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República Federativa do Brasil Estado do Piauí Ministério Público do Estado do Piauí Diário Oficial Eletrônico ANO IV - Nº 624 Disponibilização: Quarta-feira, 29 de Abril de 2020 Publicação: Quinta-feira, 30 de Abril de 2020 PROCURADORIA-GERAL DE JUSTIÇA CARMELINA MARIA MENDES DE MOURA Procuradora-Geral de Justiça MARTHA CELINA DE OLIVEIRA NUNES Subprocuradora de Justiça Institucional LEONARDO FONSECA RODRIGUES Subprocurador de Justiça Administrativo CLEANDRO ALVES DE MOURA Subprocurador de Justiça Jurídico CLÉIA CRISTINA PEREIRA JANUÁRIO FERNANDES Chefe de Gabinete RAQUEL DO SOCORRO MACEDO GALVÃO Secretária-Geral / Secretária do CSMP Assessor Especial de Planejamento e Gestão _____________________________ CORREGEDORIA-GERAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO LUÍS FRANCISCO RIBEIRO Corregedor-Geral LENIR GOMES DOS SANTOS GALVÃO Corregedora-Geral Substituta JOÃO PAULO SANTIAGO SALES Promotor-Corregedor Auxiliar RODRIGO ROPPI DE OLIVEIRA Promotor-Corregedor Auxiliar ANA ISABEL DE ALENCAR MOTA DIAS Promotor-Corregedor Auxiliar COLÉGIO DE PROCURADORES ANTÔNIO DE PÁDUA FERREIRA LINHARES ANTÔNIO GONÇALVES VIEIRA TERESINHA DE JESUS MARQUES ALÍPIO DE SANTANA RIBEIRO IVANEIDE ASSUNÇÃO TAVARES RODRIGUES ANTÔNIO IVAN E SILVA MARTHA CELINA DE OLIVEIRA NUNES ROSANGELA DE FATIMA LOUREIRO MENDES CATARINA GADELHA MALTA MOURA RUFINO LENIR GOMES DOS SANTOS GALVÃO HOSAIAS MATOS DE OLIVEIRA FERNANDO MELO FERRO GOMES JOSÉ RIBAMAR DA COSTA ASSUNÇÃO TERESINHA DE JESUS MOURA BORGES CAMPOS RAQUEL DE NAZARÉ PINTO COSTA NORMANDO ARISTIDES SILVA PINHEIRO LUÍS FRANCISCO RIBEIRO ZÉLIA SARAIVA LIMA CLOTILDES COSTA CARVALHO HUGO DE SOUSA CARDOSO _____________________________ CONSELHO SUPERIOR DO MINISTÉRIO PÚBLICO CARMELINA MARIA MENDES DE MOURA Presidente LUÍS FRANCISCO RIBEIRO Corregedor-Geral IVANEIDE ASSUNÇÃO TAVARES RODRIGUES Conselheira MARTHA CELINA DE OLIVEIRA NUNES Conselheira FERNANDO MELO FERRO GOMES Conselheiro RAQUEL DE NAZARÉ PINTO COSTA NORMANDO Conselheira

Estado do Piauí Ministério Público do Estado do Piauí ...aplicativos3.mppi.mp.br/diarioeletronico/public/demppi200429_624.pdfProcedimento de Gestão Administrativa nº 19.21.0378.0003011/2020-40

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República Federativa do BrasilEstado do Piauí

Ministério Público do Estado do Piauí

Diário Oficial EletrônicoANO IV - Nº 624 Disponibilização: Quarta-feira, 29 de Abril de 2020

Publicação: Quinta-feira, 30 de Abril de 2020

PROCURADORIA-GERAL DE JUSTIÇA

CARMELINA MARIA MENDES DE MOURAProcuradora-Geral de Justiça

MARTHA CELINA DE OLIVEIRA NUNESSubprocuradora de Justiça Institucional

LEONARDO FONSECA RODRIGUESSubprocurador de Justiça Administrativo

CLEANDRO ALVES DE MOURASubprocurador de Justiça Jurídico

CLÉIA CRISTINA PEREIRA JANUÁRIO FERNANDESChefe de Gabinete

RAQUEL DO SOCORRO MACEDO GALVÃOSecretária-Geral / Secretária do CSMP

Assessor Especial de Planejamento e Gestão

_____________________________

CORREGEDORIA-GERAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO

LUÍS FRANCISCO RIBEIROCorregedor-Geral

LENIR GOMES DOS SANTOS GALVÃOCorregedora-Geral Substituta

JOÃO PAULO SANTIAGO SALESPromotor-Corregedor Auxiliar

RODRIGO ROPPI DE OLIVEIRAPromotor-Corregedor Auxiliar

ANA ISABEL DE ALENCAR MOTA DIASPromotor-Corregedor Auxiliar

COLÉGIO DE PROCURADORES

ANTÔNIO DE PÁDUA FERREIRA LINHARES

ANTÔNIO GONÇALVES VIEIRA

TERESINHA DE JESUS MARQUES

ALÍPIO DE SANTANA RIBEIRO

IVANEIDE ASSUNÇÃO TAVARES RODRIGUES

ANTÔNIO IVAN E SILVA

MARTHA CELINA DE OLIVEIRA NUNES

ROSANGELA DE FATIMA LOUREIRO MENDES

CATARINA GADELHA MALTA MOURA RUFINO

LENIR GOMES DOS SANTOS GALVÃO

HOSAIAS MATOS DE OLIVEIRA

FERNANDO MELO FERRO GOMES

JOSÉ RIBAMAR DA COSTA ASSUNÇÃO

TERESINHA DE JESUS MOURA BORGES CAMPOS

RAQUEL DE NAZARÉ PINTO COSTA NORMANDO

ARISTIDES SILVA PINHEIRO

LUÍS FRANCISCO RIBEIRO

ZÉLIA SARAIVA LIMA

CLOTILDES COSTA CARVALHO

HUGO DE SOUSA CARDOSO

_____________________________

CONSELHO SUPERIOR DO MINISTÉRIO PÚBLICO

CARMELINA MARIA MENDES DE MOURAPresidente

LUÍS FRANCISCO RIBEIROCorregedor-Geral

IVANEIDE ASSUNÇÃO TAVARES RODRIGUESConselheira

MARTHA CELINA DE OLIVEIRA NUNESConselheira

FERNANDO MELO FERRO GOMESConselheiro

RAQUEL DE NAZARÉ PINTO COSTA NORMANDOConselheira

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1. CORREGEDORIA GERAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO []

1.1. ATOS DA CORREGEDORIA GERAL DO MPPI11489

2. EXPEDIENTE DO GABINETE []

2.1. EXTRATO DE DECISÃO11478

ATO Nº 06/2020 - CGMP-PISuspende a realização de correições ordinárias e visitas de inspeção, previstos no ATO Nº 04/2019-CGMP-PI, em função da pandemia deCOVID-19, e dá outras providências.O CORREGEDOR-GERAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, Dr. Luís Francisco Ribeiro, no exercício das atribuiçõesconferidas pelo artigo 17, I e II da Lei nº 8.625/1993,art. 25, caput, c.c. art. 142 e seguintes da Lei Complementar nº 12, de 18 de dezembro de1993 e nos termos da Resolução nº 149/2016 do CNMP:CONSIDERANDO o ATO Nº 03/2020, de 18 de março de 2020, que, em seu artigo 1º, suspendeu a realização de correições e inspeções;CONSIDERANDO o ATO Nº 04/2020, de 15 de abril de 2020, o qual, prorrogou o regime de teletrabalho na Corregedoria Geral do MinistérioPúblico do Piauí, inclusive com a suspensão da participação dos membros e servidores nas correições e inspeções presenciais;CONSIDERANDO o ATO Nº 05/2020, de 22 de abril de 2020, o qual, conferiu novo disciplinamento às atividades de correições e visitas deinspeções, inclusive introduzindo a modalidade de correição virtual em nosso Parquet;CONSIDERANDO a RECOMENDAÇÃO DE CARÁTER GERAL CNMP-CN Nº 02, DE 06 DE ABRIL DE 2020, mormente o disposto nos art. 5º e7º, que determina às Corregedorias que realizem aferição do trabalho dos membros durante o período de teletrabalho;CONSIDERANDO a PORTARIA CGMPPI Nº 35/2020, de 28 de abril de 2020, a qual deflagra procedimento de CORREIÇÃO EXTRAORDINÁRIAnas Promotorias e Procuradorias de Justiça do Ministério Público do Piauí, com a finalidade avaliar a atuação dos colegas nesta época dequarentena onde foi instituído o teletrabalho;RESOLVE:Art. 1º. Converter as visitas de inspeção, previstas no ATO CGMP Nº 04/2019, em correições ordinárias.Art. 2º. Suspender, em caráter temporário e excepcional, a realização das correições ordinárias, inclusive as anteriormente previstas como visitasde inspeção, estabelecidas no Calendário Anual, do ATO CGMP Nº 04/2019, como meio de restringir o contato social, diminuindo a circulação eaglomeração de pessoas com o fim de prevenir e conter o contágio pelo COVID-19 em prol da saúde pública.Art. 3º. A suspensão prevista no artigo 1º deste Ato, não se aplica:I - às Correições Extraordinárias;II - às Inspeções, cujos fatos ensejadores tenham ocorrido após o início do teletrabalho (18 de março de 2020) e cuja apuração possa ocorrer namodalidade virtual.Art. 3º. Este Ato entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.Teresina (PI), 28 de abril de 2020.LUIS FRANCISCO RIBEIROCORREGEDOR-GERAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO

Extrato de DecisãoProcedimento de Gestão Administrativa nº 19.21.0378.0003011/2020-40Requerente: Mário Alexandre Costa NormandoRequerido: Procuradoria-Geral de JustiçaAssunto: Solicitação de DiáriasDefiro, nos termos da Resolução CSMP nº 13/2013, o pagamento de 03 (três) diária e ½ (meia) ao PROMOTOR DE JUSTIÇA MÁRIOALEXANDRE COSTA NORMANDO, referentes a seu deslocamento, nos dias 27 a 30 de janeiro de 2020, para responder pela 1ª Promotoria deJustiça de Valença-PI, conforme Portaria PGJ nº 2609/2019.Teresina-PI, 27 de janeiro de 2020Carmelina Maria Mendes de MouraProcuradora-Geral de JustiçaExtrato de DecisãoProcedimento de Gestão Administrativa nº 19.21.0378.0003013/2020-83Requerente: João Batista de Castro FilhoRequerido: Procuradoria-Geral de JustiçaAssunto: Solicitação de DiáriasDefiro, nos termos da Resolução CSMP nº 13/2013, o pagamento de 03 (três) diária e ½ (meia) ao PROMOTOR DE JUSTIÇA JOÃO BATISTADE CASTRO FILHO, referentes a seu deslocamento, nos dias 16 a 19 de dezembro de 2019, para responder pela Promotoria de Justiça deMarcos Parente-PI, conforme Portaria PGJ nº 1184/2019.Teresina-PI, 27 de janeiro de 2020Carmelina Maria Mendes de MouraProcuradora-Geral de JustiçaExtrato de DecisãoProcedimento de Gestão Administrativa nº 19.21.0378.0003014/2020-56Requerente: Emmanuelle Martins Neiva Dantas Rodrigues BeloRequerido: Procuradoria-Geral de JustiçaAssunto: Solicitação de DiáriasDefiro, nos termos da Resolução CSMP nº 13/2013, o pagamento de 03 (três) diárias e ½ (meia) à PROMOTORA EMMANUELLE MARTINSNEIVA DANTAS RODRIGUES BELO, relativo a seu deslocamento ao município de Teresina-PI, para integrar o Grupo de Atuação Especial deControle Externo da Atividade Policial - GACEP, nos dias 07 a 10 de janeiro de 2020, conforme Portaria PGJ/PI nº 1.774/2018.Teresina-PI, 23 de janeiro de 2020Carmelina Maria Mendes de MouraProcuradora-Geral de JustiçaExtrato de DecisãoProcedimento de Gestão Administrativa nº 19.21.0378.0003015/2020-29Requerente: Marcelo de Jesus Monteiro AraújoRequerido: Procuradoria-Geral de JustiçaAssunto: Solicitação de Diárias

Diário Eletrônico do MPPIANO IV - Nº 624 Disponibilização: Quarta-feira, 29 de Abril de 2020 Publicação: Quinta-feira, 30 de Abril de 2020

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Defiro, nos termos da Resolução CSMP nº 13/2013, o pagamento de 03 (três) diárias e ½ (meia) ao PROMOTOR DE JUSTIÇA MARCELO DEJESUS MONTEIRO ARAÚJO, referente a seu deslocamento, nos dias 20 a 23 de janeiro de 2020, para responder pela 2ª Promotoria de Justiçade Piracuruca-PI.Teresina-PI, 27 de janeiro de 2020Carmelina Maria Mendes de MouraProcuradora-Geral de JustiçaExtrato de DecisãoProcedimento de Gestão Administrativa nº 19.21.0378.0003017/2020-72Requerente: Gina Almeida dos SantosRequerido: Procuradoria-Geral de JustiçaAssunto: Solicitação de DiáriasDefiro, nos termos do Ato PGJ nº 414/2013, o pagamento do valor referente a ½ (meia) diária, à SERVIDORA GINA ALMEIDA DOS SANTOS,em decorrência do seu deslocamento, no dia 16 de dezembro de 2019 à cidade de Teresina-PI, para participar de reunião com os integrantes doComitê de Saúde e Qualidade de Vida no Trabalho - SQVT, dia 16 de dezembro de 2019, em Teresina-PI, com vistas à construção doscalendários de atividades para o ano de 2020 e demais orientações necessárias.Teresina-PI, 30 de janeiro de 2020Carmelina Maria Mendes de MouraProcuradora-Geral de JustiçaExtrato de DecisãoProcedimento de Gestão Administrativa nº 19.21.0378.0003018/2020-45Requerente: Faruk Morais AragãoRequerido: Procuradoria-Geral de JustiçaAssunto: Solicitação de DiáriasDefiro, nos termos do Ato PGJ nº 414/2013, o pagamento do valor referente a 02 (duas) diárias e ½ (meia), a(o) SERVIDOR(A) FARUK MORAISARAGAO, por deslocamento, nos dias 30 de janeiro a 01 de fevereiro de 2020, para realizar perícias no município de São Raimundo Nonato-PI,conforme Portaria PGJ nº 84/2020.Teresina-PI, 29 de janeiro de 2020Carmelina Maria Mendes de MouraProcuradora-Geral de JustiçaExtrato de DecisãoProcedimento de Gestão Administrativa nº 19.21.0378.0003019/2020-18Requerente: André Castelo Branco RibeiroRequerido: Procuradoria-Geral de JustiçaAssunto: Solicitação de DiáriasDefiro, nos termos do Ato PGJ nº 414/2013, o pagamento do valor referente a 01 (uma) diária e ½ (meia), ao SERVIDOR ANDRÉ CASTELOBRANCO RIBEIRO, em decorrência do seu deslocamento, nos dias 16 a 17 de janeiro de 2020, para realizar perícias nos municípios de MorroCabeça do Tempo e Avelino Lopes, conforme Portaria PGJ/PI nº 282/2020.Teresina-PI, 05 de fevereiro de 2020Carmelina Maria Mendes de MouraProcuradora-Geral de JustiçaExtrato de DecisãoProcedimento de Gestão Administrativa nº 19.21.0378.0003020/2020-88Requerente: João Mendes Benigno FilhoRequerido: Procuradoria-Geral de JustiçaAssunto: Solicitação de DiáriasDefiro, nos termos da Resolução CSMP nº 13/2013, o pagamento de 02 (duas) diárias e ½ (meia) ao PROMOTOR DE JUSTIÇA JOÃO MENDESBENIGNO FILHO, referente a seu deslocamento, dos dias 27 a 29 de janeiro de 2020, para responder pela Promotoria de Justiça de Inhuma-PI,conforme Portaria PGJ/PI Nº 52/2020.Teresina-PI, 24 de janeiro de 2020Carmelina Maria Mendes de MouraProcuradora-Geral de JustiçaExtrato de DecisãoProcedimento de Gestão Administrativa nº 19.21.0378.0003022/2020-34Requerente: Sílvio Viana VilarinhoRequerido: Procuradoria-Geral de JustiçaAssunto: Solicitação de DiáriasDefiro, nos termos do Ato PGJ nº 414/2013, o pagamento do valor referente a ½ (meia) diária, ao colaborador eventual SÍLVIO VIANAVILARINHO, em decorrência do seu deslocamento, no dia 20 de janeiro de 2020 à cidade de Teresina-PI, para apresentar a peça teatral 'Qualcaminho devo seguir?', no evento de lançamento do Plano Geral de Atuação (PGA) 2020/2021 conforme Despacho PGJ.Teresina-PI, 30 de janeiro de 2020Carmelina Maria Mendes de MouraProcuradora-Geral de JustiçaExtrato de DecisãoProcedimento de Gestão Administrativa nº 19.21.0378.0003023/2020-07Requerente: Alcione Rodrigues da CostaRequerido: Procuradoria-Geral de JustiçaAssunto: Solicitação de DiáriasDefiro, nos termos do Ato PGJ nº 414/2013, o pagamento do valor referente a ½ (meia) diária, ao colaborador eventual ALCIONE RODRIGUESDA COSTA, em decorrência do seu deslocamento, no dia 20 de janeiro de 2020 à cidade de Teresina-PI, para apresentar a peça teatral 'Qualcaminho devo seguir?', no evento de lançamento do Plano Geral de Atuação (PGA) 2020/2021 conforme Despacho PGJ.Teresina-PI, 30 de janeiro de 2020Carmelina Maria Mendes de MouraProcuradora-Geral de JustiçaExtrato de DecisãoProcedimento de Gestão Administrativa nº 19.21.0378.0003024/2020-77Requerente: Marcele Siqueira OliveiraRequerido: Procuradoria-Geral de JustiçaAssunto: Solicitação de Diárias

Diário Eletrônico do MPPIANO IV - Nº 624 Disponibilização: Quarta-feira, 29 de Abril de 2020 Publicação: Quinta-feira, 30 de Abril de 2020

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3. SECRETARIA GERAL []

3.1. PORTARIAS PGJ11473

3.2. ATOS PGJ11490

Defiro, nos termos do Ato PGJ nº 414/2013, o pagamento do valor referente a ½ (meia) diária, ao colaborador eventual MARCELE SIQUEIRAOLIVEIRA, em decorrência do seu deslocamento, no dia 20 de janeiro de 2020 à cidade de Teresina-PI, para apresentar a peça teatral 'Qualcaminho devo seguir?', no evento de lançamento do Plano Geral de Atuação (PGA) 2020/2021 conforme Despacho PGJ.Teresina-PI, 30 de janeiro de 2020Carmelina Maria Mendes de MouraProcuradora-Geral de JustiçaExtrato de DecisãoProcedimento de Gestão Administrativa nº 19.21.0378.0003025/2020-50Requerente: Gediel Thawê Lima dos SantosRequerido: Procuradoria-Geral de JustiçaAssunto: Solicitação de DiáriasDefiro, nos termos do Ato PGJ nº 414/2013, o pagamento do valor referente a ½ (meia) diária, ao colaborador eventual GEDIEL THAWÊ LIMADOS SANTOS, em decorrência do seu deslocamento, no dia 20 de janeiro de 2020 à cidade de Teresina-PI, para apresentar a peça teatral 'Qualcaminho devo seguir?', no evento de lançamento do Plano Geral de Atuação (PGA) 2020/2021 conforme Despacho PGJ.Teresina-PI, 30 de janeiro de 2020Carmelina Maria Mendes de MouraProcuradora-Geral de JustiçaExtrato de DecisãoProcedimento de Gestão Administrativa nº 19.21.0378.0003026/2020-23Requerente: Marcília Araújo TavaresRequerido: Procuradoria-Geral de JustiçaAssunto: Solicitação de DiáriasDefiro, nos termos do Ato PGJ nº 414/2013, o pagamento do valor referente a ½ (meia) diária, ao colaborador eventual MARCÍLIA ARAÚJOTAVARES, em decorrência do seu deslocamento, no dia 20 de janeiro de 2020 à cidade de Teresina-PI, para apresentar a peça teatral 'Qualcaminho devo seguir?', no evento de lançamento do Plano Geral de Atuação (PGA) 2020/2021 conforme Despacho PGJ.Teresina-PI, 30 de janeiro de 2020Carmelina Maria Mendes de MouraProcuradora-Geral de Justiça

PORTARIA PGJ/PI Nº 973/2020 - REPUBLICAÇÃO POR INCORREÇÃOA PROCURADORA-GERAL DE JUSTIÇA, CARMELINA MARIA MENDES DE MOURA, no uso das atribuições conferidas pelo artigo 12, incisoXIV, alínea "f", da Lei Complementar Estadual nº 12/93, em conformidade com o Ato PGJ/PI nº 835/18;R E S O L V EDESIGNAR o Promotor de Justiça MARCELO DE JESUS MONTEIRO ARAÚJO, titular da 4ª Promotoria de Justiça de Piripiri, para, sem prejuízode suas funções, responder pela 1ª Promotoria de Justiça de Piripiri, de 04 de maio a 02 de junho de 2020, em razão das férias do titular.REGISTRE-SE, PUBLIQUE-SE E CUMPRA-SE.PROCURADORIA-GERAL DE JUSTIÇA, em Teresina (PI), 28 de abril de 2020.CARMELINA MARIA MENDES DE MOURAProcuradora-Geral de JustiçaPORTARIA PGJ/PI Nº 970/2020A PROCURADORA-GERAL DE JUSTIÇA,CARMELINA MARIA MENDES DE MOURA, no uso das atribuições legais e,CONSIDERANDO a decisão, em caráter liminar, proferida pelo Conselheiro Relator Fernando Melo Ferro Gomes, nos termos do Procedimentode Gestão Administrativa (GEDOC nº 000040-226/2020),R E S O L V ECONCEDER de 23 de abril a 22 de maio de 2020, 30 (trinta) dias de licença para tratamento de saúde à Promotora de Justiça MIRNA ARAÚJONAPOLEÃO LIMA, titular da Promotoria de Justiça de São Miguel do Tapuio, nos termos do inc. I do art. 103 da Lei Complementar nº 12, de 18de dezembro de 1993 c/c a Resolução 06/2018 - CSMP/PI.Retroajam-se os efeitos da presente Portaria ao dia 23/04/2020.REGISTRE-SE, PUBLIQUE-SE E CUMPRA-SE.PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA, em Teresina (PI), 29 de abril de 2020.CARMELINA MARA MENDES DE MOURAProcuradora-Geral de Justiça

ATO PGJ Nº 1002/2020Altera o ATO PGJ nº 995/2020.A PROCURADORA-GERAL DE JUSTIÇA, no uso de suas atribuições legais, especialmente as definidas no art. 12, incisos I e V, da LeiComplementar Estadual nº 12/93 e no art. 10, incisos I e V, da Lei Federal nº 8.625/1993;CONSIDERANDO a necessidade de prorrogar, no âmbito do Ministério Público do Estado do Piauí, o prazo previsto no art. 2º do ATO PGJ Nº995/2020 (alterado pelo ato PGJ Nº 996/2020), no tocante às medidas em caráter temporário e excepcional de prevenção ao contágio pelo NovoCoronavírus (COVID-19);CONSIDERANDO a previsão do art. 13 do ATO PGJ Nº 995/2020 (alterado pelo ato PGJ Nº 996/2020);RESOLVE:Art. 1º O caput do art. 2º do ATO PGJ Nº 995/2020, de 17 de março de 2020, (alterado pelo ato PGJ Nº 996/2020, de 18 de março de 2020),passa a vigorar com a seguinte alteração:"Art. 2º. Ficam suspensos os prazos de processos administrativos e de feitosextrajudiciais até o dia 15 de maio de 2020, ressalvando-se os casos urgentes e inadiáveis, incluindo-se o seguinte: (...) "(NR).Art. 2º Este Ato entra em vigor na data de sua publicação, revogando-se as disposições em contrário.Registre-se. Publique-se. Cumpra-se.Teresina-PI, 29 de abril de 2020.Carmelina Maria Mendes de MouraProcuradora-Geral de JustiçaATO PGJ Nº 1003/2020

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4. SUBPROCURADORIA DE JUSTIÇA JURÍDICA []

4.1. PORTARIAS SJJ11475

Altera o ATO PGJ nº 997/2020.A PROCURADORA-GERAL DE JUSTIÇA, no uso de suas atribuições legais, especialmente as definidas no art. 12, incisos I e V, da LeiComplementar Estadual nº 12/93 e no art. 10, incisos I e V, da Lei Federal nº 8.625/1993;CONSIDERANDO a necessidade de prorrogar, no âmbito do Ministério Público do Estado do Piauí, o período de teletrabalho e da suspensão doexpediente presencial, em caráter temporário e excepcional, como medida de prevenção ao contágio pelo Novo Coronavírus (COVID-19);CONSIDERANDO a previsão do art. 1º, §3º, do ATO PGJ Nº 997/2020;RESOLVE:Art. 1º O art. 1º do ATO PGJ Nº 997/2020, de 20 de março de 2020, passa a vigorar com a seguinte alteração:"Art. 1º Instituir, em caráter temporário e excepcional, o regime de teletrabalho, nos termos do ATO PGJ Nº 995/2020 (alterado pelo ATO PGJ Nº996/2020), com a suspensão do expediente presencial do Ministério Público do Estado do Piauí, inclusive a participação dos membros nos atos,sessões colegiadas e audiências judiciais, até o dia 15 de maio de 2020, como meio de restringir o contato social, diminuindo a circulação eaglomeração de pessoas com o fim de prevenir e conter o contágio pelo COVID-19 em prol da saúde pública, ressalvadas situações queimpossibilitem a sua adoção."(NR).Art. 2º Este Ato entra em vigor na data de sua publicação, revogando-se as disposições em contrário.Registre-se. Publique-se. Cumpra-se.Teresina-PI, 29 de abril de 2020.Carmelina Maria Mendes de MouraProcuradora-Geral de Justiça

PORTARIA SJJ Nº 04/2020Instaura Procedimento Administrativo para acompanhar a política pública implementada no Estado do Piauí para prevenção e enfrentamento daCovid-19.O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, por intermédio de seu Subprocurador de Justiça Jurídico, no uso das atribuições que lhes sãoconferidas pelos arts. 127, 129, III, da Constituição Federal, art. 26, I e art. 29, VIII da Lei n° 8.625/93 e art. 37, incisos I, V e VI, combinado com oart. 11, inciso II, alínea c, e inciso XI do art. 39, todos da Lei Complementar Estadual nº 12/93;CONSIDERANDO nesta data o recebimento, via Edoc, do Ofício nº 142/2020/MPPI/PGJ/CAODS, expedido em 27 de abril de 2020, pela M.D.Coordenadora do Centro de Apoio Operacional de Defesa da Saúde - CAODS, Promotora de Justiça Cláudia Seabra, no qual apresentasugestões de atuação em virtude da Pandemia de COVID-19;CONSIDERANDO as demandas referidas nos Ofícios CAODS nº 133/2020, 134/2020 e 138/2020, e a apresentação de sugestões pararealização de ações governamentais imprescindíveis ao enfrentamento da Pandemia causada pelo novo CORONAVÍRUS, a seremacompanhadas no bojo de Procedimento Administrativo visando auxiliar os órgãos de execução, não obstante a necessidade de se prevenir afragmentação da atuação ministerial:CONSIDERANDO ainda, o Ato PGJ nº 894/2019, que delegou à Subprocuradoria de Justiça Jurídica a atribuição para atuar nos processosjudiciais e procedimentos extrajudiciais de natureza cível e criminal de atribuição do Procurador Geral de Justiça, perante qualquer juízo outribunal, com todas as prerrogativas do Ministério Público;CONSIDERANDO que a Resolução CNMP nº 174, de 04 de julho de 2017, autoriza a instauração de PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO, paraacompanhar e fiscalizar, de forma continuada, políticas públicas ou institucionais;CONSIDERANDO que o Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa daordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis, nos termos do art. 127, caput, da Constituição daRepública;CONSIDERANDO que, segundo o artigo 196 da Constituição Federal: "a saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticassociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços parasua promoção, proteção e recuperação";CONSIDERANDO o disposto na Lei n° 13.979, de 06 de fevereiro de 2020, que dispõe sobre as medidas para enfrentamento da emergência emsaúde pública de importância internacional, ocasionada pelo surto de coronavírus no final de 2019;CONSIDERANDO o Decreto Estadual nº 18.884, de 16 de março de 2020, que regulamenta a Lei nº 13.979/2020, para dispor no âmbito doEstado do Piauí, sobre as medidas de emergência de saúde pública de importância internacional e tendo em vista a classificação da situaçãomundial do novo coronavírus;CONSIDERANDO o decreto de calamidade pública emitido para o recebimento de receitas e realização de investimentos no enfrentamento àPandemia do conoravirus (COVID19), inclusive, sem a necessidade de realização de licitação para aquisição de bens e contratação de serviços;CONSIDERANDO que referidos recursos destinam-se a mais variada aplicação nos campos da segurança e saúde pública, sistema carcerário,educação e patrimônio público, dentre outros;CONSIDERANDO a instituição do Gabinete de Acompanhamento e Prevenção do Contágio pelo Coronavírus (COVID - 19), por meio da PortariaPGJ nº 839/2020, no âmbito do Ministério Público do Piauí, por meio do qual foram realizadas diligências para acompanhar a implementação depolíticas pelo Estado do Piauí no enfrentamento da COVID-19;RESOLVE:Instaurar o presente PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO, com fundamento nos arts. 8º a 13º da Resolução CNMP nº 174, de 04 de julho de2017, tendo por objeto o "acompanhamento da política pública implementada pelo MUNICÍPIO DE TERESINA para prevenção eenfrentamento ao COVID-19", verificando, dentre outras medidas, a adoção daquelas necessárias para se garantir a estruturação do sistemapúblico de saúde e a transparência no repasse e investimento de recursos que lhe são destinados, determinando, inicialmente, as seguintesprovidências:1. Autuação do presente procedimento, juntamente com os documentos que originaram sua instauração, bem como o registro no SIMP;2. Remessa desta portaria ao Conselho Superior do Ministério Público-CSMP/MPPI e ao Centro de Apoio Operacional de Defesa da Saúde -CAODS, por e-mail, para conhecimento;3. Remessa desta portaria, por meio eletrônico, à Secretaria-Geral do Ministério Público para a devida divulgação na imprensa oficial, propiciandoa publicação e registro desta no sítio eletrônico da Procuradoria-Geral de Justiça;4. A juntada aos autos dos seguintes documentos:4.1. Normas Municipais relacionadas ao enfrentamento do COVID-19, publicadas após a declaração de "emergência em saúde pública deimportância nacional", em decorrência da possibilidade de infecção humana pelo Coronavírus, segundo orientação expedida pelo Ministério daSaúde, em 03 de fevereiro de 2020, por meio da Portaria GM/MS nº 188/2020;4.2. Plano Municipal de Contingência para o Enfrentamento da Infecção Humana pelo CoronaVírus (COVID19), elaborado pelo Município deTeresina;4.3. Cópia dos ofícios porventura expedidos pelo Gabinete de Acompanhamento e Prevenção do Contágio pelo Coronavírus (COVID - 19),

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5. PROMOTORIAS DE JUSTIÇA []

5.1. 4ª PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE FLORIANO-PI11467

presidido pela Procuradora-Geral de Justiça, ao Exmo. Sr. Prefeito Municipal de Teresina e ao Secretário Municipal de Saúde;4.4. Cópias dos Ofícios com respectivas informações eventualmente encaminhadas pelo Exmo. Sr. Prefeito Municipal de Teresina eSecretário Municipal de Saúde.5. Notifique-se o Exmo. Sr. Prefeito Municipal de Teresina para, no prazo de 5 (cinco) dias, apresentar as seguintes informações:5.1. Se há Portal da Transferência especificamente criado para inclusão de todas as informações referentes às receitas e despesas realizadas naárea da saúde em face do COVID-19, ou estas são incluídas no Portal da Transparência do Município de Teresina, indicando o link de acesso.No caso de inexistência ou não inclusão de informações em Portal da Transparência, até o presente momento, requisite-se a apresentação deinformações discriminadas quanto:5.1.1 - aos valores orçamentários e a execução de despesas, como decretos e atos administrativos que autorizam a realocação de recursos ouabrem créditos adicionais;5.1.2 - os contratos administrativos de prestação e fornecimento de bens e serviços, nota de empenho, liquidação e pagamento, descrição dobem e/ou serviço, o quantitativo, o valor unitário e total da aquisição, a data da compra e o nome do fornecedor, inclusive CNPJ;5.1.3 - Comprove todas as receitas e gastos públicos relacionados especificamente ao enfrentamento e mitigação da pandemia decorrente doCOVID-19, tudo em conformidade ao disposto no artigo 4º, parágrafo 2º, da Lei 13.979/2020, e de acordo com o item 5.14, da Nota Técnica01/20, do TCE/PI; e do item 7, da Nota Técnica Orientativa do Gabinete de Acompanhamento e Prevenção à COVID-19 (GAP-COVID19), doMinistério Público do Piauí.5.1.4 - Informe a reprogramação financeira prevista no orçamento deste ano e destinada para o custeio das ações e serviços públicos de saúde,durante o estado de calamidade pública decretado em virtude da PANDEMIA ocasionada pelo Coronavírus;6 - Notifique-se o Secretário Municipal de Saúde de Teresina-PI para, no prazo de 5 (cinco) dias, adotar as seguintes providências:6.1 - Sempre que for atualizado o Plano de Ações decorrente do Plano de Contingência para enfrentamento da Covid-19, deverá a autoridadenotificada apresentar respectivas informações, destacando:6.1.1 - quais os hospitais da rede pública, filantrópica ou privada para atendimento dos casos de Covid-19, discriminando quantos leitos clínicos ede UTI são destinados a esse atendimento em cada um dos hospitais e o incremento de leitos NOVOS de UTI;6.1.2 - qual o fluxo de acesso dos pacientes aos leitos desses hospitais, especialmente, aos leitos dos hospitais privados;6.1.3 - apresentar cópia dos contratos firmados com hospitais privados e filantrópicos referente a compra ou locação de leitos clínicos e de UTIpara servir aos pacientes do SUS, indicando quais os parâmetros para mensuração dos valores contratados e qual a fonte de recursos parapagamento desses leitos;6.1.4 - sobre Equipamentos de Proteção Individuais (EPIs), Testes e ventiladores informar, quinzenalmente, para o e-mail:[email protected], a relação dos equipamentos de proteção individual, os testes e os ventiladores adquiridos com recursosdo tesouro estadual e a respectiva distribuição para os hospitais, municípios piauienses e outros órgãos\secretarias.7 - Dê-se conhecimento da instauração do presente Procedimento ao CAODS, e, empós, providencie-se o compartilhamento das informaçõesrecebidas com o órgão, com a atenção e celeridade que o caso requer.Registre-se. Publique-se. Cumpra-se.Ultimadas as providências preliminares, à conclusão.Teresina-PI, 27 de abril de 2020.CLEANDRO MOURASubprocurador de Justiça Jurídico

PORTARIA nº 02/2020O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, por seu Promotor de Justiça adiante assinado, no exercício de suas funções legais econstitucionais, especialmente com espeque nos arts. 127, caput[1], e 129, II e III[2], da Constituição Federal,CONSIDERANDO que é direito do preso a integridade física e moral, conforme art. 5º, XLIX[3], da Constituição Federal, bem como a assistênciamaterial, à saúde e social, consoante art. 41, VII[4], da Lei de Execuções Penais;CONSIDERANDO que a saúde é direito de todos e dever do Estado, tratando-se de direito social tal como a redução dos riscos inerentes aotrabalho, através de normas de saúde, higiene e segurança, de acordo com o art. 196, caput[5], e arts. 6º, caput[6], e 7º, XXII[7], da ConstituiçãoFederal;CONSIDERANDO que, em 11 de março de 2020, a Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou pandemia para o coronavírus (COVID-19),dada a propagação do vírus por todo o mundo;CONSIDERANDO o alto poder de contágio do coronavírus, o que motivou as orientações da OMS e do Ministério da Saúde no sentido de oisolamento social ser a medida mais eficaz para a não contaminação;CONSIDERANDO a dificuldade de isolamento no sistema prisional brasileiro, bem como a necessidade de adoção de providências urgentes paraevitar a disseminação da COVID-19 nas unidades carcerárias, o que poderia provocar a morte de presos e de servidores públicos que ládesempenham as suas funções;CONSIDERANDO a Portaria Interministerial nº 07, de 18 de março de 2020, do Ministério da Justiça e Segurança Pública e da Saúde, quedispõe sobre as medidas de enfrentamento da emergência de saúde pública previstas na Lei nº 13.979, de 6 de fevereiro de 2020, no âmbito doSistema Prisional;CONSIDERANDO a Resolução CNMP nº 174/2017, que disciplina o procedimento administrativo com o objetivo de acompanhar e fiscalizarcontinuadamente políticas públicas e instituições;CONSIDERANDO a Resolução CNMP nº 56/2010, que prevê uma atuação uniforme dos Membros do Ministério Público no controle do sistemacarcerário;RESOLVE instaurar o Procedimento Administrativo nº 01/2020, com o objetivo de acompanhar e fiscalizar as políticas públicas desenvolvidaspela Secretaria de Justiça do Estado do Piauí - SEJUS, bem como pela Diretoria da Unidade Prisional GONÇALO DE CASTRO LIMA - VEREDAGRANDE, no sentido de prevenir e eventualmente tratar as pessoas privadas de liberdade, bem como os servidores públicos que apresentemalguns dos sintomas sugestivos da COVID-19, determinando, para tanto:1 - A juntada dos seguintes documentos remetidos pelo Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Justiça Criminais - CAOCRIM:Ofício nº 25/2020 remetido pelo CAOCRIM ao Gabinete de Acompanhamento e Prevenção da COVID-19, instalado no âmbito do MinistérioPúblico do Estado do Piauí pela Procuradora Geral de Justiça, sugerindo fosse oficiado à Secretaria de Justiça do Estado do Piauí - SEJUS, paraque esclarecesse as medidas adotadas para coibir a propagação do coronavírus no sistema prisional do Estado;Ofício nº 305/2020 da SEJUS, respondendo ao Ofício nº 25/2020;Nota Técnica elaborada pela SEJUS com orientações para prevenção do contágio por coronavírus no sistema prisional do Piauí;Nota Preventiva elaborada pela SEJUS e dirigida às Unidades de Alimentação e Nutrição das Unidades Prisionais do Estado do Piauí;Portaria/GSJ/Nº 115/2020, que institui ações preventivas de controle e prevenção objetivando conter o impacto do coronavírus (COVID-19) noSistema Prisional do Piauí;

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5.2. 2ª PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE VALENÇA DO PIAUÍ-PI11469

Portaria/GSJ/Nº 116/2020 e 155/2020, que suspendem as visitas sociais e íntimas, os atendimentos de advogados e defensores públicos,serviços de assistência religiosa, recambiamentos interestaduais e as escoltas dos presos custodiados no Sistema Prisional do Piauí como formade prevenção, controle e contenção de riscos do novo cornavírus e dá outras providências;Folders informativos formatados pela SEJUS direcionados ao público interno e aos profissionais das unidades prisionais.Portaria Interministerial nº 07, de 18 de março de 2020, da lavra dos Ministérios da Justiça e Segurança Pública e da Saúde, que estabelece osfluxos e protocolos a serem seguidos para prevenir e tratar casos suspeitos de contágio pela COVID-19;2 - Oficiar ao Diretor da Unidade Prisional de GONÇAOLO DE CASTRO LIMA para que informe acerca do cumprimento dos fluxos e dosprotocolos instituídos na lei nº 13.979/2020 e na Portaria Interministerial nº 07, de 18 de março de 2020, referendados na Nota Técnica daSEJUS, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, especialmente:2.1 - Há espaço reservado para o isolamento de preso ou profissional que eventualmente apresente suspeitas da COVID-19?2.2 - Há equipamentos de proteção individual em número minimamente suficiente para atender eventual demanda? E quais equipamentos?2.3 - Houve isolamento preventivo de presos inseridos no grupo de risco?2.4 - Há espaço e equipamentos disponíveis para a realização de audiências por videoconferência?3 - Informe-se ao CAOCRIM e ao CAODS, com cópia desta Portaria.4 - Publique-se no D.O.E.Floriano/PI, 28 de abril de 2020.DANILO CARLOS RAMOS HENRIQUESPromotor de Justiça[1] Art. 127. O Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica,do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis.[2] Art. 129. São funções institucionais do Ministério Público:II - zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de relevância pública aos direitos assegurados nesta Constituição,promovendo as medidas necessárias a sua garantia;III - promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente e de outros interessesdifusos e coletivos;[3] Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no Paísa inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:XLIX - é assegurado aos presos o respeito à integridade física e moral;[4] Art. 41 - Constituem direitos do preso:VII - assistência material, à saúde, jurídica, educacional, social e religiosa;[5] Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco dedoença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.[6] Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social,a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição.[7] Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social:XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança;

Ref. PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO (PA) n. 30/2020RECOMENDAÇÃO Nº 108/2020O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, por seu Promotor de Justiça adiante assinado, no exercício de suas funções legais, econstitucionais, especialmente escudado no art. 5º, incisos I, II, V, VIIX, XI e XVI, da Lei Complementar Estadual n° 36/2004, eCONSIDERANDO que o Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa daordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis (CF, art. 127);CONSIDERANDO que, segundo o artigo 196 da Constituição Federal (CF): "a saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediantepolíticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações eserviços para sua promoção, proteção e recuperação";CONSIDERANDO que a educação é direito público fundamental, nos termos do art. 6º da Carta Magna de 1988;CONSIDERANDO que nos termos do art. 23, V, da CF de 1988, é responsabilidade da União, Estado, Distrito Federal e Município proporcionaros meios de acesso à cultura, à educação e à ciência;CONSIDERANDO que, nos termos do art. 205 da CF, a educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivadacom a colaboração da sociedade, visando o pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação parao trabalho;CONSIDERANDO que os incisos I, IV e VI do artigo 206 da Lei Maior (CF) estabelecem, respectivamente, como princípios para a educação: aigualdade de condições para o acesso e permanência na escola; a gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais e a gestãodemocrática do ensino público. Previsões reiteradas pela LDB e ECA;CONSIDERANDO que, em 30.01.2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que o surto da doença causada pelo Coronavírus(COVID-19) constitui Emergência de Saúde Pública de importância Internacional (ESPII);CONSIDERANDO que a ESPII é considerada, nos termos do Regulamento Sanitário Internacional (RSI), "um evento extraordinário que podeconstituir um risco de saúde pública para outros países devido a disseminação internacional de doenças; e potencialmente requer uma respostainternacional coordenada e imediata";CONSIDERANDO que o Ministério da Saúde, em 03.02.2020, através da Portaria GM/MS nº 188/2020, declarou "emergência em saúde públicade importância nacional", em decorrência da infecção humana pelo Coronavírus, considerando que a situação atual demanda o emprego urgentede medidas de prevenção, controle e contenção de riscos, danos e agravos à saúde pública;CONSIDERANDO que, em 11.03.2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou pandemia para o Coronavírus, ou seja, momento emque uma doença se espalha por diversos continentes com transmissão comunitária entre humanos;CONSIDERANDO que a classificação da situação mundial do novo coronavírus (COVID-19, SARSCoV-2) como pandemia significa o riscopotencial da doença infecciosa atingir a população mundial de forma simultânea, não se limitando a locais que já tenham sido identificadas comode transmissão interna;CONSIDERANDO a Nota Técnica nº 9/2020-CGPROFI/DEPROS/SAP/MS, de 12.03.2020, expedida pelo Ministério da Saúde, que estabeleceuorientações de prevenção ao novo Coronavírus (COVID-19) no âmbito do Programa Saúde na Escola, em razão dos ambientes escolares teremalta circulação de pessoas e crianças, sendo estas integrantes do grupo vulnerável para desenvolvimento e disseminação de doenças;CONSIDERANDO que as medidas a serem adotadas pelas redes de educação podem evitar o fluxo de contaminação para familiares, muitosdeles idosos, grupo mais vulnerável em razão da idade e das diversas comorbidades, conforme posicionamento sobre o COVID-19, daSociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia - SBGG, publicado em 15.03.2020;CONSIDERANDO que, em relação à questão pedagógica, o Conselho Nacional de Educação, através de Nota de Esclarecimento, traçouorientações aos sistemas de ensino e estabelecimentos de ensino de todos os níveis, etapas e modalidades, que tenham a necessidade de

