. 3º, §4º, da Lei nº 13.979/2020, estabelece que as pessoas deverão sujeitar-se ao cumprimento das medidasprevistas, e o descumprimento de tais medidas poderá acarretar a responsabilização, inclusive penal, nos termos dos delitos previstos nos artigos268, 131 e 132 do Código Penal;CONSIDERANDO que a saúde é direito de todos e dever do Estado, nos termos do art. 196, da Constituição Federal, e, nesse cenário depandemia, necessário se faz resguardar a saúde da população, evitando transmissões comunitárias, principalmente, através da mitigação docontato entre as pessoas, para controle da disseminação do vírus;CONSIDERANDO o elevado risco de que uma contaminação simultânea de grande parte da população do Estado do Piauí pela Covid-19acarrete um colapso ao sistema de saúde, em decorrência da virtual insuficiência de profissionais, equipamentos, insumos e medicamentos nasredes pública e privada para tratar, ao mesmo tempo, milhares de pessoas com sintomas graves de insuficiência respiratória aguda, tratamentoeste que, numa quantidade considerável de casos, exige intubação para ventilação mecânica e internação em unidade de terapia intensiva (UTI);CONSIDERANDO as medidas de distanciamento social recomendadas pelos órgãos de saúde, que objetivam, principalmente, reduzir econtrolar a velocidade de transmissão do vírus, para que, assim, o sistema de saúde tenha tempo de reforçar sua estrutura comequipamentos (EPIs, respiradores e testes de diagnóstico) e recursos humanos capacitados;CONSIDERANDO que a alta velocidade da taxa de propagação da doença, associada à insuficiente realização de testes da Covid-19 noEstado do Piauí e à deficiente estruturação dos hospitais de todo estado prenunciam um cenário catastrófico;CONSIDERANDO que o Poder Legislativo deve atuar em conjunto com a Administração Pública para as ações e estratégias ao combate doCOVID-19;CONSIDERANDO que, no âmbito da Câmara dos Deputados, foi instituído o Sistema de Deliberação Remota, medida excepcional destinada aviabilizar o funcionamento do Plenário durante a emergência de saúde pública de importância internacional relacionada ao coronavírus (Covid-19);CONSIDERANDO que muitas Casas Legislativas já estão adotando a realização de sessões ordinárias e extraordinárias por meio do sistemavirtual como forma de não parar os trabalhos durante o isolamento social e para prevenção e combate à pandemia do novo coronavírus (Covid-19);CONSIDERANDO que o Plenário Virtual é mais uma ferramenta criada para que os parlamentares possam discutir e debater matérias online sempassar pela Sessão Plenária da Casa, com possibilidade de votação e acompanhamento remoto pelo cidadão, facilitando a transparência;CONSIDERANDO que o Ministério Público, poderá expedir recomendações devidamente fundamentadas, visando à melhoria dos serviçospúblicos e de relevância pública, bem como aos demais interesses, direitos e bens cuja defesa lhe caiba promover, conforme Resolução nº164/2019 do CNMP e art. 38, parágrafo único, inciso IV, da Lei Complementar Estadual nº 12/93;RESOLVERECOMENDAR ao Presidente da Câmara de Vereadores do Município de São João da Fronteira - PI, em cumprimento às disposições deordem constitucional, legal e administrativas acima referidas e outras com ela convergentes, que:A suspensão de todas as atividades presenciais legislativas até o dia 31 de maio;Que seja elaborado um projeto de resolução estabelecendo a modalidade de deliberação remota nas discussões e votações das matériaslegislativas sujeitas à apreciação do plenário e das comissões no âmbito da câmara municipal, durante a vigência da pandemia;Sejam expedidos aos vereadores, por meio de Edital de Convocação, convites para participarem das reuniões on-line simultâneas por meio deuma plataforma em que cada um possa exercer seu papel com segurança;Deverá ser disponibilizada e dada ampla publicidade do link, dia e hora estabelecidos, a fim de que os moradores possam acompanhar a reunião;Além da realização de sessões plenárias remota, que O ATENDIMENTO OCORRA, PREFERENCIALMENTE, PELOS CANAIS DIGITAIS,devendo a Casa Legislativa disponibilizar a população telefones disponíveis, sítios eletrônicos ou outros meios, contendo ainda informaçõesdiversas sobre a doença e os cuidados básicos para reduzir o risco de infecção.O Ministério Público Estadual deverá ser comunicado, exclusivamente através do e-mail [email protected], no prazo de 05(cinco) dias a partir do recebimento da presente, sobre o acatamento dos termos desta Recomendação.Fica advertido o destinatário dos seguintes efeitos das recomendações expedidas pelo Ministério Público:a) constituir em mora o destinatário quanto às providências recomendadas, podendo seu descumprimento implicar na adoção de medidasadministrativas e ações judiciais cabíveis;b) tornar inequívoca a demonstração da consciência a ilicitude;c) caracterizar o dolo, má-fé ou ciência da irregularidade quando tal elemento subjetivo for exigido e;d) constituir-se em elemento probatório em sede de ações cíveis ou criminais.Por fim, em atenção ao disposto artigo 9º da Resolução nº 164/2017 do CNMP, recomendo a divulgação adequada e imediata destaRecomendação no Diário Oficial do Município.Piracuruca, 19 de maio de 2020.(assinado digitalmente)MÁRCIO GIORGI CARCARÁ ROCHAPromotor de JustiçaPROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO Nº 65/2020SIMP: 000272-174/2020RECOMENDAÇÃO MINISTERIAL Nº 61/2020O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, através do Promotor de Justiça titular da 2ª Promotoria de Justiça de Piracuruca, MárcioGiorgi Carcará Rocha, no uso de suas atribuições legais que lhe conferem o parágrafo único do artigo 3º do artigo da Lei 8.625/93 e Resolução164/2017 do CNMP;CONSIDERANDO que incumbe ao Ministério Público à defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuaisindisponíveis (artigo 129 da CF e artigo 141 da Constituição do Estado do Piauí);CONSIDERANDO que a 2ª Promotoria de Justiça de Piracuruca, instaurou Procedimento Administrativo nº 65/2020, com o objetivo deacompanhar e fiscalizar o regular funcionamento da Câmara de Vereadores do município de São José do Divino, no período da pandemia doCOVID-19;CONSIDERANDO que, em 30/01/2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que o surto da doença causada pelo Coronavírus(COVID-19) constitui Emergência de Saúde Pública de importância Internacional (ESPII);CONSIDERANDO que a ESPII é considerada, nos termos do Regulamento Sanitário Internacional (RSI), "um evento extraordinário que podeconstituir um risco de saúde pública para todos países devido a disseminação internacional de doenças; e potencialmente requer uma respostainternacional coordenada e imediata";CONSIDERANDO que o Ministério da Saúde, em 03/02/2020, através da Portaria GM/MS nº 188/2020, declarou "emergência em saúde públicade importância nacional", em decorrência da infecção humana pelo Coronavírus, considerando que a situação atual demanda o emprego urgentede medidas de prevenção, controle e contenção de riscos, danos e agravos à saúde pública;CONSIDERANDO que, em 11/03/2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou pandemia para o Coronavírus, ou seja, momento emque uma doença se espalha por diversos continentes com transmissão sustentada entre humanos;CONSIDERANDO que a classificação da situação mundial do novo Coronavírus como pandemia significa o risco potencial da doença infecciosaatingir a população mundial de forma simultânea, não se limitando a locais que já tenham sido identificadas como de transmissão interna;

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3.4. 2ª PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE CAMPO MAIOR-PI11764

CONSIDERANDO que, em decorrência da situação de emergência sanitária, vários entes federados, dentre os quais o Governo do Estado doPiauí, adotou providências que, em conjunto com a Portaria Ministério da Saúde n° 356/2020, buscaram mitigar os efeitos dessa crise sanitária ede saúde pública, como se vê no Decreto estadual nº 18.884, de 16 de março de 2020, que, dentre as medidas regulamentadas paraenfrentamento da situação de ESPIIN (Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional) decorrente do novo coronavírus, suspendeuatividades coletivas ou eventos realizados pelos órgãos ou entidades da administração pública estadual direta e indireta que implicassem emaglomeração de pessoas;CONSIDERANDO que, até o dia 07 de maio de 2020, o Brasil havia registrado 9.146 (nove mil e cento e quarenta e seis) mortes decorrentes dapropagação do COVID-19, conforme dados oficiais do Ministério de Saúde (https://covid.saude.gov.br/);CONSIDERANDO que, no Estado do Piauí, até a mesma data, foram registrados 37 (trinta e sete) óbitos e 1131 (hum mil, cento e trinta e um)casos confirmados, segundo dados da SESAPI (https://www.pi.gov.br/coronavirus/);CONSIDERANDO que a Lei nº 13.979, de 6 de fevereiro de 2020, dispõe sobre as medidas para enfrentamento da emergência de saúde públicade importância internacional decorrente do coronavírus responsável pelo surto de 2019, estabelecendo que, para tanto, as autoridades poderãoadotar medidas, no âmbito de suas competências (art. 3º);CONSIDERANDO que o art. 3º, §4º, da Lei nº 13.979/2020, estabelece que as pessoas deverão sujeitar-se ao cumprimento das medidasprevistas, e o descumprimento de tais medidas poderá acarretar a responsabilização, inclusive penal, nos termos dos delitos previstos nos artigos268, 131 e 132 do Código Penal;CONSIDERANDO que a saúde é direito de todos e dever do Estado, nos termos do art. 196, da Constituição Federal, e, nesse cenário depandemia, necessário se faz resguardar a saúde da população, evitando transmissões comunitárias, principalmente, através da mitigação docontato entre as pessoas, para controle da disseminação do vírus;CONSIDERANDO o elevado risco de que uma contaminação simultânea de grande parte da população do Estado do Piauí pela Covid-19acarrete um colapso ao sistema de saúde, em decorrência da virtual insuficiência de profissionais, equipamentos, insumos e medicamentos nasredes pública e privada para tratar, ao mesmo tempo, milhares de pessoas com sintomas graves de insuficiência respiratória aguda, tratamentoeste que, numa quantidade considerável de casos, exige intubação para ventilação mecânica e internação em unidade de terapia intensiva (UTI);CONSIDERANDO as medidas de distanciamento social recomendadas pelos órgãos de saúde, que objetivam, principalmente, reduzir econtrolar a velocidade de transmissão do vírus, para que, assim, o sistema de saúde tenha tempo de reforçar sua estrutura comequipamentos (EPIs, respiradores e testes de diagnóstico) e recursos humanos capacitados;CONSIDERANDO que a alta velocidade da taxa de propagação da doença, associada à insuficiente realização de testes da Covid-19 noEstado do Piauí e à deficiente estruturação dos hospitais de todo estado prenunciam um cenário catastrófico;CONSIDERANDO que o Poder Legislativo deve atuar em conjunto com a Administração Pública para as ações e estratégias ao combate doCOVID-19;CONSIDERANDO que, no âmbito da Câmara dos Deputados, foi instituído o Sistema de Deliberação Remota, medida excepcional destinada aviabilizar o funcionamento do Plenário durante a emergência de saúde pública de importância internacional relacionada ao coronavírus (Covid-19);CONSIDERANDO que muitas Casas Legislativas já estão adotando a realização de sessões ordinárias e extraordinárias por meio do sistemavirtual como forma de não parar os trabalhos durante o isolamento social e para prevenção e combate à pandemia do novo coronavírus (Covid-19);CONSIDERANDO que o Plenário Virtual é mais uma ferramenta criada para que os parlamentares possam discutir e debater matérias online sempassar pela Sessão Plenária da Casa, com possibilidade de votação e acompanhamento remoto pelo cidadão, facilitando a transparência;CONSIDERANDO que o Ministério Público, poderá expedir recomendações devidamente fundamentadas, visando à melhoria dos serviçospúblicos e de relevância pública, bem como aos demais interesses, direitos e bens cuja defesa lhe caiba promover, conforme Resolução nº164/2019 do CNMP e art. 38, parágrafo único, inciso IV, da Lei Complementar Estadual nº 12/93;RESOLVERECOMENDAR ao Presidente da Câmara de Vereadores do Município de São José do Divino - PI, em cumprimento às disposições deordem constitucional, legal e administrativas acima referidas e outras com ela convergentes, que:A suspensão de todas as atividades presenciais legislativas até o dia 31 de maio;Que seja elaborado um projeto de resolução estabelecendo a modalidade de deliberação remota nas discussões e votações das matériaslegislativas sujeitas à apreciação do plenário e das comissões no âmbito da câmara municipal, durante a vigência da pandemia;Sejam expedidos aos vereadores, por meio de Edital de Convocação, convites para participarem das reuniões on-line simultâneas por meio deuma plataforma em que cada um possa exercer seu papel com segurança;Deverá ser disponibilizada e dada ampla publicidade do link, dia e hora estabelecidos, a fim de que os moradores possam acompanhar a reunião;Além da realização de sessões plenárias remota, que O ATENDIMENTO OCORRA, PREFERENCIALMENTE, PELOS CANAIS DIGITAIS,devendo a Casa Legislativa disponibilizar a população telefones disponíveis, sítios eletrônicos ou outros meios, contendo ainda informaçõesdiversas sobre a doença e os cuidados básicos para reduzir o risco de infecção.O Ministério Público Estadual deverá ser comunicado, exclusivamente através do e-mail [email protected], no prazo de 05(cinco) dias a partir do recebimento da presente, sobre o acatamento dos termos desta Recomendação.Fica advertido o destinatário dos seguintes efeitos das recomendações expedidas pelo Ministério Público:a) constituir em mora o destinatário quanto às providências recomendadas, podendo seu descumprimento implicar na adoção de medidasadministrativas e ações judiciais cabíveis;b) tornar inequívoca a demonstração da consciência a ilicitude;c) caracterizar o dolo, má-fé ou ciência da irregularidade quando tal elemento subjetivo for exigido e;d) constituir-se em elemento probatório em sede de ações cíveis ou criminais.Por fim, em atenção ao disposto artigo 9º da Resolução nº 164/2017 do CNMP, recomendo a divulgação adequada e imediata destaRecomendação no Diário Oficial do Município.Piracuruca, 19 de maio de 2020.(assinado digitalmente)MÁRCIO GIORGI CARCARÁ ROCHAPromotor de Justiça

Procedimento Administrativo nº 054/2019SIMP: 000063-063/2019NOTIFICAÇÃO RECOMENDATÓRIA Nº 26/2020O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, por seu representante signatário em exercício na 2ª Promotoria de Justiça de Campo Maior,no uso de suas atribuições legais, e, com fulcro nas disposições contidas nos arts. 127 e 129 da Constituição Federal; arts. 26 e 27 da LeiFederal de nº 8.625/93; e arts. 36 e 37 da Lei Complementar Estadual nº 12/93:CONSIDERANDO que a Constituição da República Federativa do Brasil instituiu um Estado Democrático destinado a assegurar o exercício dosdireitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma

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3.5. 2ª PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE SÃO JOÃO DO PIAUÍ-PI11766

sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada da harmonia social e comprometida, na ordem interna e internacional, com a soluçãopacífica das controvérsias (preâmbulo da Constituição da República de 1988);CONSIDERANDO que nos termos do art. 23, V da Constituição Federal de 1988, é responsabilidade da União, Estado, Distrito Federal eMunicípio proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação e à ciência;CONSIDERANDO que Constituição Federal de 88, em seu art. 1°, III, consagrou a dignidade da pessoa humana como um princípio fundamental,e que o seu art. 5°, caput, erigiu o direito à segurança como um direito fundamental do ser humano;CONSIDERANDO que nos termos do art. 205 da Constituição Federal a educação, direito de todos e dever do Estado e da família, serápromovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício dacidadania e sua qualificação para o trabalho;CONSIDERANDO que a educação básica é direito público subjetivo do cidadão e dever doPoder Público, garantindo-se o "atendimento ao educando, em todas as etapas da educação básica, por meio de programas suplementares dematerial didático-escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde", sendo certo que "o não-oferecimento do ensino obrigatório pelo PoderPúblico, ou sua oferta irregular, importa responsabilidade da autoridade competente" (CF/88, art. 208, VII e §§ 1º e 2º);CONSIDERANDO que as ações e serviços de educação são de relevância pública, sendo função institucional do Ministério Público zelar pelo seuefetivo respeito, devendo tomar todas as medidas judiciais ou extrajudiciais, necessárias para preservá-los (art. 129, II e III c/c art. 197, CF e art.5º, V, alínea "a", da Lei Complementar nº 75/93);CONSIDERANDO que o art. 5º, § 2º, da Constituição Federal, prevê que os direitos e garantias expressos na Lei Maior não excluem outrosdecorrentes do regime e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte;CONSIDERANDO que a Lei Nº 13.395/2019 dispõe sobre a prestação de serviços de psicologia e de serviço social nas redes públicas deeducação básica;CONSIDERANDO que, conforme o artigo 1º, § 1º, do referido diploma legal, as equipes multiprofissionais deverão desenvolver ações para amelhoria da qualidade do processo de ensino- aprendizagem, com a participação da comunidade escolar, atuando na mediação das relaçõessociais e institucionais;CONSIDERANDO que a Assistência Social constitui direito do cidadão, sendo politica de seguridade social, de natureza não contributiva, queprevê mínimos sociais, realizada através de um conjunto integrado de ações de iniciativa pública e da sociedade, para garantir o atendimento àsnecessidades básicas;CONSIDERANDO que são princípios da Assistência Social, previstos no art. 206 da Constituição Federal, a descentralização administrativa, aparticipação da população, por meio de organizações representativas, na formulação das políticas e no controle as ações em todos os níveis,bem como pela primazia da responsabilidade;CONSIDERANDO que o sistema de assistência social rege-se pelos princípios da supremacia do atendimento às necessidades sociais sobre asexigências de rentabilidade econômica; da universalização dos direitos sociais, a fim de tornar o destinatário da assistência social alcançávelpelas demais políticas públicas; e do respeito à dignidade do cidadão, à sua autonomia e ao seu direito a benefícios e serviços de qualidade, bemcomo à convivência familiar e comunitária, vedando-sequalquer comprovação vexatória de necessidade, ao teor do art. 4º, da Lei nº 8.472/93;CONSIDERANDO que a Resolução nº 13/2007, do Conselho Federal de Psicologia, define o campo de atuação do PsicólogoEscolar/Educacional;CONSIDERANDO que a Psicologia Escolar é entendida como um campo de atuação profissional do psicólogo e, também, de produção científica,caracterizado pela inserção da Psicologia no contexto escolar, sendo que o objetivo principal deste campo é mediar os processos dedesenvolvimento humano e de aprendizagem, contribuindo para sua promoção;CONSIDERANDO que a atuação preventiva em Psicologia Escolar deve estar respaldada em ações que busquem a) facilitar e incentivar aconstrução de estratégias de ensino diversificadas, b) promover a reflexão e a conscientização de funções, papéis e responsabilidades dossujeitos e c) superar, junto com a equipe escolar, os obstáculos à apropriação do conhecimento (MARINHO- ARAÚJO; ALMEIDA, 2005);CONSIDERANDO que compete ao Ministério Público Estadual expedir recomendações, visando à melhoria dos serviços públicos e de relevânciapública, bem como ao respeito aos interesses, direitos e bens cuja defesa lhe cabe promover, fixando prazo razoável para a adoção dasprovidências cabíveis (art. 27.º, par. único, inc. IV, da Lei Federal 8.625/93 e art. 38.º, par. único, inc. IV, da Lei Complementar Estadual nº 12/93);RESOLVE:RECOMENDAR ao ilustríssima senhora Secretaria Municipal de Educação de Nossa Senhora de Nazaré, atendendo aos princípios dalegalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência (Constituição Federal, art. 37, caput) que:Adotem as providências necessárias para, em atenção ao prazo estabelecido na Lei Nº 13.395/2019, para que seja cumprido o disposto noreferido diploma legal;Apresente a esta Promotoria de Justiça, no prazo máximo de 30 dias corridos, um cronograma pormenorizado de execução da referida lei;A partir da data da entrega da presente recomendação, o MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ considera seus destinatários comopessoalmente cientes da situação oraexposta e, nesses termos, passível de responsabilização por quaisquer eventos futuros imputáveis a sua omissão quanto às providênciassolicitadas. Cabe, portanto, advertir que a inobservância da Recomendação Ministerial serve para fins de fixação de dolo em futuro e eventualmanejo de ações judiciais de improbidade administrativa por omissão, previsto em Lei Federal.Faz-se impositivo constar que a presente recomendação não esgota a atuação do MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ sobre o tema,não excluindo futuras recomendações ou outras iniciativas com relação aos agentes supramencionados.Publique-se no Diário Eletrônico do Ministério Público do Estado do Piauí de Justiça e no quadro de avisos desta Promotoria de Justiça.Comunique-se a expedição dessa Recomendação ao Centro de Apoio Operacional de Defesa da Educação e Cidadania.Campo Maior/PI, 24 de abril de 2020.CEZARIO DE SOUZA CAVALCANTE NETOPromotor de Justiça

PORTARIA N° 064/2020PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO Nº 47/2020OBJETO: Instaurar Procedimento Administrativo nº 047/2020 para acompanhar e fiscalizar a implementação do sistema especial de aulas nãopresenciais pela Secretaria Municipal de Educação de Nova Santa Rita durante o período de suspensão das atividades letivas como medidapreventiva à COVID-19.O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, por meio do Promotor de Justiça infra-assinada, no uso de suas atribuições legais e, comfulcro nas disposições contidas nos artigos 127 e 129, incisos I e III, da Constituição Federal de 1988; artigo 26, inciso I da Lei Federal de nº8.625/93, art. 8º, § 1º da Lei nº 7.347/85 e artigo 37 da Lei Complementar Estadual nº 12/93, eCONSIDERANDO que incumbe ao Ministério Público à defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuaisindisponíveis (artigo 129 da CF e artigo 141 da Constituição do Estado do Piauí);CONSIDERANDO que a educação é direito público fundamental, nos termos do art. 6º da Constituição Federal de 1988;CONSIDERANDO que nos termos do art. 23, V, da Constituição Federal de 1988, é responsabilidade da União, Estado, Distrito Federal e

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Município proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação e à ciência;CONSIDERANDO que, nos termos do art. 205 da Constituição Federal, a educação, direito de todos e dever do Estado e da família, serápromovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando o pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício dacidadania e sua qualificação para o trabalho;CONSIDERANDO que os incisos I, IV e VI do artigo 206 da Constituição Federal estabelecem, respectivamente, como princípios para aeducação: a igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; a gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais e agestão democrática do ensino público. Previsões reiteradas pela LDB e ECA;CONSIDERANDO que, em 30.01.2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que o surto da doença causada pelo Coronavírus(COVID-19) constitui Emergência de Saúde Pública de importância Internacional (ESPII);CONSIDERANDO que a ESPII é considerada, nos termos do Regulamento Sanitário Internacional (RSI), "um evento extraordinário que podeconstituir um risco de saúde pública para todos países devido a disseminação internacional de doenças; e potencialmente requer uma respostainternacional coordenada e imediata";CONSIDERANDO que o Ministério da Saúde, em 03.02.2020, através da Portaria GM/MS nº 188/2020, declarou "emergência em saúde públicade importância nacional", em decorrência da infecção humana pelo Coronavírus, considerando que a situação atual demanda o emprego urgentede medidas de prevenção, controle e contenção de riscos, danos e agravos à saúde pública;CONSIDERANDO que, em 11.03.2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou pandemia para o Coronavírus, ou seja, momento emque uma doença se espalha por diversos continentes com transmissão sustentada entre humanos;CONSIDERANDO que a classificação da situação mundial do novo Coronavírus como pandemia significa o risco potencial da doença infecciosaatingir a população mundial de forma simultânea, não se limitando a locais que já tenham sido identificadas como de transmissão interna;CONSIDERANDO a Nota Técnica nº 9/2020 - CGPROFI/DEPROS/SAP/MS, de 12/03/2020, expedida pelo Ministério da Saúde, que estabeleceuorientações de prevenção ao novo Coronavírus no âmbito do Programa Saúde na Escola, em razão dos ambientes escolares terem altacirculacao de pessoas e criancas, sendo estas integrantes do grupo vulnerável para desenvolvimento e disseminacao de doencas;CONSIDERANDO que as medidas a serem adotadas pelas redes de educação podem evitar o fluxo de contaminação para familiares, muitosdeles idosos, grupo mais vulnerável em razão da idade e comorbidades, conforme Posicionamento sobre o COVID-19, da Sociedade Brasileirade Geriatria e Gerontologia - SBGG, publicada em 15/03/2020;CONSIDERANDO que, em relação à questão pedagógica, o Conselho Nacional de Educação, através de Nota de Esclarecimento, traçouorientações aos sistemas e estabelecimentos de ensino de todos os níveis, etapas e modalidades, que tenham a necessidade de reorganizar asatividades acadêmicas ou de aprendizagem em face da suspensão das atividades escolares por conta da necessidade de ações preventivas àpropagação do Coronavírus;CONSIDERANDO o artigo 32, § 4º da LDB, que estabelece que o ensino fundamental será presencial, sendo o ensino a distância utilizado comocomplementação da aprendizagem ou em situações emergenciais;CONSIDERANDO que o Conselho Estadual de Educação expediu nota de esclarecimento sobre a reorganização do calendário escolar para asescolas que suspenderam as atividades em observância a recomendação disposta no Decreto Estadual Nº 18.884/2020;CONSIDERANDO a Resolução Nº 61/2020 do Conselho Estadual de Educação que dispõe sobre o regime especial de aulas não presenciaispara instituições integrantes do Sistema Estadual de Ensino do Piauí, em caráter de excepcionalidade e temporalidade, enquanto permaneceremas medidas de isolamento previstas na prevenção e combate ao novo Coronavirus - SARS - Cov2;CONSIDERANDO que o Decreto Estadual nº 18.913/2020, de 30.03.2020, e suas prorrogações que prorrogam a suspensão estabelecida noarts. 1º, inc. I e 2º do Decreto Estadual nº 18.884, das aulas da rede pública estadual de ensino, além de recomendar a suspensão das aulaspelas redes municipais e privadas, bem como pelas instituições de ensino superior públicas ou privadas;CONSIDERANDO que o referido decreto não se aplica às atividades realizadas com o uso de plataforma eletrônica, que dispense atividadepresencial (§ 2º, art.1º);CONSIDERANDO o Ministério Público do Estado do Piauí (MPPI), por meio do Centro de Apoio Operacional de Defesa da Educação e Cidadania(CAODEC), através da Nota Técnica nº 04/2020/CAODEC/MPPI, renovou o entendimento firmado por meio da Nota Técnica Nº02/2020/CAODEC/MPPI, especialmente no que diz respeito a continuidade das atividades escolares por meio de plataforma eletrônica, quedispense atividade presencial (§2º, art.1º do Decreto nº 18.913/2020, de 30 de março de 2020);CONSIDERANDO a necessidade de um regime especial de aulas não presenciais para instituições integrantes do Sistema Municipal de Ensinode Nova Santa Rita;CONSIDERANDO que o art. 8º, II da Resolução 174/2017 do CNMP, dispõe que o procedimento administrativo é o instrumento próprio daatividade-fim destinado "acompanhar e fiscalizar, de forma continuada, políticas públicas ou instituicões" e que "será instaurado por portariasucinta, com delimitação de seu objeto, aplicando-se, no que couber, o princípio da publicidade dos atos, previsto para o inquérito civil (art.9º)".RESOLVE:INSTAURAR o Procedimento Administrativo nº 047/2020, com o objetivo de acompanhar o cumprimento do art. 24 da Lei n.º 9.394/96 no âmbitodas Escolas Públicas Municipais de NOVA SANTA RITA e fiscalizar a implementação do sistema especial de aulas não presenciais pelaSecretaria Municipal de Educação, durante o período de suspensão das atividades letivas como medida preventiva à COVID-19,DETERMINANDO, desde já, as seguintes diligências:a) Autuação e registro da presente Portaria em livro da Promotoria de Justiça;b) Indicação, sob compromisso, para secretariar os trabalhos, da servidora Amanda Damasceno Carvalho e Sousa Borges ou eventual servidorsubstituto em casos de licenças, férias ou impedimentos;c) Seja remetida cópia desta portaria ao Centro de Apoio Operacional de Defesa da Educação e Cidadania (CAODEC), para conhecimento,conforme determina o art. 6º, 1º da Resolução nº 01/2018;d) Encaminhamento de cópias da presente para as publicações devidas, em especial no Mural desta Promotoria de Justiça e no Diário Eletrônicodo Ministério Público do Estado do Piauí;e) Expedição de Ofício à Secretaria Municipal de Nova Santa Rita requisitando as seguintes informações e justificativas:1 - Considerações sobre o fornecimento de suporte necessário para o sistema de aulas não presenciais, bem como acerca da capacitação dosprofissionais envolvidos;2 - Disponibilização de meios alternativos aos discentes que não dispõem do acesso a meios eletrônicos ou a rede de internet;3 - A forma pela qual será aferida a frequência dos alunos e o sistema de avaliação dos conteúdos ministrados durante o período;4 - Propostas e medidas para reorganização do calendário escolar;5 - Garantia de mecanismos de inclusão para alunos com necessidades educacionais especiais.f) Expedição de Ofício ao Conselho Municipal de Educação requisitando informações, justificativas e providências acerca do acompanhamento daimplementação do sistema especial de aulas não presenciais pela Secretaria Municipal de Educação de Nova Santa Rita.Publique-se. Cumpra-se.Ultimadas as providências preliminares, retornem para ulteriores deliberações.São João do Piauí/PI, 20 de maio de 2020.[Assinado digitalmente]Jorge Luiz da Costa PessoaPromotor de JustiçaPORTARIA N° 065/2020

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PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO Nº 48/2020OBJETO: Instaurar Procedimento Administrativo nº 048/2020 para acompanhar e fiscalizar a implementação do sistema especial de aulas nãopresenciais pela Secretaria Municipal de Educação de Lagoa do Barro do Piauí durante o período de suspensão das atividades letivas comomedida preventiva à COVID-19.O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, por meio do Promotor de Justiça infra-assinada, no uso de suas atribuições legais e, comfulcro nas disposições contidas nos artigos 127 e 129, incisos I e III, da Constituição Federal de 1988; artigo 26, inciso I da Lei Federal de nº8.625/93, art. 8º, § 1º da Lei nº 7.347/85 e artigo 37 da Lei Complementar Estadual nº 12/93, eCONSIDERANDO que incumbe ao Ministério Público à defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuaisindisponíveis (artigo 129 da CF e artigo 141 da Constituição do Estado do Piauí);CONSIDERANDO que a educação é direito público fundamental, nos termos do art. 6º da Constituição Federal de 1988;CONSIDERANDO que nos termos do art. 23, V, da Constituição Federal de 1988, é responsabilidade da União, Estado, Distrito Federal eMunicípio proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação e à ciência;CONSIDERANDO que, nos termos do art. 205 da Constituição Federal, a educação, direito de todos e dever do Estado e da família, serápromovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando o pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício dacidadania e sua qualificação para o trabalho;CONSIDERANDO que os incisos I, IV e VI do artigo 206 da Constituição Federal estabelecem, respectivamente, como princípios para aeducação: a igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; a gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais e agestão democrática do ensino público. Previsões reiteradas pela LDB e ECA;CONSIDERANDO que, em 30.01.2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que o surto da doença causada pelo Coronavírus(COVID-19) constitui Emergência de Saúde Pública de importância Internacional (ESPII);CONSIDERANDO que a ESPII é considerada, nos termos do Regulamento Sanitário Internacional (RSI), "um evento extraordinário que podeconstituir um risco de saúde pública para todos países devido a disseminação internacional de doenças; e potencialmente requer uma respostainternacional coordenada e imediata";CONSIDERANDO que o Ministério da Saúde, em 03.02.2020, através da Portaria GM/MS nº 188/2020, declarou "emergência em saúde públicade importância nacional", em decorrência da infecção humana pelo Coronavírus, considerando que a situação atual demanda o emprego urgentede medidas de prevenção, controle e contenção de riscos, danos e agravos à saúde pública;CONSIDERANDO que, em 11.03.2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou pandemia para o Coronavírus, ou seja, momento emque uma doença se espalha por diversos continentes com transmissão sustentada entre humanos;CONSIDERANDO que a classificação da situação mundial do novo Coronavírus como pandemia significa o risco potencial da doença infecciosaatingir a população mundial de forma simultânea, não se limitando a locais que já tenham sido identificadas como de transmissão interna;CONSIDERANDO a Nota Técnica nº 9/2020 - CGPROFI/DEPROS/SAP/MS, de 12/03/2020, expedida pelo Ministério da Saúde, que estabeleceuorientações de prevenção ao novo Coronavírus no âmbito do Programa Saúde na Escola, em razão dos ambientes escolares terem altacirculacao de pessoas e criancas, sendo estas integrantes do grupo vulnerável para desenvolvimento e disseminacao de doencas;CONSIDERANDO que as medidas a serem adotadas pelas redes de educação podem evitar o fluxo de contaminação para familiares, muitosdeles idosos, grupo mais vulnerável em razão da idade e comorbidades, conforme Posicionamento sobre o COVID-19, da Sociedade Brasileirade Geriatria e Gerontologia - SBGG, publicada em 15/03/2020;CONSIDERANDO que, em relação à questão pedagógica, o Conselho Nacional de Educação, através de Nota de Esclarecimento, traçouorientações aos sistemas e estabelecimentos de ensino de todos os níveis, etapas e modalidades, que tenham a necessidade de reorganizar asatividades acadêmicas ou de aprendizagem em face da suspensão das atividades escolares por conta da necessidade de ações preventivas àpropagação do Coronavírus;CONSIDERANDO o artigo 32, § 4º da LDB, que estabelece que o ensino fundamental será presencial, sendo o ensino a distância utilizado comocomplementação da aprendizagem ou em situações emergenciais;CONSIDERANDO que o Conselho Estadual de Educação expediu nota de esclarecimento sobre a reorganização do calendário escolar para asescolas que suspenderam as atividades em observância a recomendação disposta no Decreto Estadual Nº 18.884/2020;CONSIDERANDO a Resolução Nº 61/2020 do Conselho Estadual de Educação que dispõe sobre o regime especial de aulas não presenciaispara instituições integrantes do Sistema Estadual de Ensino do Piauí, em caráter de excepcionalidade e temporalidade, enquanto permaneceremas medidas de isolamento previstas na prevenção e combate ao novo Coronavirus - SARS - Cov2;CONSIDERANDO que o Decreto Estadual nº 18.913/2020, de 30.03.2020, e suas prorrogações que prorrogam a suspensão estabelecida noarts. 1º, inc. I e 2º do Decreto Estadual nº 18.884, das aulas da rede pública estadual de ensino, além de recomendar a suspensão das aulaspelas redes municipais e privadas, bem como pelas instituições de ensino superior públicas ou privadas;CONSIDERANDO que o referido decreto não se aplica às atividades realizadas com o uso de plataforma eletrônica, que dispense atividadepresencial (§2º, art.1º);CONSIDERANDO o Ministério Público do Estado do Piauí (MPPI), por meio do Centro de Apoio Operacional de Defesa da Educação e Cidadania(CAODEC), através da Nota Técnica nº 04/2020/CAODEC/MPPI, renovou o entendimento firmado por meio da Nota Técnica Nº02/2020/CAODEC/MPPI, especialmente no que diz respeito a continuidade das atividades escolares por meio de plataforma eletrônica, quedispense atividade presencial (§2º, art.1º do Decreto nº 18.913/2020, de 30 de março de 2020);CONSIDERANDO a necessidade de um regime especial de aulas não presenciais para instituições integrantes do Sistema Municipal de Ensinode Lagoa do Barro do Piauí;CONSIDERANDO que o art. 8º, II da Resolução 174/2017 do CNMP, dispõe que o procedimento administrativo é o instrumento próprio daatividade-fim destinado "acompanhar e fiscalizar, de forma continuada, políticas públicas ou instituicões" e que "será instaurado por portariasucinta, com delimitação de seu objeto, aplicando-se, no que couber, o princípio da publicidade dos atos, previsto para o inquérito civil (art.9º)".RESOLVE:INSTAURAR o Procedimento Administrativo nº 048/2020, com o objetivo de acompanhar o cumprimento do art. 24 da Lei n.º 9.394/96 no âmbitodas Escolas Públicas Municipais de LAGOA DO BARRO DO PIAUÍ e fiscalizar a implementação do sistema especial de aulas não presenciaispela Secretaria Municipal de Educação, durante o período de suspensão das atividades letivas como medida preventiva à COVID-19,DETERMINANDO, desde já, as seguintes diligências:a) Autuação e registro da presente Portaria em livro da Promotoria de Justiça;b) Indicação, sob compromisso, para secretariar os trabalhos, da servidora Amanda Damasceno Carvalho e Sousa Borges ou eventual servidorsubstituto em casos de licenças, férias ou impedimentos;c) Seja remetida cópia desta portaria ao Centro de Apoio Operacional de Defesa da Educação e Cidadania (CAODEC), para conhecimento,conforme determina o art. 6º, 1º da Resolução nº 01/2018;d) Encaminhamento de cópias da presente para as publicações devidas, em especial no Mural desta Promotoria de Justiça e no Diário Eletrônicodo Ministério Público do Estado do Piauí;e) Seja juntado o Plano de Contingência de Educação apresentado pelo Município de Lagoa do Barro do Piauí para este ano letivo de 2020,verificando se o referido plano apresenta as seguintes informaçõe:1 - Considerações sobre o fornecimento de suporte necessário para o sistema de aulas não presenciais, bem como acerca da capacitação dosprofissionais envolvidos;2 - Disponibilização de meios alternativos aos discentes que não dispõem do acesso a meios eletrônicos ou a rede de internet;

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3 - A forma pela qual será aferida a frequência dos alunos e o sistema de avaliação dos conteúdos ministrados durante o período;4 - Propostas e medidas para reorganização do calendário escolar;5 - Garantia de mecanismos de inclusão para alunos com necessidades educacionais especiais.f) Expedição de Ofício ao Conselho Municipal de Educação requisitando informações, justificativas e providências acerca do acompanhamento daimplementação do sistema especial de aulas não presenciais pela Secretaria Municipal de Educação de Lagoa do Barro do Piauí.Publique-se. Cumpra-se.Ultimadas as providências preliminares, retornem para ulteriores deliberações.São João do Piauí/PI, 20 de maio de 2020.[Assinado digitalmente]Jorge Luiz da Costa PessoaPromotor de JustiçaPORTARIA N° 066/2020PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO Nº 49/2020OBJETO: Instaurar Procedimento Administrativo nº 049/2020 para acompanhar e fiscalizar a implementação do sistema especial de aulas nãopresenciais pela Secretaria Municipal de Educação de Campo Alegre do Fidalgo durante o período de suspensão das atividades letivas comomedida preventiva à COVID-19.O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, por meio do Promotor de Justiça infra-assinada, no uso de suas atribuições legais e, comfulcro nas disposições contidas nos artigos 127 e 129, incisos I e III, da Constituição Federal de 1988; artigo 26, inciso I da Lei Federal de nº8.625/93, art. 8º, § 1º da Lei nº 7.347/85 e artigo 37 da Lei Complementar Estadual nº 12/93, eCONSIDERANDO que incumbe ao Ministério Público à defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuaisindisponíveis (artigo 129 da CF e artigo 141 da Constituição do Estado do Piauí);CONSIDERANDO que a educação é direito público fundamental, nos termos do art. 6º da Constituição Federal de 1988;CONSIDERANDO que nos termos do art. 23, V, da Constituição Federal de 1988, é responsabilidade da União, Estado, Distrito Federal eMunicípio proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação e à ciência;CONSIDERANDO que, nos termos do art. 205 da Constituição Federal, a educação, direito de todos e dever do Estado e da família, serápromovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando o pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício dacidadania e sua qualificação para o trabalho;CONSIDERANDO que os incisos I, IV e VI do artigo 206 da Constituição Federal estabelecem, respectivamente, como princípios para aeducação: a igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; a gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais e agestão democrática do ensino público. Previsões reiteradas pela LDB e ECA;CONSIDERANDO que, em 30.01.2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que o surto da doença causada pelo Coronavírus(COVID-19) constitui Emergência de Saúde Pública de importância Internacional (ESPII);CONSIDERANDO que a ESPII é considerada, nos termos do Regulamento Sanitário Internacional (RSI), "um evento extraordinário que podeconstituir um risco de saúde pública para todos países devido a disseminação internacional de doenças; e potencialmente requer uma respostainternacional coordenada e imediata";CONSIDERANDO que o Ministério da Saúde, em 03.02.2020, através da Portaria GM/MS nº 188/2020, declarou "emergência em saúde públicade importância nacional", em decorrência da infecção humana pelo Coronavírus, considerando que a situação atual demanda o emprego urgentede medidas de prevenção, controle e contenção de riscos, danos e agravos à saúde pública;CONSIDERANDO que, em 11.03.2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou pandemia para o Coronavírus, ou seja, momento emque uma doença se espalha por diversos continentes com transmissão sustentada entre humanos;CONSIDERANDO que a classificação da situação mundial do novo Coronavírus como pandemia significa o risco potencial da doença infecciosaatingir a população mundial de forma simultânea, não se limitando a locais que já tenham sido identificadas como de transmissão interna;CONSIDERANDO a Nota Técnica nº 9/2020 - CGPROFI/DEPROS/SAP/MS, de 12/03/2020, expedida pelo Ministério da Saúde, que estabeleceuorientações de prevenção ao novo Coronavírus no âmbito do Programa Saúde na Escola, em razão dos ambientes escolares terem altacirculacao de pessoas e criancas, sendo estas integrantes do grupo vulnerável para desenvolvimento e disseminacao de doencas;CONSIDERANDO que as medidas a serem adotadas pelas redes de educação podem evitar o fluxo de contaminação para familiares, muitosdeles idosos, grupo mais vulnerável em razão da idade e comorbidades, conforme Posicionamento sobre o COVID-19, da Sociedade Brasileirade Geriatria e Gerontologia - SBGG, publicada em 15/03/2020;CONSIDERANDO que, em relação à questão pedagógica, o Conselho Nacional de Educação, através de Nota de Esclarecimento, traçouorientações aos sistemas e estabelecimentos de ensino de todos os níveis, etapas e modalidades, que tenham a necessidade de reorganizar asatividades acadêmicas ou de aprendizagem em face da suspensão das atividades escolares por conta da necessidade de ações preventivas àpropagação do Coronavírus;CONSIDERANDO o artigo 32, § 4º da LDB, que estabelece que o ensino fundamental será presencial, sendo o ensino a distância utilizado comocomplementação da aprendizagem ou em situações emergenciais;CONSIDERANDO que o Conselho Estadual de Educação expediu nota de esclarecimento sobre a reorganização do calendário escolar para asescolas que suspenderam as atividades em observância a recomendação disposta no Decreto Estadual Nº 18.884/2020;CONSIDERANDO a Resolução Nº 61/2020 do Conselho Estadual de Educação que dispõe sobre o regime especial de aulas não presenciaispara instituições integrantes do Sistema Estadual de Ensino do Piauí, em caráter de excepcionalidade e temporalidade, enquanto permaneceremas medidas de isolamento previstas na prevenção e combate ao novo Coronavirus - SARS - Cov2;CONSIDERANDO que o Decreto Estadual nº 18.913/2020, de 30.03.2020, e suas prorrogações que prorrogam a suspensão estabelecida noarts. 1º, inc. I e 2º do Decreto Estadual nº 18.884, das aulas da rede pública estadual de ensino, além de recomendar a suspensão das aulaspelas redes municipais e privadas, bem como pelas instituições de ensino superior públicas ou privadas;CONSIDERANDO que o referido decreto não se aplica às atividades realizadas com o uso de plataforma eletrônica, que dispense atividadepresencial (§2º, art.1º);CONSIDERANDO o Ministério Público do Estado do Piauí (MPPI), por meio do Centro de Apoio Operacional de Defesa da Educação e Cidadania(CAODEC), através da Nota Técnica nº 04/2020/CAODEC/MPPI, renovou o entendimento firmado por meio da Nota Técnica Nº02/2020/CAODEC/MPPI, especialmente no que diz respeito a continuidade das atividades escolares por meio de plataforma eletrônica, quedispense atividade presencial (§2º, art.1º do Decreto nº 18.913/2020, de 30 de março de 2020);CONSIDERANDO a necessidade de um regime especial de aulas não presenciais para instituições integrantes do Sistema Municipal de Ensinode Campo Alegre do Fidalgo;CONSIDERANDO que o art. 8º, II da Resolução 174/2017 do CNMP, dispõe que o procedimento administrativo é o instrumento próprio daatividade-fim destinado "acompanhar e fiscalizar, de forma continuada, políticas públicas ou instituicões" e que "será instaurado por portariasucinta, com delimitação de seu objeto, aplicando-se, no que couber, o princípio da publicidade dos atos, previsto para o inquérito civil (art.9º)".RESOLVE:INSTAURAR o Procedimento Administrativo nº 049/2020, com o objetivo de acompanhar o cumprimento do art. 24 da Lei n.º 9.394/96 no âmbitodas Escolas Públicas Municipais de CAMPO ALEGRE DO FIDALGO e fiscalizar a implementação do sistema especial de aulas não presenciaispela Secretaria Municipal de Educação, durante o período de suspensão das atividades letivas como medida preventiva à COVID-19,DETERMINANDO, desde já, as seguintes diligências:

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a) Autuação e registro da presente Portaria em livro da Promotoria de Justiça;b) Indicação, sob compromisso, para secretariar os trabalhos, da servidora Amanda Damasceno Carvalho e Sousa Borges ou eventual servidorsubstituto em casos de licenças, férias ou impedimentos;c) Seja remetida cópia desta portaria ao Centro de Apoio Operacional de Defesa da Educação e Cidadania (CAODEC), para conhecimento,conforme determina o art. 6º, 1º da Resolução nº 01/2018;d) Encaminhamento de cópias da presente para as publicações devidas, em especial no Mural desta Promotoria de Justiça e no Diário Eletrônicodo Ministério Público do Estado do Piauí;e) Expedição de Ofício à Secretaria Municipal de Campo Alegre do Fidalgo requisitando as seguintes informações e justificativas:1 - Considerações sobre o fornecimento de suporte necessário para o sistema de aulas não presenciais, bem como acerca da capacitação dosprofissionais envolvidos;2 - Disponibilização de meios alternativos aos discentes que não dispõem do acesso a meios eletrônicos ou a rede de internet;3 - A forma pela qual será aferida a frequência dos alunos e o sistema de avaliação dos conteúdos ministrados durante o período;4 - Propostas e medidas para reorganização do calendário escolar;5 - Garantia de mecanismos de inclusão para alunos com necessidades educacionais especiais.f) Expedição de Ofício ao Conselho Municipal de Educação requisitando informações, justificativas e providências acerca do acompanhamento daimplementação do sistema especial de aulas não presenciais pela Secretaria Municipal de Educação de Campo Alegre do Fidalgo.Publique-se. Cumpra-se.Ultimadas as providências preliminares, retornem para ulteriores deliberações.São João do Piauí/PI, 20 de maio de 2020.[Assinado digitalmente]Jorge Luiz da Costa PessoaPromotor de JustiçaPORTARIA N° 067/2020PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO Nº 50/2020OBJETO: Instaurar Procedimento Administrativo nº 050/2020 para acompanhar e fiscalizar a implementação do sistema especial de aulas nãopresenciais pela Secretaria Municipal de Educação de João Costa durante o período de suspensão das atividades letivas como medidapreventiva à COVID-19.O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, por meio do Promotor de Justiça infra-assinada, no uso de suas atribuições legais e, comfulcro nas disposições contidas nos artigos 127 e 129, incisos I e III, da Constituição Federal de 1988; artigo 26, inciso I da Lei Federal de nº8.625/93, art. 8º, § 1º da Lei nº 7.347/85 e artigo 37 da Lei Complementar Estadual nº 12/93, eCONSIDERANDO que incumbe ao Ministério Público à defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuaisindisponíveis (artigo 129 da CF e artigo 141 da Constituição do Estado do Piauí);CONSIDERANDO que a educação é direito público fundamental, nos termos do art. 6º da Constituição Federal de 1988;CONSIDERANDO que nos termos do art. 23, V, da Constituição Federal de 1988, é responsabilidade da União, Estado, Distrito Federal eMunicípio proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação e à ciência;CONSIDERANDO que, nos termos do art. 205 da Constituição Federal, a educação, direito de todos e dever do Estado e da família, serápromovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando o pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício dacidadania e sua qualificação para o trabalho;CONSIDERANDO que os incisos I, IV e VI do artigo 206 da Constituição Federal estabelecem, respectivamente, como princípios para aeducação: a igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; a gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais e agestão democrática do ensino público. Previsões reiteradas pela LDB e ECA;CONSIDERANDO que, em 30.01.2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que o surto da doença causada pelo Coronavírus(COVID-19) constitui Emergência de Saúde Pública de importância Internacional (ESPII);CONSIDERANDO que a ESPII é considerada, nos termos do Regulamento Sanitário Internacional (RSI), "um evento extraordinário que podeconstituir um risco de saúde pública para todos países devido a disseminação internacional de doenças; e potencialmente requer uma respostainternacional coordenada e imediata";CONSIDERANDO que o Ministério da Saúde, em 03.02.2020, através da Portaria GM/MS nº 188/2020, declarou "emergência em saúde públicade importância nacional", em decorrência da infecção humana pelo Coronavírus, considerando que a situação atual demanda o emprego urgentede medidas de prevenção, controle e contenção de riscos, danos e agravos à saúde pública;CONSIDERANDO que, em 11.03.2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou pandemia para o Coronavírus, ou seja, momento emque uma doença se espalha por diversos continentes com transmissão sustentada entre humanos;CONSIDERANDO que a classificação da situação mundial do novo Coronavírus como pandemia significa o risco potencial da doença infecciosaatingir a população mundial de forma simultânea, não se limitando a locais que já tenham sido identificadas como de transmissão interna;CONSIDERANDO a Nota Técnica nº 9/2020 - CGPROFI/DEPROS/SAP/MS, de 12/03/2020, expedida pelo Ministério da Saúde, que estabeleceuorientações de prevenção ao novo Coronavírus no âmbito do Programa Saúde na Escola, em razão dos ambientes escolares terem altacirculacao de pessoas e criancas, sendo estas integrantes do grupo vulnerável para desenvolvimento e disseminacao de doencas;CONSIDERANDO que as medidas a serem adotadas pelas redes de educação podem evitar o fluxo de contaminação para familiares, muitosdeles idosos, grupo mais vulnerável em razão da idade e comorbidades, conforme Posicionamento sobre o COVID-19, da Sociedade Brasileirade Geriatria e Gerontologia - SBGG, publicada em 15/03/2020;CONSIDERANDO que, em relação à questão pedagógica, o Conselho Nacional de Educação, através de Nota de Esclarecimento, traçouorientações aos sistemas e estabelecimentos de ensino de todos os níveis, etapas e modalidades, que tenham a necessidade de reorganizar asatividades acadêmicas ou de aprendizagem em face da suspensão das atividades escolares por conta da necessidade de ações preventivas àpropagação do Coronavírus;CONSIDERANDO o artigo 32, § 4º da LDB, que estabelece que o ensino fundamental será presencial, sendo o ensino a distância utilizado comocomplementação da aprendizagem ou em situações emergenciais;CONSIDERANDO que o Conselho Estadual de Educação expediu nota de esclarecimento sobre a reorganização do calendário escolar para asescolas que suspenderam as atividades em observância a recomendação disposta no Decreto Estadual Nº 18.884/2020;CONSIDERANDO a Resolução Nº 61/2020 do Conselho Estadual de Educação que dispõe sobre o regime especial de aulas não presenciaispara instituições integrantes do Sistema Estadual de Ensino do Piauí, em caráter de excepcionalidade e temporalidade, enquanto permaneceremas medidas de isolamento previstas na prevenção e combate ao novo Coronavirus - SARS - Cov2;CONSIDERANDO que o Decreto Estadual nº 18.913/2020, de 30.03.2020, e suas prorrogações que prorrogam a suspensão estabelecida noarts. 1º, inc. I e 2º do Decreto Estadual nº 18.884, das aulas da rede pública estadual de ensino, além de recomendar a suspensão das aulaspelas redes municipais e privadas, bem como pelas instituições de ensino superior públicas ou privadas;CONSIDERANDO que o referido decreto não se aplica às atividades realizadas com o uso de plataforma eletrônica, que dispense atividadepresencial (§2º, art.1º);CONSIDERANDO o Ministério Público do Estado do Piauí (MPPI), por meio do Centro de Apoio Operacional de Defesa da Educação e Cidadania(CAODEC), através da Nota Técnica nº 04/2020/CAODEC/MPPI, renovou o entendimento firmado por meio da Nota Técnica Nº02/2020/CAODEC/MPPI, especialmente no que diz respeito a continuidade das atividades escolares por meio de plataforma eletrônica, que

