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República Federativa do Brasil Estado do Piauí Ministério Público do Estado do Piauí Diário Oficial Eletrônico ANO IV - Nº 660 Disponibilização: Terça-feira, 23 de Junho de 2020 Publicação: Quarta-feira, 24 de Junho de 2020 PROCURADORIA-GERAL DE JUSTIÇA CARMELINA MARIA MENDES DE MOURA Procuradora-Geral de Justiça MARTHA CELINA DE OLIVEIRA NUNES Subprocuradora de Justiça Institucional LEONARDO FONSECA RODRIGUES Subprocurador de Justiça Administrativo CLEANDRO ALVES DE MOURA Subprocurador de Justiça Jurídico CLÉIA CRISTINA PEREIRA JANUÁRIO FERNANDES Chefe de Gabinete RAQUEL DO SOCORRO MACEDO GALVÃO Secretária-Geral / Secretária do CSMP Assessor Especial de Planejamento e Gestão _____________________________ CORREGEDORIA-GERAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO LUÍS FRANCISCO RIBEIRO Corregedor-Geral LENIR GOMES DOS SANTOS GALVÃO Corregedora-Geral Substituta JOÃO PAULO SANTIAGO SALES Promotor-Corregedor Auxiliar RODRIGO ROPPI DE OLIVEIRA Promotor-Corregedor Auxiliar ANA ISABEL DE ALENCAR MOTA DIAS Promotor-Corregedor Auxiliar COLÉGIO DE PROCURADORES ANTÔNIO DE PÁDUA FERREIRA LINHARES ANTÔNIO GONÇALVES VIEIRA TERESINHA DE JESUS MARQUES ALÍPIO DE SANTANA RIBEIRO IVANEIDE ASSUNÇÃO TAVARES RODRIGUES ANTÔNIO IVAN E SILVA MARTHA CELINA DE OLIVEIRA NUNES ROSANGELA DE FATIMA LOUREIRO MENDES CATARINA GADELHA MALTA MOURA RUFINO LENIR GOMES DOS SANTOS GALVÃO HOSAIAS MATOS DE OLIVEIRA FERNANDO MELO FERRO GOMES JOSÉ RIBAMAR DA COSTA ASSUNÇÃO TERESINHA DE JESUS MOURA BORGES CAMPOS RAQUEL DE NAZARÉ PINTO COSTA NORMANDO ARISTIDES SILVA PINHEIRO LUÍS FRANCISCO RIBEIRO ZÉLIA SARAIVA LIMA CLOTILDES COSTA CARVALHO HUGO DE SOUSA CARDOSO _____________________________ CONSELHO SUPERIOR DO MINISTÉRIO PÚBLICO CARMELINA MARIA MENDES DE MOURA Presidente LUÍS FRANCISCO RIBEIRO Corregedor-Geral IVANEIDE ASSUNÇÃO TAVARES RODRIGUES Conselheira MARTHA CELINA DE OLIVEIRA NUNES Conselheira FERNANDO MELO FERRO GOMES Conselheiro RAQUEL DE NAZARÉ PINTO COSTA NORMANDO Conselheira

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República Federativa do BrasilEstado do Piauí

Ministério Público do Estado do Piauí

Diário Oficial EletrônicoANO IV - Nº 660 Disponibilização: Terça-feira, 23 de Junho de 2020

Publicação: Quarta-feira, 24 de Junho de 2020

PROCURADORIA-GERAL DE JUSTIÇA

CARMELINA MARIA MENDES DE MOURAProcuradora-Geral de Justiça

MARTHA CELINA DE OLIVEIRA NUNESSubprocuradora de Justiça Institucional

LEONARDO FONSECA RODRIGUESSubprocurador de Justiça Administrativo

CLEANDRO ALVES DE MOURASubprocurador de Justiça Jurídico

CLÉIA CRISTINA PEREIRA JANUÁRIO FERNANDESChefe de Gabinete

RAQUEL DO SOCORRO MACEDO GALVÃOSecretária-Geral / Secretária do CSMP

Assessor Especial de Planejamento e Gestão

_____________________________

CORREGEDORIA-GERAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO

LUÍS FRANCISCO RIBEIROCorregedor-Geral

LENIR GOMES DOS SANTOS GALVÃOCorregedora-Geral Substituta

JOÃO PAULO SANTIAGO SALESPromotor-Corregedor Auxiliar

RODRIGO ROPPI DE OLIVEIRAPromotor-Corregedor Auxiliar

ANA ISABEL DE ALENCAR MOTA DIASPromotor-Corregedor Auxiliar

COLÉGIO DE PROCURADORES

ANTÔNIO DE PÁDUA FERREIRA LINHARES

ANTÔNIO GONÇALVES VIEIRA

TERESINHA DE JESUS MARQUES

ALÍPIO DE SANTANA RIBEIRO

IVANEIDE ASSUNÇÃO TAVARES RODRIGUES

ANTÔNIO IVAN E SILVA

MARTHA CELINA DE OLIVEIRA NUNES

ROSANGELA DE FATIMA LOUREIRO MENDES

CATARINA GADELHA MALTA MOURA RUFINO

LENIR GOMES DOS SANTOS GALVÃO

HOSAIAS MATOS DE OLIVEIRA

FERNANDO MELO FERRO GOMES

JOSÉ RIBAMAR DA COSTA ASSUNÇÃO

TERESINHA DE JESUS MOURA BORGES CAMPOS

RAQUEL DE NAZARÉ PINTO COSTA NORMANDO

ARISTIDES SILVA PINHEIRO

LUÍS FRANCISCO RIBEIRO

ZÉLIA SARAIVA LIMA

CLOTILDES COSTA CARVALHO

HUGO DE SOUSA CARDOSO

_____________________________

CONSELHO SUPERIOR DO MINISTÉRIO PÚBLICO

CARMELINA MARIA MENDES DE MOURAPresidente

LUÍS FRANCISCO RIBEIROCorregedor-Geral

IVANEIDE ASSUNÇÃO TAVARES RODRIGUESConselheira

MARTHA CELINA DE OLIVEIRA NUNESConselheira

FERNANDO MELO FERRO GOMESConselheiro

RAQUEL DE NAZARÉ PINTO COSTA NORMANDOConselheira

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1. SECRETARIA GERAL []

1.1. PORTARIAS PGJ12231

2. PROMOTORIAS DE JUSTIÇA []

2.1. 49ª PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE TERESINA-PI12230

PORTARIA PGJ/PI Nº 1150/2020A PROCURADORA-GERAL DE JUSTIÇA, Dra. CARMELINA MARIA MENDES DE MOURA, no uso das atribuições conferidas pela LeiComplementar nº 12/93,CONSIDERANDO a homologação do Resultado Final do Processo Seletivo de Estagiários pelo Conselho Superior do Ministério Público do Piauíatravés da 1308ª Sessão Ordinária de 03/05/2019, o Art. 2ª, parágrafo único, Ato PGJ nº 998/2020, que autoriza a nomeação de estagiário parareposição, sem implicar em aumento de despesa,R E S O L V E:NOMEAR os candidatos aprovados no 9ª Processo Seletivo de Estagiários do Ministério Público do Estado do Piauí, realizado em março de2019, conforme Anexo Único abaixo;Os candidatos devem enviar os documentos exigidos no Edital de Abertura nº 14/2019 para a Coordenadoria de Recursos Humanos,por e-mail ([email protected]) até o dia 29 de junho de 2020;O início do estágio tem PREVISÃO para o dia 01 de julho de 2020, apenas para aqueles que enviarem a documentação correspondente dentrodo prazo determinado anteriormente, e o período do estágio será pela manhã, das 08h às 13h.ANEXO ÚNICO

Local de estágio: TERESINA - PI

Área de Estágio: JORNALISMO

002 1380 HERBET CHRISTIAN CARVALHO BRANDÃO

Local de estágio: TERESINA - PI

Área de Estágio: TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO

004 0797 JOÃO VICTOR DE OLIVEIRA VIANA

PROCURADORIA-GERAL DE JUSTIÇA, em Teresina-PI, 22 de junho de 2020.CARMELINA MARIA MENDES DE MOURAProcuradora-Geral de JustiçaPORTARIA PGJ/PI Nº 1166/2020A PROCURADORA-GERAL DE JUSTIÇA,CARMELINA MARIA MENDES DE MOURA, no uso das atribuições legais,R E S O L V ESUSPENDER ad referendum do Conselho Superior do Ministério Público do Estado do Piauí 30 (trinta) dias de férias do Promotor de JustiçaCLEANDRO ALVES DE MOURA, Titular da 36ª Promotoria de Justiça de Teresina e Subprocurador de Justiça Jurídico, referentes ao 2º períododo exercício de 2020, previstas para o período de 01 a 30 de julho de 2020, conforme escala publicada no DEMPPI n° 543, de 13/12/2019,ficando os 30 (trinta) dias para usufruto em data oportuna.REGISTRE-SE, PUBLIQUE-SE E CUMPRA-SE.PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA, em Teresina (PI), 22 de junho de 2020.CARMELINA MARIA MENDES DE MOURAProcuradora-Geral de Justiça

PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA49ª PROMOTORIA DE JUSTIÇAAV. LINDOLFO MONTEIRO, 911 - BAIRRO DE FÁTIMA - TERESINA - PICEP: 64.049-440 - FONE: 3216-4550 / RAMAL 513 e [email protected] / Celular Institucional: (86) 9 8114-5518INQUÉRITO CIVIL PÚBLICO Nº 002-A/2020 (SIMP: 000688-019/2019)PORTARIA Nº 064/2020O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, por sua representante signatária, no uso das atribuições constitucionais conferidas pelo art.129, da Constituição Federal; art. 26, inciso I, alíneas "a" e "c", e inciso II, da Lei Federal nº 8.625/93; e art. 37, inciso I, alíneas "a" e "b", e incisoII, da Lei Complementar Estadual nº 12/93;CONSIDERANDO que o Ministério Público é uma instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa daordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis, ao teor do art. 127, caput, da Constituição Federal;CONSIDERANDO que é função institucional do Ministério Público a promoção de Procedimentos Administrativos, Inquéritos Civis e Ações CivisPúblicas, para proteção de direitos difusos e coletivos, segundo o que prevê o art. 129, inciso II, da Constituição Federal;CONSIDERANDO que referido Procedimento Preparatório se encontra com o prazo de conclusão esgotado, sendo necessária a continuidadedas investigações;CONSIDERANDO a tramitação do Procedimento Preparatório nº 033/2019, que tem por objeto apurar possível irregularidade no Edital doConcurso da Guarda Municipal de Teresina-PI.RESOLVEConverter o Procedimento Preparatório nº 033/2019 em Inquérito Civil nº 002-A/2020, mantendo-se a numeração de origem, visando àapuração dos fatos noticiados na portaria originária e acima reiterados.Determino a autuação desta Portaria, com o devido registro no livro próprio e no SIMP.Publique-se e cumpra-se.Teresina-PI, 22 de Junho de 2020.MYRIAN LAGO49ª Promotoria de JustiçaPromotoria de Justiça da Cidadania e dos Direitos Humanos

Diário Eletrônico do MPPIANO IV - Nº 660 Disponibilização: Terça-feira, 23 de Junho de 2020 Publicação: Quarta-feira, 24 de Junho de 2020

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2.2. PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE PORTO-PI12232 PORTARIA Nº 022/2020PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO Nº 018/2020Objeto: Instaurar o Procedimento Administrativo Nº 018/2020, para acompanhar a regularização e implantação do Portal da TransparênciaCOVID-19 no âmbito do Município de Porto-PI.O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE PIAUÍ, por sua representante, com atuação na 1ª Promotoria de Justiça de Porto, no uso dasatribuições que lhes são conferidas pelos arts. 127, 129, III, da Constituição Federal, art. 26, I da Lei n° 8.625/93 e art. 37, incisos I, V e VI, da LeiComplementar Estadual n° 12/93 e,CONSIDERANDO que a Resolução CNMP nº 174, de 04 de julho de 2017, autorizou a instauração de PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO,para acompanhar e fiscalizar, de forma continuada, políticas públicas ou instituições;CONSIDERANDO que o Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa daordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis, nos termos do art. 127, caput, da Constituição daRepública;CONSIDERANDO que, segundo o artigo 196 da Constituição Federal: "a saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticassociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços parasua promoção, proteção e recuperação";CONSIDERANDO a disposição do artigo 197, da Constituição Federal, de que: "são de relevância pública as ações e serviços de saúde,cabendo ao Poder Público dispor, nos termos da lei, sobre sua regulamentação, fiscalização e controle, devendo sua execução ser feitadiretamente ou através de terceiros e, também, por pessoa física ou jurídica de direito privado";CONSIDERANDO que a Lei Federal nº 8080/1990 estabelece como um dos objetivos do SUS "a assistência às pessoas por intermédio de açõesde promoção, proteção e recuperação da saúde, com a realização integrada das ações assistenciais e das atividades preventivas", consoanteredação do art.5º, III;CONSIDERANDO que, nos termos do artigo 15, XIII, da mesma lei federal, são comuns à União, Estados, Distrito Federal e Municípios, em seuâmbito administrativo, a atribuição de: "para atendimento de necessidades coletivas, urgentes e transitórias, decorrentes de situações de perigoiminente, de calamidade pública ou de irrupção de epidemias, a autoridade competente da esfera administrativa correspondente poderá requisitarbens e serviços, tanto de pessoas naturais como de jurídicas, sendo-lhes assegurada justa indenização"; que, de acordo com o artigo 36, §2º, daLei 8080/1990, "é vedada a transferência de recursos para o financiamento de ações não previstas nos planos de saúde, exceto em situaçõesemergenciais ou de calamidade pública, na área de saúde";CONSIDERANDO que, de acordo com o artigo 36, §2º, da Lei 8080/1990, "é vedada a transferência de recursos para o financiamento de açõesnão previstas nos planos de saúde, exceto em situações emergenciais ou de calamidade pública, na área de saúde";CONSIDERANDO que o Ministério da Saúde, em 3.2.2020, através da Portaria GM/MS nº 188/2020, declarou "emergência em saúde públicade importância nacional", em decorrência da infecção humana pelo Coronavírus, considerando que a situação atual demanda o empregourgente de medidas de prevenção, controle e contenção de riscos, danos e agravos à saúde pública;CONSIDERANDO que, de acordo com as orientações entabuladas na referida Nota Técnica, cabe aos Órgãos de Execução do Ministério Públicocom funções na área da saúde a aproximação com os gestores locais de saúde, visando acompanhar e tomar ciência dos Planos Municipais deContingência;Considerando o disposto na Lei n° 13.979, de 06 de fevereiro de 2020, que dispõe sobre as medidas para enfrentamento da emergência desaúde pública de importância internacional em virtude do coronavírus;Considerando que dentre as medidas emergenciais adotadas pela Lei nº 13.979/2020, pode-se dar destaque à criação de nova hipótese dedispensa de licitação para aquisição de bens, serviços, inclusive de engenharia, e insumos destinados ao enfrentamento da emergência de saúdepública de importância internacional decorrente do coronavírus, sendo consideradas presumidas: a) a ocorrência de situação de emergência; b) anecessidade de pronto atendimento da situação de emergência; c) a existência de risco a segurança de pessoas, obras, prestação de serviços,equipamentos e outros bens, públicos ou particulares; e d) a limitação da contratação à parcela necessária ao atendimento da situação deemergência;Considerando que no seu art. 4º, referida legislação, aplicável a todos os entes políticos (União, Estados, Municípios e Distrito Federal), éexpressa ao prever que a dispensa de licitação baseada na emergência em razão do COVID-19 é temporária e deve ser aplicada apenasenquanto perdurar a emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus COVID-19;Considerando que dentre os requisitos legais exigidos, a nova legislação prevê a disponibilização, em sítio eletrônico específico, de todas ascontratações ou aquisições realizadas, verbis:"Art. 4º§ 2º - Todas as contratações ou aquisições realizadas com fulcro nesta Lei serão imediatamente disponibilizadas em sítio oficial específico narede mundial de computadores (internet), contendo, no que couber, além das informações previstas no § 3º do art. 8º da Lei no 12.527, de 18 denovembro de 2011, o nome do contratado, o número de sua inscrição na Receita Federal do Brasil, o prazo contratual, o valor e o respectivoprocesso de contratação ou aquisição"Considerando que, conforme a Nota Técnica 01/2020 do TCE/PI, por meio de seu item 6.10, deve ser publicada, sem prejuízo da imediatadisponibilização em sítio eletrônico oficial na rede mundial de computadores (internet) das informações relativas às contratações decorrentes daLei nº 13.979/2020, com todos os elementos previstos no § 2º do art. 4º desta lei - nome do contratado, número de sua inscrição na ReceitaFederal do Brasil, prazo contratual, valor e o respectivo processo de contratação ou aquisição -, além dos exigidos na Lei nº 12.527/2011 (Lei deAcesso à Informação), deve ser efetuada a publicação resumida do instrumento de contrato, bem como de eventuais aditamentos, na imprensaoficial, nos termos dispostos no parágrafo único do art. 61 da Lei nº 8.666/1993;Considerando a Nota Técnica exarada pelo Gabinete de Acompanhamento e Prevenção ao COVID-19 do Ministério Público do Estado do Piauí,orientando os gestores estaduais sobre as compras e serviços contratados pelos entes municipal e/ou estadual, no âmbito do Piauí, fundados nodecreto de situação de emergência ou de calamidade pública em virtude da pandemia do COVID-19, para aquisição de bens, serviços e insumosdestinados ao enfrentamento da emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do coronavirus;Considerando a efetivação da política de transparência da administração pública, como vincula o art. 4º, parágrafo 2º, da Lei 13.979/2020, e deacordo com o item 5.14, da Nota Técnica 01/20, do TCE/PI; e do item 7, da Nota Técnica Orientativa do Gabinete de Acompanhamento ePrevenção à COVID19 (GAP-COVID19), do Ministério Público do Piauí, devendo o Ente Público criar uma aba específica no portal datransparência de seu sítio eletrônico, alimentando-a diariamente e apresentando de forma discriminada os valores orçamentários e a execução dedespesas, como decretos e atos administrativos que autorizam realocação de recursos ou abrem créditos adicionais, contratos administrativos deprestação e fornecimento de bens e serviços, nota de empenho, liquidação e pagamento, descrição do bem e/ou serviço, o quantitativo, o valorunitário e total da aquisição, a data da compra e o nome do fornecedor, inclusive CNPJ, ou seja, todas as receitas e gastos públicos relacionadosespecificamente ao enfrentamento e mitigação da pandemia decorrente do COVID-19;Considerando a necessidade de ampla publicidade dos gastos públicos realizados, deve ser levado em conta que a celeridade necessária paraas aquisições em comento não significa uma atuação que possa, de alguma forma, contrariar os princípios da legalidade, impessoalidade,moralidade, publicidade, eficiência, isonomia, seleção da proposta mais vantajosa para a Administração, promoção do desenvolvimento nacionalsustentável, bem como demais preceitos que lhe sejam correlatos. Não se trata, assim, de autorização irrestrita para aquisição desmesurada eirracional de bens e serviços, somente em razão de se estar em face de excepcional situação de emergência pandêmica;