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reorganizar as atividades acadêmicas ou de aprendizagem em face da suspensão das atividades escolares por conta da necessidade de açõespreventivas à propagação do Coronavírus;CONSIDERANDO o artigo 32, § 4º da LDB, que estabelece que o ensino fundamental será presencial, sendo o ensino a distância utilizado comocomplementação da aprendizagem ou em situações emergenciais;CONSIDERANDO que o Conselho Estadual de Educação expediu nota de esclarecimento sobre a reorganização do calendário escolar para asescolas que suspenderam as atividades em observância a recomendação disposta no Decreto Estadual Nº 18.884/2020;CONSIDERANDO a Resolução Nº 61/2020 do Conselho Estadual de Educação que dispõe sobre o regime especial de aulas não presenciaispara instituições integrantes do Sistema Estadual de Ensino do Piauí, em caráter de excepcionalidade e temporalidade, enquanto permaneceremas medidas de isolamento previstas na prevenção e combate ao novo Coronavirus - SARS - Cov2;CONSIDERANDO que o Decreto Estadual nº 19.913/2020, de 30.03.2020, prorrogou por 30 dias a suspensão estabelecida no arts. 1º, inc. I e 2ºdo Decreto Estadual nº 18.884, das aulas da rede pública estadual de ensino, além de recomendar a suspensão das aulas pelas redesmunicipais e privadas, bem como pelas instituições de ensino superior públicas ou privadas;CONSIDERANDO que o referido decreto não se aplica às atividades realizadas com o uso de plataforma eletrônica, que dispense atividadepresencial (§2º, art.1º);CONSIDERANDO o Ministério Público do Estado do Piauí (MPPI), por meio do Centro de Apoio Operacional de Defesa da Educação e Cidadania(CAODEC), através da Nota Técnica nº 04/2020/CAODEC/MPPI, renovou o entendimento firmado por meio da Nota Técnica Nº02/2020/CAODEC/MPPI, especialmente no que diz respeito a continuidade das atividades escolares por meio de plataforma eletrônica, quedispense atividade presencial (§2º, art.1º do Decreto nº 18.913/2020, de 30 de março de 2020);CONSIDERANDO ainda que o Ministério Público do Estado do Piauí (MPPI), por meio do Centro de Apoio Operacional de Defesa da Educação eCidadania (CAODEC), emitiu Nota Técnica Orientativa com sugestões e recomendações aos órgãos de execução ministeriais a fim de mitigaros impactos negativos gerados pela pandemia da Covid-19 na educação;CONSIDERANDO a Resolução nº 02/2020 editada pelo Colégio de Procuradores de Justiça do Ministério Público do Estado do Piauí, dispondosobre a criação de Grupos Regionais de Promotorias Integradas no Acompanhamento do COVID-19, em decorrência da necessidade de umaatuação regionalizada e integrada do Ministério Público nas diversas áreas impactadas pela pandemia;RESOLVE, sem prejuízo de outras medidas cabíveis, RECOMENDAR:Ao Senhor FLÁVIO SOARES DA SILVA, SECRETÁRIO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE VALENÇA DO PIAUÍ/PI, em cumprimento àsdisposições de ordem constitucional, legal, administrativas e de natureza sanitária acima referidas e outras com elas convergentes, que:Durante o isolamento social e o fechamento de escolas:Que Informe as ações empreendidas pela rede pública de ensino visando garantir o acesso dos alunos aos conteúdos de aula medianteferramentas de ensino a distância;Que sejam adotadas as providências necessárias e suficientes para assegurar a que conteúdos pedagógicos sejam oferecidos ao maior númerode alunos, inclusive promovendo articulação com canais de TV e de rádio disponíveis;Que sejam desenvolvidas estratégias para que as aulas a distância possam alcançar alunos em contextos socioeconômicos mais vulneráveis,que não possuem acesso à internet ou a outros equipamentos que a viabilizem;Que informe sobre o planejamento e a elaboração de estratégias para garantir o cumprimento da carga mínima anual de 800 horas, a teor dosartigos 24, I, § 1°, 31, II, ambos da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) e 1º, caput, da Medida Provisória n° 934, de 1º de abrilde 2020, e dos objetivos de aprendizagem nos currículos;Que seja realizada a distribuição dos alimentos perecíveis já existentes nas escolas das redes, às famílias de alunos em contexto devulnerabilidade, mediante parceria com instituições de assistência social locais, considerados os termos da Lei federal no 13.987, de 7 de abril de2020;Que a Secretaria de Educação realize o controle efetivo da alimentação escolar a ser devidamente entregue, no qual deverá constar o dia, local ealuno contemplado, a fim de assegurar a regularidade do fornecimento, especialmente aos alunos mais vulneráveis;Que informe a adequação dos dispêndios financeiros no período em que as escolas estiverem fechadas, a exemplo dos contratos de transporteescolar e prestação de serviços, buscando evitar desperdícios e malversação de recursos públicos.Após a Retomada das Aulas Presenciais:Que promova, em colaboração com outros atores da educação, estratégias de busca ativa das crianças e jovens que podem não voltar à escoladepois que as atividades forem retomadas;Que realize, em conjunto com os Conselhos de Educação, o levantamento da qualidade e cobertura do atendimento a distância durante o períodode isolamento e as medidas para recuperar os conteúdos previstos, com especial atenção aos alunos de maior vulnerabilidade social, a fim deque não tenham seu direito à educação violado;Que seja elaborado planos de ação contendo as medidas de reorganização do calendário escolar, incluindo recuperação das aulas, comatividades no turno e contraturno, levando os referidos estudos ao conhecimento dos respectivos Conselhos de Educação;Que informe as despesas que serão necessárias para recomposição do calendário escolar, tais como: expansão da carga horária de trabalho deprofessores e outros profissionais da educação, contratações temporárias, gastos com transporte escolar, alimentação, materiais, entre outros;Que esclareça como será viabilizada a alimentação dos alunos, caso o período escolar seja estendido para cumprir com o previsto nos artigosdos artigos 24, I, § 1° e 31, II, da LDB e artigo 1°, caput, da Medida Provisória n° 934, de 2020;Que esclareça como funcionará a prestação do serviço de transporte escolar, no caso de serem suprimidos feriados e serem ministradas aulasaos sábados, para que o calendário reorganizado propicie o cumprimento das horas nos ensinos fundamental e médio determinadas nalegislação de regência;Informar o cumprimento da carga horária mínima anual de 800 horas, a teor dos artigos 24, I, § 1°, 31, II, ambos da Lei de Diretrizes e Bases daEducação Nacional (LDB) e 1º, caput, da Medida Provisória n° 934/20, e os objetivos de aprendizagem do currículo escolar.Desde já, adverte que a não observância desta Recomendação implicará na adoção das medidas judiciais cabíveis, caracterizando o dolo, má-féou ciência da irregularidade, por ação ou omissão, para viabilizar futuras responsabilizações em sede de ação civil pública por ato de improbidadeadministrativa quando tal elemento subjetivo for exigido, devendo ser encaminhada à 2ª Promotoria de Justiça de Valença do Piauí/PI, peloe-mail [email protected], as providências tomadas e os documentos comprobatórios hábeis a provar o cumprimentodesta Recomendação, ao final do prazo de 10 (cinco) dias úteis.A partir da data da entrega da presente RECOMENDAÇÃO, o MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ considera seu destinatário comopessoalmente CIENTE da situação ora exposta, e portanto, demonstração da consciência da ilicitude do recomendado.ENCAMINHE-SE cópia da Recomendação à Secretaria Geral do Ministério Público do Estado do Piauí para publicação no Diário OficialEletrônico do Ministério Público do Estado do Piauí (DOEMP/PI), ao Centro de Apoio Operacional de Defesa da Educação e Cidadania(CAODEC), assim como ao Centro de Apoio Operacional de Defesa da Saúde (CAODS), em arquivo editável, e ao próprio Conselho Superior doMinistério Público (CSMP/PI), para conhecimento, conforme disposto no art. 6º, §1º, da Resolução n. 001/2008 do Colégio de Procuradores deJustiça do Estado do Piauí, via e-mail institucional, e aos seus respectivos destinatários.ENCARTE-SE, por fim, uma via da Notificação Recomendatória em tablado aos autos da PROCEDIMENTO ADMNISTRATIVO (PA) n. 30/2020,ante a urgência da situação, bem como se proceda ao encaminhamento dela à comunidade, por todos os meios eletrônicos ou remotodisponíveis, para amplo controle social.Publique-se, registre-se e encarte-se.Valença do Piauí (PI), 27 de abril de 2020.

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(assinado digitalmente)RAFAEL MAIA NOGUEIRAPromotor de Justiça titular da Promotoria de Justiça (PJ) de Monsenhor Gil,respondendo pela 2ª PJ de Valença do PiauíRef. PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO (PA) n. 31/2020RECOMENDAÇÃO Nº 110/2020O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, por seu Promotor de Justiça adiante assinado, no exercício de suas funções legais, econstitucionais, especialmente escudado no art. 5º, incisos I, II, V, VIIX, XI e XVI, da Lei Complementar Estadual n° 36/2004, eCONSIDERANDO que o Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa daordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis (CF, art. 127);CONSIDERANDO que, segundo o artigo 196 da Constituição Federal (CF): "a saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediantepolíticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações eserviços para sua promoção, proteção e recuperação";CONSIDERANDO que a educação é direito público fundamental, nos termos do art. 6º da Carta Magna de 1988;CONSIDERANDO que nos termos do art. 23, V, da CF de 1988, é responsabilidade da União, Estado, Distrito Federal e Município proporcionaros meios de acesso à cultura, à educação e à ciência;CONSIDERANDO que, nos termos do art. 205 da CF, a educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivadacom a colaboração da sociedade, visando o pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação parao trabalho;CONSIDERANDO que os incisos I, IV e VI do artigo 206 da Lei Maior (CF) estabelecem, respectivamente, como princípios para a educação: aigualdade de condições para o acesso e permanência na escola; a gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais e a gestãodemocrática do ensino público. Previsões reiteradas pela LDB e ECA;CONSIDERANDO que, em 30.01.2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que o surto da doença causada pelo Coronavírus(COVID-19) constitui Emergência de Saúde Pública de importância Internacional (ESPII);CONSIDERANDO que a ESPII é considerada, nos termos do Regulamento Sanitário Internacional (RSI), "um evento extraordinário que podeconstituir um risco de saúde pública para outros países devido a disseminação internacional de doenças; e potencialmente requer uma respostainternacional coordenada e imediata";CONSIDERANDO que o Ministério da Saúde, em 03.02.2020, através da Portaria GM/MS nº 188/2020, declarou "emergência em saúde públicade importância nacional", em decorrência da infecção humana pelo Coronavírus, considerando que a situação atual demanda o emprego urgentede medidas de prevenção, controle e contenção de riscos, danos e agravos à saúde pública;CONSIDERANDO que, em 11.03.2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou pandemia para o Coronavírus, ou seja, momento emque uma doença se espalha por diversos continentes com transmissão comunitária entre humanos;CONSIDERANDO que a classificação da situação mundial do novo coronavírus (COVID-19, SARSCoV-2) como pandemia significa o riscopotencial da doença infecciosa atingir a população mundial de forma simultânea, não se limitando a locais que já tenham sido identificadas comode transmissão interna;CONSIDERANDO a Nota Técnica nº 9/2020-CGPROFI/DEPROS/SAP/MS, de 12.03.2020, expedida pelo Ministério da Saúde, que estabeleceuorientações de prevenção ao novo Coronavírus (COVID-19) no âmbito do Programa Saúde na Escola, em razão dos ambientes escolares teremalta circulação de pessoas e crianças, sendo estas integrantes do grupo vulnerável para desenvolvimento e disseminação de doenças;CONSIDERANDO que as medidas a serem adotadas pelas redes de educação podem evitar o fluxo de contaminação para familiares, muitosdeles idosos, grupo mais vulnerável em razão da idade e das diversas comorbidades, conforme posicionamento sobre o COVID-19, daSociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia - SBGG, publicado em 15.03.2020;CONSIDERANDO que, em relação à questão pedagógica, o Conselho Nacional de Educação, através de Nota de Esclarecimento, traçouorientações aos sistemas de ensino e estabelecimentos de ensino de todos os níveis, etapas e modalidades, que tenham a necessidade dereorganizar as atividades acadêmicas ou de aprendizagem em face da suspensão das atividades escolares por conta da necessidade de açõespreventivas à propagação do Coronavírus;CONSIDERANDO o artigo 32, § 4º da LDB, que estabelece que o ensino fundamental será presencial, sendo o ensino a distância utilizado comocomplementação da aprendizagem ou em situações emergenciais;CONSIDERANDO que o Conselho Estadual de Educação expediu nota de esclarecimento sobre a reorganização do calendário escolar para asescolas que suspenderam as atividades em observância a recomendação disposta no Decreto Estadual Nº 18.884/2020;CONSIDERANDO a Resolução Nº 61/2020 do Conselho Estadual de Educação que dispõe sobre o regime especial de aulas não presenciaispara instituições integrantes do Sistema Estadual de Ensino do Piauí, em caráter de excepcionalidade e temporalidade, enquanto permaneceremas medidas de isolamento previstas na prevenção e combate ao novo Coronavirus - SARS - Cov2;CONSIDERANDO que o Decreto Estadual nº 19.913/2020, de 30.03.2020, prorrogou por 30 dias a suspensão estabelecida no arts. 1º, inc. I e 2ºdo Decreto Estadual nº 18.884, das aulas da rede pública estadual de ensino, além de recomendar a suspensão das aulas pelas redesmunicipais e privadas, bem como pelas instituições de ensino superior públicas ou privadas;CONSIDERANDO que o referido decreto não se aplica às atividades realizadas com o uso de plataforma eletrônica, que dispense atividadepresencial (§2º, art.1º);CONSIDERANDO o Ministério Público do Estado do Piauí (MPPI), por meio do Centro de Apoio Operacional de Defesa da Educação e Cidadania(CAODEC), através da Nota Técnica nº 04/2020/CAODEC/MPPI, renovou o entendimento firmado por meio da Nota Técnica Nº02/2020/CAODEC/MPPI, especialmente no que diz respeito a continuidade das atividades escolares por meio de plataforma eletrônica, quedispense atividade presencial (§2º, art.1º do Decreto nº 18.913/2020, de 30 de março de 2020);CONSIDERANDO ainda que o Ministério Público do Estado do Piauí (MPPI), por meio do Centro de Apoio Operacional de Defesa da Educação eCidadania (CAODEC), emitiu Nota Técnica Orientativa com sugestões e recomendações aos órgãos de execução ministeriais a fim de mitigaros impactos negativos gerados pela pandemia da Covid-19 na educação;CONSIDERANDO a Resolução nº 02/2020 editada pelo Colégio de Procuradores de Justiça do Ministério Público do Estado do Piauí, dispondosobre a criação de Grupos Regionais de Promotorias Integradas no Acompanhamento do COVID-19, em decorrência da necessidade de umaatuação regionalizada e integrada do Ministério Público nas diversas áreas impactadas pela pandemia;RESOLVE, sem prejuízo de outras medidas cabíveis, RECOMENDAR:À Senhora SOLANGE LEÔNCIO MARTINS DO NASCIMENTO, SECRETÁRIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE NOVO ORIENTE DO PIAUÍ/PI,em cumprimento às disposições de ordem constitucional, legal, administrativas e de natureza sanitária acima referidas e outras com elasconvergentes, que:Durante o isolamento social e o fechamento de escolas:Que Informe as ações empreendidas pela rede pública de ensino visando garantir o acesso dos alunos aos conteúdos de aula medianteferramentas de ensino a distância;Que sejam adotadas as providências necessárias e suficientes para assegurar a que conteúdos pedagógicos sejam oferecidos ao maior númerode alunos, inclusive promovendo articulação com canais de TV e de rádio disponíveis;Que sejam desenvolvidas estratégias para que as aulas a distância possam alcançar alunos em contextos socioeconômicos mais vulneráveis,que não possuem acesso à internet ou a outros equipamentos que a viabilizem;

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Que informe sobre o planejamento e a elaboração de estratégias para garantir o cumprimento da carga mínima anual de 800 horas, a teor dosartigos 24, I, § 1°, 31, II, ambos da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) e 1º, caput, da Medida Provisória n° 934, de 1º de abrilde 2020, e dos objetivos de aprendizagem nos currículos;Que seja realizada a distribuição dos alimentos perecíveis já existentes nas escolas das redes, às famílias de alunos em contexto devulnerabilidade, mediante parceria com instituições de assistência social locais, considerados os termos da Lei federal no 13.987, de 7 de abril de2020;Que a Secretaria de Educação realize o controle efetivo da alimentação escolar a ser devidamente entregue, no qual deverá constar o dia, local ealuno contemplado, a fim de assegurar a regularidade do fornecimento, especialmente aos alunos mais vulneráveis;Que informe a adequação dos dispêndios financeiros no período em que as escolas estiverem fechadas, a exemplo dos contratos de transporteescolar e prestação de serviços, buscando evitar desperdícios e malversação de recursos públicos.Após a Retomada das Aulas Presenciais:Que promova, em colaboração com outros atores da educação, estratégias de busca ativa das crianças e jovens que podem não voltar à escoladepois que as atividades forem retomadas;Que realize, em conjunto com os Conselhos de Educação, o levantamento da qualidade e cobertura do atendimento a distância durante o períodode isolamento e as medidas para recuperar os conteúdos previstos, com especial atenção aos alunos de maior vulnerabilidade social, a fim deque não tenham seu direito à educação violado;Que seja elaborado planos de ação contendo as medidas de reorganização do calendário escolar, incluindo recuperação das aulas, comatividades no turno e contraturno, levando os referidos estudos ao conhecimento dos respectivos Conselhos de Educação;Que informe as despesas que serão necessárias para recomposição do calendário escolar, tais como: expansão da carga horária de trabalho deprofessores e outros profissionais da educação, contratações temporárias, gastos com transporte escolar, alimentação, materiais, entre outros;Que esclareça como será viabilizada a alimentação dos alunos, caso o período escolar seja estendido para cumprir com o previsto nos artigosdos artigos 24, I, § 1° e 31, II, da LDB e artigo 1°, caput, da Medida Provisória n° 934, de 2020;Que esclareça como funcionará a prestação do serviço de transporte escolar, no caso de serem suprimidos feriados e serem ministradas aulasaos sábados, para que o calendário reorganizado propicie o cumprimento das horas nos ensinos fundamental e médio determinadas nalegislação de regência;Informar o cumprimento da carga horária mínima anual de 800 horas, a teor dos artigos 24, I, § 1°, 31, II, ambos da Lei de Diretrizes e Bases daEducação Nacional (LDB) e 1º, caput, da Medida Provisória n° 934/20, e os objetivos de aprendizagem do currículo escolar.Desde já, adverte que a não observância desta Recomendação implicará na adoção das medidas judiciais cabíveis, caracterizando o dolo, má-féou ciência da irregularidade, por ação ou omissão, para viabilizar futuras responsabilizações em sede de ação civil pública por ato de improbidadeadministrativa quando tal elemento subjetivo for exigido, devendo ser encaminhada à 2ª Promotoria de Justiça de Valença do Piauí/PI, peloe-mail [email protected], as providências tomadas e os documentos comprobatórios hábeis a provar o cumprimentodesta Recomendação, ao final do prazo de 10 (cinco) dias úteis.A partir da data da entrega da presente RECOMENDAÇÃO, o MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ considera seu destinatário comopessoalmente CIENTE da situação ora exposta, e portanto, demonstração da consciência da ilicitude do recomendado.ENCAMINHE-SE cópia da Recomendação à Secretaria Geral do Ministério Público do Estado do Piauí para publicação no Diário OficialEletrônico do Ministério Público do Estado do Piauí (DOEMP/PI), ao Centro de Apoio Operacional de Defesa da Educação e Cidadania(CAODEC), assim como ao Centro de Apoio Operacional de Defesa da Saúde (CAODS), em arquivo editável, e ao próprio Conselho Superior doMinistério Público (CSMP/PI), para conhecimento, conforme disposto no art. 6º, §1º, da Resolução n. 001/2008 do Colégio de Procuradores deJustiça do Estado do Piauí, via e-mail institucional, e aos seus respectivos destinatários.ENCARTE-SE, por fim, uma via da Notificação Recomendatória em tablado aos autos da PROCEDIMENTO ADMNISTRATIVO (PA) n. 31/2020,ante a urgência da situação, bem como se proceda ao encaminhamento dela à comunidade, por todos os meios eletrônicos ou remotodisponíveis, para amplo controle social.Publique-se, registre-se e encarte-se.Valença do Piauí (PI), 27 de abril de 2020.(assinado digitalmente)RAFAEL MAIA NOGUEIRAPromotor de Justiça titular da Promotoria de Justiça (PJ) de Monsenhor Gil,respondendo pela 2ª PJ de Valença do PiauíRef. PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO (PA) n. 32/2020RECOMENDAÇÃO Nº 109/2020O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, por seu Promotor de Justiça adiante assinado, no exercício de suas funções legais, econstitucionais, especialmente escudado no art. 5º, incisos I, II, V, VIIX, XI e XVI, da Lei Complementar Estadual n° 36/2004, eCONSIDERANDO que o Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa daordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis (CF, art. 127);CONSIDERANDO que, segundo o artigo 196 da Constituição Federal (CF): "a saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediantepolíticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações eserviços para sua promoção, proteção e recuperação";CONSIDERANDO que a educação é direito público fundamental, nos termos do art. 6º da Carta Magna de 1988;CONSIDERANDO que nos termos do art. 23, V, da CF de 1988, é responsabilidade da União, Estado, Distrito Federal e Município proporcionaros meios de acesso à cultura, à educação e à ciência;CONSIDERANDO que, nos termos do art. 205 da CF, a educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivadacom a colaboração da sociedade, visando o pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação parao trabalho;CONSIDERANDO que os incisos I, IV e VI do artigo 206 da Lei Maior (CF) estabelecem, respectivamente, como princípios para a educação: aigualdade de condições para o acesso e permanência na escola; a gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais e a gestãodemocrática do ensino público. Previsões reiteradas pela LDB e ECA;CONSIDERANDO que, em 30.01.2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que o surto da doença causada pelo Coronavírus(COVID-19) constitui Emergência de Saúde Pública de importância Internacional (ESPII);CONSIDERANDO que a ESPII é considerada, nos termos do Regulamento Sanitário Internacional (RSI), "um evento extraordinário que podeconstituir um risco de saúde pública para outros países devido a disseminação internacional de doenças; e potencialmente requer uma respostainternacional coordenada e imediata";CONSIDERANDO que o Ministério da Saúde, em 03.02.2020, através da Portaria GM/MS nº 188/2020, declarou "emergência em saúde públicade importância nacional", em decorrência da infecção humana pelo Coronavírus, considerando que a situação atual demanda o emprego urgentede medidas de prevenção, controle e contenção de riscos, danos e agravos à saúde pública;CONSIDERANDO que, em 11.03.2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou pandemia para o Coronavírus, ou seja, momento emque uma doença se espalha por diversos continentes com transmissão comunitária entre humanos;CONSIDERANDO que a classificação da situação mundial do novo coronavírus (COVID-19, SARSCoV-2) como pandemia significa o riscopotencial da doença infecciosa atingir a população mundial de forma simultânea, não se limitando a locais que já tenham sido identificadas como

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de transmissão interna;CONSIDERANDO a Nota Técnica nº 9/2020-CGPROFI/DEPROS/SAP/MS, de 12.03.2020, expedida pelo Ministério da Saúde, que estabeleceuorientações de prevenção ao novo Coronavírus (COVID-19) no âmbito do Programa Saúde na Escola, em razão dos ambientes escolares teremalta circulação de pessoas e crianças, sendo estas integrantes do grupo vulnerável para desenvolvimento e disseminação de doenças;CONSIDERANDO que as medidas a serem adotadas pelas redes de educação podem evitar o fluxo de contaminação para familiares, muitosdeles idosos, grupo mais vulnerável em razão da idade e das diversas comorbidades, conforme posicionamento sobre o COVID-19, daSociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia - SBGG, publicado em 15.03.2020;CONSIDERANDO que, em relação à questão pedagógica, o Conselho Nacional de Educação, através de Nota de Esclarecimento, traçouorientações aos sistemas de ensino e estabelecimentos de ensino de todos os níveis, etapas e modalidades, que tenham a necessidade dereorganizar as atividades acadêmicas ou de aprendizagem em face da suspensão das atividades escolares por conta da necessidade de açõespreventivas à propagação do Coronavírus;CONSIDERANDO o artigo 32, § 4º da LDB, que estabelece que o ensino fundamental será presencial, sendo o ensino a distância utilizado comocomplementação da aprendizagem ou em situações emergenciais;CONSIDERANDO que o Conselho Estadual de Educação expediu nota de esclarecimento sobre a reorganização do calendário escolar para asescolas que suspenderam as atividades em observância a recomendação disposta no Decreto Estadual Nº 18.884/2020;CONSIDERANDO a Resolução Nº 61/2020 do Conselho Estadual de Educação que dispõe sobre o regime especial de aulas não presenciaispara instituições integrantes do Sistema Estadual de Ensino do Piauí, em caráter de excepcionalidade e temporalidade, enquanto permaneceremas medidas de isolamento previstas na prevenção e combate ao novo Coronavirus - SARS - Cov2;CONSIDERANDO que o Decreto Estadual nº 19.913/2020, de 30.03.2020, prorrogou por 30 dias a suspensão estabelecida no arts. 1º, inc. I e 2ºdo Decreto Estadual nº 18.884, das aulas da rede pública estadual de ensino, além de recomendar a suspensão das aulas pelas redesmunicipais e privadas, bem como pelas instituições de ensino superior públicas ou privadas;CONSIDERANDO que o referido decreto não se aplica às atividades realizadas com o uso de plataforma eletrônica, que dispense atividadepresencial (§2º, art.1º);CONSIDERANDO o Ministério Público do Estado do Piauí (MPPI), por meio do Centro de Apoio Operacional de Defesa da Educação e Cidadania(CAODEC), através da Nota Técnica nº 04/2020/CAODEC/MPPI, renovou o entendimento firmado por meio da Nota Técnica Nº02/2020/CAODEC/MPPI, especialmente no que diz respeito a continuidade das atividades escolares por meio de plataforma eletrônica, quedispense atividade presencial (§2º, art.1º do Decreto nº 18.913/2020, de 30 de março de 2020);CONSIDERANDO ainda que o Ministério Público do Estado do Piauí (MPPI), por meio do Centro de Apoio Operacional de Defesa da Educação eCidadania (CAODEC), emitiu Nota Técnica Orientativa com sugestões e recomendações aos órgãos de execução ministeriais a fim de mitigaros impactos negativos gerados pela pandemia da Covid-19 na educação;CONSIDERANDO a Resolução nº 02/2020 editada pelo Colégio de Procuradores de Justiça do Ministério Público do Estado do Piauí, dispondosobre a criação de Grupos Regionais de Promotorias Integradas no Acompanhamento do COVID-19, em decorrência da necessidade de umaatuação regionalizada e integrada do Ministério Público nas diversas áreas impactadas pela pandemia;RESOLVE, sem prejuízo de outras medidas cabíveis, RECOMENDAR:À Senhora ANA CLEIDE GALDINO LOIOLA, SECRETÁRIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE PIMENTEIRAS/PI, em cumprimento àsdisposições de ordem constitucional, legal, administrativas e de natureza sanitária acima referidas e outras com elas convergentes, que:Durante o isolamento social e o fechamento de escolas:Que Informe as ações empreendidas pela rede pública de ensino visando garantir o acesso dos alunos aos conteúdos de aula medianteferramentas de ensino a distância;Que sejam adotadas as providências necessárias e suficientes para assegurar a que conteúdos pedagógicos sejam oferecidos ao maior númerode alunos, inclusive promovendo articulação com canais de TV e de rádio disponíveis;Que sejam desenvolvidas estratégias para que as aulas a distância possam alcançar alunos em contextos socioeconômicos mais vulneráveis,que não possuem acesso à internet ou a outros equipamentos que a viabilizem;Que informe sobre o planejamento e a elaboração de estratégias para garantir o cumprimento da carga mínima anual de 800 horas, a teor dosartigos 24, I, § 1°, 31, II, ambos da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) e 1º, caput, da Medida Provisória n° 934, de 1º de abrilde 2020, e dos objetivos de aprendizagem nos currículos;Que seja realizada a distribuição dos alimentos perecíveis já existentes nas escolas das redes, às famílias de alunos em contexto devulnerabilidade, mediante parceria com instituições de assistência social locais, considerados os termos da Lei federal no 13.987, de 7 de abril de2020;Que a Secretaria de Educação realize o controle efetivo da alimentação escolar a ser devidamente entregue, no qual deverá constar o dia, local ealuno contemplado, a fim de assegurar a regularidade do fornecimento, especialmente aos alunos mais vulneráveis;Que informe a adequação dos dispêndios financeiros no período em que as escolas estiverem fechadas, a exemplo dos contratos de transporteescolar e prestação de serviços, buscando evitar desperdícios e malversação de recursos públicos.Após a Retomada das Aulas Presenciais:Que promova, em colaboração com outros atores da educação, estratégias de busca ativa das crianças e jovens que podem não voltar à escoladepois que as atividades forem retomadas;Que realize, em conjunto com os Conselhos de Educação, o levantamento da qualidade e cobertura do atendimento a distância durante o períodode isolamento e as medidas para recuperar os conteúdos previstos, com especial atenção aos alunos de maior vulnerabilidade social, a fim deque não tenham seu direito à educação violado;Que seja elaborado planos de ação contendo as medidas de reorganização do calendário escolar, incluindo recuperação das aulas, comatividades no turno e contraturno, levando os referidos estudos ao conhecimento dos respectivos Conselhos de Educação;Que informe as despesas que serão necessárias para recomposição do calendário escolar, tais como: expansão da carga horária de trabalho deprofessores e outros profissionais da educação, contratações temporárias, gastos com transporte escolar, alimentação, materiais, entre outros;Que esclareça como será viabilizada a alimentação dos alunos, caso o período escolar seja estendido para cumprir com o previsto nos artigosdos artigos 24, I, § 1° e 31, II, da LDB e artigo 1°, caput, da Medida Provisória n° 934, de 2020;Que esclareça como funcionará a prestação do serviço de transporte escolar, no caso de serem suprimidos feriados e serem ministradas aulasaos sábados, para que o calendário reorganizado propicie o cumprimento das horas nos ensinos fundamental e médio determinadas nalegislação de regência;Informar o cumprimento da carga horária mínima anual de 800 horas, a teor dos artigos 24, I, § 1°, 31, II, ambos da Lei de Diretrizes e Bases daEducação Nacional (LDB) e 1º, caput, da Medida Provisória n° 934/20, e os objetivos de aprendizagem do currículo escolar.Desde já, adverte que a não observância desta Recomendação implicará na adoção das medidas judiciais cabíveis, caracterizando o dolo, má-féou ciência da irregularidade, por ação ou omissão, para viabilizar futuras responsabilizações em sede de ação civil pública por ato de improbidadeadministrativa quando tal elemento subjetivo for exigido, devendo ser encaminhada à 2ª Promotoria de Justiça de Valença do Piauí/PI, peloe-mail [email protected], as providências tomadas e os documentos comprobatórios hábeis a provar o cumprimentodesta Recomendação, ao final do prazo de 10 (cinco) dias úteis.A partir da data da entrega da presente RECOMENDAÇÃO, o MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ considera seu destinatário comopessoalmente CIENTE da situação ora exposta, e portanto, demonstração da consciência da ilicitude do recomendado.ENCAMINHE-SE cópia da Recomendação à Secretaria Geral do Ministério Público do Estado do Piauí para publicação no Diário Oficial

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Eletrônico do Ministério Público do Estado do Piauí (DOEMP/PI), ao Centro de Apoio Operacional de Defesa da Educação e Cidadania(CAODEC), assim como ao Centro de Apoio Operacional de Defesa da Saúde (CAODS), em arquivo editável, e ao próprio Conselho Superior doMinistério Público (CSMP/PI), para conhecimento, conforme disposto no art. 6º, §1º, da Resolução n. 001/2008 do Colégio de Procuradores deJustiça do Estado do Piauí, via e-mail institucional, e aos seus respectivos destinatários.ENCARTE-SE, por fim, uma via da Notificação Recomendatória em tablado aos autos da PROCEDIMENTO ADMNISTRATIVO (PA) n. 32/2020,ante a urgência da situação, bem como se proceda ao encaminhamento dela à comunidade, por todos os meios eletrônicos ou remotodisponíveis, para amplo controle social.Publique-se, registre-se e encarte-se.Valença do Piauí (PI), 27 de abril de 2020.(assinado digitalmente)RAFAEL MAIA NOGUEIRAPromotor de Justiça titular da Promotoria de Justiça (PJ) de Monsenhor Gil,respondendo pela 2ª PJ de Valença do PiauíRef. PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO (PA) n. 33/2020RECOMENDAÇÃO Nº 111/2020O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, por seu Promotor de Justiça adiante assinado, no exercício de suas funções legais, econstitucionais, especialmente escudado no art. 5º, incisos I, II, V, VIIX, XI e XVI, da Lei Complementar Estadual n° 36/2004, eCONSIDERANDO que o Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa daordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis (CF, art. 127);CONSIDERANDO que, segundo o artigo 196 da Constituição Federal (CF): "a saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediantepolíticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações eserviços para sua promoção, proteção e recuperação";CONSIDERANDO que a educação é direito público fundamental, nos termos do art. 6º da Carta Magna de 1988;CONSIDERANDO que nos termos do art. 23, V, da CF de 1988, é responsabilidade da União, Estado, Distrito Federal e Município proporcionaros meios de acesso à cultura, à educação e à ciência;CONSIDERANDO que, nos termos do art. 205 da CF, a educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivadacom a colaboração da sociedade, visando o pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação parao trabalho;CONSIDERANDO que os incisos I, IV e VI do artigo 206 da Lei Maior (CF) estabelecem, respectivamente, como princípios para a educação: aigualdade de condições para o acesso e permanência na escola; a gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais e a gestãodemocrática do ensino público. Previsões reiteradas pela LDB e ECA;CONSIDERANDO que, em 30.01.2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que o surto da doença causada pelo Coronavírus(COVID-19) constitui Emergência de Saúde Pública de importância Internacional (ESPII);CONSIDERANDO que a ESPII é considerada, nos termos do Regulamento Sanitário Internacional (RSI), "um evento extraordinário que podeconstituir um risco de saúde pública para outros países devido a disseminação internacional de doenças; e potencialmente requer uma respostainternacional coordenada e imediata";CONSIDERANDO que o Ministério da Saúde, em 03.02.2020, através da Portaria GM/MS nº 188/2020, declarou "emergência em saúde públicade importância nacional", em decorrência da infecção humana pelo Coronavírus, considerando que a situação atual demanda o emprego urgentede medidas de prevenção, controle e contenção de riscos, danos e agravos à saúde pública;CONSIDERANDO que, em 11.03.2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou pandemia para o Coronavírus, ou seja, momento emque uma doença se espalha por diversos continentes com transmissão comunitária entre humanos;CONSIDERANDO que a classificação da situação mundial do novo coronavírus (COVID-19, SARSCoV-2) como pandemia significa o riscopotencial da doença infecciosa atingir a população mundial de forma simultânea, não se limitando a locais que já tenham sido identificadas comode transmissão interna;CONSIDERANDO a Nota Técnica nº 9/2020-CGPROFI/DEPROS/SAP/MS, de 12.03.2020, expedida pelo Ministério da Saúde, que estabeleceuorientações de prevenção ao novo Coronavírus (COVID-19) no âmbito do Programa Saúde na Escola, em razão dos ambientes escolares teremalta circulação de pessoas e crianças, sendo estas integrantes do grupo vulnerável para desenvolvimento e disseminação de doenças;CONSIDERANDO que as medidas a serem adotadas pelas redes de educação podem evitar o fluxo de contaminação para familiares, muitosdeles idosos, grupo mais vulnerável em razão da idade e das diversas comorbidades, conforme posicionamento sobre o COVID-19, daSociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia - SBGG, publicado em 15.03.2020;CONSIDERANDO que, em relação à questão pedagógica, o Conselho Nacional de Educação, através de Nota de Esclarecimento, traçouorientações aos sistemas de ensino e estabelecimentos de ensino de todos os níveis, etapas e modalidades, que tenham a necessidade dereorganizar as atividades acadêmicas ou de aprendizagem em face da suspensão das atividades escolares por conta da necessidade de açõespreventivas à propagação do Coronavírus;CONSIDERANDO o artigo 32, § 4º da LDB, que estabelece que o ensino fundamental será presencial, sendo o ensino a distância utilizado comocomplementação da aprendizagem ou em situações emergenciais;CONSIDERANDO que o Conselho Estadual de Educação expediu nota de esclarecimento sobre a reorganização do calendário escolar para asescolas que suspenderam as atividades em observância a recomendação disposta no Decreto Estadual Nº 18.884/2020;CONSIDERANDO a Resolução Nº 61/2020 do Conselho Estadual de Educação que dispõe sobre o regime especial de aulas não presenciaispara instituições integrantes do Sistema Estadual de Ensino do Piauí, em caráter de excepcionalidade e temporalidade, enquanto permaneceremas medidas de isolamento previstas na prevenção e combate ao novo Coronavirus - SARS - Cov2;CONSIDERANDO que o Decreto Estadual nº 19.913/2020, de 30.03.2020, prorrogou por 30 dias a suspensão estabelecida no arts. 1º, inc. I e 2ºdo Decreto Estadual nº 18.884, das aulas da rede pública estadual de ensino, além de recomendar a suspensão das aulas pelas redesmunicipais e privadas, bem como pelas instituições de ensino superior públicas ou privadas;CONSIDERANDO que o referido decreto não se aplica às atividades realizadas com o uso de plataforma eletrônica, que dispense atividadepresencial (§2º, art.1º);CONSIDERANDO o Ministério Público do Estado do Piauí (MPPI), por meio do Centro de Apoio Operacional de Defesa da Educação e Cidadania(CAODEC), através da Nota Técnica nº 04/2020/CAODEC/MPPI, renovou o entendimento firmado por meio da Nota Técnica Nº02/2020/CAODEC/MPPI, especialmente no que diz respeito a continuidade das atividades escolares por meio de plataforma eletrônica, quedispense atividade presencial (§2º, art.1º do Decreto nº 18.913/2020, de 30 de março de 2020);CONSIDERANDO ainda que o Ministério Público do Estado do Piauí (MPPI), por meio do Centro de Apoio Operacional de Defesa da Educação eCidadania (CAODEC), emitiu Nota Técnica Orientativa com sugestões e recomendações aos órgãos de execução ministeriais a fim de mitigaros impactos negativos gerados pela pandemia da Covid-19 na educação;CONSIDERANDO a Resolução nº 02/2020 editada pelo Colégio de Procuradores de Justiça do Ministério Público do Estado do Piauí, dispondosobre a criação de Grupos Regionais de Promotorias Integradas no Acompanhamento do COVID-19, em decorrência da necessidade de umaatuação regionalizada e integrada do Ministério Público nas diversas áreas impactadas pela pandemia;RESOLVE, sem prejuízo de outras medidas cabíveis, RECOMENDAR:À Senhora LUZIMAR DA SILVA RABELO, SECRETÁRIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE LAGOA DO SÍTIO/PI, em cumprimento às

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5.3. 2ª PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE SÃO JOÃO DO PIAUÍ-PI11471

disposições de ordem constitucional, legal, administrativas e de natureza sanitária acima referidas e outras com elas convergentes, que:Durante o isolamento social e o fechamento de escolas:Que Informe as ações empreendidas pela rede pública de ensino visando garantir o acesso dos alunos aos conteúdos de aula medianteferramentas de ensino a distância;Que sejam adotadas as providências necessárias e suficientes para assegurar a que conteúdos pedagógicos sejam oferecidos ao maior númerode alunos, inclusive promovendo articulação com canais de TV e de rádio disponíveis;Que sejam desenvolvidas estratégias para que as aulas a distância possam alcançar alunos em contextos socioeconômicos mais vulneráveis,que não possuem acesso à internet ou a outros equipamentos que a viabilizem;Que informe sobre o planejamento e a elaboração de estratégias para garantir o cumprimento da carga mínima anual de 800 horas, a teor dosartigos 24, I, § 1°, 31, II, ambos da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) e 1º, caput, da Medida Provisória n° 934, de 1º de abrilde 2020, e dos objetivos de aprendizagem nos currículos;Que seja realizada a distribuição dos alimentos perecíveis já existentes nas escolas das redes, às famílias de alunos em contexto devulnerabilidade, mediante parceria com instituições de assistência social locais, considerados os termos da Lei federal no 13.987, de 7 de abril de2020;Que a Secretaria de Educação realize o controle efetivo da alimentação escolar a ser devidamente entregue, no qual deverá constar o dia, local ealuno contemplado, a fim de assegurar a regularidade do fornecimento, especialmente aos alunos mais vulneráveis;Que informe a adequação dos dispêndios financeiros no período em que as escolas estiverem fechadas, a exemplo dos contratos de transporteescolar e prestação de serviços, buscando evitar desperdícios e malversação de recursos públicos.Após a Retomada das Aulas Presenciais:Que promova, em colaboração com outros atores da educação, estratégias de busca ativa das crianças e jovens que podem não voltar à escoladepois que as atividades forem retomadas;Que realize, em conjunto com os Conselhos de Educação, o levantamento da qualidade e cobertura do atendimento a distância durante o períodode isolamento e as medidas para recuperar os conteúdos previstos, com especial atenção aos alunos de maior vulnerabilidade social, a fim deque não tenham seu direito à educação violado;Que seja elaborado planos de ação contendo as medidas de reorganização do calendário escolar, incluindo recuperação das aulas, comatividades no turno e contraturno, levando os referidos estudos ao conhecimento dos respectivos Conselhos de Educação;Que informe as despesas que serão necessárias para recomposição do calendário escolar, tais como: expansão da carga horária de trabalho deprofessores e outros profissionais da educação, contratações temporárias, gastos com transporte escolar, alimentação, materiais, entre outros;Que esclareça como será viabilizada a alimentação dos alunos, caso o período escolar seja estendido para cumprir com o previsto nos artigosdos artigos 24, I, § 1° e 31, II, da LDB e artigo 1°, caput, da Medida Provisória n° 934, de 2020;Que esclareça como funcionará a prestação do serviço de transporte escolar, no caso de serem suprimidos feriados e serem ministradas aulasaos sábados, para que o calendário reorganizado propicie o cumprimento das horas nos ensinos fundamental e médio determinadas nalegislação de regência;Informar o cumprimento da carga horária mínima anual de 800 horas, a teor dos artigos 24, I, § 1°, 31, II, ambos da Lei de Diretrizes e Bases daEducação Nacional (LDB) e 1º, caput, da Medida Provisória n° 934/20, e os objetivos de aprendizagem do currículo escolar.Desde já, adverte que a não observância desta Recomendação implicará na adoção das medidas judiciais cabíveis, caracterizando o dolo, má-féou ciência da irregularidade, por ação ou omissão, para viabilizar futuras responsabilizações em sede de ação civil pública por ato de improbidadeadministrativa quando tal elemento subjetivo for exigido, devendo ser encaminhada à 2ª Promotoria de Justiça de Valença do Piauí/PI, peloe-mail [email protected], as providências tomadas e os documentos comprobatórios hábeis a provar o cumprimentodesta Recomendação, ao final do prazo de 10 (cinco) dias úteis.A partir da data da entrega da presente RECOMENDAÇÃO, o MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ considera seu destinatário comopessoalmente CIENTE da situação ora exposta, e portanto, demonstração da consciência da ilicitude do recomendado.ENCAMINHE-SE cópia da Recomendação à Secretaria Geral do Ministério Público do Estado do Piauí para publicação no Diário OficialEletrônico do Ministério Público do Estado do Piauí (DOEMP/PI), ao Centro de Apoio Operacional de Defesa da Educação e Cidadania(CAODEC), assim como ao Centro de Apoio Operacional de Defesa da Saúde (CAODS), em arquivo editável, e ao próprio Conselho Superior doMinistério Público (CSMP/PI), para conhecimento, conforme disposto no art. 6º, §1º, da Resolução n. 001/2008 do Colégio de Procuradores deJustiça do Estado do Piauí, via e-mail institucional, e aos seus respectivos destinatários.ENCARTE-SE, por fim, uma via da Notificação Recomendatória em tablado aos autos da PROCEDIMENTO ADMNISTRATIVO (PA) n. 33/2020,ante a urgência da situação, bem como se proceda ao encaminhamento dela à comunidade, por todos os meios eletrônicos ou remotodisponíveis, para amplo controle social.Publique-se, registre-se e encarte-se.Valença do Piauí (PI), 27 de abril de 2020.(assinado digitalmente)RAFAEL MAIA NOGUEIRAPromotor de Justiça titular da Promotoria de Justiça (PJ) de Monsenhor Gil,respondendo pela 2ª PJ de Valença do Piauí