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dispense atividade presencial (§2º, art.1º do Decreto nº 18.913/2020, de 30 de março de 2020);CONSIDERANDO a necessidade de um regime especial de aulas não presenciais para instituições integrantes do Sistema Municipal de Ensinode João Costa;CONSIDERANDO que o art. 8º, II da Resolução 174/2017 do CNMP, dispõe que o procedimento administrativo é o instrumento próprio daatividade-fim destinado "acompanhar e fiscalizar, de forma continuada, políticas públicas ou instituicões" e que "será instaurado por portariasucinta, com delimitação de seu objeto, aplicando-se, no que couber, o princípio da publicidade dos atos, previsto para o inquérito civil (art.9º)".RESOLVE:INSTAURAR o Procedimento Administrativo nº 050/2020, com o objetivo de acompanhar o cumprimento do art. 24 da Lei n.º 9.394/96 no âmbitodas Escolas Públicas Municipais de JOÃO COSTA e fiscalizar a implementação do sistema especial de aulas não presenciais pela SecretariaMunicipal de Educação, durante o período de suspensão das atividades letivas como medida preventiva à COVID-19, DETERMINANDO, desdejá, as seguintes diligências:a) Autuação e registro da presente Portaria em livro da Promotoria de Justiça;b) Indicação, sob compromisso, para secretariar os trabalhos, da servidora Amanda Damasceno Carvalho e Sousa Borges ou eventual servidorsubstituto em casos de licenças, férias ou impedimentos;c) Seja remetida cópia desta portaria ao Centro de Apoio Operacional de Defesa da Educação e Cidadania (CAODEC), para conhecimento,conforme determina o art. 6º, 1º da Resolução nº 01/2018;d) Encaminhamento de cópias da presente para as publicações devidas, em especial no Mural desta Promotoria de Justiça e no Diário Eletrônicodo Ministério Público do Estado do Piauí;e) Expedição de Ofício à Secretaria Municipal de João Costa requisitando as seguintes informações e justificativas:1 - Considerações sobre o fornecimento de suporte necessário para o sistema de aulas não presenciais, bem como acerca da capacitação dosprofissionais envolvidos;2 - Disponibilização de meios alternativos aos discentes que não dispõem do acesso a meios eletrônicos ou a rede de internet;3 - A forma pela qual será aferida a frequência dos alunos e o sistema de avaliação dos conteúdos ministrados durante o período;4 - Propostas e medidas para reorganização do calendário escolar;5 - Garantia de mecanismos de inclusão para alunos com necessidades educacionais especiais.f) Expedição de Ofício ao Conselho Municipal de Educação requisitando informações, justificativas e providências acerca do acompanhamento daimplementação do sistema especial de aulas não presenciais pela Secretaria Municipal de Educação de João Costa.Publique-se. Cumpra-se.Ultimadas as providências preliminares, retornem para ulteriores deliberações.São João do Piauí/PI, 20 de maio de 2020.[Assinado digitalmente]Jorge Luiz da Costa PessoaPromotor de JustiçaPORTARIA N° 068/2020PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO Nº 51/2020OBJETO: Instaurar Procedimento Administrativo nº 051/2020 para acompanhar e fiscalizar a implementação do sistema especial de aulas nãopresenciais pela Secretaria Municipal de Educação de Pedro Laurentino durante o período de suspensão das atividades letivas como medidapreventiva à COVID-19.O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, por meio do Promotor de Justiça infra-assinada, no uso de suas atribuições legais e, comfulcro nas disposições contidas nos artigos 127 e 129, incisos I e III, da Constituição Federal de 1988; artigo 26, inciso I da Lei Federal de nº8.625/93, art. 8º, § 1º da Lei nº 7.347/85 e artigo 37 da Lei Complementar Estadual nº 12/93, eCONSIDERANDO que incumbe ao Ministério Público à defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuaisindisponíveis (artigo 129 da CF e artigo 141 da Constituição do Estado do Piauí);CONSIDERANDO que a educação é direito público fundamental, nos termos do art. 6º da Constituição Federal de 1988;CONSIDERANDO que nos termos do art. 23, V, da Constituição Federal de 1988, é responsabilidade da União, Estado, Distrito Federal eMunicípio proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação e à ciência;CONSIDERANDO que, nos termos do art. 205 da Constituição Federal, a educação, direito de todos e dever do Estado e da família, serápromovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando o pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício dacidadania e sua qualificação para o trabalho;CONSIDERANDO que os incisos I, IV e VI do artigo 206 da Constituição Federal estabelecem, respectivamente, como princípios para aeducação: a igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; a gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais e agestão democrática do ensino público. Previsões reiteradas pela LDB e ECA;CONSIDERANDO que, em 30.01.2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que o surto da doença causada pelo Coronavírus(COVID-19) constitui Emergência de Saúde Pública de importância Internacional (ESPII);CONSIDERANDO que a ESPII é considerada, nos termos do Regulamento Sanitário Internacional (RSI), "um evento extraordinário que podeconstituir um risco de saúde pública para todos países devido a disseminação internacional de doenças; e potencialmente requer uma respostainternacional coordenada e imediata";CONSIDERANDO que o Ministério da Saúde, em 03.02.2020, através da Portaria GM/MS nº 188/2020, declarou "emergência em saúde públicade importância nacional", em decorrência da infecção humana pelo Coronavírus, considerando que a situação atual demanda o emprego urgentede medidas de prevenção, controle e contenção de riscos, danos e agravos à saúde pública;CONSIDERANDO que, em 11.03.2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou pandemia para o Coronavírus, ou seja, momento emque uma doença se espalha por diversos continentes com transmissão sustentada entre humanos;CONSIDERANDO que a classificação da situação mundial do novo Coronavírus como pandemia significa o risco potencial da doença infecciosaatingir a população mundial de forma simultânea, não se limitando a locais que já tenham sido identificadas como de transmissão interna;CONSIDERANDO a Nota Técnica nº 9/2020 - CGPROFI/DEPROS/SAP/MS, de 12/03/2020, expedida pelo Ministério da Saúde, que estabeleceuorientações de prevenção ao novo Coronavírus no âmbito do Programa Saúde na Escola, em razão dos ambientes escolares terem altacirculacao de pessoas e criancas, sendo estas integrantes do grupo vulnerável para desenvolvimento e disseminacao de doencas;CONSIDERANDO que as medidas a serem adotadas pelas redes de educação podem evitar o fluxo de contaminação para familiares, muitosdeles idosos, grupo mais vulnerável em razão da idade e comorbidades, conforme Posicionamento sobre o COVID-19, da Sociedade Brasileirade Geriatria e Gerontologia - SBGG, publicada em 15/03/2020;CONSIDERANDO que, em relação à questão pedagógica, o Conselho Nacional de Educação, através de Nota de Esclarecimento, traçouorientações aos sistemas e estabelecimentos de ensino de todos os níveis, etapas e modalidades, que tenham a necessidade de reorganizar asatividades acadêmicas ou de aprendizagem em face da suspensão das atividades escolares por conta da necessidade de ações preventivas àpropagação do Coronavírus;CONSIDERANDO o artigo 32, § 4º da LDB, que estabelece que o ensino fundamental será presencial, sendo o ensino a distância utilizado comocomplementação da aprendizagem ou em situações emergenciais;CONSIDERANDO que o Conselho Estadual de Educação expediu nota de esclarecimento sobre a reorganização do calendário escolar para asescolas que suspenderam as atividades em observância a recomendação disposta no Decreto Estadual Nº 18.884/2020;

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3.6. PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE ITAINÓPOLIS-PI11768

CONSIDERANDO a Resolução Nº 61/2020 do Conselho Estadual de Educação que dispõe sobre o regime especial de aulas não presenciaispara instituições integrantes do Sistema Estadual de Ensino do Piauí, em caráter de excepcionalidade e temporalidade, enquanto permaneceremas medidas de isolamento previstas na prevenção e combate ao novo Coronavirus - SARS - Cov2;CONSIDERANDO que o Decreto Estadual nº 18.913/2020, de 30.03.2020, e suas prorrogações que prorrogam a suspensão estabelecida noarts. 1º, inc. I e 2º do Decreto Estadual nº 18.884, das aulas da rede pública estadual de ensino, além de recomendar a suspensão das aulaspelas redes municipais e privadas, bem como pelas instituições de ensino superior públicas ou privadas;CONSIDERANDO que o referido decreto não se aplica às atividades realizadas com o uso de plataforma eletrônica, que dispense atividadepresencial (§2º, art.1º);CONSIDERANDO o Ministério Público do Estado do Piauí (MPPI), por meio do Centro de Apoio Operacional de Defesa da Educação e Cidadania(CAODEC), através da Nota Técnica nº 04/2020/CAODEC/MPPI, renovou o entendimento firmado por meio da Nota Técnica Nº02/2020/CAODEC/MPPI, especialmente no que diz respeito a continuidade das atividades escolares por meio de plataforma eletrônica, quedispense atividade presencial (§2º, art.1º do Decreto nº 18.913/2020, de 30 de março de 2020);CONSIDERANDO a necessidade de um regime especial de aulas não presenciais para instituições integrantes do Sistema Municipal de Ensinode Pedro Laurentino;CONSIDERANDO que o art. 8º, II da Resolução 174/2017 do CNMP, dispõe que o procedimento administrativo é o instrumento próprio daatividade-fim destinado "acompanhar e fiscalizar, de forma continuada, políticas públicas ou instituicões" e que "será instaurado por portariasucinta, com delimitação de seu objeto, aplicando-se, no que couber, o princípio da publicidade dos atos, previsto para o inquérito civil (art.9º)".RESOLVE:INSTAURAR o Procedimento Administrativo nº 051/2020, com o objetivo de acompanhar o cumprimento do art. 24 da Lei n.º 9.394/96 no âmbitodas Escolas Públicas Municipais de PEDRO LAURENTINO e fiscalizar a implementação do sistema especial de aulas não presenciais pelaSecretaria Municipal de Educação, durante o período de suspensão das atividades letivas como medida preventiva à COVID-19,DETERMINANDO, desde já, as seguintes diligências:a) Autuação e registro da presente Portaria em livro da Promotoria de Justiça;b) Indicação, sob compromisso, para secretariar os trabalhos, da servidora Amanda Damasceno Carvalho e Sousa Borges ou eventual servidorsubstituto em casos de licenças, férias ou impedimentos;c) Seja remetida cópia desta portaria ao Centro de Apoio Operacional de Defesa da Educação e Cidadania (CAODEC), para conhecimento,conforme determina o art. 6º, 1º da Resolução nº 01/2018;d) Encaminhamento de cópias da presente para as publicações devidas, em especial no Mural desta Promotoria de Justiça e no Diário Eletrônicodo Ministério Público do Estado do Piauí;e) Expedição de Ofício à Secretaria Municipal de Pedro Laurentino requisitando as seguintes informações e justificativas:1 - Considerações sobre o fornecimento de suporte necessário para o sistema de aulas não presenciais, bem como acerca da capacitação dosprofissionais envolvidos;2 - Disponibilização de meios alternativos aos discentes que não dispõem do acesso a meios eletrônicos ou a rede de internet;3 - A forma pela qual será aferida a frequência dos alunos e o sistema de avaliação dos conteúdos ministrados durante o período;4 - Propostas e medidas para reorganização do calendário escolar;5 - Garantia de mecanismos de inclusão para alunos com necessidades educacionais especiais.f) Expedição de Ofício ao Conselho Municipal de Educação requisitando informações, justificativas e providências acerca do acompanhamento daimplementação do sistema especial de aulas não presenciais pela Secretaria Municipal de Educação de Pedro Laurentino.Publique-se. Cumpra-se.Ultimadas as providências preliminares, retornem para ulteriores deliberações.São João do Piauí/PI, 20 de maio de 2020.[Assinado digitalmente]Jorge Luiz da Costa PessoaPromotor de Justiça

PROTOCOLO SIMP N. 000200-267/2020PORTARIA N. 19/2020PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO N. 12/2020O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE PIAUÍ, por sua representante, no Grupo Regional de Promotorias Integradas no Acompanhamentodo COVID-19 de Picos-PI, no uso das atribuições que lhes são conferidas pelos arts. 127, 129, III, da Constituição Federal, art. 26, I da Lei n°8.625/93 e art. 37, incisos I, V e VI, da Lei Complementar Estadual n° 12/93,CONSIDERANDO que a Resolução CNMP nº 174, de 04 de julho de 2017, autorizou a instauração de PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO,para acompanhar e fiscalizar, de forma continuada, políticas públicas ou instituições;CONSIDERANDO que o Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa daordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis, nos termos do art. 127, caput, da Constituição daRepública;CONSIDERANDO que, em 30.01.2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que o surto da doença causada pelo Coronavírus(COVID-19) constitui Emergência de Saúde Pública de importância Internacional (ESPII);CONSIDERANDO que a ESPII é considerada, nos termos do Regulamento Sanitário Internacional (RSI), "um evento extraordinário que podeconstituir um risco de saúde pública para outros países devido à disseminação internacional de doenças; e potencialmente requer uma respostainternacional coordenada e imediata";CONSIDERANDO que o Ministério da Saúde, em 30/01/2020, através da Portaria GM/MS nº 188/2020, declarou "emergência em saúde públicade importância nacional", em decorrência da infecção humana pelo Coronavírus, considerando que a situação atual demanda o emprego urgentede medidas de prevenção, controle e contenção de riscos, danos e agravos à saúde pública;CONSIDERANDO que, em 11/03/2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou pandemia para o Coronavírus, ou seja, momento emque uma doença se espalha por diversos continentes com transmissão sustentada entre humanos;CONSIDERANDO que a classificação da situação mundial do novo coronavírus (COVID-19, SARSCoV-2) como pandemia significa o riscopotencial da doença infecciosa atingir a população mundial de forma simultânea, não se limitando a locais que já tenham sido identificadas comode transmissão interna;CONSIDERANDO que o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), por meio da Comissão da Saúde, emitiu a Nota Técnica Conjunta nº01/2020 - CES/CNMP/1ª CCR, contendo subsídios para a atuação coordenada do Ministério Público voltada ao enfrentamento do COVID-19;CONSIDERANDO que, em se tratando de desastres, a emergência e calamidade pública devem ser declaradas mediante decreto do chefe doExecutivo, segundo o art. 65, caput, da Lei nº 101 de 04 de março de 2000, Lei de responsabilidade Fiscal;CONSIDERANDO o Decreto nº 18.885, de 19 de março de 2020, que deflagra a situação de calamidade pública no Estado do Piauí;CONSIDERANDO que além do Estado do Piauí, diversos municípios estão - ou estarão - expedindo decretos locais de emergência e calamidadepública em virtude da pandemia do COVID-19, e que sob esta condição poderão realizar compras emergenciais de produtos e utensílios de

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saúde com dispensa de licitação;CONSIDERANDO ser o Ministério Público órgão agente da fiscalização da gestão pública de saúde, assim definido na Seção IV, Capítulo IV, daLei Complementar Federal nº 141, de 13 de janeiro de 2012;CONSIDERANDO que para a contratação de bens, obras ou serviços pela Administração Pública vige o princípio da obrigatoriedade doprocedimento licitatório, conforme exigência da Constituição Federal (art. 37, XI) e Lei 8.666/93, como medida de legalidade, impessoalidade,isonomia, eficiência e moralidade;CONSIDERANDO que o Decreto Nº 7.257/10, que dispõe sobre o Sistema Nacional de Defesa Civil -SINDEC, estabelece os conceitos deemergência e de calamidade pública, nos exatos termos adiante expostos:Art. 2° Para os efeitos deste Decreto, considera-se:II - desastre: resultado de eventos adversos, naturais ou provocados pelo homem sobre um ecossistema vulnerável, causando danos humanos,materiais ou ambientais e consequentes prejuízos econômicos e sociais;III - situação de emergência: situação anormal, provocada por desastres, causando danos e prejuízos que impliquem o comprometimento parcialda capacidade de resposta do poder público do ente atingido;IV - estado de calamidade pública: situação anormal, provocada por desastres, causando danos e prejuízos que impliquem o comprometimentosubstancial da capacidade de resposta do poder público do ente atingido.CONSIDERANDO que dentre as medidas emergenciais adotadas pela Lei nº 13.979/2020, pode-se dar destaque à criação de nova hipótese dedispensa de licitação para aquisição de bens, serviços, inclusive de engenharia, e insumos destinados ao enfrentamento da emergência de saúdepública de importância internacional decorrente do coronavírus, sendo consideradas presumidas: a) a ocorrência de situação de emergência; b) anecessidade de pronto atendimento da situação de emergência; c) a existência de risco a segurança de pessoas, obras, prestação de serviços,equipamentos e outros bens, públicos ou particulares; e d) a limitação da contratação à parcela necessária ao atendimento da situação deemergência;CONSIDERANDO que no seu art. 4º, referida legislação, aplicável a todos os entes políticos (União, Estados, Municípios e Distrito Federal), éexpressa ao prever que a dispensa de licitação baseada na emergência em razão do COVID-19 é temporária e deve ser aplicada apenasenquanto perdurar a emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus COVID-19;CONSIDERANDO que dentre os requisitos legais exigidos, a nova legislação prevê a disponibilização, em sítio eletrônico específico, de todas ascontratações ou aquisições realizadas, verbis:"Art. 4º - (...)§2º - Todas as contratações ou aquisições realizadas com fulcro nesta Lei serão imediatamente disponibilizadas em sítio oficial específico narede mundial de computadores (internet), contendo, no que couber, além das informações previstas no § 3o do art. 8o da Lei no 12.527, de 18 denovembro de 2011, o nome do contratado, o número de sua inscrição na Receita Federal do Brasil, o prazo contratual, o valor e o respectivoprocesso de contratação ou aquisição"CONSIDERANDO que no âmbito federal, o Ministério da Saúde criou em seu sítio eletrônico (https://saude.gov.br/) um link de acesso rápido atodas as contratações e aquisições realizadas na prevenção e combate ao coronavírus COVID-19;CONSIDERANDO que a Nota Técnica 01/2020 do TCE/PI afirma que em razão da necessidade de enfrentamento da emergência de saúdepública de importância internacional decorrente do coronavírus, o legislador ordinário trouxe ao ordenamento jurídico pátrio nova hipótesetemporária de contratação direta, prevista no art. 4º da Lei n.º 13.979/2020. Além disso, foram inseridos posteriormente nessa lei, por meio demedidas provisórias, dispositivos específicos aplicáveis tanto ao procedimento de justificação da nova hipótese de dispensa de licitação quantoaos processos licitatórios voltados ao desiderato de enfrentar a situação emergencialCONSIDERANDO que a Nota Técnica 01/2020 do TCE/PI afirma, em seu item 5.4, que o objeto da contratação direta em questão deve estaradstrito à aquisição de bens, serviços, inclusive de engenharia, e insumos destinados especificamente ao enfrentamento da emergência de saúdepública decorrente do coronavírus (Lei n.º 13.979/2020, art. 4º, caput, c/c Lei n.º 8.666/1993, art. 26, parágrafo único, I). Logo, deve haver nosautos a demonstração de que o contrato é adequado e necessário ao atendimento da situação emergencial (Lei n.º 13.979/2020, art. 4º-E, § 1º, IIe III);CONSIDERANDO que o artigo 4º da Lei 13.979/2020 dispensa a licitação para a aquisição de bens serviços e insumos de saúde destinados aenfrentamento da Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional e Nacional, decorrente do Coronavírus - Covid-19;CONSIDERANDO a Nota Técnica exarada pelo Gabinete de Acompanhamento e Prevenção ao COVID-19 deste Ministério Público, orientandoos gestores estaduais sobre as compras e serviços contratados pelos entes municipal e/ou estadual, no âmbito do Piauí, fundados no decreto desituação de emergência ou de calamidade pública em virtude da pandemia do COVID-19, para aquisição de bens, serviços e insumos destinadosao enfrentamento da emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do coronavirus;CONSIDERANDO a efetivação da política de transparência da administração pública, como vincula o art. 4º, parágrafo 2º, da Lei 13.979/2020, ede acordo com o item 5.14, da Nota Técnica 01/20, do TCE/PI; e do item 7, da Nota Técnica Orientativa do Gabinete de Acompanhamento ePrevenção à COVID19 (GAP-COVID19), do Ministério Público do Piauí, devendo o Ente Público criar uma aba específica no portal datransparência de seu sítio eletrônico, alimentando-a diariamente e apresentando de forma discriminada os valores orçamentários e a execução dedespesas, como decretos e atos administrativos que autorizam realocação de recursos ou abrem créditos adicionais, contratos administrativos deprestação e fornecimento de bens e serviços, nota de empenho, liquidação e pagamento, descrição do bem e/ou serviço, o quantitativo, o valorunitário e total da aquisição, a data da compra e o nome do fornecedor, inclusive CNPJ, ou seja, todas as receitas e gastos públicos relacionadosespecificamente ao enfrentamento e mitigação da pandemia decorrente do COVID-19;CONSIDERANDO que, conforme a Nota Técnica 01/2020 do TCE/PI, em seu item 6.10, deve ser publicada, sem prejuízo da imediatadisponibilização em sítio eletrônico oficial na rede mundial de computadores (internet) das informações relativas às contratações decorrentes daLei n.º 13.979/2020, com todos os elementos previstos no § 2º do art. 4º desta lei - nome do contratado, número de sua inscrição na ReceitaFederal do Brasil, prazo contratual, valor e o respectivo processo de contratação ou aquisição -, além dos exigidos na Lei n.º 12.527/2011 (Lei deAcesso à Informação), deve ser efetuada a publicação resumida do instrumento de contrato, bem como de eventuais aditamentos, na imprensaoficial, nos termos dispostos no parágrafo único do art. 61 da Lei n.º 8.666/1993;CONSIDERANDO a criação desse Grupo Regional de Promotorias Integradas no Acompanhamento do COVID-19, através da RESOLUÇÃOCPJ/PI nº 02 do Parquet estadual;CONSIDERANDO a necessidade da padronização dos procedimentos extrajudiciais do Ministério Público, sendo o Procedimento Administrativodestinado ao acompanhamento de fiscalizações, de cunho permanente ou não, de fatos, instituições, e políticas públicas, assim como outrosprocedimentos não sujeitos a inquérito civil e o procedimento preparatório refere-se ao procedimento formal, prévio ao Inquérito Civil, que visa àapuração de elementos de identificação dos investigados ou do objeto (artigo 9º da Lei nº 7.347/85 e artigo 2º, §§ 4º a 7º, da Resolução nº 23, de17 de setembro de 2007 -CNMP);CONSIDERANDO, também, o Procedimento Administrativo n. 13/2020, SIMP 000199-267/2020, o qual visa investigar a aplicação dos recursospúblicos destinados ao município de Isaías Coelho-PI por meio da Portaria GMS n. 480/2020RESOLVE RETIFICAR A PORTARIA N. 15/2020, ampliando o objeto investigado no presente feito, com a finalidade de acompanhar os fatosacima mencionados e suas repercussões jurídicas, determinando, para tanto:I - a modificação do objeto do presente do procedimento administrativo, conforme descrito acima, e seu registro em livro próprio, nos moldes doart. 9º da Resolução 174 do CNMP;II - a afixação da presente portaria no local de costume para fins de publicação;III - A designação de Maylson Araújo Luz, Estagiário Ministerial de Promotoria de Justiça, para secretariar este Procedimento, devendo-se lavrar

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o devido termo de compromisso;IV- junte-se aos autos cópia do Decreto Municipal que declara emergência em saúde pública no Município de Isaías Coelho-PI, em razão dapandemia do Novo Coronavírus - Covid-19, caso editado;V - remessa de cópia desta portaria ao Centro de Apoio de Combate à Corrupção de Defesa do Patrimônio Público - CACOPVI- seja requisitado ao Prefeito do Município de Isaías Coelho-PI que encaminhe a este órgão ministerial, no prazo de 20 (vinte) dias, nos termosdo artigo 8º, inciso IV e § 5º da LC 75/93 - Lei Orgânica do Ministério Público da União - c/c artigo 80 da Lei 8.625/93 - Lei Orgânica Nacional doMinistério Público - e artigo 37, "b" da LC Estadual nº 12/93 - Lei Orgânica do Ministério Público do Estado do Piauí, devendo as respostas seremencaminhadas ao e-mail institucional [email protected]:1. O decreto de emergência ou de calamidade pública, reconhecida pela Assembleia Legislativa do Piauí, para contenção e prevenção aoCOVID-19, nos termos do artigo 65, da LC 101/2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal);2. Relação dos procedimentos licitatórios e contratos administrativos realizados com fundamento nos respectivos decretos de emergência ou decalamidade pública em razão da COVID-19, contendo as seguintes informações: número do procedimento licitatório, objeto, preço (valor), data deabertura, modalidade (ex: pregão eletrônico), empresa vencedora (indicando CNPJ), e o número do contrato administrativo, CONFORMETABELA EM ANEXO a ser preenchida pelo gestor[1];3. Relação dos procedimentos de dispensa de licitação firmados de acordo com a novel regulamentação do artigo 4º, e seguintes, da lei13.979/20 (Lei do Coronavirus), contendo as seguintes informações: número do procedimento licitatório de dispensa, objeto, preço (valor), datade abertura, empresa contratada (com CNPJ) e o número do contrato administrativo, CONFORME TABELA EM ANEXO a ser preenchida pelogestor;4. informações sobre a efetivação da política de transparência da administração pública, através da criação de uma aba específica no portal datransparência do Ente, alimentando-a diariamente e apresentando de forma discriminada os valores orçamentários e a execução de despesas,como decretos e atos administrativos que autorizam realocação de recursos ou abrem créditos adicionais, contratos administrativos de prestaçãoe fornecimento de bens e serviços, nota de empenho, liquidação e pagamento, descrição do bem e/ou serviço, o quantitativo, o valor unitário etotal da aquisição, a data da compra e o nome do fornecedor, inclusive CNPG, ou seja, todas as receitas e gastos públicos relacionadosespecificamente ao enfrentamento e mitigação da pandemia decorrente do COVID-19, como determina o artigo 4º, parágrafo 2º, da Lei13.979/2020, e de acordo com o item 5.14, da Nota Técnica 01/20, do TCE/PI; e do item 7, da Nota Técnica Orientativa do Gabinete deAcompanhamento e Prevenção à COVID-19 (GAP-COVID19), do Ministério Público do Piauí[2];5. o(s) ato(s) administrativo(s) que designou o gestor e o(s) fiscal(is) do(s) contrato(s) administrativo(s) firmado(s) para contenção da COVID-19,nos termos do item 6 da Nota Técnica Orientativa do Gabinete de Acompanhamento e Prevenção à COVID-19 (GAP-COVID19), do MinistérioPúblico do Piauí;6. os decretos que autorizam a realocação dos recursos (remanejamento, transposição ou transferência), aprovados na Lei Orçamentária Anual(LOA), para a contenção da COVID-19, com a respectiva aprovação de lei específica pela Casa Legislativa, nos termos do artigo 167, VI, daConstituição Federal. Caso existam realocações de recursos sem decreto e/ou lei específica, encaminhar ao Ministério Público o atoadministrativo que autorizou, explicitando os motivos da realocação sem o decreto e/ou a norma específica;7. os decretos que autorizam abertura de créditos adicionais (extraordinários, suplementares ou especiais) para combate e prevenção à COVID-19, nos termos do artigo 167, V e §3º, da CF/88[3];8. os decretos de abertura de crédito adicional que permitem a operacionalização da utilização da reserva de contingência, bem como a lei préviae específica que a autorizam, nos termos dos artigos 5º, III, da LRF; e 7º, 42 e 43 da Lei nº 4.320/64. Caso existam abertura de créditos semdecreto e/ou lei específica, encaminhar ao Ministério Público o ato administrativo que autorizou, explicitando os motivos da realocação sem odecreto e/ou a norma específica;9. plano de contingenciamento de despesas para otimizar gastos, em razão dos efeitos econômicos da COVID-19;10. informação sobre a criação de programa ou ação orçamentária específica para despesas relacionadas ao COVID-19, como assim fez a União(Governo Federal), através das ações orçamentárias "21C0", "00S4", "21C2" e "00S5", pelas quais é possível consultar e detalhar gastos diretospara contenção da COVID-19, conforme recomendação da Nota Técnica SEI n. 12774/ME, da Secretaria do Tesouro Nacional. Na hipótese deinexistir, explanar os motivos;o compartilhamento dessas informações e documentos com a Comissão voltada para análise concomitante da aplicação dos recursos públicosdestinados ao combate ao novo coronavirus - COVID-19 no Estado do Piauí, do Tribunal de Contas do Piauí (TCE/PI)[4];VII. Encaminhe-se a recomendação que segue ao Prefeito e Secretário de Saúde do Município de Isaías Coelho-PI.VIII. Realize-se pesquisa no Portal da Transparência do Município de Isaías Coelho-PI, buscando identificar:1. Se já existe a efetivação da política de transparência da administração pública, através da criação de uma aba específica no portal datransparência do Ente, sendo esta alimentada diariamente com a apresentação de forma discriminada dos valores orçamentários e a execuçãode despesas, como decretos e atos administrativos que autorizam realocação de recursos ou abrem créditos adicionais, contratos administrativosde prestação e fornecimento de bens e serviços, nota de empenho, liquidação e pagamento, descrição do bem e/ou serviço, o quantitativo, ovalor unitário e total da aquisição, a data da compra e o nome do fornecedor, inclusive CNPG, ou seja, todas as receitas e gastos públicosrelacionados especificamente ao enfrentamento e mitigação da pandemia decorrente do COVID-19, como determina o artigo 4º, parágrafo 2º, daLei 13.979/2020, e de acordo com o item 5.14, da Nota Técnica 01/20, do TCE/PI; e do item 7, da Nota Técnica Orientativa do Gabinete deAcompanhamento e Prevenção à COVID-19 (GAP-COVID19), do Ministério Público do Piauí.Após cumpridas integralmente as diligências, com a devida certificação, com ou sem respostas, voltem-me os autos conclusos.REGISTRE-SE e CUMPRA-SE.Expedientes necessários.Itainópolis-PI, 14 de Maio de 2020ROMANA LEITE VIEIRAPromotora de JustiçaPA n. 12/2020 - SIMP N. 000200-267/2020NOTIFICAÇÃO RECOMENDATÓRIA N. 30/2020O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, através da Promotoria de Justiça de Itainópolis-PI, com fundamento no art. 27, parágrafoúnico, inciso IV, da Lei n° 8.625, de 12.02.93 (Lei Orgânica Nacional do Ministério Público) e art. 38, parágrafo único, inciso IV, da LeiComplementar n° 12, de 18.12.93 (Lei Orgânica Estadual), e ainda,CONSIDERANDO que, nos termos do art. 127 da Constituição Federal, incumbe ao Ministério Público a defesa da ordem jurídica, do regimedemocrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis;CONSIDERANDO que compete ao Ministério Público expedir recomendações em visando à proteção de interesses difusos e coletivos, bemcomo ao respeito aos interesses, direitos e bens cuja defesa lhe cabe promover, fixando prazo razoável para a adoção das providências cabíveis(LC N.º 73/95, art. 6º, e Lei N.º 8.625/93, art. 80);CONSIDERANDO que a vida e a saúde constituem direitos fundamentais do ser humano, sendo de grande relevância pública;CONSIDERANDO que a saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução dorisco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação,conforme previsto no artigo 196 da Constituição Federal e artigo 203 da Constituição Estadual;CONSIDERANDO que, em 30.01.2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que o surto da doença causada pelo Coronavírus(COVID-19) constitui Emergência de Saúde Pública de importância Internacional (ESPII);

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CONSIDERANDO o notório estado de emergência presente no mundo em razão da disseminação do novo Coronavírus COVID-19, levando aOrganização Mundial da Saúde - OMS a declarar situação de pandemia no dia 11.3.2020, ao passo em que pleiteou, por parte de todos ospaíses, uma "ação urgente e agressiva" para sua contenção;CONSIDERANDO que a classificação da situação mundial do novo Coronavírus (COVID-19, SARSCoV-2) como pandemia significa o riscopotencial da doença infecciosa atingir a população mundial de forma simultânea, não se limitando a locais que já tenham sido identificadas comode transmissão interna;CONSIDERANDO que o vírus, de origem provável na cidade de Wuhan, na República da China, possui uma extraordinária facilidade detransmissão e intriga cientistas do mundo todo, o qual vem causando um aumento expressivo no número de pessoas infectadas e um grandenúmero de mortes;CONSIDERANDO que as consequências da ausência de medidas rápidas e efetivas de prevenção da disseminação do vírus são da mais altagravidade;CONSIDERANDO que a progressão do COVID-19 tem sido exponencial em todo o mundo, de forma tal que todos os Governos - incluído obrasileiro - têm buscado tomar as medidas de forma urgentíssima. É certo que cada país apresenta uma trajetória distinta no número de casosconfirmados, tendo em vista diversos fatores que influenciam a propagação da doença pulmonar causada e ao volume de testes disponibilizadospara a sua detecção;CONSIDERANDO que é consenso mundial a ideia de que, para que qualquer sistema de saúde não sofra colapso, é necessário reduzir a curvaepidêmica, principalmente através do isolamento social. Epidemiologistas e autoridades da saúde mantêm o foco nessa curva de crescimento,com o objetivo de evitar o ritmo acelerado das enfermidades causadas pelo COVID-19. Isso porque se o crescimento inicial é íngreme demais, onúmero de casos pode rapidamente ultrapassar a capacidade de atendimento do sistema de saúde;CONSIDERANDO o Decreto nº 18.884, de 16 de março de 2020, que regulamenta a lei nº 13.979/2020, para dispor no âmbito do Estado doPiauí, sobre as medidas emergência de saúde pública de importância internacional e tendo em visa a classificação da situação mundial do novoCoronavírus;CONSIDERANDO a deflagração de situação de calamidade pública pelo Governo do Estado do Piauí, por meio do Decreto n° 18.895, de 19 demarço de 2020;CONSIDERANDO que o Brasil já contabiliza aproximadamente 177.589 (cento e setenta e sete mil, quinhentos e oitenta e nove) casosconfirmados, com 12.400 (doze mil e quatrocentos) mortes, a grande maioria no Estado de São Paulo, informação extraída do Portal do Ministérioda Saúde em 13.05.2020;CONSIDERANDO que o Piauí já contabiliza 1.612 (um mil, seiscentos e doze) casos confirmados, com 57 (cinquenta e sete) óbitos por COVID-19, informação extraída do Portal do Governo do Estado em 13.05.2020;CONSIDERANDO que já foi reconhecida oficialmente, em âmbito federal e estadual, a transmissão comunitária do novo Coronavírus;CONSIDERANDO o disposto na Lei n° 13.979, de 06 de fevereiro de 2020, que dispõe sobre as medidas para enfrentamento da emergência desaúde pública de importância internacional em virtude do Coronavírus;CONSIDERANDO que dentre as medidas emergenciais adotadas pela Lei nº 13.979/2020, pode-se dar destaque à criação de nova hipótese dedispensa de licitação para aquisição de bens, serviços, inclusive de engenharia, e insumos destinados ao enfrentamento da emergência de saúdepública de importância internacional decorrente do Coronavírus, sendo consideradas presumidas: a) a ocorrência de situação de emergência; b) anecessidade de pronto atendimento da situação de emergência; c) a existência de risco a segurança de pessoas, obras, prestação de serviços,equipamentos e outros bens, públicos ou particulares; e d) a limitação da contratação à parcela necessária ao atendimento da situação deemergência;CONSIDERANDO que no seu art. 4º, referida legislação, aplicável a todos os entes políticos (União, Estados, Municípios e Distrito Federal), éexpressa ao prever que a dispensa de licitação baseada na emergência em razão do COVID-19 é temporária e deve ser aplicada apenasenquanto perdurar a emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do Coronavírus COVID-19;CONSIDERANDO que dentre os requisitos legais exigidos, a nova legislação prevê a disponibilização, em sítio eletrônico específico, de todas ascontratações ou aquisições realizadas, in verbis:"Art. 4º - (...)§ 2º - Todas as contratações ou aquisições realizadas com fulcro nesta Lei serão imediatamente disponibilizadas em sítio oficial específico narede mundial de computadores (internet), contendo, no que couber, além das informações previstas no §3º do art. 8º da Lei nº 12.527, de 18 denovembro de 2011, o nome do contratado, o número de sua inscrição na Receita Federal do Brasil, o prazo contratual, o valor e o respectivoprocesso de contratação ou aquisição".CONSIDERANDO que no âmbito federal, o Ministério da Saúde criou em seu sítio eletrônico (https://saude.gov.br/) um link de acesso rápido atodas as contratações e aquisições realizadas na prevenção e combate ao Coronavírus COVID-19;CONSIDERANDO que no âmbito estadual, a Secretaria de Estado da Saúde do Piauí criou em seu sítio eletrônico um link de acesso rápido amanuais, resultados, notas técnicas, formulários e boletins referentes ao Coronavírus, sem, contudo, apresentar nenhuma informação acerca decontratações e aquisições feitas para o combate ao COVID-19 (http://portal.saude.pi.gov.br/2020/inf_saude/epidemiologia/covid-19/covid-19.asp);CONSIDERANDO a necessidade de ampla publicidade dos gastos públicos realizados, deve ser levado em conta que a celeridade necessáriapara as aquisições em comento não significa uma atuação que possa, de alguma forma, contrariar os princípios da legalidade, impessoalidade,moralidade, publicidade, eficiência, isonomia, seleção da proposta mais vantajosa para a Administração, promoção do desenvolvimento nacionalsustentável, bem como demais preceitos que lhe sejam correlatos. Não se trata, assim, de autorização irrestrita para aquisição desmesurada eirracional de bens e serviços, somente em razão de se estar em face de excepcional situação de emergência pandêmica;CONSIDERANDO que em face da grave e urgente calamidade pública que assola o país e o mundo, decidiu a Lei, em observância ao princípioda eficiência insculpido no art. 37, caput da CF/88, que não seria razoável exigir que o gestor público declinasse, em cada um dos processos deaquisição, os fatos e circunstâncias que são de conhecimento público e notório;CONSIDERANDO que a celeridade buscada pelo legislador, ao mitigar algumas exigências previstas na sistemática da Lei nº 8.666/93, impõe aogestor público e as entidades que desenvolvem serviço público assemelhado, o dever de cautela e de apuração das circunstâncias fáticas queorientam para eventual contratação direta sob tal fundamento;CONSIDERANDO que a vigente Constituição da República e a Constituição Estadual consagraram como princípio fundamental da AdministraçãoPública a publicidade (CF, art. 37, caput), bem como garantiu o direito fundamental à informação (CF, art. 5º, inciso XIV);CONSIDERANDO que o princípio da publicidade, enquanto transparência da gestão, possibilita maior controle social das contas públicas,facilitando a obtenção de dados relativos à gestão de pessoal, orçamentária e financeira e, consequentemente, reduzindo a margem de eventuaisdesvios, sendo, portanto, uma medida de caráter preventivo visando o direito fundamental a uma boa administração pública;CONSIDERANDO que apesar de estarmos vivenciando um estado de calamidade pública, ainda persiste a necessidade da utilização deinstrumento para garantir a transparência da gestão, disponibilizando informações sem a necessidade de prévia requisição;RESOLVERECOMENDAR aos MUNICÍPIOS DE ITAINÓPOLIS, VERA MENDES E ISAÍAS COELHO, e às SECRETARIAS MUNICIPAIS DE SAÚDE DEITAINÓPOLIS, VERA MENDES E ISAÍAS COELHO, que:Procedam, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, à disponibilização de informações, através da criação de uma aba específica noportal da transparência, alimentada diariamente e apresentando, de forma discriminada os valores orçamentários e a execução dedespesas, como decretos e atos administrativos que autorizam realocação de recursos ou abrem créditos adicionais, contratosadministrativos de prestação e fornecimento de bens e serviços, nota de empenho, liquidação e pagamento, descrição do bem e/ou

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3.7. PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE SIMPLÍCIO MENDES-PI11769

serviço, o quantitativo, o valor unitário e total da aquisição, a data da compra e o nome do fornecedor, inclusive CNPJ, ou seja, todas asreceitas e gastos públicos relacionados especificamente ao enfrentamento e mitigação da pandemia decorrente do COVID-19, comodetermina o artigo 4º, parágrafo 2º, da Lei 13.979/2020.SOLICITAR, que seja informado a este Órgão Ministerial, no prazo de 05 (cinco) dias úteis, através do e-mail [email protected] o acatamento dos termos desta Recomendação, ficando ciente de que a inércia será interpretada como NÃO ACATAMENTO APRESENTE RECOMENDAÇÃO.Por fim, ficam advertidos os destinatários dos seguintes efeitos das recomendações expedidas pelo Ministério Público:a) constituir em mora o destinatário quanto às providências recomendadas, podendo seu descumprimento implicar na adoção demedidas administrativas e ações judiciais cabíveis;b) tornar inequívoca a demonstração da consciência da ilicitude;c) caracterizar o dolo, má-fé ou ciência da irregularidade para viabilizar futuras responsabilizações por ato de improbidadeadministrativa quando tal elemento subjetivo for exigido; e,d) constituir-se em elemento probatório em sede de ações cíveis ou criminais.Encaminhe-se a presente Recomendação para que seja publicada no diário eletrônico do Ministério Público, bem como se remetam cópias aoConselho Superior do Ministério Público do Estado do Piauí, ao Centro de Apoio Operacional de Combate à Corrupção e aos respectivosdestinatários.Cumpra-se.Itainópolis/PI, 14 de maio de 2020.ROMANA LEITE VIEIRAPromotora de Justiça

RECOMENDAÇÃO ADMINISTRATIVA nº. 027/2020O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, por seu representante, com atuação na Promotoria de Justiça de Simplício Mendes, no usodas atribuições que lhes são conferidas pelos arts. 127, 129, III, da Constituição Federal, art. 8°, § 1°, da Lei n° 7.347/85, art. 25, IV, "b", da Lei n°8.625/93 e art. 36, VI, da Lei Complementar Estadual n° 12/93 e:CONSIDERANDO que o Ministério Público é uma instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa daordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis, como preceitua o art. 127 da Carta Magna;CONSIDERANDO que compete ao Ministério Público promover o inquérito civil e a ação civil pública para a proteção, a prevenção e a reparaçãodos danos causados ao meio ambiente, ao consumidor, aos bens e direitos de valor artístico, estético, histórico e paisagístico;CONSIDERANDO que, em 30.1.2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que o surto da doença causada pelo Coronavírus(COVID-19) constitui Emergência de Saúde Pública de importância Internacional (ESPII);CONSIDERANDO que a ESPII é considerada, nos termos do Regulamento Sanitário Internacional (RSI), "um evento extraordinário que podeconstituir um risco de saúde pública para outros países devido a disseminação internacional de doenças; e potencialmente requer uma respostainternacional coordenada e imediata";CONSIDERANDO que o Ministério da Saúde, em 3.2.2020, através da Portaria GM/MS nº 188/2020, declarou "emergência em saúde pública deimportância nacional", em decorrência da infecção humana pelo Coronavírus, considerando que a situação atual demanda o emprego urgente demedidas de prevenção, controle e contenção de riscos, danos e agravos à saúde pública;CONSIDERANDO, por fim, o disposto na Lei n° 13.979, de 06 de fevereiro de 2020, que dispõe sobre as medidas para enfrentamento daemergência de saúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus responsável pelo surto de 2019;CONSIDERANDO que o art. 3º da mencionada lei prevê como medidas para o enfrentamento da infecção: isolamento, quarentena, determinaçãode realização compulsória deexames médicos, testes laboratoriais, coleta de amostras clínicas, vacinação e tratamentos médicos específicos;CONSIDERANDO a publicação da Portaria MS nº 356/2020, que estabelece a regulamentação e operacionalização do disposto na Lei nº13.979/2020, que traz medidas para enfrentamento da emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus(COVID-19);CONSIDERANDO que, em 11.3.2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou pandemia para o Coronavírus, ou seja, momento emque uma doença se espalha por diversos continentes com transmissão sustentada entre humanos;CONSIDERANDO que a classificação da situação mundial do novo coronavírus (COVID-19, SARSCoV-2) como pandemia significa o riscopotencial da doença infecciosa atingir a população mundial de forma simultânea, não se limitando a locais que já tenham sido identificadas comode transmissão interna;CONSIDERANDO o Decreto nº 18.884, de 16 de março de 2020, que regulamenta a lei nº 13.979/2020, para dispor no âmbito do Estado doPiauí, sobre as medidas emergência de saúde pública de importância internacional e tendo em visa a classificação da situação mundial do novocoronavírus;CONSIDERANDO a alta escalabilidade viral do COVID-19, exigente de infraestrutura hospitalar (pública ou privada) adequada, com leitossuficientes e composta com aparelhos respiradores em quantidade superior à população em eventual contágio, o que está fora da realidade dequalquer centro médico deste Estado;CONSIDERANDO a Portaria de Consolidação nº 5, de 28 de setembro de 2017, a qual prevê, em seu Anexo CII, o regramento relacionado aoPlanejamento, Execução e Avaliação das Ações de Vigilância e Assistência à Saúde em Eventos de Massa;CONSIDERANDO a Portaria Interministerial n° 5, de 17 de março de 2020, editada pelos Ministros de Estado da Justiça e Segurança Pública eda Saúde, que "dispõe sobre a compulsoriedade das medidas de enfrentamento da emergência de saúde pública previstas na Lein. 13.979, de 6 de fevereiro de 2020";CONSIDERANDO o papel de toda a sociedade no esforço conjunto de conter a disseminação da doença (COVID-19), respeitando-se os direitosfundamentais de toda a população, a partir de uma perspectiva de solidariedade social;CONSIDERANDO o atual estágio do chamado novo coronavírus no Brasil, contando com 245.595 casos confirmados e 16.370 mortesoficialmente informadas até a presente data, inclusive com vítimas jovens, sendo certo que há suspeita de subnotificação da doença e que osnúmeros oficiais são atualizados a cada momento;CONSIDERANDO que a livre iniciativa foi consagrada no artigo 170 da Constituição da República e deve ser guiada pela consecução dadignidade da vida humana, inserida na Lei Maior vigente com status de fundamento do Estado Democrático de Direito (art. 1º, III), a impor- secomo vetor do ordenamento jurídico e valor orientador da interpretação do sistema constitucional. Logo, em um exercício de ponderação devalores, diante de uma pandemia e a atividade econômica, sem descurar de sua importância, não pode sobressair esta sobre a vida humana,uma vez que não há economia sem vida. Portanto, na esteira da situação enfrentada mundialmente, o exercício do livre comércio deve ceder emface da preservação da saúde pública e da vida, tomando-se como vetor de concretização da norma constitucional o princípio da dignidade dapessoa humana e a garantia do direito à saúde em vista da situação objetiva posta;CONSIDERANDO que a Empresa Via Magna Infraestrutura realiza obras na construção da Ferrovia Transnordestina no município de SimplícioMendes, empregando centenas de funcionários;CONSIDERANDO que a maior parte dos casos dos casos confirmados de Covid-19 no Município de Simplício Mendes trata-se de funcionários da

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3.8. 2ª PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE OEIRAS-PI11770