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Considerando que a celeridade buscada pelo legislador, ao mitigar algumas exigências previstas na sistemática da Lei nº 8.666/93, impõe aogestor público e as entidades que desenvolvem serviço público assemelhado, o dever de cautela e de apuração das circunstâncias fáticas queorientam para eventual contratação direta sob tal fundamento;Considerando que o levantamento realizado pelo Centro de Apoio Operacional de Combate à Corrupção e Defesa do Patrimônio Público -CACOP em 16 de junho de 2020 acerca do panorama dos municípios piauienses quanto ao Portal da Transparência da covid-19 constatou queexistem 73 (setenta e três) municípios que não apresentam a publicidade dos gastos, sendo que em 66 (sessenta e seis) municípios existe umportal especifico para a Covid-19, mas sem a devida alimentação ou com impossibilidade de acesso e que em 7 (sete) municípios não existeportal especifico para divulgação de gastos com o Covid-19;Considerando que ao acessar o Portal da Transparência do Município de Porto-PI foi constatado que, apesar de existir uma abaespecífica para a publicação dos gastos referentes ao enfrentamento da Covid-19, não existe nenhuma informação acerca dascontratações, das aquisições ou dos dados exigidas pelo §2º, artigo 4º da Lei nº Lei n° 13.979/2020 / não foi possível acessar o portal;Considerando o descumprimento pela Prefeitura Municipal de Porto-PI das disposições previstas no §2º, do artigo 4º da Lei Federaln°13.979/2020;Considerando que a vigente Constituição da República e a Constituição Estadual consagraram como princípio fundamental da AdministraçãoPública a publicidade (CF, art. 37, caput), bem como garantiu o direito fundamental à informação (CF, art. 5º, inciso XIV);Considerando que o princípio da publicidade, enquanto transparência da gestão, possibilita maior controle social das contas públicas, facilitandoa obtenção de dados relativos à gestão de pessoal, orçamentária e financeira e, consequentemente, reduzindo a margem de eventuais desvios,sendo, portanto, uma medida de caráter preventivo visando o direito fundamental a uma boa administração pública;Considerando que a Lei 12.527/11 (Lei de Acesso à Informação) determina que deve ser assegurado pelo Poder Público a "gestão transparenteda informação, propiciando amplo acesso a ela e sua divulgação" (art. 6, inciso I);Considerando que apesar de estarmos vivenciando um estado de calamidade pública, ainda persiste a necessidade da utilização de instrumentopara garantir a transparência da gestão, disponibilizando informações sem a necessidade de prévia requisição;CONSIDERANDO ser o Ministério Público órgão agente da fiscalização da gestão pública de saúde, assim definido na Seção IV, Capítulo IV, daLei Complementar Federal nº 141, de 13 de janeiro de 2012, RESOLVE:Instaurar o presente Procedimento Administrativo nº 018/2020, na forma dos arts. 8º a 13º da Resolução CNMP nº 174, de 04 de julho de2017, tendo por objeto "acompanhar a regularização e implantação do Portal da Transparência COVID-19 no âmbito do Município dePorto-PI" determinando as seguintes providências:Autuação da presente Portaria, juntamente com os documentos que originaram sua instauração, e registro dos autos em livro próprio;Remessa desta portaria ao Conselho Superior do Ministério Público, ao Centro de Apoio Operacional de Defesa da Saúde - CAODS/MPPI e aoCentro de Apoio Operacional de Combate a Corrupção e Defesa do Patrimônio Público - CACOP, por e-mail, para conhecimento;Remessa desta portaria, por meio eletrônico, à Secretaria-Geral do Ministério Público (e-mail publicações), para a devida divulgação na imprensaoficial, propiciando a publicação e registro desta Portaria no sítio eletrônico da Procuradoria Geral de Justiça;Expeça-se recomendação administrativa ao Município de Porto-PI para REGULARIZAÇÃO do Portal da Transparência COVID-19 noMunicípio, no prazo de 10 (dez) dias, sob as cominações legais;Nomeio, sob compromisso, para secretariar os trabalhos, a servidora Maria de Fátima da Silva Sousa, Assessora de Promotoria de Justiça,Matrícula nº 15.656, lotada nesta Promotoria de Justiça.Publique-se. Cumpra-se.Ultimadas as providências preliminares, retornem para ulteriores deliberações.Porto-PI, 18 de junho de 2020.ÁUREA EMÍLIA BEZERRA MADRUGAPromotora de Justiça Titular da 1ª Promotoria de Justiça de PortoPORTARIA Nº 023/2020PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO Nº 019/2020Objeto: Instaurar o Procedimento Administrativo Nº 019/2020, para acompanhar a regularização e implantação do Portal da TransparênciaCOVID-19 no âmbito do Município de Nossa Senhora dos Remédios-PI.O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE PIAUÍ, por sua representante, com atuação na 1ª Promotoria de Justiça de Porto, no uso dasatribuições que lhes são conferidas pelos arts. 127, 129, III, da Constituição Federal, art. 26, I da Lei n° 8.625/93 e art. 37, incisos I, V e VI, da LeiComplementar Estadual n° 12/93 e,CONSIDERANDO que a Resolução CNMP nº 174, de 04 de julho de 2017, autorizou a instauração de PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO,para acompanhar e fiscalizar, de forma continuada, políticas públicas ou instituições;CONSIDERANDO que o Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa daordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis, nos termos do art. 127, caput, da Constituição daRepública;CONSIDERANDO que, segundo o artigo 196 da Constituição Federal: "a saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticassociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços parasua promoção, proteção e recuperação";CONSIDERANDO a disposição do artigo 197, da Constituição Federal, de que: "são de relevância pública as ações e serviços de saúde,cabendo ao Poder Público dispor, nos termos da lei, sobre sua regulamentação, fiscalização e controle, devendo sua execução ser feitadiretamente ou através de terceiros e, também, por pessoa física ou jurídica de direito privado";CONSIDERANDO que a Lei Federal nº 8080/1990 estabelece como um dos objetivos do SUS "a assistência às pessoas por intermédio de açõesde promoção, proteção e recuperação da saúde, com a realização integrada das ações assistenciais e das atividades preventivas", consoanteredação do art.5º, III;CONSIDERANDO que, nos termos do artigo 15, XIII, da mesma lei federal, são comuns à União, Estados, Distrito Federal e Municípios, em seuâmbito administrativo, a atribuição de: "para atendimento de necessidades coletivas, urgentes e transitórias, decorrentes de situações de perigoiminente, de calamidade pública ou de irrupção de epidemias, a autoridade competente da esfera administrativa correspondente poderá requisitarbens e serviços, tanto de pessoas naturais como de jurídicas, sendo-lhes assegurada justa indenização"; que, de acordo com o artigo 36, §2º, daLei 8080/1990, "é vedada a transferência de recursos para o financiamento de ações não previstas nos planos de saúde, exceto em situaçõesemergenciais ou de calamidade pública, na área de saúde";CONSIDERANDO que, de acordo com o artigo 36, §2º, da Lei 8080/1990, "é vedada a transferência de recursos para o financiamento de açõesnão previstas nos planos de saúde, exceto em situações emergenciais ou de calamidade pública, na área de saúde";CONSIDERANDO que o Ministério da Saúde, em 3.2.2020, através da Portaria GM/MS nº 188/2020, declarou "emergência em saúde públicade importância nacional", em decorrência da infecção humana pelo Coronavírus, considerando que a situação atual demanda o empregourgente de medidas de prevenção, controle e contenção de riscos, danos e agravos à saúde pública;CONSIDERANDO que, de acordo com as orientações entabuladas na referida Nota Técnica, cabe aos Órgãos de Execução do Ministério Públicocom funções na área da saúde a aproximação com os gestores locais de saúde, visando acompanhar e tomar ciência dos Planos Municipais deContingência;Considerando o disposto na Lei n° 13.979, de 06 de fevereiro de 2020, que dispõe sobre as medidas para enfrentamento da emergência desaúde pública de importância internacional em virtude do coronavírus;

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Considerando que dentre as medidas emergenciais adotadas pela Lei nº 13.979/2020, pode-se dar destaque à criação de nova hipótese dedispensa de licitação para aquisição de bens, serviços, inclusive de engenharia, e insumos destinados ao enfrentamento da emergência de saúdepública de importância internacional decorrente do coronavírus, sendo consideradas presumidas: a) a ocorrência de situação de emergência; b) anecessidade de pronto atendimento da situação de emergência; c) a existência de risco a segurança de pessoas, obras, prestação de serviços,equipamentos e outros bens, públicos ou particulares; e d) a limitação da contratação à parcela necessária ao atendimento da situação deemergência;Considerando que no seu art. 4º, referida legislação, aplicável a todos os entes políticos (União, Estados, Municípios e Distrito Federal), éexpressa ao prever que a dispensa de licitação baseada na emergência em razão do COVID-19 é temporária e deve ser aplicada apenasenquanto perdurar a emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus COVID-19;Considerando que dentre os requisitos legais exigidos, a nova legislação prevê a disponibilização, em sítio eletrônico específico, de todas ascontratações ou aquisições realizadas, verbis:"Art. 4º§ 2º - Todas as contratações ou aquisições realizadas com fulcro nesta Lei serão imediatamente disponibilizadas em sítio oficial específico narede mundial de computadores (internet), contendo, no que couber, além das informações previstas no § 3º do art. 8º da Lei no 12.527, de 18 denovembro de 2011, o nome do contratado, o número de sua inscrição na Receita Federal do Brasil, o prazo contratual, o valor e o respectivoprocesso de contratação ou aquisição"Considerando que, conforme a Nota Técnica 01/2020 do TCE/PI, por meio de seu item 6.10, deve ser publicada, sem prejuízo da imediatadisponibilização em sítio eletrônico oficial na rede mundial de computadores (internet) das informações relativas às contratações decorrentes daLei nº 13.979/2020, com todos os elementos previstos no § 2º do art. 4º desta lei - nome do contratado, número de sua inscrição na ReceitaFederal do Brasil, prazo contratual, valor e o respectivo processo de contratação ou aquisição -, além dos exigidos na Lei nº 12.527/2011 (Lei deAcesso à Informação), deve ser efetuada a publicação resumida do instrumento de contrato, bem como de eventuais aditamentos, na imprensaoficial, nos termos dispostos no parágrafo único do art. 61 da Lei nº 8.666/1993;Considerando a Nota Técnica exarada pelo Gabinete de Acompanhamento e Prevenção ao COVID-19 do Ministério Público do Estado do Piauí,orientando os gestores estaduais sobre as compras e serviços contratados pelos entes municipal e/ou estadual, no âmbito do Piauí, fundados nodecreto de situação de emergência ou de calamidade pública em virtude da pandemia do COVID-19, para aquisição de bens, serviços e insumosdestinados ao enfrentamento da emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do coronavirus;Considerando a efetivação da política de transparência da administração pública, como vincula o art. 4º, parágrafo 2º, da Lei 13.979/2020, e deacordo com o item 5.14, da Nota Técnica 01/20, do TCE/PI; e do item 7, da Nota Técnica Orientativa do Gabinete de Acompanhamento ePrevenção à COVID19 (GAP-COVID19), do Ministério Público do Piauí, devendo o Ente Público criar uma aba específica no portal datransparência de seu sítio eletrônico, alimentando-a diariamente e apresentando de forma discriminada os valores orçamentários e a execução dedespesas, como decretos e atos administrativos que autorizam realocação de recursos ou abrem créditos adicionais, contratos administrativos deprestação e fornecimento de bens e serviços, nota de empenho, liquidação e pagamento, descrição do bem e/ou serviço, o quantitativo, o valorunitário e total da aquisição, a data da compra e o nome do fornecedor, inclusive CNPJ, ou seja, todas as receitas e gastos públicos relacionadosespecificamente ao enfrentamento e mitigação da pandemia decorrente do COVID-19;Considerando a necessidade de ampla publicidade dos gastos públicos realizados, deve ser levado em conta que a celeridade necessária paraas aquisições em comento não significa uma atuação que possa, de alguma forma, contrariar os princípios da legalidade, impessoalidade,moralidade, publicidade, eficiência, isonomia, seleção da proposta mais vantajosa para a Administração, promoção do desenvolvimento nacionalsustentável, bem como demais preceitos que lhe sejam correlatos. Não se trata, assim, de autorização irrestrita para aquisição desmesurada eirracional de bens e serviços, somente em razão de se estar em face de excepcional situação de emergência pandêmica;Considerando que a celeridade buscada pelo legislador, ao mitigar algumas exigências previstas na sistemática da Lei nº 8.666/93, impõe aogestor público e as entidades que desenvolvem serviço público assemelhado, o dever de cautela e de apuração das circunstâncias fáticas queorientam para eventual contratação direta sob tal fundamento;Considerando que o levantamento realizado pelo Centro de Apoio Operacional de Combate à Corrupção e Defesa do Patrimônio Público -CACOP em 16 de junho de 2020 acerca do panorama dos municípios piauienses quanto ao Portal da Transparência da covid-19 constatou queexistem 73 (setenta e três) municípios que não apresentam a publicidade dos gastos, sendo que em 66 (sessenta e seis) municípios existe umportal especifico para a Covid-19, mas sem a devida alimentação ou com impossibilidade de acesso e que em 7 (sete) municípios não existeportal especifico para divulgação de gastos com o Covid-19;Considerando que ao acessar o Portal da Transparência do Município de Nossa Senhora dos Remédios-PI foi constatado que, apesarde existir uma aba específica para a publicação dos gastos referentes ao enfrentamento da Covid-19, não existe todas as informaçãoacerca das contratações, das aquisições ou dos dados exigidas pelo §2º, artigo 4º da Lei nº Lei n° 13.979/2020 / não foi possível acessaro portal;Considerando o descumprimento pela Prefeitura Municipal de Nossa Senhora dos Remédios-PI das disposições previstas no §2º, do artigo 4º daLei Federal n°13.979/2020;Considerando que a vigente Constituição da República e a Constituição Estadual consagraram como princípio fundamental da AdministraçãoPública a publicidade (CF, art. 37, caput), bem como garantiu o direito fundamental à informação (CF, art. 5º, inciso XIV);Considerando que o princípio da publicidade, enquanto transparência da gestão, possibilita maior controle social das contas públicas, facilitandoa obtenção de dados relativos à gestão de pessoal, orçamentária e financeira e, consequentemente, reduzindo a margem de eventuais desvios,sendo, portanto, uma medida de caráter preventivo visando o direito fundamental a uma boa administração pública;Considerando que a Lei 12.527/11 (Lei de Acesso à Informação) determina que deve ser assegurado pelo Poder Público a "gestão transparenteda informação, propiciando amplo acesso a ela e sua divulgação" (art. 6, inciso I);Considerando que apesar de estarmos vivenciando um estado de calamidade pública, ainda persiste a necessidade da utilização de instrumentopara garantir a transparência da gestão, disponibilizando informações sem a necessidade de prévia requisição;CONSIDERANDO ser o Ministério Público órgão agente da fiscalização da gestão pública de saúde, assim definido na Seção IV, Capítulo IV, daLei Complementar Federal nº 141, de 13 de janeiro de 2012, RESOLVE:Instaurar o presente Procedimento Administrativo nº 019/2020, na forma dos arts. 8º a 13º da Resolução CNMP nº 174, de 04 de julho de2017, tendo por objeto "acompanhar a regularização e implantação do Portal da Transparência COVID-19 no âmbito do Município deNossa Senhora dos Remédios-PI" determinando as seguintes providências:Autuação da presente Portaria, juntamente com os documentos que originaram sua instauração, e registro dos autos em livro próprio;Remessa desta portaria ao Conselho Superior do Ministério Público, ao Centro de Apoio Operacional de Defesa da Saúde - CAODS/MPPI e aoCentro de Apoio Operacional de Combate a Corrupção e Defesa do Patrimônio Público - CACOP, por e-mail, para conhecimento;Remessa desta portaria, por meio eletrônico, à Secretaria-Geral do Ministério Público (e-mail publicações), para a devida divulgação na imprensaoficial, propiciando a publicação e registro desta Portaria no sítio eletrônico da Procuradoria Geral de Justiça;Expeça-se recomendação administrativa ao Município de Nossa Senhora dos Remédios-PI para REGULARIZAÇÃO do Portal daTransparência COVID-19 no Município, no prazo de 10 (dez) dias, sob as cominações legais;Nomeio, sob compromisso, para secretariar os trabalhos, a servidora Maria de Fátima da Silva Sousa, Assessora de Promotoria de Justiça,Matrícula nº 15.656, lotada nesta Promotoria de Justiça.Publique-se. Cumpra-se.Ultimadas as providências preliminares, retornem para ulteriores deliberações.

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Porto-PI, 18 de junho de 2020.ÁUREA EMÍLIA BEZERRA MADRUGAPromotora de Justiça Titular da 1ª Promotoria de Justiça de PortoPORTARIA Nº 024/2020PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO Nº 020/2020Objeto: Instaurar o Procedimento Administrativo Nº 020/2020, para acompanhar a regularização e implantação do Portal da TransparênciaCOVID-19 no âmbito do Município de Campo Largo do Piauí-PI.O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE PIAUÍ, por sua representante, com atuação na 1ª Promotoria de Justiça de Porto, no uso dasatribuições que lhes são conferidas pelos arts. 127, 129, III, da Constituição Federal, art. 26, I da Lei n° 8.625/93 e art. 37, incisos I, V e VI, da LeiComplementar Estadual n° 12/93 e,CONSIDERANDO que a Resolução CNMP nº 174, de 04 de julho de 2017, autorizou a instauração de PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO,para acompanhar e fiscalizar, de forma continuada, políticas públicas ou instituições;CONSIDERANDO que o Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa daordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis, nos termos do art. 127, caput, da Constituição daRepública;CONSIDERANDO que, segundo o artigo 196 da Constituição Federal: "a saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticassociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços parasua promoção, proteção e recuperação";CONSIDERANDO a disposição do artigo 197, da Constituição Federal, de que: "são de relevância pública as ações e serviços de saúde,cabendo ao Poder Público dispor, nos termos da lei, sobre sua regulamentação, fiscalização e controle, devendo sua execução ser feitadiretamente ou através de terceiros e, também, por pessoa física ou jurídica de direito privado";CONSIDERANDO que a Lei Federal nº 8080/1990 estabelece como um dos objetivos do SUS "a assistência às pessoas por intermédio de açõesde promoção, proteção e recuperação da saúde, com a realização integrada das ações assistenciais e das atividades preventivas", consoanteredação do art.5º, III;CONSIDERANDO que, nos termos do artigo 15, XIII, da mesma lei federal, são comuns à União, Estados, Distrito Federal e Municípios, em seuâmbito administrativo, a atribuição de: "para atendimento de necessidades coletivas, urgentes e transitórias, decorrentes de situações de perigoiminente, de calamidade pública ou de irrupção de epidemias, a autoridade competente da esfera administrativa correspondente poderá requisitarbens e serviços, tanto de pessoas naturais como de jurídicas, sendo-lhes assegurada justa indenização"; que, de acordo com o artigo 36, §2º, daLei 8080/1990, "é vedada a transferência de recursos para o financiamento de ações não previstas nos planos de saúde, exceto em situaçõesemergenciais ou de calamidade pública, na área de saúde";CONSIDERANDO que, de acordo com o artigo 36, §2º, da Lei 8080/1990, "é vedada a transferência de recursos para o financiamento de açõesnão previstas nos planos de saúde, exceto em situações emergenciais ou de calamidade pública, na área de saúde";CONSIDERANDO que o Ministério da Saúde, em 3.2.2020, através da Portaria GM/MS nº 188/2020, declarou "emergência em saúde públicade importância nacional", em decorrência da infecção humana pelo Coronavírus, considerando que a situação atual demanda o empregourgente de medidas de prevenção, controle e contenção de riscos, danos e agravos à saúde pública;CONSIDERANDO que, de acordo com as orientações entabuladas na referida Nota Técnica, cabe aos Órgãos de Execução do Ministério Públicocom funções na área da saúde a aproximação com os gestores locais de saúde, visando acompanhar e tomar ciência dos Planos Municipais deContingência;Considerando o disposto na Lei n° 13.979, de 06 de fevereiro de 2020, que dispõe sobre as medidas para enfrentamento da emergência desaúde pública de importância internacional em virtude do coronavírus;Considerando que dentre as medidas emergenciais adotadas pela Lei nº 13.979/2020, pode-se dar destaque à criação de nova hipótese dedispensa de licitação para aquisição de bens, serviços, inclusive de engenharia, e insumos destinados ao enfrentamento da emergência de saúdepública de importância internacional decorrente do coronavírus, sendo consideradas presumidas: a) a ocorrência de situação de emergência; b) anecessidade de pronto atendimento da situação de emergência; c) a existência de risco a segurança de pessoas, obras, prestação de serviços,equipamentos e outros bens, públicos ou particulares; e d) a limitação da contratação à parcela necessária ao atendimento da situação deemergência;Considerando que no seu art. 4º, referida legislação, aplicável a todos os entes políticos (União, Estados, Municípios e Distrito Federal), éexpressa ao prever que a dispensa de licitação baseada na emergência em razão do COVID-19 é temporária e deve ser aplicada apenasenquanto perdurar a emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus COVID-19;Considerando que dentre os requisitos legais exigidos, a nova legislação prevê a disponibilização, em sítio eletrônico específico, de todas ascontratações ou aquisições realizadas, verbis:"Art. 4º§ 2º - Todas as contratações ou aquisições realizadas com fulcro nesta Lei serão imediatamente disponibilizadas em sítio oficial específico narede mundial de computadores (internet), contendo, no que couber, além das informações previstas no § 3º do art. 8º da Lei no 12.527, de 18 denovembro de 2011, o nome do contratado, o número de sua inscrição na Receita Federal do Brasil, o prazo contratual, o valor e o respectivoprocesso de contratação ou aquisição"Considerando que, conforme a Nota Técnica 01/2020 do TCE/PI, por meio de seu item 6.10, deve ser publicada, sem prejuízo da imediatadisponibilização em sítio eletrônico oficial na rede mundial de computadores (internet) das informações relativas às contratações decorrentes daLei nº 13.979/2020, com todos os elementos previstos no § 2º do art. 4º desta lei - nome do contratado, número de sua inscrição na ReceitaFederal do Brasil, prazo contratual, valor e o respectivo processo de contratação ou aquisição -, além dos exigidos na Lei nº 12.527/2011 (Lei deAcesso à Informação), deve ser efetuada a publicação resumida do instrumento de contrato, bem como de eventuais aditamentos, na imprensaoficial, nos termos dispostos no parágrafo único do art. 61 da Lei nº 8.666/1993;Considerando a Nota Técnica exarada pelo Gabinete de Acompanhamento e Prevenção ao COVID-19 do Ministério Público do Estado do Piauí,orientando os gestores estaduais sobre as compras e serviços contratados pelos entes municipal e/ou estadual, no âmbito do Piauí, fundados nodecreto de situação de emergência ou de calamidade pública em virtude da pandemia do COVID-19, para aquisição de bens, serviços e insumosdestinados ao enfrentamento da emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do coronavirus;Considerando a efetivação da política de transparência da administração pública, como vincula o art. 4º, parágrafo 2º, da Lei 13.979/2020, e deacordo com o item 5.14, da Nota Técnica 01/20, do TCE/PI; e do item 7, da Nota Técnica Orientativa do Gabinete de Acompanhamento ePrevenção à COVID19 (GAP-COVID19), do Ministério Público do Piauí, devendo o Ente Público criar uma aba específica no portal datransparência de seu sítio eletrônico, alimentando-a diariamente e apresentando de forma discriminada os valores orçamentários e a execução dedespesas, como decretos e atos administrativos que autorizam realocação de recursos ou abrem créditos adicionais, contratos administrativos deprestação e fornecimento de bens e serviços, nota de empenho, liquidação e pagamento, descrição do bem e/ou serviço, o quantitativo, o valorunitário e total da aquisição, a data da compra e o nome do fornecedor, inclusive CNPJ, ou seja, todas as receitas e gastos públicos relacionadosespecificamente ao enfrentamento e mitigação da pandemia decorrente do COVID-19;Considerando a necessidade de ampla publicidade dos gastos públicos realizados, deve ser levado em conta que a celeridade necessária paraas aquisições em comento não significa uma atuação que possa, de alguma forma, contrariar os princípios da legalidade, impessoalidade,moralidade, publicidade, eficiência, isonomia, seleção da proposta mais vantajosa para a Administração, promoção do desenvolvimento nacionalsustentável, bem como demais preceitos que lhe sejam correlatos. Não se trata, assim, de autorização irrestrita para aquisição desmesurada e