PORTARIA N° 055/2020PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO Nº 40/2020O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, através da 2ª Promotoria de Justiça de São João do Piauí, no uso das atribuições previstasno art. 32, XX, da Lei Complementar Estadual nº 12/93 e, com fulcro no disposto no art. 129, III, e 225, ambos da Constituição Federal e no art.8º, parágrafo 1º, da Lei nº 7.347/85, e,CONSIDERANDO que o Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbido da defesa da ordemjurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis, segundo disposição contida no caput do art. 127, daConstituição Federal;CONSIDERANDO que este órgão ministerial tomou conhecimento de que as recentes análises das condições atmosféricas fornecidas pelosclimatologistas sinalizam o aumento exponencial da umidade canalizada do Oceano Atlântico para o Nordeste, favorecendo o surgimento deconsiderável volume de chuvas no Estado do Piauí no primeiro trimestre de 2020, as quais poderão resultar em enchentes, inundações oumovimento de massas em áreas urbanas e rurais;CONSIDERANDO que "os desastres representam um motivo de crescente preocupação mundial, pois a vulnerabilidade exacerbada pelaevolução da urbanização sem planejamento; o subdesenvolvimento; a degradação do meio ambiente; as mudanças climáticas; a concorrênciapelos recursos escassos; e o impacto de epidemias pressagiam um futuro de ameaça crescente para a economia mundial, a população doplaneta e para o desenvolvimento sustentável"[1];CONSIDERANDO que esse preocupante quadro fático demanda a atuação do Parquet Estadual, o qual deverá buscar a integração dos órgãosambientais, sanitários e de defesa civil, visando à adoção de medidas preventivas e mitigadoras a essa possível adversidade natural;CONSIDERANDO que, sobre o tema, o art. 2º, caput, da Lei nº 12.608/2012, preconiza que é dever da União, dos Estados, do Distrito Federal e

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dos Municípios adotar as medidas necessárias à redução dos riscos de desastre;CONSIDERANDO que a mesma lei, em seu art. 2º, § 2º, dispõe que "a incerteza quanto ao risco de desastre não constituirá óbice para a adoçãodas medidas preventivas e mitigadoras da situação de risco";CONSIDERANDO que, como se percebe, a atividade de defesa civil, por se tratar de questão de segurança pública em situações de desastres, éum serviço público essencial à coletividade, fato que enseja a supervisão direta do Ministério Público;CONSIDERANDO que, em reunião realizada no dia 17 de fevereiro deste ano, no Ministério Público do Estado do Piauí, o Secretário Estadual deDefesa Civil, Geraldo Magela, destacou a necessidade de que os municípios com risco de ocorrência de enchentes promovam medidas decaráter preventivo, notadamente a limpeza de canais, galerias e bueiros, além do desassoreamento de rios e riachos, sobretudo em áreasurbanas, com fins de diminuir o potencial das enchentes e facilitar o escoamento pluvial;CONSIDERANDO que, objetivando a mitigação de tais efeitos, foi sugerida a criação das equipes de Defesa Civil e Assistência Social, com o fitode acolher e atender eventuais desabrigados, bem como a essencialidade de cada município definir três locais que possam ser utilizados emsituação de enchentes, a saber, um para o Comando de Operações no município, outro para alojamento do Corpo de Bombeiros, casonecessário, e um último para alojar possíveis desabrigados;CONSIDERANDO que, além disso, sugeriu que as escolas não sejam utilizadas como a primeira opção para alojamento de desabrigados em taiscircunstâncias;CONSIDERANDO que se pontuou, ainda, que é preciso que cada município esteja cadastrado no sistema S2ID (Sistema Integrado deInformações sobre Desastres), visando a uma maior integração com o sistema federal de defesa civil;CONSIDERANDO que, ainda como decorrência das enchentes, acúmulo desordenado e indevido de águas pluviais e dos consequentesdesabrigamentos de pessoas econômica e socialmente vulnerabilizadas, impõe-se que os Municípios organizem sua rede de assistência social,com o fito de adotar todas as medidas necessárias ao acolhimento e amparo integral às famílias atingidas pelos efeitos das chuvas, em face doprincípio da dignidade da pessoa humana;CONSIDERANDO que o sistema de assistência social rege-se pelos princípios da supremacia do atendimento às necessidades sociais sobre asexigências de rentabilidade econômica; da universalização dos direitos sociais, a fim de tornar o destinatário da ação assistencial alcançávelpelas demais políticas públicas; e do respeito à dignidade do cidadão, à sua autonomia e ao seu direito a benefícios e serviços de qualidade, bemcomo à convivência familiar e comunitária, vedando-se qualquer comprovação vexatória de necessidade, ao teor do art. 4º, da Lei nº 8.742/93;CONSIDERANDO que os benefícios eventuais são de caráter suplementar e provisório, prestados aos cidadãos e às famílias em virtude denascimento, morte e outras situações de vulnerabilidade temporária e de calamidade pública, conforme estabelece a Lei nº 8.742/1993 - LeiOrgânica de Assistência Social/LOAS, em seu art. 22; a Resolução CNAS nº 212, de 19/10/2006 e o Decreto nº 6.307/2007;CONSIDERANDO que o benefício eventual deve ser oferecido, dentre outras hipóteses, nos casos de vulnerabilidade temporária, para oenfrentamento de situações de riscos, perdas e danos à integridade da pessoa e/ou de sua família e outras situações sociais que comprometama sobrevivência; e de calamidade pública, para garantir os meios necessários à sobrevivência da família e do indivíduo, com o objetivo deassegurar a dignidade e a reconstrução da autonomia das pessoas e famílias atingidas;CONSIDERANDO o alto volume de água da Barragem do Jenipapo, situada em São João do Piauí, que está muito próximo de atingir seu limiteemergencial, bem como as fortes chuvas que vem acontecendo nos últimos dias;CONSIDERANDO que o Procedimento Administrativo é o instrumento próprio da atividade-fim destinado a acompanhar e fiscalizar, de formacontinuada, políticas públicas ou instituições, conforme o que estatui o art. 8º, II, da Resolução CNMP nº 174/2017;RESOLVE instaurar o presente PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO para acompanhar a adoção de medidas preventivas, mitigadoras eassistenciais em caso de possíveis enchentes no primeiro semestre deste ano, no município de São João do Piauí.Inicialmente, DETERMINO, a adoção das seguintes providências:1. Autuação e registro da presente Portaria em livro da Promotoria de Justiça;2. Indicação, sob compromisso, para secretariar os trabalhos, da servidora Amanda Damasceno Carvalho e Sousa Borges ou eventual servidorsubstituto em casos de licenças, férias ou impedimentos;3. Comunicação da instauração deste Procedimento ao Centro de Apoio Operacional de Defesa do Meio Ambiente, enviando-lhes cópia destaPortaria;4. Encaminhamento de cópias da presente para as publicações devidas, em especial no Mural desta Promotoria de Justiça e no Diário Eletrônicodo Ministério Público do Estado do Piauí;5. Expedição de ofício ao Município de São João do Piauí requisitando, no prazo de 10 (dez) dias, o seguinte: a) realização de vistoria com oobjetivo de promover o mapeamento das áreas urbanas e rurais sujeitas a risco de enchentes; b) informações atualizadas sobre a existência delei municipal acerca de concessão de benefício assistencial eventual; c) esclarecimentos a respeito da existência de famílias desabrigadas emvirtude de enchentes no Município e, em caso positivo, se essas famílias são cadastradas para fins de recebimento do benefício eventualreferente à calamidade pública;6. Expedição de recomendação ao Município de São João do Piauí, para que, no prazo de 10 (dez) dias, adote as providências adiantedelineadas:a) identificar e mapear in loco as áreas de risco de desastres, em relação à possibilidade de ocorrência de enchentes no primeiro semestre de2020;b) promover a fiscalização das áreas de risco de desastres e vedar novas ocupações nessas áreas, no que tange à possibilidade de ocorrênciade enchentes no primeiro semestre de 2020;c) verificando a necessidade, declarar situação de emergência e estado de calamidade pública quanto à ocorrência de enchentes no primeirosemestre de 2020;d) vistoriar edificações e áreas de risco e promover, quando for o caso, a intervenção preventiva e a evacuação da população das áreas de altorisco ou das edificações vulneráveis, em relação à possibilidade de ocorrência de enchentes no primeiro semestre de 2020;e) promover a limpeza de canais, galerias e bueiros, além do desassoreamento de rios e riachos, sobretudo em áreas urbanas, com fins dediminuir o potencial das enchentes e facilitar o escoamento pluvial;f) promover a criação de equipes de Defesa Civil e Assistência Social, com o fito de acolher e atender eventuais desabrigados;g) definir três imóveis na área urbana do município que possam ser utilizados em situação de enchentes, a saber, um para o Comando deOperações no município, outro para alojamento do Corpo de Bombeiros, caso necessário, e um último para alojar possíveis desabrigados,observando-se que as escolas não sejam usadas como a primeira opção para alojamento de desabrigados em tais circunstâncias;h) promover o cadastramento do Município de São João do Piauí no S2ID (Sistema Integrado de Informações sobre Desastres), caso não o seja,objetivando maior eficiência de movimentação dos órgãos competentes no caso de enchentes e outros tipos de desastres, promovendo, dessaforma, o fiel acompanhamento da ocorrência de eventuais desastres naturais, bem como a eficiência das medidas profiláticas em taiscircunstâncias;Publique-se. Cumpra-se.Ultimadas as providências preliminares, retornem para ulteriores deliberações.São João do Piauí/PI, 23 de abril de 2020.Jorge Luiz da Costa PessoaPromotor de Justiça[1] Estudos sobre Desastres. Capacitação básica em Defesa Civil. Florianópolis: CAD UFSC, 2012. fl. 46.RECOMENDAÇÃO ADMINISTRATIVA Nº 92/2020

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Referente: Perigo de enchentes.Ao Excelentíssimo Senhor (a)Gil Carlos Modesto AlvesPrefeito Municipal de São João do PiauíO MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, através da 2ª Promotoria de Justiça de São João do Piauí, com fundamento no art. 27,parágrafo único, inciso IV, da Lei n° 8.625, de 12.02.93 (Lei Orgânica Nacional do Ministério Público) e art. 38, parágrafo único, inciso IV, da LeiComplementar n° 12, de 18.12.93 (Lei Orgânica Estadual), e ainda,CONSIDERANDO que o Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbido da defesa da ordemjurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis, segundo disposição contida no caput do art. 127, daConstituição Federal;CONSIDERANDO que este órgão ministerial tomou conhecimento de que as recentes análises das condições atmosféricas fornecidas pelosclimatologistas sinalizam o aumento exponencial da umidade canalizada do Oceano Atlântico para o Nordeste, favorecendo o surgimento deconsiderável volume de chuvas no Estado do Piauí no primeiro trimestre de 2020, as quais poderão resultar em enchentes, inundações oumovimento de massas em áreas urbanas e rurais;CONSIDERANDO que a 2ª Promotoria de Justiça de São João do Piauí, instaurou o Procedimento Administrativo nº 40/2020, com o objetivo deacompanhar a adoção de medidas preventivas, mitigadoras e assistenciais em caso de possíveis enchentes no primeiro semestre deste ano, nomunicípio de São João do Piauí;CONSIDERANDO que "os desastres representam um motivo de crescente preocupação mundial, pois a vulnerabilidade exacerbada pelaevolução da urbanização sem planejamento; o subdesenvolvimento; a degradação do meio ambiente; as mudanças climáticas; a concorrênciapelos recursos escassos; e o impacto de epidemias pressagiam um futuro de ameaça crescente para a economia mundial, a população doplaneta e para o desenvolvimento sustentável"[1];CONSIDERANDO que esse preocupante quadro fático demanda a atuação do Parquet Estadual, o qual deverá buscar a integração dos órgãosambientais, sanitários e de defesa civil, visando à adoção de medidas preventivas e mitigadoras a essa possível adversidade natural;CONSIDERANDO que, sobre o tema, o art. 2º, caput, da Lei nº 12.608/2012, preconiza que é dever da União, dos Estados, do Distrito Federal edos Municípios adotar as medidas necessárias à redução dos riscos de desastre;CONSIDERANDO que a mesma lei, em seu art. 2º, § 2º, dispõe que "a incerteza quanto ao risco de desastre não constituirá óbice para a adoçãodas medidas preventivas e mitigadoras da situação de risco";CONSIDERANDO que, como se percebe, a atividade de defesa civil, por se tratar de questão de segurança pública em situações de desastres, éum serviço público essencial à coletividade, fato que enseja a supervisão direta do Ministério Público;CONSIDERANDO que, em reunião realizada no dia 17 de fevereiro deste ano, no Ministério Público do Estado do Piauí, o Secretário Estadual deDefesa Civil, Geraldo Magela, destacou a necessidade de que os municípios com risco de ocorrência de enchentes promovam medidas decaráter preventivo, notadamente a limpeza de canais, galerias e bueiros, além do desassoreamento de rios e riachos, sobretudo em áreasurbanas, com fins de diminuir o potencial das enchentes e facilitar o escoamento pluvial;CONSIDERANDO que, objetivando a mitigação de tais efeitos, foi sugerida a criação das equipes de Defesa Civil e Assistência Social, com o fitode acolher e atender eventuais desabrigados, bem como a essencialidade de cada município definir três locais que possam ser utilizados emsituação de enchentes, a saber, um para o Comando de Operações no município, outro para alojamento do Corpo de Bombeiros, casonecessário, e um último para alojar possíveis desabrigados;CONSIDERANDO que, além disso, sugeriu que as escolas não sejam utilizadas como a primeira opção para alojamento de desabrigados em taiscircunstâncias;CONSIDERANDO que se pontuou, ainda, que é preciso que cada município esteja cadastrado no sistema S2ID (Sistema Integrado deInformações sobre Desastres), visando a uma maior integração com o sistema federal de defesa civil;CONSIDERANDO que, ainda como decorrência das enchentes, acúmulo desordenado e indevido de águas pluviais e dos consequentesdesabrigamentos de pessoas econômica e socialmente vulnerabilizadas, impõe-se que os Municípios organizem sua rede de assistência social,com o fito de adotar todas as medidas necessárias ao acolhimento e amparo integral às famílias atingidas pelos efeitos das chuvas, em face doprincípio da dignidade da pessoa humana;CONSIDERANDO que o sistema de assistência social rege-se pelos princípios da supremacia do atendimento às necessidades sociais sobre asexigências de rentabilidade econômica; da universalização dos direitos sociais, a fim de tornar o destinatário da ação assistencial alcançávelpelas demais políticas públicas; e do respeito à dignidade do cidadão, à sua autonomia e ao seu direito a benefícios e serviços de qualidade, bemcomo à convivência familiar e comunitária, vedando-se qualquer comprovação vexatória de necessidade, ao teor do art. 4º, da Lei nº 8.742/93;CONSIDERANDO que os benefícios eventuais são de caráter suplementar e provisório prestados aos cidadãos e às famílias em virtude denascimento, morte e outras situações de vulnerabilidade temporária e de calamidade pública, conforme estabelece a Lei nº 8.742/1993 - LeiOrgânica de Assistência Social/LOAS, em seu art. 22; a Resolução CNAS nº 212, de 19/10/2006 e o Decreto nº 6.307/2007;CONSIDERANDO que o benefício eventual deve ser oferecido, dentre outras hipóteses, nos casos de vulnerabilidade temporária, para oenfrentamento de situações de riscos, perdas e danos à integridade da pessoa e/ou de sua família e outras situações sociais que comprometama sobrevivência; e de calamidade pública, para garantir os meios necessários à sobrevivência da família e do indivíduo, com o objetivo deassegurar a dignidade e a reconstrução da autonomia das pessoas e famílias atingidas;CONSIDERANDO o alto volume de água da Barragem do Jenipapo, situada em São João do Piauí, que está muito próximo de atingir seu limiteemergencial, bem como as fortes chuvas que vem acontecendo nos últimos dias;CONSIDERANDO que o art. 38, parágrafo único, inciso IV, da Lei Complementar Estadual nº 12/93, autoriza o Promotor de Justiça expedirrecomendações aos órgãos e entidades públicos, requisitando ao destinatário sua divulgação adequada e imediata, assim como resposta porescrito;RESOLVERECOMENDAR ao Município de São João do Piauí, por meio do Prefeito Municipal, que adote, no prazo de 10 (dez) dias, as seguintesprovidências, destinadas à defesa civil e assistência social em relação aos atingidos por enchentes em áreas urbanas e rurais desse município:a) identificar e mapear in loco as áreas de risco de desastres, em relação à possibilidade de ocorrência de enchentes no primeiro semestre de2020;b) promover a fiscalização das áreas de risco de desastres e vedar novas ocupações nessas áreas, no que tange à possibilidade de ocorrênciade enchentes no primeiro semestre de 2020;c) verificando a necessidade, declarar situação de emergência e estado de calamidade pública quanto à ocorrência de enchentes no primeirosemestre de 2020;d) vistoriar edificações e áreas de risco e promover, quando for o caso, a intervenção preventiva e a evacuação da população das áreas de altorisco ou das edificações vulneráveis, em relação à possibilidade de ocorrência de enchentes no primeiro semestre de 2020;e) promover a limpeza de canais, galerias e bueiros, além do desassoreamento de rios e riachos, sobretudo em áreas urbanas, com fins dediminuir o potencial das enchentes e facilitar o escoamento pluvial;f) promover a criação de equipes de Defesa Civil e Assistência Social, com o fito de acolher e atender eventuais desabrigados;g) definir três imóveis na área urbana do município que possam ser utilizados em situação de enchentes, a saber, um para o Comando deOperações no município, outro para alojamento do Corpo de Bombeiros, caso necessário, e um último para alojar possíveis desabrigados,observando-se que as escolas não sejam usadas como a primeira opção para alojamento de desabrigados em tais circunstâncias;

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h) promover o cadastramento do Município de São João do Piauí no S2ID (Sistema Integrado de Informações sobre Desastres), caso não o seja,objetivando maior eficiência de movimentação dos órgãos competentes no caso de enchentes e outros tipos de desastres, promovendo, dessaforma, o fiel acompanhamento da ocorrência de eventuais desastres naturais, bem como a eficiência das medidas profiláticas em taiscircunstâncias;SOLICITAR que seja informado a este Órgão Ministerial, através do e-mail [email protected], no prazo de 05 (cinco) dias,sobre o acatamento dos termos desta Recomendação.Por fim, fica advertido o destinatário dos seguintes efeitos das recomendações expedidas pelo Ministério Público: (a) constituir em mora odestinatário quanto às providências recomendadas, podendo seu descumprimento implicar na adoção de medidas administrativas e açõesjudiciais cabíveis; (b) tornar inequívoca a demonstração da consciência da ilicitude; (c) caracterizar o dolo, má-fé ou ciência da irregularidade paraviabilizar futuras responsabilizações por eventual ato de improbidade administrativa quando tal elemento subjetivo for exigido; e (d) constituir-seem elemento probatório em sede de ações cíveis ou criminais.Encaminhe-se a presente Recomendação para que seja publicada no Diário Eletrônico do Ministério Público, bem como se remetam cópias aoConselho Superior do Ministério Público do Estado do Piauí, ao Centro de Apoio Operacional de Defesa do Meio Ambiente (CAOMA) e aosrespectivos destinatários.São João do Piauí/PI, 23 de abril de 2020.(Assinado digitalmente)Jorge Luiz da Costa PessoaPromotor de Justiça[1] Estudos sobre Desastres. Capacitação básica em Defesa Civil. Florianópolis: CAD UFSC, 2012. fl. 46.PORTARIA N° 056/2020PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO Nº 41/2020O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, através da 2ª Promotoria de Justiça de São João do Piauí, no uso das atribuições previstasno art. 32, XX, da Lei Complementar Estadual nº 12/93 e, com fulcro no disposto no art. 129, III, e 225, ambos da Constituição Federal e no art.8º, parágrafo 1º, da Lei nº 7.347/85, e,CONSIDERANDO que o Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbido da defesa da ordemjurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis, segundo disposição contida no caput do art. 127, daConstituição Federal;CONSIDERANDO que este órgão ministerial tomou conhecimento de que as recentes análises das condições atmosféricas fornecidas pelosclimatologistas sinalizam o aumento exponencial da umidade canalizada do Oceano Atlântico para o Nordeste, favorecendo o surgimento deconsiderável volume de chuvas no Estado do Piauí no primeiro trimestre de 2020, as quais poderão resultar em enchentes, inundações oumovimento de massas em áreas urbanas e rurais;CONSIDERANDO que "os desastres representam um motivo de crescente preocupação mundial, pois a vulnerabilidade exacerbada pelaevolução da urbanização sem planejamento; o subdesenvolvimento; a degradação do meio ambiente; as mudanças climáticas; a concorrênciapelos recursos escassos; e o impacto de epidemias pressagiam um futuro de ameaça crescente para a economia mundial, a população doplaneta e para o desenvolvimento sustentável"[1];CONSIDERANDO que esse preocupante quadro fático demanda a atuação do Parquet Estadual, o qual deverá buscar a integração dos órgãosambientais, sanitários e de defesa civil, visando à adoção de medidas preventivas e mitigadoras a essa possível adversidade natural;CONSIDERANDO que, sobre o tema, o art. 2º, caput, da Lei nº 12.608/2012, preconiza que é dever da União, dos Estados, do Distrito Federal edos Municípios adotar as medidas necessárias à redução dos riscos de desastre;CONSIDERANDO que a mesma lei, em seu art. 2º, § 2º, dispõe que "a incerteza quanto ao risco de desastre não constituirá óbice para a adoçãodas medidas preventivas e mitigadoras da situação de risco";CONSIDERANDO que, como se percebe, a atividade de defesa civil, por se tratar de questão de segurança pública em situações de desastres, éum serviço público essencial à coletividade, fato que enseja a supervisão direta do Ministério Público;CONSIDERANDO que, em reunião realizada no dia 17 de fevereiro deste ano, no Ministério Público do Estado do Piauí, o Secretário Estadual deDefesa Civil, Geraldo Magela, destacou a necessidade de que os municípios com risco de ocorrência de enchentes promovam medidas decaráter preventivo, notadamente a limpeza de canais, galerias e bueiros, além do desassoreamento de rios e riachos, sobretudo em áreasurbanas, com fins de diminuir o potencial das enchentes e facilitar o escoamento pluvial;CONSIDERANDO que, objetivando a mitigação de tais efeitos, foi sugerida a criação das equipes de Defesa Civil e Assistência Social, com o fitode acolher e atender eventuais desabrigados, bem como a essencialidade de cada município definir três locais que possam ser utilizados emsituação de enchentes, a saber, um para o Comando de Operações no município, outro para alojamento do Corpo de Bombeiros, casonecessário, e um último para alojar possíveis desabrigados;CONSIDERANDO que, além disso, sugeriu que as escolas não sejam utilizadas como a primeira opção para alojamento de desabrigados em taiscircunstâncias;CONSIDERANDO que se pontuou, ainda, que é preciso que cada município esteja cadastrado no sistema S2ID (Sistema Integrado deInformações sobre Desastres), visando a uma maior integração com o sistema federal de defesa civil;CONSIDERANDO que, ainda como decorrência das enchentes, acúmulo desordenado e indevido de águas pluviais e dos consequentesdesabrigamentos de pessoas econômica e socialmente vulnerabilizadas, impõe-se que os Municípios organizem sua rede de assistência social,com o fito de adotar todas as medidas necessárias ao acolhimento e amparo integral às famílias atingidas pelos efeitos das chuvas, em face doprincípio da dignidade da pessoa humana;CONSIDERANDO que o sistema de assistência social rege-se pelos princípios da supremacia do atendimento às necessidades sociais sobre asexigências de rentabilidade econômica; da universalização dos direitos sociais, a fim de tornar o destinatário da ação assistencial alcançávelpelas demais políticas públicas; e do respeito à dignidade do cidadão, à sua autonomia e ao seu direito a benefícios e serviços de qualidade, bemcomo à convivência familiar e comunitária, vedando-se qualquer comprovação vexatória de necessidade, ao teor do art. 4º, da Lei nº 8.742/93;CONSIDERANDO que os benefícios eventuais são de caráter suplementar e provisório, prestados aos cidadãos e às famílias em virtude denascimento, morte e outras situações de vulnerabilidade temporária e de calamidade pública, conforme estabelece a Lei nº 8.742/1993 - LeiOrgânica de Assistência Social/LOAS, em seu art. 22; a Resolução CNAS nº 212, de 19/10/2006 e o Decreto nº 6.307/2007;CONSIDERANDO que o benefício eventual deve ser oferecido, dentre outras hipóteses, nos casos de vulnerabilidade temporária, para oenfrentamento de situações de riscos, perdas e danos à integridade da pessoa e/ou de sua família e outras situações sociais que comprometama sobrevivência; e de calamidade pública, para garantir os meios necessários à sobrevivência da família e do indivíduo, com o objetivo deassegurar a dignidade e a reconstrução da autonomia das pessoas e famílias atingidas;CONSIDERANDO as fortes chuvas que vem acontecendo nos últimos dias;CONSIDERANDO que o Procedimento Administrativo é o instrumento próprio da atividade-fim destinado a acompanhar e fiscalizar, de formacontinuada, políticas públicas ou instituições, conforme o que estatui o art. 8º, II, da Resolução CNMP nº 174/2017;RESOLVE instaurar o presente PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO para acompanhar a adoção de medidas preventivas, mitigadoras eassistenciais em caso de possíveis enchentes no primeiro semestre deste ano, no município de Nova Santa Rita.Inicialmente, DETERMINO, a adoção das seguintes providências:1. Autuação e registro da presente Portaria em livro da Promotoria de Justiça;2. Indicação, sob compromisso, para secretariar os trabalhos, da servidora Amanda Damasceno Carvalho e Sousa Borges ou eventual servidor

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5.4. PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE SÃO MIGUEL DO TAPUIO-PI11474

substituto em casos de licenças, férias ou impedimentos;3. Comunicação da instauração deste Procedimento ao Centro de Apoio Operacional de Defesa do Meio Ambiente, enviando-lhes cópia destaPortaria;4. Encaminhamento de cópias da presente para as publicações devidas, em especial no Mural desta Promotoria de Justiça e no Diário Eletrônicodo Ministério Público do Estado do Piauí;5. Expedição de ofício ao Município de Nova Santa Rita requisitando, no prazo de 10 (dez) dias, o seguinte: a) realização de vistoria com oobjetivo de promover o mapeamento das áreas urbanas e rurais sujeitas a risco de enchentes; b) informações atualizadas sobre a existência delei municipal acerca de concessão de benefício assistencial eventual; c) esclarecimentos a respeito da existência de famílias desabrigadas emvirtude de enchentes no Município e, em caso positivo, se essas famílias são cadastradas para fins de recebimento do benefício eventualreferente à calamidade pública;6. Expedição de recomendação ao Município de Nova Santa Rita, para que, no prazo de 10 (dez) dias, adote as providências adiante delineadas:a) identificar e mapear in loco as áreas de risco de desastres, em relação à possibilidade de ocorrência de enchentes no primeiro semestre de2020;b) promover a fiscalização das áreas de risco de desastres e vedar novas ocupações nessas áreas, no que tange à possibilidade de ocorrênciade enchentes no primeiro semestre de 2020;c) verificando a necessidade, declarar situação de emergência e estado de calamidade pública quanto à ocorrência de enchentes no primeirosemestre de 2020;d) vistoriar edificações e áreas de risco e promover, quando for o caso, a intervenção preventiva e a evacuação da população das áreas de altorisco ou das edificações vulneráveis, em relação à possibilidade de ocorrência de enchentes no primeiro semestre de 2020;e) promover a limpeza de canais, galerias e bueiros, além do desassoreamento de rios e riachos, sobretudo em áreas urbanas, com fins dediminuir o potencial das enchentes e facilitar o escoamento pluvial;f) promover a criação de equipes de Defesa Civil e Assistência Social, com o fito de acolher e atender eventuais desabrigados;g) definir três imóveis na área urbana do município que possam ser utilizados em situação de enchentes, a saber, um para o Comando deOperações no município, outro para alojamento do Corpo de Bombeiros, caso necessário, e um último para alojar possíveis desabrigados,observando-se que as escolas não sejam usadas como a primeira opção para alojamento de desabrigados em tais circunstâncias;h) promover o cadastramento do Município de Nova Santa Rita no S2ID (Sistema Integrado de Informações sobre Desastres), caso não o seja,objetivando maior eficiência de movimentação dos órgãos competentes no caso de enchentes e outros tipos de desastres, promovendo, dessaforma, o fiel acompanhamento da ocorrência de eventuais desastres naturais, bem como a eficiência das medidas profiláticas em taiscircunstâncias;Publique-se. Cumpra-se.Ultimadas as providências preliminares, retornem para ulteriores deliberações.São João do Piauí/PI, 23 de abril de 2020.Jorge Luiz da Costa PessoaPromotor de Justiça[1] Estudos sobre Desastres. Capacitação básica em Defesa Civil. Florianópolis: CAD UFSC, 2012. fl. 46.

Notícia de Fato nº 000536-240/2018Objeto: Apurar suposta obra irregularParte Interessada: Ouvidoria do MPPIDECISÃO - PROMOÇÃO DE ARQUIVAMENTO.Vistos em correição.Trata-se de NOTÍCIA DE FATO, instaurada nesta Promotoria de Justiça de São Miguel do Tapuio, com fulcro no art. 129, III, da ConstituiçãoFederal, art. 8°, § 1°, da Lei n° 7.347/85, art. 25, IV, "b", da Lei n° 8.625/93 e art.36, VI, da Lei Complementar Estadual n° 12/93,e na Resoluçãonº 174/2017, do Conselho Nacional do Ministério Público.A Notícia de Fato teve início em virtude de reclamação recebida através do formulário eletrônico da Ouvidoria do Ministério Público do Estado doPiauí, aceca de possível obra irregular realizada na localidade Brejo Grande, no Município de São Miguel do Tapuio.Segundo consta na reclamação na entrada da localidade Brejo Grande, Município de São Miguel do Tapuio/PI, o Sr. César fez uma cerca e estáfazendo a fundação de construção em faixa de domínio da PI 120 (liga são Miguel do Tapuio a Pimenteiras), ressaltando que sequer é oproprietário da área que fica ao lado da rodovia. A casa já levantada que aparece na foto também é irregular pois foi levantada em uma áreadoada ao então DNOCS para a instalação de poço artesiano que abastece toda a localidade Brejo Grande.Este Órgão Ministerial oficiou o Município de São Miguel do Tapuio-PI requisitado a realização de vistoria, verifique a compatibilidade do localcom a legislação municipal de ordenamento do território, bem como informações acerca da existência de alvará de funcionamento expedido emfavor do mesmo (fl. 07), sem resposta conforme certidão de fl. 11.Este Órgão Ministerial reiterou o expediente de fl. 07 com as advertências contidas no art. 10 da Lei 7.347/85 e Art. 11, II, da Lei 8429/92.Em resposta ao expediente deste Parquet o Município de São Miguel do Tapuio-PI informou que não tem meios administrativos de evitar e/oucorrigir edificações existentes fora do padrão; apresentou levantamento fotográfico da construção e que "tal obra não traz qualquer transtorno àrotina daquela municipalidade, tratando-se querela politiqueira localizada" (fls.17/19).Passo a decidir.É O RELATÓRIO.Analisando o anexo fotográfico de fl.18 nota-se que a largura da pista de rolamento da PI 120 (liga são Miguel do Tapuio a Pimenteiras) é 06(seis) metros e que a distância entre a obra objeto da presente Notícia de Fato e as demais obras que ficam do outro lado da referida PI é de 15(quinze) metros.Nota-se também que a área supostamente doada ao então DNOCS para a instalação de poço artesiano encontra-se cercada e que a obra objetoda presente Notícia de Fato obra está fora da referida área.Constata-se que o caso em tela não justifica a atuação do Ministério Público, em razão da qualidade das partes e da natureza dos interessesdiscutidos. Dispõe o art. 178 do Novo Código de Processo Civil:"Art. 178 do CPC. O Ministério Público será intimado para, no prazo de 30 (trinta) dias, intervir como fiscal da ordem jurídica nas hipótesesprevistas em lei ou na Constituição Federal e nos processos que envolvam:I - interesse público ou social;II - interesse de incapaz;III - litígios coletivos pela posse de terra rural ou urbana.Parágrafo único. A participação da Fazenda Pública não configura, por si só, hipótese de intervenção do Ministério Público."Tal dispositivo deve ainda ser interpretado em consonância com o art. 127 da Constituição Federal, que baliza os limites de atuação do órgãoministerial, nos seguintes termos:"Art. 127 do CF. O Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordemjurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis."

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Vale lembrar que, para que se torne obrigatória a intervenção do MP, não basta ser a parte pessoa jurídica de direito público, sendoindispensável que a lide não se circunscreva aos interesses dos litigantes, alcançando valores mais relevantes para a sociedade, o que nãoocorre no caso ora em apreciação.Segue abaixo escólio jurisprudencial do STF que posa a tese ora perfilhada:"Ministério Público. Intervenção. CPC, art. 82, III. O fato de existir interesse patrimonial da Fazenda Pública na causa não tornaobrigatória a intervenção do MP. Necessidade de evidenciar-se a conotação de interesse público. Precedentes do STF. Recursoextraordinário conhecido e provido, para determinar a Corte a quo julgue o mérito do recurso voluntário"(STF-RE 96.899 - 1 Turma - Rel.Min. Néri da Silveira - RJ 115/103)De se salientar que, verificando o membro do Ministério Público não se tratar de causa que justifique sua intervenção, por não se vislumbrarinteresse social, coletivo ou individual indisponível, cabe-lhe, em virtude de sua autonomia funcional, a exclusividade para decidir se intervém ounão (art. 2º da Recomendação n. 34/2016 do CNMP).Não havendo outras providências a serem adotadas em relação aos fatos narrados no presente procedimento.A Resolução nº 174/2017 do CNMP em seu Artigo 4º, I, reza que:Art. 4º A Notícia de Fato será arquivada quando:I - o fato narrado não configurar lesão ou ameaça de lesão aos interesses ou direitos tutelados pelo Ministério Público;II - o fato narrado já tiver sido objeto de investigação ou de ação judicial ou já se encontrar solucionado;III - a lesão ao bem jurídico tutelado for manifestamente insignificante, nos termos de jurisprudência consolidada ou orientação do ConselhoSuperior ou de Câmara de Coordenação e Revisão;IV - for desprovida de elementos de prova ou de informação mínimos para o início de uma apuração, e o noticiante não atender à intimação paracomplementá-la;V - for incompreensível.Ante o exposto, considerando o que dispõe o art. 4, inciso I da Resolução nº 174/2017 do CNMP, determino o ARQUIVAMENTO do presenteprocedimento.Deixo de submeter a presente Decisão de Arquivamento da NOTÍCIA DE FATO ao Conselho Superior do Ministério Público, conforme previsãodo art. 5º da Resolução nº 174, de 4 de julho de 2017, do Conselho Nacional do Ministério Público - CNMP.Cientifique-se a Ouvidoria do MPPI do inteiro teor da presente decisão.Para efeitos de dar publicidade a esta decisão, determino a sua divulgação no Diário Oficial do Ministério Público do Estado do Piauí.Procedam-se às atualizações necessárias no sistema.Após, arquivem-se os autos no âmbito desta Promotoria de Justiça.São Miguel do Tapuio, 08 de abril de 2020.RICARDO LÚCIO FREIRE TRIGUEIROPromotor de JustiçaNotícia de Fato nº 000532-240/2019Objeto: Apurar suposta irregularidade no Programa Bolsa Família no município de Assunção do PiauíParte Interessada: Ouvidoria do MPPIDECISÃO - PROMOÇÃO DE ARQUIVAMENTO.Vistos em correição.Trata-se de NOTÍCIA DE FATO, instaurada nesta Promotoria de Justiça de São Miguel do Tapuio, com fulcro no art. 129, III, da ConstituiçãoFederal, art. 8°, § 1°, da Lei n° 7.347/85, art. 25, IV, "b", da Lei n° 8.625/93 e art.36, VI, da Lei Complementar Estadual n° 12/93,e na Resoluçãonº 174/2017, do Conselho Nacional do Ministério Público.A Notícia de Fato teve início em virtude anexo Ofício nº 622/2019 - OMPI, encaminhado a esta Promotoria de Justiça, por meio do qual aOuvidoria do MPPI encaminha reclamação,advinda da Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos -Disque 100, noticiando possível violênciainstitucional praticada pelo Centro de Referência da Assistência Social, no Município de Assunção do Piauí. Segundo consta na referidareclamação, beneficiários do Programa Bolsa Família estão tendo seus benefícios cancelados, e outras pessoas que tem de dois a três saláriosmínimos continuam recebendo. Relata, ainda, que uma beneficiária não fora bem tratada, tendo o atendimento recusado, por parte de uma dasdiretoras do CRAS.Este Órgão Ministerial oficiou a Secretaria Municipal de Assistência Social do Município de Assunção do Piauí, para querendo, se manifestesobre a reclamação acima mencionada, bem como para que envie a este órgão ministerial a relação dos beneficiários do Programa Bolsa Famíliado Município de Assunção do Piauí, informando nome, NIS, CPF e renda( titulares e demais membros), fl. 10.Em resposta ao expediente deste Parquet a Secretaria Municipal de Assistência Social do Município de Assunção do Piauí informou que "adenúncia é totalmente genérica, não apresentando nomes de quem seriam os envolvidos nos fatos narrados, o que impede um esclarecimentomais consistente sobre os fatos e que não possui poder de decisão acerca de cancelamentos, de maneira que são promovidos diretamente peloMinistério do Desenvolvimento Social quando se constata que beneficiários não se enquadram no perfil do programa", bem como apresentou adocumentação solicitada por esta Promotoria de Justiça. (fls.16/57).Passo a decidir.É O RELATÓRIO.Não obstante a pertinência temática ministerial, tem-se que o objeto envolve diretamente matéria de interesse da União, pois, conforme dispõe aLei nº 10.836/04, o Bolsa Família é um programa de distribuição de renda do Governo Federal.Art. 1º Fica criado, no âmbito da Presidência da República, o Programa Bolsa Família, destinado às ações de transferência de renda comcondicionalidades.Sendo o Bolsa Família programa vinculado ao Ministério da Cidadania, evidente o interesse da União no deslinde do objeto da presenterepresentação. Conforme dispõe o art. 109, I, da CF, compete à Justiça Federal conhecer e julgar as causas em que a União, entidade autárquicaou empresa pública federal forem interessadas na condição de autoras, rés, assistentes ou oponentes, exceto as de falência, as de acidentes detrabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do Trabalho.A competência para processar e julgar eventual ação quanto à matéria é da justiça federal, por conseguinte é do Ministério Público Federal aatribuição para atuação no feito.Art. 2º A Notícia de Fato deverá ser registrada em sistema informatizado de controle e distribuída livre e aleatoriamente entre os órgãosministeriais com atribuição para apreciá-la. § 1º Quando o fato noticiado for objeto de procedimento em curso, a Notícia de Fato será distribuídapor prevenção.§ 2º Se aquele a quem for encaminhada a Notícia de Fato entender que a atribuição para apreciá-la é de outro órgão do MinistérioPúblico promoverá a sua remessa a este.§ 3º Na hipótese do parágrafo anterior, a remessa se dará independentemente de homologação pelo Conselho Superior ou pela Câmara deCoordenação e Revisão se a ausência de atribuição for manifesta ou, ainda, se estiver fundada em jurisprudência consolidada ou orientaçãodesses órgãosAssim, DECLINO de atribuições em favor do MPF - Procuradoria da República no Estado do Piauí, pelo que seja o presente imediatamenteencaminhado àquele, a fim de que sejam tomadas as providências cabíveis, nos termos do art. 2º, § 2ºe 3º da Resolução nº 174/2017 do CNMP.Cientifique-se a Ouvidoria do MPPI do inteiro teor da presente decisão.Para efeitos de dar publicidade a esta decisão, determino a sua divulgação no Diário Oficial do Ministério Público do Estado do Piauí.