Empresa Via Magna Infraestrutura;CONSIDERANDO, por fim, que a maioria dos funcionários da Empresa Via Magna Infraestrutura dorme em alojamentos e faz refeiçõesem refeitórios construídos pela empresa, ou residem em casas alugadas no município de Simplício Mendes, o que facilita a propagaçãodo vírus;O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, representado pelo agente ministerial adiante subscrito, no exercício de suas atribuiçõeslegais, resolve:RECOMENDAR à empresa Via Magna Infraestrutura que realize a testagem para Covid-19, imediatamente e de maneira periódica, em todos osfuncionários que estão trabalhando na referida obra, com a finalidade de evitar novos contágios e propagação do vírus.RECOMENDAR, ainda, à referida empresa que adote todos os protocolos de higiene, saúde e segurança previstos na Recomendação expedidapelo Ministério Público do Trabalho em conjunto com o Ministério Público do Estado do Piauí, já devidamente encaminhada.Fixa-se o prazo de 05 (cinco) dias, em razão da urgência, para que o destinatário se manifeste sobre o acatamento da presente recomendação,devendo encaminhar à Promotoria de Justiça de Simplício Mendes, pelo e-mail [email protected], as providências tomadas e adocumentação hábil a provar o seu fiel.Fica ciente o notificado de que a presente notificação tem natureza RECOMENDATÓRIA e PREMONITÓRIA, no sentido de prevenirresponsabilidade civil administrativa e penal, nomeadamente a fim de que no futuro não se alegue ignorância quanto à extensão e o caráter ilegaldos fatos noticiados.Encaminhe-se a presente Recomendação para que seja publicada no diário eletrônico do Ministério Público, bem como se remetam cópias aoConselho Superior do Ministério Público do Estado do Piauí, ao Centro de Apoio Operacional da Saúde e aos respectivos destinatários.Simplício Mendes/PI, 20 de maio de 2020.Assinado de forma digitalCEZARIO DE SOUZA por CEZARIO DE SOUZACAVALCANTECAVALCANTENETO:74655655887NETO:74655655887 Dados: 2020.05.2009:07:47 -03'00'Cezário de Souza Cavalcante Neto Promotor de Justiça

INQUÉRITO CIVIL Nº 23/2020Portaria n.º 40/2020O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, por intermédio do Promotor de Justiça Titular da 2ª Promotoria de Oeiras-PI, face o dispostono artigo 129, III da Constituição Federal, no artigo 36, IV, "b" da Lei Complementar Estadual n.º 12/93 e artigo 8º, parágrafo 1º da Lei nº7.347/85, com o fito de apurar eventual irregularidade/omissão do Poder Público Municipal de Oeiras-PI na suspensão de obra decalçamento/pavimentação pública em execução na Localidade Morro Redondo, município de Oeiras-PI, apesar da vigência de DecretoEstadual n. 18.902, de 23 de março de 2020 e do Decreto Municipal n. 37, de 01 de abril de 2020, ambos suspendendo atividadescomerciais e prestação de serviços, e assim, inclusive, atividades da construção civil, ressalvando alguns de caráter essencial, nesteperíodo de enfrentamento da grave crise de saúde pública decorrente da Covid-19, RESOLVE, nos termos legais, instaurar o presenteINQUÉRITO CIVILpara coleta de informações, documentos, depoimentos, perícias, dentre outras provas, ressaltando que a posteriori será analisada a necessidadede celebração de termo de ajustamento de conduta, ajuizamento de Ação Civil Pública ou possível arquivamento.Inicialmente, DETERMINO:A autuação da presente portaria, sendo que uma cópia deverá ser mantida em pasta própria;O registro da instauração do presente Inquérito Civil e de toda a sua movimentação no SIMP, bem como anote-se no livro respectivo;Nomeio, sob compromisso, para secretariar os trabalhos, Andreza Rodrigues Bezerra, assessora da 2ª Promotoria de Justiça de Oeiras, oueventual servidor substituto em casos de licenças, férias ou impedimentos;Comunique-se a instauração deste Inquérito Civil ao Conselho Superior do Ministério Público do Estado do Piauí e ao Centro de ApoioOperacional de Defesa da Saúde - CAODS/MPPI, enviando-lhes cópias da presente, através de email;A publicação desta Portaria no Diário Oficial do Ministério Público do Piauí, a fim de conferir a publicidade exigida pelo artigo 4º, inciso VI, daResolução n° 23/2007 do CNMP;Junte-se aos autos a Notícia de Fato nº 50/2020 (SIMP: 000095-107/2020);7) REQUISITE-SE[1] à Prefeitura Municipal de Oeiras-PI para que preste informações, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas,preferencialmente através do email [email protected], justificando os motivos pelos quais não houve suspensão daobra de calçamento/pavimentação pública em execução na Localidade Morro Redondo, haja vista tal tipo de obra não estar no Decreto Estadualn. 18.902, de 23 de março de 2020, nem no Decreto Municipal n. 37, de 01 de abril de 2020, que suspenderam atividades comerciais e prestaçãode serviços, e assim, inclusive, atividades da construção civil, estando ressalvados, no decreto estadual, dentre outros, os serviços púbicos desaneamento básico, o que não se amolda ao caso em questão, sendo oportuno lembrar o que dispõe a Lei Federal nº 11.445/2007[2] acerca doque pode ser definido como saneamento básico. CONSIGNE-SE a advertência de que o descumprimento da presente requisição no prazoassinalado poderá importar em crime previsto no art. 10 da Lei 7347/85, além de ensejar a propositura de eventual ação civil públicapara imposição de obrigação de fazer/não fazer, com imposição de multa e, ainda, caracterizar possível ato de improbidadeadministrativa;8) RECOMENDE-SE à Prefeitura Municipal de Oeiras-PI para que: a) proceda à intensificação da fiscalização de atividades de construçãocivil, com vistas a inibir o prosseguimento daquelas que não se adéquam aos decretos estaduais e municipal em vigor; b) abstenha-se deprosseguir a realização de obras públicas, sobremaneira àquelas de calçamento/pavimentação, que não se encontram abrangidas pelosreferidos decretos; c) abstenha-se de editar decreto ou ato administrativo municipal flexibilizando a suspensão das atividades de construção civil,inclusive de obras públicas, referentes a calçamento/pavimentação, uma vez que o decreto estadual persiste com tal medida restritiva.COMUNIQUE-SE a este órgão ministerial, através do email [email protected], no prazo de 48 (quarenta e oito) horasdo recebimento, as medidas adotadas, especialmente quanto ao acatamento da presente Recomendação, advertindo-se que o nãocumprimento desta pelas autoridades públicas implicará na adoção das medidas extrajudiciais e judiciais cabíveis à espécie, inclusive,responsabilidade por ato de improbidade administrativa e/ou criminal.9) Comuniquem-se eventuais interessados acerca da presente instauração, com cópia da portaria;Publique-se. Cumpra-se com URGÊNCIA.Após o cumprimento de tais diligências, tornem os autos conclusos para novas deliberaçõesOeiras - PI, 19 de maio de 2020.VANDO DA SILVA MARQUESPromotor de Justiça[1] Lei 7347/85, Art. 10. Constitui crime, punido com pena de reclusão de 1 (um) a 3 (três) anos, mais multa de 10 (dez) a 1000(mil) Obrigações

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3.9. 1ª PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE UNIÃO-PI11772

Reajustáveis do Tesouro Nacional - ORTN, a recusa, o retardamento ou a omissão de dados técnicos indispensáveis à propositura da ação civil,quando requisitados pelo Ministério Público.[2] Lei nº 11.445/07. Art. 3o Para os efeitos desta Lei, considera-se:I - saneamento básico: conjunto de serviços, infra-estruturas e instalações operacionais de:a)abastecimento de água potável: constituído pelas atividades, infra-estruturas e instalações necessárias ao abastecimento público de águapotável, desde a captação até as ligações prediais e respectivos instrumentos de medição;b)esgotamento sanitário: constituído pelas atividades, infraestruturas e instalações operacionais de coleta, transporte, tratamento e disposiçãofinal adequados dos esgotos sanitários, desde as ligações prediais até o seu lançamento final no meio ambiente;c)limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos: conjunto de atividades, infra-estruturas e instalações operacionais de coleta, transporte,transbordo, tratamento e destino final do lixo doméstico e do lixo originário da varrição e limpeza de logradouros e vias públicas;d) drenagem e manejo das águas pluviais, limpeza e fiscalização preventiva das respectivas redes urbanas: conjunto de atividades,infraestruturas e instalações operacionais de drenagem urbana de águas pluviais, de transporte, detenção ou retenção para o amortecimento devazões de cheias, tratamento e disposição final das águas pluviais drenadas nas áreas urbanas;

PORTARIA nº. 04/2020Objeto: Instaurar Procedimento Administrativo nº 03/2020-1ªPJUN visando acompanhar e fiscalizar a realização de testagem obrigatória dosintegrantes dos órgãos de segurança pública em atividade nos municípios de União e Lagoa Alegre.O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, através da 1ª Promotoria de Justiça de União, por sua Promotora de Justiça titular RenataMárcia Rodrigues Silva, no uso de suas atribuições constitucionais e legais insertas nos artigos 129, inciso III, da Constituição da RepúblicaFederativa do Brasil, 25, inciso IV, "a", da Lei n° 8.625/93 e 37 da Lei Complementar Estadual n° 12/93;CONSIDERANDO que, consoante dispõe a Constituição da República, incumbe ao Ministério Público a defesa da ordem jurídica, do regimedemocrático de direito e dos interesses sociais e individuais indisponíveis, sendo função institucional o exercício do controle externo da atividadepolicial, na forma do inciso VII do art. 129 da CF;CONSIDERANDO que estão sujeitos ao controle externo do Ministério Público, na forma do art. 129, inciso VII, da Constituição Federal, dalegislação em vigor e da Resolução CNMP nº 20/2007, os organismos policiais relacionados no art. 144 da Constituição Federal, bem como aspolícias legislativas ou qualquer outro órgão ou instituição, civil ou militar, à qual seja atribuída parcela de poder de polícia, relacionada com epersecução criminal;CONSIDERANDO notícias veiculadas em portais da internet[1], relatando que desde o começo da crise do Coronavírus (Covid-19) no Brasil,segundo dados das secretarias estaduais de Segurança Pública, aproximadamente 5.000 (cinco mil) policiais deixaram de trabalhar por suspeitade contaminação pela doença;CONSIDERANDO que, conforme matéria veiculada no Portal do Ministério da Saúde[2], foram divulgados critérios e orientações para aplicaçãodo teste rápido sorológico nos serviços de saúde, definindo que os testes deverão ser aplicados em profissionais da área da saúde e desegurança pública, um dos grupos mais expostos à transmissão do coronavírus (COVID-19), inclusive definindo que terão prioridade na testagemos trabalhadores que atuam nos postos de saúde, nos serviços de urgência, emergência e internação, trabalhadores da área de segurançapública e os contatos domiciliares desse público, ou seja, as pessoas que moram na mesma residência;CONSIDERANDO ainda a Nota Técnica Conjunta nº 01/2020, expedida pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde - CONASS e ConselhoNacional de Secretarias Municipais de Saúde - CONASEMS, dispondo sobre a utilização e a distribuição de teste rápidos para COVID-19,inclusive para os profissionais de segurança pública e seus familiares (com contato domiciliar);CONSIDERANDO que na reunião realizada no dia 20 de abril de 2020, com membros do Ministério Público do Piauí e autoridades da SegurançaPública (Corpo de Bombeiro Militar, Polícia Militar, Polícia Civil, Departamento de Polícia-Técnico e Científico - DPTC), dentre elas o Secretáriode Segurança Pública do Estado do Piauí, na qual informou que todos os profissionais de segurança pública seriam submetidos a realização detestes rápidos que detectem a COVID-19;CONSIDERANDO que na reunião realizada no dia 28 de abril de 2020, com membros do Ministério Público do Estado do Piauí e equipe daSecretaria Estadual de Saúde, inclusive o Secretário de Saúde, foi relatada a expedição, em 23 de abril de 2020, de Nota Técnica - NT pelaSESAPI sobre os testes rápidos para COVID-19, inclusive para os profissionais de segurança pública;CONSIDERANDO que os agentes dos órgãos de segurança pública estão nas ruas, em turnos ininterruptos de revezamento, em contato combens de uso COMPARTILHADO, em contato direto com cidadãos, e na sequência, retornam para suas casas, onde têm contato com seusfamiliares, e posteriormente, retornam para a sua escala;CONSIDERANDO que essa cadeia de contatos é extremamente arriscada e potencializadora da disseminação do novo Coronavírus (SARS-CoV-2)/COVID-19, seja entre os integrantes da equipe de trabalho, e entre esses e a sociedade civil, seja entre os policiais e pessoas que são presasem flagrante, e na sequência encaminhados para o sistema penitenciário;CONSIDERANDO que a Organização Mundial de Saúde - OMS recomendou aos países com transmissão comunitária do novo coronavírus(SARS-CoV-2) que providencie duas medidas essenciais para a contenção da doença: (1) isolamento social; e (2) testagem em massa;CONSIDERANDO que os funcionários dos órgãos de segurança pública, assim como os profissionais de saúde, exercem atividade consideradaessencial, sendo que a primeira medida recomenda pela OMS não é uma opção para este grupo;CONSIDERANDO que diante da inevitabilidade da circulação dos agentes dos órgãos de segurança pública, e do consequente contato diretodestes com a população que atende no seu dia-a-dia, faz-se imperioso que ditos servidores públicos e seus familiares tenham atenção especial edevem ser colocados na segunda ordem prioritária para a realização dos referidos testes;CONSIDERANDO, desta forma, a necessidade de assegurar condições adequadas de trabalho aos agentes de segurança pública no atualexercício de suas funções ordinárias, bem como daquelas excepcionais de fiscalização do cumprimento de normas legais e infralegais que regema vida em sociedade nesse momento excepcional de situação de pandemia do novo coronavírus (SARS-CoV-2) (tais como aquelas contendoproibição de funcionamento de comércios, de aglomeração de pessoas etc), eis que, evidentemente, ao desempenharem tais funções, ospoliciais estão expostos à contaminação, razão pela qual o poder público deve proporcionar-lhes adequadas condições de trabalho;CONSIDERANDO que a saúde é direito de todos, nos termos do art. 196 da Constituição da Federal, e é dever do Estado a sua promoção, quedeve ser assegurada por meio de políticas públicas de acesso efetivo, universal e igualitário às ações e serviços de saúde;CONSIDERANDO a necessidade dos agentes de segurança pública com suspeita ou confirmação de Coronavírus (Covid-19) serem afastados desuas funções e ter seu quadro clínico acompanhado pela Instituição, com o fornecimento de suporte necessário para sua recuperação;CONSIDERANDO, que o cenário apresentado e evidenciado com a eclosão da pandemia do novo coronavírus (SARS-CoV-2), causador daCOVID-19, vivenciamos no presente momento uma situação extraordinária, que demanda ações imediatas por parte do Ministério Público, emcaráter de urgência, tendo em vista que a demora na tomada de decisões e adoção de providências de prevenção para a saúde e segurança dosservidores públicos dos órgãos de segurança pública pode significar a diferença entre a vida e a morte, não só dos citados agentes como de seusfamiliares e de parcela significativa da população piauiense;CONSIDERANDO que, no âmbito do Ministério Público, consoante o art. 8º, inciso II, da Resolução CNMP nº 174/2017, o procedimentoadministrativo é o instrumento apto para acompanhar e fiscalizar, de forma continuada, políticas públicas ou instituições;RESOLVE instaurar o presente Procedimento Administrativo nº 03/2020, com o objetivo de acompanhar a realização de testagem obrigatória dosservidores dos órgãos de segurança pública (polícia Civil e Policiais Militares) que oficiam nas cidades de União e Lagoa Alegre, afim de serem

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3.10. 1ª PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE FLORIANO-PI11773

isolados os servidores com resultado positivo, tudo em consonância com as orientações e recomendações do Ministério da Saúde e daOrganização Mundial de Saúde (OMS), determinando as seguintes diligências:1.Autuação da presente Portaria em registo próprio, com devida movimentação no SIMP;2. Publicação desta Portaria no Diário Oficial Eletrônico do Ministério Público do Estado do Piauí;3. A comunicação de abertura desse procedimento ao CAOCRIM-MPPI e GACEP-MPPI, com encaminhamento de cópia da presente Portaria;4. Comunique-se ao Conselho Superior do Ministério Público a instauração do procedimento, com a expedição de cópia desta portaria;5. A juntada aos autos do corrente procedimento de nota técnica expedida pela Secretaria Estadual de Saúde do Piauí, datada de dia 23 de abrilde 2020 para fiel instrução do feito;6. A expedição de ofícios às Secretarias Municipais de Saúde de União e Lagoa Alegre, dando ciência da instauração do presente procedimento,bem como solicitando informações sobre o recebimento de testes de COVID-19 encaminhados pela Secretaria Estadual de Saúde do Piauí e,destes, quantos foram destinados à testagem dos agentes de segurança pública que atuam nos municípios, e, caso não houve recebimento deteste por parte da SESAPI, se o município adquiriu testes de covid-19 para a população em geral e quantos deles foram destinadosespecificamente aos profissionais de segurança pública da região, apresentando documentação pertinente, com encaminhamento das respostasa esta Promotoria de Justiça, no prazo máximo de 05 (cinco) dias, através do e-mail institucional [email protected];Nomeio os assessores Durvalino da Silva Barros Neto e Gabriela Karpejany Pereira Sousa, lotados na 1ª Promotoria de Justiça de União/PI, parasecretariar no presente feito.Cumpra-se.União/PI, 19 de maio de 2020.RENATA MÁRCIA RODRIGUES SILVAPromotora de Justiça[1] https://www1.folha.uol.com.br/colunas/painel/2020/04/estados-dizem-que-quase-5000-policiais-foram-afastados-por-suspeita-de-coronavirus.shtml[2] htps://www.saude.gov.br/notcias/agencia-saude/46699-grupos-mais-expostos-ao-contagio-terao-prioridade-para-testes-rapidos;

PORTARIA Nº 96/2020PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVOObjeto: Fiscalizar e acompanhar as ações desenvolvidas pelo Município de Floriano, no exercício de 2020, que visam garantir aprestação dos serviços de iluminação pública, à luz dos princípios da Administração Pública.O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE PIAUÍ, por seu representante, titular da 1ª Promotoria de Justiça de Floriano, no uso das atribuiçõesque lhes são conferidas pelos arts. 127, 129, III e 225 da Constituição Federal, art. 8°, § 1°, da Lei n° 7.347/85, art. 25, IV, "b", da Lei n° 8.625/93e art.36, VI, da Lei Complementar Estadual n° 12/93 e:CONSIDERANDO que o Ministério Público, por sua própria definição constitucional, é instituição permanente, essencial a função jurisdicional,incumbindo-lhe da defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos direitos sociais e individuais indisponíveis, devendo instaurar oinquérito civil e promover a ação civil pública para proteção do patrimônio público;CONSIDERANDO que no atuar dessa função, especialmente na condição de tutor dos princípios regentes da Administração Pública enumeradosno caput do art. 37, da Carta Republicana, nomeadamente dos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência,deve o Ministério Publico agir preventiva e repressivamente na coibição dos atos atentatórios ao interesse público;CONSIDERANDO que ao Ministério Público foi dada legitimação ativa para a defesa judicial e extrajudicial dos interesses e direitos dacoletividade e defesa dos princípios da administração pública (CF, arts. 37 e 127);CONSIDERANDO que ao Ministério Público foi dada legitimação ativa para a defesa judicial e extrajudicial dos interesses e direitos dacoletividade (artigo 127, caput, da Constituição Federal);CONSIDERANDO que o inciso II, do artigo 129, da Constituição Federal estabelece que é função do Ministério Público "zelar pelo efetivorespeito dos Poderes Públicos e dos serviços de relevância pública aos direitos assegurados nesta Constituição, promovendo as medidasnecessárias a sua garantia";CONSIDERANDO a legitimidade conferida ao Ministério Público para promover a defesa dos interesses difusos e coletivos, como é o caso daorganização urbanística e da prestação eficiente dos serviços públicos (artigo 5º, inciso I e 21, ambos da Lei nº 7.347/85 e Código de Defesa doConsumidor);CONSIDERANDO que o artigo 30, V, da Constituição Federal, atribuiu ao Município competência para organizar e prestar, diretamente ou sob oregime de concessão ou permissão, os serviços públicos de interesse local;CONSIDERANDO que a inserção da iluminação pública no conceito de serviço público de interesse social evidencia-se à luz do artigo 149-A daConstituição Federal, que possibilita aos Municípios, assim como ao Distrito Federal, instituir contribuição para o custeio da iluminação pública;CONSIDERANDO que a iluminação pública é dever do ente municipal, e para tanto está autorizado a instituir taxas para o seu custeio (CF, artigo149-A);CONSIDERANDO que a Resolução 414/2010, da ANEEL, transferiu aos Municípios a obrigação de manter os serviços de iluminação pública;CONSIDERANDO que a Resolução CNMP nº 174, de 04 de julho de 2017, autorizou a instauração de PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVOpara acompanhar e fiscalizar, de forma continuada, políticas públicas ou instituições;RESOLVE:Com fundamento no art. 19, da Lei complementar estadual nº 36/2004; Lei nº 8.078/90 - Código de Defesa do Consumidor, arts. 37, 127, 129, IIIe 225 da CF; art. 26, I, da Lei nº 8.625/93; art. 143, II, da CE; art. 37, I, da LC nº 12/93-PI, art. 8º, § 1º, da Lei nº 7.347/85, art. 8º e seguintes daResolução nº 174/2017-CNMP e legislação pertinente, instaurar, sob sua presidência, o presente PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO emdesfavor do MUNICÍPIO DE FLORIANO, via Secretaria de Infraestrutura, com o objetivo de fiscalizar e acompanhar as açõesdesenvolvidas pelo Município de Floriano, no exercício de 2020, que visam garantir a prestação dos serviços de iluminação pública, àluz dos princípios da Administração Pública, inclusive tomar as medidas extrajudiciais e judiciais cabíveis, caso sejam necessárias,DETERMINANDO, desde já, as seguintes providências:1. Autuação da presente portaria e anexos, registrando-se em livro próprio, bem como, arquivando-se cópia na pasta respectiva;2. Adotar providências necessárias ao trâmite deste Procedimento e, inicialmente:2.1. A remessa desta portaria, por meio eletrônico, ao CSMP/MPPI, CACOP/MPPI e ao PROCON/MPPI para conhecimento, via e-mailinstitucional, devendo o envio ser certificado nos autos;Finalmente, ressalta-se que o prazo para a conclusão deste Procedimento é de 1(um) ano, podendo ser prorrogado sucessivamente pelo mesmoperíodo, desde que haja decisão fundamentada, à vista da imprescindibilidade da realização de outros atos, consoante art. 11 da Resolução nº174/2017 do CNMP.Ultimadas as providências preliminares, retornem os autos para ulteriores deliberações.Registre-se, Publique-se e Cumpra-se.Floriano, 20 de maio de 2020.__________________________José de Arimatéa Dourado Leão

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3.11. 2ª PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE JOSÉ DE FREITAS-PI11774

Promotor de Justiça - Titular da 1ª PJFRECOMENDAÇÃO ADMINISTRATIVA 78/2020(PA - 000096-101/2020)Recomenda ao MUNICÍPIO DE FLORIANO, na pessoa de seu Prefeito e do Secretário Municipal de Infraestrutura, a adoção de todas asmedidas técnicas e administrativas necessárias para regularizar os serviços de iluminação pública na zona urbana e rural.O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE PIAUÍ, por seu representante, titular da 1ª Promotoria de Justiça da Comarca de Floriano, no uso dasatribuições que lhes são conferidas pelos arts. 127, 129, III, da Constituição Federal, 8º, § 1º, da Lei nº 7.347/85, 25, IV, "a", e 27, parágrafoúnico, IV, da Lei nº 8.625/93, 2º, parágrafo único, e 38, da Lei Complementar Estadual nº 12/93 e 1º e ss. da Res. 164/2017, do CNMP:CONSIDERANDO que o Ministério Público, por sua própria definição constitucional, é instituição permanente, essencial à função jurisdicional doEstado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis, devendo zelarpelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de relevância pública aos direitos assegurados pela Constituição, promovendo asmedidas necessárias a sua garantia;CONSIDERANDO que compete, constitucionalmente, aos Municípios organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão oupermissão, os serviços públicos de interesse local, incluído o de transporte coletivo, que tem caráter essencial; (art. 30, V, daConstituição Federal)CONSIDERANDO que, nos termos dos arts. 149-A, da Constituição Federal, e 165-A, da Constituição Estadual, os Municípios poderãoinstituir contribuição, na forma das respectivas leis, para o custeio do serviço de iluminação pública;CONSIDERANDO que, nos termos do art. 21, da Res. 414/2010, da ANEEL, a elaboração de projeto, a implantação, expansão, operaçãoe manutenção das instalações de iluminação pública são de responsabilidade do poder público municipal ou distrital, ou ainda dequem tenha recebido deste a delegação para prestar tais serviços;CONSIDERANDO que, nos termos do art. 22, do Código de Defesa do Consumidor, os órgãos públicos são obrigados a fornecerserviços adequados, eficientes, seguros e, quanto aos essenciais, contínuos;RESOLVE RECOMENDAR ao MUNICÍPIO DE FLORIANO, na pessoa de seu Prefeito e do Secretário Municipal de Infraestrutura, aadoção de todas as medidas técnicas e administrativas necessárias para regularizar os serviços de iluminação pública na zona urbanae rural, promovendo a colocação de postes e lâmpadas nos locais onde não existem, a troca/substituição das lâmpadas danificadas, inclusive amanutenção constante do serviço de iluminação pública, em condições de eficiência e continuidade.Por fim, faz-se impositivo constar que a presente recomendação não esgota a atuação do Ministério Público Estadual sobre o tema, nãoexcluindo futuras recomendações ou outras iniciativas com relação aos agentes supramencionados ou outros, bem como com relação aos entespúblicos com responsabilidade e competência no objeto.Ficam os destinatários da presente recomendação advertidos dos seguintes efeitos, dela advindo:a) tornar inequívoca a demonstração da consciência da ilicitude do não cumprimento do recomendado;b) caracterizar o dolo, má-fé ou ciência da irregularidade, por ação ou omissão, para viabilizar futuras responsabilizações em sede de ação civilpública por ato de improbidade administrativa quando tal elemento subjetivo for exigido;c) constituir-se em elemento probatório em sede de ações cíveis ou criminais.Resolve, ainda, determinar:a) Fixação do prazo de 30 (trinta) dias, a contar do recebimento, para que os destinatários se manifestem sobre o acatamento da presenterecomendação, devendo encaminhar à 1ª Promotoria de Justiça da Comarca de Floriano manifestação escrita e documentação hábil a provar ofiel cumprimento, bem como a impossibilidade de cumpri-la dentro do prazo assinalado.b) Encaminhamento da presente Recomendação à Secretaria Geral do Ministério Público do Estado do Piauí para a devida publicação no DiárioEletrônico do Ministério Público, bem como ao Conselho Superior do Ministério Público do Estado do Piauí, ao Centro de Apoio Operacional deCombate à Corrupção e Defesa do Patrimônio Público (CACOP/MPPI), ao Programa de Defesa do Consumidor (PROCON/MPPI) paraconhecimento e aos destinatários para conhecimento e cumprimento.c) O registro eletrônico da presente Recomendação no Sistema SIMP.Registre-se, publique-se e notifiquem-se.Floriano, 20 de maio de 2020.__________________________José de Arimatéa Dourado LeãoPromotor de Justiça - Titular da 1ª PJF

2ª PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE JOSÉ DE FREITASRECOMENDAÇÃO 0014/2020 (SIMP 000121-059/2020)O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, pela 2ª Promotoria de Justiça de José de Freitas, presentada pelo subscritor, no uso de suasfunções e atribuições e CONSIDERANDO:1. As razões insertas na Portaria 006/2020, instauradora do Procedimento Administrativo 002/2020, acompanhamento das ações municipais decombate ao Coronavírus (COVID-19);2. Os motivos da NOTA TÉCNICA CONJUNTA 04/2020/CAODEC/CAODJI/MPPI (acerca do cadastramento em benefício assistencialemergencial), em 15.04.2020;RESOLVE, em relação à secretária municipal de assistência social e cidadania, RECOMENDAR seja:(a) dada ampla publicidade ao cadastramento da população beneficiária do auxílio emergencial em virtude da pandemia causada pela COVID-19,através das redes sociais, rádios, disponibilização de cartazes informativos nas sedes dos serviços em funcionamento;(b) garantida busca ativa pela equipe do Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), que é a baseada em documentos das famíliasatendidas, daquelas que se encaixem nos requisitos para o cadastro no auxílio emergencial;(c) disponibilizado, no CRAS, computador com internet para que os profissionais da equipe possam realizar solicitação do auxilio emergencialpara as famílias e pessoas que não possuam acesso à internet nem saibam operacionalizar computadores, bem como a regularização online doCadastro de Pessoa Física (CPF), essencial para o cadastramento do auxilio emergencial;(d) garantido que o CRAS providencie, para aqueles que não possuem documentação como carteira de identidade e CPF, parceria com aSecretaria de Segurança Pública e com a Receita Federal ou Correios, para que após a regularização, tenham acesso ao auxílio emergencial;(e) assegurado que após busca ativa, as equipes dos Centros de Referência, entrem em contato com as referidas famílias, a fim de informá-lassobre o auxílio. No caso das famílias contatadas, que tiverem interesse no cadastro, e que não dispuserem de meios para fazê-lo, que osprofissionais se disponibilizem para realizá-lo;(f) articulado junto à gerência de bancos e casas lotéricas para fins de que estes estabeleçam horário especial para atendimento exclusivo aidosos e pessoas com deficiência, além de distribuição de senhas, agendamento de horários, e limitação do número de pessoas a serematendidas por hora, de acordo com a estrutura suportada por cada agência;(h) informar ainda que o Ministério Público do Piauí se encontra à disposição, por sua Ouvidoria, contactada pelos seguintes meios: (1) doAPLICATIVO MPPI CIDADÃO (disponível para ANDROID e IOS); (2) formulário encontrável no site do MPPI (mppi.mp.br/internet); (3) e-mail:[email protected]; e (4) ligações telefônicas ou WHATSAPP para os seguintes números: (86) 98134-9773/98124-1603.

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Teresina, 17 de abril de 2020.Flávio Teixeira de Abreu JúniorPromotor de JustiçaRECOMENDAÇÃO 0015/2020 (SIMP 000121-059/2020)O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, pela 2ª Promotoria de Justiça de José de Freitas, presentada pelo subscritor, no uso de suasfunções e atribuições e CONSIDERANDO:1. As razões insertas na Portaria 006/2020, instauradora do Procedimento Administrativo 002/2020, acompanhamento das ações municipais decombate ao Coronavírus (COVID-19);2. Este ÓRGÃO expediu catorze recomendações à prefeitura de José de Freitas (treze em âmbito cível e uma eleitoral) com providências emedidas a serem tomadas em relação ao Novo Coronavírus (COVID-19).3. Ainda que o prefeito não seja obrigado a acatá-las, elas dão conhecimento de irregularidades que estão acontecendo ou que poderãoacontecer, pelo que a prefeitura - ou a quem foram direcionadas - deveria se adiantar.4. Caso a situação indicada se consolide ou continue a acontecer, o gestor está plenamente consciente e comete, pois, a partir dela,eventualmente, ato de improbidade administrativa (art. 11, Lei 8.429/1992).REVOLVE, pois, remeter novamente todas as recomendações expedidas para que, em dez dias, contados do recebimento desta, oExcelentíssimo Senhor ROGER COQUEIRO LINHARES, prefeito de José de Freitas:(a) informe sobre o acatamento ou não delas;(b) remeta, se acatadas, comprovação das medidas tomadas (fotografias, publicações oficiais ou capturas de tela em aplicativo de rede social,cópias em formato digital);(c) diga, caso não acatadas, os motivos com as justificativas e as comprovações do alegado.(d) por sugestão, para facilitar o cotejo, o preenchimento da seguinte tabela (a ser adaptada quando da resposta):

RECOMENDAÇÃO

ACATADA? COMPROVAÇÃO (OU JUSTIFICATIVA)

001/2020 SIM 1. ELABORAÇÃO DO PLANO DE CONTINGÊNCIA EM SAÚDE (item II), conforme cópia anexa; [...]

002/2020 NÃO1. RECUSA DA AUTORIDADE COMPENTENTE (item I). Por conta disso, o fato foi comunicado aorespectivo setor de controle/corregedor, conforme fotografias/cópias anexas. [...].

003/2020PARCIALMENTE

1. SEM ÓBITOS SUSPEITOS (item I), conforme relatório do Hospital ou declaração da secretáriamunicipal de saúde;2. PUBLICAÇÃO ATUALIZADA DAS COMPRAS, NOS TERMOS DA NOTA TÉCNICA, NO SÍTIOELETRÔNICO DA PREFEITURA (item II), seguem anexas capturas de tela; [...].

004/2020 SIM 1. COLETA DE AMOSTRAS CONFORME NOTA LACEN (item I); [...].

(e) advertir, ainda, que o não acatamento das recomendações poderá redundar em providências por parte deste Órgão, na área cível (inclusiveimprobidade administrativa) e na área criminal, caso assim o entenda o presentante do Ministério Público com essa atribuição.Teresina, 22 de abril de 2020.Flávio Teixeira de Abreu JúniorPromotor de JustiçaRECOMENDAÇÃO 0016/2020 (SIMP 000121-059/2020)O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, pela 2ª Promotoria de Justiça de José de Freitas, presentada pelo subscritor, no uso de suasfunções e atribuições e CONSIDERANDO:1. As razões insertas na Portaria 006/2020, instauradora do Procedimento Administrativo 002/2020, acompanhamento das ações municipais decombate ao Coronavírus (COVID-19);2. A secretaria estadual de educação comunicou possível adoção de "regime especial de aulas não presenciais" (em 06.04.2020).3. As estratégias e diretrizes foram indicadas em documento que foi remetido aos gestores locais de unidades estaduais (anexo).4. Entre as medidas: (a) adoção de atividades domiciliares e remotas; (b) restruturação do calendário escolar e plano pedagógico; (c)disponibilização de planos de estudos; (d) repasses financeiros para manutenção de atividades junto de alunos que não tenham acesso àinternet; (e) adoção de "calendário diferenciado" aos que, ainda assim, não puderem se ater ao cronograma proposto.5. Com situação freitense, similar à da avassaladora maioria dos nossos municípios interioranos, a adoção desse regime, salvoexcepcionalíssimas exceções, é danosa à educação, pois criará formas ainda mais acentuadas de desigualdade entre os alunos (somente quemtem acesso a tais recursos poderá se manter rente ao conteúdo disponibilizado).6. O ambiente escolar é distinto do doméstico. Em casa, inda que tenha acesso a esses recursos, o aluno dificilmente passará horas na frente docelular ou computador estudando. Esse aprendizado quase autodidata dispensa e esvazia o próprio sentido da escola. Tudo isso apenas paramanter o ano letivo rente ao ano civil. Ora, se em uma situação de normalidade o calendário já não abarca o conteúdo em inteireza, a tentativa de"empacotar" e "empurrar" é ainda mais danosa a educação interiorana (a maioria de hipossuficientes).7. Essa situação também já foi exposta à secretária municipal de educação que externou mesma preocupação dados os autorizativos dosgovernos estadual e federal.RESOLVE, diante disso, requisitar, em cinco dias, contados do recebimento deste, da Senhora REJANE MARIA DA SILVA LUZ, Supervisora deEnsino das Unidades Escolares Estaduais em José de Freitas, requisitar:(a) informações da adoção ou não desse regime pelas escolas estaduais em José de Freitas;(b) se adotado, como está sendo feita a adequação daquelas orientações ao alunado freitense;(c) com a autonomia concedida às unidades, informações do que cada diretor/coordenador pensa sobre esse regime, inclusive, se possível, comsuas sugestões (a exemplo do deslocamento do início do período letivo para o próximo semestre, adequando, no que for necessário, o calendáriopara, gradualmente, o ano letivo volte a coincidir com o ano civil).Teresina, 23 de abril de 2020.Flávio Teixeira de Abreu JúniorPromotor de JustiçaRECOMENDAÇÃO 0017/2020 (SIMP 000121-059/2020)O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, pela 2ª Promotoria de Justiça de José de Freitas, presentada pelo subscritor, no uso de suasfunções e atribuições e CONSIDERANDO:1. As razões insertas na Portaria 006/2020, instauradora do Procedimento Administrativo 002/2020, acompanhamento das ações municipais decombate ao Coronavírus (COVID-19);2. Quer queira, quer não, o gestor público é restrito a vontade do povo (art. 1º, p. u., da Constituição Federal).3. Estados de exceção são sempre reconhecidos ou referendados pelos representantes desse povo (arts. 137, p. u., Constituição Federal; 65, LeiComplementar 101/2000 - Responsabilidade Fiscal).4. A calamidade em saúde pública desencadeada pelo COVID-19 ainda não cessou. Em verdade, ela sequer chegou a pico (arts. 1º, Decreto

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Legislativo 006/2020; 1º, Lei 13.979/2020).5. Ora, o Brasil não poderia simplesmente parar. Pensando nisso, assumindo riscos e também precauções, o parlamento reservou ao presidentelistar as atividades essenciais durante a calamidade (art. 3º, § 9º, Lei 13.979/2020).6. Ele as listou nos Decretos Federais 10.282 e 10288/2020.7. Apesar do autorizativo constitucional, muito se discutiu sobre a possibilidade de ato presidencial interferir em interesses de outros entesfederados, pelo que a Corte Suprema foi indagada e reafirmou (art. 24, XII, § 1º, Carta Magna; ADI 6341/DF): Art. 24. Compete à União, aosEstados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre: XII - previdência social, proteção e defesa da saúde; § 1º No âmbito da legislaçãoconcorrente, a competência da União limitar-se-á a estabelecer normas gerais.8. Assim, sendo a matéria de competência concorrente, a União estabelece diretrizes gerais e os outros entes, observando os pilares elencados esua autonomia, especificam dita norma de acordo com seus respectivos âmbitos e realidades.9. Ou seja, eles devem se ater a atividades essenciais listadas pelo ato do presidente (art. art. 3º, § 9º, Lei 13.979/2020).10. Da mesma forma que o reconhecimento ou a declaração dessa situação excepcional, seu encerramento - ainda que gradual - deve, de igualmodo, raiar do Congresso Nacional, seja diretamente pelos parlamentares, seja por quem tenha ele delegado a função, como o fez com opresidente e as atividades essenciais (arts. 1º, p. u., 137, p. u., Carta Magna).11. Causou preocupação a este ÓRGÃO o noticiamento em sítios eletrônicos, redes sociais e aplicativos de celular de que o Decreto Municipal n.18/2020 (em tese, assinado ontem com efeitos a partir de hoje) autorizaria a "retomada gradual do comércio freitense", em violação à restriçãoparlamentar (art. 3º, § 9º, Lei 13.979/2020).12. É vero que as opiniões divergem quanto à retomada das atividades. Muitas dessas, sejam aquelas que querem isso aconteça logo, seja asque são mais cautelosas, escondem interesses poucos republicanos ou humanísticos. Outras, também de ambos os lados, querem tão somenteo bem comum.13. Agravando o problema, todas tem respaldo de especialistas médicos, que também podem padecer das mesmas máculas ou das mesmasvirtudes mencionadas no parágrafo anterior.14. Entre essas duas vertentes, o gestor municipal. A única opção - senão a correta, mais a de maior bom senso - é aquela de seguir asautoridades acercadas de experts e que vertem as orientações mais gerais. No caso, os governos federal e estadual.15. Em consulta, o ato - como noticiado[1] - não foi encontrado no sítio eletrônico da prefeitura nem no Diário Oficial dos Municípios.Resolve, pois, RECOMENDAR ao Excelentíssimo Senhor ROGER COQUEIRO LINHARES, prefeito de José de Freitas, não seja expedido oreferido ato, até que se tenha posição mais concreta do Ministério da Saúde e da Secretaria Estadual do Piauí.Teresina, 24 de abril de 2020.Flávio Teixeira de Abreu JúniorPromotor de JustiçaRECOMENDAÇÃO 0018/2020 (SIMP 000121-059/2020)O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, pela 2ª Promotoria de Justiça de José de Freitas, presentada pelo subscritor, no uso de suasfunções e atribuições e CONSIDERANDO:1. As razões insertas na Portaria 006/2020, instauradora do Procedimento Administrativo 002/2020, acompanhamento das ações municipais decombate ao Coronavírus (COVID-19);2. Quer queira, quer não, o gestor público é restrito a vontade do povo (art. 1º, p. u., da Constituição Federal).3. Estados de exceção são sempre reconhecidos ou referendados pelos representantes desse povo (arts. 137, p. u., Constituição Federal; 65, LeiComplementar 101/2000 - Responsabilidade Fiscal).4. A calamidade em saúde pública desencadeada pelo COVID-19 ainda não cessou. Em verdade, ela sequer chegou a pico (arts. 1º, DecretoLegislativo 006/2020; 1º, Lei 13.979/2020).5. Ora, o Brasil não poderia simplesmente parar. Pensando nisso, assumindo riscos e também precauções, o parlamento reservou ao presidentelistar as atividades essenciais durante a calamidade (art. 3º, § 9º, Lei 13.979/2020).6. Ele as listou nos Decretos Federais 10.282 e 10288/2020.7. Apesar do autorizativo constitucional, muito se discutiu sobre a possibilidade de ato presidencial interferir em interesses de outros entesfederados, pelo que a Corte Suprema foi indagada e reafirmou (art. 24, XII, § 1º, Carta Magna; ADI 6341/DF): Art. 24. Compete à União, aosEstados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre: XII - previdência social, proteção e defesa da saúde; § 1º No âmbito da legislaçãoconcorrente, a competência da União limitar-se-á a estabelecer normas gerais.8. Assim, sendo a matéria de competência concorrente, a União estabelece diretrizes gerais e os outros entes, observando os pilares elencados esua autonomia, especificam dita norma de acordo com seus respectivos âmbitos e realidades.9. Ou seja, eles devem se ater a atividades essenciais listadas pelo ato do presidente (art. art. 3º, § 9º, Lei 13.979/2020).10. Da mesma forma que o reconhecimento ou a declaração dessa situação excepcional, seu encerramento - ainda que gradual - deve, de igualmodo, raiar do Congresso Nacional, seja diretamente pelos parlamentares, seja por quem tenha ele delegado a função, como o fez com opresidente e as atividades essenciais (arts. 1º, p. u., 137, p. u., Carta Magna).11. Causou preocupação a este ÓRGÃO o noticiamento em sítios eletrônicos, redes sociais e aplicativos de celular de que o Decreto Municipal n.18/2020 (em tese, assinado ontem com efeitos a partir de hoje) autorizaria a "retomada gradual do comércio freitense", em violação à restriçãoparlamentar (art. 3º, § 9º, Lei 13.979/2020).12. É vero que as opiniões divergem quanto à retomada das atividades. Muitas dessas, sejam aquelas que querem isso aconteça logo, seja asque são mais cautelosas, escondem interesses poucos republicanos ou humanísticos. Outras, também de ambos os lados, querem tão somenteo bem comum.13. Agravando o problema, todas tem respaldo de especialistas médicos, que também podem padecer das mesmas máculas ou das mesmasvirtudes mencionadas no parágrafo anterior.14. Entre essas duas vertentes, o gestor municipal. A única opção - senão a correta, mais a de maior bom senso - é aquela de seguir asautoridades acercadas de experts e que vertem as orientações mais gerais. No caso, os governos federal e estadual.15. Em consulta, o ato - como noticiado[2] - não foi encontrado no sítio eletrônico da prefeitura nem no Diário Oficial dos Municípios.16. Recomendei, então, ao prefeito que não expedisse ato nesse sentido, na medida em que extrapolaria os limites delegados pelo legislativonacional (ofício 136.04/2020, remetido eletrônica e pessoalmente ao prefeito e seus assessores jurídicos, em 23.04.20).17. A Lei Orgânica do Município de José de Freitas: Art. 19 - É da competência exclusiva da Câmara Municipal; V - sustar os atos normativos doPoder Executivo que exorbitem o poder regulamentar ou os limites da delegação legislativa;Resolve, pois, RECOMENDAR ao Excelentíssimo Senhor ROBERVAL PEREIRA DOS SANTOS, Presidente da Câmara Municipal, caso o ditoato seja expedido ou, a igual sorte, o prefeito não o revogue, a sustação dele por essa Augusta Casa (art. 19, V, Lei Orgânica de José de Freitas).Teresina, 24 de abril de 2020.Flávio Teixeira de Abreu JúniorPromotor de JustiçaRECOMENDAÇÃO 0019/2020 (SIMP 000121-059/2020)O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, pela 2ª Promotoria de Justiça de José de Freitas, presentada pelo subscritor, no uso de suasfunções e atribuições e CONSIDERANDO:1. As razões insertas na Portaria 006/2020, instauradora do Procedimento Administrativo 002/2020, acompanhamento das ações municipais decombate ao Coronavírus (COVID-19);

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2. Proposta de plano de retomada de atividades econômicas (r. em 23.04.20).RESOLVE, pois, em relação ao Excelentíssimo Senhor ROGER COQUEIRO LINHARES, prefeito de José de Freitas:(a) para conhecimento, remeter cópia do plano de retomada de atividades econômicas para orientação;(b) quando de eventual permissivo do Congresso Nacional ou do Ministério da Saúde, se possível, sejam adiantadas providências caso issoocorra.Teresina, 24 de abril de 2020.Flávio Teixeira de Abreu JúniorPromotor de JustiçaRECOMENDAÇÃO 0020/2020 (SIMP 000121-059/2020)O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, pela 2ª Promotoria de Justiça de José de Freitas, presentada pelo subscritor, no uso de suasfunções e atribuições e CONSIDERANDO:1. As razões insertas na Portaria 006/2020, instauradora do Procedimento Administrativo 002/2020, acompanhamento das ações municipais decombate ao Coronavírus (COVID-19);2. A NOTA TÉCNICA 02/2020/CACOP/MPPI (acerca da suspensão de sessões presenciais de prélios enquanto durar a pandemia);Resolve, pois, em relação (a) ao Prefeito de José de Freitas, ROGER COQUEIRO LINHARES (b) à Secretária Municipal de Saúde em exercício,SARA DE MORAIS FARIAS e (c) Diretora do Hospital Nossa Senhora do Livramento, SOCORRO SILVA ("Enfermeira Socorrinha"):I. Para a instrução do procedimento à epígrafe, REQUISITAR, em cinco dias corridos, contados do recebimento deste:(a) informe a quantidade de leitos disponibilizados no Hospital Nossa Senhora do Livramento;(b) informe sobre como está sendo feita a aquisição, doação e o fornecimento de equipamentos de proteção individual aos agentes públicos eterceiros em colaboração com a administração;(c) informe sobre como está sendo feita a aquisição, doação e o fornecimento de testes rápidos;II. Caso tenham sido feitos gastos com essas medidas, mais uma vez, RECOMENDAR sua imediata publicação no sítio eletrônico dessaprefeitura, com identificação minudente dos elementos contratuais. De preferência, disponibilize o procedimento administrativo de forma integral,como vem fazendo essa prefeitura - já que é publico e para afastar eventual medida para responsabilizar quem se omitiu (arts. 4º a 4º-I, Lei13.979/2020).III. Para conhecimento e observação, REMETER cópia da NOTA TÉCNICA 02/2020/CACOP/MPPI (acerca da suspensão de sessões presenciaisde prélios enquanto durar a pandemia).Teresina, 29 de abril de 2020.Flávio Teixeira de Abreu JúniorPromotor de JustiçaRECOMENDAÇÃO 0021/2020 (SIMP 000121-059/2020)O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, pela 2ª Promotoria de Justiça de José de Freitas, presentada pelo subscritor, no uso de suasfunções e atribuições e CONSIDERANDO:1. As razões insertas na Portaria 006/2020, instauradora do Procedimento Administrativo 002/2020, acompanhamento das ações municipais decombate ao Coronavírus (COVID-19);2. As razões já expostas no ofício 136.04/2020 (em 24.04.2020), vertido na RECOMENDAÇÃO 017/2020 (em 24.04.2020);3. O Decreto Estadual 18.966/2020 (prorrogadas as medidas restritivas adotadas pelo Piauí - quanto ao COVID-19 - até 21 de maio, sanitárias; e31 de julho, educação);Resolver, pois, em relação ao Prefeito de José de Freitas, ROGER COQUEIRO LINHARES, REMETER cópia do normativo estadual eRECOMENDAR que, de igual modo, seja observado na condução do MUNICÍPIO (arts. 22, I e II, Constituição Estadual; 13, I e II, XXIII, 72, IV,96, I, Lei Orgânica de José de Freitas).Teresina, 1º de maio de 2020.Flávio Teixeira de Abreu JúniorPromotor de JustiçaRECOMENDAÇÃO 0022/2020 (SIMP 000121-059/2020)O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, pela 2ª Promotoria de Justiça de José de Freitas, presentada pelo subscritor, no uso de suasfunções e atribuições e CONSIDERANDO:1. As razões insertas na Portaria 006/2020, instauradora do Procedimento Administrativo 002/2020, acompanhamento das ações municipais decombate ao Coronavírus (COVID-19);2. A Cartilha "BOAS PRÁTICAS NA DISTRIBUIÇÃO DE MERENDA ESCOLAR DURANTE A PANDEMIA DO COVID-19", elaborada pela Cortede Contas de Pernambuco,Resolver, pois, remeter cópia do documento à Senhora MARIA DO AMPARO HOLANDA DA SILVA, Secretária Municipal de Educação, paraconhecimento e observação.Teresina, 5 de maio de 2020.Flávio Teixeira de Abreu JúniorPromotor de JustiçaRECOMENDAÇÃO 0023/2020 (SIMP 000121-059/2020)O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, pela 2ª Promotoria de Justiça de José de Freitas, presentada pelo subscritor, no uso de suasfunções e atribuições e CONSIDERANDO:1. As razões insertas na Portaria 006/2020, instauradora do Procedimento Administrativo 002/2020, acompanhamento das ações municipais decombate ao Coronavírus (COVID-19);2. A NOTA TÉCNICA nº 3/PROCON/MPPI (dispõe sobre efeitos do COVID-19 nos contratos de educação com orientações a consumidores efornecedores).Resolve, pois, RECOMENDAR, a todos os Gestores da Rede Privada de Ensino do Município de José de Freitas, observação e cumprimento dasdiretrizes daquele documento.Teresina, 11 de maio de 2020.Flávio Teixeira de Abreu JúniorPromotor de JustiçaRECOMENDAÇÃO 0024/2020 (SIMP 000121-059/2020)O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, pela 2ª Promotoria de Justiça de José de Freitas, presentada pelo subscritor, no uso de suasfunções e atribuições e CONSIDERANDO:1. As razões insertas na Portaria 006/2020, instauradora do Procedimento Administrativo 002/2020, acompanhamento das ações municipais decombate ao Coronavírus (COVID-19);2. A resposta da Senhora REJANE MARIA DA SILVA LUZ, Supervisora de Ensino das Unidades Escolares Estaduais em José de Freitas,através do ofício nº 024/2020 (r. em 08.05.20);Resolve, pois, com urgência, dada a situação, e no máximo em dois dias, contados do recebimento deste, REQUISITAR da referida Supervisora:(I) o contato pessoal de todos os (a) diretores e (b) professores da rede estadual de ensino em José de Freitas (endereço eletrônico e/ou telefone,de preferência Whatsapp) para que informem, com documentos, por cada turma das respectivas escolas, bem como os dias de cada

