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República Federativa do Brasil Estado do Piauí Ministério Público do Estado do Piauí Diário Oficial Eletrônico ANO IV - Nº 623 Disponibilização: Terça-feira, 28 de Abril de 2020 Publicação: Quarta-feira, 29 de Abril de 2020 PROCURADORIA-GERAL DE JUSTIÇA CARMELINA MARIA MENDES DE MOURA Procuradora-Geral de Justiça MARTHA CELINA DE OLIVEIRA NUNES Subprocuradora de Justiça Institucional LEONARDO FONSECA RODRIGUES Subprocurador de Justiça Administrativo CLEANDRO ALVES DE MOURA Subprocurador de Justiça Jurídico CLÉIA CRISTINA PEREIRA JANUÁRIO FERNANDES Chefe de Gabinete RAQUEL DO SOCORRO MACEDO GALVÃO Secretária-Geral / Secretária do CSMP Assessor Especial de Planejamento e Gestão _____________________________ CORREGEDORIA-GERAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO LUÍS FRANCISCO RIBEIRO Corregedor-Geral LENIR GOMES DOS SANTOS GALVÃO Corregedora-Geral Substituta JOÃO PAULO SANTIAGO SALES Promotor-Corregedor Auxiliar RODRIGO ROPPI DE OLIVEIRA Promotor-Corregedor Auxiliar ANA ISABEL DE ALENCAR MOTA DIAS Promotor-Corregedor Auxiliar COLÉGIO DE PROCURADORES ANTÔNIO DE PÁDUA FERREIRA LINHARES ANTÔNIO GONÇALVES VIEIRA TERESINHA DE JESUS MARQUES ALÍPIO DE SANTANA RIBEIRO IVANEIDE ASSUNÇÃO TAVARES RODRIGUES ANTÔNIO IVAN E SILVA MARTHA CELINA DE OLIVEIRA NUNES ROSANGELA DE FATIMA LOUREIRO MENDES CATARINA GADELHA MALTA MOURA RUFINO LENIR GOMES DOS SANTOS GALVÃO HOSAIAS MATOS DE OLIVEIRA FERNANDO MELO FERRO GOMES JOSÉ RIBAMAR DA COSTA ASSUNÇÃO TERESINHA DE JESUS MOURA BORGES CAMPOS RAQUEL DE NAZARÉ PINTO COSTA NORMANDO ARISTIDES SILVA PINHEIRO LUÍS FRANCISCO RIBEIRO ZÉLIA SARAIVA LIMA CLOTILDES COSTA CARVALHO HUGO DE SOUSA CARDOSO _____________________________ CONSELHO SUPERIOR DO MINISTÉRIO PÚBLICO CARMELINA MARIA MENDES DE MOURA Presidente LUÍS FRANCISCO RIBEIRO Corregedor-Geral IVANEIDE ASSUNÇÃO TAVARES RODRIGUES Conselheira MARTHA CELINA DE OLIVEIRA NUNES Conselheira FERNANDO MELO FERRO GOMES Conselheiro RAQUEL DE NAZARÉ PINTO COSTA NORMANDO Conselheira

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República Federativa do BrasilEstado do Piauí

Ministério Público do Estado do Piauí

Diário Oficial EletrônicoANO IV - Nº 623 Disponibilização: Terça-feira, 28 de Abril de 2020 Publicação:

Quarta-feira, 29 de Abril de 2020

PROCURADORIA-GERAL DE JUSTIÇA

CARMELINA MARIA MENDES DE MOURAProcuradora-Geral de Justiça

MARTHA CELINA DE OLIVEIRA NUNESSubprocuradora de Justiça Institucional

LEONARDO FONSECA RODRIGUESSubprocurador de Justiça Administrativo

CLEANDRO ALVES DE MOURASubprocurador de Justiça Jurídico

CLÉIA CRISTINA PEREIRA JANUÁRIO FERNANDESChefe de Gabinete

RAQUEL DO SOCORRO MACEDO GALVÃOSecretária-Geral / Secretária do CSMP

Assessor Especial de Planejamento e Gestão

_____________________________

CORREGEDORIA-GERAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO

LUÍS FRANCISCO RIBEIROCorregedor-Geral

LENIR GOMES DOS SANTOS GALVÃOCorregedora-Geral Substituta

JOÃO PAULO SANTIAGO SALESPromotor-Corregedor Auxiliar

RODRIGO ROPPI DE OLIVEIRAPromotor-Corregedor Auxiliar

ANA ISABEL DE ALENCAR MOTA DIASPromotor-Corregedor Auxiliar

COLÉGIO DE PROCURADORES

ANTÔNIO DE PÁDUA FERREIRA LINHARES

ANTÔNIO GONÇALVES VIEIRA

TERESINHA DE JESUS MARQUES

ALÍPIO DE SANTANA RIBEIRO

IVANEIDE ASSUNÇÃO TAVARES RODRIGUES

ANTÔNIO IVAN E SILVA

MARTHA CELINA DE OLIVEIRA NUNES

ROSANGELA DE FATIMA LOUREIRO MENDES

CATARINA GADELHA MALTA MOURA RUFINO

LENIR GOMES DOS SANTOS GALVÃO

HOSAIAS MATOS DE OLIVEIRA

FERNANDO MELO FERRO GOMES

JOSÉ RIBAMAR DA COSTA ASSUNÇÃO

TERESINHA DE JESUS MOURA BORGES CAMPOS

RAQUEL DE NAZARÉ PINTO COSTA NORMANDO

ARISTIDES SILVA PINHEIRO

LUÍS FRANCISCO RIBEIRO

ZÉLIA SARAIVA LIMA

CLOTILDES COSTA CARVALHO

HUGO DE SOUSA CARDOSO

_____________________________

CONSELHO SUPERIOR DO MINISTÉRIO PÚBLICO

CARMELINA MARIA MENDES DE MOURAPresidente

LUÍS FRANCISCO RIBEIROCorregedor-Geral

IVANEIDE ASSUNÇÃO TAVARES RODRIGUESConselheira

MARTHA CELINA DE OLIVEIRA NUNESConselheira

FERNANDO MELO FERRO GOMESConselheiro

RAQUEL DE NAZARÉ PINTO COSTA NORMANDOConselheira

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1. CORREGEDORIA GERAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO []

1.1. PORTARIAS CGMP/PI11460

2. SECRETARIA GERAL []

2.1. PORTARIAS PGJ11456

PORTARIA Nº 35/2020-CGMP/PIO CORREGEDOR-GERAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ,no uso de suas atribuições legais, observando o disposto noartigo 142, inciso IV da Lei Complementar Estadual n.12/93, a Resolução nº 149 do CNMP;CONSIDERANDO a Recomendação de Caráter Geral CNMP - CN n° 02, de 06 de abril de 2020, que dispõe sobre os parâmetros das atividadescorreicionais durante a situação de emergência nacional em face da pandemia do coronavírus, inclusive, determinando em seu art. 7º, que ascorregedorias devem "aferir a regularidade e a produtividade das atividades desempenhadas pelos membros do Ministério Público relativa aospossíveis atos de execução na modalidade de trabalho remoto".CONSIDERANDO o disposto no art. 2°, do Ato n° 04/2020-CGMP/PI, o qual determina "a realização acompanhamento correicional dasatividades funcionais desenvolvidas pelos Representantes Ministeriais durante o período de quarentena."CONSIDERANDO o Ato n° 05/2020-CGMP/PI, que dá novo disciplinamento sobre as normas gerais que regulam as atividades das CorreiçõesOrdinárias, Correições Extraordinárias e das Visitas de Inspeções nos Órgãos de Execução, Centros de Apoio Operacional e Grupos de AtuaçãoEspecial, principalmente o seu artigo 14, que permite a realização de Correição Extraordinária para avaliar a atuação ministerial em uma matériaou situação específica.R E S O L V E:I - Realizar CORREIÇÃO EXTRAORDINÁRIA DE AVALIAÇÃO DA ATUAÇÃO MINISTERIAL EM REGIME DE TELETRABALHO NOPERÍODO DA PANDEMIA DE COVID-19 nas atividades de todas as Promotorias e Procuradorias de Justiça do Ministério Público do Estado doPiauí;II - Determinar que a correição seja realizada de forma virtual, por intermédio de questionário a ser preenchido pelos membros e análise dossistemas informatizados do Ministério Público;III - A resposta ao QUESTIONÁRIO AVALIATIVO DE CORREIÇÃO EXTRAORDINÁRIA deve ser enviado à Corregedoria, exclusivamente para oe-mail [email protected], assinado eletronicamente (.pdf), bem como em formato editável (.doc, .docx, .odt), acompanhado dadocumentação necessária para instrui-lo. e encaminhada a resposta somente por meio eletrônico, em ofício digitalizado ou assinadoeletronicamente (.pdf), bem como em formato editável (.doc, .docx .odt ou .rtf);IV - A atividade correcional será desenvolvida em etapas, tendo como 1ª etapa o período de avaliação 18 de março de 2020 (início da quarentenae do regime de teletrabalho - art. 2º do ATO PGJ Nº 995/2020) até 17 de abril de 2020, e as etapas subsequentes a serem definidasposteriormente;V - Designar os Promotores-Corregedores Auxiliares, Dr. Ana Isabel de Alencar Mota Dias; Dr. João Paulo Santiago Sales; Dr. Rodrigo Roppi deOliveira, para auxiliarem nos trabalhos da correição;VI - Abram-se os correspondentes autos virtuais individualizados para melhor operacionalização das avaliações;VII - Notifiquem-se os membros do Ministério Público sujeitos à correição extraordinária;Cientifique-se e publique-se para conhecimento dos interessados.Teresina (PI), 28 de abril de 2020.Luís Francisco RibeiroCorregedor-Geral do MP/PI

PORTARIA PGJ/PI Nº 954/2020A PROCURADORA-GERAL DE JUSTIÇA, CARMELINA MARIA MENDES DE MOURA, no uso das atribuições legais,R E S O L V ESUSPENDER ad referendum do Conselho Superior do Ministério Público do Estado do Piauí 30 (trinta) dias de férias da Promotorade JustiçaLUÍSA CYNOBELLINA DE ASSUNÇÃO LACERDA ANDRADE, titular da 42ª Ptomotoria de Justiça de Teresina, referentes ao 1º período doexercício de 2020, anteriormente previstas para o período de 04 de maio a 02 de junho de 2020, Portaria n° 95/2020, ficando os 30 (trinta) diaspara usufruto em data oportuna.REGISTRE-SE, PUBLIQUE-SE E CUMPRA-SE.PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA, em Teresina (PI), 27de abril de 2020.CARMELINA MARIA MENDES DE MOURAProcuradora-Geral de JustiçaPORTARIA PGJ/PI Nº 958/2020A PROCURADORA-GERAL DE JUSTIÇA, CARMELINA MARIA MENDES DE MOURA, no uso das atribuições conferidas pelo artigo 12, incisoXIV, alínea "f", da Lei Complementar Estadual nº 12/93, em conformidade com o Ato PGJ/PI nº 835/18;R E S O L V EDESIGNAR o Promotor de Justiça ANTÔNIO CHARLES RIBEIRO DE ALMEIDA, titular da 50ª Promotoria de Justiça de Teresina, para, semprejuízo de suas funções, responder pela 22ª Promotoria de Justiça de Teresina, no período de 04 a 08, e no dia 11 de maio de 2020, em razãodo afastamento do titular.REGISTRE-SE, PUBLIQUE-SE E CUMPRA-SE.PROCURADORIA-GERAL DE JUSTIÇA, em Teresina (PI), 27 de abril de 2020.CARMELINA MARIA MENDES DE MOURAProcuradora-Geral de JustiçaPORTARIA PGJ/PI Nº 959/2020A PROCURADORA-GERAL DE JUSTIÇA, CARMELINA MARIA MENDES DE MOURA, no uso das atribuições legais,R E S O L V ESUSPENDER ad referendum do Conselho Superior do Ministério Público do Estado do Piauí 30 (trinta) dias de férias do Promotor de JustiçaMAURÍCIO GOMES DE SOUSA, titula da 3ª Promotoria de Justiça de Teresina, referentes ao 1º período do exercício de 2020, anteriormenteprevistas para o período de 04 de maio a 02 de junho de 2020, conforme escala publicada no DEMPPI n° 543, de 13/12/2019, ficando os 30(trinta) dias para usufruto em data oportuna.REGISTRE-SE, PUBLIQUE-SE E CUMPRA-SE.PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA, em Teresina (PI), 27 de abril de 2020.CARMELINA MARIA MENDES DE MOURAProcuradora-Geral de Justiça

Diário Eletrônico do MPPIANO IV - Nº 623 Disponibilização: Terça-feira, 28 de Abril de 2020 Publicação: Quarta-feira, 29 de Abril de 2020

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PORTARIA PGJ/PI Nº 965/2020A PROCURADORA-GERAL DE JUSTIÇA, CARMELINA MARIA MENDES DE MOURA, no uso de suas atribuições legais,R E S O L V E:DESIGNAR os servidores para atuação em Plantão Ministerial na forma especificada nos anexos I e II da presente Portaria.REGISTRE-SE, PUBLIQUE-SE E CUMPRA-SE.PROCURADORIA-GERAL DE JUSTIÇA, em Teresina (PI), 28 de abril de 2020.CARMELINA MARIA MENDES DE MOURAProcuradora-Geral de JustiçaANEXO IESCALA DE SERVIDORES PLANTÃO MINISTERIAL DE MAIO/2020TERESINA/PI

DIA PROMOTORIA DE JUSTIÇA SERVIDOR

01 23ª Promotoria de Justiça Teresina Camila de Luar Fausto de Sá

02 24ª Promotoria de Justiça Teresina Cibele Albuquerque Paulo Coelho Rodrigues

03 25ª Promotoria de Justiça Teresina Ulisses Nogueira de Aguiar Filho

09 26ª Promotoria de Justiça Teresina Ingrid Rodrigues Pedrosa

10 27ª Promotoria de Justiça Teresina Ryanderson Magno Oliveira Rocha

16 28ª Promotoria de Justiça Teresina Manuella Brandão Lima

17 29ª Promotoria de Justiça Teresina Alexia Andressa Neves Rodrigues

23 30ª Promotoria de Justiça Teresina Maria Clara De Miranda Medeiros

24 31ª Promotoria de Justiça Teresina Paloma Kariene Lemos Piauilino Ramos

30 32ª Promotoria de Justiça Teresina Viviane Maria Campos Vale

31 33ª Promotoria de Justiça Teresina Marina Castro Soares

ANEXO IIESCALA DE SERVIDORES PLANTÃO MINISTERIAL DE MAIO/2020SEDE: BOM JESUS/PI

DIA PROMOTORIA DE JUSTIÇA SERVIDOR

01 1ª Promotoria de Justiça de Uruçuí Andrielly Ingridy da Silva Nascimento

02 1ª Promotoria de Justiça de Uruçuí Andrielly Ingridy da Silva Nascimento

03 1ª Promotoria de Justiça de Uruçuí Joao Henrique Alves da Silva

09 2ª Promotoria de Justiça de Uruçuí Marina Savia de Sousa Reis

10 2ª Promotoria de Justiça de Uruçuí Marina Savia de Sousa Reis

16 Promotoria de Justiça de Parnaguá Marielte Fernandes da Silva

17 Promotoria de Justiça de Parnaguá Marielte Fernandes da Silva

23 Promotoria de Justiça de Avelino Lopes Ludimaria Miranda da Silva

24 Promotoria de Justiça de Avelino Lopes Ludimaria Miranda da Silva

30 Promotoria de Justiça de Gilbués Gesy Rodrigues Lira

31 Promotoria de Justiça de Gilbués Paula Tamires Moreira de Farias

SEDE: CAMPO MAIOR/PI

DIA PROMOTORIA DE JUSTIÇA SERVIDOR

01 1ª Promotoria de Justiça de Barras Lindinalva de Moura Sousa

02 1ª Promotoria de Justiça de Barras Hugo Soares Santos

03 1ª Promotoria de Justiça de Barras Marina Lima da Costa Araujo

09 2ª Promotoria de Justiça de Barras Erica Micaele da Silva Nascimento

10 2ª Promotoria de Justiça de Barras Francisco de Assis Alves da Silva

16 Promotoria de Justiça de Castelo do Piauí Esau Cruz Vaz da Costa

17 Promotoria de Justiça de Castelo do Piauí Esau Cruz Vaz da Costa

23 Promotoria de Justiça de São Miguel do Tapuio Ana Luiza Sousa Sampaio

24 Promotoria de Justiça de São Miguel do Tapuio Etivaldo Antao de Sousa

30 Promotoria de Justiça de Capitão de Campos Jhonatha Magalhaes Silva

31 Promotoria de Justiça de Capitão de Campos Jhonatha Magalhaes Silva

Diário Eletrônico do MPPIANO IV - Nº 623 Disponibilização: Terça-feira, 28 de Abril de 2020 Publicação: Quarta-feira, 29 de Abril de 2020

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SEDE: FLORIANO/PI

DIA PROMOTORIA DE JUSTIÇA SERVIDOR

01 Promotoria de Justiça de Manoel Emídio Andreonny Alves Messias

02 Promotoria de Justiça de Manoel Emídio Tatielly Paixao Tumaz Sousa

03 Promotoria de Justiça de Manoel Emídio Andreonny Alves Messias

09 Promotoria de Justiça de Eliseu Martins Rosangela da Silva Pereira Abreu

10 Promotoria de Justiça de Eliseu Martins Monallysa Duarte de Oliveira

16 1ª Promotoria de Justiça de Floriano Emanuelle Santos Cavalcante

17 1ª Promotoria de Justiça de Floriano Alexandre Madeira Sampaio

23 2ª Promotoria de Justiça de Floriano Caio Coelho Gomes Santiago

24 2ª Promotoria de Justiça de Floriano Kleymone Silva de Sousa Borge

30 3ª Promotoria de Justiça de Floriano Kallyny Kelly da Silva Moura

31 3ª Promotoria de Justiça de Floriano Bruno Alves Bezerra

SEDE: OEIRAS/PI

DIA PROMOTORIA DE JUSTIÇA SERVIDOR

01 Promotoria de Justiça de Simplício Mendes Keila Cristina de Sousa Silva

02 Promotoria de Justiça de Simplício Mendes Keila Cristina de Sousa Silva

03 Promotoria de Justiça de Simplício Mendes Keila Cristina de Sousa Silva

09 Promotoria de Justiça de Paes Landim Rafaela Ribeiro Ferreira

10 Promotoria de Justiça de Paes Landim Rafaela Ribeiro Ferreira

16 1ª Promotoria de Justiça de Oeiras Rosimaria Meneses do Nascimento

17 1ª Promotoria de Justiça de Oeiras Rosimaria Meneses do Nascimento

23 2ª Promotoria de Justiça de Oeiras Débora Silva Pereira da Costa

24 2ª Promotoria de Justiça de Oeiras Débora Silva Pereira da Costa

30 3ª Promotoria de Justiça de Oeiras Rosimaria Meneses do Nascimento

31 3ª Promotoria de Justiça de Oeiras Rosimaria Meneses do Nascimento

SEDE: PARNAÍBA/PI

DIA PROMOTORIA DE JUSTIÇA SERVIDOR

01 Promotoria de Justiça de Cocal Natalia de Oliveira Rocha

02 Promotoria de Justiça de Cocal Natalia de Oliveira Rocha

03 Promotoria de Justiça de Cocal Natalia de Oliveira Rocha

09 1ª Promotoria de Justiça de Parnaíba Sergio Martins Moreira

10 1ª Promotoria de Justiça de Parnaíba Francisca Sousa Morais

16 2ª Promotoria de Justiça de Parnaíba Douglas Rodrigues da Silva

17 2ª Promotoria de Justiça de Parnaíba Tamio Nairio Ferreira de Azevedo

23 3ª Promotoria de Justiça de Parnaíba Isabelle de Brito Albuquerque

24 3ª Promotoria de Justiça de Parnaíba Lucas de Brito Myers

30 4ª Promotoria de Justiça de Parnaíba Pedro Henrique Franca Oliveira

31 4ª Promotoria de Justiça de Parnaíba Gina Almeida dos Santos

SEDE: PICOS/PI

DIA PROMOTORIA DE JUSTIÇA SERVIDOR

01 Promotoria de Justiça de Paulistana Taires Oliveira Borges

02 Promotoria de Justiça de Paulistana Erica Ravenne Oliveira Santos Sousa

03 Promotoria de Justiça de Paulistana Taires Oliveira Borges

09 Promotoria de Justiça de Inhuma Thays de Moura Amorim

10 Promotoria de Justiça de Inhuma Thays de Moura Amorim

Diário Eletrônico do MPPIANO IV - Nº 623 Disponibilização: Terça-feira, 28 de Abril de 2020 Publicação: Quarta-feira, 29 de Abril de 2020

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16 1ª Promotoria de Justiça de Valença do Piauí Luis Gustavo Noronha

17 1ª Promotoria de Justiça de Valença do Piauí Luis Gustavo Noronha

23 2ª Promotoria de Justiça de Valença do Piauí Ana Clara Amorim Santos Soares

24 2ª Promotoria de Justiça de Valença do Piauí Andressa Maria Ferreira Barbosa de Aguiar

30 Promotoria de Justiça de Elesbão Veloso Jhonmerio Moura e Silva

31 Promotoria de Justiça de Elesbão Veloso Jhonmerio Moura e Silva

SEDE: ESPERANTINA/PI

DIA PROMOTORIA DE JUSTIÇA SERVIDOR

01 2ª Promotoria de Justiça de Esperantina Aracelle Oliveira Alves Macedo

02 2ª Promotoria de Justiça de Esperantina Thamires Amorim Gomes Vilanova

03 2ª Promotoria de Justiça de Esperantina Stefani Portela Gomes

09 1ª Promotoria de Justiça de Piripiri Maria Cynara Rodrigues Cavalcante

10 1ª Promotoria de Justiça de Piripiri Igor Andrade Ferreira E Souza

16 2ª Promotoria de Justiça de Piripiri Jorge Custodio Silva Alves Junior

17 2ª Promotoria de Justiça de Piripiri Alana Kelly Gama Dos Santos

23 3ª Promotoria de Justiça de Piripiri Francisco Menezes Junior

24 3ª Promotoria de Justiça de Piripiri Francisco Menezes Junior

30 4ª Promotoria de Justiça de Piripiri Joao Victor da Costa Ribeiro

31 4ª Promotoria de Justiça de Piripiri Joao Victor da Costa Ribeiro

SEDE: SÃO RAIMUNDO NONATO/PI

DIA PROMOTORIA DE JUSTIÇA SERVIDOR

01 2ª Promotoria de Justiça de São Raimundo Nonato Karen Nunes De Macedo Araujo

02 2ª Promotoria de Justiça de São Raimundo Nonato Karen Nunes De Macedo Araujo

03 2ª Promotoria de Justiça de São Raimundo Nonato Stenio Cavalcante De Oliveira Sousa

09 3ª Promotoria de Justiça de São Raimundo Nonato Fernanda Teixeira de Almeida

10 3ª Promotoria de Justiça de São Raimundo Nonato Berily Bento Dos Santos

16 4ª Promotoria de Justiça de São Raimundo Nonato Alba Valeria Oliveira Barreto

17 4ª Promotoria de Justiça de São Raimundo Nonato Alba Valeria Oliveira Barreto

23 Promotoria de Justiça de Caracol Ricardo Atila Goncalves Filho

24 Promotoria de Justiça de Caracol Ricardo Atila Goncalves Filho

30 Promotoria de Justiça de Canto do Buriti Havana Freitas Antunes

31 Promotoria de Justiça de Canto do Buriti Havana Freitas Antunes

PORTARIA PGJ/PI Nº 966/2020A PROCURADORA-GERAL DE JUSTIÇA, CARMELINA MARIA MENDES DE MOURA, no uso das atribuições conferidas pelo artigo 12, incisoXIV, alínea "f", da Lei Complementar Estadual nº 12/93, em conformidade com o Ato PGJ/PI nº 835/18;R E S O L V EDESIGNAR o Promotor de Justiça JOSÉ REINALDO LEÃO COÊLHO, titular da 25ª Promotoria de Justiça de Teresina, para, sem prejuízo desuas funções, responder pela 27ª Promotoria de Justiça de Teresina, de 04 de maio a 02 de junho de 2020, em razão das férias do titular.REGISTRE-SE, PUBLIQUE-SE E CUMPRA-SE.PROCURADORIA-GERAL DE JUSTIÇA, em Teresina (PI), 28 de abril de 2020.CARMELINA MARIA MENDES DE MOURAProcuradora-Geral de JustiçaPORTARIA PGJ/PI Nº 972/2020A PROCURADORA-GERAL DE JUSTIÇA, CARMELINA MARIA MENDES DE MOURA, no uso das atribuições conferidas pelo artigo 12, incisoXIV, alínea "f", da Lei Complementar Estadual nº 12/93, em conformidade com o Ato PGJ/PI nº 835/18;R E S O L V EDESIGNAR o Promotor de Justiça ÉDSEL DE OLIVEIRA COSTA BELLEZA DO NASCIMENTO, titular da 43ª Promotoria de Justiça deTeresina, para, sem prejuízo de suas funções, responder pela 41ª Promotoria de Justiça de Teresina, de 04 de maio a 02 de junho de 2020, emrazão das férias da titular.REGISTRE-SE, PUBLIQUE-SE E CUMPRA-SE.PROCURADORIA-GERAL DE JUSTIÇA, em Teresina (PI), 28 de abril de 2020.CARMELINA MARIA MENDES DE MOURAProcuradora-Geral de JustiçaPORTARIA PGJ/PI Nº 966/2020A PROCURADORA-GERAL DE JUSTIÇA, CARMELINA MARIA MENDES DE MOURA, no uso das atribuições conferidas pelo artigo 12, incisoXIV, alínea "f", da Lei Complementar Estadual nº 12/93, em conformidade com o Ato PGJ/PI nº 835/18;

Diário Eletrônico do MPPIANO IV - Nº 623 Disponibilização: Terça-feira, 28 de Abril de 2020 Publicação: Quarta-feira, 29 de Abril de 2020

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3. SUBPROCURADORIA DE JUSTIÇA JURÍDICA []

3.1. PORTARIAS SJJ11462

R E S O L V EDESIGNAR o Promotor de Justiça MARCELO DE JESUS MONTEIRO ARAÚJO, titular da 4ª Promotoria de Justiça de Piripiri, para, sem prejuízode suas funções, responder pela 1ª Promotoria de Justiça de Piripiri, de 04 de maio a 02 de junho de 2020, em razão das férias do titular.REGISTRE-SE, PUBLIQUE-SE E CUMPRA-SE.PROCURADORIA-GERAL DE JUSTIÇA, em Teresina (PI), 28 de abril de 2020.CARMELINA MARIA MENDES DE MOURAProcuradora-Geral de Justiça

PORTARIA SJJ Nº 03/2020Instaura Procedimento Administrativo para acompanhar a política pública implementada no Estado do Piauí para prevenção e enfrentamento daCovid-19.O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, por intermédio de seu Subprocurador de Justiça Jurídico, no uso das atribuições que lhes sãoconferidas pelos arts. 127, 129, III, da Constituição Federal, art. 26, I e art. 29, VIII da Lei n° 8.625/93 e art. 37, incisos I, V e VI, combinado com oart. 11, inciso II, alínea c, e inciso XI do art. 39, todos da Lei Complementar Estadual nº 12/93;CONSIDERANDO nesta data o recebimento, via Edoc, do Ofício nº 142/2020/MPPI/PGJ/CAODS, expedido em 27 de abril de 2020, pela M.D.Coordenadora do Centro de Apoio Operacional de Defesa da Saúde - CAODS, Promotora de Justiça Cláudia Seabra, no qual apresentasugestões de atuação em virtude da Pandemia de COVID-19;CONSIDERANDO as demandas referidas nos Ofícios CAODS nº 133/2020, 134/2020 e 138/2020, e a apresentação de sugestões pararealização de ações governamentais imprescindíveis ao enfrentamento da Pandemia causada pelo novo CORONAVÍRUS, a seremacompanhadas no bojo de Procedimento Administrativo visando auxiliar os órgãos de execução, não obstante a necessidade de se prevenir afragmentação da atuação ministerial:CONSIDERANDO ainda, o Ato PGJ nº 894/2019, que delegou à Subprocuradoria de Justiça Jurídica a atribuição para atuar nos processosjudiciais e procedimentos extrajudiciais de natureza cível e criminal de atribuição do Procurador Geral de Justiça, perante qualquer juízo outribunal, com todas as prerrogativas do Ministério Público;CONSIDERANDO que a Resolução CNMP nº 174, de 04 de julho de 2017, autoriza a instauração de PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO, paraacompanhar e fiscalizar, de forma continuada, políticas públicas ou institucionais;CONSIDERANDO que o Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa daordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis, nos termos do art. 127, caput, da Constituição daRepública;CONSIDERANDO que, segundo o artigo 196 da Constituição Federal: "a saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticassociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços parasua promoção, proteção e recuperação";CONSIDERANDO o disposto na Lei n° 13.979, de 06 de fevereiro de 2020, que dispõe sobre as medidas para enfrentamento da emergência emsaúde pública de importância internacional, ocasionada pelo surto de coronavírus no final de 2019;CONSIDERANDO o Decreto Estadual nº 18.884, de 16 de março de 2020, que regulamenta a Lei nº 13.979/2020, para dispor no âmbito doEstado do Piauí, sobre as medidas de emergência de saúde pública de importância internacional e tendo em vista a classificação da situaçãomundial do novo coronavírus;CONSIDERANDO o decreto de calamidade pública emitido para o recebimento de receitas e realização de investimentos no enfrentamento àPandemia do conoravirus (COVID19), inclusive, sem a necessidade de realização de licitação para aquisição de bens e contratação de serviços;CONSIDERANDO que referidos recursos destinam-se a mais variada aplicação nos campos da segurança e saúde pública, sistema carcerário,educação e patrimônio público, dentre outros;CONSIDERANDO a instituição do Gabinete de Acompanhamento e Prevenção do Contágio pelo Coronavírus (COVID - 19), por meio da PortariaPGJ nº 839/2020, no âmbito do Ministério Público do Piauí, por meio do qual foram realizadas diligências para acompanhar a implementação depolíticas pelo Estado do Piauí no enfrentamento da COVID-19;RESOLVE:Instaurar o presente PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO, com fundamento nos arts. 8º a 13º da Resolução CNMP nº 174, de 04 de julho de2017, tendo por objeto o "acompanhamento da política pública implementada no Estado do Piauí para prevenção e enfrentamento aoCOVID-19", verificando, dentre outras medidas, a adoção daquelas necessárias para se garantir a estruturação do sistema público de saúde e atransparência no repasse e investimento de recursos que lhe são destinados, determinando, inicialmente, as seguintes providências:1. Autuação do presente procedimento, juntamente com os documentos que originaram sua instauração, bem como o registro no SIMP;2. Remessa desta portaria ao Conselho Superior do Ministério Público-CSMP/MPPI e ao Centro de Apoio Operacional de Defesa da Saúde -CAODS, por e-mail, para conhecimento;3. Remessa desta portaria, por meio eletrônico, à Secretaria-Geral do Ministério Público para a devida divulgação na imprensa oficial, propiciandoa publicação e registro desta no sítio eletrônico da Procuradoria-Geral de Justiça;4. A juntada aos autos dos seguintes documentos:4.1. Normas Estaduais relacionadas ao enfrentamento do COVID-19, publicadas após a declaração de "emergência em saúde pública deimportância nacional", em decorrência da possibilidade de infecção humana pelo Coronavírus, segundo orientação expedida pelo Ministério daSaúde, em 03 de fevereiro de 2020, por meio da Portaria GM/MS nº 188/2020;4.2. Plano Estadual de Contingência para o Enfrentamento da Infecção Humana pelo CoronaVírus (2019-n COV), elaborado pelo Estado doPiauí;4.3. Cópia dos ofícios expedidos pelo Gabinete de Acompanhamento e Prevenção do Contágio pelo Coronavírus (COVID - 19), presidido pelaProcuradora-Geral de Justiça, ao Governador do Estado e ao Secretário de Saúde do Piauí;4.4. Cópias dos Ofícios com respectivas informações encaminhadas pelo Exmo. Sr. Governador do Estado e pelo Secretário de Saúde do Piauí.5. Notifique-se o Exmo Sr. Governador do Estado do Piauí para, no prazo de 5 (cinco) dias, apresentar as seguintes informações:5.1. Se há Portal da Transferência especificamente criado para inclusão de todas as informações referentes às receitas e despesas realizadas naárea da saúde em face do COVID-19, ou estas são incluídas no Portal da Transparência do Estado do Piauí, indicando o link de acesso. No casode inexistência ou não inclusão de informações em Portal da Transparência, até o presente momento, requisite-se a apresentação deinformações discriminadas quanto:5.1.1 - aos valores orçamentários e a execução de despesas, como decretos e atos administrativos que autorizam a realocação de recursos ouabrem créditos adicionais;5.1.2 - os contratos administrativos de prestação e fornecimento de bens e serviços, nota de empenho, liquidação e pagamento, descrição dobem e/ou serviço, o quantitativo, o valor unitário e total da aquisição, a data da compra e o nome do fornecedor, inclusive CNPG;5.1.3 - Comprove todas as receitas e gastos públicos relacionados especificamente ao enfrentamento e mitigação da pandemia decorrente do

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4. PROMOTORIAS DE JUSTIÇA []

4.1. 2ª PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE BARRAS-PI11450

COVID-19, tudo em conformidade ao disposto no artigo 4º, parágrafo 2º, da Lei 13.979/2020, e de acordo com o item 5.14, da Nota Técnica01/20, do TCE/PI; e do item 7, da Nota Técnica Orientativa do Gabinete de Acompanhamento e Prevenção à COVID-19 (GAP-COVID19), doMinistério Público do Piauí.5.1.4 - Informe a reprogramação financeira prevista no orçamento deste ano e destinada para o custeio das ações e serviços públicos de saúde,durante o estado de calamidade pública decretado em virtude da PANDEMIA ocasionada pelo Coronavírus;6 - Notifique-se o Secretário de Saúde do Estado do Piauí para, no prazo de 5 (cinco) dias, adotar as seguintes providências:6.1 - Sempre que for atualizado o Plano de Ações decorrente do Plano de Contingência para enfrentamento da Covid-19, deverão asautoridades notificadas apresentar respectivas informações, destacando:6.1.1 - quais os hospitais da rede pública, filantrópica ou privada para atendimento dos casos de Covid-19, discriminando quantos leitos clínicos ede UTI são destinados a esse atendimento em cada um dos hospitais e o incremento de leitos NOVOS de UTI;6.1.2 - qual o fluxo de acesso dos pacientes aos leitos desses hospitais, especialmente, aos leitos dos hospitais privados;6.1.3 - apresentar cópia dos contratos firmados com hospitais privados e filantrópicos referente a compra ou locação de leitos clínicos e de UTIpara servir aos pacientes do SUS, indicando quais os parâmetros para mensuração dos valores contratados e qual a fonte de recursos parapagamento desses leitos;6.1.4 - sobre Equipamentos de Proteção Individuais (EPIs), Testes e ventiladores informar, quinzenalmente, para o e-mail:[email protected], a relação dos equipamentos de proteção individual, os testes e os ventiladores adquiridos com recursosdo tesouro estadual e a respectiva distribuição para os hospitais, municípios piauienses e outros órgãos\secretarias.7 - Dê-se conhecimento da instauração do presente Procedimento ao CAODS, e, empós, providencie-se o compartilhamento das informaçõesrecebidas com o órgão, com a atenção e celeridade que o caso requer.Registre-se. Publique-se. Cumpra-se.Ultimadas as providências preliminares, à conclusão.Teresina-PI, 27 de abril de 2020.CLEANDRO MOURASubprocurador de Justiça Jurídico

PORTARIA N° 46/2020 (PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO Nº 35/2020-MPPI/2PJB)O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, através da 2ª Promotoria de Justiça de Barras, no uso das atribuições previstas no artigo 37,incisos I, V e VI, da Lei Complementar Estadual nº 12/93 e artigo 26, inciso I da Lei Federal n.º 8625/93[1], e com fulcro no disposto no artigo 127,129, inciso III, da Constituição Federal e,CONSIDERANDO que a Resolução CNMP nº 174, de 04 de julho de 2017, autorizou a instauração de PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO,para apurar fato que enseje a tutela de interesses individuais indisponíveis;CONSIDERANDO que o artigo 127 da Constituição Federal dispõe que "o Ministério Público é instituição permanente, essencial à funçãojurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis";CONSIDERANDO a Notícia de Fato nº 24/2020 (SIMP nº 000388-138/2020), registrada no âmbito da 2ª Promotoria de Justiça de Barras/PI,instaurada para apreciar denúncia sobre suposta situação de negligência e maus tratos praticada por Carlos Ferreira da Silva contra a cadeiranteMaria Lúcia Rodrigues de Carvalho e o idoso Francisco Rodrigues de Carvalho Silva;CONSIDERANDO que a Notícia de Fato será apreciada no prazo de 30 (trinta) dias, a contar do seu recebimento, prorrogável uma vez,fundamentadamente, por até 90 (noventa) dias, e, nesse mesmo prazo, o membro do Ministério Público poderá colher informações preliminaresimprescindíveis para deliberar sobre a instauração do procedimento próprio, sendo vedada a expedição de requisições, segundo dispõe o artigo3º, da Resolução nº 174, do Conselho Nacional do Ministério Público;CONSIDERANDO que o prazo de duração da Notícia de Fato nº 24/2020 (SIMP nº 000388-138/2020) está vencido desde 19/04/2020,perdurando a necessidade de diligências para melhor apurar os fatos nela insertos;RESOLVE-SE instaurar PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO com o objetivo de apurar suposta situação de vulnerabilidade e risco socialvivenciada pela cadeirante Maria Lúcia Rodrigues de Carvalho e pelo idoso Francisco Rodrigues de Carvalho Silva.Desde já, adoto as seguintes providências:1. Registro e autuação da presente portaria;2. Arquive-se cópia da presente portaria em pasta própria desta Promotoria de Justiça, bem como seja dada publicidade à mesma;3. Nomeio, sob compromisso, para secretariar os trabalhos, os servidores Érica Micaele da Silva Nascimento (Assessora de Promotoria,matrícula 15.224), Wesley Alves Resende (Assessor de Promotoria, matrícula 15.493) e Francisco de Assis Alves da Silva (Técnico Ministerial,matrícula 388), lotados(a) nesta Promotoria de Justiça;4. Expedição de ofício ao Centro de Referência Especializado de Assistência Social-CREAS de Cabeceiras do Piauí, requisitando a realização devisita domiciliar a família, com o envio de relatório de modo a possibilitar a verificação da necessidade de ajuizamento de medida de proteção ououtra ação de tutela de interesses individuais indisponíveis por este Órgão Ministerial e, caso constatada situação de vulnerabilidade, que sejaprovidenciado o seu acompanhamento com a adoção de medidas disponíveis através da rede de proteção da instituição;5. Encaminhe-se cópia da denúncia à 1ª Promotoria de Justiça de Barras para adoção de providências cabíveis;A fim de ser observado o artigo 11 da Resolução nº 174 do CNMP, deve ser realizado o acompanhamento de prazo inicial de 01 (um) ano paraconclusão do presente Procedimento Administrativo, mediante certidão nos autos após o seu transcurso.Barras/PI, 27 de abril 2020.[Assinado Digitalmente]Glécio Paulino Setúbal da Cunha e SilvaPromotor de Justiça[1] Art. 26. No exercício de suas funções, o Ministério Público poderá:I - instaurar inquéritos civis e outras medidas e procedimentos administrativos pertinentes e, para instruí-los:a) expedir notificações para colher depoimento ou esclarecimentos e, em caso de não comparecimento injustificado, requisitar conduçãocoercitiva, inclusive pela Polícia Civil ou Militar, ressalvadas as prerrogativas previstas em lei;b) requisitar informações, exames periciais e documentos de autoridades federais, estaduais e municipais, bem como dos órgãos e entidades daadministração direta, indireta ou fundacional, de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;c) promover inspeções e diligências investigatórias junto às autoridades, órgãos e entidades a que se refere a alínea anterior;II - requisitar informações e documentos a entidades privadas, para instruir procedimentos ou processo em que oficie;PORTARIA N° 46/2020 (PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO Nº 35/2020-MPPI/2PJB)O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, através da 2ª Promotoria de Justiça de Barras, no uso das atribuições previstas no artigo 37,incisos I, V e VI, da Lei Complementar Estadual nº 12/93 e artigo 26, inciso I da Lei Federal n.º 8625/93[1], e com fulcro no disposto no artigo 127,129, inciso III, da Constituição Federal e,

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CONSIDERANDO que a Resolução CNMP nº 174, de 04 de julho de 2017, autorizou a instauração de PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO,para apurar fato que enseje a tutela de interesses individuais indisponíveis;CONSIDERANDO que o artigo 127 da Constituição Federal dispõe que "o Ministério Público é instituição permanente, essencial à funçãojurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis";CONSIDERANDO a Notícia de Fato nº 24/2020 (SIMP nº 000388-138/2020), registrada no âmbito da 2ª Promotoria de Justiça de Barras/PI,instaurada para apreciar denúncia sobre suposta situação de negligência e maus tratos praticada por Carlos Ferreira da Silva contra a cadeiranteMaria Lúcia Rodrigues de Carvalho e o idoso Francisco Rodrigues de Carvalho Silva;CONSIDERANDO que a Notícia de Fato será apreciada no prazo de 30 (trinta) dias, a contar do seu recebimento, prorrogável uma vez,fundamentadamente, por até 90 (noventa) dias, e, nesse mesmo prazo, o membro do Ministério Público poderá colher informações preliminaresimprescindíveis para deliberar sobre a instauração do procedimento próprio, sendo vedada a expedição de requisições, segundo dispõe o artigo3º, da Resolução nº 174, do Conselho Nacional do Ministério Público;CONSIDERANDO que o prazo de duração da Notícia de Fato nº 24/2020 (SIMP nº 000388-138/2020) está vencido desde 19/04/2020,perdurando a necessidade de diligências para melhor apurar os fatos nela insertos;RESOLVE-SE instaurar PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO com o objetivo de apurar suposta situação de vulnerabilidade e risco socialvivenciada pela cadeirante Maria Lúcia Rodrigues de Carvalho e pelo idoso Francisco Rodrigues de Carvalho Silva.Desde já, adoto as seguintes providências:1. Registro e autuação da presente portaria;2. Arquive-se cópia da presente portaria em pasta própria desta Promotoria de Justiça, bem como seja dada publicidade à mesma;3. Nomeio, sob compromisso, para secretariar os trabalhos, os servidores Érica Micaele da Silva Nascimento (Assessora de Promotoria,matrícula 15.224), Wesley Alves Resende (Assessor de Promotoria, matrícula 15.493) e Francisco de Assis Alves da Silva (Técnico Ministerial,matrícula 388), lotados(a) nesta Promotoria de Justiça;4. Expedição de ofício ao Centro de Referência Especializado de Assistência Social-CREAS de Cabeceiras do Piauí, requisitando a realização devisita domiciliar a família, com o envio de relatório de modo a possibilitar a verificação da necessidade de ajuizamento de medida de proteção ououtra ação de tutela de interesses individuais indisponíveis por este Órgão Ministerial e, caso constatada situação de vulnerabilidade, que sejaprovidenciado o seu acompanhamento com a adoção de medidas disponíveis através da rede de proteção da instituição;5. Encaminhe-se cópia da denúncia à 1ª Promotoria de Justiça de Barras para adoção de providências cabíveis;A fim de ser observado o artigo 11 da Resolução nº 174 do CNMP, deve ser realizado o acompanhamento de prazo inicial de 01 (um) ano paraconclusão do presente Procedimento Administrativo, mediante certidão nos autos após o seu transcurso.Barras/PI, 27 de abril 2020.[Assinado Digitalmente]Glécio Paulino Setúbal da Cunha e SilvaPromotor de Justiça[1] Art. 26. No exercício de suas funções, o Ministério Público poderá:I - instaurar inquéritos civis e outras medidas e procedimentos administrativos pertinentes e, para instruí-los:a) expedir notificações para colher depoimento ou esclarecimentos e, em caso de não comparecimento injustificado, requisitar conduçãocoercitiva, inclusive pela Polícia Civil ou Militar, ressalvadas as prerrogativas previstas em lei;b) requisitar informações, exames periciais e documentos de autoridades federais, estaduais e municipais, bem como dos órgãos e entidades daadministração direta, indireta ou fundacional, de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;c) promover inspeções e diligências investigatórias junto às autoridades, órgãos e entidades a que se refere a alínea anterior;II - requisitar informações e documentos a entidades privadas, para instruir procedimentos ou processo em que oficie;PORTARIA N° 45/2020 (PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO Nº 34/2020-MPPI/2PJB)Instaura Procedimento Administrativo com o objetivo de acompanhar o abastecimento de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e adisponibilidade de testes diagnósticos para atender a demanda decorrente da COVID-19.O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE PIAUÍ, por seu representante, com atuação na 2ª Promotoria de Justiça de Barras, no uso dasatribuições que lhes são conferidas pelos arts. 127, 129, III, da Constituição Federal, art. 26, I da Lei n° 8.625/93 e art. 37, incisos I, V e VI, da LeiComplementar Estadual n° 12/93 e,CONSIDERANDO que o Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa daordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis, nos termos do art. 127, caput, da Constituição daRepública;CONSIDERANDO a disposição do artigo 197 da Constituição Federal de que: "são de relevância pública as ações e serviços de saúde, cabendoao Poder Público dispor, nos termos da lei, sobre sua regulamentação, fiscalização e controle, devendo sua execução ser feita diretamente ouatravés de terceiros e, também, por pessoa física ou jurídica de direito privado";CONSIDERANDO que a Lei Federal nº 8080/1990 estabelece como um dos objetivos do SUS "a assistência às pessoas por intermédio de açõesde promoção, proteção e recuperação da saúde, com a realização integrada das ações assistenciais e das atividades preventivas", consoanteredação do art.5º, III;CONSIDERANDO que, nos termos do artigo 15, XIII, da mesma lei federal, são comuns à União, Estados, Distrito Federal e Municípios, em seuâmbito administrativo, as ações: "para atendimento de necessidades coletivas, urgentes e transitórias, decorrentes de situações de perigoiminente, de calamidade pública ou de irrupção de epidemias, a autoridade competente da esfera administrativa correspondente poderá requisitarbens e serviços, tanto de pessoas naturais como de jurídicas, sendo-lhes assegurada justa indenização";CONSIDERANDO que, de acordo com o artigo 36, §2º, da Lei 8080/1990, "é vedada a transferência de recursos para o financiamento de açõesnão previstas nos planos de saúde, exceto em situações emergenciais ou de calamidade pública, na área de saúde";CONSIDERANDO o disposto na Lei Federal nº 13.979, de 06 de fevereiro de 2020, que dispôs medidas para enfrentamento da emergência desaúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus responsável pelo surto de 2019;CONSIDERANDO que o art. 3º da mencionada lei prevê como medidas para o enfrentamento da infecção: isolamento, quarentena, determinaçãode realização compulsória de exames médicos, testes laboratoriais, coleta de amostras clínicas, vacinação e tratamentos médicos específicos;CONSIDERANDO a publicação da Portaria MS/GM nº 356, de 11 de março de 2020, que estabelece a regulamentação e operacionalização dodisposto na Lei nº 13.979/2020, que traz medidas para enfrentamento da emergência de saúde pública de importância internacional decorrentedo coronavírus (COVID-19);CONSIDERANDO que, em 11.3.2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou pandemia para o coronavírus, ou seja, momento emque uma doença se espalha por diversos continentes com transmissão sustentada entre humanos;CONSIDERANDO que a classificação da situação mundial do novo coronavírus (COVID-19, SARSCoV-2) como pandemia significa o riscopotencial da doença infecciosa atingir a população mundial de forma simultânea, não se limitando a locais que já tenham sido identificadas comode transmissão interna;CONSIDERANDO que, em 16.3.2020, foi publicado o Decreto Estadual nº 18.884/2020, dispondo, no âmbito do Estado do Piauí, sobre asmedidas de emergência de saúde pública de importância internacional e tendo em vista a classificação da situação mundial do novo coronaviruscomo pandemia, institui o Comitê de Gestão de Crise, e dá outras providências;CONSIDERANDO que, em 19.3.2020, mediante o Decreto Estadual nº 18.895/2020, foi declarado estado de calamidade pública no Estado doPiauí, ao passo em que a União reconheceu calamidade pública em âmbito nacional em razão da Pandemia da COVID-19, no dia seguinte