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Cumpra-se, efetivados os registros necessários em SIMP.São Miguel do Tapuio, 08 de abril de 2020.RICARDO LÚCIO FREIRE TRIGUEIROPromotor de JustiçaNotícia de Fato nº 000430-240/2019Objeto: Apurar suposta ocorrência do crime tipificado no artigo 217-A do CPParte Interessada: Conselho Tutelar da Criança e Adolescente de São Miguel do TapuioDECISÃO -PROMOÇÃO DE ARQUIVAMENTO.Vistos em correição.Trata-se de NOTÍCIA DE FATO, instaurada nesta Promotoria de Justiça de São Miguel do Tapuio, com fulcro no art. 129, III, da ConstituiçãoFederal, art. 8°, § 1°, da Lei n° 7.347/85, art. 25, IV, "b", da Lei n° 8.625/93 e art.36, VI, da Lei Complementar Estadual n° 12/93,e na Resoluçãonº 174/2017, do Conselho Nacional do Ministério PúblicoA Notícia de Fato teve início em virtude do Ofício CTCA Nº 40/19, acompanhado de relatório, do Conselho Tutelar de São Miguel do Tapuio,noticiando a suposta ocorrência do crime tipificado no artigo 217-A do CP praticado em tese Adilson Vieira, tendo como suposta vítima a menorM. F.Este Órgão Ministerial solicitou a instauração de Inquérito Policial para apurar os fatos (fl. 12).Em 18.12.2019 foi realizada audiência extrajudicial nesta Promotoria de Justiça para oitiva da suposta vítima acompanhada de sua genitora e deConselheiros Tutelares da Criança e Adolescente desta cidade. Na ocasião tanto a genitora da menor, bem como a vítima afirmaram que não éverdade a denúncia descrita na presente Notícia de Fato (fls.13/14).Passo a decidir.É O RELATÓRIO.A Resolução nº 174/2017 do CNMP veda à requisição de informações, sendo que na hipótese de natureza criminal deve-se observar às normasda legislação vigente e as do CNMP pertinentes, qual seja a Resolução nº 181/2017, a qual diz que em poder de quaisquer peças de informação,o membro do Ministério Público poderá: a) promover a ação penal cabível; b) instaurar procedimento investigatório criminal; c) encaminhar aspeças para o Juizado Especial Criminal, caso a infração seja de menor potencial ofensivo; d) promover, fundamentadamente, o respectivoarquivamento e e) requisitar a instauração de inquérito policial, indicando, sempre que possível, as diligências necessárias à elucidação dos fatos,sem prejuízo daquelas que vierem a ser realizadas por iniciativa da autoridade policial competente, determinando a instauração de competenteProcedimento Investigatório Criminal.A Resolução nº 174/2017 do CNMP em seu Artigo 4º, II, reza que:Art. 4º A Notícia de Fato será arquivada quando:I - o fato narrado não configurar lesão ou ameaça de lesão aos interesses ou direitos tutelados pelo Ministério Público;II - o fato narrado já tiver sido objeto de investigação ou de ação judicial ou já se encontrar solucionado;III - a lesão ao bem jurídico tutelado for manifestamente insignificante, nos termos de jurisprudência consolidada ou orientação do ConselhoSuperior ou de Câmara de Coordenação e Revisão;IV - for desprovida de elementos de prova ou de informação mínimos para o início de uma apuração, e o noticiante não atender à intimação paracomplementá-la;V - for incompreensível.Não havendo outras providências a serem adotadas em relação aos fatos narrados no presente procedimento.Ante o exposto, considerando o que dispõe o art. 4, inciso II da Resolução nº 174/2017 do CNMP, determino o ARQUIVAMENTO do presenteprocedimento.Deixo de submeter a presente Decisão de Arquivamento da NOTÍCIA DE FATO ao Conselho Superior do Ministério Público, conforme previsãodo art. 5º da Resolução nº 174, de 4 de julho de 2017, do Conselho Nacional do Ministério Público - CNMP.Cientifique-se o noticiante, através de notificação via DOMP, considerando a inexistência de e-mails informados ou elementos que possibilitem acomunicação direta do noticiante por este órgão, para que, caso queira, apresente recurso no prazo de 10 (dez) dias da presente decisão,conforme previsão do art. 4º, §1º da Resolução 174/2017 do CNMP.Para efeitos de dar publicidade a esta decisão, determino a sua divulgação no Diário Oficial do Ministério Público do Estado do Piauí.Procedam-se às atualizações necessárias no sistema.Após, arquivem-se os autos no âmbito desta Promotoria de Justiça.São Miguel do Tapuio, 08 de abril de 2020.RICARDO LÚCIO FREIRE TRIGUEIROPromotor de JustiçaNotícia de Fato nº 0000038-240/2019Objeto: Apurar suposto acúmulo de função públicaParte Interessada: Antonio Valderi Gomes de AraújoDECISÃO - PROMOÇÃO DE ARQUIVAMENTO.Vistos em correição.Trata-se de NOTÍCIA DE FATO, instaurada nesta Promotoria de Justiça de São Miguel do Tapuio, com fulcro no art. 129, III, da ConstituiçãoFederal, art. 8°, § 1°, da Lei n° 7.347/85, art. 25, IV, "b", da Lei n° 8.625/93 e art.36, VI, da Lei Complementar Estadual n° 12/93,e na Resoluçãonº 174/2017, do Conselho Nacional do Ministério Público.A Notícia de Fato teve início em virtude de reclamação feita por ANTÔNIO VALDERI GOMES DE ARAÚJO relatando que o senhor ANTÔNIOREGINALDO SIRIANO FERREIRA acumula as funções de Presidente da Mesa Diretora da Câmara Municipal de São Miguel do Tapuio e Vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de São Miguel do Tapuio-PI.Este Órgão Ministerial notificou o requerido (fl. 10), tendo este apresentado manifestação alegando que não há qualquer impedimentoconstitucional ao exercício simultâneo de cargo de diretoria de sindical e de mandato no Poder Legislativo para o qual foi eleito.É O RELATÓRIO.Passo a decidir.Por analogia aplicam aos vereadores os seguintes dispositivos da Constituição Federal:Art. 54. Os Deputados e Senadores não poderão:I - desde a expedição do diploma:a) firmar ou manter contrato com pessoa jurídica de direito público, autarquia, empresa pública, sociedade de economia mista ou empresaconcessionária de serviço público, salvo quando o contrato obedecer a cláusulas uniformes;b) aceitar ou exercer cargo, função ou emprego remunerado, inclusive os de que sejam demissíveis "ad nutum", nas entidades constantes daalínea anterior;II - desde a posse:a) ser proprietários, controladores ou diretores de empresa que goze de favor decorrente de contrato com pessoa jurídica de direito público, ounela exercer função remunerada;b) ocupar cargo ou função de que sejam demissíveis "ad nutum", nas entidades referidas no inciso I, "a";c) patrocinar causa em que seja interessada qualquer das entidades a que se refere o inciso I, "a";

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d) ser titulares de mais de um cargo ou mandato público eletivo.O DECRETO-LEI Nº 200, DE 25 DE FEVEREIRO DE 1967 em seu artigo 5º descreve as entidades de que trata o inciso I, a, do artigo 54 da CF,conforme se vê a seguir.Art. 5º Para os fins desta lei, considera-se:I - Autarquia - o serviço autônomo, criado por lei, com personalidade jurídica, patrimônio e receita próprios, para executar atividades típicas daAdministração Pública, que requeiram, para seu melhor funcionamento, gestão administrativa e financeira descentralizada.II - Emprêsa Pública - a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, com patrimônio próprio e capital exclusivo da União ou desuas entidades da Administração Indireta, criada por lei para desempenhar atividades de natureza empresarial que o Govêrno seja levado aexercer, por motivos de conveniência ou contingência administrativa, podendo tal entidade revestir-se de qualquer das formas admitidas emdireito.II - Emprêsa Pública - a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, com patrimônio próprio e capital exclusivo da União, criadopor lei para a exploração de atividade econômica que o Govêrno seja levado a exercer por fôrça de contingência ou de conveniênciaadministrativa podendo revestir-se de qualquer das formas admitidas em direito.(Redação dada pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969)III - Sociedade de Economia Mista - a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, criada por lei para o exercício de atividade denatureza mercantil, sob a forma de sociedade anônima, cujas ações com direito a voto pertençam, em sua maioria, à União ou à entidade daAdministração Indireta.III - Sociedade de Economia Mista - a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, criada por lei para a exploração de atividadeeconômica, sob a forma de sociedade anônima, cujas ações com direito a voto pertençam em sua maioria à União ou a entidade daAdministração Indireta.(Redação dada pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969)IV - Fundação Pública - a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, criada em virtude de autorizaçãolegislativa, para o desenvolvimento de atividades que não exijam execução por órgãos ou entidades de direito público, com autonomiaadministrativa, patrimônio próprio gerido pelos respectivos órgãos de direção, e funcionamento custeado por recursos da União e de outrasfontes.(Incluído pela Lei nº 7.596, de 1987)As entidades sindicais não se enquadram como pessoas jurídicas de direito público, autarquias, empresas públicas ou sociedades de economiamista, e também não são concessionárias de serviço público ou empresas, pois são revestidas da forma de associações, de modo que seusdirigentes não se equiparam aos diretores e aos ocupantes de cargos das pessoas jurídicas mencionadas, assim como os próprios sindicatospossuem natureza jurídica diversa das pessoas jurídicas mencionadas. Portanto, se exclui, automaticamente, a incidência do art. 54, inciso I,alíneas "a" e "b", da Carta Magna, bem como, no inciso II do mesmo artigo, as alíneas "a", "b" e "c", que se referem às pessoas jurídicasmencionadas.O artigo 522, §1º DECRETO-LEI Nº 5.452, DE 1º DE MAIO DE 1943, reza:Art. 522. A administração do sindicato será exercida por uma diretoria constituída no máximo de sete e no mínimo de três membros e de umConselho Fiscal composto de três membros, eleitos esses órgãos pela Assembléia Geral.§ 1º A diretoria elegerá, dentre os seus membros, o presidente do sindicato.Portanto, como mostra o dispositivo acima, o exercício de mandato de dirigente sindical não constitui cargo ou mandato público eletivo, para osfins do disposto no art. 54, II, "d", já que o cargo exercido no sindicato possui âmbito restrito à associação da qual faz parte, sendo eleito pelosdemais associados (sindicalizados) e não mediante pleito disciplinado pelas regras do Direito Eleitoral.Existe a possibilidade jurídica de acúmulo do cargo de presidente de sindicato com o mandato de vereador.Não havendo outras providências a serem adotadas em relação aos fatos narrados no presente procedimento.A Resolução nº 174/2017 do CNMP em seu Artigo 4º, I, reza que:Art. 4º A Notícia de Fato será arquivada quando:I - o fato narrado não configurar lesão ou ameaça de lesão aos interesses ou direitos tutelados pelo Ministério Público;II - o fato narrado já tiver sido objeto de investigação ou de ação judicial ou já se encontrar solucionado;III - a lesão ao bem jurídico tutelado for manifestamente insignificante, nos termos de jurisprudência consolidada ou orientação do ConselhoSuperior ou de Câmara de Coordenação e Revisão;IV - for desprovida de elementos de prova ou de informação mínimos para o início de uma apuração, e o noticiante não atender à intimação paracomplementá-la;V - for incompreensível.Ante o exposto, considerando o que dispõe o art. 4, inciso I da Resolução nº 174/2017 do CNMP, determino o ARQUIVAMENTO do presenteprocedimento.Deixo de submeter a presente Decisão de Arquivamento da NOTÍCIA DE FATO ao Conselho Superior do Ministério Público, conforme previsãodo art. 5º da Resolução nº 174, de 4 de julho de 2017, do Conselho Nacional do Ministério Público - CNMP.Para efeitos de dar publicidade a esta decisão, determino a sua divulgação no Diário Oficial do Ministério Público do Estado do Piauí.Procedam-se às atualizações necessárias no sistema.Após, arquivem-se os autos no âmbito desta Promotoria de Justiça.São Miguel do Tapuio, 08 de abril de 2020.RICARDO LÚCIO FREIRE TRIGUEIROPromotor de JustiçaNotícia de Fato nº 000459-240/2017Objeto: Apurar suposta situação de vulnerabilidade de pessoa idosaParte Interessada:ARICELSO MARTINS AZEVEDODECISÃO - PROMOÇÃO DE ARQUIVAMENTO.Vistos em correição.Trata-se de NOTÍCIA DE FATO, instaurada nesta Promotoria de Justiça de São Miguel do Tapuio, com fulcro no art. 129, III, da ConstituiçãoFederal, art. 8°, § 1°, da Lei n° 7.347/85, art. 25, IV, "b", da Lei n° 8.625/93 e art.36, VI, da Lei Complementar Estadual n° 12/93,e na Resoluçãonº 174/2017, do Conselho Nacional do Ministério Público, em razão de atendimento realizado nesta Promotoria de Justiça em que o Sr°ARICELSO MARTINS AZEVEDO, relata que não recebeu os vencimentos referentes ao mês de janeiro de 2019.Somente passo a analisar o presente instrumento na data de hoje, diante do Ato PGJ Nº 990/2020 que promoveu a signatária pelo critério deantiguidade, a Promotora de Justiça da Promotoria de São Miguel do Tapuio - entrância intermediária.Este Órgão Ministerial oficiou o Município de São Miguel do Tapuio solicitando informação (07). Em resposta, a municipalidade responde que (...)"Não é difícil depreender destas informações não ser ele o melhor exemplo de servidor. As páginas 5/32 e 6/32 (frente e verso) epáginas 19/32 e 20/32 (frente e verso) suscitam suspeitar de fraude na expedição do atestado. As páginas 31/32 e 32/32 (frente e verso)me induziram a plenamente duvidar de sua autenticidade, razão que me levou a autorizar a suspensão do pagamento desse mês, a fimde oportunizar ao interessado provar que o assinante do atestado médico (atentar para o formulário!) é o mesmo que sobrescreve oenvelope do correio, nas três oportunidades(...)Diante dos indícios de crime de falsidade ideológica (CP, art. 299) e de falsificação de documento (CP, arts. 297 e 298), foi oficiado a autoridadepolicial desta Comarca requisitando, com a urgência devida, a instauração do competente procedimento policial, visando a apurar o(s) fato(s) oranarrado(s); (fls.43).Às fls. 47/48, consta Ofício, acompanhado de requisição de diárias, oriundo da Delegacia de Polícia de Castelo do Piauí. No referido ofício a

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autoridade policial informa "que a equipe de investigação aguarda o pagamento de diárias para se deslocarem até as cidades de Teresina eDemerval Lobal e apurar os supostos crimes de falsidade ideológica e/ou falsificação de documento perpetrados por servidor do Município deSão Miguel do Tapuio".Passo a decidir.É O RELATÓRIO.Não havendo outras providências a serem adotadas em relação aos fatos narrados no presente procedimento.A Resolução nº 174/2017 do CNMP em seu Artigo 4º, II, reza que:Art. 4º A Notícia de Fato será arquivada quando:I - o fato narrado não configurar lesão ou ameaça de lesão aos interesses ou direitos tutelados pelo Ministério Público;II - o fato narrado já tiver sido objeto de investigação ou de ação judicial ou já se encontrar solucionado;III - a lesão ao bem jurídico tutelado for manifestamente insignificante, nos termos de jurisprudência consolidada ou orientação do ConselhoSuperior ou de Câmara de Coordenação e Revisão;IV - for desprovida de elementos de prova ou de informação mínimos para o início de uma apuração, e o noticiante não atender à intimação paracomplementá-la;V - for incompreensível.Ante o exposto, considerando o que dispõe o art. 4, inciso II da Resolução nº 174/2017 do CNMP, determino o ARQUIVAMENTO do presenteprocedimento.Deixo de submeter a presente Decisão de Arquivamento da NOTÍCIA DE FATO ao Conselho Superior do Ministério Público, conforme previsãodo art. 5º da Resolução nº 174, de 4 de julho de 2017, do Conselho Nacional do Ministério Público - CNMP.Cientifique-se o noticiante, através de notificação via DOMP, considerando a inexistência de e-mails informados ou elementos que possibilitem acomunicação direta do noticiante por este órgão, para que, caso queira, apresente recurso no prazo de 10 (dez) dias da presente decisão,conforme previsão do art. 4º, §1º da Resolução 174/2017 do CNMP.Para efeitos de dar publicidade a esta decisão, determino a sua divulgação no Diário Oficial do Ministério Público do Estado do Piauí.Procedam-se às atualizações necessárias no sistema.Após, arquivem-se os autos no âmbito desta Promotoria de Justiça.São Miguel do Tapuio, 08 de abril de 2020.RICARDO LÚCIO FREIRE TRIGUEIROPromotor de JustiçaNotícia de Fato nº 000630-240/2019Objeto: Apurar suposta situação de negligência a criançasParte Interessada: ANTONIO MARTINS DE SOUSADECISÃO - PROMOÇÃO DE ARQUIVAMENTO.Vistos em correição.Trata-se de NOTÍCIA DE FATO, instaurada nesta Promotoria de Justiça de São Miguel do Tapuio, com fulcro no art. 129, III, da ConstituiçãoFederal, art. 8°, § 1°, da Lei n° 7.347/85, art. 25, IV, "b", da Lei n° 8.625/93 e art.36, VI, da Lei Complementar Estadual n° 12/93,e na Resoluçãonº 174/2017, do Conselho Nacional do Ministério Público, em razão de atendimento realizado nesta Promotoria de Justiça em que o Sr°ANTONIO MARTINS DA SILVA, relatando que as crianças E. G, S, I.E.S.M são negligenciados pela genitora MARIA SANATIANA DE SOUSA.Somente passo a analisar o presente instrumento na data de hoje, diante do Ato PGJ Nº 990/2020 que promoveu a signatária pelo critério deantiguidade, a Promotora de Justiça da Promotoria de São Miguel do Tapuio - entrância intermediária.Este Órgão Ministerial oficiou o Serviço Social do Município de São Miguel do Tapuio solicitando relatório circunstanciado (fls. 07 e 08).Em resposta, o CENTRO DE REFERÊNCIA DA ASSISTÊNCIA SOCIAL - CRAS informou que (...) "Ao visitar a residência não foi verificadasituação de violência, tampouco situação de negligencia para com as crianças, foi verificado, que havia de fato um rompimento devínculos comunitários, especificamente com a visita, que se deve a um fator familiar, a mãe de Sanatiana construiu uma casa. noterreno dos sogros, mas mudou-se para São Paulo e cedeu a casa para a filha residir. Porém estes que são donos do terreno, desdeentão não se deram por satisfeitos com a decisão. A partir de então a família passou a ser incluída nas ações de PAIF- Programa deApoio Integral a Família, pela equipe técnica do Centro de Referência da Assistência Social — CRAS Bandeirantes, porém logo emseguida mudou-se para o estado de São Paulo, onde não é mais competência deste equipamento acompanhá-los). (...)Passo a decidir.É O RELATÓRIO.Não havendo outras providências a serem adotadas em relação aos fatos narrados no presente procedimento.A Resolução nº 174/2017 do CNMP em seu Artigo 4º, II, reza que:Art. 4º A Notícia de Fato será arquivada quando:I - o fato narrado não configurar lesão ou ameaça de lesão aos interesses ou direitos tutelados pelo Ministério Público;II - o fato narrado já tiver sido objeto de investigação ou de ação judicial ou já se encontrar solucionado;III - a lesão ao bem jurídico tutelado for manifestamente insignificante, nos termos de jurisprudência consolidada ou orientação do ConselhoSuperior ou de Câmara de Coordenação e Revisão;IV - for desprovida de elementos de prova ou de informação mínimos para o início de uma apuração, e o noticiante não atender à intimação paracomplementá-la;V - for incompreensível.Ante o exposto, considerando o que dispõe o art. 4, inciso II da Resolução nº 174/2017 do CNMP, determino o ARQUIVAMENTO do presenteprocedimento.Deixo de submeter a presente Decisão de Arquivamento da NOTÍCIA DE FATO ao Conselho Superior do Ministério Público, conforme previsãodo art. 5º da Resolução nº 174, de 4 de julho de 2017, do Conselho Nacional do Ministério Público - CNMP.Cientifique-se o noticiante, através de notificação via DOMP, considerando a inexistência de e-mails informados ou elementos que possibilitem acomunicação direta do noticiante por este órgão, para que, caso queira, apresente recurso no prazo de 10 (dez) dias da presente decisão,conforme previsão do art. 4º, §1º da Resolução 174/2017 do CNMP.Para efeitos de dar publicidade a esta decisão, determino a sua divulgação no Diário Oficial do Ministério Público do Estado do Piauí.Procedam-se às atualizações necessárias no sistema.Após, arquivem-se os autos no âmbito desta Promotoria de Justiça.São Miguel do Tapuio, 26 de março de 2020.Mirna Araújo Napoleão LimaPromotora de JustiçaNotícia de Fato nº 000535-240/2018Objeto: Uso indevido de placa de inauguração em praça públicaParte Interessada: Ouvidoria do MPPIDECISÃO - PROMOÇÃO DE ARQUIVAMENTO.Vistos em correição.Trata-se de NOTÍCIA DE FATO, instaurada nesta Promotoria de Justiça de São Miguel do Tapuio, com fulcro no art. 129, III, da Constituição

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Federal, art. 8°, § 1°, da Lei n° 7.347/85, art. 25, IV, "b", da Lei n° 8.625/93 e art.36, VI, da Lei Complementar Estadual n° 12/93,e na Resoluçãonº 174/2017, do Conselho Nacional do Ministério Público.A Notícia de Fato teve início em virtude de reclamação recebida através do formulário eletrônico da Ouvidoria do Ministério Público do Estado doPiauí, na qual o reclamante declarou o seguinte: "O Projeto de Lei Municipal n°4/2016 foi aprovado por unanimidade pela CV para que a únicapraça existente na localidade Brejo Grande, no município de São Miguel do Tapuio/PI, recebesse o nome de CINÉCIO AURÉLIO SAMPAIO,cidadão ilustre que por muitos anos residiu e exerceu o comércio no local, conforme matéria em anexo. No entanto, por questões políticas e sematender aos princípios da legalidade e impessoalidade, o Prefeito Municipal de São Miguel do Tapuio não sancionou referido PL (mas tambémnão o vetou) e editou o Decreto 95/2017 dando à praça o nome de RAIMUNDO VELOSO DE OLIVEIRA, que jamais residiu no local. Acionadopelo MP local, o Sr. Prefeito revogou este Decreto por meio do Decreto n°95/2017 (ambos em anexo). O fato é que atualmente a praçapermanece com uma placa de inauguração dando indevidamente o nome de RAIMUNDO VELOSO DE OLIVEIRA à mesma.Este Órgão Ministerial oficiou o Município de São Miguel do Tapuio-PI solicitando a retirada da placa atualmente existente na Praça Municipal doPovoado Brejo Grande, dando o nome de RAIMUNDO VELOSO DE OLIVEIRA, bem como, querendo, se manifeste sobre a reclamação ora emtela (fl. 10).Em resposta ao expediente deste Parquet o Município de São Miguel do Tapuio-PI informou que já fora providenciado a retirada da placa, objetoda presente Notícia de Fato (fls.15).Passo a decidir.É O RELATÓRIO.Conforme já mencionado, o Município de São Miguel do Tapuio-PI informou que já fora providenciado a retirada da placa, objeto da presenteNotícia de Fato (fls.15).Não havendo outras providências a serem adotadas em relação aos fatos narrados no presente procedimento.A Resolução nº 174/2017 do CNMP em seu Artigo 4º, II, reza que:Art. 4º A Notícia de Fato será arquivada quando:I - o fato narrado não configurar lesão ou ameaça de lesão aos interesses ou direitos tutelados pelo Ministério Público;II - o fato narrado já tiver sido objeto de investigação ou de ação judicial ou já se encontrar solucionado;III - a lesão ao bem jurídico tutelado for manifestamente insignificante, nos termos de jurisprudência consolidada ou orientação do ConselhoSuperior ou de Câmara de Coordenação e Revisão;IV - for desprovida de elementos de prova ou de informação mínimos para o início de uma apuração, e o noticiante não atender à intimação paracomplementá-la;V - for incompreensível.Ante o exposto, considerando o que dispõe o art. 4, inciso II da Resolução nº 174/2017 do CNMP, determino o ARQUIVAMENTO do presenteprocedimento.Deixo de submeter a presente Decisão de Arquivamento da NOTÍCIA DE FATO ao Conselho Superior do Ministério Público, conforme previsãodo art. 5º da Resolução nº 174, de 4 de julho de 2017, do Conselho Nacional do Ministério Público - CNMP.Cientifique-se a Ouvidoria do MPPI do inteiro teor da presente decisão.Para efeitos de dar publicidade a esta decisão, determino a sua divulgação no Diário Oficial do Ministério Público do Estado do Piauí.Procedam-se às atualizações necessárias no sistema.Após, arquivem-se os autos no âmbito desta Promotoria de Justiça.São Miguel do Tapuio, 08 de abril de 2020.RICARDO LÚCIO FREIRE TRIGUEIROPromotor de JustiçaNotícia de Fato nº 000459-240/2017Objeto: Apurar suposta situação de vulnerabilidade de pessoa idosaParte Interessada: Antonia Soares da SilvaDECISÃO - PROMOÇÃO DE ARQUIVAMENTO.Vistos em correição.Trata-se de NOTÍCIA DE FATO, instaurada nesta Promotoria de Justiça de São Miguel do Tapuio, com fulcro no art. 129, III, da ConstituiçãoFederal, art. 8°, § 1°, da Lei n° 7.347/85, art. 25, IV, "b", da Lei n° 8.625/93 e art.36, VI, da Lei Complementar Estadual n° 12/93,e na Resoluçãonº 174/2017, do Conselho Nacional do Ministério Público, visando apurar a suposta de vulnerabilidade da idosa Antonia Soares da Silva.Somente passo a analisar o presente instrumento na data de hoje, diante do Ato PGJ Nº 990/2020 que promoveu a signatária pelo critério deantiguidade, a Promotora de Justiça da Promotoria de São Miguel do Tapuio - entrância intermediária.Este Órgão Ministerial requisitou ao Serviço Social de São Miguel do Tapuio Relatório Circunstanciado, descrevendo a atual situação vivenciadapela idosa ( fls. 17), porém não houve resposta ao referido expedienteDurante o andamento da presente Notícia de Fato a idosa faleceu, conforme certidão de óbito (fls.18).Passo a decidir.É O RELATÓRIO.Não havendo outras providências a serem adotadas em relação aos fatos narrados no presente procedimento.A Resolução nº 174/2017 do CNMP em seu Artigo 4º, II, reza que:Art. 4º A Notícia de Fato será arquivada quando:I - o fato narrado não configurar lesão ou ameaça de lesão aos interesses ou direitos tutelados pelo Ministério Público;II - o fato narrado já tiver sido objeto de investigação ou de ação judicial ou já se encontrar solucionado;III - a lesão ao bem jurídico tutelado for manifestamente insignificante, nos termos de jurisprudência consolidada ou orientação do ConselhoSuperior ou de Câmara de Coordenação e Revisão;IV - for desprovida de elementos de prova ou de informação mínimos para o início de uma apuração, e o noticiante não atender à intimação paracomplementá-la;V - for incompreensível.Ante o exposto, considerando o que dispõe o art. 4, inciso II da Resolução nº 174/2017 do CNMP, determino o ARQUIVAMENTO do presenteprocedimento.Deixo de submeter a presente Decisão de Arquivamento da NOTÍCIA DE FATO ao Conselho Superior do Ministério Público, conforme previsãodo art. 5º da Resolução nº 174, de 4 de julho de 2017, do Conselho Nacional do Ministério Público - CNMP.Cientifique-se o noticiante, através de notificação via DOMP, considerando a inexistência de e-mails informados ou elementos que possibilitem acomunicação direta do noticiante por este órgão, para que, caso queira, apresente recurso no prazo de 10 (dez) dias da presente decisão,conforme previsão do art. 4º, §1º da Resolução 174/2017 do CNMP.Para efeitos de dar publicidade a esta decisão, determino a sua divulgação no Diário Oficial do Ministério Público do Estado do Piauí.Procedam-se às atualizações necessárias no sistema.Após, arquivem-se os autos no âmbito desta Promotoria de Justiça.São Miguel do Tapuio, 08 de abril de 2020.RICARDO LÚCIO FREIRE TRIGUEIROPromotor de Justiça

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Notícia de Fato nº 000583-240/2017Objeto: Averiguação de PaternidadePessoa interessada: F. P. DA S.DECISÃO - PROMOÇÃO DE ARQUIVAMENTO.Vistos em correição.Trata-se de PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO para acompanhar reconhecimento de paternidade em favor da criança/adolescente F. P. DA S.Somente passo a analisar o presente instrumento na data de hoje, diante do Ato PGJ Nº 990/2020 que promoveu a signatária pelo critério deantiguidade, a Promotora de Justiça da Promotoria de São Miguel do Tapuio - entrância intermediária.Designada audiência nesta Promotoria de Justiça, do realizado a coleta de material genético da genitora do menor, do menor, da sua suposta avópaterna e de duas supostas tias paternas(fls. 13/14).Às fls. 28 consta Ofício nº 615/2019 de lavra do LACEN informando que o exame de DNA não poderá ser realizado pois não atendem osrequisitos mínimos para análise. Esclareceu que nas investigações de paternidade onde o suposto pai é falecido ou ausente é obrigatória a coletado material genético dos supostos avós paternos.Já tramita uma ação de investigação de paternidade Post Mortem cadastrada no PJE nº 0000306-16.2016.8.18.0071 envolvendo as mesmaspartes deste procedimento.Passo a decidir.É O RELATÓRIO.Não havendo outras providências a serem adotadas em relação aos fatos narrados no presente procedimento.Exaurido, portanto, o objeto da presente notícia de fato, o arquivamento é medida que se impõe.A Resolução nº 174/2017 do CNMP em seu Artigo 4º, II, reza que:Art. 4º A Notícia de Fato será arquivada quando:I - o fato narrado não configurar lesão ou ameaça de lesão aos interesses ou direitos tutelados pelo Ministério Público;II - o fato narrado já tiver sido objeto de investigação ou de ação judicial ou já se encontrar solucionado;III - a lesão ao bem jurídico tutelado for manifestamente insignificante, nos termos de jurisprudência consolidada ou orientação do ConselhoSuperior ou de Câmara de Coordenação e Revisão;IV - for desprovida de elementos de prova ou de informação mínimos para o início de uma apuração, e o noticiante não atender à intimação paracomplementá-la;V - for incompreensível.Deixo de submeter a presente Decisão de Arquivamento da NOTÍCIA DE FATO ao Conselho Superior do Ministério Público, conforme previsãodo art. 5º da Resolução nº 174, de 4 de julho de 2017, do Conselho Nacional do Ministério Público - CNMP.Cientifique-se o noticiante, através de notificação via DOMP, considerando a inexistência de e-mails informados ou elementos que possibilitem acomunicação direta do noticiante por este órgão, para que, caso queira, apresente recurso no prazo de 10 (dez) dias da presente decisão,conforme previsão do art. 4º, §1º da Resolução 174/2017 do CNMP.Para efeitos de dar publicidade a esta decisão, determino a sua divulgação no Diário Oficial do Ministério Público do Estado do Piauí.Procedam-se às atualizações necessárias no sistema.Após, arquivem-se os autos no âmbito desta Promotoria de Justiça.São Miguel do Tapuio, 08 de abril de 2020.RICARDO LÚCIO FREIRE TRIGUEIROPromotor de JustiçaNotícia de Fato nº 000540-240/2019Objeto: Apurar suposta ocorrência de Ato InfracionalParte Interessada: Conselho Tutelar da Criança e Adolescente de São Miguel do TapuioDECISÃO -PROMOÇÃO DE ARQUIVAMENTO.Vistos em correição.Trata-se de NOTÍCIA DE FATO, instaurada nesta Promotoria de Justiça de São Miguel do Tapuio, com fulcro no art. 129, III, da ConstituiçãoFederal, art. 8°, § 1°, da Lei n° 7.347/85, art. 25, IV, "b", da Lei n° 8.625/93 e art.36, VI, da Lei Complementar Estadual n° 12/93,e na Resoluçãonº 174/2017, do Conselho Nacional do Ministério PúblicoA Notícia de Fato teve início em virtude do Ofício CTCA Nº 10/19, acompanhado de relatório, do Conselho Tutelar de São Miguel do Tapuio,noticiando a suposta ocorrência de Ato Infracional análogo a Lesão Corporal Leve praticado em tese pela menor L. A. de O., tendo como supostavítima a menor A. L. G. S.Este Órgão Ministerial solicitou a instauração de procedimento policial para apurar os fatos (fl. 20).A autoridade policial encaminhou a esta Promotoria de Justiça Termo de Não Representação Criminal assinado pela representante da supostavítima (fl.24).Passo a decidir.É O RELATÓRIO.Por analogia o tipo penal descrito no art. 129, caput, do CP somente se procede mediante representação criminal.A suposta vítima renunciou ao direito de representação (fl.24), devendo por tanto, ser declarada extinta a punibilidade da menor infratora, poranalogia ao artigo 107, inciso IV do CP, arquivando-se o presente procedimento.Não havendo outras providências a serem adotadas em relação aos fatos narrados no presente procedimento.Exaurido, portanto, o objeto da presente notícia de fato, o arquivamento é medida que se impõe.A Resolução nº 174/2017 do CNMP em seu Artigo 4º, II, reza que:Art. 4º A Notícia de Fato será arquivada quando:I - o fato narrado não configurar lesão ou ameaça de lesão aos interesses ou direitos tutelados pelo Ministério Público;II - o fato narrado já tiver sido objeto de investigação ou de ação judicial ou já se encontrar solucionado;III - a lesão ao bem jurídico tutelado for manifestamente insignificante, nos termos de jurisprudência consolidada ou orientação do ConselhoSuperior ou de Câmara de Coordenação e Revisão;IV - for desprovida de elementos de prova ou de informação mínimos para o início de uma apuração, e o noticiante não atender à intimação paracomplementá-la;V - for incompreensível.Deixo de submeter a presente Decisão de Arquivamento da NOTÍCIA DE FATO ao Conselho Superior do Ministério Público, conforme previsãodo art. 5º da Resolução nº 174, de 4 de julho de 2017, do Conselho Nacional do Ministério Público - CNMP.Cientifique-se o noticiante, através de notificação via DOMP, considerando a inexistência de e-mails informados ou elementos que possibilitem acomunicação direta do noticiante por este órgão, para que, caso queira, apresente recurso no prazo de 10 (dez) dias da presente decisão,conforme previsão do art. 4º, §1º da Resolução 174/2017 do CNMP.Para efeitos de dar publicidade a esta decisão, determino a sua divulgação no Diário Oficial do Ministério Público do Estado do Piauí.Procedam-se às atualizações necessárias no sistema.Após, arquivem-se os autos no âmbito desta Promotoria de Justiça.São Miguel do Tapuio, 08 de abril de 2020.

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RICARDO LÚCIO FREIRE TRIGUEIROPromotor de JustiçaPORTARIA Nº14/2019(PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO)Finalidade: Acompanhar situação de pessoas com transtornos mentais.O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, por meio de sua representante legal nesta Comarca, no uso de suas atribuições que sãoconferidas pelo pelo art. 129, III, da Constituição Federal, art. 8°, § 1°, da Lei n° 7.347/85, art. 25, IV, "b", da Lei n° 8.625/93 e art.36, VI, da LeiComplementar Estadual n° 12/93,e na Resolução nº 174/2017, do Conselho Nacional do Ministério Público eCONSIDERANDO ter sido instaurado nesta Promotoria de Justiça a Notícia de Fato (SIMP 000264-240/2019), em razão de atendimento em queo Sr. JOSUÉ BARROS LIMA, relata que seus filhos Erinaldo Serafim Lima e Erisvaldo Serafim Lima são mentalmente enfermos, não aceitamtratamento e que, em razão disto, passaram a ameaçar constantemente o declarante, demais familiares e vivem em situação de gravevulnerabilidade social;CONSIDERANDO que esta Promotoria não possui atribuição para autorizar internação compulsória para tratamento de drogadição, conformeprega a Recomendação Conjunta n° 01/2014 CAODS/CGMP/PI;CONSIDERANDO que o Município deverá em parceria com a ESF, CAPS, CRAS e CREAS e paciente construir um Projeto Terapêutico Singularque possa vir atender às necessidade do usuário e ressaltar intervenções positivas na sua recuperação;CONSIDERANDO que foi solicitado ao CAPS I a adoção de providências junto aos demais órgãos de assistência e saúde que já atuam napromoção da recuperação dos pacientes para a construção de projeto terapêutico;CONSIDERANDO que somente depois de comprovado que tal projeto não surtiu efeito é que poderá haver indicação médica pela internaçãocompulsória;CONSIDERANDO que há informação de será construído o projeto terapêutico;CONSIDERANDO que incumbe ao Ministério Público a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuaisindisponíveis — art. 127 da CRFB;CONSIDERANDO ter sido expirado o prazo previsto no art. 3º da Resolução nº 174/2017 do Conselho Nacional do Ministério Público para atramitação da Notícia Fato;CONSIDERANDO que, nos termos do art. 8°, II, da Resolução CNMP n. 174/2017, o Procedimento Administrativo é o instrumento próprio daatividade-fim destinado a apurar fato que enseje a tutela de interesses individuais indisponíveis;RESOLVE:CONVERTER a Notícia de Fato nº Notícia de Fato (SIMP 000264-240/2019 em PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO, com o objeto deacompanhar a construção de projeto terapêutico singular, determinando, desde logo:1) O registro da conversão do procedimento no sistema SIMP;2) Remessa desta Portaria, por meio eletrônico, ao Centro de Apoio Operacional da Educação e Cidadania - CAODEC, para conhecimento,conforme determina o art. 6º, § 1º, da Resolução nº 01/2008, do Colendo Colégio de Procuradores de Justiça do Estado do Piauí;3) Encaminhe-se cópia desta Portaria para fins de publicação no Diário Oficial do Ministério Público - DOEMPI, via e-mail institucional, devendo oenvio e a publicação ser certificado nos autos;4) Oficie-se o CAPS para que apresente a esta Promotoria de Justiça o projeto terapêutico singular.5) Nomeio, sob compromisso, para secretariar os trabalhos, os servidores ANA LUIZA SOUSA SAMPAIO (mat. Nº 15682) e ETIVALDO ANTÃODE SOUSA (mat. Nº 15135), lotado(a)s nesta Promotoria de Justiça.São Miguel do Tapuio, 30 de março de 2020.MIRNA ARAÚJO NAPOLEÃO LIMAPromotora de JustiçaOfício nº 046/2020-GPSMTSão Miguel do Tapuio (PI) 30.03.2020.A Sua Sua Senhoria a SenhoraVANESSA ALVES FERREIRACoordenadora do CAPS -São Miguel do TapuioAssunto: Requisita Projeto Terapêutico Singular.Senhora Coordenadora,Cumprimentando-o cordialmente, O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE PIAUÍ, por meio da Promotoria de Justiça de São Miguel doTapuio, no uso das atribuições que lhes são conferidas pelo art. 129, III, da Constituição Federal, art. 8°, § 1°, da Lei n° 7.347/85, art. 25, IV, "b",da Lei n° 8.625/93 e art.36, VI, da Lei Complementar Estadual n° 12/93,e na Resolução nº 174/2017, do Conselho Nacional do Ministério Público,vem perante a presença de Vossa Senhoria requerer, no prazo de 10 (dez) dias, cópia do projeto terapêutico singular dos pacientes ErinaldoSerafim Lima e Erisvaldo Serafim Lima.Atenciosamente,Mirna Araújo Napoleão LimaPromotora de JustiçaPORTARIA Nº 11 /2020(PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO)Finalidade: Apurar a suposta ocorrência do crime tipificado no artigo 218-b do CP, dentre outros.O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, por meio de sua representante legal nesta Comarca, no uso de suas atribuições que sãoconferidas pelo art. 129 da Constituição Federal, pelo art. 25 da Lei Orgânica Nacional do Ministério Público, pelos arts. 73 e 74 da Lei10.741/2003 e pelo Art. 8º, III da Resolução nº 174/2017 do CNMP eCONSIDERANDO ter sido instaurado nesta Promotoria de Justiça a Notícia de Fato (SIMP 000474-240/2019), visando apurara supostaocorrência do crime tipificado no artigo 218-b do CP, dentre outros;CONSIDERANDO que, apesar de oficiado, o Delegado de Polícia da comarca não apresentou resposta;CONSIDERANDO o teor dos documentos acostados aos autos pelo Conselho Tutelar da Criança e do Adolescente de São Miguel do Tapuio,informando que as menores G. N., C. N., C;e C. V;CONSIDERANDO que, se comprovados, os fatos narrados poderão caracterizar crimes tipificados no Estatuto da Criança e do Adolescente,entre outros;CONSIDERANDO ter sido expirado o prazo previsto no art. 3º da Resolução nº 174/2017 do Conselho Nacional do Ministério Público para atramitação da Notícia Fato;CONSIDERANDO a necessidade da continuidade ao procedimento, visando apurar os fatos narrados, que, se confirmados, podem constituircrime, e visando resguardar os interesses e os direitos das eventuais vítimas menores de idade, conforme preceitua o Estatuto da Criança e doAdolescente.RESOLVE:CONVERTER a Notícia de Fato (SIMP 000474-240/2019) em PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO, determinando, desde logo:1) O registro da conversão do procedimento no sistema SIMP;2) Remessa desta Portaria, por meio eletrônico, ao Centro de Apoio Operacional Criminal - CAOCRIM, para conhecimento, conforme determina o

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art. 6º, § 1º, da Resolução nº 01/2008, do Colendo Colégio de Procuradores de Justiça do Estado do Piauí;3) Encaminhe-se cópia desta Portaria para fins de publicação no Diário Oficial do Ministério Público - DOEMPI, via e-mail institucional, devendo oenvio e a publicação ser certificado nos autos;4) Oficie Autoridade Policial requisitando: a) cópia da portaria inaugural do inquérito policial e informações a respeito de sua atual fase - se já foiconcluído ou se há diligências investigatórias pendentes, especificando-as;b) caso não tenha sido instaurado, sejam adotadas as providências pertinentes para a efetiva instauração, com a remessa da cópia da portariainaugural.5) Nomeio, sob compromisso, para secretariar os trabalhos, os servidores ANA LUIZA SOUSA SAMPAIO (mat. Nº 15682) e ETIVALDO ANTÃODE SOUSA (mat. Nº 15135), lotado(a)s nesta Promotoria de Justiça.São Miguel do Tapuio, 26 de março de 2020.MIRNA ARAÚJO NAPOLEÃO LIMAPromotora de JustiçaPORTARIA Nº13/2019(PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO)Finalidade: Apurar falta de água no Bairro Morada do Sol em São Miguel do Tapuio.O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, por meio de sua representante legal nesta Comarca, no uso de suas atribuições que sãoconferidas pelo pelo art. 129, III, da Constituição Federal, art. 8°, § 1°, da Lei n° 7.347/85, art. 25, IV, "b", da Lei n° 8.625/93 e art.36, VI, da LeiComplementar Estadual n° 12/93,e na Resolução nº 174/2017, do Conselho Nacional do Ministério Público eCONSIDERANDO ter sido instaurado nesta Promotoria de Justiça a Notícia de Fato (SIMP 000410-240/2018), visando apurar falta de água noBairro Morada do Sol em São Miguel do Tapuio;CONSIDERANDO que, apesar de oficiado, o São Miguel do Tapuio não apresentou resposta;CONSIDERANDO oteor do Ofício de lavra da Associação Comunitária dos Moradores do Bairro Estado, dando conta que os moradores do BairroMorada do Sol ficam sem água na parte da tarte;CONSIDERANDO que as normas do Código de Defesa do Consumidor - CDC - são de ordem pública e interesse social, nos termos do artigo 1º,da Lei Federal nº 8078/90;CONSIDERANDO que é princípio da Política Nacional das Relações de Consumo, insculpido no art. 4º, inciso I, do CDC, o reconhecimento davulnerabilidade do consumidor no mercado de consumo;CONSIDERANDO que segundo o art.6º, inciso I, são direitos básicos do consumidor a proteção da vida, saúde e segurança contra os riscosprovocados por práticas no fornecimento de produtos e serviços considerados perigosos ou nocivos;CONSIDERANDO que o artigo 6º, X do CDC dispõe como direito básico do consumidor a adequada e eficaz prestação dos serviços públicos emgeral;CONSIDERANDO que o artigo 8º do Diploma Consumerista pátrio prescreve que os produtos e serviços colocados no mercado de consumo nãoacarretarão riscos à saúde ou segurança dos consumidores, exceto os considerados normais e previsíveis em decorrência de sua natureza efruição, obrigando-se os fornecedores, em qualquer hipótese, a dar as informações necessárias e adequadas a seu respeito.CONSIDERANDO o artigo 20, § 2° do CDC estabelece que são impróprios os serviços que se mostrem inadequados para os fins querazoavelmente deles se esperam, bem como aqueles que não atendam as normas regulamentares de prestabilidade.;CONSIDERANDO que o artigo 22 do CDC dispõe que os órgãos públicos, por si ou suas empresas, concessionárias, permissionárias ou sobqualquer outra forma de empreendimento, são obrigados a fornecer serviços adequados, eficientes, seguros e, quanto aos essenciais, contínuos;CONSIDERANDO a necessidade do tratamento coletivo, visto o dano causado à coletividade, conforme o art. 81 do Código de Defesa doConsumidor;CONSIDERANDO ter sido expirado o prazo previsto no art. 3º da Resolução nº 174/2017 do Conselho Nacional do Ministério Público para atramitação da Notícia Fato;RESOLVE:CONVERTER a Notícia de Fato nº Notícia de Fato (SIMP 000410-240/2018) em PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO, determinando, desdelogo:1) O registro da conversão do procedimento no sistema SIMP;2) Remessa desta Portaria, por meio eletrônico, ao Programa de Proteção e Defesa do Consumidor do Ministério Público do Estado do Piauí,para conhecimento, conforme determina o art. 6º, § 1º, da Resolução nº 01/2008, do Colendo Colégio de Procuradores de Justiça do Estado doPiauí;3) Encaminhe-se cópia desta Portaria para fins de publicação no Diário Oficial do Ministério Público - DOEMPI, via e-mail institucional, devendo oenvio e a publicação ser certificado nos autos;4) Renovem-se o expediente de fls. 07, com cópia da presente portaria, para que o Município cumpra o item 06 do despacho de fl.06.5) Nomeio, sob compromisso, para secretariar os trabalhos, os servidores ANA LUIZA SOUSA SAMPAIO (mat. Nº 15682) e ETIVALDO ANTÃODE SOUSA (mat. Nº 15135), lotado(a)s nesta Promotoria de Justiça.São Miguel do Tapuio, 26 de março de 2020.MIRNA ARAÚJO NAPOLEÃO LIMAPromotora de JustiçaPORTARIA Nº 17 /2020(PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO)Finalidade: Apurar a suposta situação de negligência em que se encontram os menores F. E. C.S, M. C. O e M. A. C. OO MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, por meio de sua representante legal nesta Comarca, no uso de suas atribuições que sãoconferidas pelo art. 129, III, da Constituição Federal, art. 8°, § 1°, da Lei n° 7.347/85, art. 25, IV, "b", da Lei n° 8.625/93 e art.36, VI, da LeiComplementar Estadual n° 12/93,e na Resolução nº 174/2017, do Conselho Nacional do Ministério Público eCONSIDERANDO ter sido instaurado nesta Promotoria de Justiça a Notícia de Fato (SIMP 000350-240/2018), visando apurar a suposta situaçãode negligência em que se encontram os menores F. E. C.S, M. C. O e M. A. C. O, noticiada pelo Conselho Tutelar da Criança e do Adolescentedesta cidade;CONSIDERANDO ter sido expirado o prazo previsto no art. 3º da Resolução nº 174/2017 do Conselho Nacional do Ministério Público para atramitação da Notícia Fato;CONSIDERANDO que, nos termos do art. 8°, II, da Resolução CNMP n. 174/2017, o Procedimento Administrativo é o instrumento próprio daatividade-fim destinado a apurar fato que enseje a tutela de interesses individuais indisponíveis;CONSIDERANDO a necessidade da continuidade do procedimento diante da ausência de informações atualizadas acerca da situação acimadescrita;RESOLVE:CONVERTER a Notícia de Fato (SIMP 000350-240/2018) em PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO, determinando, desde logo:1) O registro da conversão do procedimento no sistema SIMP;2) Remessa desta Portaria, por meio eletrônico, ao Centro de Apoio Operacional da Infância e Juventude - CAODIJ, para conhecimento,conforme determina o art. 6º, § 1º, da Resolução nº 01/2008, do Colendo Colégio de Procuradores de Justiça do Estado do Piauí;3) Encaminhe-se cópia desta Portaria para fins de publicação no Diário Oficial do Ministério Público - DOEMPI, via e-mail institucional, devendo o