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aula/atividade:(II) alunos que estão assistindo aula;(III) alunos que não estão assistindo aula;(IV) alunos que estão recebendo material;(V) alunos que não estão recebendo material;(VI) alunos que fizeram as tarefas;(VII) alunos que não fizeram as tarefas;(IX) datas de realização das aulas online;(X) conteúdo das aulas online;(XI) duração das aulas online;(XII) atividades complementares repassadas;(XIII) professor(es) que ministrou(aram) o conteúdo;(XIV) identificação dos alunos do interior;(XVI) os pais e responsáveis foram notificados dessa mudança?(XVII) por qual meio os pais e responsáveis foram notificados?Teresina, 11 de maio de 2020.Flávio Teixeira de Abreu JúniorPromotor de JustiçaRECOMENDAÇÃO 0025/2020 (SIMP 000121-059/2020)O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, pela 2ª Promotoria de Justiça de José de Freitas, presentada pelo subscritor, no uso de suasfunções e atribuições e CONSIDERANDO:1. As razões insertas na Portaria 006/2020, instauradora do Procedimento Administrativo 002/2020, acompanhamento das ações municipais decombate ao Coronavírus (COVID-19);2. São cinco casos confirmados de COVID-19 em José de Freitas.3. É obrigatório o isolamento desses infectados e de todos os que com eles convivem ou têm contato (art. 2º, II, Lei 13.979/2020).4. O descumprimento da medida é ato criminoso (arts. 132, 267 e 268, do Código Penal).RESOLVE, pois, em relação (a) à Ilustríssima Senhora SARA DE MORAIS FARIAS, Secretária Municipal de Saúde em exercício, e (b) aoIlustríssimo Senhor ROMILDO FRANCISCO DOS SANTOS, Gerente da Divisão Municipal da Vigilância Sanitária:(I) REMETER, pois, modelo de notificação e termo de compromisso a ser subscrito pelos afetados com a medida (anexo);(II) Caso não tenha sido feita a notificação, o que não é esperado, com o auxílio da polícia militar e/ou guarda municipal, RECOMENDAR sejamtodos notificados dos compromissos. (III) Sejam REMETIDAS cópias de todas as notificações encaminhadas a esta Promotoria.Teresina, 12 de maio de 2020.Flávio Teixeira de Abreu JúniorPromotor de JustiçaANEXOS DA RECOMENDAÇÃO 0025/2020TERMO DE NOTIFICAÇÃO, DECLARAÇÃO E COMPROMISSO(INFECTADO)Nome do infectado:Nome da mãe:Endereço completo:Telefone e WhatsApp para contato:Profissão/ocupação:CPF:Carteira de Identidade:Preservado o sigilo deste documento, declaro que fui testado como portador do Novo Coronavírus/COVID-19 (SARS-COV-2), pelo que estousendo notificado e assumo compromisso de cumprir medida de isolamento, junto de minha família e todos com quem convivo diariamente, peloprazo de XXX dias (informado pela autoridade de saúde pública) e estou ciente de que o descumprimento dessa medida é ato criminoso (arts.132, 267 e 268, do Código Penal; 2º, II, Lei 13.979/2020).José de Freitas (PI), XXX de XXXX de XXXX.Declarante:Vigilância Sanitária:Polícia Militar/Guarda Municipal:Autoridade em Saúde:TERMO DE NOTIFICAÇÃO, DECLARAÇÃO E COMPROMISSO(CONVIVENTE/FAMILIAR/AFIM)Nome do afim/convivente/familiar:Nome da mãe:Endereço completo:Telefone e WhatsApp para contato:Profissão/ocupação:CPF:Carteira de IdentidadePreservado o sigilo deste documento, declaro que meu afim foi testado como portador do Novo Coronavírus/COVID-19 (SARSCOV-2), pelo queestou sendo notificado e assumo compromisso de cumprir medida de isolamento, junto de dele e todos com quem convivo diariamente, peloprazo de XXX dias (informado pela autoridade de saúde pública) e estou ciente de que o descumprimento dessa medida é ato criminoso (arts.132, 267 e 268, do Código Penal; 2º, II, Lei 13.979/2020).José de Freitas (PI), XXX de XXXX de XXXX.Declarante:Vigilância Sanitária:Polícia Militar/Guarda Municipal:Autoridade em Saúde:RECOMENDAÇÃO 0026/2020 (SIMP 000121-059/2020)O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, pela 2ª Promotoria de Justiça de José de Freitas, presentada pelo subscritor, no uso de suasfunções e atribuições e CONSIDERANDO:1. As razões insertas na Portaria 006/2020, instauradora do Procedimento Administrativo 002/2020, acompanhamento das ações municipais decombate ao Coronavírus (COVID-19);2. Os ofícios GABPREF/2020 (sem numeração, com a resposta aos expedientes 126 e 127.04/2020, r. em 07.05.20).3. Pelos expedientes, informação de que o MUNICÍPIO DE JOSÉ DE FREITAS (a) não contratou com fundamento da Lei nº 13.979/2019, (b) está

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priorizando licitações já realizadas e (c) caso contrate, essas contratações serão publicadas no sítio eletrônico da prefeitura.4. Este ORGÃO tomou conhecimento da (1) distribuição de cestas básicas, (2) merenda escolar, (3) máscaras descartáveis e álcool gel, (4)desinfetação de locais públicos pela secretaria de saúde, e (5) seletivo para cadastramento de pessoal para eventualidade.5. Tudo isso, evidentemente, requer gastos (quer por convênios, quer por recursos próprios ou de particulares).6. Ainda que "sejam priorizadas contratações já realizadas", esses materiais não são utilizados no cotidiano municipal, pelo menos, não naquantidade em que estão sendo veiculados. Toda contratação é limitada a objeto certo e determinado. Até mesmo as variações dela, por contado contratado, obedecem a um limite (art. 7º, § 4º, 65, § 1º, Lei 8.666/1993 - Geral de Licitações e Contratos).7. Se foram contratadas antes dessa pandemia, somente o foram pela finalidade específica (abrangida pelo cotidiano administrativo e justificarama contratação). Esse "acréscimo", por causa da situação desencadeada pelo COVID-19, tem como fundamento a calamidade e, como tal, deveatender aos quesitos do normativo específico (Lei nº 13.979/2019 - Medidas Coronavírus).8. Em outra banda, mesmo que essas medidas e ações estejam a acontecer por (a) convênios ou (b) doações de particulares, quando aadministração pública as/os aceita e "veste a campanha", assume com esse ato uma obrigação bilateral, ou seja, um contrato (art. 2º, p. u., LeiGeral de Licitações e Contratos Públicos).Resolve, pois, pela derradeira vez, RECOMENDAR, ao Prefeito de José de Freitas, ROGER COQUEIRO LINHARES:(a) a criação de campo específico, de chamada destacada, no sítio eletrônico da prefeitura para (1) atos, (2) contratos, (3) ordens, (4) decretos,(5) publicações, (6) convênios, (7) doações, (8) listas, (9) editais, (10) procedimentos administrativos em sua integralidade para identificaçãofidedigna e em tempo real - que já deveria estar acontecendo - das partes, valores e objetos desses contratos (arts. 4º a 4º-I, Lei nº 13.979/2019 -Medidas Coronavírus);(b) informar, cotejada e minudentemente, os itens indicados no ofício 126.04/2020 (SERVIÇOS DE LIMPEZA, CATADORES E COLETASELETIVA), em especial, (1) as despesas feitas até agora com cada (1.1) setor/secretaria (EPI's, álcool gel, máscaras etc) e (1.2) com cadacatador, inclusive (1.3) onde estão exercendo suas atividades e (1.4) as datas de entrega dos equipamentos de proteção para eles.Teresina, 14 de maio de 2020Flávio Teixeira de Abreu JúniorPromotor de JustiçaRECOMENDAÇÃO 0027/2020 (SIMP 000121-059/2020)O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, pela 2ª Promotoria de Justiça de José de Freitas, presentada pelo subscritor, no uso de suasfunções e atribuições e CONSIDERANDO:1. As razões insertas na Portaria 006/2020, instauradora do Procedimento Administrativo 002/2020, acompanhamento das ações municipais decombate ao Coronavírus (COVID-19);2. Por noticiamento na Ouvidoria do MP/PI, este ÓRGÃO tomou conhecimento de:(a) corte da remuneração de servidores da rede de saúde, em especial (sic): (a.1) ajuda de custo; (a.2) adicional de horas extraordinárias; (a.3)gratificação de desempenho - PMAQ;(b) a Unidade Básica de Saúde do CAIC (sic):(b.1) "não possui uma estrutura física adequada e funciona em uma residência alugada";(b.2) "banheiro único para atender funcionários e pacientes";(b.3) "os consultórios médicos e de enfermagem e a sala de vacina não possuem pias para a lavagem das mãos";(b.4) os profissionais de lá "estão atendendo em meio a essa pandemia sintomáticos respiratórios, gestantes, vacinação de rotina e outrasdemandas da comunidade em geral, pondo em risco a saúde dos profissionais e pacientes",Resolve, pois, em relação ao Prefeito de José de Freitas, ROGER COQUEIRO LINHARES:(I) Quanto ao item "a", desta, em cinco dias úteis, REQUISITAR:1 - informações sobre o fundamento legal da supressão;2 - motivo da supressão (casos individuais ou de afastamento por integração de grupo de risco);3 - caráter da supressão (se geral ou individual);(II) Em relação ao item "b", desta, RECOMENDAR:4 - imediata adequação da UBS, no que for possível, com foto da execução, às portarias do SUS;5 - distinção sanitária entre banheiros (ainda que provisório);6 - colocação de pias para lavagem de mãos;7 - fornecimento de todo equipamento de proteção individual e coletiva para os que lá laboram;8 - em igual prazo da requisição anterior, informe todas as providências tomadas para adequação da situação (inclusive do que já foirecomendado a Vossa Excelência).Teresina, 19 de maio de 2020Flávio Teixeira de Abreu JúniorPromotor de JustiçaRECOMENDAÇÃO 0028/2020 (SIMP 000121-059/2020)O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, pela 2ª Promotoria de Justiça de José de Freitas, presentada pelo subscritor, no uso de suasfunções e atribuições e CONSIDERANDO:1. As razões insertas na Portaria 006/2020, instauradora do Procedimento Administrativo 002/2020, acompanhamento das ações municipais decombate ao Coronavírus (COVID-19);2. A RECOMENDAÇÃO inserta no ofício 151.05/2020 (r. em 14.05.2020).3. A Lei 13.979/2020 (Medidas Emergenciais): "Art. 4º. [...]. § 2º - Todas as contratações ou aquisições realizadas com fulcro nesta Lei serãoimediatamente disponibilizadas em sítio oficial específico na rede mundial de computadores (internet), contendo, no que couber, além dasinformações previstas no § 3o do art. 8o da Lei no 12.527, de 18 de novembro de 2011, o nome do contratado, o número de sua inscrição naReceita Federal do Brasil, o prazo contratual, o valor e o respectivo processo de contratação ou aquisição"4. No âmbito federal, o MINISTÉRIO DA SAÚDE criou aba/link de acesso rápido a todas as contratações e aquisições com a prevenção ecombate ao Novo Coronavírus/COVID-19 em seu sítio eletrônico[3].5. No âmbito estadual, a SECRETARIA DE SAÚDE também criou em seu sítio eletrônico[4] link de acesso rápido a manuais, resultados, notastécnicas, formulários e boletins, sem apresentar informações acerca de contratações e aquisições2, pelo que foi extrajudicialmenteRECOMENDADA a fazê-lo e, escoado o prazo sem que apresente os dados, será judicialmente compelida (como foi em relação aos outrosdados do COVID - PJE 0808386-78.2020.8.18.0140).6. Na publicidade exigida com os gastos, a celeridade necessária para aquisições não significa atuação que possa, de alguma forma, violarlegalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade, eficiência, isonomia, seleção da proposta mais vantajosa para a Administração,desenvolvimento nacional sustentável, bem como demais preceitos que lhe sejam correlatos. Não é, pois, autorização irrestrita para aquisiçãodesmesurada e irracional, somente por estar em face de excepcional situação de emergência pandêmica.7. Diante da grave e urgente calamidade pública, observando ao princípio da eficiência (art. 37, caput, Carta Magna), não é exigível do gestordeclinar, em cada um dos processos de aquisição, os fatos e circunstâncias de conhecimento público e notório.8. A celeridade buscada pelo legislador, ao mitigar exigências da sistemática da Lei 8.666/1993, impõe ao gestor e às entidades quedesenvolvem serviço público assemelhado, o dever de cautela e de apuração das circunstâncias que orientam para eventual contratação diretasob tal fundamento (art. 4º, Lei 13.979/2020).

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3.12. 32ª PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE TERESINA-PI11777

9. O MUNICÍPIO DE JOSÉ DE FREITAS, em seu sítio eletrônico, criou um link/aba para fornecer à população informações, manuais, formulários,boletins e documentos da Secretaria sobre a doença causada pelo coronavírus COVID-19 (canto superior direito)[5].10. Ao acessar, contudo, não há qualquer publicação.11. Como já foi exposto no expediente mencionado, não é porque o MUNICÍPIO DE JOSÉ DE FREITAS não fez "licitações novas" que nãocontratou (vide ofício 151.05/2020 - remetido eletrônica e pessoalmente em 14.05.2020, vertido na RECOMENDAÇÃO 0026/2020).12. Descumpre, pois, a ordem legal (4º, § 2º, Lei 13.979/2020).13. Apesar da vivência de um estado de calamidade pública, ainda persiste a necessidade da utilização de instrumento para garantir atransparência da gestão, com a disponibilização de informações sem uma necessidade de prévia requisição delas (arts. 5º, XIV, 37, caput,Constituição Federal).Resolve, por tudo isso, mais uma vez, RECOMENDAR, no prazo de dez dias contados do recebimento deste, ao Prefeito de José de Freitas,ROGER COQUEIRO LINHARES:(a) a disponibilização em seu sítio eletrônico de link específico de acesso onde deverão ser publicados, em tempo real e de forma fidedigna, semomissões, todas as contratações e aquisições feitas, contendo, no que couber, nomes dos contratados, números de suas inscrições na Receita(CNPJ ou CPF), prazos, objetos e quantidades, valores individualizados contratados, com números dos respectivos processos de contratação ouaquisição (inclusive os que não foram de "novas licitações", mas contratados e/ou mantidos durante esseatual estado calamitoso);(b) o preenchimento do formulário anexo (elaborado pelo Centro de Apoio Operacional de Combate à Corrupção - CACOP/MPPI), com osrespectivos comprovantes, em cinco dias úteis, contados do recebimento deste, com sua remessa para [email protected], 19 de maio de 2020Flávio Teixeira de Abreu JúniorPromotor de JustiçaANEXO RECOMENDAÇÃO 028/2020 (SIMP 000121-059/2020)PORTAL DA TRANSPARÊNCIA / COVID-19 PREFEITURA MUNICIPAL DE JOSÉ DE FREITAS / LISTA DE CHECAGEM

ITEM SIM NÃOOBSERVAÇÕES

Municípios acima de 10.000 habitantes (arts. 4°, § 2°, Lei 13.979/2020 ; 8º, §3º, Lei 12.527/2011)

Aba específica para a transparência da COVID-19 (link) X

Nome do Contratado X

Número de inscrição na Receita Federal (CNPJ) X

Prazo Contratual X

Valor X

Respectivo Processo de Contratação ou Aquisição X

Contém ferramenta de pesquisa de conteúdo que permita o acesso à informação objetiva,transparente, clara e em linguagem de fácil compreensão (art. 8º, §3º, Lei 12.527/2011)

X

Geração de relatórios, em formatos eletrônicos, inclusive abertos e sem proprietário, comoplanilhas e texto, para facilitar a análise das informações (art. 8º, §3º, Lei 12.527/2011)

X

Acesso automatizado por sistemas externos em formatos abertos, estruturados e legíveis pormáquina (art. 8º, §3º, Lei 12.527/2011)

X

Divulga em detalhes os formatos utilizados para a estruturação da informação (art. 8º, §3º, daLei 12.527/2011)

X

Garante as autenticidade e integridade das informações disponíveis para acesso (art. 8º, §3º, daLei 12.527/2011)

X

Mantém atualizadas as informações disponíveis para acesso (art. 8º, §3º, Lei 12.527/2011) X

Indica local e instruções que permitam o interessado se comunicar, por via eletrônica outelefônica, com órgão ou entidade detentora do sítio (art. 8º, §3º, Lei 12.527/2011)

X

Adota as medidas para garantir a acessibilidade de conteúdo para pessoas com deficiência (art.8º, §3º, Lei 12.527/2011)

X

ROGER COQUEIRO LINHARESPrefeito Municipal de José de Freitas[1]https://www.saraivareporter.com/index.php?option=com_content&view=article&id=29412:2020-04-23-14-13-44&catid=39:quentinhas&Itemid=57[2]https://www.saraivareporter.com/index.php?option=com_content&view=article&id=29412:2020-04-23-14-13-44&catid=39:quentinhas&Itemid=57[3]https://saude.gov.br/[4]http://portal.saude.pi.gov.br/2020/inf_saude/epidemiologia/covid-19/covid-19.asp[5]https://josedefreitas.pi.gov.br/

NÚCLEO DAS PROMOTORIAS DE JUSTIÇA DE DEFESA DA CIDADANIA E DO MEIO AMBIENTE DE TERESINA32ª PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE TERESINAPORTARIA DE ADITAMENTO À PORTARIA Nº 22/2020 - 32ª P.J.O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, por seu representante signatário, no uso das atribuições constitucionais conferidas pelo artigo129 da Constituição da República e:CONSIDERANDO que o Ministério Público é uma instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa daordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis, como preceitua o art. 127 da Carta Magna;CONSIDERANDO que nos termos do art. 37, I, da Lei Complementar nº 12/93 e do art. 3º da Resolução CNMP nº 23, de 17 de setembro de2007, a instauração e instrução nos procedimentos preparatórios e inquéritos civis é de responsabilidade dos órgãos de execução, cabendo aomembro do Ministério Público investido da atribuição da propositura da ação civil pública respectiva;

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3.13. PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE BARRO DURO-PI11778

CONSIDERANDO a expansão do contágio do vírus SARS-CoV-2 (novo coronavírus) pelo mundo, com inúmeros casos registrados em paísescomo China, Itália, Irã, Espanha e Coreia, o qual causa a doença conhecida como Covid-19;CONSIDERANDO que o Brasil tem casos confirmados de Covid-19 desde 25 de fevereiro de 2020, que estão aumentando exponencialmente,inclusive com transmissão comunitária (ou sustentada) e registro de óbito;CONSIDERANDO que a Organização Mundial da Saúde - OMS, em 11 de março de 2020, declarou o contágio do novo coronavírus comopandemia;CONSIDERANDO que, através da Portaria nº188, de 03.02.20, o Ministério da Saúde declarou Emergência em Saúde Pública de ImportânciaNacional (ESPIN) em decorrência da infecção humana pelo novo coronavírus (2019-nCoV);CONSIDERANDO que a Lei Federal nº 13.979, de 06.02.20, estabeleceu medidas para enfrentamento da emergência de saúde pública deimportância internacional decorrente do coronavírus, inclusive com possibilidade de isolamento e quarentena de pessoas e imposição de atoscompulsórios;CONSIDERANDO a Resolução Normativa nº 453 de 12 de março de 2020, editada pela Agência Nacional de Saúde Suplementar - ANS, queincluiu no Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde no âmbito da Saúde Suplementar, a cobertura obrigatória da utilização de testesdiagnósticos para infecção pelo coronavírus;CONSIDERANDO o teor da Nota Técnica Conjunta nº1/2020 - CES/CNMP/1ª CCR (Comissão de Saúde, Conselho Nacional do MinistérioPúblico e 1ª Câmara de Coordenação e Revisão do Ministério Público Federal), com orientações para a "atuação fiscalizatória da política desaúde, resolutiva e interinstitucional, na crise do coronavírus";CONSIDERANDO a necessidade de pronta resposta a qualquer ameaça real do Covid-19 no país, com a possibilidade de adoção de medidasjudiciais e extrajudiciais em face dos riscos da pandemia do novo coronavírus;CONSIDERANDO a necessidade de se evitar a contaminação, conter a propagação do vírus e reduzir as consequências da doença,especialmente diante do aumento vertiginoso em território paulista;CONSIDERANDO que, nos termos do artigo 196 da Constituição Federal "a saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediantepolíticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações eserviços para sua promoção, proteção e recuperação".CONSIDERANDO que, nos termos do artigo 197, da Carta da República "são de relevância pública as ações e serviços de saúde, cabendo aoPoder Público dispor, nos termos da lei, sobre sua regulamentação, fiscalização e controle, devendo sua execução ser feita diretamente ouatravés de terceiros e, também, por pessoa física ou jurídica de direito privado" e que, nos termos do artigo 199, caput, da Constituição de 1988,"a assistência à saúde é livre à iniciativa privada";CONSIDERANDO que a Política Nacional das Relações de Consumo tem por objetivo o atendimento das necessidades dos consumidores, orespeito à sua dignidade, saúde e segurança, a proteção de seus interesses econômicos, a melhoria da sua qualidade de vida, bem como atransparência e harmonia das relações de consumo (art. 4º, CDC);CONSIDERANDO o princípio da prevenção e que o artigo 4º, inciso II, do Código de Defesa do Consumidor também fixa como princípio daPolítica Nacional das Relações de Consumo a "ação governamental no sentido de proteger efetivamente o consumidor".CONSIDERANDO as notícias do agravamento da crise do "Coronavírus", com a possibilidade de grande número de atendimentos pela redeprivada e por planos de saúde para prestação de serviços médico-hospitalares;CONSIDERANDO a importância que a iniciativa privada representa nos serviços de assistência à saúde;CONSIDERANDO que a adequada prestação de tais serviços implica na necessidade de verificação dos procedimentos de atendimento, deinternação e de isolamento de pacientes, especialmente a disponibilização de número suficiente de respiradores artificiais, de leitos de internaçãoe de UTI;CONSIDERANDO as disposições do art. 81 e 82, I, do Código de Defesa do Consumidor, os quais conferem ao Ministério Público a legitimidadepara promover ações que objetivem a defesa coletiva dos interesses e direitos dos consumidores;RESOLVE:Aditar a Portaria nº 22/2020 a fim de alterar a numeração do Procedimento Preparatório de Inquérito Civil Público nº 02/2020 paraProcedimento Preparatório de Inquérito Civil Público nº 04/2020 na forma do artigo 37 da Resolução nº 01, de 12 de agosto de 2008, doColégio de Procuradores do Ministério Público do Estado do Piauí, instaurado com o objetivo de apurar a situação da rede privada de assistênciaà saúde no município de Teresina, no que diz respeito a adoção das medidas necessárias pra o atendimento de consumidores com suspeita ouconfirmação do coronavírus, determinando as seguintes diligências:a) Cientifique-se o Egrégio Conselho Superior do Ministério Público do Estado do Piauí do teor desta portaria de aditamento;Nomeia-se o Breno Mayr Santos Resplandes, assessor da 32ª Promotoria de Justiça de Teresina, para secretariar este procedimento, nosmoldes do Art. 4º, inciso V, da Resolução nº 23 do CNMP;Publique-se e registre-se esta Portaria no mural da 32ª Promotoria de Justiça de Teresina e na imprensa oficial (Diário Oficial da Justiça doPiauí), conforme preceitua o artigo 4º, inciso VI e artigo 7º, § 2º, inciso II, da Resolução nº 23, de 17 de setembro de 2007, do Conselho Nacionaldo Ministério Público.Teresina-PI, 20 de maio de 2020.Maria das Graças do Monte TeixeiraPromotora de Justiça - 32ª Promotoria de Justiça de Teresina

DECISÃO DE ARQUIVAMENTOPROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO Nº 03/2019AUTOS DE SIMP Nº 001198-325/2018Trata-se de Procedimento Administrativo instaurado no âmbito da Promotoria de Justiça de Barro Duro, para fins de acompanhamento documprimento de cláusulas do Termo de Ajustamento de Conduta nº 01/2019, celebrado em 14 de fevereiro de 2019.É o relatório. Passo à decisão.Antes de se analisar as provas existentes nos autos, vale ressaltar que este Promotor assumiu esta Promotoria de Justiça recentemente, hápoucos meses, e se deparou com um acervo de mais de 220 (duzentos e vinte) procedimentos extrajudiciais em tramitação, impedindo, portanto,uma atuação mais atual e contemporânea perante as ocorrências desta Comarca.A Resolução n. 174/2017 do CNMP assim dispõe, em seu art. 8º, sobre a instauração de procedimento administrativo:Art. 8º O procedimento administrativo é o instrumento próprio da atividade-fim destinado a:- acompanhar o cumprimento das cláusulas de termo de ajustamento de conduta celebrado;- acompanhar e fiscalizar, de forma continuada, políticas públicas ou instituições;- apurar fato que enseje a tutela de interesses individuais indisponíveis;-embasar outras atividades não sujeitas a inquérito civil.Salutar frisar, ainda, que toda investigação, seja ela ministerial ou não, tem início por força de indícios, ilações fáticas decorrentes de exercício deprobabilidade no órgão investigador, sendo a razão maior, de toda e qualquer investigação, a busca de informações que possam ser utilizadoscomo elementos probatórios lícitos na confirmação, ou não, daqueles indícios inaugurais.Essa busca pública por elementos de informação, hábeis a transformar indícios em fatos palpáveis juridicamente, por meio lícito de prova, não

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pode ser perpétua, devendo guardar razoabilidade com o contexto procedimental, temporal e fático, pelo que a não confirmação de indício queserviu para instaurar procedimento de investigação, seja pela expressa negativa fática ou pelo decurso temporal sem a profícua colheita deelementos probatórios de confirmação daquele, autorizam concluir pela ineficácia investigativa no caso concreto, impondo-se seu estancamento.Nenhuma investigação pode ser perpétua, ainda mais se desprovida de elementos capazes de confirmar os indícios que ensejaram suainstauração, exigindo-se do agente investigador aferição, frente à sua capacidade instalada, necessária medida de esforços disponíveis paraaquele afã, até porque, arquivada esta ou aquela investigação, surgindo novos elementos probatórios que lhe sejam pertinentes, pode a mesma,a qualquer tempo, ser desarquivada, retomando-se até seu desiderato, a teor do ordenamento jurídico pátrio.No contexto acima, o E. CPJ - Colégio de Procuradores de Justiça do Estado do Piauí -, editou a Resolução n.º 001/2008, categórica em imporcomo sendo 02(dois) anos o lapso temporal razoável para a conclusão ordinária de investigação ministerial por inquérito público civil,entendimento decorrente do procedimento ter seu prazo de conclusão fixado em 01(um) ano, prorrogável por igual período por seu titular, peloque excepcional a extensão deste lapso.Compulsando os autos, verifica-se que até o presente momento não chegou notícia de descumprimento das cláusulas do TAC e, alémdisso, fora expedida Recomendação Ministerial nº 11/2019, que dispõe acerca de poluição sonora e realização de festas públicas noâmbito das cidades que compõem a Comarca de Barro Duro, que versa sobre o mesmo objeto do presente procedimento. Isto posto,não há razão para a continuidade deste Procedimento Administrativo.Salutar recordar as diretrizes traçadas pelo CNMP, quando da publicação da "Carta de Brasília", em 29 de setembro de 2019, dentre várias, aanálise consistente das notícias de fato, de modo a ser evitada a instauração de procedimentos ineficientes, inúteis ou a instauração emsituações nas quais é visível a inviabilidade da investigação, bem como a necessidade de delimitação do objeto da investigação, com aindividualização dos fatos investigados e das demais circunstâncias relevantes, garantindo, assim, a duração razoável da investigação.Desta feita, não se tendo até a presente data logrado comprovação quanto aos fatos que motivaram a presente investigação, o mero decursoprocessual enseja a conclusão de ser parca a probabilidade de sucesso ministerial em amealhar elementos probatórios hábeis a representaçãodos fatos que motivaram a presente demanda.Por outro lado, é válido trazer à colação, para fins de demonstração da sintonia ministerial com a atual quadra de desenvolvimento institucional donosso País, a novel Lei de Abuso de Autoridade, Lei nº 13.869, de 5 de Setembro de 2019, que trata sobre crimes de abuso de autoridadecometidos por agente público, servidor ou não, que, no exercício de suas funções, ou a pretexto de exercê-las, abuse do poder que lhe tenha sidoatribuído, em especial os arts. 27 e 31, abaixo reproduzidos:Art. 27. Requisitar instauração ou instaurar procedimento investigatório de infração penal ou administrativa, em desfavor de alguém, à falta dequalquer indício da prática de crime, de ilícito funcional ou de infração administrativa: Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.Parágrafo único. Não há crime quando se tratar de sindicância ou investigação preliminar sumária, devidamente justificada.Art. 31. Estender injustificadamente a investigação, procrastinando-a em prejuízo do investigado ou fiscalizado: Pena - detenção, de 6 (seis)meses a 2 (dois) anos, e multa. Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem, inexistindo prazo para execução ou conclusão de procedimento,o estende de forma imotivada, procrastinando-o em prejuízo do investigado ou do fiscalizado.Sem sequer entrar na necessária discussão da presença de dolo específico, para fins de configuração do crime de abuso de autoridade, o que sedaria a título do mero capricho, da busca por se prejudicar outrem ou da busca da finalidade não prevista na norma, elementos absolutamenteincomuns ao fazer ministerial, certo é que tal novo marco regulatório trouxe mais concretude ao direito fundamental à duração razoável doprocesso.Assim, indiscutível, portanto, que o legislador conferiu valor jurídico ao lapso temporal investigativo, cujo termo final ordinário, para serprorrogado, exige, ao menos, motivação e direcionamento justificador daquela prorrogação, devendo o ente ministerial apresentar concretamenteelementos materiais que demonstrem a pertinência da manutenção investigativa, o que não se vislumbra neste caso concreto.Diligências foram, portanto, realizadas e até o presente momento novas informações não foram apresentadas.Nesse contexto, o arquivamento do presente procedimento administrativo é de rigor, achando-se, nesta sede, solucionado o fato narrado.Diante do exposto, promovo o arquivamento do presente procedimento administrativo, sem prejuízo de seu desarquivamento, acaso surjamnovos elementos palpáveis de prova, nos termos da Resolução n. 174/2017 do CNMP, com as devidas comunicações ao Conselho Superior doMinistério Público do Estado do Piauí.Publique-se esta decisão no Diário do MP-PI.Barro Duro - PI, 19 de maio de 2020.(assinado digitalmente)ARI MARTINS ALVES FILHO (bmc)PROMOTOR DE JUSTIÇAPromotor de Justiça titular da Comarca de Barro Duro/PIDECISÃO DE ARQUIVAMENTOPROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO Nº 05/2018AUTOS DE SIMP Nº 000121-325/2018Trata-se de Procedimento Administrativo, instaurado pelo Ministério Público, tendo por objeto acompanhar e fiscalizar, no ano de 2018, a adoçãode políticas públicas municipais voltadas ao combate do uso de bebidas alcoólicas por crianças e adolescentes do Município de PassagemFranca - PI.No decorrer do procedimento, foram encaminhados diversos ofícios e realizadas diligências, no intuito de colher informações para subsidiar aatuação do Parquet.Ata de Audiência Extrajudicial às fls. 120-121, na qual estiveram presentes todos os donos e proprietários de bares, botecos, trailers, dentreoutros estabelecimentos das cidades de Barro Duro e Passagem Franca do Piauí que comercializam bebida alcoólica em seus estabelecimentos.Na ocasião, os comerciantes demonstraram interesse na realização de Termo de Ajustamento de Conduta - TAC - junto ao Ministério Público.TAC nº 12/2018 firmado, conforme fls. 137.Ofício Ministerial solicitando informações ao Conselho Tutelar de Passagem Franca, conforme fls. 145-146.Em resposta, o referido Conselho Tutelar encaminhou relatório detalhado, conforme fls. 148-161, e informou que realizou visita em todos osestabelecimentos, tendo, ainda, os Conselheiros colhido o ciente de tais comerciantes, diante das recomendações e punições acerca dacomercialização de bebidas alcoólicas para adolescentes.É o relatório. Passo à decisão.Antes de se analisar as provas existentes nos autos, vale ressaltar que este Promotor assumiu esta Promotoria de Justiça recentemente, hápoucos meses, e se deparou com um acervo de mais de 220 (duzentos e vinte) procedimentos extrajudiciais em tramitação, impedindo, portanto,uma atuação mais atual e contemporânea perante as ocorrências desta Comarca.A Resolução n. 174/2017 do CNMP assim dispõe, em seu art. 8º, sobre a instauração de procedimento administrativo:Art. 8º O procedimento administrativo é o instrumento próprio da atividade-fim destinado a:- acompanhar o cumprimento das cláusulas de termo de ajustamento de conduta celebrado;- acompanhar e fiscalizar, de forma continuada, políticas públicas ou instituições;- apurar fato que enseje a tutela de interesses individuais indisponíveis;-embasar outras atividades não sujeitas a inquérito civil.Salutar frisar, ainda, que toda investigação, seja ela ministerial ou não, tem início por força de indícios, ilações fáticas decorrentes de exercício deprobabilidade no órgão investigador, sendo a razão maior, de toda e qualquer investigação, a busca de informações que possam ser utilizados

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como elementos probatórios lícitos na confirmação, ou não, daqueles indícios inaugurais.Essa busca pública por elementos de informação, hábeis a transformar indícios em fatos palpáveis juridicamente, por meio lícito de prova, nãopode ser perpétua, devendo guardar razoabilidade com o contexto procedimental, temporal e fático, pelo que a não confirmação de indício queserviu para instaurar procedimento de investigação, seja pela expressa negativa fática ou pelo decurso temporal sem a profícua colheita deelementos probatórios de confirmação daquele, autorizam concluir pela ineficácia investigativa no caso concreto, impondo-se seu estancamento.Nenhuma investigação pode ser perpétua, ainda mais se desprovida de elementos capazes de confirmar os indícios que ensejaram suainstauração, exigindo-se do agente investigador aferição, frente à sua capacidade instalada, necessária medida de esforços disponíveis paraaquele afã, até porque, arquivada esta ou aquela investigação, surgindo novos elementos probatórios que lhe sejam pertinentes, pode a mesma,a qualquer tempo, ser desarquivada, retomando-se até seu desiderato, a teor do ordenamento jurídico pátrio.No contexto acima, o E. CPJ - Colégio de Procuradores de Justiça do Estado do Piauí -, editou a Resolução n.º 001/2008, categórica em imporcomo sendo 02(dois) anos o lapso temporal razoável para a conclusão ordinária de investigação ministerial por inquérito público civil,entendimento decorrente do procedimento ter seu prazo de conclusão fixado em 01(um) ano, prorrogável por igual período por seu titular, peloque excepcional a extensão deste lapso.Diligências foram realizadas no presente caso e, diante de resposta recente do Conselho Tutelar de Passagem Franca, o referidoConselho Tutelar encaminhou relatório detalhado, conforme fls. 148-161, e informou que realizou visita em todos os estabelecimentos, tendo,ainda, os Conselheiros colhido o ciente de tais comerciantes, diante das recomendações e punições acerca da comercialização de bebidasalcoólicas para adolescentes.Desta feita, encerrando-se o objeto deste procedimento e inexistindo outras providências a serem feitas válido se faz o arquivamentodo presente procedimento.Salutar recordar as diretrizes traçadas pelo CNMP, quando da publicação da "Carta de Brasília", em 29 de setembro de 2019, dentre várias, aanálise consistente das notícias de fato, de modo a ser evitada a instauração de procedimentos ineficientes, inúteis ou a instauração emsituações nas quais é visível a inviabilidade da investigação, bem como a necessidade de delimitação do objeto da investigação, com aindividualização dos fatos investigados e das demais circunstâncias relevantes, garantindo, assim, a duração razoável da investigação.Por outro lado, é válido trazer à colação, para fins de demonstração da sintonia ministerial com a atual quadra de desenvolvimento institucional donosso País, a novel Lei de Abuso de Autoridade, Lei nº 13.869, de 5 de Setembro de 2019, que trata sobre crimes de abuso de autoridadecometidos por agente público, servidor ou não, que, no exercício de suas funções, ou a pretexto de exercê-las, abuse do poder que lhe tenha sidoatribuído, em especial os arts. 27 e 31, abaixo reproduzidos:Art. 27. Requisitar instauração ou instaurar procedimento investigatório de infração penal ou administrativa, em desfavor de alguém, à falta dequalquer indício da prática de crime, de ilícito funcional ou de infração administrativa: Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.Parágrafo único. Não há crime quando se tratar de sindicância ou investigação preliminar sumária, devidamente justificada.Art. 31. Estender injustificadamente a investigação, procrastinando-a em prejuízo do investigado ou fiscalizado: Pena - detenção, de 6 (seis)meses a 2 (dois) anos, e multa. Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem, inexistindo prazo para execução ou conclusão de procedimento,o estende de forma imotivada, procrastinando-o em prejuízo do investigado ou do fiscalizado.Sem sequer entrar na necessária discussão da presença de dolo específico, para fins de configuração do crime de abuso de autoridade, o que sedaria a título do mero capricho, da busca por se prejudicar outrem ou da busca da finalidade não prevista na norma, elementos absolutamenteincomuns ao fazer ministerial, certo é que tal novo marco regulatório trouxe mais concretude ao direito fundamental à duração razoável doprocesso.Assim, indiscutível, portanto, que o legislador conferiu valor jurídico ao lapso temporal investigativo, cujo termo final ordinário, para serprorrogado, exige, ao menos, motivação e direcionamento justificador daquela prorrogação, devendo o ente ministerial apresentar concretamenteelementos materiais que demonstrem a pertinência da manutenção investigativa, o que não se vislumbra neste caso concreto.Diante do exposto, promovo o arquivamento do presente procedimento administrativo, sem prejuízo de seu desarquivamento, acaso surjamnovos elementos palpáveis de prova, reitera-se, nos termos da Resolução n. 174/2017 do CNMP, com as devidas comunicações ao ConselhoSuperior do Ministério Público do Estado do Piauí.Publique-se esta decisão no Diário do MP-PI.Barro Duro - PI, 19 de maio de 2020.(assinado digitalmente)ARI MARTINS ALVES FILHO (bmc)PROMOTOR DE JUSTIÇAPromotor de Justiça titular da Comarca de Barro Duro/PIDECISÃO DE ARQUIVAMENTOPROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO Nº 08/2019AUTOS DE SIMP Nº 000506-325/2018Trata-se de Procedimento Administrativo, instaurado pelo Ministério Público, tendo por objeto acompanhar a situação de vulnerabilidade social nonúcleo familiar dos menores L.AO., D.A.O., D.A.A.O., G.A.O., A.L.A.O., M.A.O e, suposta drogadição e prostituição das menores J.A.O. e J.A.O.O presente Procedimento Administrativo fora instaurado a partir de conversão de Notícia de Fato SIMP nº 506-325/2018, para apurar asinformações extraídas a partir do termo de declarações apresentadas pela mãe dos menores.Portaria de Conversão nº 13/2019 às fls. 0203, determinando providências iniciais, dentre elas: a) a fixação do prazo de 01 (um) ano, para aconclusão do presente procedimento.Despacho de fls. 55, com as seguintes determinações: a) a expedição de ofício ao Centro de Assistência Social (CRAS), do município dePassagem Franca-PI, para que realizasse vistoria na residência da família, e, encaminhasse a este Órgão Ministerial, relatóriocircunstanciado/parecer psicossocial habilitado, informando as condições físicas e psicológicas dos menores; b) a expedição de ofício aoConselho Tutelar de Passagem Franca/PI, para que realizasse Estudo Social, sobre a situação atual em que se encontravam os menores.Em resposta, fls. 67-68 o Conselho Tutelar informou que houve melhorias no ambiente familiar, as crianças se encontravam mais calmas,frequentando a escola e as menores J.A.O de 14 anos, voltou a frequentar a escola e a obedecer a mãe, que os filhos não estavam mais fazendouso de bebida alcóolica.O CRAS, por sua vez, fls. 63-64, corroborou com as informações apresentadas pelo Conselho Tutelar, enfatizando as melhorias físicas daresidência, o que proporciona aos menores um ambiente mais confortável e digno.É o relatório. Passo à decisão.Compulsando os autos, constata-se que as devidas providências foram realizadas para o acompanhamento dos fatos, visto o ofício 06/2019 doCRAS e ofício 023/2019 do Conselho Tutelar, informando sobre a melhoria social no núcleo da família acompanhada, informando que osmenores passaram as ter uma convivência familiar mais respeitosa e afetiva com os pais.Diante do exposto, promovo o arquivamento do presente procedimento administrativo, sem prejuízo de seu desarquivamento, acaso surjamnovos elementos palpáveis de prova, reitera-se, nos termos da Resolução n. 174/2017 do CNMP, com as devidas comunicações ao ConselhoSuperior do Ministério Público do Estado do Piauí.Publique-se esta decisão no Diário do MP-PI.Barro Duro - PI, 19 de maio de 2020.(assinado digitalmente)ARI MARTINS ALVES FILHO (rfl)

Diário Eletrônico do MPPIANO IV - Nº 637 Disponibilização: Quarta-feira, 20 de Maio de 2020 Publicação: Quinta-feira, 21 de Maio de 2020

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PROMOTOR DE JUSTIÇAPromotor de Justiça titular da Comarca de Barro Duro/PIDECISÃO DE ARQUIVAMENTOINQUÉRITO CIVIL Nº 26/2015AUTOS DE SIMP Nº 000064-283/2018Trata-se de ICP - Inquérito Civil Público - nº 26/2015, tombado sob SIMP Nº 000064-283/2019, instaurado no âmbito da agregada Promotoria deJustiça de São Félix do Piauí/PI, com vistas a apurar atos de improbidade administrativa ou de má gestão administrativa cometidos, em tese, peloex-prefeito de Prata do Piauí, Sr. Charles Barbosa Lima, no tocante a recursos federais recebidos mediante convênio firmado com o Ministério daEducação, Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Ministério da Integração Social e Ministério das Cidades.A Controladoria-Geral da União, ao tempo, encaminhou relatórios de fiscalização, atinentes a 16ª Etapa do Programa de Fiscalização a partir dosSorteios Públicos.Expediu-se ofício ao Presidente do Tribunal de Contas da União - TCU, requisitando informações sobre o julgamento da prestação de contas daPrefeitura de Prata do Piauí, referente ao exercício financeiro de 2004, no que concerne aos convênios federais com o Ministério da Educação,Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Ministério da Integração Social e Ministério das Cidades, a fim de instruir oprocedimento.Em resposta ao expediente supracitado, a Secretaria de Controle Externo-PI do TCU informou o trâmite de processos, sob a responsabilidade doSr. Charles Barbosa Lima, ex-prefeito municipal de Prata do Piauí.Acrescentou, ainda, que a incumbência de tomar e analisar a prestação de contas dos recursos de convênios e os Órgãos Concedentes, os quaisdeveriam instaurar tomada de contas especial (TCE), na hipótese de as contas não serem apresentadas ou não serem aprovadas, e esta TCE,sim, é que tinha que ser encaminhada àquele tribunal.Relatório de Demandas Externas às fls. 130-181.Relatório de Fiscalização às fls. 183-214.É o sucinto relatório. Passo a decidir.Antes de se analisar as provas existentes nos autos, vale ressaltar que este Promotor assumiu esta Promotoria de Justiça recentemente, hápoucos meses, em agosto de 2019, tendo nela se titularizado em janeiro de 2020, e se deparou com um acervo de mais de 220 (duzentos evinte) procedimentos extrajudiciais em tramitação, impedindo, portanto, uma atuação mais atual e contemporânea perante as ocorrências destaComarca.Salutar frisar, ainda, que toda investigação, seja ela ministerial ou não, tem início por força de indícios, ilações fáticas decorrentes de exercício deprobabilidade no órgão investigador, sendo a razão maior, de toda e qualquer investigação, a busca de informações que possam ser utilizadoscomo elementos probatórios lícitos na confirmação, ou não, daqueles indícios inaugurais.Essa busca pública por elementos de informação, hábeis a transformar indícios em fatos palpáveis juridicamente, por meio lícito de prova, nãopode ser perpétua, devendo guardar razoabilidade com o contexto procedimental, temporal e fático, pelo que a não confirmação de indício queserviu para instaurar procedimento de investigação, seja pela expressa negativa fática ou pelo decurso temporal sem a profícua colheita deelementos probatórios de confirmação daquele, autorizam concluir pela ineficácia investigativa no caso concreto, impondo-se seu estancamento.Nenhuma investigação pode ser perpétua, ainda mais se desprovida de elementos capazes de confirmar os indícios que ensejaram suainstauração, exigindo-se do agente investigador aferição, frente à sua capacidade instalada, necessária medida de esforços disponíveis paraaquele afã, até porque, arquivada esta ou aquela investigação, surgindo novos elementos probatórios que lhe sejam pertinentes, pode a mesma,a qualquer tempo, ser desarquivada, retomando-se até seu desiderato, a teor do ordenamento jurídico pátrio.No contexto acima, o E. CPJ - Colégio de Procuradores de Justiça do Estado do Piauí -, editou a Resolução n.º 001/2008, categórica em imporcomo sendo 02(dois) anos o lapso temporal razoável para a conclusão ordinária de investigação ministerial por inquérito público civil,entendimento decorrente do procedimento ter seu prazo de conclusão fixado em 01(um) ano, prorrogável por igual período por seu titular, peloque excepcional a extensão deste lapso.Cabe ressaltar que diligências foram realizadas, considerando o acompanhamento da situação declinada nos autos desde 2012, semque, contudo, novos elementos pudessem ser colhidos para sua instrução.Cabe ressaltar que tramita feito, na 3ª Vara da Justiça Federal, sobre os fatos carreados neste procedimento, sob autos de nº 32539-91.2014.4.01.4000, bem como tramitam outros feitos em que Charles Barbosa Lima figura como requerido por atos de improbidadeadministrativa em razão de sua atuação como prefeito de Prata do Piauí, não havendo razão para a subsistência deste procedimento,considerando que o interesse público, "in casu", encontra-se devidamente tutelado.Assim, até a presente data, não tendo a presente investigação logrado qualquer confirmação probatória palpável daqueles indícios que lheserviram de azo exordial, inclusive acarretando prejuízo ao enfrentamento contemporâneo das demandas ministeriais nesta unidade de promoçãode Justiça, sua manutenção extraordinária, via eventual autorização excepcional do E. CSMP/PI, aviltaria o princípio da razoabilidadeconstitucional por falta de justa causa.Ainda, salutar recordar as diretrizes traçadas pelo CNMP, quando da publicação da "Carta de Brasília", em 29 de setembro de 2019, dentrevárias, a análise consistente das notícias de fato, de modo a ser evitada a instauração de procedimentos ineficientes, inúteis ou a instauração emsituações nas quais é visível a inviabilidade da investigação, bem como a necessidade de delimitação do objeto da investigação, com aindividualização dos fatos investigados e das demais circunstâncias relevantes, garantindo, assim, a duração razoável da investigação.Desta feita, não se tendo até a presente data logrado comprovação quanto aos fatos que motivaram a presente investigação, o mero decursoprocessual enseja a conclusão de ser parca a probabilidade de sucesso ministerial em amealhar elementos probatórios hábeis a representaçãodos fatos que motivaram a presente demanda.Por outro lado, é válido trazer à colação, para fins de demonstração da sintonia ministerial com a atual quadra de desenvolvimento institucional donosso País, a novel Lei de Abuso de Autoridade, Lei nº 13.869, de 5 de Setembro de 2019, que trata sobre crimes de abuso de autoridadecometidos por agente público, servidor ou não, que, no exercício de suas funções, ou a pretexto de exercê-las, abuse do poder que lhe tenha sidoatribuído, em especial os arts. 27 e 31, abaixo reproduzidos:Art. 27. Requisitar instauração ou instaurar procedimento investigatório de infração penal ou administrativa, em desfavor de alguém, à falta dequalquer indício da prática de crime, de ilícito funcional ou de infração administrativa: Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.Parágrafo único. Não há crime quando se tratar de sindicância ou investigação preliminar sumária, devidamente justificada.Art. 31. Estender injustificadamente a investigação, procrastinando-a em prejuízo do investigado ou fiscalizado: Pena - detenção, de 6 (seis)meses a 2 (dois) anos, e multa. Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem, inexistindo prazo para execução ou conclusão de procedimento,o estende de forma imotivada, procrastinando-o em prejuízo do investigado ou do fiscalizado.Sem sequer entrar na necessária discussão da presença de dolo específico, para fins de configuração do crime de abuso de autoridade, o que sedaria a título do mero capricho, da busca por se prejudicar outrem ou da busca da finalidade não prevista na norma, elementos absolutamenteincomuns ao fazer ministerial, certo é que tal novo marco regulatório trouxe mais concretude ao direito fundamental à duração razoável doprocesso.Assim, indiscutível, portanto, que o legislador conferiu valor jurídico ao lapso temporal investigativo, cujo termo final ordinário, para serprorrogado, exige, ao menos, motivação e direcionamento justificador daquela prorrogação, devendo o ente ministerial apresentarconcretamente elementos materiais que demonstrem a pertinência da manutenção investigativa, o que não se vislumbra neste casoconcreto.Visto que não há mais viabilidade na tramitação do presente feito, determino o arquivamento deste Inquérito Civil, sem prejuízo de seu

Diário Eletrônico do MPPIANO IV - Nº 637 Disponibilização: Quarta-feira, 20 de Maio de 2020 Publicação: Quinta-feira, 21 de Maio de 2020

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4. GRUPO DE ATUAÇÃO ESPECIAL DE CONTROLE EXTERNO DE ATIVIDADE POLICIAL -