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(20.3.2020), mediante Decreto Legislativo nº. 6/2020;CONSIDERANDO a publicação dos Decretos Estaduais nº 18.901/2020 e 18.902/2020, que tratam sobre as medidas excepcionais voltadas parao enfrentamento da grave crise de saúde pública decorrente do Covid-19;CONSIDERANDO que, em 20.3.2020, o Ministério da Saúde também reconheceu, por meio da Portaria n. 454/2020, o estado de transmissãocomunitária do coronavírus em todo o território nacional;CONSIDERANDO o Decreto nº 10.282, de 20 de março de 2020, que regulamenta a Lei nº 13.979, de 6 de fevereiro de 2020, para definir osserviços públicos e as atividades essenciais;CONSIDERANDO a Medida Provisória nº 926, de 20 de março de 2020, que altera a Lei nº 13.979, de 6 de fevereiro de 2020, para dispor sobreprocedimentos para aquisição de bens, serviços e insumos destinados ao enfrentamento da emergência de saúde pública de importânciainternacional decorrente do coronavírus;CONSIDERANDO a RDC/ANVISA Nº 356, de 23.3.2020, que dispõe, de forma extraordinária e temporária, sobre os requisitos para a fabricação,importação e aquisição de dispositivos médicos identificados como prioritários para uso em serviços de saúde, em virtude da emergência desaúde pública internacional relacionada ao CORONAVÍRUS (SARS-CoV-2);CONSIDERANDO a Portaria MS/GM nº 395, de 16.3.2020, que estabelece recurso do Bloco de Custeio das Ações e Serviços Públicos de Saúde- Grupo de Atenção de Média e Alta Complexidade-MAC, a ser disponibilizado aos Estados e Distrito Federal, destinados às ações de saúde parao enfrentamento do Coronavírus - COVID 19, sendo destinado ao Piauí a quantia de R$ 6.467.782,00 (seis milhões e quatrocentos e sessenta esete mil e setecentos e oitenta e dois reais);CONSIDERANDO a Portaria GM/MS Nº 480, de 23 de março de 2020, que estabelece recurso do Bloco de Custeio das Ações e ServiçosPúblicos de Saúde, a ser disponibilizado aos Estados e Distrito Federal, destinados às ações de saúde para o enfrentamento do Coronavírus -COVID 19, contemplando o Estado do Piauí com o valor de R$ 9.198.707,30 (nove milhões e cento e noventa e oito mil e setecentos e sete reaise trinta centavos);CONSIDERANDO a deliberação da Comissão Intergestores Bipartite do Piauí (CIB\PI), por meio da Resolução nº 30, de 6.3.2020 que aprova osrecursos da Portaria MS/GM nº 395, de 16.3.2020 destinando para a gestão estadual (SESAPI) aplicar de acordo com o Plano de Contingência;CONSIDERANDO a deliberação da Comissão Intergestores Bipartite do Piauí (CIB\PI), por meio da Resolução nº 32, de 27.3.2020 que aprova adistribuição ente os municípios dos recursos previstos na Portaria MS/GM nº 480, de 23.3.2020, estabelecendo que "dentre as despesasexecutadas pelos municípios com os recursos seja contemplada a aquisição de EPIs para os profissionais de saúde";CONSIDERANDO que o Ministério da Saúde (MS) recomenda o uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) pelos profissionais desaúde, para prevenção de infecções, e assim evitar ou reduzir ao máximo a transmissão do vírus durante qualquer assistência à saúde prestada;CONSIDERANDO a NOTA TÉCNICA GVIMS/GGTES/ANVISA Nº 04/2020, contendo orientações para serviços de saúde sobre as medidas deprevenção e controle que devem ser adotadas durante a assistência aos casos suspeitos ou confirmados de infecção pelo novo Coronavírus(SARS-CoV-2);CONSIDERANDO que, em decorrência do atual contexto de surto epidêmico do COVID-19, foi publicizado o Plano de Contingência para oEnfrentamento da Infecção Humana pelo Coronavirus (2019-nCoV) do Estado do Piauí;CONSIDERANDO que, segundo previsto no referido plano, o Estado do Piauí deverá se adaptar às necessidades de ampliação do serviçohospitalar aos hospitais regionais dos territórios como retaguarda para dar cobertura em todo o Estado;CONSIDERANDO que, embora o Hospital Regional Leônidas Melo integre a rede de assistência hospitalar do Estado para atendimento daCOVID-19 como porta de entrada, conforme definido no sobredito Plano de Contingência;CONSIDERANDO que segundo definido no FLUXO PARA REFERENCIAMENTO DA COVID-19: PACIENTES DA REDE ASSISTENCIAL -OUTROS MUNICÍPIOS, os Hospitais Regionais de Referência Estadual realizarão a assistência aos pacientes referenciados pela rede hospitalardos municípios do interior do Estado que apresentem Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), bem como, farão a regulação para asreferências terciárias (Instituto de Doenças Tropicais Natan Portela-IDTNP, Maternidade Dona Evangelina Rosa e Hospital Infantil LucídioPortela);CONSIDERANDO que o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), por meio da Comissão da Saúde, emitiu a Nota Técnica Conjunta nº01/2020 - CES/CNMP/1ª CCR, contendo subsídios para a atuação coordenada do Ministério Público voltada ao enfrentamento do COVID-19;CONSIDERANDO que, de acordo com as orientações entabuladas na referida Nota Técnica, cabe aos Órgãos de Execução do Ministério Públicocom funções na área da saúde a aproximação com os gestores locais de saúde, visando acompanhar e tomar ciência dos Planos Municipais deContingência;CONSIDERANDO que foi mantido o curso dos prazos dos procedimentos relacionados à atuação sobre a pandemia do coronavírus, no períodode 18 de março a 16 de abril de 2020, no âmbito do MPPI, conforme art. 4º, inciso I, da Recomendação PGJ/CGMP nº 02/2020, recomendandoaos membros do Ministério Público do Estado do Piauí, no âmbito da sua atuação funcional, a adoção de medidas preventivas à propagação dainfecção pelo novo coronavírus - Covid-19, no interesse da saúde pública;CONSIDERANDO a instituição do Gabinete de Acompanhamento e Prevenção do Contágio pelo Coronavírus (COVID - 19), por meio da PortariaPGJ nº 839/2020, no âmbito do Ministério Público do Piauí;CONSIDERANDO que o inc. II do art. 8º da Resolução nº 174, de 04 de julho de 2017, do Conselho Nacional do Ministério Público, determinaque o procedimento administrativo é o instrumento próprio da atividade-fim destinado a acompanhar e fiscalizar, de forma continuada, políticaspúblicas ou instituições;RESOLVE-SE instaurar PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO com o objetivo de acompanhar o abastecimento de Equipamentos de ProteçãoIndividual (EPIs) e a disponibilidade de testes diagnósticos para atender a demanda decorrente da COVID-19, adotando como diligências iniciaisas seguintes providências:Desde já, adoto as seguintes providências:1. Registro e autuação da presente Portaria, juntando cópias dos Decretos Estaduais nº 18.884/2020, 18.895/2020 e 18.901/2020, do Plano deContingência do Piauí, Fluxograma da rede de atendimento do Covid-19 do Piauí e a legislação acima mencionada;2. Arquive-se cópia da presente portaria em pasta própria desta Promotoria de Justiça, bem como seja dada publicidade à mesma;3. Nomeio, sob compromisso, para secretariar os trabalhos, os servidores Érica Micaele da Silva Nascimento (Assessora de Promotoria,matrícula 15.224), Wesley Alves Resende (Assessor de Promotoria, matrícula 15.493) e Francisco de Assis Alves da Silva (Técnico Ministerial,matrícula 388), lotados(a) nesta Promotoria de Justiça;4. Expedição de ofício à Direção Geral do Hospital Leônidas Melo, solicitando, no prazo de 72 horas, as seguintes providências:a) realizar o inventário de EPIs e TESTES DIAGNÓSTICOS, com base no preenchimento da PLANILHAEPIS\TESTES, enviada pelo MP,preenchendo-a, sempre que o hospital receber e dispensar aos seus pacientes e a outras unidades de saúde, porventura, contratadas; registraras quantidades recebidas da SESAPI, por aquisição própria e as doações recebidas, bem como, os respectivos descartes (EPIs e testesutilizados) e encaminhar, quinzenalmente, a PLANILHA devidamente preenchida para acompanhamento do MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL,por meio do e-mail [email protected] ou pelo número 86 98840-7954;b) apresentar, no mesmo prazo, o estoque atualizado e a previsão de data para esgotamento dos EPIs e testes diagnósticos disponíveis;c) qual o planejamento ou as providências adotadas para sanar eventual desabastecimento de EPIs e testes;5. Remessa desta Portaria ao Conselho Superior do Ministério Público e ao Centro de Apoio Operacional de Defesa da Saúde - CAODS/MPPI,por e-mail, para conhecimento;6. Remessa desta Portaria, por meio eletrônico, à Secretaria Geral do Ministério Público (no e-mail [email protected]), para a devidadivulgação na imprensa oficial, propiciando a publicação e registro desta Portaria no sítio eletrônico da Procuradoria Geral de Justiça;

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4.2. 49ª PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE TERESINA-PI11451

4.3. 12ª PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE TERESINA-PI11452

A fim de ser observado o artigo 11 da Resolução nº 174 do CNMP, deve ser realizado o acompanhamento de prazo inicial de 01 (um) ano paraconclusão do presente Procedimento Administrativo, mediante certidão nos autos após o seu transcurso.Diligências necessárias. Cumpra-se.Ultimadas as providências preliminares, retornem para ulteriores deliberações.Barras/PI, 27 de abril 2020.[Assinado Digitalmente]Glécio Paulino Setúbal da Cunha e SilvaPromotor de Justiça

PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA49ª PROMOTORIA DE JUSTIÇAAV. LINDOLFO MONTEIRO, 911 - BAIRRO DE FÁTIMA - TERESINA - PICEP: 64.049-440 - FONE: 3216-4550 / RAMAL 513 e [email protected] / Celular Institucional: (86) 98114-5518NOTÍCIA DE FATO Nº 004-A/2020PORTARIA Nº 052/2020O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, por sua representante signatária, no uso das atribuições constitucionais conferidas pelo art.129, da Constituição Federal,CONSIDERANDO que o Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa daordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis, ao teor do art. 127, caput, da Constituição Federal, eart. 141, da Constituição do Estado do Piauí;CONSIDERANDO que é função institucional do Ministério Público a promoção de Procedimentos Administrativos, Inquéritos Civis e Ações CivisPúblicas, para proteção de direitos difusos e coletivos, segundo o que prevê o art. 129, inciso II, da Constituição Federal;CONSIDERANDO o que dispõe a Resolução CPJ/PI nº 02, de 07 de Abril de 2020, que dispõe sobre a criação de 09 (nove) Grupos Regionais dePromotorias Integradas no Acompanhamento da COVID-19, no âmbito do Ministério Público do Estado do Piauí, enquanto durar o estado decalamidade pública;CONSIDERANDO a previsão contida no art. 5º, inciso IV, da Resolução CPJ/PI nº 02, de 07 de Abril de 2020, segundo a qual os membrosintegrantes de cada Grupo Regional atuarão, de forma integrada, prioritariamente preventiva e orientativa, auxiliado pelos Centros de ApoioOperacional, sendo um dos eixos temáticos Assistência e Educação, consubstanciado na assistência aos idosos, infância, populaçãovulnerável, com foco no fluxo dos municípios e outras questões;CONSIDERANDO que a disposição do art. 6º, da mesma Resolução, diz que ao Grupo Regional competirá atuar nos procedimentosextrajudiciais por ele instaurados, de natureza criminal ou cível, bem como promover e acompanhar medidas judiciais, de forma concorrente como Promotor de Justiça natural integrante da respectiva região;CONSIDERANDO o que consta da Manifestação Número de Protocolo 856/2020, e documentos que acompanham, oriunda da Ouvidoria doMinistério Público do Estado do Piauí, que trata sobre manifestação dos trabalhadores do Sistema Único das Assistência Social-SUAS doMunicípio de Teresina quanto à rede socioassistencial de prestados nos CRAS, CREAS, Casa do Caminho, Centro Pop, Punaré e outros;CONSIDERANDO que fora encaminhada pela Coordenação do Grupo Regional de Promotorias Integradas no Acompanhamento da COVID-19Teresina, Eixo Temático Assistência e Educação, a manifestação acima citada que trata de matéria que não está afeta às atribuições do ditoGrupo Regional, na medida em que não tem impacto regional, mas apenas no âmbito do Município de Teresina;RESOLVEInstaurar a Notícia de Fato nº 004-A/2020, visando à apuração dos fatos narrados na Manifestação Número de Protocolo 856/2020, oriunda daOuvidoria do Ministério Público do Estado do Piauí.Para tanto, DETERMINO:· Seja registrado no livro próprio e no SIMP a instauração da presente Notícia de Fato;· Seja encaminhada cópia dessa Portaria, para conhecimento e publicação no Diário de Justiça do Piauí e ao Centro de Apoio Operacional daEducação e Cidadania-CAODEC;· Oficie-se à Ouvidoria informando sobre a instauração da presente Notícia de Fato, mencionando-se o número do SIMP para eventualacompanhamento;· Após, voltem-me conclusos.Publique-se e cumpra-se.Teresina-PI, 24 de Abril de 2020MYRIAN LAGO49ª Promotora de Justiça de Teresina-PIPromotoria da Cidadania e Direitos Humanos

PORTARIA 12ª PJ Nº 054/2020INQUÉRITO CIVIL PÚBLICO Nº 099/2019O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, através da 12ª Promotoria de Justiça de Teresina-PI, especializada na defesa da saúdepública, por seu representante signatário, no uso das atribuições constitucionais conferidas pelo artigo 129 da Constituição da República e,CONSIDERANDO que é função institucional do Ministério Público promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do patrimôniopúblico e social (art. 129, III, da CF/88);CONSIDERANDO que, nos termos do art. 37, I, da Lei Complementar Estadual nº 12/93 e do art. 3º da Resolução CNMP nº 23, de 17/09/2007, ainstauração e instrução dos procedimentos preparatórios e inquéritos civis é de responsabilidade dos órgãos de execução, cabendo ao membrodo Ministério Público investido da atribuição a propositura da ação civil pública respectiva;CONSIDERANDO que o artigo 196 da Constituição Federal expressa que "a saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediantepolíticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações eserviços para sua promoção, proteção e recuperação";CONSIDERANDO que a Lei Nº 8080/90, em seu artigo 2º, preconiza que "a saúde é um direito fundamental do ser humano, devendo o Estadoprover as condições indispensáveis ao seu pleno exercício";CONSIDERANDO que o artigo 7º, inciso II, da Lei Nº 8080/90, estabelece como diretriz do SUS a "integralidade de assistência, entendida comoconjunto articulado e contínuo das ações e serviços preventivos e curativos, individuais e coletivos, exigidos para cada caso em todos os níveisde complexidade do sistema";CONSIDERANDO que a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou, em 30 de janeiro de 2020, que o surto da doença causada pelo novocoronavírus (COVID-19) constitui uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional - o mais alto nível de alerta da Organização,conforme previsto no Regulamento Sanitário Internacional, e em 11 de março de 2020, a COVID-19 foi caracterizada pela OMS como uma

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pandemia;CONSIDERANDO o Decreto Estadual Nº 18.913/2020 e o Decreto Municipal Nº 19.548/2020, os quais determinam medidas excepcionais,enquanto durar o estado de calamidade pública decorrente da pandemia do Coronavírus;CONSIDERANDO a tramitação, no âmbito da 12ª Promotoria de Justiça, do Procedimento Preparatório Nº 99/2019 (SIMP 000076 - 027/2019),a fim de viabilizar a aplicação de injeção intravítrea em benefício de paciente no Hospital Getúlio Vargas;CONSIDERANDO o ATO MPE- PI PGJ Nº 997/2020 foi instituído, em caráter excepcional e temporário, o regime de teletrabalho, com asuspensão do expediente presencial no Ministério Público do Estado do Piauí, o que limita a análise dos autos aos documentos anexadosao Sistema Integrado do Ministério Público (SIMP);CONSIDERANDO que não se verifica que foram acostados aos autos, expediente em resposta ao Ofício 12ª PJ Nº 059/2020, destinado àdireção do Hospital Getúlio Vargas;CONSIDERANDO a Recomendação expedida pelo Conselho Regional de Medicina do Piauí, expedida em 31 de março de 2020, orientando pelasuspensão de atendimento clínico ou cirúrgico eletivo, ressalvando às situações urgentes e emergentes;CONSIDERANDO o vencimento do prazo de tramitação do Procedimento Preparatório supra;CONSIDERANDO que o Inquérito Civil Público, instituído pelo art. 8º, §1º, da Lei nº 7.347/85, é o instrumento adequado para a coleta deelementos probatórios destinados à instrução de eventual ação civil pública ou celebração de compromisso de ajustamento de conduta;RESOLVEConverter Procedimento Preparatório em Inquérito Civil Público Nº 99/2019, a fim de viabilizar a aplicação de injeção intravítrea embenefício de paciente no Hospital Getúlio Vargas, e determinando:1 - Quando do retorno das atividades ministeriais presenciais, junte-se aos autos a resposta ao Ofício 12ªPJ Nº 59/2020, ou caso não se averifique, reitere-se o referido expediente;2 - Publicar a presente Portaria na imprensa oficial (Diário do Ministério Público do Estado do Piauí);3 - Nomear a Sra. Brenda Virna de Carvalho Passos, Analista Ministerial, para secretariar este inquérito civil.Arquive-se cópia da presente Portaria em pasta própria desta 12ª Promotoria de Justiça e comunique-se ao Centro de Apoio Operacional daSaúde e ao Conselho Superior do Ministério Público.Publique-se e Cumpra-se.Teresina, 27 de abril de 2020.ENY MARCOS VIEIRA PONTESPromotor de Justiça - 12ª PJPORTARIA 12ª PJ Nº 055/2020INQUÉRITO CIVIL PÚBLICO Nº 092/2019O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, através da 12ª Promotoria de Justiça de Teresina-PI, especializada na defesa da saúdepública, por seu representante signatário, no uso das atribuições constitucionais conferidas pelo artigo 129 da Constituição da República e,CONSIDERANDO que é função institucional do Ministério Público promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do patrimôniopúblico e social (art. 129, III, da CF/88);CONSIDERANDO que, nos termos do art. 37, I, da Lei Complementar Estadual nº 12/93 e do art. 3º da Resolução CNMP nº 23, de 17/09/2007, ainstauração e instrução dos procedimentos preparatórios e inquéritos civis é de responsabilidade dos órgãos de execução, cabendo ao membrodo Ministério Público investido da atribuição a propositura da ação civil pública respectiva;CONSIDERANDO que o artigo 196 da Constituição Federal expressa que "a saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediantepolíticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações eserviços para sua promoção, proteção e recuperação";CONSIDERANDO que a Lei Nº 8080/90, em seu artigo 2º, preconiza que "a saúde é um direito fundamental do ser humano, devendo o Estadoprover as condições indispensáveis ao seu pleno exercício";CONSIDERANDO que o Hospital Getúlio Vargas é o único hospital do Estado habilitado para realizar procedimentos de alta complexidade emvárias especialidades médicas;CONSIDERANDO que o Conselho Federal de Medicina (CFM), pela Resolução n.º 1.638/02, define prontuário como "documento único,constituído de um conjunto de informações, sinais e imagens registrados, gerados a partir de fatos, acontecimentos e situações sobre a saúde dopaciente e a assistência a ele prestada, de caráter legal, sigiloso e científico, que possibilita a comunicação entre membros da equipemultiprofissional e a continuidade da assistência prestada ao indivíduo";CONSIDERANDO os registros da equipe assistencial têm papel preponderante na segurança e no controle do tratamento médico e que aausência desses elementos demonstra má qualidade da assistência prestada ao paciente;CONSIDERANDO que o prontuário estará sob a guarda do médico ou da instituição que assiste o paciente (Resolução Nº 2.217, de 27 desetembro de 2018, art. 87,§ 2º);CONSIDERANDO que a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou, em 30 de janeiro de 2020, que o surto da doença causada pelo novocoronavírus (COVID-19) constitui uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional - o mais alto nível de alerta da Organização,conforme previsto no Regulamento Sanitário Internacional, e em 11 de março de 2020, a COVID-19 foi caracterizada pela OMS como umapandemia;CONSIDERANDO o ATO MPE- PI PGJ Nº 997/2020 foi instituído, em caráter excepcional e temporário, o regime de teletrabalho, com asuspensão do expediente presencial no Ministério Público do Estado do Piauí, o que limita a análise dos autos aos documentos anexadosao Sistema Integrado do Ministério Público (SIMP);CONSIDERANDO a tramitação, no âmbito da 12ª Promotoria de Justiça, do Procedimento Preparatório Nº 92/2019 (SIMP 000075 - 027/2019),a fim de apurar irregularidades na confecção, guarda e disponibilização de prontuários médicos no Hospital Getúlio Vargas;CONSIDERANDO que não se verifica que foram acostados aos autos, expediente em resposta ao Ofício 12ª PJ Nº 0513/2020, destinado àFundação Piauiense de Serviços Hospitalares;CONSIDERANDO o vencimento do prazo de tramitação do Procedimento Preparatório supra;CONSIDERANDO que o Inquérito Civil Público, instituído pelo art. 8º, §1º, da Lei nº 7.347/85, é o instrumento adequado para a coleta deelementos probatórios destinados à instrução de eventual ação civil pública ou celebração de compromisso de ajustamento de conduta;RESOLVEConverter Procedimento Preparatório em Inquérito Civil Público Nº 92/2019, (SIMP 000075 - 027/2019), a fim de apurar irregularidades naconfecção, guarda e disponibilização de prontuários médicos no Hospital Getúlio Vargas; Ofício 12ª PJ Nº 0513/2020, destinado àFundação Piauiense de Serviços Hospitalares;1 - Reitere-se o Ofício 12ª PJ Nº Ofício 12ª PJ Nº 0513/2020, destinado à Fundação Piauiense de Serviços Hospitalares;2 - Publicar a presente Portaria na imprensa oficial (Diário do Ministério Público do Estado do Piauí);3 - Nomear a Sra. Brenda Virna de Carvalho Passos, Analista Ministerial, para secretariar este inquérito civil.Arquive-se cópia da presente Portaria em pasta própria desta 12ª Promotoria de Justiça e comunique-se ao Centro de Apoio Operacional daSaúde e ao Conselho Superior do Ministério Público. Publique-se e Cumpra-se.Teresina, 27 de abril de 2020.ENY MARCOS VIEIRA PONTESPromotor de Justiça - 12ª PJ

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4.4. 4ª PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE PARNAÍBA-PI11453

PORTARIA 12ª PJ Nº 56/2020PROCEDIMENTO PREPARATÓRIO Nº 18/2020O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, através da 12ª Promotoria de Justiça de Teresina-PI, especializada na defesa da saúdepública, por seu representante signatário, no uso das atribuições constitucionais conferidas pelo artigo 129 da Constituição da República e,CONSIDERANDO que é função institucional do Ministério Público promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do patrimôniopúblico e social (art. 129, III, da CF/88);CONSIDERANDO que, nos termos do art. 37, I, da Lei Complementar Estadual nº 12/93 e do art. 3º da Resolução CNMP nº 23, de 17/09/2007, ainstauração e instrução dos procedimentos preparatórios e inquéritos civis é de responsabilidade dos órgãos de execução, cabendo ao membrodo Ministério Público investido da atribuição a propositura da ação civil pública respectiva;CONSIDERANDO que o artigo 196 da Constituição Federal expressa que "a saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediantepolíticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações eserviços para sua promoção, proteção e recuperação";CONSIDERANDO que a Lei Nº 8080/90, em seu artigo 2º, preconiza que "a saúde é um direito fundamental do ser humano, devendo o Estadoprover as condições indispensáveis ao seu pleno exercício";CONSIDERANDO que o inciso II, do artigo 7º, da Lei Federal nº 8080/90 prega a "integralidade de assistência, entendida como conjuntoarticulado e contínuo das ações e serviços preventivos e curativos, individuais e coletivos, exigidos para cada caso em todos os níveis decomplexidade do sistema";CONSIDERANDO que o Tratamento Fora do Domicílio consiste no custeio para tratamento de saúde, em outra localidade que não no municípiode residência, a ser prestado a qualquer cidadão residente no Estado do Piauí, quando esgotados todos os meios de tratamento na localidade deresidência do mesmo;CONSIDERANDO o vencimento do prazo da Notícia de Fato n° 77/2019 (000185-27/2019) instaurada a fim de apurar irregularidades quanto aoprocesso de compra das passagens referentes ao Tratamento Fora do Domicílio-TFD em benefício de paciente, realizado no Estado de SãoPaulo;CONSIDERANDO a ausência de documentação comprobatória da realização de viagem da paciente ao supracitado Estado, por meio doTratamento Fora do Domicílio- TFD/Piauí e, portanto, da necessidade de dar continuidade às diligências;CONSIDERANDO que o Inquérito Civil Público, instituído pelo art. 8º, §1º, da Lei nº 7.347/85, é o instrumento adequado para a coleta deelementos probatórios destinados à instrução de eventual ação civil pública ou celebração de compromisso de ajustamento de conduta;RESOLVEInstaurar o presente PROCEDIMENTO PREPARATÓRIO Nº 18/2020, na forma dos parágrafos 4º a 7º do artigo 2º da Resolução nº 23, de 17 desetembro de 2007, do CNMP, a fim de apurar irregularidades quanto ao processo de compra das passagens referentes ao TratamentoFora do Domicílio-TFD em benefício de paciente, realizado no Estado de São Paulo, DETERMINANDO, desde já, as seguintes diligências:1 - Expedição de ofício para a Coordenação do Tratamento Fora do Domicílio- TFD/Piauí requisitando documentação comprobatória darealização de viagem da paciente ao Estado de São Paulo, visando dar continuidade à tratamento médico;2 - Publicar a presente Portaria na imprensa oficial (Diário do Ministério Público do Estado do Piauí);3 - Nomear a Sra. Brenda Virna de Carvalho Passos, Analista Ministerial, para secretariar este inquérito civil.Arquive-se cópia da presente Portaria em pasta própria desta 12ª Promotoria de Justiça e comunique-se ao Centro de Apoio Operacional daSaúde e ao Conselho Superior do Ministério Público.Publique-se e Cumpra-se.Teresina, 27 de abril de 2020.ENY MARCOS VIEIRA PONTESPromotor de Justiça - 12ª PJPromotor de Justiça - 12ª PJ

Promotoria de Justiça de ParnaíbaPORTARIA Nº 01/2020OBJETO: Instaurar Procedimento Administrativo nº /2020 para acompanhar e para fiscalizar as ações do Poder Público para enfrentamento dapandemia causada pelo coronavírus (SARS-coV-2) nas Instituições de Longa Permanência - ILPI, município de Parnaíba - PI, abrangido peloGrupo Regional de Promotorias Integradas - Parnaíba, garantindo-se à população idosa residente o fundamental direito à saúde.O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, por seu representante signatário, em exercício na 4ª Promotoria de Justiça de Parnaíba-PI,no uso de suas atribuições legais, e, com fulcro nas disposições contidas nos arts. 127 e 129, incisos II e III, da Constituição Federal; art. 26,incisos I, e art. 27 e parágrafo único, inciso IV, da Lei Federal de n° 8.625/93; e art. 37 da Lei Complementar Estadual n° 12/93;CONSIDERANDO a necessidade de instaurar na 4ª Promotoria de Justiça de Parnaíba - PI o Procedimento Administrativo Nº 01/2020 visando o"Acompanhamento de Políticas Públicas voltadas à Pessoa Idosa, relativas ao enfrentamento da pandemia gerada pelo novo coronavírus(COVID-19)";CONSIDERANDO que, em 30.01.2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que o surto da doença causada pelo Coronavírus(COVID-19) constitui Emergência de Saúde Pública de importância Internacional (ESPII);CONSIDERANDO que o Ministério da Saúde, em 03.02.2020, através da Portaria GM/MS nº 188/2020 , declarou "emergência em saúde públicade importância nacional", em decorrência da infecção humana pelo Coronavírus, considerando que a situação atual demanda o emprego urgentede medidas de prevenção, controle e contenção de riscos, danos e agravos à saúde pública;CONSIDERANDO que, em 11.03.2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou pandemia para o Coronavírus, ou seja, momento emque uma doença se espalha por diversos continentes com transmissão sustentada entre humanos;CONSIDERANDO que a classificação da situação mundial do novo coronavírus (COVID-19, SARSCoV-2) como pandemia significa o riscopotencial da doença infecciosa atingir a população mundial de forma simultânea, não se limitando a locais que já tenham sido identificadas comode transmissão interna;CONSIDERANDO a vulnerabilidade do organismo dos idosos — mais comum à medida que se envelhece — colocando esse grupo no topo dasprioridades dos Poderes Públicos;CONSIDERANDO que o Estado do Piauí, através da sua Secretaria de Estado da Saúde- SESAPI, elaborou PLANO DE CONTINGÊNCIA PARAO ENFRENTAMENTO DA INFECÇÃO HUMANA PELO CORONAVÍRUS (COVID-19), não disciplinando o atendimento às pessoas idosas frentea pandemia do COVID-19;CONSIDERANDO que, no bojo de Procedimentos Administrativos, cabe ao Ministério Público expedir Recomendações para que os gestorespúblicos e das ILPI's promovam as medidas necessárias à garantia e ao respeito à Constituição da República e às normas infraconstitucionais,dentre as quais o Estatuto do Idoso;CONSIDERANDO a instituição do Estatuto do Idoso, destinado a regular os direitos assegurados às pessoas com idade igual ou superior a 60(sessenta) anos, garantindo-se-lhes, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, para preservação de sua saúde física emental e seu aperfeiçoamento moral, intelectual, espiritual e social, em condições de liberdade e dignidade, nos termos do seu art. 1º e 2º;CONSIDERANDO ser obrigação da família, da comunidade, da sociedade e do Poder Público assegurar ao idoso, com absoluta prioridade, a

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efetivação do direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, à cultura, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade, àdignidade, ao respeito e à convivência familiar e comunitária;CONSIDERANDO que, a teor do art. 4º do mencionado Estatuto, nenhum idoso será objeto de qualquer tipo de negligência, discriminação,violência, crueldade ou opressão, e todo atentado aos seus direitos, por ação ou omissão, será punido na forma da lei;CONSIDERANDO que todo idoso tem direito à moradia digna, no seio da família natural ou substituta, ou desacompanhado de seus familiares,quando assim o desejar, ou, ainda, em instituição pública ou privada (ILPIs);CONSIDERANDO que, nesse sentido, a assistência integral na modalidade de Instituição de Longa Permanência será prestada quandoverificada inexistência de grupo familiar, casa-lar, abandono ou carência de recursos financeiros próprios ou da família, ficando a ILPIobrigada a manter identificação externa visível, sob pena de interdição, além de atender toda a legislação pertinente, conforme art. 37, §§1º e2º;CONSIDERANDO as obrigações legais das entidades de atendimento, estatuídas pelo art. 50, dentre elas:II - observar os direitos e as garantias de que são titulares os idosos;IV - oferecer instalações físicas em condições adequadas de habitabilidade;V - oferecer atendimento personalizado;VIII - proporcionar cuidados à saúde, conforme a necessidade do idoso; XII - comunicar à autoridade competente de saúde toda ocorrência deidoso portador de doenças infecto-contagiosas;CONSIDERANDO, ainda, o disposto na Lei n° 13.979, de 06 de fevereiro de 2020, que dispõe sobre as medidas para enfrentamento daemergência de saúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus responsável pelo surto de 2019;CONSIDERANDO o que a mesma Lei Federal nº 13.979/2020 , em seu art. 3º, prevê as seguintes medidas para o enfrentamento da infecção:isolamento, quarentena, determinação de realização compulsória de exames médicos, testes laboratoriais, coleta de amostras clínicas, vacinaçãoe tratamentos médicos específicos;CONSIDERANDO a publicação da Portaria MS nº 356/2020, que estabelece a regulamentação e operacionalização do disposto na Lei nº13.979/2020, que traz medidas para enfrentamento da emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus(COVID-19);CONSIDERANDO o Decreto nº 18.884, de 16 de março de 2020 que regulamenta a Lei Federal nº13.979/2020, para dispor no âmbito do Estadodo Piauí, sobre as medidas emergência de saúde pública de importância internacional e tendo em visa a classificação da situação mundial donovo coronavírus e o Decreto Estadual nº 18.942, de 16 de abril de 2020 declarou situação de calamidade pública, provocada pelo DesastreNatural Classificado e codificado como doenças infecciosas virais (COBRADE - 1.5.1.1.0), em toda extensão do território do Piauí, que emdecorrencia da COVID-19;CONSIDERANDO que, da mesma forma, o Município de Parnaíba-PI decretou situação de Emergência em Saúde;CONSIDERANDO que, segundo o artigo 196 da Constituição Federal: "a saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticassociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços parasua promoção, proteção e recuperação.";CONSIDERANDO a disposição do artigo 197, da Constituição Federal, de que: "são de relevância pública as ações e serviços de saúde,cabendo ao Poder Público dispor, nos termos da lei, sobre sua regulamentação, fiscalização e controle, devendo sua execução ser feitadiretamente ou através de terceiros e, também, por pessoa física ou jurídica de direito privado";CONSIDERANDO que a Lei Federal nº 8080/1990 estabelece como um dos objetivos do SUS "a assistência às pessoas por intermédio de açõesde promoção, proteção e recuperação da saúde, com a realização integrada das ações assistenciais e das atividades preventivas", consoanteredação do art.5º, III;CONSIDERANDO que, nos termos do artigo 15, XIII, da mesma lei federal, são comuns à União, Estados, Distrito Federal e Municípios, em seuâmbito administrativo, a atribuição de: "para atendimento de necessidades coletivas, urgentes e transitórias, decorrentes de situações de perigoiminente, de calamidade pública ou de irrupção de epidemias, a autoridade competente da esfera administrativa correspondente poderá requisitarbens e serviços, tanto de pessoas naturais como de jurídicas, sendo-lhes assegurada justa indenização"; que, de acordo com o artigo 36, §2º, daLei 8080/1990, "é vedada a transferência de recursos para o financiamento de ações não previstas nos planos de saúde, exceto em situaçõesemergenciais ou de calamidade pública, na área de saúde";CONSIDERANDO que foi em emitida em 21/03/2020, pela Gerência de Vigilância e Monitoramento em Serviços de Saúde - GVIMS, GerênciaGeral de Tecnologia em Serviços de Saúde - GGTES e pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária - Anvisa, a NOTA TÉCNICAGVIMS/GGTES/ANVISA Nº 05/2020, que estabelece "ORIENTAÇÕES PARA A PREVENÇÃO E O CONTROLE DE INFECÇÕES PELO NOVOCORONAVÍRUS (SARS-CoV-2) EM INSTITUIÇÕES DE LONGA PERMANÊNCIA PARA IDOSOS (ILPI)";CONSIDERANDO que o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), por meio da Comissão da Saúde, emitiu a Nota Técnica Conjunta nº01/2020 - CES/CNMP/1ª CCR, contendo subsídios para a atuação coordenada do Ministério Público voltada ao enfrentamento do COVID-19;CONSIDERANDO que, de acordo com as orientações entabuladas na referida Nota Técnica, cabe aos Órgãos de Execução do Ministério Públicoa aproximação com os gestores locais de saúde e assistência social, visando acompanhar e tomar ciência dos Planos Municipais deContingência;CONSIDERANDO a NOTA TÉCNICA CONJUNTA Nº 01/2020/CAODEC/CAODS/MPPI, aprovada pelo Gabinete de Acompanhamento ePrevenção do Contágio pelo Coronavírus (COVID - 19), que dispõe sobre a adoção de medidas nas Instituições de Longa Permanência paraIdosos e casas de repouso de todo Estado do Piauí;CONSIDERANDO que o art. 8º, II da Resolução 174/2017 do CNMP, dispõe que o procedimento administrativo é o instrumento próprio daatividade-fim destinado "acompanhar e fiscalizar, de forma continuada, políticas públicas ou instituições" e que "será instaurado por portariasucinta, com delimitação de seu objeto, aplicando-se, no que couber, o princípio da publicidade dos atos, previsto para o inquérito civil (art.9º)".RESOLVE:INSTAURAR o Instaurar Procedimento Administrativo nº 01/2020 para acompanhar e para fiscalizar as ações do Poder Público paraenfrentamento da pandemia causada pelo coronavírus (SARS-coV-2) nas Instituições de Longa Permanência - ILPI, município de Parnaíba - PI,abrangido pelo Grupo Regional de Promotorias Integradas - Parnaíba, garantindo-se à população idosa residente o fundamental direito à saúde,DETERMINANDO, desde já, as seguintes diligências:a) Nomeação do(a) Assessor(a) de Promotoria de Justiça, Pedro Henrique França Oliveira, matrícula nº 15371, para secretariar esteprocedimento;b) Autue-se, rubrique-se e numere-se a presente portaria de instauração, realizando as devidas anotações no livro próprio e tabela deacompanhamento, afixando-a cópia da portaria em local de costume e arquivando-se cópia em pasta própria da Promotoria de Justiça;c) Seja remetida cópia desta portaria ao Centro de Apoio Operacional de Defesa da Educação e Cidadania (CAODEC) e ao Centro de Apoio deDefesa da Saúde (CAODS), para conhecimento, conforme determina o art. 6º, 1º da Resolução nº 01/2018;d) Comunique-se, preferencialmente por via eletrônica, ao Conselho Superior do Ministério Público do Estado do Piauí acerca da referidainstauração, com envio da presente Portaria;e) Encaminhe-se cópia da presente portaria em formato Word à Secretaria Geral, via e-mail, para fins de publicação da no Diário Oficial doMinistério Públicof) Seja juntada cópia da Recomendação nº 02/2020, expedida para a Direção do Abrigo São José, na pessoa da Dra. Paula Lages, Secretaria deSaúde do Estado do Piauí e Secretaria de Assistência Social do Estado do Piauí;g) Seja juntada Ofício Resposta nº 392/2020 SASC e Portaria nº 33/2020 SASC;