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irracional de bens e serviços, somente em razão de se estar em face de excepcional situação de emergência pandêmica;Considerando que a celeridade buscada pelo legislador, ao mitigar algumas exigências previstas na sistemática da Lei nº 8.666/93, impõe aogestor público e as entidades que desenvolvem serviço público assemelhado, o dever de cautela e de apuração das circunstâncias fáticas queorientam para eventual contratação direta sob tal fundamento;Considerando que o levantamento realizado pelo Centro de Apoio Operacional de Combate à Corrupção e Defesa do Patrimônio Público -CACOP em 16 de junho de 2020 acerca do panorama dos municípios piauienses quanto ao Portal da Transparência da covid-19 constatou queexistem 73 (setenta e três) municípios que não apresentam a publicidade dos gastos, sendo que em 66 (sessenta e seis) municípios existe umportal especifico para a Covid-19, mas sem a devida alimentação ou com impossibilidade de acesso e que em 7 (sete) municípios não existeportal especifico para divulgação de gastos com o Covid-19;Considerando que ao acessar o Portal da Transparência do Município de Campo Largo do Piauí-PI foi constatado que, apesar de existiruma aba específica para a publicação dos gastos referentes ao enfrentamento da Covid-19, não existe todas as informação acerca dascontratações, das aquisições ou dos dados exigidas pelo §2º, artigo 4º da Lei nº Lei n° 13.979/2020 / não foi possível acessar o portal;Considerando o descumprimento pela Prefeitura Municipal de Campo Largo do Piauí-PI das disposições previstas no §2º, do artigo 4º da LeiFederal n°13.979/2020;Considerando que a vigente Constituição da República e a Constituição Estadual consagraram como princípio fundamental da AdministraçãoPública a publicidade (CF, art. 37, caput), bem como garantiu o direito fundamental à informação (CF, art. 5º, inciso XIV);Considerando que o princípio da publicidade, enquanto transparência da gestão, possibilita maior controle social das contas públicas, facilitandoa obtenção de dados relativos à gestão de pessoal, orçamentária e financeira e, consequentemente, reduzindo a margem de eventuais desvios,sendo, portanto, uma medida de caráter preventivo visando o direito fundamental a uma boa administração pública;Considerando que a Lei 12.527/11 (Lei de Acesso à Informação) determina que deve ser assegurado pelo Poder Público a "gestão transparenteda informação, propiciando amplo acesso a ela e sua divulgação" (art. 6, inciso I);Considerando que apesar de estarmos vivenciando um estado de calamidade pública, ainda persiste a necessidade da utilização de instrumentopara garantir a transparência da gestão, disponibilizando informações sem a necessidade de prévia requisição;CONSIDERANDO ser o Ministério Público órgão agente da fiscalização da gestão pública de saúde, assim definido na Seção IV, Capítulo IV, daLei Complementar Federal nº 141, de 13 de janeiro de 2012, RESOLVE:Instaurar o presente Procedimento Administrativo nº 019/2020, na forma dos arts. 8º a 13º da Resolução CNMP nº 174, de 04 de julho de2017, tendo por objeto "acompanhar a regularização e implantação do Portal da Transparência COVID-19 no âmbito do Município deCampo Largo do Piauí-PI" determinando as seguintes providências:Autuação da presente Portaria, juntamente com os documentos que originaram sua instauração, e registro dos autos em livro próprio;Remessa desta portaria ao Conselho Superior do Ministério Público, ao Centro de Apoio Operacional de Defesa da Saúde - CAODS/MPPI e aoCentro de Apoio Operacional de Combate a Corrupção e Defesa do Patrimônio Público - CACOP, por e-mail, para conhecimento;Remessa desta portaria, por meio eletrônico, à Secretaria-Geral do Ministério Público (e-mail publicações), para a devida divulgação na imprensaoficial, propiciando a publicação e registro desta Portaria no sítio eletrônico da Procuradoria Geral de Justiça;Expeça-se recomendação administrativa ao Município de Campo Largo do Piauí-PI para REGULARIZAÇÃO do Portal da TransparênciaCOVID-19 no Município, no prazo de 10 (dez) dias, sob as cominações legais;Nomeio, sob compromisso, para secretariar os trabalhos, a servidora Maria de Fátima da Silva Sousa, Assessora de Promotoria de Justiça,Matrícula nº 15.656, lotada nesta Promotoria de Justiça.Publique-se. Cumpra-se.Ultimadas as providências preliminares, retornem para ulteriores deliberações.Porto-PI, 18 de junho de 2020.ÁUREA EMÍLIA BEZERRA MADRUGAPromotora de Justiça Titular da 1ª Promotoria de Justiça de PortoRECOMENDAÇÃO Nº 031/2020O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE PIAUÍ, por seu representante, com atuação na Promotoria de Justiça de Porto-PI, no uso dasatribuições que lhes são conferidas pelos arts. 127, 129, III, da Constituição Federal, art. 27, parágrafo único, inciso IV, da Lei nº 8.625/93 e art.37, incisos I, V e VI, da Lei Complementar Estadual n° 12/93:Considerando que, nos termos do art. 127 da Constituição Federal, incumbe ao Ministério Público a defesa da ordem jurídica, do regimedemocrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis;Considerando que compete ao Ministério Público expedir recomendações visando à proteção de interesses difusos e coletivos, bem como aorespeito aos interesses, direitos e bens cuja defesa lhe cabe promover, fixando prazo razoável para a adoção das providências cabíveis(Resolução CNMP n° 164/17);Considerando que a vida e a saúde constituem direitos fundamentais do ser humano, sendo de grande relevância pública;Considerando que a saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução dorisco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação,conforme previsto no artigo 196 da Constituição Federal e artigo 203 da Constituição Estadual;Considerando que o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), por meio da Comissão da Saúde, emitiu a Nota Técnica Conjunta nº01/2020 - CES/CNMP/1ª CCR, contendo subsídios para a atuação coordenada do Ministério Público voltada ao enfrentamento do COVID-19;Considerando ser o Ministério Público órgão agente da fiscalização da gestão pública de saúde, assim definido na Seção IV, Capítulo IV, da LeiComplementar Federal nº 141, de 13 de janeiro de 2012;Considerando que, em 30.1.2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que o surto da doença causada pelo Coronavírus (COVID-19) constitui Emergência de Saúde Pública de importância Internacional (ESPII);Considerando o notório estado de emergência presente no mundo em razão da disseminação do novo coronavírus COVID-19, levando aOrganização Mundial da Saúde - OMS a declarar situação de pandemia no dia 11.3.2020, ao passo em que pleiteou, por parte de todos ospaíses, uma "ação urgente e agressiva" para sua contenção;Considerando que a classificação da situação mundial do novo coronavírus (COVID-19, SARSCoV-2) como pandemia significa o risco potencialda doença infecciosa atingir a população mundial de forma simultânea, não se limitando a locais que já tenham sido identificadas como detransmissão interna;Considerando que a progressão do coronavírus COVID-19 tem sido exponencial em todo o mundo, de forma tal que todos os Governos -incluído o brasileiro - têm buscado tomar as medidas de forma urgentíssima. É certo que cada país apresenta uma trajetória distinta no númerode casos confirmados, tendo em vista diversos fatores que influenciam a propagação da doença pulmonar causada e ao volume de testesdisponibilizados para a sua detecção;Considerando o Decreto nº 18.884, de 16 de março de 2020, que regulamenta a lei nº 13.979/2020, para dispor no âmbito do Estado do Piauí,sobre as medidas emergência de saúde pública de importância internacional e tendo em visa a classificação da situação mundial do novocoronavírus;Considerando a deflagração de situação de calamidade pública pelo Governo do Estado do Piauí, por meio do Decreto n° 18.895, de 19 demarço de 2020;Considerando que a Constituição Federal determina que as ações e os serviços de saúde são de relevância pública, integrando uma rederegionalizada - com direção única em cada esfera de governo - e hierarquizada que, em sua totalidade, constituindo um sistema único de saúde,

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ex vi arts. 197 e 198;Considerando que é dever do Estado - nos diferentes níveis da federação - de pautar a sua atuação em estrita observância à garantia demáxima efetividade quando se tratar de matérias afetas a direitos e garantias fundamentais, notadamente ao direito social à saúde ameaçado porocasião da pandemia COVID-19, pelo que estas exigem prestações positivas do Estado;Considerando que a garantia de máxima efetividade somente pode ser alcançada objetivamente se as ações estatais forem fundadas emcritérios técnicos, apurados pelos órgãos com a atribuição constitucional, legal e regulamentar para tal, como balizado pelo Supremo TribunalFederal no entendimento firmado na ADI 4066;Considerando o disposto na Lei n° 13.979, de 06 de fevereiro de 2020, que dispõe sobre as medidas para enfrentamento da emergência desaúde pública de importância internacional em virtude do coronavírus;Considerando que dentre as medidas emergenciais adotadas pela Lei nº 13.979/2020, pode-se dar destaque à criação de nova hipótese dedispensa de licitação para aquisição de bens, serviços, inclusive de engenharia, e insumos destinados ao enfrentamento da emergência de saúdepública de importância internacional decorrente do coronavírus, sendo consideradas presumidas: a) a ocorrência de situação de emergência; b) anecessidade de pronto atendimento da situação de emergência; c) a existência de risco a segurança de pessoas, obras, prestação de serviços,equipamentos e outros bens, públicos ou particulares; e d) a limitação da contratação à parcela necessária ao atendimento da situação deemergência;Considerando que no seu art. 4º, referida legislação, aplicável a todos os entes políticos (União, Estados, Municípios e Distrito Federal), éexpressa ao prever que a dispensa de licitação baseada na emergência em razão do COVID-19 é temporária e deve ser aplicada apenasenquanto perdurar a emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus COVID-19;Considerando que dentre os requisitos legais exigidos, a nova legislação prevê a disponibilização, em sítio eletrônico específico, de todas ascontratações ou aquisições realizadas, verbis:"Art. 4º§ 2º - Todas as contratações ou aquisições realizadas com fulcro nesta Lei serão imediatamente disponibilizadas em sítio oficial específico narede mundial de computadores (internet), contendo, no que couber, além das informações previstas no § 3º do art. 8º da Lei no 12.527, de 18 denovembro de 2011, o nome do contratado, o número de sua inscrição na Receita Federal do Brasil, o prazo contratual, o valor e o respectivoprocesso de contratação ou aquisição"Considerando que, conforme a Nota Técnica 01/2020 do TCE/PI, por meio de seu item 6.10, deve ser publicada, sem prejuízo da imediatadisponibilização em sítio eletrônico oficial na rede mundial de computadores (internet) das informações relativas às contratações decorrentes daLei nº 13.979/2020, com todos os elementos previstos no § 2º do art. 4º desta lei - nome do contratado, número de sua inscrição na ReceitaFederal do Brasil, prazo contratual, valor e o respectivo processo de contratação ou aquisição -, além dos exigidos na Lei nº 12.527/2011 (Lei deAcesso à Informação), deve ser efetuada a publicação resumida do instrumento de contrato, bem como de eventuais aditamentos, na imprensaoficial, nos termos dispostos no parágrafo único do art. 61 da Lei nº 8.666/1993;Considerando a Nota Técnica exarada pelo Gabinete de Acompanhamento e Prevenção ao COVID-19 do Ministério Público do Estado do Piauí,orientando os gestores estaduais sobre as compras e serviços contratados pelos entes municipal e/ou estadual, no âmbito do Piauí, fundados nodecreto de situação de emergência ou de calamidade pública em virtude da pandemia do COVID-19, para aquisição de bens, serviços e insumosdestinados ao enfrentamento da emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do coronavirus;Considerando a efetivação da política de transparência da administração pública, como vincula o art. 4º, parágrafo 2º, da Lei 13.979/2020, e deacordo com o item 5.14, da Nota Técnica 01/20, do TCE/PI; e do item 7, da Nota Técnica Orientativa do Gabinete de Acompanhamento ePrevenção à COVID19 (GAP-COVID19), do Ministério Público do Piauí, devendo o Ente Público criar uma aba específica no portal datransparência de seu sítio eletrônico, alimentando-a diariamente e apresentando de forma discriminada os valores orçamentários e a execução dedespesas, como decretos e atos administrativos que autorizam realocação de recursos ou abrem créditos adicionais, contratos administrativos deprestação e fornecimento de bens e serviços, nota de empenho, liquidação e pagamento, descrição do bem e/ou serviço, o quantitativo, o valorunitário e total da aquisição, a data da compra e o nome do fornecedor, inclusive CNPJ, ou seja, todas as receitas e gastos públicos relacionadosespecificamente ao enfrentamento e mitigação da pandemia decorrente do COVID-19;Considerando a necessidade de ampla publicidade dos gastos públicos realizados, deve ser levado em conta que a celeridade necessária paraas aquisições em comento não significa uma atuação que possa, de alguma forma, contrariar os princípios da legalidade, impessoalidade,moralidade, publicidade, eficiência, isonomia, seleção da proposta mais vantajosa para a Administração, promoção do desenvolvimento nacionalsustentável, bem como demais preceitos que lhe sejam correlatos. Não se trata, assim, de autorização irrestrita para aquisição desmesurada eirracional de bens e serviços, somente em razão de se estar em face de excepcional situação de emergência pandêmica;Considerando que a celeridade buscada pelo legislador, ao mitigar algumas exigências previstas na sistemática da Lei nº 8.666/93, impõe aogestor público e as entidades que desenvolvem serviço público assemelhado, o dever de cautela e de apuração das circunstâncias fáticas queorientam para eventual contratação direta sob tal fundamento;Considerando que o levantamento realizado pelo Centro de Apoio Operacional de Combate à Corrupção e Defesa do Patrimônio Público -CACOP em 16 de junho de 2020 acerca do panorama dos municípios piauienses quanto ao Portal da Transparência da covid-19 constatou queexistem 73 (setenta e três) municípios que não apresentam a publicidade dos gastos, sendo que em 66 (sessenta e seis) municípios existe umportal especifico para a Covid-19, mas sem a devida alimentação ou com impossibilidade de acesso e que em 7 (sete) municípios não existeportal especifico para divulgação de gastos com o Covid-19;Considerando que ao acessar o Portal da Transparência do Município Porto-PI, em datas de 16 e 17 de junho de 2020 foi constatado que,apesar de existir uma aba específica para a publicação dos gastos referentes ao enfrentamento da Covid-19, não existe todas as informaçõesacerca das contratações, das aquisições ou dos dados exigidas pelo §2º, artigo 4º da Lei nº Lei n° 13.979/2020 / não foi possível acessar o portal;Considerando o descumprimento pela Prefeitura Municipal de Porto-PI das disposições previstas no §2º, do artigo 4º da Lei Federaln°13.979/2020;Considerando que a vigente Constituição da República e a Constituição Estadual consagraram como princípio fundamental da AdministraçãoPública a publicidade (CF, art. 37, caput), bem como garantiu o direito fundamental à informação (CF, art. 5º, inciso XIV);Considerando que o princípio da publicidade, enquanto transparência da gestão, possibilita maior controle social das contas públicas, facilitandoa obtenção de dados relativos à gestão de pessoal, orçamentária e financeira e, consequentemente, reduzindo a margem de eventuais desvios,sendo, portanto, uma medida de caráter preventivo visando o direito fundamental a uma boa administração pública;Considerando que a Lei 12.527/11 (Lei de Acesso à Informação) determina que deve ser assegurado pelo Poder Público a "gestão transparenteda informação, propiciando amplo acesso a ela e sua divulgação" (art. 6, inciso I);Considerando que apesar de estarmos vivenciando um estado de calamidade pública, ainda persiste a necessidade da utilização de instrumentopara garantir a transparência da gestão, disponibilizando informações sem a necessidade de prévia requisição;Resolve:RECOMENDAR ao Prefeito Municipal de Porto-PI, em cumprimento às disposições de ordem constitucional, legal, administrativas e outras comela convergente, para que:a) Disponibilize, em sua aba específica para a Covid-19 no Portal da Transparência, os dados referentes às receitas e despesas relacionadas aocombate da pandemia do Covid-19, em tempo real e de forma completa;b) na página de internet acima mencionada seja incluída a apresentação de forma discriminada dos valores orçamentários recebidos e deexecução de despesas, a exemplo de contratos administrativos de prestação e fornecimento de bens e serviços, nota de empenho, liquidação epagamento, descrição do bem e/ou serviço, o quantitativo, o valor unitário e total da aquisição, a data da compra; contendo, no que couber, os

