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República Federativa do Brasil Estado do Piauí Ministério Público do Estado do Piauí Diário Oficial Eletrônico ANO IV - Nº 658 Disponibilização: Sexta-feira, 19 de Junho de 2020 Publicação: Segunda-feira, 22 de Junho de 2020 PROCURADORIA-GERAL DE JUSTIÇA CARMELINA MARIA MENDES DE MOURA Procuradora-Geral de Justiça MARTHA CELINA DE OLIVEIRA NUNES Subprocuradora de Justiça Institucional LEONARDO FONSECA RODRIGUES Subprocurador de Justiça Administrativo CLEANDRO ALVES DE MOURA Subprocurador de Justiça Jurídico CLÉIA CRISTINA PEREIRA JANUÁRIO FERNANDES Chefe de Gabinete RAQUEL DO SOCORRO MACEDO GALVÃO Secretária-Geral / Secretária do CSMP Assessor Especial de Planejamento e Gestão _____________________________ CORREGEDORIA-GERAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO LUÍS FRANCISCO RIBEIRO Corregedor-Geral LENIR GOMES DOS SANTOS GALVÃO Corregedora-Geral Substituta JOÃO PAULO SANTIAGO SALES Promotor-Corregedor Auxiliar RODRIGO ROPPI DE OLIVEIRA Promotor-Corregedor Auxiliar ANA ISABEL DE ALENCAR MOTA DIAS Promotor-Corregedor Auxiliar COLÉGIO DE PROCURADORES ANTÔNIO DE PÁDUA FERREIRA LINHARES ANTÔNIO GONÇALVES VIEIRA TERESINHA DE JESUS MARQUES ALÍPIO DE SANTANA RIBEIRO IVANEIDE ASSUNÇÃO TAVARES RODRIGUES ANTÔNIO IVAN E SILVA MARTHA CELINA DE OLIVEIRA NUNES ROSANGELA DE FATIMA LOUREIRO MENDES CATARINA GADELHA MALTA MOURA RUFINO LENIR GOMES DOS SANTOS GALVÃO HOSAIAS MATOS DE OLIVEIRA FERNANDO MELO FERRO GOMES JOSÉ RIBAMAR DA COSTA ASSUNÇÃO TERESINHA DE JESUS MOURA BORGES CAMPOS RAQUEL DE NAZARÉ PINTO COSTA NORMANDO ARISTIDES SILVA PINHEIRO LUÍS FRANCISCO RIBEIRO ZÉLIA SARAIVA LIMA CLOTILDES COSTA CARVALHO HUGO DE SOUSA CARDOSO _____________________________ CONSELHO SUPERIOR DO MINISTÉRIO PÚBLICO CARMELINA MARIA MENDES DE MOURA Presidente LUÍS FRANCISCO RIBEIRO Corregedor-Geral IVANEIDE ASSUNÇÃO TAVARES RODRIGUES Conselheira MARTHA CELINA DE OLIVEIRA NUNES Conselheira FERNANDO MELO FERRO GOMES Conselheiro RAQUEL DE NAZARÉ PINTO COSTA NORMANDO Conselheira

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República Federativa do BrasilEstado do Piauí

Ministério Público do Estado do Piauí

Diário Oficial EletrônicoANO IV - Nº 658 Disponibilização: Sexta-feira, 19 de Junho de 2020

Publicação: Segunda-feira, 22 de Junho de 2020

PROCURADORIA-GERAL DE JUSTIÇA

CARMELINA MARIA MENDES DE MOURAProcuradora-Geral de Justiça

MARTHA CELINA DE OLIVEIRA NUNESSubprocuradora de Justiça Institucional

LEONARDO FONSECA RODRIGUESSubprocurador de Justiça Administrativo

CLEANDRO ALVES DE MOURASubprocurador de Justiça Jurídico

CLÉIA CRISTINA PEREIRA JANUÁRIO FERNANDESChefe de Gabinete

RAQUEL DO SOCORRO MACEDO GALVÃOSecretária-Geral / Secretária do CSMP

Assessor Especial de Planejamento e Gestão

_____________________________

CORREGEDORIA-GERAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO

LUÍS FRANCISCO RIBEIROCorregedor-Geral

LENIR GOMES DOS SANTOS GALVÃOCorregedora-Geral Substituta

JOÃO PAULO SANTIAGO SALESPromotor-Corregedor Auxiliar

RODRIGO ROPPI DE OLIVEIRAPromotor-Corregedor Auxiliar

ANA ISABEL DE ALENCAR MOTA DIASPromotor-Corregedor Auxiliar

COLÉGIO DE PROCURADORES

ANTÔNIO DE PÁDUA FERREIRA LINHARES

ANTÔNIO GONÇALVES VIEIRA

TERESINHA DE JESUS MARQUES

ALÍPIO DE SANTANA RIBEIRO

IVANEIDE ASSUNÇÃO TAVARES RODRIGUES

ANTÔNIO IVAN E SILVA

MARTHA CELINA DE OLIVEIRA NUNES

ROSANGELA DE FATIMA LOUREIRO MENDES

CATARINA GADELHA MALTA MOURA RUFINO

LENIR GOMES DOS SANTOS GALVÃO

HOSAIAS MATOS DE OLIVEIRA

FERNANDO MELO FERRO GOMES

JOSÉ RIBAMAR DA COSTA ASSUNÇÃO

TERESINHA DE JESUS MOURA BORGES CAMPOS

RAQUEL DE NAZARÉ PINTO COSTA NORMANDO

ARISTIDES SILVA PINHEIRO

LUÍS FRANCISCO RIBEIRO

ZÉLIA SARAIVA LIMA

CLOTILDES COSTA CARVALHO

HUGO DE SOUSA CARDOSO

_____________________________

CONSELHO SUPERIOR DO MINISTÉRIO PÚBLICO

CARMELINA MARIA MENDES DE MOURAPresidente

LUÍS FRANCISCO RIBEIROCorregedor-Geral

IVANEIDE ASSUNÇÃO TAVARES RODRIGUESConselheira

MARTHA CELINA DE OLIVEIRA NUNESConselheira

FERNANDO MELO FERRO GOMESConselheiro

RAQUEL DE NAZARÉ PINTO COSTA NORMANDOConselheira

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1. SECRETARIA GERAL []

1.1. PORTARIAS PGJ12204

2. PROMOTORIAS DE JUSTIÇA []

2.1. NÚCLEO DAS PROMOTORIAS CÍVEIS DE TERESINA ESPECIALIZADAS NO TERCEIRO SETOR12197

PORTARIA PGJ/PI Nº 1164/2020A PROCURADORA-GERAL DE JUSTIÇA, CARMELINA MARIA MENDES DE MOURA, no uso das atribuições legais,R E S O L V ESUSPENDER ad referendum do Conselho Superior do Ministério Público do Estado do Piauí 30 (trinta) dias de férias da Promotora de JustiçaGIANNY VIEIRA DE CARVALHO, titular da 54º Promotoria de Justiça de Teresina, referentes ao 1º período do exercício de 2020, anteriormenteprevistas para o período de 01 a 30 de julho de 2020, conforme escala publicada no DEMPPI n° 543, de 13/12/2019, ficando os 30 (trinta) diaspara usufruto em data oportuna.REGISTRE-SE, PUBLIQUE-SE E CUMPRA-SE.PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA, em Teresina (PI), 18 de junho de 2020.CARMELINA MARIA MENDES DE MOURAProcuradora-Geral de JustiçaPORTARIA PGJ/PI Nº 1165/2020A PROCURADORA-GERAL DE JUSTIÇA, CARMELINA MARIA MENDES DE MOURA, no uso das atribuições legais,R E S O L V ESUSPENDER ad referendum do Conselho Superior do Ministério Público do Estado do Piauí 30 (trinta) dias de férias do Promotor de JustiçaANTENOR FILGUEIRAS LOBO NETO, titular da 1º Promotoria de Justiça de Parnaíba, referentes ao 1º período do exercício de 2020, previstaspara o período de 01 a 30 de julho de 2020, conforme escala publicada no DEMPPI n° 543, de 13/12/2019, ficando os 30 (trinta) dias parausufruto em data oportuna.REGISTRE-SE, PUBLIQUE-SE E CUMPRA-SE.PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA, em Teresina (PI), 18 de junho de 2020.CARMELINA MARIA MENDES DE MOURAProcuradora-Geral de JustiçaPORTARIA PGJ/PI Nº 1167/2020A PROCURADORA-GERAL DE JUSTIÇA, CARMELINA MARIA MENDES DE MOURA, no uso das atribuições previstas no art. 12, inciso VII,da Lei Complementar Estadual nº 12/93,R E S O L V EEXONERAR o servidor ÍTALO GARCIA ARAÚJO NOGUEIRA do cargo em comissão de Coordenador Técnico (CC-09) junto à Coordenadoriade Tecnologia da Informação.REGISTRE-SE, PUBLIQUE-SE E CUMPRA-SE.PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA, em Teresina (PI), 19 de junho de 2020.CARMELINA MARIA MENDES DE MOURAProcuradora-Geral de Justiça

PORTARIA N° 02/2020 - NPC-MPPI Teresina, 16 de junho de 2020O Coordenador do Núcleo das Promotorias Cíveis de Teresina, Dr. ANTÔNIO DE MOURA JÚNIOR, no uso de suas atribuições, com fulcro naConstituição Federal, art. 127, I e 129; Na Lei Complementar n°. 75/93, arts. 6° e 8°; na Lei n°. 8.625/93, arts. 25 e 80; No Código Civil arts. 62 ess; e na Lei Complementar Estadual n°. 12/93, art. 46; na Lei Estadual n°. 5.401/2004; Lei da Transparência nº 12.527, de 18/11/2011; Ato PGJnº 03/2018; Ato PGJ nº 666/2017;CONSIDERANDO que as Promotorias do Núcleo Cível dever de zelar pelo bom funcionamento das Fundações e Entidades de Interesse Socialsob sua fiscalização;CONSIDERANDO que o Procedimento Administrativo, instituído pela Resolução CNMP nº 174/2017, é o instrumento próprio da atividade-fimdestinado a acompanhar e fiscalizar, de forma continuada, políticas públicas ou instituições (art. 8º, II);CONSIDERANDO que o art. 4º do Ato PGJ nº 666/2017 dispõe o seguinte: "As Fundações e/ou Entidades de Interesse Social tem até o últimodia útil do mês de junho do ano subsequente ao exercício financeiro para apresentar a prestação de contas à Promotoria de Justiça responsável"(grifo nosso);CONSIDERANDO o Ato PGJ nº. 1013/2020, disponibilizado no DOMPPI em 11/06/2020, publicado em 12/06/2020, conferindo nova redação aoart. 1º do Ato PGJ n.º 997/2020, dispondo que "o regime de teletrabalho, nos termos do ATO PGJ Nº 995/2020 (alterado pelo ATO PGJ Nº996/2020), com a suspensão do expediente presencial do Ministério Público do Estado do Piauí, inclusive a participação dos membros nos atos,sessões colegiadas e audiências judiciais, até o dia 05 de julho de 2020, como meio de restringir o contato social, diminuindo a circulação eaglomeração de pessoas com o fim de prevenir e conter o contágio pelo COVID-19 em prol da saúde pública, ressalvadas situações queimpossibilitem a sua adoção (NR)" (grifo nosso);CONSIDERANDO, ainda, o Ato PGJ nº. 1012/2020, disponibilizado no DOMPPI em 11/06/2020, publicado em 12/06/2020, conferindo novaredação ao art. 2º do Ato PGJ n.º 996/2020, dispondo que "ficam suspensos os prazos de processos administrativos e de feitosextrajudiciais até o dia 05 de julho de 2020, ressalvados os casos urgentes e inadiáveis" (grifo nosso);CONSIDERANDO as requisições de contas pendentes, relativas aos Procedimentos Administrativos nº 19/2019 - 27ª PJ/MPPI (000012-113.2019) e 000006- 111/2020 (25ª PJ), bem como as prestações de contas iminentes, referentes ao exercício financeiro de 2019;CONSIDERANDO a impossibilidade da apresentação da documentação prevista no Ato PGJ nº 666/2017 ser apresentada, em sua íntegra, pormeio virtual;RESOLVE PRORROGAR O PRAZO DE SUSPENSÃO DA APRESENTAÇÃO DAS PRESTAÇÕES DE CONTAS DE FUNDAÇÕES NESTACAPITAL.Publique-se.Nomeio para secretariar os presentes autos a servidora Roberta Passos Rocha(mat. 338).JOSÉ REINALDO LEÃO COELHOPromotor de JustiçaCoordenador Substituto do Núcleo das Promotorias Cíveis de Teresina 25ª Promotoria de Justiça de TeresinaRECOMENDAÇÃO nº 02/2020 - NPC/MPPIProcedimento Administrativo nº 01/2020 - NPC/MPPI SIMP 000007-339/2020

Diário Eletrônico do MPPIANO IV - Nº 658 Disponibilização: Sexta-feira, 19 de Junho de 2020 Publicação: Segunda-feira, 22 de Junho de 2020

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2.2. PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE LUÍS CORREIA-PI12198

O MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL, representado pelas Promotorias de Justiça Cíveis da Comarca de Teresina-PI, especializadas emFundações e Entidades de Interesse Social, no uso de suas atribuições legais e na defesa dos PRINCÍPIOS DA LEGALIDADE,IMPESSOALIDADE, MORALIDADE, PUBLICIDADE, e DA PROBIDADE ADMINISTRATIVA, previstos na Lei nº 8.429, de 2 de junho de 1992,com fundamento no artigo 129, inciso VI da Constituição Federal, que autoriza o Ministério Público a "expedir notificações nos procedimentos desua competência, requisitando informações e documentos para instruí-los, na forma da lei complementar respectiva", vem expor e recomendar oque segue:CONSIDERANDO que o Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa daordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis com apoio na Constituição Federal, artigos 127 e 129;art. 6, XX da Lei Complementar 75/93, artigo 8°, I; Lei nº. 8.625/93 artigos 26, I, 'a' e 80; Código Civil, artigo 53 e seguintes; Lei ComplementarEstadual n°12/93, lei 12.527 de 18 de novembro de 2011, artigo 37, I, 'a'; art. 14, II da Resolução 03/2010 CPJ/PI e Decreto-Lei nº. 41/66 parazelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de relevância pública aos direitos assegurados nesta Constituição, promovendoas medidas necessárias a sua garantia (CR, art. 129, inciso II);MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ PROCURADORIA-GERAL DE JUSTIÇANÚCLEO DAS PROMOTORIAS CÍVEIS DE TERESINA ESPECIALIZADAS EM TERCEIRO SETORe-mail: n [email protected] ser o Ministério Público, através de seu órgão de execução especializado no terceiro setor, curador das fundações privadasnas circunscrições em que atuam, conforme art. 66 do Código Civil;CONSIDERANDO que o art. 4º do Ato PGJ nº 666/2017 dispõe o seguinte: "As Fundações e/ou Entidades de Interesse Social tem até o últimodia útil do mês de junho do ano subsequente ao exercício financeiro para apresentar a prestação de contas à Promotoria de Justiça respon-sável" (grifo nosso);CONSIDERANDO o Ato PGJ nº. 1013/2020, disponibilizado no DOMPPI em 11/06/2020, publicado em 12/06/2020, conferindo nova redação aoart. 1º do Ato PGJ n.º 997/2020, dispondo que "o regime de teletrabalho, nos termos do ATO PGJ Nº 995/2020 (alterado pelo ATO PGJ Nº996/2020), com a suspensão do expediente presencial do Ministério Público do Estado do Piauí, inclusive a participação dos membros nos atos,sessões colegiadas e audiências judiciais, até o dia 05 de julho de 2020, como meio de restringir o contato social, diminuindo a circulação eaglomeração de pessoas com o fim de prevenir e conter o contágio pelo COVID-19 em prol da saúde pública, ressalvadas situações queimpossibilitem a sua adoção (NR)" (grifo nosso);CONSIDERANDO, ainda, o Ato PGJ nº. 1012/2020, disponibilizado no DOMPPI em 11/06/2020, publicado em 12/06/2020, conferindo novaredação ao art. 2º do Ato PGJ n.º 996/2020, dispondo que "ficam suspensos os prazos de processos administrativos e de feitosextrajudiciais até o dia 05 de julho de 2020, ressalvados os casos urgentes e inadiáveis" (grifo nosso);CONSIDERANDO que, nos termos da Resolução nº 164/2017 do CNMP, a recomendação é instrumento de atuação extrajudicial do MinistérioPúblico por intermédio do qual este expõe, em ato formal, razões fáticas e jurídicas sobre determinada questão, com o objetivo de persuadir odestinatário a praticar ou deixar de praticar determinados atos em benefício da melhoria dos serviços públicos e de relevância pública ou dorespeito aos interesses, direitos e bens defendidos pela instituição, atuando, assim, como instrumento de prevenção deMINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ PROCURADORIA-GERAL DE JUSTIÇANÚCLEO DAS PROMOTORIAS CÍVEIS DE TERESINA ESPECIALIZADAS EM TERCEIRO SETORe-mail: n [email protected] ou correção de condutas;CONSIDERANDO as requisições de contas pendentes, relativas aos Procedimentos Administrativos nº 19/2019 - 27ª PJ/MPPI (000012-113.2019) e 000006-111/2020 (25ª PJ), bem como as prestações de contas iminentes, referentes ao ano de 2019;CONSIDERANDO a impossibilidade da apresentação da documentação prevista no Ato PGJ nº 666/2017 ser apresentada, em sua íntegra, pormeio virtual;R ESOLVERECOMENDAR às Fundações Privadas e às Instituições de Interesse Social de Teresina- PI, as quais prestam contas com o MinistérioPúblico do Estado do Piauí, que SEJAM SUSPENSAS TODAS AS PRESTAÇÕES DE CONTAS ATÉ O DIA 05 de JULHO DOCORRENTE ANO, ressalvadas posteriores prorrogações.Registre-se. Publique-se.Teresina-PI, 17 de junho de 2020.ANTÔNIO DE MOURA JÚNIORPromotor de JustiçaCoordenador do Núcleo das Promotorias Cíveis de Teresina-PI

RECOMENDAÇÃO ADMINISTRATIVA Nº 022/2020O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, através daPromotoria de Justiça de Luís Correia-PI, com fundamento no art. 27, parágrafo único, inciso IV, da Lei n° 8.625, de 12.02.93 (Lei OrgânicaNacional do Ministério Público) e art. 38, parágrafo único, inciso IV, da Lei Complementar n° 12, de 18.12.93 (Lei Orgânica Estadual), e ainda,CONSIDERANDO que o Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbido da defesa da ordemjurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis, segundo disposição contida no caput do artigo 127, daConstituição Federal;CONSIDERANDO que a Promotoria de Justiça de Luís Correia-PI atua perante os municípios de Luís Correia e Cajueiro da Praia;CONSIDERANDO que no último dia 30 de janeiro, a Organização Mundial de Saúde - OMS declarou Emergência de Saúde Pública deImportância Internacional - ESPII, dado o grau de avanço dos casos de contaminação pelo novo coronavírus, especialmente no território chinês;CONSIDERANDO que a ESPII é considerada, nos termos do Regulamento Sanitário Internacional (RSI), "um evento extraordinário que podeconstituir um risco de saúde pública para outros países devido a disseminação internacional de doenças; e potencialmente requer uma respostainternacional coordenada e imediata";CONSIDERANDO que o Ministério da Saúde, em 03.02.2020, através da Portaria GM/MS nº 188/2020, declarou "emergência em saúde públicade importância nacional", em decorrência da infecção humana pelo Coronavírus, considerando que a situação atual demanda o emprego urgentede medidas de prevenção, controle e contenção de riscos, danos e agravos à saúde pública;CONSIDERANDO que, em 11.03.2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou pandemia para o Coronavírus, ou seja, momento emque uma doença se espalha por diversos continentes com transmissão sustentada entre humanos;CONSIDERANDO que a classificação da situação mundial do novo coronavírus como pandemia significa o risco potencial da doença infecciosaatingir a população mundial de forma simultânea, não se limitando a locais que já tenham sido identificadas como de transmissão interna;CONSIDERANDO que, até o dia 15 de junho de 2020, o Brasil havia registrado 869.956 casos confirmados do novo coronavírus (COVID - 19),com 43.396 mortos, conforme dados oficiais do Ministério de Saúde;CONSIDERANDO que, no Estado do Piauí, até a mesma data, foram registrados 9.337 casos confirmados e com 43.396 mortos, conforme dadosoficiais da Secretaria De Estado Da Saúde Do Piauí;CONSIDERANDO a publicação dos Decretos estaduais n° 18.884/2020 (Situação de emergência em saúde pública), Decreto n° 18.895 (estado

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de calamidade) e Decreto n° 18.901/2020 (medidas excepcionais - fechamento comércio COVID19), Decreto nº 18.902, de 23 de março de2020, Decreto nº 18.947, de 22 de abril de 2020 e a prorrogação destes 03 último pelo Decreto nº 19.013, de 07 de junho de 2020(prorroga atéo dia 22 de junho de 2020 as medidas de isolamento social);CONSIDERANDO a publicação dos Decretos municipais n° 154/2020, n° 156/2020, nº 157/2020, nº 158/2020, nº 159/2020, nº 160/2020, nº161/2020, nº 163/2020, nº 164/2020 e nº 167/2020, que dispõe sobre medidas temporárias de prevenção ao contagio pelo novo Coronavírus(COVID -19), medidas de vigilância epidemiológica e dá outras providências;CONSIDERANDO que a adoção de medidas preventivas à contaminação por doença de propagação coletiva deve ser exigida pelo PoderPúblico, que, nos termos do art. 216, deve garantir o direito à saúde de todos "mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução dorisco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação";CONSIDERANDO que o Governo do Estado do Piauí anunciou pelo meios de comunicação um plano de retomada, dividida por setores, cadauma com uma cor específica que determina o grau de prioridade, sendo a primeira fase reservada a atividades de alta prioridade - grupo verde -as quais, indústria de transformação, construção, comércio, agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura;CONSIDERANDO que apenas na segunda fase estão previstas a aberturas dos setores de administração pública, defesa e seguridade social,atividades administrativas e serviços complementares, educação, saúde humana e serviços sociais, atividades financeiras, transporte,armazenagem e correio, alojamento e alimentação, atividades imobiliárias, eletricidade e gás;CONSIDERANDO que no dia 08 de junho foi implementada os primeiros passos do plano de retomada, com a reabertura dos setores automotivo,construção civil e serviços de saúde, respeitando as medidas de prevenção determinadas pelo Poder Público, informações estas divulgadaspelas redes sociais oficias do Governo do Estado;CONSIDERANDO que o art. 38, parágrafo único, inciso IV, da Lei Complementar Estadual nº 12/93, autoriza o Promotor de Justiça expedirrecomendações aos órgãos e entidades públicos, requisitando ao destinatário sua divulgação adequada e imediata; assim como resposta porescrito;RESOLVE:RECOMENDAR que ao Município de Luís Correia que continue com os esforços para contenção do contágio do COVID - 19, cumprindo fielmenteos decretos municipais já expedidos, assim como os Decretos Estaduais, especialmente o referente ao as medidas excepcionais - continuidadedo isolamento social - (Decreto n° 19.013/2020). Assim como expanda a fiscalizando do funcionamento do setor hoteleiro, para garantir queeste esteja cumprindo com as determinações do plano de retomada e com as orientações gerais para prevenção do sars-cov-2 (covid-19) para osetor hoteleiro emitido pela DIVISA, em anexo.SOLICITAR que seja informado a este Órgão Ministerial, no prazo de 24 (vinte quatro) dias, sobre o acatamento dos termos destaRecomendação, devendo encaminhar a Promotoria de Justiça de Luís Correia-PI, pelo e-mail ([email protected]) as providênciastomadas e a documentação hábil a provar o fiel cumprimento.ENCAMINHE-SE a presente Recomendação para que seja publicada no diário eletrônico do Ministério Público, bem como se remetam cópias aoConselho Superior do Ministério Público do Estado do Piauí, ao Centro de Apoio Operacional da Saúde e aos respectivos destinatários.JUNTE-SE cópia desta Recomendação ao autos do Procedimento Administrativo 004/2020, SIMP nº 000276-197/2020.Luís Correia, 15 de junho de 2020.Galeno Aristóteles Coêlho de SáPromotor de JustiçaPromotoria de Justiça de Luís CorreiaRECOMENDAÇÃO ADMINISTRATIVA Nº 023/2020(Referente ao PA nº 006/2020)O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, por seu representante signatário titular da Promotoria de Justiça de Luís Correia-PI, no usode suas atribuições legais, e, com fulcro nas disposições contidas nos artigos 127 e 129, incisos II e III, da Constituição Federal; artigo 26, incisosI, e artigo 27 e parágrafo único, inciso IV, da Lei Federal de nº 8.625/93; e artigo 37 da Lei Complementar Estadual nº 12/93;CONSIDERANDO que, nos termos do art. 127 da Constituição Federal, incumbe ao Ministério Público a defesa da ordem jurídica, do regimedemocrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis;CONSIDERANDO que compete ao Ministério Público expedir recomendações visando à proteção de interesses difusos e coletivos, bem como aorespeito aos interesses, direitos e bens cuja defesa lhe cabe promover, fixando prazo razoável para a adoção das providências cabíveis(Resolução CNMP n° 164/17);CONSIDERANDO que a vida e a saúde constituem direitos fundamentais do ser humano, sendo de grande relevância pública;CONSIDERANDO que a saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução dorisco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação,conforme previsto no artigo 196 da Constituição Federal e artigo 203 da Constituição Estadual;CONSIDERANDO que o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), por meio da Comissão da Saúde, emitiu a Nota Técnica Conjunta nº01/2020 - CES/CNMP/1ª CCR, contendo subsídios para a atuação coordenada do Ministério Público voltada ao enfrentamento do COVID-19;CONSIDERANDO ser o Ministério Público órgão agente da fiscalização da gestão pública de saúde, assim definido na Seção IV, Capítulo IV, daLei Complementar Federal nº 141, de 13 de janeiro de 2012;CONSIDERANDO que, em 30.1.2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que o surto da doença causada pelo Coronavírus(COVID-19) constitui Emergência de Saúde Pública de importância Internacional (ESPII);CONSIDERANDO o notório estado de emergência presente no mundo em razão da disseminação do novo coronavírus COVID-19, levando aOrganização Mundial da Saúde - OMS a declarar situação de pandemia no dia 11.3.2020, ao passo em que pleiteou, por parte de todos ospaíses, uma "ação urgente e agressiva" para sua contenção;CONSIDERANDO que a classificação da situação mundial do novo coronavírus (COVID-19, SARSCoV-2) como pandemia significa o riscopotencial da doença infecciosa atingir a população mundial de forma simultânea, não se limitando a locais que já tenham sido identificadas comode transmissão interna;CONSIDERANDO que a progressão do coronavírus COVID-19 tem sido exponencial em todo o mundo, de forma tal que todos os Governos -incluído o brasileiro - têm buscado tomar as medidas de forma urgentíssima. É certo que cada país apresenta uma trajetória distinta no númerode casos confirmados, tendo em vista diversos fatores que influenciam a propagação da doença pulmonar causada e ao volume de testesdisponibilizados para a sua detecção;CONSIDERANDO o Decreto nº 18.884, de 16 de março de 2020, que regulamenta a lei nº 13.979/2020, para dispor no âmbito do Estado doPiauí, sobre as medidas emergência de saúde pública de importância internacional e tendo em visa a classificação da situação mundial do novocoronavírus;CONSIDERANDO a deflagração de situação de calamidade pública pelo Governo do Estado do Piauí, por meio do Decreto n° 18.895, de 19 demarço de 2020;CONSIDERANDO que a Constituição Federal determina que as ações e os serviços de saúde são de relevância pública, integrando uma rederegionalizada - com direção única em cada esfera de governo - e hierarquizada que, em sua totalidade, constituindo um sistema único de saúde,ex vi arts. 197 e 198;CONSIDERANDO que é dever do Estado - nos diferentes níveis da federação - de pautar a sua atuação em estrita observância à garantia demáxima efetividade quando se tratar de matérias afetas a direitos e garantias fundamentais, notadamente ao direito social à saúde ameaçado porocasião da pandemia COVID-19, pelo que estas exigem prestações positivas do Estado;

Diário Eletrônico do MPPIANO IV - Nº 658 Disponibilização: Sexta-feira, 19 de Junho de 2020 Publicação: Segunda-feira, 22 de Junho de 2020

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2.3. 2ª PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE JOSÉ DE FREITAS-PI12199