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envio e a publicação ser certificado nos autos;4) Oficie-se ao Centro de Referência Especializado de Assistência Social - CREAS a realização de visita domiciliar aos menores acimamencionados e seus pais com o envio de relatório a esta Promotoria de Justiça, no prazo de 10 (dez) dias e, caso constatada situação devulnerabilidade, que seja providenciado o acompanhamento da família com a adoção de medidas disponíveis através da rede de proteção dainstituição, com cópia da presente portaria.5) Nomeio, sob compromisso, para secretariar os trabalhos, os servidores ANA LUIZA SOUSA SAMPAIO (mat. Nº 15682) e ETIVALDO ANTÃODE SOUSA (mat. Nº 15135), lotado(a)s nesta Promotoria de Justiça.São Miguel do Tapuio, 30 de março de 2020.MIRNA ARAÚJO NAPOLEÃO LIMAPromotora de JustiçaPORTARIA Nº 16 /2020(PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO)Finalidade: Apurar a suposta situação de negligência em que se encontra os menores J. P. S., C. A.O e M. A.OO MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, por meio de sua representante legal nesta Comarca, no uso de suas atribuições que sãoconferidas pelo art. 129, III, da Constituição Federal, art. 8°, § 1°, da Lei n° 7.347/85, art. 25, IV, "b", da Lei n° 8.625/93 e art.36, VI, da LeiComplementar Estadual n° 12/93,e na Resolução nº 174/2017, do Conselho Nacional do Ministério Público eCONSIDERANDO ter sido instaurado nesta Promotoria de Justiça a Notícia de Fato (SIMP 000226-240/2019), visando apurar a suposta situaçãode negligência em que se encontra os menores J. P. S., C. A.O e M. A.O, noticiada pelo Conselho Tutelar da Criança e do Adolescente destacidade;CONSIDERANDO ter sido expirado o prazo previsto no art. 3º da Resolução nº 174/2017 do Conselho Nacional do Ministério Público para atramitação da Notícia Fato;CONSIDERANDO que, nos termos do art. 8°, II, da Resolução CNMP n. 174/2017, o Procedimento Administrativo é o instrumento próprio daatividade-fim destinado a apurar fato que enseje a tutela de interesses individuais indisponíveis;CONSIDERANDO a necessidade da continuidade do procedimento diante da ausência de informações atualizadas acerca da situação acimadescrita;RESOLVE:CONVERTER a Notícia de Fato (SIMP 000226-240/2019) em PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO, determinando, desde logo:1) O registro da conversão do procedimento no sistema SIMP;2) Remessa desta Portaria, por meio eletrônico, ao Centro de Apoio Operacional da Infância e Juventude - CAODIJ, para conhecimento,conforme determina o art. 6º, § 1º, da Resolução nº 01/2008, do Colendo Colégio de Procuradores de Justiça do Estado do Piauí;3) Encaminhe-se cópia desta Portaria para fins de publicação no Diário Oficial do Ministério Público - DOEMPI, via e-mail institucional, devendo oenvio e a publicação ser certificado nos autos;4) Oficie-se ao Centro de Referência Especializado de Assistência Social - CREAS a realização de visita domiciliar aos menores acimamencionados e seus pais com o envio de relatório a esta Promotoria de Justiça, no prazo de 10 (dez) dias e, caso constatada situação devulnerabilidade, que seja providenciado o acompanhamento da família com a adoção de medidas disponíveis através da rede de proteção dainstituição, com cópia da presente portaria.5) Nomeio, sob compromisso, para secretariar os trabalhos, os servidores ANA LUIZA SOUSA SAMPAIO (mat. Nº 15682) e ETIVALDO ANTÃODE SOUSA (mat. Nº 15135), lotado(a)s nesta Promotoria de Justiça.São Miguel do Tapuio, 30 de março de 2020.MIRNA ARAÚJO NAPOLEÃO LIMAPromotora de JustiçaPORTARIA Nº13/2019(PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO)Finalidade: Apurar falta de água no Bairro Morada do Sol em São Miguel do Tapuio.O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, por meio de sua representante legal nesta Comarca, no uso de suas atribuições que sãoconferidas pelo pelo art. 129, III, da Constituição Federal, art. 8°, § 1°, da Lei n° 7.347/85, art. 25, IV, "b", da Lei n° 8.625/93 e art.36, VI, da LeiComplementar Estadual n° 12/93,e na Resolução nº 174/2017, do Conselho Nacional do Ministério Público eCONSIDERANDO ter sido instaurado nesta Promotoria de Justiça a Notícia de Fato (SIMP 000410-240/2018), visando apurar falta de água noBairro Morada do Sol em São Miguel do Tapuio;CONSIDERANDO que, apesar de oficiado, o São Miguel do Tapuio não apresentou resposta;CONSIDERANDO oteor do Ofício de lavra da Associação Comunitária dos Moradores do Bairro Estado, dando conta que os moradores do BairroMorada do Sol ficam sem água na parte da tarte;CONSIDERANDO que as normas do Código de Defesa do Consumidor - CDC - são de ordem pública e interesse social, nos termos do artigo 1º,da Lei Federal nº 8078/90;CONSIDERANDO que é princípio da Política Nacional das Relações de Consumo, insculpido no art. 4º, inciso I, do CDC, o reconhecimento davulnerabilidade do consumidor no mercado de consumo;CONSIDERANDO que segundo o art.6º, inciso I, são direitos básicos do consumidor a proteção da vida, saúde e segurança contra os riscosprovocados por práticas no fornecimento de produtos e serviços considerados perigosos ou nocivos;CONSIDERANDO que o artigo 6º, X do CDC dispõe como direito básico do consumidor a adequada e eficaz prestação dos serviços públicos emgeral;CONSIDERANDO que o artigo 8º do Diploma Consumerista pátrio prescreve que os produtos e serviços colocados no mercado de consumo nãoacarretarão riscos à saúde ou segurança dos consumidores, exceto os considerados normais e previsíveis em decorrência de sua natureza efruição, obrigando-se os fornecedores, em qualquer hipótese, a dar as informações necessárias e adequadas a seu respeito.CONSIDERANDO o artigo 20, § 2° do CDC estabelece que são impróprios os serviços que se mostrem inadequados para os fins querazoavelmente deles se esperam, bem como aqueles que não atendam as normas regulamentares de prestabilidade.;CONSIDERANDO que o artigo 22 do CDC dispõe que os órgãos públicos, por si ou suas empresas, concessionárias, permissionárias ou sobqualquer outra forma de empreendimento, são obrigados a fornecer serviços adequados, eficientes, seguros e, quanto aos essenciais, contínuos;CONSIDERANDO a necessidade do tratamento coletivo, visto o dano causado à coletividade, conforme o art. 81 do Código de Defesa doConsumidor;CONSIDERANDO ter sido expirado o prazo previsto no art. 3º da Resolução nº 174/2017 do Conselho Nacional do Ministério Público para atramitação da Notícia Fato;RESOLVE:CONVERTER a Notícia de Fato nº Notícia de Fato (SIMP 000410-240/2018) em PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO, determinando, desdelogo:1) O registro da conversão do procedimento no sistema SIMP;2) Remessa desta Portaria, por meio eletrônico, ao Programa de Proteção e Defesa do Consumidor do Ministério Público do Estado do Piauí,para conhecimento, conforme determina o art. 6º, § 1º, da Resolução nº 01/2008, do Colendo Colégio de Procuradores de Justiça do Estado doPiauí;

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3) Encaminhe-se cópia desta Portaria para fins de publicação no Diário Oficial do Ministério Público - DOEMPI, via e-mail institucional, devendo oenvio e a publicação ser certificado nos autos;4) Renovem-se o expediente de fls. 07, com cópia da presente portaria, para que o Município cumpra o item 06 do despacho de fl.06.5) Nomeio, sob compromisso, para secretariar os trabalhos, os servidores ANA LUIZA SOUSA SAMPAIO (mat. Nº 15682) e ETIVALDO ANTÃODE SOUSA (mat. Nº 15135), lotado(a)s nesta Promotoria de Justiça.São Miguel do Tapuio, 26 de março de 2020.MIRNA ARAÚJO NAPOLEÃO LIMAPromotora de JustiçaPORTARIA Nº 02/2020PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO SIMP Nº _____________-240/2020O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, por meio de seu representante legal nesta Comarca, com fulcro no artigo 127, caput, daConstituição Federal; art. 36, IV, c, da Lei Complementar Estadual nº 12, de 18 de dezembro de 1993, art. 201, VI do Estatuto da Criança e doAdolescente;CONSIDERANDO competir ao Ministério Público o acompanhamento e promoção de ação de alimentos, conforme disciplina art. 201, III doEstatuto da Criança e do Adolescente;CONSIDERANDO a necessidade de se acompanhar a prestação de alimentos em favor da(s) criança(s) J.L.S.R. dentro daspossibilidades de quem tem o dever jurídico de prestar os alimentos.RESOLVE instaurar o presente Procedimento Administrativo visando acompanhar a prestação alimentícia a atender a necessidade da(s)criança(s J.L.S.R.., determinando-se, as seguintes diligências:1. Autuação da presente Portaria em registro próprio;2. Nomeio os Assessores de Promotoria ANA LUIZA SOUSA SAMPAIO (mat. Nº 15682) e ETIVALDO ANTÃO DE SOUSA (mat. Nº 15135) parasecretariarem o presente procedimento administrativo;3. A comunicação de abertura desse procedimento ao Centro de Apoio Operacional de Defesa da Infância e Juventude - CAODIJ([email protected]);4. Oficie a mãe adotiva do genitor do menor e o Banco no qual o genitor possui conta para que seja informado o endereço que atualmente o paido menor reside na cidade de São Paulo - SP;5. Posteriormente, agende-se audiência para tentativa de conciliação entre as partes;6. Firmado acordo, promova-se com a respectiva homologação. Frustrada a tentativa, promova-se a respectiva demanda judicial;7. Em razão da necessidade de privacidade dos envolvidos (art. 100, parágrafo único, inciso IX do ECA), decreto o sigilo desse Procedimento.São Miguel do Tapuio (PI), 03 de março de 2020.MIRNA ARAÚJO NAPOLEÃO LIMAPROMOTORA DE JUSTIÇAPORTARIA Nº 03/2020PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO SIMP Nº 000167-240/2020O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, por meio de seu representante legal nesta Comarca, com fulcro no artigo 127, caput, daConstituição Federal; art. 36, IV, c, da Lei Complementar Estadual nº 12, de 18 de dezembro de 1993, art. 201, VI do Estatuto da Criança e doAdolescente;CONSIDERANDO competir ao Ministério Público o acompanhamento e promoção de ação de alimentos, conforme disciplina art. 201, III doEstatuto da Criança e do Adolescente;CONSIDERANDO a necessidade de se acompanhar a prestação de alimentos em favor da(s) criança(s) A.L.B.S. e O.G.B.S. dentro daspossibilidades de quem tem o dever jurídico de prestar os alimentos.RESOLVE instaurar o presente Procedimento Administrativo visando acompanhar a prestação alimentícia a atender a necessidade da(s)criança(s A.L.B.S. e O.G.B.S., determinando-se, as seguintes diligências:1. Autuação da presente Portaria em registro próprio;2. Nomeio os Assessores de Promotoria ANA LUIZA SOUSA SAMPAIO (mat. Nº 15682) e ETIVALDO ANTÃO DE SOUSA (mat. Nº 15135) parasecretariarem o presente procedimento administrativo;3. A comunicação de abertura desse procedimento ao Centro de Apoio Operacional de Defesa da Infância e Juventude - CAODIJ([email protected]);4. Agende-se audiência para tentativa de conciliação entre as partes;5. Firmado acordo, promova-se com a respectiva homologação. Frustrada a tentativa, promova-se a respectiva demanda judicial;6. Em razão da necessidade de privacidade dos envolvidos (art. 100, parágrafo único, inciso IX do ECA), decreto o sigilo desse Procedimento.São Miguel do Tapuio (PI), 03 de março de 2020.MIRNA ARAÚJO NAPOLEÃO LIMAPROMOTORA DE JUSTIÇAPORTARIA Nº 05/2020PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO SIMP Nº 000146-240/2020O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, por meio de seu representante legal nesta Comarca, com fulcro no artigo 127, caput, daConstituição Federal; art. 36, IV, c, da Lei Complementar Estadual nº 12, de 18 de dezembro de 1993, art. 201, VI do Estatuto da Criança e doAdolescente;CONSIDERANDO competir ao Ministério Público o acompanhamento e promoção de ação de alimentos, conforme disciplina art. 201, III doEstatuto da Criança e do Adolescente;CONSIDERANDO a necessidade de se acompanhar a prestação de alimentos em favor da(s) criança(s) M.SL. dentro das possibilidadesde quem tem o dever jurídico de prestar os alimentos.RESOLVE instaurar o presente Procedimento Administrativo visando acompanhar a prestação alimentícia a atender a necessidade da(s)criança(s M.SL., determinando-se, as seguintes diligências:1. Autuação da presente Portaria em registro próprio;2. Nomeio os Assessores de Promotoria ANA LUIZA SOUSA SAMPAIO (mat. Nº 15682) e ETIVALDO ANTÃO DE SOUSA (mat. Nº 15135) parasecretariarem o presente procedimento administrativo;3. A comunicação de abertura desse procedimento ao Centro de Apoio Operacional de Defesa da Infância e Juventude - CAODIJ([email protected]);4. Realize-se pesquisa no sistema Busca Integrada de Dados - BID, a fim de obter o endereço do requerido;5. Sendo positiva a pesquisa no BID, promova-se a respectiva demanda judicial, caso negativo, notifique-se a genitora da menor para apresentarendereço atualizado do requerido;6. Em razão da necessidade de privacidade dos envolvidos (art. 100, parágrafo único, inciso IX do ECA), decreto o sigilo desse Procedimento.São Miguel do Tapuio (PI), 10 de março de 2020.MIRNA ARAÚJO NAPOLEÃO LIMAPROMOTORA DE JUSTIÇAPORTARIA Nº 04/2020

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PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO SIMP Nº 000147-240/2020O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, por meio de seu representante legal nesta Comarca, com fulcro no artigo 127, caput, daConstituição Federal; art. 36, IV, c, da Lei Complementar Estadual nº 12, de 18 de dezembro de 1993, art. 201, VI do Estatuto da Criança e doAdolescente;CONSIDERANDO competir ao Ministério Público o acompanhamento e promoção de ação de alimentos, conforme disciplina art. 201, III doEstatuto da Criança e do Adolescente;CONSIDERANDO a necessidade de se acompanhar a prestação de alimentos em favor da(s) criança(s) F. G.R.M e G.R.M. dentro daspossibilidades de quem tem o dever jurídico de prestar os alimentos.RESOLVE instaurar o presente Procedimento Administrativo visando acompanhar a prestação alimentícia a atender a necessidade da(s)criança(s F. G.R.M e G.R.M., determinando-se, as seguintes diligências:1. Autuação da presente Portaria em registro próprio;2. Nomeio os Assessores de Promotoria ANA LUIZA SOUSA SAMPAIO (mat. Nº 15682) e ETIVALDO ANTÃO DE SOUSA (mat. Nº 15135) parasecretariarem o presente procedimento administrativo;3. A comunicação de abertura desse procedimento ao Centro de Apoio Operacional de Defesa da Infância e Juventude - CAODIJ([email protected]);4. Promova-se a respectiva demanda judicial;5. Em razão da necessidade de privacidade dos envolvidos (art. 100, parágrafo único, inciso IX do ECA), decreto o sigilo desse Procedimento.São Miguel do Tapuio (PI), 10 de março de 2020.MIRNA ARAÚJO NAPOLEÃO LIMAPROMOTORA DE JUSTIÇAPORTARIA Nº 12 /2020(PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO)Finalidade: Apurar a suposta situação de negligência em que se encontra o menor A. J. R.V.O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, por meio de sua representante legal nesta Comarca, no uso de suas atribuições que sãoconferidas pelo art. 129, III, da Constituição Federal, art. 8°, § 1°, da Lei n° 7.347/85, art. 25, IV, "b", da Lei n° 8.625/93 e art.36, VI, da LeiComplementar Estadual n° 12/93,e na Resolução nº 174/2017, do Conselho Nacional do Ministério Público eCONSIDERANDO ter sido instaurado nesta Promotoria de Justiça a Notícia de Fato (SIMP 000227-240/2019), visando apurar os fatosdenunciados pela Sra. Anorinda Raimunda da Silva, que relatam situação de risco em que está inserido o menor A. J. R.V., o qual énegligenciado, bem como sofre maus-tratos e abusos financeiros, praticados por seus pais;CONSIDERANDO que, apesar de oficiado, o Delegado de Polícia da comarca não apresentou resposta;CONSIDERANDO o teor dos documentos acostados aos autos pelo Conselho Tutelar da Criança e do Adolescente de São Miguel do Tapuio,informando que Sra. Anorinda Raimunda da Silva, compareceu a sede do referido órgão relatando a situação de risco em que está inserido omenor A. J. R.V., o qual é negligenciado, bem como sofre maus-tratos e abusos financeiros, praticados por seus pais que ensejou a instauraçãoda presente;CONSIDERANDO que, se comprovados, os fatos narrados poderão caracterizar crimes tipificados no Estatuto da Criança e Adolescente, entreoutros;CONSIDERANDO ter sido expirado o prazo previsto no art. 3º da Resolução nº 174/2017 do Conselho Nacional do Ministério Público para atramitação da Notícia Fato;CONSIDERANDO a necessidade da continuidade ao procedimento, visando apurar os fatos narrados, que, se confirmados poderão caracterizarcrimes tipificados no Estatuto da Criança e Adolescente, entre outros.RESOLVE:CONVERTER a Notícia de Fato (SIMP 000227-240/2019) em PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO, determinando, desde logo:1) O registro da conversão do procedimento no sistema SIMP;2) Remessa desta Portaria, por meio eletrônico, ao Centro de Apoio Operacional da Infância e Juventude - CAODIJ, para conhecimento,conforme determina o art. 6º, § 1º, da Resolução nº 01/2008, do Colendo Colégio de Procuradores de Justiça do Estado do Piauí;3) Encaminhe-se cópia desta Portaria para fins de publicação no Diário Oficial do Ministério Público - DOEMPI, via e-mail institucional, devendo oenvio e a publicação ser certificado nos autos;4) Renovem-se o expediente de fls. 06, com cópia da presente portaria.5) Nomeio, sob compromisso, para secretariar os trabalhos, os servidores ANA LUIZA SOUSA SAMPAIO (mat. Nº 15682) e ETIVALDO ANTÃODE SOUSA (mat. Nº 15135), lotado(a)s nesta Promotoria de Justiça.São Miguel do Tapuio, 26 de março de 2020.MIRNA ARAÚJO NAPOLEÃO LIMAPromotora de JustiçaInquérito Civil nº 002/2006 (SIMP nº 000180-240/2017 ).Assunto: Visa apurar possível nepotismo e nomeação irregular para cargo público no município de São Miguel do Tapuio -PI.Arquivamento: art. 9º, §1º, da Lei 7.347/85 c/c art. 10, caput, da Resolução 23/2007.Vistos em correição,Trata-se de Inquérito Civil nº 002/2006 (SIMP nº 000180-240/2017), instaurado no âmbito desta Promotoria de Justiça, a partir de Campanha deCombate à Corrupção e Defesa do Patrimônio Público - CAOP de Combate ao Nepotismo no Âmbito Municipal, na qual todos os Prefeitos ePresidentes de Câmaras Municipais foram notificados a efetuarem a demissão dos funcionários enquadrados no conceito de nepotismo até o dia10 de julho de 2006, tendo em vista que o gestor Antônio José de Ribamar Oliveira, à época, não tinha atendido à referida notificação.Portaria nº 007/2006 de instauração do procedimento de inquérito civil público (fl. 02-07); Requisição de informações ao Presidente da Câmara deSão Miguel do Tapuio(fl.10/11) com certidão (fl. 12);Resposta às requisições(fls. 18/33); Prorrogação do prazo do procedimento de inquérito civilpúblico de 24/02/2017 (fl. 39); Reiteração de Ofício 0010/2006 de fls. 10/11 requisitando informações ao Presidente da Câmara (fl. 43), ;Respostaàs requisições (fls.44/48); Último ato dos autos e termo de juntada em 15/05/2017 (fl. 49).É o relatório. Decido.Verifica-se, no presente Inquérito Civil, que o procedimento foi instaurado 08/08/2006, por meio da Portaria nº 007/2006, visando apurar casos denepotismo e nomeação irregular para cargo comissionado e função comissionada de TODOS os servidores públicos da Câmara Municipal de SãoMiguel do Tapuio, no ano de 2006.Em Resposta da Câmara com documentos que a instruem (fls. 18-33), foi disponibilizado as folhas de pagamentos dos vereadores e dosocupantes de cargos de confiança, de assessoria e empresas contratadas pela Câmara à época, como requisitado. Ocorre que, desde omomento de instauração do referido procedimento o objeto respectivo é genérico, não se indicando especificamente quais os servidores quesupostamente estariam enquadrados no caso de nepotismo.Ocorre que, além de não ter sido tipificada a conduta dos agentes, não foi revelado o dolo específico de lesar os cofres públicos ou de obtervantagem indevida, requisitos indispensáveis à infração dos bens jurídicos tutelados pela Lei de Improbidade Administrativa, especialmenteconsiderando que à época em que ocorreram as citadas contratações (nos anos de 2005 e 2006), não havia lei vedando o nepotismo no âmbitoda Administração Pública Municipal, sendo anteriores, ainda, à aprovação do Enunciado da Súmula Vinculante 13 do STF (DJe 29.8.2008).Vejamos jurisprudência neste sentido:

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Superior Tribunal de JustiçaRECURSO ESPECIAL Nº 1.193.248 - MG (2010/0084042-2)RELATOR : MINISTRO NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO RECORRENTE : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MINAS GERAISRECORRIDO : MUNICÍPIO DE SERRA DO SALITRE E OUTROS ADVOGADO : CARLOS FLÁVIO TEIXEIRA E OUTRO(S) EMENTAADMINISTRATIVO. RECURSO ESPECIAL. NÃO OCORRÊNCIA DE OFENSA AO ART. 535 DO CPC. ACÓRDÃO DEVIDAMENTEFUNDAMENTADO. IMPUTAÇÃO DA PRÁTICA DE ATO DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA. NEPOTISMO. INDISPENSABILIDADE DECOMPROVAÇÃO DO DOLO DO AGENTE. PARECER DO MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL PELO PROVIMENTO DO APELO. RECURSOESPECIAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO DE MINAS GERAIS DESPROVIDO, NO ENTANTO.1. A alegada violação ao art. 535, II do CPC não ocorreu, pois a lide foi fundamentadamente resolvida nos limites propostos. As questõessuscitadas foram decididas, não tendo havido qualquer vício que justificasse o manejo dos Embargos de Declaração. Ademais, o julgamentodiverso do pretendido, como na espécie, não implica ofensa à norma ora invocada, de forma que, tendo encontrado motivação suficiente parafundar a decisão, não fica o órgão julgador obrigado a responder, um a um, todos os questionamentos das partes, mormente se notório seucaráter infringente.2. A primeira e mais urgente função prepraratória da aceitação da petição inicial da Ação por Ato de Improbidade Administrativa é a de extremar oato apontado de ímprobo da configuração da mera ilegalidade (dada a inegável afinidade formal entre as duas entidades), para verificar se o atotido como ímprobo não estará apenas no nível da mera ilegalidade, ou seja, não se alça ao nível da improbidade; essa atividade é relevanteporque especializa a cognição judicial no objeto específico da ação em apreço, evitando que a sua energia seja drenada para outras áreas afins,ou desperdiçada em movimentos processuais improdutivos.3. Dessa atuação malsã do agente deve resultar (i) o enriquecimento ilícito próprio ou alheio (art. 9o. da Lei 8.429/92), (ii) a ocorrênciade prejuízo ao Erário (art. 10 da Lei 8.429/92) ou (iii) a infringência aos princípios nucleares da Administração Pública (arts. 37 daConstituição e 11 da Lei 8.429/92).4. A conduta do agente, nos casos dos arts. 9o. e 11 da Lei 8.429/92, há de ser sempre dolosa, por mais complexa que seja ademonstração desse elemento subjetivo; nas hipóteses do art. 10 da Lei 8.429/92, admite-se que possa ser culposa, mas em nenhumadas hipóteses legais se diz que possa a conduta do agente ser considerada apenas do ponto de vista objetivo, gerando aresponsabilidade objetiva.5. In casu, as instâncias de origem julgaram improcedente o pedido por reconhecerem que não configurada ato de improbidade administrativa aprática de nepotismo.6. A conduta imputada ao recorrente mostra-se gravemente culposa, mas não revela o dolo específico de lesar os cofres públicos ou deobter vantagem indevida, requisitos indispensáveis à infração dos bens jurídicos tutelados pela Lei de Improbidade Administrativa,especialmente considerando que à época em que ocorreram as citadas contratações (nos anos de 2005 e 2006), não havia lei vedando onepotismo no âmbito da Administração Pública Municipal, sendo anteriores, ainda, à aprovação do Enunciado da Súmula Vinculante 13do STF (DJe 29.8.2008).7. A inicial da ação não tipificou a conduta dos imputados, mas apenas a descreveu com minúcias; a tipificação seria necessária, atéporque as figuras infracionais dos arts. 9o., 10 e 11 da Lei 8.429/92 não guardam entre si a possibilidade de intercâmbio indiferente, ouseja, não se pode empregar umas por outras.8. A tipificação da conduta do agente, que é uma exigência tradicional na denúncia criminal (art. 41 do CPP), diz respeito à sua funçãoviabilizadora, em primeiro lugar, da definição da competência jurisdicional e, em segundo lugar, da amplitude da defesa, como salienta EUGÊNIOPACELLI DE OLIVEIRA (Curso de Processo Penal, Belo Horizonte, DelRey, 2006, p. 154); o Professor GUILHERME DE SOUZA NUCCI fazobservação semelhante (Código de Processo Penal Comentado, São Paulo, RT, 2008, p. 156); essas lições são proveitosamente aplicáveis àformulação da Ação de Improbidade Administrativa.9. No exercício da atividade punitiva a Administração pratica atos materialmente jurisdicionais, por isso que se submete à observância obrigatóriade todas as garantias subjetivas consagradas no Processo Penal contemporâneo, onde não encontram abrigo as posturas autoritárias, arbitráriasou desvinculadas dos valores da cultura.10. Contudo, esse aspecto (de extrema relevância) não foi objeto de alegações da defesa, nem (obviamente) de decisão nas instânciasanteriores, por isso que não será também incluído como mote desta decisão, mas ficam estas breves observações apenas como obiter dictudeste voto.11. Recurso Especial do Ministério Público de Minas Gerais desprovido.ACÓRDÃOVistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da PRIMEIRA Turma do Superior Tribunal de Justiça, na conformidade dos votose das notas taquigráficas a seguir, prosseguindo o julgamento, por maioria, vencido o Sr. Ministro Sérgio Kukina, negar provimento ao recursoespecial, nos termos do voto do Sr. Ministro Relator. Os Srs. Ministros Benedito Gonçalves e Ari Pargendler votaram com o Sr. Ministro Relator.Não participou do julgamento o Sr. Ministro Arnaldo Esteves Lima. Ausente ocasionalmente, nesta assentada, o Sr. Ministro Napoleão NunesMaia Filho. Presidiu o julgamento o Sr. Ministro Sérgio Kukina.Brasília/DF, 24 de abril de 2014 (Data do Julgamento).NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO MINISTRO RELATOR (grifos nossos).Ademais, como supracitado o Inquérito Civil foi instaurado em agosto de 2006, há quase 14 anos. Analisa-se este procedimento tendo acessoaos autos em 2020. Ou seja, o decurso de 14 anos impedem a colheita de novas informações e a adoção de novas providências saneadoras,perdendo sentido o prosseguimento do procedimento.Além disso, é sabido que as ações destinadas a responsabilização por atos de improbidade administrativa, sujeitam-se em razão do art. 23 da Lei8.429/92 a um lapso temporal para que sejam interpostas, qual seja: "I - até cinco anos após o término do exercício de mandato, de cargo emcomissão ou de função de confiança;(...)". Ante o exposto, deve ser observada a época em que supostamente ocorreram os atos ímprobos.In casu, constatou-se que os fatos em apreço dizem respeito ao ano de 2006. O Presidente da Câmara Municipal José de Ribmar Oliveira, estevenessa posição de 2004-2008. Destarte, conclui-se pela ocorrência da prescrição desde o ano de 2013, tendo em vista o transcurso do prazo de 5(cinco) anos desde o término do seu mandato, em 2008, a teor do que prevê o art. 23, inciso I, da Lei nº 8.429/92. Sendo assim, restouimpossível a propositura de ação de improbidade administrativa em virtude da sua prescrição.Outrossim, o procedimento de inquérito civil público não colidiu as provas necessárias para responsabilização pelo nepotismo.Por todo exposto, ante a prescrição da possível improbidade administrativa, o decurso de 14 anos do procedimento no âmbito desta Promotoria,a genericidade do objeto da demanda e a falta de provas que comprovem a ocorrência de nepotismo, DETERMINO o arquivamento doinquérito civil, remetendo-se os autos ao E. Conselho Superior do Ministério Público do Estado do Piauí, para os fins previstos no art. 9º §§ 1º a4º da Lei 7347/85, no prazo de 3 (três) dias.Registre-se no livro respectivo.Publique-se.Cumpra-se.São Miguel do Tapuio, 08 de abril de 2020.RICARDO LÚCIO FREIRE TRIGUEIROPromotor de JustiçaINQUÉRITO CIVIL PÚBLICO 0000312-240/2017Objeto: Apurar atos de improbidade administrativa, com possível dano ao erário e ofensa aos princípios da administração pública, decorrentes

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dos fatos que ensejaram a emissão de parecer prévio (TCE/PI) pela aplicação de multas aos gestores das Contas da Prefeitura de Assunção doPiauí, referente ao exercício de 2012.Visto em correição interna.Trata-se de Inquérito Civil instaurado a partir da análise do Processo TCE nº TC/52811/2012 para atos de improbidade administrativa, compossível dano ao erário e ofensa aos princípios da administração pública, decorrentes dos fatos que ensejaram a emissão de parecer prévio(TCE/PI) pela aplicação de multas aos gestores das Contas da Prefeitura de Assunção do Piauí, referente ao exercício de 2012.Da análise dos acórdãos n.º 1.836/16, 1.837/16 e 1.838/16, proferidos pela 1ª Câmara do Tribunal de Contas do Estado do Piauí e dos Relatóriosda DFAM e do Parecer Ministerial do Processo TC nº 52811/2012, vislumbra-se que as contas foram julgadas irregulares com aplicação demultas, com fundamento no Art. 122, inciso III da Lei Estadual nº 5.888/09.Após o cumprimento das formalidades iniciais necessárias à abertura do presente procedimento, vieram os autos conclusos.É o sucinto relatório.Passa-se a DECIDIR.Preliminarmente, cumpre destacar o que prescreve o Art. 122 e seguintes da Lei Estadual nº 5.888/2009, que dispõe sobre a Lei Orgânica doTribunal de Contas do Estado do Piauí, in verbi:Art. 122º As contas serão julgadas: I - regulares, quando expressarem, de forma clara e objetiva, a exatidão dos demonstrativos contábeis, alegalidade, a legitimidade e a economicidade dos atos de gestão do responsável, bem como o alcance das metas e objetivos propostos nosinstrumentos de planejamento governamental;II - regulares com ressalva, quando evidenciarem impropriedade ou qualquer outra falta de natureza formal, da qual não resulte dano ao erário;e III - irregulares, nos casos de omissão no dever de prestar contas; de grave infração à norma legal ou regulamentar de natureza contábil,financeira, orçamentária, operacional ou patrimonial; de dano ao erário, decorrente de ato de gestão ilegal, ilegítimo ou antieconômico; dealcance, desfalque ou desvio de dinheiro, bens ou valores públicos; ou da prática de ato de gestão com desvio de finalidade.§ 1º Julgando as contas regulares, o Tribunal dará quitação plena ao responsável.§ 2º Julgando as contas regulares com ressalva, o Tribunal dará quitação ao responsável e formulará recomendação ou determinação ao órgãoou entidade para que adote as medidas necessárias à correção das impropriedades ou faltas identificadas.§ 3º Julgando irregulares as contas e havendo débito, o Tribunal condenará o responsável ao recolhimento do montante da dívida atualizadamonetariamente, com os acréscimos legais devidos, devendo, ainda, aplicar-lhe as sanções cabíveis.§ 4º Julgando irregulares as contas e não havendo débito, mas comprovada a prática de qualquer uma das ocorrências previstas no inciso III, doart. 122, o Tribunal aplicará, ao responsável, as sanções cabíveis.Art. 123º O Tribunal poderá julgar irregulares as contas no caso de reincidência no descumprimento de determinação de que tenha ciência oresponsável.Art. 124º Na hipótese do inciso III do art. 122, o Tribunal, ao julgar irregulares as contas, fixará, quando couber, a responsabilidade solidária:I - do agente público que praticou o ato irregular;II - do terceiro que, como contratante ou parte interessada na prática do mesmo ato, de qualquer modo, haja concorrido para a ocorrência dodano apurado;III - da pessoa, física ou jurídica, pública ou privada, beneficiada com o desvio de finalidade, bem como do agente público responsável, para finsde ressarcimento e recomposição do erário, sem prejuízo das demais sanções cabíveis;IV - do responsável pelo controle interno que, embora ciente da irregularidade, não oficiou ao Tribunal de Contas.Art. 125º Verificada a ocorrência do disposto no inciso III do art. 122, o Tribunal providenciará a remessa de cópia da documentação pertinente aoMinistério Público Estadual e às Procuradorias Estadual e Municipal, para a adoção das medidas legais cabíveis.Compulsando os autos, vislumbro que o fato investigado também foi apurado e sancionado pelo TCE/PI. Com efeito, os acórdãos acimamencionados, julgaram irregular as contas dos gestores investigados, entre outras causas, por fato apurado neste feito, inclusive com aplicaçãode multa.A decisão foi devidamente comunicada ao órgão do TCE responsável pelo acompanhamento e controle de decisões de multas e imputações dedébito,bem como ao município vitimado, para tomada de providências.O objeto da lide se restringiu a potencial violação principiológica, não englobando potenciais sobre danos patrimoniais, seja porque apuradosordinária e constitucionalmente pelo TCE/PI, autor da notícia que originou a demanda, seja porque o serviço contratado, de fato, teria sidoprestado. Ademais, o município prejudicado foi devidamente comunicado das irregulares apontadas, com vistas à tomada das providênciascabíveis, notadamente em relação ao possível prejuízo ao erário, cabendo ao ente providenciar o ajuizamento de ação de reparação de eventuaisdanos, haja vista a imprescritibilidade das ações de ressarcimento.Tal entendimento já é adotado em seara ministerial. Com efeito, apregoa o ENUNCIADO 8, da 5ª Câmara de Coordenação e Revisão do MPF:ARQUIVAMENTO. RESSARCIMENTO. ACÓRDÃO DO TCU Promovido o arquivamento de ICP ou PIC por ausência de infração ou porprescrição, o órgão do MPF fica dispensado de adotar medidas ressarcitórias quando o fato investigado também for objeto de acórdãocondenatório do TCU.Considerando o princípio da unidade do Ministério Público, não há vedação à adoção do enunciado em lume pelo MPE.Quanto as multas aplicadas nos autos do Processo TCE nº TC/52811/2012, o Município de Assunção do Piauí ajuizou duas ações de ExecuçãoForçada (0800146-84.2018.8.18.0071 e 0800147-69.2018.8.18.0071).Apregoa o art. 23, da LIA:Art. 23. As ações destinadas a levar a efeitos as sanções previstas nesta lei podem ser propostas:I - até cinco anos após o término do exercício de mandato, de cargo em comissão ou de função de confiança;II - dentro do prazo prescricional previsto em lei específica para faltas disciplinares puníveis com demissão a bem do serviço público, nos casosde exercício de cargo efetivo ou emprego.III - até cinco anos da data da apresentação à administração pública da prestação de contas final pelas entidades referidas no parágrafo único doart. 1odesta Lei.(Incluído pela Lei nº 13.019, de 2014)(VigênciaAssim, passados mais de 05(cinco) anos desde o término do mandato do investigado, não se pode, portanto, refutar a ocorrência do instituto daprescrição do direito processual ministerial disposto na Lei n.º 8.429/92.Frise-se que o objeto da lide se restringe a potencial violação principiológica, não englobando potenciais sobre danos patrimoniais, seja porqueapurados ordinária e constitucionalmente pelo TCE/PI, autor da notícia que originou a demanda, portanto, com valor jurídico, tão somente, parafins de enquadramento na Lei n.º 8.429/92.A Resolução nº 23/2007 do CNMP em seu Artigo 10º reza que:Art. 10. Esgotadas todas as possibilidades de diligências, o membro do Ministério Público, caso se convença da inexistência de fundamento paraa propositura de ação civil pública, promoverá, fundamentadamente, o arquivamento do inquérito civil ou do procedimento preparatório.§ 1º Os autos do inquérito civil ou do procedimento preparatório, juntamente com a promoção de arquivamento, deverão ser remetidos ao órgãode revisão competente, no prazo de três dias, contado da comprovação da efetiva cientificação pessoal dos interessados, através de publicaçãona imprensa oficial ou da lavratura de termo de afixação de aviso no órgão do Ministério Público, quando não localizados os que devem sercientificados.§ 2º A promoção de arquivamento será submetida a exame e deliberação do órgão de revisão competente, na forma do seu Regimento Interno.§ 3º Até a sessão do Conselho Superior do Ministério Público ou da Câmara de Coordenação e Revisão respectiva, para que seja homologadaou rejeitada a promoção de arquivamento, poderão as pessoas co-legitimadas apresentar razões escritas ou documentos, que serão juntados

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aos autos do inquérito ou do procedimento preparatório.§ 4º Deixando o órgão de revisão competente de homologar a promoção de arquivamento, tomará uma das seguintes providências:I - converterá o julgamento em diligência para a realização de atos imprescindíveis à sua decisão, especificando-os e remetendo os autos aomembro do Ministério Público que determinou seu arquivamento, e, no caso de recusa fundamentada, ao órgão competente para designar omembro que irá atuar; (Redação dada pela Resolução n° 143, de 14 de junho de 2016)II - deliberará pelo prosseguimento do inquérito civil ou do procedimento preparatório, indicando os fundamentos de fato e de direito de suadecisão, adotando as providências relativas à designação, em qualquer hipótese, de outro membro do Ministério Público para atuação.§ 5º Será pública a sessão do órgão revisor, salvo no caso de haver sido decretado o sigilo.Assim, pelos fundamentos expostos, mormente em face da comprovação do envio de comunicação ao órgão responsável pela cobrança judicialdo débito, sendo prescindível o acompanhamento de possível ação de execução, arquivo o presente ICP, com fulcro no Art. 10º, da Resolução nº23/2007.PUBLIQUE-SE no DOEM/PI.ENCAMINHE-SE ao CSMP/MPPI os autos do IC, juntamente com a promoção do arquivamento, (Art. 10º, §1º, da Resolução nº 23/2007 doCNMP).Após, homologada a presente decisão pelo CSMP, arquive-se com baixa e registros necessários.São Miguel do Tapuio-PI, 08 de abril de 2020.RICARDO LÚCIO FREIRE TRIGUEIROPromotor de JustiçaPORTARIA Nº15/2019(PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO)Finalidade: Acompanhar e apurar suposto atraso do Município de Assunção do Piauí e da Câmara Municipal de Assunção do Piauí com aspublicações previstas na Lei de Responsabilidade Fiscal, referente a competência 2018.O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, por meio de sua representante legal nesta Comarca, no uso de suas atribuições que sãoconferidas pelo pelo art. 129, III, da Constituição Federal, art. 8°, § 1°, da Lei n° 7.347/85, art. 25, IV, "b", da Lei n° 8.625/93 e art.36, VI, da LeiComplementar Estadual n° 12/93,e na Resolução nº 174/2017, do Conselho Nacional do Ministério Público eCONSIDERANDO ter sido instaurado nesta Promotoria de Justiça a Notícia de Fato (SIMP 000401-240/2019), para acompanhar e apurarsuposto atraso do Município de Assunção do Piauí e da Câmara Municipal de Assunção do Piauí com as publicações previstas na Lei deResponsabilidade Fiscal, referente a competência 2018;CONSIDERANDO ter sido expirado o prazo previsto no art. 3º da Resolução nº 174/2017 do Conselho Nacional do Ministério Público para atramitação da Notícia Fato;CONSIDERANDO que, nos termos do art. 8°, II, da Resolução CNMP n. 174/2017, o Procedimento Administrativo é o instrumento próprio daatividade-fim destinado a apurar fato que enseje a tutela de interesses individuais indisponíveis;CONSIDERANDO a necessidade da continuidade do procedimento diante da ausência de informações atualizadas acerca da situação acimadescrita ;RESOLVE:CONVERTER a Notícia de Fato nº Notícia de Fato (SIMP 000401-240/2019 em PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO, determinando, desdelogo:1) O registro da conversão do procedimento no sistema SIMP;2) Remessa desta Portaria, por meio eletrônico, ao Centro de Apoio Operacional de Combate à Corrupção e Defesa do Patrimônio Público -CACOP, para conhecimento, conforme determina o art. 6º, § 1º, da Resolução nº 01/2008,conforme determina o art. 6º, § 1º, da Resolução nº01/2008, do Colendo Colégio de Procuradores de Justiça do Estado do Piauí;3) Encaminhe-se cópia desta Portaria para fins de publicação no Diário Oficial do Ministério Público - DOEMPI, via e-mail institucional, devendo oenvio e a publicação ser certificado nos autos;4) Oficie-se ao ex-presidente da Câmara Municipal de Vereadores de Assunção do Piauí, encaminhando-se expedientes para o representante daCâmara Municipal de Assunção do Piauí, requerendo-se, no prazo de 10 (dez) dias úteis, para que providencie, caso ainda não tenha assimprocedido, a publicação dos documentos pendentes referentes à Lei de Responsabilidade Fiscal, de modo a sanar a inadimplência apontada norelatório em anexo, encaminhando, no mesmo prazo, manifestação a esta Promotoria de Justiça, juntando documentos comprobatórios.5) Nomeio, sob compromisso, para secretariar os trabalhos, os servidores ANA LUIZA SOUSA SAMPAIO (mat. Nº 15682) e ETIVALDO ANTÃODE SOUSA (mat. Nº 15135), lotado(a)s nesta Promotoria de Justiça.São Miguel do Tapuio, 08 de abril de 2020.RICARDO LÚCIO FREIRE TRIGUEIROPromotor de JustiçaOfício nº 053/2020-GPSMTSão Miguel do Tapuio (PI) 08.04.2020.A Sua Senhoria o SenhorANTONIO DAVID MENDES MORAISVereador do Município de Assunção do PiauíAssunto: Requisita publicação dos documentos pendentes referentes à Lei de Responsabilidade Fiscal.Senhor Vereador,Cumprimentando-o, sirvo-me do presente para ENCAMINHAR a Vossa Senhoria cópia da PORTARIA Nº15/2019 (PROCEDIMENTOADMINISTRATIVO), e REQUISITAR no prazo de 10 (dez) dias úteis, para que seja providenciado, caso ainda não tenha assim procedido, apublicação dos documentos pendentes referentes à Lei de Responsabilidade Fiscal, de modo a sanar a inadimplência apontada no relatório emanexo, encaminhando, no mesmo prazo, manifestação a esta Promotoria de Justiça, juntando documentos comprobatórios.Atenciosamente,RICARDO LÚCIO FREIRE TRIGUEIROPromotor de JustiçaDECISÃO - PROMOÇÃO DE ARQUIVAMENTOVistos...Em 23 de janeiro de 2020, o Conselho Tutelar de São Miguel do Tapuio encaminhou à Promotoria de Justiça de São Miguel do Tapuio, atravésdo Ofício nº 03/2020, Relatório sobre o caso envolvendo as Educadoras ROSÂNGELA AMORIM e CAMILA LOIOLA da Unidade Escolar LimaRebelo, para adoção das providências que entendesse pertinentes.O Relatório do Conselho Tutelar informa que as Professoras organizaram, no ano de 2019, viagem com os alunos da supracitada Instituição,respectivamente em 30/01/2019, para Ubajara e em 06/12/2019, ao Sítio do Bosco.Ocorre que segundo informação repassada pela Diretora e a 5ª Gerência Regional de Educação tal via-gem não é uma ação contida no Plano daEscola, e portanto, não é de responsabilidade da Instituição, não havendo elementos para contestar tal informação.Ainda é referido no Relatório do Conselho Tutelar, baseado nas declarações dos alunos, que as Educadoras supostamente estariam solicitando opagamento das despesas aos responsáveis legais dos alunos que não participaram da viagem. Assim, entendem os declarantes que os pais nãopodem se responsabilizar pelo ressarcimento dos gastos pela viagem.