GACEP []

4.1. GACEP11757

desarquivamento, surgindo novos elementos palpáveis de prova, em consonância com o artigo 10, §§ 1º e 2º da Resolução nº 23/2007 doCNMP.Registros no SIMP, publicações e comunicações necessárias. Comunique-se, via ofício de ordem, com cópia desta decisão, o noticiante dosfatos que ensejaram a instauração deste procedimento, bem como o noticiado, cientificando-os do presente arquivamento, para que, no prazo de10 (dez) dias, caso queiram, apresentem razões escritas ou documentos a serem juntados nos presentes autos, nos termos do art. 9º, §2º, da Leinº 7.347 c/c art. 10, §1º e §3º da Resolução nº 23/2007 do CNMP, para fins de apreciação do presente arquivamento no âmbito do ConselhoSuperior do Ministério Público do Estado do Piauí.Decorrido o prazo supura, certifique-se a juntada, ou não, das referidas razões e/ou documentos.Empós, remeta-se ao CSMP, para apreciação.Cumpra-se.Barro Duro - PI, 19 de maio de 2020.(assinado digitalmente)ARI MARTINS ALVES FILHO (bmc)PROMOTOR DE JUSTIÇAPromotor de Justiça titular da Comarca de Barro Duro/PI

PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO DE AUXÍLIO Nº 16/2020PORTARIA Nº 30/2020Procedimento Administrativo de Auxílio. Acompanhamento da COVID-19. Apoio à 6ª Promotoria de Justiça de Picos/PI. Garantir a realização deexames. Testes rápidos. Profissionais de segurança pública. Polícia Militar. Corpo de Bombeiro Militar. Polícia Civil. Guarda Municipal.Policiais Penais. Região de Picos-PI. Nota Técnica Conjunta nº 01/2020, expedida pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde - CONASSe Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde - CONASEMS.O Grupo de Atuação Especial de Controle Externo da Atividade Policial - GACEP, no exercício de suas atribuições, com esteio nos arts.127, caput, e 129, incisos VI, da Constituição Federal; na Resolução CPJ/MPPI nº 06/2015 com alterações dadas pela Resolução CPJ/MPPI nº09/2018; na Resolução CNMP nº 20/2007, com as alterações promovidas pela Resolução CNMP nº 121/2015; no art. 8º e seguintes daResolução CNMP nº 174/2017; nos art. 36[1],inciso XIV, e art. 37, inciso I, alíneas "a", "b" e "c", da Lei Complementar Estadual nº 12/1993; e§2º[2] do art. 1º, do Ato PGJ nº 1001/2020;Considerando que, consoante dispõe a Constituição da República, incumbe ao Ministério Público a defesa da ordem jurídica, do regimedemocrático de direito e dos interesses sociais e individuais indisponíveis, sendo função institucional o exercício do controle externo da atividadepolicial, na forma do inciso VII do art. 129 da CF;Considerando que estão sujeitos ao controle externo do Ministério Público, na forma do art. 129, inciso VII, da Constituição Federal, dalegislação em vigor e da Resolução CNMP nº 20/2007, os organismos policiais relacionados no art. 144 da Constituição Federal, bem como aspolícias legislativas ou qualquer outro órgão ou instituição, civil ou militar, à qual seja atribuída parcela de poder de polícia, relacionada com asegurança pública e persecução criminal;Considerando a provocação do Exmº Promotor de Justiça, titular da 6ª Promotoria de Justiça de Picos, via contato telefônico, com aCoordenadora deste Grupo de Atuação Especial, requerendo o apoio do GACEP, no sentido de buscar esforços junto as autoridadescompetentes para garantir a realização de exames que detectem o novo coronavírus (COVID-19) nos profissionais de segurança pública, queatuam na região de Picos/PI[3];Considerando a Nota Técnica Conjunta nº 01/2020, expedida pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde - CONASS e Conselho Nacionalde Secretarias Municipais de Saúde - CONASEMS, dispondo sobre a utilização e distribuição de teste rápidos para COVID-19, inclusive para osprofissionais de segurança pública e respectivos familiares com contato domiciliar direto;Considerando que na reunião realizada no dia 20 de abril de 2020, com membros do Ministério Público do Piauí e autoridades da SegurançaPública (Corpo de Bombeiro Militar, Polícia Militar, Polícia Civil, Departamento de Polícia-Técnico e Científico - DPTC), dentre elas o Secretáriode Segurança Pública do Estado do Piauí, na qual informou que todos os profissionais de segurança pública seriam submetidos à realização detestes rápidos que detectem a COVID-19;Considerando ainda que na reunião realizada no dia 22 de abril de 2020, com membros do Ministério Público do Estado do Piauí e SecretárioEstadual de Saúde, este, diferente do Secretário Estadual de Segurança Pública, informou que apenas os profissionais da segurança públicasintomáticos seriam submetidos à testagens;Considerando que na reunião realizada no dia 28 de abril de 2020, com membros do Ministério Público do Estado do Piauí e equipe daSecretaria Estadual de Saúde, inclusive o Secretário de Saúde, foi relatada a expedição, em 23 de abril de 2020, de Nota Técnica pela SESAPIsobre os testes rápidos para COVID-19, inclusive para os profissionais de segurança pública;Considerando que, na referida NOTA TÉCNICA, foi orientado aos profissionais de segurança pública (Policiais Militares, Policiais Civis,Bombeiros Militares, Guardas Municipais, Agentes da Polícia Federal, Patrulheiros da Polícia Rodoviária Federal e Agentes Penitenciários) asubmissão ao teste rápido após o 7º dia de sintomas e, em caso de resultado positivo, manter o afastamento das atividades e o isolamentodomiciliar até completar 14 dias;Considerando ainda que, conforme a citada NOTA TÉCNICA, as coletas para a realização dos citados exames em Teresina serão realizadas noNúcleo de Assistência ao Servidor do Hospital Getúlio Vargas (Ambulatório da Pneumologia, na Rua 1º de Maio, ao lado do HEMOPI) e, nosdemais municípios os exames devem ser realizados no respectivo Hospital Regional e, caso não haja Hospital Regional, serão realizados edisponibilizados pelas Secretarias Municipais de Saúde;Considerando a existência de Hospital Regional em Picos/PI, a saber, o Hospital Regional Justino Luz;Considerando que em reunião realizada no dia 12.05.2020, com membros do Ministério Público e a equipe da Secretaria Estadual de Saúde, oSuperintendente de Gestão da Rede de Média e Alta Complexidade - SUGMAC firmou o compromisso de a SESAPI, ao repassar os testesrápidos para os Hospitais Regionais e Secretarias Municipais de Saúde, orientar que estes reservem uma quantidade dos citados testes para osprofissionais de segurança pública e respectivos familiares com contato domiciliar direto;Considerando que a Resolução CPJ nº 06/2015, que instituiu o GACEP, prevê, dentre as suas atribuições, a instauração de Notícia de Fato,Procedimentos Administrativos, bem como a expedição de recomendações, visando à melhoria dos serviços relacionados à atividade policial ouquaisquer outros relacionados à segurança pública, bem como em defesa de direitos e bens cuja incumbência seja de responsabilidade doMinistério Público, em auxílio ao Promotor de Justiça natural, conforme art. 7º, incisos III, VII e VIII, c/c art. 14, parágrafo único;Considerando que, no âmbito do Ministério Público, consoante o art. 8º, inciso II, da Resolução CNMP nº 174/2017, o procedimentoadministrativo é o instrumento apto para acompanhar e fiscalizar, de forma continuada, políticas públicas ou instituições;RESOLVE instaurar o Procedimento Administrativo de Auxílio nº 16/2020 em apoio à 6ª Promotoria de Justiça de Picos-PI, no sentido de adotar

Diário Eletrônico do MPPIANO IV - Nº 637 Disponibilização: Quarta-feira, 20 de Maio de 2020 Publicação: Quinta-feira, 21 de Maio de 2020

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5. GESTÃO DE PESSOAS []

5.1. PORTARIAS RH/PGJ-MPPI 11763

providências junto aos órgãos competentes a fim de garantir a realização de exames que detectem o novo coronavírus (COVID-19) aosprofissionais de segurança pública (PMPI, PCPI, CBMPI, Guarda Municipal e Policiais Penais), que atuam na região de Picos-PI, determinando-se:a) Sejam oficiados ao CAOCRIM e à 6ª Promotoria de Justiça de Teresina acerca da instauração do presente procedimento, com cópia dapresente portaria, via e-mail;b) Seja oficiada a Secretaria Estadual de Saúde do Piauí para que informe, no prazo de 05 (cinco) dias, a quantidade de testes rápidosdisponibilizados para o Hospital Regional de Picos e para as Secretarias Municipais de Saúde dos municípios que compõem a área de atuaçãodo Grupo Regional de Promotorias Integradas de Picos (Acauã, Alagoinha do Piauí, Alegrete do Piauí, Aroazes, Aroeiras do Itaim, Belém doPiauí, Betânia do Piauí, Bocaina, Caldeirão Grande do Piauí, Campo Grande do Piauí, Caridade do Piauí, Curral Novo do Piauí, Dom ExpeditoLopes, Francisco Macedo, Francisco Santos, Fronteiras, Geminiano, Inhuma, Ipiranga do Piauí, Itainópolis, Jacobina do Piauí, Jaicós, Lagoa doSítio, Marcolândia, Massapê do Piauí, Monsenhor Hipólito, Novo Oriente do Piauí, Padre Marcos, Paquetá, Patos do Piauí, Paulistana, Picos,Pimenteiras, Pio IX, Queimada Nova, Santa Cruz do Piauí, Santana do Piauí, Santo Antônio de Lisboa, São João da Canabrava, São José doPiauí, São Julião, São Luís do Piauí, Simões, Sussuapara, Valença do Piauí, Vera Mendes, Vila Nova do Piauí e Wall Ferraz), esclarecendoespecialmente quantos foram e/ou serão destinados e reservados para os profissionais de segurança pública (e familiares com contato domiciliardireto) lotados nessa região;c) Seja oficiado o Secretário de Segurança Pública cientificando-o acerca da instauração do presente procedimento, bem como requisitando que,no prazo de 05 (cinco) dias, informe as providências adotadas pela SSP com o objetivo de garantir a realização dos citados exames pelosprofissionais de segurança pública que atuam na região de Picos-PI;d) Sejam juntados ao presente procedimento a ata de reunião realizada no dia 12.05.2020 e a NT expedida pela SESAPI em 23 de abril de 2020.Registre-se no SIMP. Publique-se.Distribua-se o presente procedimento a um dos membros do Grupo.Teresina, 18 de maio de 2020.

Fabrícia Barbosa de OliveiraPromotora de JustiçaCoordenadora do GACEP

Mirna Araújo Napoleão LimaPromotora de JustiçaMembro do GACEP

Marcelo de Jesus M. AraújoPromotor de JustiçaMembro do GACEP

Emmanuelle Martins N. D. R. BeloPromotora de JustiçaMembro do GACEP

Francisco de Assis R. de S. JúniorPromotor de JustiçaMembro do GACEP

[1]Art. 36 - Além das funções previstas na Constituição Federal, Constituição Estadual, nesta e noutras leis, compete ainda ao Ministério Público:(...) XIV - exercer o controle externo da atividade policial, através de medidas judiciais e administrativas, visando assegurar a indisponibilidade dapersecução penal e a correção de ilegalidade e abusos do poder, podendo (...)[2]§2º. Os Centros de Apoio Operacional e o Grupo de Atuação Especial de Controle Externoda Atividade Policial - GACEP auxiliarão os Grupos Regionais de Promotorias Integradasdentro das suas respectivas áreas de atribuições.[3]Considerando que o Grupo Regional de Promotorias Integradas de Picos, conforme a Resolução CPJ/PI nº 02/2020, abrange as cidades deAcauã, Alagoinha do Piauí, Alegrete do Piauí, Aroazes, Aroeiras do Itaim, Belém do Piauí, Betânia do Piauí, Bocaina, Caldeirão Grande do Piauí,Campo Grande do Piauí, Caridade do Piauí, Curral Novo do Piauí, Dom Expedito Lopes, Francisco Macedo, Francisco Santos, Fronteiras,Geminiano, Inhuma, Ipiranga do Piauí, Itainópolis, Jacobina do Piauí, Jaicós, Lagoa do Sítio, Marcolândia, Massapê do Piauí, Monsenhor Hipólito,Novo Oriente do Piauí, Padre Marcos, Paquetá, Patos do Piauí, Paulistana, Picos, Pimenteiras, Pio IX, Queimada Nova, Santa Cruz do Piauí,Santana do Piauí, Santo Antônio de Lisboa, São João da Canabrava, São José do Piauí, São Julião, São Luís do Piauí, Simões, Sussuapara,Valença do Piauí, Vera Mendes, Vila Nova do Piauí e Wall Ferraz;

PORTARIA RH/PGJ-MPPI Nº 297/2020A COORDENADORA DE RECURSOS HUMANOS DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, no uso da atribuição que lhe foidelegada pelo inciso I, do art. 1º, do Ato PGJ nº 558, de 26 de fevereiro de 2016,RESOLVE:CONCEDER, de 20 de maio de 2020 a 19 de junho de 2020, 30 (trinta) dias de férias à servidora LUZIA AUGUSTA DE OLIVEIRA, AnalistaMinisterial, matrícula nº 15945, Corregedoria Geral do Ministério Público do Piauí, referentes ao período aquisitivo 1984/1985.Teresina (PI), 20 de maio de 2020.ROSÂNGELA DA SILVA SANTANACoordenadora de Recursos HumanosPORTARIA RH/PGJ-MPPI Nº 298/2020A COORDENADORA DE RECURSOS HUMANOS DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, no uso da atribuição que lhe foidelegada pelo inciso I, do art. 1º, do Ato PGJ nº 558, de 26 de fevereiro de 2016,RESOLVE:CONCEDER, de 20 de maio de 2020 a 19 de junho de 2020, 30 (trinta) dias de férias à servidora ROSANGELA MARIA TORRES PEREIRA,Sub Judice, matrícula nº 16150, lotada junto à Corregedoria-Geral do Ministério Público do Estado do Piauí, referentes ao período aquisitivo2008/2009Teresina (PI), 20 de maio de 2020.ROSÂNGELA DA SILVA SANTANACoordenadora de Recursos HumanosPORTARIA RH/PGJ-MPPI Nº 299/2020A COORDENADORA DE RECURSOS HUMANOS DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, no uso da atribuição que lhe foidelegada pelo inciso I, do art. 1º, do Ato PGJ nº 558, de 26 de fevereiro de 2016,RESOLVE:CONCEDER, de 20 de maio de 2020 a 19 de junho de 2020, 30 (trinta) dias de férias à servidora MARIA DO PERPÉTUO SOCORRO RUBIMBROXADO, Técnica Ministerial, matrícula nº 16133, lotada junto à Corregedoria Geral do Ministério Público do Piauí, referentes ao períodoaquisitivo 2007/2008.Teresina (PI), 20 de maio de 2020.ROSÂNGELA DA SILVA SANTANACoordenadora de Recursos Humanos

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6. OUTROS []

6.1. 57ª ZONA ELEITORAL - ITAINÓPOLIS11775

PORTARIA RH/PGJ-MPPI Nº 300/2020A COORDENADORA DE RECURSOS HUMANOS DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, no uso da atribuição que lhe foidelegada pelo inciso I, do art. 1º, do Ato PGJ nº 558, de 26 de fevereiro de 2016,RESOLVE:CONCEDER, de 20 de maio de 2020 a 19 de junho de 2020, 30 (trinta) dias de férias à servidora MARIA DA CONCEIÇÃO UCHOA FREIRE,Sub Júdice, matrícula nº 16253, lotada junto à Corregedoria-Geral do MPE-PI, referentes ao período aquisitivo 2007/2008.Teresina (PI), 20 de maio de 2020.ROSÂNGELA DA SILVA SANTANACoordenadora de Recursos Humanos

PORTARIA Nº 01/2020 MPE-ELEITORALPROCEDIMENTO PREPARATÓRIO ELEITORAL Nº 01/2020SIMP N. 000008-268/2020Objeto: Instaurar Procedimento Preparatório Eleitoral visando fiscalizar a legalidade eleitoral das medidas adotadas por gestores públicos,voltados ao enfrentamento da situação de emergência e de calamidade pública decorrente da pandemia do COVID-19 (CORONAVÍRUS).O MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORAL NO ESTADO DE PIAUÍ, por sua presentante, com atuação na Promotoria Eleitoral da 57ª Zona Eleitoral(Itainópolis - PI), no uso das atribuições previstas nos arts. 129, III, da CF/88 e art. 8º, III e IV, da Resolução CNMP Nº 174/2017;CONSIDERANDO que incumbe ao Ministério Público Eleitoral fiscalizar a fiscalização do processo eleitoral;CONSIDERANDO que dispõe o art. 129, inciso II, da Constituição Federal, ser função institucional do Ministério Público "zelar pelo efetivorespeito dos Poderes Públicos e dos serviços de relevância pública aos direitos assegurados nesta Constituição, promovendo as medidasnecessárias a sua garantia";CONSIDERANDO a Declaração de Emergência em Saúde Pública de Importância Internacional pela Organização Mundial da Saúde em 30 dejaneiro de 2020, em decorrência da Infecção Humana pelo novo coronavírus (COVID-19);CONSIDERANDO a Portaria nº 188/GM/MS, de 4 de fevereiro de 2020, que Declara Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional(ESPIN), em decorrência da Infecção Humana pelo novo coronavírus (2019-nCoV);CONSIDERANDO a Nota Técnica Conjunta n. 1/2020-CES/CNMP/1.ª CCR, do Conselho Nacional do Ministério Público, Comissão de Saúde e1.ª Câmara de Coordenação e Revisão - Direitos Sociais e Fiscalização de Atos Administrativos em Geral do MPF, publicada em 26 de fevereirode 2020, referente ao Processo Administrativo Nº 19.00.5000.0001454/2020-28;CONSIDERANDO a Nota de Orientação PRE/PI nº 01/2020, que estabelece diretrizes para a atuação dos Promotores Eleitorais oficiantes noEstado do Piauí na fiscalização da legalidade eleitoral das medidas adotadas, por gestores públicos, voltadas ao enfrentamento da situação deemergência e de calamidade pública decorrente da pandemia do Covid-19 (Coronavírus);CONSIDERANDO a classificação da situação atual do Novo Coronavírus como pandemia;CONSIDERANDO competir ao Ministério Público Eleitoral acompanhar a execução financeira e administrativa dos programas sociais mantidosem ano de eleição;CONSIDERANDO que o art. 73, § 11, da Lei 9.504/1997 veda, em ano de eleições, execução de programas sociais governamentais porintermédio (mediante subvenção, termo de cooperação técnica, convênio, entre outras formas) de entidades nominalmente vinculadas acandidatos ou por estes mantidas;CONSIDERANDO o disposto no Decreto nº 18.895, de 19 de março de 2020, do Poder Executivo do Estado do Piauí, que declarou estado decalamidade pública, para os fins do art. 65 da Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000, em razão da grave crise de saúde públicadecorrente da pandemia da Covid 19, e suas repercussões nas finanças públicas, e deu outras providências, em atendimento à declaração pelaOrganização Mundial da Saúde, em 11 de março de 2020, de pandemia de COVID-19, doença causada pelo novo coronavírus (Sars-Cov-2);CONSIDERANDO que os Decretos Estaduais nº 18.901, de 19 de março de 2020, e 18.902, de 23 de março de 2020, intensificaram as medidasde restrição previstas no Decreto n.º 18.895, suspendendo o funcionamento de diversas atividades, estabelecimentos e prestação de serviços noâmbito do Estado do Piauí;CONSIDERANDO que a Medida Provisória nº 926/2020 alterou o texto da Lei 13.979/2020 e acrescentou hipótese de dispensa de licitação paraaquisição de bens, serviços, inclusive de engenharia, e insumos destinados ao enfrentamento da emergência de saúde pública de importânciainternacional decorrente do coronavírus;CONSIDERANDO, até o presente momento, a manutenção do Calendário das eleições de 2020, tendo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE)confirmado a data de 4 de abril próximo como limite para a filiação partidária de pretensos candidatos às eleições municipais do corrente ano eesclarecido, em sessão de 19 de março de 2019, que, dado que o calendário das eleições municipais está previsto na Lei das Eleições(9.504/1997), a Justiça Eleitoral não tem competência para alterá-lo, inclusive no que diz respeito ao prazo para filiação partidária, tratando-se dematéria de competência reservada ao Poder Legislativo;RESOLVE:Instaurar o PROCEDIMENTO PREPARATÓRIO ELEITORAL Nº 01/2020, a fim de fiscalizar a legalidade eleitoral das medidas adotadas porgestores públicos dos Municípios de Itainópolis, Vera Mendes e Isaías Coelho, voltados ao enfrentamento da situação de emergência e decalamidade pública decorrente da pandemia do COVID-19 (CORONAVÍRUS), no âmbito da 57ª Zona Eleitoral, e determinando desde logo:AUTUAÇÃO da presente Portaria, juntamente com os documentos que originaram sua instauração, e registro dos autos em livro próprio;REMESSA desta portaria ao Conselho Superior do Ministério Público, ao Centro de Apoio Operacional de Combate à Corrupção e Defesa doPatrimônio Público - CACOP, ao Cartório Eleitoral da 57ª Zona Eleitoral, e à Procuradoria Regional Eleitoral Do Piauí, para conhecimento;REMESSA desta portaria, por meio eletrônico, à Secretaria-Geral do Ministério Público (e-mail publicações), para a devida divulgação naimprensa oficial, propiciando a publicação e registro desta Portaria no sítio eletrônico da Procuradoria-Geral de Justiça;4. RECOMENDAR aos gestores dos Municípios que compõem a 57ª Zona Eleitoral, bem como Presidentes das Câmaras de Vereadores:4.1) Que não distribuam e nem permitam a distribuição, a quem quer que seja, pessoas físicas ou jurídicas, de bens, valores ou benefíciosdurante todo o ano de 2020, como doação de gêneros alimentícios, materiais de construção, passagens rodoviárias, quitação de contas defornecimento de água e/ou energia elétrica, doação ou concessão de direito real de uso de imóveis para instalação de empresas, isenção total ouparcial de tributos, dentre outros, salvo se se encontrarem diante de alguma das hipóteses de exceção previstas no mencionado art. 73, § 10, daLei das Eleições: calamidade, emergência e continuidade de programa social;4.2) Caso haja a distribuição gratuita à população de bens, serviços, valores ou benefícios, diante da situação de emergência declaradaapós o surto do novo coronavírus (COVID-19), seja feita do seguinte modo:4.2.1. Com prévia fixação de critérios objetivos (quantidade de pessoas a serem beneficiadas, renda familiar de referência para a concessãodo benefício, condições pessoais ou familiares para a concessão, dentre outros) e estrita observância do princípio constitucional daimpessoalidade.4.2.2. Sendo vedado o uso promocional em favor de agente público, candidato, partido ou coligação, da distribuição gratuita de bens, serviços,

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valores ou benefícios;4.2.3. Com comunicação à Promotoria Eleitoral expedidora da presente recomendação, no prazo de cinco dias após a execução ou adistribuição gratuita de bens, serviços, valores ou benefícios, para fins de acompanhamento da execução financeira e administrativa, bemcomo do controle de atos que eventualmente excedam os limites da legalidade e afetem a isonomia entre os candidatos.4.3) Caso seja realizada dispensa de licitação por esse Ente municipal em decorrência da situação de emergência declarada após o surto donovo coronavírus (COVID-19), nos termos da Medida Provisória nº 926/2020 e da Lei 13.979/2020, comunicação à Promotoria Eleitoralexpedidora da presente recomendação, no prazo de cinco dias após a abertura do procedimento, além disso, deve disponibilizar, imediatamente,em sítio oficial específico na rede mundial de computadores (internet), além das informações previstas no § 3º do art. 8º da Lei nº 12.527, de 18de novembro de 2011, o nome do contratado, o número de sua inscrição na Receita Federal do Brasil, o prazo contratual, o valor e o respectivoprocesso de contratação ou aquisição, em estrita observância ao que dispõe o §2º, do artigo 4º, da Lei n. 13.979/20204.4) Que, havendo programas sociais em continuidade no ano de 2020, verifiquem se eles foram instituídos em lei (ou outro ato normativo), seestão em execução orçamentária desde pelo menos 2019, ou seja, se eles integraram a LOA aprovada em 2018 e executada em 2019, nestecaso não permitindo alterações e incrementos substanciais que possam ser entendidos como um novo programa social ou como incremento comfins eleitorais;4.5) Que não efetuem e suspendam, se for o caso, o repasse de recursos materiais, financeiros ou humanos a entidades nominalmentevinculadas a candidatos, ou pré-candidatos, ou por eles mantidas, que executem programas de distribuição gratuita de bens, valores oubenefícios;4.6) Que não permitam a continuidade de programas sociais da administração municipal que proporcionem, mesmo que dissimuladamente, apromoção de filiados, pré-candidatos e candidatos às eleições de 2020, valendo-se, por exemplo, da afirmação de que o programa social ésua iniciativa, ou que sua continuidade depende do resultado da eleição, ou da entrega, junto ao benefício distribuído, de material de campanhaou de partido;Que não permitam o uso dos programas sociais mantidos pela administração municipal para a promoção de candidatos, partidos e coligações,cuidando de orientar os servidores públicos incumbidos da sua execução quanto à vedação de qualquer propaganda ou enaltecimento decandidato, pré-candidato ou partido;INFORMO o prazo de 05 (cinco) dias para manifestação do destinatário sobre o acatamento dos termos da presente recomendação;5. SOLICITAR, para efeito do acompanhamento a que se refere o art. 73, § 10, da Lei n. 9.504/97, informarem à Promotoria Eleitoral, em05 (cinco) dias:1) Os programas sociais mantidos em 2020, inclusive os que resultam de parceria financeira com os governos estadual e federal, nestecaso informando:1.1. Nome do programa;1.2. Data da sua criação;1.3. Instrumento normativo de sua criação;1.4. Público alvo do programa;1.5. Espécie de bens, valores ou benefícios distribuídos;1.6. Por ano, quantas pessoas ou famílias vem sendo beneficiadas, desde a sua criação;1.7. Rubrica orçamentária que sustenta o programa nos anos de 2019 e 2020.2) Os programas sociais que estão sendo executados por entidades não governamentais com recursos públicos, informando:2.1. Nome e endereço da entidade;2.2. Nome do programa;2.3. Data a partir da qual o Município passou a destinar recursos para a entidade;2.4. Rubrica orçamentária que sustenta a destinação de recursos à entidade nos anos de 2019 e 2020;2.5. Valor anualmente destinado à entidade, desde o início da parceria;2.6. Público alvo do programa;2.7. Número de pessoas/famílias beneficiadas pela entidade, anualmente, desde o início da parceria;2.8. Espécie de bens, valores ou benefícios distribuídos;2.9. Declaração de existência, ou não, de agente político ou pré-candidato vinculado nominalmente ou mantenedor da entidade.6. RECOMENDAR, outrossim, aos Srs. Presidentes das Câmaras Municipais que não deem prosseguimento e não coloquem em votação noPlenário, no presente ano de 2020, projetos de lei que permitam a distribuição gratuita de bens, valores e benefícios a pessoas físicas oujurídicas.6.1) INFORMO o prazo de 05 (cinco) dias para manifestação do destinatário sobre o acatamento dos termos da presente recomendação;7. SALIENTAR, por oportuno, que a inobservância das mencionadas vedações sujeita o infrator, agente público ou não, à pena pecuniária de5.000 a 100.000 UFIR (R$ 5.320,50 [cinco mil, trezentos e vinte reais e cinquenta centavos] a R$ 106.410,00 [cento e seis mil, quatrocentos e dezreais]) e à cassação do registro ou do diploma do candidato beneficiado (art. 73, §§ 4º e 5º, da Lei n. 9.504/97), além da inelegibilidadedecorrente do abuso de poder ou da conduta vedada (art. 1º, I, "d" e "j", da LC n. 64/90);NOMEIA-SE o Assessor de Promotoria de Justiça José Oeirense Pais Landim Neto - Mat. Nº 15.402, para secretariar este procedimento, comodetermina o Art. 4º, inciso V da Resolução nº 23 do CNMP;Após autuação, registro, cumprimento do despacho e esgotados os prazos estabelecidos, retornem os autos conclusos para as demaisprovidências.Itainópolis-PI, 20 de maio de 2020ROMANA LEITE VIEIRAPromotora EleitoralPROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO ELEITORAL Nº 01/2020Nº SIMP: 000008-268/2020RECOMENDAÇÃO ADMINISTRATIVA ELEITORAL Nº 01/2020.: Recomendação aos agentes públicos/políticos durante o período de pandemia pelo corona vírus.O MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORAL nesta zona, no uso de suas atribuições legais e na forma como dispõem os arts. 37, § 1º e 127 daConstituição Federal, Lei Complementar Federal nº 75/93; Lei Federal nº 8.625/93 (Lei Orgânica Nacional do Ministério Público); Lei Federal nº9.504/97 (Lei das Eleições) e demais disposições legais aplicáveis à espécie, e;ser atribuição legal do Ministério Público expedir recomendações visando à melhoria dos serviços públicos e de relevância pública, bem como aorespeito, aos interesses, direitos e bens cuja defesa lhe cabe promover (art. 6º, inciso XX da LC 75/93);que incumbe ao Ministério Público a defesa da ordem jurídica e do regime democrático (art. 127 da CF/88), como também o acompanhamento detodas as fases do processo eleitoral (art. 72 da Lei Complementar Federal n. 75/93);que a democracia pressupõe liberdade e autonomia do eleitor na escolha de seus candidatos;que o abuso do poder econômico e do poder político, como também o uso indevido dos veículos e meios de comunicação social constituemexpedientes que atentam contra a isonomia de oportunidades dos candidatos e contra a liberdade de escolha dos eleitores, afetando anormalidade e a legitimidade das eleições;que a Constituição Federal de 1988 consagra o princípio da impessoalidade para Administração Pública Direta e Indireta de qualquer dosPoderes da União, Estados, Distrito Federal e Municípios (art. 37, caput da CF/88);

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que representa conduta vedada a agentes públicos fazer ou permitir uso promocional em favor de candidato, partido político ou coligação, dedistribuição gratuita de bens e serviços de caráter social custeados ou subvencionados pelo Poder Público, ficando proibida ainda, no ano em quese realizar a eleição, a distribuição gratuita de bens, valores ou benefícios por parte da Administração Pública, exceto em casos de calamidadepública, estado de emergência ou de programas sociais já em execução (art. 73, IV c/c/ art. 73, §10. da Lei 9.504/97);ainda que o art. 73, § 11, da Lei n. 9.504/97, veda, em ano de eleições, a execução de programas sociais governamentais por intermédio(mediante subvenção, termo de cooperação técnica, convênio, dentre outras formas) de entidades nominalmente vinculadas a candidatos ou porestes mantidas;que a Portaria 188, de 03 de fevereiro de 2020, do Ministério da Saúde, declarou Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional(ESPIN) decorrente de Infecção Humana pelo novo coronavírus (2019-nCoV), conforme Decreto nº 7.616, de 17 de novembro de 2011;o disposto no Decreto n.º 18.884, de 16 de março de 2020, do Poder Executivo do Estado do Piauí, que regulamentou a lei nº 13.979, de 06 defevereiro de 2020, para dispor no âmbito do Estado do Piauí, sobre as medidas de emergência de saúde pública de importância internacional etendo em vista a classificação da situação mundial do novo coronavírus como pandemia, institui o Comitê de Gestão de Crise, e dá outrasprovidências;que o Decreto nº 18.895, de 19 de março de 2020, do Poder Executivo do Estado do Piauí, que declarou estado de calamidade pública, para osfins do art. 65 da Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000, em razão da grave crise de saúde pública decorrente da pandemia da Covid19, e suas repercussões nas finanças públicas;que a Medida Provisória nº 926/2020 alterou o texto da Lei 13.979/2020 e acrescentou hipótese de dispensa de licitação para aquisição de bens,serviços, inclusive de engenharia, e insumos destinados ao enfrentamento da emergência de saúde pública de importância internacionaldecorrente do coronavírus;que os casos de calamidade pública e de estado de emergência, que autorizam a exceção permissiva da concessão do benefício, devem sercaracterizados por critérios objetivos e resultar de decisão expressa da autoridade competente;que neste ano de 2020 não podem ser criados programas sociais de auxílio à população, mas apenas mantidos os que já objeto de execuçãoorçamentária desde pelo menos 2019;que a execução orçamentária em 2019 pressupõe previsão na respectiva LOA (lei do orçamento anual) votada e sancionada em 2018 ou em leiposterior de suplementação orçamentária e que esta última integra o orçamento anual desde que os novos recursos nela previstos resultem deanulação de rubricas ou excesso de arrecadação;que compete ao Ministério Público Eleitoral o acompanhamento da execução financeira e administrativa dos programas sociais mantidos em anode eleição;CONSIDERANDO que constituem crimes previstos no artigo 334 do Código Eleitoral, utilizar organização comercial de vendas, distribuição demercadorias, prêmios e sorteios para propaganda ou aliciamento de eleitores, com pena de detenção de seis meses a um ano e cassação doregistro se o responsável for candidato; bem como no artigo Art. 299 do Código Eleitoral, dar, oferecer, prometer, solicitar ou receber, para si oupara outrem, dinheiro, dádiva, ou qualquer outra vantagem, para obter ou dar voto e para conseguir ou prometer abstenção, ainda que a ofertanão seja aceita, com pena de reclusão até quatro anos e pagamento de cinco a quinze dias-multa.ainda que dispensar licitação fora das hipóteses legais ou ainda, ou deixar de observar as formalidades pertinentes à dispensa ou àinexigibilidade é crime previsto no art. 89 da Lei 8.666/93, que comina pena de detenção, de 3 (três) a 5 (cinco) anos, e multa;que o Ministério Público, na defesa do regime democrático e da lisura do pleito, prefere atuar preventivamente, contribuindo para que se evitemos atos viciosos das eleições - como os aqui indicados - e se produzam resultados eleitorais legítimos;que a recomendação do Ministério Público é instrumento de orientação que visa a antecipar-se ao cometimento do ilícito e a evitar a imposiçãode sanções, muitas vezes graves e com repercussões importantes na candidatura;a Orientação Técnica do Procurador Regional Eleitoral PRE/PI n.º 01/2020 que estabelece diretrizes para a atuação dos PromotoresEleitorais do Estado do Piauí na fiscalização da legalidade eleitoral das medidas adotadas, por gestores públicos, voltadas ao enfrentamento dasituação de emergência e de calamidade pública decorrente da pandemia do Covid-19 (Coronavírus);, até o presente momento, a manutenção do Calendário das eleições de 2020, tendo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) confirmado a data de 4de abril próximo como limite para a filiação partidária de pretensos candidatos às eleições municipais do corrente ano e esclarecido, em sessãode 19 de março de 2019, que, dado que o calendário das eleições municipais está previsto na Lei das Eleições (9.504/1997), a Justiça Eleitoralnão tem competência para alterá-lo, inclusive no que diz respeito ao prazo para filiação partidária, tratando-se de matéria de competênciareservada ao Poder Legislativo;(art. 6°, XX, da LC nº 75/93) a todos os agentes públicos (Prefeitos, Secretários Municipais, Vereadores, servidores públicos e demais agentesque se enquadrem nessa definição) dos municípios componentes da circunscrição da 57ª Zona Eleitoral:1) Que não distribuam e nem permitam a distribuição, a quem quer que seja, pessoas físicas ou jurídicas, de bens, valores ou benefíciosdurante todo o ano de 2020, como doação de gêneros alimentícios, materiais de construção, passagens rodoviárias, quitação de contas defornecimento de água e/ou energia elétrica, doação ou concessão de direito real de uso de imóveis para instalação de empresas, isenção total ouparcial de tributos, dentre outros, salvo se se encontrarem diante de alguma das hipóteses de exceção previstas no mencionado art. 73, § 10, daLei das Eleições: calamidade, emergência e continuidade de programa social;2) Caso haja a distribuição gratuita à população de bens, serviços, valores ou benefícios, diante da situação de emergência declaradaapós o surto do novo coronavírus (COVID-19), seja feita do seguinte modo:2.1. Com prévia fixação de critérios objetivos (quantidade de pessoas a serem beneficiadas, renda familiar de referência para a concessão dobenefício, condições pessoais ou familiares para a concessão, dentre outros) e estrita observância do princípio constitucional da impessoalidade.2.2. Sendo vedado o uso promocional em favor de agente público, candidato, partido ou coligação, da distribuição gratuita de bens, serviços,valores ou benefícios;2.3. Com comunicação à Promotoria Eleitoral expedidora da presente recomendação, no prazo de cinco dias após a execução ou adistribuição gratuita de bens, serviços, valores ou benefícios, para fins de acompanhamento da execução financeira e administrativa, bemcomo do controle de atos que eventualmente excedam os limites da legalidade e afetem a isonomia entre os candidatos.3) Caso seja realizada dispensa de licitação por esse Ente municipal em decorrência da situação de emergência declarada após o surto donovo coronavírus (COVID-19), nos termos da Medida Provisória nº 926/2020 e da Lei 13.979/2020, comunicação à Promotoria Eleitoralexpedidora da presente recomendação, no prazo de cinco dias após a abertura do procedimento, além disso, deve disponibilizar, imediatamente,em sítio oficial específico na rede mundial de computadores (internet), além das informações previstas no § 3º do art. 8º da Lei nº 12.527, de 18de novembro de 2011, o nome do contratado, o número de sua inscrição na Receita Federal do Brasil, o prazo contratual, o valor e o respectivoprocesso de contratação ou aquisição, em estrita observância ao que dispõe o §2º, do artigo 4º, da Lei n. 13.979/20204) Que, havendo programas sociais em continuidade no ano de 2020, verifiquem se eles foram instituídos em lei (ou outro ato normativo), seestão em execução orçamentária desde pelo menos 2019, ou seja, se eles integraram a LOA aprovada em 2018 e executada em 2019, nestecaso não permitindo alterações e incrementos substanciais que possam ser entendidos como um novo programa social ou como incremento comfins eleitorais;5) Que não efetuem e suspendam, se for o caso, o repasse de recursos materiais, financeiros ou humanos a entidades nominalmente vinculadasa candidatos, ou pré-candidatos, ou por eles mantidas, que executem programas de distribuição gratuita de bens, valores ou benefícios;6) Que não permitam a continuidade de programas sociais da administração municipal que proporcionem, mesmo que dissimuladamente, apromoção de filiados, pré-candidatos e candidatos às eleições de 2020, valendo-se, por exemplo, da afirmação de que o programa social ésua iniciativa, ou que sua continuidade depende do resultado da eleição, ou da entrega, junto ao benefício distribuído, de material de campanha

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7. GRUPOS REGIONAIS DE PROMOTORIAS INTEGRADAS NO ACOPANHAMENTO DO

COVID - 19 []

7.1. GRUPO REGIONAL DE PROMOTORIAS INTEGRADAS NO ACOMPANHAMENTO DO COVID-19 DE

TERESINA – EIXO TEMÁTICO SEGURANÇA PÚBLICA E SISTEMA PRISIONAL11758

ou de partido;7) Que não permitam o uso dos programas sociais mantidos pela administração municipal para a promoção de candidatos, partidos ecoligações, cuidando de orientar os servidores públicos incumbidos da sua execução quanto à vedação de qualquer propaganda ouenaltecimento de candidato, pré-candidato ou partido;, outrossim, aos Srs. Presidentes das Câmaras Municipais que não deem prosseguimento e não coloquem em votação no Plenário, no presenteano de 2020, projetos de lei que permitam a distribuição gratuita de bens, valores e benefícios a pessoas físicas ou jurídicas., por oportuno, que a inobservância das mencionadas vedações sujeita o infrator, agente público ou não, à pena pecuniária de 5.000 a 100.000UFIR (R$ 5.320,50 [cinco mil, trezentos e vinte reais e cinquenta centavos] a R$ 106.410,00 [cento e seis mil, quatrocentos e dez reais]) e àcassação do registro ou do diploma do candidato beneficiado (art. 73, §§ 4º e 5º, da Lei n. 9.504/97), além da inelegibilidade decorrente do abusode poder ou da conduta vedada (art. 1º, I, "d" e "j", da LC n. 64/90);, para efeito do acompanhamento a que se refere o art. 73, § 10, da Lei n. 9.504/97, informarem à Promotoria Eleitoral, em cinco dias:1) Os programas sociais mantidos em 2020, inclusive os que resultam de parceria financeira com os governos estadual e federal, nestecaso informando:1.1. Nome do programa;1.2. Data da sua criação;1.3. Instrumento normativo de sua criação;1.4. Público alvo do programa;1.5. Espécie de bens, valores ou benefícios distribuídos;1.6. Por ano, quantas pessoas ou famílias vem sendo beneficiadas, desde a sua criação;1.7. Rubrica orçamentária que sustenta o programa nos anos de 2019 e 2020.2) Os programas sociais que estão sendo executados por entidades não governamentais com recursos públicos, informando:2.1. Nome e endereço da entidade;2.2. Nome do programa;2.3. Data a partir da qual o Município passou a destinar recursos para a entidade;2.4. Rubrica orçamentária que sustenta a destinação de recursos à entidade nos anos de 2019 e 2020;2.5. Valor anualmente destinado à entidade, desde o início da parceria;2.6. Público alvo do programa;2.7. Número de pessoas/famílias beneficiadas pela entidade, anualmente, desde o início da parceria;2.8. Espécie de bens, valores ou benefícios distribuídos;2.9. Declaração de existência, ou não, de agente político ou pré-candidato vinculado nominalmente ou mantenedor da entidade.ANOTE-SE o prazo de 05 (cinco) dias para manifestação do destinatário sobre o acatamento dos termos da presente recomendação.Da presente RECOMENDAÇÃO, sejam remetidas cópias aos seguintes órgãos/autoridades:01. Ao Cartório Eleitoral desta urbe, para ciência;02. Secretaria Geral do Ministério Público do Estado do Piauí, para fins de publicação no Diário Oficial do Estado;03. Assessoria de Imprensa do MPPI, para divulgação entre as principais mídias das quais o Ministério Público dispõe de acesso.Itainópolis-PI, 19 de maio de 2020.ROMANA LEITE VIEIRAPromotora Eleitoral

PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO INTEGRADO Nº 08/2020PORTARIA Nº 08/2020Objeto: Atuação do Grupo Regional de Teresina no Acompanhamento da COVID-19 integrado com o Grupo de Atuação Especial da AtividadePolicial - GACEP e a 56ª Promotoria de Justiça. Eixo Temático. Segurança Pública e Sistema Prisional. Número insuficiente de profissionaisde segurança pública. Polícia Civil do Piauí. Curso de formação na Academia de Polícia Civil do Estado do Piauí (ACADEPOL). Suspensão.Medidas de distanciamento social. Reavaliação e readequação. Necessidade. Disciplinas teóricas. Possibilidade. Modalidade de ensino adistância (EAD). Segurança Pública. Atividade Essencial.O Grupo Regional de Promotorias Integradas no Acompanhamento da COVID-19 de Teresina - Eixo temático Segurança Pública eSistema Prisional e o Grupo de Atuação Especial Controle Externo da Atividade Policial - GACEP, no exercício de suas atribuições, comesteio nos art. 127, caput, e art. 129 da Constituição Federal de 1988; na Resolução CNMP nº 174/2017; nos art. 36 e art. 37 da LeiComplementar Estadual nº 12/1993; na Resolução CPJ/PI nº 02/2020 e PORTARIAS PGJ/PI Nº 928/2020, 945/2020;Considerando que, consoante dispõe a Constituição da República, incumbe ao Ministério Público a defesa da ordem jurídica, do regimedemocrático de direito e dos interesses sociais e individuais indisponíveis, sendo função institucional o exercício do controle externo da atividadepolicial, na forma do inciso VII do art. 129 da CF;Considerando que estão sujeitos ao controle externo do Ministério Público, na forma do art. 129, inciso VII, da Constituição Federal, dalegislação em vigor e da Resolução CNMP nº 20/2007, os organismos policiais relacionados no art. 144 da Constituição Federal, bem como aspolícias legislativas ou qualquer outro órgão ou instituição, civil ou militar, à qual seja atribuída parcela de poder de polícia, relacionada com asegurança pública e persecução criminal;Considerando requerimento formulado pelos alunos do Curso de Formação de Peritos da Polícia Civil do Estado do Piauí (PCPI), promovidopela ACADEPOL, no qual solicitam providências, por parte do Ministério Público, junto às autoridades competentes para que haja o retorno, emcaráter emergencial, das aulas teóricas do Curso de Formação da Polícia Civil, na modalidade de ensino a distância (EAD);Considerando que os requerentes aduzem que solicitaram formalmente ao Secretário de Segurança Pública o retorno das aulas do curso deformação, com a retomada das disciplinas teóricas por meio do ensino a distância (EAD), o que, no entanto, não foi atendido;Considerando que foi demonstrado pelos requerentes que o quadro atual de peritos na Polícia Civil está bastante defasado, pois cerca de 66,2%dos cargos de peritos existentes previsto no Estatuto da Polícia Civil encontram-se vagos, ou seja, carece de mais da metade de peritos;Considerando ainda que o cenário de mais da metade dos cargos previstos estarem vagos se repete também em relação aos agentes dapolícia civil, pois 56,1% dos cargos existentes encontram-se vagos;Considerando que, conforme apurado, o quadro de pessoal de delegados da PCPI também se encontra deficiente, contando com 46,5% doscargos vagos, ou seja, quase metade do efetivo previsto não está, de fato, preenchido;Considerando que, além da mencionada defasagem do quadro de pessoal da Polícia Civil, cerca de 1/3 (um terço) do efetivo da Polícia Civilencontra-se no grupo de risco para a Covid-19, o que muitas vezes impõe o afastamento dos servidores de suas funções, conforme relatado

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pelo Delegado-Geral em videoconferência realizada com autoridades da segurança pública estadual e membros do MPPI no dia 20 de abril de2020;Considerando ainda que, aliada a mencionada defasagem do quadro de pessoal da Polícia Civil e dos profissionais já afastados por seencontrarem no grupo de risco (1/3), muitos profissionais de segurança pública ainda poderão ser afastados em razão de possívelcontaminação pela novo coronavírus ( COVID-19)[1], o que exige da segurança público um plano de ação estruturante e urgente de reposiçãode tais profissionais, sob pena de ocasionar colapso nos órgãos de segurança pública, especialmente na Polícia Civil;Considerando que, segundo noticiado no portal eletrônico da PCPI[2], o atual curso de formação da ACADEPOL visa a formação de 81 (oitentae um) Delegados de Polícia Civil, 86 (oitenta e seis) Agentes e 51 (cinquenta e um) Peritos;Considerando que a atividade de segurança pública, assim como a de saúde, são atividades consideradas essenciais, razão pela que nãopodem parar ou serem suspensas, inclusive o Decreto Federal nº 10.282/2020[3] listou como serviços essenciais atividades de segurança públicae privada, a guarda e a custódia de presos;Considerando que a Portaria nº 12.000-033/GS/2020, expedida pelo Secretário de Segurança Pública do Estado do Piauí, prorroga até 31 dejulho de 2020 a suspensão, no âmbito das instituições de segurança do Estado, das atividades de treinamento, capacitações, formatura e outroseventos dessa natureza, que envolvam aglomerações de pessoas;Considerando que, por meio da portaria supramencionada, continua suspenso o Curso de Formação Profissional, etapa essencial para oingresso na carreira da Polícia Civil, através da capacitação dos aprovados no concurso público para Delegados, Agentes de Polícia e Peritos;Considerando que, conforme noticiado em portal eletrônico[4], é possível que a suspensão do curso de formação da PCPI seja prorrogada peloSecretário de Segurança Pública, caso a crise sanitária ocasionada pela pandemia do novo coronavírus não tenha melhorado;Considerando que não há previsão concreta para a cessação das medidas excepcionais de enfrentamento à Covid-19, em razão da ausência demedicamento, vacina ou tratamento específico para controlar essa enfermidade, portanto, não é razoável condicionar o retorno do curso deformação de novos agentes da segurança pública à normalização das atividades;Considerando que o ensino na modalidade EAD vem sendo adotado por órgãos de segurança pública no Brasil, a fim de não interromper aformação de novos agentes de segurança pública, como a Polícia Civil de Santa Catarina[5], entre outras;Considerando que a Secretaria de Segurança Pública do Rio Grande do Sul, por exemplo, determinou, inicialmente, a continuidade dasdisciplinas teóricas dos cursos de formação da Polícia Civil na modalidade EAD, mas no mês de abril/2020 determinou o retorno das aulaspresenciais, com o fim de atender à reposição planejada do efetivo, levando-se em conta a responsabilidade de manter plenas condições para osserviços essenciais da segurança pública, conforme veiculado na imprensa[6];Considerando que, conforme destacado no requerimento formulado pelos alunos da ACADEPOL, além da Polícia Civil do Rio Grande do Sul,outros órgãos de segurança pública também adotaram a modalidade EAD em seus cursos de formação, tais como a Guarda Municipal deTimon/MA, a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina, a Polícia Militar de Minas Gerais, entre outros;Considerando que, no âmbito do Estado do Piauí, as aulas online estão sendo adotadas pela Academia de Formação Penitenciária do Piauí(ACADEPEN), responsável pela capacitação de alunos que ingressam na Polícia Penal, na qual a plataforma digital de videoconferência foidisponibilizada por meio de uma parceria entre a Agência de Tecnologia de Informação do Estado (ATI/PI) e a empresa Piauí Conectado,viabilizada pela Secretaria de Estado da Justiça (SEJUS), conforme veiculado no portal eletrônico do Governo do Estado[7];Considerando que a alternativa encontrada pela SEJUS e a ATI/PI foi a utilização da plataforma Cisco Webex, ofertada em parceria com aempresa Piauí Conectado, sendo que esta plataforma pode ser acessada por qualquer dispositivo digital, seja celular, tablet ou computador,permitindo o contado de áudio e vídeo;Considerando que Ministério da Educação, por meio da Portaria nº 343/2020, possibilitou a substituição das aulas presenciais por aulas emmeios digitais enquanto durar a situação de pandemia do novo coronavírus[8];Considerando que compete à Secretaria de Segurança Pública a prestação dos serviços de polícia em geral, cabendo-lhe programar,supervisionar, dirigir e orientar a ação da Polícia Civil, conforme estabelece o inciso I do art. 46 da Lei Complementar nº 28/2003 (Lei Orgânica daAdministração Pública do Estado do Piauí);Considerando que, na Polícia Civil do Estado do Piauí, a ACADEPOL é responsável pela realização do curso de formação para ingresso nacarreira, que deve ter duração mínima de 300 (trezentas) horas-aulas, estabelecido no artigo 24 da Lei Complementar nº 37/2004 (Estatuto daPolícia Civil);Considerando que a ACADEPOL é dirigida por um Delegado de Polícia e diretamente subordinada ao Secretário de Segurança Pública,conforme estabelece o artigo 75, caput, do Estatuto da Polícia Civil (Lei Complementar Estadual nº 37/2004)[9], tendo por atribuições: I -promover a formação técnico-profissional de pessoal, para o provimento de cargos de carreira policial civil; II - realizar treinamento,aperfeiçoamento e especialização, objetivando a capacitação técnico-profissional do policial civil; III - manter intercâmbio com a AcademiaNacional de Polícia, congêneres estaduais e outras instituições de ensino e pesquisa, nacionais e estrangeiras, visando ao aprimoramento dasatividades e dos métodos pedagógicos utilizados; IV - produzir e difundir conhecimentos de interesse policial;Considerando que são diretrizes da Política Nacional de Segurança Pública e Defesa Social a formação, capacitação continuada e qualificadados profissionais de segurança pública, em consonância com a matriz curricular nacional, bem como o fortalecimento das instituições desegurança pública por meio de investimentos e do desenvolvimento de projetos estruturantes e de inovação tecnológica, segundo estabelecemos incisos VI e VII do artigo 5º da Lei nº 13.675/2018;Considerando, ainda, que o cenário apresentado evidencia a necessidade de adoção imediata de providências por parte do Ministério Públicopara assegurar e fomentar que a Secretaria de Segurança Pública adote medidas estruturantes e urgentes a fim de garantir a continuidade doCurso de Formação Profissional da Polícia Civil do Estado do Piauí, como medida necessária para atender à reposição planejada do efetivo daPolícia Civil, levando-se em conta a responsabilidade de manter plenas condições para os serviços essenciais da segurança pública;Considerando, por fim, que, no âmbito do Ministério Público, consoante o art. 8º, inciso II, da Resolução CNMP nº 174/2017, o procedimentoadministrativo é o instrumento apto para acompanhar e fiscalizar, de forma continuada, políticas públicas ou instituições;RESOLVE instaurar o Procedimento Administrativo nº 08/2020, em conjunto com o Grupo de Atuação Especial de Controle Externo da AtividadePolicial - GACEP e a 56ª Promotoria de Justiça de Teresina-PI, com o objetivo de acompanhar, fiscalizar e fomentar o retorno pela ACADEPOLdo curso de formação de 81 (oitenta e um) Delegados de Polícia Civil, 86 (oitenta e seis) Agentes e 51 (cinquenta e um) Peritos, especialmentequanto as disciplinas teóricas, na modalidade de ensino a distância (EAD);Determinando-se:Sejam comunicados ao CAOCRIM, ao CAODEC e ao Gabinete de Acompanhamento e Prevenção do contágio pelo Coronavírus a instauração dopresente procedimento, via e-mail;Sejam oficiados ao Secretário Estadual de Segurança Pública e ao Delegado-Geral da Polícia Civil, dando ciência da instauração do presenteprocedimento e requerendo que informem, no prazo de 5 (cinco) dias, a viabilidade do retorno do Curso de Formação da Polícia Civil por meio deplataforma online, com aulas à distância, nos moldes do adotado pela SEJUS na Academia de Formação Penitenciária do Piauí (ACADEPEN).Demais disso, em sendo factível o retorno, requeira-se a adoção de providências urgentes e estruturantes, a exemplo da elaboração decronograma das atividades e plataforma de EAD a ser disponibilizada para o regresso imediato das aulas ou, caso seja negativa a resposta aoquestionamento, pontue as eventuais dificuldades encontradas para o não retorno da referida modalidade de ensino;Seja oficiado o Diretor da Academia de Polícia Civil do Piauí, dando ciência da instauração do presente procedimento, requerendo, ainda, que, noprazo máximo de 05 (cinco) dias, informe a grade curricular do curso de formação em andamento, especialmente esclarecendo quais disciplinasjá foram cursadas pelos alunos e quais faltam cursar, informando, ainda, se há viabilidade para o retorno na modalidade ensino à distância.Demais disso, em sendo factível o retorno, requeira-se a adoção de providências urgentes e estruturantes, a exemplo da elaboração de

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7.2. GRUPO REGIONAL DE PROMOTORIAS INTEGRADAS NO ACOMPANHAMENTO DO COVID-19 DE

TERESINA – REGIONAL PICOS-PI11759

cronograma das atividades e plataforma de EAD a ser disponibilizada para o regresso imediato das aulas ou, caso seja negativa a resposta aoquestionamento, pontue as eventuais dificuldades encontradas para o não retorno da referida modalidade de ensino;Seja oficiado ao Governador do Estado do Piauí, via Gabinete de Acompanhamento e Prevenção do contágio pelo Coronavírus do MPPI, parafins de ciência da instauração do presente procedimento e adoção das providências que entender cabíveis, em razão do disposto no § 6º do art.144 da Constituição Federal[10];Seja oficiada a Procuradoria-Geral do Estado do Piauí, na forma do inciso XII e do § 2º do Art. 2º da Lei Complementar Estadual nº 56/2005[11],para fins de ciência da instauração do presente procedimento e adoção de providências cabíveis;Sejam juntados ao presente procedimento: o requerimento formulado pelos Alunos da ACADEPOL e encaminhado ao GACEP, bem como osdocumentos que os instruem; Parecer CNE/CP nº 5/2020.Registre-se no SIMP. Publique-se.Distribua-se o procedimento a um dos membros deste Grupo.Teresina, 18 de maio de 2020.