CONSIDERANDO que a garantia de máxima efetividade somente pode ser alcançada objetivamente se as ações estatais forem fundadas emcritérios técnicos, apurados pelos órgãos com a atribuição constitucional, legal e regulamentar para tal, como balizado pelo Supremo TribunalFederal no entendimento firmado na ADI 4066;CONSIDERANDO o disposto na Lei n° 13.979, de 06 de fevereiro de 2020, que dispõe sobre as medidas para enfrentamento da emergência desaúde pública de importância internacional em virtude do coronavírus;CONSIDERANDO que dentre as medidas emergenciais adotadas pela Lei nº 13.979/2020, pode-se dar destaque à criação de nova hipótese dedispensa de licitação para aquisição de bens, serviços, inclusive de engenharia, e insumos destinados ao enfrentamento da emergência de saúdepública de importância internacional decorrente do coronavírus, sendo consideradas presumidas: a) a ocorrência de situação de emergência; b) anecessidade de pronto atendimento da situação de emergência; c) a existência de risco a segurança de pessoas, obras, prestação de serviços,equipamentos e outros bens, públicos ou particulares; e d) a limitação da contratação à parcela necessária ao atendimento da situação deemergência;CONSIDERANDO que no seu art. 4º, referida legislação, aplicável a todos os entes políticos (União, Estados, Municípios e Distrito Federal), éexpressa ao prever que a dispensa de licitação baseada na emergência em razão do COVID-19 é temporária e deve ser aplicada apenasenquanto perdurar a emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus COVID-19;CONSIDERANDO que dentre os requisitos legais exigidos, a nova legislação prevê a disponibilização, em sítio eletrônico específico, de todas ascontratações ou aquisições realizadas, verbis:"Art. 4º§ 2º - Todas as contratações ou aquisições realizadas com fulcro nesta Lei serão imediatamente disponibilizadas em sítio oficial específico narede mundial de computadores (internet), contendo, no que couber, além das informações previstas no § 3º do art. 8º da Lei no 12.527, de 18 denovembro de 2011, o nome do contratado, o número de sua inscrição na Receita Federal do Brasil, o prazo contratual, o valor e o respectivoprocesso de contratação ou aquisição"CONSIDERANDO que, conforme a Nota Técnica 01/2020 do TCE/PI, por meio de seu item 6.10, deve ser publicada, sem prejuízo da imediatadisponibilização em sítio eletrônico oficial na rede mundial de computadores (internet) das informações relativas às contrataçõesdecorrentes da Lei nº 13.979/2020, com todos os elementos previstos no § 2º do art. 4º desta lei - nome do contratado, número de sua inscriçãona Receita Federal do Brasil, prazo contratual, valor e o respectivo processo de contratação ou aquisição -, além dos exigidos na Lei nº12.527/2011 (Lei de Acesso à Informação), deve ser efetuada a publicação resumida do instrumento de contrato, bem como de eventuaisaditamentos, na imprensa oficial, nos termos dispostos no parágrafo único do art. 61 da Lei nº 8.666/1993;CONSIDERANDO a Nota Técnica exarada pelo Gabinete de Acompanhamento e Prevenção ao COVID-19 do Ministério Público do Estado doPiauí, orientando os gestores estaduais sobre as compras e serviços contratados pelos entes municipal e/ou estadual, no âmbito do Piauí,fundados no decreto de situação de emergência ou de calamidade pública em virtude da pandemia do COVID-19, para aquisição de bens,serviços e insumos destinados ao enfrentamento da emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do coronavirus;CONSIDERANDO a efetivação da política de transparência da administração pública, como vincula o art. 4º, parágrafo 2º, da Lei 13.979/2020, ede acordo com o item 5.14, da Nota Técnica 01/20, do TCE/PI; e do item 7, da Nota Técnica Orientativa do Gabinete de Acompanhamento ePrevenção à COVID19 (GAP-COVID19), do Ministério Público do Piauí, devendo o Ente Público criar uma aba específica no portal datransparência de seu sítio eletrônico, alimentando-a diariamente e apresentando de forma discriminada os valores orçamentários e a execução dedespesas, como decretos e atos administrativos que autorizam realocação de recursos ou abrem créditos adicionais, contratos administrativos deprestação e fornecimento de bens e serviços, nota de empenho, liquidação e pagamento, descrição do bem e/ou serviço, o quantitativo, o valorunitário e total da aquisição, a data da compra e o nome do fornecedor, inclusive CNPJ, ou seja, todas as receitas e gastos públicos relacionadosespecificamente ao enfrentamento e mitigação da pandemia decorrente do COVID-19;CONSIDERANDO a necessidade de ampla publicidade dos gastos públicos realizados, deve ser levado em conta que a celeridade necessáriapara as aquisições em comento não significa uma atuação que possa, de alguma forma, contrariar os princípios da legalidade, impessoalidade,moralidade, publicidade, eficiência, isonomia, seleção da proposta mais vantajosa para a Administração, promoção do desenvolvimento nacionalsustentável, bem como demais preceitos que lhe sejam correlatos. Não se trata, assim, de autorização irrestrita para aquisição desmesurada eirracional de bens e serviços, somente em razão de se estar em face de excepcional situação de emergência pandêmica;CONSIDERANDO que a celeridade buscada pelo legislador, ao mitigar algumas exigências previstas na sistemática da Lei nº 8.666/93, impõe aogestor público e as entidades que desenvolvem serviço público assemelhado, o dever de cautela e de apuração das circunstâncias fáticas queorientam para eventual contratação direta sob tal fundamento;CONSIDERANDO que o levantamento realizado pelo Centro de Apoio Operacional de Combate à Corrupção e Defesa do Patrimônio Público -CACOP em 16 de junho de 2020 acerca do panorama dos municípios piauienses quanto ao Portal da Transparência da covid-19 constatou queexistem 73 (setenta e três) municípios que não apresentam a publicidade dos gastos, sendo que em 66 (sessenta e seis) municípios existeum portal específico para a Covid-19, mas sem a devida alimentação ou com impossibilidade de acesso e que em 7 (sete) municípios nãoexiste portal especifico para divulgação de gastos com o Covid-19;CONSIDERANDO que o município de LUÍS CORREIA-PI, é um dos 66 (sessenta e seis) municípios, em que existe um portal específico para aCovid-19, mas não é realizada a devida alimentação.Resolve RECOMENDAR ao Prefeito Municipal de Luís Correia-PI, Sr. Francisco Araújo Galeno, em cumprimento às disposições de ordemconstitucional, legal, administrativas e outras com ela convergente, para que:a) Disponibilize, em sua aba específica para a Covid-19 no Portal da Transparência, os dados referentes às receitas e despesas relacionadas aocombate da pandemia do Covid-19, em tempo real e de forma completa;b) na página de internet acima mencionada seja incluída a apresentação de forma discriminada dos valores orçamentários recebidos e deexecução de despesas, a exemplo de contratos administrativos de prestação e fornecimento de bens e serviços, nota de empenho, liquidação epagamento, descrição do bem e/ou serviço, o quantitativo, o valor unitário e total da aquisição, a data da compra; contendo, no que couber, osnomes dos contratados, os números de suas inscrições na Receita Federal do Brasil (CNPJs), os prazos contratuais, os objetos e quantidadescontratados, os valores individualizados contratados e os números dos respectivos processos de contratação ou aquisição, com identidade visualque torne as informações acessíveis à população, como determina o artigo 4º, parágrafo 2º, da Lei 13.979/2020;Fixa-se, assim, o prazo de 48 (quarenta e oito) horas, para que seja encaminhada ao e-mail desta Promotoria de Justiça de Luís Correia-PI,([email protected]), resposta acerca das providências tomadas, contendo o prazo, para cumprimento do disposto nestaRecomendação.Fica ciente o destinatário de que a presente notificação tem natureza RECOMENDATÓRIA e PREMONITÓRIA, no sentido de prevenirresponsabilidade civil administrativa e penal, nomeadamente a fim de que no futuro não se alegue ignorância quanto à extensão e o caráter ilegaldos fatos noticiados.Encaminhe-se a RECOMENDAÇÃO para a devida publicação no Diário Eletrônico do Ministério Público do Estado do Piauí.Luís Correia-PI, 18 de junho de 2020.Galeno Aristóteles Coêlho de SáPromotor de Justiça

RECOMENDAÇÃO 0029/2020 (SIMP 000121-059/2020)

Diário Eletrônico do MPPIANO IV - Nº 658 Disponibilização: Sexta-feira, 19 de Junho de 2020 Publicação: Segunda-feira, 22 de Junho de 2020

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O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, pela 2ª Promotoria de Justiça de José de Freitas, presentada pelo subscritor, no uso de suasfunções e atribuições e CONSIDERANDO:1. As razões insertas na Portaria 006/2020, instauradora do Procedimento Administrativo 002/2020, acompanhamento das ações municipais decombate ao Coronavírus (COVID-19);2. Freitense tentou enviar demanda aos Poderes Executivo e Legislativo Municipais pelos respectivos sítios eletrônicos, todavia, as mensagensnão foram remetidas (capturas anexas).3. Em consulta, o domínio eletrônico dessa Prefeitura aparenta ter sido minutado de outro padronizado e estar "em construção", o que explicariaa impossibilidade, mas não justificaria a omissão;4. No vídeo de apresentação da proposta de Lei de Diretrizes Orçamentárias para o ano vindouro (LDO2021), o endereço eletrônico (e-mail)indicado para contato é de um provedor diferente do domínio ([email protected]);5. Na remessa de expedientes, este ÓRGÃO utiliza os endereços pessoais de Vossa Excelência e de seus assessores jurídicos porque, a igualmodo, durante o estado pandêmico, não conseguiu qualquer outra forma de contato com o Executivo Municipal;6. Formas de contato com os órgãos públicos não devem gerar confusão, sendo de fácil acesso e entendimento principalmente para os que têmpouca instrução (proatividade do accountability);7. Depois da notícia, percebido ainda no sítio do Executivo Municipal, a falta de transparência com os gastos e cumprimento das disposições dasLeis de Transparência Pública, de Responsabilidade Fiscal e de Medidas Emergenciais contra a Pandemia de COVID-19 (arts. 8º, §§ 1º, I a VI,2º, 3º, I a VIII, 4º, da Lei 12.527/2011; 48 §§ 1º, I a III, 2º, 3º, 4º, 5º, 6º, 48-A, I e II, 73, 73-B, III, p. u., 73-C, da Lei Complementar 101/2000; 4° a4º-I, da Lei 13.979/2020);8. Em que pese divulgação, com destaque em campo específico, dos gastos com o COVID-19 (o que apesar de tardia, é elogiável), a divulgação- da mesma forma que o contato - não é fidedigna. Pela Lei 13.979/2020, deve ser publicado o valor individualizado os itens (é item por item,gasto por gasto, por cada CNPJ ou CPF que é a ele vinculado), o que não está acontecendo ainda, a exemplo "Extrato/Processo Administrativonº 027/2020 - PMJF/PI | Aquisições Avental TNT, Máscaras e outros", que sequer indica o valor, em 18.05.2020;9. É por isso não ser obrigatória a divulgação, imediata, de todo o processo administrativo: os gastos unitários estarão disponíveis a quem delestiver acesso e podem ser objeto de consulta;10. Não esqueça, Vossa Excelência, de que além dos requisitos extrínsecos do prélio (acesso imediato a todos pela publicidade), os requisitosinternos também são exigidos (como os levantamentos de preços a partir de compras do governo federal e termo de referência simplificado arts.4ª-B, I a IV, 4º-E, § 1º, I a VII, Lei 13.979/2020);11. Este ÓRGÃO também recebeu cotejamento sobre o eventual sobrepreço contratado com fundamento na pandemia (e minutava a açãorespectiva para o cumprimento da norma, já que nenhuma das recomendações foi respondida, quando viu a atualização do campo específico napágina eletrônica dessa prefeitura depois da notícia);12. A reunião planejada com Vossa Excelência e o prefeito, para firmação de eventual termo de ajustamento de conduta em relação àtransparência municipal, foi prejudicada (Inquérito Civil Público nº 002/2018 - SIMP 000349-059/2017 e Procedimento Administrativo nº 011/2017- SIMP 000163-059/2017);RESOLVE, por tudo isso, em relação ao Excelentíssimo Senhor ROGER COQUEIRO LINHARES, Prefeito do Município de José de Freitas:(I) RECOMENDAR o cumprimento integral dos normativos (arts. 8º, §§ 1º, I a VI, 2º, 3º, I a VIII, 4º, da Lei 12.527/2011; 48 §§ 1º, I a III, 2º, 3º, 4º,5º, 6º, 48-A, I e II, 73, 73-B, III, p. u., 73-C, da Lei Complementar 101/2000; 4° a 4º-I, da Lei 13.979/2020) e, em especial:(I.1) enxugamento da página eletrônica para que, enquanto o domínio não for ajustado, (a) as formas diretas de contato com a Prefeitura sejamdestacadas (e-mail e telefone), (b) supressão do campo de "envie sua mensagem" ao provedor do sítio e (c) dos outros campos "vazios" ou quedirecionem para páginas inválidas;(I.2) imediada colocação no campo específico, destacado, para a publicação imediata de gastos ou despesas feitas com fundamento napandemia: (a) nome do contratado, (b) com número de inscrição na Receita Federal (CNPJ/CPF); (c) prazo contratual; (d) objeto(s), (e)quantidade(s), (f) valor contratado (de forma a identificar o que foi contratado e o preço que foi pago), (g) números dos respectivos processos decontratação ou aquisição (inclusive os que não foram de "novas licitações", mas contratados e/ou mantidos durante esse atual estadocalamitoso);(I.3) recebimento da manifestação do demandante.(II) REQUISITAR, em cinco dias, contados do recebimento da recomendação, junto da respectiva comprovação, remeter as informações sobre oacatamento ou não dela, bem como de todas as outras remetidas;(III) INFORMAR, por derradeiro, o que já é de vosso conhecimento:(III.1) o disposto na Lei 7.347/1985 (Ação Civil Pública): "Art. 10. Constitui crime, punido com pena de reclusão de 1 (um) a 3 (três) anos, maismulta de 10 (dez) a 1.000 (mil) Obrigações Reajustáveis do Tesouro Nacional - ORTN, a recusa, o retardamento ou a omissão de dados técnicosindispensáveis à propositura da ação civil, quando requisitados pelo Ministério Público";(III.2) Na Lei 8.429/1992 (Improbidade Administrava): "Art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios daadministração pública qualquer ação ou omissão que viole os deveres de honestidade, imparcialidade, legalidade, e lealdade às instituições, enotadamente: IV - negar publicidade aos atos oficiais;(III.3) E na Lei Complementar 101/200 (Gestão Responsável): "Art. 73. As infrações dos dispositivos desta Lei Complementar serão punidassegundo o Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal); a Lei no 1.079, de 10 de abril de 1950; o Decreto-Lei no 201, de 27de fevereiro de 1967; a Lei no 8.429, de 2 de junho de 1992; e demais normas da legislação pertinente".Teresina, 9 de junho de 2020Flávio Teixeira de Abreu JúniorPromotor de JustiçaRECOMENDAÇÃO 0030/2020 (SIMP 000121-059/2020)O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, pela 2ª Promotoria de Justiça de José de Freitas, presentada pelo subscritor, no uso de suasfunções e atribuições e CONSIDERANDO:1. As razões insertas na Portaria 006/2020, instauradora do Procedimento Administrativo 002/2020, acompanhamento das ações municipais decombate ao Coronavírus (COVID-19);2. Freitense tentou enviar demanda aos Executivo e Legislativo Municipal pelos respectivos sítios eletrônicos, todavia, as mensagens não foramremetidas (capturas anexas);3. Em consulta, o domínio dessa Casa do Povo aparenta ter sido minutado de outro e ainda estar "em construção", o que explicaria aimpossibilidade, mas não justificaria a omissão;4. No rodapé da página, o endereço eletrônico (e-mail) indicado para contato ([email protected]) é de outro provedor -diferente do domínio do sítio;5. Este ÓRGÃO até o utiliza na remessa de expedientes para a Câmara Municipal, mas, as formas de contato com o Legislativo não devem gerarconfusão, devendo ser de fácil acesso e entendimento principalmente para os que têm pouca instrução;6. Depois da notícia, percebido ainda no sítio do Parlamento, a falta de transparência com os gastos e cumprimento das disposições das Leis deTransparência Pública, de Responsabilidade Fiscal e de Medidas Emergenciais contra a Pandemia de COVID-19 (arts. 8º, §§ 1º, I a VI, 2º, 3º, I aVIII, 4º, da Lei 12.527/2011; 48 §§ 1º, I a III, 2º, 3º, 4º, 5º, 6º, 48-A, I e II, 73, 73-B, III, p. u., 73-C, da Lei Complementar 101/2000; 4° a 4º-I, da Lei13.979/2020);7. Na própria página é veiculada a aquisição de totem de álcool em gel sem o cumprimento dos requisitos do normativo;

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8. A reunião planejada com Vossa Excelência e o prefeito, para firmação de eventual termo de ajustamento de conduta em relação àtransparência municipal, foi prejudicada (Inquérito Civil Público nº 002/2018 - SIMP 000349-059/2017 e Procedimento Administrativo nº 011/2017- SIMP 000163-059/2017);RESOLVE, pois, em relação ao Excelentíssimo Senhor ROBERVAL PEREIRA DOS SANTOS, Presidente da Câmara Municipal:(I) RECOMENDAR o cumprimento integral dos normativos (arts. 8º, §§ 1º, I a VI, 2º, 3º, I a VIII, 4º, da Lei 12.527/2011; 48 §§ 1º, I a III, 2º, 3º, 4º,5º, 6º, 48-A, I e II, 73, 73- B, III, p. u., 73-C, da Lei Complementar 101/2000; 4° a 4º-I, da Lei 13.979/2020) e, em especial:(I.1) enxugamento da página eletrônica para que, enquanto o domínio não for ajustado, (a) as formas diretas de contato com a Casa do Povosejam destacadas (e-mail e telefone), (b) supressão do campo de "envie sua mensagem" ao provedor do sítio e (c) dos outros campos "vazios"ou que direcionem para páginas inválidas;(I.2) imediada criação de campo específico, destacado, para a publicação imediata de gastos ou despesas feitas com fundamento na pandemiajunto de (a) nome do contratado, (b) com número de inscrição na Receita Federal (CNPJ/CPF); (c) prazo contratual; (d) objeto(s), (e)quantidade(s), (f) valor contratado, (g) números dos respectivos processos de contratação ou aquisição (inclusive os que não foram de "novaslicitações", mas contratados e/ou mantidos durante esse atual estado calamitoso);(I.3) recebimento da manifestação do demandante.(II) REQUISITAR, em cinco dias, contados do recebimento da recomendação, junto da respectiva comprovação, informações sobre o acatamentoou não dela;(III) INFORMAR, por derradeiro, o que já é de vosso conhecimento:(III.1) o disposto na Lei 7.347/1985 (Ação Civil Pública): "Art. 10. Constitui crime, punido com pena de reclusão de 1 (um) a 3 (três) anos, maismulta de 10 (dez) a 1.000 (mil) Obrigações Reajustáveis do Tesouro Nacional - ORTN, a recusa, o retardamento ou a omissão de dados técnicosindispensáveis à propositura da ação civil, quando requisitados pelo Ministério Público";(III.2) Na Lei 8.429/1992 (Improbidade Administrava): "Art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios daadministração pública qualquer ação ou omissão que viole os deveres de honestidade, imparcialidade, legalidade, e lealdade às instituições, enotadamente: IV - negar publicidade aos atos oficiais;(III.3) E na Lei Complementar 101/200 (Gestão Responsável): "Art. 73. As infrações dos dispositivos desta Lei Complementar serão punidassegundo o Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal); a Lei no 1.079, de 10 de abril de 1950; o Decreto-Lei no 201, de 27de fevereiro de 1967; a Lei no 8.429, de 2 de junho de 1992; e demais normas da legislação pertinente".Teresina, 9 de junho de 2020Flávio Teixeira de Abreu JúniorPromotor de JustiçaRECOMENDAÇÃO 0031/2020 (SIMP 000121-059/2020)O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, pela 2ª Promotoria de Justiça de José de Freitas, presentada pelo subscritor, no uso de suasfunções e atribuições e CONSIDERANDO:1. As razões insertas na Portaria 006/2020, instauradora do Procedimento Administrativo 002/2020, acompanhamento das ações municipais decombate ao Coronavírus (COVID-19);2. O conhecimento de possível preterição dos classificados no seletivo promovido por essa Prefeitura (atendimento de eventual acréscimo dademanda em saúde pela pandemia);3. O chamamento dos classificados é, de todo, condicionado à respectiva demanda. Contudo, dois dos classificados neste seletivo comunicarama manutenção de pessoal contratado direitamente por indicação da gestão em saúde (em menoscabo ao último concurso e àqueles selecionadosno prélio simplificado, que apesar de também precários, têm prioridade sobre os prestadores de serviço);4. Foram requeridas informações sobre os que estão ocupando a vaga dos classificados no seletivo (que é o impeditivo do próprio chamamento,já que, com os prestadores de serviço lá, a demanda que condiciona esse novo ato nunca existirá);5. Um dos noticiantes disse que "o presidente da comissão falou que tem gente lotado e está esperando desonerar essas pessoas do cargo"(mensagem enviada ao celular das Promotorias de Justiça e manifestação na Ouvidoria do Ministério Público - anexas);6. A manutenção consciente desses vínculos é ato ímprobo (arts. 10, I, XI, XII, 11, IV, V, Lei de Improbidade Administrativa);RESOLVE, pois, em relação ao Ilustríssimo Senhor WENDELL ELOY MOREIRA LOPES, Presidente da Comissão de Seletivo Municipal:(a) RECOMENDAR tome todas as providências necessárias para regularização dessa situação. E use para tanto, por fundamento, a lei e nãouma "ordem do promotor de justiça" (para escape de ônus políticos, ignorados quando preferida a contatação por indicação dessas pessoas), jáque o Parquet não é integrante do Judiciário (apenas recomenda, jamais "ordena") e apenas fiscaliza o cumprimento da norma;(b) REQUISITAR, em três dias úteis, contados do recebimento deste, informações acerca do acatamento da recomendação (com ascomprovações respectivas de cada ato).Teresina, 12 de junho de 2020Flávio Teixeira de Abreu JúniorPromotor de JustiçaRECOMENDAÇÃO 0032/2020 (SIMP 000164-059/2020)O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, pela 2ª Promotoria de Justiça de José de Freitas, presentada pelo subscritor, no uso de suasfunções e atribuições e CONSIDERANDO:1. As razões insertas na Portaria 006/2020, instauradora do Procedimento Administrativo 002/2020, acompanhamento das ações municipais decombate ao Coronavírus (COVID-19);2. Os espeques da Portaria 009/2020, deflagradora do Procedimento Administrativo 004/2020, acompanhar o calendário escolar da rede estadualde ensino do Município de José de Freitas durante a pandemia do COVID-19 (000164-059/2020);3. O ofício nº 168.06.2020 (remetido em 01.06.2020 - cópia anexa) e que até esta data ainda não foi respondido, no qual se requisitou "[...]remessa de todo e qualquer documento relativo aos gastos com a educação à distância (ensino remoto) em José de Freitas (contratos, valores jápagos, em programação etc)";4. Essas informações são importantes para planejar, organizar, dirigir e controlar a retomada de atividades em José de Freitas (PA n 004/2020 -SIMP 000164-059/2020);5. Para retomada delas, imperioso, conjuntamente:(a) NOTA TÉCNICA Nº 02/2020/CAODEC/MPPI:(1) em primeiro momento, a suspensão do calendário escolar (com fim de minorar os efeitos da transmissão comunitária);(2) no retorno das atividades, o estabelecimento do processo de reorganização dos calendários (com participação dos colegiados nas instituiçõesde ensino, notadamente, os professores, as equipes pedagógica e administrativa, os estudantes e seus familiares), com a submissão ao órgãonormativo para asseguramento do padrão de qualidade no ensino (arts. 206, VII, Constituição Federal; 3º, IX, Lei de Diretrizes e Bases daEducação);(b) NOTA TÉCNICA 01/2020/MPPI/CACOP/GAPC- COVID-19 e NOTA TÉCNICAS 01 e 02/2020/TCE/PI:(3) no caso de contratos diretos (fundamento na pandemia), a utilização do procedimento previsto pelo art. 4º, Lei 13.979/2020 (e alteraçõesposteriores), sem dispensar o tratamento normativo e principiológico da Lei 8.666/1993 (entre eles, a publicação de gastos imediatamente àavença firmada, com individualização que permita identificar quem, de quem, o quê e por quanto se compra, cotejo de preços com média junto aosítio de compras do governo federal);(4) ampla publicidade dos contratos (e de sua execução);

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(c) NOTA TÉCNICA Nº 02/2020/CAODEC/CACOP/MPPI e, a seu modo, MEDIDA PROVISÓRIA ESTADUAL 001/2020:(5) continuidade do fornecimento de alimentação escolar aos alunos que necessitem (estoques existentes independentemente da origemfinanceira) durante o período de suspensão das aulas e, em especial, àqueles de famílias vulneráveis. Se suspenso o transporte coletivo ou naimpossibilidade dos pais ou responsáveis retirarem os itens, fosse viabilizada a distribuição na residência do estudante (ou núcleos próximos) oumesmo fornecimento de cartão alimentação ou congênere, sem prejuízo da substituição por outras estratégias legais a serem implementadaspelo Poder Executivo;(6) ampla publicidade aos gastos e medidas adotadas;(d) NOTA TÉCNICA Nº 04/2020/CAODEC/MPPI:(7) elaboração, com o corpo docente, das ações pedagógicas e administrativas a ser desenvolvidas durante o período, respeitando as medidasde prevenção ao contágio, para viabilizar o material de estudo e aprendizagem (de fácil acesso), divulgação e compreensão por parte dosestudantes e seus familiares;(8) divulgação desse plano entre os membros da comunidade escolar (sempre depois da discussão com a própria comunidade);(9) preparação de material específico, direcionado para cada etapa e modalidade de ensino, com facilidade de compartilhamento e de execução(videoaulas, conteúdos organizados em plataformas virtuais de ensino, redes sociais e correio eletrônico);(10) a organização de material específico, firme o isolamento social, de modo a garantir a coerência entre o que é ensinado e as atividades nãopresenciais a serem realizadas pelos estudantes, com o cuidado de não sobrecarregá-los;(11) registro da frequência individual do aluno, por relatórios e acompanhamento da evolução em atividades propostas realizadas;(12) avaliações dos conteúdos ministrados durante o regime especial a serem aplicadas no retorno às aulas presenciais;(13) obrigatoriedade de divulgar o plano de ação pedagógica para toda a comunidade escolar;(14) nos locais de difícil acesso, onde houver impossibilidade de acompanhamento aos estudantes (internet, distância, aparelho e conhecimentogeral), garantir que não haja prejuízos aos mesmos;(15) o planejamento e o material didático adotado devem se adequar ao Projeto Político Pedagógico da escola e refletir, no que for possível, osconteúdos já programados para o período;(16) orientação e a capacitação, pelos gestores das redes ou unidades escolares, complementares ao corpo docente e discente, especialmenteno suporte necessário para execução das atividades (nem alunado, nem profissionais foram preparados para a mudança da dinâmica escola parao ambiente doméstico, à distância);(17) após o retorno às atividades regulares, depois da análise da realidade de cada escola, os calendários deverão ser alterados, a incluir os diasletivos de regime emergencial/especial (observados os parâmetros do órgão normativo em educação);(18) os gestores das unidades escolares que se manifestarem da impossibilidade de execução das atribuições supracitadas devem apresentarsuas razões ao Ministério Público;(e) PARECER CNE/CP Nº 5/2020:(19) "item 2.1": são possíveis diferentes formas de organizar a trajetória escolar, sem que a costumeira segmentação anual seja obrigatoriedade,as soluções possíveis dependem das decisões de reorganização dos calendários escolares e adequada preparação dos professores;(20) "item 2.2": o calendário escolar é sempre adequado às peculiaridades locais, inclusive climáticas e econômicas, a critério do respectivosistema de ensino, sem, com isso, reduzir o número total de horas letivas previsto (arts. 24, 31 e 47, LDB);(21) "item 2.3": a instituição ou rede de ensino, no âmbito de sua autonomia, gerem o calendário escolar para compatibilizar esses parâmetros naconsecução dos projetos pedagógico e orçamentário;(22) "item 2.4": a obrigatoriedade de manutenção do padrão de ensino na reorganização do calendário (o que presume ausência de repetição deconteúdos para progresso contínuo do alunado) e a adoção, sempre precedida de estudos, de consultas às comunidades e de autorização dorespectivo colegiado educacional:(22.1) reposição da carga horária de forma presencial ao fim do período de emergência;(22.2) a realização de atividades pedagógicas não presenciais (a serem mediadas ou não por tecnologias digitais de informação ou decomunicação) enquanto persistirem as restrições sanitárias para a presença de estudantes nos ambientes escolares, garantidos ainda, nomomento oportuno, todos os demais dias letivos mínimos anuais/semestrais previstos no decurso do calendário;(22.3) ampliação da carga horária diária com a realização de atividades pedagógicas não presenciais (a serem mediadas ou não por tecnologiasdigitais de informação e comunicação) concomitante ao período das aulas presenciais, quando do retorno às atividades;(23) "item 2.5": ainda que adotadas medidas para que o ano escolar coincida com o ano civil, a exemplo de (1) dias não previstos (feriados, fériase fins de semana) e (2) a ampliação da jornada com acréscimo de horas em um turno ou a utilização do contraturno para atividades escolares,não era garantido que os calendários de 2021 e 2022 (como aconteceria no pós-guerra) não fossem prejudicados;(24) "item 2.6": a educação à distância (ou remota) está, no Brasil, intimamente ligada a:(24.1) uso de tecnologias informacionais e/ou comunicação telemáticas (depende, assim, da aquisição prévia de equipamentos pelo alunado, sejaqual for: rádio, telefone, computador; devendo ser compatível com mídias repassadas, condicionadas à capacidade de armazenamento e/oumemória, a versão do software/firmware; bem como ter aparatos para recebimento dessas informações, já que não basta o veículo de envio ourecebimento, mas é elementar o meio de ligação entre eles: a energia/bateria para ligar o rádio, a internet para acesso ao conteúdo);(24.2) exigências específicas para a convalidação do ato à distância como conteúdo (deliberação minudente da autoridade que é responsável, aexemplo dos próprios pareceres do CNE como eixo de embasamento de "possível de se fazer à distância") e;(24.3) autorização de oferta da modalidade (concedida pela autoridade educacional competente);(24.4) mesmo essas instituições "EAD" devem disponibilizar, física e estruturadamente, os locais de acesso a esses instrumentos, bem comorealizar encontros presenciais em seus polos;(24.5) para não reforçar ou, do jeito que está, aumentar inda mais o fosso da desigualdade em oportunidades educacionais, pesa a realidade deacesso dos estabelecimentos, estudantes e servidores às tecnologias (principalmente os interiores, as educações especial e campestre, assimcomo o aluno pobre, que enfrenta cotidianamente problemas bem mais graves que o acesso à educação/tecnologia);(24.6) excepcionalmente, atividades que dispensem os meios de tecnologia/comunicação à distância;(24.7) a proposta pedagógica engloba, além do (1) conteúdo do respectivo ano/modalidade, (2) frequência exigível e (3) a efetiva orientação (4)por professores habilitados/capacitados (por certo, na dinâmica telemática e/ou à distância), devendo ainda (6) incluir os desenvolvimentos daaprendizagem e habilidades previstas na Base Nacional Comum Curricular (BNCC);(24.8) atividades não presenciais são condicionadas ao amplo leque de outras oportunidades efetivas de alcance, igualitário entres os alunos, doobjetivo educacional, ou seja:(24.8.1) não somente pelos instrumentos digitais (videoaulas, conteúdos em plataformas virtuais de ensino e aprendizagem, redes sociais, correioeletrônico, blogues etc), mas, e principalmente dada a situação piauense, conjuntamente:(24.8.2) programas de televisão ou rádio;(24.8.3) adoção de material didático impresso (apostila ou o livro, de preferência, com anotações do professor), com orientações pedagógicasdistribuído aos alunos e seus pais ou responsáveis;(24.8.4) orientação acerca das leituras, projetos, pesquisas, atividades e exercícios indicados nos materiais didáticos propostos;(24.8.5) auxílio da comunicação durante todo o processo (a totalidade da comunidade escolar deve saber das medidas);(24.8.6) elaboração de guias para orientação das rotinas de atividades educacionais não presenciais (direcionada às famílias e estudantes), sobsupervisão de professores e dirigentes escolares;(24.8.7) orientação sobre planejamento individual de estudos (abarcado nele, o acompanhamento das atividades não presenciais por mediadores