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CUMPRA-SE. Expedientes necessários.Parnaíba - PI, 27 de abril de 2020.Fernando Soares de Oliveira JúniorPromotor de JustiçaPORTARIA Nº 03/2020OBJETO: Instaurar Procedimento Administrativo nº 03/2020 para acompanhar e fiscalizar as Políticas Públicas na área da Assistência Socialdurante o período da pandemia do COVID-19, no município de Parnaíba - PI.O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, por seu Promotor de Justiça adiante assinado, no exercício de suas funções legais, econstitucionais, com fulcro no art. 5º, incisos I, II, V, VIIX, XI e XVI, da Lei Complementar Estadual n° 36/2004, eCONSIDERANDO que o Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa daordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis (CF, art. 127);CONSIDERANDO que, segundo o artigo 196 da Constituição Federal (CF): "à saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediantepolíticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações eserviços para a sua promoção, proteção e recuperação"CONSIDERANDO o princípio da dignidade da pessoa humana, cuja efetividade é dever de todos, notadamente do Poder Público de formacomum e solidária em todas as suas instâncias;CONSIDERANDO que, em 30.1.2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que o surto da doença causada pelo Coronavírus(COVID-19) constitui Emergência de Saúde Pública de importância Internacional (ESPII), dado o grau de avanço dos casos de contaminaçãopelo novo coronavírus, especialmente no território Chinês;CONSIDERANDO que a ESPII é considerada, nos termos do Regulamento Sanitária (RSI): "um evento extraordinário que pode constituir umrisco de saúde pública para outros países devido a disseminação internacional de doenças; e potencialmente requer uma resposta internacionalcoordenada e imediata";CONSIDERANDO que o Ministério da Saúde, em 3.2.2020, através da Portaria GM/MS nº 188/2020, declarou "emergência de saúde públicade importância nacional", em decorrência da infecção humana pelo Coronavírus, considerando que a situação atual demanda o empregourgente de medidas de prevenção, controle e contenção de riscos, danos e agravos à saúde pública;CONSIDERANDO que, em 11.3.2020, a Organização Mundial da SaúdeM(OMS) declarou pandemia para o Coronavírus, ou seja, momento emque uma doença se espalha por diversos continentes com transmissão sustentada entre humanos;CONSIDERANDO que a classificação da situação mundial do novo coronavírus (COVID-19, SARSCoV-2) como pandemia significa o riscopotencial da doença infecciosa atingir a população mundial de forma simultânea, não se limitando a locais que já tenham sido identificadas comode transmissão interna;CONSIDERANDO o Decreto nº 18.884, de 16 de março de 2020 que regulamenta a Lei Federal nº13.979/2020, para dispor no âmbito do Estadodo Piauí, sobre as medidas emergência de saúde pública de importância internacional e tendo em visa a classificação da situação mundial donovo coronavírus e o Decreto Estadual nº 18.942, de 16 de abril de 2020, que declarou situação de calamidade pública, provocada peloDesastre Natural Classificado e codificado como doenças infecciosas virais (COBRADE - 1.5.1.1.0), em toda extensão do território do Piauí, queem decorrencia da COVID-19;CONSIDERANDO que, da mesma forma, o Município de Parnaíba decretou situação de Emergência em Saúde;CONSIDERANDO que a Assistência Social constitui direito do cidadão, sendo politica de seguridade social, de natureza não contributiva, queprevê mínimos sociais, realizada através de um conjunto integrado de ações de iniciativa pública e da sociedade, para garantir o atendimento àsnecessidades básicas;CONSIDERANDO que são funções da política de assistência social a proteção social, a vigilância socioassistencial e a defesa de direitos,organizando-se sob a forma de um sistema público não contributivo, descentralizado e participativo, denominado SUAS (NOB/SUAS 2012);CONSIDERANDO que por serviços socioassistenciais consideram-se as atividades continuadas que visem à melhoria de vida da população ecujas ações, voltadas para as necessidades básicas, observem os objetivos, princípios e diretrizes estabelecidos na Lei Orgânica da AssistênciaSocial (art. 23 da Lei n° 8.742 de 7 de dezembro de 1993);CONSIDERANDO que o sistema de assistência social rege-se pelos princípios da supremacia do atendimento às necessidades sociais sobre asexigências de rentabilidade econômica; da universalização dos direitos sociais, a fim de tornar o destinatário da assistência social alcançávelpelas demais políticas públicas; e do respeito à dignidade do cidadão, à sua autonomia e ao seu direito a benefícios e serviços de qualidade, bemcomo à convivência familiar e comunitária, vedando-se qualquer comprovação vexatória de necessidade, ao teor do art. 4º, da Lei nº 8.472/93;CONSIDERANDO que os Centros de Referência da Assistência Social - CRAS - são as unidades responsáveis pelo desenvolvimento de todosos serviços socioassistenciais de Proteção Social Básica do Sistema Único de Assistência Social - SUAS;CONSIDERANDO que, nos termos do art. 15 da LOAS (Lei n. 8.742/1993), é de competência dos municípios a execução direta dos serviçossócio assistenciais;CONSIDERANDO que o art. 17, V, da Resolução CNAS n. 33/2012, que aprova a Norma Operacional Básica do Sistema Único de AssistênciaSocial e fixa a responsabilidade dos municípios na prestação dos serviços socioassistenciais consistentes em atividades continuadas que visem àmelhoria de vida da população (art. 23, §2º, II, LOAS);CONSIDERANDO que, nos termos do artigo 6º, caput, da Constituição Federal de 1988, são direitos sociais, a educação, a saúde, aalimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistênciaaos desamparados;CONSIDERANDO que o Decreto Nº 10.282/2020, que regulamenta a Lei Nº 13.979/2020, e estabelece os serviços públicos e as atividadesessenciais;CONSIDERANDO que o parágrafo § 1, inciso II, artigo 3º, do referido Decreto estabelece a assistência social e atendimento à população emestado de vulnerabilidade como serviço público essencial;CONSIDERANDO a Portaria Nº 337/2020, oriunda do Ministério da Cidadania, que dispõe acerca de medidas para o enfrentamento daemergência de saúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus, COVID - 19, no âmbito do Sistema Único de AssistênciaSocial;CONSIDERANDO que o art. 8º, II da Resolução 174/2017 do CNMP, dispõe que o procedimento administrativo é o instrumento próprio daatividade-fim destinado "acompanhar e fiscalizar, de forma continuada, políticas públicas ou instituições" e que "será instaurado por portariasucinta, com delimitação de seu objeto, aplicando-se, no que couber, o princípio da publicidade dos atos, previsto para o inquérito civil (art.9º)".RESOLVE:INSTAURAR o Procedimento Administrativo nº 03/2020, com o objetivo de acompanhar e fiscalizar as politicas públicas e ações em assistênciasocial ligadas ao cenário epidemiológico causado pela pandemia do COVID-19, vinculadas à Rede de Proteção Socioassitencial no município deParnaíba, DETERMINANDO, desde já, as seguintes diligências:a) Nomeação do(a) Assessor(a) de Promotoria de Justiça, Pedro Henrique França Oliveira, matrícula 15371, para secretariar este procedimento;b) Autue-se, rubrique-se e numere-se a presente portaria de instauração, realizando as devidas anotações no livro próprio e tabela deacompanhamento, afixando-a cópia da portaria em local de costume e arquivando-se cópia em pasta própria da Promotoria de Justiça;c) Seja remetida cópia desta portaria ao Centro de Apoio Operacional de Defesa da Educação e Cidadania (CAODEC) e ao Centro de Apoio deDefesa da Infância e Juventude (CAODIJ), para conhecimento, conforme determina o art. 6º, 1º da Resolução nº 01/2018;d) Comunique-se, preferencialmente por via eletrônica, ao Conselho Superior do Ministério Público do Estado do Piauí acerca da referida

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instauração, com envio da presente Portaria;e) Encaminhe-se cópia da presente portaria em formato Word à Secretaria Geral, via e-mail, para fins de publicação da no Diário Oficial doMinistério Público;CUMPRA-SE. Expedientes necessários.Parnaíba - PI, 27 de abril de 2020.Fernando Soares de Oliveira JúniorPromotor de JustiçaNOTIFICAÇÃO RECOMENDATÓRIA Nº 04/2020O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, por seu Promotor de Justiça adiante assinado, no exercício de suas funções legais, econstitucionais, com fulcro no art. 5º, incisos I, II, V, VIIX, XI e XVI, da Lei Complementar Estadual n° 36/2004, eCONSIDERANDO que o Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa daordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis (CF, art. 127);CONSIDERANDO que, segundo o artigo 196 da Constituição Federal (CF): "à saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediantepolíticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações eserviços para a sua promoção, proteção e recuperação"CONSIDERANDO o princípio da dignidade da pessoa humana, cuja efetividade é dever de todos, notadamente do Poder Público de formacomum e solidária em todas as suas instâncias;CONSIDERANDO que, em 30.1.2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que o surto da doença causada pelo Coronavírus(COVID-19) constitui Emergência de Saúde Pública de importância Internacional (ESPII), dado o grau de avanço dos casos de contaminaçãopelo novo coronavírus, especialmente no território Chinês;CONSIDERANDO que a ESPII é considerada, nos termos do Regulamento Sanitária (RSI): "um evento extraordinário que pode constituir umrisco de saúde pública para outros países devido a disseminação internacional de doenças; e potencialmente requer uma resposta internacionalcoordenada e imediata";CONSIDERANDO que o Ministério da Saúde, em 3.2.2020, através da Portaria GM/MS nº 188/2020, declarou "emergência de saúde públicade importância nacional", em decorrência da infecção humana pelo Coronavírus, considerando que a situação atual demanda o empregourgente de medidas de prevenção, controle e contenção de riscos, danos e agravos à saúde pública;CONSIDERANDO que, em 11.3.2020, a Organização Mundial da SaúdeM(OMS) declarou pandemia para o Coronavírus, ou seja, momento emque uma doença se espalha por diversos continentes com transmissão sustentada entre humanos;CONSIDERANDO que a classificação da situação mundial do novo coronavírus (COVID-19, SARSCoV-2) como pandemia significa o riscopotencial da doença infecciosa atingir a população mundial de forma simultânea, não se limitando a locais que já tenham sido identificadas comode transmissão interna;CONSIDERANDO que o Decreto nº 18.895, de 19 de março de 2020, do Poder Executivo do Estado do Piauí, que declarou estado decalamidade pública, para os fins do art. 65 da Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000, em razão da grave crise de saúde públicadecorrente da pandemia da Covid 19, e suas repercussões nas finanças públicas;CONSIDERANDO que o Decreto Estadual nº 18.942, de 16 de abril de 2020 declarou situação de calamidade pública, provocada pelo DesastreNatural Classificado e codificado como doenças infecciosas virais (COBRADE - 1.5.1.1.0), em toda extensão do território do Piauí, que emdecorrencia da COVID-19;CONSIDERANDO que a Assistência Social constitui direito do cidadão, sendo politica de seguridade social, de natureza não contributiva, queprevê mínimos sociais, realizada através de um conjunto integrado de ações de iniciativa pública e da sociedade, para garantir o atendimento àsnecessidades básicas;CONSIDERANDO que são funções da política de assistência social a proteção social, a vigilância socioassistencial e a defesa de direitos,organizando-se sob a forma de um sistema público não contributivo, descentralizado e participativo, denominado SUAS (NOB/SUAS 2012);CONSIDERANDO que por serviços socioassistenciais consideram-se as atividades continuadas que visem à melhoria de vida da população ecujas ações, voltadas para as necessidades básicas, observem os objetivos, princípios e diretrizes estabelecidos na Lei Orgânica da AssistênciaSocial (art. 23 da Lei n° 8.742 de 7 de dezembro de 1993);CONSIDERANDO que o sistema de assistência social rege-se pelos princípios da supremacia do atendimento às necessidades sociais sobre asexigências de rentabilidade econômica; da universalização dos direitos sociais, a fim de tornar o destinatário da assistência social alcançávelpelas demais políticas públicas; e do respeito à dignidade do cidadão, à sua autonomia e ao seu direito a benefícios e serviços de qualidade, bemcomo à convivência familiar e comunitária, vedando-se qualquer comprovação vexatória de necessidade, ao teor do art. 4º, da Lei nº 8.472/93;CONSIDERANDO que os Centros de Referência da Assistência Social - CRAS - são as unidades responsáveis pelo desenvolvimento de todosos serviços socioassistenciais de Proteção Social Básica do Sistema Único de Assistência Social - SUAS;CONSIDERANDO que, nos termos do art. 15 da LOAS (Lei n. 8.742/1993), é de competência dos municípios a execução direta dos serviçossócio assistenciais;CONSIDERANDO que o art. 17, V, da Resolução CNAS n. 33/2012, que aprova a Norma Operacional Básica do Sistema Único de AssistênciaSocial e fixa a responsabilidade dos municípios na prestação dos serviços socioassistenciais consistentes em atividades continuadas que visem àmelhoria de vida da população (art. 23, §2º, II, LOAS);CONSIDERANDO que, nos termos do artigo 6º, caput, da Constituição Federal de 1988, são direitos sociais, a educação, a saúde, aalimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistênciaaos desamparados;CONSIDERANDO que o Decreto Nº 10.282/2020, que regulamenta a Lei Nº 13.979/2020, e estabelece os serviços públicos e as atividadesessenciais;CONSIDERANDO que o parágrafo § 1, inciso II, artigo 3º, do referido Decreto estabelece a assistência social e atendimento à população emestado de vulnerabilidade como serviço público essencial;CONSIDERANDO a Portaria Nº 337/2020, oriunda do Ministério da Cidadania, que dispõe acerca de medidas para o enfrentamento daemergência de saúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus, COVID - 19, no âmbito do Sistema Único de AssistênciaSocial;CONSIDERANDO que compete ao Ministério Público Estadual expedir recomendações, visando à melhoria dos serviços públicos e de relevânciapública, bem como ao respeito aos interesses, direitos e bens cuja defesa lhe cabe promover, fixando prazo razoável para a adoção dasprovidências cabíveis (art. 27.º, par. único, inc. IV, da Lei Federal 8.625/93 e art. 38.º, par. único, inc. IV, da Lei Complementar Estadual nº 12/93);RESOLVERECOMENDAR à PREFEITURA MUNICIPAL DE Parnaíba/PI, em cumprimento às disposições de ordem constitucional, legal, administrativas ede natureza sanitária acima referidas e outras com ela convergente, garanta:1. A abertura dos Centros de Referência da Assistência Social, considerados como serviço essencial, no prazo de 24 horas;2. A continuidade da oferta dos serviços, programas e benefícios socioassistenciais no âmbito do município àqueles que necessitarem,observando as medidas e condições que garantam a segurança e saúde dos usuários e profissionais do SUAS;3. Adoção de medidas de prevenção, cautela e redução do risco de transmissão para preservar a oferta regular e essencial dos serviços,programas e benefícios socioassistenciais, quais sejam:a) Estabelecimento de regime de jornada em turnos de revezamento em que se promova melhor distribuição da força de trabalho com o objetivo

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de evitar a concentração e a proximidade de pessoas no ambiente de trabalho;b) Adoção de medidas de segurança para os profissionais do SUAS com a disponibilização de materiais de higiene e Equipamentos de ProteçãoIndividual - EPI, recomendados pelo Ministério da Saúde, afastamento ou colocação em teletrabalho dos grupos de risco;4. Realizar articulação com a saúde para devida capacitação do(a)s trabalhadores sobre as medidas de prevenção ao contágio do COVID - 19;5. Organizar a oferta dos serviços, programas e benefícios socioassistenciais preferencialmente por agendamento remoto, priorizando osatendimentos individualizados graves ou urgentes, evitando-se a aglomeração de pessoas nas salas de espera ou recepção das unidades;6. Acompanhamento remoto dos usuários, por meio de ligação telefônica ou aplicativos de mensagens - como WhatsApp, principalmentedaqueles tidos como grupos de risco, tais como idosos, gestantes e lactantes, visando assegurar a sua proteção;7. Suspensão das atividades externas, tais como visitas e/ou eventos e demais ações comunitárias realizadas pelas equipes técnicas dereferência, salvo situação excepcional a ser avaliada no caso concreto;8. Suspensão das atividades dos grupos do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos, em especial os idosos;9. No espaço físico do Cadastro Único seja priorizado a demanda dos cadastros no programa do auxílio emergencial e os atendimentosreferentes ao desbloqueio de benefícios do Programa Bolsa Família;10. Caso não haja a regulamentação dos benefícios eventuais, que seja providenciada a sua normatização, a fim de atender as demandasimediatas da população mais vulnerável;11. Garantir atendimento de qualidade à população em situação de rua, assegurando proteção e assistência de saúde para prevenir a infecçãodas pessoas que nesse momento vivenciam situação de extrema vulnerabilidade e risco;12. Afixar, nas dependências dos Centros de Referência, e em locais acessíveis informativos sobre prevenção e cuidados com a higiene, deforma didática e ilustrativa;13. Dispor em todos os espaços de atendimento um quantitativo de materiais de higiene, tais como: sabão líquido, água e papel toalha;14. Sugere-se a manutenção de janelas abertas para promover a ventilação e os funcionários de cada escala deverão espaçar os seus postos detrabalho em pelo menos 1 (um) metro de distância em relação aos demais, não devendo compartilhar equipamentos eletrônicos, bem como evitara realização de saudações por meio de cumprimentos de aperto de mão;15. Disponibilização de Equipamentos e Proteção Individual-EPI, tais como máscara, álcool em gel, luvas, aos servidores.Desde já, adverte que a não observância desta Recomendação implicará na adoção das medidas judiciais cabíveis, caracterizando o dolo, má-féou ciência da irregularidade, por ação ou omissão, para viabilizar futuras responsabilizações em sede de ação civil pública por ato de improbidadeadministrativa quando tal elemento subjetivo for exigido, devendo ser encaminhada à Promotoria de Justiça de Parnaíba/PI, pelo [email protected], as providências tomadas e os documentos comprobatórios hábeis a provar o cumprimento destaRecomendação, ao final do prazo de 10 (dez) dias úteis.A partir da data da entrega da presente RECOMENDAÇÃO, o MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ considera sua destinatária comopessoalmente CIENTE da situação ora exposta, e portanto, demonstração da consciência da ilicitude do recomendado.Parnaíba/PI, 27 de abril de 2020.Fernando Soares de Oliveira JúniorPromotor de JustiçaPORTARIA Nº 02/2020OBJETO: Instaurar Procedimento Administrativo nº 02/2020 para acompanhar e fiscalizar as Políticas Públicas voltadas às pessoas que vivemem situação de rua, no município de Parnaíba - PI, abrangido pelo Grupo Regional de Promotorias Integradas - Parnaíba, durante o período dapandemia do COVID-19.O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, por seu Promotor de Justiça adiante assinado, no exercício de suas funções legais, econstitucionais, com fulcro no art. 5º, incisos I, II, V, VIIX, XI e XVI, da Lei Complementar Estadual n° 36/2004, eCONSIDERANDO que o Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa daordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis (CF, art. 127);CONSIDERANDO que o direito à saúde e à moradia são direitos fundamentais expressamente tutelados pela Constituição Federal de 1988,incorporados ao rol de direitos sociais, além de serem reconhecidos por diversos Tratados de Direito Internacional dos quais o Brasil é signatário,tais como Declaração Universal dos Direitos Humano, que prevê o direito à habitação e à saúde como os componentes mínimos existenciais paraa dignidade da pessoa humana;CONSIDERANDO os objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil de construir uma sociedade livre, justa e solidária, garantir odesenvolvimento nacional, erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais, e promover o bem de todos,sem qualquer forma de preconceito ou discriminação, conforme expresso no artigo 3º, da Constituição Federal;CONSIDERANDO o princípio constitucional da dignidade da pessoa humana (art. 1º, III, CRFB), que situa a pessoa como centro daspreocupações estatais;CONSIDERANDO que a garantia do direito à saúde e à moradia constitui competência comum dos entes federados, nos termos do art. 23, II e IXda Carta Maior;CONSIDERANDO a situação de crise na saúde pública vivenciada atualmente em todo o mundo, decorrente da rápida propagação do novoCoronavírus (COVID-19), tendo sido classificada como Pandemia pela Organização Mundial da Saúde em 11 de março de 2020;CONSIDERANDO que a ESPII é considerada, nos termos do Regulamento Sanitária (RSI): "um evento extraordinário que pode constituir umrisco de saúde pública para outros países devido a disseminação internacional de doenças; e potencialmente requer uma resposta internacionalcoordenada e imediata";CONSIDERANDO que o Ministério da Saúde, em 3.2.2020, através da Portaria GM/MS nº 188/2020, declarou "emergência de saúde públicade importância nacional", em decorrência da infecção humana pelo Coronavírus, considerando que a situação atual demanda o empregourgente de medidas de prevenção, controle e contenção de riscos, danos e agravos à saúde pública;CONSIDERANDO que a classificação da situação mundial do novo coronavírus (COVID-19, SARSCoV-2) como pandemia significa o riscopotencial da doença infecciosa atingir a população mundial de forma simultânea, não se limitando a locais que já tenham sido identificadas comode transmissão interna;CONSIDERANDO que o Decreto nº 18.895, de 19 de março de 2020, do Poder Executivo do Estado do Piauí, que declarou estado decalamidade pública, para os fins do art. 65 da Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000, em razão da grave crise de saúde públicadecorrente da pandemia da Covid 19, e suas repercussões nas finanças públicas;CONSIDERANDO que o Decreto Estadual nº 18.942, de 16 de abril de 2020 declarou situação de calamidade pública, provocada pelo DesastreNatural Classificado e codificado como doenças infecciosas virais (COBRADE - 1.5.1.1.0), em toda extensão do território do Piauí, que emdecorrencia da COVID-19;CONSIDERANDO que, da mesma forma, o Município de Parnaíba decretou situação de Emergência em Saúde;CONSIDERANDO que o Decreto Legislativo nº 6, de 20 de março de 2020, declarou estado de Calamidade Pública Nacional, o que libera osentes federados da obrigação de cumprimento da meta fiscal para 2020, suspendendo medidas de ajustes das contas públicas presentes na Leide Responsabilidade Fiscal e possibilitando o aumento de gastos no combate à propagação do Coronavírus;CONSIDERANDO a condição de transmissão comunitária do coronavírus (Covid-19) e a necessidade premente de envidar todos os esforços emreduzir a transmissibilidade e oportunizar manejo adequado dos casos leves na rede de atenção primária à saúde e dos casos graves na rede deurgência/emergência e hospitalar, conforme previsto na Portaria nº 454, de 20 de março de 2020, do Ministério da Saúde;CONSIDERANDO que as principais orientações dos órgãos de saúde nacionais e internacionais para evitar uma maior propagação do COVID-19

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é o isolamento social, devendo ser evitado ao máximo contato com grande número de pessoas, e a adoção de medidas restritas de higienepessoal;CONSIDERANDO a situação de extrema vulnerabilidade social das pessoas em situação de rua, juridicamente caracterizadas - conforme oparágrafo único do art. 1º do Decreto n° 7.053/2009, que instituiu a Política Nacional para as Pessoas em Situação de Rua - como "pertencente agrupo populacional heterogêneo que possui em comum a pobreza extrema, vínculos familiares interrompidos ou fragilizados e inexistência demoradia convencional regular, utilizando os logradouros públicos e as áreas degradadas como espaço de moradia e de sustento, de formatemporária ou permanente, bem como as unidades de acolhimento para pernoite temporário ou como moradia provisória";CONSIDERANDO que as pessoas em situação de rua encontram-se em posição ainda mais vulnerável diante da pandemia doCoronavírus, visto que estão sem acesso à moradia digna e, portanto, sem qualquer possibilidade de isolamento, além de estaremsubmetidas a condições precárias de higiene e de alimentação/hidratação. Acrescente-se a isso o fato de que grande parte da populaçãoem situação de rua é composta por idosos e portadores de doenças crônicas respiratórias, como a tuberculose, considerados, portanto,inseridos no grupo de risco para o Coronavírus;CONSIDERANDO que a manutenção desses indivíduos nas ruas de Parnaíba representa grande risco à própria saúde deles, bem como a detoda a população, visto que o Coronavírus se dissemina com grande facilidade por meio de contato pessoal;CONSIDERANDO que, no caso das pessoas em situação de rua, a medida mais eficaz para protegê-las e para proteger toda a população, seriapossibilitar o isolamento social em moradias temporárias, uma vez que os abrigos existentes na cidade não proporcionam o adequadoisolamento;CONSIDERANDO, ainda, que o Decreto n° 7.053/2009, que instituiu a Política Nacional para as Pessoas em Situação de Rua, elenca objetivos,em seu artigo 7º, dentre os quais: "XIII - implementar ações de segurança alimentar e nutricional suficientes para proporcionar acessopermanente à alimentação pela população em situação de rua à alimentação, com qualidade", o que se vislumbra ação ainda mais importante nocenário atual, tendo em vista que uma alimentação/hidratação adequada favorece a saúde do indivíduo em situação de rua, essencial em razãoda propagação do Covid-19;CONSIDERANDO que, da mesma forma, a Política Nacional para as Pessoas em Situação de Rua determina que seja assegurado a essesindivíduos acesso amplo, simplificado e seguro aos serviços e programas que integram as políticas públicas de saúde e moradia (art. 7º, inciso I).Desse modo, é necessário que as pessoas em situação de rua estejam contempladas nos planos de saúde pública emergenciais adotados peloPoder Público Municipal diante da Pandemia do Coronavírus, sendo essencial o fornecimento de material de higiene pessoal, adoção de medidaseficazes de isolamento desses indivíduos, fornecimento de alimentação/hidratação adequadas, além de outras medidas que se mostremnecessárias à proteção da vida e da saúde da população em situação de rua do município de Parnaíba;CONSIDERANDO, por fim, que são princípios da Política Nacional para as Pessoas em Situação de Rua, entre outros, a igualdade, a equidade,a dignidade da pessoa humana, o respeito à vida, o atendimento humanizado e universalizado (art. 5º); e que são diretrizes dessa Política apromoção de direitos civis, a articulação de políticas públicas federais, estaduais e municipais, bem como a superação do preconceito e orespeito no atendimento desse grupo populacional (art. 6º), esses indivíduos não podem ficar excluídos dos planos de contingência voltados aocombate ao Coronavírus, devendo receber atenção adequada por parte do Poder Público, ante a sua vulnerabilidade;CONSIDERANDO a Nota Técnica nº 02/CAODEC/MPPI, que trata da efetivação da instalação/ reordenamento dos serviços socioassistenciaisde prestação contínua destinados às pessoas em situação de rua, com toda a estrutura física, material e de recursos humanos, conformeparâmetros estabelecidos na legislação pertinente, adequando as medidas emergenciais estabelecidas pela Ministério da Saúde e OrganizaçãoMundial de Saúde, para o enfrentamento à Pandemia do CORONAVÍRUS;CONSIDERANDO que o art. 8º, II da Resolução 174/2017 do CNMP, dispõe que o procedimento administrativo é o instrumento próprio daatividade-fim destinado "acompanhar e fiscalizar, de forma continuada, políticas públicas ou instituições" e que "será instaurado por portariasucinta, com delimitação de seu objeto, aplicando-se, no que couber, o princípio da publicidade dos atos, previsto para o inquérito civil (art.9º)".RESOLVE:INSTAURAR o Procedimento Administrativo nº 02/2020, com o objetivo de acompanhar e fiscalizar as políticas públicas implementadas em favorda população que vive em situação de rua, durante o período da pandemia do COVID-19, no município de Parnaíba - PI, DETERMINANDO,desde já, as seguintes diligências:a) Nomeação do(a) Assessor(a) de Promotoria de Justiça, Pedro Henrique França Oliveira, matrícula nº 15371, para secretariar esteprocedimento;b) Autue-se, rubrique-se e numere-se a presente portaria de instauração, realizando as devidas anotações no livro próprio e tabela deacompanhamento, afixando-a cópia da portaria em local de costume e arquivando-se cópia em pasta própria da Promotoria de Justiça;c) Seja remetida cópia desta portaria ao Centro de Apoio Operacional de Defesa da Educação e Cidadania (CAODEC) e ao Centro de Apoio deDefesa da Infância e Juventude (CAODIJ), para conhecimento, conforme determina o art. 6º, 1º da Resolução nº 01/2018;d) Comunique-se, preferencialmente por via eletrônica, ao Conselho Superior do Ministério Público do Estado do Piauí acerca da referidainstauração, com envio da presente Portaria;e) Encaminhe-se cópia da presente portaria em formato Word à Secretaria Geral, via e-mail, para fins de publicação da no Diário Oficial doMinistério Público;f) Expeça-se recomendação administrativa ao Município de Parnaíba - PI, acerca das providências a serem adotadas por este quanto aelaboração de plano de contingência voltado à população em situação de rua, bem como adoção de medidas que permitam o isolamento social,higiene e alimentação, diante da situação de crise vivenciada em decorrência da Pandemia do Coronavírus (COVID-19).CUMPRA-SE. Expedientes necessários.Parnaíba - PI, 27 de abril de 2020.Fernando Soares de Oliveira JúniorPromotor de JustiçaNOTIFICAÇÃO RECOMENDATÓRIA Nº 03/2020O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, por seu Promotor de Justiça adiante assinado, no exercício de suas funções legais, econstitucionais, com fulcro no art. 5º, incisos I, II, V, VIIX, XI e XVI, da Lei Complementar Estadual n° 36/2004, eCONSIDERANDO que o Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa daordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis (CF, art. 127);CONSIDERANDO que o direito à saúde e à moradia são direitos fundamentais expressamente tutelados pela Constituição Federal de 1988,incorporados ao rol de direitos sociais, além de serem reconhecidos por diversos Tratados de Direito Internacional dos quais o Brasil é signatário,tais como Declaração Universal dos Direitos Humano, que prevê o direito à habitação e à saúde como os componentes mínimos existenciais paraa dignidade da pessoa humana;CONSIDERANDO os objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil de construir uma sociedade livre, justa e solidária, garantir odesenvolvimento nacional, erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais, e promover o bem de todos,sem qualquer forma de preconceito ou discriminação, conforme expresso no artigo 3º, da Constituição Federal;CONSIDERANDO o princípio constitucional da dignidade da pessoa humana (art. 1º, III, CRFB), que situa a pessoa como centro daspreocupações estatais;CONSIDERANDO que a garantia do direito à saúde e à moradia constitui competência comum dos entes federados, nos termos do art. 23, II e IXda Carta Maior;CONSIDERANDO a situação de crise na saúde pública vivenciada atualmente em todo o mundo, decorrente da rápida propagação do novo

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Coronavírus (COVID-19), tendo sido classificada como Pandemia pela Organização Mundial da Saúde em 11 de março de 2020;CONSIDERANDO que a ESPII é considerada, nos termos do Regulamento Sanitária (RSI): "um evento extraordinário que pode constituir umrisco de saúde pública para outros países devido a disseminação internacional de doenças; e potencialmente requer uma resposta internacionalcoordenada e imediata";CONSIDERANDO que o Ministério da Saúde, em 3.2.2020, através da Portaria GM/MS nº 188/2020, declarou "emergência de saúde públicade importância nacional", em decorrência da infecção humana pelo Coronavírus, considerando que a situação atual demanda o empregourgente de medidas de prevenção, controle e contenção de riscos, danos e agravos à saúde pública;CONSIDERANDO que a classificação da situação mundial do novo coronavírus (COVID-19, SARSCoV-2) como pandemia significa o riscopotencial da doença infecciosa atingir a população mundial de forma simultânea, não se limitando a locais que já tenham sido identificadas comode transmissão interna;CONSIDERANDO que o Decreto nº 18.895, de 19 de março de 2020, do Poder Executivo do Estado do Piauí, que declarou estado decalamidade pública, para os fins do art. 65 da Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000, em razão da grave crise de saúde públicadecorrente da pandemia da Covid 19, e suas repercussões nas finanças públicas;CONSIDERANDO que o Decreto Estadual nº 18.942, de 16 de abril de 2020 declarou situação de calamidade pública, provocada pelo DesastreNatural Classificado e codificado como doenças infecciosas virais (COBRADE - 1.5.1.1.0), em toda extensão do território do Piauí, que emdecorrencia da COVID-19;CONSIDERANDO que, da mesma forma, o Município de Parnaíba decretou situação de Emergência em Saúde;CONSIDERANDO que o Decreto Legislativo nº 6, de 20 de março de 2020, declarou estado de Calamidade Pública Nacional, o que libera osentes federados da obrigação de cumprimento da meta fiscal para 2020, suspendendo medidas de ajustes das contas públicas presentes na Leide Responsabilidade Fiscal e possibilitando o aumento de gastos no combate à propagação do Coronavírus;CONSIDERANDO a condição de transmissão comunitária do coronavírus (Covid-19) e a necessidade premente de envidar todos os esforços emreduzir a transmissibilidade e oportunizar manejo adequado dos casos leves na rede de atenção primária à saúde e dos casos graves na rede deurgência/emergência e hospitalar, conforme previsto na Portaria nº 454, de 20 de março de 2020, do Ministério da Saúde;CONSIDERANDO que as principais orientações dos órgãos de saúde nacionais e internacionais para evitar uma maior propagação do COVID-19é o isolamento social, devendo ser evitado ao máximo contato com grande número de pessoas, e a adoção de medidas restritas de higienepessoal;CONSIDERANDO a situação de extrema vulnerabilidade social das pessoas em situação de rua, juridicamente caracterizadas - conforme oparágrafo único do art. 1º do Decreto n° 7.053/2009, que instituiu a Política Nacional para as Pessoas em Situação de Rua - como "pertencente agrupo populacional heterogêneo que possui em comum a pobreza extrema, vínculos familiares interrompidos ou fragilizados e inexistência demoradia convencional regular, utilizando os logradouros públicos e as áreas degradadas como espaço de moradia e de sustento, de formatemporária ou permanente, bem como as unidades de acolhimento para pernoite temporário ou como moradia provisória";CONSIDERANDO que as pessoas em situação de rua encontram-se em posição ainda mais vulnerável diante da pandemia doCoronavírus, visto que estão sem acesso à moradia digna e, portanto, sem qualquer possibilidade de isolamento, além de estaremsubmetidas a condições precárias de higiene e de alimentação/hidratação. Acrescente-se a isso o fato de que grande parte da populaçãoem situação de rua é composta por idosos e portadores de doenças crônicas respiratórias, como a tuberculose, considerados, portanto,inseridos no grupo de risco para o Coronavírus;CONSIDERANDO que a manutenção desses indivíduos nas ruas de Parnaíba representa grande risco à própria saúde deles, bem como a detoda a população, visto que o Coronavírus se dissemina com grande facilidade por meio de contato pessoal;CONSIDERANDO que, no caso das pessoas em situação de rua, a medida mais eficaz para protegê-las e para proteger toda a população, seriapossibilitar o isolamento social em moradias temporárias, uma vez que os abrigos existentes na cidade não proporcionam o adequadoisolamento;CONSIDERANDO, ainda, que o Decreto n° 7.053/2009, que instituiu a Política Nacional para as Pessoas em Situação de Rua, elenca objetivos,em seu artigo 7º, dentre os quais: "XIII - implementar ações de segurança alimentar e nutricional suficientes para proporcionar acessopermanente à alimentação pela população em situação de rua à alimentação, com qualidade", o que se vislumbra ação ainda mais importante nocenário atual, tendo em vista que uma alimentação/hidratação adequada favorece a saúde do indivíduo em situação de rua, essencial em razãoda propagação do Covid-19;CONSIDERANDO que, da mesma forma, a Política Nacional para as Pessoas em Situação de Rua determina que seja assegurado a essesindivíduos acesso amplo, simplificado e seguro aos serviços e programas que integram as políticas públicas de saúde e moradia (art. 7º, inciso I).Desse modo, é necessário que as pessoas em situação de rua estejam contempladas nos planos de saúde pública emergenciais adotados peloPoder Público Municipal diante da Pandemia do Coronavírus, sendo essencial o fornecimento de material de higiene pessoal, adoção de medidaseficazes de isolamento desses indivíduos, fornecimento de alimentação/hidratação adequadas, além de outras medidas que se mostremnecessárias à proteção da vida e da saúde da população em situação de rua do município de Parnaíba;CONSIDERANDO, por fim, que são princípios da Política Nacional para as Pessoas em Situação de Rua, entre outros, a igualdade, a equidade,a dignidade da pessoa humana, o respeito à vida, o atendimento humanizado e universalizado (art. 5º); e que são diretrizes dessa Política apromoção de direitos civis, a articulação de políticas públicas federais, estaduais e municipais, bem como a superação do preconceito e orespeito no atendimento desse grupo populacional (art. 6º), esses indivíduos não podem ficar excluídos dos planos de contingência voltados aocombate ao Coronavírus, devendo receber atenção adequada por parte do Poder Público, ante a sua vulnerabilidade;CONSIDERANDO a Nota Técnica nº 02/CAODEC/MPPI, que trata da efetivação da instalação/ reordenamento dos serviços socioassistenciaisde prestação contínua destinados às pessoas em situação de rua, com toda a estrutura física, material e de recursos humanos, conformeparâmetros estabelecidos na legislação pertinente, adequando as medidas emergenciais estabelecidas pela Ministério da Saúde e OrganizaçãoMundial de Saúde, para o enfrentamento à Pandemia do CORONAVÍRUS;CONSIDERANDO que compete ao Ministério Público Estadual expedir recomendações, visando à melhoria dos serviços públicos e de relevânciapública, bem como ao respeito aos interesses, direitos e bens cuja defesa lhe cabe promover, fixando prazo razoável para a adoção dasprovidências cabíveis (art. 27.º, par. único, inc. IV, da Lei Federal 8.625/93 e art. 38.º, par. único, inc. IV, da Lei Complementar Estadual nº 12/93);RESOLVE RECOMENDAR à Prefeitura de Parnaíba, à Secretaria Municipal de Assistência Social e à Secretaria de Habitação, diante dasituação de crise vivenciada em decorrência da Pandemia do Coronavírus (COVID-19):Que seja apresentado plano de contingência, voltado à população em situação de rua, esclarecendo as responsabilidades estabelecidas paraatender a emergência e conter o alastramento do vírus;Que sejam apresentadas quais as medidas estão sendo adotadas, em casos de indivíduos sintomáticos, diante da extrema vulnerabilidade dapopulação em situação de rua;Que seja providenciada a alocação de pessoas em situação de rua em prédios ociosos e subutilizados que disponham de condições dehabitabilidade na cidade de Parnaíba;Que seja disponibilizado material para que as pessoas em situação de rua possam realizar condutas de higiene pessoal, uma vez que essa éuma das principais formas de combater e evitar a transmissão do Coronavírus;Que sejam disponibilizadas máscaras de proteção facial, confeccionadas segundo as orientações do Ministério da Saúde, como medida adicionalnecessária ao enfrentamento da Covid-19, conforme determinação do Decreto Estadual nº 18.947, de 22 de abril de 2020;Que seja disponibilizada alimentação e hidratação adequadas para as pessoas em situação de rua, tendo em vista que uma alimentaçãosaudável e uma boa hidratação garantem a saúde do indivíduo, tornando-o mais saudável e menos vulnerável ao vírus;

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4.5. 1ª PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE FLORIANO-PI11454

Que seja efetivado a instalação ou reordenamento dos serviços socioassistenciais de prestação contínua destinados às pessoas em situação derua, com toda a estrutura física, material e de recursos humanos, conforme parâmetros estabelecidos na legislação pertinente, adequando àsmedidas emergenciais, estabelecidas pela Ministério da Saúde e Organização Mundial de Saúde, para o enfrentamento à Pandemia doCORONAVÍRUS;Que o Serviço Especializado para Pessoas em Situação de Rua (Centro-POP) ofertado pelo município de Parnaíba, esteja equipado para oenfrentamento da Pandemia do CORONAVÍRUS, adotando medidas e cuidados recomendados pelos órgãos de controle, a exemplo de:1. Evitar contato próximo com pessoas doentes e que tenham infecção respiratória aguda sem a devida proteção, a exemplo do uso de máscaraN95;2. Lavar as mãos frequentemente com água e sabão por pelo menos 20 segundos. Se não houver água e sabão, usar um antisséptico para asmãos à base de álcool em gel, principalmente, após contato direto com pessoas doentes e antes de se alimentar;3. Usar lenços descartáveis para higiene nasal (lenços de tecido não são recomendados);4. Cobrir nariz e boca sempre que for espirrar ou tossir com um lenço de papel e descartar no lixo;5. Higienizar as mãos sempre depois que tossir ou espirrar;6. Evitar tocar em olhos, nariz e boca com as mãos não higienizadas;7. Manter ambientes muito bem ventilados;8. Não compartilhar objetos de uso pessoal como copos, garrafas e talheres;9. Limpar e desinfetar objetos e superfícies tocados com frequência.Desde já, adverte que a não observância desta Recomendação implicará na adoção das medidas judiciais cabíveis, caracterizando o dolo, má-féou ciência da irregularidade, por ação ou omissão, para viabilizar futuras responsabilizações em sede de ação civil pública por ato de improbidadeadministrativa quando tal elemento subjetivo for exigido, devendo ser encaminhada à Promotoria de Justiça de Parnaíba/PI, pelo [email protected], as providências tomadas e os documentos comprobatórios hábeis a provar o cumprimento destaRecomendação, ao final do prazo de 10 (dez) dias úteis.A partir da data da entrega da presente RECOMENDAÇÃO, o MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ considera sua destinatária comopessoalmente CIENTE da situação ora exposta, e portanto, demonstração da consciência da ilicitude do recomendado.Parnaíba/PI, 24 de abril de 2020.Fernando Soares de Oliveira JúniorPromotor de Justiça

PORTARIA Nº 71/2020PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVOObjeto: Fiscalizar, acompanhar e garantir as Políticas Públicas na área da EDUCAÇÃO durante o período de pandemia decorrente donovo coronavírus (COVID - 19), no MUNICÍPIO DE FLORIANO, sem prejuízo de serem tomadas as medidas extrajudiciais e judiciaiscabíveis.O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE PIAUÍ, por seu representante, titular da 1ª Promotoria de Justiça de Floriano, no uso das atribuiçõesque lhes são conferidas pelos arts. 127, 129, II e III, 196, 197 e 205, da Constituição Federal, 141, 143, II e III, 203 e 216, da ConstituiçãoEstadual, 26, I, da Lei n° 8.625/93, 5º, incisos I, II, V, VII, X, XI e XVI, e 37, incisos I, V e VI, da Lei Complementar Estadual n° 12/93 e 8º e ss. daRes. 174/2017, do CNMP,CONSIDERANDO que o Ministério Público, por sua própria definição constitucional, é instituição permanente, essencial à função jurisdicional doEstado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis, devendo zelarpelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de relevância pública aos direitos assegurados pela Constituição, promovendo asmedidas necessárias a sua garantia, bem como promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do patrimônio público e social, domeio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos;CONSIDERANDO que, nos termos do art. 197 da Constituição Federal, são de relevância pública as ações e serviços de saúde, cabendo aoPoder Público dispor, nos termos da lei, sobre sua regulamentação, fiscalização e controle, devendo sua execução ser feita diretamente ouatravés de terceiros e, também, por pessoa física ou jurídica de direito privado;CONSIDERANDO que, nos termos do art. 6º da Constituição Federal, são direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, amoradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância e a assistência aos desamparados, naforma desta Constituição;CONSIDERANDO que a saúde é direito social constitucional assegurado a todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais eeconômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para suapromoção, proteção e recuperação;CONSIDERANDO que a educação também é direito social constitucionalmente assegurado a todos e dever do Estado e da família, devendo serpromovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício dacidadania e sua qualificação para o trabalho;CONSIDERANDO que, em 30.1.2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que o surto da doença causada pelo Coronavírus(COVID-19) constitui Emergência de Saúde Pública de importância Internacional (ESPII), dado o grau de avanço dos casos de contaminaçãopelo novo Coronavírus, especialmente no território Chinês;CONSIDERANDO que a ESPII é considerada, nos termos do Regulamento Sanitária (RSI): "um evento extraordinário que pode constituir umrisco de saúde pública para outros países devido a disseminação internacional de doenças; e potencialmente requer uma resposta internacionalcoordenada e imediata";CONSIDERANDO que o Ministério da Saúde, em 3.2.2020, através da Portaria GM/MS nº 188/2020, declarou "emergência de saúde públicade importância nacional", em decorrência da infecção humana pelo Coronavírus, considerando que a situação atual demanda o empregourgente de medidas de prevenção, controle e contenção de riscos, danos e agravos à saúde pública;CONSIDERANDO que, em 11.3.2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou pandemia para o Coronavírus, ou seja, momento emque uma doença se espalha por diversos continentes com transmissão sustentada entre humanos;CONSIDERANDO que a classificação da situação mundial do novo Coronavírus (COVID-19, SARSCoV-2) como pandemia significa o riscopotencial da doença infecciosa atingir a população mundial de forma simultânea, não se limitando a locais que já tenham sido identificadas comode transmissão interna;CONSIDERANDO o disposto na Lei Federal n. 13.979, de 06 de fevereiro de 2020, que dispôs medidas para enfrentamento da emergência desaúde pública de importância internacional decorrente do Coronavirus responsável pelo surto de 2019;CONSIDERANDO as disposições do Decreto Estadual nº 18.884, de 16 de março de 2020, que regulamenta a Lei nº 13.979/2020, para dispor noâmbito do Estado do Piauí, sobre as medidas de emergência de saúde pública de importância nacional e tendo em vista a classificação dasituação mundial do novo Coronavírus como pandemia, instituindo o Comitê de Gestão de Crise;CONSIDERANDO a Nota Técnica nº 9/2020 - CGPROFI/DEPROS/SAP/MS, de 12 de março de 2020, expedida pelo Ministério da Saúde, queestabeleceu orientações de prevenção ao novo Coronavírus no âmbito do Programa de Saúde na Escola, em razão dos ambientes escolaresterem alta circulação de pessoas e crianças, sendo estas integrantes do grupo vulnerável para desenvolvimento e disseminação de doenças;