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nomes dos contratados, os números de suas inscrições na Receita Federal do Brasil (CNPJs), os prazos contratuais, os objetos e quantidadescontratados, os valores individualizados contratados e os números dos respectivos processos de contratação ou aquisição, com identidade visualque torne as informações acessíveis à população, como determina o artigo 4º, parágrafo 2º, da Lei 13.979/2020;DETERMINA, assim, que seja encaminhado no prazo de 10 (dez) dias úteis para o e-mail desta Promotoria de Justiça de Porto-PI([email protected]), resposta acerca das sobre as providências tomadas para cumprimento desta Recomendação.A ausência de observância das medidas enunciadas impulsionará o Ministério Público Estadual a adotar as providências judiciais e extrajudiciaispertinentes para garantir a prevalência das normas de proteção ao patrimônio público e social de que trata esta RECOMENDAÇÃO.Encaminhe-se a presente Recomendação para que seja publicada no diário eletrônico do Ministério Público, bem como se remetam cópias aoConselho Superior do Ministério Público do Estado do Piauí, ao Centro de Apoio de Combate à Corrupção e Defesa do Patrimônio Público e aosrespectivos destinatários.Porto-PI, 18 de junho de 2020.ÁUREA EMÍLIA BEZERRA MADRUGAPromotora de Justiça Titular da PJ de Porto-PIRECOMENDAÇÃO Nº 032/2020O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE PIAUÍ, por seu representante, com atuação na Promotoria de Justiça de Porto-PI, no uso dasatribuições que lhes são conferidas pelos arts. 127, 129, III, da Constituição Federal, art. 27, parágrafo único, inciso IV, da Lei nº 8.625/93 e art.37, incisos I, V e VI, da Lei Complementar Estadual n° 12/93:Considerando que, nos termos do art. 127 da Constituição Federal, incumbe ao Ministério Público a defesa da ordem jurídica, do regimedemocrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis;Considerando que compete ao Ministério Público expedir recomendações visando à proteção de interesses difusos e coletivos, bem como aorespeito aos interesses, direitos e bens cuja defesa lhe cabe promover, fixando prazo razoável para a adoção das providências cabíveis(Resolução CNMP n° 164/17);Considerando que a vida e a saúde constituem direitos fundamentais do ser humano, sendo de grande relevância pública;Considerando que a saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução dorisco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação,conforme previsto no artigo 196 da Constituição Federal e artigo 203 da Constituição Estadual;Considerando que o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), por meio da Comissão da Saúde, emitiu a Nota Técnica Conjunta nº01/2020 - CES/CNMP/1ª CCR, contendo subsídios para a atuação coordenada do Ministério Público voltada ao enfrentamento do COVID-19;Considerando ser o Ministério Público órgão agente da fiscalização da gestão pública de saúde, assim definido na Seção IV, Capítulo IV, da LeiComplementar Federal nº 141, de 13 de janeiro de 2012;Considerando que, em 30.1.2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que o surto da doença causada pelo Coronavírus (COVID-19) constitui Emergência de Saúde Pública de importância Internacional (ESPII);Considerando o notório estado de emergência presente no mundo em razão da disseminação do novo coronavírus COVID-19, levando aOrganização Mundial da Saúde - OMS a declarar situação de pandemia no dia 11.3.2020, ao passo em que pleiteou, por parte de todos ospaíses, uma "ação urgente e agressiva" para sua contenção;Considerando que a classificação da situação mundial do novo coronavírus (COVID-19, SARSCoV-2) como pandemia significa o risco potencialda doença infecciosa atingir a população mundial de forma simultânea, não se limitando a locais que já tenham sido identificadas como detransmissão interna;Considerando que a progressão do coronavírus COVID-19 tem sido exponencial em todo o mundo, de forma tal que todos os Governos -incluído o brasileiro - têm buscado tomar as medidas de forma urgentíssima. É certo que cada país apresenta uma trajetória distinta no númerode casos confirmados, tendo em vista diversos fatores que influenciam a propagação da doença pulmonar causada e ao volume de testesdisponibilizados para a sua detecção;Considerando o Decreto nº 18.884, de 16 de março de 2020, que regulamenta a lei nº 13.979/2020, para dispor no âmbito do Estado do Piauí,sobre as medidas emergência de saúde pública de importância internacional e tendo em visa a classificação da situação mundial do novocoronavírus;Considerando a deflagração de situação de calamidade pública pelo Governo do Estado do Piauí, por meio do Decreto n° 18.895, de 19 demarço de 2020;Considerando que a Constituição Federal determina que as ações e os serviços de saúde são de relevância pública, integrando uma rederegionalizada - com direção única em cada esfera de governo - e hierarquizada que, em sua totalidade, constituindo um sistema único de saúde,ex vi arts. 197 e 198;Considerando que é dever do Estado - nos diferentes níveis da federação - de pautar a sua atuação em estrita observância à garantia demáxima efetividade quando se tratar de matérias afetas a direitos e garantias fundamentais, notadamente ao direito social à saúde ameaçado porocasião da pandemia COVID-19, pelo que estas exigem prestações positivas do Estado;Considerando que a garantia de máxima efetividade somente pode ser alcançada objetivamente se as ações estatais forem fundadas emcritérios técnicos, apurados pelos órgãos com a atribuição constitucional, legal e regulamentar para tal, como balizado pelo Supremo TribunalFederal no entendimento firmado na ADI 4066;Considerando o disposto na Lei n° 13.979, de 06 de fevereiro de 2020, que dispõe sobre as medidas para enfrentamento da emergência desaúde pública de importância internacional em virtude do coronavírus;Considerando que dentre as medidas emergenciais adotadas pela Lei nº 13.979/2020, pode-se dar destaque à criação de nova hipótese dedispensa de licitação para aquisição de bens, serviços, inclusive de engenharia, e insumos destinados ao enfrentamento da emergência de saúdepública de importância internacional decorrente do coronavírus, sendo consideradas presumidas: a) a ocorrência de situação de emergência; b) anecessidade de pronto atendimento da situação de emergência; c) a existência de risco a segurança de pessoas, obras, prestação de serviços,equipamentos e outros bens, públicos ou particulares; e d) a limitação da contratação à parcela necessária ao atendimento da situação deemergência;Considerando que no seu art. 4º, referida legislação, aplicável a todos os entes políticos (União, Estados, Municípios e Distrito Federal), éexpressa ao prever que a dispensa de licitação baseada na emergência em razão do COVID-19 é temporária e deve ser aplicada apenasenquanto perdurar a emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus COVID-19;Considerando que dentre os requisitos legais exigidos, a nova legislação prevê a disponibilização, em sítio eletrônico específico, de todas ascontratações ou aquisições realizadas, verbis:"Art. 4º§ 2º - Todas as contratações ou aquisições realizadas com fulcro nesta Lei serão imediatamente disponibilizadas em sítio oficial específico narede mundial de computadores (internet), contendo, no que couber, além das informações previstas no § 3º do art. 8º da Lei no 12.527, de 18 denovembro de 2011, o nome do contratado, o número de sua inscrição na Receita Federal do Brasil, o prazo contratual, o valor e o respectivoprocesso de contratação ou aquisição"Considerando que, conforme a Nota Técnica 01/2020 do TCE/PI, por meio de seu item 6.10, deve ser publicada, sem prejuízo da imediatadisponibilização em sítio eletrônico oficial na rede mundial de computadores (internet) das informações relativas às contratações decorrentes daLei nº 13.979/2020, com todos os elementos previstos no § 2º do art. 4º desta lei - nome do contratado, número de sua inscrição na ReceitaFederal do Brasil, prazo contratual, valor e o respectivo processo de contratação ou aquisição -, além dos exigidos na Lei nº 12.527/2011 (Lei de

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Acesso à Informação), deve ser efetuada a publicação resumida do instrumento de contrato, bem como de eventuais aditamentos, na imprensaoficial, nos termos dispostos no parágrafo único do art. 61 da Lei nº 8.666/1993;Considerando a Nota Técnica exarada pelo Gabinete de Acompanhamento e Prevenção ao COVID-19 do Ministério Público do Estado do Piauí,orientando os gestores estaduais sobre as compras e serviços contratados pelos entes municipal e/ou estadual, no âmbito do Piauí, fundados nodecreto de situação de emergência ou de calamidade pública em virtude da pandemia do COVID-19, para aquisição de bens, serviços e insumosdestinados ao enfrentamento da emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do coronavirus;Considerando a efetivação da política de transparência da administração pública, como vincula o art. 4º, parágrafo 2º, da Lei 13.979/2020, e deacordo com o item 5.14, da Nota Técnica 01/20, do TCE/PI; e do item 7, da Nota Técnica Orientativa do Gabinete de Acompanhamento ePrevenção à COVID19 (GAP-COVID19), do Ministério Público do Piauí, devendo o Ente Público criar uma aba específica no portal datransparência de seu sítio eletrônico, alimentando-a diariamente e apresentando de forma discriminada os valores orçamentários e a execução dedespesas, como decretos e atos administrativos que autorizam realocação de recursos ou abrem créditos adicionais, contratos administrativos deprestação e fornecimento de bens e serviços, nota de empenho, liquidação e pagamento, descrição do bem e/ou serviço, o quantitativo, o valorunitário e total da aquisição, a data da compra e o nome do fornecedor, inclusive CNPJ, ou seja, todas as receitas e gastos públicos relacionadosespecificamente ao enfrentamento e mitigação da pandemia decorrente do COVID-19;Considerando a necessidade de ampla publicidade dos gastos públicos realizados, deve ser levado em conta que a celeridade necessária paraas aquisições em comento não significa uma atuação que possa, de alguma forma, contrariar os princípios da legalidade, impessoalidade,moralidade, publicidade, eficiência, isonomia, seleção da proposta mais vantajosa para a Administração, promoção do desenvolvimento nacionalsustentável, bem como demais preceitos que lhe sejam correlatos. Não se trata, assim, de autorização irrestrita para aquisição desmesurada eirracional de bens e serviços, somente em razão de se estar em face de excepcional situação de emergência pandêmica;Considerando que a celeridade buscada pelo legislador, ao mitigar algumas exigências previstas na sistemática da Lei nº 8.666/93, impõe aogestor público e as entidades que desenvolvem serviço público assemelhado, o dever de cautela e de apuração das circunstâncias fáticas queorientam para eventual contratação direta sob tal fundamento;Considerando que o levantamento realizado pelo Centro de Apoio Operacional de Combate à Corrupção e Defesa do Patrimônio Público -CACOP em 16 de junho de 2020 acerca do panorama dos municípios piauienses quanto ao Portal da Transparência da covid-19 constatou queexistem 73 (setenta e três) municípios que não apresentam a publicidade dos gastos, sendo que em 66 (sessenta e seis) municípios existe umportal especifico para a Covid-19, mas sem a devida alimentação ou com impossibilidade de acesso e que em 7 (sete) municípios não existeportal especifico para divulgação de gastos com o Covid-19;Considerando que ao acessar o Portal da Transparência do Município Nossa Senhora dos Remédios-PI, em datas de 16 e 17 de junho de2020 foi constatado que, apesar de existir uma aba específica para a publicação dos gastos referentes ao enfrentamento da Covid-19, não existetodas as informações acerca das contratações, das aquisições ou dos dados exigidas pelo §2º, artigo 4º da Lei nº Lei n° 13.979/2020 / não foipossível acessar o portal;Considerando o descumprimento pela Prefeitura Municipal de Nossa Senhora dos Remédios-PI das disposições previstas no §2º, do artigo 4º daLei Federal n°13.979/2020;Considerando que a vigente Constituição da República e a Constituição Estadual consagraram como princípio fundamental da AdministraçãoPública a publicidade (CF, art. 37, caput), bem como garantiu o direito fundamental à informação (CF, art. 5º, inciso XIV);Considerando que o princípio da publicidade, enquanto transparência da gestão, possibilita maior controle social das contas públicas, facilitandoa obtenção de dados relativos à gestão de pessoal, orçamentária e financeira e, consequentemente, reduzindo a margem de eventuais desvios,sendo, portanto, uma medida de caráter preventivo visando o direito fundamental a uma boa administração pública;Considerando que a Lei 12.527/11 (Lei de Acesso à Informação) determina que deve ser assegurado pelo Poder Público a "gestão transparenteda informação, propiciando amplo acesso a ela e sua divulgação" (art. 6, inciso I);Considerando que apesar de estarmos vivenciando um estado de calamidade pública, ainda persiste a necessidade da utilização de instrumentopara garantir a transparência da gestão, disponibilizando informações sem a necessidade de prévia requisição;Resolve:RECOMENDAR ao Prefeito Municipal de Nossa Senhora dos Remédios-PI, em cumprimento às disposições de ordem constitucional, legal,administrativas e outras com ela convergente, para que:a) Disponibilize, em sua aba específica para a Covid-19 no Portal da Transparência, os dados referentes às receitas e despesas relacionadas aocombate da pandemia do Covid-19, em tempo real e de forma completa;b) na página de internet acima mencionada seja incluída a apresentação de forma discriminada dos valores orçamentários recebidos e deexecução de despesas, a exemplo de contratos administrativos de prestação e fornecimento de bens e serviços, nota de empenho, liquidação epagamento, descrição do bem e/ou serviço, o quantitativo, o valor unitário e total da aquisição, a data da compra; contendo, no que couber, osnomes dos contratados, os números de suas inscrições na Receita Federal do Brasil (CNPJs), os prazos contratuais, os objetos e quantidadescontratados, os valores individualizados contratados e os números dos respectivos processos de contratação ou aquisição, com identidade visualque torne as informações acessíveis à população, como determina o artigo 4º, parágrafo 2º, da Lei 13.979/2020;DETERMINA, assim, que seja encaminhado no prazo de 10 (dez) dias úteis para o e-mail desta Promotoria de Justiça de Porto-PI([email protected]), resposta acerca das sobre as providências tomadas para cumprimento desta Recomendação.A ausência de observância das medidas enunciadas impulsionará o Ministério Público Estadual a adotar as providências judiciais e extrajudiciaispertinentes para garantir a prevalência das normas de proteção ao patrimônio público e social de que trata esta RECOMENDAÇÃO.Encaminhe-se a presente Recomendação para que seja publicada no diário eletrônico do Ministério Público, bem como se remetam cópias aoConselho Superior do Ministério Público do Estado do Piauí, ao Centro de Apoio de Combate à Corrupção e Defesa do Patrimônio Público e aosrespectivos destinatários.Porto-PI, 18 de junho de 2020.ÁUREA EMÍLIA BEZERRA MADRUGAPromotora de Justiça Titular da PJ de Porto-PIRECOMENDAÇÃO Nº 033/2020O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE PIAUÍ, por seu representante, com atuação na Promotoria de Justiça de Porto-PI, no uso dasatribuições que lhes são conferidas pelos arts. 127, 129, III, da Constituição Federal, art. 27, parágrafo único, inciso IV, da Lei nº 8.625/93 e art.37, incisos I, V e VI, da Lei Complementar Estadual n° 12/93:Considerando que, nos termos do art. 127 da Constituição Federal, incumbe ao Ministério Público a defesa da ordem jurídica, do regimedemocrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis;Considerando que compete ao Ministério Público expedir recomendações visando à proteção de interesses difusos e coletivos, bem como aorespeito aos interesses, direitos e bens cuja defesa lhe cabe promover, fixando prazo razoável para a adoção das providências cabíveis(Resolução CNMP n° 164/17);Considerando que a vida e a saúde constituem direitos fundamentais do ser humano, sendo de grande relevância pública;Considerando que a saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução dorisco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação,conforme previsto no artigo 196 da Constituição Federal e artigo 203 da Constituição Estadual;Considerando que o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), por meio da Comissão da Saúde, emitiu a Nota Técnica Conjunta nº01/2020 - CES/CNMP/1ª CCR, contendo subsídios para a atuação coordenada do Ministério Público voltada ao enfrentamento do COVID-19;

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Considerando ser o Ministério Público órgão agente da fiscalização da gestão pública de saúde, assim definido na Seção IV, Capítulo IV, da LeiComplementar Federal nº 141, de 13 de janeiro de 2012;Considerando que, em 30.1.2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que o surto da doença causada pelo Coronavírus (COVID-19) constitui Emergência de Saúde Pública de importância Internacional (ESPII);Considerando o notório estado de emergência presente no mundo em razão da disseminação do novo coronavírus COVID-19, levando aOrganização Mundial da Saúde - OMS a declarar situação de pandemia no dia 11.3.2020, ao passo em que pleiteou, por parte de todos ospaíses, uma "ação urgente e agressiva" para sua contenção;Considerando que a classificação da situação mundial do novo coronavírus (COVID-19, SARSCoV-2) como pandemia significa o risco potencialda doença infecciosa atingir a população mundial de forma simultânea, não se limitando a locais que já tenham sido identificadas como detransmissão interna;Considerando que a progressão do coronavírus COVID-19 tem sido exponencial em todo o mundo, de forma tal que todos os Governos -incluído o brasileiro - têm buscado tomar as medidas de forma urgentíssima. É certo que cada país apresenta uma trajetória distinta no númerode casos confirmados, tendo em vista diversos fatores que influenciam a propagação da doença pulmonar causada e ao volume de testesdisponibilizados para a sua detecção;Considerando o Decreto nº 18.884, de 16 de março de 2020, que regulamenta a lei nº 13.979/2020, para dispor no âmbito do Estado do Piauí,sobre as medidas emergência de saúde pública de importância internacional e tendo em visa a classificação da situação mundial do novocoronavírus;Considerando a deflagração de situação de calamidade pública pelo Governo do Estado do Piauí, por meio do Decreto n° 18.895, de 19 demarço de 2020;Considerando que a Constituição Federal determina que as ações e os serviços de saúde são de relevância pública, integrando uma rederegionalizada - com direção única em cada esfera de governo - e hierarquizada que, em sua totalidade, constituindo um sistema único de saúde,ex vi arts. 197 e 198;Considerando que é dever do Estado - nos diferentes níveis da federação - de pautar a sua atuação em estrita observância à garantia demáxima efetividade quando se tratar de matérias afetas a direitos e garantias fundamentais, notadamente ao direito social à saúde ameaçado porocasião da pandemia COVID-19, pelo que estas exigem prestações positivas do Estado;Considerando que a garantia de máxima efetividade somente pode ser alcançada objetivamente se as ações estatais forem fundadas emcritérios técnicos, apurados pelos órgãos com a atribuição constitucional, legal e regulamentar para tal, como balizado pelo Supremo TribunalFederal no entendimento firmado na ADI 4066;Considerando o disposto na Lei n° 13.979, de 06 de fevereiro de 2020, que dispõe sobre as medidas para enfrentamento da emergência desaúde pública de importância internacional em virtude do coronavírus;Considerando que dentre as medidas emergenciais adotadas pela Lei nº 13.979/2020, pode-se dar destaque à criação de nova hipótese dedispensa de licitação para aquisição de bens, serviços, inclusive de engenharia, e insumos destinados ao enfrentamento da emergência de saúdepública de importância internacional decorrente do coronavírus, sendo consideradas presumidas: a) a ocorrência de situação de emergência; b) anecessidade de pronto atendimento da situação de emergência; c) a existência de risco a segurança de pessoas, obras, prestação de serviços,equipamentos e outros bens, públicos ou particulares; e d) a limitação da contratação à parcela necessária ao atendimento da situação deemergência;Considerando que no seu art. 4º, referida legislação, aplicável a todos os entes políticos (União, Estados, Municípios e Distrito Federal), éexpressa ao prever que a dispensa de licitação baseada na emergência em razão do COVID-19 é temporária e deve ser aplicada apenasenquanto perdurar a emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus COVID-19;Considerando que dentre os requisitos legais exigidos, a nova legislação prevê a disponibilização, em sítio eletrônico específico, de todas ascontratações ou aquisições realizadas, verbis:"Art. 4º§ 2º - Todas as contratações ou aquisições realizadas com fulcro nesta Lei serão imediatamente disponibilizadas em sítio oficial específico narede mundial de computadores (internet), contendo, no que couber, além das informações previstas no § 3º do art. 8º da Lei no 12.527, de 18 denovembro de 2011, o nome do contratado, o número de sua inscrição na Receita Federal do Brasil, o prazo contratual, o valor e o respectivoprocesso de contratação ou aquisição"Considerando que, conforme a Nota Técnica 01/2020 do TCE/PI, por meio de seu item 6.10, deve ser publicada, sem prejuízo da imediatadisponibilização em sítio eletrônico oficial na rede mundial de computadores (internet) das informações relativas às contratações decorrentes daLei nº 13.979/2020, com todos os elementos previstos no § 2º do art. 4º desta lei - nome do contratado, número de sua inscrição na ReceitaFederal do Brasil, prazo contratual, valor e o respectivo processo de contratação ou aquisição -, além dos exigidos na Lei nº 12.527/2011 (Lei deAcesso à Informação), deve ser efetuada a publicação resumida do instrumento de contrato, bem como de eventuais aditamentos, na imprensaoficial, nos termos dispostos no parágrafo único do art. 61 da Lei nº 8.666/1993;Considerando a Nota Técnica exarada pelo Gabinete de Acompanhamento e Prevenção ao COVID-19 do Ministério Público do Estado do Piauí,orientando os gestores estaduais sobre as compras e serviços contratados pelos entes municipal e/ou estadual, no âmbito do Piauí, fundados nodecreto de situação de emergência ou de calamidade pública em virtude da pandemia do COVID-19, para aquisição de bens, serviços e insumosdestinados ao enfrentamento da emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do coronavirus;Considerando a efetivação da política de transparência da administração pública, como vincula o art. 4º, parágrafo 2º, da Lei 13.979/2020, e deacordo com o item 5.14, da Nota Técnica 01/20, do TCE/PI; e do item 7, da Nota Técnica Orientativa do Gabinete de Acompanhamento ePrevenção à COVID19 (GAP-COVID19), do Ministério Público do Piauí, devendo o Ente Público criar uma aba específica no portal datransparência de seu sítio eletrônico, alimentando-a diariamente e apresentando de forma discriminada os valores orçamentários e a execução dedespesas, como decretos e atos administrativos que autorizam realocação de recursos ou abrem créditos adicionais, contratos administrativos deprestação e fornecimento de bens e serviços, nota de empenho, liquidação e pagamento, descrição do bem e/ou serviço, o quantitativo, o valorunitário e total da aquisição, a data da compra e o nome do fornecedor, inclusive CNPJ, ou seja, todas as receitas e gastos públicos relacionadosespecificamente ao enfrentamento e mitigação da pandemia decorrente do COVID-19;Considerando a necessidade de ampla publicidade dos gastos públicos realizados, deve ser levado em conta que a celeridade necessária paraas aquisições em comento não significa uma atuação que possa, de alguma forma, contrariar os princípios da legalidade, impessoalidade,moralidade, publicidade, eficiência, isonomia, seleção da proposta mais vantajosa para a Administração, promoção do desenvolvimento nacionalsustentável, bem como demais preceitos que lhe sejam correlatos. Não se trata, assim, de autorização irrestrita para aquisição desmesurada eirracional de bens e serviços, somente em razão de se estar em face de excepcional situação de emergência pandêmica;Considerando que a celeridade buscada pelo legislador, ao mitigar algumas exigências previstas na sistemática da Lei nº 8.666/93, impõe aogestor público e as entidades que desenvolvem serviço público assemelhado, o dever de cautela e de apuração das circunstâncias fáticas queorientam para eventual contratação direta sob tal fundamento;Considerando que o levantamento realizado pelo Centro de Apoio Operacional de Combate à Corrupção e Defesa do Patrimônio Público -CACOP em 16 de junho de 2020 acerca do panorama dos municípios piauienses quanto ao Portal da Transparência da covid-19 constatou queexistem 73 (setenta e três) municípios que não apresentam a publicidade dos gastos, sendo que em 66 (sessenta e seis) municípios existe umportal especifico para a Covid-19, mas sem a devida alimentação ou com impossibilidade de acesso e que em 7 (sete) municípios não existeportal especifico para divulgação de gastos com o Covid-19;Considerando que ao acessar o Portal da Transparência do Município Campo Largo do Piauí-PI, em datas de 16 e 17 de junho de 2020 foi