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5.5. 28ª PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE TERESINA-PI11477

O Conselho Tutelar informa que notificou a Unidade Escolar Lima Rebelo para que apresentasse informações sobre o passeio, requerendo adisponibilidade da documentação necessária que teria autorizado a relização do evento. No entanto, até o fechamento do Relatório, em 22 dejaneiro de 2020, a Instituição não apresentou resposta aos quesitos formulados pelo Conselho.É O RELATÓRIO.Quanto às supostas cobranças realizadas, não há nos documentos encaminhados a esta Promotoria de Justiça, identificação individualizadadaqueles que teriam sido cobrados, tampouco registro impresso que ateste os pedidos de ressarcimento pela viagem, razão pela qual restaimpossível aferir a real ocorrência desses fatos.Posto isso, faz-se mister salientar que, caso os responsáveis legais dos estudantes entendam terem sido violados eventuais direitos com relaçãoa cobranca indevida, tratando-se de direito individual, podem se utilizar das vias próprias para sua efetivação, podendo se valer da AdvocaciaPrivada, ou, se for caso, poderão ser assistidos pela Defensoria Pública.Outrossim, não vislumbramos no encaminhamento havido a ocorrência de indícios dolosos do tipo penal referido no ofício do conselho tutelar,qual seja, de causar embaraço à atividade do conselho tutelar, vez que não há comprovação sequer de recebimento pessoal da autoridaderesponsável ao qual o ofício foi dirigido (vez que consta "diretora", mas quem deu recebimento foi terceira pessoa).Finalmente, não há nos documentos encaminhados efetiva comprovação de que houve deslocamento dos adolescentes sem autorizaçãoexpressa dos genitores, nem referência a quais adolescentes teriam se deslocado sem tais autorizações. Houve, no entanto, referência inclusivea realização de reuniões com os pais (ata inclusa) pela escola para esclarecer a inexistência de vínculo.A Resolução nº 174/2017 do CNMP em seu Artigo 4º, II, reza que:Art. 4º A Notícia de Fato será arquivada quando:I - o fato narrado não configurar lesão ou ameaça de lesão aos interesses ou direitos tutelados pelo Ministério Público;II - o fato narrado já tiver sido objeto de investigação ou de ação judicial ou já se encontrar solucionado;III - a lesão ao bem jurídico tutelado for manifestamente insignificante, nos termos de jurisprudência consolidada ou orientação do ConselhoSuperior ou de Câmara de Coordenação e Revisão;IV - for desprovida de elementos de prova ou de informação mínimos para o início de uma apuração, e o noticiante não atender àintimação para complementá-la;V - for incompreensível.Assim sendo, INDEFIRO A INSTAURAÇÃO DE NOTÍCIA DE FATO o que faço com fulcro no art. 4º, IV, da Resolução nº 174/2017, do ConselhoNacional do Ministério Público.Para fins de registro no Sistema SIMP, registre-se o presente indeferimento como Notícia de Fato, diante da impossibilidade de cadastro noreferido sistema nos moldes que se encontra previsto na Resolução nº 174/2017 do Conselho Nacional do Ministério Público - CNMP.INTIME-SE O CONSELHO TUTELAR DA CRIANÇA E ADOLESCENTE DESTA CIDADE DO INTEIRO TEOR DESTA PROMOÇÃO DEARQUIVAMENTO.PUBLIQUE-SE no DOEM/PI.COMUNIQUE-SE ao CSMP/MPPI por meio eletrônico com cópia da presente promoção de arquivamento sem necessidade de envio dos autos(Art. 5º da Resolução nº 174/2017 do CNMP)Após, arquive-se com baixa e registros necessários.São Miguel do Tapuio-PI, 08 de abril de 2020.RICARDO LÚCIO FREIRE TRIGUEIROPROMOTOR DE JUSTIÇA

PORTARIA Nº. 12/2020SIMP Nº 000068-029/2020O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, por sua representante signatária, no uso das atribuições constitucionais conferidas pelo art.129 da Constituição da República, art. 26 da Lei 8.625/93 e art. 37, inciso I, alíneas "a" e "b", da Lei Complementar n° 12/93, eCONSIDERANDO o teor do Ofício n° 05/2020 oriundo do Lar de Sant'Ana, que narra a dificuldade enfrentada pelo idoso RAIMUNDO ROSADA SILVA (87 anos), que está abrigado naquela ILPI- Instituição de Longa Permanência para Idosos, e teve negado o direito de receber o seucartão bancário junto ao BANCO SANTANDER, uma vez que se acha impossibilitado de comparecer pessoalmente à agência bancária emvirtude dos riscos decorrentes da Pandemia do Novo Coronavírus (COVID-19), e a instituição financeira exige o comparecimento pessoal doidoso ou a apresentação de procuração pública;CONSIDERANDO que o idoso em comento depende daquele cartão bancário para o saque de seu benefício previdenciário/assistencial,consistindo a negativa de entrega do citado cartão em cerceamento do direito a alimentos a que faz jus aquele senhor;CONSIDERANDO que no dia 13.03.2020, a Organização Municipal de Saúde (OMS) declarou pandemia do novo coronavírus (COVID-19),ratificada pelo Ministério da Saúde, conforme Portarias n° 188/GM/MS e n° 356/GM/MS;CONSIDERANDO que os idosos fazem parte do grupo de risco mais suscetível a morte pela COVID-19, ante a fragilidade de sua condição desaúde e pelo avançar da idade;CONSIDERANDO o disposto no Estatuto do Idoso, (Lei Federal nº 10.741/03) que assegura às pessoas com idade igual ou superior a 60(sessenta) anos, todas as oportunidades e facilidades, para preservação de sua saúde física e mental e seu aperfeiçoamento moral, intelectual,espiritual e social, em condições de liberdade e dignidade, nos termos do seu art. 1º e 2º;CONSIDERANDO ser obrigação da família, da comunidade, da sociedade e do Poder Público assegurar ao idoso, com absoluta prioridade, aefetivação do direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, à cultura, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade, àdignidade, ao respeito e à convivência familiar e comunitária;CONSIDERANDO que, a teor do art. 4º do mencionado Estatuto, nenhum idoso será objeto de qualquer tipo de negligência, discriminação,violência, crueldade ou opressão, e todo atentado aos seus direitos, por ação ou omissão, será punido na forma da lei;CONSIDERANDO que a Instituição para Longa Permanência de Idosos (ILPI) Lar de Sant'Ana foi orientada por esta Promotoria de Justiça,através da Recomendação n° 02/2020-28ªPJT, para que adotasse medidas de precaução em matéria sanitária, a fim de evitar o contágio e/oudisseminação da infecção humana por COVID-19 naquele Abrigo, dentre as quais está a proibição de que os idosos institucionalizados tenhamcontatos com pessoas estranhas, distintas dos cuidadores que trabalham naquela instituição;CONSIDERANDO que, ante tal Recomendação, os idosos não podem ser retirados das ILPI's desta Capital, salvo em caso de risco iminente àsaúde dos mesmos, o que, no caso vertente, impossibilita o deslocamento daquele senhor à citada agência bancária, bem como a Cartóriosdeste Município para a confecção da procuração pública exigida;CONSIDERANDO, por fim, o disposto na Lei n° 13.979, de 06 de fevereiro de 2020, que dispõe sobre as medidas para enfrentamento daemergência de saúde pública de importância internacional decorrente do Novo Coronavírus responsável pelo surto de 2019/2020;RESOLVE1- INSTAURAR o Procedimento Administrativo (SIMP N° 000068-029/2020), visando apurar "Dificuldades Enfrentadas por IdosoInstitucionalizado no LAR DE SANT'ANA no Recebimento de Cartão Bancário Junto ao Banco Santander em Face das RestriçõesGeradas Pela Pandemia do Novo Coronavírus (COVID-19)."2- DETERMINAR :

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5.6. 44ª PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE TERESINA-PI11479

2.1 - A AUTUAÇÃO da presente Portaria no sistema SIMP, deixando para promover a autuação em meio físico e o registro em livro próprio destaPromotoria de Justiça quando do retorno às atividades normais de trabalho, após o fim da quarentena;2.2 - A JUNTADA no Sistema SIMP da documentação oriunda da Coordenação da ILPI Lar de Sant'Ana e de cópia digital da Recomendação n°02/2020-28ª PJT;2.3 - A EXPEDIÇÃO imediata de Ofício Recomendatório à Agência do Banco Santander, onde se encontra o cartão bancário do idosoRAIMUNDO ROSA DA SILVA, RECOMENDANDO que, no prazo de 48hs (quarenta e oito horas), o Gerente daquela Agência Bancária adoteas medidas necessárias para proceder a entrega do citado cartão à Coordenação da ILPI Lar de Sant'Ana, onde o idoso encontra-se acolhido,dispensada a necessidade de apresentação de procuração;2.4- O ENCAMINHAMENTO da presente portaria por e-mail, para CONHECIMENTO e PUBLICAÇÃO, ao Diário Oficial Eletrônico do MinistérioPúblico do Estado do Piauí, ao Centro de Apoio Operacional de Defesa da Educação e Cidadania-CAODEC e ao Gabinete de Acompanhamentoe Prevenção da COVID-19/GAC;Publique-se e cumpra-se.28ª Promotoria de Justiça de Teresina-PI, especializada na Defesa da Pessoa com Deficiência e do Idoso, em Teresina-PI, 28 de Abril de 2020.MARLÚCIA GOMES EVARISTO ALMEIDAPromotora de JustiçaTitular da 28ª Promotoria de Justiça de Teresina-PI

PORTARIA Nº 13/2020ADITAMENTO DA PORTARIA Nº 36/2018INQUÉRITO CIVIL Nº 86/2017SIMP nº 001777-019/2017O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, por meio de seu representante, Promotor de Justiça da Fazenda Pública, no uso de suasatribuições legais, em vista do disposto no art. 129 da Constituição Federal e art. 26 da Lei n. 8.625/93 - Lei Orgânica do Ministério Público; eCONSIDERANDO que o Ministério Público é uma instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa daordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis, ao teor do art. 127, caput, da Constituição Federal;CONSIDERANDO ser da competência do Ministério Público a defesa da ordem jurídica e dos interesses sociais e individuais, a teor do art. 127,da Constituição Federal, e art. 141, da Constituição do Estado do Piauí;CONSIDERANDO que é função institucional do Ministério Público a promoção de Procedimentos Administrativos, Inquéritos Civis e Ações CivisPúblicas, para proteção de direitos difusos e coletivos, segundo o que prevê o art. 129, inciso II, da Constituição Federal;CONSIDERANDO que a Constituição Federal impõe à Administração Pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados,do Distrito Federal e dos Municípios a observância dos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e da eficiência (art. 37,caput);CONSIDERANDO que o presente procedimento foi instaurado com base no despacho do Gabinete da Procuradoria Geral de Justiçaencaminhando documentação com o objetivo de serem adotadas providências no sentido de apurar práticas de atos de improbidadeadministrativa por parte do ex-gestor da Secretaria do Turismo do Estado do Piauí, o Sr. José Icemar Lavôr Néri;CONSIDERANDO que o relatório da Diretoria de Fiscalização da Administração Estadual III Divisão Técnica do Tribunal de Contas do Estado doPiauí, Processo TC nº 03018/2013, apontou uma série de irregularidades na gestão da Secretaria do Turismo do Estado do Piauí, exercíciofinanceiro de 2013, em relação ao Sr. José Icemar Lavôr Neri;CONSIDERANDO que as irregularidades apontadas ao ex-gestor poderiam configurar atos de improbidade administrativa, sobretudo no que dizrespeito a(o):Pagamento sem cobertura contratual e sem procedimento licitatório válido e não comprovação das despesas realizadas, com infraçãoaos artigos 3º, 60 e 61, da Lei nº 8.666/93, da Lei nº 4320/64 - presença de notas fiscais sem atesto;a.1) Processo SETUR nº 210/2013 - pagamento realizado sem vinculação a procedimento licitatório.- Empenho nº 278, de 21/05/2013.- Credor: Elevadores Atlas Schindler AS.- Objeto: manutenção dos elevadores instalados no prédio D. Antonieta Araújo onde funciona a SETUR, no mês de maio do ano em curso.- Valor do empenho: R$ 1.416,16.- Valor total pago: R$ 13.841,44.a.2) Processo SETUR nº 455/2013 - pagamento amparado no Contrato nº 03/2012 e aditivo sem número, que tiveram sua vigência expirada em12.04.2013.- Empenho nº 569, de 05/09/2013.- Credor: Teixeira e Araújo Ltda.- Objeto: serviços terceirizados durante o mês de agosto/13.- Valor do empenho: R$ 5.562,31.- Valor total pago: R$ 45.573,86.Pagamento sem cobertura legal e ausência de certidões de regularidade fiscal e previdenciária, com infração aos artigos 3º, 60 e 61, daLei nº 8.666/93 e art. 195, §3º, da CF c/c art. 29, IV, da Lei nº 8.666/93;b.1) Processo SETUR nº 648/2013 - pagamento sem vinculação a nenhum processo licitatório ou dispensa de licitação.- Empenho nº 777, de 19/11/2013.- Credor: Rede Matrix Ltda.- Objeto: manutenção, reinstalação/limpeza impressora, troca bateria nobreak, troca reparo fonte ATX, setores desta SETUR, nos mesesset/out/2013.- Valor: R$ 1.514,00.Pagamento sem confirmação do serviço realizado, infração ao artigo 63, da Lei nº 4.320/64 e falha na instrução do processoadministrativo - nota fiscal sem atesto;c.1) Processo SETUR nº 552/2013:- Empenho nº 622, de 30/09/2013.- Credor: Inove - Educação, Serviços e Eventos Ltda.- Objeto: locação de infraestrutura de som, tablado, iluminação, stands, banheiros químicos, telão, tenda e carro de propaganda durante arealização do aniversário da cidade de União/PI.- Valor: R$ 39.916,00 .Pagamentos sem cobertura legal com infração aos artigos 3º, 60 e 61, da Lei nº 8.666/93 - pagamentos amparados nos Contratos nº13/2013 e 20/2013, respectivamente, onde exsurge a falta de vinculação a processo licitatório ou dispensa de licitaçãod.1) Processo SETUR nº 600/2013:- Empenho nº 752, de 04/11/2013.- Credor: F V P da Silva MEE.

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5.7. PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE MATIAS OLÍMPIO-PI11480

- Objeto: locação de banheiros químicos para utilização nos festejos de São Francisco de Assis na paróquia/santuário do bairro Lourival Parenteapoio do Governo do Estado.- Valor: R$ 2.270,00d.2) Processo SETUR nº 597/2013:- Empenho nº 707, de 23/10/2013.- Credor: Gaudêncio Barbosa da Silva - ME.- Objeto: pagamento de buffet para 150 talheres para participantes e ministrantes do seminário de turismo itinerante.- Valor: R$ 5.700,00.Irregularidades nos processos de pagamentos de diárias, infringência ao Decreto nº 14.910/12 - processos nº 154/2013, 293/2013,475/2013 e 615/2013;Irregularidades nos processos de pagamentos de combustíveis;f.1) Processo SETUR nº 236/2013:- Empenho nº 315- Credor: Ticket Serviços S.A.- Objeto: pagamento de combustíveis e lubrificantes para uso nos veículos desta SETUR, ref. mês de maio/13.- Valor: R$ 3.951,49.f.2) Processo SETUR nº 562/2013:- Empenho nº 631.- Credor: Ticket Serviços Ltda.- Objeto: aquisição de combustíveis e lubrificantes no mês de setembro de 2013.- Valor: R$ 5.591,63.CONSIDERANDO a necessidade de colher elementos quanto aos fatos acima descritos;RESOLVE:Com fundamento no art. 37, inciso I, da Lei Complementar nº 12, de 18 de dezembro de 1993, e no Art. 4º, parágrafo único da Resolução nº 23,de 17 de setembro de 2007, do CNMP, ADITAR a Portaria MP/PP-IC 36/2018 nº 36/2018 do INQUÉRITO CIVIL nº 86/2017, estendendo oobjeto para apurar possíveis irregularidades na gestão do Sr. José Icemar Lavôr Neri na Secretaria do Turismo do Estado do Piauí(SETUR), no período de 13/03/2013 a 31/12/2013, com base no Processo TC nº 03018/2013. Determino, desde já, a realização das seguintesdiligências:1. Autue-se a presente Portaria com os documentos que originaram sua instauração e registre-se em livro próprio desta Promotoria de Justiça,conforme determina o art. 8º, da Resolução nº 001/2008, do Colégio de Procuradores de Justiça do Estado do Piauí;2. Encaminhe-se arquivo da presente portaria, ao setor competente da Procuradoria-Geral de Justiça, para fins de publicação no Diário Eletrônicodo Ministério Público do Estado do Piauí, em cumprimento ao disposto no art. 2º, § 4º, inciso VI, da Resolução nº 01/2008, do Colégio deProcuradores de Justiça do Estado do Piauí;3. Remeta-se cópia desta portaria ao Centro de Apoio Operacional de Defesa do Patrimônio Público, para conhecimento, conforme determina oart. 6º, § 1º, da Resolução nº 01/2008, do Colégio de Procuradores de Justiça do Estado do Piauí;4. Afixe-se cópia desta portaria no quadro de avisos dessa 44ª Promotoria de Justiça;5. Notifique-se o Sr. José Icemar Lavôr Néri, ex-Secretário do Turismo do Estado do Piauí, para, querendo, apresentar a defesa que tiver, noprazo de 10 (dez) dias úteis, quanto a presente Portaria;6. Autue-se, numere-se;7. Cumpra-se.Teresina, 27 de abril de 2020.Fernando Ferreira dos SantosPromotor da 44ª Promotoria da Fazenda Pública

RECOMENDAÇÃO ADMINISTRATIVA nº 29/2020O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, por seu representante, com atuação na Promotoria de Justiça de Matias Olímpio, no uso dasatribuições que lhes são conferidas pelos arts. 127, 129, III, da Constituição Federal, art. 8°, § 1°, da Lei n° 7.347/85, art. 25, IV, "b", da Lei n°8.625/93 e art. 36, VI, da Lei Complementar Estadual n° 12/93 e:CONSIDERANDO que o Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei nº 8.069/1990), ao disciplinar o procedimento de apuração do ato infracional,estabeleceu que, na hipótese de flagrante de ato infracional, sendo o caso de liberação, deverá a autoridade policial entregá-lo aos pais ou aoresponsável (art. 174, ECA).CONSIDERANDO que caso os pais do adolescente não sejam localizados, não havendo nenhum responsável, a sua liberação será concomitantecom a aplicação da medida de proteção que pode se dar por meio de colocação em família substituta, acolhimento institucional, inclusão noserviço de acolhimento familiar, entre outras, medida justificada não em razão do ilícito, mas de o adolescente se encontrar em situação devulnerabilidade.CONSIDERANDO que o Conselho Tutelar não foi incluído pelo legislador estatutário entre aqueles que deverão ser comunicados da apreensão,que, no caso, seriam a família e a autoridade judiciária, consoante art. 107 do diploma estatutário, não havendo a necessidade da presença deseu representante em todas as apreensões.CONSIDERANDO que cabe à autoridade policial, e não ao Conselho Tutelar, promover a entrega do adolescente apreendido pela prática de atoinfracional que tenha sido liberado, após a lavratura do auto de prisão em flagrante ou boletim de ocorrência circunstanciado (art. 174, do ECA) aseus pais/responsável.CONSIDERANDO que a entrega do adolescente aos pais/responsável é ato privativo da autoridade policial, e decorre, além do contido demaneira expressa no citado art. 174, do ECA, dos princípios expressamente consignados no art. 100, par. único, incisos VII, IX e XI, do mesmoDiploma Legal, não podendo assim ser "delegada" ao Conselho Tutelar ou a quem quer que seja.CONSIDERANDO que cabe à autoridade policial realizar as diligências necessárias à localização dos pais/responsável (inclusive para que sejamestes por ela comunicados - incontinenti - da apreensão do adolescente - o que também é ato privativo da autoridade policial, cuja omissão, emtese, caracteriza o CRIME tipificado no art. 231, do ECA) e, em caso de recusa de comparecimento, buscá-los em seu domicílio para que sefaçam presentes no momento da liberação do adolescente.CONSIDERANDO que o acionamento do Conselho Tutelar para acompanharem os encaminhamentos atinentes aos flagrantes praticados poradolescentes não possui amparo legal, porquanto a requisição da presença de conselheiros tutelares se restringe apenas àqueles casos em queos seus genitores não forem encontrados (depois de esgotados os meios de busca ativa) ou houver demanda explícita para encaminhamento deoutras medidas protetivas.CONSIDERANDO que a atuação do Conselho Tutelar se dá em caráter subsidiário, ou seja, naqueles casos em que se mostrar inviável ocomparecimento dos pais ou responsáveis do adolescente, mormente para realizar os encaminhamentos e promover a execução das medidasprotetivas cabíveis, o que não inclui a participação em oitivas, o transporte do adolescente até sua residência ou dos pais até a delegacia, aassinatura de termos de liberação, o comparecimento em audiência de apresentação ou quaisquer outras atividades de responsabilidade dos

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5.8. PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE CAPITÃO DE CAMPOS-PI11482

pais ou do responsável pelo adolescente.CONSIDERANDO o princípio da responsabilidade parental, capitulado no art. 100, parágrafo único, inc. IX, da Lei nº 8.069/1990, em que deverãoser acionados os pais ou o responsável para buscar os filhos no local em que se encontrem irregularmente.O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, representado pelo agente ministerial adiante subscrito, no exercício de suas atribuiçõeslegais, resolveRECOMENDAR ao Comandante do GPM de São João do Arraial para que quando houver a suspeita da presença de crianças e adolescentesem batida policial de improviso ou outras operações e abordagens policiais, siga as seguintes diretrizes:1) No caso de adolescente infrator encaminhado à Delegacia de Polícia ou ao GPM, deverão estes, de pronto, acionar os pais ou responsáveispara o comparecimento da unidade policial, quando deverão ser adotados pelo plantonista todos os meios de comunicação viável;2) Para a efetiva localização dos pais ou responsável deverão ser efetuadas pesquisas junto aos sistemas disponíveis junto à Unidade Policial,para o êxito nas diligências, quando através do telefone fornecido pelo adolescente infrator não for possível a localização;3) Somente no caso de serem infrutíferas as tentativas de localização dos pais ou responsáveis pelo adolescente infrator, o Conselho Tutelardeverá ser acionado, devendo ser lavrada Certidão específica com base no Art. 98 do ECA, esclarecendo todas as medidas adotadas paralocalização dos pais ou responsáveis, sendo este documento confeccionado pelo plantonista;4) Na chegada do Conselho Tutelar na unidade policial, se solicitado, poderá ser entregue a Certidão com aceite do conselheiro, bem comoregistrado no Livro de Relatório de Plantão, a data e a hora do feito;Encaminhe-se a presente Recomendação para que seja publicada no diário eletrônico do Ministério Público, bem como se remetam cópias aoConselho Superior do Ministério Público do Estado do Piauí, ao Centro de Apoio Operacional de Defesa da Infância e Juventude e aosrespectivos destinatários.Matias Olímpio (PI), 28 de abril de 2020.CARLOS ROGÉRIO BESERRA DA SILVAPromotor de Justiça Titular de LuzilândiaRespondendo pela Promotoria de Justiça de Matias OlímpioPortaria PGJ/PI Nº 420/2020

RECOMENDAÇÃO ADMINISTRATIVA nº 07/2020O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, por seu representante, com atuação na Promotoria de Justiça de Capitão de Campos, no usodas atribuições que lhes são conferidas pelos arts. 127, 129, III, da Constituição Federal, art. 8°, § 1°, da Lei n° 7.347/85, art. 25, IV, "b", da Lei n°8.625/93 e art. 36, VI, da Lei Complementar Estadual n° 12/93 e:CONSIDERANDO que, em 30.1.2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que o surto da doença causada pelo Coronavírus(COVID-19) constitui Emergência de Saúde Pública de importância Internacional (ESPII);CONSIDERANDO que a ESPII é considerada, nos termos do Regulamento Sanitário Internacional (RSI), "um evento extraordinário que podeconstituir um risco de saúde pública para outros países devido a disseminação internacional de doenças; e potencialmente requer uma respostainternacional coordenada e imediata";CONSIDERANDO que o Ministério da Saúde, em 03.02.2020, através da Portaria GM/MS nº 188/2020, declarou "emergência em saúdepública de importância nacional", em decorrência da infecção humana pelo Coronavírus, considerando que a situação atual demanda oemprego urgente de medidas de prevenção, controle e contenção de riscos, danos e agravos à saúde pública;CONSIDERANDO, por fim, o disposto na Lei n° 13.979, de 06 de fevereiro de 2020, que dispõe sobre as medidas para enfrentamento daemergência de saúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus responsável pelo surto de 2019;CONSIDERANDO que o art. 3º da mencionada lei prevê como medidas para o enfrentamento da infecção: isolamento, quarentena, determinaçãode realização compulsória de exames médicos, testes laboratoriais, coleta de amostras clínicas, vacinação e tratamentos médicos específicos;CONSIDERANDO a publicação da Portaria MS nº 356/2020, que estabelece a regulamentação e operacionalização do disposto na Lei nº13.979/2020, que traz medidas para enfrentamento da emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus(COVID-19);CONSIDERANDO que, em 11.3.2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou pandemia para o Coronavírus, ou seja, momento emque uma doença se espalha por diversos continentes com transmissão sustentada entre humanos;CONSIDERANDO que a classificação da situação mundial do novo coronavírus (COVID-19, SARSCoV-2) como pandemia significa o riscopotencial da doença infecciosa atingir a população mundial de forma simultânea, não se limitando a locais que já tenham sido identificadas comode transmissão interna;CONSIDERANDO o Decreto nº 18.884, de 16 de março de 2020, que regulamenta a lei nº 13.979/2020, para dispor no âmbito do Estadodo Piauí, sobre as medidas emergência de saúde pública de importância internacional e tendo em visa a classificação da situação mundial donovo coronavírus;CONSIDERANDO que o art. 12 do referido Decreto dispõe que: "Fica recomendado aos organizadores ou produtores de eventos ocancelamento de eventos esportivos, artisticos, culturais, politicos, cientificos, comerciais, religiosos e outros eventos de massa. § 1ºNao sendo possível o cancelamento, recomenda-se que o evento ocorra sem público. § 2º Na impossibilidade de atender às recomendaçõesindicadas no caput e § 1º deste artigo, fica recomendado o rigoroso cumprimento dos requisitos previstos na Portaria MS nº 1.139, de 10 de junhode 2013";CONSIDERANDO que, no âmbito do município de Capitão de Campos, foi expedido o Decreto n° 06/2020, de 16 de março de 2020 quedispõe sobre as medidas de emergência de saúde pública, no âmbito do Município de Capitão de Campos tendo em vista a classificação dasituação mundial do novo coronavírus (COVID-19), como pandemia e dá outras providências;CONSIDERANDO a alta escalabilidade viral do COVID-19, exigente de infraestrutura hospitalar (pública ou privada) adequada, com leitossuficientes e composta com aparelhos respiradores em quantidade superior à população em eventual contágio, o que está fora da realidade dequalquer centro médico deste Estado;CONSIDERANDO a Portaria de Consolidação nº 5, de 28 de setembro de 2017, a qual prevê, em seu Anexo CII, o regramento relacionado aoPlanejamento, Execução e Avaliação das Ações de Vigilância e Assistência à Saúde em Eventos de Massa.;CONSIDERANDO que a sobredita Portaria tem por finalidade prevenir e mitigar os riscos à saúde a que está exposta a populaçãoenvolvida em eventos de massa, a partir da definição de responsabilidades dos gestores do SUS, da saúde suplementar e doestabelecimento de mecanismos de controle e coordenação de ação durante todas as fases de desenvolvimento dos eventos com foconas ações de atenção à saúde, incluindo promoção, proteção e vigilância e assistência à Saúde. (Origem: PRT MS/GM 1139/2013, Art.2º);CONSIDERANDO que para efeito de planejamento, execução e avaliação das ações de vigilância e assistência à saúde em eventos de massa,são adotados os seguintes conceitos: (Origem: PRT MS/GM 1139/2013, Art. 4º) I - Evento de Massa (EM): atividade coletiva de naturezacultural, esportiva, comercial, religiosa, social ou política, por tempo pré-determinado, com concentração ou fluxo excepcional de pessoas, deorigem nacional ou internacional, e que, segundo a avaliação das ameaças, das vulnerabilidades e dos riscos à saúde pública exijam a atuaçãocoordenada de órgãos de saúde pública da gestão municipal, estadual e federal e requeiram o fornecimento de serviços especiais de saúde,públicos ou privados (Sinonímia: grandes eventos, eventos especiais, eventos de grande porte); (Origem: PRT MS/GM 1139/2013, Art. 4º, I) II -

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organizador de evento: pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado, civil ou militar, responsável pelo planejamento erealização do evento de massa; (Origem: PRT MS/GM 1139/2013, Art. 4º, II) III - autoridade sanitária: órgão ou agente público competente daárea da saúde, com atribuição legal no âmbito da vigilância e da atenção à saúde; (Origem: PRT MS/GM 1139/2013, Art. 4º, III); IV - autoridadefiscalizadora competente: agente público competente da vigilância sanitária e da saúde suplementar, com poder de polícia administrativo;(Origem: PRT MS/GM 1139/2013, Art. 4º, IV) V - agente público regulador: autoridade pública sanitária, delegada pelo Gestor Local, que temcomo função realizar a articulação entre os diversos níveis assistenciais do sistema de saúde, visando melhor resposta para as necessidades dopaciente, ou seja, Médico Regulador da Central de Regulação das Urgências e/ou Central de Regulação de Leitos e/ou Complexo Regulatório;(Origem: PRT MS/GM 1139/2013, Art. 4º, V)O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, representado pelo agente ministerial adiante subscrito, no exercício de suas atribuiçõeslegais, resolveRECOMENDAR ao Município de Capitão de Campos e aos organizadores ou produtores de eventos, sejam eles esportivos, artisticos,culturais, politicos, cientificos, comerciais, religiosos e outros eventos de massa, em cumprimento às disposições de ordem constitucional,legal, administrativas e de natureza sanitária acima referidas e outras com ela convergentes:Sejam cancelados, no âmbito da sua atribuição, todos os eventos com aglomerações, previsto para realizar-se, em consonância com asacertada orientação dos decretos expedidos, em especial o Decreto Estadual n° nº 18.884, de 16 de março de 2020.Fixa-se o prazo de 05 (cinco) dias, a contar do recebimento, para que o destinatário se manifeste sobre o acatamento da presenterecomendação, devendo encaminhar à Promotoria de Justiça de Capitão de Campos, pelo e-mail ([email protected]), asprovidências tomadas e a documentação hábil a provar o seu fiel.Vale frisar que a presente Recomendação tem o condão de advertir os destinatários dos seguintes efeitos: tornar inequívoca a demonstração daconsciência da ilicitude do recomendado; caracterizar o dolo, má-fé ou ciência da irregularidade, por ação ou omissão, para viabilizar futurasresponsabilizações em sede de ação civil pública por ato de improbidade adiminstrativa quando tal elemento sujetivo for exigido e se constituir emelemento de probatório em sede de ações cíveis ou criminais.Dê-se publicidade da presente Recomendação pelo diário eletrônico do Ministério Público, bem como se remetam cópias ao Centro de ApoioOperacional de Defesa da Saúde e aos respectivos destinatários.Capitão de Campos/PI, 28 de abril de 2020.ROBERTO MONTEIRO CARVALHOPromotor de Justiça respondendoRECOMENDAÇÃO ADMINISTRATIVA nº 08/2020O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, por seu representante, com atuação na Promotoria de Justiça de Capitão de Campos, no usodas atribuições que lhes são conferidas pelos arts. 127, 129, III, da Constituição Federal, art. 8°, § 1°, da Lei n° 7.347/85, art. 25, IV, "b", da Lei n°8.625/93 e art. 36, VI, da Lei Complementar Estadual n° 12/93 e:CONSIDERANDO que, em 30.1.2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que o surto da doença causada pelo Coronavírus(COVID-19) constitui Emergência de Saúde Pública de importância Internacional (ESPII);CONSIDERANDO que a ESPII é considerada, nos termos do Regulamento Sanitário Internacional (RSI), "um evento extraordinário que podeconstituir um risco de saúde pública para outros países devido a disseminação internacional de doenças; e potencialmente requer uma respostainternacional coordenada e imediata";CONSIDERANDO que o Ministério da Saúde, em 03.02.2020, através da Portaria GM/MS nº 188/2020, declarou "emergência em saúdepública de importância nacional", em decorrência da infecção humana pelo Coronavírus, considerando que a situação atual demanda oemprego urgente de medidas de prevenção, controle e contenção de riscos, danos e agravos à saúde pública;CONSIDERANDO, por fim, o disposto na Lei n° 13.979, de 06 de fevereiro de 2020, que dispõe sobre as medidas para enfrentamento daemergência de saúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus responsável pelo surto de 2019;CONSIDERANDO que o art. 3º da mencionada lei prevê como medidas para o enfrentamento da infecção: isolamento, quarentena, determinaçãode realização compulsória de exames médicos, testes laboratoriais, coleta de amostras clínicas, vacinação e tratamentos médicos específicos;CONSIDERANDO a publicação da Portaria MS nº 356/2020, que estabelece a regulamentação e operacionalização do disposto na Lei nº13.979/2020, que traz medidas para enfrentamento da emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus(COVID-19);CONSIDERANDO que, em 11.3.2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou pandemia para o Coronavírus, ou seja, momento emque uma doença se espalha por diversos continentes com transmissão sustentada entre humanos;CONSIDERANDO que a classificação da situação mundial do novo coronavírus (COVID-19, SARSCoV-2) como pandemia significa o riscopotencial da doença infecciosa atingir a população mundial de forma simultânea, não se limitando a locais que já tenham sido identificadas comode transmissão interna;CONSIDERANDO o Decreto nº 18.884, de 16 de março de 2020, que regulamenta a lei nº 13.979/2020, para dispor no âmbito do Estadodo Piauí, sobre as medidas emergência de saúde pública de importância internacional e tendo em visa a classificação da situação mundial donovo coronavírus;CONSIDERANDO que o art. 12 do referido Decreto dispõe que: "Fica recomendado aos organizadores ou produtores de eventos ocancelamento de eventos esportivos, artisticos, culturais, politicos, cientificos, comerciais, religiosos e outros eventos de massa. § 1ºNao sendo possível o cancelamento, recomenda-se que o evento ocorra sem público. § 2º Na impossibilidade de atender às recomendaçõesindicadas no caput e § 1º deste artigo, fica recomendado o rigoroso cumprimento dos requisitos previstos na Portaria MS nº 1.139, de 10 de junhode 2013";CONSIDERANDO que, no âmbito do município de Boqueirão do Piauí, foi expedido o Decreto n° 010/2020, de 23 de março de 2020 quedeclarou "estado de calamidade pública", em razão do agravamento da crise de saúde pública decorrente da pandemia de doença infecciosa viralrespiratória, causada pelo novo Coronavíruis (COVID-19), e dá outras providências;CONSIDERANDO a alta escalabilidade viral do COVID-19, exigente de infraestrutura hospitalar (pública ou privada) adequada, com leitossuficientes e composta com aparelhos respiradores em quantidade superior à população em eventual contágio, o que está fora da realidade dequalquer centro médico deste Estado;CONSIDERANDO a Portaria de Consolidação nº 5, de 28 de setembro de 2017, a qual prevê, em seu Anexo CII, o regramento relacionado aoPlanejamento, Execução e Avaliação das Ações de Vigilância e Assistência à Saúde em Eventos de Massa.;CONSIDERANDO que a sobredita Portaria tem por finalidade prevenir e mitigar os riscos à saúde a que está exposta a populaçãoenvolvida em eventos de massa, a partir da definição de responsabilidades dos gestores do SUS, da saúde suplementar e doestabelecimento de mecanismos de controle e coordenação de ação durante todas as fases de desenvolvimento dos eventos com foconas ações de atenção à saúde, incluindo promoção, proteção e vigilância e assistência à Saúde. (Origem: PRT MS/GM 1139/2013, Art.2º);CONSIDERANDO que para efeito de planejamento, execução e avaliação das ações de vigilância e assistência à saúde em eventos de massa,são adotados os seguintes conceitos: (Origem: PRT MS/GM 1139/2013, Art. 4º) I - Evento de Massa (EM): atividade coletiva de naturezacultural, esportiva, comercial, religiosa, social ou política, por tempo pré-determinado, com concentração ou fluxo excepcional de pessoas, deorigem nacional ou internacional, e que, segundo a avaliação das ameaças, das vulnerabilidades e dos riscos à saúde pública exijam a atuaçãocoordenada de órgãos de saúde pública da gestão municipal, estadual e federal e requeiram o fornecimento de serviços especiais de saúde,públicos ou privados (Sinonímia: grandes eventos, eventos especiais, eventos de grande porte); (Origem: PRT MS/GM 1139/2013, Art. 4º, I) II -

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organizador de evento: pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado, civil ou militar, responsável pelo planejamento erealização do evento de massa; (Origem: PRT MS/GM 1139/2013, Art. 4º, II) III - autoridade sanitária: órgão ou agente público competente daárea da saúde, com atribuição legal no âmbito da vigilância e da atenção à saúde; (Origem: PRT MS/GM 1139/2013, Art. 4º, III); IV - autoridadefiscalizadora competente: agente público competente da vigilância sanitária e da saúde suplementar, com poder de polícia administrativo;(Origem: PRT MS/GM 1139/2013, Art. 4º, IV) V - agente público regulador: autoridade pública sanitária, delegada pelo Gestor Local, que temcomo função realizar a articulação entre os diversos níveis assistenciais do sistema de saúde, visando melhor resposta para as necessidades dopaciente, ou seja, Médico Regulador da Central de Regulação das Urgências e/ou Central de Regulação de Leitos e/ou Complexo Regulatório;(Origem: PRT MS/GM 1139/2013, Art. 4º, V)O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, representado pelo agente ministerial adiante subscrito, no exercício de suas atribuiçõeslegais, resolveRECOMENDAR ao Município de Boqueirão do Piauí e aos organizadores ou produtores de eventos, sejam eles esportivos, artisticos,culturais, politicos, cientificos, comerciais, religiosos e outros eventos de massa, em cumprimento às disposições de ordem constitucional,legal, administrativas e de natureza sanitária acima referidas e outras com ela convergentes:Sejam cancelados, no âmbito da sua atribuição, todos os eventos com aglomerações, previsto para realizar-se, em consonância com asacertada orientação dos decretos expedidos, em especial o Decreto Estadual n° nº 18.884, de 16 de março de 2020.Fixa-se o prazo de 05 (cinco) dias, a contar do recebimento, para que o destinatário se manifeste sobre o acatamento da presenterecomendação, devendo encaminhar à Promotoria de Justiça de Capitão de Campos, pelo e-mail ([email protected]), asprovidências tomadas e a documentação hábil a provar o seu fiel.Vale frisar que a presente Recomendação tem o condão de advertir os destinatários dos seguintes efeitos: tornar inequívoca a demonstração daconsciência da ilicitude do recomendado; caracterizar o dolo, má-fé ou ciência da irregularidade, por ação ou omissão, para viabilizar futurasresponsabilizações em sede de ação civil pública por ato de improbidade adiminstrativa quando tal elemento sujetivo for exigido e se constituir emelemento de probatório em sede de ações cíveis ou criminais.Dê-se publicidade da presente Recomendação pelo diário eletrônico do Ministério Público, bem como se remetam cópias ao Centro de ApoioOperacional de Defesa da Saúde e aos respectivos destinatários.Capitão de Campos/PI, 28 de abril de 2020.ROBERTO MONTEIRO CARVALHOPromotor de Justiça respondendoRECOMENDAÇÃO ADMINISTRATIVA nº 09/2020O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, por seu representante, com atuação na Promotoria de Justiça de Capitão de Campos, no usodas atribuições que lhes são conferidas pelos arts. 127, 129, III, da Constituição Federal, art. 8°, § 1°, da Lei n° 7.347/85, art. 25, IV, "b", da Lei n°8.625/93 e art. 36, VI, da Lei Complementar Estadual n° 12/93 e:CONSIDERANDO que, em 30.1.2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que o surto da doença causada pelo Coronavírus(COVID-19) constitui Emergência de Saúde Pública de importância Internacional (ESPII);CONSIDERANDO que a ESPII é considerada, nos termos do Regulamento Sanitário Internacional (RSI), "um evento extraordinário que podeconstituir um risco de saúde pública para outros países devido a disseminação internacional de doenças; e potencialmente requer uma respostainternacional coordenada e imediata";CONSIDERANDO que o Ministério da Saúde, em 03.02.2020, através da Portaria GM/MS nº 188/2020, declarou "emergência em saúdepública de importância nacional", em decorrência da infecção humana pelo Coronavírus, considerando que a situação atual demanda oemprego urgente de medidas de prevenção, controle e contenção de riscos, danos e agravos à saúde pública;CONSIDERANDO, por fim, o disposto na Lei n° 13.979, de 06 de fevereiro de 2020, que dispõe sobre as medidas para enfrentamento daemergência de saúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus responsável pelo surto de 2019;CONSIDERANDO que o art. 3º da mencionada lei prevê como medidas para o enfrentamento da infecção: isolamento, quarentena, determinaçãode realização compulsória de exames médicos, testes laboratoriais, coleta de amostras clínicas, vacinação e tratamentos médicos específicos;CONSIDERANDO a publicação da Portaria MS nº 356/2020, que estabelece a regulamentação e operacionalização do disposto na Lei nº13.979/2020, que traz medidas para enfrentamento da emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus(COVID-19);CONSIDERANDO que, em 11.3.2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou pandemia para o Coronavírus, ou seja, momento emque uma doença se espalha por diversos continentes com transmissão sustentada entre humanos;CONSIDERANDO que a classificação da situação mundial do novo coronavírus (COVID-19, SARSCoV-2) como pandemia significa o riscopotencial da doença infecciosa atingir a população mundial de forma simultânea, não se limitando a locais que já tenham sido identificadas comode transmissão interna;CONSIDERANDO o Decreto nº 18.884, de 16 de março de 2020, que regulamenta a lei nº 13.979/2020, para dispor no âmbito do Estadodo Piauí, sobre as medidas emergência de saúde pública de importância internacional e tendo em visa a classificação da situação mundial donovo coronavírus;CONSIDERANDO que o art. 12 do referido Decreto dispõe que: "Fica recomendado aos organizadores ou produtores de eventos ocancelamento de eventos esportivos, artisticos, culturais, politicos, cientificos, comerciais, religiosos e outros eventos de massa. § 1ºNao sendo possível o cancelamento, recomenda-se que o evento ocorra sem público. § 2º Na impossibilidade de atender às recomendaçõesindicadas no caput e § 1º deste artigo, fica recomendado o rigoroso cumprimento dos requisitos previstos na Portaria MS nº 1.139, de 10 de junhode 2013";CONSIDERANDO que, no âmbito do município de Cocal de Telha, foi expedido o Decreto n° 05/2020, de 17 de março de 2020 que dispõesobre a adoção de medidas temporárias de prevenção ao contágio e propagação de infecção do novo coronavírus (covid-19) e dáoutras providências;CONSIDERANDO a alta escalabilidade viral do COVID-19, exigente de infraestrutura hospitalar (pública ou privada) adequada, com leitossuficientes e composta com aparelhos respiradores em quantidade superior à população em eventual contágio, o que está fora da realidade dequalquer centro médico deste Estado;CONSIDERANDO a Portaria de Consolidação nº 5, de 28 de setembro de 2017, a qual prevê, em seu Anexo CII, o regramento relacionado aoPlanejamento, Execução e Avaliação das Ações de Vigilância e Assistência à Saúde em Eventos de Massa.;CONSIDERANDO que a sobredita Portaria tem por finalidade prevenir e mitigar os riscos à saúde a que está exposta a populaçãoenvolvida em eventos de massa, a partir da definição de responsabilidades dos gestores do SUS, da saúde suplementar e doestabelecimento de mecanismos de controle e coordenação de ação durante todas as fases de desenvolvimento dos eventos com foconas ações de atenção à saúde, incluindo promoção, proteção e vigilância e assistência à Saúde. (Origem: PRT MS/GM 1139/2013, Art.2º);CONSIDERANDO que para efeito de planejamento, execução e avaliação das ações de vigilância e assistência à saúde em eventos de massa,são adotados os seguintes conceitos: (Origem: PRT MS/GM 1139/2013, Art. 4º) I - Evento de Massa (EM): atividade coletiva de naturezacultural, esportiva, comercial, religiosa, social ou política, por tempo pré-determinado, com concentração ou fluxo excepcional de pessoas, deorigem nacional ou internacional, e que, segundo a avaliação das ameaças, das vulnerabilidades e dos riscos à saúde pública exijam a atuaçãocoordenada de órgãos de saúde pública da gestão municipal, estadual e federal e requeiram o fornecimento de serviços especiais de saúde,públicos ou privados (Sinonímia: grandes eventos, eventos especiais, eventos de grande porte); (Origem: PRT MS/GM 1139/2013, Art. 4º, I) II -