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familiares);(24.8.8) apossado desse plano, a possibilidade de verificação, nesse registro orientado, de: (1) memória de estudos, (2) porrifólio de atividadesdesenvolvidas, (8.3) parâmetro para reconstituição de fluxo sequenciado dos trabalhos realizados pelos estudantes;(25) "item 2.9", nos anos finais do ensino fundamental e, de seu modo, no ensino médio, "as dificuldades cognitivas para realizar de atividadeson-line são reduzidas ao longo do tempo com a maior autonomia dos estudantes, sendo que a supervisão de adultos pode ser feita por meio deorientações e acompanhamentos com o apoio de planejamentos, metas, horários de estudo presencial ou virtual". Ou seja, sem descurar detodos os quesitos já expostos, imperiosos na aplicação conjunta (itens 1 a 3, deste expediente):(25.1) a elaboração de sequências didáticas construídas em consonância com as habilidades e competências preconizadas por cada área deconhecimento na BNCC;(25.2) utilização, quando possível, de horários de TV aberta com programas educativos para adolescentes e jovens;(25.3) a distribuição de vídeos educativos, de curta duração, por plataformas digitais, sem a necessidade de conexão simultânea, seguidos dasatividades a serem realizadas com supervisão de pais e/ou responsáveis;(25.4) a realização de atividades on-line síncronas de acordo com a disponibilidade tecnológica e, a impossibilitados, assíncronas;(25.5) estudos dirigidos, pesquisas, projetos, entrevistas, experiências, simulações e outros;(25.6) realização de testes on-line ou por meio de material impresso, entregues ao final do período de suspensão das aulas; e(25.7) a utilização de mídias sociais de longo alcance social (WhatsApp, Facebook, Instagram) para estímulo e orientação dos estudos, desdeque observadas as idades mínimas para uso de cada uma dessas redes sociais;(26) "item 2.10", nos cursos integrados ao ensino médio, já que a carga horária é maior que o ensino regular, a observância do disposto para aeducação básica (itens 2.7 e 2.8, do dito parecer - legislação não prevê autorizativo, ainda que excepcionalmente, para essa modalidade remotae as dificuldades enfrentadas com a solidez do conteúdo apresentado - diferente do contexto federal, que conta com autorização específica), bemcomo a regulamentação da prática requerida para a complementação da formação, junto de formas de avaliação de aprendizado e conclusão;(27) "item 2.11", conciliação entre a incerteza do mercado de trabalho no contexto da pandemia, condições pessoais de vida dos alunos daeducação de Jovens e Adultos (EJA) e as peculiaridades do ensino diferido no contraturno laboral, geralmente, a noite. Com as ferramentas dediálogo com o alunado para garantida do padrão de qualidade do ensino, independente da modalidade;(28) "item 2.13", adoção de medidas de acessibilidade para a abrangência, sem exclusão, da educação especial, com:(28.1) articulação entre professores especializados e famílias para organização, observado o respectivo plano especial individual, decumprimento das atividades do projeto pedagógico;(28.2) em relação ao Antedimento Educacional Especializado (AEE), atuação dos professores especializados, professores regentes da rede eequipe escolar para disponibilização de suporte material - com provimento de orientações específicas, dada a singularidade de cada aluno - àsrespectivas famílias;(28.3) atenção especial à sociolinguística dos estudantes com surdez, cegueira, usuários de codificações/sinais específicos ou que apresentemcomprometimento em interação e/ou comunicação;(28.4) a transversalidade de aplicação de todos os quesitos já apresentados a esse alunado;(29) "item 2.14", a educação do campo, indígena, quilombola e dos povos tradicionais é, sempre, singular. Com fito de "finalizar o ano letivo de2020", a escola poderá adotar:(29.1) conjugadamente: uma parte das atividades escolares em horário normal de aula e a outra na forma de estudos dirigidos e atividades naspróprias comunidades, desde que estejam no projeto pedagógico da instituição, para a garantia de iguais condições de aprendizagem entre osestudantes;(29.2) ampliação de turnos, pesquisa e extensão, atividades culturais, a depender do planejamento, por cada série/ano/ciclo, por condicionadodas deliberações feitas em cada comunidade;(29.3) projetos pedagógicos próprios e específicos para cada uma das comunidades/escolas;(29.4) participação obrigatória dos conselhos de educação (e dos levantamentos e deliberações por eles formulados);(29.5) excepcionalmente e desde que cumpridos os mesmos quesitos transversais das outras modalidades, a educação remota e atividades nãopresenciais, sempre com a articulação entre todos os respectivos conselhos e comunidades interessadas;(30) "item 2.16", as avaliações e exames - de cunho geral - devem sempre observar e garantir:(30.1) as ações de reorganização dos calendários de cada sistema de ensino em seus cronogramas;(30.2) em qualquer âmbito (municipal, estadual ou nacional), a avaliação equilibrada, com oportunidades iguais a todos os dela participam (daí anecessidade de equivalência entre todos);(30.3) os conteúdos curriculares efetivamente oferecidos aos estudantes, levando em conta o contexto da pandemia, para evitar o aumento dareprovação e do abandono dos ensinos fundamental e médio (retrocesso impensável e inconstitucional);(30.4) os instrumentos avaliativos para subsidiar o trabalho das escolas e dos professores, tanto no período de realização das atividades nãopresenciais, quando do retorno às aulas presenciais:(30.4.1) questionário de autoavaliação;(30.4.2) espaço para a verificação de aprendizagem de forma discursiva (indiciativo de mensuração de conhecimento);(30.4.3) sondagem da compreensão de conteúdos passados de forma remota;(30.4.4) lista de exercícios acerca dos principais conteúdos abordados durante as atividades remotas;(30.4.5) atividades pedagógicas (como as trilhas e materiais complementares) construídas com fim de avaliação diagnóstica após devolução dosestudantes, virtualmente ou no retorno das aulas;(30.4.6) acesso às videoaulas como participação (indicadores do relatório de uso);(30.4.7) pesquisa científica sobre determinado tema (com objetivos, hipóteses, metodologias, justificativa, discussão teórica e conclusão);(30.4.8) materiais vinculados aos conteúdos estudados: cartilhas, roteiros, história em quadrinhos, mapas mentais, cartazes;(30.4.9) avaliação oral individual, ou em pares, acerca de temas estudados previamente.(31) "item 2.17", na reorganização dos calendários escolares, o cumprimento da carga horária mínima prevista poderá ser feito:(31.1) reposição da carga horária de forma presencial ao final do período de emergência;(31.2) cômputo da carga horária de atividades pedagógicas não presenciais realizadas enquanto persistirem restrições sanitárias para presençade estudantes nos ambientes escolares coordenado com o calendário escolar de aulas presenciais; e(31.3) cômputo da carga horária de atividades pedagógicas não presenciais/remotas (mediadas ou não por tecnologias digitaisde informação/comunicação), realizadas de forma concomitante ao período das aulas presenciais, quando do retorno às atividades;(32) "item 2.17", na escolha das alternativas (item retro): (32.1) reposição de carga horária de forma presencial se darápela programação de atividades escolares no contraturno ou em datas programadas no calendário original, como dias não letivos, podendo seestender para o ano civil seguinte;(32.2) por atividade pedagógica não presencial é entendido o conjunto de atividades realizadas com mediação tecnológica ou não a fim degarantir atendimento escolar essencial durante o período de restrições para realização de atividades escolares com a presença física deestudantes na unidade educacional da educação básica ou do ensino superior;(33) "item 2.17", cada sistema de ensino, ao normatizar essa reorganização dos calendários escolares, deve considerar:(33.1) asseguração das formas de alcance das competências e objetivos de aprendizagem relacionados à BNCC e/ou proposta curricular de cadasistema, rede, instituição de ensino da educação por todos os estudantes;(33.2) a possibilidade de retorno gradual das atividades com a presença física dos estudantes e de profissionais da educação na unidade de

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2.4. 2ª PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE BARRAS-PI12200

ensino, seguindo orientações das autoridades sanitárias;(33.3) destinação, ao final da suspensão das aulas, períodos no calendário escolar para:(33.3.1) acolhimento e reintegração social dos professores, estudantes e suas famílias, para superar os impactos psicológicos do longo períodode isolamento social, com a realização de um amplo programa de formação dos professores para prepará-los para este trabalho de integração.Na medida do possível, envolver os diálogos com trocas de experiências sobre este período (dadas as diferentes percepções das diferentesfaixas etárias), junto da organização de apoio pedagógico, de diferentes atividades físicas e de ações de educação alimentar e nutricional, entreoutros;(33.3.2) avaliação diagnóstica de cada criança por meio da observação de desenvolvimento quanto aos objetivos e propostas de aprendizado ede habilidades nas atividades pedagógicas não presenciais, com programa de recuperação, se necessário, para que todas as crianças possamdesenvolver, de forma plena, o esperado de cada uma ao fim de seu ano letivo. Os critérios e mecanismos de avaliação diagnóstica definidospelos sistemas de ensino, redes de escolas públicas e particulares, considerando as especificidades do currículo proposto pelas respectivasredes ou escolas;(33.3.2) programas de revisão de atividades realizadas antes do período de suspensão das aulas, bem como eventuais atividades pedagógicasrealizadas de forma não presencial;(33.3.3) segurança sanitária das escolas, com reorganização do espaço físico e oferecimento de orientações permanentes aos alunos quanto aoscuidados a serem tomados nos contatos físicos com os colegas de acordo com o disposto pelas autoridades;(33.3.4) a sistematização e registro de todas as atividades pedagógicas não presenciais, durante o confinamento, para fins de comprovação eautorização de composição de carga horária por meio das entidades competentes;(33.3.5) critérios e mecanismos de avaliação ao final do ano letivo de 2020, levando em conta os objetivos de aprendizagem efetivamentecumpridos pelas escolas e redes de ensino, de modo a evitar o aumento da reprovação e do abandono escolar;(33.3.6) previsão de períodos de intervalos para recuperação física e mental de professores e estudantes, prevendo períodos, ainda que breves,de recesso escolar, férias e fins de semana livre;(33.3.7) a impossibilidade, em algumas escolas, de realização de atividades presenciais no contraturno para a reposição de carga horária,devendo para isso justificar as dificuldades encontradas;(34) "item 2.17", junto de todos os apontamentos acima, ao deliberar da possibilidade de realização de atividades pedagógicas não presenciais,para cumprimento de carga horária mínima exigida por lei e reduzir a reposição presencial, o sistema de ensino deverá observar, com atenção:(34.1) o cômputo dessa carga horária somente mediante a publicação pela instituição ou rede de ensino do planejamento das atividadespedagógicas não presenciais indicando:(34.1.1) os objetivos de aprendizagem da BNCC relacionados ao respectivo currículo e/ou proposta pedagógica;(34.1.2) os instrumentos de interação (mediadas ou não por tecnologias digitais de informação e comunicação) com o estudante para atingir taisobjetivos;(34.1.3) a estimativa de uma carga horária equivalente para o atingimento deste objetivo de aprendizagem, levando em conta as formas deinteração previstas;(34.1.4) a forma de registro de participação dos estudantes, a partir da realização das atividades entregues (digital, durante o período desuspensão das aulas ou, ao final, fisicamente com a apresentação digital ou física), relacionadas com os planejamentos de estudo encaminhadospela escola e às habilidades e objetivos de aprendizagem curriculares;(34.1.5) as formas de avaliação não presenciais durante essa situação de emergência ou, presencial e fisicamente após o fim da suspensão dasaulas;(34.2) a previsão de garantias de atendimento dos objetivos de aprendizagem para estudantes e/ou instituição de ensino com dificuldades derealizar atividades pedagógicas não presenciais;(34.3) a realização de processo complementar e especial de formação pedagógica de professores para uso dessas metodologias, com mediaçãotecnológica ou não, empregadas nas ações remotas;(34.4) orientação aos pais e estudantes sobre a utilização das metodologias, com mediação tecnológica ou não, empregadas nas atividadesremotas.6. Dispensadas todas as recomendações anteriores, que jamais devem ser ignoradas, pois apontam direcionamentos normativos à gestãoescolar (evitando a incoerência em ilegalidades e, por causa disso, posterior responsabilização), o dito parecer CNE nº 5/2020 foi elaborado em28.04.2020, homologado aos 01.06.2020 e começou a produzir seus efeitos apenas em 02.06.2020;7. A modalidade remota na rede estadual de ensino foi adotada a partir de 08.04.2020 (antes da elaboração do parecer e de todas as diretrizesapontadas por todas as opiniões, inclusive por consulta pública nacional, que precederam as deliberações do colendo - Resolução CEE/PI nº061/2020, em 26.03.2020; ESTRATÉGIAS E DIRETRIZES SOBRE O REGIME ESPECIAL DE AULAS DA REDE PÚBLICA ESTADUAL DEENSINO DO PIAUÍ, DURANTE A VIGÊNCIA DO DECRETO QUE AS SUSPENDE, NO AMBIENTE ESCOLAR, COMO MEDIDA PREVENTIVA ÀDISSEMINAÇÃO DA DOENÇA COVID-19 E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS, em 06.04.2020).8. Levando à conta apenas o MUNICÍPIO DE JOSÉ DE FREITAS, ainda que a suspensão durasse até o começo do calendário letivo do anovindouro (2021), em uma situação de normalidade, esses dados não seriam preparados com tanta rapidez como fez a rede estadual de ensino (aíincluído o respectivo colendo educacional).9. Um simples expediente sobre gastos não foi respondido. A ausência da resposta é contraditória com a rapidez com a qual o Estado do Piauí -inclusive antes de praticamente todos os normativos e orientações sobre o tema - expedisse normas sobre as atividades escolares nãopresenciais durante o período da pandemia;10. Bem por isso, a recomendação e a requisição veiculadas neste expediente não terão qualquer dificuldades para serem acatadas/fornecidas;11. Para prevenir responsabilidades, e tendo em vista a falta de resposta ao ofício 168.06/2020, registro dois dispositivos aplicáveis quando nãohá o atendimento às requisições do Ministério Público: (a) Lei 7.347/1985 (Ação Civil Pública): "Art. 10. Constitui crime, punido com pena dereclusão de 1 (um) a 3 (três) anos, mais multa de 10 (dez) a 1.000 (mil) Obrigações Reajustáveis do Tesouro Nacional - ORTN, a recusa, oretardamento ou a omissão de dados técnicos indispensáveis à propositura da ação civil, quando requisitados pelo Ministério Público; (b) A Lei8.429/1992 (Improbidade Administrava): "Art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da administraçãopública qualquer ação ou omissão que viole os deveres de honestidade, imparcialidade, legalidade, e lealdade às instituições, e notadamente: IV- negar publicidade aos atos oficiais";RESOLVE, pois, em relação ao Excelentíssimo Senhor ELLEN GERA DE BRITO MOURA, Secretário Estadual de Educação:I. RECOMENDAR cumprimento integral do PARECER CNE Nº 05/2020 (como também de todos os quesitos aqui listados);II. REQUISITAR, em dez dias, contados do recebimento deste: (a) resposta ao ofício 168.06.2020 (em 01.06.2020); (b) informações,comprovadas, sobre o cumprimento de cada um dos quesitos apresentados (item 3, desta), para que sejam retomadas as aulas da rede estadualem José de Freitas.Teresina, 17 de junho de 2020Flávio Teixeira de Abreu JúniorPromotor de Justiça

PORTARIA N° 22/2020 (INQUÉRITO CIVIL Nº 07/2020-MPPI/2PJB)

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2.5. 2ª PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE PICOS-PI12201

O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, através da 2ªPromotoria de Justiça de Barras, no uso das atribuições previstas no artigo 32, inciso XX, da Lei Complementar Estadual nº 12/93 e artigo 26,inciso I da Lei Federal n.º 8625/931, e com fulcro no disposto no artigo 129, inciso III da Constituição Federal e no artigo 8º, §1º, da Lei nº7.347/85.CONSIDERANDO que o artigo 127 da Constituição Federal dispõe que "o Ministério Público é instituição permanente, essencial à funçãojurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis";CONSIDERANDO que ao Ministério Público cabe exercer a defesa dos direitos assegurados na Constituição Federal sempre que for necessáriaa garantia do seu respeito pelos poderes municipais, nos termos do artigo 27, inciso I, da Lei nº 8.625/1993;CONSIDERANDO que, em caso de situações de violação às normas jurídicas por pessoas físicas ou jurídicas, incumbe ao Ministério Públicopromover o inquérito civil e a ação civil pública para a anulação ou declaração de nulidade de atos lesivos ao patrimônio público ou à moralidadeadministrativa do Estado ou de Município, de suas administrações indiretas ou fundacionais ou de entidades privadas de que participem (artigo25, inciso IV, "b", da Lei nº 8.625/1993);CONSIDERANDO que, conforme estatui o art. 37, caput, da Constituição Federal, a administração pública direta e indireta de qualquer dosPoderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de Legalidade, Moralidade, Eficiência, Publicidadee Impessoalidade;1 Art. 26. No exercício de suas funções, o Ministério Público poderá:- instaurar inquéritos civis e outras medidas e procedimentos administrativos pertinentes e, para instruí-los:expedir notificações para colher depoimento ou esclarecimentos e, em caso de não comparecimento injustificado, requisitar condução coercitiva,inclusive pela Polícia Civil ou Militar, ressalvadas as prerrogativas previstas em lei;requisitar informações, exames periciais e documentos de autoridades federais, estaduais e municipais, bem como dos órgãos e entidades daadministração direta, indireta ou fundacional, de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;promover inspeções e diligências investigatórias junto às autoridades, órgãos e entidades a que se refere a alíneaanterior;- requisitar informações e documentos a entidades privadas, para instruir procedimentos ou processo em que oficie;CONSIDERANDO serem funções institucionais do Ministério Público, nos termos do artigo 129, inciso III, da Constituição Federal, promover oinquérito Civil e a ação civil pública para a defesa dos interesses difusos e coletivos;CONSIDERANDO a Notícia de Fato instaurada, registrada sob o nº 03/2020 (SIMP nº 000083-138/2020), a partir de requerimento feito pelaComissão de Direitos dos Consumidor da OAB Subseção Barras/PI, onde solicita tomada de providências deste Órgão Ministerial com relaçãoaos péssimo estado em que se encontra a PI-113, nos trecho que ligam os municípios de Barras, Cabeceiras, José de Freitas e Teresina;CONSIDERANDO que, para melhor apuração e elucidação dos fatos investigados, necessário se faz a instauração de Inquéritos Civisespecíficos;CONSIDERANDO a necessidade de conversão deste procedimento, uma vez que a Notícia de fato não se mostra como instrumento adequadopara acompanhar a situação fática acima descrita e de apuração de eventuais atos de improbidade administrativa e lesão ao patrimônio públicopara se buscar a devida reparação;RESOLVE-SE instaurar INQUÉRITO CIVIL a fim de analisar o requerimento oriundo da Comissão de Direitos do Consumidor da OAB SubseçãoBarras, que solicita tomada de providências deste Órgão Ministerial com relação aos péssimo estado em que se encontra a PI-113, nos trechoque ligam os municípios de Barras, Cabeceiras, José de Freitas e Teresina.Desde já, adoto as seguintes providências:Registro e autuação da presente portaria;Arquive-se cópia da presente portaria em pasta própria desta Promotoria de Justiça, bem como seja dada publicidade à mesma;Conversão da NOTÍCIA DE FATO registrada sob o nº 03/2020 (SIMP nº 000083-138/2020) em INQUÉRITO CIVIL;Expedição de ofício ao Departamento de Estradas de Rodagem do Piauí- DERPI, requisitando informações sobre quais medidas estão sendo adotadas para a resolução dos problemas na PI-113, mais precisamentenos trechos que ligam os municípios de Barras, Cabeceiras, José de Freitas e Teresina.<>Para secretariar os trabalhos, nomeio os assessores de promotoria, Erica Micaele da Silva Nascimento (matrícula 15.224) e Wesley AlvesResende (matrícula 15.493) e Francisco de Assis Alves da Silva (Técnico Ministerial, matrícula 388); Proceda-se à comunicação da instauraçãodo presente Inquérito Civil ao Conselho Superior do Ministério Público;A fim de ser observado o artigo 9º da Resolução nº 23 do CNMP, deve serrealizado o acompanhamento de prazo inicial de 01 (um) ano para conclusão do presente inquérito civil, mediante certidão nos autos após o seutranscurso.Após realização das diligências supra, tornem os autos conclusos para ulteriores deliberações.Barras/PI, 13 de fevereiro de 2020.Glécio Paulino Setúbal da Cunha e SilvaPromotor de Justiça Titular da 2ª Promotoria de Justiça

Ref. ao ICP nº 19/2018 SIMP 000070-088/2018DECISÃO DE ARQUIVAMENTOTrata-se de Inquérito Civil (SIMP nº 000070-088/2018) instaurado visando a implantação do Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo -SINASE; e elaboração e implementação do Plano Municipal de Atendimento Socioeducativo no Município de Wall Ferraz-PI.O referido procedimento foi instaurado em razão do ofício circular nº 08/2016, pelo qual a Coordenadora do CAODIJ, em atenção àRecomendação nº 26, de 28 de janeiro de 2015 do CNMP, solicitou às Promotorias de Justiça a instauração e adoção das providênciasnecessárias a implantação do Plano Municipal de Atendimento Socioeducativo.Foram expedidos ofícios nº 505/2018 e 506/2018, respectivamente, à Presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e doAdolescente e ao Prefeito do Município de Wall Ferraz-PI , requisitando informações acerca da elaboração do Plano Municipal de AtendimentoSocioeducativo e, em caso positivo, que fosse comunicado se foi aprovado pelo Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente,com envio de documentos comprobatórios.Após recebimento do referido plano, o Centro de Apoio Operacional da Defesa da Criança e do Adolescente proferiu parecer técnico jurídico n.10/2019, apontando algumas irregularidades, motivo pelo qual o Prefeito do Município de Wall Ferraz-PI foi oficiado para adequar o PlanoMunicipal de Atendimento Socioeducativo daquela urbe às sugestões do CAODIJ.Em seguida, foi juntado aos autos o Plano Municipal de Atendimento Socioeducativo do Município de Wall Ferraz-PI, demonstrando oatendimento da pretensão deste Inquérito Civil.Frise-se que o referido plano foi devidamente analisado pelo CAODIJ, conforme pareceres técnicos nº 10/2019 e 13/2020.Em razão de todo o exposto, tendo em vista a elaboração do plano e consequente resolutividade do feito, e com fundamento no artigo 10, §§ 1º e2º, da Resolução nº 23/2007, do Conselho Nacional do Ministério Público, determino o arquivamento deste Inquérito Civil, com a remessa dosautos ao CSMP, juntamente com a promoção de arquivamento.Extraia-se cópia do Plano Municipal de Atendimento Socioeducativo no Município de Wall Ferraz-PI e oficie-se aos Juízos da Infância eJuventude e aos Juízos responsáveis pela apuração de ato infracional (3ª e 3ª Vara Auxiliar; 4ª e 4ª Vara Auxiliar e 5ª Vara Criminal de Picos.

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2.6. 12ª PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE TERESINA-PI12202

2.7. PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE JERUMENHA-PI12203

Envie-se as sugestões do CAODIJ à Secretária de Assistência Social do Município de Wall Ferraz-PI. Publique-se esta decisão no Diário do MP-PI.Solicite-se o material mencionado pelo CAODIJ e envie para o e-mail desta agente ministerial para adoção das providências cabíveis quanto aregularização do FIA de Wall Ferraz. Certifique-se nos autos.Após, arquive-se com as baixas e registros necessários. Cumpra-se.Picos-PI, 08 de junho de 2020.Itanieli Rotondo SáPromotora de Justiça

PORTARIA 12ª PJ Nº 70/2020PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO Nº 11/2020Objeto: acompanhar a Ação Civil Pública nº 0813457-61.2020.8.18.0140, que visa a regularização dos estoques de medicamentos do "ElencoEstadual" na "Farmácia do Povo".O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, através da 12ª Promotoria de Justiça de Teresina, no uso das atribuições previstas nos arts.129, III, da CF/88 e art. 8º, III e IV, da Resolução CNMP Nº 174/2017;CONSIDERANDO que incumbe ao Ministério Público "a defesa dos interesses sociais e individuais indisponíveis (art.127 da CF/88);CONSIDERANDO que a Constituição Federal estabelece, em seu artigo 196, que a saúde é direito de todos e dever do Estado, garantidomediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doenças e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário àsações e serviços para a sua promoção, proteção e recuperação;CONSIDERANDO que a Lei Complementar nº 141/2012 define em seu art. 20 que "as transferências dos Estados para os Municípios destinadasa financiar ações e serviços públicos de saúde serão realizadas diretamente aos Fundos Municipais de Saúde, de forma regular e automática";CONSIDERANDO que o Componente Especializado da Assistência Farmacêutica (CEAF) é regulamentado pelas Portarias de ConsolidaçãoGM/MS nº 02/2017 e 06/2017, sendo uma estratégia de acesso a medicamentos no âmbito do SUS cujo objetivo é a garantia da integralidade dotratamento medicamentoso em todas as fases das patologias elencadas;CONSIDERANDO que a lei nº 8.080/90, em seu artigo 6º, inciso I, alínea "d", esclarece que "estão incluídas no campo de atuação do SistemaÚnico de Saúde (SUS) [...] a assistência terapêutica integral, inclusive farmacêutica";CONSIDERANDO o recorrente desabastecimento de medicamentos que compõem o chamado "elenco estadual", fármacos estes necessários aocontrole de diversas enfermidades;CONSIDERANDO a Ação Civil Pública nº 0813457-61.2020.8.18.0140, em desfavor do Estado do Piauí, que visa a regularização dos estoquesde medicamentos do "Elenco Estadual" na "Farmácia do Povo".;CONSIDERANDO que o Procedimento Administrativo, instituído pela Resolução CNMP Nº 174/2017, é o instrumento adequado para apurar fatoque enseje a tutela de interesses individuais indisponíveis e embasar outras atividades não sujeitos a inquérito civil;RESOLVE:Instaurar o Procedimento Administrativo Nº 11/2020, a fim de acompanhar a Ação Civil Pública nº 0813457-61.2020.8.18.0140, que visa aregularização dos estoques de medicamentos do "Elenco Estadual" na "Farmácia do Povo", determinando desde logo:a) Autuação da presente Portaria, juntamente com os documentos que originaram sua instauração e registro dos autos em livro próprio destaPromotoria de Justiça, conforme determina o Art. 8º da Resolução nº 001/2008, do Colendo Colégio de Procuradores de Justiça do Estado doPiauí;b) Nomeação do Sr. Renan Barros Moura Costa, Assessor de Promotoria de Justiça, para secretariar este procedimento, aplicando-se poranalogia o que determina o Art. 4º, inciso V da Resolução nº 23 do CNMP;c) Envio de cópia desta Portaria ao Conselho Superior do Ministério Público e ao Centro de Apoio Operacional de Defesa da Saúde e Cidadania -CAODS, para conhecimento, aplicando por analogia o disposto no art. 6º, § 1º, da Resolução nº 01/2008, do Colendo Colégio de Procuradores deJustiça do Estado do Piauí;d) Publique-se e registre-se esta Portaria no mural da 12ª Promotoria de Justiça e no sítio eletrônico da Procuradoria Geral de Justiça, poranalogia ao que dispõe o artigo 4º, inciso VI e artigo 7º, § 2º, inciso II, da Resolução nº 23, de 17 de setembro de 2007, do Conselho Nacional doMinistério Público;e) Junte-se ao presente procedimento Comprovante de Protocolo da supramencionada Ação Civil Pública no sistema de Processo JudicialEletrônico, bem como cópia da Inicial que originou a demanda e cópia da notícia extraída do site do MPPI em que é divulgado o ajuizamento dasupramencionada ação.Publique-se e Cumpra-se.Teresina, 18 de junho de 2020.ENY MARCOS VIEIRA PONTESPromotor de Justiça- 12ª PJ

RECOMENDAÇÃO ADMINISTRATIVA Nº. 21/2020PROCEDIMENTO Nº. 07/2010À Exma. Sra.Aldara Rocha Leal Vilar PintoDD Prefeita Municipal de JerumenhaO MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE PIAUÍ, por sua representante, com atuação na Promotoria de Justiça de Jerumenha, no uso dasatribuições que lhes são conferidas pelos arts. 127, 129, III, da Constituição Federal, art. 27, parágrafo único, inciso IV, da Lei nº 8.625/93 e art.37, incisos I, V e VI, da Lei Complementar Estadual n° 12/93:Considerando que, nos termos do art. 127 da Constituição Federal, incumbe ao Ministério Público a defesa da ordem jurídica, do regimedemocrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis;Considerando que compete ao Ministério Público expedir recomendações visando à proteção de interesses difusos e coletivos, bem como aorespeito aos interesses, direitos e bens cuja defesa lhe cabe promover, fixando prazo razoável para a adoção das providências cabíveis(Resolução CNMP n° 164/17);Considerando que a vida e a saúde constituem direitos fundamentais do ser humano, sendo de grande relevância pública;Considerando que a saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução dorisco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação,conforme previsto no artigo 196 da Constituição Federal e artigo 203 da Constituição Estadual;Considerando que o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), por meio da Comissão da Saúde, emitiu a Nota Técnica Conjunta nº01/2020 - CES/CNMP/1ª CCR, contendo subsídios para a atuação coordenada do Ministério Público voltada ao enfrentamento do COVID-19;Considerando ser o Ministério Público órgão agente da fiscalização da gestão pública de saúde, assim definido na Seção IV, Capítulo IV, da LeiComplementar Federal nº 141, de 13 de janeiro de 2012;