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2.3. PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE MATIAS OLÍMPIO-PI12233

constatado que, apesar de existir uma aba específica para a publicação dos gastos referentes ao enfrentamento da Covid-19, não existe todas asinformações acerca das contratações, das aquisições ou dos dados exigidas pelo §2º, artigo 4º da Lei nº Lei n° 13.979/2020 / não foi possívelacessar o portal;Considerando o descumprimento pela Prefeitura Municipal de Campo Largo do Piauí-PI das disposições previstas no §2º, do artigo 4º da LeiFederal n°13.979/2020;Considerando que a vigente Constituição da República e a Constituição Estadual consagraram como princípio fundamental da AdministraçãoPública a publicidade (CF, art. 37, caput), bem como garantiu o direito fundamental à informação (CF, art. 5º, inciso XIV);Considerando que o princípio da publicidade, enquanto transparência da gestão, possibilita maior controle social das contas públicas, facilitandoa obtenção de dados relativos à gestão de pessoal, orçamentária e financeira e, consequentemente, reduzindo a margem de eventuais desvios,sendo, portanto, uma medida de caráter preventivo visando o direito fundamental a uma boa administração pública;Considerando que a Lei 12.527/11 (Lei de Acesso à Informação) determina que deve ser assegurado pelo Poder Público a "gestão transparenteda informação, propiciando amplo acesso a ela e sua divulgação" (art. 6, inciso I);Considerando que apesar de estarmos vivenciando um estado de calamidade pública, ainda persiste a necessidade da utilização de instrumentopara garantir a transparência da gestão, disponibilizando informações sem a necessidade de prévia requisição;Resolve:RECOMENDAR ao Prefeito Municipal de Campo Largo do Piauí-PI, em cumprimento às disposições de ordem constitucional, legal,administrativas e outras com ela convergente, para que:a) Disponibilize, em sua aba específica para a Covid-19 no Portal da Transparência, os dados referentes às receitas e despesas relacionadas aocombate da pandemia do Covid-19, em tempo real e de forma completa;b) na página de internet acima mencionada seja incluída a apresentação de forma discriminada dos valores orçamentários recebidos e deexecução de despesas, a exemplo de contratos administrativos de prestação e fornecimento de bens e serviços, nota de empenho, liquidação epagamento, descrição do bem e/ou serviço, o quantitativo, o valor unitário e total da aquisição, a data da compra; contendo, no que couber, osnomes dos contratados, os números de suas inscrições na Receita Federal do Brasil (CNPJs), os prazos contratuais, os objetos e quantidadescontratados, os valores individualizados contratados e os números dos respectivos processos de contratação ou aquisição, com identidade visualque torne as informações acessíveis à população, como determina o artigo 4º, parágrafo 2º, da Lei 13.979/2020;DETERMINA, assim, que seja encaminhado no prazo de 10 (dez) dias úteis para o e-mail desta Promotoria de Justiça de Porto-PI([email protected]), resposta acerca das sobre as providências tomadas para cumprimento desta Recomendação.A ausência de observância das medidas enunciadas impulsionará o Ministério Público Estadual a adotar as providências judiciais e extrajudiciaispertinentes para garantir a prevalência das normas de proteção ao patrimônio público e social de que trata esta RECOMENDAÇÃO.Encaminhe-se a presente Recomendação para que seja publicada no diário eletrônico do Ministério Público, bem como se remetam cópias aoConselho Superior do Ministério Público do Estado do Piauí, ao Centro de Apoio de Combate à Corrupção e Defesa do Patrimônio Público e aosrespectivos destinatários.Porto-PI, 18 de junho de 2020.ÁUREA EMÍLIA BEZERRA MADRUGAPromotora de Justiça Titular da PJ de Porto-PI

PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO Nº 89/2019SIMP 000408-229/2019Objeto: ALIMENTOSDECISÃO - PROMOÇÃO DE ARQUIVAMENTOTrata-se de procedimento administrativo instaurada após a colheita de declarações da Sra. RUTH SILVA ARAÚJO em que relata que o pai deseus filhos não vem cumprindo com a obrigação de prestar alimentos.Despacho de 04 de março de 2020, no seguinte sentido:Proceda-se, via contato telefônico, à NOTIFICAÇÃO da Sra. RUTH SILVA ARAÚJO, representante no Procedimento Administrativo nº 89/2019,para comparecimento na Promotoria de Justiça de Matias Olímpio, localizada na rua 10 de Julho, s/n, centro, Fórum de Matias Olímpio-PI, noprazo de 10 (dez) dias contados da data da notificação do presente, para que traga aos autos informações sobre possível endereço e localizaçãodo requerido, a fim de subsidiar o ajuizamento da ação de fixação de alimentos.A Promotoria de Justiça buscou a notificação da parte interessada para colacionar aos autos informações e elementos probatórios a justificar apretensa investigação.Devidamente notificada, em 23/05/2020, a parte noticiante não informou elementos probatórios a justificar a pretensa investigação a estaPromotoria de Justiça, deixando transcorrer in albis o prazo para complementação de informações.Vieram-me os autos conclusos. Passo a decidir.Verifica-se a ausência de interesse da parte que procurou esta Promotoria de Justiça para solucionar o problema apresentado, pois, notificadapela Promotoria de Justiça, a mesma não se prontificou a comparecer para dar novos elementos a possibilitar o prosseguimento do caso emapreço.Por todo o exposto, PROMOVO o ARQUIVAMENTO do presente procedimento administrativo, em virtude do esgotamento e atendimento dos finsde sua instauração.Deixo de submeter a presente Decisão de Arquivamento do PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO ao Conselho Superior do Ministério Público,conforme previsão do art. 13º da Resolução nº 174, de 4 de julho de 2017, do Conselho Nacional do Ministério Público - CNMP.Por se tratar de dever de ofício, conforme estatui o § 2º, do art. 13º, da Resolução nº 174, de 4 de julho de 2017, do Conselho Nacional doMinistério Público - CNMP, entendo ser desnecessária a cientificação. No entanto, para efeitos de dar publicidade a decisão, determino a suadivulgação no Diário Oficial do Ministério Público do Estado do Piauí.Procedam-se às atualizações necessárias no sistema e no livro próprio.Após, arquivem-se os autos no âmbito desta Promotoria de Justiça.Matias Olímpio-PI, 22 de junho de 2020.CARLOS ROGÉRIO BESERRA DA SILVAPromotor de Justiça Titular de LuzilândiaRespondendo pela Promotoria de Justiça de Matias OlímpioPortaria PGJ/PI Nº 420/2020PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO Nº 92/2019SIMP 000404-229/2019Objeto: ALIMENTOSDECISÃO - PROMOÇÃO DE ARQUIVAMENTOTrata-se de procedimento administrativo instaurada após a colheita de declarações da Sra. MARIA DO SOCORRO SAMPAIO em que relata queo pai de seus filhos não vem cumprindo com a obrigação de prestar alimentos.Despacho de 28 de janeiro de 2020, no seguinte sentido:

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3. JUNTA RECURSAL DO PROGRAMA DE PROTEÇÃO E DEFESA DO CONSUMIDOR -

JURCON []

3.1. EDITAL JURCON12234

Notifique-se, a requerente para apresentar acordo previamente firmado com o requerido, uma vez que, trata-se de revisão de prestaçãoalimentícia. Bem como, para informar os valores referentes às prestações alimentícias em atraso, a fim de subsidiar uma ação de EXECUÇÃODE ALIMENTOS, apontando ainda, os elementos fáticos ensejadores da revisão de alimentos em comento.A Promotoria de Justiça buscou a notificação da parte interessada para colacionar aos autos informações e elementos probatórios a justificar apretensa investigação.Devidamente notificada, em 22/05/2020, a parte noticiante não informou elementos probatórios a justificar a pretensa investigação a estaPromotoria de Justiça, deixando transcorrer in albis o prazo para complementação de informações.Vieram-me os autos conclusos. Passo a decidir.Verifica-se a ausência de interesse da parte que procurou esta Promotoria de Justiça para solucionar o problema apresentado, pois, notificadapela Promotoria de Justiça, a mesma não se prontificou a comparecer para dar novos elementos a possibilitar o prosseguimento do caso emapreço.Por todo o exposto, PROMOVO o ARQUIVAMENTO do presente procedimento administrativo, em virtude do esgotamento e atendimento dos finsde sua instauração.Deixo de submeter a presente Decisão de Arquivamento do PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO ao Conselho Superior do Ministério Público,conforme previsão do art. 13º da Resolução nº 174, de 4 de julho de 2017, do Conselho Nacional do Ministério Público - CNMP.Por se tratar de dever de ofício, conforme estatui o § 2º, do art. 13º, da Resolução nº 174, de 4 de julho de 2017, do Conselho Nacional doMinistério Público - CNMP, entendo ser desnecessária a cientificação. No entanto, para efeitos de dar publicidade a decisão, determino a suadivulgação no Diário Oficial do Ministério Público do Estado do Piauí.Procedam-se às atualizações necessárias no sistema e no livro próprio.Após, arquivem-se os autos no âmbito desta Promotoria de Justiça.Matias Olímpio-PI, 22 de junho de 2020.CARLOS ROGÉRIO BESERRA DA SILVAPromotor de Justiça Titular de LuzilândiaRespondendo pela Promotoria de Justiça de Matias OlímpioPortaria PGJ/PI Nº 420/2020

EDITAL JURCON Nº 07/2020O PRESIDENTE DA JUNTA RECURSAL DO PROCON, JURCON, no uso de suas atribuições legais, com fundamento no art. 4º, § 1º doRegimento Interno da JURCON, vem a público informar sobre a realização da 3ª SESSÃO DE JULGAMENTO ANO 2020 da Junta Recursal doPrograma de Proteção e Defesa do Consumidor do Ministério Público do Estado do Piauí - JURCON.As partes ou seus advogados devidamente habilitados deverão comunicar a Secretaria da Junta Recursal, através do e-mailinstitucional da Junta Recursal [email protected], com antecedência mínima de 48 (quarenta e oito) horas, o interesse em se fazerpresente em sessão para fins de sustentação oral, cuja sessão será realizada por meio do programa "Microsoft Teams".Pauta Nº 03 - Ano de 2020SERÃO JULGADOS PELA JUNTA RECURSAL DO PROCON, POR MEIO DE VIDEOCONFERÊNCIA, ATRAVÉS DA FERRAMENTAMICROSOFT TEAMS, NO DIA 30 (TRINTA) DE JUNHO DE 2020, TERÇA-FEIRA, ÀS 09: 00 H, O(S) SEGUINTE(S) RECURSO(S)ADMINISTRATIVO(S):PROMOTOR: JORGE LUIZ DA COSTA PESSOA01. Processo Administrativo Nº (000104-076/2018)- RECURSORecorrente(s): EXPRESSO GUANABARA S.A.Recorrido: Autoridade administrativa do PROCON-PIRelator(a): PROMOTOR DE JUSTIÇA JORGE LUIZ DA COSTA PESSOA02. Processo Administrativo Nº (000168-002/2018)- RECURSORecorrente(s): BANCO DO BRASIL (AGÊNCIA PIÇARRA)Recorrido: Autoridade administrativa do PROCON-PIRelator(a): PROMOTOR DE JUSTIÇA JORGE LUIZ DA COSTA PESSOA03. Processo Administrativo Nº (000142-002/2017)- REEXAME DE ARQUIVAMENTORecorrente(s): JRG AMBIENTAL - JRG SERVIÇOS DE IMUNIZAÇÃO LTDARecorrido: Autoridade administrativa do PROCON-PIRelator(a): PROMOTOR DE JUSTIÇA JORGE LUIZ DA COSTA PESSOA04. Processo Administrativo Nº (000118-002/2018)- REEXAME DE ARQUIVAMENTORecorrente(s): CRED - SYSTEM ADMINISTRADORA DE CARTÕES DE CRÉDITORepresentante Jurídico: CAMILA MARIA GONÇALVES BIANCHO (OAB - SP 222.464)Recorrido: Autoridade administrativa do PROCON-PIRelator(a): PROMOTOR DE JUSTIÇA JORGE LUIZ DA COSTA PESSOA05. Processo Administrativo Nº (000236-002/2019)- REEXAME DE ARQUIVAMENTORecorrente(s): TIME FIT ACADEMIA TERESINA LTDARepresentante Jurídico: PEDRO RYCARDO COUTO DA SILVA (OAB - PI 7.362), JOSÉ LUCIANO FREITAS HENRIQUES ACIOLI LINS FILHO(OAB - PI 9.139) e ANDRÉ DE CARVALHO VERAS ACIOLI LINS (OAB - PI 14.504)Recorrido: Autoridade administrativa do PROCON-PIRelator(a): PROMOTOR DE JUSTIÇA JORGE LUIZ DA COSTA PESSOA06. Processo Administrativo Nº (000276-002/2018)- REEXAME DE ARQUIVAMENTORecorrente(s): CACIQUE PETRÓLEO LTDA (POSTO IRACEMA)Representante Jurídico: LUIZ TIAGO SILVA FRAGA (OAB - PI 12.091)Recorrido: Autoridade administrativa do PROCON-PIRelator(a): PROMOTOR DE JUSTIÇA JORGE LUIZ DA COSTA PESSOA07. Processo Administrativo Nº (000285-002/2017)- REEXAME DE ARQUIVAMENTORecorrente(s): HUMANA ASSISTÊNCIA MÉDICA LTDA.Representante Jurídico: PAULO GUSTAVO COELHO SEPÚLVEDA (OAB- PI 3923/03)Recorrido: Autoridade administrativa do PROCON-PIRelator(a): PROMOTOR DE JUSTIÇA JORGE LUIZ DA COSTA PESSOA

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08. Processo Administrativo Nº (000300-002/2018)- REEXAME DE ARQUIVAMENTORecorrente(s): BANCO CITIBANK S.ARecorrido: Autoridade administrativa do PROCON-PIRelator(a): PROMOTOR DE JUSTIÇA JORGE LUIZ DA COSTA PESSOA09. Processo Administrativo Nº (000304-002/2017)- REEXAME DE ARQUIVAMENTORecorrente(s): BANCO DO BRASIL S.A (AGÊNCIA DA UFPI)Recorrido: Autoridade administrativa do PROCON-PIRelator(a): PROMOTOR DE JUSTIÇA JORGE LUIZ DA COSTA PESSOA10. Processo Administrativo Nº (000306-002/2017)- REEXAME DE ARQUIVAMENTORecorrente(s): TELEMAR NORTE LESTE S/A/ OI FIXORecorrido: Autoridade administrativa do PROCON-PIRelator(a): PROMOTOR DE JUSTIÇA JORGE LUIZ DA COSTA PESSOA11. Processo Administrativo Nº (000380-002/2017)- REEXAME DE ARQUIVAMENTORecorrente(s): INTERMED LTDA ME.Recorrido: Autoridade administrativa do PROCON-PIRelator(a): PROMOTOR DE JUSTIÇA JORGE LUIZ DA COSTA PESSOA12. Processo Administrativo Nº (000388-002/2018)- REEXAME DE ARQUIVAMENTORecorrente(s): A FAVORITA PADARIA LTDA - MERecorrido: Autoridade administrativa do PROCON-PIRelator(a): PROMOTOR DE JUSTIÇA JORGE LUIZ DA COSTA PESSOA13. Processo Administrativo Nº (000411-002/2017)- REEXAME DE ARQUIVAMENTORecorrente(s): BANCO PANAMERICANO S.ARecorrido: Autoridade administrativa do PROCON-PIRelator(a): PROMOTOR DE JUSTIÇA JORGE LUIZ DA COSTA PESSOA14. Processo Administrativo Nº (000417-002/2017)- REEXAME DE ARQUIVAMENTORecorrente(s): BANCO BRADESCARD S.ARepresentante Jurídico: JOSÉ ALMIR DA ROCHA MENDES JUNIOR(OAB - RN 392-A) E PATRICIA GURGEL PORTELA MENDES (OAB - RN5424)Recorrido: Autoridade administrativa do PROCON-PIRelator(a): PROMOTOR DE JUSTIÇA JORGE LUIZ DA COSTA PESSOA15. Processo Administrativo Nº (000209-002/2019)- REEXAME DE ARQUIVAMENTORecorrente(s): UNIRB TERESINARecorrido: Autoridade administrativa do PROCON-PIRelator(a): PROMOTOR DE JUSTIÇA JORGE LUIZ DA COSTA PESSOAPROMOTORA: JULIANA MARTINS CARNEIRO NOLETO16. Processo Administrativo Nº (000564-002/2017)- REEXAME DE ARQUIVAMENTORecorrente(s): SUPERMERCADO BOMPREÇO LTDARepresentante Jurídico: THIAGO MAHFUZ VEZZI(OAB - PI 11.943)Recorrido: Autoridade administrativa do PROCON-PIRelator(a): PROMOTORA DE JUSTIÇA JULIANA MARTINS CARNEIRO NOLETO17. Processo Administrativo Nº (000012-002/2018)- REEXAME DE ARQUIVAMENTORecorrente(s): OBRADEQ CONSTRUÇÕES LTDA-MERecorrido: Autoridade administrativa do PROCON-PIRelator(a): PROMOTORA DE JUSTIÇA JULIANA MARTINS CARNEIRO NOLETO18. Processo Administrativo Nº (000229-002/2017)- REEXAME DE ARQUIVAMENTORecorrente(s): PATRIMÔNIO INCORPORAÇÕESRepresentante Jurídico: JORGE YAMANISKI FILHO (OAB - SP 68.997, LEONARDO SOARES PIRES (OAB - PI 7.495)Recorrido: Autoridade administrativa do PROCON-PIRelator(a): PROMOTORA DE JUSTIÇA JULIANA MARTINS CARNEIRO NOLETO19. Processo Administrativo Nº (000058-002/2019)- REEXAME DE ARQUIVAMENTORecorrente(s):PHOCUS GALERIERecorrido: Autoridade administrativa do PROCON-PIRelator(a): PROMOTORA DE JUSTIÇA JULIANA MARTINS CARNEIRO NOLETO20. Processo Administrativo Nº (000038-002/2019)- REEXAME DE ARQUIVAMENTORecorrente(s): ÁGUAS DE TERESINA SANEAMENTO SPE S.ARepresentante Jurídico: THAIS GURPARAKIS DE MIRANDA (OAB - PA 13009), TAINÁ MIRANDA OLÍVIA SANTOS (OAB - PA 25315),NAARA CELESTINO DA SILVA (OAB - PI 10891) e MARIANNE DE SOUSA (OAB - PI 12655)Recorrido: Autoridade administrativa do PROCON-PIRelator(a): PROMOTORA DE JUSTIÇA JULIANA MARTINS CARNEIRO NOLETO21. Processo Administrativo Nº (000103-002/2019)- REEXAME DE ARQUIVAMENTORecorrente(s): OI MÓVEL S.ARepresentante Jurídico: ANA CAROLINA BATISTA ROMERO SOARES (OAB - PI 5.147)Recorrido: Autoridade administrativa do PROCON-PIRelator(a): PROMOTORA DE JUSTIÇA JULIANA MARTINS CARNEIRO NOLETO22. Processo Administrativo Nº (000136-002/2017)- REEXAME DE ARQUIVAMENTORecorrente(s): CREDISHOP S/A ADMINISTRADORA DE CARTÕES DE CRÉDITORecorrente(s): QBE BRASIL SEGUROS S/ARepresentante Jurídico: ANDRÉ TAVARES (OAB - RJ 109.367)Recorrido: Autoridade administrativa do PROCON-PIRelator(a): PROMOTORA DE JUSTIÇA JULIANA MARTINS CARNEIRO NOLETO23. Processo Administrativo Nº (000541-002/2017)- REEXAME DE ARQUIVAMENTORecorrente(s): BOM NEGÓCIO ATIVIDADES DE INTERNET LTDA.- OLXRecorrido: Autoridade administrativa do PROCON-PIRelator(a): PROMOTORA DE JUSTIÇA JULIANA MARTINS CARNEIRO NOLETO24. Processo Administrativo Nº (000282-002/2018)- REEXAME DE ARQUIVAMENTORecorrente(s): TELEMAR NORTE LESTE/ OI TELEMARRepresentante Jurídico: MÁRIO ROBERTO PEREIRA DE ARAÚJO (OAB - PI 2.209)Recorrido: Autoridade administrativa do PROCON-PI