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CONSIDERANDO que as medidas a serem adotadas pelas redes de educação podem evitar o fluxo de contaminação para familiares, muitosdeles idosos, grupo mais vulnerável em razão da idade e comorbidades, conforme posicionamento sobre o COVID-19, da Sociedade Brasileira deGeriatria e Gerontologia - SBGG2, publicada em 15 de março de 2020;CONSIDERANDO que o Conselho Nacional de Educação, através de nota de esclarecimento, traçou orientações aos sistemas de ensino eestabelecimentos de ensino de todos os níveis, etapas e modalidades, que tenham a necessidade de reorganizar as atividades acadêmicas ou deaprendizagem em face da suspensão das atividades escolares por conta da necessidade de ações preventivas à propagação do Coronavírus;CONSIDERANDO que a LDB, em seu art. 32, § 4º, preceitua que o ensino fundamental será presencial, sendo o ensino a distância utilizadocomo complementação da aprendizagem ou em situações emergenciais;CONSIDERANDO que o Decreto Estadual nº 18.884/2020 estabeleceu, em seus artigos 10 e 11, a suspensão imediata, por 15 (quinze) dias, dasaulas da rede pública estadual de ensino, além de recomendar a suspensão das aulas pelas redes municipais e privadas, bem como pelasinstituições de ensino superior públicas ou privadas;CONSIDERANDO que o Conselho Estadual de Educação também expediu nota de esclarecimento sobre a reorganização do calendário escolarpara as escolas que suspenderam as atividades em observância a recomendação contida no referido Decreto Estadual nº 18.884/2020;CONSIDERANDO as disposições da Resolução nº 61/2020, do Conselho Estadual de Educação, que dispõe sobre o regime especial de aulasnão presenciais para instituições integrantes do Sistema Estadual de Ensino do Piauí, em caráter de excepcionalidade e temporalidade. Enquantopermanecerem as medidas de isolamento para prevenção e combate ao novo Coronavírus;CONSIDERANDO as disposições do Decreto Estadual nº 18.913/2020, de 30 de março de 2020, que prorroga e determina, nas redes públicas eprivadas, a suspensão das aulas, como medida excepcional para enfrentamento ao COVID-19, não se aplicando tal suspensão às atividadesrealizadas com o uso de plataforma eletrônica, que dispense atividade presencial;CONSIDERANDO que a Resolução CNMP nº 174, de 04 de julho de 2017, autorizou a instauração de PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVOpara acompanhar e fiscalizar, de forma continuada, políticas públicas ou instituições;RESOLVE:com fundamento nos arts. 127, 129, II e III, 196, 197 e 205, da Constituição Federal, 141, 143, II e III, 203 e 216, da Constituição Estadual, 26, I,da Lei n° 8.625/93, 5º, incisos I, II, V, VII, X, XI e XVI, e 37, incisos I, V e VI, da Lei Complementar Estadual n° 12/93 e 8º e ss. da Res. 174/2017,do CNMP e demais legislação pertinente, instaurar, sob sua presidência, o presente PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO cujo objeto éfiscalizar, acompanhar e garantir as Políticas Públicas na área da EDUCAÇÃO durante o período de pandemia decorrente do novocoronavírus (COVID - 19), no MUNICÍPIO DE FLORIANO, sem prejuízo de serem tomadas as medidas extrajudiciais e judiciais cabíveis,DETERMINANDO, desde já, as seguintes providências:1. Autuação da presente portaria e anexos, registrando-se em livro próprio, bem como, arquivando-se cópia na pasta respectiva;2. Adotar providências necessárias ao trâmite deste Procedimento e, inicialmente, a remessa desta portaria, por meio eletrônico, ao CAODS,CAODEC e CSMP para conhecimento e publicação, via e-mail institucional, devendo o envio ser certificado nos autos;Finalmente, ressalta-se que o prazo para a conclusão deste Procedimento é de 1(um) ano, podendo ser prorrogado sucessivamente pelo mesmoperíodo, desde que haja decisão fundamentada, à vista da imprescindibilidade da realização de outros atos, consoante art. 11 da Resolução nº174/2017 do CNMP.Ultimadas as providências preliminares, retornem os autos para ulteriores deliberações.Registre-se, Publique-se e Cumpra-se.Floriano, 22 de abril de 2020._________________________José de Arimatéa Dourado LeãoPromotor de JustiçaPORTARIA Nº 73/2020PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVOObjeto: Fiscalizar, acompanhar e garantir as Políticas Públicas na área da EDUCAÇÃO durante o período de pandemia decorrente donovo coronavírus (COVID - 19), no MUNICÍPIO DE SÃO JOSÉ DO PEIXE, sem prejuízo de serem tomadas as medidas extrajudiciais ejudiciais cabíveis.O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE PIAUÍ, por seu representante, titular da 1ª Promotoria de Justiça de Floriano, no uso das atribuiçõesque lhes são conferidas pelos arts. 127, 129, II e III, 196, 197 e 205, da Constituição Federal, 141, 143, II e III, 203 e 216, da ConstituiçãoEstadual, 26, I, da Lei n° 8.625/93, 5º, incisos I, II, V, VII, X, XI e XVI, e 37, incisos I, V e VI, da Lei Complementar Estadual n° 12/93 e 8º e ss. daRes. 174/2017, do CNMP,CONSIDERANDO que o Ministério Público, por sua própria definição constitucional, é instituição permanente, essencial à função jurisdicional doEstado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis, devendo zelarpelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de relevância pública aos direitos assegurados pela Constituição, promovendo asmedidas necessárias a sua garantia, bem como promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do patrimônio público e social, domeio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos;CONSIDERANDO que, nos termos do art. 197 da Constituição Federal, são de relevância pública as ações e serviços de saúde, cabendo aoPoder Público dispor, nos termos da lei, sobre sua regulamentação, fiscalização e controle, devendo sua execução ser feita diretamente ouatravés de terceiros e, também, por pessoa física ou jurídica de direito privado;CONSIDERANDO que, nos termos do art. 6º da Constituição Federal, são direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, amoradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância e a assistência aos desamparados, naforma desta Constituição;CONSIDERANDO que a saúde é direito social constitucional assegurado a todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais eeconômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para suapromoção, proteção e recuperação;CONSIDERANDO que a educação também é direito social constitucionalmente assegurado a todos e dever do Estado e da família, devendo serpromovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício dacidadania e sua qualificação para o trabalho;CONSIDERANDO que, em 30.1.2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que o surto da doença causada pelo Coronavírus(COVID-19) constitui Emergência de Saúde Pública de importância Internacional (ESPII), dado o grau de avanço dos casos de contaminaçãopelo novo Coronavírus, especialmente no território Chinês;CONSIDERANDO que a ESPII é considerada, nos termos do Regulamento Sanitária (RSI): "um evento extraordinário que pode constituir umrisco de saúde pública para outros países devido a disseminação internacional de doenças; e potencialmente requer uma resposta internacionalcoordenada e imediata";CONSIDERANDO que o Ministério da Saúde, em 3.2.2020, através da Portaria GM/MS nº 188/2020, declarou "emergência de saúde públicade importância nacional", em decorrência da infecção humana pelo Coronavírus, considerando que a situação atual demanda o empregourgente de medidas de prevenção, controle e contenção de riscos, danos e agravos à saúde pública;CONSIDERANDO que, em 11.3.2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou pandemia para o Coronavírus, ou seja, momento emque uma doença se espalha por diversos continentes com transmissão sustentada entre humanos;CONSIDERANDO que a classificação da situação mundial do novo Coronavírus (COVID-19, SARSCoV-2) como pandemia significa o risco

Diário Eletrônico do MPPIANO IV - Nº 623 Disponibilização: Terça-feira, 28 de Abril de 2020 Publicação: Quarta-feira, 29 de Abril de 2020

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potencial da doença infecciosa atingir a população mundial de forma simultânea, não se limitando a locais que já tenham sido identificadas comode transmissão interna;CONSIDERANDO o disposto na Lei Federal n. 13.979, de 06 de fevereiro de 2020, que dispôs medidas para enfrentamento da emergência desaúde pública de importância internacional decorrente do Coronavirus responsável pelo surto de 2019;CONSIDERANDO as disposições do Decreto Estadual nº 18.884, de 16 de março de 2020, que regulamenta a Lei nº 13.979/2020, para dispor noâmbito do Estado do Piauí, sobre as medidas de emergência de saúde pública de importância nacional e tendo em vista a classificação dasituação mundial do novo Coronavírus como pandemia, instituindo o Comitê de Gestão de Crise;CONSIDERANDO a Nota Técnica nº 9/2020 - CGPROFI/DEPROS/SAP/MS, de 12 de março de 2020, expedida pelo Ministério da Saúde, queestabeleceu orientações de prevenção ao novo Coronavírus no âmbito do Programa de Saúde na Escola, em razão dos ambientes escolaresterem alta circulação de pessoas e crianças, sendo estas integrantes do grupo vulnerável para desenvolvimento e disseminação de doenças;CONSIDERANDO que as medidas a serem adotadas pelas redes de educação podem evitar o fluxo de contaminação para familiares, muitosdeles idosos, grupo mais vulnerável em razão da idade e comorbidades, conforme posicionamento sobre o COVID-19, da Sociedade Brasileira deGeriatria e Gerontologia - SBGG2, publicada em 15 de março de 2020;CONSIDERANDO que o Conselho Nacional de Educação, através de nota de esclarecimento, traçou orientações aos sistemas de ensino eestabelecimentos de ensino de todos os níveis, etapas e modalidades, que tenham a necessidade de reorganizar as atividades acadêmicas ou deaprendizagem em face da suspensão das atividades escolares por conta da necessidade de ações preventivas à propagação do Coronavírus;CONSIDERANDO que a LDB, em seu art. 32, § 4º, preceitua que o ensino fundamental será presencial, sendo o ensino a distância utilizadocomo complementação da aprendizagem ou em situações emergenciais;CONSIDERANDO que o Decreto Estadual nº 18.884/2020 estabeleceu, em seus artigos 10 e 11, a suspensão imediata, por 15 (quinze) dias, dasaulas da rede pública estadual de ensino, além de recomendar a suspensão das aulas pelas redes municipais e privadas, bem como pelasinstituições de ensino superior públicas ou privadas;CONSIDERANDO que o Conselho Estadual de Educação também expediu nota de esclarecimento sobre a reorganização do calendário escolarpara as escolas que suspenderam as atividades em observância a recomendação contida no referido Decreto Estadual nº 18.884/2020;CONSIDERANDO as disposições da Resolução nº 61/2020, do Conselho Estadual de Educação, que dispõe sobre o regime especial de aulasnão presenciais para instituições integrantes do Sistema Estadual de Ensino do Piauí, em caráter de excepcionalidade e temporalidade. Enquantopermanecerem as medidas de isolamento para prevenção e combate ao novo Coronavírus;CONSIDERANDO as disposições do Decreto Estadual nº 18.913/2020, de 30 de março de 2020, que prorroga e determina, nas redes públicas eprivadas, a suspensão das aulas, como medida excepcional para enfrentamento ao COVID-19, não se aplicando tal suspensão às atividadesrealizadas com o uso de plataforma eletrônica, que dispense atividade presencial;CONSIDERANDO que a Resolução CNMP nº 174, de 04 de julho de 2017, autorizou a instauração de PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVOpara acompanhar e fiscalizar, de forma continuada, políticas públicas ou instituições;RESOLVE:com fundamento nos arts. 127, 129, II e III, 196, 197 e 205, da Constituição Federal, 141, 143, II e III, 203 e 216, da Constituição Estadual, 26, I,da Lei n° 8.625/93, 5º, incisos I, II, V, VII, X, XI e XVI, e 37, incisos I, V e VI, da Lei Complementar Estadual n° 12/93 e 8º e ss. da Res. 174/2017,do CNMP e demais legislação pertinente, instaurar, sob sua presidência, o presente PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO cujo objeto éfiscalizar, acompanhar e garantir as Políticas Públicas na área da EDUCAÇÃO durante o período de pandemia decorrente do novocoronavírus (COVID - 19), no MUNICÍPIO DE SÃO JOSÉ DO PEIXE, sem prejuízo de serem tomadas as medidas extrajudiciais e judiciaiscabíveis, DETERMINANDO, desde já, as seguintes providências:1. Autuação da presente portaria e anexos, registrando-se em livro próprio, bem como, arquivando-se cópia na pasta respectiva;2. Adotar providências necessárias ao trâmite deste Procedimento e, inicialmente, a remessa desta portaria, por meio eletrônico, ao CAODS,CAODEC e CSMP para conhecimento e publicação, via e-mail institucional, devendo o envio ser certificado nos autos;Finalmente, ressalta-se que o prazo para a conclusão deste Procedimento é de 1(um) ano, podendo ser prorrogado sucessivamente pelo mesmoperíodo, desde que haja decisão fundamentada, à vista da imprescindibilidade da realização de outros atos, consoante art. 11 da Resolução nº174/2017 do CNMP.Ultimadas as providências preliminares, retornem os autos para ulteriores deliberações.Registre-se, Publique-se e Cumpra-se.Floriano, 22 de abril de 2020._________________________José de Arimatéa Dourado LeãoPromotor de JustiçaPORTARIA Nº 75/2020PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVOObjeto: Fiscalizar, acompanhar e garantir as Políticas Públicas na área da EDUCAÇÃO durante o período de pandemia decorrente donovo coronavírus (COVID - 19), no MUNICÍPIO DE FRANCISCO AYRES, sem prejuízo de serem tomadas as medidas extrajudiciais ejudiciais cabíveis.O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE PIAUÍ, por seu representante, titular da 1ª Promotoria de Justiça de Floriano, no uso das atribuiçõesque lhes são conferidas pelos arts. 127, 129, II e III, 196, 197 e 205, da Constituição Federal, 141, 143, II e III, 203 e 216, da ConstituiçãoEstadual, 26, I, da Lei n° 8.625/93, 5º, incisos I, II, V, VII, X, XI e XVI, e 37, incisos I, V e VI, da Lei Complementar Estadual n° 12/93 e 8º e ss. daRes. 174/2017, do CNMP,CONSIDERANDO que o Ministério Público, por sua própria definição constitucional, é instituição permanente, essencial à função jurisdicional doEstado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis, devendo zelarpelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de relevância pública aos direitos assegurados pela Constituição, promovendo asmedidas necessárias a sua garantia, bem como promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do patrimônio público e social, domeio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos;CONSIDERANDO que, nos termos do art. 197 da Constituição Federal, são de relevância pública as ações e serviços de saúde, cabendo aoPoder Público dispor, nos termos da lei, sobre sua regulamentação, fiscalização e controle, devendo sua execução ser feita diretamente ouatravés de terceiros e, também, por pessoa física ou jurídica de direito privado;CONSIDERANDO que, nos termos do art. 6º da Constituição Federal, são direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, amoradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância e a assistência aos desamparados, naforma desta Constituição;CONSIDERANDO que a saúde é direito social constitucional assegurado a todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais eeconômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para suapromoção, proteção e recuperação;CONSIDERANDO que a educação também é direito social constitucionalmente assegurado a todos e dever do Estado e da família, devendo serpromovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício dacidadania e sua qualificação para o trabalho;CONSIDERANDO que, em 30.1.2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que o surto da doença causada pelo Coronavírus(COVID-19) constitui Emergência de Saúde Pública de importância Internacional (ESPII), dado o grau de avanço dos casos de contaminação

Diário Eletrônico do MPPIANO IV - Nº 623 Disponibilização: Terça-feira, 28 de Abril de 2020 Publicação: Quarta-feira, 29 de Abril de 2020

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pelo novo Coronavírus, especialmente no território Chinês;CONSIDERANDO que a ESPII é considerada, nos termos do Regulamento Sanitária (RSI): "um evento extraordinário que pode constituir umrisco de saúde pública para outros países devido a disseminação internacional de doenças; e potencialmente requer uma resposta internacionalcoordenada e imediata";CONSIDERANDO que o Ministério da Saúde, em 3.2.2020, através da Portaria GM/MS nº 188/2020, declarou "emergência de saúde públicade importância nacional", em decorrência da infecção humana pelo Coronavírus, considerando que a situação atual demanda o empregourgente de medidas de prevenção, controle e contenção de riscos, danos e agravos à saúde pública;CONSIDERANDO que, em 11.3.2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou pandemia para o Coronavírus, ou seja, momento emque uma doença se espalha por diversos continentes com transmissão sustentada entre humanos;CONSIDERANDO que a classificação da situação mundial do novo Coronavírus (COVID-19, SARSCoV-2) como pandemia significa o riscopotencial da doença infecciosa atingir a população mundial de forma simultânea, não se limitando a locais que já tenham sido identificadas comode transmissão interna;CONSIDERANDO o disposto na Lei Federal n. 13.979, de 06 de fevereiro de 2020, que dispôs medidas para enfrentamento da emergência desaúde pública de importância internacional decorrente do Coronavirus responsável pelo surto de 2019;CONSIDERANDO as disposições do Decreto Estadual nº 18.884, de 16 de março de 2020, que regulamenta a Lei nº 13.979/2020, para dispor noâmbito do Estado do Piauí, sobre as medidas de emergência de saúde pública de importância nacional e tendo em vista a classificação dasituação mundial do novo Coronavírus como pandemia, instituindo o Comitê de Gestão de Crise;CONSIDERANDO a Nota Técnica nº 9/2020 - CGPROFI/DEPROS/SAP/MS, de 12 de março de 2020, expedida pelo Ministério da Saúde, queestabeleceu orientações de prevenção ao novo Coronavírus no âmbito do Programa de Saúde na Escola, em razão dos ambientes escolaresterem alta circulação de pessoas e crianças, sendo estas integrantes do grupo vulnerável para desenvolvimento e disseminação de doenças;CONSIDERANDO que as medidas a serem adotadas pelas redes de educação podem evitar o fluxo de contaminação para familiares, muitosdeles idosos, grupo mais vulnerável em razão da idade e comorbidades, conforme posicionamento sobre o COVID-19, da Sociedade Brasileira deGeriatria e Gerontologia - SBGG2, publicada em 15 de março de 2020;CONSIDERANDO que o Conselho Nacional de Educação, através de nota de esclarecimento, traçou orientações aos sistemas de ensino eestabelecimentos de ensino de todos os níveis, etapas e modalidades, que tenham a necessidade de reorganizar as atividades acadêmicas ou deaprendizagem em face da suspensão das atividades escolares por conta da necessidade de ações preventivas à propagação do Coronavírus;CONSIDERANDO que a LDB, em seu art. 32, § 4º, preceitua que o ensino fundamental será presencial, sendo o ensino a distância utilizadocomo complementação da aprendizagem ou em situações emergenciais;CONSIDERANDO que o Decreto Estadual nº 18.884/2020 estabeleceu, em seus artigos 10 e 11, a suspensão imediata, por 15 (quinze) dias, dasaulas da rede pública estadual de ensino, além de recomendar a suspensão das aulas pelas redes municipais e privadas, bem como pelasinstituições de ensino superior públicas ou privadas;CONSIDERANDO que o Conselho Estadual de Educação também expediu nota de esclarecimento sobre a reorganização do calendário escolarpara as escolas que suspenderam as atividades em observância a recomendação contida no referido Decreto Estadual nº 18.884/2020;CONSIDERANDO as disposições da Resolução nº 61/2020, do Conselho Estadual de Educação, que dispõe sobre o regime especial de aulasnão presenciais para instituições integrantes do Sistema Estadual de Ensino do Piauí, em caráter de excepcionalidade e temporalidade. Enquantopermanecerem as medidas de isolamento para prevenção e combate ao novo Coronavírus;CONSIDERANDO as disposições do Decreto Estadual nº 18.913/2020, de 30 de março de 2020, que prorroga e determina, nas redes públicas eprivadas, a suspensão das aulas, como medida excepcional para enfrentamento ao COVID-19, não se aplicando tal suspensão às atividadesrealizadas com o uso de plataforma eletrônica, que dispense atividade presencial;CONSIDERANDO que a Resolução CNMP nº 174, de 04 de julho de 2017, autorizou a instauração de PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVOpara acompanhar e fiscalizar, de forma continuada, políticas públicas ou instituições;RESOLVE:com fundamento nos arts. 127, 129, II e III, 196, 197 e 205, da Constituição Federal, 141, 143, II e III, 203 e 216, da Constituição Estadual, 26, I,da Lei n° 8.625/93, 5º, incisos I, II, V, VII, X, XI e XVI, e 37, incisos I, V e VI, da Lei Complementar Estadual n° 12/93 e 8º e ss. da Res. 174/2017,do CNMP e demais legislação pertinente, instaurar, sob sua presidência, o presente PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO cujo objeto éfiscalizar, acompanhar e garantir as Políticas Públicas na área da EDUCAÇÃO durante o período de pandemia decorrente do novocoronavírus (COVID - 19), no MUNICÍPIO DE FRANCISCO AYRES, sem prejuízo de serem tomadas as medidas extrajudiciais e judiciaiscabíveis, DETERMINANDO, desde já, as seguintes providências:1. Autuação da presente portaria e anexos, registrando-se em livro próprio, bem como, arquivando-se cópia na pasta respectiva;2. Adotar providências necessárias ao trâmite deste Procedimento e, inicialmente, a remessa desta portaria, por meio eletrônico, ao CAODS,CAODEC e CSMP para conhecimento e publicação, via e-mail institucional, devendo o envio ser certificado nos autos;Finalmente, ressalta-se que o prazo para a conclusão deste Procedimento é de 1(um) ano, podendo ser prorrogado sucessivamente pelo mesmoperíodo, desde que haja decisão fundamentada, à vista da imprescindibilidade da realização de outros atos, consoante art. 11 da Resolução nº174/2017 do CNMP.Ultimadas as providências preliminares, retornem os autos para ulteriores deliberações.Registre-se, Publique-se e Cumpra-se.Floriano, 22 de abril de 2020._________________________José de Arimatéa Dourado LeãoPromotor de JustiçaPORTARIA Nº 77/2020PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVOObjeto: Fiscalizar, acompanhar e garantir as Políticas Públicas na área do MEIO AMBIENTE durante o período de pandemia decorrentedo novo coronavírus (COVID - 19), no MUNICÍPIO DE ARRAIAL, sem prejuízo de serem tomadas as medidas extrajudiciais e judiciaiscabíveis.O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE PIAUÍ, por seu representante, titular da 1ª Promotoria de Justiça de Floriano, no uso das atribuiçõesque lhes são conferidas pelos arts. 127, 129, II e III, 196, 197 e 225, da Constituição Federal, 141, 143, II e III, 203 e 237, da ConstituiçãoEstadual, 26, I, da Lei n° 8.625/93, 5º, incisos I, II, V, VII, X, XI e XVI, e 37, incisos I, V e VI, da Lei Complementar Estadual n° 12/93 e 8º e ss. daRes. 174/2017, do CNMP,CONSIDERANDO que o Ministério Público, por sua própria definição constitucional, é instituição permanente, essencial à função jurisdicional doEstado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis, devendo zelarpelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de relevância pública aos direitos assegurados pela Constituição, promovendo asmedidas necessárias a sua garantia, bem como promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do patrimônio público e social, domeio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos;CONSIDERANDO que, nos termos do art. 197 da Constituição Federal, são de relevância pública as ações e serviços de saúde, cabendo aoPoder Público dispor, nos termos da lei, sobre sua regulamentação, fiscalização e controle, devendo sua execução ser feita diretamente ouatravés de terceiros e, também, por pessoa física ou jurídica de direito privado;CONSIDERANDO que, nos termos do art. 6º da Constituição Federal, são direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a

Diário Eletrônico do MPPIANO IV - Nº 623 Disponibilização: Terça-feira, 28 de Abril de 2020 Publicação: Quarta-feira, 29 de Abril de 2020

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moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância e a assistência aos desamparados, naforma desta Constituição;CONSIDERANDO que a saúde é direito social constitucional assegurado a todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais eeconômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para suapromoção, proteção e recuperação;CONSIDERANDO que, nos termos do art. 2º, caput, da Lei nº 8.080/90, que dispõe sobre as condições para a promoção, proteção erecuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes, a saúde é um direito fundamental do serhumano, devendo o Estado prover as condições indispensáveis ao seu pleno exercício;CONSIDERANDO que o art. 7º, inciso II, da sobredita lei estabelece como uma das diretrizes do Sistema Único de Saúde a integralidadede assistência, entendida como um conjunto articulado e contínuo das ações e serviços preventivos e curativos, individuais ecoletivos, exigidos para cada caso em todos os níveis de complexidade do sistema;CONSIDERANDO que todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadiaqualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo e de harmonizá-lo, racionalmente,com as necessidades do desenvolvimento socioeconômico para as presentes e futuras gerações;CONSIDERANDO que o saneamento básico é um direito humano essencial, assim reconhecido pela Assembleia Geral da Organização dasNações Unidas (ONU), e, na sistemática constitucional brasileira, está intrinsecamente ligado à cidadania (art. 1º, inciso II), à dignidade dapessoa humana (art. 1º, inciso III), aos direitos à vida (art. 5º), à saúde, ao trabalho à alimentação, à moradia (art. 6º) e ao meio ambienteecologicamente equilibrado (art. 225), inclusive do meio ambiente do trabalho (conforme art. 200, VIII), cuja garantia se insere no primado daprevalência dos direitos humanos (art. 4º, inciso II, todos da Constituição Federal);CONSIDERANDO que a Lei da Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei nº 12.305/2010), em seu art. 3º, inciso VII, prevê que a destinaçãofinal ambientalmente adequada inclui a reutilização, a reciclagem, a compostagem, a recuperação e o aproveitamento energético ou outrasdestinações admitidas pelos órgãos competentes do Sisnama, do SNVS e do Suasa, dentre elas, a disposição final, obedecendo a normasoperacionais específicas de modo a evitar danos ou riscos à saúde pública e à segurança e a minorar os impactos ambientais adversos;CONSIDERANDO que o art. 6º da Lei da Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei nº 12.305/2010) ao estabelecer os princípios que a norteia,se destacam a prevenção e a precaução; a visão sistêmica, na gestão dos resíduos sólidos, que considere as variáveis ambiental, social, cultural,econômica, tecnológica e de saúde pública; o desenvolvimento sustentável; a cooperação entre as diferentes esferas do poder público, o setorempresarial e demais segmentos da sociedade e a razoabilidade e proporcionalidade;CONSIDERANDO que a política de desenvolvimento urbano, executada pelo Poder Público municipal, deve ter por objetivo ordenar o plenodesenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir o bem-estar de seus habitantes, nos termos do art. 182 da Constituição Federal,mediante a garantia do direito a cidades sustentáveis, compreendido como o direito à terra urbana, à moradia, ao saneamento ambiental, àinfraestrutura urbana, ao transporte, aos serviços públicos, ao trabalho e ao lazer, para as presentes e futuras gerações;CONSIDERANDO a Declaração de Emergência em Saúde Pública de Importância Internacional pela Organização Mundial da Saúde - OMS, em30 de janeiro de 2020, em decorrência da Infecção Humana pelo novo Coronavírus (COVID-19);CONSIDERANDO as disposições da Lei nº 13.979, de 6 de fevereiro de 2020, que dispõe sobre as medidas para enfrentamento daemergência de saúde pública de importância internacional decorrente do Coronavírus responsável pelo surto de 2019;CONSIDERANDO as disposições do Decreto Estadual nº 18.884, de 16 de março de 2020, que regulamenta a Lei nº 13.979/2020, para dispor noâmbito do Estado do Piauí, sobre as medidas de emergência de saúde pública de importância nacional e tendo em vista a classificação dasituação mundial do novo Coronavírus como pandemia, instituindo o Comitê de Gestão de Crise;CONSIDERANDO que, segundo Boletim divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde do Piauí - SESAPI em 21 de abril de 2020, o Piauí possui206 (duzentos e seis) casos confirmados e 15 (quinze) óbitos decorrentes do Coronavírus;CONSIDERANDO que até o dia 21 (vinte e um) de abril de 2020, o Ministério da Saúde registrou 43.079 (quarenta e três mil e setenta e nove)casos confirmados e 2.741 (dois mil e setecentos e quarenta e um) óbitos decorrentes do Coronavírus;CONSIDERANDO que o novo Coronavírus, causador da doença denominada COVID-19, é um agente biológico que está enquadrado comoclasse de risco 3 (alto risco individual e moderado risco para a comunidade), conforme classificação da Portaria nº 2.349/2017, do Ministério daSaúde;CONSIDERANDO que essa classe de risco inclui os agentes biológicos que possuem capacidade de transmissão por via respiratória e quecausam patologias potencialmente letais;CONSIDERANDO que, quanto à disseminação, sabe-se, até o momento, que o novo Coronavírus (SARSCoV-2) é transmitido pelo contato direto,principalmente por meio de gotículas respiratórias e pelo contato indireto por meio das mãos, objetos ou superfícies contaminadas;CONSIDERANDO que, para evitar a proliferação do vírus, o Ministério da Saúde recomenda medidas básicas de higiene, como lavar as mãoscom água e sabão, utilizar lenço descartável para higiene nasal, cobrir o nariz e a boca com um lenço de papel quando espirrar ou tossir e jogá-lono lixo, bem como evitar tocar olhos, nariz e boca sem que as mãos estejam limpas;CONSIDERANDO que, em face da gravidade dessa doença, para além dos cuidados com a transmissão decorrente do contato entre pessoas, énecessário atentar para o perigo que o manuseio dos resíduos e rejeitos domiciliares representam, uma vez que, segundo evidências científicas,o Coronavírus possui um tempo relativamente extenso de permanência nos objetos, com potencial infectante durante todo esse período;CONSIDERANDO que, nesse sentido, a Associação Brasileira de Engenharia Ambiental e Sanitária - ABES expediu, no último dia 20 de março,Informe Técnico sobre ações relativas à gestão de resíduos nessa situação de pandemia, em que consta o tempo de permanência desse vírus nasuperfície de cada tipo de material, que varia de duas horas até cinco dias;CONSIDERANDO que, diante dessa grande facilidade em aderir aos diversos tipos de materiais, mostra-se relevante que sejam adotadasmedidas sanitárias e ambientais que possam minimizar o risco de contaminação da doença provocada pelo Coronavírus, quando do descartedesses resíduos para a coleta domiciliar e, logo depois, durante seu manuseio, transporte e destinação final pelo Municípios e/ou empresascontratadas;CONSIDERANDO, dessa forma, a necessidade de garantir a efetivação das políticas públicas na proteção do meio ambiente durante o períododessa pandemia;CONSIDERANDO que a Resolução CNMP nº 174, de 04 de julho de 2017, autorizou a instauração de PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVOpara acompanhar e fiscalizar, de forma continuada, políticas públicas ou instituições;RESOLVE:com fundamento nos arts. 127, 129, II e III, 196, 197 e 225, da Constituição Federal, 141, 143, II e III, 203 e 237, da Constituição Estadual, 26, I,da Lei n° 8.625/93, 5º, incisos I, II, V, VII, X, XI e XVI, e 37, incisos I, V e VI, da Lei Complementar Estadual n° 12/93 e 8º e ss. da Res. 174/2017,do CNMP e demais legislação pertinente, instaurar, sob sua presidência, o presente PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO cujo objeto éfiscalizar, acompanhar e garantir as Políticas Públicas na área do MEIO AMBIENTE durante o período de pandemia decorrente do novocoronavírus (COVID - 19), no MUNICÍPIO DE ARRAIAL, sem prejuízo de serem tomadas as medidas extrajudiciais e judiciais cabíveis,DETERMINANDO, desde já, as seguintes providências:1. Autuação da presente portaria e anexos, registrando-se em livro próprio, bem como, arquivando-se cópia na pasta respectiva;2. Adotar providências necessárias ao trâmite deste Procedimento e, inicialmente, a remessa desta portaria, por meio eletrônico, ao CAODS,CAOMA e CSMP para conhecimento e publicação, via e-mail institucional, devendo o envio ser certificado nos autos;Finalmente, ressalta-se que o prazo para a conclusão deste Procedimento é de 1(um) ano, podendo ser prorrogado sucessivamente pelo mesmoperíodo, desde que haja decisão fundamentada, à vista da imprescindibilidade da realização de outros atos, consoante art. 11 da Resolução nº

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174/2017 do CNMP.Ultimadas as providências preliminares, retornem os autos para ulteriores deliberações.Registre-se, Publique-se e Cumpra-se.Floriano, 22 de abril de 2020._________________________José de Arimatéa Dourado LeãoPromotor de JustiçaPORTARIA Nº 79/2020PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVOObjeto: Fiscalizar, acompanhar e garantir as Políticas Públicas na área do MEIO AMBIENTE durante o período de pandemia decorrentedo novo coronavírus (COVID - 19), no MUNICÍPIO DE NAZARÉ DO PIAUÍ, sem prejuízo de serem tomadas as medidas extrajudiciais ejudiciais cabíveis.O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE PIAUÍ, por seu representante, titular da 1ª Promotoria de Justiça de Floriano, no uso das atribuiçõesque lhes são conferidas pelos arts. 127, 129, II e III, 196, 197 e 225, da Constituição Federal, 141, 143, II e III, 203 e 237, da ConstituiçãoEstadual, 26, I, da Lei n° 8.625/93, 5º, incisos I, II, V, VII, X, XI e XVI, e 37, incisos I, V e VI, da Lei Complementar Estadual n° 12/93 e 8º e ss. daRes. 174/2017, do CNMP,CONSIDERANDO que o Ministério Público, por sua própria definição constitucional, é instituição permanente, essencial à função jurisdicional doEstado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis, devendo zelarpelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de relevância pública aos direitos assegurados pela Constituição, promovendo asmedidas necessárias a sua garantia, bem como promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do patrimônio público e social, domeio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos;CONSIDERANDO que, nos termos do art. 197 da Constituição Federal, são de relevância pública as ações e serviços de saúde, cabendo aoPoder Público dispor, nos termos da lei, sobre sua regulamentação, fiscalização e controle, devendo sua execução ser feita diretamente ouatravés de terceiros e, também, por pessoa física ou jurídica de direito privado;CONSIDERANDO que, nos termos do art. 6º da Constituição Federal, são direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, amoradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância e a assistência aos desamparados, naforma desta Constituição;CONSIDERANDO que a saúde é direito social constitucional assegurado a todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais eeconômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para suapromoção, proteção e recuperação;CONSIDERANDO que, nos termos do art. 2º, caput, da Lei nº 8.080/90, que dispõe sobre as condições para a promoção, proteção erecuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes, a saúde é um direito fundamental do serhumano, devendo o Estado prover as condições indispensáveis ao seu pleno exercício;CONSIDERANDO que o art. 7º, inciso II, da sobredita lei estabelece como uma das diretrizes do Sistema Único de Saúde a integralidadede assistência, entendida como um conjunto articulado e contínuo das ações e serviços preventivos e curativos, individuais ecoletivos, exigidos para cada caso em todos os níveis de complexidade do sistema;CONSIDERANDO que todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadiaqualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo e de harmonizá-lo, racionalmente,com as necessidades do desenvolvimento socioeconômico para as presentes e futuras gerações;CONSIDERANDO que o saneamento básico é um direito humano essencial, assim reconhecido pela Assembleia Geral da Organização dasNações Unidas (ONU), e, na sistemática constitucional brasileira, está intrinsecamente ligado à cidadania (art. 1º, inciso II), à dignidade dapessoa humana (art. 1º, inciso III), aos direitos à vida (art. 5º), à saúde, ao trabalho à alimentação, à moradia (art. 6º) e ao meio ambienteecologicamente equilibrado (art. 225), inclusive do meio ambiente do trabalho (conforme art. 200, VIII), cuja garantia se insere no primado daprevalência dos direitos humanos (art. 4º, inciso II, todos da Constituição Federal);CONSIDERANDO que a Lei da Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei nº 12.305/2010), em seu art. 3º, inciso VII, prevê que a destinaçãofinal ambientalmente adequada inclui a reutilização, a reciclagem, a compostagem, a recuperação e o aproveitamento energético ou outrasdestinações admitidas pelos órgãos competentes do Sisnama, do SNVS e do Suasa, dentre elas, a disposição final, obedecendo a normasoperacionais específicas de modo a evitar danos ou riscos à saúde pública e à segurança e a minorar os impactos ambientais adversos;CONSIDERANDO que o art. 6º da Lei da Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei nº 12.305/2010) ao estabelecer os princípios que a norteia,se destacam a prevenção e a precaução; a visão sistêmica, na gestão dos resíduos sólidos, que considere as variáveis ambiental, social, cultural,econômica, tecnológica e de saúde pública; o desenvolvimento sustentável; a cooperação entre as diferentes esferas do poder público, o setorempresarial e demais segmentos da sociedade e a razoabilidade e proporcionalidade;CONSIDERANDO que a política de desenvolvimento urbano, executada pelo Poder Público municipal, deve ter por objetivo ordenar o plenodesenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir o bem-estar de seus habitantes, nos termos do art. 182 da Constituição Federal,mediante a garantia do direito a cidades sustentáveis, compreendido como o direito à terra urbana, à moradia, ao saneamento ambiental, àinfraestrutura urbana, ao transporte, aos serviços públicos, ao trabalho e ao lazer, para as presentes e futuras gerações;CONSIDERANDO a Declaração de Emergência em Saúde Pública de Importância Internacional pela Organização Mundial da Saúde - OMS, em30 de janeiro de 2020, em decorrência da Infecção Humana pelo novo Coronavírus (COVID-19);CONSIDERANDO as disposições da Lei nº 13.979, de 6 de fevereiro de 2020, que dispõe sobre as medidas para enfrentamento daemergência de saúde pública de importância internacional decorrente do Coronavírus responsável pelo surto de 2019;CONSIDERANDO as disposições do Decreto Estadual nº 18.884, de 16 de março de 2020, que regulamenta a Lei nº 13.979/2020, para dispor noâmbito do Estado do Piauí, sobre as medidas de emergência de saúde pública de importância nacional e tendo em vista a classificação dasituação mundial do novo Coronavírus como pandemia, instituindo o Comitê de Gestão de Crise;CONSIDERANDO que, segundo Boletim divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde do Piauí - SESAPI em 21 de abril de 2020, o Piauí possui206 (duzentos e seis) casos confirmados e 15 (quinze) óbitos decorrentes do Coronavírus;CONSIDERANDO que até o dia 21 (vinte e um) de abril de 2020, o Ministério da Saúde registrou 43.079 (quarenta e três mil e setenta e nove)casos confirmados e 2.741 (dois mil e setecentos e quarenta e um) óbitos decorrentes do Coronavírus;CONSIDERANDO que o novo Coronavírus, causador da doença denominada COVID-19, é um agente biológico que está enquadrado comoclasse de risco 3 (alto risco individual e moderado risco para a comunidade), conforme classificação da Portaria nº 2.349/2017, do Ministério daSaúde;CONSIDERANDO que essa classe de risco inclui os agentes biológicos que possuem capacidade de transmissão por via respiratória e quecausam patologias potencialmente letais;CONSIDERANDO que, quanto à disseminação, sabe-se, até o momento, que o novo Coronavírus (SARSCoV-2) é transmitido pelo contato direto,principalmente por meio de gotículas respiratórias e pelo contato indireto por meio das mãos, objetos ou superfícies contaminadas;CONSIDERANDO que, para evitar a proliferação do vírus, o Ministério da Saúde recomenda medidas básicas de higiene, como lavar as mãoscom água e sabão, utilizar lenço descartável para higiene nasal, cobrir o nariz e a boca com um lenço de papel quando espirrar ou tossir e jogá-lono lixo, bem como evitar tocar olhos, nariz e boca sem que as mãos estejam limpas;CONSIDERANDO que, em face da gravidade dessa doença, para além dos cuidados com a transmissão decorrente do contato entre pessoas, é

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necessário atentar para o perigo que o manuseio dos resíduos e rejeitos domiciliares representam, uma vez que, segundo evidências científicas,o Coronavírus possui um tempo relativamente extenso de permanência nos objetos, com potencial infectante durante todo esse período;CONSIDERANDO que, nesse sentido, a Associação Brasileira de Engenharia Ambiental e Sanitária - ABES expediu, no último dia 20 de março,Informe Técnico sobre ações relativas à gestão de resíduos nessa situação de pandemia, em que consta o tempo de permanência desse vírus nasuperfície de cada tipo de material, que varia de duas horas até cinco dias;CONSIDERANDO que, diante dessa grande facilidade em aderir aos diversos tipos de materiais, mostra-se relevante que sejam adotadasmedidas sanitárias e ambientais que possam minimizar o risco de contaminação da doença provocada pelo Coronavírus, quando do descartedesses resíduos para a coleta domiciliar e, logo depois, durante seu manuseio, transporte e destinação final pelo Municípios e/ou empresascontratadas;CONSIDERANDO, dessa forma, a necessidade de garantir a efetivação das políticas públicas na proteção do meio ambiente durante o períododessa pandemia;CONSIDERANDO que a Resolução CNMP nº 174, de 04 de julho de 2017, autorizou a instauração de PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVOpara acompanhar e fiscalizar, de forma continuada, políticas públicas ou instituições;RESOLVE:com fundamento nos arts. 127, 129, II e III, 196, 197 e 225, da Constituição Federal, 141, 143, II e III, 203 e 237, da Constituição Estadual, 26, I,da Lei n° 8.625/93, 5º, incisos I, II, V, VII, X, XI e XVI, e 37, incisos I, V e VI, da Lei Complementar Estadual n° 12/93 e 8º e ss. da Res. 174/2017,do CNMP e demais legislação pertinente, instaurar, sob sua presidência, o presente PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO cujo objeto éfiscalizar, acompanhar e garantir as Políticas Públicas na área do MEIO AMBIENTE durante o período de pandemia decorrente do novocoronavírus (COVID - 19), no MUNICÍPIO DE NAZARÉ DO PIAUÍ, sem prejuízo de serem tomadas as medidas extrajudiciais e judiciaiscabíveis, DETERMINANDO, desde já, as seguintes providências:1. Autuação da presente portaria e anexos, registrando-se em livro próprio, bem como, arquivando-se cópia na pasta respectiva;2. Adotar providências necessárias ao trâmite deste Procedimento e, inicialmente, a remessa desta portaria, por meio eletrônico, ao CAODS,CAOMA e CSMP para conhecimento e publicação, via e-mail institucional, devendo o envio ser certificado nos autos;Finalmente, ressalta-se que o prazo para a conclusão deste Procedimento é de 1(um) ano, podendo ser prorrogado sucessivamente pelo mesmoperíodo, desde que haja decisão fundamentada, à vista da imprescindibilidade da realização de outros atos, consoante art. 11 da Resolução nº174/2017 do CNMP.Ultimadas as providências preliminares, retornem os autos para ulteriores deliberações.Registre-se, Publique-se e Cumpra-se.Floriano, 22 de abril de 2020._________________________José de Arimatéa Dourado LeãoPromotor de JustiçaPORTARIA Nº 87/2020PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVOObjeto: Fiscalizar, acompanhar e garantir as Políticas Públicas na área das RELAÇÕES DE CONSUMO durante o período de pandemiadecorrente do novo coronavírus (COVID - 19), no MUNICÍPIO DE ARRAIAL, sem prejuízo de serem tomadas as medidas extrajudiciais ejudiciais cabíveis.O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE PIAUÍ, por seu representante, titular da 1ª Promotoria de Justiça de Floriano, no uso das atribuiçõesque lhes são conferidas pelos arts. 127, 129, II e III, 196 e 197, da Constituição Federal, 141, 143, II e III, e 203, da Constituição Estadual, 26, I,da Lei n° 8.625/93, 5º, incisos I, II, V, VII, X, XI e XVI, e 37, incisos I, V e VI, da Lei Complementar Estadual n° 12/93 e 8º e ss. da Res. 174/2017,do CNMP,CONSIDERANDO que o Ministério Público, por sua própria definição constitucional, é instituição permanente, essencial à função jurisdicional doEstado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis, devendo zelarpelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de relevância pública aos direitos assegurados pela Constituição, promovendo asmedidas necessárias a sua garantia, bem como promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do patrimônio público e social, domeio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos;CONSIDERANDO que são de relevância pública as ações e serviços de saúde, cabendo ao Poder Público dispor, nos termos da lei,sobre sua regulamentação, fiscalização e controle, devendo sua execução ser feita diretamente ou através de terceiros e, também, porpessoa física ou jurídica de direito privado;CONSIDERANDO que a saúde é direito social constitucional assegurado a todos e dever do Estado, garantido mediante políticassociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações eserviços para sua promoção, proteção e recuperação;CONSIDERANDO que o direito à saúde, além de qualificar-se como direito fundamental que assiste a todas as pessoas, representaconsequência constitucional do direito à vida;CONSIDERANDO que, nos termos do art. 2º, caput, da Lei nº 8.080/90, que dispõe sobre as condições para a promoção, proteção erecuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes, a saúde é um direito fundamental do serhumano, devendo o Estado prover as condições indispensáveis ao seu pleno exercício;CONSIDERANDO que, conforme já decidido pela Suprema Corte, no bojo do Agravo de Instrumento nº 452312, voto do Min. Celso deMello, o direito à saúde prevalece sobre o interesse financeiro e secundário do Estado, senão vejamos: "[...] entre proteger ainviolabilidade do direito à vida e à saúde, que se qualifica como direito subjetivo inalienável assegurado a todos pela própriaConstituição da República (art. 5º, caput e art. 196), ou fazer prevalecer, contra essa prerrogativa fundamental, um interesse financeiro esecundário do Estado, entendo - uma vez configurado esse dilema - que razões de ordem ético-jurídica impõem ao julgador uma só epossível opção: aquela que privilegia o respeito indeclinável a vida e a saúde humanas;CONSIDERANDO a Declaração de Emergência em Saúde Pública de Importância Internacional pela Organização Mundial da Saúde - OMS, em30 de janeiro de 2020, em decorrência da Infecção Humana pelo novo Coronavírus (COVID-19);CONSIDERANDO as disposições da Lei nº 13.979, de 6 de fevereiro de 2020, que dispõe sobre as medidas para enfrentamento daemergência de saúde pública de importância internacional decorrente do Coronavírus responsável pelo surto de 2019;CONSIDERANDO as disposições do Decreto Estadual nº 18.884, de 16 de março de 2020, que regulamenta a Lei nº 13.979/2020, para dispor noâmbito do Estado do Piauí, sobre as medidas de emergência de saúde pública de importância internacional e tendo em vista a classificação dasituação mundial do novo Coronavírus como pandemia, instituindo o Comitê de Gestão de Crise, é dá outras providências, como: I) asuspensão, pelo prazo de 15 (quinze) dias, das atividades coletivas ou eventos realizados pelos órgãos ou entidades da administraçãopública estadual direta e indireta; II) a suspensão, por 15 (quinze) dias, das aulas da rede pública estadual de ensino; III) a interrupção dasférias concedidas aos profissionais da saúde vinculados à SESAPI;CONSIDERANDO as disposições do Decreto Estadual nº 18.895, de 19 de março de 2020, que declara estado de calamidade pública, para osfins do art. 65, da Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000 (LRF), em razão da grave crise de saúde pública decorrente da pandemia daCOVID-19, e suas repercussões nas finanças públicas, e dá outras providências;CONSIDERANDO as disposições do Decreto Estadual nº 18.901, de 19 de março de 2020, que determina as medidas excepcionais queespecifica, voltadas para o enfrentamento da grave crise de saúde pública decorrente do COVID-19, notadamente, a suspensão: I) de todas as