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Considerando que, em 30.1.2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que o surto da doença causada pelo Coronavírus (COVID-19) constitui Emergência de Saúde Pública de importância Internacional (ESPII);Considerando o notório estado de emergência presente no mundo em razão da disseminação do novo coronavírus COVID-19, levando aOrganização Mundial da Saúde - OMS a declarar situação de pandemia no dia 11.3.2020, ao passo em que pleiteou, por parte de todos ospaíses, uma "ação urgente e agressiva" para sua contenção;Considerando que a classificação da situação mundial do novo coronavírus (COVID-19, SARSCoV-2) como pandemia significa o risco potencialda doença infecciosa atingir a população mundial de forma simultânea, não se limitando a locais que já tenham sido identificadas como detransmissão interna;Considerando que a progressão do coronavírus COVID-19 tem sido exponencial em todo o mundo, de forma tal que todos os Governos -incluído o brasileiro - têm buscado tomar as medidas de forma urgentíssima. É certo que cada país apresenta uma trajetória distinta no númerode casos confirmados, tendo em vista diversos fatores que influenciam a propagação da doença pulmonar causada e ao volume de testesdisponibilizados para a sua detecção;Considerando o Decreto nº 18.884, de 16 de março de 2020, que regulamenta a lei nº 13.979/2020, para dispor no âmbito do Estado do Piauí,sobre as medidas emergência de saúde pública de importância internacional e tendo em visa a classificação da situação mundial do novocoronavírus;Considerando a deflagração de situação de calamidade pública pelo Governo do Estado do Piauí, por meio do Decreto n° 18.895, de 19 demarço de 2020;Considerando que a Constituição Federal determina que as ações e os serviços de saúde são de relevância pública, integrando uma rederegionalizada - com direção única em cada esfera de governo - e hierarquizada que, em sua totalidade, constituindo um sistema único de saúde,ex vi arts. 197 e 198;Considerando que é dever do Estado - nos diferentes níveis da federação - de pautar a sua atuação em estrita observância à garantia demáxima efetividade quando se tratar de matérias afetas a direitos e garantias fundamentais, notadamente ao direito social à saúde ameaçado porocasião da pandemia COVID-19, pelo que estas exigem prestações positivas do Estado;Considerando que a garantia de máxima efetividade somente pode ser alcançada objetivamente se as ações estatais forem fundadas emcritérios técnicos, apurados pelos órgãos com a atribuição constitucional, legal e regulamentar para tal, como balizado pelo Supremo TribunalFederal no entendimento firmado na ADI 4066;Considerando o disposto na Lei n° 13.979, de 06 de fevereiro de 2020, que dispõe sobre as medidas para enfrentamento da emergência desaúde pública de importância internacional em virtude do coronavírus;Considerando que dentre as medidas emergenciais adotadas pela Lei nº 13.979/2020, pode-se dar destaque à criação de nova hipótese dedispensa de licitação para aquisição de bens, serviços, inclusive de engenharia, e insumos destinados ao enfrentamento da emergência de saúdepública de importância internacional decorrente do coronavírus, sendo consideradas presumidas: a) a ocorrência de situação de emergência; b) anecessidade de pronto atendimento da situação de emergência; c) a existência de risco a segurança de pessoas, obras, prestação de serviços,equipamentos e outros bens, públicos ou particulares; e d) a limitação da contratação à parcela necessária ao atendimento da situação deemergência;Considerando que no seu art. 4º, referida legislação, aplicável a todos os entes políticos (União, Estados, Municípios e Distrito Federal), éexpressa ao prever que a dispensa de licitação baseada na emergência em razão do COVID-19 é temporária e deve ser aplicada apenasenquanto perdurar a emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus COVID-19;Considerando que dentre os requisitos legais exigidos, a nova legislação prevê a disponibilização, em sítio eletrônico específico, de todas ascontratações ou aquisições realizadas, verbis:"Art. 4º§ 2º - Todas as contratações ou aquisições realizadas com fulcro nesta Lei serão imediatamente disponibilizadas em sítio oficial específico narede mundial de computadores (internet), contendo, no que couber, além das informações previstas no § 3º do art. 8º da Lei no 12.527, de 18 denovembro de 2011, o nome do contratado, o número de sua inscrição na Receita Federal do Brasil, o prazo contratual, o valor e o respectivoprocesso de contratação ou aquisição"Considerando que, conforme a Nota Técnica 01/2020 do TCE/PI, por meio de seu item 6.10, deve ser publicada, sem prejuízo da imediatadisponibilização em sítio eletrônico oficial na rede mundial de computadores (internet) das informações relativas às contratações decorrentes daLei nº 13.979/2020, com todos os elementos previstos no § 2º do art. 4º desta lei - nome do contratado, número de sua inscrição na ReceitaFederal do Brasil, prazo contratual, valor e o respectivo processo de contratação ou aquisição -, além dos exigidos na Lei nº 12.527/2011 (Lei deAcesso à Informação), deve ser efetuada a publicação resumida do instrumento de contrato, bem como de eventuais aditamentos, na imprensaoficial, nos termos dispostos no parágrafo único do art. 61 da Lei nº 8.666/1993;Considerando a Nota Técnica exarada pelo Gabinete de Acompanhamento e Prevenção ao COVID-19 do Ministério Público do Estado do Piauí,orientando os gestores estaduais sobre as compras e serviços contratados pelos entes municipal e/ou estadual, no âmbito do Piauí, fundados nodecreto de situação de emergência ou de calamidade pública em virtude da pandemia do COVID-19, para aquisição de bens, serviços e insumosdestinados ao enfrentamento da emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do coronavirus;Considerando a efetivação da política de transparência da administração pública, como vincula o art. 4º, parágrafo 2º, da Lei 13.979/2020, e deacordo com o item 5.14, da Nota Técnica 01/20, do TCE/PI; e do item 7, da Nota Técnica Orientativa do Gabinete de Acompanhamento ePrevenção à COVID19 (GAP-COVID19), do Ministério Público do Piauí, devendo o Ente Público criar uma aba específica no portal datransparência de seu sítio eletrônico, alimentando-a diariamente e apresentando de forma discriminada os valores orçamentários e a execução dedespesas, como decretos e atos administrativos que autorizam realocação de recursos ou abrem créditos adicionais, contratos administrativos deprestação e fornecimento de bens e serviços, nota de empenho, liquidação e pagamento, descrição do bem e/ou serviço, o quantitativo, o valorunitário e total da aquisição, a data da compra e o nome do fornecedor, inclusive CNPJ, ou seja, todas as receitas e gastos públicos relacionadosespecificamente ao enfrentamento e mitigação da pandemia decorrente do COVID-19;Considerando a necessidade de ampla publicidade dos gastos públicos realizados, deve ser levado em conta que a celeridade necessária paraas aquisições em comento não significa uma atuação que possa, de alguma forma, contrariar os princípios da legalidade, impessoalidade,moralidade, publicidade, eficiência, isonomia, seleção da proposta mais vantajosa para a Administração, promoção do desenvolvimento nacionalsustentável, bem como demais preceitos que lhe sejam correlatos. Não se trata, assim, de autorização irrestrita para aquisição desmesurada eirracional de bens e serviços, somente em razão de se estar em face de excepcional situação de emergência pandêmica;Considerando que a celeridade buscada pelo legislador, ao mitigar algumas exigências previstas na sistemática da Lei nº 8.666/93, impõe aogestor público e as entidades que desenvolvem serviço público assemelhado, o dever de cautela e de apuração das circunstâncias fáticas queorientam para eventual contratação direta sob tal fundamento;Considerando que o levantamento realizado pelo Centro de Apoio Operacional de Combate à Corrupção e Defesa do Patrimônio Público -CACOP em 16 de junho de 2020 acerca do panorama dos municípios piauienses quanto ao Portal da Transparência da covid-19 constatou queexistem 73 (setenta e três) municípios que não apresentam a publicidade dos gastos, sendo que em 66 (sessenta e seis) municípios existe umportal especifico para a Covid-19, mas sem a devida alimentação ou com impossibilidade de acesso e que em 7 (sete) municípios não existeportal especifico para divulgação de gastos com o Covid-19.Considerando que ao acessar o Portal da Transparência do Município Jerumenha foi constatado que, apesar de existir uma aba específica paraa publicação dos gastos referentes ao enfrentamento da Covid-19, não existe nenhuma informação acerca das contratações, das aquisições oudos dados exigidas pelo §2º, artigo 4º da Lei nº Lei n° 13.979/2020;

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2.8. PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE INHUMA-PI12205

Considerando o descumprimento pela Prefeitura Municipal de Jerumenha das disposições previstas no §2º, do artigo 4º da Lei Federaln°13.979/2020;Considerando que a vigente Constituição da República e a Constituição Estadual consagraram como princípio fundamental da AdministraçãoPública a publicidade (CF, art. 37, caput), bem como garantiu o direito fundamental à informação (CF, art. 5º, inciso XIV);Considerando que o princípio da publicidade, enquanto transparência da gestão, possibilita maior controle social das contas públicas, facilitandoa obtenção de dados relativos à gestão de pessoal, orçamentária e financeira e, consequentemente, reduzindo a margem de eventuais desvios,sendo, portanto, uma medida de caráter preventivo visando o direito fundamental a uma boa administração pública;Considerando que a Lei 12.527/11 (Lei de Acesso à Informação) determina que deve ser assegurado pelo Poder Público a "gestão transparenteda informação, propiciando amplo acesso a ela e sua divulgação" (art. 6, inciso I);Considerando que apesar de estarmos vivenciando um estado de calamidade pública, ainda persiste a necessidade da utilização de instrumentopara garantir a transparência da gestão, disponibilizando informações sem a necessidade de prévia requisição;Resolve RECOMENDAR à Prefeita Municipal de Jerumenha, Sra. Aldara Rocha Leal Vilar Pinto, em cumprimento às disposições deordem constitucional, legal, administrativas e outras com ela convergente, para que:a) Disponibilize, em sua aba específica para a Covid-19 no Portal da Transparência, os dados referentes às receitas e despesasrelacionadas ao combate da pandemia do Covid-19, em tempo real e de forma completa;b) na página de internet acima mencionada seja incluída a apresentação de forma discriminada dos valores orçamentários recebidos ede execução de despesas, a exemplo de contratos administrativos de prestação e fornecimento de bens e serviços, nota de empenho,liquidação e pagamento, descrição do bem e/ou serviço, o quantitativo, o valor unitário e total da aquisição, a data da compra;contendo, no que couber, os nomes dos contratados, os números de suas inscrições na Receita Federal do Brasil (CNPJs), os prazoscontratuais, os objetos e quantidades contratados, os valores individualizados contratados e os números dos respectivos processosde contratação ou aquisição, com identidade visual que torne as informações acessíveis à população, como determina o artigo 4º,parágrafo 2º, da Lei 13.979/2020;DETERMINA, assim, que seja encaminhado no prazo de 10 (dez) dias úteis para o e-mail desta Promotoria de Justiça de([email protected] ), resposta acerca das providências tomadas para cumprimento desta Recomendação.Fica o destinatário da presente recomendação advertido dos seguintes efeitos, dela advindo:a) tornar inequívoca a demonstração da consciência da ilicitude do não cumprimento do recomendado;b) caracterizar o dolo, má-fé ou ciência da irregularidade, por ação ou omissão, para viabilizar futuras responsabilizações em sede de ação civilpública por ato de improbidade administrativa quando tal elemento subjetivo for exigido;c) constituir-se em elemento probatório em sede de ações cíveis ou criminais.Resolve, ainda, determinar o Encaminhamento da presente Recomendação à Secretaria Geral do Ministério Público do Estado do Piauí para adevida publicação no Diário Eletrônico do Ministério Público, bem como ao Conselho Superior do Ministério Público CSMP/MPPI, ao Centro deApoio Operacional de Defesa da Saúde CAODS/MPPI, ao Centro de Apoio Operacional de Combate à Corrupção e Defesa do Patrimônio PúblicoCACOP/MPPI para conhecimento e o registro eletrônico da presente Recomendação no Sistema SIMP.Registre-se, publique-se e notifique-se.Jerumenha (PI), 18 de junho de 2020.ANA SOBREIRA BOTELHO MOREIRAPromotora de Justiça

RECOMENDAÇÃO ADMINISTRATIVA nº 010/2020O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, por seu representante, com atuação na Promotoria de Justiça de Inhuma-PI, no uso dasatribuições que lhes são conferidas pelos arts. 127, 129, III, da Constituição Federal, art. 8°, § 1°, da Lei n° 7.347/85, art. 25, IV, "b", da Lei n°8.625/93 e art. 36, VI, da Lei Complementar Estadual n° 12/93 e:CONSIDERANDO que, nos termos do art. 127 da Constituição Federal, incumbe ao Ministério Público a defesa da ordem jurídica, do regimedemocrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis;CONSIDERANDO que compete ao Ministério Público expedir recomendações em visando à proteção de interesses difusos e coletivos, bemcomo ao respeito aos interesses, direitos e bens cuja defesa lhe cabe promover, fixando prazo razoável para a adoção das providências cabíveis(LC N.º 73/95, art. 6º, e Lei N.º 8.625/93, art. 80);CONSIDERANDO que a Organização Mundial da Saúde, em 11 de março de 2020, declarou situação de pandemia de COVID-19, doençacausada pelo novo coronavírus (Sars-Cov-2), momento em que uma doença se espalha por diversos continentes com transmissão sustentadaentre humanos;CONSIDERANDO a Nota Técnica Conjunta nº 1/2020, elaborada pelo Conselho Nacional do Ministério Público e o Ministério Público Federal,que trata da atuação dos membros do Ministério Público brasileiro, em face da decretação de Emergência de Saúde Pública de ImportânciaNacional para o coronavírus (COVID-19), em que se evidencia "a necessidade de atuação conjunta, interinstitucional, e voltada à atuaçãopreventiva, extrajudicial e resolutiva, em face dos riscos crescentes da epidemia instalar-se no território nacional";CONSIDERANDO que, em 6 de fevereiro de 2020, entrou em vigor a Lei nº 13.979/2020, dispondo sobre as medidas para enfrentamento daemergência de saúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus, trazendo ao ordenamento jurídico previsão de váriasmedidas emergenciais a serem tomadas pelo poder público;CONSIDERANDO que dentre as medidas emergenciais trazidas pela Lei nº 13.979/2020, destaca-se a hipótese de dispensa de licitação paraaquisição de bens, serviços, inclusive de engenharia, e insumos destinados ao enfrentamento da emergência de saúde pública de importânciainternacional decorrente do coronavírus, conforme art. 4º, caput, com redação dada pelo Medida Provisória nº 926, de 20 de março de 2020;CONSIDERANDO que a Lei nº 13.979/2020 é aplicável a todos os entes políticos (União, Estados, Municípios e Distrito Federal), sendo expressaao prever que a dispensa de licitação baseada na emergência em razão do COVID-19 é temporária e deve ser aplicada apenas enquantoperdurar a emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus COVID-19;CONSIDERANDO que a hipótese de dispensa de licitação trazida pela Lei nº 13.979/2020 não afasta a incidência do dever de observância peloAdministrador Público aos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade, eficiência e demais preceitos que lhe sejamcorrelatos;CONSIDERANDO que a referida Lei trouxe determinação expressa da imprescindibilidade da disponibilização, em sítio eletrônico específico, detodas as contratações ou aquisições realizadas pelo procedimento de dispensa de licitação, verbis:"Art. 4º - (...)§ 2º - Todas as contratações ou aquisições realizadas com fulcro nesta Lei serão imediatamente disponibilizadas em sítio oficial específico narede mundial de computadores (internet), contendo, no que couber, além das informações previstas no §3º do art. 8º da Lei nº 12.527, de 18 denovembro de 2011, o nome do contratado, o número de sua inscrição na Receita Federal do Brasil, o prazo contratual, o valor e o respectivoprocesso de contratação ou aquisição"CONSIDERANDO, por conseguinte, o teor do art. 8º, §§ 2º e 3º da Lei nº 12.527/2011, que regula o direito fundamental de acesso a informaçõesprevisto nos art. 5º, XXXIII, art. 37, II, §3º, e art. 216, §2º da Constituição Federal, verbis:Art. 8º É dever dos órgãos e entidades públicas promover, independentemente de requerimentos, a divulgação em local de fácil acesso, no

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âmbito de suas competências, de informações de interesse coletivo ou geral por eles produzidas ou custodiadas.§ 2º Para cumprimento do disposto no caput, os órgãos e entidades públicas deverão utilizar todos os meios e instrumentos legítimos de quedispuserem, sendo obrigatória a divulgação em sítios oficiais da rede mundial de computadores (internet).§ 3º Os sítios de que trata o § 2º deverão, na forma de regulamento, atender, entre outros, aos seguintes requisitos:I - conter ferramenta de pesquisa de conteúdo que permita o acesso à informação de forma objetiva, transparente, clara e em linguagem de fácilcompreensão;II - possibilitar a gravação de relatórios em diversos formatos eletrônicos, inclusive abertos e não proprietários, tais como planilhas e texto, demodo a facilitar a análise das informações;III - possibilitar o acesso automatizado por sistemas externos em formatos abertos, estruturados e legíveis por máquina;IV - divulgar em detalhes os formatos utilizados para estruturação da informação;V - garantir a autenticidade e a integridade das informações disponíveis para acesso;VI - manter atualizadas as informações disponíveis para acesso;VII - indicar local e instruções que permitam ao interessado comunicar-se, por via eletrônica ou telefônica, com o órgão ou entidade detentora dosítio; eVIII - adotar as medidas necessárias para garantir a acessibilidade de conteúdo para pessoas com deficiência, nos termos do art. 17 da Lei nº10.098, de 19 de dezembro de 2000, e do art. 9º da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, aprovada pelo DecretoLegislativo nº 186, de 9 de julho de 2008.CONSIDERANDO que, como regra geral para dispensa de licitações, é necessário que o gestor cumpra todas as demais determinações dalegislação cabível, em especial os cuidados com a publicidade (arts. 16 e 26, caput da Lei 8.666/93 e 4º, §2º da Lei 13.979/2020 divulgaçãoimediata) e os casos em que é obrigatório o instrumento contratual (art. 62, caput, da Lei 8.666/93);CONSIDERANDO que o Poder Público deve assegurar uma gestão transparente da informação, propiciando amplo acesso a ela e a suadivulgação, cabendo ao cidadão e aos órgãos de controle tal qual o Ministério Público o direito de se obter uma informação primária, íntegra,autêntica e atualizada acerca da administração do patrimônio público, utilização de recursos públicos, licitação e contratos administrativos (art. 7º,incisos IV e VI, da Lei nº 12.527/11);CONSIDERANDO que a Constituição da República consagrou como princípio fundamental da Administração Pública a publicidade (CF, art. 37,caput), bem como garantiu o direito fundamental à informação (CF, art. 5º, inciso XIV);CONSIDERANDO que o princípio da publicidade, enquanto transparência da gestão, possibilita maior controle social das contas públicas,facilitando a obtenção de dados relativos à gestão de pessoal, orçamentária e financeira e, consequentemente, reduzindo a margem de eventuaisdesvios, sendo, portanto, uma medida de caráter preventivo, visando o direito fundamental a uma boa administração pública;CONSIDERANDO que a transparência e o acesso à informação são essenciais para a consolidação do regime democrático e para um efetivocontrole da gestão pública, e que a rede mundial de computadores pode ser considerada como o meio mais democrático e efetivo de divulgaçãodas atividades estatais, possibilitando ao cidadão acesso à informação em menor tempo e, como consequência, sua maior participação na vidapública;CONSIDERANDO que, embora estejamos vivenciando um estado de excepcionalidade, não há razão justificável para, em um EstadoDemocrático de Direito, dificultar a obtenção de informações pelos cidadãos e órgãos de controle sobre os assuntos que a todos interessam;CONSIDERANDO, portanto, que se faz necessário que os Municípios implantem em seus sítios eletrônicos, de forma célere, link contendoTODOS os dados referentes a despesas específicas para o combate ao COVID-19, possibilitando o pleno conhecimento e acompanhamento, emtempo real e por meio eletrônico, dos diversos atos administrativos praticados;CONSIDERANDO que, no caso de omissão do Município, é cabível a expedição, pelo órgão de execução ministerial, de ofício aos órgãosfederais competentes para aplicação das medidas administrativas previstas no art. 73-C Lei Complementar N.º 101/2000.CONSIDERANDO que a LAI (LEI DE ACESSO A INFORMAÇÃO), por sua vez, prevê em seu art.32 condutas ilícitas, dentre elas a de recusar ofornecimento das informações requeridas nos termos da LAI, que, smj, se amolda perfeita à hipótese de não implantação dos Portais daTransparência;CONSIDERANDO que, quanto à conduta ilícita prevista no art.32, I, o próprio §2º do mencionado artigo trata como improbidade administrativa,precisamente, o agente público que não der efetividade à transparência ativa prevista na LRF e LAI poderá ser responsabilizado nos termos daLei nº 8429/92.CONSIDERANDO que apesar de estarmos vivenciando um estado de calamidade pública, ainda persiste a necessidade da utilização deinstrumento para garantir a transparência da gestão, disponibilizando informações sem a necessidade de prévia requisição;RESOLVE:RECOMENDAR ao MUNICÍPIO DE IPIRANGA DO PIAUÍ-PI, nas pessoas de seu Prefeito e Secretários de Saúde e Finanças, providências paraque no prazo de 05 (cinco) dias:Procedam à disponibilização em sítio eletrônico da prefeitura, por meio de aba específica, em tempo real e de forma fidedigna (semomissões), de todas as contratações e aquisições realizadas, relacionadas especificamente ao enfrentamento e mitigação da pandemiadecorrente do COVID-19, nos termos do art. 4º, §2º, da Lei nº 13.979/2020, e legislação correlata;No link acima indicado, deve constar a apresentação de forma discriminada dos valores orçamentários e de execução de despesas, aexemplo de contratos administrativos de prestação e fornecimento de bens e serviços, nota de empenho, liquidação e pagamento,descrição do bem e/ou serviço, o quantitativo, o valor unitário e total da aquisição, a data da compra; contendo, no que couber, osnomes dos contratados, os números de suas inscrições na Receita Federal do Brasil (CNPJs), os prazos contratuais, os objetos equantidades contratados, os valores individualizados contratados e os números dos respectivos processos SEI de contratação ouaquisição, com identidade visual que torne as informações acessíveis à população.REMETA-SE a presente RECOMENDAÇÃO para o Prefeito Municipal e para os Secretários de Saúde e de Finanças do Município, para adoçãodas providências cabíveis, e ainda para o Presidente da Câmara de Vereadores, para fins de ciência e acompanhamento da matéria.O prazo para cumprimento dos itens acima relacionados é de 05 (CINCO) dias, contados do recebimento desta RecomendaçãoAdministrativa, devendo ser comunicado através do endereço eletrônico [email protected] que, com o recebimento da presente Recomendação, fica prejudicada eventual alegação de "desconhecimento" para finsde caracterização do dolo da conduta, bem como, a inércia será interpretada como NÃO ACATAMENTO A PRESENTERECOMENDAÇÃO.Por fim, ficamadvertidososdestinatáriosdos seguintes efeitos das recomendações expedidas pelo Ministério Público:(a) constituir em mora o destinatário quanto às providências recomendadas, podendo seu descumprimento implicar na adoção demedidas administrativas e ações judiciais cabíveis;(b) tornar inequívoca a demonstração da consciência da ilicitude;(c) caracterizar o dolo, má-fé ou ciência da irregularidade para viabilizar futuras responsabilizações por ato de improbidadeadministrativa quando tal elemento subjetivo for exigido; e,(d) constituir-se em elemento probatório em sede de ações cíveis ou criminais.ENCAMINHE-SE cópia da Recomendação ao Diário Oficial Eletrônico do Ministério Público do Estado do Piauí, assim como ao CACOP, emarquivo editável, e ao próprio Conselho Superior do Ministério Público (CSMP/PI), para conhecimento, conforme disposto no art. 6º, §1º, daResolução n. 001/2008 do Colégio de Procuradores de Justiça do Estado do Piauí, via e-mail institucional.Cumpra-se.

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2.9. 2ª PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE SÃO JOÃO DO PIAUÍ-PI12206

Inhuma-PI, 16 de junho de 2020.Paulo Maurício Araújo GusmãoPromotor de Justiça

Notícia de Fato nº 064/2020SIMP 000357-310/2020Objeto: DESCUMPRIMENTO DO ISOLAMENTO SOCIAL, DISTANCIAMENTO SOCIAL E DEMAIS MEDIDAS SANITÁRIAS EM VIGOR NOESTADO DO PIAUÍ E NO MUNICÍPIO DE JOÃO COSTA PELO SENHOR GILSON DIAS RODRIGUESDECISÃO - PROMOÇÃO DE ARQUIVAMENTOTrata-se de NOTÍCIA DE FATO instaurada, após denúncia realizada por meio de aplicativo de mensagem Whatsapp e pelo conhecimento atravésde matérias veiculados nos portais de notícias da região, que relatam o descumprimento das medidas sanitárias de enfrentamento da COVID-19,como isolamento social, distanciamento social, utilização de máscaras entre outros, impostos pelos decretos estaduais e municipais, contra oDiretor da Escola Estadual Joaquim Malaquias, Sr. Gilson Dias Rodrigues, e outros, ante a realização de um churrasco em um estabelecimentono Município de João Costa.Foram juntados aos autos, além de diversas matérias veiculados nos portais de notícias da região, onde relatam o ocorrido, um vídeo do fato.O Município de João Costa encaminhou a esta Promotoria vasta documentação, como autos de interdição de estabelecimento, relatórios, fotos,entre outros.Vieram-me os autos conclusos. Passo a decidir.Verifica-se pelas informações prestadas pelo Município de João Costa que situação de suposta irregularidade apresentada nesta Promotoria deJustiça, no âmbito cível, foi solucionada.A municipalidade apresentou documentação onde comprovam o exercício do seu poder de polícia e interditou os estabelecimentos que estavamdescumprindo os decretos municipais e estaduais de fechamento do comércio, isolamento social entre outros.Conforme a documentação apresentada, os estabelecimentos identificados no descumprimento das medidas sanitárias foram interditados, agindoo ente de forma ativa na resolução do problema.Ressalta-se que cópia desta notícia de fato foi encaminhada para a 1ª Promotoria de Justiça de São João do Piauí para conhecimento e adoçãodas medidas necessárias no âmbito criminal.Em razão da resolutividade extrajudicial do problema no âmbito cível, com o exercício do poder de polícia do Município de João Costa, torna-sedesnecessário o trâmite deste procedimento. Logo, o arquivamento é medida que se impõe.Por todo o exposto, PROMOVO o ARQUIVAMENTO do presente procedimento, o que faço com esteio no art. 4º, caput, inciso I, da Resolução nº174, de 4 de julho de 2017, do Conselho Nacional do Ministério Público - CNMP.Deixo de submeter a presente Decisão de Arquivamento da NOTÍCIA DE FATO ao Conselho Superior do Ministério Público, conforme previsãodo art. 5º da Resolução nº 174, de 4 de julho de 2017, do Conselho Nacional do Ministério Público - CNMP.Por se tratar de dever de ofício, conforme estatui o § 2º, do art. 4º, da Resolução nº 174, de 4 de julho de 2017, do Conselho Nacional doMinistério Público - CNMP, entendo por bem ser desnecessária a cientificação, no entanto, para efeitos de dar publicidade a decisão, determino asua divulgação no Diário Oficial do Ministério Público do Estado do Piauí.Cientifique-se o Centro de Apoio Operacional de Defesa da Saúde - CAODS.Procedam-se às atualizações necessárias no sistema e no livro próprio.Após, arquivem-se os autos no âmbito desta Promotoria de Justiça.São João do Piauí-PI, 19 de junho de 2020.[Assinado digitalmente]Jorge Luiz da Costa PessoaPROMOTOR DE JUSTIÇAInquérito Civil nº 067/2018SIMP 000517-310/2018Objeto: PRESTAÇÃO DE CONTAS - 2016 - ATRASO NO REPASSE DO DUODÉCIMO AO LEGISLATIVOInvestigado: GILSON CASTRO DE ASSISDECISÃO - PROMOÇÃO DE ARQUIVAMENTOTrata-se de INQUÉRITO CIVIL PÚBLICO instaurado no âmbito desta Promotoria de Justiça, relativo ao não regular repasse do duodécimo àCâmara Municipal de João Costa, no exercício financeiro de 2016, conduta atribuída ao Gestor da Prefeitura Municipal de João Costa - GilsonCastro de Assis, a partir de da representação formulada pelo Vereador do Município Sr. José Francisco Assis Magalhães, à época, Presidente daCâmara de Vereadores.Foram realizadas diversas diligências que culminar com o ajuizamento de Ação Civil Pública de Improbidade Administrativa, cujos termos seencontram anexados aos autos.Vieram-me os autos conclusos. Passo a decidir.Desta forma, vê-se que se encontra esgotado o presente procedimento com a impetração de demanda judicial - processo nº 0800433-78.2020.8.18.0135 - buscando a condenação da investigada por o ato de improbidade previsto na Lei n° 8.429/92 (art. 11, caput, inciso II).Esgotado o objeto do presente procedimento, o arquivamento é medida que se impõe.Aplicável na espécie o que dispõe a Súmula nº 03 do Conselho Superior do Ministério Público, verbis:Súmula nº 03Em caso de judicialização de todo o objeto dos procedimentos preparatórios e inquéritos civis é desnecessária a remessa dos autos paraarquivamento pelo Conselho Superior do Ministério Público, devendo, todavia, ser informado, via ofício, com cópia da inicial.Por todo o exposto, PROMOVO o ARQUIVAMENTO do presente INQUÉRITO CIVIL PÚBLICO, o que faço com fulcro no art. 9º da Lei 7.347/85 eart. 10 da Resolução nº 23, de 17 de setembro de 2007, do Conselho Nacional do Ministério Público - CNMP.Cientifiquem-se os interessados, por meio de publicação no Diário da Justiça.Deixo de Submeter a presente decisão de Promoção de Arquivamento do INQUÉRITO CIVIL PÚBLICO ao Conselho Superior do MinistérioPúblico, em razão da Súmula nº 03 do Conselho Superior do Ministério Público, acima transcrita.Comunique-se o Conselho Superior do Ministério Público do presente arquivamento, enviando cópia da inicial impetrada.Cientifique-se o Centro de Apoio Operacional de Combate à Corrupção e Defesa do Patrimônio Público - CACOP.Procedam-se às atualizações necessárias no sistema e no livro próprio.Após, arquivem-se os autos.São João do Piauí, 19 de junho de 2020.[Assinado digitalmente]Jorge Luiz da Costa PessoaPROMOTOR DE JUSTIÇAInquérito Civil nº 004/2013SIMP 000678-310/2018