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Relator(a): PROMOTORA DE JUSTIÇA JULIANA MARTINS CARNEIRO NOLETO25. Processo Administrativo Nº (000204-002/2017)- REEXAME DE ARQUIVAMENTORecorrente(s): CONSÓRCIO NACIONAL VOLKSWAGEN - ADMINISTRADORA DE CONSÓRCIO LTDARepresentante Jurídico: MANUELA MOTTA MOURA DA FONTE (OAB - PE 20.397)Recorrido: Autoridade administrativa do PROCON-PIRelator(a): PROMOTORA DE JUSTIÇA JULIANA MARTINS CARNEIRO NOLETO26. Processo Administrativo Nº (000465-002/2017)- REEXAME DE ARQUIVAMENTORecorrente(s): PORTO SEGURO CIA DE SEGUROS GERAISRecorrido: Autoridade administrativa do PROCON-PIRelator(a): PROMOTORA DE JUSTIÇA JULIANA MARTINS CARNEIRO NOLETO27. Processo Administrativo Nº (000543-002/2017)- REEXAME DE ARQUIVAMENTORecorrente(s): PORTO SEGURO CIA DE SEGUROS GERAISRecorrente(s):DELTA LANTERNAGENSRepresentante Jurídico: BRUNO SANTOS LIMA (OAB - PI 6.318)Recorrido: Autoridade administrativa do PROCON-PIRelator(a): PROMOTORA DE JUSTIÇA JULIANA MARTINS CARNEIRO NOLETO28. Processo Administrativo Nº (000425-002/2017)- REEXAME DE ARQUIVAMENTORecorrente(s): BANCO BRADESCO S/ARecorrido: Autoridade administrativa do PROCON-PIRelator(a): PROMOTORA DE JUSTIÇA JULIANA MARTINS CARNEIRO NOLETO29. Processo Administrativo Nº (000614-002/2017)- REEXAME DE ARQUIVAMENTORecorrente(s): PORTAL ASSINANTESRecorrido: Autoridade administrativa do PROCON-PIRelator(a): PROMOTORA DE JUSTIÇA JULIANA MARTINS CARNEIRO NOLETO30. Processo Administrativo Nº (000351-002/2017)- REEXAME DE ARQUIVAMENTORecorrente(s): PENTA I EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS SPE LTDA.Representante Jurídico: ANA CLARA DUARTE C. PIRES (OAB - GO 28.699)Recorrido: Autoridade administrativa do PROCON-PIRelator(a): PROMOTORA DE JUSTIÇA JULIANA MARTINS CARNEIRO NOLETOPROMOTORA: MICHELINE RAMALHO SEREJO DA SILVA31. Processo Administrativo Nº (000604-002/2017)- RECURSORecorrente(s): JELTA VEÍCULOS E MÁQUINAS LTDA/ KELTA VEÍCULOSRepresentante Jurídico: PALOMA TAJRA P. DE MELO VELOSO (OAB - PI 8.539)Recorrido: Autoridade administrativa do PROCON-PIRelator(a): PROMOTORA DE JUSTIÇA MICHELINE RAMALHO SEREJO DA SILVA32. Processo Administrativo Nº (000620-002/2017)- RECURSORecorrente(s): CLARO S.A/ NET.Representante Jurídico: FLÁVIA REGINA FIUZA LEÃO GUALBERTO (OAB - GO 108.713)Recorrido: Autoridade administrativa do PROCON-PIRelator(a): PROMOTORA DE JUSTIÇA MICHELINE RAMALHO SEREJO DA SILVA33. Processo Administrativo Nº (000234-088/2018)- RECURSORecorrente(s): JAIR MOURA SANTOS (COMERCIAL SANTOS)Representante Jurídico: RODRIGO SANTANA DE SOUSA BEZERRA (OAB - PI 14.569)Recorrido: Autoridade administrativa do PROCON-PIRelator(a): PROMOTORA DE JUSTIÇA MICHELINE RAMALHO SEREJO DA SILVA34. Processo Administrativo Nº (000590-002/2017)- RECURSORecorrente(s): LOJAS MARISA E CLUB ADMINISTRADORA DE CARTÕES DE CRÉDITO S/ARecorrido: Autoridade administrativa do PROCON-PIRelator(a): PROMOTORA DE JUSTIÇA MICHELINE RAMALHO SEREJO DA SILVA35. Processo Administrativo Nº (000414-002/2017)- REEXAME DE ARQUIVAMENTORecorrente(s): CREFISARepresentante Jurídico: CAROLINA DE ROSSO AFONSO (OAB - SP 195.972)Recorrido: Autoridade administrativa do PROCON-PIRelator(a): PROMOTORA DE JUSTIÇA MICHELINE RAMALHO SEREJO DA SILVA36. Processo Administrativo Nº (000147-002/2017)- REEXAME DE ARQUIVAMENTORecorrente(s): CAIXA SEGURADORA S.ARepresentante Jurídico: KEILA CHRISTIAN ZANATTA MANAGÃO RODRIGUESRecorrente(s): CAIXA ECONÔMICA FEDERALRecorrido: Autoridade administrativa do PROCON-PIRelator(a): PROMOTORA DE JUSTIÇA MICHELINE RAMALHO SEREJO DA SILVA37. Processo Administrativo Nº (000099-002/2017)- REEXAME DE ARQUIVAMENTORecorrente(s): CAIXA ECONÔMICA FEDERAL/ IMOBILIÁRIA CIDADE VERDE, RAIMUNDO NONATO SILVARecorrido: Autoridade administrativa do PROCON-PIRelator(a): PROMOTORA DE JUSTIÇA MICHELINE RAMALHO SEREJO DA SILVA38. Processo Administrativo Nº (000186-002/2017)- REEXAME DE ARQUIVAMENTORecorrente(s): TELEMAR NORTE LESTE S/ARecorrido: Autoridade administrativa do PROCON-PIRelator(a): PROMOTORA DE JUSTIÇA MICHELINE RAMALHO SEREJO DA SILVA39. Processo Administrativo Nº (000010-002/2018)- REEXAME DE ARQUIVAMENTORecorrente(s): NOVA CANAÃ QUATRO EMPREENDIMENTOS E PARTICIPAÇÕESRecorrido: Autoridade administrativa do PROCON-PIRelator(a): PROMOTORA DE JUSTIÇA MICHELINE RAMALHO SEREJO DA SILVA40. Processo Administrativo Nº (001258-005/2016)- REEXAME DE ARQUIVAMENTORecorrente(s): ANTONIO TEIXEIRA DA SILVA MERepresentante Jurídico: RENZO BAHURY RAMOS (OAB - PI 8435)Recorrido: Autoridade administrativa do PROCON-PIRelator(a): PROMOTORA DE JUSTIÇA MICHELINE RAMALHO SEREJO DA SILVA41. Processo Administrativo Nº (000339-002/2017)- REEXAME DE ARQUIVAMENTO

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4. LICITAÇÕES E CONTRATOS []

4.1. TERMO DE RATIFICAÇÃO12227

4.2. TERMO DE RATIFICAÇÃO12228

4.3. EXTRATO DO TERMO ADITIVO Nº. 05 AO CONTRATO Nº. 29/201612237

Recorrente(s): PLANO DE SAÚDE ESPECIAL DOS SERVIDORES DO MUNICÍPIO DE TERESINA - IPMT /PLANTERepresentante Jurídico: LUIZ TIAGO SILVA FRAGA (OAB - PI 12.091)Recorrido: Autoridade administrativa do PROCON-PIRelator(a): PROMOTORA DE JUSTIÇA MICHELINE RAMALHO SEREJO DA SILVA42. Processo Administrativo Nº (000221-002/2018)- REEXAME DE ARQUIVAMENTORecorrente(s): CENTRO ECUMÊNICO DE ESTUDOS RELIGIOSOS SUP. DO ESTADO DO MARANHÃORecorrido: Autoridade administrativa do PROCON-PIRelator(a): PROMOTORA DE JUSTIÇA MICHELINE RAMALHO SEREJO DA SILVA43. Processo Administrativo Nº (000558-002/2017)- REEXAME DE ARQUIVAMENTORecorrente(s): LOJAS AMERICANASRepresentante Jurídico: PATRÍCIA MARIA DA SILVA OLIVEIRA (OAB - SP 131.725), RODRIGO ETIENNE ROMEU RIBEIRO (OAB - PI137.399-A)Recorrido: Autoridade administrativa do PROCON-PIRelator(a): PROMOTORA DE JUSTIÇA MICHELINE RAMALHO SEREJO DA SILVA44. Processo Administrativo Nº (000322-002/2017)- REEXAME DE ARQUIVAMENTORecorrente(s): ELITE EVENTOS LTDA.Representante Jurídico: ANTONIO FLÁVIO DO NASCIMENTO (OAB - PI 6529)Recorrido: Autoridade administrativa do PROCON-PIRelator(a): PROMOTORA DE JUSTIÇA MICHELINE RAMALHO SEREJO DA SILVA45. Processo Administrativo Nº (000430-002/2017)- REEXAME DE ARQUIVAMENTORecorrente(s): ITAÚ SEGUROS DE AUTO RESIDÊNCIA S.ARecorrido: Autoridade administrativa do PROCON-PIRelator(a): PROMOTORA DE JUSTIÇA MICHELINE RAMALHO SEREJO DA SILVA46. Processo Administrativo Nº (000232-002/2017)- REEXAME DE ARQUIVAMENTORecorrente(s): BIOANÁLISE LTDARepresentante Jurídico: MAURO OQUENDO DO REGO MONTEIRO (OAB - PI 5.935)Recorrido: Autoridade administrativa do PROCON-PIRelator(a): PROMOTORA DE JUSTIÇA MICHELINE RAMALHO SEREJO DA SILVAOs processos que não forem julgados, por qualquer motivo, na data acima mencionada, terão seu julgamento adiado para a sessão subsequente,independentemente de nova intimação.JORGE LUIZ DA COSTA PESSOAPromotor de Justiça - Presidente da JURCON

TERMODERATIFICAÇÃOPROCEDIMENTO DE GESTÃO ADMINISTRATIVA Nº 19.21.0010.0003972/2020-80DISPENSA Nº 22/2020Nesta data,RATIFICO, nos termos do art. 26 da Lei nº. 8.666/93, a contratação direta, por dispensa de licitação,de protetores faciais-faceshield para prestação de atendimento ao público nos temos de pandemia, com embasamento legal no art. 4º -B da Lei nº 13.979/20,conforme justificativa apresentada pela Coordenadoria de Licitações e Contratos, parecer da Subprocuradoria de Justiça Administrativa e Parecerfavorável da Controladoria Interna.Teresina, 22 de junho de 2020.Carmelina Maria Mendes de MouraProcuradora-Geralde Justiça.

TERMO DE RATIFICAÇÃOPROCEDIMENTO DE GESTÃO ADMINISTRATIVA Nº 19.21.0010.0003994/2020-68DISPENSA Nº 26/2020Nesta data,RATIFICO, nos termos do art. 26 da Lei nº. 8.666/93, a contratação direta, por dispensa de licitação,deaventais descartáveis parafiscalizações e inspeções em locais com grande risco de contaminação, nos tempos de pandemia,com embasamento legal no art. 4º -B daLei nº 13.979/20, conforme justificativa apresentada pela Coordenadoria de Licitações e Contratos, parecer da Subprocuradoria de JustiçaAdministrativa e Parecer favorável da Controladoria Interna.Teresina-Pi, 22 de junho de 2020.Carmelina Maria Mendes de MouraProcuradora-Geralde Justiça.

a)Espécie: Termo Aditivo nº. 05 ao Contrato nº. 29/2016, firmado em 23 de junho de 2020 entre a Procuradoria Geral de Justiça do Estado doPiauí - CNPJ 05.805.924/0001-89 e a empresa Telemar Norte Leste S/A - CNPJ: 33.000.118/0001-79;b)ProcessoAdministrativo: n°. 7069/2016 e no sistema SEI 19.21.0010.0003707/2020-12.;c) Objeto: O presente Termo Aditivo visa a prorrogação do prazo de vigência do Contrato nº 29/2016 por mais 12(doze) meses, conforme art.57,inciso II, da Lei nº 8.666/93, e cláusula sexta do contrato administrativo nº 29/2016, cujo objeto é a contratação de links dedicados para acesso àinternet com roteamento do protocolo BGP para trânsito de 1Gbps (gigabits por segundo) e Manutenção do serviço ANTI-DDOS, serviço deproteção DDoS e aluguel de roteador cpe, para o Ministério Público de Estado do Piauí.d) Fundamento Legal: Art. 57, inciso II, da Lei nº. 8.666/93, e cláusula sexta do contrato administrativo nº. 29/2016;e)Valor Total: O valor total do aditivo será de R$ 205.086,12 (duzentos e cinco mil, oitenta e seis reais e doze centavos);f) Ratificação: Permanecem inalteradas as demais cláusulas do Contrato a que se refere o presente Termo Aditivo;g) Cobertura Orçamentária: Unidade Orçamentária: 25101; Projeto Atividade: 2000; Natureza da Despesa: 3.3.90.40; Fonte de Recurso: 100;Nota de empenho:2020NE00452;h)Signatários: Pela contratada, o Sr. Paulo Roberto de Sousa Martins Vieira, CPF 395.930.963-53 e Sra. Maria José do Nascimento,CPF718.978.953-72, e contratante, Dra. Carmelina Maria Mendes de Moura, Procuradora-Geral de Justiça.Teresina- PI, 23 de junho de 2020.

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5. OUTROS []

5.1. 94ª ZONA ELEITORAL - OEIRAS12235 PORTARIA ELEITORAL Nº 002/2020 - PROMOTORIA ELEITORAL DA 94ª ZONA ELEITORAL/PIO MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORAL, através de seu representante abaixo-assinado, em exercício junto à 94ª Zona Eleitoral na cidade deOeiras/PI, no uso de suas atribuições legais e na forma como dispõem os arts. 37, § 1º e 127 da Constituição Federal, Lei Complementar Federalnº 75/93; Lei Federal nº 8.625/93 (Lei Orgânica Nacional do Ministério Público); Lei Federal nº 9.504/97 (Lei das Eleições) e demais disposiçõeslegais aplicáveis à espécie, e;CONSIDERANDO que incumbe ao Ministério Público a defesa da ordem jurídica e do regime democrático (art. 127 da CF/88), como também oacompanhamento de todas as fases do processo eleitoral (art. 72 da Lei Complementar Federal n. 75/93);CONSIDERANDO que a democracia pressupõe liberdade e autonomia do eleitor na escolha de seus candidatos;CONSIDERANDO que ao Ministério Público Eleitoral cabe, notadamente, promover a normalidade e legitimidade das eleições, a fim de seassegurar a efetividade da democracia e o livre exercício de direitos políticos pelo cidadão, de maneira a afastar o abuso de poder econômico,político e de qualquer forma de conduta perturbadora das liberdades democráticas;CONSIDERANDO a necessidade de dar organicidade mínima aos diferentes elementos de informação que aportam à Promotoria Eleitoral naseleições, visando eventual instauração de diferentes procedimentos e/ou ajuizamento de ações, em específico, a partir do quanto a vir a sercolhido de forma geral neste feito;CONSIDERANDO a necessidade de acompanhar, de forma próxima e ostensiva, atos de pré-campanha referentes as eleições municipais de2020 na 94ª Zona Eleitoral do Piauí, que abrange os Municípios de Cajazeiras do Piauí/PI, Colônia do Piauí/PI, São Francisco do Piauí e SãoMiguel do Fidalgo/PI;CONSIDERANDO que, em 30.1.2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que o surto da doença causada pelo Coronavírus(COVID-19) constitui Emergência de Saúde Pública de importância Internacional (ESPII), dado o grau de avanço dos casos de contaminaçãopelo novo coronavírus e que em 03.02.2020, o Ministério da Saúde, através da Portaria GM/MS nº 188/2020, declarou "emergência de saúdepública de importância nacional", em decorrência da infecção humana pelo Coronavírus, considerando que a situação atual demanda o empregourgente de medidas de prevenção, controle e contenção de riscos, danos e agravos à saúde pública;CONSIDERANDO que constituem crimes previstos no artigo 334 do Código Eleitoral, utilizar organização comercial de vendas, distribuição demercadorias, prêmios e sorteios para propaganda ou aliciamento de eleitores, com pena de detenção de seis meses a um ano e cassação doregistro se o responsável for candidato; bem como no artigo Art. 299 do Código Eleitoral, dar, oferecer, prometer, solicitar ou receber, para si oupara outrem, dinheiro, dádiva, ou qualquer outra vantagem, para obter ou dar voto e para conseguir ou prometer abstenção, ainda que a ofertanão seja aceita, com pena de reclusão até quatro anos e pagamento de cinco a quinze dias-multa.CONSIDERANDO que a coibição ao abuso de poder político encontra sua razão na imperiosa necessidade de serem asseguradas a normalidadee a plena legitimidade das eleições, evitando que tais postulados sejam afetados de modo a comprometer a igualdade entre os futuros candidatose própria vontade popular, que é soberana;CONSIDERANDO que representa conduta vedada a agentes públicos fazer ou permitir uso promocional em favor de candidato, partido políticoou coligação, de distribuição gratuita de bens e serviços de caráter social custeados ou subvencionados pelo Poder Público, ficando proibidaainda, no ano em que se realizar a eleição, a distribuição gratuita de bens, valores ou benefícios por parte da Administração Pública, exceto emcasos de calamidade pública, estado de emergência ou de programas sociais já em execução (art. 73, IV c/c/ art. 73, §10. da Lei 9.504/97);CONSIDERANDO que o art. 36 da Lei n° 9.504/97 estabelece que a "propaganda eleitoral somente é permitida após o dia 15 de agosto doano da eleição";CONSIDERANDO que os termos da referida lei o pré-candidato poderá realizar sua promoção pessoal perante a população no período anterior àcampanha, fazendo menção à pretensa candidatura, exaltando suas qualidades pessoais e divulgando seu posicionamento pessoal sobrequestões políticas, estando vedado pedido explícito de voto;CONSIDERANDO que o uso indevido dos veículos e meios de comunicação social constituem expedientes que atentam contra a isonomia deoportunidades dos candidatos e contra a liberdade de escolha dos eleitores, afetando a normalidade e a legitimidade das eleições;CONSIDERANDO que o art. 22 da LC 64/90 estabelece que qualquer "partido político, coligação, candidato ou Ministério Público Eleitoralpoderá representar à Justiça Eleitoral, diretamente ao Corregedor-Geral ou Regional, relatando fatos e indicando provas, indícios ecircunstâncias e pedir abertura de investigação judicial para apurar uso indevido, desvio ou abuso do poder econômico ou do poder deautoridade, ou utilização indevida de veículos ou meios de comunicação social, em benefício de candidato ou de partido político"; eCONSIDERANDO que a Portaria nº 499, de 21 de agosto de 2014, institui e regulamenta, no âmbito do Ministério Público Eleitoral, oProcedimento Preparatório Eleitoral - PPE, de natureza facultativa, administrativa e unilateral, o qual será instaurado para colher subsídiosnecessários à atuação do Ministério Público Eleitoral perante a Justiça Eleitoral para a propositura de medidas cabíveis em relação às infraçõeseleitorais de natureza não criminal;RESOLVE:INSTAURAR PROCEDIMENTO PREPARATÓRIO ELEITORAL nº 001/2020, com o propósito de acompanhar, de forma próxima eostensiva, atos de pré-campanha referentes as eleições municipais de 2020 no âmbito da 94ª Zona Eleitoral do Piauí (Cajazeiras doPiauí/PI, Colônia do Piauí/PI, São Francisco do Piauí e São Miguel do Fidalgo/PI), devendo ser realizadas todas as diligências necessáriasao seu normal e legítimo andamento, nos termos da legislação pertinente, DETERMINANDO, inicialmente:A autuação da presente portaria, sendo que uma cópia deverá ser mantida em pasta própria;O registro da instauração do presente Procedimento Preparatório Eleitoral no livro respectivo e no SIMP;A juntada do calendário eleitoral estabelecido pelo TSE - Tribunal Superior Eleitoral, para as eleições de 2020;A juntada de toda e qualquer representação eleitoral já encaminhada ao Ministério Público Eleitoral, no âmbito da 94ª Zona Eleitoral do Piauí, porocasião das eleições de 2020;Expeçam-se RECOMENDAÇÕES, com as considerações de praxe, aos partidos políticos que compõem a 94ª Zona Eleitoral do Piauí (Cajazeirasdo Piauí/PI, Colônia do Piauí/PI, São Francisco do Piauí e São Miguel do Fidalgo/PI) para fins de notificarem seus filiados e pré-candidatos aopleito municipal de 2020 acerca da temática, bem como aos meios de comunicação social acerca das práticas vedadas em período de pré-campanha;Solicitem-se às rádios, blogs e meios de comunicação social, abrangidos pela 94ª Zona Eleitoral/PI, que confiram ampla divulgação e publicidadeàs medidas Recomendadas no item "5".Nomeio, sob compromisso, para secretariar os trabalhos, a Sra. Rosimária Meneses do Nascimento, assessora da 1ª Promotoria de Justiça deOeiras, ou eventual servidor substituto em casos de licenças, férias ou impedimentos;A publicação deste ato no Diário de Justiça Eletrônico do TRE/PI e a comunicação da instauração deste Procedimento à Procuradoria RegionalEleitoral.A publicação desta Portaria no Diário Oficial do Ministério Público do Piauí, bem como no mural da Sede das Promotorias de Justiça de Oeiras-PI, a fim de conferir a publicidade exigida;Publique-se. Registre-se. Cumpra-se.