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atividades em bares, restaurantes, cinemas, clubes, academias, casas de espetáculo e clínicas de estéticas; II) das atividades de saúdebucal/odontológica, públicas e privadas, exceto aquelas relacionadas aos atendimentos de urgência e emergência; III) de eventos esportivos; eIV) das atividades comerciais em shopping centers;CONSIDERANDO as disposições do Decreto Estadual nº 18.913, de 30 de março de 2020, que prorroga e determina, nas redes pública eprivada, a suspensão das aulas, como medida excepcional para enfrentamento ao COVID-19;CONSIDERANDO a necessidade de atendimento das demandas dos consumidores de produtos e serviços (art. 39, II e IX, CDC);CONSIDERANDO que a Constituição Federal não coíbe a intervenção estatal na produção ou circulação de bens ou serviços, prevendo em seuart. 174 que o Estado tem o papel primordial como agente normativo e regulador da atividade econômica, exercendo as funções de fiscalização,incentivo e planejamento;CONSIDERANDO que, nos termos do art. 4º do CDC, a Política Nacional das Relações de Consumo tem por objetivo o atendimento dasnecessidades dos consumidores, o respeito à sua dignidade, saúde e segurança, a proteção de seus interesses econômicos, a melhoria da suaqualidade de vida, bem como a transparência e a harmonização das relações consumeristas, atendidos, entre outros: I - reconhecimento davulnerabilidade do consumidor no mercado de consumo; II - ação governamental no sentido de proteger efetivamente o consumidor; III -harmonização dos interesses dos participantes das relações de consumo e compatibilização da proteção do consumidor com a necessidade dedesenvolvimento econômico e tecnológico, de modo a viabilizar os princípios nos quais se funda a ordem econômica (art. 170, da ConstituiçãoFederal), sempre com base na boa-fé e equilíbrio nas relações entre consumidores e fornecedores;CONSIDERANDO que, nos termos do Enunciado Sumular nº 608, do Eg. Superior Tribunal de Justiça - STJ, aplica-se o Código de Defesa doConsumidor aos contratos de plano de saúde, salvo os administrados por entidades de autogestão;CONSIDERANDO, dessa forma, a necessidade de acompanhar e garantir a efetivação das políticas públicas no âmbito das relações de consumodurante o período dessa pandemia;CONSIDERANDO que, nos termos da Lei Complementar Estadual nº 36, de 09 de janeiro de 2004, o Programa de Proteção e Defesa doConsumidor do Ministério Público do Estado do Piauí - PROCON/MPPI coordena a Política do Sistema Estadual de Proteção e Defesa doConsumidor, através de sua Coordenação Estadual, competindo a atuação extrajudicial e judicial na matéria às Promotorias de Justiça, nasrespectivas áreas de atribuição;CONSIDERANDO que a Resolução CNMP nº 174, de 04 de julho de 2017, autorizou a instauração de PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVOpara acompanhar e fiscalizar, de forma continuada, políticas públicas ou instituições;RESOLVE:com fundamento nos arts. 127, 129, II e III, 196 e 197, da Constituição Federal, 141, 143, II e III, e 203, da Constituição Estadual, 26, I, da Lei n°8.625/93, 5º, incisos I, II, V, VII, X, XI e XVI, e 37, incisos I, V e VI, da Lei Complementar Estadual n° 12/93 e 8º e ss. da Res. 174/2017, do CNMPe demais legislação pertinente, instaurar, sob sua presidência, o presente PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO cujo objeto é fiscalizar,acompanhar e garantir as Políticas Públicas na área das RELAÇÕES DE CONSUMO durante o período de pandemia decorrente do novocoronavírus (COVID - 19), no MUNICÍPIO DE ARRAIAL, sem prejuízo de serem tomadas as medidas extrajudiciais e judiciais cabíveis,DETERMINANDO, desde já, as seguintes providências:1. Autuação da presente portaria e anexos, registrando-se em livro próprio, bem como, arquivando-se cópia na pasta respectiva;2. Adotar providências necessárias ao trâmite deste Procedimento e, inicialmente, a remessa desta portaria, por meio eletrônico, ao CAODS,PROCON e CSMP para conhecimento e publicação, via e-mail institucional, devendo o envio ser certificado nos autos;Finalmente, ressalta-se que o prazo para a conclusão deste Procedimento é de 1(um) ano, podendo ser prorrogado sucessivamente pelo mesmoperíodo, desde que haja decisão fundamentada, à vista da imprescindibilidade da realização de outros atos, consoante art. 11 da Resolução nº174/2017 do CNMP.Ultimadas as providências preliminares, retornem os autos para ulteriores deliberações.Registre-se, Publique-se e Cumpra-se.Floriano, 22 de abril de 2020._________________________José de Arimatéa Dourado LeãoPromotor de JustiçaPORTARIA Nº 89/2020PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVOObjeto: Fiscalizar, acompanhar e garantir as Políticas Públicas na área das RELAÇÕES DE CONSUMO durante o período de pandemiadecorrente do novo coronavírus (COVID - 19), no MUNICÍPIO DE NAZARÉ DO PIAUÍ, sem prejuízo de serem tomadas as medidasextrajudiciais e judiciais cabíveis.O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE PIAUÍ, por seu representante, titular da 1ª Promotoria de Justiça de Floriano, no uso das atribuiçõesque lhes são conferidas pelos arts. 127, 129, II e III, 196 e 197, da Constituição Federal, 141, 143, II e III, e 203, da Constituição Estadual, 26, I,da Lei n° 8.625/93, 5º, incisos I, II, V, VII, X, XI e XVI, e 37, incisos I, V e VI, da Lei Complementar Estadual n° 12/93 e 8º e ss. da Res. 174/2017,do CNMP,CONSIDERANDO que o Ministério Público, por sua própria definição constitucional, é instituição permanente, essencial à função jurisdicional doEstado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis, devendo zelarpelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de relevância pública aos direitos assegurados pela Constituição, promovendo asmedidas necessárias a sua garantia, bem como promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do patrimônio público e social, domeio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos;CONSIDERANDO que são de relevância pública as ações e serviços de saúde, cabendo ao Poder Público dispor, nos termos da lei,sobre sua regulamentação, fiscalização e controle, devendo sua execução ser feita diretamente ou através de terceiros e, também, porpessoa física ou jurídica de direito privado;CONSIDERANDO que a saúde é direito social constitucional assegurado a todos e dever do Estado, garantido mediante políticassociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações eserviços para sua promoção, proteção e recuperação;CONSIDERANDO que o direito à saúde, além de qualificar-se como direito fundamental que assiste a todas as pessoas, representaconsequência constitucional do direito à vida;CONSIDERANDO que, nos termos do art. 2º, caput, da Lei nº 8.080/90, que dispõe sobre as condições para a promoção, proteção erecuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes, a saúde é um direito fundamental do serhumano, devendo o Estado prover as condições indispensáveis ao seu pleno exercício;CONSIDERANDO que, conforme já decidido pela Suprema Corte, no bojo do Agravo de Instrumento nº 452312, voto do Min. Celso deMello, o direito à saúde prevalece sobre o interesse financeiro e secundário do Estado, senão vejamos: "[...] entre proteger ainviolabilidade do direito à vida e à saúde, que se qualifica como direito subjetivo inalienável assegurado a todos pela própriaConstituição da República (art. 5º, caput e art. 196), ou fazer prevalecer, contra essa prerrogativa fundamental, um interesse financeiro esecundário do Estado, entendo - uma vez configurado esse dilema - que razões de ordem ético-jurídica impõem ao julgador uma só epossível opção: aquela que privilegia o respeito indeclinável a vida e a saúde humanas;CONSIDERANDO a Declaração de Emergência em Saúde Pública de Importância Internacional pela Organização Mundial da Saúde - OMS, em30 de janeiro de 2020, em decorrência da Infecção Humana pelo novo Coronavírus (COVID-19);

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CONSIDERANDO as disposições da Lei nº 13.979, de 6 de fevereiro de 2020, que dispõe sobre as medidas para enfrentamento daemergência de saúde pública de importância internacional decorrente do Coronavírus responsável pelo surto de 2019;CONSIDERANDO as disposições do Decreto Estadual nº 18.884, de 16 de março de 2020, que regulamenta a Lei nº 13.979/2020, para dispor noâmbito do Estado do Piauí, sobre as medidas de emergência de saúde pública de importância internacional e tendo em vista a classificação dasituação mundial do novo Coronavírus como pandemia, instituindo o Comitê de Gestão de Crise, é dá outras providências, como: I) asuspensão, pelo prazo de 15 (quinze) dias, das atividades coletivas ou eventos realizados pelos órgãos ou entidades da administraçãopública estadual direta e indireta; II) a suspensão, por 15 (quinze) dias, das aulas da rede pública estadual de ensino; III) a interrupção dasférias concedidas aos profissionais da saúde vinculados à SESAPI;CONSIDERANDO as disposições do Decreto Estadual nº 18.895, de 19 de março de 2020, que declara estado de calamidade pública, para osfins do art. 65, da Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000 (LRF), em razão da grave crise de saúde pública decorrente da pandemia daCOVID-19, e suas repercussões nas finanças públicas, e dá outras providências;CONSIDERANDO as disposições do Decreto Estadual nº 18.901, de 19 de março de 2020, que determina as medidas excepcionais queespecifica, voltadas para o enfrentamento da grave crise de saúde pública decorrente do COVID-19, notadamente, a suspensão: I) de todas asatividades em bares, restaurantes, cinemas, clubes, academias, casas de espetáculo e clínicas de estéticas; II) das atividades de saúdebucal/odontológica, públicas e privadas, exceto aquelas relacionadas aos atendimentos de urgência e emergência; III) de eventos esportivos; eIV) das atividades comerciais em shopping centers;CONSIDERANDO as disposições do Decreto Estadual nº 18.913, de 30 de março de 2020, que prorroga e determina, nas redes pública eprivada, a suspensão das aulas, como medida excepcional para enfrentamento ao COVID-19;CONSIDERANDO a necessidade de atendimento das demandas dos consumidores de produtos e serviços (art. 39, II e IX, CDC);CONSIDERANDO que a Constituição Federal não coíbe a intervenção estatal na produção ou circulação de bens ou serviços, prevendo em seuart. 174 que o Estado tem o papel primordial como agente normativo e regulador da atividade econômica, exercendo as funções de fiscalização,incentivo e planejamento;CONSIDERANDO que, nos termos do art. 4º do CDC, a Política Nacional das Relações de Consumo tem por objetivo o atendimento dasnecessidades dos consumidores, o respeito à sua dignidade, saúde e segurança, a proteção de seus interesses econômicos, a melhoria da suaqualidade de vida, bem como a transparência e a harmonização das relações consumeristas, atendidos, entre outros: I - reconhecimento davulnerabilidade do consumidor no mercado de consumo; II - ação governamental no sentido de proteger efetivamente o consumidor; III -harmonização dos interesses dos participantes das relações de consumo e compatibilização da proteção do consumidor com a necessidade dedesenvolvimento econômico e tecnológico, de modo a viabilizar os princípios nos quais se funda a ordem econômica (art. 170, da ConstituiçãoFederal), sempre com base na boa-fé e equilíbrio nas relações entre consumidores e fornecedores;CONSIDERANDO que, nos termos do Enunciado Sumular nº 608, do Eg. Superior Tribunal de Justiça - STJ, aplica-se o Código de Defesa doConsumidor aos contratos de plano de saúde, salvo os administrados por entidades de autogestão;CONSIDERANDO, dessa forma, a necessidade de acompanhar e garantir a efetivação das políticas públicas no âmbito das relações de consumodurante o período dessa pandemia;CONSIDERANDO que, nos termos da Lei Complementar Estadual nº 36, de 09 de janeiro de 2004, o Programa de Proteção e Defesa doConsumidor do Ministério Público do Estado do Piauí - PROCON/MPPI coordena a Política do Sistema Estadual de Proteção e Defesa doConsumidor, através de sua Coordenação Estadual, competindo a atuação extrajudicial e judicial na matéria às Promotorias de Justiça, nasrespectivas áreas de atribuição;CONSIDERANDO que a Resolução CNMP nº 174, de 04 de julho de 2017, autorizou a instauração de PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVOpara acompanhar e fiscalizar, de forma continuada, políticas públicas ou instituições;RESOLVE:com fundamento nos arts. 127, 129, II e III, 196 e 197, da Constituição Federal, 141, 143, II e III, e 203, da Constituição Estadual, 26, I, da Lei n°8.625/93, 5º, incisos I, II, V, VII, X, XI e XVI, e 37, incisos I, V e VI, da Lei Complementar Estadual n° 12/93 e 8º e ss. da Res. 174/2017, do CNMPe demais legislação pertinente, instaurar, sob sua presidência, o presente PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO cujo objeto é fiscalizar,acompanhar e garantir as Políticas Públicas na área das RELAÇÕES DE CONSUMO durante o período de pandemia decorrente do novocoronavírus (COVID - 19), no MUNICÍPIO DE NAZARÉ DO PIAUÍ, sem prejuízo de serem tomadas as medidas extrajudiciais e judiciaiscabíveis, DETERMINANDO, desde já, as seguintes providências:1. Autuação da presente portaria e anexos, registrando-se em livro próprio, bem como, arquivando-se cópia na pasta respectiva;2. Adotar providências necessárias ao trâmite deste Procedimento e, inicialmente, a remessa desta portaria, por meio eletrônico, ao CAODS,PROCON e CSMP para conhecimento e publicação, via e-mail institucional, devendo o envio ser certificado nos autos;Finalmente, ressalta-se que o prazo para a conclusão deste Procedimento é de 1(um) ano, podendo ser prorrogado sucessivamente pelo mesmoperíodo, desde que haja decisão fundamentada, à vista da imprescindibilidade da realização de outros atos, consoante art. 11 da Resolução nº174/2017 do CNMP.Ultimadas as providências preliminares, retornem os autos para ulteriores deliberações.Registre-se, Publique-se e Cumpra-se.Floriano, 22 de abril de 2020._________________________José de Arimatéa Dourado LeãoPromotor de JustiçaRECOMENDAÇÃO ADMINISTRATIVA 64/2020(PA - 000074-101/2020)Recomenda ao Município de Arraial, na pessoa de seu Prefeito, a adoção de todas as medidas técnicas e administrativas junto aosESTABELECIMENTOS BANCÁRIOS e CASAS LOTÉRICAS localizados no Município, no sentido de que adotem todas as medidassanitárias cabíveis para evitar a propagação e proliferação do novo Coronavírus (COVID-19).O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE PIAUÍ, por seu Órgão de Execução - 1ª Promotoria de Justiça da Comarca de Floriano, representadopor seu titular abaixo-assinado, no uso das atribuições que lhes são conferidas pelos arts. 127, 129, III, 196 e 197, da Constituição Federal, 8º, §1º, da Lei nº 7.347/85, 25, IV, "a", e 27, parágrafo único, IV, da Lei nº 8.625/93, 2º, parágrafo único, e 38, da Lei Complementar Estadual nº 12/93,art. 5º, incisos I, II, V, VIIX, XI e XVI, da Lei Complementar Estadual n° 36/2004 e Resolução nº 164/2017, do CNMP:CONSIDERANDO que o Ministério Público, por sua própria definição constitucional, é uma instituição permanente, essencial à funçãojurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis,conforme preceitua o art. 127 da Carta Magna;CONSIDERANDO que compete ao Ministério Público promover o inquérito civil e a ação civil pública para a proteção, a prevenção e a reparaçãodos danos causados ao meio ambiente, ao consumidor, aos bens e direitos de valor artístico, estético, histórico e paisagístico;CONSIDERANDO que a Política Nacional das Relações de Consumo tem por objetivo o atendimento das necessidades dos consumidores, orespeito à sua dignidade, saúde e segurança, a proteção de seus interesses econômicos, a melhoria da sua qualidade de vida, bemcomo a transparência e a harmonização das relações consumeristas, atendidos, entre outros, o princípio da harmonização dos interessesdos participantes das relações de consumo e compatibilização da proteção do consumidor com a necessidade de desenvolvimento econômico etecnológico, de modo a viabilizar os princípios nos quais se funda a ordem econômica (art. 170, da Constituição Federal), sempre com base naboa-fé e equilíbrio nas relações entre consumidores e fornecedores (art. 4º, da Lei nº 8.078/90);

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CONSIDERANDO que a vida, a saúde, a segurança e a paz são bens jurídicos inalienáveis e indissociáveis do princípio da dignidade da pessoahumana (art. 4º, caput do CDC);CONSIDERANDO que, nos termos do Enunciado Sumular nº 297, do Eg. Superior Tribunal de Justiça, o Código de Defesa do Consumidor éaplicável às instituições financeiras;CONSIDERANDO que os órgãos oficiais poderão expedir notificações aos fornecedores para que, sob pena de desobediência, presteminformações sobre questões de interesse do consumidor, resguardado o segredo industrial, conforme § 4º do art. 55, da Lei Consumerista Pátria;CONSIDERANDO que, nos termos da Lei Complementar Estadual nº 36, de 09 de janeiro de 2004, o Programa de Proteção e Defesa doConsumidor do Ministério Público do Estado do Piauí - PROCON/MPPI coordena a Política do Sistema Estadual deProteção e Defesa do Consumidor, através de sua Coordenação Estadual, competindo a atuação extrajudicial e judicial na matéria àsPromotorias de Justiça, nas respectivas áreas de atribuição;CONSIDERANDO que, em 30.1.2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que o surto da doença causada pelo Coronavírus(COVID-19) constitui Emergência de Saúde Pública de importância Internacional (ESPII);CONSIDERANDO que a ESPII é considerada, nos termos do Regulamento Sanitário Internacional (RSI), "um evento extraordinário que podeconstituir um risco de saúde pública para outros países devido a disseminação internacional de doenças; e potencialmente requer uma respostainternacional coordenada e imediata";CONSIDERANDO que o Ministério da Saúde, em 3.2.2020, através da Portaria GM/MS nº 188/2020, declarou "emergência em saúde públicade importância nacional", em decorrência da infecção humana pelo Coronavírus, considerando que a situação atual demanda o empregourgente de medidas de prevenção, controle e contenção de riscos, danos e agravos à saúde pública;CONSIDERANDO o disposto na Lei n° 13.979, de 06 de fevereiro de 2020, que dispõe sobre as medidas para enfrentamento da emergência desaúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus responsável pelo surto de 2019;CONSIDERANDO a publicação da Portaria MS nº 356/2020, que estabelece a regulamentação e operacionalização do disposto na Lei nº13.979/2020, que traz medidas para enfrentamento da emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus(COVID-19);CONSIDERANDO que, em 11.3.2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou pandemia para o Coronavírus, ou seja, momento emque uma doença se espalha por diversos continentes com transmissão sustentada entre humanos;CONSIDERANDO que a classificação da situação mundial do novo coronavírus (COVID-19, SARSCoV-2) como pandemia significa o riscopotencial da doença infecciosa atingir a população mundial de forma simultânea, não se limitando a locais que já tenham sido identificadas comode transmissão interna;CONSIDERANDO o Decreto Estadual nº 18.902, de 23 de março de 2020, determina que os estabelecimentos de serviços essenciais devemfuncionar de acordo com determinações sanitárias expedidas pela Secretaria Estadual de Saúde, bem como, que seja adotado controle de fluxode pessoa, de modo a impedir aglomerações,RESOLVE RECOMENDAR ao Município de Arraial, na pessoa de seu Prefeito, a adoção de todas as medidas técnicas e administrativasjunto aos ESTABELECIMENTOS BANCÁRIOS e CASAS LOTÉRICAS localizados no Município, no sentido de que adotem todas asmedidas sanitárias cabíveis para evitar a propagação e proliferação do novo Coronavírus (COVID-19), recomendando, desde logo, quesejam tomadas as seguintes medidas junto:1 - AOS ESTABELECIMENTOS BANCÁRIOS - a adoção de todas as medidas preventivas de combate à COVID-19, estabelecidas pela OMS(Organização Mundial da Saúde), pelo Ministério da Saúde e pela Secretaria Estadual de Saúde, em especial, o seguinte:A constante desinfecção de objetos e superfícies tocados com frequência, no interior da agência, como maçanetas, corrimão, canetas utilizadaspelos consumidores, terminais de autoatendimento ou qualquer outro equipamento de uso coletivo;Se possível, a disponibilização de álcool gel 70% aos consumidores, em locais de fácil acesso no interior das agências bancárias;Sejam adotadas medidas para que, entre os consumidores que esperam para entrar nas agências bancárias, seja observada uma distânciamínima de 1.5m (um metro e meio), bem como, para que aqueles que já se encontram no interior da agência mantenham distância segura entresi;Seja observado o horário diferenciado de atendimento previsto pela FEBRABAN-Federação Brasileira de Bancos:I. atendimento ao público pelo período mínimo das 10 horas às 14 horas;II. atendimento exclusivo para idosos, gestantes e pessoas portadoras de deficiências das 9 horas às 10 horas.III. Os consumidores devem ser devidamente informados pelos canais de comunicação de cada banco.Seja observado o limite de pessoas no interior das agências e apenas com transações essenciais; eSejam os consumidores incentivados a utilizar os canais digitais do banco, evitando aglomeração de pessoas fora e no interior das agências.2 - ÀS CASAS LOTÉRICAS - a adoção de todas as medidas preventivas de combate à COVID-19, estabelecidas pela OMS (OrganizaçãoMundial da Saúde), pelo Ministério da Saúde e pela Secretaria Estadual de Saúde, em especial, o seguinte:Que promovam a constante desinfecção dos objetos de uso coletivo disponibilizados aos consumidores; eQue adotem medidas para que seja observada distância mínima de 1.5m (um metro e meio) entre os consumidores que esperam nas filas.Por fim, faz-se impositivo constar que a presente recomendação não esgota a atuação do Ministério Público Estadual sobre o tema, nãoexcluindo futuras recomendações ou outras iniciativas com relação aos agentes supramencionados ou outros, bem como com relação aos entespúblicos com responsabilidade e competência no objeto.Fica o destinatário da presente recomendação advertido dos seguintes efeitos, dela advindo:a) tornar inequívoca a demonstração da consciência da ilicitude do não cumprimento do recomendado;b) caracterizar o dolo, má-fé ou ciência da irregularidade, por ação ou omissão, para viabilizar futuras responsabilizações em sede de ação civilpública por ato de improbidade administrativa quando tal elemento subjetivo for exigido;c) constituir-se em elemento probatório em sede de ações cíveis ou criminais.Resolve, ainda, determinar:a) Fixação do prazo de 5 (cinco) dias, a contar do recebimento, para que o destinatário se manifeste sobre o acatamento da presenterecomendação, devendo encaminhar à 1ª Promotoria de Justiça da Comarca de Floriano manifestação escrita e documentação hábil a provar ofiel cumprimento, bem como a impossibilidade de cumpri-la dentro do prazo assinalado.b) Encaminhamento da presente Recomendação à Secretaria Geral do Ministério Público do Estado do Piauí para a devida publicação no DiárioEletrônico do Ministério Público, bem como ao Conselho Superior do Ministério Público - CSMP/MPPI, ao Centro de Apoio Operacional de Defesada Saúde - CAODS/MPPI e ao Programa de Proteção e Defesa do Consumidor do Ministério Público do Estado do Piauí - PROCON/MPPI paraconhecimento e ao destinatário para conhecimento e cumprimento.c) O registro eletrônico da presente Recomendação no Sistema SIMP.Registre-se, publique-se e notifiquem-se.Floriano, 24 de abril de 2020.__________________________José de Arimatéa Dourado LeãoPromotor de Justiça - 1ª PJRECOMENDAÇÃO ADMINISTRATIVA 66/2020(PA - 000076-101/2020)Recomenda ao Município de Nazaré do Piauí, na pessoa de seu Prefeito, a adoção de todas as medidas técnicas e administrativas junto

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aos ESTABELECIMENTOS BANCÁRIOS e CASAS LOTÉRICAS localizados no Município, no sentido de que adotem todas as medidassanitárias cabíveis para evitar a propagação e proliferação do novo Coronavírus (COVID-19).O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE PIAUÍ, por seu Órgão de Execução - 1ª Promotoria de Justiça da Comarca de Floriano, representadopor seu titular abaixo-assinado, no uso das atribuições que lhes são conferidas pelos arts. 127, 129, III, 196 e 197, da Constituição Federal, 8º, §1º, da Lei nº 7.347/85, 25, IV, "a", e 27, parágrafo único, IV, da Lei nº 8.625/93, 2º, parágrafo único, e 38, da Lei Complementar Estadual nº 12/93,art. 5º, incisos I, II, V, VIIX, XI e XVI, da Lei Complementar Estadual n° 36/2004 e Resolução nº 164/2017, do CNMP:CONSIDERANDO que o Ministério Público, por sua própria definição constitucional, é uma instituição permanente, essencial à funçãojurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis,conforme preceitua o art. 127 da Carta Magna;CONSIDERANDO que compete ao Ministério Público promover o inquérito civil e a ação civil pública para a proteção, a prevenção e a reparaçãodos danos causados ao meio ambiente, ao consumidor, aos bens e direitos de valor artístico, estético, histórico e paisagístico;CONSIDERANDO que a Política Nacional das Relações de Consumo tem por objetivo o atendimento das necessidades dos consumidores, orespeito à sua dignidade, saúde e segurança, a proteção de seus interesses econômicos, a melhoria da sua qualidade de vida, bemcomo a transparência e a harmonização das relações consumeristas, atendidos, entre outros, o princípio da harmonização dos interessesdos participantes das relações de consumo e compatibilização da proteção do consumidor com a necessidade de desenvolvimento econômico etecnológico, de modo a viabilizar os princípios nos quais se funda a ordem econômica (art. 170, da Constituição Federal), sempre com base naboa-fé e equilíbrio nas relações entre consumidores e fornecedores (art. 4º, da Lei nº 8.078/90);CONSIDERANDO que a vida, a saúde, a segurança e a paz são bens jurídicos inalienáveis e indissociáveis do princípio da dignidade da pessoahumana (art. 4º, caput do CDC);CONSIDERANDO que, nos termos do Enunciado Sumular nº 297, do Eg. Superior Tribunal de Justiça, o Código de Defesa do Consumidor éaplicável às instituições financeiras;CONSIDERANDO que os órgãos oficiais poderão expedir notificações aos fornecedores para que, sob pena de desobediência, presteminformações sobre questões de interesse do consumidor, resguardado o segredo industrial, conforme § 4º do art. 55, da Lei Consumerista Pátria;CONSIDERANDO que, nos termos da Lei Complementar Estadual nº 36, de 09 de janeiro de 2004, o Programa de Proteção e Defesa doConsumidor do Ministério Público do Estado do Piauí - PROCON/MPPI coordena a Política do Sistema Estadual deProteção e Defesa do Consumidor, através de sua Coordenação Estadual, competindo a atuação extrajudicial e judicial na matéria àsPromotorias de Justiça, nas respectivas áreas de atribuição;CONSIDERANDO que, em 30.1.2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que o surto da doença causada pelo Coronavírus(COVID-19) constitui Emergência de Saúde Pública de importância Internacional (ESPII);CONSIDERANDO que a ESPII é considerada, nos termos do Regulamento Sanitário Internacional (RSI), "um evento extraordinário que podeconstituir um risco de saúde pública para outros países devido a disseminação internacional de doenças; e potencialmente requer uma respostainternacional coordenada e imediata";CONSIDERANDO que o Ministério da Saúde, em 3.2.2020, através da Portaria GM/MS nº 188/2020, declarou "emergência em saúde públicade importância nacional", em decorrência da infecção humana pelo Coronavírus, considerando que a situação atual demanda o empregourgente de medidas de prevenção, controle e contenção de riscos, danos e agravos à saúde pública;CONSIDERANDO o disposto na Lei n° 13.979, de 06 de fevereiro de 2020, que dispõe sobre as medidas para enfrentamento da emergência desaúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus responsável pelo surto de 2019;CONSIDERANDO a publicação da Portaria MS nº 356/2020, que estabelece a regulamentação e operacionalização do disposto na Lei nº13.979/2020, que traz medidas para enfrentamento da emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus(COVID-19);CONSIDERANDO que, em 11.3.2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou pandemia para o Coronavírus, ou seja, momento emque uma doença se espalha por diversos continentes com transmissão sustentada entre humanos;CONSIDERANDO que a classificação da situação mundial do novo coronavírus (COVID-19, SARSCoV-2) como pandemia significa o riscopotencial da doença infecciosa atingir a população mundial de forma simultânea, não se limitando a locais que já tenham sido identificadas comode transmissão interna;CONSIDERANDO o Decreto Estadual nº 18.902, de 23 de março de 2020, determina que os estabelecimentos de serviços essenciais devemfuncionar de acordo com determinações sanitárias expedidas pela Secretaria Estadual de Saúde, bem como, que seja adotado controle de fluxode pessoa, de modo a impedir aglomerações,RESOLVE RECOMENDAR ao Município de Nazaré do Piauí, na pessoa de seu Prefeito, a adoção de todas as medidas técnicas eadministrativas junto aos ESTABELECIMENTOS BANCÁRIOS e CASAS LOTÉRICAS localizados no Município, no sentido de queadotem todas as medidas sanitárias cabíveis para evitar a propagação e proliferação do novo Coronavírus (COVID-19), recomendando,desde logo, que sejam tomadas as seguintes medidas junto:1 - AOS ESTABELECIMENTOS BANCÁRIOS - a adoção de todas as medidas preventivas de combate à COVID-19, estabelecidas pela OMS(Organização Mundial da Saúde), pelo Ministério da Saúde e pela Secretaria Estadual de Saúde, em especial, o seguinte:A constante desinfecção de objetos e superfícies tocados com frequência, no interior da agência, como maçanetas, corrimão, canetas utilizadaspelos consumidores, terminais de autoatendimento ou qualquer outro equipamento de uso coletivo;Se possível, a disponibilização de álcool gel 70% aos consumidores, em locais de fácil acesso no interior das agências bancárias;Sejam adotadas medidas para que, entre os consumidores que esperam para entrar nas agências bancárias, seja observada uma distânciamínima de 1.5m (um metro e meio), bem como, para que aqueles que já se encontram no interior da agência mantenham distância segura entresi;Seja observado o horário diferenciado de atendimento previsto pela FEBRABAN-Federação Brasileira de Bancos:I. atendimento ao público pelo período mínimo das 10 horas às 14 horas;II. atendimento exclusivo para idosos, gestantes e pessoas portadoras de deficiências das 9 horas às 10 horas.III. Os consumidores devem ser devidamente informados pelos canais de comunicação de cada banco.Seja observado o limite de pessoas no interior das agências e apenas com transações essenciais; eSejam os consumidores incentivados a utilizar os canais digitais do banco, evitando aglomeração de pessoas fora e no interior das agências.2 - ÀS CASAS LOTÉRICAS - a adoção de todas as medidas preventivas de combate à COVID-19, estabelecidas pela OMS (OrganizaçãoMundial da Saúde), pelo Ministério da Saúde e pela Secretaria Estadual de Saúde, em especial, o seguinte:Que promovam a constante desinfecção dos objetos de uso coletivo disponibilizados aos consumidores; eQue adotem medidas para que seja observada distância mínima de 1.5m (um metro e meio) entre os consumidores que esperam nas filas.Por fim, faz-se impositivo constar que a presente recomendação não esgota a atuação do Ministério Público Estadual sobre o tema, nãoexcluindo futuras recomendações ou outras iniciativas com relação aos agentes supramencionados ou outros, bem como com relação aos entespúblicos com responsabilidade e competência no objeto.Fica o destinatário da presente recomendação advertido dos seguintes efeitos, dela advindo:a) tornar inequívoca a demonstração da consciência da ilicitude do não cumprimento do recomendado;b) caracterizar o dolo, má-fé ou ciência da irregularidade, por ação ou omissão, para viabilizar futuras responsabilizações em sede de ação civilpública por ato de improbidade administrativa quando tal elemento subjetivo for exigido;c) constituir-se em elemento probatório em sede de ações cíveis ou criminais.

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4.6. 2ª PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE CAMPO MAIOR-PI11455

Resolve, ainda, determinar:a) Fixação do prazo de 5 (cinco) dias, a contar do recebimento, para que o destinatário se manifeste sobre o acatamento da presenterecomendação, devendo encaminhar à 1ª Promotoria de Justiça da Comarca de Floriano manifestação escrita e documentação hábil a provar ofiel cumprimento, bem como a impossibilidade de cumpri-la dentro do prazo assinalado.b) Encaminhamento da presente Recomendação à Secretaria Geral do Ministério Público do Estado do Piauí para a devida publicação no DiárioEletrônico do Ministério Público, bem como ao Conselho Superior do Ministério Público - CSMP/MPPI, ao Centro de Apoio Operacional de Defesada Saúde - CAODS/MPPI e ao Programa de Proteção e Defesa do Consumidor do Ministério Público do Estado do Piauí - PROCON/MPPI paraconhecimento e ao destinatário para conhecimento e cumprimento.c) O registro eletrônico da presente Recomendação no Sistema SIMP.Registre-se, publique-se e notifiquem-se.Floriano, 24 de abril de 2020.__________________________José de Arimatéa Dourado LeãoPromotor de Justiça - 1ª PJ

À Vossa SenhoriaLUIS CARDOSO DE OLIVEIRA NETOPrefeito Municipal de Nossa Senhora de Nazaré.Nossa Senhora de Nazaré - [email protected] e [email protected]: 64228-000 - Nossa Senhora de Nazaré-PI.NOTIFICAÇÃO RECOMENDATÓRIA Nº 27/2020O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, por seu representante signatário em exercício na 2ª Promotoria de Justiça de CampoMaior/PI, no uso de suas atribuições legais, e, com fulcro nas disposições contidas nos arts. 127 e 129 da Constituição Federal; arts. 26 e 27 daLei Federal de nº 8.625/93; e arts. 36 e 37 da Lei Complementar Estadual nº 12/93:CONSIDERANDO que a Constituição da República Federativa do Brasil instituiu um Estado Democrático destinado a assegurar o exercício dosdireitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de umasociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada da harmonia social e comprometida, na ordem interna e internacional, com a soluçãopacífica das controvérsias (preâmbulo da Constituição da República de 1988);CONSIDERANDO que nos termos do art. 23, V da Constituição Federal de 1988, é responsabilidade da União, Estado, Distrito Federal eMunicípio proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação e à ciência;CONSIDERANDO que Constituição Federal de 88, em seu art. 1°, III, consagrou a dignidade da pessoa humana como um princípio fundamental,e que o seu art. 5°, caput, erigiu o direito à segurança como um direito fundamental do ser humano;CONSIDERANDO que nos termos do art. 205 da Constituição Federal a educação, direito de todos e dever do Estado e da família, serápromovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício dacidadania e sua qualificação para o trabalho;CONSIDERANDO que a educação básica é direito público subjetivo do cidadão e dever do Poder Público, garantindo-se o "atendimento aoeducando, em todas as etapas da educação básica, por meio de programas suplementares de material didático-escolar, transporte, alimentaçãoe assistência à saúde", sendo certo que "o não-oferecimento do ensino obrigatório pelo Poder Público, ou sua oferta irregular, importaresponsabilidade da autoridade competente" (CF/88, art. 208, VII e §§ 1º e 2º);CONSIDERANDO que as ações e serviços de educação são de relevância pública, sendo função institucional do Ministério Público zelar pelo seuefetivo respeito, devendo tomar todas as medidas judiciais ou extrajudiciais, necessárias para preservá-los (art. 129, II e III c/c art. 197, CF e art.5º, V, alínea "a", da Lei Complementar nº 75/93);CONSIDERANDO que o art. 5º, § 2º, da Constituição Federal, prevê que os direitos e garantias expressos na Lei Maior não excluem outrosdecorrentes do regime e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte;CONSIDERANDO que o Plano Nacional da Educação estabelece em sua Meta 19 o estimulo a constituição e o fortalecimento de conselhosescolares e conselhos municipais de educação, como instrumentos de participação e fiscalização na gestão escolar e educacional, inclusive pormeio de programas de formação de conselheiros, assegurando-se condições de funcionamento autônomo;CONSIDERANDO que o Plano Municipal é um documento que fundamenta, regulamenta e orienta a proposição e execução de políticas públicasdo município, para um período determinado;CONSIDERANDO que o plano municipal de educação trata-se de um planejamento para um período de 10 anos (2015 a 2025) elaborado emconsonância com os Planos Nacional e Estadual, e que é um documento de construção coletiva onde se ouviu os anseios de alunos,profissionais da educação, pais, além da sociedade civil;CONSIDERANDO que a Lei 13.005/14 dispõe em seu artigo 8º que os Estados, o Distrito Federal e os Municípios deverão elaborar seuscorrespondentes planos de educação, ou adequar os planos já aprovados em lei, em consonância com as diretrizes, metas e estratégiasprevistas neste PNE, no prazo de 1 (um) ano, contado da publicação da lei;CONSIDERANDO que o mesmo artigo 8º da referida lei estabelece que os entes federados determinarão nos respectivos planos de educaçãoestratégias que:- assegurem a articulação das políticas educacionais com as demais políticas sociais,particularmente as culturais;- considerem as necessidades específicas das populações do campo e das comunidadesindígenas e quilombolas, asseguradas a equidade educacional e a diversidade cultural;- garantam o atendimento das necessidades específicas na educação especial, assegurado o sistema educacional inclusivo em todos os níveis,etapas e modalidades;- promovam a articulação interfederativa na implementação das políticas educacionais.CONSIDERANDO que compete ao Ministério Público Estadual expedir recomendações, visando à melhoria dos serviços públicos e de relevânciapública, bem como ao respeito aos interesses, direitos e bens cuja defesa lhe cabe promover, fixando prazo razoável para a adoção dasprovidências cabíveis (art. 27.º, par. único, inc. IV, da Lei Federal 8.625/93 e art. 38.º, par. único, inc. IV, da Lei Complementar Estadual nº 12/93);RESOLVE:RECOMENDAR ao ilustríssimo Prefeito Municipal de Educação de Nossa Senhora de Nazaré/PI, atendendo aos princípios da legalidade,impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência (Constituição Federal, art. 37, caput) que:Adote as providências necessárias para o cumprimento e monitoramento permanente das metas estabelecidas no Plano Municipal de Educaçãodo município de Nossa Senhora de Nazaré;Apresente a esta Promotoria de Justiça, no prazo máximo de 15 dias, um relatório pormenorizado das metas que já foram cumpridas, além de umcronograma de execução das metas restantes;A partir da data da entrega da presente recomendação, o MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ considera seus destinatários como

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4.7. 2ª PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE PEDRO II-PI11457

pessoalmente cientes da situação ora exposta e, nesses termos, passível de responsabilização por quaisquer eventos futuros imputáveis a suaomissão quanto às providências solicitadas. Cabe, portanto, advertir que a inobservância da Recomendação Ministerial serve para fins de fixaçãode dolo em futuro e eventual manejo de ações judiciais de improbidade administrativa por omissão, previsto em Lei Federal.Faz-se impositivo constar que a presente recomendação não esgota a atuação do MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ sobre o tema,não excluindo futuras recomendações ou outras iniciativas com relação aos agentes supramencionados.Publique-se no Diário Eletrônico do Ministério Público do Estado do Piauí Justiça e no quadro de avisos desta Promotoria de Justiça.Comunique-se a expedição desta Recomendação ao Centro de Apoio Operacional de Defesa da Educação e Cidadania.Campo Maior/PI, 24 de abril de 2020.(assinado digitalmente)CEZARIO DE SOUZA CAVALCANTE NETOPromotor de Justiça

PORTARIA 38/2020PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO 28/2020OBJETO: Instaurar Procedimento Administrativo para acompanhar e fiscalizar as Políticas Públicas na área da Assistência Social durante operíodo da pandemia do COVID-19, nos Municípios de Pedro II, Lagoa de São Francisco, Milton Brandão e Domingos Mourão - PI.O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, por seu Promotor de Justiça adiante assinado, no exercício de suas funções legais, econstitucionais, com fulcro no art. 5º, incisos I, II, V, VIIX, XI e XVI, da Lei Complementar Estadual n° 36/2004, eCONSIDERANDO que o Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa daordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis (CF, art. 127);CONSIDERANDO que, segundo o artigo 196 da Constituição Federal, "a saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticassociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para asua promoção, proteção e recuperação"CONSIDERANDO o princípio da dignidade da pessoa humana, cuja efetividade é dever de todos, notadamente do Poder Público de formacomum e solidária em todas as suas instâncias;CONSIDERANDO que, em 30.1.2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que o surto da doença causada pelo Coronavírus(COVID-19) constitui Emergência de Saúde Pública de importância Internacional (ESPII), dado o grau de avanço dos casos de contaminaçãopelo novo coronavírus, especialmente no território chinês;CONSIDERANDO que a ESPII é considerada, nos termos do Regulamento Sanitário (RSI): "um evento extraordinário que pode constituir umrisco de saúde pública para outros países devido a disseminação internacional de doenças; e potencialmente requer uma resposta internacionalcoordenada e imediata";CONSIDERANDO que o Ministério da Saúde, em 3.2.2020, através da Portaria GM/MS nº 188/2020, declarou "emergência de saúde públicade importância nacional", em decorrência da infecção humana pelo Coronavírus, considerando que a situação atual demanda o empregourgente de medidas de prevenção, controle e contenção de riscos, danos e agravos à saúde pública;CONSIDERANDO que, em 11.3.2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou pandemia para o Coronavírus, ou seja, momento emque uma doença se espalha por diversos continentes com transmissão sustentada entre humanos;CONSIDERANDO que a classificação da situação mundial do novo coronavírus (COVID-19, SARSCoV-2) como pandemia significa o riscopotencial da doença infecciosa atingir a população mundial de forma simultânea, não se limitando a locais que já tenham sido identificadas comode transmissão interna;CONSIDERANDO que o Decreto nº 18.895, de 19 de março de 2020, do Poder Executivo do Estado do Piauí, que declarou estado decalamidade pública, para os fins do art. 65 da Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000, em razão da grave crise de saúde públicadecorrente da pandemia da Covid 19, e suas repercussões nas finanças públicas;CONSIDERANDO que a Assistência Social constitui direito do cidadão, sendo politica de seguridade social, de natureza não contributiva, queprevê mínimos sociais, realizada através de um conjunto integrado de ações de iniciativa pública e da sociedade, para garantir o atendimento àsnecessidades básicas;CONSIDERANDO que são funções da política de assistência social a proteção social, a vigilância socioassistencial e a defesa de direitos,organizando-se sob a forma de sistema público não contributivo, descentralizado e participativo, denominado SUAS (NOB/SUAS 2012);CONSIDERANDO que por serviços socioassistenciais consideram-se as atividades continuadas que visem à melhoria de vida da população ecujas ações, voltadas para as necessidades básicas, observem os objetivos, princípios e diretrizes estabelecidos na Lei Orgânica da AssistênciaSocial (art. 23 da Lei n° 8.742 de 7 de dezembro de 1993);CONSIDERANDO que o sistema de assistência social rege-se pelos princípios da supremacia do atendimento às necessidades sociais sobre asexigências de rentabilidade econômica; da universalização dos direitos sociais, a fim de tornar o destinatário da assistência social alcançávelpelas demais políticas públicas; e do respeito à dignidade do cidadão, à sua autonomia e ao seu direito a benefícios e serviços de qualidade, bemcomo à convivência familiar e comunitária, vedando-se qualquer comprovação vexatória de necessidade, ao teor do art. 4º, da Lei nº 8.472/93;CONSIDERANDO que os Centros de Referência da Assistência Social - CRAS - são as unidades responsáveis pelo desenvolvimento de todosos serviços socioassistenciais de Proteção Social Básica do Sistema Único de Assistência Social - SUAS;CONSIDERANDO que, nos termos do art. 15 da LOAS (Lei n. 8.742/1993), é de competência dos municípios a execução direta dos serviçossócio assistenciais;CONSIDERANDO que o art. 17, V, da Resolução CNAS n. 33/2012, que aprova a Norma Operacional Básica do Sistema Único de AssistênciaSocial e fixa a responsabilidade dos municípios na prestação dos serviços socioassistenciais consistentes em atividades continuadas que visem àmelhoria de vida da população (art. 23, §2º, II, LOAS);CONSIDERANDO que, nos termos do artigo 6º, caput, da Constituição Federal de 1988, são direitos sociais, a educação, a saúde, aalimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistênciaaos desamparados;CONSIDERANDO os termos do o Decreto Nº 10.282/2020, que regulamenta a Lei Nº 13.979/2020 e estabelece os serviços públicos e asatividades essenciais;CONSIDERANDO que o parágrafo § 1, inciso II, artigo 3º, do referido Decreto estabelece a assistência social e atendimento à população emestado de vulnerabilidade como serviço público essencial;CONSIDERANDO a Portaria Nº 337/2020, oriunda do Ministério da Cidadania, que dispõe acerca de medidas para o enfrentamento daemergência de saúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus, COVID - 19, no âmbito do Sistema Único de AssistênciaSocial;CONSIDERANDO que o art. 8º, II, da Resolução 174/2017 do CNMP, dispõe que o procedimento administrativo é o instrumento próprio daatividade-fim destinado "acompanhar e fiscalizar, de forma continuada, políticas públicas ou instituições" e que "será instaurado por portariasucinta, com delimitação de seu objeto, aplicando-se, no que couber, o princípio da publicidade dos atos, previsto para o inquérito civil (art.9º)".RESOLVE:INSTAURAR o presente Procedimento Administrativo, que será registrado sob o número nº 28/2020, com o objetivo de acompanhar e fiscalizar