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Objeto: SUPOSTO ATO DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVAInvestigado: A APURAREMENTA: INQUÉRITO CIVIL. ROUBO DE VALORES DE REPASSE FEDERAIS AO MUNICÍPIO DE SÃO JOÃO DO PIAUÍ. AUSÊNCIA DACARACTERIZAÇÃO DO DOLO EM SUPOSTO ATO DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA. AUSENTE DOCUMENTAÇÃO NECESSÁRIAPARA CARACTERIZAR O DOLO E BUSCAR RESSARCIMENTO AO ERÁRIO. AUSÊNCIA DE JUSTA CAUSA. PROMOÇÃO DEARQUIVAMENTO.DECISÃO - PROMOÇÃO DE ARQUIVAMENTOTrata-se de INQUÉRITO CIVIL PÚBLICO instaurado para acompanhar eventual ato de improbidade administrativa em virtude de crime de rouboupraticado que culminou na substração de saques de verbas federais em estabelecimento bancário de São João do Piauí no ano de 2013.Em seguida, foi oficiado ao Banco do Brasil para que informasse o autor do saque bancário na agência de São João do Piauí, cuja respostadormita nos autos.Em audiência extrajudicial instrutória foi ouvida na sede desta Promotoria de Justiça o Sr. José Augusto Filho, cuja mídia audiovisual se encontrano caderno investigativo.Em ato contínuo, por ausência de justa causa, foi proferida nos autos, em 26 de março de 2019, decisão de promoção de arquivamento, queposteriormente não foi homologado pelo Conselho Superior do Ministério Público do Estado do Piauí, que determinou o retorno dos autos aesta Promotoria de Justiça para averiguação do suposto dano ao erário, que é imprescritível.Atendendo a decisão proferida pelo Conselho Superior do Ministério Público - CSMP, foi oficiado o município de São João do Piauí para queinformasse o seguinte: a) o valor que foi subtraído mediante ilícito criminal praticado e se ocorreu algum ressarcimento; b) pessoa responsávelpelos saques do montante roubado e; c) se, pelo fato, ocorreu atraso no pagamento de servidores.Em resposta, o Município, primeiramente, esclareceu que a atual gestão encontrou uma verdadeira "terra arrasada" na Prefeitura, sem o mínimode documentação sobre fatos anteriores. Especificamente quanto aos fatos deste procedimento, informou que, na época dos fatos, a atual gestãosó ficou sabendo do roubo pela população e que, após assumirem o Poder Executivo, tomaram conhecimento do inquérito policial (que chegou aouvir algumas pessoas, mas posteriormente foi arquivado). Houve conhecimento de uma averiguação do Tribunal de Contas do Estado do Piauí,após encaminhamento de documentação pela Polícia Federal, mas as investigações restaram inconclusivas.Continuou as informações da seguinte forma: a) o valor nunca foi ressarcido; b) o servidor responsável pelo saque foi o Sr. José Augusto Filho e;c) que não sabem se foi em decorrência do roubo, mas que ao iniciarem a gestão no início de 2013 os servidores efetivos estavam sem receber omês de dezembro e o 13º salário.Vieram-me os autos conclusos. Passo a decidir.Reconhecido, inicialmente, pelo Colendo Conselho Superior do Ministério Público a prescrição de ato de improbidade administrativo, oprocedimento foi baixado em diligência para apuração de eventual dano ao erário.Como se infere da documentação, o procedimento investigativo foi instaurado a partir da ilação do Delegado de Polícia sobre suposto ato deimprobidade administrativa, em relatório de Inquérito Policial.Registre-se que o Inquérito Policial encontra-se arquivado em virtude da ausência de elucidação da autoria delitiva.Como informou o município, as averiguações pelo TCE/PI também foram inconclusivas.Diligenciou-se, a partir de então, quem foi o autor do saque dos valores subtraídos em razão de roubo praticado, tendo, após a identificaçãobancária, procedida com a oitiva extrajudicial deste na sede desta Promotoria de Justiça.A prova oral colhida demonstra que, de fato ocorreu, o roubo, tanto que este é inconteste no próprio Inquérito Policial que apurou o crime, e queos valores sacados destinavam-se ao pagamento de pessoal da Prefeitura Municipal de São João do Piauí.Entendo que os fatos em apuração não apontam em ato de improbidade administrativo, como aferido pelo ilustre Delegado de Polícia, pois nãose amoldam a quaisquer condutas descritas na Lei 8.429/92. Primeiro, pelo fato de que não há registros de qualquer participação dos gestorescom o ilícito penal praticado. Segundo, porque, embora tenha havido a falta de cuidado necessário com os saques, não há prova de que osgestores tenham agido de forma dolosa a prejudicar o erário.A imprescritibilidade do dano ao erário nas ações de improbidade administrativa só alcançam os atos realizados com dolo, conforme entende oSupremo Tribunal Federal.O STF, ao finalizar o julgamento do Recurso Extraordinário (RE) 852475 com reconhecimento de repercussão geral, aprovou a seguinte teseproposta pelo ministro Edson Fachin: "São imprescritíveis as ações de ressarcimento ao erário fundadas na prática de ato dolosotipificado na Lei de Improbidade Administrativa".No caso em tela, mesmo que se venha afirma a existência de indícios de um possível ato de improbidade administrativa, o dolo não se encontrapresente para uma busca de ressarcimento ao erário.Fica prejudicado a demostração do dolo em razão da falta de conteúdo probatório, já que o inquérito policial foi arquivado, ojulgamento do TCE/PI inconclusivo e o próprio município não possui documentação quanto a fato e não sabe informar se os atrasosocorridos foram ocasionados pelo roubo.Portanto, ausente a caracterização do dolo em possível conduta improba, entendemos faltar justa causa a manutenção deste procedimento.O Inquérito Civil é um procedimento administrativo preparatório (inquisitorial) que poderá ensejar uma futura ação civil pública. Necessário,portanto, que este seja instaurado mediante uma justa causa, pois ela é necessária para salvaguardar os direitos fundamentais do cidadão em tera sua vida privada, honra, intimidade e imagem preservados.Defendendo a necessidade de haver a justa causa para a instauração do inquérito civil público, Hugo Nigro Mazzili afirma sobre o tema que: "Écerto que a instauração de um inquérito civil pressupõe seu exercício responsável, até porque, se procedida sem justa causa poderá ser trancadopor meio de mandado de segurança" MAZZILI, Hugo Nigro. O Inquérito Civil. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2006, p. 162.).Assim, da mesma forma que ocorre na esfera penal, tem-se por ilegítima a instauração de inquérito civil sem a presença de elementos mínimos(provas) capazes de estabelecerem a real correspondência entre a conduta ilícita praticada pelo investigado e a descrição da infração previstaem Lei.O Superior Tribunal de Justiça já se manifestou sobre a necessidade de Justa Causa para instauração ou tramitação do Inquérito Civil, pelo quetranscrevemos a ementa abaixo:PROCESSO CIVIL E ADMINISTRATIVO - MANDADO DE SEGURANÇA - TRANCAMENTO DE INQUÉRITO CIVIL PARA APURAÇÃO DE ATODE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVO - ENRIQUECIMENTO ILÍCITO - JUSTA CAUSA - PRESCRIÇÃO. 1. Somente em situaçõesexcepcionais, quando comprovada, de plano, atipicidade de conduta, causa extintiva da punibilidade ou ausência de indícios deautoria, é possível o trancamento de inquérito civil. 2. Apuração de fatos típicos (artigo 9º da Lei nº 8.429/92), com indícios suficientes deautoria desmentem a alegação de inviabilidade da ação de improbidade. 3. Denúncia anônima pode ser investigada, para comprovarem-se fatosilícitos, na defesa do interesse público. 4. A ação civil de ressarcimento por ato de improbidade é imprescritível, inexistindo ainda ação contra oimpetrante. 5. Recurso ordinário desprovido.(STJ - RMS: 30510 RJ 2009/0181206-6, Relator: Ministra ELIANA CALMON, Data de Julgamento: 17/12/2009, T2 - SEGUNDA TURMA, Data dePublicação: DJe 10/02/2010) - grifos acrescidos.Logo, quanto aos pontos delimitados no presente Inquérito Civil entendemos não haver justa causa para continuidade do presenteInquérito Civil, sendo de rigor o seu arquivamento.Por todo o exposto, PROMOVO o ARQUIVAMENTO do presente INQUÉRITO CIVIL, o que faço com fulcro no art. 9º da Lei 7.347/85 e art. 10 daResolução nº 23, de 17 de setembro de 2007, do Conselho Nacional do Ministério Público - CNMP.Cientifiquem-se os interessados, por meio de publicação no Diário da Justiça.

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2.10. PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE MONSENHOR GIL-PI12208

Decorrido o prazo de 3 (três) dias, SUBMETA a presente decisão de Promoção de Arquivamento do INQUÉRITO CIVIL ao Conselho Superior doMinistério Público (art. 9, § 1º, da Lei 7.347/85 e art. 10, § 1º, da Resolução nº 23, de 17 de setembro de 2007, do Conselho Nacional doMinistério Público - CNMP).Comunique-se, por e-mail, o Centro de Apoio Operacional de Combate à Corrupção e Defesa do Patrimônio Público - CACOP.Procedam-se às atualizações necessárias no sistema e no livro próprio.Expedientes necessários.São João do Piauí-PI, 19 de junho de 2020.[Assinado digitalmente]Jorge Luiz da Costa PessoaPROMOTOR DE JUSTIÇAInquérito Civil nº 051/2019SIMP 000456-310/2019Objeto: APURAÇÃO ATO DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVAInvestigado: GIL CARLOS MODESTO ALVESDECISÃO - PROMOÇÃO DE ARQUIVAMENTOTrata-se de INQUÉRITO CIVIL PÚBLICO instaurado, em 11/06/2019, para investigar a conduta do Sr. GIL CARLOS MODESTO ALVES, a partirdo recebimento do Ofício nº 088/169-MPC-PI/MVP, oriundo do Ministério Público de Contas do Estado do Piauí, informando sobre prestação decontas do exercício financeiro de 2013 do Município de São João do Piauí (TC/02876/2013), em que constam irregularidade que poderiamconfigurar atos de improbidade administrativa.Para melhor apuração dos fatos, este Inquérito Civil delimitou o objeto de investigação apenas quanto: "descumprimento da despesa comfolha de pagamento, representando 61,69% da Receita Corrente Líquida, não respeitando o contido no art. 20, inciso III, "b", da Lei deResponsabilidade Fiscal (54%)".Após várias diligências, foi promovida demanda judicial - ação civil pública por ato de improbidade administrativa - contra o investigado pelosfatos em apuração.Vieram-me os autos conclusos. Passo a decidir.Vê-se que se encontra esgotado o presente procedimento com a impetração de demanda judicial, buscando o reconhecimento de ato deimprobidade administrativa do investigado - processo judicial nº 0800391-29.2020.8.18.0135.Aplicável na espécie o que dispõe a Súmula nº 03 do Conselho Superior do Ministério Público, verbis:Súmula nº 03Em caso de judicialização de todo o objeto dos procedimentos preparatórios e inquéritos civis é desnecessária a remessa dos autos paraarquivamento pelo Conselho Superior do Ministério Público, devendo, todavia, ser informado, via ofício, com cópia da inicial.Por todo o exposto, PROMOVO o ARQUIVAMENTO do presente INQUÉRITO CIVIL, em virtude de ajuizamento de demanda judicialbuscando o reconhecimento de ato de improbidade administrativa, pelos fatos acima expendidos, o que faço com fulcro no art. 9º da Lei7.347/85 e art. 10 da Resolução nº 23, de 17 de setembro de 2007, do Conselho Nacional do Ministério Público - CNMP.Cientifiquem-se os interessados, por meio de publicação no Diário da Justiça.Deixo de Submeter a presente decisão de Promoção de Arquivamento do INQUÉRITO CIVIL ao Conselho Superior do Ministério Público, emrazão da Súmula nº 03 do Conselho Superior do Ministério Público, acima transcrita.Comunique-se o Conselho Superior do Ministério Público do presente arquivamento, enviando cópia da inicial impetrada.Encaminhe-se, para conhecimento, ao Centro de Apoio Operacional de Combate à Corrupção e Defesa do Patrimônio Público - CACOP cópiadesta decisão e da petição inicial ajuizada.Procedam-se às atualizações necessárias no sistema e no livro próprio.Após, arquivem-se os autos.São João do Piauí-PI, 28 de maio de 2020.[Assiinado digitalmente]Jorge Luiz da Costa PessoaPROMOTOR DE JUSTIÇAPESSOA INTERESSADA: DENÚNCIA ANÔNIMAASSUNTO: SUPOSTAS IRREGULARIDADES NA CONTRATAÇÃO DE BANDA MUSICAL DURANTE A PANDEMIA NO MUNICÍPIO DE SÃOJOÃO DO PIAUÍDECISÃO DE INDEFERIMENTO DE INSTAURAÇÃO DE NOTÍCIA DE FATOTrata-se de denúncia anônima encaminhada por meio do e-mail institucional a esta Promotoria de Justiça, na qual relata supostas irregularidadesna contratação de banda musical durante a pandemia da Covid-19 no Município de São João do Piauí.Primeiramente, destaca-se que a Resolução nº 174/2017 do Conselho Nacional do Ministério Público, em seu art. 4º, § 4º, estatui que ainstauração da Notícia de Fato será indeferida "quando o fato narrado não configurar lesão ou ameaça de lesão aos interesses ou direitostutelados pelo Ministério Público ou for incompreensível".Vê-se pela narrativa, que o requerimento traz uma denúncia genérica, sem apresentação do mínimo de provas para que, ainda queindiciariamente, venha se deflagrar qualquer procedimento de investigação, portanto, incompreensível.A mera indicação de que o município contratou banda musical em período de pandemia, contrato no importe de R$ 1.500,00 (mil e quinhentosreais), sem que exista um mínimo de apresentação de conteúdo probatório e indícios conectivos de irregularidade, não é suficiente parainstauração de procedimento investigativo. Com a denúncia foi juntado apenas extrato de contrato, o que em primeira vista não apresentailegalidade.Inaplicável, na hipótese de denúncia apócrifa enviada por aplicativo, o que dispõe a parte final do inciso III, do art. 4º, da Resolução nº 174/2017do Conselho Nacional do Ministério Público.Há que se agir com cautela em denúncias apócrifa, principalmente em ano eleitoral municipal, em que ocorre a denúncia desenfreada desupostas irregularidades com o mero espírito eleitoreiro e/ou vingativo, ou seja, sem apresentação de instrumento mínimo probante apto adeflagrar procedimento investigativo.Assim, verifico que a denúncia encaminhada pelo aplicativo não traz lastro probatório mínimo de que tais fatos teriam ocorrido.Desta feita, INDEFIRO A INSTAURAÇÃO DE NOTÍCIA DE FATO o que faço com fulcro no art. 4º, § 4º, da Resolução nº 174/2017, do ConselhoNacional do Ministério Público.Para fins de registro no Sistema SIMP, registre-se o presente indeferimento como Notícia de Fato, diante da impossibilidade de cadastro noreferido sistema nos moldes que se encontra previsto na Resolução nº 174/2017 do Conselho Nacional do Ministério Público - CNMP.Publique-se. Após arquive-seSão João do Piauí/PI, 19 de junho de 2020.[Assinado digitalmente]Jorge Luiz da Costa PessoaPROMOTORDEJUSTIÇA

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Ref. PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO (PA) n. 15/2020RECOMENDAÇÃO Nº 85/2020O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ/PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE MONSENHOR GIL, por seu Promotor de Justiça adianteassinado, no exercício de suas funções legais, e constitucionais, com fundamento no art. 27, parágrafo único, inciso IV, da Lei n° 8.625, de12.02.93 (Lei Orgânica Nacional do Ministério Público) e art. 38, parágrafo único, inciso IV, da Lei Complementar n° 12, de 18.12.93 (Lei OrgânicaEstadual), eCONSIDERANDO que o Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa daordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis (CF, art. 127);CONSIDERANDO que, segundo o artigo 196 da Constituição Federal (CF): "a saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediantepolíticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações eserviços para sua promoção, proteção e recuperação";CONSIDERANDO que, em 30.01.2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que o surto da doença causada pelo CORONAVÍRUS(COVID-19) constitui Emergência de Saúde Pública de importância Internacional (ESPII);CONSIDERANDO que a ESPII é considerada, nos termos do Regulamento Sanitário Internacional (RSI), "um evento extraordinário que podeconstituir um risco de saúde pública para outros países devido a disseminação internacional de doenças; e potencialmente requer uma respostainternacional coordenada e imediata";CONSIDERANDO que o Ministério da Saúde, em 03.02.2020, através da Portaria GM/MS nº 188/2020, declarou "emergência em saúdepública de importância nacional", em decorrência da infecção humana pelo CORONAVÍRUS, considerando que a situação atual demanda oemprego urgente de medidas de prevenção, controle e contenção de riscos, danos e agravos à saúde pública;CONSIDERANDO o disposto na Lei n° 13.979, de 06 de fevereiro de 2020, que dispõe sobre as medidas para enfrentamento da emergência desaúde pública de importância internacional decorrente do CORONAVÍRUS responsável pelo surto de 2019;CONSIDERANDO que o art. 3º da mencionada lei prevê como medidas para o enfrentamento da infecção: isolamento, quarentena, determinaçãode realização compulsória de exames médicos, testes laboratoriais, coleta de amostras clínicas, vacinação e tratamentos médicos específicos;CONSIDERANDO que, em 11.03.2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou pandemia para o CORONAVÍRUS, ou seja, momentoem que uma doença se espalha por diversos continentes com transmissão sustentada entre humanos;CONSIDERANDO que a classificação da situação mundial do novo CORONAVÍRUS (COVID-19, SARSCoV-2) como pandemia significa o riscopotencial da doença infecciosa atingir a população mundial de forma simultânea, não se limitando a locais que já tenham sido identificadas comode transmissão interna;CONSIDERANDO o Decreto nº 18.884, de 16 de março de 2020, que regulamenta a lei nº 13.979/2020, para dispor no âmbito do Estado doPiauí, sobre as medidas emergência de saúde pública de importância internacional e tendo em visa a classificação da situação mundial do novoCORONAVÍRUS;CONSIDERANDO que, diante do agravamento da propagação do novo CORONAVÍRUS no Piauí, o Governo do Estado do Piauí expediu oDecreto nº 18.901, de 19 de março de 2019, publicado na pág. 07 do Diário Oficial nº53, deteminando as medidas excepcionais voltadas para oenfrentamento da gave crise de saúde pública decorrente do COVID-19;CONSIDERANDO que o Decreto nº 19.013, de 7 de junho de 2020 prorrogou a vigência dos Decretos 18901, 18902 e 18.947 do Estado doPiauí, mantendo o isolamento social até o dia 22.6.2020;CONSIDERANDO que o art. 203 da Constituição Estadual do Piauí dispõe que a saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediantepolíticas sociais e econômicas que visem à extinção do risco de doenças e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e aosserviços destinados a sua promoção, proteção e recuperação, com prioridade para as atividades preventivas e de vigilância sanitária eepidemiológica;CONSIDERANDO que o acolhimento dos pacientes com queixas relacionadas aos sintomas de síndrome gripal ou COVID-19 e a classificaçãode risco são aspectos fundamentais para o fortalecimento da rede de atenção à saúde e para o enfrentamento da Emergência de Saúde Públicade Importância Nacional e Internacional pela Doença decorrente do novo CORONAVÍRUS;CONSIDERANDO que os Centros de Atendimento e Centros Comunitários para Enfrentamento ao COVID-19 são espaços estruturados paraservir como referência para acolhimento dos pacientes com queixas relacionadas aos sintomas de COVID-19, garantindo o atendimentoordenado de acordo com a gravidade do caso, em conformidade com os protocolos de definições de tratamentos relacionados ao COVID-19publicados pelo Ministério da Saúde, utilizando o método "FAST TRACK" de atendimento;CONSIDERANDO que os Centros de Atendimento e Centros Comunitários para enfrentamento ao COVID-19 tem como finalidade acolher ospacientes com queixas relacionadas a sintomas da COVID-19 e adotar processo de acolhimento com classificação de risco, em sala específicapara tal atividade, permitindo a identificação do paciente que necessite de tratamento imediato, segundo o potencial de risco, os agravos à saúdeou grau de sofrimento;CONSIDERANDO que o O Ministério da Saúde pactuou com o Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúdea (CONASEMS) apublicação das Portarias nº 1444 e 1445 de 29 de maio de 2020 para adoção de regras específicas que viabilizassem o financiamento para aimplantação dessas unidades estratégicas, a serem instituídas em caráter excepcional e temporário, ou seja, com vigência nas competênciasfinanceiras de maio de 2020 a setembro de 2020, sujeito à alteração em decorrência da situação epidemiológica da COVID-19 no Brasil;CONSIDERANDO a Portaria nº 1.445 do MS, de 29 de maio de 2020 que institui os Centros de Atendimento para Enfrentamento à COVID-19,espaços físicos estruturados pela gestão municipal e do Distrito Federal para o acolhimento e atendimento de usuários com queixas relacionadasaos sintomas de COVID-19;CONSIDERANDO a finalidade dos Centros de Atendimento, descrita no art.2º da Portaria nº 1445, é:I - identificar precocemente os casos suspeitos de infecção pelo Sars-CoV-2, por meio da qualificação do processo de acolhimento comclassificação de risco, visando à identificação da necessidade de tratamento imediato em sala específica para tal atividade;II - realizar atendimento presencial para os casos que necessitem, utilizando método fasttrack de atendimento, para:a) identificação tempestiva da necessidade de tratamento imediato;b) estabelecimento do potencial de risco, presença de agravos à saúde ou grau de sofrimento; ec) estabilização e encaminhamentos necessários, seguindo os protocolos relacionados ao Sars-CoV-2, publicados no endereço eletrônico doMinistério da Saúde;III - realizar a testagem da população de risco, considerando os públicos-alvo e respectivas indicações do Ministério da Saúde;IV - notificar adequadamente os casos conforme protocolos do Ministério da Saúde e atuar em parceria com a equipe de vigilância local;V - orientar a população sobre as medidas a serem adotadas durante o isolamento domiciliar e sobre medidas de prevenção comunitária;VI - articular com os demais níveis de atenção à saúde fluxos de referência e contrarreferência, considerando o disposto nos Planos deContingência de cada ente federativo;CONSIDERANDO que, em consonância com o art.4º da Portaria nº 1.445 do MS, os Centros de Atendimento para Enfrentamento à COVID-19são classificados nas seguintes tipologias:I - Tipo 1: municípios de até 70.000 habitantes;II - Tipo 2: municípios de 70.001 habitantes a 300.000 habitantes; eIII - Tipo 3: municípios acima de 300.000 habitantes;CONSIDERANDO que o incentivo financeiro de custeio federal ao Distrito Federal e Municípios que implantarem os Centros de Atendimento paraEnfrentamento à COVID-19 terá os seguintes valores mensais:

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I - R$ 60.000,00 (sessenta mil reais) para os Centros de Atendimento Tipo 1;II - R$ 80.000,00 (oitenta mil reais) para os Centros de Atendimento Tipo 2; eIII - R$ 100.000,00 (cem mil reais) para os Centros de Atendimento Tipo 3;CONSIDERANDO que os Centros de Atendimentos devem funcionar, no mínimo, 40 horas semanais, em todos os dias da semana e possuir umacarga horária mínima semanal por categoria profissional devidamente cadastrada no SCNES, ou seja, no mínimo 8 (oito) horas diárias,conforme art. 6º da Portaria nº 1445\2020;CONSIDERANDO que, excepcionalmente, é admitida a contratação dos profissionais integrantes da Atenção Primária desde que osmesmos cumpram carga horária adicional àquela cadastrada na equipe no mesmo estabelecimento;CONSIDERANDO que os Centros de Atendimento devem respeitar a quantidade mínima de carga horária de acordo com cada categoriaprofissional de saúde:

PROFISSIONAIS Tipo 1 Tipo 2 Tipo 3

Médico 40 horas 80 horas 120 horas

Enfermeiro 40 horas 80 horas 120 horas

Técnico ou auxiliar de enfermagem 80 horas 120 horas 160 horas

CONSIDERANDO que além da garantia do adequado apoio técnico e logístico para o funcionamento dos Centros de Atendimento, devem serobservado o espaço físico mínimo exigido para o funcionamento dos Centros de Atendimento:

AMBIENTES Tipo 1 Tipo 2 Tipo 3

Consultório 1 2 3

Sala de Acolhimento 1 1 2

Sala de Isolamento 1 1 a 2 2 a 3

Sala de Coleta 1 1 1

CONSIDERANDO a Nota Técnica da SESAPI orientando os gestores municipais acerca dos Centros de Atendimento para enfrentamento àCOVID-19 em caráter especial e temporário, a qual dispõe que caso o município opte por utilizar a Estrutura física de uma UBS para implantaçãodo Centro de Atendimento, deverá realocar os profissionais da ESF/ESB para outro espaço e/ou reorganizar o Espaço da UBS, criando acessoalternativo ao Centro que deverá ser restrito para profissionais deste serviço e usuários com síndrome gripal;CONSIDERANDO que a solicitação de habilitação desse novo e importante serviço de atenção cabe, evidentemente, a cada gestor de saúde, noentanto, está condicionada a requisitos descritos na portaria ministerial nº 1445;CONSIDERANDO as disposições constantes da NOTA TÉCNICA Nº07, de 8 de junho de 2020 emitida pelo Centro de Apoio Operacional deDefesa da Saúde do Ministério Público do Piauí;CONSIDERANDO que o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), por meio da Comissão da Saúde, emitiu a Nota Técnica Conjunta nº01/2020 - CES/CNMP/1ª CCR, contendo subsídios para a atuação coordenada do Ministério Público voltada ao enfrentamento do COVID-19;CONSIDERANDO que, de acordo com as orientações entabuladas na referida Nota Técnica, cabe aos Órgãos de Execução do Ministério Públicocom funções na área da saúde a aproximação com os gestores locais de saúde;CONSIDERANDO, ainda, que essa Promotoria de Justiça de Monsenhor Gil instaurou o Procedimento Administrativo (PA) nº 15/2020, noâmbito desta PJMG, com o objeto e objetivo, entre outros, acompanhar as medidas administrativas de combate à prevenção e propagação doCOVID-19 no Município de Monsenhor Gil/PI;RESOLVE:RECOMENDAR ao Senhor HERBERT CÉSAR DE MOURA, SECRETÁRIO MUNICIPAL DE SAÚDE DE MONSENHOR GIL, em cumprimentoàs disposições de ordem constitucional, legal, administrativas e de natureza sanitária acima referidas, que ADOTE PROVIDÊNCIAS COMVISTAS À IMPLANTAÇÃO DO CENTRO DE ATENDIMENTO PARA ENFRENTAMENTO À COVID-19 COM OBSERVÂNCIA DA TIPOLOGIAREFERENTE AO NÚMERO DE HABITANTES DO MUNICÍPIO DE MONSENHOR GIL, nos termos da Portaria nº 1.445, de 29.5.2020 doMinistério da Saúde.Desde já, adverte que a não observância desta Recomendação implicará na adoção das medidas judiciais cabíveis, caracterizando o dolo, má-féou ciência da irregularidade, por ação ou omissão, para viabilizar futuras responsabilizações em sede de ação civil pública por ato de improbidadeadministrativa quando tal elemento subjetivo for exigido, devendo ser encaminhada à Promotoria de Justiça de Monsenhor Gil, pelo [email protected], as providências tomadas e os documentos comprobatórios hábeis a provar o cumprimento destaRecomendação, ao final do prazo de 10 (dez) dias úteis.A partir da data da entrega da presente RECOMENDAÇÃO, o MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ considera sua destinatária comopessoalmente CIENTE da situação ora exposta, e portanto, demonstração da consciência da ilicitude do recomendado.ENCAMINHE-SE cópia da Recomendação à Secretaria Geral do Ministério Público do Estado do Piauí para publicação no Diário OficialEletrônico do Ministério Público do Estado do Piauí (DOEMP/PI) assim como ao Centro de Apoio Operacional de Defesa da Saúde (CAODS), emarquivo editável, e ao próprio Conselho Superior do Ministério Público (CSMP/PI), para conhecimento, conforme disposto no art. 6º, §1º, daResolução n. 001/2008 do Colégio de Procuradores de Justiça do Estado do Piauí, via e-mail institucional, e aos seus respectivos destinatários.ENCARTE-SE, por fim, uma via da Notificação Recomendatória em tablado aos autos da PROCEDIMENTO ADMNISTRATIVO (PA) n. 15/2020,ante a urgência da situação, bem como se proceda ao encaminhamento dela à comunidade, por todos os meios eletrônicos ou remotodisponíveis, para amplo controle social.Publique-se, registre-se e encarte-se.Monsenhor Gil (PI), 16 de junho de 2020.(assinado digitalmente)RAFAEL MAIA NOGUEIRAPromotor de Justiça titular da Promotoria de Justiça (PJ) de Monsenhor Gil,respondendo pela 2ª PJ de Valença do PiauíRef. PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO (PA) n. 16/2020RECOMENDAÇÃO Nº 86/2020O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ/PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE MONSENHOR GIL, por seu Promotor de Justiça adianteassinado, no exercício de suas funções legais, e constitucionais, com fundamento no art. 27, parágrafo único, inciso IV, da Lei n° 8.625, de12.02.93 (Lei Orgânica Nacional do Ministério Público) e art. 38, parágrafo único, inciso IV, da Lei Complementar n° 12, de 18.12.93 (Lei OrgânicaEstadual), eCONSIDERANDO que o Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa daordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis (CF, art. 127);CONSIDERANDO que, segundo o artigo 196 da Constituição Federal (CF): "a saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante