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Oeiras-PI, 09 de junho de 2020.JOSÉ SÉRVIO DE DEUS BARROSPromotor Eleitoral da 94ª ZE/PIRECOMENDAÇÃO ADMINISTRATIVA Nº 001/2020 - PROMOTORIA ELEITORAL DA 94ª ZONA ELEITORAL/PIPROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO ELEITORAL Nº 001/2020Assunto: Recomendação aos agentes públicos/políticos durante o período de pandemia pelo coronavírus.O MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORAL, através de seu representante abaixo-assinado, em exercício junto à 94ª Zona Eleitoral na cidade deOeiras/PI, no uso de suas atribuições legais e na forma como dispõem os arts. 37, § 1º e 127 da Constituição Federal, Lei Complementar Federalnº 75/93; Lei Federal nº 8.625/93 (Lei Orgânica Nacional do Ministério Público); Lei Federal nº 9.504/97 (Lei das Eleições) e demais disposiçõeslegais aplicáveis à espécie, e;CONSIDERANDO ser atribuição legal do Ministério Público expedir recomendações visando à melhoria dos serviços públicos e de relevânciapública, bem como ao respeito, aos interesses, direitos e bens cuja defesa lhe cabe promover (art. 6º, inciso XX da LC 75/93);CONSIDERANDO que incumbe ao Ministério Público a defesa da ordem jurídica e do regime democrático (art. 127 da CF/88), como também oacompanhamento de todas as fases do processo eleitoral (art. 72 da Lei Complementar Federal n. 75/93);CONSIDERANDO que a democracia pressupõe liberdade e autonomia do eleitor na escolha de seus candidatos;CONSIDERANDO que o abuso do poder econômico e do poder político, como também o uso indevido dos veículos e meios de comunicaçãosocial constituem expedientes que atentam contra a isonomia de oportunidades dos candidatos e contra a liberdade de escolha dos eleitores,afetando a normalidade e a legitimidade das eleições;CONSIDERANDO que a Constituição Federal de 1988 consagra o princípio da impessoalidade para Administração Pública Direta e Indireta dequalquer dos Poderes da União, Estados, Distrito Federal e Municípios (art. 37, caput da CF/88);CONSIDERANDO que representa conduta vedada a agentes públicos fazer ou permitir uso promocional em favor de candidato, partido políticoou coligação, de distribuição gratuita de bens e serviços de caráter social custeados ou subvencionados pelo Poder Público, ficando proibidaainda, no ano em que se realizar a eleição, a distribuição gratuita de bens, valores ou benefícios por parte da Administração Pública, exceto emcasos de calamidade pública, estado de emergência ou de programas sociais já em execução (art. 73, IV c/c/ art. 73, §10. da Lei 9.504/97);CONSIDERANDO ainda que o art. 73, § 11, da Lei n. 9.504/97, veda, em ano de eleições, a execução de programas sociais governamentais porintermédio (mediante subvenção, termo de cooperação técnica, convênio, dentre outras formas) de entidades nominalmente vinculadas acandidatos ou por estes mantidas;CONSIDERANDO que a Portaria 188, de 03 de fevereiro de 2020, do Ministério da Saúde, declarou Emergência em Saúde Pública deImportância Nacional (ESPIN) decorrente de Infecção Humana pelo novo coronavírus (2019-nCoV), conforme Decreto nº 7.616, de 17 denovembro de 2011;CONSIDERANDO o disposto no Decreto n.º 18.884, de 16 de março de 2020, do Poder Executivo do Estado do Piauí, que regulamentou a lei nº13.979, de 06 de fevereiro de 2020, para dispor no âmbito do Estado do Piauí, sobre as medidas de emergência de saúde pública de importânciainternacional e tendo em vista a classificação da situação mundial do novo coronavírus como pandemia, institui o Comitê de Gestão de Crise, edá outras providências;CONSIDERANDO que o Decreto nº 18.895, de 19 de março de 2020, do Poder Executivo do Estado do Piauí, que declarou estado decalamidade pública, para os fins do art. 65 da Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000, em razão da grave crise de saúde públicadecorrente da pandemia da Covid 19, e suas repercussões nas finanças públicas;CONSIDERANDO que a Medida Provisória nº 926/2020 alterou o texto da Lei 13.979/2020 e acrescentou hipótese de dispensa de licitação paraaquisição de bens, serviços, inclusive de engenharia, e insumos destinados ao enfrentamento da emergência de saúde pública de importânciainternacional decorrente do coronavírus;CONSIDERANDO que os casos de calamidade pública e de estado de emergência, que autorizam a exceção permissiva da concessão dobenefício, devem ser caracterizados por critérios objetivos e resultar de decisão expressa da autoridade competente;CONSIDERANDO que neste ano de 2020 não podem ser criados programas sociais de auxílio à população, mas apenas mantidos os que jáobjeto de execução orçamentária desde pelo menos 2019;CONSIDERANDO que a execução orçamentária em 2019 pressupõe previsão na respectiva LOA (lei do orçamento anual) votada e sancionadaem 2018 ou em lei posterior de suplementação orçamentária e que esta última integra o orçamento anual desde que os novos recursos nelaprevistos resultem de anulação de rubricas ou excesso de arrecadação;CONSIDERANDO que compete ao Ministério Público Eleitoral o acompanhamento da execução financeira e administrativa dos programassociais mantidos em ano de eleição;CONSIDERANDO que constituem crimes previstos no artigo 334 do Código Eleitoral, utilizar organização comercial de vendas, distribuição demercadorias, prêmios e sorteios para propaganda ou aliciamento de eleitores, com pena de detenção de seis meses a um ano e cassação doregistro se o responsável for candidato; bem como no artigo Art. 299 do Código Eleitoral, dar, oferecer, prometer, solicitar ou receber, para si oupara outrem, dinheiro, dádiva, ou qualquer outra vantagem, para obter ou dar voto e para conseguir ou prometer abstenção, ainda que a ofertanão seja aceita, com pena de reclusão até quatro anos e pagamento de cinco a quinze dias-multa.CONSIDERANDO ainda que dispensar licitação fora das hipóteses legais ou ainda, ou deixar de observar as formalidades pertinentes à dispensaou à inexigibilidade é crime previsto no art. 89 da Lei 8.666/93, que comina pena de detenção, de 3 (três) a 5 (cinco) anos, e multa;CONSIDERANDO que o Ministério Público, na defesa do regime democrático e da lisura do pleito, prefere atuar preventivamente, contribuindopara que se evitem os atos viciosos das eleições - como os aqui indicados - e se produzam resultados eleitorais legítimos;CONSIDERANDO que a recomendação do Ministério Público é instrumento de orientação que visa a antecipar-se ao cometimento do ilícito e aevitar a imposição de sanções, muitas vezes graves e com repercussões importantes na candidatura;CONSIDERANDO a Orientação Técnica do Procurador Regional Eleitoral PRE/PI n.º 01/2020 que estabelece diretrizes para a atuação dosPromotores Eleitorais do Estado do Piauí na fiscalização da legalidade eleitoral das medidas adotadas, por gestores públicos, voltadas aoenfrentamento da situação de emergência e de calamidade pública decorrente da pandemia do Covid-19 (Coronavírus);CONSIDERANDO, até o presente momento, a manutenção do Calendário das eleições de 2020, tendo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE)confirmado a data de 4 de abril próximo como limite para a filiação partidária de pretensos candidatos às eleições municipais do corrente ano eesclarecido, em sessão de 19 de março de 2019, que, dado que o calendário das eleições municipais está previsto na Lei das Eleições(9.504/1997), a Justiça Eleitoral não tem competência para alterá-lo, inclusive no que diz respeito ao prazo para filiação partidária, tratando-se dematéria de competência reservada ao Poder Legislativo;RESOLVE,RECOMENDAR (art. 6°, XX, da LC nº 75/93) a todos os agentes públicos (Prefeitos, Secretários Municipais, Vereadores, servidorespúblicos e demais agentes que se enquadrem nessa definição) DOS MUNICÍPIOS DE CAJAZEIRAS DO PIAUÍ/PI, COLÔNIA DO PIAUÍ/PI,SÃO FRANCISCO DO PIAUÍ/PI, e SÃO MIGUEL DO FIDALGO/PI, ENTES MUNICIPAIS QUE COMPÕEM A 94ª ZONA ELEITORAL/PI:1) Que não distribuam e nem permitam a distribuição, a quem quer que seja, pessoas físicas ou jurídicas, de bens, valores ou benefíciosdurante todo o ano de 2020, como doação de gêneros alimentícios, materiais de construção, passagens rodoviárias, quitação de contas defornecimento de água e/ou energia elétrica, doação ou concessão de direito real de uso de imóveis para instalação de empresas, isenção total ouparcial de tributos, dentre outros, salvo se se encontrarem diante de alguma das hipóteses de exceção previstas no mencionado art. 73, § 10, daLei das Eleições: calamidade, emergência e continuidade de programa social;2) Caso haja a distribuição gratuita à população de bens, serviços, valores ou benefícios, diante da situação de emergência declarada

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após o surto do novo coronavírus (COVID-19), seja feita do seguinte modo:2.1. Com prévia fixação de critérios objetivos (quantidade de pessoas a serem beneficiadas, renda familiar de referência para a concessão dobenefício, condições pessoais ou familiares para a concessão, dentre outros) e estrita observância do princípio constitucional da impessoalidade.2.2. Sendo vedado o uso promocional em favor de agente público, candidato, partido ou coligação, da distribuição gratuita de bens, serviços,valores ou benefícios;2.3. Com comunicação à Promotoria Eleitoral expedidora da presente recomendação, no prazo de cinco dias após a execução ou adistribuição gratuita de bens, serviços, valores ou benefícios, para fins de acompanhamento da execução financeira e administrativa, bemcomo do controle de atos que eventualmente excedam os limites da legalidade e afetem a isonomia entre os candidatos.3) Caso seja realizada dispensa de licitação por esse Ente municipal em decorrência da situação de emergência declarada após o surto donovo coronavírus (COVID-19), nos termos da Medida Provisória nº 926/2020 e da Lei 13.979/2020, comunicação à Promotoria Eleitoralexpedidora da presente recomendação, no prazo de cinco dias após a abertura do procedimento, além disso, deve disponibilizar, imediatamente,em sítio oficial específico na rede mundial de computadores (internet), além das informações previstas no § 3º do art. 8º da Lei nº 12.527, de 18de novembro de 2011, o nome do contratado, o número de sua inscrição na Receita Federal do Brasil, o prazo contratual, o valor e o respectivoprocesso de contratação ou aquisição, em estrita observância ao que dispõe o §2º, do artigo 4º, da Lei n. 13.979/2020;4) Que, havendo programas sociais em continuidade no ano de 2020, verifiquem se eles foram instituídos em lei (ou outro ato normativo), seestão em execução orçamentária desde pelo menos 2019, ou seja, se eles integraram a LOA aprovada em 2018 e executada em 2019, nestecaso não permitindo alterações e incrementos substanciais que possam ser entendidos como um novo programa social ou como incremento comfins eleitorais;5) Que não efetuem e suspendam, se for o caso, o repasse de recursos materiais, financeiros ou humanos a entidades nominalmente vinculadasa candidatos, ou pré-candidatos, ou por eles mantidas, que executem programas de distribuição gratuita de bens, valores ou benefícios;6) Que não permitam a continuidade de programas sociais da administração municipal que proporcionem, mesmo que dissimuladamente, apromoção de filiados, pré-candidatos e candidatos às eleições de 2020, valendo-se, por exemplo, da afirmação de que o programa social ésua iniciativa, ou que sua continuidade depende do resultado da eleição, ou da entrega, junto ao benefício distribuído, de material de campanhaou de partido;7) Que não permitam o uso dos programas sociais mantidos pela administração municipal para a promoção de candidatos, partidos ecoligações, cuidando de orientar os servidores públicos incumbidos da sua execução quanto à vedação de qualquer propaganda ouenaltecimento de candidato, pré-candidato ou partido;RECOMENDA, outrossim, ao Sr. Presidente da Câmara Municipal que não dê prosseguimento e não coloque em votação no Plenário, nopresente ano de 2020, projetos de lei que permitam a distribuição gratuita de bens, valores e benefícios a pessoas físicas ou jurídicas.SALIENTA, por oportuno, que a inobservância das mencionadas vedações sujeita o infrator, agente público ou não, à pena pecuniária de 5.000 a100.000 UFIR (R$ 5.320,50 [cinco mil, trezentos e vinte reais e cinquenta centavos] a R$ 106.410,00 [cento e seis mil, quatrocentos e dez reais])e à cassação do registro ou do diploma do candidato beneficiado (art. 73, §§ 4º e 5º, da Lei n. 9.504/97), além da inelegibilidade decorrente doabuso de poder ou da conduta vedada (art. 1º, I, "d" e "j", da LC n. 64/90);SOLICITA, para efeito do acompanhamento a que se refere o art. 73, § 10, da Lei n. 9.504/97, informarem à Promotoria Eleitoral, em cinco dias,através do e-mail: [email protected]:1) Os programas sociais mantidos em 2020, inclusive os que resultam de parceria financeira com os governos estadual e federal, nestecaso informando:1.1) Nome do programa;1.2) Data da sua criação;1.3) Instrumento normativo de sua criação;1.4) Público alvo do programa;1.5) Espécie de bens, valores ou benefícios distribuídos;1.6) Por ano, quantas pessoas ou famílias vem sendo beneficiadas, desde a sua criação;1.7) Rubrica orçamentária que sustenta o programa nos anos de 2019 e 2020.2) Os programas sociais que estão sendo executados por entidades não governamentais com recursos públicos, informando:2.1) Nome e endereço da entidade;2.2) Nome do programa;2.3) Data a partir da qual o Município passou a destinar recursos para a entidade;2.4) Rubrica orçamentária que sustenta a destinação de recursos à entidade nos anos de 2019 e 2020;2.5) Valor anualmente destinado à entidade, desde o início da parceria;2.6) Público alvo do programa;2.7) Número de pessoas/famílias beneficiadas pela entidade, anualmente, desde o início da parceria;2.8) Espécie de bens, valores ou benefícios distribuídos;2.9) Declaração de existência, ou não, de agente político ou pré-candidato vinculado nominalmente ou mantenedor da entidade.Da presente RECOMENDAÇÃO, sejam remetidas cópias aos seguintes órgãos/autoridades:Ao Cartório Eleitoral desta urbe, para ciência;Secretaria Geral do Ministério Público do Estado do Piauí, para fins de publicação no Diário Oficial do Estado;Assessoria de Imprensa do MPPI e às rádios locais, para divulgação entre as principais mídias das quais o Ministério Público dispõe de acesso.É a recomendação.Cumpra-se.Oeiras-PI, 09 de junho de 2020.JOSÉ SÉRVIO DE DEUS BARROSPromotor Eleitoral da 94ª ZE/PIRECOMENDAÇÃO ELEITORAL Nº 002/2020 - PROMOTORIA ELEITORAL DA 94ª ZONA ELEITORAL/PIPROCEDIMENTO PREPARATÓRIO ELEITORAL Nº 001/2020Assunto: Recomendação aos pré-candidatos, partidos políticos e seus respectivos filiados acerca de distribuição gratuita à populaçãode bens, serviços, valores ou benefícios, diante da situação de emergência declarada após o surto do novo coronavírus (COVID-19).O MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORAL, através de seu representante abaixo-assinado, em exercício junto à 94ª Zona Eleitoral na cidade deOeiras/PI, no uso de suas atribuições legais e na forma como dispõem os arts. 37, § 1º e 127 da Constituição Federal, Lei Complementar Federalnº 75/93; Lei Federal nº 8.625/93 (Lei Orgânica Nacional do Ministério Público); Lei Federal nº 9.504/97 (Lei das Eleições) e demais disposiçõeslegais aplicáveis à espécie, e;CONSIDERANDO ser atribuição legal do Ministério Público expedir recomendações visando à melhoria dos serviços públicos e de relevânciapública, bem como ao respeito, aos interesses, direitos e bens cuja defesa lhe cabe promover (art. 6º, inciso XX da LC 75/93);CONSIDERANDO que incumbe ao Ministério Público a defesa da ordem jurídica e do regime democrático (art. 127 da CF/88), como também oacompanhamento de todas as fases do processo eleitoral (art. 72 da Lei Complementar Federal n. 75/93);CONSIDERANDO que a democracia pressupõe liberdade e autonomia do eleitor na escolha de seus candidatos;CONSIDERANDO que o abuso do poder econômico e do poder político, como também o uso indevido dos veículos e meios de comunicaçãosocial constituem expedientes que atentam contra a isonomia de oportunidades dos candidatos e contra a liberdade de escolha dos eleitores,