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5.9. 2ª PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE CAMPO MAIOR-PI11484

5.10. 12ª PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE TERESINA-PI11485

organizador de evento: pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado, civil ou militar, responsável pelo planejamento erealização do evento de massa; (Origem: PRT MS/GM 1139/2013, Art. 4º, II) III - autoridade sanitária: órgão ou agente público competente daárea da saúde, com atribuição legal no âmbito da vigilância e da atenção à saúde; (Origem: PRT MS/GM 1139/2013, Art. 4º, III); IV - autoridadefiscalizadora competente: agente público competente da vigilância sanitária e da saúde suplementar, com poder de polícia administrativo;(Origem: PRT MS/GM 1139/2013, Art. 4º, IV) V - agente público regulador: autoridade pública sanitária, delegada pelo Gestor Local, que temcomo função realizar a articulação entre os diversos níveis assistenciais do sistema de saúde, visando melhor resposta para as necessidades dopaciente, ou seja, Médico Regulador da Central de Regulação das Urgências e/ou Central de Regulação de Leitos e/ou Complexo Regulatório;(Origem: PRT MS/GM 1139/2013, Art. 4º, V)O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, representado pelo agente ministerial adiante subscrito, no exercício de suas atribuiçõeslegais, resolveRECOMENDAR ao Município de Cocal de Telha e aos organizadores ou produtores de eventos, sejam eles esportivos, artisticos,culturais, politicos, cientificos, comerciais, religiosos e outros eventos de massa, em cumprimento às disposições de ordem constitucional,legal, administrativas e de natureza sanitária acima referidas e outras com ela convergentes:Sejam cancelados, no âmbito da sua atribuição, todos os eventos com aglomerações, previsto para realizar-se, em consonância com asacertada orientação dos decretos expedidos, em especial o Decreto Estadual n° nº 18.884, de 16 de março de 2020.Fixa-se o prazo de 05 (cinco) dias, a contar do recebimento, para que o destinatário se manifeste sobre o acatamento da presenterecomendação, devendo encaminhar à Promotoria de Justiça de Capitão de Campos, pelo e-mail ([email protected]), asprovidências tomadas e a documentação hábil a provar o seu fiel.Vale frisar que a presente Recomendação tem o condão de advertir os destinatários dos seguintes efeitos: tornar inequívoca a demonstração daconsciência da ilicitude do recomendado; caracterizar o dolo, má-fé ou ciência da irregularidade, por ação ou omissão, para viabilizar futurasresponsabilizações em sede de ação civil pública por ato de improbidade adiminstrativa quando tal elemento sujetivo for exigido e se constituir emelemento de probatório em sede de ações cíveis ou criminais.Dê-se publicidade da presente Recomendação pelo diário eletrônico do Ministério Público, bem como se remetam cópias ao Centro de ApoioOperacional de Defesa da Saúde e aos respectivos destinatários.Capitão de Campos/PI, 28 de abril de 2020.ROBERTO MONTEIRO CARVALHOPromotor de Justiça respondendo

NOTÍCIA DE FATO Nº 000002-308/2019DECISÃO DE ARQUIVAMENTOTrata-se de Notícia de Fato registrada no âmbito da Sede das Promotorias de Justiça de Campo, com base em termo de declaração prestadopela Sra. Liliana da Rocha Silva, noticiando que deseja que seu filho Guilherme Liando Silva (08 anos) seja matriculado na Unidade EscolarPatronato Nossa Senhora de Lourdes. Assertou a declarante que tentou matricular seu filho na referida escola e a Direção da mesma informouque não foram ofertadas vagas para a série de Guilherme (4º Ano).O Promotor de Justiça Diretor da Sede das Promotorias de Justiça de Campo Maior, determinou a distribuição da presente Notícia de Fato à 2ªPromotoria de Justiça, conforme despacho de fl. 03.Como providências iniciais, determinou-se a juntada do Termo de Ajustamento de Conduta firmado no bojo do ICP 10/2013 (SIMP 000098-063/2015), cujo objeto trata-se da adoção de diversas medidas de gestão administrava, a fim de garantir a impessoalidade na seleção de alunosnovos na Escola Municipal Patronato Nossa Senhora de Lourdes. Determinou-se a expedição de ofício à Direção da Escola Municipal NossaSenhora de Lourdes, solicitando informações acerca de eventual lançamento de edital no corrente ano, para seleção de alunos em todas asséries regulares (fls. 08).Às fls. 12/13, acostou-se o Termo de Ajustamento de Conduta nº 006/2017, firmado no bojo ICP 10/2013 (SIMP nº 000098-063/2015).Em atenção a solicitação ministerial, a Direção da Unidade Escolar Patronato Nossa Senhora de Lourdes, informou que a instituição de ensinocumpre fielmente o Termo de Ajustamento de Conduta formulado no IPC nº 010/2013-00098.063/2015, TAC nº 006/2017, do dia 28 de novembrode 2017, tendo como compromitente a 3ª Promotoria de Justiça de Campo Maior-PI. Vale destacar que a Direção da Escola informou, que para oanode 2020 não fora lançado nenhum edital para a seleção de alunos. Por fim, informou à Direção que haverá sorteio para o Ensino Infantil Pré II e1º Ano do Ensino Fundamental anos iniciais, com previsão de lançamento do edital para o mês de fevereiro de 2020 (fl. 17).Vieram-me os autos para manifestação. É um sucinto relatório. Passo a decidir.Considerando que a Direção da Escola Municipal Nossa Senhora de Lourdes vem cumprindo com o Termo de Ajustamento de Conduta queprima pela seleção isonômica e impessoal de alunos novos, depreende-se que não há necessidade de que nenhuma outra medida sejaobservada pelo Ministério Público, ressaltando que eventual fato novo que necessite da pronta intervenção do Ministério poderá ser apuradomediante novel Notícia de Fato e/ou Procedimento Administrativo.Isto posto, com base na fundamentação exposta, com fulcro no art. 4º, I, da Resolução nº 174/2017 do CNMP, PROMOVE-SE OARQUIVAMENTO da presente Notícia de Fato, uma vez que não há justa causa para sua continuidade.Comunique-se ao Egrégio Conselho Superior do Ministério Público sobre esta decisão de arquivamento dos presentes autos, em atendimento aoOfício Circular nº 004/2017 - CGMP/PI, de 17/01/2017.Comunique-se a reclamante, através de ofício, com a informação de que desta decisão cabe recurso ao CSMP-PI, no prazo de (10) dez dias,devendo a comunicação ser encaminhada pelos Correios, com aviso de recebimento que deverá ser acostado aos autos, nos termos do art. 4º,§§ 1º e 3º, da Resolução nº 174/2017, de 04/07/2017, do Conselho Nacional do Ministério Público.Cumpra-se. Após, proceda-se à baixa no respectivo livro e no SIMP, observando as cautelas de praxe.Campo Maior-PI, 28 de janeiro de 2020.CEZÁRIO DE SOUZA CAVALCANTE NETOPromotora de Justiça

PORTARIA 12ª PJ Nº 057/2020INQUÉRITO CIVIL PÚBLICO Nº 100/2019O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, através da 12ª Promotoria de Justiça de Teresina, por intermédio do Promotor de Justiçasubscritor, no uso das atribuições previstas nos arts. 129, III, da CF/88 e art. 25, inciso IV, alínea "a", da Lei nº 8.625/93 (Lei Orgânica Nacionaldo Ministério Público);CONSIDERANDO que o Ministério Público é uma das instituições constitucionais fundamentais para a promoção do acesso à Justiça, e sendocerto que a defesa do regime democrático lhe impõe o desenvolvimento de planejamento estratégico funcional devidamente voltado para aefetivação, via tutela dos direitos e das garantias fundamentais, do princípio da transformação social, delineado no art. 3º da CR/1988;CONSIDERANDO que o princípio da transformação social, consagrado no art. 3º da CR/1988, integra a própria concepção de EstadoDemocrático de Direito e, por isso, deve orientar as instituições de acesso à Justiça, principalmente no plano da proteção e da efetivação dos

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direitos e das garantias constitucionais fundamentais;CONSIDERANDO que o artigo 196 da Constituição Federal expressa que "a saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediantepolíticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações eserviços para sua promoção, proteção e recuperação";CONSIDERANDO que o artigo 197, também da Constituição Federal estabelece que "são de relevância pública as ações e serviços de saúde,cabendo ao Poder Público dispor, nos termos da lei, sobre a sua regulamentação, fiscalização e controle, devendo sua execução ser feitadiretamente ou através de terceiros e, também, por pessoa física ou jurídica de direito privado";CONSIDERANDO que a Lei Nº 8080/90, em seu artigo 2º, preconiza que "a saúde é um direito fundamental do ser humano, devendo o Estadoprover as condições indispensáveis ao seu pleno exercício";CONSIDERANDO que o artigo 7º, inciso II, da Lei Nº 8080/90, estabelece como diretriz do SUS a "integralidade de assistência, entendida comoconjunto articulado e contínuo das ações e serviços preventivos e curativos, individuais e coletivos, exigidos para cada caso em todos os níveisde complexidade do sistema";CONSIDERANDO que o Hospital Getúlio Vargas é o único hospital do Estado habilitado para realizar procedimentos de alta complexidade emvárias especialidades médicas;CONSIDERANDO o Procedimento Preparatório Nº 100/2019, instaurado no âmbito da 12ª Promotoria de Justiça, a fim de apurar possíveisirregularidades na suspensão do atendimento de fisioterapia neuro funcional do Hospital Getúlio Vargas;CONSIDERANDO o Relatório de Fiscalização realizado pelo Conselho Regional de Fisioterapia nas enfermarias do Hospital Getúlio Vargas queconstatou diversas irregularidades;CONSIDERANDO que foram expedidos os Ofícios 12ª PJ Nº 537/2020 e 538/2020, respectivamente ao diretor-geral do HGV e ao presidente daFundação Estatal Piauiense de Serviços Hospitalares - FEPISERH, requisitando manifestação e providências; contudo, até a presente data, nãoconsta quaisquer respostas ao solicitado;CONSIDERANDO que foi expedido o Ofício 12ª PJ Nº 541/2020 à Diretora da Diretoria de Regulação, Controle, Avaliação e Auditoria daFundação Municipal de Saúde - FMS, requisitando informações e documentos; contudo, até a presente data, não consta resposta ao referidoexpediente;CONSIDERANDO o vencimento do prazo para a conclusão do Procedimento Preparatório nº 100/2019 e que é necessária a continuidade daatuação da 12ª Promotoria de Justiça no caso em tela;CONSIDERANDO que o Inquérito Civil Público, instituído pelo art. 8º, §1º, da Lei nº 7.347/85, é o instrumento adequado para a coleta deelementos probatórios destinados à instrução de eventual ação civil pública ou celebração de compromisso de ajustamento de conduta;RESOLVEConverter o Procedimento Preparatório em Inquérito Civil Público Nº 100/2019, a fim de apurar possíveis irregularidades na suspensão doatendimento de fisioterapia neuro funcional do Hospital Getúlio Vargas, e determinando, desde logo, as seguintes diligências:1 - Publicar a presente Portaria na imprensa oficial (Diário da Justiça do Estado do Piauí);2 - Nomear a Sra. Brenda Virna de Carvalho Passos, Analista Ministerial, para secretariar este inquérito civil;3 - Reitere-se os termos dos Ofícios 12ª PJ Nº 537/2020, 538/2020 e 541/2020, expedidos, respectivamente, ao diretor-geral do HGV, aopresidente da FEPISERH e à diretora da DRCAA;Arquive-se cópia da presente Portaria em pasta própria desta 12ª Promotoria de Justiça e comunique-se ao Centro de Apoio Operacional daSaúde e ao Conselho Superior do Ministério Público.Publique-se e Cumpra-se.Teresina, 28 de abril de 2020.ENY MARCOS VIEIRA PONTESPromotor de Justiça - 12ªPJPORTARIA 12ª PJ Nº 58/2020PROCEDIMENTO PREPARATÓRIO Nº 19/2020O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, através da 12ª Promotoria de Justiça de Teresina-PI, especializada na defesa da saúdepública, por seu representante signatário, no uso das atribuições constitucionais conferidas pelo artigo 129 da Constituição da República e,CONSIDERANDO que é função institucional do Ministério Público promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do patrimôniopúblico e social (art. 129, III, da CF/88);CONSIDERANDO que, nos termos do art. 37, I, da Lei Complementar Estadual nº 12/93 e do art. 3º da Resolução CNMP nº 23, de 17/09/2007, ainstauração e instrução dos procedimentos preparatórios e inquéritos civis é de responsabilidade dos órgãos de execução, cabendo ao membrodo Ministério Público investido da atribuição a propositura da ação civil pública respectiva;CONSIDERANDO que o artigo 196 da Constituição Federal expressa que "a saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediantepolíticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações eserviços para sua promoção, proteção e recuperação";CONSIDERANDO que a Lei Nº 8080/90, em seu artigo 2º, preconiza que "a saúde é um direito fundamental do ser humano, devendo o Estadoprover as condições indispensáveis ao seu pleno exercício";CONSIDERANDO que o inciso II, do artigo 7º, da Lei Federal nº 8080/90 prega a "integralidade de assistência, entendida como conjuntoarticulado e contínuo das ações e serviços preventivos e curativos, individuais e coletivos, exigidos para cada caso em todos os níveis decomplexidade do sistema";CONSIDERANDO que o Tratamento Fora do Domicílio consiste no custeio para tratamento de saúde, em outra localidade que não no municípiode residência, a ser prestado a qualquer cidadão residente no Estado do Piauí, quando esgotados todos os meios de tratamento na localidade deresidência do mesmo;CONSIDERANDO o vencimento do prazo da Notícia de Fato n° 72/2019 (000176-27/2019, a fim de apurar irregularidades na suspensão deacompanhamento do tratamento para Paraparesia Espática Hereditária pelo TFD, de que o paciente necessita;CONSIDERANDO que o ATO MPE- PI PGJ Nº 997/2020 instituiu, em caráter excepcional e temporário, o regime de teletrabalho, com asuspensão do expediente presencial no Ministério Público do Estado do Piauí, o que limita a análise dos autos aos documentos anexados aoSistema Integrado do Ministério Público (SIMP);CONSIDERANDO a ausência de juntada no Sistema Integrado do Ministério Público de resposta ao Ofício 12ª PJ Nº 348/2020 direcionado àCoordenação do Tratamento Fora do Domicílio-TFD/Piauí e, portanto, a necessidade de dar continuidade às diligências;CONSIDERANDO que o Inquérito Civil Público, instituído pelo art. 8º, §1º, da Lei nº 7.347/85, é o instrumento adequado para a coleta deelementos probatórios destinados à instrução de eventual ação civil pública ou celebração de compromisso de ajustamento de conduta;RESOLVEInstaurar o presente PROCEDIMENTO PREPARATÓRIO Nº 19/2020, na forma dos parágrafos 4º a 7º do artigo 2º da Resolução nº 23, de 17 desetembro de 2007, do CNMP, a fim de apurar possíveis irregularidades na suspensão do acesso de paciente ao Tratamento Fora doDomicílio- TFD, para tratamento de paraparesia espática hereditária, em Campinas- São Paulo, DETERMINANDO, desde já, as seguintesdiligências:1 - Reitere-se Ofício 12ª PJ Nº 348/2020 destinado à Coordenação do Tratamento Fora do Domicílio/ TFD/Piauí;2 - Publicar a presente Portaria na imprensa oficial (Diário do Ministério Público do Estado do Piauí);3 - Nomear a Sra. Brenda Virna de Carvalho Passos, Analista Ministerial, para secretariar este inquérito civil.

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5.11. PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE SÃO PEDRO DO PIAUÍ-PI11486

Arquive-se cópia da presente Portaria em pasta própria desta 12ª Promotoria de Justiça e comunique-se ao Centro de Apoio Operacional daSaúde e ao Conselho Superior do Ministério Público.Publique-se e Cumpra-se.Teresina, 28 de abril de 2020.ENY MARCOS VIEIRA PONTESPromotor de Justiça - 12ª PJPORTARIA 12ª PJ Nº 59/2020PROCEDIMENTO PREPARATÓRIO Nº 20/2020O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, através da 12ª Promotoria de Justiça de Teresina-PI, especializada na defesa da saúdepública, por seu representante signatário, no uso das atribuições constitucionais conferidas pelo artigo 129 da Constituição da República e,CONSIDERANDO que é função institucional do Ministério Público promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do patrimôniopúblico e social (art. 129, III, da CF/88);CONSIDERANDO que, nos termos do art. 37, I, da Lei Complementar Estadual nº 12/93 e do art. 3º da Resolução CNMP nº 23, de 17/09/2007, ainstauração e instrução dos procedimentos preparatórios e inquéritos civis é de responsabilidade dos órgãos de execução, cabendo ao membrodo Ministério Público investido da atribuição a propositura da ação civil pública respectiva;CONSIDERANDO que o artigo 196 da Constituição Federal expressa que "a saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediantepolíticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações eserviços para sua promoção, proteção e recuperação";CONSIDERANDO que a Lei Nº 8080/90, em seu artigo 2º, preconiza que "a saúde é um direito fundamental do ser humano, devendo o Estadoprover as condições indispensáveis ao seu pleno exercício";CONSIDERANDO que o inciso II, do artigo 7º, da Lei Federal nº 8080/90 prega a "integralidade de assistência, entendida como conjuntoarticulado e contínuo das ações e serviços preventivos e curativos, individuais e coletivos, exigidos para cada caso em todos os níveis decomplexidade do sistema";CONSIDERANDO que a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou, em 30 de janeiro de 2020, que o surto da doença causada pelo novocoronavírus (COVID-19) constitui uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional - o mais alto nível de alerta da Organização,conforme previsto no Regulamento Sanitário Internacional, e em 11 de março de 2020, a COVID-19 foi caracterizada pela OMS como umapandemia;CONSIDERANDO o Decreto Estadual Nº 18.913/2020 e o Decreto Municipal Nº 19.548/2020, os quais determinam medidas excepcionais,enquanto durar o estado de calamidade pública decorrente da pandemia do Coronavírus;CONSIDERANDO que foi registrada no âmbito da 12ª Promotoria de Justiça a Notícia de Fato Nº 09/2020 (SIMP 000025- 027/2020), a fim deviabilizar cirurgia de catarata para paciente idosa no Hospital Getúlio Vargas - HGV;CONSIDERANDO o ATO MPE- PI PGJ Nº 997/2020 foi instituído, em caráter excepcional e temporário, o regime de teletrabalho, com asuspensão do expediente presencial no Ministério Público do Estado do Piauí, o que limita a análise dos autos aos documentos anexadosao Sistema Integrado do Ministério Público (SIMP);CONSIDERANDO que não se verifica que foram acostados aos referidos autos expediente em resposta ao Ofício 12ª PJ Nº 451/2020, destinadoà direção do Hospital Getúlio Vargas;CONSIDERANDO a Recomendação expedida pelo Conselho Regional de Medicina do Piauí, expedida em 31 de março de 2020, orientando pelasuspensão de atendimento clínico ou cirúrgico eletivo, ressalvando às situações urgentes e emergentes;CONSIDERANDO o vencimento do prazo de tramitação da Notícia de Fato supra e da necessidade de dar continuidade às diligências;CONSIDERANDO que o Inquérito Civil Público, instituído pelo art. 8º, §1º, da Lei nº 7.347/85, é o instrumento adequado para a coleta deelementos probatórios destinados à instrução de eventual ação civil pública ou celebração de compromisso de ajustamento de conduta;RESOLVEInstaurar o presente PROCEDIMENTO PREPARATÓRIO Nº 20/2020, na forma dos parágrafos 4º a 7º do artigo 2º da Resolução nº 23, de 17 desetembro de 2007, do CNMP, a fim de viabilizar cirurgia de catarata para paciente idosa no Hospital Getúlio Vargas - HGV,DETERMINANDO, as seguintes diligências:1 - Quando do retorno das cirurgias eletivas no Hospital Getúlio Vargas, reitere-se Ofício 12ª PJ Nº 451/2020 destinado à Direção Geral dohospital;2 - Publicar a presente Portaria na imprensa oficial (Diário do Ministério Público do Estado do Piauí);3 - Nomear a Sra. Brenda Virna de Carvalho Passos, Analista Ministerial, para secretariar este inquérito civil.Arquive-se cópia da presente Portaria em pasta própria desta 12ª Promotoria de Justiça e comunique-se ao Centro de Apoio Operacional daSaúde e ao Conselho Superior do Ministério Público.Publique-se e Cumpra-se.Teresina, 28 de abril de 2020.ENY MARCOS VIEIRA PONTESPromotor de Justiça - 12ª PJ

RECOMENDAÇÃO ADMINISTRATIVA nº 54/2020Processo Administrativo nº 05/2020O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, por seu Promotor de Justiça adiante assinado, no exercício de suas funções legais, econstitucionais, com fundamento no artigo 129, inc. III, da Constituição Federal; art. 27, parágrafo único, inciso IV, da Lei nº 8.625, de 12.02.93(Lei Orgânica Nacional do Ministério Público) e art. 38, parágrafo único, inciso IV, da Lei Complementar n° 12, de 18.12.93 (Lei OrgânicaEstadual);CONSIDERANDO que incumbe ao Ministério Público a defesa do consumidor nos termos dos artigos 127, caput, e 129, inciso III, da Constituiçãoda República; artigo 25, inciso IV, alínea "a", da Lei n.º 8.625/93; e artigo 46, inciso VI, "b", da Lei Complementar Estadual n.º 25/96;CONSIDERANDO que é atribuição desta instituição expedir recomendações visando a garantir a ordem jurídica, o regime democrático e osinteresses sociais e individuais indisponíveis, fixando prazo razoável para a adoção de providências cabíveis, requisitando a sua divulgaçãoadequada e imediata, bem como a resposta por escrito e devidamente fundamentada;CONSIDERANDO as orientações expedidas pela Organização Mundial da Saúde quanto ao COVID-19, entre as quais estão destacadas adeclaração de pandemia e medidas essenciais relativas à prevenção;CONSIDERANDO que a disseminação global do COVID-19 tem gerado desabastecimento e insegurança da população sobre a disponibilidadede produtos de higiene, limpeza e alimentícios, bem como à elevação dos preços;CONSIDERANDO que conforme a previsão do art. 174, § 4º, da Constituição da República, "A lei reprimirá o abuso do poder econômico que viseà dominação dos mercados, à eliminação da concorrência e ao aumento arbitrário dos lucros";CONSIDERANDO que a elevação de preços de produtos e serviços, sem justa causa, ou abusando da urgente necessidade dos consumidores,enquanto durar o período de pandemia do Novo Coronavírus (Covid-19), é prática abusiva, vedada pelo Código de Defesa do Consumidor (art.39, inc. IX);

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6. CAO DE COMBATE À CORRUPÇÃO E DEFESA DO PATRIMÔNIO PÚBLICO []

6.1. NOTA TÉCNICA - CACOP11476

CONSIDERANDO que tais atos abusivos caracterizam infrações ao Código de Defesa do Consumidor, podendo o fornecedor incorrer, conformeo caso, nas mais diversas sanções administrativas, sem prejuízo de outras de natureza civil, penal e definidas em normas específicas, a saber: I -multa; II - apreensão do produto; III - inutilização do produto; IV - suspensão do fornecimento de produtos ou serviços; V - suspensão temporáriada atividades; VI - revogação da concessão ou permissão de uso; VII - cassação da licença do estabelecimento ou de atividades; VIII - interdição,total ou parcial, de estabelecimento, de obra ou de atividades; IX - intervenção administrativa;CONSIDERANDO que o aumento arbitrário de lucro e a imposição de preços excessivos são, independentemente de culpa, infrações à ordemeconômica, previstas no artigo 36, inciso III, da Lei n. 12.529/2011, sendo punidas as empresas autuadas com multa de 0,1% (zero virgula um porcento) a 20% (vinte por cento) do valor de seu faturamento bruto no último exercício anterior à instauração do procedimento administrativo, e osrespectivos administradores, responsáveis direta ou indiretamente pela infração, multa de 1% (um por cento) a 20% (vinte por cento) do valor damulta aplicada à empresa, penalidades essas que, em caso de reincidência, são aplicadas em dobro;CONSIDERANDO que a elevação de preço de produtos e serviços pelo fornecedor, abusando da premente necessidade do consumidor,enquanto durar o período da pandemia do Novo Coronavírus (Covid-19), em percentual superior ao preço de compra constitui, em tese, crimecontra a economia popular, punido com pena de detenção de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa (Lei n.º 1.521/51);RESOLVE:RECOMENDAR aos estabelecimentos de comércio varejista e atacadista de produtos alimentícios, de limpeza e higiene pessoal que, enquantoperdurar a situação de pandemia do Covid-19 (Novo Coronavírus), especificamente:Comercial VAGUIM, Rua Osvaldo Cruz, Bairro Mutirão;Comercial PEDRÃO, Rua Alto Alegre, Bairro Mutirão;Comercial PEZÃO, ao lado da Praça do Bairro Mutirão;Comercial JAQUIM, Rua Alto Alegre, Bairro Mutirão;Comercial CARLA, Avenida Presidente Varga;Comercial JOAQUIM, Centro, Avenida Presidente Varga;Comercial RAYFRAN, Centro, Avenida Presidente Varga;Mercantil ARAÚJO, Centro, Avenida Presidente Varga;Mercadinho LÁZARO, Centro, Avenida Presidente Varga;Comercial RAELINE, Centro, Avenida Presidente Varga;Mercearia o VERNEC, Centro, Avenida Presidente Varga;Mercadinho SANTA ROSA, Centro, Avenida Presidente Vargas.1) Cessem imediatamente a majoração do preço, sem justa causa, dos produtos alimentícios, de limpeza e de higiene pessoal;2) Estabeleçam estratégias que visem à racionalização das vendas de produtos alimentícios, de limpeza e de higiene pessoal para evitar odesabastecimento ou demora na reposição dos itens faltantes;3) Caso haja necessidade de limitação quantitativa ou qualitativa de produtos alimentícios, de limpeza e de higiene pessoal por consumidor, ainformação deve ser divulgada de forma ampla e compreensível;4) Comuniquem imediatamente ao Ministério Público, pelo e-mail [email protected] toda e qualquer notícia de majoração de preços, semjusta causa, dos produtos alimentícios, de limpeza e de higiene pessoal, devendo a denúncia conter a identificação do estabelecimento, com datae hora da possível oferta com sobrepreço incluindo, se possível, fotografias ou vídeos.Comunique-se COM URGÊNCIA a todos estes comerciantes, via "whatsapp", a fim de que tomem conhecimento dessa Recomendação.A partir da data da entrega desta Recomendação, o Ministério Público considera seus destinatários como pessoalmente cientes da situação oraexposta e nesses termos, passíveis de responsabilização por quaisquer eventos futuros que lhes forem imputáveis.Além disso, a presente Recomendação não esgota a atuação do Ministério Público sobre o tema, não excluindo futura responsabilização civil,administrativa ou criminal, bem como outras Recomendações sobre o tema.Tendo em vista a pluralidade dos envolvidos, a presente Recomendação terá efeitos imediatos a partir de sua publicação no Diário Oficial doMinistério Público do Estado do Piauí (DOMP/PI).Encaminhe-se cópia da presente Recomendação à Prefeitura Municipal de São Pedro do Piauí, a fim de que seja dada ampla divulgação em seusite oficial.Encaminhe-se cópia da presente Recomendação aos veículos de comunicação do Município, qual seja, rádio "Progresso FM".Envie-se cópia da presente Recomendação ao Centro de Apoio Operacional do Consumidor.Registre-se no SIMP.Notifique-se.Publique-se no DOMP/PI.São Pedro do Piauí(PI), 29 de abril de 2020.NIELSEN SILVA MENDES LIMAPromotor de Justiça

NOTA TÉCNICA N. 02/2020 - CACOP/MPPII - INTRODUÇÃOExmos. Promotores de Justiça do Estado do Piauí,Atualmente, o mundo está vivenciando um cenário preocupante relacionado aos efeitos devastadores do novo coronavírus. Diante disso, em 30de janeiro de 2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que o surto do novo coronavírus (COVID-19) constituía Emergência deSaúde Pública de Importância Internacional (ESPIIN), e, em dia 11 de março, elevou o estado da contaminação para pandemia, com aidentificação de mais de 115 (cento e quinze) países com casos declarados de infecção.Mais recentemente, o Brasil passou a sofrer com os males dessa pandemia, com reflexos na vida da população, face às medidas de isolamentosocial e de quarentena determinadas por autoridades públicas, tidas pelos órgãos técnicos de vigilância sanitária e saúde como recomendaçõesessenciais para evitar a disseminação da doença.Em âmbito nacional editou-se a Lei Federal nº 13.979, de 06 de fevereiro de 2020, sobre as medidas para enfrentamento da emergência desaúde pública de importância internacional (ESPIIN) decorrente do coronavírus responsável pelo surto de 2019, com alterações posteriores viaMedidas Provisórias, bem como regulamentações a nível nacional com Decreto Federal nº 10.282, de 20 de março de 2020, para definir osserviços públicos e as atividades essenciais e Decreto Federal nº 10.288, de 22 de março de 2020, que define atividades e os serviçosrelacionados à imprensa como essenciais.Em decorrência da situação, vários entes federados, dentre os quais o Governo do Estado do Piauí, adotou providências que, em conjunto com aPortaria Ministério da Saúde n° 356/2020, buscaram mitigar os efeitos dessa crise sanitária e de saúde pública.Cita-se, nesse contexto, o Decreto estadual nº 18.884, de 16 de março de 2020, que, dentre as medidas regulamentadas para enfrentamentoda situação de ESPIIN (Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional) decorrente do novo coronavírus, suspendeu atividades

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coletivas ou eventos realizados pelos órgãos ou entidades da administração pública estadual direta e indireta que implicassem emaglomeração de pessoas.Destaca-se também o Decreto estadual nº 18.901, de 19 de março de 2020, que determinou algumas ações excepcionais voltadas para oenfrentamento da grave crise de saúde pública decorrente da COVID-19, dentre as quais a suspensão de todas as atividades em bares,restaurantes, cinemas, clubes, academias, casas de espetáculo e clínicas de estética; das atividades de saúde odontológica, públicas e privadas,exceto aquelas relacionadas aos atendimentos de urgência e emergência; de eventos esportivos; e das atividades comerciais em shoppingcenters.Em complementação o Decreto estadual n° 18.902, de 23 de março de 2020, estabeleceu medidas no sentido de suspender as atividadescomerciais e de prestação de serviços no âmbito do Estado do Piauí, ressalvando apenas algumas atividades de caráter essencial, tudo com oobjetivo primordial de evitar a aglomeração de pessoas nos espaços públicos, bem como determinação às pessoas que ingressassem noEstado por via rodoviária, aeroportuários ou marítimos, a observância de quarentena mínima de 07 (sete) dias, medidas que devem permanecerem vigor até 30 de abril de 2020, por força do Decreto estadual nº 18.913, de 30 de março de 2020.Por fim, até a presente data, o Decreto estadual 18.913, de 30 de março de 2020, prorrogou até o dia 30 de abril de 2020 as medidaselencadas nos Decretos estaduais 18.901 e 18.902, bem como suspendeu as aulas nas redes públicas estadual, municipais e privadas deensino, bem como nas instituições de ensino superior, públicas ou privadas, com exceção de atividades realizadas com uso de plataformaseletrônicas, que dispense atividade presencial.Tais normas foram complementadas pela Prefeitura Municipal de Teresina/PI, que por meio dos decretos municipais (Decretos municipais nº19.540/20 e nº 19.548/20) corroboraram a suspensão do funcionamento de todos os estabelecimentos comerciais, de serviços e industriais noâmbito local, excepcionando apenas aqueles relacionados às atividades essenciais.Vale destacar que em virtude da gravidade dessa situação enfrentada, o Governo do Estado do Piauí editou norma decretando estado decalamidade pública para os fins do art. 65 da Lei de Responsabilidade Fiscal (Decreto estadual nº 18.895, de 19 de março de 2020), que foidevidamente reconhecido pela Assembleia Legislativa do Estado do Piauí pela edição do Decreto Legislativo nº 565, de 23 de março de 2020.Assim, o Centro de Apoio Operacional de Combate à Corrupção e de Defesa do Patrimônio Público (CACOP), a fim de orientar os Exmos.Promotores de Justiça, sem caráter vinculativo, e respeitando a independência funcional dos membros do Ministério Público do Piauí (MPPI),emite a presente Nota Técnica, com espeque nos fundamentos de direito a seguir:II - FUNDAMENTAÇÃONa contramão da decisão das autoridades públicas piauienses de adotar medidas para conter a disseminação da pandemia do novo coronavírus(COVID-19), dentre as quais prepondera recomendação de isolamento social para evitar aglomerações de pessoas em espaços fechados epúblicos, observou-se que alguns órgãos vinculados à administração pública estadual e municipal decidiram manter a realização de sessõespúblicas presenciais de licitações relacionadas à contratação de objetos que não dizem respeito ao enfrentamento da emergência desaúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus.A conduta de manter as sessões públicas presenciais de licitações em locais fechados, tidas por "não essenciais", além de ir contra asrecomendações acima, pode gerar graves prejuízos à competitividade e à isonomia, tendo em vista que diversos licitantes tiveram suasatividades suspensas no Piauí a partir de 23.03.2020, situação que prejudica a participação de prepostos de potenciais licitantes nas referidassessões ou até mesmo a formulação das propostas.Ademais, em razão de diversos órgãos estaduais e municipais reduzirem o quadro de servidores e/ou limitarem o acesso público as suasdependências, os licitantes poderão ter dificuldades na obtenção de certidões necessárias para participação nos certames ou, ainda, vercomprometida a comprovação de habilitação técnica mediante a apresentação de atestados de qualificação técnica.Por outro lado, tem-se que diversos potenciais interessados poderão abster-se de participar das sessões de procedimentos licitatórios presenciaiscom receio de se contaminar ou transmitir o vírus, havendo, inclusive, risco aos servidores que compõem as Comissões de Licitações ou ocupamcargos de Pregoeiro ou equipe de apoio a este, que ficam expostos e nem sempre recebem adequados EPIs (equipamentos de proteçãoindividual) para a continuidade dos trabalhos.Com isso, tem-se que o ônus de não participar da licitação não é de qualquer eventual concorrente, sobretudo considerando-se que se abster departicipar de eventos que impliquem aglomeração é uma conduta de cooperação pública e um dever de cidadania.No mesmo sentido foi a orientação do Tribunal de Contas do Estado do Paraná aos gestores do estado para enfrentar os efeitos da COVID-19,em notícia publicada na página eletrônica da instituição no dia 22/04/2020 (https://www1.tce.pr.gov.br/noticias/tce-orienta-gestores-do-parana-sobre-licitacoes-para-enfrentar-efeitos-da-covid-19/7823/N):Devido à inédita crise sanitária e econômica gerada pela pandemia mundial do coronavírus (Covid-19), o Tribunal de Contas orienta os gestoresmunicipais e estaduais do Paraná em relação aos procedimentos licitatórios destinados à compra de insumos e contratação de serviços paraenfrentar a situação de calamidade pública imposta pela doença e às aquisições rotineiras da administração pública.Essas recomendações estão resumidas na palestra online Medidas Municipais para a Contenção da Covid-19, disponível no portal da Escola deGestão Pública do Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TCE-PR). Com uma hora e dez minutos de duração, a capacitação gratuita orientagestores e servidores das 399 prefeituras paranaenses sobre o regime jurídico diferenciado adotado para o enfrentamento à pandemia na esferamunicipal."Temos consciência que a situação é grave, porém passageira", afirma o presidente do TCE-PR, conselheiro Nestor Baptista. "Não se espera queuma solução dada ao momento crítico, que certamente passará, resulte em desperdício de recursos públicos, o que prolongaria a crise por temposuperior ao necessário".O presidente pede que as medidas adotadas pelos municípios paranaenses para o enfrentamento da crise, com a aplicação da legislação federalcriada excepcionalmente para este momento, sejam planejadas, refletidas e proporcionais. "Sem desconsiderar que os processos de comprapoderão seguir condições especiais, devido ao fato de que a calamidade traz consigo o aumento das necessidades públicas, sendo parte delasde atendimento emergencial", pondera Nestor Baptista.Pregão eletrônicoA Lei Federal nº 13.979/2020, do último dia 6 de fevereiro, alterada em 20 de março pela Medida Provisória nº 926, permitiu, de forma tácita, arealização de pregões presenciais com procedimentos abreviados, desde que a licitação se destine "à aquisição de bens, serviços - inclusive deengenharia - e insumos destinados ao enfrentamento da emergência de saúde pública".Entretanto, a realização de pregão presencial enfrenta, neste momento, alguns percalços, conforme apontam relatos que chegam aoTCE-PR, especialmente por meio da Ouvidoria do órgão. Além de contrariar as recomendações médicas de evitar aglomerações parareduzir a possiblidade de contágio pela Covid-19, praticamente todos os municípios do Paraná impuseram restrições de acesso ecirculação, causando limitações a serviços de transporte, hotelaria e alimentação. Essas circunstâncias dificultam a participação, nospregões presenciais, de licitantes sediados em outras regiões, comprometendo a competitividade do certame.Já está sedimentado na administração pública brasileira o entendimento de que deve ser dada preferência ao pregão eletrônico, em vez dopresencial, para a aquisição de bens e serviços comuns. A modalidade é a mais indicada para assegurar, além da ampla competitividade, aredução de custos aos participantes, a impessoalidade, a transparência e a segurança dos certames.Entre outras normativas, a orientação de preferência ao pregão eletrônico está contida no Decreto Federal nº 10.024/19, que impôs essamodalidade às contratações decorrentes de transferências voluntárias da União; e o Acórdão nº 2605/18, do Tribunal Pleno, por meio do qual oTCE-PR consolidou o entendimento de que os gestores paranaenses devem adotar o pregão eletrônico para a aquisição de bens e serviçoscomuns. Proferida em processo de Consulta, a decisão tem força normativa.Momento de adaptação

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7. LICITAÇÕES E CONTRATOS []

7.1. EXTRATO DO TERMO ADITIVO Nº 08 AO CONTRATO 07/201311468

8. OUTROS []

8.1. GRUPO REGIONAL DE PROMOTORIAS INTEGRADAS NO ACOMPANHAMENTO DO COVID-19 DE

TERESINA – PIRIPIRI-PI11470

"Sabemos que grande parte dos municípios e dos fornecedores ainda não adotou as medidas necessárias para se adaptar ao pregão eletrônico.Todavia, a situação calamitosa atual, a universalidade do acesso à internet e o advento do Decreto Federal 10.024/19 sinalizam que se trata deuma ideia cujo tempo chegou", afirma o coordenador-geral de Fiscalização do TCE-PR, Rafael Ayres.Segundo ele, o Tribunal estará atento aos processos licitatórios que se utilizem da legislação excepcional para promover contrataçõesrelacionadas à situação de calamidade. A fiscalização do órgão de controle externo também ficará atenta a licitações que, de forma nãojustificada, promovam episodicamente a restrição da competitividade em certames que poderiam ser adiados ou realizados de forma distinta."O atual momento impõe que o gestor assuma o protagonismo do Poder Executivo com altivez, para adotar as medidas necessárias, efetivas epossíveis", conclui o presidente, conselheiro Nestor Baptista.Sendo assim, é inaceitável por parte do gestor a conduta de manter e fomentar atividades que impliquem possíveis aglomerações no períodocompreendido entre 23.03.2020 e 30.04.2020 (data de reconhecimento da ESPIIN no estado do Piauí e termo limite até então para as restriçõesdecorrentes), ou enquanto perdurar tal determinação, uma vez que tal atitude não observa as medidas preventivas dispostas pelos órgãossanitários e de saúde pública mundial, nacional, estadual e locais.III - CONCLUSÃOPortanto, diante do exposto, este CAO sugere a atuação das Promotorias de Justiça de Defesa do Patrimônio Público do Piauí, nos termosseguintes:Como medida de prudência, pelo risco de lesão aos princípios regentes da condução dos procedimentos licitatórios, expedição deRECOMENDAÇÃO para os gestores públicos para SUSPENDER as sessões de licitações públicas presenciais agendadas para o períodocompreendido entre 23.03.2020 a 30.04.2020, ou que ainda estão por vir, até enquanto perdurar as medidas das autoridades públicas de que seevite a aglomerações de pessoas em ambientes fechados, bem como da suspensão das atividades dos setores relacionado aos objetos licitados;RECOMENDAR aos Gestores Públicos que DECLAREM NULAS as sessões públicas de procedimento licitatório que tenham sido realizadas emperíodo no qual havia determinações das autoridades públicas para evitar aglomerações e até deslocamentos em razão da pandemia causadapela COVID-19, violando-se a competitividade e a isonomia entre os licitantes, ABSTENDO-SE de homologar ou adjudicar as referidas licitações.DETERMINO à secretaria do CACOP:Dê-se ampla publicidade à presente Nota Técnica, via e-mail e DOM/PI, aos membros e servidores do MPPI;Encaminhe cópia da presente Nota Técnica à Exma. Procuradora-Geral de Justiça do Piauí e ao Exmo. Corregedor-Geral, do MPPI, paraconhecimento;É a nota técnica.Teresina, 27 de abril de 2020.SINOBILINO PINHEIRO DA SILVA JÚNIORPromotor de JustiçaCoordenador do CACOP

a) Espécie: Termo Aditivo nº 08 ao Contrato nº 07/2013, firmado em 29 de abril de 2020, entre a Procuradoria Geral de Justiça dos Estado doPiauí - CNPJ: 05.805.924/0001-89 e o Sr. Caumy Amorim Sampaio - CPF: 305.442.463-49.b) Processo Administrativo: nº 19445/2012;c) Objeto: O presente termo aditivo visa à prorrogação do prazo de vigência do contrato por mais 12 (doze) meses, cujo objeto é a locação doimóvel situado na Praça Diógenes Rebelo, nº 338, Centro, Esperantina - PI;c) Fundamento Legal: Art. 62,§ 3º da Lei nº 8.666/93,c/c os artigos 45 e 51 da Lei nº 8.245/1991;d) Cobertura Orçamentária: Natureza da despesa: (3.3.90.36), atividade: 2000; unidade orçamentária: 25101; fonte de recursos: 00, Empenho:2020NE000404;e) Assinatura: Firmado em 29 de abril de 2020;f) Vigência : O presente termo aditivo terá vigência de 12 (doze) meses, a contar de 29/04/2020 ;g) VALOR: O valor pago pela locação do imóvel será de R$ 1.365,30 (um mil, trezentos e sessenta e cinco reais e trinta centavos) mensais,totalizando o valor de R$ 16.383,60 (dezesseis mil, trezentos e oitenta e três reais e sessenta centavos).