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as politicas públicas e ações em assistência social ligadas ao cenário epidemiológico causado pela pandemia do COVID-19, vinculadas à Redede Proteção Socioassitencial nos Municípios de Pedro II, Lagoa de São Francisco, Milton Brandão e Domingos Mourão - PI,DETERMINANDO, desde já, as seguintes diligências:a) Autue-se, rubrique-se e numere-se a presente portaria de instauração, realizando as devidas anotações no livro próprio, afixando-a em local decostume assim que possível, e se arquivando cópia em pasta própria da Promotoria de Justiça;b) expeça-se recomendação acerca da adoção de providências por cada municipalidade acima referida, com o fim de garantir o acesso dapopulação necessitada ao auxílio emergencial recentemente criado, haja vista a difícil situação proporcionada pelas medidas restritivasdestinadas ao enfrentamento da disseminação do COVID-19;c) expeça-se recomendação sobre o deferimento, com base em lei municipal existente ou a ser elaborada, de auxílios assistenciais, cestasbásicas ou outros necessários à manutenção da dignidade humana neste momento de crise, com prévia fixação de critérios objetivos (quantidadede pessoas a serem beneficiadas, renda familiar de referência para a concessão do benefício, condições pessoais ou familiares para aconcessão, dentre outros) e estrita observância do princípio constitucional da impessoalidade, ausente mínima promoção pessoal deagentes públicos;c) Seja remetida cópia desta portaria ao Centro de Apoio Operacional de Defesa da Educação e Cidadania (CAODEC) e ao Centro de Apoio deDefesa da Infância e Juventude (CAODIJ), para conhecimento, conforme determina o art. 6º, 1º, da Resolução nº 01/2018;d) Comunique-se, preferencialmente por via eletrônica, o Conselho Superior do Ministério Público do Estado do Piauí acerca da referidainstauração, com envio da presente Portaria;e) Encaminhe-se cópia da presente portaria à Secretaria Geral, via e-mail, para fins de publicação da no Diário Oficial do Ministério Público;CUMPRA-SE. Expedientes necessários.Pedro II, 20 de abril de 2020Avelar Marinho Fortes do RêgoPromotor de JustiçaPROCEIMENTO ADMINISTRATIVO Nº 28/2020 RECOMENDAÇÃO Nº 19/2020O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, por seu Promotor de Justiça adiante assinado, no exercício de suas funções legais, econstitucionais, com fulcro no art. 5º, incisos I, II, V, VIIX, XI e XVI, da Lei Complementar Estadual n° 36/2004, eCONSIDERANDO que o Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa daordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis (CF, art. 127);CONSIDERANDO que, segundo o artigo 196 da Constituição Federal (CF): "à saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediantepolíticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações eserviços para a sua promoção, proteção e recuperação"CONSIDERANDO o princípio da dignidade da pessoa humana, cuja efetividade é dever de todos, notadamente do Poder Público de formacomum e solidária em todas as suas instâncias;CONSIDERANDO que, em 30.1.2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que o surto da doença causada pelo Coronavírus(COVID-19) constitui Emergência de Saúde Pública de importância Internacional (ESPII), dado o grau de avanço dos casos de contaminaçãopelo novo coronavírus, especialmente no território Chinês;CONSIDERANDO que a ESPII é considerada, nos termos do Regulamento Sanitária (RSI): "um evento extraordinário que pode constituir umrisco de saúde pública para outros países devido a disseminação internacional de doenças; e potencialmente requer uma resposta internacionalcoordenada e imediata";CONSIDERANDO que o Ministério da Saúde, em 3.2.2020, através da Portaria GM/MS nº 188/2020, declarou "emergência de saúde públicade importância nacional", em decorrência da infecção humana pelo Coronavírus, considerando que a situação atual demanda o empregourgente de medidas de prevenção, controle e contenção de riscos, danos e agravos à saúde pública;CONSIDERANDO que, em 11.3.2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou pandemia para o Coronavírus, ou seja, momento emque uma doença se espalha por diversos continentes com transmissão sustentada entre humanos;CONSIDERANDO que a classificação da situação mundial do novo coronavírus (COVID-19, SARSCoV-2) como pandemia significa o riscopotencial da doença infecciosa atingir a população mundial de forma simultânea, não se limitando a locais que já tenham sido identificadas comode transmissão interna;CONSIDERANDO que o Decreto nº 18.895, de 19 de março de 2020, do Poder Executivo do Estado do Piauí, que declarou estado decalamidade pública, para os fins do art. 65 da Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000, em razão da grave crise de saúde públicadecorrente da pandemia da Covid 19, e suas repercussões nas finanças públicas;CONSIDERANDO que a Assistência Social constitui direito do cidadão, sendo politica de seguridade social, de natureza não contributiva, queprevê mínimos sociais, realizada através de um conjunto integrado de ações de iniciativa pública e da sociedade, para garantir o atendimento àsnecessidades básicas;CONSIDERANDO que são funções da política de assistência social a proteção social, a vigilância socioassistencial e a defesa de direitos,organizando-se sob a forma de um sistema público não contributivo, descentralizado e participativo, denominado SUAS (NOB/SUAS 2012);CONSIDERANDO que por serviços socioassistenciais consideram-se as atividades continuadas que visem à melhoria de vida da população ecujas ações, voltadas para as necessidades básicas, observem os objetivos, princípios e diretrizes estabelecidos na Lei Orgânica da AssistênciaSocial (art. 23 da Lei n° 8.742 de 7 de dezembro de 1993);CONSIDERANDO que o sistema de assistência social rege-se pelos princípios da supremacia do atendimento às necessidades sociais sobre asexigências de rentabilidade econômica; da universalização dos direitos sociais, a fim de tornar o destinatário da assistência social alcançávelpelas demais políticas públicas; e do respeito à dignidade do cidadão, à sua autonomia e ao seu direito a benefícios e serviços de qualidade, bemcomo à convivência familiar e comunitária, vedando-se qualquer comprovação vexatória de necessidade, ao teor do art. 4º, da Lei nº 8.472/93;CONSIDERANDO que os Centros de Referência da Assistência Social - CRAS - são as unidades responsáveis pelo desenvolvimento de todosos serviços socioassistenciais de Proteção Social Básica do Sistema Único de Assistência Social - SUAS;CONSIDERANDO que, nos termos do art. 15 da LOAS (Lei n. 8.742/1993), é de competência dos municípios a execução direta dos serviçossócio assistenciais;CONSIDERANDO que o art. 17, V, da Resolução CNAS n. 33/2012, que aprova a Norma Operacional Básica do Sistema Único de AssistênciaSocial e fixa a responsabilidade dos municípios na prestação dos serviços socioassistenciais consistentes em atividades continuadas que visem àmelhoria de vida da população (art. 23, §2º, II, LOAS);CONSIDERANDO que, nos termos do artigo 6º, caput, da Constituição Federal de 1988, são direitos sociais, a educação, a saúde, aalimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistênciaaos desamparados;CONSIDERANDO a Portaria Nº 337/2020, oriunda do Ministério da Cidadania, que dispõe acerca de medidas para o enfrentamento daemergência de saúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus, COVID - 19, no âmbito do Sistema Único de AssistênciaSocial;CONSIDERANDO a Lei Nº 13.982/2020, que estabelece medidas excepcionais de proteção social a serem adotadas durante o período deenfrentamento da emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus (Covid-19), dentre essas a concessãodo auxílio emergencial no valor de R$ 600,00 (seiscentos reais) mensais, durante o período de 03 meses;CONSIDERANDO que os critérios para o recebimento do auxílio emergencial são: maior de 18 (dezoito anos); não ter emprego formal ativo; não

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ser titular de benefício previdenciário ou assistencial, seguro-desemprego ou de programa de transferência de renda federal, com exceção dobolsa família; renda familiar mensal per capita seja de até 1/2 (meio) salário-mínimo ou a renda familiar mensal total seja de até 3 (três) saláriosmínimos; que, no ano de 2018, não tenha recebido rendimentos tributáveis acima de R$ 28.559,70 (vinte e oito mil, quinhentos e cinquentae nove reais e setenta centavos); e que exerça atividade na condição de: microempreendedor individual (MEI), contribuinte individual do RegimeGeral de Previdência Social ou trabalhador informal, seja empregado, autônomo ou desempregado, de qualquer natureza, inclusive o intermitenteinativo, inscrito no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico) até 20 de março de 2020, ou que, nos termos deautodeclaração, cumpra o requisito de renda;CONSIDERANDO a Nota Técnica Conjunta Nº 04/2020 - CAODEC/CAODJI/MPPI expedida pelo Centro de Apoio Operacional de Defesa daEducação e Cidadania em parceria com o Centro de Apoio Operacional de Defesa da Infância e Juventude e que dispõe sobre o auxílioemergencial, instituído pela Lei Federal Nº 13.982/2020, e as formas de fomento à inscrição dos mais vulneráveis pelos municípios;CONSIDERANDO que compete ao Ministério Público Estadual expedir recomendações, visando à melhoria dos serviços públicos e de relevânciapública, bem como ao respeito aos interesses, direitos e bens cuja defesa lhe cabe promover, fixando prazo razoável para a adoção dasprovidências cabíveis (art. 27.º, par. único, inc. IV, da Lei Federal 8.625/93 e art. 38.º, par. único, inc. IV, da Lei Complementar Estadual nº 12/93);RESOLVERECOMENDAR à PREFEITURA MUNICIPAL DE PEDRO II-PI, em cumprimento àsdisposições de ordem constitucional, legal, administrativas e de natureza sanitária acima referidas e outras com ela convergente, para que:Dê ampla publicidade ao cadastramento da população beneficiária do auxílio emergencial em virtude da pandemia causada pela COVID - 19,através das redes sociais, emissoras de rádio, TV, disponibilização de cartazes informativos nas sedes dos serviços essenciais emfuncionamento;Garanta que as equipes dos Centros de Referência da Assistência Social procedamBUSCA ATIVA, baseada nos documentos das famílias atendidas, daquelas que se encaixem nos requisitos para o cadastro no auxílioemergencial;Disponibilize, no CRAS, computador com acesso à internet, para que os profissionais do Centro de Referência possam realizar a solicitação doauxílio emergencial para aqueles que não possuam acesso à internet nem saibam operacionalizar computadores, bem como a regularizaçãoonline do Cadastro de Pessoa Física - CPF, essencial para o cadastramento do auxílio emergencial;Garanta que o CRAS providencie, para aqueles que não possuem documentação como carteira de identidade e CPF, parceria com a Secretariade Segurança Pública e com a Receita Federal ou Correios, para que após a regularização, tenham acesso ao auxílio emergencial;Assegure que após a busca ativa, as equipes dos Centros de Referência, entrem em contato com as referidas famílias, a fim de informá-las sobreo auxílio. No caso das famílias contactadas, que tiverem interesse no cadastro, e que não dispuserem de meios para fazê-lo, que os profissionaisse disponibilizem para realizá - lo;Articule junto à gerência de bancos e casas lotéricas para fins de que estes estabeleçam horário especial para atendimento exclusivo a idosos epessoas com deficiência, além de distribuição de senhas, agendamento de horários, e limitação do número de pessoas a serem atendidas porhora, de acordo com a estrutura suportada por cada agência.Desde já, adverte-se que a não observância desta Recomendação poderá determinar a adoção de medidas judiciais cabíveis, eventualmente sedesvestindo o dolo, má-fé ou ciência da irregularidade, por ação ou omissão, para viabilizar possível e futura verificação de responsabilidade nostermos da Lei de Improbidade Administrativa, devendo ser encaminhada a esta Promotoria de Justiça, por meio do endereço eletrô[email protected], informações sobre as providências tomadas e os documentos comprobatórios do cumprimento desta Recomendação,ao final do prazo de cinco dias corridos, haja vista a urgência e relevância da demanda.A partir da data da entrega da presente RECOMENDAÇÃO, o MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ considera o destinatário comopessoalmente CIENTE da situação ora exposta, interpretando eventual silêncio como rejeição a seus termos.AVELARMAPReINdrHoOII, A2s0sindadeoadebfroirlmdaedig2it0a2l 0.FORTES DOpor AVELAR MARINHOFORTES DOREGO:61A6v0e5l9ar48M3a4rinREhGoO:6F1o60r5t9e4s83d49o Rêgo

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Dados: 2020.04.20 16:24:11Prom-0o3't0o0'r de JustiçaPROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO Nº 28/2020RECOMENDAÇÃO Nº 20/2020O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, por seu Promotor de Justiça adiante assinado, no exercício de suas funções legais, econstitucionais, com fulcro no art. 5º, incisos I, II, V, VIIX, XI e XVI, da Lei Complementar Estadual n° 36/2004, eCONSIDERANDO que o Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa daordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis (CF, art. 127);CONSIDERANDO que, segundo o artigo 196 da Constituição Federal (CF): "à saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediantepolíticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações eserviços para a sua promoção, proteção e recuperação"CONSIDERANDO o princípio da dignidade da pessoa humana, cuja efetividade é dever de todos, notadamente do Poder Público de formacomum e solidária em todas as suas instâncias;CONSIDERANDO que, em 30.1.2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que o surto da doença causada pelo Coronavírus(COVID-19) constitui Emergência de Saúde Pública de importância Internacional (ESPII), dado o grau de avanço dos casos de contaminaçãopelo novo coronavírus, especialmente no território Chinês;CONSIDERANDO que a ESPII é considerada, nos termos do Regulamento Sanitária (RSI): "um evento extraordinário que pode constituir umrisco de saúde pública para outros países devido a disseminação internacional de doenças; e potencialmente requer uma resposta internacionalcoordenada e imediata";CONSIDERANDO que o Ministério da Saúde, em 3.2.2020, através da Portaria GM/MS nº 188/2020, declarou "emergência de saúde públicade importância nacional", em decorrência da infecção humana pelo Coronavírus, considerando que a situação atual demanda o empregourgente de medidas de prevenção, controle e contenção de riscos, danos e agravos à saúde pública;CONSIDERANDO que, em 11.3.2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou pandemia para o Coronavírus, ou seja, momento emque uma doença se espalha por diversos continentes com transmissão sustentada entre humanos;CONSIDERANDO que a classificação da situação mundial do novo coronavírus (COVID-19, SARSCoV-2) como pandemia significa o riscopotencial da doença infecciosa atingir a população mundial de forma simultânea, não se limitando a locais que já tenham sido identificadas comode transmissão interna;CONSIDERANDO que o Decreto nº 18.895, de 19 de março de 2020, do Poder Executivo do Estado do Piauí, que declarou estado decalamidade pública, para os fins do art. 65 da Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000, em razão da grave crise de saúde públicadecorrente da pandemia da Covid 19, e suas repercussões nas finanças públicas;

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CONSIDERANDO que a Assistência Social constitui direito do cidadão, sendo politica de seguridade social, de natureza não contributiva, queprevê mínimos sociais, realizada através de um conjunto integrado de ações de iniciativa pública e da sociedade, para garantir o atendimento àsnecessidades básicas;CONSIDERANDO que por serviços socioassistenciais consideram-se as atividades continuadas que visem à melhoria de vida da população ecujas ações, voltadas para as necessidades básicas, observem os objetivos, princípios e diretrizes estabelecidos na Lei Orgânica da AssistênciaSocial (art. 23 da Lei n° 8.742 de 7 de dezembro de 1993);CONSIDERANDO que, nos termos do art. 15 da LOAS (Lei n. 8.742/1993), é de competência dos municípios a execução direta dos serviçossócio assistenciais;CONSIDERANDO que o art. 17, V, da Resolução CNAS n. 33/2012, que aprova a Norma Operacional Básica do Sistema Único de AssistênciaSocial e fixa a responsabilidade dos municípios na prestação dos serviços socioassistenciais consistentes em atividades continuadas que visem àmelhoria de vida da população (art. 23, §2º, II, LOAS);CONSIDERANDO que a Medida Provisória nº 926/2020 alterou o texto da Lei 13.979/2020 e acrescentou hipótese de dispensa de licitação paraaquisição de bens, serviços, inclusive de engenharia, e insumos destinados ao enfrentamento da emergência de saúde pública de importânciainternacional decorrente do coronavírus;CONSIDERANDO que os casos de calamidade pública e de estado de emergência, que autorizam a exceção permissiva da concessão dobenefício, devem ser caracterizados por critérios objetivos e resultar de decisão expressa da autoridade competente;CONSIDERANDO que o Brasil é signatário da Declaração Universal dos Direitos do Homem, aprovada pela Assembleia Geral das NaçõesUnidas em 10 de dezembro de 1948, segundo a qual todas as pessoas nascem livres e iguais em dignidade e direitos e devem agir em relaçãoumas às outras com espírito de fraternidade (artigo I), bem como têm a capacidade para gozar dos direitos fundamentais, sem distinção dequalquer espécie, seja de raça, cor, sexo, língua, religião, opinião política ou de outra natureza, origem nacional ou social, riqueza, nascimento,ou qualquer outra condição (artigo II);CONSIDERANDO que, nos termos do artigo 6º, caput, da Constituição Federal de 1988, são direitos sociais, a educação, a saúde, aalimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistênciaaos desamparados;CONSIDERANDO que a alimentação adequada é um direito fundamental do ser humano, reconhecido internacionalmente pela DeclaraçãoUniversal dos Direitos Humanos (art. 25) e pelo Pacto Internacional dos Direitos Econômicos Sociais e Culturais - PIDESC (art. 11), sendoinerente à dignidade da pessoa humana e indispensável à realização dos direitos consagrados na Constituição Federal, devendo o poder públicoadotar as políticas e ações que se façam necessárias para promover e garantir a segurança alimentar e nutricional da população, como dispostona Lei Nº 11.346/06 que cria o Sistema Nacional de Segurança Alimentar;CONSIDERANDO que a Constituição Federal de 1988 consagra o princípio da impessoalidade para Administração Pública Direta e Indireta dequalquer dos Poderes da União, Estados, Distrito Federal e Municípios (art. 37, caput, da CF/88);RESOLVE RECOMENDAR:À PREFEITURA MUNICIPAL DE PEDRO II, em cumprimento às disposições de ordem constitucional, legal, administrativas e de naturezasanitária acima referidas e outras com ela convergente, garanta:1. Que, com base em lei municipal existente ou a ser elaborada, sejam deferidos auxílios assistenciais, cestas básicas ou outros necessários àmanutenção da dignidade humana neste momento de crise, com prévia fixação de critérios objetivos (quantidade de pessoas a serembeneficiadas, renda familiar de referência para a concessão do benefício, condições pessoais ou familiares para a concessão, dentre outros) eestrita observância do princípio constitucional da impessoalidade, ausente mínima promoção pessoal de agentes públicos;2. Que tal distribuição seja realizada de forma a evitar aglomerações e adotando, em qualquer caso, todas as medidas profiláticas recomendadaspelas autoridades sanitárias para preservação da saúde dos servidores envolvidos e eventuais voluntários, vedando-se a venda ou a destinaçãopara finalidade diversa dos bens ofertados;3. Que seja dada ampla publicidade ao fornecimento dos insumos, de forma a garantir que aqueles que dele necessitam tenham conhecimentode tal benefício;4. Que a Prefeitura municipal realize o controle efetivo de todo o material devidamente entregue, no qual deverá constar o dia, local e beneficiáriocontemplado (nome, CPF, endereço, integrantes do núcleo familiar etc), a fim de assegurar a regularidade do fornecimento;5. Que não seja utilizada tal distribuição para promoção pessoal de agente público, sob pena de reconhecimento de prática de ato deimprobidade administrativa, tipificado no art. 11 da Lei nº 8.429/1992;6. Não permita o uso dos programas sociais mantidos pela administração municipal para a promoção de candidatos, partidos e coligações,cuidando de orientar os servidores públicos incumbidos da sua execução quanto à vedação de qualquer propaganda ou enaltecimento decandidato, pré-candidato ou partido;7. Que execute os programas sociais já existentes na legislação e normas orçamentárias e financeiras do município a fim de assegurarsegurança alimentar e prover os meios para atender as necessidades básicas das comunidades mais vulneráveis do município, observada alegislação brasileira, as normas eleitorais e demais instrumentos emitidos pela Justiça Eleitoral e Ministério Público Eleitoral;8. Que, na licitação ou dispensa de licitação de bens, serviços e insumos destinados ao enfrentamento da crise social que atinge os maisvulneráveis, em razão da pandemia Coronavírus (Covid-19), sejam cumpridos os requisitos legais e, quanto à dispensa de licitação,aqueles do art. 26, parágrafo único, da Lei nº 8.666/1993 e art. 4º da Lei nº 13.979/2020;9. Que seja informado a este promotor de Justiça o cumprimento dos critérios de objetividade, clareza, impessoalidade e eficiência na distribuiçãode importantes insumos.Desde já, adverte-se que a não observância desta Recomendação poderá determinar a adoção de medidas judiciais cabíveis,eventualmente se desvestindo o dolo, má-fé ou ciência da irregularidade, por ação ou omissão, para viabilizar possível e futuraverificação de responsabilidade nos termos da Lei de Improbidade Administrativa, devendo ser encaminhada a esta Promotoria deJustiça, por meio do endereço eletrônico [email protected], informações sobre as providências tomadas e os documentoscomprobatórios do cumprimento desta Recomendação, ao final do prazo de cinco dias corridos, haja vista a urgência e relevância dademanda.A partir da data da entrega da presente RECOMENDAÇÃO, o MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ considera o destinatáriopessoalmente CIENTE da situação ora exposta, advertindo-se que o silêncio será interpretado como recusa a seus termos.Pedro II, 20 de abril de 2020Avelar Marinho Fortes do RêgoPromotor de JustiçaPROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO Nº 28/2020RECOMENDAÇÃO Nº 21/2020O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, por seu Promotor de Justiça adiante assinado, no exercício de suas funções legais, econstitucionais, com fulcro no art. 5º, incisos I, II, V, VIIX, XI e XVI, da Lei Complementar Estadual n° 36/2004, eCONSIDERANDO que o Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa daordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis (CF, art. 127);CONSIDERANDO que, segundo o artigo 196 da Constituição Federal (CF): "à saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediantepolíticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações eserviços para a sua promoção, proteção e recuperação"

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CONSIDERANDO o princípio da dignidade da pessoa humana, cuja efetividade é dever de todos, notadamente do Poder Público de formacomum e solidária em todas as suas instâncias;CONSIDERANDO que, em 30.1.2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que o surto da doença causada pelo Coronavírus(COVID-19) constitui Emergência de Saúde Pública de importância Internacional (ESPII), dado o grau de avanço dos casos de contaminaçãopelo novo coronavírus, especialmente no território Chinês;CONSIDERANDO que a ESPII é considerada, nos termos do Regulamento Sanitária (RSI): "um evento extraordinário que pode constituir umrisco de saúde pública para outros países devido a disseminação internacional de doenças; e potencialmente requer uma resposta internacionalcoordenada e imediata";CONSIDERANDO que o Ministério da Saúde, em 3.2.2020, através da Portaria GM/MS nº 188/2020, declarou "emergência de saúde públicade importância nacional", em decorrência da infecção humana pelo Coronavírus, considerando que a situação atual demanda o empregourgente de medidas de prevenção, controle e contenção de riscos, danos e agravos à saúde pública;CONSIDERANDO que, em 11.3.2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou pandemia para o Coronavírus, ou seja, momento emque uma doença se espalha por diversos continentes com transmissão sustentada entre humanos;CONSIDERANDO que a classificação da situação mundial do novo coronavírus (COVID-19, SARSCoV-2) como pandemia significa o riscopotencial da doença infecciosa atingir a população mundial de forma simultânea, não se limitando a locais que já tenham sido identificadas comode transmissão interna;CONSIDERANDO que o Decreto nº 18.895, de 19 de março de 2020, do Poder Executivo do Estado do Piauí, que declarou estado decalamidade pública, para os fins do art. 65 da Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000, em razão da grave crise de saúde públicadecorrente da pandemia da Covid 19, e suas repercussões nas finanças públicas;CONSIDERANDO que a Assistência Social constitui direito do cidadão, sendo politica de seguridade social, de natureza não contributiva, queprevê mínimos sociais, realizada através de um conjunto integrado de ações de iniciativa pública e da sociedade, para garantir o atendimento àsnecessidades básicas;CONSIDERANDO que são funções da política de assistência social a proteção social, a vigilância socioassistencial e a defesa de direitos,organizando-se sob a forma de um sistema público não contributivo, descentralizado e participativo, denominado SUAS (NOB/SUAS 2012);CONSIDERANDO que por serviços socioassistenciais consideram-se as atividades continuadas que visem à melhoria de vida da população ecujas ações, voltadas para as necessidades básicas, observem os objetivos, princípios e diretrizes estabelecidos na Lei Orgânica da AssistênciaSocial (art. 23 da Lei n° 8.742 de 7 de dezembro de 1993);CONSIDERANDO que o sistema de assistência social rege-se pelos princípios da supremacia do atendimento às necessidades sociais sobre asexigências de rentabilidade econômica; da universalização dos direitos sociais, a fim de tornar o destinatário da assistência social alcançávelpelas demais políticas públicas; e do respeito à dignidade do cidadão, à sua autonomia e ao seu direito a benefícios e serviços de qualidade, bemcomo à convivência familiar e comunitária, vedando-se qualquer comprovação vexatória de necessidade, ao teor do art. 4º, da Lei nº 8.472/93;CONSIDERANDO que os Centros de Referência da Assistência Social - CRAS - são as unidades responsáveis pelo desenvolvimento de todosos serviços socioassistenciais de Proteção Social Básica do Sistema Único de Assistência Social - SUAS;CONSIDERANDO que, nos termos do art. 15 da LOAS (Lei n. 8.742/1993), é de competência dos municípios a execução direta dos serviçossócio assistenciais;CONSIDERANDO que o art. 17, V, da Resolução CNAS n. 33/2012, que aprova a Norma Operacional Básica do Sistema Único de AssistênciaSocial e fixa a responsabilidade dos municípios na prestação dos serviços socioassistenciais consistentes em atividades continuadas que visem àmelhoria de vida da população (art. 23, §2º, II, LOAS);CONSIDERANDO que, nos termos do artigo 6º, caput, da Constituição Federal de 1988, são direitos sociais, a educação, a saúde, aalimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistênciaaos desamparados;CONSIDERANDO a Portaria Nº 337/2020, oriunda do Ministério da Cidadania, que dispõe acerca de medidas para o enfrentamento daemergência de saúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus, COVID - 19, no âmbito do Sistema Único de AssistênciaSocial;CONSIDERANDO a Lei Nº 13.982/2020, que estabelece medidas excepcionais de proteção social a serem adotadas durante o período deenfrentamento da emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus (Covid-19), dentre essas a concessãodo auxílio emergencial no valor de R$ 600,00 (seiscentos reais) mensais, durante o período de 03 meses;CONSIDERANDO que os critérios para o recebimento do auxílio emergencial são: maior de 18 (dezoito anos); não ter emprego formal ativo; nãoser titular de benefício previdenciário ou assistencial, seguro-desemprego ou de programa de transferência de renda federal, com exceção dobolsa família; renda familiar mensal per capita seja de até 1/2 (meio) salário-mínimo ou a renda familiar mensal total seja de até 3 (três) saláriosmínimos; que, no ano de 2018, não tenha recebido rendimentos tributáveis acima de R$ 28.559,70 (vinte e oito mil, quinhentos e cinquenta enove reais e setenta centavos); e que exerça atividade na condição de: microempreendedor individual (MEI), contribuinte individual do RegimeGeral de Previdência Social ou trabalhador informal, seja empregado, autônomo ou desempregado, de qualquer natureza, inclusive o intermitenteinativo, inscrito no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico) até 20 de março de 2020, ou que, nos termos deautodeclaração, cumpra o requisito de renda;CONSIDERANDO a Nota Técnica Conjunta Nº 04/2020 - CAODEC/CAODJI/MPPI expedida pelo Centro de Apoio Operacional de Defesa daEducação e Cidadania em parceria com o Centro de Apoio Operacional de Defesa da Infância e Juventude e que dispõe sobre o auxílioemergencial, instituído pela Lei Federal Nº 13.982/2020, e as formas de fomento à inscrição dos mais vulneráveis pelos municípios;CONSIDERANDO que compete ao Ministério Público Estadual expedir recomendações, visando à melhoria dos serviços públicos e de relevânciapública, bem como ao respeito aos interesses, direitos e bens cuja defesa lhe cabe promover, fixando prazo razoável para a adoção dasprovidências cabíveis (art. 27.º, par. único, inc. IV, da Lei Federal 8.625/93 e art. 38.º, par. único, inc. IV, da Lei Complementar Estadual nº 12/93);RESOLVERECOMENDAR à PREFEITURA MUNICIPAL DE LAGOA DE SÃO FRANCISCO-PI, em cumprimento às disposições de ordem constitucional,legal, administrativas e de natureza sanitária acima referidas e outras com ela convergente, para que:1. Dê ampla publicidade ao cadastramento da população beneficiária do auxílio emergencial em virtude da pandemia causada pela COVID - 19,através das redes sociais, emissoras de rádio, TV, disponibilização de cartazes informativos nas sedes dos serviços essenciais emfuncionamento;2. Garanta que as equipes dos Centros de Referência da Assistência Social procedam BUSCA ATIVA, baseada nos documentos das famíliasatendidas, daquelas que se encaixem nos requisitos para o cadastro no auxílio emergencial;3. Disponibilize, no CRAS, computador com acesso à internet, para que os profissionais do Centro de Referência possam realizar a solicitação doauxílio emergencial para aqueles que não possuam acesso à internet nem saibam operacionalizar computadores, bem como a regularizaçãoonline do Cadastro de Pessoa Física - CPF, essencial para o cadastramento do auxílio emergencial;4. Garanta que o CRAS providencie, para aqueles que não possuem documentação como carteira de identidade e CPF, parceria com aSecretaria de Segurança Pública e com a Receita Federal ou Correios, para que após a regularização, tenham acesso ao auxílio emergencial;5. Assegure que após a busca ativa, as equipes dos Centros de Referência, entrem em contato com as referidas famílias, a fim de informá-lassobre o auxílio. No caso das famílias contactadas, que tiverem interesse no cadastro, e que não dispuserem de meios para fazê-lo, que osprofissionais se disponibilizem para realizá - lo;6. Articule junto à gerência de bancos e casas lotéricas para fins de que estes estabeleçam horário especial para atendimento exclusivo a idosos

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e pessoas com deficiência, além de distribuição de senhas, agendamento de horários, e limitação do número de pessoas a serem atendidas porhora, de acordo com a estrutura suportada por cada agência.Desde já, adverte-se que a não observância desta Recomendação poderá determinar a adoção de medidas judiciais cabíveis,eventualmente se desvestindo o dolo, má-fé ou ciência da irregularidade, por ação ou omissão, para viabilizar possível e futuraverificação de responsabilidade nos termos da Lei de Improbidade Administrativa, devendo ser encaminhada a esta Promotoria deJustiça, por meio do endereço eletrônico [email protected], informações sobre as providências tomadas e os documentoscomprobatórios do cumprimento desta Recomendação, ao final do prazo de cinco dias corridos, haja vista a urgência e relevância dademanda.A partir da data da entrega da presente RECOMENDAÇÃO, o MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ considera o destinatário comopessoalmente CIENTE da situação ora exposta, interpretando eventual silêncio como rejeição a seus termos.Pedro II, 20 de abril de 2020.Avelar Marinho Fortes do RêgoPromotor de Justiça2ª PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE PEDRO IIPROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO Nº 28/2020RECOMENDAÇÃO Nº 22/2020O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, por seu Promotor de Justiça adiante assinado, no exercício de suas funções legais, econstitucionais, com fulcro no art. 5º, incisos I, II, V, VIIX, XI e XVI, da Lei Complementar Estadual n° 36/2004, eCONSIDERANDO que o Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa daordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis (CF, art. 127);CONSIDERANDO que, segundo o artigo 196 da Constituição Federal (CF): "à saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediantepolíticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações eserviços para a sua promoção, proteção e recuperação"CONSIDERANDO o princípio da dignidade da pessoa humana, cuja efetividade é dever de todos, notadamente do Poder Público de formacomum e solidária em todas as suas instâncias;CONSIDERANDO que, em 30.1.2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que o surto da doença causada pelo Coronavírus(COVID-19) constitui Emergência de Saúde Pública de importância Internacional (ESPII), dado o grau de avanço dos casos de contaminaçãopelo novo coronavírus, especialmente no território Chinês;CONSIDERANDO que a ESPII é considerada, nos termos do Regulamento Sanitária (RSI): "um evento extraordinário que pode constituir umrisco de saúde pública para outros países devido a disseminação internacional de doenças; e potencialmente requer uma resposta internacionalcoordenada e imediata";CONSIDERANDO que o Ministério da Saúde, em 3.2.2020, através da Portaria GM/MS nº 188/2020, declarou "emergência de saúde públicade importância nacional", em decorrência da infecção humana pelo Coronavírus, considerando que a situação atual demanda o empregourgente de medidas de prevenção, controle e contenção de riscos, danos e agravos à saúde pública;CONSIDERANDO que, em 11.3.2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou pandemia para o Coronavírus, ou seja, momento emque uma doença se espalha por diversos continentes com transmissão sustentada entre humanos;CONSIDERANDO que a classificação da situação mundial do novo coronavírus (COVID-19, SARSCoV-2) como pandemia significa o riscopotencial da doença infecciosa atingir a população mundial de forma simultânea, não se limitando a locais que já tenham sido identificadas comode transmissão interna;CONSIDERANDO que o Decreto nº 18.895, de 19 de março de 2020, do Poder Executivo do Estado do Piauí, que declarou estado decalamidade pública, para os fins do art. 65 da Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000, em razão da grave crise de saúde públicadecorrente da pandemia da Covid 19, e suas repercussões nas finanças públicas;CONSIDERANDO que a Assistência Social constitui direito do cidadão, sendo politica de seguridade social, de natureza não contributiva, queprevê mínimos sociais, realizada através de um conjunto integrado de ações de iniciativa pública e da sociedade, para garantir o atendimento àsnecessidades básicas;CONSIDERANDO que por serviços socioassistenciais consideram-se as atividades continuadas que visem à melhoria de vida da população ecujas ações, voltadas para as necessidades básicas, observem os objetivos, princípios e diretrizes estabelecidos na Lei Orgânica da AssistênciaSocial (art. 23 da Lei n° 8.742 de 7 de dezembro de 1993);CONSIDERANDO que, nos termos do art. 15 da LOAS (Lei n. 8.742/1993), é de competência dos municípios a execução direta dos serviçossócio assistenciais;CONSIDERANDO que o art. 17, V, da Resolução CNAS n. 33/2012, que aprova a Norma Operacional Básica do Sistema Único de AssistênciaSocial e fixa a responsabilidade dos municípios na prestação dos serviços socioassistenciais consistentes em atividades continuadas que visem àmelhoria de vida da população (art. 23, §2º, II, LOAS);CONSIDERANDO que a Medida Provisória nº 926/2020 alterou o texto da Lei 13.979/2020 e acrescentou hipótese de dispensa de licitação paraaquisição de bens, serviços, inclusive de engenharia, e insumos destinados ao enfrentamento da emergência de saúde pública de importânciainternacional decorrente do coronavírus;CONSIDERANDO que os casos de calamidade pública e de estado de emergência, que autorizam a exceção permissiva da concessão dobenefício, devem ser caracterizados por critérios objetivos e resultar de decisão expressa da autoridade competente;CONSIDERANDO que o Brasil é signatário da Declaração Universal dos Direitos do Homem, aprovada pela Assembleia Geral das NaçõesUnidas em 10 de dezembro de 1948, segundo a qual todas as pessoas nascem livres e iguais em dignidade e direitos e devem agir em relaçãoumas às outras com espírito de fraternidade (artigo I), bem como têm a capacidade para gozar dos direitos fundamentais, sem distinção dequalquer espécie, seja de raça, cor, sexo, língua, religião, opinião política ou de outra natureza, origem nacional ou social, riqueza, nascimento,ou qualquer outra condição (artigo II);CONSIDERANDO que, nos termos do artigo 6º, caput, da Constituição Federal de 1988, são direitos sociais, a educação, a saúde, aalimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistênciaaos desamparados;CONSIDERANDO que a alimentação adequada é um direito fundamental do ser humano, reconhecido internacionalmente pela DeclaraçãoUniversal dos Direitos Humanos (art. 25) e pelo Pacto Internacional dos Direitos Econômicos Sociais e Culturais - PIDESC (art. 11), sendoinerente à dignidade da pessoa humana e indispensável à realização dos direitos consagrados na Constituição Federal, devendo o poder públicoadotar as políticas e ações que se façam necessárias para promover e garantir a segurança alimentar e nutricional da população, como dispostona Lei Nº 11.346/06 que cria o Sistema Nacional de Segurança Alimentar;CONSIDERANDO que a Constituição Federal de 1988 consagra o princípio da impessoalidade para Administração Pública Direta e Indireta dequalquer dos Poderes da União, Estados, Distrito Federal e Municípios (art. 37, caput, da CF/88);RESOLVE RECOMENDAR:Ao PREFEITO MUNICIPAL DE LAGOA DE SÃO FRANCISCO, em cumprimento às disposições de ordem constitucional, legal, administrativas ede natureza sanitária acima referidas e outras com ela convergente, garanta:1. Que, com base em lei municipal existente ou a ser elaborada, sejam deferidos auxílios assistenciais, cestas básicas ou outros necessários àmanutenção da dignidade humana neste momento de crise, com prévia fixação de critérios objetivos (quantidade de pessoas a serem

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beneficiadas, renda familiar de referência para a concessão do benefício, condições pessoais ou familiares para a concessão, dentre outros) eestrita observância do princípio constitucional da impessoalidade, ausente mínima promoção pessoal de agentes públicos;2. Que tal distribuição seja realizada de forma a evitar aglomerações e adotando, em qualquer caso, todas as medidas profiláticas recomendadaspelas autoridades sanitárias para preservação da saúde dos servidores envolvidos e eventuais voluntários, vedando-se a venda ou a destinaçãopara finalidade diversa dos bens ofertados;3. Que seja dada ampla publicidade ao fornecimento dos insumos, de forma a garantir que aqueles que dele necessitam tenham conhecimentode tal benefício;4. Que a Prefeitura municipal realize o controle efetivo de todo o material devidamente entregue, no qual deverá constar o dia, local e beneficiáriocontemplado (nome, CPF, endereço, integrantes do núcleo familiar etc), a fim de assegurar a regularidade do fornecimento;5. Que não seja utilizada tal distribuição para promoção pessoal de agente público, sob pena de reconhecimento de prática de ato deimprobidade administrativa, tipificado no art. 11 da Lei nº 8.429/1992;6. Não permita o uso dos programas sociais mantidos pela administração municipal para a promoção de candidatos, partidos e coligações,cuidando de orientar os servidores públicos incumbidos da sua execução quanto à vedação de qualquer propaganda ou enaltecimento decandidato, pré-candidato ou partido;7. Que execute os programas sociais já existentes na legislação e normas orçamentárias e financeiras do município a fim de assegurarsegurança alimentar e prover os meios para atender as necessidades básicas das comunidades mais vulneráveis do município, observada alegislação brasileira, as normas eleitorais e demais instrumentos emitidos pela Justiça Eleitoral e Ministério Público Eleitoral;8. Que, na licitação ou dispensa de licitação de bens, serviços e insumos destinados ao enfrentamento da crise social que atinge os maisvulneráveis, em razão da pandemia Coronavírus (Covid-19), sejam cumpridos os requisitos legais e, quanto à dispensa de licitação,aqueles do art. 26, parágrafo único, da Lei nº 8.666/1993 e art. 4º da Lei nº 13.979/2020;9. Que seja informado a este promotor de Justiça o cumprimento dos critérios de objetividade, clareza, impessoalidade e eficiência na distribuiçãode importantes insumos.Desde já, adverte-se que a não observância desta Recomendação poderá determinar a adoção de medidas judiciais cabíveis,eventualmente se desvestindo o dolo, má-fé ou ciência da irregularidade, por ação ou omissão, para viabilizar possível e futuraverificação de responsabilidade nos termos da Lei de Improbidade Administrativa, devendo ser encaminhada a esta Promotoria deJustiça, por meio do endereço eletrônico [email protected], informações sobre as providências tomadas e os documentoscomprobatórios do cumprimento desta Recomendação, ao final do prazo de cinco dias corridos, haja vista a urgência e relevância dademanda.A partir da data da entrega da presente RECOMENDAÇÃO, o MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ considera o destinatáriopessoalmente CIENTE da situação ora exposta, advertindo-se que o silêncio será interpretado como recusa a seus termos.Pedro II, 20 de abril de 2020Avelar Marinho Fortes do RêgoPromotor de Justiça2ª PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE PEDRO IIPROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO Nº 28/2020RECOMENDAÇÃO Nº 23/2020O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, por seu Promotor de Justiça adiante assinado, no exercício de suas funções legais, econstitucionais, com fulcro no art. 5º, incisos I, II, V, VIIX, XI e XVI, da Lei Complementar Estadual n° 36/2004, eCONSIDERANDO que o Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa daordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis (CF, art. 127);CONSIDERANDO que, segundo o artigo 196 da Constituição Federal (CF): "à saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediantepolíticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações eserviços para a sua promoção, proteção e recuperação"CONSIDERANDO o princípio da dignidade da pessoa humana, cuja efetividade é dever de todos, notadamente do Poder Público de formacomum e solidária em todas as suas instâncias;CONSIDERANDO que, em 30.1.2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que o surto da doença causada pelo Coronavírus(COVID-19) constitui Emergência de Saúde Pública de importância Internacional (ESPII), dado o grau de avanço dos casos de contaminaçãopelo novo coronavírus, especialmente no território Chinês;CONSIDERANDO que a ESPII é considerada, nos termos do Regulamento Sanitária (RSI): "um evento extraordinário que pode constituir umrisco de saúde pública para outros países devido a disseminação internacional de doenças; e potencialmente requer uma resposta internacionalcoordenada e imediata";CONSIDERANDO que o Ministério da Saúde, em 3.2.2020, através da Portaria GM/MS nº 188/2020, declarou "emergência de saúde públicade importância nacional", em decorrência da infecção humana pelo Coronavírus, considerando que a situação atual demanda o empregourgente de medidas de prevenção, controle e contenção de riscos, danos e agravos à saúde pública;CONSIDERANDO que, em 11.3.2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou pandemia para o Coronavírus, ou seja, momento emque uma doença se espalha por diversos continentes com transmissão sustentada entre humanos;CONSIDERANDO que a classificação da situação mundial do novo coronavírus (COVID-19, SARSCoV-2) como pandemia significa o riscopotencial da doença infecciosa atingir a população mundial de forma simultânea, não se limitando a locais que já tenham sido identificadas comode transmissão interna;CONSIDERANDO que o Decreto nº 18.895, de 19 de março de 2020, do Poder Executivo do Estado do Piauí, que declarou estado decalamidade pública, para os fins do art. 65 da Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000, em razão da grave crise de saúde públicadecorrente da pandemia da Covid 19, e suas repercussões nas finanças públicas;CONSIDERANDO que a Assistência Social constitui direito do cidadão, sendo politica de seguridade social, de natureza não contributiva, queprevê mínimos sociais, realizada através de um conjunto integrado de ações de iniciativa pública e da sociedade, para garantir o atendimento àsnecessidades básicas;CONSIDERANDO que são funções da política de assistência social a proteção social, a vigilância socioassistencial e a defesa de direitos,organizando-se sob a forma de um sistema público não contributivo, descentralizado e participativo, denominado SUAS (NOB/SUAS 2012);CONSIDERANDO que por serviços socioassistenciais consideram-se as atividades continuadas que visem à melhoria de vida da população ecujas ações, voltadas para as necessidades básicas, observem os objetivos, princípios e diretrizes estabelecidos na Lei Orgânica da AssistênciaSocial (art. 23 da Lei n° 8.742 de 7 de dezembro de 1993);CONSIDERANDO que o sistema de assistência social rege-se pelos princípios da supremacia do atendimento às necessidades sociais sobre asexigências de rentabilidade econômica; da universalização dos direitos sociais, a fim de tornar o destinatário da assistência social alcançávelpelas demais políticas públicas; e do respeito à dignidade do cidadão, à sua autonomia e ao seu direito a benefícios e serviços de qualidade, bemcomo à convivência familiar e comunitária, vedando-se qualquer comprovação vexatória de necessidade, ao teor do art. 4º, da Lei nº 8.472/93;CONSIDERANDO que os Centros de Referência da Assistência Social - CRAS - são as unidades responsáveis pelo desenvolvimento de todosos serviços socioassistenciais de Proteção Social Básica do Sistema Único de Assistência Social - SUAS;CONSIDERANDO que, nos termos do art. 15 da LOAS (Lei n. 8.742/1993), é de competência dos municípios a execução direta dos serviçossócio assistenciais;