Gianny Vieira de CarvalhoPromotora de JustiçaCoordenadora do Grupo Regional de Teresina - Segurança Pública eSistema Prisional

Liana Maria Melo LagesPromotora de Justiça56ª Promotoria de Justiça

Fabrícia Barbosa de OliveiraPromotora de JustiçaCoordenadora do GACEP

Maria do Amparo de Sousa PazPromotora de JustiçaMembro do Grupo

Elói Pereira de SousaJúniorPromotor de JustiçaMembro do Grupo

Sávio Eduardo Nunes deCarvalhoPromotor de JustiçaMembro do Grupo

Luzijones Felipe de Carvalho FaçanhaPromotora de JustiçaMembro do Grupo

Nielsen Silva MendesLimaPromotor de JustiçaMembro do Grupo

Renata Marcia RodriguesSilvaPromotora de JustiçaMembro do Grupo

[1]https://cidadeverde.com/coronavirus/105281/sao-paulo-afasta-600-policiais-por-suspeita-de-covid-19;[2]http://www.pc.pi.gov.br/noticia.php?id=4664[3]Art. 3º As medidas previstas na Lei nº 13.979, de 2020, deverão resguardar o exercício e o funcionamento dos serviços públicos e atividadesessenciais a que se refere o § 1º.§ 1º São serviços públicos e atividades essenciais aqueles indispensáveis ao atendimento das necessidades inadiáveis da comunidade, assimconsiderados aqueles que, se não atendidos, colocam em perigo a sobrevivência, a saúde ou a segurança da população, tais como:III - atividades de segurança pública e privada, incluídas a vigilância, a guarda e a custódia de presos;[4]https://www.gp1.com.br/noticias/fabio-abreu-suspende-ate-31-de-julho-as-atividades-de-capacitacao-477428.html[5]http://www.egenplus.com.br/noticia/geral/2020/policia-civil-cria-plataforma-de-ensino-a-distancia-para-policiais-em-fase-final-de-formacao[6]https://www.osul.com.br/corpo-de-bombeiros-inicia-curso-de-formacao-e-policia-civil-retoma-aulas-presenciais-no-rio-grande-do-sul[7]https://www.pi.gov.br/noticias/acadepen-continua-curso-de-formaçao-por-meio-de-aulas-on-line/[8]No mesmo sentido o Parecer CNE/CP nº 5/2020;[9]Art. 75 A Academia de Polícia Civil, dirigida por Delegado estável de carreira, com pós-graduação ou, se não houver Delegado nessascondições, por outro policial civil possuidor dos mesmos requisitos, diretamente subordinado ao Secretário da Segurança Pública, tem poratribuições:[10]Art. 144. A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida para a preservação da ordem pública e daincolumidade das pessoas e do patrimônio, através dos seguintes órgãos: § 6º As polícias militares e os corpos de bombeiros militares, forçasauxiliares e reserva do Exército subordinam-se, juntamente com as polícias civis e as polícias penais estaduais e distrital, aos Governadores dosEstados, do Distrito Federal e dos Territórios. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 104, de 2019)[11]Art. 2º À Procuradoria Geral do Estado compete:XII - propor ao Governador, para os entes da administração direta e indireta, medidas de caráter jurídico que visem a proteger-lhes o patrimônioou aperfeiçoar as práticas administrativas;§ 2º Qualquer cidadão ou entidade, pública ou privada, poderá representar à Procuradoria Geral do Estado contra atos ilegais ou lesivos aopatrimônio público da administração direta ou indireta, para adoção das providências cabíveis.

PORTARIA Nº 024/2020PA - PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO

O GRUPO REGIONAL DE PROMOTORIAS INTEGRADAS NO ACOMPANHAMENTO DOCOVID-19 DA REGIÃO de Picos-PI, conforme Portaria nº 928/2020, publicada no DOEMP nº 616, de 16/04/2020, no uso das atribuições quelhes são conferidas pelos arts. 127, 129, III, da Constituição Federal, art. 26, I da Lei n° 8.625/93 e art. 37, incisos I, V e VI, da Lei ComplementarEstadual n° 12/93,CONSIDERANDO:que a Resolução CNMP nº 174, de 04 de julho de 2017, autorizou a instauração de PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO, para acompanhar efiscalizar, de forma continuada, políticas públicas ou instituições;que o Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, doregime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis, nos termos do art. 127, caput, da Constituição da República;que, em 30.01.2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que o surto da doença causada pelo Coronavírus (COVID-19) constituiEmergência de Saúde Pública de importância Internacional (ESPII);que a ESPII é considerada, nos termos do Regulamento Sanitário Internacional (RSI), "um evento extraordinário que pode constituir um risco desaúde pública para outros países devido à disseminação internacional de doenças; e potencialmente requer uma resposta internacionalcoordenada e imediata";que o Ministério da Saúde, em 30.01.2020, por meio da Portaria GM/MS nº 188/2020, declarou "emergência em saúde pública de importâncianacional", em decorrência da infecção humana pelo Coronavírus, considerando que a situação atual demanda o emprego urgente de medidas deprevenção, controle e contenção de riscos, danos e agravos à saúde pública;que, em 11.03.2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou pandemia para o Coronavírus, ou seja, momento em que uma doença seespalha por diversos continentes com transmissão sustentada entre humanos;que a classificação da situação mundial do novo Coronavírus (COVID-19, SARSCoV-2) como pandemia significa o risco potencial da doençainfecciosa atingir a população mundial de forma simultânea, não se limitando a locais que já tenham sido identificadas como de transmissão

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Page 48: Estado do Piauí Ministério Público do Estado do …aplicativos3.mppi.mp.br/diarioeletronico/public/demppi...Defiro, nos termos da Resolução CSMP nº 13/2013, o pedido do requerente,

interna;que o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), por meio da Comissão da Saúde, emitiu a Nota Técnica Conjunta nº 01/2020 -CES/CNMP/1ª CCR, contendo subsídios para a atuação coordenada do Ministério Público voltada ao enfrentamento do COVID-19;que, em se tratando de desastres, a emergência e calamidade pública devem ser declaradas mediante decreto do chefe do Executivo, segundo oart. 65, caput, da Lei nº 101 de 04 de março de 2000, Lei de responsabilidade Fiscal;o Decreto nº 18.885, de 19 de março de 2020, que deflagra a situação de calamidade pública no Estado do Piauí;que além do Estado do Piauí, diversos municípios estão - ou estarão - expedindo decretos locais de emergência e calamidade pública em virtudeda pandemia do COVID-19, e que sob esta condição poderão realizar compras emergenciais de produtos e utensílios de saúde com dispensa delicitação;ser o Ministério Público órgão agente da fiscalização da gestão pública de saúde, assim definido na Seção IV, Capítulo IV, da Lei ComplementarFederal nº 141, de 13 de janeiro de 2012;que para a contratação de bens, obras ou serviços pela Administração Pública vige o princípio da obrigatoriedade do procedimento licitatório,conforme exigência da Constituição Federal (art. 37, XI) e Lei 8.666/93, como medida de legalidade, impessoalidade, isonomia, eficiência emoralidade;que o Decreto Nº 7.257/10, que dispõe sobre o Sistema Nacional de Defesa Civil - SINDEC, estabelece os conceitos de emergência e decalamidade pública, nos exatos termos adiante expostos:Art. 2° Para os efeitos deste Decreto, considera-se:- desastre: resultado de eventos adversos, naturais ou provocados pelo homem sobre um ecossistema vulnerável, causando danos humanos,materiais ou ambientais e consequentes prejuízos econômicos e sociais;- situação de emergência: situação anormal, provocada por desastres, causando danos e prejuízos que impliquem o comprometimento parcial dacapacidade de resposta do poder público do ente atingido;- estado de calamidade pública: situação anormal, provocada por desastres, causando danos e prejuízos que impliquem o comprometimentosubstancial da capacidade de resposta do poder público do ente atingido.que dentre as medidas emergenciais adotadas pela Lei nº 13.979/2020, pode-se dar destaque à criação de nova hipótese de dispensa delicitação para aquisição de bens, serviços, inclusive de engenharia, e insumos destinados ao enfrentamento da emergência de saúde pública deimportância internacional decorrente do coronavírus, sendo consideradas presumidas: a) a ocorrência de situação de emergência; b) anecessidade de pronto atendimento da situação de emergência; c) a existência de risco a segurança de pessoas, obras, prestação de serviços,equipamentos e outros bens,públicos ou particulares; e d) a limitação da contratação à parcela necessária ao atendimento da situação de emergência;que no seu art. 4º, referida legislação, aplicável a todos os entes políticos (União, Estados, Municípios e Distrito Federal), é expressa ao preverque a dispensa de licitação baseada na emergência em razão do COVID-19 é temporária e deve ser aplicada apenas enquanto perdurar aemergência de saúde pública de importância internacional decorrente do Coronavírus COVID-19;que dentre os requisitos legais exigidos, a nova legislação prevê a disponibilização, em sítio eletrônico específico, de todas as contratações ouaquisições realizadas, in verbis:"Art. 4º - (...)§2º - Todas as contratações ou aquisições realizadas com fulcro nesta Lei serão imediatamente disponibilizadas em sítio oficial específico narede mundial de computadores (internet), contendo, no que couber, além das informações previstas no § 3o do art. 8o da Lei no 12.527, de 18 denovembro de 2011, o nome do contratado, o número de sua inscrição na Receita Federal do Brasil, o prazo contratual, o valor e o respectivoprocesso de contratação ou aquisição"que no âmbito federal, o Ministério da Saúde criou em seu sítio eletrônico (https://saude.gov.br/) um link de acesso rápido a todas as contrataçõese aquisições realizadas na prevenção e combate ao Coronavírus COVID-19;que a Nota Técnica n° 01/2020 do TCE/PI afirma que em razão da necessidade de enfrentamento da emergência de saúde pública deimportância internacional decorrente do Coronavírus, o legislador ordinário trouxe ao ordenamento jurídico pátrio nova hipótese temporária decontratação direta, prevista no art. 4º da Lei n.º 13.979/2020. Além disso, foram inseridos posteriormente nessa lei, por meio de medidasprovisórias, dispositivos específicos aplicáveis tanto ao procedimento de justificação da nova hipótese de dispensa de licitação quanto aosprocessos licitatórios voltados ao desiderato de enfrentar a situação emergencial;que a Nota Técnica nº 01/2020 do TCE/PI afirma, em seu item 5.4, que o objeto da contratação direta em questão deve estar adstrito à aquisiçãode bens, serviços, inclusive de engenharia, e insumos destinados especificamente ao enfrentamento da emergência de saúde pública decorrentedo Coronavírus (Lei n.º 13.979/2020, art. 4º, caput, c/c Lei n.º 8.666/1993, art. 26, parágrafo único, I). Logo, deve haver nos autos ademonstração de que o contrato é adequado e necessário ao atendimento da situação emergencial (Lei n.º 13.979/2020, art. 4º-E, § 1º, II e III);que o artigo 4º da Lei 13.979/2020 dispensa a licitação para a aquisição de bens serviços e insumos de saúde destinados a enfrentamento daEmergência de Saúde Pública de Importância Internacional e Nacional, decorrente do Coronavírus - Covid- 19;a Nota Técnica exarada pelo Gabinete de Acompanhamento e Prevenção ao COVID- 19 deste Ministério Público, orientando os gestoresestaduais sobre as compras e serviços contratados pelos entes municipal e/ou estadual, no âmbito do Piauí,fundados no decreto de situação de emergência ou de calamidade pública em virtude da pandemia do COVID-19, para aquisição de bens,serviços e insumos destinados ao enfrentamento da emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do Coronavírus;a efetivação da política de transparência da administração pública, como vincula o art. 4º, parágrafo 2º, da Lei 13.979/2020, e de acordo com oitem 5.14, da Nota Técnica 01/20, do TCE/PI; e do item 7, da Nota Técnica Orientativa do Gabinete de Acompanhamento e Prevenção àCOVID19 (GAP-COVID19), do Ministério Público do Piauí, devendo o Ente Público criar uma aba específica no portal da transparência de seusítio eletrônico, alimentando-a diariamente e apresentando de forma discriminada os valores orçamentários e a execução de despesas, comodecretos e atos administrativos que autorizam realocação de recursos ou abrem créditos adicionais, contratos administrativos de prestação efornecimento de bens e serviços, nota de empenho, liquidação e pagamento, descrição do bem e/ou serviço, o quantitativo, o valor unitário e totalda aquisição, a data da compra e o nome do fornecedor, inclusive CNPJ, ou seja, todas as receitas e gastos públicos relacionadosespecificamente ao enfrentamento e mitigação da pandemia decorrente do COVID-19;que, conforme a Nota Técnica 01/2020 do TCE/PI, em seu item 6.10, deve ser publicada, sem prejuízo da imediata disponibilização em sítioeletrônico oficial na rede mundial de computadores (internet) das informações relativas às contratações decorrentes da Lei n.º 13.979/2020, comtodos os elementos previstos no § 2º do art. 4º desta lei - nome do contratado, número de sua inscrição na Receita Federal do Brasil, prazocontratual, valor e o respectivo processo de contratação ou aquisição -, além dos exigidos na Lei n.º 12.527/2011 (Lei de Acesso à Informação),deve ser efetuada a publicação resumida do instrumento de contrato, bem como de eventuais aditamentos, na imprensa oficial, nos termosdispostos no parágrafo único do art. 61 da Lei n.º 8.666/1993;a criação desse Grupo Regional de Promotorias Integradas no Acompanhamento do COVID-19, por meio da Portaria PGJ-PI nº 928/2020.RESOLVE:Instaurar PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO, objetivando fiscalizar a efetiva aplicação dos recursos públicos no combate e prevenção aoCOVID-19 pelo Município de SÃO JULIÃO, e de dar maior transparência dos gastos realizados para este fim, pelo que, determina-se, desdelogo, o seguinte:Registre-se e autue-se a presente Portaria e documentos que a acompanham, com alimentação do sistema próprio do MPPI e SIMP, publicando-a no DOEMP;Comunique-se ao E. CSMP a presente instauração bem como ao CACOP;

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Junte-se aos autos cópia do Decreto Municipal que declara emergência em saúde pública no Município de SÃO JULIÃO, em razão da pandemiado Novo Coronavírus- Covid-19;Solicite-se ao Município SÃO JULIÃO que encaminhe a este órgão ministerial, via e- mail, no prazo de 10 (dez) dias:O decreto de emergência ou de calamidade pública, reconhecida pela Assembleia Legislativa do Piauí, para contenção e prevenção aoCOVID-19, nos termos do artigo 65, da LC 101/2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal);Relação dos procedimentos licitatórios e contratos administrativos realizados com fundamento nos respectivos decretos de emergência oude calamidade pública em razão da COVID-19, contendo as seguintes informações: número do procedimento licitatório, objeto, preço (valor), datade abertura, modalidade (ex: pregão eletrônico), empresa vencedora (indicando CNPJ), e o número do contrato administrativo, CONFORMETABELA EM ANEXO a ser preenchida pelo gestor[1Relação dos procedimentos de dispensa de licitação firmados de acordo com a novel regulamentação do artigo 4º, e seguintes, da lei13.979/20 (Lei do Coronavírus), contendo as seguintes informações: número do procedimento licitatório de dispensa, objeto, preço (valor), datade abertura, empresa contratada (com CNPJ) e o número do contrato administrativo, CONFORMA TABELA EM ANEXO a ser preenchida pelogestor;IV.O(s) ato(s) administrativo(s) que designou o gestor e o(s) fiscal(is) do(s) contrato(s) administrativo(s) firmado(s) para contenção da COVID-19,nos termos do item 6 da Nota Técnica Orientativa do Gabinete de Acompanhamento e Prevenção à COVID-19 (GAP- COVID19), do MinistérioPúblico do Piauí;OS decretos que autorizam a realocação dos recursos (remanejamento, transposição ou transferência), aprovados na Lei OrçamentáriaAnual (LOA), para a contenção da COVID-19, com a respectiva aprovação de lei específica pela Casa Legislativa, nos termos do artigo 167, VI,da Constituição Federal. Caso existam realocações de recursos sem decreto e/ou lei específica, encaminhar ao Ministério Público o atoadministrativo que autorizou, explicitando os motivos da realocação sem o decreto e/ou a norma específica;Os decretos que autorizam abertura de créditos adicionais (extraordinários, suplementares ou especiais) para combate e prevenção àCOVID-19, nos termos do artigo 167, V e §3º, da CF/882;

Enviar tabela virtual em anexo ao gestor, para preenchimento. A mesma orientação vale para o item III.A abertura de crédito adicional suplementar ou especial pode estar aprovada na LOA do município, não necessitando lei local específicaautorizativa para tanto.Os decretos de abertura de crédito adicional que permitem a operacionalização da utilização da reserva de contingência, bem como a leiprévia e específica que a autorizam, nos termos dos artigos 5º, III, da LRF; e 7º, 42 e 43 da Lei nº 4.320/64. Caso existam abertura de créditossem decreto e/ou lei específica, encaminhar ao Ministério Público o ato administrativo que autorizou, explicitando os motivos da realocação sem odecreto e/ou a norma específica;Plano de contingenciamento de despesas para otimizar gastos, em razão dos efeitos econômicos da COVID-19;Informação sobre a criação de programa ou ação orçamentária específica para despesas relacionadas ao COVID-19, como assim fez aUnião (Governo Federal), através das ações orçamentárias "21C0", "00S4", "21C2" e "00S5", pelas quais é possível consultar e detalhar gastosdiretos para contenção da COVID-19, conforme recomendação da Nota Técnica SEI n. 12774/ME, da Secretaria do Tesouro Nacional. Nahipótese de inexistir, explanar os motivos;informações sobre a efetivação da política de transparência da administração pública, através da criação de uma aba específica no portal datransparência do Ente, alimentando-a diariamente e apresentando de forma discriminada os valores orçamentários e a execução de despesas,como decretos e atos administrativos que autorizam realocação de recursos ou abrem créditos adicionais, contratos administrativos de prestaçãoe fornecimento de bens e serviços, nota de empenho, liquidação e pagamento, descrição do bem e/ou serviço, o quantitativo, o valor unitário etotal da aquisição, a data da compra e o nome do fornecedor, inclusive CNPG, ou seja, todas as receitas e gastos públicos relacionadosespecificamente ao enfrentamento e mitigação da pandemia decorrente do COVID-19, como determina o artigo 4º, parágrafo 2º, da Lei13.979/2020, e de acordo com o item 5.14, da Nota Técnica 01/20, do TCE/PI; e do item 7, da Nota Técnica Orientativa do Gabinete deAcompanhamento e Prevenção à COVID-19 (GAP-COVID19), do Ministério Público do Piauí.Que realize o compartilhamento dessas informações e documentos com a Comissão voltada para análise concomitante da aplicação dosrecursos públicos destinados ao combate ao novo Coronavírus - COVID-19 no Estado do Piauí, do Tribunal de Contas do Piauí (TCE/PI)3;

O redirecionamento pode ser realizado ao Presidente do TCE/PI. Sugere-se o encaminhamento ao TCE/PI somente após de cessado o estadode emergência ou de calamidade no município.Encaminhe-se a recomendação que segue a(o) Prefeito(a) e Secretário(a) de Saúde do Município de SÃO JULIÃO-PI.Realize-se pesquisa no Portal da Transparência do Município de SÃO JULIÃO-PI, buscando identificar:Se já existe a efetivação da política de transparência da administração pública, através da criação de uma aba específica no portal datransparência do Ente, sendo esta alimentada diariamente com a apresentação de forma discriminada dos valores orçamentários e a execuçãode despesas, como decretos e atos administrativos que autorizam realocação de recursos ou abrem créditos adicionais, contratos administrativosde prestação e fornecimento de bens e serviços, nota de empenho, liquidação e pagamento, descrição do bem e/ou serviço, o quantitativo, ovalor unitário e total da aquisição, a data da compra e o nome do fornecedor, inclusive CNPG, ou seja, todas as receitas e gastos públicosrelacionados especificamente ao enfrentamento e mitigação da pandemia decorrente do COVID-19, como determina o artigo 4º, parágrafo 2º, daLei 13.979/2020, e de acordo com o item 5.14, da Nota Técnica 01/20, do TCE/PI; e do item 7, da Nota Técnica Orientativa do Gabinete deAcompanhamento e Prevenção à COVID-19 (GAP-COVID19), do Ministério Público do Piauí.Nomeia-se como secretária do presente PA, MARIA ALICE MEDEIROS DE TAVARES FRANÇA, servidora do MP/PI;Diligências no prazo de Lei, a contar da juntada nos autos de respectivos AR's e certificação;Não havendo diligências pendentes, volte-me os autos conclusos.Cumpra-se, observados os ditames do Ato PGJ n. 931/2019 e Ato PGJ/PI nº 1001/2020, voltando-me conclusos os autos, findo o prazo de lei,com ou sem resposta.Picos/PI, 08 de maio de 2020.Micheline Ramalho Serejo da SilvaPromotora de JustiçaItanieli Rotondo SáPromotora de JustiçaKarine Araruna XavierPromotora de JustiçaPaulo Maurício Araújo GusmãoPromotor de JustiçaCleandro Alves de MouraPromotor de JustiçaAntônio César Gonçalves BarbosaPromotor de JustiçaMaurício Verdejo G. JúniorPromotor de Justiça

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Romana Leite VieiraPromotora de JustiçaRafael Maia NogueiraPromotor de JustiçaRaimundo Nonato Ribeiro Martins JúniorPromotor de JustiçaTallita Luzia Bezerra AraújoPromotora de JustiçaEduardo Palácio RochaPromotor de JustiçaRECOMENDAÇÃO N.º 64/2020O GRUPO REGIONAL DE PROMOTORIAS INTEGRADAS NO ACOMPANHAMENTO DOCOVID-19 DA REGIÃO de Picos-PI, conforme Portaria nº 928/2020, publicada no DOEMP nº 616, de 16/04/2020, no uso das atribuições quelhes são conferidas pelos arts. 127, 129, III, da Constituição Federal, art. 26, I da Lei n° 8.625/93 e art. 37, incisos I, V e VI, da Lei ComplementarEstadual n° 12/93,CONSIDERANDO que, nos termos do art. 127 da Constituição Federal, incumbe ao Ministério Público a defesa da ordem jurídica, do regimedemocrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis;CONSIDERANDO que compete ao Ministério Público expedir recomendações em visando à proteção de interesses difusos e coletivos, bemcomo ao respeito aos interesses, direitos e bens cuja defesa lhe cabe promover, fixando prazo razoável para a adoção das providências cabíveis(LC N.º 73/95, art. 6º, e Lei N.º 8.625/93, art. 80);CONSIDERANDO que a vida e a saúde constituem direitos fundamentais do ser humano, sendo de grande relevância pública;CONSIDERANDO que a saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução dorisco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação,conforme previsto no artigo 196 da Constituição Federal e artigo 203 da Constituição Estadual;CONSIDERANDO que, em 30.1.2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que o surto da doença causada pelo Coronavírus(COVID-19) constitui Emergência de Saúde Pública de importância Internacional (ESPII);CONSIDERANDO o notório estado de emergência presente no mundo em razão da disseminação do novo Coronavírus COVID-19, levando aOrganização Mundial da Saúde- OMS a declarar situação de pandemia no dia 11.3.2020, ao passo em que pleiteou, por partede todos os países, uma "ação urgente e agressiva" para sua contenção;CONSIDERANDO que a classificação da situação mundial do novo Coronavírus (COVID-19, SARSCoV-2) como pandemia significa o riscopotencial da doença infecciosa atingir a população mundial de forma simultânea, não se limitando a locais que já tenham sido identificadas comode transmissão interna;CONSIDERANDO que o vírus, de origem provável na cidade de Wuhan, na República da China, possui uma extraordinária facilidade detransmissão e intriga cientistas do mundo todo, o qual vem causando um aumento expressivo no número de pessoas infectadas e um grandenúmero de mortes;CONSIDERANDO que as consequências da ausência de medidas rápidas e efetivas de prevenção da disseminação do vírus são da mais altagravidade;CONSIDERANDO que a progressão do COVID-19 tem sido exponencial em todo o mundo, de forma tal que todos os Governos - incluído obrasileiro - têm buscado tomar as medidas de forma urgentíssima. É certo que cada país apresenta uma trajetória distinta no número de casosconfirmados, tendo em vista diversos fatores que influenciam a propagação da doença pulmonar causada e ao volume de testes disponibilizadospara a sua detecção;CONSIDERANDO que é consenso mundial a ideia de que, para que qualquer sistema de saúde não sofra colapso, é necessário reduzir a curvaepidêmica, principalmente através do isolamento social. Epidemiologistas e autoridades da saúde mantêm o foco nessa curva de crescimento,com o objetivo de evitar o ritmo acelerado das enfermidades causadas pelo COVID-19. Isso porque se o crescimento inicial é íngreme demais, onúmero de casos pode rapidamente ultrapassar a capacidade de atendimento do sistema de saúde;CONSIDERANDO o Decreto nº 18.884, de 16 de março de 2020, que regulamenta a lei nº 13.979/2020, para dispor no âmbito do Estado doPiauí, sobre as medidas emergência de saúde pública de importância internacional e tendo em visa a classificação da situação mundial do novoCoronavírus;CONSIDERANDO a deflagração de situação de calamidade pública pelo Governo do Estado do Piauí, por meio do Decreto n° 18.895, de 19 demarço de 2020;CONSIDERANDO que o Brasil já contabiliza aproximadamente 125.218 (cento e vinte e cinco mil, duzentos e dezoito) casos confirmados, com8.536 (oito mil, quinhentos e trinta e seis) mortes, a grande maioria no Estado de São Paulo, informação extraída do Portal do Ministério daSaúde em 06.05.2020;CONSIDERANDO que o Piauí já contabiliza 1051 (mil e cinquenta e um) casos confirmados, com 35 (trinta e cinco) óbitos por COVID-19,informação extraída do Portal do Governo do Estado em 06.05.2020;CONSIDERANDO que já foi reconhecida oficialmente, em âmbito federal e estadual, a transmissão comunitária do novo Coronavírus;CONSIDERANDO o disposto na Lei n° 13.979, de 06 de fevereiro de 2020, que dispõe sobre as medidas para enfrentamento da emergência desaúde pública de importância internacional em virtude do Coronavírus;CONSIDERANDO que dentre as medidas emergenciais adotadas pela Lei nº 13.979/2020, pode-se dar destaque à criação de nova hipótese dedispensa de licitação para aquisição de bens, serviços, inclusive de engenharia, e insumos destinados ao enfrentamento da emergência de saúdepública de importância internacional decorrente do Coronavírus, sendo consideradas presumidas: a) a ocorrência de situação de emergência; b) anecessidade de pronto atendimento da situação de emergência; c) a existência de risco a segurança de pessoas, obras, prestação de serviços,equipamentos e outros bens, públicos ou particulares; ea limitação da contratação à parcela necessária ao atendimento da situação de emergência;CONSIDERANDO que no seu art. 4º, referida legislação, aplicável a todos os entes políticos (União, Estados, Municípios e Distrito Federal), éexpressa ao prever que a dispensa de licitação baseada na emergência em razão do COVID-19 é temporária e deve seraplicada apenas enquanto perdurar a emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do Coronavírus COVID-19;CONSIDERANDO que dentre os requisitos legais exigidos, a nova legislação prevê a disponibilização, em sítio eletrônico específico, de todas ascontratações ou aquisições realizadas, in verbis:"Art. 4º - (...)§ 2º - Todas as contratações ou aquisições realizadas com fulcro nesta Lei serão imediatamente disponibilizadas em sítio oficial específico narede mundial de computadores (internet), contendo, no que couber, além das informações previstas no §3º do art. 8º da Lei nº 12.527, de 18 denovembro de 2011, o nome do contratado, o número de sua inscrição na Receita Federal do Brasil, o prazo contratual, o valor e o respectivoprocesso de contratação ou aquisição"CONSIDERANDO que no âmbito federal, o Ministério da Saúde criou em seu sítio eletrônico (https://saude.gov.br/) um link de acesso rápido atodas as contratações e aquisições realizadas na prevenção e combate ao Coronavírus COVID-19;CONSIDERANDO que no âmbito estadual, a Secretaria de Estado da Saúde do Piauí criou em seu sítio eletrônico um link de acesso rápido a

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manuais, resultados, notas técnicas, formulários e boletins referentes ao Coronavírus, sem, contudo, apresentar nenhuma informação acerca decontratações e aquisições feitas para o combate ao COVID-19 (http://portal.saude.pi.gov.br/2020/inf_saude/epidemiologia/covid-19/covid-19.asp);CONSIDERANDO a necessidade de ampla publicidade dos gastos públicos realizados, deve ser levado em conta que a celeridade necessáriapara as aquisições em comento não significa uma atuação que possa, de alguma forma, contrariar os princípios da legalidade, impessoalidade,moralidade, publicidade, eficiência, isonomia, seleção da proposta mais vantajosa para a Administração, promoção do desenvolvimento nacionalsustentável, bem como demais preceitos que lhe sejam correlatos. Não se trata, assim, de autorização irrestrita para aquisição desmesurada eirracional de bens e serviços, somente em razão de se estar em face de excepcional situação de emergência pandêmica;CONSIDERANDO que em face da grave e urgente calamidade pública que assola o país e o mundo, decidiu a Lei, em observância ao princípioda eficiência insculpido no art. 37, caput da CF/88, que não seria razoável exigir que o gestor público declinasse, em cada um dos processos deaquisição, os fatos e circunstâncias que são de conhecimento público e notório;CONSIDERANDO que a celeridade buscada pelo legislador, ao mitigar algumas exigências previstas na sistemática da Lei nº 8.666/93, impõe aogestor público e as entidades que desenvolvem serviço público assemelhado, o dever de cautela e de apuração das circunstâncias fáticas queorientam para eventual contratação direta sob tal fundamento;CONSIDERANDO que a vigente Constituição da República e a Constituição Estadual consagraram como princípio fundamental da AdministraçãoPública a publicidade (CF, art. 37, caput), bem como garantiu o direito fundamental à informação (CF, art. 5º, inciso XIV);CONSIDERANDO que o princípio da publicidade, enquanto transparência da gestão, possibilita maior controle social das contas públicas,facilitando a obtenção de dados relativos à gestão de pessoal, orçamentária e financeira e, consequentemente, reduzindo a margem de eventuaisdesvios, sendo, portanto, uma medida de caráter preventivo visando o direito fundamental a uma boa administração pública;CONSIDERANDO que apesar de estarmos vivenciando um estado de calamidade pública, ainda persiste a necessidade da utilização deinstrumento para garantir a transparência da gestão, disponibilizando informações sem a necessidade de prévia requisição;RESOLVE:RECOMENDAR ao PREFEITO MUNICIPAL DE SÃO JULIÃO DOPIAUÍ, o Sr. Jonas Bezerra de Alencar e ao SECRETÁRIO MUNICIPAL DE SAÚDE, que:1.Proceda no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, a disponibilização de informações, através da criação de uma aba específica no portal datransparência, alimentada diariamente e apresentando, de forma discriminada os valores orçamentários e a execução de despesas, comodecretos e atos administrativos que autorizam realocação de recursos ou abrem créditos adicionais, contratos administrativos de prestação efornecimento de bens e serviços, nota de empenho, liquidação e pagamento, descrição do bem e/ou serviço, o quantitativo, o valor unitário e totalda aquisição, a data da compra e o nome do fornecedor, inclusive CNPJ, ou seja, todas as receitas e gastos públicos relacionadosespecificamente ao enfrentamento e mitigação da pandemia decorrente do COVID-19, como determina o artigo 4º, parágrafo 2º, da Lei13.979/2020.SOLICITAR, que seja informado a este Órgão Ministerial, no prazo de 05 (cinco) dias úteis, através do e-mail: [email protected] sobre oacatamento dos termos desta Recomendação, ficando ciente de que a inércia será interpretada como NÃO ACATAMENTO A PRESENTERECOMENDAÇÃO.Por fim, ficam advertidos os destinatários dos seguintes efeitos das recomendações expedidas pelo Ministério Público:(a)constituir em mora o destinatário quanto às providências recomendadas, podendo seu descumprimento implicar na adoção de medidasadministrativas e ações judiciais cabíveis;tornar inequívoca a demonstração da consciência da ilicitude;caracterizar o dolo, má-fé ou ciência da irregularidade para viabilizar futuras responsabilizações por ato de improbidade administrativaquando tal elemento subjetivo for exigido; e,constituir-se em elemento probatório em sede de ações cíveis ou criminais.Encaminhe-se cópia desta RECOMENDAÇÃO à Secretaria Geral do Ministério Público do Estado do Piauí para a devida publicação noDOEMP/PI, bem como ao CACOP para conhecimento.Autue-se e registre-se em livro próprio. Arquive-se. Cumpra-se.Picos/PI, 07 de maio de 2020.Micheline Ramalho Serejo da SilvaPromotora de JustiçaItanieli Rotondo SáPromotora de JustiçaKarine Araruna XavierPromotora de JustiçaPaulo Maurício Araújo GusmãoPromotor de JustiçaCleandro Alves de MouraPromotor de JustiçaAntônio César Gonçalves BarbosaPromotor de JustiçaMaurício Verdejo G. JúniorPromotor de JustiçaRomana Leite VieiraPromotora de JustiçaRafael Maia NogueiraPromotor de JustiçaRaimundo Nonato Ribeiro Martins JúniorPromotor de JustiçaTallita Luzia Bezerra AraújoPromotora de JustiçaEduardo Palácio RochaPromotor de JustiçaRECOMENDAÇÃO N.º 51/2020O GRUPO REGIONAL DE PROMOTORIAS INTEGRADAS NO ACOMPANHAMENTO DOCOVID-19 DA REGIÃO de Picos-PI, conforme Portaria nº 928/2020, publicada no DOEMP nº 616, de 16/04/2020, no uso das atribuições quelhes são conferidas pelos arts. 127, 129, III, da Constituição Federal, art. 26, I da Lei n° 8.625/93 e art. 37, incisos I, V e VI, da Lei ComplementarEstadual n° 12/93,CONSIDERANDO que, nos termos do art. 127 da Constituição Federal, incumbe ao Ministério Público a defesa da ordem jurídica, do regimedemocrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis;CONSIDERANDO que compete ao Ministério Público expedir recomendações em visando à proteção de interesses difusos e coletivos, bemcomo ao respeito aos interesses, direitos e bens cuja defesa lhe cabe promover, fixando prazo razoável para a adoção das providências cabíveis(LC N.º 73/95, art. 6º, e Lei N.º 8.625/93, art. 80);

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CONSIDERANDO que a vida e a saúde constituem direitos fundamentais do ser humano, sendo de grande relevância pública;CONSIDERANDO que a saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução dorisco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação,conforme previsto no artigo 196 da Constituição Federal e artigo 203 da Constituição Estadual;CONSIDERANDO que, em 30.1.2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que o surto da doença causada pelo Coronavírus(COVID-19) constitui Emergência de Saúde Pública de importância Internacional (ESPII);CONSIDERANDO o notório estado de emergência presente no mundo em razão da disseminação do novo Coronavírus COVID-19, levando aOrganização Mundial da Saúde- OMS a declarar situação de pandemia no dia 11.3.2020, ao passo em que pleiteou, por partede todos os países, uma "ação urgente e agressiva" para sua contenção;CONSIDERANDO que a classificação da situação mundial do novo Coronavírus (COVID-19, SARSCoV-2) como pandemia significa o riscopotencial da doença infecciosa atingir a população mundial de forma simultânea, não se limitando a locais que já tenham sido identificadas comode transmissão interna;CONSIDERANDO que o vírus, de origem provável na cidade de Wuhan, na República da China, possui uma extraordinária facilidade detransmissão e intriga cientistas do mundo todo, o qual vem causando um aumento expressivo no número de pessoas infectadas e um grandenúmero de mortes;CONSIDERANDO que as consequências da ausência de medidas rápidas e efetivas de prevenção da disseminação do vírus são da mais altagravidade;CONSIDERANDO que a progressão do COVID-19 tem sido exponencial em todo o mundo, de forma tal que todos os Governos - incluído obrasileiro - têm buscado tomar as medidas de forma urgentíssima. É certo que cada país apresenta uma trajetória distinta no número de casosconfirmados, tendo em vista diversos fatores que influenciam a propagação da doença pulmonar causada e ao volume de testes disponibilizadospara a sua detecção;CONSIDERANDO que é consenso mundial a ideia de que, para que qualquer sistema de saúde não sofra colapso, é necessário reduzir a curvaepidêmica, principalmente através do isolamento social. Epidemiologistas e autoridades da saúde mantêm o foco nessa curva de crescimento,com o objetivo de evitar o ritmo acelerado das enfermidades causadas pelo COVID-19. Isso porque se o crescimento inicial é íngreme demais, onúmero de casos pode rapidamente ultrapassar a capacidade de atendimento do sistema de saúde;CONSIDERANDO o Decreto nº 18.884, de 16 de março de 2020, que regulamenta a lei nº 13.979/2020, para dispor no âmbito do Estado doPiauí, sobre as medidas emergência de saúde pública de importância internacional e tendo em visa a classificação da situação mundial do novoCoronavírus;CONSIDERANDO a deflagração de situação de calamidade pública pelo Governo do Estado do Piauí, por meio do Decreto n° 18.895, de 19 demarço de 2020;CONSIDERANDO que o Brasil já contabiliza aproximadamente 125.218 (cento e vinte e cinco mil, duzentos e dezoito) casos confirmados, com8.536 (oito mil, quinhentos e trinta e seis) mortes, a grande maioria no Estado de São Paulo, informação extraída do Portal do Ministério daSaúde em 06.05.2020;CONSIDERANDO que o Piauí já contabiliza 1051 (mil e cinquenta e um) casos confirmados, com 35 (trinta e cinco) óbitos por COVID-19,informação extraída do Portal do Governo do Estado em 06.05.2020;CONSIDERANDO que já foi reconhecida oficialmente, em âmbito federal e estadual, a transmissão comunitária do novo Coronavírus;CONSIDERANDO o disposto na Lei n° 13.979, de 06 de fevereiro de 2020, que dispõe sobre as medidas para enfrentamento da emergência desaúde pública de importância internacional em virtude do Coronavírus;CONSIDERANDO que dentre as medidas emergenciais adotadas pela Lei nº 13.979/2020, pode-se dar destaque à criação de nova hipótese dedispensa de licitação para aquisição de bens, serviços, inclusive de engenharia, e insumos destinados ao enfrentamento da emergência de saúdepública de importância internacional decorrente do Coronavírus, sendo consideradas presumidas: a) a ocorrência de situação de emergência; b) anecessidade de pronto atendimento da situação de emergência; c) a existência de risco a segurança de pessoas, obras, prestação de serviços,equipamentos e outros bens, públicos ou particulares; ea limitação da contratação à parcela necessária ao atendimento da situação de emergência;CONSIDERANDO que no seu art. 4º, referida legislação, aplicável a todos os entes políticos (União, Estados, Municípios e Distrito Federal), éexpressa ao prever que a dispensa de licitação baseada na emergência em razão do COVID-19 é temporária e deve seraplicada apenas enquanto perdurar a emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do Coronavírus COVID-19;CONSIDERANDO que dentre os requisitos legais exigidos, a nova legislação prevê a disponibilização, em sítio eletrônico específico, de todas ascontratações ou aquisições realizadas, in verbis:"Art. 4º - (...)§ 2º - Todas as contratações ou aquisições realizadas com fulcro nesta Lei serão imediatamente disponibilizadas em sítio oficial específico narede mundial de computadores (internet), contendo, no que couber, além das informações previstas no §3º do art. 8º da Lei nº 12.527, de 18 denovembro de 2011, o nome do contratado, o número de sua inscrição na Receita Federal do Brasil, o prazo contratual, o valor e o respectivoprocesso de contratação ou aquisição"CONSIDERANDO que no âmbito federal, o Ministério da Saúde criou em seu sítio eletrônico (https://saude.gov.br/) um link de acesso rápido atodas as contratações e aquisições realizadas na prevenção e combate ao Coronavírus COVID-19;CONSIDERANDO que no âmbito estadual, a Secretaria de Estado da Saúde do Piauí criou em seu sítio eletrônico um link de acesso rápido amanuais, resultados, notas técnicas, formulários e boletins referentes ao Coronavírus, sem, contudo, apresentar nenhuma informação acerca decontratações e aquisições feitas para o combate ao COVID-19 (http://portal.saude.pi.gov.br/2020/inf_saude/epidemiologia/covid-19/covid-19.asp);CONSIDERANDO a necessidade de ampla publicidade dos gastos públicos realizados, deve ser levado em conta que a celeridade necessáriapara as aquisições em comento não significa uma atuação que possa, de alguma forma, contrariar os princípios da legalidade, impessoalidade,moralidade, publicidade, eficiência, isonomia, seleção da proposta mais vantajosa para a Administração, promoção do desenvolvimento nacionalsustentável, bem como demais preceitos que lhe sejam correlatos. Não se trata, assim, de autorização irrestrita para aquisição desmesurada eirracional de bens e serviços, somente em razão de se estar em face de excepcional situação de emergência pandêmica;CONSIDERANDO que em face da grave e urgente calamidade pública que assola o país e o mundo, decidiu a Lei, em observância ao princípioda eficiência insculpido no art. 37, caput da CF/88, que não seria razoável exigir que o gestor público declinasse, em cada um dos processos deaquisição, os fatos e circunstâncias que são de conhecimento público e notório;CONSIDERANDO que a celeridade buscada pelo legislador, ao mitigar algumas exigências previstas na sistemática da Lei nº 8.666/93, impõe aogestor público e as entidades que desenvolvem serviço público assemelhado, o dever de cautela e de apuração das circunstâncias fáticas queorientam para eventual contratação direta sob tal fundamento;CONSIDERANDO que a vigente Constituição da República e a Constituição Estadual consagraram como princípio fundamental da AdministraçãoPública a publicidade (CF, art. 37, caput), bem como garantiu o direito fundamental à informação (CF, art. 5º, inciso XIV);CONSIDERANDO que o princípio da publicidade, enquanto transparência da gestão, possibilita maior controle social das contas públicas,facilitando a obtenção de dados relativos à gestão de pessoal, orçamentária e financeira e, consequentemente, reduzindo a margem de eventuaisdesvios, sendo, portanto, uma medida de caráter preventivo visando o direito fundamental a uma boa administração pública;CONSIDERANDO que apesar de estarmos vivenciando um estado de calamidade pública, ainda persiste a necessidade da utilização deinstrumento para garantir a transparência da gestão, disponibilizando informações sem a necessidade de prévia requisição;

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RESOLVE:RECOMENDAR ao PREFEITO MUNICIPAL DE FRANCISCOMACEDO, o Sr. Raimundo Nonato de Alencar e ao SECRETÁRIO MUNICIPAL DE SAÚDE, que:1.Proceda no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, a disponibilização de informações, através da criação de uma aba específica no portal datransparência, alimentada diariamente e apresentando, de forma discriminada os valores orçamentários e a execução de despesas, comodecretos e atos administrativos que autorizam realocação de recursos ou abrem créditos adicionais, contratos administrativos de prestação efornecimento de bens e serviços, nota de empenho, liquidação e pagamento, descrição do bem e/ou serviço, o quantitativo, o valor unitário e totalda aquisição, a data da compra e o nome do fornecedor, inclusive CNPJ, ou seja, todas as receitas e gastos públicos relacionadosespecificamente ao enfrentamento e mitigação da pandemia decorrente do COVID-19, como determina o artigo 4º, parágrafo 2º, da Lei13.979/2020.SOLICITAR, que seja informado a este Órgão Ministerial, no prazo de 05 (cinco) dias úteis, através do e-mail: [email protected] sobre oacatamento dos termos desta Recomendação, ficando ciente de que a inércia será interpretada como NÃO ACATAMENTO A PRESENTERECOMENDAÇÃO.Por fim, ficam advertidos os destinatários dos seguintes efeitos das recomendações expedidas pelo Ministério Público:(a)constituir em mora o destinatário quanto às providências recomendadas, podendo seu descumprimento implicar na adoção de medidasadministrativas e ações judiciais cabíveis;tornar inequívoca a demonstração da consciência da ilicitude;caracterizar o dolo, má-fé ou ciência da irregularidade para viabilizar futuras responsabilizações por ato de improbidade administrativaquando tal elemento subjetivo for exigido; e,constituir-se em elemento probatório em sede de ações cíveis ou criminais.Encaminhe-se cópia desta RECOMENDAÇÃO à Secretaria Geral do Ministério Público do Estado do Piauí para a devida publicação noDOEMP/PI, bem como ao CACOP para conhecimento.Autue-se e registre-se em livro próprio. Arquive-se. Cumpra-se.Picos/PI, 07 de maio de 2020.Micheline Ramalho Serejo da SilvaPromotora de JustiçaItanieli Rotondo SáPromotora de JustiçaKarine Araruna XavierPromotora de JustiçaPaulo Maurício Araújo GusmãoPromotor de JustiçaCleandro Alves de MouraPromotor de JustiçaAntônio César Gonçalves BarbosaPromotor de JustiçaMaurício Verdejo G. JúniorPromotor de JustiçaRomana Leite VieiraPromotora de JustiçaRafael Maia NogueiraPromotor de JustiçaRaimundo Nonato Ribeiro Martins JúniorPromotor de JustiçaTallita Luzia Bezerra AraújoPromotora de JustiçaEduardo Palácio RochaPromotor de Justiça