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políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações eserviços para sua promoção, proteção e recuperação";CONSIDERANDO que, em 30.01.2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que o surto da doença causada pelo CORONAVÍRUS(COVID-19) constitui Emergência de Saúde Pública de importância Internacional (ESPII);CONSIDERANDO que a ESPII é considerada, nos termos do Regulamento Sanitário Internacional (RSI), "um evento extraordinário que podeconstituir um risco de saúde pública para outros países devido a disseminação internacional de doenças; e potencialmente requer uma respostainternacional coordenada e imediata";CONSIDERANDO que o Ministério da Saúde, em 03.02.2020, através da Portaria GM/MS nº 188/2020, declarou "emergência em saúdepública de importância nacional", em decorrência da infecção humana pelo CORONAVÍRUS, considerando que a situação atual demanda oemprego urgente de medidas de prevenção, controle e contenção de riscos, danos e agravos à saúde pública;CONSIDERANDO o disposto na Lei n° 13.979, de 06 de fevereiro de 2020, que dispõe sobre as medidas para enfrentamento da emergência desaúde pública de importância internacional decorrente do CORONAVÍRUS responsável pelo surto de 2019;CONSIDERANDO que o art. 3º da mencionada lei prevê como medidas para o enfrentamento da infecção: isolamento, quarentena, determinaçãode realização compulsória de exames médicos, testes laboratoriais, coleta de amostras clínicas, vacinação e tratamentos médicos específicos;CONSIDERANDO que, em 11.03.2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou pandemia para o CORONAVÍRUS, ou seja, momentoem que uma doença se espalha por diversos continentes com transmissão sustentada entre humanos;CONSIDERANDO que a classificação da situação mundial do novo CORONAVÍRUS (COVID-19, SARSCoV-2) como pandemia significa o riscopotencial da doença infecciosa atingir a população mundial de forma simultânea, não se limitando a locais que já tenham sido identificadas comode transmissão interna;CONSIDERANDO o Decreto nº 18.884, de 16 de março de 2020, que regulamenta a lei nº 13.979/2020, para dispor no âmbito do Estado doPiauí, sobre as medidas emergência de saúde pública de importância internacional e tendo em visa a classificação da situação mundial do novoCORONAVÍRUS;CONSIDERANDO que, diante do agravamento da propagação do novo CORONAVÍRUS no Piauí, o Governo do Estado do Piauí expediu oDecreto nº 18.901, de 19 de março de 2019, publicado na pág. 07 do Diário Oficial nº53, deteminando as medidas excepcionais voltadas para oenfrentamento da gave crise de saúde pública decorrente do COVID-19;CONSIDERANDO que o Decreto nº 19.013, de 7 de junho de 2020 prorrogou a vigência dos Decretos 18901, 18902 e 18.947 do Estado doPiauí, mantendo o isolamento social até o dia 22.6.2020;CONSIDERANDO que o art. 203 da Constituição Estadual do Piauí dispõe que a saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediantepolíticas sociais e econômicas que visem à extinção do risco de doenças e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e aosserviços destinados a sua promoção, proteção e recuperação, com prioridade para as atividades preventivas e de vigilância sanitária eepidemiológica;CONSIDERANDO que o acolhimento dos pacientes com queixas relacionadas aos sintomas de síndrome gripal ou COVID-19 e a classificaçãode risco são aspectos fundamentais para o fortalecimento da rede de atenção à saúde e para o enfrentamento da Emergência de Saúde Públicade Importância Nacional e Internacional pela Doença decorrente do novo CORONAVÍRUS;CONSIDERANDO que os Centros de Atendimento e Centros Comunitários para Enfrentamento ao COVID-19 são espaços estruturados paraservir como referência para acolhimento dos pacientes com queixas relacionadas aos sintomas de COVID-19, garantindo o atendimentoordenado de acordo com a gravidade do caso, em conformidade com os protocolos de definições de tratamentos relacionados ao COVID-19publicados pelo Ministério da Saúde, utilizando o método "FAST TRACK" de atendimento;CONSIDERANDO que os Centros de Atendimento e Centros Comunitários para enfrentamento ao COVID-19 tem como finalidade acolher ospacientes com queixas relacionadas a sintomas da COVID-19 e adotar processo de acolhimento com classificação de risco, em sala específicapara tal atividade, permitindo a identificação do paciente que necessite de tratamento imediato, segundo o potencial de risco, os agravos à saúdeou grau de sofrimento;CONSIDERANDO que o O Ministério da Saúde pactuou com o Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúdea (CONASEMS) apublicação das Portarias nº 1444 e 1445 de 29 de maio de 2020 para adoção de regras específicas que viabilizassem o financiamento para aimplantação dessas unidades estratégicas, a serem instituídas em caráter excepcional e temporário, ou seja, com vigência nas competênciasfinanceiras de maio de 2020 a setembro de 2020, sujeito à alteração em decorrência da situação epidemiológica da COVID-19 no Brasil;CONSIDERANDO a Portaria nº 1.445 do MS, de 29 de maio de 2020 que institui os Centros de Atendimento para Enfrentamento à COVID-19,espaços físicos estruturados pela gestão municipal e do Distrito Federal para o acolhimento e atendimento de usuários com queixas relacionadasaos sintomas de COVID-19;CONSIDERANDO a finalidade dos Centros de Atendimento, descrita no art.2º da Portaria nº 1445, é:I - identificar precocemente os casos suspeitos de infecção pelo Sars-CoV-2, por meio da qualificação do processo de acolhimento comclassificação de risco, visando à identificação da necessidade de tratamento imediato em sala específica para tal atividade;II - realizar atendimento presencial para os casos que necessitem, utilizando método fasttrack de atendimento, para:a) identificação tempestiva da necessidade de tratamento imediato;b) estabelecimento do potencial de risco, presença de agravos à saúde ou grau de sofrimento; ec) estabilização e encaminhamentos necessários, seguindo os protocolos relacionados ao Sars-CoV-2, publicados no endereço eletrônico doMinistério da Saúde;III - realizar a testagem da população de risco, considerando os públicos-alvo e respectivas indicações do Ministério da Saúde;IV - notificar adequadamente os casos conforme protocolos do Ministério da Saúde e atuar em parceria com a equipe de vigilância local;V - orientar a população sobre as medidas a serem adotadas durante o isolamento domiciliar e sobre medidas de prevenção comunitária;VI - articular com os demais níveis de atenção à saúde fluxos de referência e contrarreferência, considerando o disposto nos Planos deContingência de cada ente federativo;CONSIDERANDO que, em consonância com o art.4º da Portaria nº 1.445 do MS, os Centros de Atendimento para Enfrentamento à COVID-19são classificados nas seguintes tipologias:I - Tipo 1: municípios de até 70.000 habitantes;II - Tipo 2: municípios de 70.001 habitantes a 300.000 habitantes; eIII - Tipo 3: municípios acima de 300.000 habitantes;CONSIDERANDO que o incentivo financeiro de custeio federal ao Distrito Federal e Municípios que implantarem os Centros de Atendimento paraEnfrentamento à COVID-19 terá os seguintes valores mensais:I - R$ 60.000,00 (sessenta mil reais) para os Centros de Atendimento Tipo 1;II - R$ 80.000,00 (oitenta mil reais) para os Centros de Atendimento Tipo 2; eIII - R$ 100.000,00 (cem mil reais) para os Centros de Atendimento Tipo 3;CONSIDERANDO que os Centros de Atendimentos devem funcionar, no mínimo, 40 horas semanais, em todos os dias da semana e possuir umacarga horária mínima semanal por categoria profissional devidamente cadastrada no SCNES, ou seja, no mínimo 8 (oito) horas diárias,conforme art. 6º da Portaria nº 1445\2020;CONSIDERANDO que, excepcionalmente, é admitida a contratação dos profissionais integrantes da Atenção Primária desde que osmesmos cumpram carga horária adicional àquela cadastrada na equipe no mesmo estabelecimento;CONSIDERANDO que os Centros de Atendimento devem respeitar a quantidade mínima de carga horária de acordo com cada categoria

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profissional de saúde:

PROFISSIONAIS Tipo 1 Tipo 2 Tipo 3

Médico 40 horas 80 horas 120 horas

Enfermeiro 40 horas 80 horas 120 horas

Técnico ou auxiliar de enfermagem 80 horas 120 horas 160 horas

CONSIDERANDO que além da garantia do adequado apoio técnico e logístico para o funcionamento dos Centros de Atendimento, devem serobservado o espaço físico mínimo exigido para o funcionamento dos Centros de Atendimento:

AMBIENTES Tipo 1 Tipo 2 Tipo 3

Consultório 1 2 3

Sala de Acolhimento 1 1 2

Sala de Isolamento 1 1 a 2 2 a 3

Sala de Coleta 1 1 1

CONSIDERANDO a Nota Técnica da SESAPI orientando os gestores municipais acerca dos Centros de Atendimento para enfrentamento àCOVID-19 em caráter especial e temporário, a qual dispõe que caso o município opte por utilizar a Estrutura física de uma UBS para implantaçãodo Centro de Atendimento, deverá realocar os profissionais da ESF/ESB para outro espaço e/ou reorganizar o Espaço da UBS, criando acessoalternativo ao Centro que deverá ser restrito para profissionais deste serviço e usuários com síndrome gripal;CONSIDERANDO que a solicitação de habilitação desse novo e importante serviço de atenção cabe, evidentemente, a cada gestor de saúde, noentanto, está condicionada a requisitos descritos na portaria ministerial nº 1445;CONSIDERANDO as disposições constantes da NOTA TÉCNICA Nº07, de 8 de junho de 2020 emitida pelo Centro de Apoio Operacional deDefesa da Saúde do Ministério Público do Piauí;CONSIDERANDO que o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), por meio da Comissão da Saúde, emitiu a Nota Técnica Conjunta nº01/2020 - CES/CNMP/1ª CCR, contendo subsídios para a atuação coordenada do Ministério Público voltada ao enfrentamento do COVID-19;CONSIDERANDO que, de acordo com as orientações entabuladas na referida Nota Técnica, cabe aos Órgãos de Execução do Ministério Públicocom funções na área da saúde a aproximação com os gestores locais de saúde;CONSIDERANDO, ainda, que essa Promotoria de Justiça de Monsenhor Gil instaurou o Procedimento Administrativo (PA) nº 16/2020, noâmbito desta PJMG, com o objeto e objetivo, entre outros, acompanhar as medidas administrativas de combate à prevenção e propagação doCOVID-19 no Município de Curralinhos/PI;RESOLVE:RECOMENDAR à Senhora MARIA CINTH DO REGO, SECRETÁRIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE CURRALINHOS, em cumprimento àsdisposições de ordem constitucional, legal, administrativas e de natureza sanitária acima referidas, que ADOTE PROVIDÊNCIAS COM VISTASÀ IMPLANTAÇÃO DO CENTRO DE ATENDIMENTO PARA ENFRENTAMENTO À COVID-19 COM OBSERVÂNCIA DA TIPOLOGIAREFERENTE AO NÚMERO DE HABITANTES DO MUNICÍPIO DE CURRALINHOS, nos termos da Portaria nº 1.445, de 29.5.2020 do Ministérioda Saúde.Desde já, adverte que a não observância desta Recomendação implicará na adoção das medidas judiciais cabíveis, caracterizando o dolo, má-féou ciência da irregularidade, por ação ou omissão, para viabilizar futuras responsabilizações em sede de ação civil pública por ato de improbidadeadministrativa quando tal elemento subjetivo for exigido, devendo ser encaminhada à Promotoria de Justiça de Monsenhor Gil, pelo [email protected], as providências tomadas e os documentos comprobatórios hábeis a provar o cumprimento destaRecomendação, ao final do prazo de 10 (dez) dias úteis.A partir da data da entrega da presente RECOMENDAÇÃO, o MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ considera sua destinatária comopessoalmente CIENTE da situação ora exposta, e portanto, demonstração da consciência da ilicitude do recomendado.ENCAMINHE-SE cópia da Recomendação à Secretaria Geral do Ministério Público do Estado do Piauí para publicação no Diário OficialEletrônico do Ministério Público do Estado do Piauí (DOEMP/PI) assim como ao Centro de Apoio Operacional de Defesa da Saúde (CAODS), emarquivo editável, e ao próprio Conselho Superior do Ministério Público (CSMP/PI), para conhecimento, conforme disposto no art. 6º, §1º, daResolução n. 001/2008 do Colégio de Procuradores de Justiça do Estado do Piauí, via e-mail institucional, e aos seus respectivos destinatários.ENCARTE-SE, por fim, uma via da Notificação Recomendatória em tablado aos autos da PROCEDIMENTO ADMNISTRATIVO (PA) n. 16/2020,ante a urgência da situação, bem como se proceda ao encaminhamento dela à comunidade, por todos os meios eletrônicos ou remotodisponíveis, para amplo controle social.Publique-se, registre-se e encarte-se.Monsenhor Gil (PI), 16 de junho de 2020.(assinado digitalmente)RAFAEL MAIA NOGUEIRAPromotor de Justiça titular da Promotoria de Justiça (PJ) de Monsenhor Gil,respondendo pela 2ª PJ de Valença do PiauíRef. PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO (PA) n. 17/2020RECOMENDAÇÃO Nº 87/2020O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ/PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE MONSENHOR GIL, por seu Promotor de Justiça adianteassinado, no exercício de suas funções legais, e constitucionais, com fundamento no art. 27, parágrafo único, inciso IV, da Lei n° 8.625, de12.02.93 (Lei Orgânica Nacional do Ministério Público) e art. 38, parágrafo único, inciso IV, da Lei Complementar n° 12, de 18.12.93 (Lei OrgânicaEstadual), eCONSIDERANDO que o Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa daordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis (CF, art. 127);CONSIDERANDO que, segundo o artigo 196 da Constituição Federal (CF): "a saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediantepolíticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações eserviços para sua promoção, proteção e recuperação";CONSIDERANDO que, em 30.01.2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que o surto da doença causada pelo CORONAVÍRUS(COVID-19) constitui Emergência de Saúde Pública de importância Internacional (ESPII);CONSIDERANDO que a ESPII é considerada, nos termos do Regulamento Sanitário Internacional (RSI), "um evento extraordinário que podeconstituir um risco de saúde pública para outros países devido a disseminação internacional de doenças; e potencialmente requer uma respostainternacional coordenada e imediata";CONSIDERANDO que o Ministério da Saúde, em 03.02.2020, através da Portaria GM/MS nº 188/2020, declarou "emergência em saúdepública de importância nacional", em decorrência da infecção humana pelo CORONAVÍRUS, considerando que a situação atual demanda o

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emprego urgente de medidas de prevenção, controle e contenção de riscos, danos e agravos à saúde pública;CONSIDERANDO o disposto na Lei n° 13.979, de 06 de fevereiro de 2020, que dispõe sobre as medidas para enfrentamento da emergência desaúde pública de importância internacional decorrente do CORONAVÍRUS responsável pelo surto de 2019;CONSIDERANDO que o art. 3º da mencionada lei prevê como medidas para o enfrentamento da infecção: isolamento, quarentena, determinaçãode realização compulsória de exames médicos, testes laboratoriais, coleta de amostras clínicas, vacinação e tratamentos médicos específicos;CONSIDERANDO que, em 11.03.2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou pandemia para o CORONAVÍRUS, ou seja, momentoem que uma doença se espalha por diversos continentes com transmissão sustentada entre humanos;CONSIDERANDO que a classificação da situação mundial do novo CORONAVÍRUS (COVID-19, SARSCoV-2) como pandemia significa o riscopotencial da doença infecciosa atingir a população mundial de forma simultânea, não se limitando a locais que já tenham sido identificadas comode transmissão interna;CONSIDERANDO o Decreto nº 18.884, de 16 de março de 2020, que regulamenta a lei nº 13.979/2020, para dispor no âmbito do Estado doPiauí, sobre as medidas emergência de saúde pública de importância internacional e tendo em visa a classificação da situação mundial do novoCORONAVÍRUS;CONSIDERANDO que, diante do agravamento da propagação do novo CORONAVÍRUS no Piauí, o Governo do Estado do Piauí expediu oDecreto nº 18.901, de 19 de março de 2019, publicado na pág. 07 do Diário Oficial nº53, deteminando as medidas excepcionais voltadas para oenfrentamento da gave crise de saúde pública decorrente do COVID-19;CONSIDERANDO que o Decreto nº 19.013, de 7 de junho de 2020 prorrogou a vigência dos Decretos 18901, 18902 e 18.947 do Estado doPiauí, mantendo o isolamento social até o dia 22.6.2020;CONSIDERANDO que o art. 203 da Constituição Estadual do Piauí dispõe que a saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediantepolíticas sociais e econômicas que visem à extinção do risco de doenças e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e aosserviços destinados a sua promoção, proteção e recuperação, com prioridade para as atividades preventivas e de vigilância sanitária eepidemiológica;CONSIDERANDO que o acolhimento dos pacientes com queixas relacionadas aos sintomas de síndrome gripal ou COVID-19 e a classificaçãode risco são aspectos fundamentais para o fortalecimento da rede de atenção à saúde e para o enfrentamento da Emergência de Saúde Públicade Importância Nacional e Internacional pela Doença decorrente do novo CORONAVÍRUS;CONSIDERANDO que os Centros de Atendimento e Centros Comunitários para Enfrentamento ao COVID-19 são espaços estruturados paraservir como referência para acolhimento dos pacientes com queixas relacionadas aos sintomas de COVID-19, garantindo o atendimentoordenado de acordo com a gravidade do caso, em conformidade com os protocolos de definições de tratamentos relacionados ao COVID-19publicados pelo Ministério da Saúde, utilizando o método "FAST TRACK" de atendimento;CONSIDERANDO que os Centros de Atendimento e Centros Comunitários para enfrentamento ao COVID-19 tem como finalidade acolher ospacientes com queixas relacionadas a sintomas da COVID-19 e adotar processo de acolhimento com classificação de risco, em sala específicapara tal atividade, permitindo a identificação do paciente que necessite de tratamento imediato, segundo o potencial de risco, os agravos à saúdeou grau de sofrimento;CONSIDERANDO que o O Ministério da Saúde pactuou com o Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúdea (CONASEMS) apublicação das Portarias nº 1444 e 1445 de 29 de maio de 2020 para adoção de regras específicas que viabilizassem o financiamento para aimplantação dessas unidades estratégicas, a serem instituídas em caráter excepcional e temporário, ou seja, com vigência nas competênciasfinanceiras de maio de 2020 a setembro de 2020, sujeito à alteração em decorrência da situação epidemiológica da COVID-19 no Brasil;CONSIDERANDO a Portaria nº 1.445 do MS, de 29 de maio de 2020 que institui os Centros de Atendimento para Enfrentamento à COVID-19,espaços físicos estruturados pela gestão municipal e do Distrito Federal para o acolhimento e atendimento de usuários com queixas relacionadasaos sintomas de COVID-19;CONSIDERANDO a finalidade dos Centros de Atendimento, descrita no art.2º da Portaria nº 1445, é:I - identificar precocemente os casos suspeitos de infecção pelo Sars-CoV-2, por meio da qualificação do processo de acolhimento comclassificação de risco, visando à identificação da necessidade de tratamento imediato em sala específica para tal atividade;II - realizar atendimento presencial para os casos que necessitem, utilizando método fasttrack de atendimento, para:a) identificação tempestiva da necessidade de tratamento imediato;b) estabelecimento do potencial de risco, presença de agravos à saúde ou grau de sofrimento; ec) estabilização e encaminhamentos necessários, seguindo os protocolos relacionados ao Sars-CoV-2, publicados no endereço eletrônico doMinistério da Saúde;III - realizar a testagem da população de risco, considerando os públicos-alvo e respectivas indicações do Ministério da Saúde;IV - notificar adequadamente os casos conforme protocolos do Ministério da Saúde e atuar em parceria com a equipe de vigilância local;V - orientar a população sobre as medidas a serem adotadas durante o isolamento domiciliar e sobre medidas de prevenção comunitária;VI - articular com os demais níveis de atenção à saúde fluxos de referência e contrarreferência, considerando o disposto nos Planos deContingência de cada ente federativo;CONSIDERANDO que, em consonância com o art.4º da Portaria nº 1.445 do MS, os Centros de Atendimento para Enfrentamento à COVID-19são classificados nas seguintes tipologias:I - Tipo 1: municípios de até 70.000 habitantes;II - Tipo 2: municípios de 70.001 habitantes a 300.000 habitantes; eIII - Tipo 3: municípios acima de 300.000 habitantes;CONSIDERANDO que o incentivo financeiro de custeio federal ao Distrito Federal e Municípios que implantarem os Centros de Atendimento paraEnfrentamento à COVID-19 terá os seguintes valores mensais:I - R$ 60.000,00 (sessenta mil reais) para os Centros de Atendimento Tipo 1;II - R$ 80.000,00 (oitenta mil reais) para os Centros de Atendimento Tipo 2; eIII - R$ 100.000,00 (cem mil reais) para os Centros de Atendimento Tipo 3;CONSIDERANDO que os Centros de Atendimentos devem funcionar, no mínimo, 40 horas semanais, em todos os dias da semana e possuir umacarga horária mínima semanal por categoria profissional devidamente cadastrada no SCNES, ou seja, no mínimo 8 (oito) horas diárias,conforme art. 6º da Portaria nº 1445\2020;CONSIDERANDO que, excepcionalmente, é admitida a contratação dos profissionais integrantes da Atenção Primária desde que osmesmos cumpram carga horária adicional àquela cadastrada na equipe no mesmo estabelecimento;CONSIDERANDO que os Centros de Atendimento devem respeitar a quantidade mínima de carga horária de acordo com cada categoriaprofissional de saúde:

PROFISSIONAIS Tipo 1 Tipo 2 Tipo 3

Médico 40 horas 80 horas 120 horas

Enfermeiro 40 horas 80 horas 120 horas

Técnico ou auxiliar de enfermagem 80 horas 120 horas 160 horas

CONSIDERANDO que além da garantia do adequado apoio técnico e logístico para o funcionamento dos Centros de Atendimento, devem ser

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2.11. 3ª PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE CAMPO MAIOR-PI12209

observado o espaço físico mínimo exigido para o funcionamento dos Centros de Atendimento:

AMBIENTES Tipo 1 Tipo 2 Tipo 3

Consultório 1 2 3

Sala de Acolhimento 1 1 2

Sala de Isolamento 1 1 a 2 2 a 3

Sala de Coleta 1 1 1

CONSIDERANDO a Nota Técnica da SESAPI orientando os gestores municipais acerca dos Centros de Atendimento para enfrentamento àCOVID-19 em caráter especial e temporário, a qual dispõe que caso o município opte por utilizar a Estrutura física de uma UBS para implantaçãodo Centro de Atendimento, deverá realocar os profissionais da ESF/ESB para outro espaço e/ou reorganizar o Espaço da UBS, criando acessoalternativo ao Centro que deverá ser restrito para profissionais deste serviço e usuários com síndrome gripal;CONSIDERANDO que a solicitação de habilitação desse novo e importante serviço de atenção cabe, evidentemente, a cada gestor de saúde, noentanto, está condicionada a requisitos descritos na portaria ministerial nº 1445;CONSIDERANDO as disposições constantes da NOTA TÉCNICA Nº07, de 8 de junho de 2020 emitida pelo Centro de Apoio Operacional deDefesa da Saúde do Ministério Público do Piauí;CONSIDERANDO que o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), por meio da Comissão da Saúde, emitiu a Nota Técnica Conjunta nº01/2020 - CES/CNMP/1ª CCR, contendo subsídios para a atuação coordenada do Ministério Público voltada ao enfrentamento do COVID-19;CONSIDERANDO que, de acordo com as orientações entabuladas na referida Nota Técnica, cabe aos Órgãos de Execução do Ministério Públicocom funções na área da saúde a aproximação com os gestores locais de saúde;CONSIDERANDO, ainda, que essa Promotoria de Justiça de Monsenhor Gil instaurou o Procedimento Administrativo (PA) nº 16/2020, noâmbito desta PJMG, com o objeto e objetivo, entre outros, acompanhar as medidas administrativas de combate à prevenção e propagação doCOVID-19 no Município de Miguel Leão/PI;RESOLVERECOMENDAR à Senhora NEUZA CUNHA DE ARAÚJO, SECRETÁRIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE MIGUEL LEÃO/PI, em cumprimento àsdisposições de ordem constitucional, legal, administrativas e de natureza sanitária acima referidas, que ADOTE PROVIDÊNCIAS COM VISTASÀ IMPLANTAÇÃO DO CENTRO DE ATENDIMENTO PARA ENFRENTAMENTO À COVID-19 COM OBSERVÂNCIA DA TIPOLOGIAREFERENTE AO NÚMERO DE HABITANTES DO MUNICÍPIO DE MIGUEL LEÃO, nos termos da Portaria nº 1.445, de 29.5.2020 do Ministérioda Saúde.Desde já, adverte que a não observância desta Recomendação implicará na adoção das medidas judiciais cabíveis, caracterizando o dolo, má-féou ciência da irregularidade, por ação ou omissão, para viabilizar futuras responsabilizações em sede de ação civil pública por ato de improbidadeadministrativa quando tal elemento subjetivo for exigido, devendo ser encaminhada à Promotoria de Justiça de Monsenhor Gil, pelo [email protected], as providências tomadas e os documentos comprobatórios hábeis a provar o cumprimento destaRecomendação, ao final do prazo de 10 (dez) dias úteis.A partir da data da entrega da presente RECOMENDAÇÃO, o MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ considera sua destinatária comopessoalmente CIENTE da situação ora exposta, e portanto, demonstração da consciência da ilicitude do recomendado.ENCAMINHE-SE cópia da Recomendação à Secretaria Geral do Ministério Público do Estado do Piauí para publicação no Diário OficialEletrônico do Ministério Público do Estado do Piauí (DOEMP/PI) assim como ao Centro de Apoio Operacional de Defesa da Saúde (CAODS), emarquivo editável, e ao próprio Conselho Superior do Ministério Público (CSMP/PI), para conhecimento, conforme disposto no art. 6º, §1º, daResolução n. 001/2008 do Colégio de Procuradores de Justiça do Estado do Piauí, via e-mail institucional, e aos seus respectivos destinatários.ENCARTE-SE, por fim, uma via da Notificação Recomendatória em tablado aos autos da PROCEDIMENTO ADMNISTRATIVO (PA) n. 17/2020,ante a urgência da situação, bem como se proceda ao encaminhamento dela à comunidade, por todos os meios eletrônicos ou remotodisponíveis, para amplo controle social.Publique-se, registre-se e encarte-se.Monsenhor Gil (PI), 16 de junho de 2020.(assinado digitalmente)RAFAEL MAIA NOGUEIRAPromotor de Justiça titular da Promotoria de Justiça (PJ) de Monsenhor Gil,respondendo pela 2ª PJ de Valença do Piauí

PORTARIA Nº 13/2020SIMP: 000151-308/2019CONSIDERANDO:O Dr. MAURÍCIO GOMES DE SOUZA, Ex.mo Sr. Promotorde Justiça Titular da 3ª Promotoria de Justiça no município de Campo Maior/PI, arrimado no art. 127, caput, e 129, da CRFB, no uso de suasatribuições legais e, etc.,que os arts. 127 e 129, da Constituição Federal impõem como poder-dever do Ministério Público a defesa da ordem jurídica, do regimedemocrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis, bem como a proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente e deoutros interesses difusos e coletivos;que a Notícia de Fato nº 013/2019 (SIMP 000151-308/2019) informa que obra de reforma daU. E. Jerônimo dos Santos e Silva, no município de Sigefredo Pacheco/PI, teria ocorrido no ano de 2016 e o procedimento licitatório respectivoapenas no ano de 2017;que pesquisa no sistema Licitações WEB, do TCE/PI, informou que no ano de 2016 a Secretaria Estadual de Educação realizou a Carta Convitenº 017/2016, sendo a mesma cancela; bem como que no ano de 2017 tal procedimento licitatório voltou a ser realizado;que solicitadas informações à Secretaria Estadual de Educação, esta informou que fora firmado o contrato nº 089/2017, tendo como objetoServiços de Reforma na U.E. Jerônimo dos Santos e Silva, cuja obra já se encontra concluída em prazo a menor do estipulado, conforme constaem laudo de fiscalização;que as obras da Administração Pública, quando contratadas com terceiros, serão necessariamente precedidas de licitação, conforme apregoa oart. 2º, da Lei nº 8.666/93;que os fatos noticiados são graves e merecem apuração, esgotadas as possibilidades de obtenção de informações via notícia de fato;RESOLVE:Instaurar INQUÉRITO CIVIL, tendo em mira a colheita de elementos de veracidade e comprovação dos fatos tratados na notícia em lume, osquais, uma vez alicerçados em provas documentais poderão servir para justa causa de ação civil pública, pelo que, determina-se, desde logo,o seguinte:

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2.12. 2ª PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE ESPERANTINA-PI12211

registre-se e autue-se a presente Portaria e documentos que a acompanham, com alimentação do sistema próprio do MPPI e SIMP, publicando-ano DOEMP com remessa ao CACOP, em atenção ao disposto no art. 4º, VI, da Res. CNMP n.º 23/07;comunique-se, por meio eletrônico, ao CSMP a instauração do presente IPC;remeta-se cópia integral dos autos ao MP de Contas para conhecimento e providências que entender cabível;requisite-se à Secretaria Estadual de Educação cópia integral do procedimento licitatório Carta Convite nº 017/2016 (Processo Administrativo0010160/2016), referente à reforma da Unidade Escolar Jerônimo dos Santos e Silva, bem como notas de empenho, atos de liquidação e depagamento referentes ao processo licitatório em lume;nomeia-se como secretário do presente ICP, LAIZA DOS SANTOS CARVALHO, servidora efetiva do MP/PI;Diligências no prazo de Lei, a contar da juntada nos autos de respectivos ARs e certificação.Cumpra-se, observados os ditames do Ato PGJ n.º 931/2019, voltando-me conclusos os autos, findo o prazo de lei, com ou sem resposta.Campo Maior/PI, datado e assinado eletronicamente pelo R. MP.MAURÍCIO GOMES DE SOUZAPromotor de Justiça