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CONSIDERANDO que o art. 17, V, da Resolução CNAS n. 33/2012, que aprova a Norma Operacional Básica do Sistema Único de AssistênciaSocial e fixa a responsabilidade dos municípios na prestação dos serviços socioassistenciais consistentes em atividades continuadas que visem àmelhoria de vida da população (art. 23, §2º, II, LOAS);CONSIDERANDO que, nos termos do artigo 6º, caput, da Constituição Federal de 1988, são direitos sociais, a educação, a saúde, aalimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistênciaaos desamparados;CONSIDERANDO a Portaria Nº 337/2020, oriunda do Ministério da Cidadania, que dispõe acerca de medidas para o enfrentamento daemergência de saúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus, COVID - 19, no âmbito do Sistema Único de AssistênciaSocial;CONSIDERANDO a Lei Nº 13.982/2020, que estabelece medidas excepcionais de proteção social a serem adotadas durante o período deenfrentamento da emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus (Covid-19), dentre essas a concessãodo auxílio emergencial no valor de R$ 600,00 (seiscentos reais) mensais, durante o período de 03 meses;CONSIDERANDO que os critérios para o recebimento do auxílio emergencial são: maior de 18 (dezoito anos); não ter emprego formal ativo; nãoser titular de benefício previdenciário ou assistencial, seguro-desemprego ou de programa de transferência de renda federal, com exceção dobolsa família; renda familiar mensal per capita seja de até 1/2 (meio) salário-mínimo ou a renda familiar mensal total seja de até 3 (três) saláriosmínimos; que, no ano de 2018, não tenha recebido rendimentos tributáveis acima de R$ 28.559,70 (vinte e oito mil, quinhentos e cinquenta enove reais e setenta centavos); e que exerça atividade na condição de: microempreendedor individual (MEI), contribuinte individual do RegimeGeral de Previdência Social ou trabalhador informal, seja empregado, autônomo ou desempregado, de qualquer natureza, inclusive o intermitenteinativo, inscrito no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico) até 20 de março de 2020, ou que, nos termos deautodeclaração, cumpra o requisito de renda;CONSIDERANDO a Nota Técnica Conjunta Nº 04/2020 - CAODEC/CAODJI/MPPI expedida pelo Centro de Apoio Operacional de Defesa daEducação e Cidadania em parceria com o Centro de Apoio Operacional de Defesa da Infância e Juventude e que dispõe sobre o auxílioemergencial, instituído pela Lei Federal Nº 13.982/2020, e as formas de fomento à inscrição dos mais vulneráveis pelos municípios;CONSIDERANDO que compete ao Ministério Público Estadual expedir recomendações, visando à melhoria dos serviços públicos e de relevânciapública, bem como ao respeito aos interesses, direitos e bens cuja defesa lhe cabe promover, fixando prazo razoável para a adoção dasprovidências cabíveis (art. 27.º, par. único, inc. IV, da Lei Federal 8.625/93 e art. 38.º, par. único, inc. IV, da Lei Complementar Estadual nº 12/93);RESOLVERECOMENDAR à PREFEITURA MUNICIPAL DE MILTON BRANDÃO, em cumprimento às disposições de ordem constitucional, legal,administrativas e de natureza sanitária acima referidas e outras com ela convergente, para que:1. Dê ampla publicidade ao cadastramento da população beneficiária do auxílio emergencial em virtude da pandemia causada pela COVID - 19,através das redes sociais, emissoras de rádio, TV, disponibilização de cartazes informativos nas sedes dos serviços essenciais emfuncionamento;2. Garanta que as equipes dos Centros de Referência da Assistência Social procedam BUSCA ATIVA, baseada nos documentos das famíliasatendidas, daquelas que se encaixem nos requisitos para o cadastro no auxílio emergencial;3. Disponibilize, no CRAS, computador com acesso à internet, para que os profissionais do Centro de Referência possam realizar a solicitação doauxílio emergencial para aqueles que não possuam acesso à internet nem saibam operacionalizar computadores, bem como a regularizaçãoonline do Cadastro de Pessoa Física - CPF, essencial para o cadastramento do auxílio emergencial;4. Garanta que o CRAS providencie, para aqueles que não possuem documentação como carteira de identidade e CPF, parceria com aSecretaria de Segurança Pública e com a Receita Federal ou Correios, para que após a regularização, tenham acesso ao auxílio emergencial;5. Assegure que após a busca ativa, as equipes dos Centros de Referência, entrem em contato com as referidas famílias, a fim de informá-lassobre o auxílio. No caso das famílias contactadas, que tiverem interesse no cadastro, e que não dispuserem de meios para fazê-lo, que osprofissionais se disponibilizem para realizá - lo;6. Articule junto à gerência de bancos e casas lotéricas para fins de que estes estabeleçam horário especial para atendimento exclusivo a idosose pessoas com deficiência, além de distribuição de senhas, agendamento de horários, e limitação do número de pessoas a serem atendidas porhora, de acordo com a estrutura suportada por cada agência.Desde já, adverte-se que a não observância desta Recomendação poderá determinar a adoção de medidas judiciais cabíveis,eventualmente se desvestindo o dolo, má-fé ou ciência da irregularidade, por ação ou omissão, para viabilizar possível e futuraverificação de responsabilidade nos termos da Lei de Improbidade Administrativa, devendo ser encaminhada a esta Promotoria deJustiça, por meio do endereço eletrônico [email protected], informações sobre as providências tomadas e os documentoscomprobatórios do cumprimento desta Recomendação, ao final do prazo de cinco dias corridos, haja vista a urgência e relevância dademanda.A partir da data da entrega da presente RECOMENDAÇÃO, o MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ considera o destinatário comopessoalmente CIENTE da situação ora exposta, interpretando eventual silêncio como rejeição a seus termos.Pedro II, 20 de abril de 2020.Avelar Marinho Fortes do RêgoPromotor de Justiça2ª PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE PEDRO IIPROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO Nº 28/2020RECOMENDAÇÃO Nº 24/2020O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, por seu Promotor de Justiça adiante assinado, no exercício de suas funções legais, econstitucionais, com fulcro no art. 5º, incisos I, II, V, VIIX, XI e XVI, da Lei Complementar Estadual n° 36/2004, eCONSIDERANDO que o Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa daordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis (CF, art. 127);CONSIDERANDO que, segundo o artigo 196 da Constituição Federal (CF): "à saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediantepolíticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações eserviços para a sua promoção, proteção e recuperação"CONSIDERANDO o princípio da dignidade da pessoa humana, cuja efetividade é dever de todos, notadamente do Poder Público de formacomum e solidária em todas as suas instâncias;CONSIDERANDO que, em 30.1.2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que o surto da doença causada pelo Coronavírus(COVID-19) constitui Emergência de Saúde Pública de importância Internacional (ESPII), dado o grau de avanço dos casos de contaminaçãopelo novo coronavírus, especialmente no território Chinês;CONSIDERANDO que a ESPII é considerada, nos termos do Regulamento Sanitária (RSI): "um evento extraordinário que pode constituir umrisco de saúde pública para outros países devido a disseminação internacional de doenças; e potencialmente requer uma resposta internacionalcoordenada e imediata";CONSIDERANDO que o Ministério da Saúde, em 3.2.2020, através da Portaria GM/MS nº 188/2020, declarou "emergência de saúde públicade importância nacional", em decorrência da infecção humana pelo Coronavírus, considerando que a situação atual demanda o empregourgente de medidas de prevenção, controle e contenção de riscos, danos e agravos à saúde pública;CONSIDERANDO que, em 11.3.2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou pandemia para o Coronavírus, ou seja, momento em

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que uma doença se espalha por diversos continentes com transmissão sustentada entre humanos;CONSIDERANDO que a classificação da situação mundial do novo coronavírus (COVID-19, SARSCoV-2) como pandemia significa o riscopotencial da doença infecciosa atingir a população mundial de forma simultânea, não se limitando a locais que já tenham sido identificadas comode transmissão interna;CONSIDERANDO que o Decreto nº 18.895, de 19 de março de 2020, do Poder Executivo do Estado do Piauí, que declarou estado decalamidade pública, para os fins do art. 65 da Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000, em razão da grave crise de saúde públicadecorrente da pandemia da Covid 19, e suas repercussões nas finanças públicas;CONSIDERANDO que a Assistência Social constitui direito do cidadão, sendo politica de seguridade social, de natureza não contributiva, queprevê mínimos sociais, realizada através de um conjunto integrado de ações de iniciativa pública e da sociedade, para garantir o atendimento àsnecessidades básicas;CONSIDERANDO que por serviços socioassistenciais consideram-se as atividades continuadas que visem à melhoria de vida da população ecujas ações, voltadas para as necessidades básicas, observem os objetivos, princípios e diretrizes estabelecidos na Lei Orgânica da AssistênciaSocial (art. 23 da Lei n° 8.742 de 7 de dezembro de 1993);CONSIDERANDO que, nos termos do art. 15 da LOAS (Lei n. 8.742/1993), é de competência dos municípios a execução direta dos serviçossócio assistenciais;CONSIDERANDO que o art. 17, V, da Resolução CNAS n. 33/2012, que aprova a Norma Operacional Básica do Sistema Único de AssistênciaSocial e fixa a responsabilidade dos municípios na prestação dos serviços socioassistenciais consistentes em atividades continuadas que visem àmelhoria de vida da população (art. 23, §2º, II, LOAS);CONSIDERANDO que a Medida Provisória nº 926/2020 alterou o texto da Lei 13.979/2020 e acrescentou hipótese de dispensa de licitação paraaquisição de bens, serviços, inclusive de engenharia, e insumos destinados ao enfrentamento da emergência de saúde pública de importânciainternacional decorrente do coronavírus;CONSIDERANDO que os casos de calamidade pública e de estado de emergência, que autorizam a exceção permissiva da concessão dobenefício, devem ser caracterizados por critérios objetivos e resultar de decisão expressa da autoridade competente;CONSIDERANDO que o Brasil é signatário da Declaração Universal dos Direitos do Homem, aprovada pela Assembleia Geral das NaçõesUnidas em 10 de dezembro de 1948, segundo a qual todas as pessoas nascem livres e iguais em dignidade e direitos e devem agir em relaçãoumas às outras com espírito de fraternidade (artigo I), bem como têm a capacidade para gozar dos direitos fundamentais, sem distinção dequalquer espécie, seja de raça, cor, sexo, língua, religião, opinião política ou de outra natureza, origem nacional ou social, riqueza, nascimento,ou qualquer outra condição (artigo II);CONSIDERANDO que, nos termos do artigo 6º, caput, da Constituição Federal de 1988, são direitos sociais, a educação, a saúde, aalimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistênciaaos desamparados;CONSIDERANDO que a alimentação adequada é um direito fundamental do ser humano, reconhecido internacionalmente pela DeclaraçãoUniversal dos Direitos Humanos (art. 25) e pelo Pacto Internacional dos Direitos Econômicos Sociais e Culturais - PIDESC (art. 11), sendoinerente à dignidade da pessoa humana e indispensável à realização dos direitos consagrados na Constituição Federal, devendo o poder públicoadotar as políticas e ações que se façam necessárias para promover e garantir a segurança alimentar e nutricional da população, como dispostona Lei Nº 11.346/06 que cria o Sistema Nacional de Segurança Alimentar;CONSIDERANDO que a Constituição Federal de 1988 consagra o princípio da impessoalidade para Administração Pública Direta e Indireta dequalquer dos Poderes da União, Estados, Distrito Federal e Municípios (art. 37, caput, da CF/88);RESOLVE RECOMENDAR:Ao PREFEITO MUNICIPAL DE MILTON BRANDÃO, em cumprimento às disposições de ordem constitucional, legal, administrativas e denatureza sanitária acima referidas e outras com ela convergente, garanta:1. Que, com base em lei municipal existente ou a ser elaborada, sejam deferidos auxílios assistenciais, cestas básicas ou outros necessários àmanutenção da dignidade humana neste momento de crise, com prévia fixação de critérios objetivos (quantidade de pessoas a serembeneficiadas, renda familiar de referência para a concessão do benefício, condições pessoais ou familiares para a concessão, dentre outros) eestrita observância do princípio constitucional da impessoalidade, ausente mínima promoção pessoal de agentes públicos;2. Que tal distribuição seja realizada de forma a evitar aglomerações e adotando, em qualquer caso, todas as medidas profiláticas recomendadaspelas autoridades sanitárias para preservação da saúde dos servidores envolvidos e eventuais voluntários, vedando-se a venda ou a destinaçãopara finalidade diversa dos bens ofertados;3. Que seja dada ampla publicidade ao fornecimento dos insumos, de forma a garantir que aqueles que dele necessitam tenham conhecimentode tal benefício;4. Que a Prefeitura municipal realize o controle efetivo de todo o material devidamente entregue, no qual deverá constar o dia, local e beneficiáriocontemplado (nome, CPF, endereço, integrantes do núcleo familiar etc), a fim de assegurar a regularidade do fornecimento;5. Que não seja utilizada tal distribuição para promoção pessoal de agente público, sob pena de reconhecimento de prática de ato deimprobidade administrativa, tipificado no art. 11 da Lei nº 8.429/1992;6. Não permita o uso dos programas sociais mantidos pela administração municipal para a promoção de candidatos, partidos e coligações,cuidando de orientar os servidores públicos incumbidos da sua execução quanto à vedação de qualquer propaganda ou enaltecimento decandidato, pré-candidato ou partido;7. Que execute os programas sociais já existentes na legislação e normas orçamentárias e financeiras do município a fim de assegurarsegurança alimentar e prover os meios para atender as necessidades básicas das comunidades mais vulneráveis do município, observada alegislação brasileira, as normas eleitorais e demais instrumentos emitidos pela Justiça Eleitoral e Ministério Público Eleitoral;8. Que, na licitação ou dispensa de licitação de bens, serviços e insumos destinados ao enfrentamento da crise social que atinge os maisvulneráveis, em razão da pandemia Coronavírus (Covid-19), sejam cumpridos os requisitos legais e, quanto à dispensa de licitação,aqueles do art. 26, parágrafo único, da Lei nº 8.666/1993 e art. 4º da Lei nº 13.979/2020;9. Que seja informado a este promotor de Justiça o cumprimento dos critérios de objetividade, clareza, impessoalidade e eficiência na distribuiçãode importantes insumos.Desde já, adverte-se que a não observância desta Recomendação poderá determinar a adoção de medidas judiciais cabíveis,eventualmente se desvestindo o dolo, má-fé ou ciência da irregularidade, por ação ou omissão, para viabilizar possível e futuraverificação de responsabilidade nos termos da Lei de Improbidade Administrativa, devendo ser encaminhada a esta Promotoria deJustiça, por meio do endereço eletrônico [email protected], informações sobre as providências tomadas e os documentoscomprobatórios do cumprimento desta Recomendação, ao final do prazo de cinco dias corridos, haja vista a urgência e relevância dademanda.A partir da data da entrega da presente RECOMENDAÇÃO, o MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ considera o destinatáriopessoalmente CIENTE da situação ora exposta, advertindo-se que o silêncio será interpretado como recusa a seus termos.Pedro II, 20 de abril de 2020Avelar Marinho Fortes do RêgoPromotor de Justiça2ª PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE PEDRO IIPROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO Nº 28/2020

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RECOMENDAÇÃO Nº 25/2020O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, por seu Promotor de Justiça adiante assinado, no exercício de suas funções legais, econstitucionais, com fulcro no art. 5º, incisos I, II, V, VIIX, XI e XVI, da Lei Complementar Estadual n° 36/2004, eCONSIDERANDO que o Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa daordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis (CF, art. 127);CONSIDERANDO que, segundo o artigo 196 da Constituição Federal (CF): "à saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediantepolíticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações eserviços para a sua promoção, proteção e recuperação"CONSIDERANDO o princípio da dignidade da pessoa humana, cuja efetividade é dever de todos, notadamente do Poder Público de formacomum e solidária em todas as suas instâncias;CONSIDERANDO que, em 30.1.2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que o surto da doença causada pelo Coronavírus(COVID-19) constitui Emergência de Saúde Pública de importância Internacional (ESPII), dado o grau de avanço dos casos de contaminaçãopelo novo coronavírus, especialmente no território Chinês;CONSIDERANDO que a ESPII é considerada, nos termos do Regulamento Sanitária (RSI): "um evento extraordinário que pode constituir umrisco de saúde pública para outros países devido a disseminação internacional de doenças; e potencialmente requer uma resposta internacionalcoordenada e imediata";CONSIDERANDO que o Ministério da Saúde, em 3.2.2020, através da Portaria GM/MS nº 188/2020, declarou "emergência de saúde públicade importância nacional", em decorrência da infecção humana pelo Coronavírus, considerando que a situação atual demanda o empregourgente de medidas de prevenção, controle e contenção de riscos, danos e agravos à saúde pública;CONSIDERANDO que, em 11.3.2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou pandemia para o Coronavírus, ou seja, momento emque uma doença se espalha por diversos continentes com transmissão sustentada entre humanos;CONSIDERANDO que a classificação da situação mundial do novo coronavírus (COVID-19, SARSCoV-2) como pandemia significa o riscopotencial da doença infecciosa atingir a população mundial de forma simultânea, não se limitando a locais que já tenham sido identificadas comode transmissão interna;CONSIDERANDO que o Decreto nº 18.895, de 19 de março de 2020, do Poder Executivo do Estado do Piauí, que declarou estado decalamidade pública, para os fins do art. 65 da Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000, em razão da grave crise de saúde públicadecorrente da pandemia da Covid 19, e suas repercussões nas finanças públicas;CONSIDERANDO que a Assistência Social constitui direito do cidadão, sendo politica de seguridade social, de natureza não contributiva, queprevê mínimos sociais, realizada através de um conjunto integrado de ações de iniciativa pública e da sociedade, para garantir o atendimento àsnecessidades básicas;CONSIDERANDO que são funções da política de assistência social a proteção social, a vigilância socioassistencial e a defesa de direitos,organizando-se sob a forma de um sistema público não contributivo, descentralizado e participativo, denominado SUAS (NOB/SUAS 2012);CONSIDERANDO que por serviços socioassistenciais consideram-se as atividades continuadas que visem à melhoria de vida da população ecujas ações, voltadas para as necessidades básicas, observem os objetivos, princípios e diretrizes estabelecidos na Lei Orgânica da AssistênciaSocial (art. 23 da Lei n° 8.742 de 7 de dezembro de 1993);CONSIDERANDO que o sistema de assistência social rege-se pelos princípios da supremacia do atendimento às necessidades sociais sobre asexigências de rentabilidade econômica; da universalização dos direitos sociais, a fim de tornar o destinatário da assistência social alcançávelpelas demais políticas públicas; e do respeito à dignidade do cidadão, à sua autonomia e ao seu direito a benefícios e serviços de qualidade, bemcomo à convivência familiar e comunitária, vedando-se qualquer comprovação vexatória de necessidade, ao teor do art. 4º, da Lei nº 8.472/93;CONSIDERANDO que os Centros de Referência da Assistência Social - CRAS - são as unidades responsáveis pelo desenvolvimento de todosos serviços socioassistenciais de Proteção Social Básica do Sistema Único de Assistência Social - SUAS;CONSIDERANDO que, nos termos do art. 15 da LOAS (Lei n. 8.742/1993), é de competência dos municípios a execução direta dos serviçossócio assistenciais;CONSIDERANDO que o art. 17, V, da Resolução CNAS n. 33/2012, que aprova a Norma Operacional Básica do Sistema Único de AssistênciaSocial e fixa a responsabilidade dos municípios na prestação dos serviços socioassistenciais consistentes em atividades continuadas que visem àmelhoria de vida da população (art. 23, §2º, II, LOAS);CONSIDERANDO que, nos termos do artigo 6º, caput, da Constituição Federal de 1988, são direitos sociais, a educação, a saúde, aalimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistênciaaos desamparados;CONSIDERANDO a Portaria Nº 337/2020, oriunda do Ministério da Cidadania, que dispõe acerca de medidas para o enfrentamento daemergência de saúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus, COVID - 19, no âmbito do Sistema Único de AssistênciaSocial;CONSIDERANDO a Lei Nº 13.982/2020, que estabelece medidas excepcionais de proteção social a serem adotadas durante o período deenfrentamento da emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus (Covid-19), dentre essas a concessãodo auxílio emergencial no valor de R$ 600,00 (seiscentos reais) mensais, durante o período de 03 meses;CONSIDERANDO que os critérios para o recebimento do auxílio emergencial são: maior de 18 (dezoito anos); não ter emprego formal ativo; nãoser titular de benefício previdenciário ou assistencial, seguro-desemprego ou de programa de transferência de renda federal, com exceção dobolsa família; renda familiar mensal per capita seja de até 1/2 (meio) salário-mínimo ou a renda familiar mensal total seja de até 3 (três) saláriosmínimos; que, no ano de 2018, não tenha recebido rendimentos tributáveis acima de R$ 28.559,70 (vinte e oito mil, quinhentos e cinquenta enove reais e setenta centavos); e que exerça atividade na condição de: microempreendedor individual (MEI), contribuinte individual do RegimeGeral de Previdência Social ou trabalhador informal, seja empregado, autônomo ou desempregado, de qualquer natureza, inclusive o intermitenteinativo, inscrito no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico) até 20 de março de 2020, ou que, nos termos deautodeclaração, cumpra o requisito de renda;CONSIDERANDO a Nota Técnica Conjunta Nº 04/2020 - CAODEC/CAODJI/MPPI expedida pelo Centro de Apoio Operacional de Defesa daEducação e Cidadania em parceria com o Centro de Apoio Operacional de Defesa da Infância e Juventude e que dispõe sobre o auxílioemergencial, instituído pela Lei Federal Nº 13.982/2020, e as formas de fomento à inscrição dos mais vulneráveis pelos municípios;CONSIDERANDO que compete ao Ministério Público Estadual expedir recomendações, visando à melhoria dos serviços públicos e de relevânciapública, bem como ao respeito aos interesses, direitos e bens cuja defesa lhe cabe promover, fixando prazo razoável para a adoção dasprovidências cabíveis (art. 27.º, par. único, inc. IV, da Lei Federal 8.625/93 e art. 38.º, par. único, inc. IV, da Lei Complementar Estadual nº 12/93);RESOLVERECOMENDAR à PREFEITURA MUNICIPAL DE DOMINGOS MOURÃO, em cumprimento às disposições de ordem constitucional, legal,administrativas e de natureza sanitária acima referidas e outras com ela convergente, para que:1. Dê ampla publicidade ao cadastramento da população beneficiária do auxílio emergencial em virtude da pandemia causada pela COVID - 19,através das redes sociais, emissoras de rádio, TV, disponibilização de cartazes informativos nas sedes dos serviços essenciais emfuncionamento;2. Garanta que as equipes dos Centros de Referência da Assistência Social procedam BUSCA ATIVA, baseada nos documentos das famíliasatendidas, daquelas que se encaixem nos requisitos para o cadastro no auxílio emergencial;3. Disponibilize, no CRAS, computador com acesso à internet, para que os profissionais do Centro de Referência possam realizar a solicitação do

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auxílio emergencial para aqueles que não possuam acesso à internet nem saibam operacionalizar computadores, bem como a regularizaçãoonline do Cadastro de Pessoa Física - CPF, essencial para o cadastramento do auxílio emergencial;4. Garanta que o CRAS providencie, para aqueles que não possuem documentação como carteira de identidade e CPF, parceria com aSecretaria de Segurança Pública e com a Receita Federal ou Correios, para que após a regularização, tenham acesso ao auxílio emergencial;5. Assegure que após a busca ativa, as equipes dos Centros de Referência, entrem em contato com as referidas famílias, a fim de informá-lassobre o auxílio. No caso das famílias contactadas, que tiverem interesse no cadastro, e que não dispuserem de meios para fazê-lo, que osprofissionais se disponibilizem para realizá - lo;6. Articule junto à gerência de bancos e casas lotéricas para fins de que estes estabeleçam horário especial para atendimento exclusivo a idosose pessoas com deficiência, além de distribuição de senhas, agendamento de horários, e limitação do número de pessoas a serem atendidas porhora, de acordo com a estrutura suportada por cada agência.Desde já, adverte-se que a não observância desta Recomendação poderá determinar a adoção de medidas judiciais cabíveis,eventualmente se desvestindo o dolo, má-fé ou ciência da irregularidade, por ação ou omissão, para viabilizar possível e futuraverificação de responsabilidade nos termos da Lei de Improbidade Administrativa, devendo ser encaminhada a esta Promotoria deJustiça, por meio do endereço eletrônico [email protected], informações sobre as providências tomadas e os documentoscomprobatórios do cumprimento desta Recomendação, ao final do prazo de cinco dias corridos, haja vista a urgência e relevância dademanda.A partir da data da entrega da presente RECOMENDAÇÃO, o MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ considera o destinatário comopessoalmente CIENTE da situação ora exposta, interpretando eventual silêncio como rejeição a seus termos.Pedro II, 20 de abril de 2020.Avelar Marinho Fortes do RêgoPromotor de Justiça2ª PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE PEDRO IIPROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO Nº 28/2020RECOMENDAÇÃO Nº 26/2020O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, por seu Promotor de Justiça adiante assinado, no exercício de suas funções legais, econstitucionais, com fulcro no art. 5º, incisos I, II, V, VIIX, XI e XVI, da Lei Complementar Estadual n° 36/2004, eCONSIDERANDO que o Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa daordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis (CF, art. 127);CONSIDERANDO que, segundo o artigo 196 da Constituição Federal (CF): "à saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediantepolíticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações eserviços para a sua promoção, proteção e recuperação"CONSIDERANDO o princípio da dignidade da pessoa humana, cuja efetividade é dever de todos, notadamente do Poder Público de formacomum e solidária em todas as suas instâncias;CONSIDERANDO que, em 30.1.2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que o surto da doença causada pelo Coronavírus(COVID-19) constitui Emergência de Saúde Pública de importância Internacional (ESPII), dado o grau de avanço dos casos de contaminaçãopelo novo coronavírus, especialmente no território Chinês;CONSIDERANDO que a ESPII é considerada, nos termos do Regulamento Sanitária (RSI): "um evento extraordinário que pode constituir umrisco de saúde pública para outros países devido a disseminação internacional de doenças; e potencialmente requer uma resposta internacionalcoordenada e imediata";CONSIDERANDO que o Ministério da Saúde, em 3.2.2020, através da Portaria GM/MS nº 188/2020, declarou "emergência de saúde públicade importância nacional", em decorrência da infecção humana pelo Coronavírus, considerando que a situação atual demanda o empregourgente de medidas de prevenção, controle e contenção de riscos, danos e agravos à saúde pública;CONSIDERANDO que, em 11.3.2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou pandemia para o Coronavírus, ou seja, momento emque uma doença se espalha por diversos continentes com transmissão sustentada entre humanos;CONSIDERANDO que a classificação da situação mundial do novo coronavírus (COVID-19, SARSCoV-2) como pandemia significa o riscopotencial da doença infecciosa atingir a população mundial de forma simultânea, não se limitando a locais que já tenham sido identificadas comode transmissão interna;CONSIDERANDO que o Decreto nº 18.895, de 19 de março de 2020, do Poder Executivo do Estado do Piauí, que declarou estado decalamidade pública, para os fins do art. 65 da Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000, em razão da grave crise de saúde públicadecorrente da pandemia da Covid 19, e suas repercussões nas finanças públicas;CONSIDERANDO que a Assistência Social constitui direito do cidadão, sendo politica de seguridade social, de natureza não contributiva, queprevê mínimos sociais, realizada através de um conjunto integrado de ações de iniciativa pública e da sociedade, para garantir o atendimento àsnecessidades básicas;CONSIDERANDO que por serviços socioassistenciais consideram-se as atividades continuadas que visem à melhoria de vida da população ecujas ações, voltadas para as necessidades básicas, observem os objetivos, princípios e diretrizes estabelecidos na Lei Orgânica da AssistênciaSocial (art. 23 da Lei n° 8.742 de 7 de dezembro de 1993);CONSIDERANDO que, nos termos do art. 15 da LOAS (Lei n. 8.742/1993), é de competência dos municípios a execução direta dos serviçossócio assistenciais;CONSIDERANDO que o art. 17, V, da Resolução CNAS n. 33/2012, que aprova a Norma Operacional Básica do Sistema Único de AssistênciaSocial e fixa a responsabilidade dos municípios na prestação dos serviços socioassistenciais consistentes em atividades continuadas que visem àmelhoria de vida da população (art. 23, §2º, II, LOAS);CONSIDERANDO que a Medida Provisória nº 926/2020 alterou o texto da Lei 13.979/2020 e acrescentou hipótese de dispensa de licitação paraaquisição de bens, serviços, inclusive de engenharia, e insumos destinados ao enfrentamento da emergência de saúde pública de importânciainternacional decorrente do coronavírus;CONSIDERANDO que os casos de calamidade pública e de estado de emergência, que autorizam a exceção permissiva da concessão dobenefício, devem ser caracterizados por critérios objetivos e resultar de decisão expressa da autoridade competente;CONSIDERANDO que o Brasil é signatário da Declaração Universal dos Direitos do Homem, aprovada pela Assembleia Geral das NaçõesUnidas em 10 de dezembro de 1948, segundo a qual todas as pessoas nascem livres e iguais em dignidade e direitos e devem agir em relaçãoumas às outras com espírito de fraternidade (artigo I), bem como têm a capacidade para gozar dos direitos fundamentais, sem distinção dequalquer espécie, seja de raça, cor, sexo, língua, religião, opinião política ou de outra natureza, origem nacional ou social, riqueza, nascimento,ou qualquer outra condição (artigo II);CONSIDERANDO que, nos termos do artigo 6º, caput, da Constituição Federal de 1988, são direitos sociais, a educação, a saúde, aalimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistênciaaos desamparados;CONSIDERANDO que a alimentação adequada é um direito fundamental do ser humano, reconhecido internacionalmente pela DeclaraçãoUniversal dos Direitos Humanos (art. 25) e pelo Pacto Internacional dos Direitos Econômicos Sociais e Culturais - PIDESC (art. 11), sendoinerente à dignidade da pessoa humana e indispensável à realização dos direitos consagrados na Constituição Federal, devendo o poder públicoadotar as políticas e ações que se façam necessárias para promover e garantir a segurança alimentar e nutricional da população, como disposto

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4.8. 2ª PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE ESPERANTINA-PI11458

4.9. PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE DEMERVAL LOBÃO-PI11459

na Lei Nº 11.346/06 que cria o Sistema Nacional de Segurança Alimentar;CONSIDERANDO que a Constituição Federal de 1988 consagra o princípio da impessoalidade para Administração Pública Direta e Indireta dequalquer dos Poderes da União, Estados, Distrito Federal e Municípios (art. 37, caput, da CF/88);RESOLVE RECOMENDAR:Ao PREFEITO MUNICIPAL DE DOMINGOS MOURÃO, em cumprimento às disposições de ordem constitucional, legal, administrativas e denatureza sanitária acima referidas e outras com ela convergente, garanta:1. Que, com base em lei municipal existente ou a ser elaborada, sejam deferidos auxílios assistenciais, cestas básicas ou outros necessários àmanutenção da dignidade humana neste momento de crise, com prévia fixação de critérios objetivos (quantidade de pessoas a serembeneficiadas, renda familiar de referência para a concessão do benefício, condições pessoais ou familiares para a concessão, dentre outros) eestrita observância do princípio constitucional da impessoalidade, ausente mínima promoção pessoal de agentes públicos;2. Que tal distribuição seja realizada de forma a evitar aglomerações e adotando, em qualquer caso, todas as medidas profiláticas recomendadaspelas autoridades sanitárias para preservação da saúde dos servidores envolvidos e eventuais voluntários, vedando-se a venda ou a destinaçãopara finalidade diversa dos bens ofertados;3. Que seja dada ampla publicidade ao fornecimento dos insumos, de forma a garantir que aqueles que dele necessitam tenham conhecimentode tal benefício;4. Que a Prefeitura municipal realize o controle efetivo de todo o material devidamente entregue, no qual deverá constar o dia, local e beneficiáriocontemplado (nome, CPF, endereço, integrantes do núcleo familiar etc), a fim de assegurar a regularidade do fornecimento;5. Que não seja utilizada tal distribuição para promoção pessoal de agente público, sob pena de reconhecimento de prática de ato deimprobidade administrativa, tipificado no art. 11 da Lei nº 8.429/1992;6. Não permita o uso dos programas sociais mantidos pela administração municipal para a promoção de candidatos, partidos e coligações,cuidando de orientar os servidores públicos incumbidos da sua execução quanto à vedação de qualquer propaganda ou enaltecimento decandidato, pré-candidato ou partido;7. Que execute os programas sociais já existentes na legislação e normas orçamentárias e financeiras do município a fim de assegurarsegurança alimentar e prover os meios para atender as necessidades básicas das comunidades mais vulneráveis do município, observada alegislação brasileira, as normas eleitorais e demais instrumentos emitidos pela Justiça Eleitoral e Ministério Público Eleitoral;8. Que, na licitação ou dispensa de licitação de bens, serviços e insumos destinados ao enfrentamento da crise social que atinge os maisvulneráveis, em razão da pandemia Coronavírus (Covid-19), sejam cumpridos os requisitos legais e, quanto à dispensa de licitação,aqueles do art. 26, parágrafo único, da Lei nº 8.666/1993 e art. 4º da Lei nº 13.979/2020;9. Que seja informado a este promotor de Justiça o cumprimento dos critérios de objetividade, clareza, impessoalidade e eficiência na distribuiçãode importantes insumos.Desde já, adverte-se que a não observância desta Recomendação poderá determinar a adoção de medidas judiciais cabíveis,eventualmente se desvestindo o dolo, má-fé ou ciência da irregularidade, por ação ou omissão, para viabilizar possível e futuraverificação de responsabilidade nos termos da Lei de Improbidade Administrativa, devendo ser encaminhada a esta Promotoria deJustiça, por meio do endereço eletrônico [email protected], informações sobre as providências tomadas e os documentoscomprobatórios do cumprimento desta Recomendação, ao final do prazo de cinco dias corridos, haja vista a urgência e relevância dademanda.A partir da data da entrega da presente RECOMENDAÇÃO, o MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ considera o destinatáriopessoalmente CIENTE da situação ora exposta, advertindo-se que o silêncio será interpretado como recusa a seus termos.Pedro II, 20 de abril de 2020Avelar Marinho Fortes do RêgoPromotor de Justiça

PORTARIA Nº 33/2020OBJETO: Acompanhar e fiscalizar as medidas de proteção de crianças e adolescentes no contexto da Pandemia do COVID- 19, adotadasno Município de Esperantina-PI, Morro do Chapéu e Joaquim Pires-PIO MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, por intermédio dos Promotores de Justiça abaixo assinado, com fundamento no art. 127 e129 da Constituição Federal, art. 26, I da Lei Federal n° 8.625/1993 ( Lei Orgânica Nacional do Ministério Público), art. 201, VI da Lei Federal n°8.069/90( Estatuto da Criança e do Adolescente), art. 36, VI da Lei Complementar Estadual n° 12/1993 ( Lei Orgânica do Ministério Público) e;CONSIDERANDO que o Estatuto da Criança e do Adolescente instituiu o Conselho Tutelar como órgão permanente, autônomo e nãojurisdicional, encarregado de zelar pelos direitos de crianças e adolescentes;CONSIDERANDO que a Organização Mundial de Saúde ( OMS) decretou pandemia em razão da disseminação do novo Coronavírus ( COVID-19), solicitando a colaboração de todos os países, entidades e sociedades para adotar medidas que evitem a proliferação da doença;CONSIDERANDO que o Conselho Tutelar, enquanto órgão público municipal deve obediência aos princípios constitucionais da AdministraçãoPública, previstos no art. 37 do ECA: Moralidade, Legalidade, Impessoalidade, publicidade e eficiência.CONSIDERANDO que o CAODIJ expediu a Nota Técnica n° 03/2020, em anexo, dispondo que compete à municipalidade, em razão do Poderde Polícia, restringir o horário de funcionamento de órgãos públicos, no período da pandemia do COVID- 19;CONSIDERANDO asrecomendações do CONANDA para a proteção integral a crianças e adolescentes durante a pandemia do covid-19,aprovadas em 26 de março de 2020;RESOLVE instaurar o presente Procedimento Administrativo, com fulcro no art. 8°, II da Resolução n° 174/2017 CNMP, tendo como objetoacompanhar e fiscalizar as medidas de proteção de crianças e adolescentes no contexto da Pandemia do COVID- 19, adotadas noMunicípio de Esperantina-PI, Morro do Chapéu e Joaquim Pires-PIDetermino,1. Registro e autuação do presente procedimento, em livro próprio e no SIM.2. Envio de cópia da presente Portaria para publicação e para o Centro de Apoio Operacional de Defesa da Infância e Juventude - CAODIJ;3. Envio desta portaria para publicação no DOE-MPPI;4. Autue-se a presente portaria com cópia da Nota Técnica n° 03/2020-CAODI e documento do CONANDA que trata sobre a utilização derecursos do FIA em ações de prevenção ao impacto social decorrente do Covid-19.(assinado digitalmente)Adriano Fontenele SantosPromotor de Justiça

RECOMENDAÇÃO ADMINISTRATIVA nº. 018/2020 - PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE DEMERVAL LOBÃO/PIO MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, por meio da Promotora de Justiça infra-assinada, Promotora de Justiça Titular da Promotoriade Justiça de Demerval Lobão/PI, no uso de suas atribuições legais e, com fulcro nas disposições contidas nos artigos 127 e 129, incisos I e III,da Constituição Federal de 1988; artigo 26, inciso I da Lei Federal de nº 8.625/93, art. 8º, § 1º da Lei nº 7.347/85 e artigo 37 da Lei Complementar

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Estadual nº 12/93, eCONSIDERANDO que incumbe ao Ministério Público à defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuaisindisponíveis (artigo 129 da CF e artigo 141 da Constituição do Estado do Piauí);CONSIDERANDO que a educação é direito público fundamental, nos termos do art. 6º da Constituição Federal de 1988;CONSIDERANDO que nos termos do art. 23, V, da Constituição Federal de 1988, é responsabilidade da União, Estado, Distrito Federal eMunicípio proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação e à ciência;CONSIDERANDO que, nos termos do art. 205 da Constituição Federal, a educação, direito de todos e dever do Estado e da família, serápromovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando o pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício dacidadania e sua qualificação para o trabalho;CONSIDERANDO que os incisos I, IV e VI do artigo 206 da Constituição Federal estabelecem, respectivamente, como princípios para aeducação: a igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; a gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais e agestão democrática do ensino público. Previsões reiteradas pela LDB e ECA;CONSIDERANDO que, em 30.01.2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que o surto da doença causada pelo Coronavírus(COVID-19) constitui Emergência de Saúde Pública de importância Internacional (ESPII);CONSIDERANDO que a ESPII é considerada, nos termos do Regulamento Sanitário Internacional (RSI), "um evento extraordinário que podeconstituir um risco de saúde pública para todos países devido a disseminação internacional de doenças; e potencialmente requer uma respostainternacional coordenada e imediata";CONSIDERANDO que o Ministério da Saúde, em 03.02.2020, através da Portaria GM/MS nº 188/2020, declarou "emergência em saúde públicade importância nacional", em decorrência da infecção humana pelo Coronavírus, considerando que a situação atual demanda o emprego urgentede medidas de prevenção, controle e contenção de riscos, danos e agravos à saúde pública;CONSIDERANDO que, em 11.03.2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou pandemia para o Coronavírus, ou seja, momento emque uma doença se espalha por diversos continentes com transmissão sustentada entre humanos;CONSIDERANDO que a classificação da situação mundial do novo Coronavírus como pandemia significa o risco potencial da doença infecciosaatingir a população mundial de forma simultânea, não se limitando a locais que já tenham sido identificadas como de transmissão interna;CONSIDERANDO a Nota Técnica nº 9/2020 - CGPROFI/DEPROS/SAP/MS, de 12/03/2020, expedida pelo Ministério da Saúde, que estabeleceuorientações de prevenção ao novo Coronavírus no âmbito do Programa Saúde na Escola, em razão dos ambientes escolares terem altacirculacao de pessoas e criancas, sendo estas integrantes do grupo vulnerável para desenvolvimento e disseminacao de doencas;CONSIDERANDO que as medidas a serem adotadas pelas redes de educação podem evitar o fluxo de contaminação para familiares, muitosdeles idosos, grupo mais vulnerável em razão da idade e comorbidades, conforme Posicionamento sobre o COVID-19, da Sociedade Brasileirade Geriatria e Gerontologia - SBGG, publicada em 15/03/2020;CONSIDERANDO que, em relação à questão pedagógica, o Conselho Nacional de Educação, através de Nota de Esclarecimento, traçouorientações aos sistemas e estabelecimentos de ensino de todos os níveis, etapas e modalidades, que tenham a necessidade de reorganizar asatividades acadêmicas ou de aprendizagem em face da suspensão das atividades escolares por conta da necessidade de ações preventivas àpropagação do Coronavírus;CONSIDERANDO o artigo 32, § 4º da LDB, que estabelece que o ensino fundamental será presencial, sendo o ensino a distância utilizado comocomplementação da aprendizagem ou em situações emergenciais;CONSIDERANDO que o Conselho Estadual de Educação expediu nota de esclarecimento sobre a reorganização do calendário escolar para asescolas que suspenderam as atividades em observância a recomendação disposta no Decreto Estadual Nº 18.884/2020;CONSIDERANDO a Resolução Nº 061/2020 do Conselho Estadual de Educação que dispõe sobre o regime especial de aulas não presenciaispara instituições integrantes do Sistema Estadual de Ensino do Piauí, em caráter de excepcionalidade e temporalidade, enquanto permaneceremas medidas de isolamento previstas na prevenção e combate ao novo Coronavirus - SARS - Cov2;CONSIDERANDO que o Decreto Estadual nº 19.913/2020, de 30.03.2020, prorrogou por 30 dias a suspensão estabelecida no arts. 1º, inc. I e 2ºdo Decreto Estadual nº 18.884, das aulas da rede pública estadual de ensino, além de recomendar a suspensão das aulas pelas redesmunicipais e privadas, bem como pelas instituições de ensino superior públicas ou privadas;CONSIDERANDO que o referido decreto não se aplica às atividades realizadas com o uso de plataforma eletrônica, que dispense atividadepresencial (§2º, art.1º);CONSIDERANDO o Ministério Público do Estado do Piauí (MPPI), por meio do Centro de Apoio Operacional de Defesa da Educação e Cidadania(CAODEC), através da Nota Técnica nº 04/2020/CAODEC/MPPI, renovou o entendimento firmado por meio da Nota Técnica Nº02/2020/CAODEC/MPPI, especialmente no que diz respeito a continuidade das atividades escolares por meio de plataforma eletrônica, quedispense atividade presencial (§2º, art.1º do Decreto nº 18.913/2020, de 30 de março de 2020);CONSIDERANDO ainda que o Ministério Público do Estado do Piauí (MPPI), por meio do Centro de Apoio Operacional de Defesa da Educação eCidadania (CAODEC), emitiu Nota Técnica Orientativa com sugestões e recomendações aos órgãos de execução ministeriais a fim de mitigaros impactos negativos gerados pela pandemia da Covid-19 na educação;RESOLVE, sem prejuízo de outras medidas cabíveis, RECOMENDAR à Secretaria Municipal de Educação de Demerval Lobão/PI, que:1. Durante o isolamento social e o fechamento de escolas:1.1. Que Informe as ações empreendidas pela rede pública de ensino visando garantir o acesso dos alunos aos conteúdos de aula medianteferramentas de ensino a distância;Que sejam adotadas as providências necessárias e suficientes para assegurar a que conteúdos pedagógicos sejam oferecidos ao maior númerode alunos, inclusive promovendo articulação com canais de TV e de rádio disponíveis;Que sejam desenvolvidas estratégias para que as aulas a distância possam alcançar alunos em contextos socioeconômicos mais vulneráveis,que não possuem acesso à internet ou a outros equipamentos que a viabilizem;Que informe sobre o planejamento e a elaboração de estratégias para garantir o cumprimento da carga mínima anual de 800 horas, a teor dosartigos 24, I, § 1°, 31, II, ambos da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) e 1º, caput, da Medida Provisória n° 934, de 1º de abrilde 2020, e dos objetivos de aprendizagem nos currículos;Que seja realizada a distribuição dos alimentos perecíveis já existentes nas escolas das redes, às famílias de alunos em contexto devulnerabilidade, mediante parceria com instituições de assistência social locais, considerados os termos da Lei federal no 13.987, de 7 de abril de2020;Que a Secretaria de Educação realize o controle efetivo da alimentação escolar a ser devidamente entregue, no qual deverá constar o dia, local ealuno contemplado, a fim de assegurar a regularidade do fornecimento, especialmente aos alunos mais vulneráveis;Que informe a adequação dos dispêndios financeiros no período em que as escolas estiverem fechadas, a exemplo dos contratos de transporteescolar e prestação de serviços, buscando evitar desperdícios e malversação de recursos públicos.2. Após a Retomada das Aulas PresenciaisQue promova, em colaboração com outros atores da educação, estratégias de busca ativa das crianças e jovens que podem não voltar à escoladepois que as atividades forem retomadas;Que realize, em conjunto com os Conselhos de Educação, o levantamento da qualidade e cobertura do atendimento a distância durante o períodode isolamento e as medidas para recuperar os conteúdos previstos, com especial atenção aos alunos de maior vulnerabilidade social, a fim deque não tenham seu direito à educação violado;Que seja elaborado planos de ação contendo as medidas de reorganização do calendário escolar, incluindo recuperação das aulas, com