PORTARIA Nº 011/2020PA - PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO

O GRUPO REGIONAL DE PROMOTORIAS INTEGRADAS NO ACOMPANHAMENTO DOCOVID-19 DA REGIÃO de Picos-PI, conforme Portaria nº 928/2020, publicada no DOEMP nº 616, de 16/04/2020, no uso das atribuições quelhes são conferidas pelos arts. 127, 129, III, da Constituição Federal, art. 26, I da Lei n° 8.625/93 e art. 37, incisos I, V e VI, da Lei ComplementarEstadual n° 12/93,CONSIDERANDO:que a Resolução CNMP nº 174, de 04 de julho de 2017, autorizou a instauração de PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO, para acompanhar efiscalizar, de forma continuada, políticas públicas ou instituições;que o Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, doregime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis, nos termos do art. 127, caput, da Constituição da República;que, em 30.01.2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que o surto da doença causada pelo Coronavírus (COVID-19) constituiEmergência de Saúde Pública de importância Internacional (ESPII);que a ESPII é considerada, nos termos do Regulamento Sanitário Internacional (RSI), "um evento extraordinário que pode constituir um risco desaúde pública para outros países devido à disseminação internacional de doenças; e potencialmente requer uma resposta internacionalcoordenada e imediata";que o Ministério da Saúde, em 30.01.2020, por meio da Portaria GM/MS nº 188/2020, declarou "emergência em saúde pública de importâncianacional", em decorrência da infecção humana pelo Coronavírus, considerando que a situação atual demanda o emprego urgente de medidas deprevenção, controle e contenção de riscos, danos e agravos à saúde pública;que, em 11.03.2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou pandemia para o Coronavírus, ou seja, momento em que uma doença seespalha por diversos continentes com transmissão sustentada entre humanos;que a classificação da situação mundial do novo Coronavírus (COVID-19, SARSCoV-2) como pandemia significa o risco potencial da doençainfecciosa atingir a população mundial de forma simultânea, não se limitando a locais que já tenham sido identificadas como de transmissãointerna;que o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), por meio da Comissão da Saúde, emitiu a Nota Técnica Conjunta nº 01/2020 -CES/CNMP/1ª CCR, contendo subsídios para a atuação coordenada do Ministério Público voltada ao enfrentamento do COVID-19;que, em se tratando de desastres, a emergência e calamidade pública devem ser declaradas mediante decreto do chefe do Executivo, segundo oart. 65, caput, da Lei nº 101 de 04 de março de 2000, Lei de responsabilidade Fiscal;o Decreto nº 18.885, de 19 de março de 2020, que deflagra a situação de calamidade pública no Estado do Piauí;

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que além do Estado do Piauí, diversos municípios estão - ou estarão - expedindo decretos locais de emergência e calamidade pública em virtudeda pandemia do COVID-19, e que sob esta condição poderão realizar compras emergenciais de produtos e utensílios de saúde com dispensa delicitação;ser o Ministério Público órgão agente da fiscalização da gestão pública de saúde, assim definido na Seção IV, Capítulo IV, da Lei ComplementarFederal nº 141, de 13 de janeiro de 2012;que para a contratação de bens, obras ou serviços pela Administração Pública vige o princípio da obrigatoriedade do procedimento licitatório,conforme exigência da Constituição Federal (art. 37, XI) e Lei 8.666/93, como medida de legalidade, impessoalidade, isonomia, eficiência emoralidade;que o Decreto Nº 7.257/10, que dispõe sobre o Sistema Nacional de Defesa Civil - SINDEC, estabelece os conceitos de emergência e decalamidade pública, nos exatos termos adiante expostos:Art. 2° Para os efeitos deste Decreto, considera-se:- desastre: resultado de eventos adversos, naturais ou provocados pelo homem sobre um ecossistema vulnerável, causando danos humanos,materiais ou ambientais e consequentes prejuízos econômicos e sociais;- situação de emergência: situação anormal, provocada por desastres, causando danos e prejuízos que impliquem o comprometimento parcial dacapacidade de resposta do poder público do ente atingido;- estado de calamidade pública: situação anormal, provocada por desastres, causando danos e prejuízos que impliquem o comprometimentosubstancial da capacidade de resposta do poder público do ente atingido.que dentre as medidas emergenciais adotadas pela Lei nº 13.979/2020, pode-se dar destaque à criação de nova hipótese de dispensa delicitação para aquisição de bens, serviços, inclusive de engenharia, e insumos destinados ao enfrentamento da emergência de saúde pública deimportância internacional decorrente do coronavírus, sendo consideradas presumidas: a) a ocorrência de situação de emergência; b) anecessidade de pronto atendimento da situação de emergência; c) a existência de risco a segurança de pessoas, obras, prestação de serviços,equipamentos e outros bens,públicos ou particulares; e d) a limitação da contratação à parcela necessária ao atendimento da situação de emergência;que no seu art. 4º, referida legislação, aplicável a todos os entes políticos (União, Estados, Municípios e Distrito Federal), é expressa ao preverque a dispensa de licitação baseada na emergência em razão do COVID-19 é temporária e deve ser aplicada apenas enquanto perdurar aemergência de saúde pública de importância internacional decorrente do Coronavírus COVID-19;que dentre os requisitos legais exigidos, a nova legislação prevê a disponibilização, em sítio eletrônico específico, de todas as contratações ouaquisições realizadas, in verbis:"Art. 4º - (...)§2º - Todas as contratações ou aquisições realizadas com fulcro nesta Lei serão imediatamente disponibilizadas em sítio oficial específico narede mundial de computadores (internet), contendo, no que couber, além das informações previstas no § 3o do art. 8o da Lei no 12.527, de 18 denovembro de 2011, o nome do contratado, o número de sua inscrição na Receita Federal do Brasil, o prazo contratual, o valor e o respectivoprocesso de contratação ou aquisição"que no âmbito federal, o Ministério da Saúde criou em seu sítio eletrônico (https://saude.gov.br/) um link de acesso rápido a todas as contrataçõese aquisições realizadas na prevenção e combate ao Coronavírus COVID-19;que a Nota Técnica n° 01/2020 do TCE/PI afirma que em razão da necessidade de enfrentamento da emergência de saúde pública deimportância internacional decorrente do Coronavírus, o legislador ordinário trouxe ao ordenamento jurídico pátrio nova hipótese temporária decontratação direta, prevista no art. 4º da Lei n.º 13.979/2020. Além disso, foram inseridos posteriormente nessa lei, por meio de medidasprovisórias, dispositivos específicos aplicáveis tanto ao procedimento de justificação da nova hipótese de dispensa de licitação quanto aosprocessos licitatórios voltados ao desiderato de enfrentar a situação emergencial;que a Nota Técnica nº 01/2020 do TCE/PI afirma, em seu item 5.4, que o objeto da contratação direta em questão deve estar adstrito à aquisiçãode bens, serviços, inclusive de engenharia, e insumos destinados especificamente ao enfrentamento da emergência de saúde pública decorrentedo Coronavírus (Lei n.º 13.979/2020, art. 4º, caput, c/c Lei n.º 8.666/1993, art. 26, parágrafo único, I). Logo, deve haver nos autos ademonstração de que o contrato é adequado e necessário ao atendimento da situação emergencial (Lei n.º 13.979/2020, art. 4º-E, § 1º, II e III);que o artigo 4º da Lei 13.979/2020 dispensa a licitação para a aquisição de bens serviços e insumos de saúde destinados a enfrentamento daEmergência de Saúde Pública de Importância Internacional e Nacional, decorrente do Coronavírus - Covid- 19;a Nota Técnica exarada pelo Gabinete de Acompanhamento e Prevenção ao COVID- 19 deste Ministério Público, orientando os gestoresestaduais sobre as compras e serviços contratados pelos entes municipal e/ou estadual, no âmbito do Piauí,fundados no decreto de situação de emergência ou de calamidade pública em virtude da pandemia do COVID-19, para aquisição de bens,serviços e insumos destinados ao enfrentamento da emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do Coronavírus;a efetivação da política de transparência da administração pública, como vincula o art. 4º, parágrafo 2º, da Lei 13.979/2020, e de acordo com oitem 5.14, da Nota Técnica 01/20, do TCE/PI; e do item 7, da Nota Técnica Orientativa do Gabinete de Acompanhamento e Prevenção àCOVID19 (GAP-COVID19), do Ministério Público do Piauí, devendo o Ente Público criar uma aba específica no portal da transparência de seusítio eletrônico, alimentando-a diariamente e apresentando de forma discriminada os valores orçamentários e a execução de despesas, comodecretos e atos administrativos que autorizam realocação de recursos ou abrem créditos adicionais, contratos administrativos de prestação efornecimento de bens e serviços, nota de empenho, liquidação e pagamento, descrição do bem e/ou serviço, o quantitativo, o valor unitário e totalda aquisição, a data da compra e o nome do fornecedor, inclusive CNPJ, ou seja, todas as receitas e gastos públicos relacionadosespecificamente ao enfrentamento e mitigação da pandemia decorrente do COVID-19;que, conforme a Nota Técnica 01/2020 do TCE/PI, em seu item 6.10, deve ser publicada, sem prejuízo da imediata disponibilização em sítioeletrônico oficial na rede mundial de computadores (internet) das informações relativas às contratações decorrentes da Lei n.º 13.979/2020, comtodos os elementos previstos no § 2º do art. 4º desta lei - nome do contratado, número de sua inscrição na Receita Federal do Brasil, prazocontratual, valor e o respectivo processo de contratação ou aquisição -, além dos exigidos na Lei n.º 12.527/2011 (Lei de Acesso à Informação),deve ser efetuada a publicação resumida do instrumento de contrato, bem como de eventuais aditamentos, na imprensa oficial, nos termosdispostos no parágrafo único do art. 61 da Lei n.º 8.666/1993;a criação desse Grupo Regional de Promotorias Integradas no Acompanhamento do COVID-19, por meio da Portaria PGJ-PI nº 928/2020.RESOLVE:Instaurar PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO, objetivando fiscalizar a efetiva aplicação dos recursos públicos no combate e prevenção aoCOVID-19 pelo Município de FRANCISCO MACEDO/PI, e de dar maior transparência dos gastos realizados para este fim, pelo que, determina-se, desde logo, o seguinte:Registre-se e autue-se a presente Portaria e documentos que a acompanham, com alimentação do sistema próprio do MPPI e SIMP, publicando-a no DOEMP;Comunique-se ao E. CSMP a presente instauração bem como ao CACOP;Junte-se aos autos cópia do Decreto Municipal que declara emergência em saúde pública no Município de FRANCISCO MACEDO/PI, em razãoda pandemia do Novo Coronavírus - Covid-19;Solicite-se ao Município de FRANCISCO MACEDO/PI que encaminhe a este órgão ministerial, via e-mail, no prazo de 10 (dez) dias:O decreto de emergência ou de calamidade pública, reconhecida pela Assembleia Legislativa do Piauí, para contenção e prevenção aoCOVID-19, nos termos do artigo 65, da LC 101/2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal);Relação dos procedimentos licitatórios e contratos administrativos realizados com fundamento nos respectivos decretos de emergência ou

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de calamidade pública em razão da COVID-19, contendo as seguintes informações: número do procedimento licitatório, objeto, preço (valor), datade abertura, modalidade (ex: pregão eletrônico), empresa vencedora (indicando CNPJ), e o número do contrato administrativo, CONFORMETABELA EM ANEXO a ser preenchida pelo gestor[1Relação dos procedimentos de dispensa de licitação firmados de acordo com a novel regulamentação do artigo 4º, e seguintes, da lei13.979/20 (Lei do Coronavírus), contendo as seguintes informações: número do procedimento licitatório de dispensa, objeto, preço (valor), datade abertura, empresa contratada (com CNPJ) e o número do contrato administrativo, CONFORMA TABELA EM ANEXO a ser preenchida pelogestor;IV.O(s) ato(s) administrativo(s) que designou o gestor e o(s) fiscal(is) do(s) contrato(s) administrativo(s) firmado(s) para contenção da COVID-19,nos termos do item 6 da Nota Técnica Orientativa do Gabinete de Acompanhamento e Prevenção à COVID-19 (GAP- COVID19), do MinistérioPúblico do Piauí;OS decretos que autorizam a realocação dos recursos (remanejamento, transposição ou transferência), aprovados na Lei OrçamentáriaAnual (LOA), para a contenção da COVID-19, com a respectiva aprovação de lei específica pela Casa Legislativa, nos termos do artigo 167, VI,da Constituição Federal. Caso existam realocações de recursos sem decreto e/ou lei específica, encaminhar ao Ministério Público o atoadministrativo que autorizou, explicitando os motivos da realocação sem o decreto e/ou a norma específica;Os decretos que autorizam abertura de créditos adicionais (extraordinários, suplementares ou especiais) para combate e prevenção àCOVID-19, nos termos do artigo 167, V e §3º, da CF/882;

Enviar tabela virtual em anexo ao gestor, para preenchimento. A mesma orientação vale para o item III.A abertura de crédito adicional suplementar ou especial pode estar aprovada na LOA do município, não necessitando lei local específicaautorizativa para tanto.Os decretos de abertura de crédito adicional que permitem a operacionalização da utilização da reserva de contingência, bem como a leiprévia e específica que a autorizam, nos termos dos artigos 5º, III, da LRF; e 7º, 42 e 43 da Lei nº 4.320/64. Caso existam abertura de créditossem decreto e/ou lei específica, encaminhar ao Ministério Público o ato administrativo que autorizou, explicitando os motivos da realocação sem odecreto e/ou a norma específica;Plano de contingenciamento de despesas para otimizar gastos, em razão dos efeitos econômicos da COVID-19;Informação sobre a criação de programa ou ação orçamentária específica para despesas relacionadas ao COVID-19, como assim fez aUnião (Governo Federal), através das ações orçamentárias "21C0", "00S4", "21C2" e "00S5", pelas quais é possível consultar e detalhar gastosdiretos para contenção da COVID-19, conforme recomendação da Nota Técnica SEI n. 12774/ME, da Secretaria do Tesouro Nacional. Nahipótese de inexistir, explanar os motivos;informações sobre a efetivação da política de transparência da administração pública, através da criação de uma aba específica no portal datransparência do Ente, alimentando-a diariamente e apresentando de forma discriminada os valores orçamentários e a execução de despesas,como decretos e atos administrativos que autorizam realocação de recursos ou abrem créditos adicionais, contratos administrativos de prestaçãoe fornecimento de bens e serviços, nota de empenho, liquidação e pagamento, descrição do bem e/ou serviço, o quantitativo, o valor unitário etotal da aquisição, a data da compra e o nome do fornecedor, inclusive CNPG, ou seja, todas as receitas e gastos públicos relacionadosespecificamente ao enfrentamento e mitigação da pandemia decorrente do COVID-19, como determina o artigo 4º, parágrafo 2º, da Lei13.979/2020, e de acordo com o item 5.14, da Nota Técnica 01/20, do TCE/PI; e do item 7, da Nota Técnica Orientativa do Gabinete deAcompanhamento e Prevenção à COVID-19 (GAP-COVID19), do Ministério Público do Piauí.Que realize o compartilhamento dessas informações e documentos com a Comissão voltada para análise concomitante da aplicação dosrecursos públicos destinados ao combate ao novo Coronavírus - COVID-19 no Estado do Piauí, do Tribunal de Contas do Piauí (TCE/PI)3;

O redirecionamento pode ser realizado ao Presidente do TCE/PI. Sugere-se o encaminhamento ao TCE/PI somente após de cessado o estadode emergência ou de calamidade no município.Encaminhe-se a recomendação que segue a(o) Prefeito(a) e Secretário(a) de Saúde do Município de FRANCISCO MACÊDO-PI.Realize-se pesquisa no Portal da Transparência do Município de FRANCISCO MACÊDO-PI, buscando identificar:Se já existe a efetivação da política de transparência da administração pública, através da criação de uma aba específica no portal datransparência do Ente, sendo esta alimentada diariamente com a apresentação de forma discriminada dos valores orçamentários e a execuçãode despesas, como decretos e atos administrativos que autorizam realocação de recursos ou abrem créditos adicionais, contratos administrativosde prestação e fornecimento de bens e serviços, nota de empenho, liquidação e pagamento, descrição do bem e/ou serviço, o quantitativo, ovalor unitário e total da aquisição, a data da compra e o nome do fornecedor, inclusive CNPG, ou seja, todas as receitas e gastos públicosrelacionados especificamente ao enfrentamento e mitigação da pandemia decorrente do COVID-19, como determina o artigo 4º, parágrafo 2º, daLei 13.979/2020, e de acordo com o item 5.14, da Nota Técnica 01/20, do TCE/PI; e do item 7, da Nota Técnica Orientativa do Gabinete deAcompanhamento e Prevenção à COVID-19 (GAP-COVID19), do Ministério Público do Piauí.Nomeia-se como secretária do presente PA, MARIA ALICE MEDEIROS DE TAVARES FRANÇA, servidora do MP/PI;Diligências no prazo de Lei, a contar da juntada nos autos de respectivos AR's e certificação;Não havendo diligências pendentes, volte-me os autos conclusos.Cumpra-se, observados os ditames do Ato PGJ n. 931/2019 e Ato PGJ/PI nº 1001/2020, voltando-me conclusos os autos, findo o prazo de lei,com ou sem resposta.Picos/PI, 08 de maio de 2020.Micheline Ramalho Serejo da SilvaPromotora de JustiçaItanieli Rotondo SáPromotora de JustiçaKarine Araruna XavierPromotora de JustiçaPaulo Maurício Araújo GusmãoPromotor de JustiçaCleandro Alves de MouraPromotor de JustiçaAntônio César Gonçalves BarbosaPromotor de JustiçaMaurício Verdejo G. JúniorPromotor de JustiçaRomana Leite VieiraPromotora de JustiçaRafael Maia NogueiraPromotor de JustiçaRaimundo Nonato Ribeiro Martins JúniorPromotor de JustiçaTallita Luzia Bezerra Araújo

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7.3. GRUPO REGIONAL DE PROMOTORIAS INTEGRADAS NO ACOMPANHAMENTO DO COVID-19 DE

TERESINA – REGIONAL FLORIANO-PI11760

Promotora de JustiçaEduardo Palácio RochaPromotor de Justiça

PORTARIA Nº 03/2020 PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVOObjeto: Fiscalizar, acompanhar e garantir a correta execução dos recursos orçamentários destinados ao enfrentamento da situação deemergência em saúde pública, de importância internacional, decorrente do novo coronavírus (COVID-19), classificada como pandemia,inclusive no que se refere as dispensas de licitação realizadas para essa finalidade, visando proteger o PATRIMÔNIO PÚBLICO dosmunicípios integrantes da região de atuação do GRUPO REGIONAL DE PROMOTORIAS INTEGRADAS NO ACOMPANHAMENTO DOCOVID-19 - REGIONAL DEFLORIANO, sem prejuízo da tomada das medidas extrajudiciais e judiciais cabíveis, no caso de comprovação de violação da legislaçãopertinente.O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE PIAUÍ, por seu Órgão de Execução - Grupo Regional de Promotorias Integradas - Região deFloriano, representado por seus Promotores abaixo-assinado, no uso das atribuições que lhes são conferidas pelos arts. 127, 129, III, 196 e 197,da Constituição Federal, 8º, § 1º, da Lei nº 7.347/85, 25, IV, "a", e 27, parágrafo único, IV, da Lei nº 8.625/93, 2º, parágrafo único, e 38, da LeiComplementar Estadual nº 12/93, 1º e ss. da Res. 174/2017, do CNMP c/c a Resolução 02/2020 do CPJ/PI e:CONSIDERANDO que o Ministério Público, por sua própria definição constitucional, é instituição permanente, essencial à função jurisdicional doEstado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis, devendo zelarpelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de relevância pública aos direitos assegurados pela Constituição, promovendo asmedidas necessárias a sua garantia, inclusive, promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do patrimônio público e social, domeio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos, como é o caso do direito à saúde e do consumidor;CONSIDERANDO que, em 30.01.2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que o surto da doença causada pelo Coronavírus(COVID-19) constitui Emergência de Saúde Pública de importância Internacional (ESPII);CONSIDERANDO que a ESPII é considerada, nos termos do Regulamento Sanitário Internacional (RSI), "um evento extraordinário que podeconstituir um risco de saúde pública para outros países devido à disseminação internacional de doenças; e potencialmente requer uma respostainternacional coordenada e imediata";CONSIDERANDO que o Ministério da Saúde, em 30/01/2020, através da Portaria GM/MS nº 188/2020, declarou "emergência em saúde públicade importância nacional", em decorrência da infecção humana pelo Coronavírus, considerando que a situação atual demanda o emprego urgentede medidas de prevenção, controle e contenção de riscos, danos e agravos à saúde pública;CONSIDERANDO que, em 11/03/2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou pandemia para o Coronavírus, ou seja, momento emque uma doença se espalha por diversos continentes com transmissão sustentada entre humanos;CONSIDERANDO que a classificação da situação mundial do novo Coronavírus (COVID-19, SARSCoV-2) como pandemia significa o riscopotencial da doença infecciosa atingir a população mundial de forma simultânea, não se limitando a locais que já tenham sido identificadas comode transmissão interna;CONSIDERANDO que o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), por meio da Comissão da Saúde, emitiu a Nota Técnica Conjunta nº01/2020 - CES/CNMP/1ª CCR, contendo subsídios para a atuação coordenada do Ministério Público voltada ao enfrentamento do COVID-19;CONSIDERANDO que, em se tratando de desastres, a emergência e calamidade pública devem ser declaradas mediante decreto do chefe doExecutivo, segundo o art. 65, caput, da Lei nº 101 de 04 de março de 2000, Lei de responsabilidade Fiscal;CONSIDERANDO o Decreto nº 18.885, de 19 de março de 2020, que deflagra a situação de calamidade pública no Estado do Piauí;CONSIDERANDO que além do Estado do Piauí, diversos municípios estão - ou estarão - expedindo decretos locais de emergência e calamidadepública em virtude da pandemia do COVID-19, e que sob esta condição poderão realizar compras emergenciais de produtos e utensílios desaúde com dispensa de licitação;CONSIDERANDO ser o Ministério Público órgão agente da fiscalização da gestão pública de saúde, assim definido na Seção IV, Capítulo IV, daLei Complementar Federal nº 141, de 13 de janeiro de 2012;CONSIDERANDO que para a contratação de bens, obras ou serviços pela Administração Pública vige o princípio da obrigatoriedade doprocedimento licitatório, conforme exigência da Constituição Federal (art. 37, XI) e Lei 8.666/93, como medida de legalidade, impessoalidade,isonomia, eficiência e moralidade;CONSIDERANDO que o Decreto Nº 7.257/10, que dispõe sobre o Sistema Nacional de Defesa Civil -SINDEC, estabelece os conceitos deemergência e de calamidade pública, nos exatos termos adiante expostos:Art. 2° Para os efeitos deste Decreto, considera-se:- desastre: resultado de eventos adversos, naturais ou provocados pelo homem sobre um ecossistema vulnerável, causando danos humanos,materiais ou ambientais e consequentes prejuízos econômicos e sociais;- situação de emergência: situação anormal, provocada por desastres, causando danos e prejuízos que impliquem o comprometimento parcial dacapacidade de resposta do poder público do ente atingido;- estado de calamidade pública: situação anormal, provocada por desastres, causando danos e prejuízos que impliquem o comprometimentosubstancial da capacidade de resposta do poder público do ente atingido.CONSIDERANDO que, dentre as medidas emergenciais adotadas pela Lei nº 13.979/2020, pode-se dar destaque à criação de nova hipótesede dispensa de licitação para aquisição de bens, serviços, inclusive de engenharia, e insumos destinados ao enfrentamento da emergência desaúde pública de importância internacional decorrente do Coronavírus, sendo consideradas presumidas: a) a ocorrência de situação deemergência; b) a necessidade de pronto atendimento da situação de emergência; c) a existência de risco a segurança de pessoas, obras,prestação de serviços, equipamentos e outros bens, públicos ou particulares; e d) a limitação da contratação à parcela necessária ao atendimentoda situação de emergência;CONSIDERANDO que no seu art. 4º, referida legislação, aplicável a todos os entes políticos (União, Estados, Municípios e Distrito Federal), éexpressa ao prever que a dispensa de licitação baseada na emergência em razão do COVID-19 é temporária e deve ser aplicada apenasenquanto perdurar a emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do Coronavírus COVID-19;CONSIDERANDO que dentre os requisitos legais exigidos, a nova legislação prevê a disponibilização, em sítio eletrônico específico, de todas ascontratações ou aquisições realizadas, verbis:"Art. 4º - (...)§2º - Todas as contratações ou aquisições realizadas com fulcro nesta Lei serão imediatamente disponibilizadas em sítio oficial específico narede mundial de computadores (internet), contendo, no que couber, além das informações previstas no § 3o do art. 8o da Lei no 12.527, de 18 denovembro de 2011, o nome do contratado, o número de sua inscrição na Receita Federal do Brasil, o prazo contratual, o valor e o respectivoprocesso de contratação ou aquisição"CONSIDERANDO que no âmbito federal, o Ministério da Saúde criou em seu sítio eletrônico (https://saude.gov.br/) um link de acesso rápido atodas as contratações e aquisições realizadas na prevenção e combate ao coronavírus COVID- 19;CONSIDERANDO que a Nota Técnica 01/2020 do TCE/PI afirma que em razão da necessidade de enfrentamento da emergência de saúde

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pública de importância internacional decorrente do coronavírus, o legislador ordinário trouxe ao ordenamento jurídico pátrio nova hipótesetemporária de contratação direta, prevista no art. 4º da Lei n.º 13.979/2020. Além disso, foram inseridos posteriormente nessa lei, por meio demedidas provisórias, dispositivos específicos aplicáveis tanto ao procedimento de justificação da nova hipótese de dispensa de licitação quantoaos processos licitatórios voltados ao desiderato de enfrentar a situação emergencial;CONSIDERANDO que a Nota Técnica 01/2020 do TCE/PI afirma, em seu item 5.4, que o objeto da contratação direta em questão deve estaradstrito à aquisição de bens, serviços, inclusive de engenharia, e insumos destinados especificamente ao enfrentamento da emergência de saúdepública decorrente do Coronavírus (Lei n.º 13.979/2020, art. 4º, caput, c/c Lei n.º 8.666/1993, art. 26, parágrafo único, I). Logo, deve haver nosautos a demonstração de que o contrato é adequado e necessário ao atendimento da situação emergencial (Lei n.º 13.979/2020, art. 4º-E, § 1º, IIe III);CONSIDERANDO que o artigo 4º da Lei 13.979/2020 dispensa a licitação para a aquisição de bens serviços e insumos de saúde destinados aenfrentamento da Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional e Nacional, decorrente do Coronavírus - Covid-19;CONSIDERANDO a Nota Técnica exarada pelo Gabinete de Acompanhamento e Prevenção ao COVID-19 deste Ministério Público, orientandoos gestores estaduais sobre as compras e serviços contratados pelos entes municipal e/ou estadual, no âmbito do Piauí, fundados no decreto desituação de emergência ou de calamidade pública em virtude da pandemia do COVID-19, para aquisição de bens, serviços e insumos destinadosao enfrentamento da emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do Coronavirus;CONSIDERANDO a efetivação da política de transparência da administração pública, como vincula o art. 4º, parágrafo 2º, da Lei 13.979/2020, ede acordo com o item 5.14, da Nota Técnica 01/20, do TCE/PI; e do item 7, da Nota Técnica Orientativa do Gabinete de Acompanhamento ePrevenção à COVID19 (GAP-COVID19), do Ministério Público do Piauí, devendo o Ente Público criar uma aba específica no portal datransparência de seu sítio eletrônico, alimentando-a diariamente e apresentando de forma discriminada os valores orçamentários e a execução dedespesas, como decretos e atos administrativos que autorizam realocação de recursos ou abremcréditos adicionais, contratos administrativos de prestação e fornecimento de bens e serviços, nota de empenho, liquidação e pagamento,descrição do bem e/ou serviço, o quantitativo, o valor unitário e total da aquisição, a data da compra e o nome do fornecedor, inclusive CNPJ, ouseja, todas as receitas e gastos públicos relacionados especificamente ao enfrentamento e mitigação da pandemia decorrente do COVID-19;CONSIDERANDO que, conforme a Nota Técnica 01/2020 do TCE/PI, em seu item 6.10, deve ser publicada, sem prejuízo da imediatadisponibilização em sítio eletrônico oficial na rede mundial de computadores (internet) das informações relativas às contratações decorrentes daLei n.º 13.979/2020, com todos os elementos previstos no § 2º do art. 4º desta lei - nome do contratado, número de sua inscrição na ReceitaFederal do Brasil, prazo contratual, valor e o respectivo processo de contratação ou aquisição -, além dos exigidos na Lei n.º 12.527/2011 (Lei deAcesso à Informação), deve ser efetuada a publicação resumida do instrumento de contrato, bem como de eventuais aditamentos, na imprensaoficial, nos termos dispostos no parágrafo único do art. 61 da Lei n.º 8.666/1993;CONSIDERANDO que foi instituído, através da Resolução nº 02 do CPJ/PI, de 07 de abril de 2020, os Grupos Regionais de PromotoriasIntegradas no Acompanhamento do COVID-19, como órgãos de execução com atuação regionalizada e especializada enquanto durar o estadode calamidade pública e seus efeitos decretado pelo Governo do Estado;CONSIDERANDO que os Grupos Regionais de Promotorias Integradas no Acompanhamento do COVID-19 atuarão em 09 (nove) regiões, asaber: Teresina, Parnaíba, Campo Maior, Picos, Oeiras, Floriano, Bom Jesus e São Raimundo Nonato;CONSIDERANDO que o Grupo Regional de Promotorias Integradas no Acompanhamento do COVID-19 - Região de Floriano possuiatuação nos seguintes Municípios: Amarante, Angical do Piauí, Antônio Almeida, Arraial, Baixa Grande do Ribeiro, Bertolínia, Canavieira,Colônia do Gurgueia, Eliseu Martins, Flores do Piauí, Floriano, Francisco Ayres, Guadalupe, Itaueira, Jardim do Mulato, Jerumenha, Landri Sales,Manoel Emídio, Marcos Parente, Nazaré do Piauí, Pajeú do Piauí, Palmeirais, Pavussu, Porto Alegre do Piauí, Regeneração, Ribeiro Gonçalves,Rio Grande do Piauí, São José do Peixe, Sebastião Leal e Uruçuí;CONSIDERANDO que a atuação dos Grupos Regionais de Promotorias Integradas no Acompanhamento do COVID-19 abrangerá demandascom impacto regional, ou seja, aquelas que atingem dois ou mais Municípios, observando os seguintes eixos temáticos: Sistema Único de Saúde(SUS); Saúde Suplementar e Relações de Consumo; Patrimônio Público; Assistência e Educação; Segurança Pública e Sistema Prisional;CONSIDERANDO a reclamação nº 02-418/2020 apresentada, via Ouvidoria, dando conta da ausência de divulgação, na rede mundial decomputadores, por parte do Município de Palmeirais, dos gastos, contratações e aquisições com a finalidade de combater o coronavírus;CONSIDERANDO que a Resolução CNMP nº 174, de 04 de julho de 2017, autorizou a instauração de PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVOpara acompanhar e fiscalizar, de forma continuada, políticas públicas ou instituições.RESOLVE:com fundamento nos arts. 127, 129, II e III, 196 e 197, da Constituição Federal, 141, 143, II e III, e 203, da Constituição Estadual, 26, I, da Lei n°8.625/93, 5º, incisos I, II, V, VII, X, XI e XVI, e 37, incisos I, V e VI, da Lei Complementar Estadual n° 12/93 e 8º e ss. da Res. 174/2017, do CNMPe demais legislação pertinente, instaurar, sob sua presidência, o presente PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO cujo objeto é fiscalizar,acompanhar e garantir a correta execução dos recursos orçamentários destinados ao enfrentamento da situação de emergência emsaúde pública, de importância internacional, decorrente do novo coronavírus (COVID-19), classificada como pandemia, inclusive no quese refere as dispensas de licitação realizadas para essa finalidade, visando proteger o PATRIMÔNIO PÚBLICO dos municípiosintegrantes da região de atuação do GRUPO REGIONAL DE PROMOTORIAS INTEGRADAS NO ACOMPANHAMENTO DO COVID-19 -REGIONAL DE FLORIANO, sem prejuízo datomada das medidas extrajudiciais e judiciais cabíveis, no caso de comprovação de violação da legislação pertinente, DETERMINANDO,desde já, as seguintes providências:Autuação da presente portaria e anexos, registrando-se em livro próprio, bem como, arquivando-se cópia na pasta respectiva;Adotar providências necessárias ao trâmite deste Procedimento e, inicialmente, a remessa desta portaria, por meio eletrônico, ao CAODS,CACOP e CSMP para conhecimento e publicação, via e-mail institucional, devendo o envio ser certificado nos autos;Finalmente, ressalta-se que o prazo para a conclusão deste Procedimento é de 1(um) ano, podendo ser prorrogado sucessivamente pelo mesmoperíodo, desde que haja decisão fundamentada, à vista da imprescindibilidade da realização de outros atos, consoante art. 11 da Resolução nº174/2017 do CNMP.Ultimadas as providências preliminares, retornem os autos para ulteriores deliberações.Registre-se, Publique-se e Cumpra-se.

JOSE DE ARIMATEA ARIMATEA DOURADO LEAO:18621163349

Assinado de forma digital por JOSE DE

DOURADO LEAO:18621163349

DN: c=BR, o=ICP-Brasil, ou=08839135000157,ou=Secretaria da Receita Federal do Brasil - RFB, ou=ARATIPI, ou=RFB e-CPF A3, cn=JOSE DE ARIMATEA DOURADO LEAO:18621163349Dados: 2020.05.19 11:14:18 -03'00'

Floriano, 19 de maio de 2020.José de Arimatéa Dourado Leão Promotor de Justiça - 1ª PJ de Floriano Coordenador do GRPIRFFRANCISCO DE ASSIS

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RODRIGUES DE SANTIAGOAssinado de forma digital porFRANCISCO DE ASSIS RODRIGUES DE SANTIAGO JUNIOR:64095479353JUNIOR:64095479353 Dados: 2020.05.19 10:28:05 -03'00'Francisco de Assis R. de Santiago Júnior Promotor de Justiça - Itaueira Subcoordenador do GRPIRFDanilo Carlos Ramos HenriquesPromotor de Justiça - 4ª PJ de FlorianoRégis de Moraes MarinhoPromotor de Justiça - Manuel EmídioAssuero Stevenson Pereira OliveiraPromotor de Justiça - Ribeiro GonçalvesJoão Batista de Castro FilhoPromotor de Justiça - Marcos ParenteAna Sobreira BotelhoPromotora de Justiça - GuadalupeValesca Caland NoronhaPromotora de Justiça - RegeneraçãoAfonso Aroldo Feitosa AraújoPromotor de Justiça - AmaranteEdgar dos Santos Bandeira FilhoPromotor de Justiça - UruçuíRECOMENDAÇÃO ADMINISTRATIVA 07/2020 (PA - 000002-418/2020)Recomenda aos municípios que integram a área de atuação do Grupo Regional de Promotorias Integradas no Acompanhamento doCOVID-19 - Região de Floriano: Amarante, Angical do Piauí, Antônio Almeida, Arraial, Baixa Grande do Ribeiro, Bertolínia, Canavieira,Colônia do Gurgueia, Eliseu Martins, Flores do Piauí, Floriano, Francisco Ayres, Guadalupe, Itaueira, Jardim do Mulato, Jerumenha,Landri Sales, Manoel Emídio, Marcos Parente, Nazaré do Piauí, Pajeú do Piauí, Palmeirais, Pavussu, Porto Alegre do Piauí,Regeneração, Ribeiro Gonçalves, Rio Grande do Piauí, São José do Peixe, Sebastião Leal e Uruçuí, na pessoa de seus Prefeitos eSecretários Municipais da Saúde, a adoção de todas as medidas técnicas e administrativas no sentido de que seja disponibilizado, emsítio eletrônico dos Municípios, um link específico de acesso onde deverão ser publicados, em tempo real e de forma integral, todas asreceitas e despesas com contratações e aquisições realizadas visando a prevenção e combate ao Coronavírus COVID-19, sob pena deresponsabilidade, nos termos da lei.O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE PIAUÍ, por seu Órgão de Execução - Grupo Regional de Promotorias Integradas - Região deFloriano, representado por seus Promotores abaixo-assinado, no uso das atribuições que lhes são conferidas pelos arts. 127, 129, III, 196 e 197,da Constituição Federal, 8º, § 1º, da Lei nº 7.347/85, 25, IV, "a", e 27, parágrafo único, IV, da Lei nº 8.625/93, 2º, parágrafo único, e 38, da LeiComplementar Estadual nº 12/93, 1º e ss. da Res. 174/2017, do CNMP c/c a Resolução 02/2020 do CPJ/PI:CONSIDERANDO que o Ministério Público, por sua própria definição constitucional, é instituição permanente, essencial à função jurisdicional doEstado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis, devendo zelarpelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de relevância pública aos direitos assegurados pela Constituição, promovendo asmedidas necessárias a sua garantia, inclusive, promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do patrimônio público e social, domeio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos, como é o caso do direito à saúde e do consumidor;CONSIDERANDO que compete ao Ministério Público expedir recomendaçõesem visando à proteção de interesses difusos e coletivos, bem como ao respeito aos interesses, direitos e bens cuja defesa lhe cabe promover,fixando prazo razoável para a adoção das providências cabíveis (LC N.º 73/95, art. 6º, e Lei N.º 8.625/93, art. 80);CONSIDERANDO que são de relevância pública as ações e serviços de saúde, cabendo ao Poder Público dispor, nos termos da lei, sobre suaregulamentação, fiscalização e controle, devendo sua execução ser feita diretamente ou através de terceiros e, também, por pessoa física oujurídica de direito privado;CONSIDERANDO que a saúde é direito social constitucional assegurado a todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais eeconômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para suapromoção, proteção e recuperação;CONSIDERANDO que o direito à saúde, além de qualificar-se como direito fundamental que assiste a todas as pessoas, representaconsequência constitucional do direito à vida;CONSIDERANDO que o exercício do direito à saúde pelo indivíduo não se encontra condicionado à regulamentação infraconstitucional, a teor doque prescreve o art. 5º, § 1º, da Constituição Federal: "As normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais têm aplicação imediata.";CONSIDERANDO que, nos termos do art. 2º, caput, da Lei nº 8.080/90, que dispõe sobre as condições para a promoção, proteção erecuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes, a saúde é um direito fundamental do ser humano,devendo o Estado prover as condições indispensáveis ao seu pleno exercício;CONSIDERANDO a Declaração de Emergência em Saúde Pública de Importância Internacional pela Organização Mundial da Saúde - OMS, em30 de janeiro de 2020, em decorrência da Infecção Humana pelo novo Coronavírus (COVID-19);CONSIDERANDO que a classificação da situação mundial do novo Coronavírus (COVID-19, SARSCoV-2) como pandemia significa o riscopotencial da doença infecciosa atingir a população mundial de forma simultânea, não se limitando a locais que já tenham sido identificadas comode transmissão interna;CONSIDERANDO que o vírus, de origem provável na cidade de Wuhan, na República da China, possui uma extraordinária facilidade detransmissão e intriga cientistas do mundo todo, o qual vem causando muitos casos confirmados e um grande número de mortes;CONSIDERANDO as consequências da ausência de medidas rápidas e efetivas de prevenção da disseminação do vírus são da mais altagravidade;CONSIDERANDO que a progressão do Coronavírus (COVID-19) tem sido exponencial em todo o mundo, de forma tal que todos os Governos -incluído o brasileiro - têm buscado tomar as medidas de forma urgentíssima;CONSIDERANDO que é consenso mundial a ideia de que, para que qualquer sistema de saúde não sofra colapso, é necessário reduzir a curvaepidêmica, principalmente através do isolamento social. Epidemiologistas e autoridades da saúde mantêm o foco nessa curva de crescimento,com o objetivo de evitar o ritmo acelerado das enfermidades causadas pelo COVID-19. Isso porque se o crescimento inicial é íngreme demais, onúmero de casos pode rapidamente ultrapassar a capacidade de atendimento do sistema de saúde;CONSIDERANDO que, segundo dados do Ministério da Saúde, o Brasil já registra 233.142 (duzentos e trinta e três mil cento e quarenta e dois)casos confirmados e 15.633 (quinze mil seiscentos e trinta e três) óbitos decorrentes de Coronavírus;CONSIDERANDO que, segundo dados fornecidos pelo site oficial da Secretaria de Estado da Saúde do Piauí - SESAPI, referente ao dia 16 demaio de 2020, às 19h: 20 min, o Piauí possui 2.252 (dois mil duzentos e cinquenta e dois) casos confirmados e 72 (setenta e dois) óbitos;CONSIDERANDO as disposições da Lei nº 13.979, de 6 de fevereiro de 2020, que dispõe sobre as medidas para enfrentamento da emergênciade saúde pública de importância internacional decorrente do Coronavírus responsável pelo surto de 2019, e que dentre as medidas emergenciaisadotadas pela Lei nº 13.979/2020, pode-se dar destaque à criação de nova hipótese de dispensa de licitação para aquisição de bens, serviços,

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inclusive de engenharia, e insumos destinados ao enfrentamento da emergência de saúde pública de importância internacional decorrente docoronavírus, sendo consideradas presumidas: a) a ocorrência de situação de emergência; b) a necessidade de pronto atendimento da situaçãode emergência; c) a existência de risco a segurança de pessoas, obras, prestação de serviços, equipamentos e outros bens, públicos ouparticulares; e d) a limitação da contratação à parcela necessária ao atendimento da situação de emergência;CONSIDERANDO que o art. 4º, da sobredita Lei Federal, aplicável a todos os entes políticos (União, Estados, Municípios e Distrito Federal),assevera que a dispensa de licitação baseada na emergência em razão do COVID-19 é temporária e deve ser aplicada apenas enquantoperdurar a emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do Coronavírus (COVID-19);CONSIDERANDO que dentre os requisitos legais exigidos, a nova legislação prevê a disponibilização, em sítio eletrônico específico, de todas ascontratações ou aquisições realizadas, verbis: "Art. 4º - (...) § 2º - Todas as contratações ou aquisições realizadas com fulcro nesta Leiserão imediatamente disponibilizadas em sítio oficial específico na rede mundial de computadores (internet), contendo, no que couber,além das informações previstas no § 3o do art. 8o da Lei no 12.527, de 18 de novembro de 2011, o nome do contratado, o número desua inscrição na Receita Federal do Brasil, o prazo contratual, o valor e o respectivo processo de contratação ou aquisição";CONSIDERANDO que no âmbito federal, o Ministério da Saúde criou em seu sítio eletrônico (https://saude.gov.br/) um link de acesso rápido atodas as contratações e aquisições realizadas na prevenção e combate ao Coronavírus COVID- 19;CONSIDERANDO a necessidade de ampla publicidade dos gastos públicos realizados; deve ser levado em conta que a celeridade necessáriapara as aquisições em comento não significa uma atuação que possa, de alguma forma, contrariar os princípios da legalidade, impessoalidade,moralidade, publicidade, eficiência, isonomia, seleção da proposta mais vantajosa para a Administração, promoção do desenvolvimento nacionalsustentável, bem como demais preceitos que lhe sejam correlatos. Não se trata, assim, de autorização irrestrita para aquisição desmesurada eirracional de bens e serviços, somente em razão de se estar em face de excepcional situação de emergência pandêmica;CONSIDERANDO que em face da grave e urgente calamidade pública que assola o país e o mundo, decidiu a Lei, em observância ao princípioda eficiência insculpido no art. 37, caput da CF/88, que não seria razoável exigir que o gestor público declinasse, em cada um dos processos deaquisição, os fatos e circunstâncias que são de conhecimento público e notório;CONSIDERANDO que a celeridade buscada pelo legislador, ao mitigar algumas exigências previstas na sistemática da Lei nº 8.666/93, impõe aogestor público e as entidades que desenvolvem serviço público assemelhado, o dever de cautela e de apuração das circunstâncias fáticas queorientam para eventual contratação direta sob tal fundamento;CONSIDERANDO que a vigente Constituição da República e a Constituição Estadual consagraram como princípio fundamental da AdministraçãoPública a publicidade (CF, art. 37, caput / CE, art. 39, caput), bem como garantiu o direito fundamental à informação (CF, art. 5º, inciso XIV);CONSIDERANDO que o princípio da publicidade, enquanto transparência da gestão, possibilita maior controle social das contas públicas,facilitando a obtenção de dados relativos à gestão de pessoal, orçamentária e financeira e, consequentemente, reduzindo a margem de eventuaisdesvios, sendo, portanto, uma medida de caráter preventivo visando o direito fundamental a uma boa administração pública;CONSIDERANDO que apesar de estarmos vivenciando um estado de calamidade pública, ainda persiste a necessidade da utilização deinstrumento para garantir a transparência da gestão, disponibilizando informações sem a necessidade de prévia requisição,CONSIDERANDO que foi instituído, através da Resolução nº 02, de 07 de abril de 2020, os Grupos Regionais de Promotorias Integradas noAcompanhamento do COVID-19, enquanto durar o estado de calamidade pública, e seus efeitos, decretado pelo Governo do Estado, comoórgãos de execução de atuação regionalizada e especializada;CONSIDERANDO que os Grupos Regionais de Promotorias Integradas no Acompanhamento do COVID-19 atuarão em 09 (nove) regiões, asaber: Teresina, Parnaíba, Campo Maior, Picos, Oeiras, Floriano, Bom Jesus e São Raimundo Nonato;CONSIDERANDO que o Grupo Regional de Promotorias Integradas no Acompanhamento do COVID-19 - Região de Floriano engloba osseguintes Municípios: Amarante, Angical do Piauí, Antônio Almeida, Arraial, Baixa Grande do Ribeiro, Bertolínia, Canavieira, Colônia doGurgueia, Eliseu Martins, Flores do Piauí, Floriano, Francisco Ayres, Guadalupe, Itaueira, Jardim do Mulato, Jerumenha, Landri Sales, ManoelEmídio, Marcos Parente, Nazaré do Piauí, Pajeú do Piauí, Palmeirais, Pavussu, Porto Alegre do Piauí, Regeneração, Ribeiro Gonçalves, RioGrande do Piauí, São José do Peixe, Sebastião Leal e Uruçuí;CONSIDERANDO que a atuação dos Grupos Regionais de Promotorias Integradas no Acompanhamento do COVID-19 abrangerá demandascom impacto regional, ou seja, aquelas que atingem dois ou mais Municípios, observando os seguintes eixos temáticos: Sistema Único de Saúde(SUS); Saúde Suplementar e Relações de Consumo; Patrimônio Público; Assistência e Educação; Segurança Pública e Sistema Prisional;CONSIDERANDO a reclamação nº 02-418/2020 apresentada, via Ouvidoria, dando conta da ausência de divulgação, na rede mundial decomputadores, por parte do Município de Palmeirais, dos gastos, contratações e aquisições com a finalidade de combater o coronavírus,RESOLVE RECOMENDAR aos municípios que integram a área de atuação doGrupo Regional de Promotorias Integradas no Acompanhamento do COVID-19 - Região de Floriano: Amarante, Angical do Piauí,Antônio Almeida, Arraial, Baixa Grande do Ribeiro, Bertolínia, Canavieira, Colônia do Gurgueia, Eliseu Martins, Flores do Piauí,Floriano, Francisco Ayres, Guadalupe, Itaueira, Jardim do Mulato, Jerumenha, Landri Sales, Manoel Emídio, Marcos Parente, Nazaré doPiauí, Pajeú do Piauí, Palmeirais, Pavussu, Porto Alegre do Piauí, Regeneração, Ribeiro Gonçalves, Rio Grande do Piauí, São José doPeixe, Sebastião Leal e Uruçuí, na pessoa de seus Prefeitos e Secretários Municipais da Saúde, a adoção de todas as medidas técnicase administrativas no sentido de que seja disponibilizado, em sítio eletrônico dos Municípios, um link específico de acesso onde deverãoser publicados, em tempo real e de forma integral, todas as receitas e despesas com contratações e aquisições realizadas visando aprevenção e combate ao Coronavírus COVID-19, sob pena de responsabilidade, nos termos da lei.Por fim, faz-se impositivo constar que a presente recomendação não esgota a atuação do Ministério Público Estadual sobre o tema, nãoexcluindo futuras recomendações ou outras iniciativas com relação aos agentes supramencionados ou outros, bem como com relação aos entespúblicos com responsabilidade e competência no objeto.Ficam os destinatários da presente recomendação advertidos dos seguintes efeitos, dela advindo:tornar inequívoca a demonstração da consciência da ilicitude do não cumprimento do recomendado;caracterizar o dolo, má-fé ou ciência da irregularidade, por ação ou omissão, para viabilizar futuras responsabilizações em sede de ação civilpública por ato de improbidade administrativa quando tal elemento subjetivo for exigido;constituir-se em elemento probatório em sede de ações cíveis ou criminais.Resolve, ainda, determinar:Fixação do prazo de 10 (dez) dias, a contar do recebimento, para que os destinatários se manifestem sobre o acatamento da presenterecomendação, devendo encaminhar ao Grupo Regional de Promotorias Integradas no Acompanhamento do COVID-19 - Região deFloriano, através do e-mail [email protected], manifestação escrita e documentação hábil a provar o fielacatamento/cumprimento, bem como a impossibilidade de cumpri-la dentro do prazo assinalado, indicando o prazo necessário para oseu fiel cumprimento .Encaminhamento da presente Recomendação à Secretaria Geral do Ministério Público do Estado do Piauí para a devida publicação no DiárioEletrônico do Ministério Público, bem como ao Conselho Superior do Ministério Público - CSMP/MPPI, à Corregedoria Geral do Ministério Público- CGMP/MPPI e ao Centro de Apoio Operacional de Defesa da Saúde CAODS/MPPI para conhecimento e aos respectivos destinatários paraconhecimento e cumprimento.O registro eletrônico da presente Recomendação no Sistema SIMP. Registre-se, publique-se e notifiquem-se.Floriano, 19 de maio de 2020.JOSE DE ARIMATEA DOURADO LEAO:18621163349Assinado de forma digital por JOSE DE ARIMATEA DOURADO LEAO:18621163349