2ª PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE ESPERANTINAPraça Diógenes Rebêlo, nº 338, Centro, CEP 64.180-000 - Fone: (0xx)86-3383-1301RECOMENDAÇÃO Nº 30/2020PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO Nº 24/2020SIMP Nº 000261-161/2020O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE PIAUÍ, por seu representante, dr. Adriano Fontenele Santos, titular da 2ª Promotoria de Justiça deEsperantina, no uso das atribuições que lhes são conferidas pelos arts. 127, 129, III, da Constituição Federal, art. 27, parágrafo único, inciso IV,da Lei nº 8.625/93 e art. 37, incisos I, V e VI, da Lei Complementar Estadual n° 12/93:CONSIDERANDO que, nos termos do art. 127 da Constituição Federal, incumbe ao Ministério Público a defesa da ordem jurídica, do regimedemocrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis;CONSIDERANDO que compete ao Ministério Público expedir recomendações visando à proteção de interesses difusos e coletivos, bem como aorespeito aos interesses, direitos e bens cuja defesa lhe cabe promover, fixando prazo razoável para a adoção das providências cabíveis(Resolução CNMP n° 164/17);CONSIDERANDO que a vida e a saúde constituem direitos fundamentais do ser humano, sendo de grande relevância pública;CONSIDERANDO que a saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução dorisco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação,conforme previsto no artigo 196 da Constituição Federal e artigo 203 da Constituição Estadual;CONSIDERANDO que o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), por meio da Comissão da Saúde, emitiu a Nota Técnica Conjunta nº01/2020 - CES/CNMP/1ª CCR, contendo subsídios para a atuação coordenada do Ministério Público voltada ao enfrentamento do COVID-19;CONSIDERANDO ser o Ministério Público órgão agente da fiscalização da gestão pública de saúde, assim definido na Seção IV, Capítulo IV, daLei Complementar Federal nº 141, de 13 de janeiro de 2012;CONSIDERANDO que, em 30.01.2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que o surto da doença causada pelo Coronavírus(COVID-19) constitui Emergência de Saúde Pública de importância Internacional (ESPII);CONSIDERANDO o notório estado de emergência presente no mundo em razão da disseminação do novo coronavírus COVID-19, levando aOrganização Mundial da Saúde - OMS a declarar situação de pandemia no dia 11.03.2020, ao passo em que pleiteou, por parte de todos ospaíses, uma "ação urgente e agressiva" para sua contenção;CONSIDERANDO que a classificação da situação mundial do novo coronavírus (COVID-19, SARSCoV-2) como pandemia significa o riscopotencial da doença infecciosa atingir a população mundial de forma simultânea, não se limitando a locais que já tenham sido identificadas comode transmissão interna;CONSIDERANDO que a progressão do coronavírus COVID-19 tem sido exponencial em todo o mundo, de forma tal que todos os Governos -incluído o brasileiro - têm buscado tomar as medidas de forma urgentíssima. É certo que cada país apresenta uma trajetória distinta no númerode casos confirmados, tendo em vista diversos fatores que influenciam a propagação da doença pulmonar causada e ao volume de testesdisponibilizados para a sua detecção;CONSIDERANDO o Decreto nº 18.884, de 16 de março de 2020, que regulamenta a lei nº 13.979/2020, para dispor no âmbito do Estado doPiauí, sobre as medidas emergência de saúde pública de importância internacional e tendo em vista a classificação da situação mundial do novocoronavírus;CONSIDERANDO a deflagração de situação de calamidade pública pelo Governo do Estado do Piauí, por meio do Decreto n° 18.895, de 19 demarço de 2020;CONSIDERANDO que a Constituição Federal determina que as ações e os serviços de saúde são de relevância pública, integrando uma rederegionalizada - com direção única em cada esfera de governo - e hierarquizada que, em sua totalidade, constituindo um sistema único de saúde,ex vi arts. 197 e 198;CONSIDERANDO que é dever do Estado - nos diferentes níveis da federação - de pautar a sua atuação em estrita observância à garantia demáxima efetividade quando se tratar de matérias afetas a direitos e garantias fundamentais, notadamente ao direito social à saúde ameaçado porocasião da pandemia COVID-19, pelo que estas exigem prestações positivas do Estado;CONSIDERANDO que a garantia de máxima efetividade somente pode ser alcançada objetivamente se as ações estatais forem fundadas emcritérios técnicos, apurados pelos órgãos com a atribuição constitucional, legal e regulamentar para tal, como balizado pelo Supremo TribunalFederal no entendimento firmado na ADI 4066;CONSIDERANDO o disposto na Lei n° 13.979, de 06 de fevereiro de 2020, que dispõe sobre as medidas para enfrentamento da emergência desaúde pública de importância internacional em virtude do coronavírus;CONSIDERANDO que dentre as medidas emergenciais adotadas pela Lei nº 13.979/2020, pode-se dar destaque à criação de nova hipótese dedispensa de licitação para aquisição de bens, serviços, inclusive de engenharia, e insumos destinados ao enfrentamento da emergência de saúdepública de importância internacional decorrente do coronavírus, sendo consideradas presumidas: a) a ocorrência de situação de emergência; b) anecessidade de pronto atendimento da situação de emergência; c) a existência de risco a segurança de pessoas, obras, prestação de serviços,equipamentos e outros bens, públicos ou particulares; e d) a limitação da contratação à parcela necessária ao atendimento da situação deemergência;CONSIDERANDO que no seu art. 4º, referida legislação, aplicável a todos os entes políticos (União, Estados, Municípios e Distrito Federal), éexpressa ao prever que a dispensa de licitação baseada na emergência em razão do COVID-19 é temporária e deve ser aplicada apenasenquanto perdurar a emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus COVID-19;CONSIDERANDO que dentre os requisitos legais exigidos, a nova legislação prevê a disponibilização, em sítio eletrônico específico, de todas ascontratações ou aquisições realizadas, verbis:"Art. 4º§ 2º - Todas as contratações ou aquisições realizadas com fulcro nesta Lei serão imediatamente disponibilizadas em sítio oficial específico na

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2.13. 35ª PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE TERESINA-PI12213

rede mundial de computadores (internet), contendo, no que couber, além das informações previstas no § 3º do art. 8º da Lei no 12.527, de 18 denovembro de 2011, o nome do contratado, o número de sua inscrição na Receita Federal do Brasil, o prazo contratual, o valor e o respectivoprocesso de contratação ou aquisição"CONSIDERANDO que, conforme a Nota Técnica 01/2020 do TCE/PI, por meio de seu item 6.10, deve ser publicada, sem prejuízo da imediatadisponibilização em sítio eletrônico oficial na rede mundial de computadores (internet) das informações relativas às contratações decorrentes daLei nº 13.979/2020, com todos os elementos previstos no § 2º do art. 4º desta lei - nome do contratado, número de sua inscrição na ReceitaFederal do Brasil, prazo contratual, valor e o respectivo processo de contratação ou aquisição -, além dos exigidos na Lei nº 12.527/2011 (Lei deAcesso à Informação), deve ser também efetuada a publicação resumida do instrumento de contrato, bem como de eventuais aditamentos, naimprensa oficial, nos termos dispostos no parágrafo único do art. 61 da Lei nº 8.666/1993;CONSIDERANDO a Nota Técnica exarada pelo Gabinete de Acompanhamento e Prevenção ao COVID-19 do Ministério Público do Estado doPiauí, orientando os gestores estaduais sobre as compras e serviços contratados pelos entes municipal e/ou estadual, no âmbito do Piauí,fundados no decreto de situação de emergência ou de calamidade pública em virtude da pandemia do COVID-19, para aquisição de bens,serviços e insumos destinados ao enfrentamento da emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do coronavirus;CONSIDERANDO a efetivação da política de transparência da administração pública, como vincula o art. 4º, parágrafo 2º, da Lei 13.979/2020, ede acordo com o item 5.14, da Nota Técnica 01/20, do TCE/PI; e do item 7, da Nota Técnica Orientativa do Gabinete de Acompanhamento ePrevenção à COVID19 (GAP-COVID19), do Ministério Público do Piauí, devendo o Ente Público criar uma aba específica no portal datransparência de seu sítio eletrônico, alimentando-a diariamente e apresentando de forma discriminada os valores orçamentários e aexecução de despesas, como decretos e atos administrativos que autorizam realocação de recursos ou abrem créditos adicionais,contratos administrativos de prestação e fornecimento de bens e serviços, nota de empenho, liquidação e pagamento, descrição dobem e/ou serviço, o quantitativo, o valor unitário e total da aquisição, a data da compra e o nome do fornecedor, inclusive CNPJ, ouseja, todas as receitas e gastos públicos relacionados especificamente ao enfrentamento e mitigação da pandemia decorrente doCOVID-19;CONSIDERANDO a necessidade de ampla publicidade dos gastos públicos realizados, devendo ser levado em conta que a celeridadenecessária para as aquisições em comento não significa uma atuação que possa, de alguma forma, contrariar os princípios da legalidade,impessoalidade, moralidade, publicidade, eficiência, isonomia, seleção da proposta mais vantajosa para a Administração, promoção dodesenvolvimento nacional sustentável, bem como demais preceitos que lhe sejam correlatos. Não se trata, assim, de autorização irrestrita paraaquisição desmesurada e irracional de bens e serviços, somente em razão de se estar em face de excepcional situação de emergênciapandêmica;CONSIDERANDO que a celeridade buscada pelo legislador, ao mitigar algumas exigências previstas na sistemática da Lei nº 8.666/93, impõe aogestor público e as entidades que desenvolvem serviço público assemelhado, o dever de cautela e de apuração das circunstâncias fáticas queorientam para eventual contratação direta sob tal fundamento;CONSIDERANDO que o levantamento realizado pelo Centro de Apoio Operacional de Combate à Corrupção e Defesa do Patrimônio Público -CACOP em 16 de junho de 2020 acerca do panorama dos municípios piauienses quanto ao Portal da Transparência da covid-19 constatou queexistem 73 (setenta e três) municípios que não apresentam a publicidade dos gastos, sendo que em 66 (sessenta e seis) municípios existe umportal especifico para a Covid-19, mas sem a devida alimentação ou com impossibilidade de acesso e que em 7 (sete) municípios não existeportal especifico para divulgação de gastos com o Covid-19.CONSIDERANDO que ao acessar o Portal da Transparência do Município Joaquim Pires/PI foi constatado que não existe sítio eletrônicoespecífico para a divulgação dos contratos e aquisições realizadas para enfrentamento da pandemia de Covid-19;CONSIDERANDO o descumprimento pela Prefeitura Municipal de Joaquim Pires/PI das disposições previstas no §2º, do artigo 4º da Lei Federaln°13.979/2020;CONSIDERANDO que a vigente Constituição da República e a Constituição Estadual consagraram como princípio fundamental da AdministraçãoPública a publicidade (CF, art. 37, caput), bem como garantiu o direito fundamental à informação (CF, art. 5º, inciso XIV);CONSIDERANDO que o princípio da publicidade, enquanto transparência da gestão, possibilita maior controle social das contas públicas,facilitando a obtenção de dados relativos à gestão de pessoal, orçamentária e financeira e, consequentemente, reduzindo a margem de eventuaisdesvios, sendo, portanto, uma medida de caráter preventivo visando o direito fundamental a uma boa administração pública;CONSIDERANDO que a Lei 12.527/11 (Lei de Acesso à Informação) determina que deve ser assegurado pelo Poder Público a "gestãotransparente da informação, propiciando amplo acesso a ela e sua divulgação" (art. 6, inciso I);CONSIDERANDO que apesar de estarmos vivenciando um estado de calamidade pública, ainda persiste a necessidade da utilização deinstrumento para garantir a transparência da gestão, disponibilizando informações sem a necessidade de prévia requisição;Resolve RECOMENDAR ao Prefeito Municipal de Joaquim Pires/PI, Sr. Genival Bezerra da Silva, em cumprimento às disposições de ordemconstitucional, legal, administrativas e outras com ela convergente, para que:Disponibilize, por meio de criação de aba específica no Portal da Transparência, os dados referentes às receitas e despesas relacionadas aocombate da pandemia do Covid-19;na página de internet acima mencionada seja incluída a apresentação de forma discriminada dos valores orçamentários recebidos e de execuçãode despesas, a exemplo de contratos administrativos de prestação e fornecimento de bens e serviços, nota de empenho, liquidação epagamento, descrição do bem e/ou serviço, o quantitativo, o valor unitário e total da aquisição, a data da compra; contendo, no que couber, osnomes dos contratados, os números de suas inscrições na Receita Federal do Brasil (CNPJs), os prazos contratuais, os objetos e quantidadescontratados, os valores individualizados contratados e os números dos respectivos processos de contratação ou aquisição, com identidade visualque torne as informações acessíveis à população, como determina o artigo 4º, parágrafo 2º, da Lei 13.979/2020;DETERMINA, assim, que seja encaminhado, no prazo de 10 (dez) dias, para o e-mail desta 2ª Promotoria de Justiça de Esperantina([email protected]), resposta acerca das as providências tomadas para cumprimento desta Recomendação.Encaminhe-se a RECOMENDAÇÃO à Secretaria Geral do Ministério Público do Estado do Piauí para a devida publicação no Diário do MinistérioPúblico.Remeta-se cópia ao destinatário, para cumprimento, via e-mail.Em caso de não acatamento desta Recomendação, o Ministério Público informa que adotará as medidas legais necessárias a fim de assegurar asua implementação, inclusive através do ajuizamento da Ação Civil Pública de responsabilização pela prática de Ato de ImprobidadeAdministrativa.Esperantina (PI), 18 de Junho de 2020.(assinado digitalmente)ADRIANO FONTENELE SANTOSPromotor de JustiçaTitular da 2ª PJ de Esperantina

RECOMENDAÇÃO ADMINISTRATIVA Q01/2020PROCEDIMENTO PREPARATÓRIO Nº 000119-344/2020O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, por intermédio do Promotor de Justiça em exercício na 35ª Promotoria de Teresina, no

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âmbito de suas atribuições legais, com fundamento nas normas do art. 129, da Constituição Federal; art. 26, inciso I, alíneas "a" a "c", e inciso II,da Lei Federal nº 8.625/93; e art. 37, inciso I, alíneas "a" e "b", e inciso II, da Lei Complementar Estadual nº 12/93; e Resolução CPJ/PI nº02/2020, do Egrégio Colégio de Procuradores de Justiça do Estado do Piauí; eCONSIDERANDO que o Ministério Público é uma instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa daordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis, ao teor do art. 127, caput, da Constituição Federal;CONSIDERANDO ser da competência do Ministério Público a defesa da ordem jurídica e dos interesses sociais e individuais indisponíveis, a teordo art. 127, da Constituição Federal, e art. 141, da Constituição do Estado do Piauí;CONSIDERANDO que é função institucional do Ministério Público a promoção de Procedimentos Administrativos, Inquéritos Civis e Ações CivisPúblicas para proteção de direitos difusos e coletivos, segundo o que prevê o art. 129, inciso II, da Constituição Federal;CONSIDERANDO que a Constituição Federal impõe à Administração Pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados,do Distrito Federal e dos Municípios a observância dos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e da eficiência (art. 37,caput);CONSIDERANDO que, no Brasil, o Estado de Emergência de Saúde Pública de Importância Nacional - ESPIN foi declarado em 3 de Fevereirode 2020, por meio da edição da Portaria MS nº 188, do Ministério da Saúde, nos termos do Decreto nº 7.616, de 17 de Novembro de 2011;CONSIDERANDO que a ESPII é considerada, nos termos do Regulamento Sanitário Internacional (RSI), "um evento extraordinário que podeconstituir um risco de saúde pública para outros países devido à disseminação internacional de doenças; e potencialmente requer uma respostainternacional coordenada e imediata";CONSIDERANDO que o Ministério da Saúde, em 3.2.2020, através da Portaria GM/MS nº 188/2020, declarou "emergência em saúde pública deimportância nacional", em decorrência da infecção humana pelo Coronavírus, considerando que a situação atual demanda o emprego urgente demedidas de prevenção, controle e contenção de riscos, danos e agravos à saúde pública;CONSIDERANDO que, em 11.3.2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou pandemia para o Coronavírus, ou seja, momento emque uma doença se espalha por diversos continentes com transmissão sustentada entre humanos;CONSIDERANDO o que determina a Lei nº 13.979/2020, de 06 de Fevereiro de 2020, que versa sobre as medidas de enfrentamento daemergência de saúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus responsável pelo surto de 2019;CONSIDERANDO o Decreto Municipal de Teresina Nº 19.540, de 21 de Março de 2020, que dispõe sobre a adoção de medidas urgentes,inclusive com a suspensão do funcionamento de todos os estabelecimentos comerciais, de serviços e industriais, bem como as atividades daconstrução civil, exceto os estabelecimentos que menciona, para enfrentamento da calamidade na saúde pública de importância internacionaldecorrente do novo coronavírus (COVID-19) no Município de Teresina;CONSIDERANDO que a Prefeitura de Teresina, por meio da Secretaria Municipal de Administração e Recursos Humanos - SEMA, publicou, em01 de junho de 2020, o EDITAL DE CREDENCIAMENTO Nº 01/2020 para a seleção de pessoas físicas que prestem serviços de beleza e bem-estar para atender às demandas do "VOUCHER ESTÉTICA" que será promovido pela Prefeitura Municipal de Teresina, com intuito de contribuircom esta categoria de profissionais nesse período de crise econômica e sanitária causada pela pandemia da COVID-19;CONSIDERANDO a justificativa política para a realização do mencionado credenciamento que, em seus motivos, assim explanou:[...] Como parte do pacote de medidas tomadas pela Prefeitura Municipal de Teresina para combater os impactos econômicos da pandemia deCOVID-19, a fim de manter setores da economia predominantemente ocupados por profissionais liberais, o VOUCHER ESTÉTICA vem beneficiaros profissionais teresinenses que trabalham no ramo de beleza e bem-estar que tenham sofrido impacto em virtude das medidas tomadas paramitigação do vírus, como o isolamento social e o fechamento de estabelecimentos. [...]CONSIDERANDO que, após denúncia aportada na 35ª Promotoria de Justiça de Teresina, solicitou-se cópia do Procedimento Administrativo Nº:00042.000036/2020-84-SEI à Secretaria Municipal de Administração e Recursos Humanos de Teresina, tendo sido atendida por meio do Ofício nº54/2020-SEMA;CONSIDERANDO que, após a análise do procedimento administrativo que deu ensejo à formalização do Edital de Credenciamento nº 01/2020-SEMA, pôde-se constatar que há relevância social e econômica na sua realização, uma vez que em situações extremadas proporcionadas pelaPandemia, o Estado deixa de ser mero fiscalizador da atividade econômica e passa a ser agente fomentador, realizando atividades prestacionaispara a minimização dos impactos econômicos que a situação fática acarreta na vida da população;CONSIDERANDO que, não obstante a relevância social existente como pano de fundo do Edital de Credenciamento nº 01/2020-SEMA, éimprescindível que a Administração obedeça aos regramentos legais atinentes às contratações públicas, devendo observância às leis e aos atosinfralegais;CONSIDERANDO que o Credenciamento, conquanto não possua previsão expressa na Lei nº 8.666/93, é figura aceita doutrinária ejurisprudencialmente, desde que obedecidos os preceitos legais e principiológicos, a exemplo do interesse público, da impessoalidade e daeconomicidade, uma vez que "é uma espécie de cadastro em que se inserem todos os interessados em prestar certos tipos de serviços,conforme regras de habilitação e remuneração prefixadas pela própria Administração Pública;todos os credenciados celebram, sob as mesmas condições, contrato administrativo, haja vista que, pela natureza do serviço, não há relação deexclusão, isto é, o serviço a ser contratado não precisa ser prestado com exclusividade por um ou por outro, mas é prestado por todos"(NIEBUHR, JOEL DE MENEZES. Dispensa e inexigibilidade de licitação pública. Belo Horizonte: Fórum, 2008, p. 336/347);CONSIDERANDO, então, que no bojo do Edital de Credenciamento nº 001/2020-SEMA há diversos dispositivos que fazem referência à tabela devalores praticados no mercado e que serviram de parâmetro para a fixação dos pagamentos a serem creditados aos contratados sem, contudo,apresentar de fato a referida tabela ou a mencionada pesquisa de valores praticados no mercado, o que denota ausência de critério objetivo noestabelecimento dos custos dos serviços a serem contratados;CONSIDERANDO que a Procuradoria-Geral do Município de Teresina, por meio do Parecer nº 175/2020-PLCCA/PGM, opinou pelaPOSSIBILIDADE JURÍDICA, EM TESE, de realização do procedimento de credenciamento, desde que observados os preceitos erecomendações expostos no opinativo, principalmente os constantes nos parágrafos 18-39 e demais observações vazadas na Lei eJurisprudência;CONSIDERANDO que os parágrafos nº 26 e 30 do Parecer nº 175/2020-PLCCA/PGM assim dispõem:26. O item 8.1. determina que "os preços de referência para a referida contratação, informado mediante pesquisa no mercado no item 1.5, eAnexo IV deste edital serão fixos". No entanto, não consta nos autos a pesquisa de mercado a que se faz referência.30. O referido documento informa ainda que os serviços serão remunerados de acordo com os valores expostos no item 1.4. da minuta do editalde credenciamento. Faz-se necessária a justificativa para adoção desses valores, devendo ser demonstrada a compatibilidade com o mercadolocal e a vantagem para a Administração Pública.CONSIDERANDO que, mesmo após a manifestação do órgão jurídico, a Secretaria Municipal de Administração de Recursos Humanos nãoretificou os itens apontados, não demostrando, portanto, sob quais valores de mercado teriam sido os estipulados no Edital de Credenciamento nº01/2020-SEMA, vez que ausente qualquer anexo referenciando a realização de pesquisas de preços praticados no mercado;CONSIDERANDO que o Superior Tribunal de Justiça editou o Manual de Pesquisa de Preços que, dentre outras premissas, apontou que apesquisa de preços apresenta como funções:a. informar o preço justo de referência que a Administração está disposta a contratar; b. verificar a existência de recursos suficientes paracobrir as despesas decorrentes de contratação pública; c. definir a modalidade licitatória; d. auxiliar a justificativa de preços na contrataçãodireta; e. identificar sobrepreços em itens de planilhas de custos; f. identificar jogos de planilhas; g. identificar proposta inexequível; h. impedir acontratação acima do preço de mercado; i. garantir a seleção da proposta mais vantajosa para a Administração; j. auxiliar o gestor aidentificar a necessidade de negociação com os fornecedores, sobre os preços registrados em ata, em virtude da exigência de pesquisa

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3. CAO DE DEFESA DA EDUCAÇÃO E DA CIDADANIA []

3.1. NOTA CONJUNTA Nº.04/2020 – CAODEC/MPPI12212

periódica; k. servir de parâmetro para eventuais alterações contratuais; e l. subsidiar decisão do pregoeiro para desclassificar as propostasapresentadas que não estejam em conformidade com os requisitos estabelecidos no edital;CONSIDERANDO que, no mesmo sentido, o Tribunal de Contas da União assentou que "a ausência da pesquisa de preço e da estimativa dademanda pode implicar contratação de serviço com valor superior aos praticados pelo mercado, desrespeitando o princípio da economicidade,além de frustrar o caráter competitivo do certame, na medida em que a falta dessas informações prejudica a transparência e dificulta aformulação das propostas pelos licitantes";CONSIDERANDO que a economicidade e a legalidade, premissas caras à boa administração, estão sendo, em tese, frontalmente violadas pelaconduta praticada pelos responsáveis do Edital de Credenciamento nº 01/2020-SEMA, notadamente pela ausência de pesquisa de preços dosserviços a serem executados;CONSIDERANDO, assim, a necessidade de orientar aos gestores acerca de eventuais irregularidades a serem sanadas, a fim de evitar aviolação à supremacia do interesse público;1. RESOLVE1.1. RECOMENDAR AO SECRETÁRIO MUNICIPAL DE ADMINISTRAÇÃO E RECURSOS HUMANOS DE TERESINA, o Sr. RAIMUNDONONATO MOURA RODRIGUES, que:a) suspenda as fases em andamento do Edital de Credenciamento nº 01/2020-SEMA até que seja realizada a pesquisa de preços dos serviços aserem executados, conforme os fundamentos aqui expostos;b) abstenha-se de formalizar qualquer contrato administrativo com pessoas físicas credenciadas, caso já finalizada a fase de credenciamento, atéque seja aquela pesquisa de preços concluída;c) após a realização da pesquisa de preços, seja o Edital de Credenciamento nº 01/2020-SEMA retificado, apresentando os valores apurados napesquisa de preços realizada.1.2. REQUISITAR, nos termos do art. 37, inciso II, da Lei Complementar nº 12/93, que, no prazo de 05 (cinco) dias, o Sr. Secretário Municipalde Administração e Previdência encmainhe informações acerca do acatamento da presente recomendação, resposta que deverá serencaminhada para os e-mails [email protected], [email protected] ou [email protected] , para tanto alertandoque o descumprimento poderá dar ensejo ao ingresso de ação civil pública de obrigação de fazer, com cominação de multa, sem prejuízo deoutras medidas cabíveis à espécie.Teresina, 19 de junho de 2020.FERNANDO FERREIRA DOS SANTOSPromotor de Justiça35ª Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público e da Probidade Administrativa

NOTA TÉCNICA Nº 05 /2020/CAODEC/MPPISubsídios para a atuação coordenada do Ministério Público do Estado do Piauí com vistas à efetivação de medidas específicas de proteção àpessoa com deficiência para a prevenção da COVID-19.O Centro de Apoio Operacional de Defesa da Educação e Cidadania - CAODEC, com fundamento no art. 55, inciso II, da LC n. 12/93, expedea seguinte informação técnico-jurídica às Promotorias e Procuradorias de Justiça com atribuições na área da Pessoa com Deficiência:CONSIDERANDO que é função institucional do Ministério Público o zelo pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos aos direitos asseguradospela Constituição da República, conforme dispõe o seu art. 129, inciso II;CONSIDERANDO que o Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa daordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis, nos termos do art. 127, caput, da Constituição daRepública;CONSIDERANDO a Lei Nº 7.853, de 24 de outubro de 1989, que dispõe sobre o apoio às pessoas portadoras de deficiência, sua integraçãosocial, sobre a Coordenadoria Nacional para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência - Corde, institui a tutela jurisdicional de interessescoletivos ou difusos dessas pessoas, disciplina a atuação do Ministério Público, define crimes, e dá outras providências;CONSIDERANDO que, em 30.01.2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que o surto da doença causada pelo Coronavírus(COVID-19) constitui Emergência de Saúde Pública de importância Internacional (ESPII);CONSIDERANDO que o Ministério da Saúde, em 03.02.2020, através da Portaria GM/MS nº 188/2020, declarou "emergência em saúde públicade importância nacional", em decorrência da infecção humana pelo Coronavírus, considerando que a situação atual demanda o emprego urgentede medidas de prevenção, controle e contenção de riscos, danos e agravos à saúde pública;CONSIDERANDO que, em 11.03.2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou pandemia para o Coronavírus, ou seja, momento emque uma doença se espalha por diversos continentes com transmissão sustentada entre humanos;CONSIDERANDO que a classificação da situação mundial do novo coronavírus (COVID-19, SARSCoV-2) como pandemia significa o riscopotencial da doença infecciosa atingir a população mundial de forma simultânea, não se limitando a locais que já tenham sido identificadas comode transmissão interna;CONSIDERANDO, ainda, o disposto na Lei n° 13.979, de 06 de fevereiro de 2020, que dispõe sobre as medidas para enfrentamento daemergência de saúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus responsável pelo surto de 2019;CONSIDERANDO que a mesma Lei Federal nº 13.979/2020, em seu art. 3º, prevê as seguintes medidas para o enfrentamento da infecção:isolamento, quarentena, determinação de realização compulsória de exames médicos, testes laboratoriais, coleta de amostras clínicas, vacinaçãoe tratamentos médicos específicos;CONSIDERANDO o Decreto nº 18.884, de 16 de março de 2020 e suas alterações, que regulamenta a Lei Federal nº13.979/2020, para dispor noâmbito do Estado do Piauí, sobre as medidas de emergência de saúde pública de importância internacional e tendo em vista a classificação dasituação mundial do novo coronavírus;CONSIDERANDO que o Decreto nº 18.895, de 19 de março de 2020, do Poder Executivo do Estado do Piauí, declarou estado de calamidadepública, para os fins do art. 65 da Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000, em razão da grave crise de saúde pública decorrente dapandemia da Covid 19, e suas repercussões nas finanças públicas;CONSIDERANDO que a saúde é direito público fundamental, nos termos do art. 6º da Constituição Federal de 1988;CONSIDERANDO que, nos termos do art. 23 da Constituição Federal, é competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dosMunicípios cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e garantia das pessoas portadoras de deficiência;CONSIDERANDO que o art. 196 da Constituição Federal assevera que "a saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediantepolíticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações eserviços para sua promoção, proteção e recuperação;CONSIDERANDO que é preciso concretizar o Princípio da Igualdade, previsto no art. 5º, caput, da Constituição Federal, o qual consiste em tratardiferentemente os desiguais, buscando compensar juridicamente a desigualdade, de fato, e igualá-los em oportunidades;CONSIDERANDO que a Convenção da ONU Sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, incorporada ao ordenamento jurídico brasileiro