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atividades no turno e contraturno, levando os referidos estudos ao conhecimento dos respectivos Conselhos de Educação;Que informe as despesas que serão necessárias para recomposição do calendário escolar, tais como: expansão da carga horária de trabalho deprofessores e outros profissionais da educação, contratações temporárias, gastos com transporte escolar, alimentação, materiais, entre outros;Que esclareça como será viabilizada a alimentação dos alunos, caso o período escolar seja estendido para cumprir com o previsto nos artigosdos artigos 24, I, § 1° e 31, II, da LDB e artigo 1°, caput, da Medida Provisória n° 934, de 2020;Que esclareça como funcionará a prestação do serviço de transporte escolar, no caso de serem suprimidos feriados e serem ministradas aulasaos sábados, para que o calendário reorganizado propicie o cumprimento das horas nos ensinos fundamental e médio determinadas nalegislação de regência;Informar o cumprimento da carga horária mínima anual de 800 horas, a teor dos artigos 24, I, § 1°, 31, II, ambos da Lei de Diretrizes e Bases daEducação Nacional (LDB) e 1º, caput, da Medida Provisória n° 934/20, e os objetivos de aprendizagem do currículo escolar.Que sejam encaminhadas à Promotoria de Justiça de Demerval Lobão/PI, no prazo máximo de 10 dias úteis, informações sobre asmedidas adotadas para o cumprimento do disposto nesta Recomendação, através do e-mail [email protected] já, adverte que a não observância desta Recomendação implicará na adoção das medidas judiciais cabíveis, caracterizando o dolo, má-féou ciência da irregularidade, por ação ou omissão, para viabilizar futuras responsabilizações em sede de ação civil pública por ato de improbidadeadministrativa quando tal elemento subjetivo for exigido.A partir da data da entrega da presente RECOMENDAÇÃO, o MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ considera sua destinatária comopessoalmente CIENTE da situação ora exposta, e portanto, demonstração da consciência da ilicitude do recomendado.Encaminhe-se a presente RECOMENDAÇÃO à Secretaria-Geral do Ministério Público do Estado do Piauí para a devida publicação no DiárioEletrônico do Ministério Público.Demerval Lobão, 24 de abril de 2020.(assinado digitalmente)Rita de Cássia de Carvalho Rocha Gomes de SouzaPromotora de JustiçaMinistério Público do Estado do PiauíPromotoria de Justiça de Demerval Lobão/PIPORTARIA Nº 017/2020 - Promotoria de Justiça de Demerval Lobão/PIOBJETO: Instaurar Procedimento Administrativo nº 014/2020 para acompanhar e fiscalizar a implementação do sistema especial deaulas não presenciais pela Secretaria Municipal de Educação de Demerval Lobão/PI, durante o período de suspensão das atividades letivascomo medida preventiva à COVID-19.O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, por meio da Promotora de Justiça infra-assinada, Promotora de Justiça Titular da Promotoriade Justiça de Demerval Lobão/PI, no uso de suas atribuições legais e, com fulcro nas disposições contidas nos artigos 127 e 129, incisos I e III,da Constituição Federal de 1988; artigo 26, inciso I da Lei Federal de nº 8.625/93, art. 8º, § 1º da Lei nº 7.347/85 e artigo 37 da Lei ComplementarEstadual nº 12/93, eCONSIDERANDO que incumbe ao Ministério Público à defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuaisindisponíveis (artigo 129 da CF e artigo 141 da Constituição do Estado do Piauí);CONSIDERANDO que a educação é direito público fundamental, nos termos do art. 6º da Constituição Federal de 1988;CONSIDERANDO que nos termos do art. 23, V, da Constituição Federal de 1988, é responsabilidade da União, Estado, Distrito Federal eMunicípio proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação e à ciência;CONSIDERANDO que, nos termos do art. 205 da Constituição Federal, a educação, direito de todos e dever do Estado e da família, serápromovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando o pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício dacidadania e sua qualificação para o trabalho;CONSIDERANDO que os incisos I, IV e VI do artigo 206 da Constituição Federal estabelecem, respectivamente, como princípios para aeducação: a igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; a gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais e agestão democrática do ensino público. Previsões reiteradas pela LDB e ECA;CONSIDERANDO que, em 30.01.2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que o surto da doença causada pelo Coronavírus(COVID-19) constitui Emergência de Saúde Pública de importância Internacional (ESPII);CONSIDERANDO que a ESPII é considerada, nos termos do Regulamento Sanitário Internacional (RSI), "um evento extraordinário que podeconstituir um risco de saúde pública para todos países devido a disseminação internacional de doenças; e potencialmente requer uma respostainternacional coordenada e imediata";CONSIDERANDO que o Ministério da Saúde, em 03.02.2020, através da Portaria GM/MS nº 188/2020, declarou "emergência em saúde públicade importância nacional", em decorrência da infecção humana pelo Coronavírus, considerando que a situação atual demanda o emprego urgentede medidas de prevenção, controle e contenção de riscos, danos e agravos à saúde pública;CONSIDERANDO que, em 11.03.2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou pandemia para o Coronavírus, ou seja, momento emque uma doença se espalha por diversos continentes com transmissão sustentada entre humanos;CONSIDERANDO que a classificação da situação mundial do novo Coronavírus como pandemia significa o risco potencial da doença infecciosaatingir a população mundial de forma simultânea, não se limitando a locais que já tenham sido identificadas como de transmissão interna;CONSIDERANDO a Nota Técnica nº 9/2020 - CGPROFI/DEPROS/SAP/MS, de 12/03/2020, expedida pelo Ministério da Saúde, que estabeleceuorientações de prevenção ao novo Coronavírus no âmbito do Programa Saúde na Escola, em razão dos ambientes escolares terem altacirculacao de pessoas e criancas, sendo estas integrantes do grupo vulnerável para desenvolvimento e disseminacao de doencas;CONSIDERANDO que as medidas a serem adotadas pelas redes de educação podem evitar o fluxo de contaminação para familiares, muitosdeles idosos, grupo mais vulnerável em razão da idade e comorbidades, conforme Posicionamento sobre o COVID-19, da Sociedade Brasileirade Geriatria e Gerontologia - SBGG, publicada em 15/03/2020;CONSIDERANDO que, em relação à questão pedagógica, o Conselho Nacional de Educação, através de Nota de Esclarecimento, traçouorientações aos sistemas e estabelecimentos de ensino de todos os níveis, etapas e modalidades, que tenham a necessidade de reorganizar asatividades acadêmicas ou de aprendizagem em face da suspensão das atividades escolares por conta da necessidade de ações preventivas àpropagação do Coronavírus;CONSIDERANDO o artigo 32, § 4º da LDB, que estabelece que o ensino fundamental será presencial, sendo o ensino a distância utilizado comocomplementação da aprendizagem ou em situações emergenciais;CONSIDERANDO que o Conselho Estadual de Educação expediu nota de esclarecimento sobre a reorganização do calendário escolar para asescolas que suspenderam as atividades em observância a recomendação disposta no Decreto Estadual Nº 18.884/2020;CONSIDERANDO a Resolução Nº 61/2020 do Conselho Estadual de Educação que dispõe sobre o regime especial de aulas não presenciaispara instituições integrantes do Sistema Estadual de Ensino do Piauí, em caráter de excepcionalidade e temporalidade, enquanto permaneceremas medidas de isolamento previstas na prevenção e combate ao novo Coronavirus - SARS - Cov2;CONSIDERANDO que o Decreto Estadual nº 19.913/2020, de 30.03.2020, prorrogou por 30 dias a suspensão estabelecida no arts. 1º, inc. I e 2ºdo Decreto Estadual nº 18.884, das aulas da rede pública estadual de ensino, além de recomendar a suspensão das aulas pelas redesmunicipais e privadas, bem como pelas instituições de ensino superior públicas ou privadas;CONSIDERANDO que o referido decreto não se aplica às atividades realizadas com o uso de plataforma eletrônica, que dispense atividadepresencial (§2º, art.1º);

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4.10. PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE CRISTINO CASTRO-PI11461

4.11. 3ª PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE CAMPO MAIOR-PI11463

CONSIDERANDO o Ministério Público do Estado do Piauí (MPPI), por meio do Centro de Apoio Operacional de Defesa da Educação e Cidadania(CAODEC), através da Nota Técnica nº 04/2020/CAODEC/MPPI, renovou o entendimento firmado por meio da Nota Técnica Nº02/2020/CAODEC/MPPI, especialmente no que diz respeito a continuidade das atividades escolares por meio de plataforma eletrônica, quedispense atividade presencial (§2º, art.1º do Decreto nº 18.913/2020, de 30 de março de 2020);CONSIDERANDO ainda que o Ministério Público do Estado do Piauí (MPPI), por meio do Centro de Apoio Operacional de Defesa da Educação eCidadania (CAODEC), emitiu Nota Técnica Orientativa com sugestões e recomendações aos órgãos de execução ministeriais a fim de mitigaros impactos negativos gerados pela pandemia da Covid-19 na educação;CONSIDERANDO que o art. 8º, II da Resolução 174/2017 do CNMP, dispõe que o procedimento administrativo é o instrumento próprio daatividade-fim destinado "acompanhar e fiscalizar, de forma continuada, políticas públicas ou instituicões" e que "será instaurado por portariasucinta, com delimitação de seu objeto, aplicando-se, no que couber, o princípio da publicidade dos atos, previsto para o inquérito civil (art.9º)".RESOLVE:INSTAURAR o Procedimento Administrativo nº 014/2020, com o objetivo de acompanhar e fiscalizar a implementação do sistema especialde aulas não presenciais pela Secretaria Municipal de Educação de Demerval Lobão/PI, durante o período de suspensão das atividadesletivas como medida preventiva à COVID-19, DETERMINANDO, desde já, as seguintes diligências:1) Nomeação da Técnica Ministerial Fernanda Maciel para secretariar este procedimento;2) Autue-se, rubrique-se e numere-se a presente portaria de instauração, realizando as devidas anotações no livro próprio e tabela deacompanhamento, afixando-a cópia da portaria em local de costume e arquivando-se cópia em pasta própria da Promotoria de Justiça;3) Seja remetida cópia desta portaria ao Centro de Apoio Operacional de Defesa da Educação e Cidadania (CAODEC) e ao Centro de Apoio deDefesa da Infância e Juventude (CAODIJ), para conhecimento, conforme determina o art. 6º, 1º da Resolução nº 01/2018;4) Comunique-se, preferencialmente por via eletrônica, ao Conselho Superior do Ministério Público do Estado do Piauí acerca da referidainstauração, com envio da presente Portaria;5) Encaminhe-se cópia da presente portaria em formato Word à Secretaria Geral, via e-mail, para fins de publicação da no Diário Oficial doMinistério Público.Determinar, de imediato, que se expeça Recomendação à Secretaria Municipal de Educação de Demerval Lobão/PI para que apresente, noprazo de 10 (dez) dias, informações sobre as medidas adotadas para mitigação dos impactos negativos gerados pela pandemia da Covid-19 nagarantia do direito à educação no município de Demerval Lobão/PI.CUMPRA-SE. Expedientes necessários.Demerval Lobão, 24 de abril de 2020.(assinado digitalmente)Rita de Cássia de Carvalho Rocha Gomes de SouzaPromotora de Justiça

INQUÉRITO CIVIL Nº 05/2020 - PORTARIA Nº 17/2020O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, por meio de seu representante legal, no uso de suas atribuições legais, em vista do dispostono art. 129 da Constituição Federal e art. 26 da Lei nº 8.625/93 - Lei Orgânica do Ministério Público;CONSIDERANDO que o Ministério Público é instituição à qual incumbe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interessessociais e individuais indisponíveis (art. 127, caput, CF/88);CONSIDERANDO que é função institucional do Ministério Público a promoção de Inquérito Civil e de Ação Civil Pública para proteção dopatrimônio público e social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos (art. 129, III, CF/88);CONSIDERANDO que Noticia de fato nº 73/2019, autuada sob o SIMP nº 000796-201/2019, está com prazo vencido (art. 3º da Resolução doCNMP nº 174/2017), sem possibilidade de nova prorrogação;CONSIDERANDO o disposto no artigo 7° da Resolução n° 174, de 4 de julho de 2017, do Conselho Nacional do Ministério Público;RESOLVE, com fundamento no art. 37, inciso I, da Lei Complementar nº 12, de 18 de dezembro de 1993, na Resolução nº 23, de 17 desetembro de 2007, e na Resolução nº 174, de 04 de julho de 2017, ambas do CNMP, CONVERTER a Notícia de Fato nº 73/2019 (SIMP 000796-201/2019) em INQUÉRITO CIVIL nº 05/2020, determinando as seguintes diligências:1) Registre-se no SIMP;2) Autuem-se as peças já existentes, renumerando-as;3) Comunique-se esta conversão ao Egrégio Conselho Superior do Ministério Público, para os fins previstos nos arts. 4º, VI, e 7º, § 2º, I e II, daResolução nº 23/2007 do Conselho Nacional do Ministério Público;4) Publique-se no DOEMPPI;5) Conclua-se as visitas às piscinas ainda não vistoriadas, realizando os questionamentos acerca da periodicidade da limpeza do reservatório deágua e se há ou não a utilização de produtos químicos no tratamento da água dos reservatórios, certificando as informações colhidas;6) Nomeio para secretariar os trabalhos do presente feito os servidores lotados nesta Promotoria de Justiça;7) Após, com a conclusão da diligência determinada, façam a conclusão para posteriores deliberações.Cristino Castro-PI, 28 de abril de 2020.Roberto Monteiro CarvalhoPromotor de Justiça Titular da PJ de Cristino Castro, respondendo cumulativamente pela PJ de Capitão de Campos

IPC 14/2020SIMP 000170-063/2019PORTARIA N° 014/2020IC - INQUÉRITO CIVILO Dr. MAURÍCIO GOMES DE SOUZA, Ex.mo Sr. Promotor de Justiça Titular da 3ª Promotoria de Justiça no município de Campo Maior/PI,arrimado no art. 127, caput, e 129, da CRFB, no uso de suas atribuições legais e, etc.,CONSIDERANDO:que o art. 127 e 129, da Constituição Federal impõe como poder-dever do Ministério Público a defesa da ordem jurídica, do regime democrático edos interesses sociais e individuais indisponíveis, bem como a proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente e de outros interessesdifusos e coletivos;que chegou ao conhecimento deste agente ministerial notícia oriunda do MPF, por sua Procuradoria Regional no Piauí, a qual informou possívelabandono de prédios públicos no Município de Nossa Senhora de Nazaré/PI, consistente em 04 (quatro) escolas municipais, decorrente dediversas irregularidades constatadas por meio de vistorias realizadas pelo Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Piauí em abril de 2019;que mesmo após reiteradas solicitações de informações ao Prefeito Municipal de Nossa Senhora de Nazaré, este não apresentou qualquermanifestação;que solicitada nova inspeção ao Corpo de Bombeiros do Estado do Piauí, até a presente data não foi encaminhado relatório conclusivo;que a conduta noticiada de ausência de conservação do patrimônio público municipal por parte de seu gestor pode ensejar eventual

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5. LICITAÇÕES E CONTRATOS []

5.1. RESULTADO DO JULGAMENTO E CLASSIFICAÇÃO DE LICITAÇÃO - PREGÃO ELETRÔNICO Nº 03/202011448

5.2. HOMOLOGAÇÃO - PREGÃO ELETRÔNICO Nº 03/202011449

responsabilização em sede de ação de improbidade administrativa, nos termos do art. 10, X, da Lei nº 8.429/92;que referida notícia é grave e merece maior averiguação antes de providências civis e administrativas cabíveis.RESOLVE:Instaurar INQUÉRITO CIVIL, tendo em mira a colheita de elementos deveracidade e comprovação dos fatos tratados na notícia em lume, os quais, uma vez alicerçados em provas documentais poderão servir parajusta causa de ação civil pública, pelo que, determina-se, desde logo, o seguinte:registre-se e autue-se a presente Portaria e documentos que a acompanham, com alimentação do sistema próprio do MPPI e remessa aoCACOP, em atenção ao disposto no art. 4º, VI, da Res. CNMP n.º 23/07;Certifique-se a SU sobre a existência de procedimento cujo objeto seja "Discutir calendário de reforma escolar em unidades com estrutura físicadeficitária no Município de Nossa senhora de Nazaré/PI", bem como quanto a eventuais acordos celebrados pelo município;Solicite-se à Secretaria Municipal de Educação de Nossa Senhora de Nazaré relação de todas as unidades escolares com o respectivo endereço,bem como informações sobre eventuais providências adotadas para correção de todas as irregularidades apontadas na inspeção realizada peloCorpo de Bombeiros Militar do Estado do Piauí em abril de 2019, com envio de cópia do relatório;Após, solicite-se ao Corpo de Bombeiros do Estado do Piauí, bem como ao setor de perícias da PGJ/PI, inspeção nas unidades escolaresinformadas pela Secretaria de Educação, com elaboração de relatório individualizado quanto à eventual situação de abandono dos prédiospúblicos municipais;REQUISITE-SE pessoalmente ao Prefeito Municipal de Nossa Senhora de Nazaré/PI informações quanto aos fatos noticiados, bem como asprovidências adotadas para correção de todas as irregularidades apontadas na inspeção realizada pelo Corpo de Bombeiros Militar do Estado doPiauí;Notifique-se a pessoa de LUIZ CARDOSO DE OLIVEIRA NETO para, querendo, manifestarem-se sobre os fatos noticiados na presente portaria,bem como manifestar-se sobre interesse em discutir e lavrar eventual acordo de não persecução cível, nos termos do art. 17, §1º, da Lei nº8.429/92;nomeia-se para fins de secretariamento do presente IPC, LAIZA DOS SANTOS CARVALHO, técnica ministerial;Diligências no prazo de Lei, a contar da juntada nos autos de respectivos ARs e certificação.Cumpra-se, em até 60 (sessenta) dias, voltando-me conclusos os autos, findo o prazo de lei, com ou sem resposta.Campo Maior/PI, 27/04/2020.(assinado digitalmente)MAURICIO GOMES DE SOUZAPromotor de Justiça

PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇACOORDENADORIA DE LICITAÇÕES E CONTRATOS_______________________________________________________________________________________________RESULTADO DO JULGAMENTO E CLASSIFICAÇÃO DE LICITAÇÃOPREGÃO ELETRÔNICO Nº 03/2020A Pregoeira do MP-PI, Érica Patríca Martins Abreu, devidamente designada por meio da Portaria PGJ nº 2407/2019, pela Exma. Sra.Procuradora-Geral de Justiça do Estado do Piauí, torna público para conhecimento dos interessados, o resultado final do julgamento eclassificação da Licitação, na Modalidade Pregão Eletrônico, tendo a sessão eletrônica sido realizada no dia 27.03.2020.Objeto: Contratação de pessoa jurídica especializada para a elaboração de Projeto Básico e Executivo para a implantação do sistema detransporte vertical para edifícios (elevador), antecâmara da escada (solictada na aprovação do Corpo de Bombeiros), e implantação do sistemade combate a incêndio (de projeto já aprovado pelo Corpo de Bombeiros), conforme as especificações contidas no Termo de Referência (anexo Ido edital).TABELAS

VALOR GLOBAL PREVISTO VALOR GLOBAL ADJUDICADO VALOR ECONOMIZADO

R$ 73.000,00 R$ 47.000,00 R$ 26.000,00

LOTE ÚNICO

EMPRESA VENCEDORA: MORAN PROJETOS E MONTAGENS ELÉTRICAS EIRELICNPJ: 00.906.796/0001-46ENDEREÇO: AV. PINTASSILGO, Nº 334, PQ. DAS LARANJEIRAS - CEP: 87.083-085 - MARINGÁ - PRREPRESENTANTE: ALEXANDRE MORAN, CPF. 017.149.639-69FONE: (44) 3034-4456E-MAIL: [email protected]

I t em

EspecificaçãoQtd.

Unid.

V a l o rUnitário

V a l o rTotal

1

Contratação de pessoa jurídica especializada para a elaboração de Projeto Básico e Executivopara a implantação do sistema de transporte vertical para edifícios (elevador), antecâmara daescada (solicitada na aprovação do Corpo de Bombeiros), e implantação do sistema de Combatea Incêndio (de projeto já aprovado pelo Corpo de Bombeiros).Elaboração de Projeto Básico e Executivo para o novo elevador.

1 Serv.R $47.000,00

R $47.000,00

Valor TotalR $47.000,00

PROCURADORIA-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PIAUÍ, TERESINA, 24 DE ABRIL DE 2020.Érica Patrícia Martins AbreuPregoeira do MP/PI

PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA

Diário Eletrônico do MPPIANO IV - Nº 623 Disponibilização: Terça-feira, 28 de Abril de 2020 Publicação: Quarta-feira, 29 de Abril de 2020

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6. OUTROS []

6.1. GRUPO REGIONAL DE PROMOTORIAS INTEGRADAS NO ACOMPANHAMENTO DO COVID-19 DE

TERESINA – EIXO TEMÁTICO SEGURANÇA PÚBLICA E SISTEMA PRISIONAL11465

GABINETE DA PROCURADORA-GERAL DE JUSTIÇAHOMOLOGAÇÃOConhecido o resultado do julgamento e classificação do procedimento licitatório Pregão Eletrônico nº 03/2020, que tem como objeto acontratação de pessoa jurídica especializada para a elaboração de Projeto Básico e Executivo para a implantação do sistema de transportevertical para edifícios (elevador), antecâmara da escada (solictada na aprovação do Corpo de Bombeiros), e implantação do sistema de combatea incêndio (de projeto já aprovado pelo Corpo de Bombeiros), conforme as especificações contidas no Termo de Referência (anexo I do edital),atendendo a sua tramitação e Legislação pertinente, HOMOLOGO a presente Licitação.TABELAS

VALOR GLOBAL PREVISTO VALOR GLOBAL ADJUDICADO VALOR ECONOMIZADO

R$ 73.000,00 R$ 47.000,00 R$ 26.000,00

LOTE ÚNICO

EMPRESA VENCEDORA: MORAN PROJETOS E MONTAGENS ELÉTRICAS EIRELICNPJ: 00.906.796/0001-46ENDEREÇO: AV. PINTASSILGO, Nº 334, PQ. DAS LARANJEIRAS - CEP: 87.083-085 - MARINGÁ - PRREPRESENTANTE: ALEXANDRE MORAN, CPF. 017.149.639-69FONE: (44) 3034-4456E-MAIL: [email protected]

I t em

EspecificaçãoQtd.

Unid.

V a l o rUnitário

V a l o rTotal

1

Contratação de pessoa jurídica especializada para a elaboração de Projeto Básico e Executivopara a implantação do sistema de transporte vertical para edifícios (elevador), antecâmara daescada (solicitada na aprovação do Corpo de Bombeiros), e implantação do sistema de Combatea Incêndio (de projeto já aprovado pelo Corpo de Bombeiros).Elaboração de Projeto Básico e Executivo para o novo elevador.

1 Serv.R $47.000,00

R $47.000,00

Valor TotalR $47.000,00

PROCURADORIA-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PIAUÍ, TERESINA, 27 DE ABRIL DE 2020.Dra. Carmelina Maria Mendes de MouraProcuradora-Geral de Justiça

Procedimento Administrativo - PA nº 005/2020PORTARIA nº 005/2020Procedimento Administrativo. Atuação do Grupo Regional de Teresina no Acompanhamento da COVID-19. Eixo Temático. Segurança Pública eSistema Prisional. Execução dos recursos financeiros oriundos do FUNPEN/DEPEN e dos recursos próprios da Secretaria de Justiça doEstado do Piauí - SEJUS, destinados ao custeio e investimento de ações de enfrentamento à pandemia da COVID-19, por meio da aquisição debens, serviços e insumos. Necessidade de acompanhamento e fiscalização.O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, por intermédio do Grupo Regional de Promotorias Integradas, com atuaçãoregionalizada e especializada na região de Teresina - PI, na área da Segurança Pública e Sistema Prisional, órgão de execução instituídopela Resolução CPJ nº 02/2020, publicada no Diário Oficial Eletrônico em 08 de abril de 2020, no exercício de suas atribuições funcionais,especialmente com espeque nos arts. 127, caput[1], e 129, II e III[2], da Constituição Federal,Considerando que, em 11 de março de 2020, a Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou pandemia para o coronavírus (COVID-19), dadaa propagação do vírus por todo o mundo;Considerando o alto poder de contágio do coronavírus, o que motivou as orientações da OMS e do Ministério da Saúde no sentido de oisolamento social ser a medida mais eficaz para a não contaminação;Considerando a lei nº 13.979/2020, de 06 de fevereiro de 2020, que dispõe sobre as medidas para enfrentamento da emergência de saúdepública de importância internacional decorrente do coronavírus responsável pelo surto de 2019;Considerando a Medida Provisória nº 926, de 20 de março de 2020, que altera a Lei nº 13.979/2020, para dispor sobre procedimentos paraaquisição de bens, serviços e insumos destinados ao enfrentamento da emergência de saúde pública de importância internacional decorrente docoronavírus;Considerando a Portaria Interministerial nº 7, de 18 de março de 2020, dos Ministros de Estado da Justiça e Segurança Pública e da Saúde, quedispõe sobre as medidas de enfrentamento da emergência de saúde pública previstas na Lei nº 13.979/020, no âmbito do Sistema Prisional;Considerando o Decreto Legislativo nº 6, de 20 de março de 2020, e o decreto estadual nº 18.895, de 19 de março de 2020, que decretaram oestado de calamidade pública, para os fins exclusivos do art. 65, da Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000, em razão da grave crise desaúde pública decorrente da pandemia da Covid-19, e suas repercussões nas finanças públicas, no Estado do Piauí;Considerando que o Departamento Penitenciário Nacional - DEPEN, por meio do OFÍCIO-CIRCULAR Nº 21/2020/GAB-DEPEN/DEPEN/MJ,datado de 20 de abril de 2020, cientificou os Procuradores Gerais de Justiça sobre as ações que o órgão vem desempenhandofrente às múltiplasquestões que envolvem o encarceramento no Brasil, fundamentalmente nos últimos tempos, com a crise causada pela Pandemia porCoronavírus;Considerando que, em 25 de março de 2020 foi editada a portaria nº 143[3], do Ministro de Estado da Justiça e Segurança Pública, que autorizaos Estados e o Distrito Federal a utilizarem R$ 107 milhões[4] dosrecursos encaminhados via Fundo a Fundo no ano de 2019 para custeio einvestimento de ações de enfrentamento à pandemia;Considerando que o DEPEN requisitou reforço orçamentário no valor deR$ 49.984.649,00(quarenta e nove milhões, novecentos e oitenta equatro mil seiscentos e quarenta e nove reais), dentre esses,o correspondente aR$ 784.649,00(setecentos e oitenta e quatro mil seiscentos equarenta e nove reais) seria utilizado noSistema Penitenciário Federal e que esse reforço foi atendido por meio da medida Provisória nº 942, de02 de abril de 2020[5].Considerando que o DEPEN teria solicitado, ainda, em 16 de abril do corrente ano,suplementação orçamentária de maisR$ 185 milhõespara

Diário Eletrônico do MPPIANO IV - Nº 623 Disponibilização: Terça-feira, 28 de Abril de 2020 Publicação: Quarta-feira, 29 de Abril de 2020

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6.2. GRUPO REGIONAL DE DEFESA DA PROBIDADE ADMINISTRATIVA - TERESINA11466

novos investimentos relacionados ao combate à pandemia,além de aporte extraordinário de recursos do tesouro no FUNPEN para aumentar osrepasses na modalidade Fundo a Fundo em 2020;Considerando a Lei Complementar nº 79, de 07 de janeiro de 1994, alterada pela Lei nº 13.500, de 26 de outubro de 2017, que criou o FUNPENe d e t e r m i n o u q u e e l e s e r i a g e r i d o p e l o D E P E N , c o m a f i n a l i d a d e d e p r o p o r c i o n a r r e c u r s o s e m e i o s p a r a f i n a n c i a r eapoiarasatividadeseosprogramasdemodernização e aprimoramento do sistema penitenciário nacional, com a previsão de repasses aos Estados,Distrito Federal e Municípios;Considerando que, de acordo com as informações do INFOPEN[6], Sistema de Informações Estatísticas do Sistema Penitenciário Brasileiro,queconta com um levantamento nacional de informações penitenciárias, com a última atualização emdezembro de 2019, no Piauí há 4.433presos nas unidades prisionais, sendo 1.983 provisórios, 1.793 em regime fechado, 656 em regime semiaberto e 1 em medida de segurança;Considerando, portanto, a existência de recursos disponíveis advindos do FUNPEN/DEPEN para o Estado do Piauí, bem como de recursospróprios do Estado que devem ser destinados à aquisição de equipamentos, insumos e serviços para o combate à pandemia da COVID-19;Considerando a legitimidade do Ministério Público dos Estados para promover a ação judicial competente, inclusive de obrigação de fazer e denão fazer, na forma do que preceitua a legislação processual civil e, em especial, a lei nº 7.347/85, em defesa dos interesses difusos e coletivos,visando resguardar o patrimônio público e social;Considerando a Resolução CNMP nº 174/2017, que disciplina o procedimento administrativo com o objetivo de acompanhar e fiscalizarcontinuadamente políticas públicas e instituições;RESOLVE instaurar o Procedimento Administrativo nº 005/2020, com o objetivo de acompanhar e fiscalizar a execução dos recursosfinanceiros oriundos do FUNPEN/DEPEN e dos recursos próprios da Secretaria de Justiça do Estado do Piauí - SEJUS, destinados ao custeio einvestimento de ações de enfrentamento à pandemia da COVID-19, por meio da aquisição de bens, serviços e insumos, determinando:1 - A juntada dos seguintes documentos remetidos pelo Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Justiça Criminais - CAOCRIM:OFÍCIO-CIRCULAR Nº 21/2020/GAB-DEPEN/DEPEN/MJ, por meio do qual o DEPEN informou aos Procuradores Gerais de Justiça sobre asações que o órgão vem desempenhandofrente às múltiplas questões que envolvem o encarceramento no Brasil, fundamentalmente nos últimostempos, com a crise causada pela Pandemia por Coronavírus;Ata de Registro de Preços nº 001/2019/CPL/SEJUS/PI, que tem por objeto o registro de preços para a eventual aquisição de Material deHigiene e Limpeza, homologada em 04 de setembro de 2019 e válida por 12 (doze) meses contados da publicação;Extrato de contrato nº 24/2019/CPL/SEJUS, publicado no Diário Oficial do Estado do Piauí em 1º de novembro de 2019, página 29, no valor deR$ 3.599.431,50 (Três milhões e quinhentos e noventa e nove mil, quatrocentos e trinta e um reais e cinquenta centavos), para aaquisição de Material de Higiene e Limpeza da contratada A.C.C. DOS SANTOS JUNIOR, CNPJ nº 22.265.213/0001-88, fonte de recurso 120;2 - Oficiar ao Secretário de Estado da Justiça para que informe, no prazo de 05 (cinco) dias:Qual o valor destinado "Fundo a Fundo" do FUNPEN/DEPEN para o Fundo Penitenciário Estadual e como está sendo utilizado para custeio einvestimento de ações de enfrentamento à pandemia da COVID-19, por meio da aquisição de bens, serviços e insumos.Qual o valor de que dispõe a Secretaria de Justiça do Estado do Piauí e como está sendo utilizado para custeio e investimento de ações deenfrentamento à pandemia da COVID-19, por meio da aquisição de bens, serviços e insumos.Qual o plano de ação e o cronograma elaborado pela SEJUS para executar esses recursos originários do FUNPEN/DEPEN e os próprios, com aespecificação dos bens, serviços e insumos que estão sendo e serão adquiridos, bem como a distribuição para as unidades prisionais.Qual(is) o(s) contrato(s) vigente(s) para a aquisição de material de limpeza e de higiene e se o objeto do contrato está sendo suficiente paraatender à demanda do número de reeducandos e das unidades prisionais, bem como as providências que estão sendo adotadas, em caso deinsuficiência.Se está vigente o contrato nº 24/2019/CPL/SEJUS, publicado no Diário Oficial do Estado do Piauí em 1º de novembro de 2019, página 29, novalor de R$ 3.599.431,50 (Três milhões e quinhentos e noventa e nove mil, quatrocentos e trinta e um reais e cinquenta centavos), para aaquisição de Material de Higiene e Limpeza da contratada A.C.C. DOS SANTOS JUNIOR, CNPJ nº 22.265.213/0001-88, se o objeto dessecontrato contempla todas as unidades prisionais do Estado e qual a periodicidade da aquisição e da distribuição dos produtos.Se está sendo garantido o fornecimento aos reeducandos de material de higiene pessoal, a exemplo de escovas de dentes, pastas, sabonetes,desodorantes, absorventes etc., material comumente fornecido pelas famílias, que estão impedidas de visita-los para prevenir possível contágiopela COVID-19.3 - Informe-se ao CAOCRIM, com cópia desta Portaria, para conhecimento e para que envide os esforços necessários para que o ofício acimareferido seja encaminhado via Gabinete de Acompanhamento e Prevenção do contágio pelo Coronavírus (COVID-19).4 - Publique-se no D.O.E. eDiário do MPPI.5 - Registre-se no SIMP.

Gianny Vieira de CarvalhoCoordenadora - Promotora de JustiçaMembro do Grupo

Sávio Eduardo Nunes de CarvalhoPromotor de JustiçaMembro do Grupo

Luzijones Felipe de Carvalho FaçanhaPromotora de JustiçaMembro do Grupo

Elói Pereira de Sousa JúniorPromotor de JustiçaMembro do Grupo

Nielsen Silva Mendes LimaPromotor de JustiçaMembro do Grupo

Maria do Amparo de SousaPromotora de JustiçaMembro do Grupo

Renata Márcia Rodrigues SilvaPromotora de JustiçaMembro do Grupo

Liana Maria Melo LagesPromotora de Justiça56ª Promotoria de Justiça

[1]Art. 127. O Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica,do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis.[2]Art. 129. São funções institucionais do Ministério Público:II - zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de relevância pública aos direitos assegurados nesta Constituição,promovendo as medidas necessárias a sua garantia;III - promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente e de outros interessesdifusos e coletivos;[3]http://depen.gov.br/DEPEN/portaria143excepcionaFaF2019COVID.pdf[4](http://depen.gov.br/DEPEN/coronavirus-no-brasil)[5](http://depen.gov.br/DEPEN/MEDIDAPROVISRIAN938DE2DEABRILDE2020Crditoextraordinriode49milhesparaoDEPEN.pdf)[6](http://depen.gov.br/DEPEN/depen/sisdepen/infopen/infopen)

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PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA DO PIAUÍGrupo Regional de Defesa da Probidade Administrativo - TeresinaPORTARIA Nº 004/2020INSTAURA O PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO Nº 004/2020 SIMP nº 000015-424/2020O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE PIAUÍ, por seu Representante Ministerial, integrante do Grupo Regional de Defesa da ProbidadeAdministrativa - Teresina, no uso das atribuições que lhes são conferidas pelos arts. 127, 129, III, da Constituição Federal, art. 26, I da Lei n°8.625/93 e art. 37, incisos I, V e VI, da Lei Complementar Estadual n° 12/93, eCONSIDERANDO que a Resolução CNMP nº 174, de 04 de julho de 2017, autorizou a instauração de PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO,para acompanhar e fiscalizar, de forma continuada, políticas públicas ou instituições;CONSIDERANDO que o Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa daordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis, nos termos do art. 127, caput, da Constituição daRepública;CONSIDERANDO que, em 30.01.2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que o surto da doença causada pelo Coronavírus(COVID-19) constitui Emergência de Saúde Pública de importância Internacional (ESPII);CONSIDERANDO que a ESPII é considerada, nos termos do Regulamento Sanitário Internacional (RSI), "um evento extraordinário que podeconstituir um risco de saúde pública para outros países devido à disseminação internacional de doenças; e potencialmente requer uma respostainternacional coordenada e imediata";CONSIDERANDO que o Ministério da Saúde, em 30/01/2020, através da Portaria GM/MS nº 188/2020, declarou "emergência em saúde públicade importância nacional", em decorrência dainfecção humana pelo Coronavírus, considerando que a situação atual demanda o emprego urgente de medidas de prevenção, controle econtenção de riscos, danos e agravos à saúde pública;CONSIDERANDO que o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), por meio da Comissão da Saúde, emitiu a Nota Técnica Conjunta nº01/2020 - CES/CNMP/1ª CCR, contendo subsídios para a atuação coordenada do Ministério Público voltada ao enfrentamento do COVID- 19;CONSIDERANDO ser o Ministério Público órgão agente da fiscalização da gestão pública de saúde, assim definido na Seção IV, Capítulo IV, daLei Complementar Federal nº 141, de 13 de janeiro de 2012;CONSIDERANDO que para a contratação de bens, obras ou serviços pela Administração Pública vige o princípio da obrigatoriedade doprocedimento licitatório, conforme exigência da Constituição Federal (art. 37, XI) e Lei 8.666/93, como medida de legalidade, impessoalidade,isonomia, eficiência e moralidade;CONSIDERANDO que, nos termos do artigo 4º da Lei nº 13.979/2020, "é dispensável a licitação para aquisição de bens, serviços, inclusivede engenharia, e insumos destinados ao enfrentamento da emergência de saúde pública de importância internacional decorrente docoronavírus" sendo consideradas presumidas: a) a ocorrência de situação de emergência; b) a necessidade de pronto atendimento dasituação de emergência; c) a existência de risco a segurança de pessoas, obras, prestação de serviços, equipamentos e outros bens,públicos ou particulares; e d) a limitação da contratação à parcela necessária ao atendimento da situação de emergência";CONSIDERANDO, no entanto, que a mencionada lei, com as alterações feitas pela Medida Provisória nº 926, de 20 de março de 2020, nostermos do artigo 4º-E, impõe alguns requisitos a serem observados, ainda de que de modo simplificado, quais sejam:"O termo de referência simplificado ou o projeto básico simplificado a que se refere ocaput conterá:- declaração do objeto;- fundamentação simplificada da contratação;- descrição resumida da solução apresentada; IV - requisitos da contratação;- critérios de medição e pagamento;- estimativas dos preços obtidos por meio de, no mínimo, um dos seguintes parâmetros:Portal de Compras do Governo Federal;pesquisa publicada em mídia especializada;sítios eletrônicos especializados ou de domínio amplocontratações similares de outros entes públicos; oupesquisa realizada com os potenciais fornecedores; e VII - adequação orçamentária.§ 2º Excepcionalmente, mediante justificativa da autoridade competente, será dispensada a estimativa de preços de que trata o inciso VI docaput.§ 3º Os preços obtidos a partir da estimativa de que trata o inciso VI do caput não impedem a contratação pelo Poder Público por valoressuperiores decorrentes de oscilações ocasionadas pela variação de preços, hipótese em que deverá haver justificativa nos autos".CONSIDERANDO que, nos termos dos §2º e 3º do art. 4º-E da Medida Provisória nº 926/2020, somente excepcionalmente, mediantejustificativa da autoridade competente, será dispensada a estimativa de preços de que trata o inciso VI do caput do aludido dispositivoe que os preços obtidos a partir da estimativa de que trata o inciso VI do caput não impedem a contratação pelo Poder Público por valoressuperiores decorrentes de oscilações ocasionadas pela variação de preços, hipótese em que deverá haver justificativa nos autos;CONSIDERANDO o teor do Diário Oficial do Estado datado de 13 de abril de 2020, no qual se observa a publicação do EXTRATO DOCONTRATO firmado mediante DISPENSA DE LICITAÇÃO DISPENSA EMERGENCIAL Nº 001/2020 PARA O COMBATE AO NOVOCORONAVÍRUS, com prazo de vigência de 120 (cento e vinte) dias, tendo por objeto aAQUISIÇÃO DE MATERIAL DE HIGIENE PESSOAL PARA A POPULAÇÃO DE BAIXARENDA PARA PREVENÇÃO COVID-19, figurando como contratante a AGÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO HABITACIONAL DO ESTADO DOPIAUÍ e como contratada aempresa "MAIS SAUDE EIRELI" (CNPJ: 10.436.813/0001-82), tendo por valor total o montanteequivalente a R$ 1.056.000,00 (Um milhão e cinquenta e seis mil reais);CONSIDERANDO que tal contratação se dera no âmbito do PROCESSO Nº AA.118.1.000505/20 - 62, ressaltando-se que a AQUISIÇÃO DEMATERIAL DE HIGIENE PESSOAL PARA POPULAÇÃO DE BAIXA RENDA PARA PREVENÇÃO COVID-19 tevecomo fundamentação legal a dispensa de licitação emergencial com fulcro no Art. 4º da Lei nº 13.979 de 06 de fevereiro de 2020 e demaisnormas pertinentes;CONSIDERANDO a RESOLUÇÃO CPJ/PI nº 02, de 07 de abril de 2020, cujo teor dispõe sobre a criação de Grupos Regionais de PromotoriasIntegradas no Acompanhamento do COVID- 19, no âmbito do Ministério Público do Estado do Piauí.RESOLVE:Com fundamento no art. 8º da Resolução nº 174 do CNMP, de 04 de julho de 2017, INSTAURAR o PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO Nº004/2020, com a finalidade de acompanhar a DISPENSA DE LICITAÇÃO DISPENSA EMERGENCIAL Nº 001/2020 PARA O COMBATE AONOVO CORONAVÍRUS (PROCESSO Nº AA.118.1.000505/20 - 62),procedimento este que ensejara a contratação, pela Agência de Desenvolvimento Habitacional do Estado do Piauí, da empresa "Mais SaúdeEireli" (CNPJ 10.436.813/0001-82), tendo o dito contrato, por objeto, a AQUISIÇÃO DE MATERIAL DE HIGIENE PESSOAL PARAPOPULAÇÃO DE BAIXA RENDA PARA PREVENÇÃO COVID-19, perfazendo um valortotal equivalente a R$ 1.056.000,00 (um milhão e cinquenta e seis mil reais), e suas repercussões jurídicas, determinando, para tanto:Autue-se a presente Portaria com os documentos que originaram sua instauração e registre-se em livro próprio, conforme determina o art. 8º, da

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Resolução nº 001/2008, do Colégio de Procuradores de Justiça do Estado do Piauí;Encaminhe-se arquivo da presente portaria, ao setor competente da Procuradoria- Geral de Justiça, para fins de publicação no Diário Eletrônicodo Ministério Público do Estado do Piauí, em cumprimento ao disposto no art. 2º, § 4º, inciso VI, da Resolução nº 01/2008, do Colégio deProcuradores de Justiça do Estado do Piauí;Remeta-se cópia desta portaria ao Centro de Apoio Operacional de Defesa do Patrimônio Público, para conhecimento, conforme determina o art.6º, § 1º, da Resolução nº 01/2008, do Colégio de Procuradores de Justiça do Estado do Piauí;Nomeie-se o servidor Kevin Keslley Rodrigues da Costa, matrícula nº 15699, na condição de Diretor de Secretaria do Grupo Regional de PJIntegradas de Teresina, para secretariar os trabalhos;Oficie-se a Ilma. Sra. Diretora Geral da Agência de Desenvolvimento Habitacional, a Sra. Gilvana Nobre Rodrigues Gayoso Freitas, requisitandoque forneça a este Grupo Regional de Defesa da Probidade Administrativa - Teresina, no prazo de 10 (dez) dias, cópia do processoadministrativo que deu origem à Dispensa de Licitação em comento, devendo a documentação ser remetida para o [email protected]ós o cumprimento das determinações, retornem os autos para fins de análise. Caso não haja resposta no prazo supra, determino, desde já, areiteração de ofício à autoridade responsável pelas informações, concedendo-lhe o mesmo prazo desta deliberação inicial.REGISTRE-SE e CUMPRA-SE.Expedientes necessários.Teresina, 28 de abril de 2020.Rita de Cássia de Carvalho Rocha Gomes de SouzaPromotora de Justiça integrante do Grupo Regional de Defesa da Probidade Administrativa - Teresina

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