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DN: c=BR, o=ICP-Brasil, ou=08839135000157,

_

ou=Secretaria da Receita Federal do Brasil - RFB, ou=ARATIPI, ou=RFB e-CPF A3, cn=JOSE DE ARIMATEA DOURADO LEAO:18621163349Dados: 2020.05.19 11:15:13 -03'00'José de Arimatéa Dourado LeãoPromotor de Justiça - 1ª PJ de FlorianoFRANCISCOCDoEoArSdSeISnRaOdDoRrIGdUoESGARssPinIaRdoFde forma digital por FRANCISCODE SANTIAGO JUNIOR:64095479353DE ASSIS RODRIGUES DE SANTIAGO JUNIOR:64095479353Dados: 2020.05.19 10:28:43 -03'00'Francisco de Assis R. de Santiago Júnior Promotor de Justiça - Itaueira Subcoordenador do GRPIRFDanilo Carlos Ramos HenriquesPromotor de Justiça - 4ª PJ de FlorianoRégis de Moraes MarinhoPromotor de Justiça - Manuel EmídioAssuero Stevenson Pereira OliveiraPromotor de Justiça - Ribeiro GonçalvesJoão Batista de Castro FilhoPromotor de Justiça - Marcos ParenteAna Sobreira BotelhoPromotora de Justiça - GuadalupeValesca Caland NoronhaPromotora de Justiça - RegeneraçãoAfonso Aroldo Feitosa AraújoPromotor de Justiça - AmaranteEdgar dos Santos Bandeira FilhoPromotor de Justiça - UruçuíRECOMENDAÇÃO ADMINISTRATIVA 08/2020 (PA - 01-413/2020)Recomenda aos municípios que integram a área de atuação do Grupo Regional de Promotorias Integradas no Acompanhamento doCOVID-19 - Região de Floriano: Amarante, Angical do Piauí, Antônio Almeida, Arraial, Baixa Grande do Ribeiro, Bertolínia, Canavieira,Colônia do Gurgueia, Eliseu Martins, Flores do Piauí, Floriano, Francisco Ayres, Guadalupe, Itaueira, Jardim do Mulato, Jerumenha,Landri Sales, Manoel Emídio, Marcos Parente, Nazaré do Piauí, Pajeú do Piauí, Palmeirais, Pavussu, Porto Alegre do Piauí,Regeneração, Ribeiro Gonçalves, Rio Grande do Piauí, São José do Peixe, Sebastião Leal e Uruçuí, na pessoa de seus Prefeitos eSecretários Municipais da Saúde, a adoção imediata de todas as medidas técnicas e administrativas necessárias para prevenir aproliferação do novo Coronavírus, notadamente a imediata adequação de um local para a lavagem (dick) e desinfecção dasambulâncias, inclusive do SAMU, que no momento encontra-se inadequado e fora das especificações da ANVISA, a fim de nãocomprometer a segurança das equipes e contaminação do meio ambiente.O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE PIAUÍ, por seu Órgão de Execução - Grupo Regional de Promotorias Integradas - Região deFloriano, representado por seus Promotores abaixo-assinado, no uso das atribuições que lhes são conferidas pelos arts. 127, 129, III, 196 e 197,da Constituição Federal, 8º, § 1º, da Lei nº 7.347/85, 25, IV, "a", e 27, parágrafo único, IV, da Lei nº 8.625/93, 2º, parágrafo único, e 38, da LeiComplementar Estadual nº 12/93, 1º e ss. da Res. 174/2017, do CNMP c/c a Resolução 02/2020 do CPJ/PI:CONSIDERANDO que o Ministério Público, por sua própria definição constitucional, é instituição permanente, essencial à função jurisdicional doEstado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis, devendo zelarpelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de relevância pública aos direitos assegurados pela Constituição, promovendo asmedidas necessárias a sua garantia, inclusive, promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do patrimônio público e social, domeio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos, como é o caso do direito à saúde e do consumidor;CONSIDERANDO que são de relevância pública as ações e serviços de saúde, cabendo ao Poder Público dispor, nos termos da lei, sobre suaregulamentação, fiscalização e controle, devendo sua execução ser feita diretamente ou através de terceiros e, também, por pessoa física oujurídica de direito privado;CONSIDERANDO que a saúde é direito social constitucional assegurado a todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais eeconômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para suapromoção, proteção e recuperação;CONSIDERANDO que o direito à saúde, além de qualificar-se como direito fundamental que assiste a todas as pessoas, representaconsequência constitucional do direito à vida;CONSIDERANDO que, nos termos do art. 2º, caput, da Lei nº 8.080/90, que dispõe sobre as condições para a promoção, proteção erecuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes, a saúde é um direito fundamental do ser humano,devendo o Estado prover as condições indispensáveis ao seu pleno exercício;CONSIDERANDO a Declaração de Emergência em Saúde Pública de Importância Internacional pela Organização Mundial da Saúde - OMS,em 30 de janeiro de 2020, em decorrência da Infecção Humana pelo novo Coronavírus (COVID- 19);CONSIDERANDO que a ESPII é considerada, nos termos do Regulamento Sanitário Internacional (RSI), "um evento extraordinário que podeconstituir um risco de saúde pública para outros países devido à disseminação internacional de doenças; e potencialmente requer uma respostainternacional coordenada e imediata";CONSIDERANDO a Declaração de Emergência de Saúde Pública de Importância Nacional pelo Ministério da Saúde, por meio da Portaria nº188/GM/MF, de 3 de fevereiro de 2020;CONSIDERANDO que a classificação da situação mundial do novo Coronavírus (COVID-19, SARSCoV-2) como pandemia significa o riscopotencial da doença infecciosa atingir a população mundial de forma simultânea, não se limitando a locais que já tenham sido identificadas comode transmissão interna;CONSIDERANDO as disposições do Decreto Estadual nº 18.895, de 19 de março de 2020, que declara estado de calamidade pública, para osfins do art. 65, da Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000 (LRF), em razão da grave crise de saúde pública decorrente da pandemia daCOVID-19, e suas repercussões nas finanças públicas, e dá outras providências;CONSIDERANDO as disposições do Decreto Estadual nº 18.901, de 19 de março de 2020, que determina as medidas excepcionais queespecifica, voltadas para o enfrentamento da grave crise de saúde pública decorrente do COVID-19,notadamente, a suspensão: I) de todas as atividades em bares, restaurantes, cinemas, clubes, academias, casas de espetáculo e clínicas deestéticas; II) das atividades de saúde bucal/odontológica, públicas e privadas, exceto aquelas relacionadas aos atendimentos de urgência eemergência; III) de eventos esportivos; e IV) das atividades comerciais em shopping centers;CONSIDERANDO as orientações do Plano Estadual de Contingência para o Enfrentamento da Infecção Humana pelo Coronavírus (COVID-19);

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CONSIDERANDO que foi instituído, através da Resolução nº 02, de 07 de abril de 2020, os Grupos Regionais de Promotorias Integradas noAcompanhamento do COVID-19, enquanto durar o estado de calamidade pública, e seus efeitos, decretado pelo Governo do Estado, comoórgãos de execução de atuação regionalizada e especializada;CONSIDERANDO que os Grupos Regionais de Promotorias Integradas no Acompanhamento do COVID-19 atuarão em 09 (nove) regiões, asaber: Teresina, Parnaíba, Campo Maior, Picos, Oeiras, Floriano, Bom Jesus e São Raimundo Nonato;CONSIDERANDO que o Grupo Regional de Promotorias Integradas no Acompanhamento do COVID-19 - Região de Floriano engloba osseguintes Municípios: Amarante, Angical do Piauí, Antônio Almeida, Arraial, Baixa Grande do Ribeiro, Bertolínia, Canavieira, Colônia doGurgueia, Eliseu Martins, Flores do Piauí, Floriano, Francisco Ayres, Guadalupe, Itaueira, Jardim do Mulato, Jerumenha, Landri Sales, ManoelEmídio, Marcos Parente, Nazaré do Piauí, Pajeú do Piauí, Palmeirais, Pavussu, Porto Alegre do Piauí, Regeneração, Ribeiro Gonçalves, RioGrande do Piauí, São José do Peixe, Sebastião Leal e Uruçuí;CONSIDERANDO que a atuação dos Grupos Regionais de Promotorias Integradas no Acompanhamento do COVID-19 abrangerá demandascom impacto regional, ou seja, aquelas que atingem dois ou mais Municípios, observando os seguintes eixos temáticos: Sistema Único de Saúde(SUS); Saúde Suplementar e Relações de Consumo; Patrimônio Público; Assistência e Educação; Segurança Pública e Sistema Prisional,CONSIDERANDO as informações veiculadas pelo Boletim Saúde PI dando conta da existência de 256 (duzentos e cinquenta e seis) casosconfirmados de infecção pelo vírus no Piauí e de 16 (dezesseis) óbitos até o dia 23/04/2020(20h30min);CONSIDERANDO a alta escalabilidade viral do COVID-19, exigente de infraestrutura hospitalar (pública ou privada) adequada, com leitossuficientes e composta com aparelhos respiradores em quantidade superior à população em eventual contágio, o que está fora da realidade;CONSIDERANDO a Nota Técnica Conjunta nº 01/2020/ MPPI/ CAOCRIM/ CAODS que disciplina sobre a compulsoriedade das medidas paraenfrentamento da emergência de saúde pública decorrente do coronavírus (COVID-19);CONSIDERANDO que, conforme no art. 5º, parágrafo único, da Portaria MS/GM Nº356/2020, incumbirá ao médico ou ao agente de vigilânciasanitária epidemiológica informar à autoridade policial e ao Ministério Público os casos de descumprimento das medidas de isolamento einternação, para os fins legais;CONSIDERANDO a existência do PA nº 01-413/2020, que tem por objeto fiscalizar, acompanhar e garantir a realização de todas as medidastécnicas e administrativas pelo Estado do Piauí e municípios integrantes da região de atuação do GRUPO REGIONAL DE PROMOTORIASINTEGRADAS NO ACOMPANHAMENTO DOCOVID-19 - REGIONAL DE FLORIANO, visando o enfrentamento da situação de emergência em saúde pública, de importância internacional,decorrente do novo coronavírus, classificada como pandemia, bem como tomar todas as medidas extrajudiciais e judiciais necessárias para agarantia dos direitos à vida e saúde pública.CONSIDERANDO os termos do ofício proveniente da Coordenação Estadual do SAMU, e tendo em vista a demanda aumentada de solicitaçõespara as ambulâncias do SAMU, onde solicita apoio para que seja providenciado, inclusive junto a base do SAMU em Floriano, a adequação dolocal da lavagem (dick) e desinfecção das ambulâncias do SAMU, que no momento encontra-se inadequado e fora das especificações daANVISA, a fim de que não comprometa a segurança das equipes e contaminação do meio ambiente,RESOLVE RECOMENDAR aos municípios que integram a área de atuação do Grupo Regional de Promotorias Integradas no Acompanhamentodo COVID-19 - Região de Floriano: Amarante, Angical do Piauí, Antônio Almeida, Arraial, Baixa Grande do Ribeiro, Bertolínia, Canavieira, Colôniado Gurgueia, Eliseu Martins, Flores do Piauí, Floriano, Francisco Ayres, Guadalupe, Itaueira, Jardim do Mulato, Jerumenha, Landri Sales, ManoelEmídio, Marcos Parente, Nazaré do Piauí, Pajeú do Piauí, Palmeirais, Pavussu, Porto Alegre do Piauí, Regeneração, Ribeiro Gonçalves, RioGrande do Piauí, São José do Peixe, Sebastião Leal e Uruçuí, na pessoa de seus Prefeitos e Secretários Municipais da Saúde, a adoçãoimediata de todas as medidas técnicas e administrativas necessárias para prevenir a proliferação do novo Coronavírus, inclusive intensificar asmedidas sanitárias, já em curso, junto aos Órgãos competentes, recomendando, desde logo, a (s) seguinte (s) providência (s):1. Realização, no prazo de 10 dias, de todas as medidas administrativas e técnicas necessárias para a adequação de um local para alavagem (dick) edesinfecção das ambulâncias, inclusive do SAMU, que no momento encontra-se inadequado e fora das especificações da ANVISA, afim de não comprometer a segurança das equipes e contaminação do meio ambiente, bem como a aquisição e disponibilidade de todoo material necessário para o processo de lavagem e desinfecção dos veículos;Por fim, faz-se impositivo constar que a presente recomendação não esgota a atuação do Ministério Público Estadual sobre o tema, nãoexcluindo futuras recomendações ou outras iniciativas com relação aos agentes supramencionados ou outros, bem como com relação aos entespúblicos com responsabilidade e competência no objeto.Ficam os destinatários da presente recomendação advertidos dos seguintes efeitos, dela advindo:tornar inequívoca a demonstração da consciência da ilicitude do não cumprimento do recomendado;caracterizar o dolo, má-fé ou ciência da irregularidade, por ação ou omissão, para viabilizar futuras responsabilizações em sede de ação civilpública por ato de improbidade administrativa quando tal elemento subjetivo for exigido;constituir-se em elemento probatório em sede de ações cíveis ou criminais.Resolve, ainda, determinar:Fixação do prazo de 10 (dez) dias, a contar do recebimento, para que os destinatários se manifestem sobre o acatamento da presenterecomendação, devendo encaminhar ao Grupo Regional de Promotorias Integradas no Acompanhamento do COVID-19 - Região deFloriano, através do e-mail [email protected], manifestação escrita e documentação hábil a provar o fielacatamento/cumprimento, bem como a impossibilidade de cumpri-la dentro do prazo assinalado, indicando o prazo necessário para o seu fielcumprimento.Encaminhamento da presente Recomendação à Secretaria Geral do Ministério Público do Estado do Piauí para a devida publicação no DiárioEletrônico do Ministério Público, bem como ao Conselho Superior do Ministério Público - CSMP/MPPI, à Corregedoria Geral do Ministério Público- CGMP/MPPI e ao Centro de Apoio Operacional de Defesa da Saúde CAODS/MPPI para conhecimento e aos respectivos destinatários paraconhecimento e cumprimento.O registro eletrônico da presente Recomendação no Sistema SIMP.Registre-se, publique-se e notifiquem-se.

Assinado de forma digital por JOSE DE ARIMATEA DOURADOJOSE DE ARIMATEA LEAO:18621163349

DOURADO

DN: c=BR, o=ICP-Brasil, ou=08839135000157, ou=Secretaria da Receita Federal do Brasil - RFB,

LEAO:18621163349 ou=ARATIPI, ou=RFB e-CPF A3,

cn=JOSE DE ARIMATEA DOURADO LEAO:18621163349Dados: 2020.05.19 11:13:02 -03'00'

Floriano, 19 de maio de 2020.José de Arimatéa Dourado Leão Promotor de Justiça - 1ª PJ de Floriano Coordenador do GRPIRF

Diário Eletrônico do MPPIANO IV - Nº 637 Disponibilização: Quarta-feira, 20 de Maio de 2020 Publicação: Quinta-feira, 21 de Maio de 2020

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7.4. GRUPO REGIONAL DE PROMOTORIAS INTEGRADAS NO ACOMPANHAMENTO DO COVID-19 DE

TERESINA – REGIONAL PARNAÍBA-PI11761

RODRIGUES DE SANTIAGO

FRANCISCO DE ASSISAssinado de forma digital porFRANCISCO DE ASSIS RODRIGUES DE SANTIAGO JUNIOR:64095479353JUNIOR:64095479353 Dados: 2020.05.19 10:27:26 -03'00'Francisco de Assis R. de Santiago Júnior Promotor de Justiça - Itaueira Subcoordenador do GRPIRFDanilo Carlos Ramos HenriquesPromotor de Justiça - 4ª PJ de FlorianoRégis de Moraes MarinhoPromotor de Justiça - Manuel EmídioAssuero Stevenson Pereira OliveiraPromotor de Justiça - Ribeiro GonçalvesJoão Batista de Castro FilhoPromotor de Justiça - Marcos ParenteAna Sobreira BotelhoPromotora de Justiça - GuadalupeValesca Caland NoronhaPromotora de Justiça - RegeneraçãoAfonso Aroldo Feitosa AraújoPromotor de Justiça - AmaranteEdgar dos Santos Bandeira FilhoPromotor de Justiça - Uruçuí

REPUBLICAÇÃO POR INCORREÇÃOAo Excelentíssimo Senhor Francisco de Assis de Moraes SouzaPrefeito do Município de Parnaíba (PI)A Senhora Rejane Maria Mendes MoreiraSecretaria de Saúde do Município de Parnaíba (PI)O Senhor Emerson Raminho de Moura BarbosaSecretário de Gestão do Município de Parnaíba (PI)NOTIFICAÇÃO RECOMENDATÓRIA Nº. 03/2020Recomendação ao Excelentíssimo Senhor Francisco de Assis de Moraes Souza, Prefeito do Município de Parnaíba (PI), a SenhoraRejane Maria Mendes Moreira, Secretaria de Saúde do Município de Parnaíba (PI) e o Senhor Emerson Raminho de Moura Barbosa,Secretário de Gestão do Município de Parnaíba (PI), a fim de que promovam, em caráter de urgência, a abertura e funcionamento doscemitérios municipais em caráter contínuo, para recebimento dos óbitos e restos mortais contaminados ou com suspeita decontaminação pelo Novo Coronavírus (COVID-19).O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE PIAUÍ, por ingerência do Grupo Regional de Promotorias Integradas no Acompanhamento do Covid -19 - Região de Parnaíba (PI), no uso das atribuições que são conferidas aos seus membros, pelo artigo 127 e artigo 129, inciso III, ambos daConstituição Federal, artigo 26, inciso I, da Lei N°. 8.625/1993, e artigo 37, incisos I, V e VI, da Lei Complementar Estadual N°. 12/1993, bemcomo, através da Portaria PGJ/PI Nº. 928/2020, vem expor, notificar, recomendar e requerer o que segue:CONSIDERANDO que cabe ao Ministério Público a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuaisindisponíveis (artigo 127, caput¸ da Carta Magna c/c artigo 1º, caput, e artigo 94, caput, da Lei Nº. 8.625/93 e artigo 1º, caput, da LeiComplementar Estadual Nº. 13/91);CONSIDERANDO que, tramita no Grupo Regional de Promotorias integradas para acompanhamento do COVID-19, o ProcedimentoAdministrativo Nº. 000024-420/2020, autuado a partir de informações encaminhadas pelo Diretor Geral do Hospital Estadual Dirceu Arcoverde -HEDA, no sentido de que os cemitérios municipais de Parnaíba não estão funcionando em caráter contínuo, para sepultamento de corpos/restosmortais;CONSIDERANDO que, no âmbito do citado procedimento, foram realizadas diligências iniciais, pertinentes à expedição de ofícios a SecratriaMunicipal de Saúde, Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social e para a Direção da Vigilância Sanitária Municipal, para providências nosentido do funcionamento contínuo dos cemitérios municipais, para recebimentos dos óbitos/restos mortais contaminados ou com suspeita decontaminação pelo Novo Coronavírus (COVID-19);CONSIDERANDO que no último dia 30 de janeiro, a Organização Mundial de Saúde - OMS declarou Emergência de Saúde Pública deImportância Internacional - ESPII, dado o grau de avanço dos casos de contaminação pelo novo coronavírus, especialmente no território chinês;CONSIDERANDO que, no Brasil, o Estado de Emergência de Saúde Pública de Importância Nacional - ESPIN foi declarado em 03 de fevereirode 2020, por meio da edição da Portaria MS nº 188, nos termos do Decreto nº 7.616, de 17 de novembro de 2011;CONSIDERANDO que, até o dia 14 de maio de 2020, o Estado do Piauí já registrou 1.784 (mil setecentos e oitenta e quatro) casos confirmados,com 60 (sessenta) óbitos decorrentes da propagação do Novo Coronavírus (COVID-19), conforme dados oficiais da Secretaria de Saúde doEstado do Piauí;CONSIDERANDO que, consoante fartas evidências científicas, mesmo após a morte da pessoa contaminada pelo vírus transmissor do COVID-19, o seu cadáver e os tecidos e fluidos retirados têm potencial para continuar transmitindo a doença àqueles que manuseiam ou se aproximamdo corpo;CONSIDERANDO que, a partir dessa constatação, recentes manifestações de órgãos sanitários, como a Nota Técnica COES MINAS COVID-19Nº 3 - 0/03/2020, da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais, e o Informe Técnico 55/2020, da Secretaria Municipal de Saúde de SãoPaulo, têm orientado os profissionais de assistência à morte, como médicos legistas, técnicos de autópsia e trabalhadores funerários sobre astécnicas corretas de manuseio dos cadáveres;CONSIDERANDO que, a exemplo de revelar a necessidade de observância desses cuidados, no âmbito normativo, foi editado pelo Governadordo Estado de São Paulo o Decreto nº 64.880, do último dia 20 de março, o qual determinou que a Secretaria da Saúde e a Secretaria daSegurança Pública deverão, em seus respectivos âmbitos, em especial no Instituto de Medicina Legal e nos Serviços de Verificação de Óbitos,adotar as providências necessárias para que as atividades de manejo de corpos e necrópsias no contexto de pandemia do COVID-19 nãoconstituam ameaça à incolumidade física das equipes de saúde, nem aumentem o risco de contágio;CONSIDERANDO que a adoção de medidas preventivas à contaminação por doença de propagação coletiva deve ser exigida pelo PoderPúblico, que, nos termos do artigo 196, da Constituição Federal deve garantir o direito à saúde de todos "mediante políticas sociais e econômicasque visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção

Diário Eletrônico do MPPIANO IV - Nº 637 Disponibilização: Quarta-feira, 20 de Maio de 2020 Publicação: Quinta-feira, 21 de Maio de 2020

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Page 63: Estado do Piauí Ministério Público do Estado do …aplicativos3.mppi.mp.br/diarioeletronico/public/demppi...Defiro, nos termos da Resolução CSMP nº 13/2013, o pedido do requerente,

7.5. GRUPO REGIONAL DE PROMOTORIAS INTEGRADAS NO ACOMPANHAMENTO DO COVID-19 DE

TERESINA – REGIONAL OEIRAS-PI11765

e recuperação";CONSIDERANDO que, por sua vez, as instituições privadas, especialmente hospitais e funerárias, possuem o dever de garantir a observância detodas as medidas profiláticas para conter a propagação do COVID-19, visando a assegurar o gozo do direito à saúde pela coletividade;CONSIDERANDO que, em face disso, para além das medidas que propõem, na esteira da recente Lei Federal nº 13.979/2020, isolamento equarentena dos possíveis infectados, é oportuno e necessário que se exija de toda a cadeia de serviços e empreendimentos que manuseiam oscorpos das vítimas fatais dessa grave doença a observância de cuidados sanitários que minimizem as chances de contaminação de terceiros,notadamente os profissionais da área de saúde e familiares do falecido;CONSIDERANDO que, além disso, há técnicas de prevenção à contaminação do meio ambiente (em especial o solo e o lençol freático), quedevem ser obedecidas quando do descarte de tecidos e líquidos corpóreos nos casos mencionados;CONSIDERANDO que essas proposições técnico-normativas, que objetivam salvaguardar o direito à saúde e ao meio ambiente ecologicamenteequilibrado, estão corporificadas na Resolução CONAMA nº 358/2005, que dispõe sobre o tratamento e a disposição final dos resíduos dosserviços de saúde e dá outras providências;CONSIDERANDO que a Resolução CONAMA nº 358/2005 não se aplica somente a clínicas e hospitais, mas, de acordo com o seu art. 1º, a"todos os serviços relacionados com o atendimento à saúde humana ou animal, inclusive os serviços de assistência domiciliar e de trabalhos decampo; laboratórios analíticos de produtos para saúde; necrotérios, funerárias e serviços onde se realizem atividades de embalsamamento(tanatopraxia e somatoconservação); serviços de medicina legal; drogarias e farmácias inclusive as de manipulação; estabelecimentos de ensinoe pesquisa na área de saúde; centros de controle de zoonoses; distribuidores de produtos farmacêuticos; importadores, distribuidores eprodutores de materiais e controles para diagnóstico in vitro; unidades móveis de atendimento à saúde; serviços de acupuntura; serviços detatuagem, entre outros similares";CONSIDERANDO que, conforme asseverado pelo Diretor Geral do HEDA, a Portaria SESAPI/GAB Nº 0342/2020, recomenda a realização doprocedimento de sepultamento no prazo de 03 (três) horas após o falecimento, em urna lacrada e que o corpo não deve ser manipulado de formaalguma;CONSIDERANDO que o artigo 38, parágrafo único, inciso IV, da Lei Complementar Estadual nº. 12/1993, autoriza o Promotor de Justiçaexpedir recomendações aos órgãos e entidades públicos, requisitando ao destinatário sua divulgação adequada e imediata; assimcomo resposta por escrito.RESOLVE:RECOMENDAR ao Excelentíssimo Senhor Francisco de Assis de Moraes Souza, Prefeito do Município de Parnaíba (PI), a SenhoraRejane Maria Mendes Moreira, Secretaria de Saúde do Município de Parnaíba (PI) e o Senhor Emerson Raminho de Moura Barbosa,Secretário de Gestão do Município de Parnaíba (PI), em cumprimento às disposições de ordem constitucional, legal, administrativas e denatureza sanitária acima referidas e outras com ela convergentes, o que adiante segue, senão vejamos:1- Adotem todas providências necessárias para manutenção do funcionamento dos cemitérios municipais, em regime de sobreaviso, no horáriode expediente extraordinário (17h31min às 06h59min), bem como, nos horários de intervalo, entre às 11h00min e 13h00min, dando ciência aoshospitais e funerárias localizadas em Parnaíba (PI), quanto à relação com identificação dos coveiros dos respectivos cemitérios municipais,informando o contato telefônico, em vista da necessidade de sepultamento dos óbitos com a devida urgência de, no máximo, 03 (três) horas apóso falecimento;2- Ficam os destinatários da recomendação advertidos dos seguintes efeitos dela advindos:a) caracterizar o dolo, má-fé ou ciência da irregularidade, por ação ou omissão, para viabilizar futuras responsabilizações em sede de ação civilpública por ato de improbidade administrativa quando tal elemento subjetivo for exigido;b) constituir-se em elemento probatório em sede de ações cíveis ou criminais;c) fixa-se o prazo de 48hs (quarenta e oito horas), a contar do recebimento, para que os destinatários manifestem-se sobre o acatamento dapresen te recomendação, devendo encaminhar à Secre ta r ia do Grupo Reg iona l de Parna iba (P I ) , pe lo e -ma i l :[email protected], as providências tomadas e a documentação hábil a provar o fiel cumprimento para o seu cumprimento.A partir da data da entrega da presente RECOMENDAÇÃO, o MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ considera seu destinatário comopessoalmente CIENTE da situação ora exposta, e, portanto, demonstração da consciência da ilicitude do recomendado.Encaminhe-se a presente Recomendação para que seja publicada no diário eletrônico do Ministério Público, bem como, remetam-se cópias aoCentro de Apoio Operacional da Saúde e aos respectivos destinatários.Notifique-se (via e-mail) o Excelentíssimo Senhor Francisco de Assis de Moraes Souza, Prefeito do Município de Parnaíba (PI)a SenhoraRejane Maria Mendes Moreira, Secretaria de Saúde do Município de Parnaíba (PI) e o Senhor Emerson Raminho de Moura Barbosa,Secretário de Gestão do Município de Parnaíba (PI), remetendo uma cópia da presente Recomendação, para que cumpram e façam cumprirseus termos.Cumpra-se.Parnaíba, PI, 18 de maio de 2020.DR. ANTENOR FILGUEIRAS LÔBO NETOPromotor de JustiçaCoordenador do Grupo Regional de Parnaíba

INQUÉRITO CIVIL Nº 01/2020 - REPIBLICAÇÃO POR INCORREÇÃOPortaria n.º 03/2020O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, por intermédio do Promotor de Justiça Titular da 2ª Promotoria de Oeiras-PI, face o dispostono artigo 129, III da Constituição Federal, no artigo 36, IV, "b" da Lei Complementar Estadual n.º 12/93 e artigo 8º, parágrafo 1º da Lei nº7.347/85, com o fito de apurar denúncia de sobrecarga de trabalho dos médicos que trabalham na UPA de Oeiras/PI, em vista da recenteinstalação de Enfermaria extra com 6 (seis) leitos para a internação de pacientes, especialmente pelo fato de a Unidade de Pronto-Atendimento - UPA ser uma das portas de entrada de pacientes Covid-19 e a sobrecarga do corpo profissional afigura-se grave risco aotratamento e controle da doença causada pelo novo coronavírus, RESOLVE, nos termos legais, instaurar o presenteINQUÉRITO CIVILpara coleta de informações, documentos, depoimentos, perícias, dentre outras provas, ressaltando que a posteriori será analisada a necessidadede celebração de termo de ajustamento de conduta, ajuizamento de Ação Civil Pública ou possível arquivamento.Inicialmente, DETERMINO:A autuação da presente portaria, sendo que uma cópia deverá ser mantida em pasta própria;O registro da instauração do presente Inquérito Civil e de toda a sua movimentação no SIMP, bem como anote-se no livro respectivo;Nomeiam-se, sob compromisso, para secretariar os trabalhos, os servidores designados para atuação no Grupo Regional.;Comunique-se a instauração deste Inquérito Civil ao Conselho Superior do Ministério Público do Estado do Piauí e ao Centro de ApoioOperacional de Defesa da Saúde - CAODS/MPPI, enviando-lhes cópias da presente, através de email;A publicação desta Portaria no Diário Oficial do Ministério Público do Piauí, a fim de conferir a publicidade exigida pelo artigo 4º, inciso VI, daResolução n° 23/2007 do CNMP;

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7.6. GRUPO REGIONAL DE PROMOTORIAS INTEGRADAS NO ACOMPANHAMENTO DO COVID-19 DE

TERESINA – REGIONAL CAMPO MAIOR-PI11767

7.7. GRUPO REGIONAL DE PROMOTORIAS INTEGRADAS NO ACOMPANHAMENTO DO COVID-19 DE

TERESINA – SAÚDE SUPLEMENTAR E RELAÇÕES DE CONSUMO – GRSSRC11771

Junte-se aos autos a Notícia de Fato nº 02/2020 - GRPIO (SIMP: 000004-419/2020);7) Em razão da omissão deliberada da Diretoria da UPA-Oeiras na remessa de informações solicitadas no bojo da NF nº 02/2020 - GRPIO,obstaculizando a atuação do Grupo Regional de Promotorias Integradas de Oeiras, REITERE-SE o teor Ofício nº 66/2020 - GRPIO, em forma deREQUISIÇÃO[1], para que, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, preferencialmente através do email [email protected], aDireção da UPA Oeiras-PI apresente as informações que se seguem: a) quantificação dos profissionais de saúde lotados na UPA-Oeiras; b)quantificação de profissionais médicos escalados a cada plantão, expondo as demandas afetas aos plantonistas e as escalas de plantões; c)exponha como é organizado o atendimento e a assistência aos pacientes dessa Unidade de Pronto Atendimento, demonstrando qual oprocedimento que está sendo adotado para as demandas Covid-19; d) esclareça, inclusive acostando documentação hábil a comprovar suasalegações, o porquê da instalação de Enfermaria com 6 (seis) leitos extras para pacientes a serem internados nesta Unidade intermediária desaúde, expondo fundamentadamente se os normativos das Portarias do Ministério da Saúde e do Conselho Federal de Medicina estão sendoobservados, principalmente, naquilo que diz respeito à vedação à manutenção de pacientes internados por período superior a 24 horas e aodimensionamento do número de profissionais médicos necessários para o adequado atendimento na UPA, consignando-se a advertência de oo descumprimento das presentes requisições no prazo assinalado importará em crime previsto no art. 10 da Lei Lei 7347/85, a ensejar apropositura da ação judicial pertinente, sem prejuízo de eventual ação civil pública para imposição de obrigação de fazer/não fazer, comimposição de multa e, ainda, caracterizar possível ato de improbidade administrativa.8) Comuniquem-se eventuais interessados acerca da presente instauração, com cópia da portaria;Publique-se. Cumpra-se com URGÊNCIA.Após o cumprimento de tais diligências, tornem os autos conclusos para novas deliberaçõesOeiras - PI, 14 de maio de 2020.VANDO DA SILVA MARQUESPromotor de JustiçaCoordenador do Grupo Regional de Promotorias Integradas de Oeiras/PIEMMANUELLE MARTINS NEIVA DANTAS RODRIGUES BELOPromotora de Justiça - SUBCOORDENADORAJOSÉ SÉRVIO DE DEUS BARROSPromotor de Justiça - MEMBROFRANCISCO DE ASSIS RODRIGUES SANTIAGO JÚNIORPromotor de Justiça - MEMBRO[1] Lei 7347/85, Art. 10. Constitui crime, punido com pena de reclusão de 1 (um) a 3 (três) anos, mais multa de 10 (dez) a 1000(mil) ObrigaçõesReajustáveis do Tesouro Nacional - ORTN, a recusa, o retardamento ou a omissão de dados técnicos indispensáveis à propositura da ação civil,quando requisitados pelo Ministério Público.

DECISÃOADMINISTRATIVAIndeferimento de instauraçãoSIMP: 000017-410/2020Trata-se deatendimento ao público instaurado de ofício pelo R. MP frente a solicitação de informações pela PGJ/PI pelo CAODS, pugnando, emsuma, pelos seguintes dados:A) quantos NOVOS profissionais de saúde foram admitidos no HOSPITAL REGIONAL, de março até a presente data?B) Existe plano de contingência de reposição dos RECURSOS HUMANOS em caso de afastamento dos profissionais em atividade?C) Há atrasos de pagamentos de salários para o pessoal com vínculos precários e temporários? Desde quando?D) O hospital recebeu da SESAPI ou comprou comprimidos de CLOROQUINA EHIDROXICLOROQUINA ?Qual o estoque atual?Cumprindo solicitação preliminaranterior a instauração de NF,no dia 13/05/2020a SU certificou quejáexisterequisição de taisinformações,expedidanos autos do PA 004/2020.000004-410/2020.É um sucinto relatório. Passo adecidir.Assim, já havendo atuação ministerial própria em curso, capaz de sanar a solicitação superiorobjeto do presente atendimento ao público, mostra-se desnecessáriaqualquer outra providência idêntica.Pelos motivos expostosretro,INDEFIRO SUMARIAMENTE A INSTAURAÇÃO DA NF, por falta de justa causa.Publique-se em DOEMP/PI.Arquive-se.Cumpra-se.Campo Maior/PI, datado e assinado digitalmente pelo R. MP.MAURÍCIOGOMESDESOUZAPromotordeJustiça

GRUPO REGIONAL DE PJ INTEGRADAS NO ACOMPANHAMENTO DA COVID-19SAÚDE SUPLEMENTAR E RELAÇÕES DE CONSUMO - GRSSRCPA Nº 001/2020NOTIFICAÇÃO RECOMENDATÓRIA GRPJI-SSRC Nº 01/2020ASSUNTO: Recomenda aos Hospitais da rede privada de Teresina que adotem medidas de segurança determinadas pelas autoridadessanitárias visando reduzir ao mínimo necessário o fluxo de pessoas em todos os seus setores, especialmente no ambiente de UTI, assim comosuspender, a autorização para acompanhamento em tempo integral de pacientes internados na UTI, enquanto durar a pandemia.O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, por meio do Grupo Regional de Promotorias de Justiça Integradas na Defesa da SaúdeSuplementar e Relações de Consumo, em conjunto com o Centro de Apoio Operacional de Defesa da Saúde e PROCON/MPPI, por intermédiodos Promotores de Justiça ora signatários, no uso das atribuições previstas no art. 37, inciso I, alínea "a", da Lei Complementar nº 12, de18/12/1993; art. 26, inciso I, da lei nº 8.625/93 (Lei Orgânica Nacional do Ministério Público) e art. 14, inciso V, da Constituição Estadual e art.127, "caput", da Constituição Federal, art. 1º e incisos I, II, V, VIII, XI e XVI, do art. 5º, da Lei Complementar Estadual n° 36/2004, e tendo emvista que o Promotor de Justiça é fiscal da Lei e pacificador social:CONSIDERANDO que após a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarar pandemia do COVID-19 (coronavírus) e seguida pelas medidas deemergência de saúde pública, oriundas da Lei Federal 13.979/2020, Decreto nº 18.884/2020, Decreto nº 18.902/2020 e Decretos superveniente,as Promotorias de Justiça com atribuições na Defesa do Consumidor e o Programa de Proteção e Defesa do Consumidor - PROCON/MPPI comoórgão de execução da Política Estadual de Proteção e Defesa do Consumidor, segundo prescreve a LC nº 36/2004);CONSIDERANDO que a finalidade da presente Notificação Recomendatória é garantir e adotar medidas preventivas à propagação da COVID-19,visando reduzir ao mínimo necessário o fluxo de pessoas em todos os seus setores, especialmente no ambiente de UTI, assim como suspender,

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enquanto durar a pandemia, a autorização para acompanhamento contínuo de pacientes internados na UTI;CONSIDERANDO que incumbe ao Ministério Público "a defesa dos interesses sociais e individuais indisponíveis (art.127 da CF/88);CONSIDERANDO que a Constituição Federal estabelece, em seu artigo 196, que a saúde é direito de todos e dever do Estado, garantidomediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doenças e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário àsações e serviços para a sua promoção, proteção e recuperação;CONSIDERANDO que o Coronavírus teve início na China e tem causado uma grande preocupação em todos os países, com milhares de mortescausadas pelo vírus, no Brasil e no mundo;CONSIDERANDO que, em 30.1.2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que o surto da doença causada pelo Coronavírus(COVID-19) constitui Emergência de Saúde Pública de importância Internacional (ESPII);CONSIDERANDO o notório estado de emergência presente no mundo em razão da disseminação do novo coronavírus COVID-19, levando aOrganização Mundial da Saúde - OMS a declarar situação de pandemia no dia 11.3.2020, ao passo em que pleiteou, por parte de todos ospaíses, uma "ação urgente e agressiva" para sua contenção;CONSIDERANDO que a classificação da situação mundial do novo coronavírus (COVID-19, SARSCoV-2) como pandemia significa o riscopotencial da doença infecciosa atingir a população mundial de forma simultânea, não se limitando a locais que já tenham sido identificadas comode transmissão interna;CONSIDERANDO que é consenso mundial a ideia de que, para que qualquer sistema de saúde não sofra colapso, é necessário reduzir a curvaepidêmica, principalmente através do isolamento social. Epidemiologistas e autoridades da saúde mantêm o foco nessa curva de crescimento,com o objetivo de evitar o ritmo acelerado das enfermidades causadas pelo COVID-19. Isso porque se o crescimento inicial é íngreme demais, onúmero de casos pode rapidamente ultrapassar a capacidade de atendimento do sistema de saúde;CONSIDERANDO o Decreto nº 18.884, de 16 de março de 2020, que regulamenta a lei nº 13.979/2020, para dispor no âmbito do Estado doPiauí, sobre as medidas emergência de saúde pública de importância internacional e tendo em vista a classificação da situação mundial do novocoronavírus;CONSIDERANDO que já foi reconhecida oficialmente, em âmbito federal , estadual e municipal, a transmissão comunitária do novo coronavírus;CONSIDERANDO que o estado do Piauí possui número de leitos, especialmente de UTIs, aquém do preconizado pelas autoridades de saúde;CONSIDERANDO que alguns hospitais situados em Teresina possibilitam o acompanhamento permanente de familiar de pacientes críticosinternados em leitos de terapia intensiva (UTI);CONSIDERANDO que o momento de expansão da incidência do novo coronavírus exige a adoção de medidas para restrição dos contatosinterpessoais;CONSIDERANDO que o alto contágio pelo novo Coronavírus exige a intensificação de medidas para preservação do paciente, do acompanhantee dos profissionais de saúde cedo serviços de Terapia Intensiva, ensejando, temporariamente, a revisão dessa politica institucional;CONSIDERANDO que no Estado do Piauí a curva de pessoas contaminadas é ascendente, significando a propagação da pandemia porcoronavírus;CONSIDERANDO que a infecção por coronavírus é uma doença nova e com repercussões clínicas ainda largamente desconhecidas pelacomunidade científica;CONSIDERANDO que a infecção por coronavírus não tem tratamento eficaz conhecido e nem vacina;CONSIDERANDO que a infecção por coronavírus é caracterizada por sua capacidade de contágio rápido e abrangente;CONSIDERANDO que a infecção por coronavírus devido ao seu alto potencial de disseminação leva ao acometimento grave de um número depacientes que sobrepuja a capacidade de assistência mínima de saúde levando ao colapso dos sistemas hospitalares;CONSIDERANDO que o colapso hospitalar ocorre não somente por falta de vagas para assistência mas também por falta de insumoshospitalares que vão desde a equipamentos de proteção individual a álcool gel ocasionando ainda um número importante de profissionais desaúde acometidos pela doença;CONSIDERANDO que um grande número de pessoas não apresentam os sintomas da doença, aumentando o risco de se ter acompanhantesassintomáticos dentro do ambiente de UTI;CONSIDERANDO que a medida visa proteger não somente os pacientes mas também os próprios familiares, os profissionais de saúde e porconsequência a comunidade como um todo;CONSIDERANDO que o CDC, Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990, seu art. 6º, I, prevê como direitos básicos do consumidor a saúde, a vidae a segurança;CONSIDERANDO que o mesmo diploma legal acima, em seu art. 8º, caput, dispõe que "os produtos e serviços colocados no mercado deconsumo não acarretarão riscos à saúde ou segurança dos consumidores, exceto os considerados normais e previsíveis em decorrência de suanatureza e fruição, obrigando-se os fornecedores, em qualquer hipótese, a dar as informações necessárias e adequadas a seu respeito";CONSIDERANDO que "o fornecedor deverá higienizar os equipamentos e utensílios utilizados no fornecimento de produtos ou serviços, oucolocados à disposição do consumidor, e informar, de maneira ostensiva e adequada, quando for o caso, sobre o risco de contaminação", (art. 8º,§ 2º, CDC);RECOMENDA-SE aos Diretores Gerais e Técnicos dos Hospitais da Rede Privada, situados em Teresina que, temporariamente, procedam:1. Imediata redução ao mínimo necessário do fluxo de pessoas em todos os setores do hospital, especialmente, no ambiente de UTI;2. Suspensão, enquanto durar a pandemia, a autorização para acompanhamento contínuo de pacientes internados na UTI, permanecendo aindaautorizada a visita familiar em horários pré-estabelecidos a pacientes não portadores de COVID-19 (casos confirmados ou suspeitos).Teresina (PI), 19 de maio de 2020.NIVALDO RIBEIROPromotor de JustiçaCoordenador Geral do Procon/MPPICoordenador do GRPJI-SSRCDENISE COSTA AGUAIRPromotora de JustiçaSub-coordenadora do GRPJI-SSRCGLADYS GOMES MARTINS DE SOUSAPromotora de JustiçaMembro do GRPJI-SSRCMARIA DAS GRAÇAS DO MONTE TEIXEIRAPromotora de JustiçaMembro do GRPJI-SSRCCLÁUDIA PESSOA MARQUES DA ROCHA SEABRAPromotora de JustiçaCoordenadora do CAODS/MPPIGRUPO REGIONAL DE PJ INTEGRADAS NO ACOMPANHAMENTO DA COVID-19SAÚDE SUPLEMENTAR E RELAÇÕES DE CONSUMO - GRSSRCPORTARIA GRPJI-SSRC Nº 01/2020PROCESSO ADMINISTRATIVO Nº 001/2020

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Objeto: Acompanhar a redução ao mínimo necessário do fluxo de pessoas em todos os setores dos hospitais de Teresina, especialmente noambiente de UTI, assim como suspender, enquanto durar a pandemia, a autorização para acompanhamento contínuo de pacientes internados naUTI.O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, por meio do Grupo Regional de Promotorias de Justiça Integradas na Defesa da SaúdeSuplementar e Relações de Consumo, em conjunto com o Centro de Apoio Operacional de Defesa da Saúde e PROCON/MPPI, por intermédiodos Promotores de Justiça ora signatários, no uso das atribuições previstas nos arts. 129, III, da CF/88 e art. 8º, III e IV, da Resolução CNMP Nº174/2017; art. 1º e incisos I, II, V, VIII, XI e XVI, do art. 5º, da Lei Complementar Estadual n° 36/2004, tendo em vista que o Promotor de Justiça éfiscal da Lei e pacificador social:CONSIDERANDO que incumbe ao Ministério Público "a defesa dos interesses sociais e individuais indisponíveis (art.127 da CF/88);CONSIDERANDO que a Constituição Federal estabelece, em seu artigo 196, que a saúde é direito de todos e dever do Estado, garantidomediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doenças e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário àsações e serviços para a sua promoção, proteção e recuperação;CONSIDERANDO o Decreto nº 18.884, de 16 de março de 2020, que regulamenta a lei nº 13.979/2020, para dispor no âmbito do Estado doPiauí, sobre as medidas emergência de saúde pública de importância internacional e tendo em vista a classificação da situação mundial do novocoronavírus;CONSIDERANDO que já foi reconhecida oficialmente, em âmbito federal, estadual e municipal, a transmissão comunitária do novo coronavírus;CONSIDERANDO que o estado do Piauí possui número de leitos, especialmente de UTIs, aquém do preconizado pelas autoridades de saúde;CONSIDERANDO que alguns hospitais situados em Teresina possibilitam o acompanhamento permanente de familiar de pacientes críticosinternados em leitos de terapia intensiva (UTI);CONSIDERANDO que o momento de expansão da incidência do novo coronavírus exige a adoção de medidas para restrição dos contatosinterpessoais;CONSIDERANDO que o alto contágio pelo novo Coronavírus exige a intensificação de medidas para preservação do paciente, do acompanhantee dos profissionais de saúde cedo serviços de Terapia Intensiva, ensejando, temporariamente, a revisão dessa politica institucional;CONSIDERANDO que no Estado do Piauí a curva de pessoas contaminadas é ascendente, significando a propagação da pandemia porcoronavírus;CONSIDERANDO que a infecção por coronavírus devido ao seu alto potencial de disseminação leva ao acometimento grave de um número depacientes que sobrepuja a capacidade de assistência mínima de saúde levando ao colapso dos sistemas hospitalares;CONSIDERANDO que o colapso hospitalar ocorre não somente por falta de vagas para assistência mas também por falta de insumoshospitalares que vão desde a equipamentos de proteção individual a álcool gel ocasionando ainda um número importante de profissionais desaúde acometidos pela doença;CONSIDERANDO que um grande número de pessoas não apresentam os sintomas da doença, aumentando o risco de se ter acompanhantesassintomáticos dentro do ambiente de UTI;CONSIDERANDO que a medida visa proteger não somente os pacientes mas também os próprios familiares, os profissionais de saúde e porconsequência a comunidade como um todo.CONSIDERANDO que o CDC, Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990, seu art. 6º, I, prevê como direitos básicos do consumidor a saúde, a vidae a segurança;CONSIDERANDO que o mesmo diploma legal acima, em seu art. 8º, caput, dispõe que "os produtos e serviços colocados no mercado deconsumo não acarretarão riscos à saúde ou segurança dos consumidores, exceto os considerados normais e previsíveis em decorrência de suanatureza e fruição, obrigando-se os fornecedores, em qualquer hipótese, a dar as informações necessárias e adequadas a seu respeito";CONSIDERANDO que "o fornecedor deverá higienizar os equipamentos e utensílios utilizados no fornecimento de produtos ou serviços, oucolocados à disposição do consumidor, e informar, de maneira ostensiva e adequada, quando for o caso, sobre o risco de contaminação", (art. 8º,§ 2º, CDC);CONSIDERANDO que os órgãos oficiais poderão expedir notificações aos fornecedores para que, sob pena de desobediência, presteminformações sobre questões de interesse do consumidor, resguardado o segredo industrial, conforme § 4º do art. 55, da Lei Consumerista Pátria;CONSIDERANDO que o Procedimento Administrativo, instituído pela Resolução CNMP Nº 174/2017, é o instrumento adequado para apurar fatoque enseje a tutela de interesses individuais indisponíveis e embasar outras atividades não sujeitos a inquérito civil;RESOLVE: Instaurar o Procedimento Administrativo GRPJI-SSRC Nº 001/2020, a fim de acompanhar as ações dos Hospitais da RedePrivada de Teresina para o enfrentamento da pandemia, sobretudo no sentido de evitar o contágio por aglomerações, dentre outrosfatores, e determinando desde logo:a) Autuação da presente Portaria,b) Expeça-se recomendação aos Hospitais da Rede Privada de Teresina para i) a imediata redução ao mínimo necessário do fluxo de pessoasem todos os setores do hospital, especialmente, no ambiente de UTI e ii) suspenda, enquanto durar a pandemia, a autorização paraacompanhamento contínuo de pacientes internados na UTI, permanecendo ainda autorizada a visita familiar em horários pré-estabelecidos apacientes não portadores de COVID-19 (casos confirmados ou suspeitos).c) O envio de cópia desta PORTARIA ao PROCON/MPPI, para conhecimento;Publique-se e registre-se a presente no diário oficial eletrônico do MPPI.Cumpra-se.Teresina (PI), 19 de maio de 2020.NIVALDO RIBEIROPromotor de JustiçaCoordenador do GRPJI-SSRCDENISE COSTA AGUAIRPromotora de JustiçaSub-coordenadora do GRPJI-SSRCGLADYS GOMES MARTINS DE SOUSAPromotora de JustiçaMembro do GRPJI-SSRCMARIA DAS GRAÇAS DO MONTE TEIXEIRAPromotora de JustiçaMembro do GRPJI-SSRC

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