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afetando a normalidade e a legitimidade das eleições;CONSIDERANDO que o abuso de poder pode ser preenchido por fatos ou situações tão variados quanto os seguintes: a) uso nocivo edistorcido de meios de comunicação social; b) realização maciça de propaganda eleitoral ilícita; c) compra de votos; d) oferta, promessa oufornecimento de produtos como alimentos, medicamentos, materiais ou equipamentos agrícolas, utensílios de uso pessoal ou doméstico, materialde construção; e) oferta, promessa ou fornecimento de serviços como tratamento de saúde, etc.CONSIDERANDO as formas típicas acerca do abuso de poder: a) art. 14, § 9º da CF ("influência de poder econômico"); b) art. 237, caput, doCódigo Eleitoral ("interferência do poder econômico"); c) art. 19 da LC nº 64/1990 ("abuso de poder econômico"); d) art. 22, caput, da LC nº64/1990 ("uso indevido, desvio ou abuso do poder econômico"); e) art. 22, XIV, da LC nº 64/1990 ("interferência do poder econômico").CONSIDERANDO que as pré-candidaturas poderão se utilizar no período anterior às convenções partidárias a menção à pretensa candidatura, aexaltação das qualidades pessoais dos pré-candidatos, vedado o pedido explicito de voto.CONSIDERANDO que a prática de determinadas condutas por parte do pretenso candidato com o objetivo de favorecimento eleitoral,configura ilícito eleitoral, onde serão adotadas medidas cabíveis conforme preceitua a legislação vigente, com o fito de evitar adesigualdade futura do pleito.CONSIDERANDO que se aplica as vedações da própria campanha eleitoral aos atos da pré-candidatura, especialmente se a pré-candidatura éalimentada com recursos ilegais, de fontes proibidas, obtidos de modo ilícito ou, ainda, com a antecipação de gastos não contabilizados emcampanha eleitoral, já que fora do período de arrecadação e gastos de recursos eleitorais, caracterizando-se, indubitavelmente, comoarrecadação e gastos ilegais de recursos não contabilizados, ensejando a aplicação das sanções cabíveis:CONSIDERANDO que representa conduta vedada a agentes públicos fazer ou permitir uso promocional em favor de candidato, partido políticoou coligação, de distribuição gratuita de bens e serviços de caráter social custeados ou subvencionados pelo Poder Público, ficando proibidaainda, no ano em que se realizar a eleição, a distribuição gratuita de bens, valores ou benefícios por parte da Administração Pública, exceto emcasos de calamidade pública, estado de emergência ou de programas sociais já em execução (art. 73, IV c/c/ art. 73, §10. da Lei 9.504/97);CONSIDERANDO ainda que o descumprimento do disposto no art. 73 da Lei 9.504/97 aplica-se sanções aos agentes públicosresponsáveis pelas condutas vedadas e aos partidos, coligações e a candidatos que delas se beneficiarem;CONSIDERANDO que as hipóteses legais de condutas vedadas constituem espécie do gênero "abuso de poder" coibido pelos art. 19 e 22, XIV,da LC nº 64/90, sendo concretizado mediante pratica de ato eleitoreiro em que fere a igualdade de oportunidades entre os candidatos, bem comoocorrendo ato que fira a normalidade ou o equilíbrio do processo eleitoral.CONSIDERANDO que a Portaria 188, de 03 de fevereiro de 2020, do Ministério da Saúde, declarou Emergência em Saúde Pública deImportância Nacional (ESPIN) decorrente de Infecção Humana pelo novo coronavírus (2019-nCoV), conforme Decreto nº 7.616, de 17 denovembro de 2011;CONSIDERANDO o disposto no Decreto n.º 18.884, de 16 de março de 2020, do Poder Executivo do Estado do Piauí, que regulamentou a lei nº13.979, de 06 de fevereiro de 2020, para dispor no âmbito do Estado do Piauí, sobre as medidas de emergência de saúde pública de importânciainternacional e tendo em vista a classificação da situação mundial do novo coronavírus como pandemia, institui o Comitê de Gestão de Crise, edá outras providências;CONSIDERANDO que o Decreto nº 18.895, de 19 de março de 2020, do Poder Executivo do Estado do Piauí, que declarou estado decalamidade pública, para os fins do art. 65 da Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000, em razão da grave crise de saúde públicadecorrente da pandemia da Covid 19, e suas repercussões nas finanças públicas;CONSIDERANDO que constituem crimes previstos no artigo 334 do Código Eleitoral, utilizar organização comercial de vendas, distribuição demercadorias, prêmios e sorteios para propaganda ou aliciamento de eleitores, com pena de detenção de seis meses a um ano e cassação doregistro se o responsável for candidato; bem como no artigo Art. 299 do Código Eleitoral, dar, oferecer, prometer, solicitar ou receber, para si oupara outrem, dinheiro, dádiva, ou qualquer outra vantagem, para obter ou dar voto e para conseguir ou prometer abstenção, ainda que a ofertanão seja aceita, com pena de reclusão até quatro anos e pagamento de cinco a quinze dias-multa.CONSIDERANDO que o Ministério Público, na defesa do regime democrático e da lisura do pleito, prefere atuar preventivamente, contribuindopara que se evitem os atos viciosos das eleições - como os aqui indicados - e se produzam resultados eleitorais legítimos;CONSIDERANDO que a recomendação do Ministério Público é instrumento de orientação que visa a antecipar-se ao cometimento do ilícito e aevitar a imposição de sanções, muitas vezes graves e com repercussões importantes na candidatura;CONSIDERANDO a Orientação Técnica do Procurador Regional Eleitoral PRE/PI n.º 01/2020 que estabelece diretrizes para a atuação dosPromotores Eleitorais do Estado do Piauí na fiscalização da legalidade eleitoral das medidas adotadas, por gestores públicos, voltadas aoenfrentamento da situação de emergência e de calamidade pública decorrente da pandemia do Covid-19 (Coronavírus);CONSIDERANDO, até o presente momento, a manutenção do Calendário das eleições de 2020, tendo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE)confirmado a data de 4 de abril próximo como limite para a filiação partidária de pretensos candidatos às eleições municipais do corrente ano eesclarecido, em sessão de 19 de março de 2019, que, dado que o calendário das eleições municipais está previsto na Lei das Eleições(9.504/1997), a Justiça Eleitoral não tem competência para alterá-lo, inclusive no que diz respeito ao prazo para filiação partidária, tratando-se dematéria de competência reservada ao Poder Legislativo;RESOLVE,RECOMENDAR (art. 6°, XX, da LC nº 75/93) aos pré-candidatos, partidos políticos e seus respectivos filiados, pertencentes aosMUNICÍPIOS DE CAJAZEIRAS DO PIAUÍ/PI, COLÔNIA DO PIAUÍ/PI, SÃO FRANCISCO DO PIAUÍ e SÃO MIGUEL DO FIDALGO/PI, ENTESMUNICIPAIS QUE COMPÕEM A 94ª ZONA ELEITORAL/PI:Que não distribuam e nem permitam a distribuição, A QUEM QUER QUE SEJA, pessoas físicas ou jurídicas, de bens, valores oubenefícios de qualquer sorte, durante todo o ano de 2020, como doação de gêneros alimentícios, materiais de construção, passagensrodoviárias, quitação de contas de fornecimento de água e/ou energia elétrica, doação ou concessão de direito real de uso de imóveispara instalação de empresas, isenção total ou parcial de tributos, dentre outros, sob pena de restar configurado a arrecadação de recursose gastos ilícitos de campanha, além de abuso do poder econômico e a tipificação dos crimes eleitorais previstos no art. 299 e 334 do CódigoEleitoral;Da presente RECOMENDAÇÃO, sejam remetidas cópias aos seguintes órgãos/autoridades:Ao Juízo Eleitoral desta urbe e ao Procurador Regional Eleitoral, para ciência;Secretaria Geral do Ministério Público do Estado do Piauí e à Procuradoria Regional Eleitoral, para fins de publicação no Diário Oficial do MPPI eDiário Oficial da União, respectivamente;Assessoria de Imprensa do MPPI, às rádios e blogues locais, para ampla divulgação.Cumpra-se.Oeiras-PI, 09 de junho de 2020.JOSÉ SÉRVIO DE DEUS BARROSPromotor Eleitoral da 94ª ZE/PIRECOMENDAÇÃO ELEITORAL Nº 003/2020 - PROMOTORIA ELEITORAL DA 94ª ZONA ELEITORAL/PIPROCEDIMENTO PREPARATÓRIO ELEITORAL Nº 001/2020Assunto: Recomendação aos meios de comunicação social, pré-candidatos, partidos e terceiros que tenham alguma relação direta ouindireta com o processo eleitoral.O MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORAL, através de seu representante abaixo-assinado, em exercício junto à 94ª Zona Eleitoral na cidade deOeiras/PI, no uso de suas atribuições legais e na forma como dispõem os arts. 37, § 1º e 127 da Constituição Federal, Lei Complementar Federal

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5.2. 20ª ZONA ELEITORAL - SÃO JOÃO DO PIAUÍ12236

nº 75/93; Lei Federal nº 8.625/93 (Lei Orgânica Nacional do Ministério Público); Lei Federal nº 9.504/97 (Lei das Eleições) e demais disposiçõeslegais aplicáveis à espécie, e;CONSIDERANDO ser atribuição legal do Ministério Público expedir recomendações visando à melhoria dos serviços públicos e de relevânciapública, bem como ao respeito, aos interesses, direitos e bens cuja defesa lhe cabe promover (art. 6º, inciso XX da LC 75/93);CONSIDERANDO que incumbe ao Ministério Público a defesa da ordem jurídica e do regime democrático (art. 127 da CF/88), como também oacompanhamento de todas as fases do processo eleitoral (art. 72 da Lei Complementar Federal n. 75/93);CONSIDERANDO que, somada à força normativa decorrente do disposto no art. 6º, XX, da Lei Complementar nº 75/93, a recomendação legalvisa a exortar os meios de comunicação social, pré-candidatos, partidos e terceiros que tenham alguma relação direta ou indireta com oprocesso eleitoral, para o integral cumprimento da legislação, prevenindo a prático do ilícito e/ou constituindo em mora aqueles que prefiramtrilhar o descumprimento da norma;CONSIDERANDO que o art. 36 da Lei n° 9.504/97 estabelece que a "propaganda eleitoral somente é permitida após o dia 15 de agosto doano da eleição";CONSIDERANDO que os termos da referida lei o pré-candidato poderá realizar sua promoção pessoal perante a população no período anterior àcampanha, fazendo menção à pretensa candidatura, exaltando suas qualidades pessoais e divulgando seu posicionamento pessoal sobrequestões políticas, estando vedado efetuar pedido explícito de voto;CONSIDERANDO que o uso indevido dos veículos e meios de comunicação social constituem expedientes que atentam contra aisonomia de oportunidades dos candidatos e contra a liberdade de escolha dos eleitores, afetando a normalidade e a legitimidade daseleições;CONSIDERANDO que o art. 22 da LC 64/90 estabelece que qualquer "partido político, coligação, candidato ou Ministério Público Eleitoralpoderá representar à Justiça Eleitoral, diretamente ao Corregedor-Geral ou Regional, relatando fatos e indicando provas, indícios ecircunstâncias e pedir abertura de investigação judicial para apurar uso indevido, desvio ou abuso do poder econômico ou do poder deautoridade, ou utilização indevida de veículos ou meios de comunicação social, em benefício de candidato ou de partido político";CONSIDERANDO que a Lei das Eleições proíbe a arrecadação e a aplicação de recursos nas campanhas eleitorais antes do registro decandidatura, da obtenção do CNPJ e da abertura da conta bancária, o que se dá depois de 15 de agosto (arts. 17 a 27 da Lei 9504/97);CONSIDERANDO que o art. 37, § 2º, da Lei n. 9.504/97, na sua redação atual, veda a propaganda eleitoral - mesmo após 15 de agosto -mediante placas, faixas, cartazes, pinturas, outdoors, etc;CONSIDERANDO que a propaganda eleitoral veiculada antes de 16 de agosto, se não estiver nos estritos limites do art. 36-A, caracterizao ilícito eleitoral previsto no art. 36, § 3º, da mencionada lei, para o qual há previsão de multa de R$ 5.000,00 a R$ 25.000,00;CONSIDERANDO que a campanha eleitoral iniciada antes do período permitido pode, a depender da gravidade da conduta, caracterizarabuso de poder, punido com inelegibilidade e cassação do registro ou diploma, conforme dispõe os arts. 1º, I, "d", e 22, XIV, ambos da LCn. 64/90;CONSIDERANDO que a movimentação ilícita de recursos de campanha é infração cível eleitoral prevista no art. 30-A, da Lei das Eleições, comprevisão de cassação do diploma;CONSIDERANDO que o desembolso de recursos financeiros ou estimáveis em dinheiro para a confecção e veiculação da propaganda eleitoralantecipada implica em arrecadação e gasto em período vedado pela legislação;CONSIDERANDO que o impulsionamento de conteúdo em rádios locais, mídias sociais e em outras plataformas, podem configurarpropaganda eleitoral antecipada;CONSIDERANDO que os emissoras de rádio e televisão devem conferir tratamento isonômico aos filiados a partidos políticos e pré-candidatos em entrevistas, programas, encontros ou debates no rádio, na televisão, na esteira do art. 36-A, I, in fine da Lei das Eleições;CONSIDERANDO que o Ministério Público, na defesa do regime democrático e da lisura do pleito, prefere atuar preventivamente, contribuindopara que se evitem os atos viciosos das eleições - como os aqui indicados - e se produzam resultados eleitorais legítimos;CONSIDERANDO que a Recomendação do Ministério Público é instrumento de orientação que visa antecipar-se ao cometimento do ilícito eevitar a imposição de sanções, muitas vezes graves e com repercussões importantes na candidatura;RESOLVE,RECOMENDAR às emissoras de rádio e televisão locais (programas, propagandas e divulgações em geral, inclusive veiculações emmídias sociais), aos pré-candidatos, aos partidos políticos e a terceiros que tenham relação direta ou indireta com o processo eleitoral,pertencentes aos municípios que abrangem à 94ª Zona Eleitoral do Piauí (Cajazeiras do Piauí/PI, Colônia do Piauí/PI, São Francisco do Piauí eSão Miguel do Fidalgo/PI), que se ABSTENHAM: a) da veiculação, antes de 16 de agosto, de qualquer propaganda eleitoral que impliqueem veiculação de propaganda paga (ou com qualquer ônus financeiro/econômico); b) da utilização indevida de veículos ou meios decomunicação social em benefício de pré-candidato ou de partido político (inclusive divulgações de ações sociais de pré-candidatos oude pessoas jurídicas a eles vinculados); c) da utilização de outros meios ou formas vedados pela legislação eleitoral, observados asdisposições dos artigos 40 a 57 da Lei das Eleições.Consigna-se, por fim, que o não cumprimento da Recomendação acima referida importará na tomada das medidas judiciais cabíveis.Da presente RECOMENDAÇÃO, sejam remetidas cópias aos seguintes órgãos/autoridades:Ao Juízo Eleitoral desta urbe e ao Procurador Regional Eleitoral, para ciência;Secretaria Geral do Ministério Público do Estado do Piauí e à Procuradoria Regional Eleitoral, para fins de publicação no Diário Oficial do MPPI eDiário Oficial da União, respectivamente;Assessoria de Imprensa do MPPI, às rádios e blogues locais, para ampla divulgação.Cumpra-se.Oeiras-PI, 09 de junho de 2020.JOSÉ SÉRVIO DE DEUS BARROSPromotor Eleitoral da 94ª ZE/PI

Notícia de Fato nº 01/2020 - SIMP 000023-192/2020Objeto: APURAR SUPOSTA PRÁTICA DE CONDUTA VEDADA A AGENTE PÚBLICOPROMOÇÃO DE ARQUIVAMENTOTrata-se de NOTÍCIA DE FATO instaurada a partir de representação formulada pelo Sr. Vitorino Tavares da Silva Neto, relatando supostautilização indevida da CAÇAMBA PAC DA PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE JOÃO COSTA - PI, que estaria no Município de São João do Piauírealizando serviços para terceiros, em troca de apoio político, sob o comando do Sr. José Roberto Ribeiro, ex-vereador e pré-candidato avereador.Oficiado, o Prefeito Municipal de João Costa - PI informou que o motorista Júlio Cesar foi até São João do Piauí para abastecer a caçamba,quando o mesmo estava no posto de combustível, chegou José Roberto, que o pediu para levar umas telhas e tijolos velhos de sua casa que ficana Travessa Ernesto Carvalho, nº 807, em São João do Piauí para sua outra casa que fica na localidade "Bom Jesus", zona rural de João Costa.Sustenta não haver nenhuma irregularidade, uma vez que estava com o veículo em São João do Piauí e iria retornar para o município de JoãoCosta, após o abastecimento.É o relatório.

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6. GRUPOS REGIONAIS DE PROMOTORIAS INTEGRADAS NO ACOPANHAMENTO DO

COVID - 19 []

6.1. GRUPO DE TRABALHO PARA AUXÍLIO E EXECUÇÃO DE MEDIDAS DE ENFRENTAMENTO AO COVID-19

DE PICOS-PI12229

As provas dos autos - VÍDEOS juntados pelo noticiante, documentos e depoimentos juntados pelo Município de João Costa - demonstram que acaçamba pertencente ao município de João Costa, conduzida pelo motorista e servidor público do município Júlio César Rodrigues, seencontrava em frente da casa do também servidor público municipal José Roberto Ribeiro, localizada na Travessa Ernesto Carvalho, 807, emSão João do Piauí.Não há, no entanto, provas de que estava transportando tijolos ou telhas para a outra casa do servidor José Roberto Ribeiro, localizadano município de João Costa.Ademais, quanto à seara eleitoral, não subsiste a prática de qualquer ilícito. Com efeito, a figura da conduta vedada descrita no art. 73, I, da Lei9.504/97, exige que a cessão de bem móvel seja em benefício de candidato, ou seja, quando já realizado o pedido de registro de candidatura.Nesse sentido, já decidiu o TSE: "a hipótese de incidência do inciso I do referido art. 73 é direcionada as candidaturas postas, não sendopossível cogitar sua aplicação antes de formalizado o registro da candidatura" (Resp 14562/DF, rel. min. Admar Gonzaga Neto, DJe27.08.2014).Restaria, nesse período de pré-registro, eventual abuso de poder político e econômico praticado por pré-candidatos, conforme disciplina o art. 23,da Lei Complementar 64/90. No entanto, no caso concreto, não existe qualquer prova que o transporte das telhas e tijolos ocorreu defato, com a finalidade eleitoral.Por outro lado, os fatos descritos nos autos podem configurar, em tese, ato de improbidade administrativa, conforme descrito no art. 9º, IV, da Lei8.429/92, assim extraia-se cópia integral incluso procedimento para que seja encaminhado ao ofício da improbidade, a fim de que analise asmedidas que entender cabíveis.Ante o exposto, determino o arquivamento do procedimento, o que faço com esteio no art. 4º, caput, inciso III, da Resolução nº 174, de 4 de julhode 2017, do Conselho Nacional do Ministério Público - CNMP.Deixo de submeter a presente decisão de arquivamento da NOTÍCIA DE FATO à homologação dos Órgãos Revisão, com fundamento no art. 5ºda Resolução nº 174, de 4 de julho de 2017, do Conselho Nacional do Ministério Público - CNMP, bem como na Diretriz nº 19 do Provimento nº01/15 da Corregedoria do Ministério Público Federal (CMPF) e art. 57 da Portaria PGE nº 01/2019.Cientifique o noticiante, Sr. Vitorino Tavares da Silva Neto, preferencialmente por correio eletrônico, informando-lhe do cabendo recurso no prazode 10 (dez) dias.Encaminhe-se cópia integral do presente procedimento à 2ª PJ de São João do Piauí para adoção das medidas legais cabíveis.Ainda, para efeitos de dar publicidade a decisão, determino a sua divulgação no Diário Oficial do Ministério Público do Estado do Piauí.Procedam-se às atualizações necessárias no sistema e no livro próprio.Cientifique-se o Centro de Apoio Operacional de Combate à Corrupção e de Defesa do Patrimônio Público do Ministério Público do Estado doPiauí - CACOP-MPPI, por e-mail, de todo o teor desta decisão.Transcorrido o prazo, sem recurso, arquivem-se os autos no âmbito desta Promotoria Eleitoral.São João do Piauí, 22 de junho de 2020.Sebastião Jacson Santos BorgesPromotor Eleitoral

PORTARIA N. 23/2020PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO N. SIMP 000016-090/2020O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ,representado pelos Promotores de Justiça signatários, com fundamento nos arts. 127 e 129, incs. II e III, da Constituição Federal, no art. 26 daLei Federal n. 8.625/93 - Lei Orgânica Nacional do Ministério Público, no art. 36 da Lei Complementar Estadual n. 12/93,Considerando que o Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordemjurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis (CF/88, art. 127);Considerando que é função institucional do Ministério Público zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de relevânciapública aos direitos assegurados na Constituição Federal, promovendo as medidas necessárias a sua garantia (art. 129, inc. II, da Lei Maior);Considerando que a Constituição Federal, nos termos do seu art. 23, é competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dosMunicípios: (...) "V - proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação, à ciência, à tecnologia, à pesquisa, à inovação";Considerando que a mesma Lei Maior dispõe, em seu art. 6º: "São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, otransporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma destaConstituição";Considerando que a Constituição Federal estabelece, em seu art. 205, que a educação, direito de todos e dever do Estado e da família, serápromovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício dacidadania e sua qualificação para o trabalho;Considerando que, no plano infraconstitucional, consta que é direito das crianças, dos adolescentes, dos jovens, bem como dos adultos que nãotiveram acesso na idade própria, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, a efetivação da educação (arts. 4º e53 do Estatuto da Criança e do Adolescente, art. 2º do Estatuto da Juventude e arts. 2º e 37 da Lei n. 9.394/1996 - Lei de Diretrizes e Bases daEducação);Considerando o disposto na Resolução n. 174/2017 do CNMP, que, disciplinando a instauração e a tramitação do procedimento administrativo,tornou obrigatória a sua instauração por "portaria sucinta, com delimitação de seu objeto" (art. 9º);Considerando que, nos termos do art. 8º da mencionada Resolução, o procedimento administrativo é o instrumento próprio da atividade-fimdestinado a: "I - acompanhar o cumprimento das cláusulas de termo de ajustamento de conduta celebrado; II - acompanhar e fiscalizar, de formacontinuada, políticas públicas ou instituições; III - apurar fato que enseje a tutela de interesses individuais indisponíveis; IV - embasar outrasatividades não sujeitas a inquérito civil";Considerando a Notícia de Fato instaurada, em curso, sob o n.000016-090/2020;RESOLVE instaurar o PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVOSIMP n. 000016-090/2020, cujo objeto é acompanhar o cumprimento das orientações contidas na NOTA TÉCNICA CONJUNTA emitida peloCentro de Apoio Operacional de Combate à Corrupção e Defesa do Patrimônio Público - CACOP, e pelo Centro de Apoio Operacional de Defesada Educação e Cidadania- CAODEC, concernentes aos contratos temporários de Profissionais da Educação, nos termos da Lei Municipal editada em consonância com oart. 37, inc. IX, da Constituição Federal, com vistas a garantir o direito à educação dos alunos integrantes da rede municipal de ensino dentro docontexto da pandemia da Covid-19 pelos Municípios de Picos, Santana do Piauí, Geminiano, Sussuapara, Aroeiras do Itaim, São José, Dom

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Expedito Lopes, Francisco Santos, Monsenhor Hipólito, Santo Antônio de Lisboa, Paquetá, Santa Cruz do Piauí, Wall Ferraz, Bocaina, São Luís eSão João da Canabrava, determinando as seguintes providências:registre-se e autue-se com os documentos que seguem;encaminhe-se cópia desta e das recomendações já expedidas ao Centro de Apoio Operacional de Defesa da Educação e Cidadania (CAODEC);afixe-se esta portaria no local de costume e publique-se noDOMPPI;cumpra-se o despacho retro e as diligências ainda faltantes,com certificação nos autos sobre o seu resultado, de acordo com a rotina prevista no Ato PGJ n. 931/2019, em seu art. 5º.Picos, 22 de junho de 2019.ANTONIO CESAR GONCALVESAssinado de forma digital por ANTONIO CESAR GONCALVES BARBOSA:55274706304BARBOSA:55274706304 Dados: 2020.06.22 13:58:38-03'00'ANTÔNIO CÉSAR GONÇALVES BARBOSAPromotor de JustiçaMICHELINE RAMALHO SEREJO SILVAPromotora de Justiça

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