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com status de Emenda Constitucional, por meio do Decreto Legislativo nº 186/2008, prevê em seu artigo 3º os seguintes Princípios:Artigo 3Princípios geraisOs princípios da presente Convenção são:a) O respeito pela dignidade inerente, a autonomia individual, inclusive a liberdade de fazer as próprias escolhas, e a independência das pessoas;b) A não-discriminação;c) A plena e efetiva participação e inclusão na sociedade;d) O respeito pela diferença e pela aceitação das pessoas com deficiência como parte da diversidade humana e da humanidade;e) A igualdade de oportunidades;f) A acessibilidade; (...)CONSIDERANDO que a referida Convenção estabelece que os Estados Partes:i) se comprometem "a assegurar e promover o pleno exercício de todos os direitoshumanos e liberdades fundamentais por todas as pessoas comdeficiência, sem qualquertipo de discriminação por causa de sua deficiência" (art. 4);ii) "tomarão todas as medidas necessárias para assegurar a proteção e a segurança depessoas com deficiência que se encontrarem emsituações de risco", inclusive emsituações de emergências humanitárias (art. 11);iii) "exigirão dos profissionais de saúde que dispensem às pessoas com deficiência amesma qualidade de serviços dispensada às demaispessoas e, principalmente, queobtenham o consentimento livre e esclarecido das pessoas com deficiênciaconcernentes", devendo, para esse fim,definir "regras éticas para os setores de saúdepúblico e privado, de modo a conscientizar os profissionais de saúde acerca dos direitoshumanos,da dignidade, autonomia e das necessidades das pessoas com deficiência" (art.25, "d");iv) "tomarão todas as medidas apropriadas para prevenir todas as formas de exploração,violência e abuso, assegurando, entre outras coisas,formas apropriadas de atendimentoe apoio que levem em conta o gênero e a idade das pessoas com deficiência" (art. 16),especialmente emrelação às mulheres e meninas com deficiência por se encontraremsujeitas à discriminação múltipla (art. 6);v) reconhecem a importância do acesso à informação, à comunicação e à saúde, entreoutros, e se comprometem a identificar e a eliminar todosos obstáculos e barreiras àacessibilidade (art. 9) e;vi) "reconhecem o direito das pessoas com deficiência à proteção social adequada" (art.28) ;CONSIDERANDO que a Lei nº 13.146/2015 - Lei Brasileira de Inclusão, apresenta os seguintes conceitos:Art. 3º Para fins de aplicação desta Lei, consideram-se:I - acessibilidade: possibilidade e condição de alcance para utilização, com segurança e autonomia, de espaços, mobiliários, equipamentosurbanos, edificações, transportes, informação e comunicação, inclusive seus sistemas e tecnologias, bem como de outros serviços e instalaçõesabertos ao público, de uso público ou privados de uso coletivo, tanto na zona urbana como na rural, por pessoa com deficiência ou commobilidade reduzida;III - tecnologia assistiva ou ajuda técnica: produtos, equipamentos, dispositivos, recursos, metodologias, estratégias, práticas e serviços queobjetivem promover a funcionalidade, relacionada à atividade e à participação da pessoa com deficiência ou com mobilidade reduzida, visando àsua autonomia, independência, qualidade de vida e inclusão social;IV - barreiras: qualquer entrave, obstáculo, atitude ou comportamento que limite ou impeça a participação social da pessoa, bem como o gozo, afruição e o exercício de seus direitos à acessibilidade, à liberdade de movimento e de expressão, à comunicação, ao acesso à informação, àcompreensão, à circulação com segurança, entre outros, classificadas em: (...)e) barreiras atitudinais: atitudes ou comportamentos que impeçam ou prejudiquem a participação social da pessoa com deficiência em igualdadede condições e oportunidades com as demais pessoas;VI - adaptações razoáveis: adaptações, modificações e ajustes necessários e adequados que não acarretem ônus desproporcional e indevido,quando requeridos em cada caso, a fim de assegurar que a pessoa com deficiência possa gozar ou exercer, em igualdade de condições eoportunidades com as demais pessoas, todos os direitos e liberdades fundamentais;CONSIDERANDO que a mesma Lei, dispõe em seu Art. 4º, que "Toda pessoa com deficiência tem direito à igualdade de oportunidades com asdemais pessoas e não sofrerá nenhuma espécie de discriminação.", esclarecendo no § 1º, que "Considera-se discriminação em razão dadeficiência toda forma de distinção, restrição ou exclusão, por ação ou omissão, que tenha o propósito ou o efeito de prejudicar, impedir ou anularo reconhecimento ou o exercício dos direitos e das liberdades fundamentais de pessoa com deficiência, incluindo a recusa de adaptaçõesrazoáveis e de fornecimento de tecnologias assistivas, dispondo ainda, no § 2º, que" A pessoa com deficiência não está obrigada à fruição debenefícios decorrentes de ação afirmativa.";CONSIDERANDO que a pessoa com deficiência será protegida de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, tortura,crueldade, opressão e tratamento desumano ou degradante, sendo especialmente vulneráveis, para os fins da mencionada proteção, a criança, oadolescente, a mulher e o idoso, com deficiência (artigo 5º da LBI);CONSIDERANDO que nos termos do Art. 8º, da LBI, "É dever do Estado, da sociedade e da família assegurar à pessoa com deficiência, comprioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à sexualidade, à paternidade e à maternidade, à alimentação, à habitação, àeducação, à profissionalização, ao trabalho, à previdência social, à habilitação e à reabilitação, ao transporte, à acessibilidade, à cultura, aodesporto, ao turismo, ao lazer, à informação, à comunicação, aos avanços científicos e tecnológicos, à dignidade, ao respeito, à liberdade, àconvivência familiar e comunitária, entre outros decorrentes da Constituição Federal, da Convenção sobre os Direitos das Pessoas comDeficiência e seu Protocolo Facultativo e das leis e de outras normas que garantam seu bem-estar pessoal, social e econômico.";CONSIDERANDO que a mencionada Lei estabelece em seu art. 9º que "a pessoa com deficiência tem direito a receber atendimento prioritário,sobretudo, com a finalidade de: I - proteção e socorro em quaisquer circunstâncias; II - atendimento em todas as instituições e serviços deatendimento ao público; III - disponibilização de recursos, tanto humanos quanto tecnológicos, que garantam atendimento em igualdade decondições com as demais pessoas; e V - acesso a informações e disponibilização de recursos de comunicação acessíveis";CONSIDERANDO que a mesma Lei dispõe ainda, em seu artigo 10, que "Compete ao poder público garantir a dignidade da pessoa comdeficiência ao longo de toda a vida.", estabelecendo no Parágrafo único, que "Em situações de risco, emergência ou estado de calamidadepública, a pessoa com deficiência será considerada vulnerável, devendo o poder público adotar medidas para sua proteção e segurança.";CONSIDERANDO que ao tratar do direito ao trabalho, a LBI assegura:Art. 34. A pessoa com deficiência tem direito ao trabalho de sua livre escolha e aceitação, em ambiente acessível e inclusivo, em igualdade deoportunidades com as demais pessoas.§ 1º As pessoas jurídicas de direito público, privado ou de qualquer natureza são obrigadas a garantir ambientes de trabalho acessíveis einclusivos.§ 2º A pessoa com deficiência tem direito, em igualdade de oportunidades com as demais pessoas, a condições justas e favoráveis de trabalho,incluindo igual remuneração por trabalho de igual valor.§ 3º É vedada restrição ao trabalho da pessoa com deficiência e qualquer discriminação em razão de sua condição...Art. 35. É finalidade primordial das políticas públicas de trabalho e emprego promover e garantir condições de acesso e de permanência dapessoa com deficiência no campo de trabalho.CONSIDERANDO que "A acessibilidade é direito que garante à pessoa com deficiência ou com mobilidade reduzida viver de forma independentee exercer seus direitos de cidadania e de participação social." (Art. 53 da LBI);CONSIDERANDO que a Lei nº 12.764, de 27 de dezembro de 2012, institui a Política Nacional de Proteção da Pessoa com Transtorno doEspectro Autista (TEA), e considera as pessoas com TEA pessoas com deficiência para todos os efeitos legais;

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CONSIDERANDO a Nota Técnica Conjunta nº 07/2020, do Ministério Público do Trabalho, que dispõe sobre a sua atuação em face das medidasgovernamentais de contenção da pandemia da COVID-19 para trabalhadoras e trabalhadores com deficiência;CONSIDERANDO as recomendações constantes na publicação "Considerações sobre pessoas com deficiência durante o surto de COVID-19",feitas pela Organização Pan Americana da Saúde (OPAS), em março de 2020;CONSIDERANDO que as pessoas com deficiência podem ter maior risco de contrair a COVID-19 em razão de obstáculos à implementação demedidas básicas de contenção da doença, tais como:1. pias, lavatórios de mãos e dispensadores de álcool gel fisicamente inacessíveis, ou dificuldade física em esfregar as mãos adequadamente;2. dificuldade em manter o distanciamento social devido a necessidades adicionais de apoio por se encontrar em instituições de saúde,residências terapêuticas e inclusivas, ou necessidade de assistência de terceiros ou de atendente pessoal para direcionamento, transferências ouatividades básicas da vida diária;3.necessidade de tocar os objetos para obter informações sobre o ambiente ou para apoio físico;4. dificuldades no acesso aos cuidados de saúde e a informações de saúde pública, uma vez que, em sua maioria, as campanhas de informaçãopública, não possuem recursos de audiodescrição, libras, legendas, documentos em meios e formatos acessíveis e a linguagem simples;5. problemas de saúde preexistentes relacionados à função respiratória e do sistema imune, doenças cardíacas ou diabetes, dentre outras;6. uso de tecnologias assistivas como bengalas, muletas e cadeira de rodas dentre outros.CONSIDERANDO a Recomendação do Conselho Nacional de Saúde nº 19, de 06 de abril de 2020, que recomenda medidas que visam garantiade direitos e da proteção social das pessoas com deficiência e de seus familiares;CONSIDERANDO a RECOMENDAÇÃO do Conselho Nacional de Saúde Nº 031, DE 30 DE ABRIL DE 2020, que Recomenda medidasemergenciais complementares que visam a garantia dos direitos e da proteção social das pessoas com deficiência no contexto da COVID-19;CONSIDERANDO as recomendações contidas na Nota Pública do Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência - CONADE,emitida em 28/03/2020, das quais destacamos:a) Incluir as pessoas com deficiência nos segmentos de atendimentos prioritários, especialmente nas Unidades de Atendimento em Saúde,utilizando todos os recursos e alternativas possíveis;b) Promover o afastamento imediato de pessoas com deficiência do seu ambiente de trabalho, em todas as esferas públicas e demaisinstituições/empresas que as possuam em seu quadro de colaboradores, sem prejuízos em suas remunerações e demais benefícios;c) Assegurar a acessibilidade comunicacional em todos os meios e mídias, inclusive aquelas de transmissão online por Internet/TV, a fim deatender plenamente pessoas com deficiência auditiva e deficiência visual em todos os anúncios, orientações e propaganda sobre o COVID-19;CONSIDERANDO a Lei Nº 6.653, de 15 de maio de 2015, que Institui o Estatuto da Pessoa com Deficiência do Estado do Piauí e dá outrasprovidências;CONSIDERANDO que de acordo com os dados do IBGE (Censo 2010,), 23,9% da população brasileira possui algum tipo de deficiência, sendo avisual a mais apontada e a mental a de menor incidência;CONSIDERANDO que no Estado do Piauí, 27,57% dos piauienses declararam ter algum tipo de deficiência, sendo a Unidade da Federação queapresenta o maior índice de população com deficiência visual, (22,5%);CONSIDERANDO que o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), por meio da Comissão da Saúde, emitiu a Nota Técnica Conjunta nº01/2020 - CES/CNMP/1ª CCR, contendo subsídios para a atuação coordenada do Ministério Público voltada ao enfrentamento do COVID19;CONSIDERANDO que, de acordo com as orientações entabuladas na referida Nota Técnica, cabe aos Órgãos de Execução do Ministério Públicoa aproximação com os gestores locais de saúde e assistência social, visando acompanhar e tomar ciência dos Planos Municipais deContingência;CONSIDERANDO a instituição do Gabinete de Acompanhamento e Prevenção do Contágio pelo Coronavírus (COVID - 19), por meio da PortariaPGJ nº 839/2020, no âmbito do Ministério Público do Piauí.Diante disso, o Centro de Apoio Operacional de Defesa da Educação e Cidadania - CAODEC, apresenta aos Órgãos de Execução doMinistério Público do Piauí, as seguintes diretrizes sugestivas, para atuação no enfrentamento da crise do novo Coronavírus (COVID-19), acercadas medidas específicas de proteção às pessoas com deficiência, respeitada a autonomia funcional de seus Membros, visando à adoção demedidas que:1 - Garantam às pessoas com deficiência o acesso à informação e à comunicação sobre medidas de enfrentamento da pandemia da COVID-19(especialmente quanto à higiene adequada das mãos, isolamento domiciliar, uso de máscaras e distanciamento social), por meio de ampla ediversificada oferta de recursos de acessibilidade como audiodescrição, Libras, Braille, legenda e linguagem simples, presencial ou virtualmente;2 - Assegurem às pessoas com deficiência em todas as edificações de uso público ou de uso coletivo, acessibilidade às pias, lavatórios, porta-papel, saboneteiras e dispensadores de álcool gel, nos termos do disposto na NBR 9050;3 - Recomendem aos gestores públicos Estadual e municipais, a inclusão das pessoas com deficiência no grupo de risco da COVID-19 paratodos os fins, especialmente quanto à possibilidade de trabalho remoto aos servidores públicos com deficiência ou que sejam cuidadores depessoa com deficiência, sem prejuízo de sua remuneração e demais benefícios, mesmo após o retorno presencial das atividades e até que apandemia esteja efetivamente controlada.4 - Recomendem à Secretaria de Estado da Assistência Social, a Secretaria de Estado da Saúde do Piauí e das demais Secretarias Municipaisda Saúde e da Assistência Social, a elaboração conjunta de Plano (s) de Contingência (s), que contemple medidas específicas de enfrentamentoà COVID-19 voltadas às pessoas com deficiência, tais como:4.1 Garantia de que esse segmento da população não seja discriminado no acesso à saúde pública;4.2 Implementação de protocolos que garantam que as pessoas com deficiência, em situações excepcionais, possam se fazer acompanhar porum cuidador durante o período de internação. Na impossibilidade desta providência, que seja garantida a participação do médico que acompanhao paciente na tomada de decisões pela equipe médica responsável;4.3 Implementação de medidas visando o acolhimento e adequado atendimento destas pessoas, quando em situação de rua, violência ou riscosocial;4.4 Assegurem às pessoas com deficiência, o livre exercício do direito ao consentimento prévio, livre e esclarecido em todas as decisões relativasao tratamento médico decorrente da COVID-19;4.5 Vedem que diretrizes do Ministério da Saúde sobre critérios de prioridade para a distribuição de leitos de UTI permitam que pessoas comdeficiência sejam preteridas, com base nos impedimentos das funções ou estruturas dos seus corpos, sob pena de violação dos princípios dadignidade humana, da igualdade de oportunidades, da não discriminação e do respeito e aceitação das pessoas com deficiência como parte dadiversidade humana e da humanidade;4.6 Ofertem às pessoas com deficiência e suas famílias, programas de apoio tanto na área da saúde quanto da assistência social, especialmentecom estratégias de cuidados em casos em que seus cuidadores ou responsáveis, necessitem de internação hospitalar ou isolamento em razãoda COVID-19.O CAODEC encontra-se à disposição dos seus integrantes e da sociedade, através de sua Ouvidoria, que pode ser contactada pelos seguintesmeios: aplicativo do MPPI Cidadão (disponível para Android e IOS); via formulário eletrônico no site do MPPI; e-mail: [email protected] e porligações telefônicas ou whatsapp para os seguintes números: (86) 98134-9773/98124-1603.Dê - se publicidade pelos canais de publicação internos e no Diário eletrônico do Ministério Público.Teresina (PI), 14 de junho de 2020.Flávia Gomes CordeiroPromotora de Justiça

Diário Eletrônico do MPPIANO IV - Nº 658 Disponibilização: Sexta-feira, 19 de Junho de 2020 Publicação: Segunda-feira, 22 de Junho de 2020

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4. LICITAÇÕES E CONTRATOS []

4.1. EXTRATO DO CONTRATO Nº 06/2020/PGJ12195

4.2. ATA DE REGISTRO DE PREÇOS Nº 10/2020 - EXTRATO DE PUBLICAÇÃO PARCIAL12196

4.3. TERMO DE RATIFICAÇÃO12210

Coordenadora do CAODEC

EXTRATO DO CONTRATO N° 06/2020/PGJa) Espécie: Contrato n°. 06/2020, firmado em 19 de junho de 2020, entre a Procuradoria-Geral de Justiça do Estado do Piauí, CNPJ n°05.805.924/0001-89, e a empresa PORTO IMOBILIÁRIA LTDA-ME, inscrita no CNPJ (MF) sob o nº 20.458.756/0001-96;b) Objeto: contratação do serviço de avaliação mercadológica dos aluguéis dos imóveis locados (Altos, Amarante, Barro Duro, Batalha, CampoMaior, Esperantina, José de Freitas, Marcos Parente, Pedro II, Picos, Regeneração, São Raimundo Nonato, Teresina - GAECO e Sede Leste -,Uruçuí, Valença) bem como daqueles em processo de locação por parte do MP/PI, em todo o estado do Piauí, perfazendo um total de até 22(vinte e duas) avaliações, de acordo com as especificações e a necessidade do Parquet Estadual;c) FundamentoLegal: art. 24, II, da Lei 8.666/93;d) Procedimento de Gestão Administrativa:nº. 19.21.0378.0000 196/2020-94;e) ProcessoLicitatório: Dispensa nº 18/2020, art. 24, II, da Lei 8.666/93;f) Vigência: O contrato terá a duração de 12 (doze) meses, contados da data de sua assinatura, tendo eficácia após a publicação do extrato doato no Diário Eletrônico do MPPI, nos termos do art. 61, parágrafo único da Lei 8.666/1993;g)Valor: O valor total do Contrato é de R$ 11.000,00 (onze mil reais), devendo a importância ser atendida à conta de dotações orçamentáriasconsignadas no orçamento corrente - Lei Orçamentária Anual de 2020;h) Cobertura orçamentária: Unidade Orçamentária: 25101;Projeto/Atividade: 2000;Fonte de Recursos: 100; Natureza da Despesa: 3.3.90.39-Nota de Empenho: 2020NE00370;i) Signatários: pela contratada: Sr. Felippe Porto Silva, portador da Cédula de Identidade n.º 4.069.144/SSP/PI e CPF (MF) nº 228.053.218-20,e contratante, Carmelina Maria Mendes de Moura, Procuradora-Geral de Justiça do Estado do Piauí.Teresina (PI), 19 de junho de 2020.

PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇACOORDENADORIA DE LICITAÇÕES E CONTRATOSATA DE REGISTRO DE PREÇOS Nº 10/2020EXTRATO DE PUBLICAÇÃO PARCIALPROCEDIMENTO DE GESTÃO ADMINISTRATIVA Nº 19.21.0378.0002268/2019-25SISTEMA DE REGISTRO DE PREÇOS - SRPPREGÃO ELETRÔNICO Nº 35/2019REGIME DE EXECUÇÃO: indireta pelo SRPTIPO DE LICITAÇÃO: menor preçoADJUDICAÇÃO: por loteOBJETO:Registro de preços, pelo prazo de 12 (doze) meses, para eventual contratação de empresa especializada no serviço de dedetização,desratização e descupinização conforme especificações contidas no item "C" do termo de referência , para o Ministério Público do Estado doPiauí;DATA DA SESSÃO DE ABERTURA: 07/04/2020HORÁRIO: 09:00 horas (horário de Brasília/DF)DATA DA ADJUDICAÇÃO: 20/04/2020DATA DA HOMOLOGAÇÃO: 16/06/2020DATA DA ASSINATURA DA ATA: 19/06/2020DATA DA PROPOSTA: 13/04/2020PREGOEIRO: Cleyton Soares da Costa e SilvaCOORDENADOR DE LICITAÇÕES E CONTRATOS EM EXERCÍCIO: Pedro Henrique Gomes do NascimentoAPÊNDICE ILOTE ÚNICO

EMPRESA VENCEDORA: A2 SAÚDE AMBIENTALCNPJ: 12.839.383/0001-75ENDEREÇO: TRAVESSA DOMINGOS RODRIGUES, 205 - NOSSA SENHORA DA PENHA - SERRA TALHADA - PEREPRESENTANTE: ALESSANDRO DE SIQUEIRA SANTOS, CPF. 010.739.454-56FONE: (87) 3831 2088/(87) 9.9925 - 0879E-MAIL: [email protected]

Item Unidades EspecificaçãoMetragem

KmV a l o rMetragem

V a l o rKm

1Todas as sedes do Ministério Públicodo Estado do Piauí.

Serviço de Dedetização, desratizaçãoe descupinização.

2 0 . 0 0 0m2

60.000 R$ 0,50 R$ 0,25

PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PIAUÍ, TERESINA, 19 DE JUNHO DE 2020.Dra. Carmelina Maria Mendes de Moura - Procuradora-Geral de Justiça.

TERMO DE RATIFICAÇÃOPROCEDIMENTO DE GESTÃO ADMINISTRATIVA Nº 19.21.0010.0003977/2020-42DISPENSA Nº 24/2020Nesta data,RATIFICO, nos termos do art. 26 da Lei nº. 8.666/93, a contratação direta, por dispensa de licitação,depulverizadores de soluçõeslíquidas para higienização de superfícies dos espaços físicos do MP/PI,com embasamento legal no art. 4º -B da Lei nº 13.979/20, conformejustificativa apresentada pela Coordenadoria de Licitações e Contratos, parecer da Subprocuradoria de Justiça Administrativa e Parecer favorávelda Controladoria Interna.Teresina-PI, 19 de junho de 2020.Carmelina Maria Mendes de MouraProcuradora-Geralde Justiça.

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5. GESTÃO DE PESSOAS []

5.1. PORTARIAS RH/PGJ-MPPI12194

6. OUTROS []

6.1. 58ª ZONA ELEITORAL - MONSENHOR GIL12207

PORTARIA RH/PGJ-MPPI Nº 335/2020A COORDENADORA DE RECURSOS HUMANOS DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, no uso da atribuição que lhe foidelegada pelo inciso III, do art. 1º, do Ato PGJ nº 558, de 26 de fevereiro de 2016,RESOLVE:CONCEDER 01 (um) dia de folga, no dia 20 de março de 2020, à servidora comissionada PALLOMA CRISTINA ALVES DOS SANTOS,Assessora de Procurador de Justiça, matrícula nº. 15520, lotada junto à 20ª Procuradoria de Justiça de Teresina- PI, como forma decompensação em razão do comparecimento ao Plantão Ministerial do dia 29/12/2019, sem que recaiam descontos sob o seu auxílio alimentação,retroagindo os seus efeitos ao dia 20 de março de 2020.Teresina (PI), 19 de junho de 2020.ROSANGELA DA SILVA SANTANACoordenadora de Recursos HumanosPORTARIA RH/PGJ-MPPI Nº 336/2020A COORDENADORA DE RECURSOS HUMANOS DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, no uso da atribuição que lhe foidelegada pelo inciso I, do art. 1º, do Ato PGJ nº 558, de 26 de fevereiro de 2016,RESOLVE:CONCEDER, nos termos do art. 77 e seguintes da Lei Complementar Estadual nº 13, de 03 de janeiro de 1994, licença para tratamento de saúdeaos servidores do Ministério Público do Piauí, na forma especificada no quadro abaixo:

Mat. Nome Dias Período

372 FABRÍCIO MANOEL DE BRITO 07 17 a 23/06/2020

Retroaja-se os efeitos da presente Portaria ao dia 17 de junho de 2020.Teresina (PI), 19 de junho de 2020.ROSANGELA DA SILVA SANTANACoordenadora de Recursos Humanos

PROCEDIMENTO PREPARATÓRIO ELEITORAL (PPE) n. 08/2020PORTARIA ELEITORAL n. 08/2020A PROMOTORIA ELEITORAL QUE OFICIA PERANTE A 58ª ZONA ELEITORAL (ZE) EM MONSENHOR GIL/PI, por intermédio de seuPromotor Eleitoral infra-assinado, no exercício de suas atribuições legais, nos termos do art. 127, caput, da Constituição Federal de 1988 (CF),arts. 72, 78 e 79, parágrafo único, todos da Lei Complementar n.º 75/1993, em especial, à luz da portaria PGR/MPF n. 692, de agosto de 2016, edemais disposições legais aplicáveis à espécie, eCONSIDERANDO que o Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa daordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais (CF, art. 127), como também o acompanhamento de todas as fasesdo processo eleitoral (LC n. 75/93, art. 72);CONSIDERANDO que os membros do Ministério Público com atribuição na área eleitoral deverão acessar o SISCONTA ELEITORAL e osrelatórios de conhecimento expedidos para usa respectiva área de atuação (Recomendação CNMP de Caráter Geral n. 03/2017, artigo 5º, caput);CONSIDERANDO a disponibilidade da ferramenta tecnológica SISCONTA ELEITORAL (Sistema de Investigação de Contas Eleitorais), a qualpossibilita, no módulo "ficha suja", o acesso a dados em todo o território nacional, para fins de impugnação de registro de candidaturas naseleições, com base na "Lei da Ficha Limpa" (LC n. 35/2010);CONSIDERANDO que as informações inseridas no SISCONTA garantem maior transparência de dados e são indispensáveis para eventualimpugnação de registro de candidatura, pelos membros do Ministério Público Eleitoral;CONSIDERANDO, por fim, o Ofício Circular nº 4/2020/GABPRE/PRPI, que solicitou auxílio desta Promotoria Eleitoral com fulcro nos artigo 46 e47 da Portaria PGR/PGE 01/2019, para expedição de requisição, com fundamento no art. 8º, incisos II e VIII, da Lei Complementar nº 75/93, deinformações acerca de decisões potencialmente geradoras de inelegibilidade, a serem transmitidas por meio do Sisconta Eleitoral, aos PrefeitosMunicipais e às Câmaras de Vereadores dos municípios abrangidos pela 58ª Zona Eleitoral;CONSIDERANDO o Ofício Circular nº 02/2020/GABPRE/PRPI, que tem por objeto orientações técnicas na utilização das espéciesprocedimentais previstas na Portaria PGR/PGE nº 01/2019, através do qual a Procuradoria Regional Eleitoral orienta os Promotores Eleitoraisque seja instaurado, para averiguar os ilícitos alhures mencionados, o Procedimento Preparatório Eleitoral, que, nos termos do artigo 58 daPortaria PGR/PGE 01/2020, preconiza "O Procedimento Preparatório Eleitoral, de natureza facultativa, administrativa e unilateral, será instauradopara coletar subsídios necessários à atuação do Ministério Público Eleitoral perante a Justiça Eleitoral, visando à propositura de medidas cabíveisem relação aos ilícitos eleitorais de natureza não criminal. §1º. O Procedimento Preparatório Eleitoral não é condição de procedibilidade para oajuizamento de ações ou adoção de quaisquer medidas a cargo do Ministério Público Eleitoral. § 2º. O Procedimento Preparatório Eleitoralpoderá ser instaurado diretamente ou com base em notícia de fato previamente autuada a partir de comunicações e representações de atribuiçãodo Ministério Público Eleitoral";RESOLVE:INSTAURAR o presente PROCEDIMENTO PREPARATÓRIO ELEITORAL (PPE) N.º 08/2020, com o fito de acompanhar e ficalizar, no âmbitodesta Promotoria Eleitoral, os registros no Sistema SISCONTA, por parte dos Prefeitos Municipais e Presidentes das Câmaras de Vereadoresdos Municípios de MONSENHOR GIL/PI, CURRALINHOS/PI e MIGUEL LEÃO/PI, no ano de 2020, devendo ser realizadas todas as diligênciasnecessárias ao seu normal e legítimo andamento, nos termos da legislação pertinente, DETERMINANDO-SE, desde já, as seguintes diligências:O REGISTRO e AUTUAÇÃO da presente Portaria juntamente com os documentos que originaram sua instauração, numerando-se e rubricando-se todas as suas folhas, bem como o REGISTRO dos autos em livro próprio desta Promotoria Eleitoral como PPE;A NOMEAÇÃO dos Assessores de Promotoria BRENDO ANTÔNIO DOS SANTOS SILVA e GEOVANNA ISABEL CARVALHO BELO parasecretariarem este procedimento;A EXPEDIÇÃO de Ofício às Prefeituras de Monsenhor Gil/PI, Curralinhos/PI e Miguel Leão/PI, com cópia do manual "Instruções de Alimentaçãodo Sisconta Eleitoral", REQUISITANDO-LHES que, no prazo de 10 (dez) dias, encaminhem a esta Promotoria Eleitoral documentos quecomprovem a alimentação do Sisconta Eleitoral com os dados relativos aos servidores que tenham sido demitidos do serviço público emdecorrência de processo administrativo ou judicial, nos últimos 08 (oito) anos (LC n. 64/90, art. 1º, I, o);

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A EXPEDIÇÃO de Ofício às Câmaras de Vereadores de Monsenhor Gil/PI, Curralinhos/PI e Miguel Leão/PI, com cópia do manual "Instruções deAlimentação do Sisconta Eleitoral", REQUISITANDO-LHES que, no prazo de 10 (dez) dias, encaminhem a esta Promotoria Eleitoraldocumentos que comprovem alimentação do Sisconta Eleitoral com os dados relativos aos: (i) prefeitos e vice-prefeitos que perderem seuscargos eletivos por infringência a dispositivo da Constituição Estadual ou da Lei Orgânica do Município, nos últimos doze anos (art. 1º, I, c, da LC64/90); (ii) prefeitos, vice-prefeitos e dirigentes que tiverem suas contas relativas ao exercício de cargos ou funções públicas rejeitadas porirregularidade insanável que configure ato doloso de improbidade administrativa, por decisão irrecorrível dessa Câmara, nos últimos oito anos(art. 1º, I, g, da LC 64/90); (iii) servidores dessa Câmara de Vereadores que tenham sido demitidos do serviço público em decorrência deprocesso administrativo ou judicial, nos últimos 08 (oito) anos (LC n. 64/90, art. 1º, I, o);A EXPEDIÇÃO de Ofício à Procuradoria Regional Eleitoral com cópia dos Ofícios expedidos em conformidades com os itens "3" e "4" dapresente Portaria;O ENCAMINHAMENTO desta PORTARIA ao Centro de Apoio Operacional De Combate à Corrupção e Defesa do Patrimônio Público (CACOP),ao Cartório Eleitoral da 58ª Zona Eleitoral - Monsenhor Gil/PI e à Procuradoria Regional Eleitoral do Piauí (PRE/PI), para conhecimento;O ENVIO da presente PORTARIA, em formato word, à Secretaria Geral para fins de publicação no Diário Oficial Eletrônico do MP/PI(DOEMP/PI), visando amplo conhecimento e controle social, certificando-se nos autos o envio e, posteriormente, a publicação oficial;A CIÊNCIA da PORTARIA em exame à COMUNIDADE, por todos os meios eletrônicos ou remoto disponíveis, para amplo controle social.Levadas a efeito as referidas diligências e esgotados os prazos fixados, FAÇAM-ME OS AUTOS CONCLUSOS, com tramitação virtual, paraulterior análise.Cumpra-se com urgência.Monsenhor Gil/PI, 15 de junho de 2020.(assinado digitalmente)RAFAEL MAIA NOGUEIRAPromotor Eleitoral

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