PORTARIA Nº 03/2020 - GRPJI/PIRIPIRI-PIEMENTA - Instaura Procedimento Adminis- trativo, com o objetivo de acompanhar e fo- mentar a atuação dos membros no eixo "Pa- trimônioPúblico: acompanhamento, junta- mente com instituições de controle, da apli- cação dos recursos, e observância à legisla- ção deDireito Público e Eleitoral", no âmbito do Grupo Regional de Promotorias Integradas no Acompanhamento da COVID-19 - PIRIPI RI-PI. (Art. 5º,inciso III, da Resolução CPJ nº 02/2020).O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE PIAUÍ, por meio do GrupoRegional de Promotorias Integradas no Acompanhamento da COVID-19 - Piripiri-PI, no exercício de suas atribuições, com esteio nos art.127, caput, e art. 129 da Constituição Federal de 1988; na Resolução CNMP nº 174/2017; nos art. 36 e art. 37 da Lei Complementar Estadual nº12/1993; na Resolução CPJ/PI nº 02/2020 e PORTARIA PGJ/PI Nº 928/2020;CONSIDERANDO que a Resolução CNMP nº 174, de 04 de julho de 2017, autorizou a instauração de Procedimento Administrativo, paraacompanhar e fiscalizar, de forma continuada, políticas públicas ou instituições;CONSIDERANDO a Resolução CPJ/PI nº 02, de 07 de abril de 2020 a qual dispõe sobre a criação de Grupos Regionais de PromotoriasIntegradas no acompanhamento da COVID-19, no âmbito do Ministério Público do Estado do Piauí;CONSIDERANDO o art. 2º, inciso III da resolução supracitada, o qual estabelece o Município de Piripiri-PI como sede e órgão de execuçãocom atuação regionalizada e especializada e, ainda, em seu parágrafo único adverte que: "A atuação dos Grupos abrangerá as Promotoriasde Justiça indicadas no Anexo Único desta Resolução, preservada a independência funcional de cada Promotor de Justiça para atuarindividualmente."CONSIDERANDO o Anexo Único da resolução em pauta, que estabelece os municípios sujeitos à jurisdição do Grupo Regional de PromotoriasIntegradas de Piripiri-PI, quais sejam: Barras, Batalha, Boa Hora, Boqueirão do Piauí, Brasileira, Cabeceiras do Piauí, Campo Largo doPiauí, Capitão de Campos, Cocal de Telha, Domingos Mourão, Esperantina, Joaquim Pires, Joca Marques, Lagoa de São Francisco,Luzilândia, Madeiro, Matias Olímpio, Mílton Brandão, Morro do Chapéu do Piauí, Nossa Senhora dos Remédios, Pedro II, Piracuruca,Piripiri, Porto, São João da Fronteira, São João do Arraial e São José do Divino;

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CONSIDERANDO que o art. 5º da resolução anteriormente mencionada apresenta 05 (cinco) eixos temáticos para que os membros, de formaintegrada, prioritariamente preventiva e orientativa, auxiliados pelos Centros de Apoio Operacional, atuem;CONSIDERANDO que o inciso III do artigo supracitado traz como um dos eixos temáticos o Patrimônio Público: acompanhamento,juntamente com instituições de controle, da aplicação dos recursos, e observância à legislação de Direito Público e Eleitoral;CONSIDERANDO que o Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa daordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis (CF, art. 127);CONSIDERANDO a Portaria nº 356, de 11 de março de 2020, do Ministro de Estado da Saúde, que dispõe sobre a regulamentação eoperacionalização do disposto na Lei nº 13.979, de 06 de fevereiro de 2020, que estabelece as medidas para enfrentamento da emer- gência desaúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus (COVID-19);CONSIDERANDO as determinações do Decreto Estadual nº 18.902, de 23 de março de 2020;CONSIDERANDO a alta escalabilidade viral da COVID-19, exigente de infraes- trutura hospitalar (pública ou privada) adequada, com leitossuficientes e composta com apa- relhos respiradores em quantidade superior à população em eventual contágio, o que está fora da realidade dequalquer centro médico deste Estado;CONSIDERANDO a necessidade de manutenção dos serviços do Ministério Pú- blico do Estado do Piauí com adoção de protocolo apto a reduzira probabilidade de transmis- são do coronavírus causador da COVID-19;CONSIDERANDO que, em 30.01.2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que o surto da doença causada pelo Coronavírus(COVID-19) constitui Emergência de Saúde Pública de importância Internacional (ESPII);CONSIDERANDO que a ESPII é considerada, nos termos do Regulamento Sanitário Internacional (RSI), "um evento extraordinário que podeconstituir um risco de saúde pública para outros países devido à disseminação internacional de doenças; e potencialmente requer uma respostainternacional coordenada e imediata";CONSIDERANDO que o Ministério da Saúde, em 30/01/2020, através daPortaria GM/MS nº 188/2020, declarou "emergência em saúde pública de importância nacional", em decorrência da infecção humana peloCoronavírus, haja vista que a situação atual demanda o emprego urgente de medidas de prevenção, controle e contenção de riscos, danos eagravos à saúde pública;CONSIDERANDO que, em 11/03/2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou pandemia para o Coronavírus, ou seja, momento emque uma doença se espalha por diversos continentes com transmissão sustentada entre humanos;CONSIDERANDO que a classificação da situação mundial do novo coronavírus (COVID-19, SARSCoV-2) como pandemia significa o riscopotencial da doença infecciosa atingir a população mundial de forma simultânea, não se limitando a locais que já tenham sido identificadas comode transmissão interna;CONSIDERANDO que o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), por meio da Comissão da Saúde, emitiu a Nota TécnicaConjunta nº 01/2020 - CES/CNMP/1ª CCR, contendo subsídios para a atuação coordenada do Ministério Público voltada ao enfrentamento doCOVID-19;CONSIDERANDO que, em se tratando de desastres, a emergência e calamidade pública devem ser declaradas mediante decreto do chefe doExecutivo, segundo o art. 65, caput, da Lei nº 101 de 04 de março de 2000, Lei de responsabilidade Fiscal;CONSIDERANDO o Decreto nº 18.885, de 19 de março de 2020, que deflagra a situação de calamidade pública no Estado do Piauí;CONSIDERANDO que além do Estado do Piauí, diversos municípios estão - ou estarão - expedindo decretos locais de emergência e calamidadepública em virtude da pandemia do COVID-19, e que sob esta condição poderão realizar compras emergenciais de produtos e utensílios desaúde com dispensa de licitação;CONSIDERANDO ser o Ministério Público órgão agente da fiscalização da gestão pública de saúde, assim definido na Seção IV, Capítulo IV, daLei Complementar Federal nº 141, de 13 de janeiro de 2012;CONSIDERANDO que para a contratação de bens, obras ou serviços pela Administração Pública vige o princípio da obrigatoriedade doprocedimento licitatório, conforme exigência da Constituição Federal (art. 37, XI) e Lei 8.666/93, como medida de legalidade, impessoalidade,isonomia, eficiência e moralidade;CONSIDERANDO que o Decreto Nº 7.257/10, que dispõe sobre o Sistema Nacional de Defesa Civil - SINDEC, estabelece os conceitos deemergência e de calamidade pública, nos exatos termos adiante expostos:Art. 2° Para os efeitos deste Decreto considera-se:- desastre: resultado de eventos adversos, naturais ou provocados pelo homem sobre um ecossistema vulnerável, causando danos humanos,materiais ou ambientais e consequentes prejuízos econômicos e sociais;- situação de emergência: situação anormal, provocada por desastres, causando danos e prejuízos que impliquem o comprometimento parcial dacapacidade de resposta do poder público do ente atingido;- estado de calamidade pública: situação anormal, provocada por desastres, causando danos e prejuízos que impliquem o comprometimentosubstancial da capacidade de resposta do poder público do ente atingido.CONSIDERANDO que dentre as medidas emergenciais adotadas pela Lei nº 13.979/2020, pode-se dar destaque à criação de nova hipótese dedispensa de licitação para aquisição de bens, serviços, inclusive de engenharia, e insumos destinados ao enfrentamento da emergência de saúdepública de importância internacional decorrente do coronavírus, sendo consideradas presumidas: a) a ocorrência de situação de emergência; b) anecessidade de pronto atendimento da situação de emergência; c) a existência de risco a segurança de pessoas, obras, prestação de serviços,equipamentos e outros bens, públicos ou particulares; ea limitação da contratação à parcela necessária ao atendimento da situação de emergência;CONSIDERANDO que no seu art. 4º, referida legislação, aplicável a todos os entes políticos (União, Estados, Municípios e Distrito Federal), éexpressa ao prever que a dispensa de licitação baseada na emergência em razão do COVID-19 é temporária e deve ser aplicada apenasenquanto perdurar a emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus COVID-19;CONSIDERANDO que dentre os requisitos legais exigidos, a nova legislação prevê a disponibilização, em sítio eletrônico específico, de todas ascontratações ou aquisições realizadas, verbis:"Art. 4º - (...)§2º - Todas as contratações ou aquisições realizadas com fulcro nesta Lei serão imediatamente disponibilizadas em sítio oficial específico narede mundial de computadores (internet), contendo, no que couber, além das informações previstas no § 3º do art. 8º da Lei no 12.527, de 18 denovembro de 2011, o nome do contratado, o número de sua inscrição na Receita Federal do Brasil, o prazo contratual, o valor e o respectivoprocesso de contratação ou aquisição"CONSIDERANDO que no âmbito federal, o Ministério da Saúde criou em seu sítio eletrônico (https://saude.gov.br/) um link de acesso rápido atodas as contratações e aquisições realizadas na prevenção e combate ao coronavírus COVID-19;CONSIDERANDO que a Nota Técnica 01/2020 do TCE/PI afirma que em razão da necessidade de enfrentamento da emergência de saúdepública de importância internacional decorrente do coronavírus, o legislador ordinário trouxe ao ordenamento jurídico pátrio nova hipótesetemporária de contratação direta, prevista no art. 4º da Lei n.º 13.979/2020. Além disso, foram inseridos posteriormente nessa lei, por meio demedidas provisórias, dispositivos específicos aplicáveis tanto ao procedimento de justificação da nova hipótese de dispensa de licitação quantoaos processos licitatórios voltados ao desiderato de enfrentar a situação emergencial;CONSIDERANDO que a Nota Técnica 01/2020 do TCE/PI afirma, em seu item 5.4, que o objeto da contratação direta em questão deve estaradstrito à aquisição de bens, serviços, inclusive de engenharia, e insumos destinados especificamente ao enfrentamento daemergência de saúde pública decorrente do coronavírus (Lei n.º 13.979/2020, art. 4º, caput, c/c Lei n.º 8.666/1993, art. 26, parágrafo único,

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I). Logo, deve haver nos autos a demonstração de que o contrato é adequado e necessário ao atendimento da situação emergencial (Lei n.º13.979/2020, art. 4º-E, § 1º, II e III);CONSIDERANDO que o artigo 4º da Lei 13.979/2020 dispensa a licitação para a aquisição de bens serviços e insumos de saúde destinados aenfrentamento da Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional e Nacional, decorrente do Coronavírus - Covid-19;CONSIDERANDO a Nota Técnica exarada pelo Gabinete de Acompanhamento e Prevenção ao COVID-19 deste Ministério Público, orientandoos gestores estaduais sobre as compras e serviços contratados pelos entes municipal e/ou estadual, no âmbito do Piauí, fundados no decreto desituação de emergência ou de calamidade pública em virtude da pandemia do COVID-19, para aquisição de bens, serviços e insumos destinadosao enfrentamento da emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do coronavirus;CONSIDERANDO a efetivação da política de transparência da administração pública, como vincula o art. 4º, parágrafo 2º, da Lei13.979/2020, e de acordo com o item 5.14, da Nota Técnica 01/20, do TCE/PI; e do item 7, da Nota Técnica Orientativa do Gabinete deAcompanhamento e Prevenção à COVID19 (GAP-COVID19), do Ministério Público do Piauí, devendo o Ente Público criar uma aba específicano portal da transparência de seu sítio eletrônico, alimentando-a diariamente e apresentando de forma discriminada os valoresorçamentários e a execução de despesas, como decretos e atos administrativos que autorizam realocação de recursos ou abremcréditos adicionais, contratos administrativos de prestação e fornecimento de bens e serviços, nota de empenho, liquidação epagamento, descrição do bem e/ou serviço, o quantitativo, o valor unitário e total da aquisição, a data da compra e o nome dofornecedor, inclusive CNPJ, ou seja, todas as receitas e gastos públicos relacionados especificamente ao enfrentamento e mitigação dapandemia decorrente do COVID-19;CONSIDERANDO que, conforme a Nota Técnica 01/2020 do TCE/PI, em seu item 6.10, deve ser publicada, sem prejuízo da imediatadisponibilização em sítio eletrônico oficial na rede mundial de computadores (internet) das informações relativas às contratações decorrentes daLei n.º 13.979/2020, com todos os elementos previstos no § 2º do art. 4º desta lei - nome do contratado, número de sua inscrição na ReceitaFederal do Brasil, prazo contratual, valor e o respectivo processo de contratação ou aquisição -, além dos exigidos na Lei n.º 12.527/2011 (Lei deAcesso à Informação), deve ser efetuada a publicação resumida do instrumento de contrato, bem como de eventuais aditamentos, na imprensaoficial, nos termos dispostos no parágrafo único do art. 61 da Lei n.º 8.666/1993;CONSIDERANDO a criação desse Grupo Regional de Promotorias Integradas no Acompanhamento do COVID-19, através da Resolução CPJ/PInº 02 do Parquet estadual;CONSIDERANDO a necessidade da padronização dos procedimentosextrajudiciais do Ministério Público, sendo o Procedimento Administrativo destinado ao acompanhamento de fiscalizações, de cunho permanenteou não, de fatos, instituições, e políticas públicas, assim como outros procedimentos não sujeitos a inquérito civil e o procedimento preparatóriorefere-se ao procedimento formal, prévio ao Inquérito Civil, que visa à apuração de elementos de identificação dos investigados ou do objeto(artigo 9º da Lei nº 7.347/85 e artigo 2º, §§ 4º a 7º, da Resolução nº 23, de 17 de setembro de 2007 -CNMP);RESOLVE INSTAURAR o presente Procedimento Administrativo nº 03/2020, com o objetivo de acompanhar e fomentar a atuação dos membrosno eixo "Patrimônio Público: acompanhamento, juntamente com instituições de controle, da aplicação dos recursos, e observância àlegislação de Direito Público e Eleitoral", no âmbito do Grupo Regional de Promotorias Integradas no Acompanhamento da COVID-19 -PIRIPIRI-PI, determinando, para tanto:- a instauração do procedimento administrativo e seu registro em livro próprio, conforme art. 9º da Resolução 174 do CNMP;- a afixação da presente portaria no local de costume para fins de publicação;- A expedição de Recomendação aos Municípios localizados no âmbito de atuação do Grupo Regional de Promotorias Integradas noAcompanhamento da COVID-19 - PIRIPI RI-PI, para que:Proceda com a imediata disponibilização de informações, por meio da criação de uma aba específica no portal da transparência,alimentada diariamente e apresentando, de forma discriminada os valores orçamentários e a execução de despesas, como decretos e atosadministrativos que autorizam realocação de recursos ou abrem créditos adicionais, contratos administrativos de prestação e fornecimento debens e serviços, nota de empenho, liquidação e pagamento, descrição do bem e/ou serviço, o quantitativo, o valor uni- tário e total da aquisição, adata da compra e o nome do fornecedor, inclusive CNPJ, ou seja, todas as receitas e gastos públicos relacionados especificamente aoenfrentamento e miti- gação da pandemia decorrente do COVID-19, como determina o artigo 4º, parágrafo 2º, da Lei 13.979/2020.- A juntada de cópias dos Decretos Municipais que declararam emergência em saúde pública nos municípios localizados no âmbito deatuação do Grupo Regional de Promotorias Integradas no Acompanhamento da COVID-19 - PIRIPI RI-PI (Anexo Único da Resolução CPJ/PInº 02, de 07 de abril de 2020), em razão da pandemia do Novo Coronavírus - Covid-19, caso editado;- A remessa de cópia desta portaria ao Centro de Apoio de Combate à Corrupção de Defesa do Patrimônio Público - CACOPSeja requisitado aos Prefeitos dos municípios do Território dos Cocais, que encaminhem a este órgão ministerial, no prazo de 05 (cinco) dias,nos termos do artigo 8º, inciso IV e § 5º da LC 75/93 - Lei Orgânica do Ministério Público da União - c/c artigo 80 da Lei 8.625/93 - Lei OrgânicaNacional do Ministério Público - e artigo 37, "b" da LC Estadualnº 12/93 - Lei Orgânica do Ministério Público do Estado do Piauí, devendo as respostas serem encaminhadas ao e-mail [email protected]:O decreto de emergência ou de calamidade pública, reconhecida pela Assembleia Legislativa do Piauí, para contenção e prevenção aoCOVID-19, nos termos do artigo 65, da LC 101/2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal);Relação dos procedimentos licitatórios e contratos administrativos realizados com fundamento nos respectivos decretos de emergência oude calamidade pública em razão da COVID-19, contendo as seguintes informações: número do procedimento licitatório, objeto, preço (valor), datade abertura, modalidade (ex: pregão eletrônico), empresa vencedora (indicando CNPJ), e o número do contrato administrativo, CONFORMETABELA EM ANEXO a ser preenchida pelo gestor;Relação dos procedimentos de dispensa de licitação firmados de acordo com a novel regulamentação do artigo 4º, e seguintes, da lei13.979/20 (Lei do Coronavirus), contendo as seguintes informações: número do procedimento licitatório de dispensa, objeto, preço (valor), datade abertura, empresa contratada (com CNPJ) e o número do contrato administrativo, CONFORMA TABELA EM ANEXO a ser preenchida pelogestor;Informações sobre a efetivação da política de transparência da administração pública, através da criação de uma aba específica no portalda transparência do Ente, alimentando-a diariamente e apresentando de forma discriminada os valores orçamentários e a execução de despesas,como decretos e atos administrativos que autorizam realocação de recursos ou abrem créditos adicionais, contratos administrativos de prestaçãoe fornecimento de bens e serviços, nota de empenho, liquidação e pagamento, descrição do bem e/ou serviço, o quantitativo, o valor unitário etotal da aquisição, a data da compra e o nome do fornecedor, inclusive CNPG, ou seja, todas as receitas e gastos públicos relacionadosespecificamente ao enfrentamento e mitigação da pandemia decorrente do COVID-19, como determina o artigo 4º, parágrafo 2º, da Lei13.979/2020, e de acordo com o item 5.14, da Nota Técnica 01/20, do TCE/PI; e do item 7, da Nota Técnica Orientativa do Gabinete deAcompanhamento e Prevenção à COVID-19 (GAP-COVID19), do Ministério Público do Piauí;5.O(s) ato(s) administrativo(s) que designou o gestor e o(s) fiscal(is) do(s) contrato(s) administrativo(s) firmado(s) para contenção da COVID-19,nos termos do item 6 da Nota Técnica Orientativa do Gabinete de Acompanhamento e Prevenção à COVID-19 (GAP-COVID19), do MinistérioPúblico do Piauí;Os decretos que autorizam a realocação dos recursos (remanejamento, transposição ou transferência), aprovados na Lei OrçamentáriaAnual (LOA), para a contenção da COVID-19, com a respectiva aprovação de lei específica pela Casa Legislativa,nos termos do artigo 167, VI, da Constituição Federal. Caso existam realocações de recursos sem decreto e/ou lei específica, encaminhar aoMinistério Público o ato administrativo que autorizou, explicitando os motivos da realocação sem o decreto e/ou a norma específica;

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Os decretos que autorizam abertura de créditos adicionais (extraordinários, suplementares ou especiais) para combate e prevenção àCOVID-19, nos termos do artigo 167, V e §3º, da CF/88;Os decretos de abertura de crédito adicional que permitem a operacionalização da utilização da reserva de contingência, bem como a leiprévia e específica que a autorizam, nos termos dos artigos 5º, III, da LRF; e 7º, 42 e 43 da Lei nº 4.320/64. Caso existam abertura de créditossem decreto e/ou lei específica, encaminhar ao Ministério Público o ato administrativo que autorizou, explicitando os motivos da realocação sem odecreto e/ou a norma específica;Plano de contingenciamento de despesas para otimizar gastos, em razão dos efeitos econômicos da COVID-19;Informação sobre a criação de programa ou ação orçamentária específica para despesas relacionadas ao COVID-19, como assim fez aUnião (Governo Federal), através das ações orçamentárias "21C0", "00S4", "21C2" e "00S5", pelas quais é possível consultar e detalhar gastosdiretos para contenção da COVID-19, conforme recomendação da Nota Técnica SEI n. 12774/ME, da Secretaria do Tesouro Nacional. Nahipótese de inexistir, explanar os motivos;O compartilhamento dessas informações e documentos com a Comissão voltada para análise concomitante da aplicação dos recursospúblicos destinados ao combate ao novo coronavirus - COVID-19 no Estado do Piauí, do Tribunal de Contas do Piauí (TCE/PI).Em razão das medidas de prevenção e combate ao COVID-19 adotados por este Órgão Ministerial, as informações e documentos requisitadosdeverão ser encaminhados para o e-mail [email protected]ós, voltem-me os autos conclusos para análise e ulteriores deliberações Registre-se, Publique-se, e autue-se.NIVALDOPiripiri-PI, 27 de abril de 2020.

RIBEIRO:0973396539

Assinado de forma digital por NIVALDO RIBEIRO:09733965391 Dados: 2020.04.27 15:01:171 -03'00'Nivaldo RibeiroPromotor de Justiça titular da 3ª PJ de Piripiri-PI Coordenador do GRPJI no Acompanhamento da COVID-19 - PIRIPIRI-PIGRUPO REGIONAL DE PROMOTORIAS DE INTEGRADAS NO ACOMPANHAMENTO DA COVID - 19PIRIPIRI-PIRua Padre Domingos, nº 505 - Centro -CEP: 64.260-000 - Piripiri (Sede)e-mail: [email protected] Nº 04/2020 - GRPJI/PIRIPIRI-PIEMENTA - Instaura Procedimento Administrativo, com o objetivo de acompanhar e fomentar a atua- ção dos membros no eixo "Sistema Únicode Saúde (SUS): unidades de saúde integrantes da rede defi- nida para o atendimento do COVID-19, EPIs, es- truturação, medicamentose insumos, bem como efeitos no meio ambiente", no âmbito do Grupo Re- gional de Promotorias Integradas no Acompanha- mento daCOVID-19 - PIRIPIRI-PI. (Art. 5º, inciso I, da Resolução CPJ nº 02/2020).O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE PIAUÍ, por meio do Grupo Regional de Promotorias Integradas no Acompanhamento da COVID-19 - Piripiri-PI, no exercício de suas atribuições, com esteio nos art. 127, caput, e art. 129 da Constituição Federal de 1988; na Resolução CNMPnº 174/2017; nos art. 36 e art. 37 da Lei Complementar Estadual nº 12/1993; na Resolução CPJ/PI nº 02/2020 e PORTARIA PGJ/PI Nº 928/2020;CONSIDERANDO que o Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa daordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis (CF, art. 127);CONSIDERANDO que compete ao Ministério Público promover o inquérito civil e a ação civil pública para a proteção, a prevenção e a reparaçãodos danos causados ao meio ambiente, ao consumidor, aos bens e direitos de valor artístico, estético, histórico e paisagístico;CONSIDERANDO que a Resolução CNMP nº 174, de 04 de julho de 2017, autorizou a instauração de Procedimento Administrativo, paraacompanhar e fiscalizar, de forma continuada, políticas públicas ou instituições;CONSIDERANDO as premissas da Resolução CPJ nº 02, de 07 de abril de 2020, que introduziu no Ministério Público do Estado do Piauí osGrupos Regionais de Promotorias Integradas, visando a promoção de medidas alinhadas à atuação em nível estadual e nacional, parafins deimplementações das ações estratégicas, enquanto durar a pandemia do Covid-19, segundo os critérios utilizados no Ato PGJ nº 956/2019;CONSIDERANDO que o momento atual exige do Ministério Público uma atuação integrada, coletiva, sem protagonismo individual, priorização aprevenção do conflito, sendo a atuação extrajudicial, em regra, o melhor caminho para a pacificação social, tendo a ação judicial como medidaexcepcional;CONSIDERANDO a disposição do artigo 197 da Constituição Federal de que: "são de relevância pública as ações e serviços de saúde, cabendoao Poder Público dispor, nos termos da lei, sobre sua regulamentação, fiscalização e controle, devendo sua execução ser feita diretamente ouatravés de terceiros e, também, por pessoa física ou jurídica de direito privado";CONSIDERANDO que a Lei Federal nº 8080/1990 estabelece como um dos objetivos do SUS "a assistência às pessoas por intermédio de açõesde promoção, proteção e recuperação da saúde, com a realização integrada das ações assistenciais e das atividades preventivas", consoanteredação do art.5º, III;CONSIDERANDO que, nos termos do artigo 15, XIII, da mesma lei federal, são comuns à União, Estados, Distrito Federal e Municípios, em seuâmbito administrativo, as ações: "para atendimento de necessidades coletivas, urgentes e transitórias, decorrentes de situações de perigoiminente, de calamidade pública ou de irrupção de epidemias, a autoridade competente da esfera administrativa correspondente poderá requisitarbens e serviços, tanto de pessoas naturais como de jurídicas, sendo-lhes assegurada justa indenização";CONSIDERANDO que, de acordo com o artigo 36, §2º, da Lei 8080/1990, "é vedada a transferência de recursos para o financiamento de açõesnão previstas nos planos de saúde, exceto em situações emergenciais ou de calamidade pública, na área de saúde ";CONSIDERANDO o disposto na Lei Federal nº 13.979, de 06 de fevereiro de 2020, que dispôs medidas para enfrentamento da emergência desaúde pública de importância internacional decorrente do coronavirus responsável pelo surto de 2019;CONSIDERANDO que o art. 3º da mencionada lei prevê como medidas para o enfrentamento da infecção: isolamento, quarentena, determinaçãode realização compulsória de exames médicos, testes laboratoriais, coleta de amostras clínicas, vacinação e tratamentos médicos específicos;CONSIDERANDO a publicação da Portaria MS/GM nº 356, de 11 de março de 2020, que estabelece a regulamentação e operacionalização dodisposto na Lei nº 13.979/2020, que traz medidas para enfrentamento da emergência de saúde pública de importância internacional decorrentedo coronavírus (COVID-19);CONSIDERANDO que, em 11.3.2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou pandemia para o Coronavírus, ou seja, momento emque uma doença se espalha por diversos continentes com transmissão sustentada entre humanos;CONSIDERANDO que a classificação da situação mundial do novo coronavírus (COVID-19, SARSCoV-2) como pandemia significa o riscopotencial da doença infecciosa atingir a população mundial de forma simultânea, não se limitando a locais que já tenham sido identificadas comode transmissão interna;CONSIDERANDO que, em 16/03/2020, foi publicado o Decreto Estadual nº18.884/2020, dispondo, no âmbito do Estado do Piauí, sobre asmedidas de emergência de saúde pública de importância internacional e tendo em vista a classificação da situação mundial do novo coronaviruscomo pandemia, institui o Comitê de Gestão de Crise, e dá outras providências;CONSIDERANDO que, em 19/03/2020, mediante o Decreto Estadual nº 18.895/2020, foi declarado estado de calamidade pública no Estado do

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Piauí, ao passo em que a União reconheceu calamidade pública em âmbito nacional em razão da Pandemia da COVID-19, no dia seguinte(20/03/2020), mediante Decreto Legislativo nº. 6/2020;CONSIDERANDO a publicação dos Decretos Estaduais nºs. 18.901/2020 e 18.902/2020, que tratam sobre as medidas excepcionais voltadaspara o enfrentamento da grave crise de saúde pública decorrente do Covid-19;CONSIDERANDO que, em 20/03/2020, o Ministério da Saúde também reconheceu, por meio da Portaria n. 454/2020, o estado de transmissãocomunitária do coronavirus em todo o território nacional;CONSIDERANDO o Decreto Nº 10.282, de 20 de março de 2020, que regulamenta a Lei nº 13.979, de 6 de fevereiro de 2020, para definir osserviços públicos e as atividades essenciais;CONSIDERANDO a Medida Provisória nº 926, de 20 de março de 2020, que altera a Lei nº 13.979, de 6 de fevereiro de 2020, para dispor sobreprocedimentos para aquisição de bens, serviços e insumos destinados ao enfrentamento da emergência de saúde pública de importânciainternacional decorrente do coronavírus;CONSIDERANDO a RDC/ANVISA Nº 356, de 23.3.2020, que dispõe, de forma extraordinária e temporária, sobre os requisitos para a fabricacão,importacão e aquisicão de dispositivos medicos identificados como prioritários para uso em servicos de saude, em virtude da emergência desaude publica internacional relacionada ao CORONAVÍRUS (SARS-CoV-2);CONSIDERANDO a Portaria MS/GM nº 395, de 16/03/2020, que estabelece recurso do Bloco de Custeio das Ações e Serviços Públicos deSaúde - Grupo de Atenção de Média e Alta Complexidade-MAC, a ser disponibilizado aos Estados e Distrito Federal, destinados às ações desaúde para o enfrentamento do Coronavírus - COVID 19, sendo destinado ao Piauí a quantia de R$ 6.467.782,00 (seis milhões e quatrocentos esessenta e sete mil e setecentos e oitenta e dois reais);CONSIDERANDO a Portaria GM/MS Nº 480, de 23 de março de 2020, que estabelece recurso do Bloco de Custeio das Ações e ServiçosPúblicos de Saúde, a ser disponibilizado aos Estados e Distrito Federal, destinados às ações de saúde para o enfrentamento do Coronavírus -COVID 19, contemplando o Estado do Piauí com o valor de R$ 9.198.707,30 (nove milhões e cento e noventa e oito mil e setecentos e sete reaise trinta centavos);CONSIDERANDO a deliberação da Comissão Intergestores Bipartite do Piauí (CIB\PI), por meio da Resolução nº 30, de 6.3.2020 que aprova osrecursos da Portaria MS/GM nº 395, de 16/03/2020 destinando para a gestão estadual (SESAPI) aplicar de acordo com o Plano de Contingência;CONSIDERANDO a deliberação da Comissão Intergestores Bipartite do Piauí (CIB\PI), por meio da Resolução nº 32, de 27.3.2020 que aprova adistribuição ente os municípios dos recursos previstos na Portaria MS/GM nº 480, de 23.3.2020, estabelecendo que "dentre as despesasexecutadas pelos municípios com os recursos seja contemplada a aquisição de EPIs para os profissionais de saúde";CONSIDERANDO que o Ministério da Saúde (MS) recomenda o uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) pelos profissionais desaúde, para prevenção de infecções, e assim evitar ou reduzir ao máximo a transmissão do vírus durante qualquer assistência à saúde prestada;CONSIDERANDO a NOTA TÉCNICA GVIMS/GGTES/ANVISA Nº 04/2020,contendo orientações para serviços de saúde sobre as medidas de prevenção e controle que devem ser adotadas durante a assistência aoscasos suspeitos ou confirmados de infecção pelo novo Coronavírus (SARS-CoV-2);CONSIDERANDO que, em decorrência do atual contexto de surto epidêmico do COVID-19, foi publicizado o Plano de Contingência para oEnfrentamento da Infecção Humana pelo Coronavirus (2019-nCoV) do Estado do Piaui; CONSIDERANDO que, segundo previsto no referidoplano, o Estado do Piauí deverá se adaptar às necessidades de ampliação do serviço hospitalar aos hospitais regionais dos territórios, comoretaguarda para dar cobertura em todo o Estado;CONSIDERANDO que o Hospital Regional Chagas Rodrigues, integra a rede de assistência hospitalar do Estado para atendimento da COVID-19como porta de entrada e referência estadual, conforme definido no sobredito Plano de Contingência;CONSIDERANDO que segundo definido no FLUXO PARA REFERENCIAMENTO DA COVID-19: PACIENTES DA REDE ASSISTENCIAL -OUTROS MUNICÍPIOS, os Hospitais Regionais de Referência Estadual realizarão a assistência aos pacientes referenciados pela rede hospitalardos municípios do interior do Estado que apresentem Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), bem como, farão a regulação para asreferências terciárias (Instituto de Doenças Tropicais Natan Portela-IDTNP, Maternidade Dona Evangelina Rosa e Hospital Infantil LucídioPortela);CONSIDERANDO que de acordo com informações da Sociedade de Terapia Intensiva do Piauí (SOTIPI), atualmente o Piauí conta com 366leitos operantes em UTI, dos quais 198 estão na Rede Privada (172 adulto e 26 pediátricos) e 168 na Rede Pública (132 adultos e 36pediátricos);CONSIDERANDO que o Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES) é a base de dados oficial do Ministério da Saúde paracadastramento de todos os estabelecimentos de saúde no país, independentemente da natureza jurídica ou de integrarem o Sistema Único deSaúde (SUS), disponibilizando informações de infraestrutura, tipo de atendimento prestado, serviços especializados, leitos e profissionais desaúde existentes nas unidades;CONSIDERANDO que com o aumento esperado no número de pessoas infectadas pelo novo coronavírus, o Piauí pode enfrentar a escassez deleitos de terapia intensiva e ventiladores artificiais, essenciais no tratamento de pacientes em estado crítico por COVID-19;CONSIDERANDO que o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), por meio da Comissão da Saúde, emitiu a Nota Técnica Conjunta nº01/2020 - CES/CNMP/1ª CCR, contendo subsídios para a atuação coordenada do Ministério Público voltada ao enfrentamento do COVID-19;CONSIDERANDO que, de acordo com as orientações entabuladas na referida Nota Técnica, cabe aos Órgãos de Execução do Ministério Públicocom funções na área da saúde a aproximação com os gestores locais de saúde, visando acompanhar e tomar ciência dos Planos Municipais deContingência;CONSIDERANDO que foi mantido o curso dos prazos dos procedimentos relacionados à atuação sobre a pandemia do coronavírus, no períodode 18 de março a 16 de abril de 2020, no âmbito do MPPI, conforme art. 4º, inciso I, da Recomendação PGJ/CGMP nº 02/2020, recomendandoaos membros do Ministério Público do Estado do Piauí, no âmbito da sua atuação funcional, a adoção de medidas preventivas à propagação dainfecção pelo novo coronavírus - Covid-19, no interesse da saúde pública;CONSIDERANDO a instituição do Gabinete de Acompanhamento e Prevenção do Contágio pelo Coronavírus (COVID - 19), por meio da PortariaPGJ nº 839/2020, no âmbito do Ministério Público do Piauí;CONSIDERANDO que o inc. II do art. 8º da Resolução nº 174, de 04 de julho de 2017, do Conselho Nacional do Ministério Público, determinaque o procedimento administrativo é o instrumento próprio da atividade-fim destinado a acompanhar e fiscalizar, de forma continuada, políticaspúblicas ou instituições;RESOLVE INSTAURAR o presente Procedimento Administrativo nº 04/2020, com o objetivo de acompanhar e fomentar a atuação dos membrosno eixo "Sistema Único de Saúde (SUS): unidades de saúde integrantes da rede definida para o atendimento do COVID-19, EPIs,estruturação, medicamentos e insumos, bem como efeitos no meio ambiente", no âmbito do Grupo Regional de Promotorias Integradasno Acompanhamento da COVID-19 - PIRIPIRI-PI, adotando como diligências iniciais as seguintes providências:- a instauração do presente procedimento administrativo e seu registro em livro próprio, conforme art. 9º da Resolução 174 do CNMP;- A juntada dos planos de contingência dos municípios localizados no âmbito de atuação do Grupo Regional de Promotorias Integradas noAcompanhamento da COVID-19 - PIRIPIRI-PI;- A juntada das informações colhidas nos autos do Procedimento Administrativo nº 01/2020, do Grupo Regional de Promotorias Integradas noAcompanhamento da COVID-19 - PIRIPIRI-PI.- A solicitação aos membros do GRPJI/PIRIPIRI-PI, por meio do grupo de whatsapp institucional e e-mail, de relatório simplificado sobre aestruturação, medicamentos, insumos e EPIs das unidades de saúde de cada Comarca, conforme as informações colhidas nos autos dosprocedimentos administrativos instaurados nas Promotorias.

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- A solicitação aos membros do GRPJI/PIRIPIRI-PI, por meio do grupo de institucional e e-mail, de relação dos diretores dos hospitaisestaduais de cada Comarca, devendo conter nome, e-mail e contato telefônico.- Remessa desta Portaria ao Conselho Superior do Ministério Público, ao Centro de Apoio Operacional de Defesa da Saúde - CAODS/MPPI e aoPROCON/MPPI, por e-mail, para conhecimento;- Remessa desta Portaria, por meio eletrônico, à Secretaria-Geral do Ministério Público (e-mail publicações), para a devida divulgação naimprensa oficial, propiciando a publicação e registro desta Portaria no sítio eletrônico da Procuradoria-Geral de Justiça;- Nomeio, sob compromisso, para secretariar os trabalhos, os servidores designados para compor a Secretaria do Grupo Regional dePromotorias Integradas no Acompanhamento da COVID-19 - PIRIPIRI-PI.Em razão das medidas de prevenção e combate ao COVID-19 adotados por este Órgão Ministerial, as informações e documentos requisitadosdeverão ser encaminhados para o e-mail [email protected]ós, voltem-me os autos conclusos para análise e ulteriores deliberaçõesRegistre-se, Publique-se, e autue-se.Piripiri-PI, 27 de Abril de 2020Nivaldo RibeiroPromotor de Justiça titular da 3ª PJ de Piripiri-PI Coordenador do GRPJI no Acompanhamento da COVID-19 - PIRIPIRI-PIGRUPO REGIONAL DE PROMOTORIAS DE INTEGRADAS NO ACOMPANHAMENTO DA COVID - 19PIRIPIRI-PIRua Padre Domingos, nº 505 - Centro -CEP: 64.260-000 - Piripiri (Sede)e-mail: [email protected] Nº 02/2020 - GRPJI/PIRIPIRI-PIEMENTA - Instaura Procedimento Adminis- trativo, com o objetivo de acompanhar e fo- mentar a atuação dos membros no eixo "Saú- deSuplementar e Relações de Consumo: in- sumos e questões consumeristas", no âmbito do Grupo Regional de Promotorias Integradas noAcompanhamento da COVID-19 - PIRIPI RI-PI. (Art. 5º, inciso II, da Resolução CPJ nº 02/2020).O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE PIAUÍ, por meio do GrupoRegional de Promotorias Integradas no Acompanhamento da COVID-19 - Piripiri-PI, no exercício de suas atribuições, com esteio nos art.127, caput, e art. 129 da Constituição Federal de 1988; na Resolução CNMP nº 174/2017; nos art. 36 e art. 37 da Lei Complementar Estadual nº12/1993; na Resolução CPJ/PI nº 02/2020 e PORTARIA PGJ/PI Nº 928/2020;CONSIDERANDO que o Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa daordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis (CF, art. 127);CONSIDERANDO que compete ao Ministério Público promover o inquérito civil e a ação civil pública para a proteção, a prevenção e a reparaçãodos danos causados ao meio ambiente, ao consumidor, aos bens e direitos de valor artístico, estético, histórico e paisagístico;CONSIDERANDO que a Resolução CNMP nº 174, de 04 de julho de 2017, autorizou a instauração de Procedimento Administrativo, paraacompanhar e fiscalizar, de forma continuada, políticas públicas ou instituições;CONSIDERANDO as premissas da Resolução CPJ nº 02, de 07 de abril de 2020, que introduziu no Ministério Público do Estado do Piauí osGrupos Regionais de Promotorias Integradas, visando a promoção de medidas alinhadas à atuação em nível estadual e nacional,para fins de implementações das ações estratégicas, enquanto durar a pandemia do Covid-19, segundo os critérios utilizados no Ato PGJ nº956/2019;CONSIDERANDO que o momento atual exige do Ministério Público uma atuação integrada, coletiva, sem protagonismo individual, priorização aprevenção do conflito, sendo a atuação extrajudicial, em regra, o melhor caminho para a pacificação social, tendo a ação judicial como medidaexcepcional;CONSIDERANDO o art. 2º, inciso III da resolução supracitada, o qual estabelece o Município de Piripiri-PI como sede e órgão de execuçãocom atuação regionalizada e especializada e, ainda, em seu parágrafo único adverte que: "A atuação dos Grupos abrangerá as Promotoriasde Justiça indicadas no Anexo Único desta Resolução, preservada a independência funcional de cada Promotor de Justiça para atuarindividualmente."CONSIDERANDO o Anexo Único da resolução em pauta, que estabelece aos municípios sujeitos à jurisdição do Grupo Regional dePromotorias Integradas de Piripiri-PI, quais sejam: Barras, Batalha, Boa Hora, Boqueirão do Piauí, Brasileira, Cabeceiras do Piauí, CampoLargo do Piauí, Capitão de Campos, Cocal de Telha, Domingos Mourão, Esperantina, Joaquim Pires, Joca Marques, Lagoa de SãoFrancisco, Luzilândia, Madeiro, Matias Olímpio, Mílton Brandão, Morro do Chapéu do Piauí, Nossa Senhora dos Remédios, Pedro II,Piracuruca, Piripiri, Porto, São João da Fronteira, São João do Arraial e São José do Divino;CONSIDERANDO que o art. 5º da resolução anteriormente mencionada apresenta 05 (cinco) eixos temáticos para que os membros, de formaintegrada, prioritariamente preventiva e orientativa, auxiliados pelos Centros de Apoio Operacional, atuem;CONSIDERANDO que o inciso II do artigo supracitado traz como um dos eixos temáticos a "Saúde Suplementar e Relações de Consumo:insumos e questões consumeristas";CONSIDERANDO a Portaria nº 356, de 11 de março de 2020, do Ministro de Estado da Saúde, que dispõe sobre a regulamentação eoperacionalização do disposto na Lei nº 13.979, de 06 de fevereiro de 2020, que estabelece as medidas para enfrentamento da emergência desaúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus (COVID-19);CONSIDERANDO as determinações do Decreto Estadual nº 18.902, de 23 de março de 2020;CONSIDERANDO a alta escalabilidade viral da COVID-19, exigente de infraes- trutura hospitalar (pública ou privada) adequada, com leitossuficientes e composta com apa- relhos respiradores em quantidade superior à população em eventual contágio, o que está fora da realidade dequalquer centro médico deste Estado;CONSIDERANDO a necessidade de manutenção dos serviços do Ministério Pú- blico do Estado do Piauí com adoção de protocolo apto a reduzira probabilidade de transmis- são do coronavírus causador da COVID-19;CONSIDERANDO que, em 30.01.2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que o surto da doença causada pelo Coronavírus(COVID-19) constitui Emergência de Saúde Pública de importância Internacional (ESPII);CONSIDERANDO que a ESPII é considerada, nos termos do Regulamento Sanitário Internacional (RSI), "um evento extraordinário que podeconstituir um risco de saúde pública para outros países devido à disseminação internacional de doenças; e potencialmente requer uma respostainternacional coordenada e imediata";CONSIDERANDO que o Ministério da Saúde, em 30/01/2020, através da Portaria GM/MS nº 188/2020, declarou "emergência em saúde públicade importância nacional", em decorrência da infecção humana pelo Coronavírus, haja vista que a situação atual demanda o emprego urgente demedidas de prevenção, controle e contenção de riscos, danos e agravos à saúde pública;CONSIDERANDO que, em 11/03/2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou pandemia para o Coronavírus, ou seja, momento emque uma doença se espalha por diversos continentes com transmissão sustentada entre humanos;CONSIDERANDO que a classificação da situação mundial do novo coronavírus (COVID-19, SARSCoV-2) como pandemia significa o riscopotencial da doença infecciosa atingir a população mundial de forma simultânea, não se limitando a locais que já tenham sido identificadas comode transmissão interna;CONSIDERANDO que o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), por meio da Comissão da Saúde, emitiu a Nota TécnicaConjunta nº 01/2020 - CES/CNMP/1ª CCR, contendo subsídios para a atuação coordenada do Ministério Público voltada ao enfrentamento do

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COVID-19;CONSIDERANDO que, em se tratando de desastres, a emergência e calamidade pública devem ser declaradas mediante decreto do chefe doExecutivo, segundo o art. 65, caput, da Lei nº 101 de 04 de março de 2000, Lei de responsabilidade Fiscal;CONSIDERANDO o Decreto nº 18.885, de 19 de março de 2020, que deflagra a situação de calamidade pública no Estado do Piauí;CONSIDERANDO que a Política Nacional das Relações de Consumo tem por objetivo o atendimento das necessidades dos consumidores, orespeito à sua dignidade, saúde e segurança, a proteção de seus interesses econômicos, a melhoria da sua qualidade de vida, bem como atransparência e a harmonização das relações consumeristas, atendidos, entre outros, o princípio da harmonização dos interesses dosparticipantes das relações de consumo e compatibilização da proteção do consumidor com a necessidade de desenvolvimento econômico etecnológico, de modo a viabilizar os princípios nos quais se funda a ordem econômica (art. 170, da Constituição Federal), sempre com base naboa-fé e equilíbrio nas relações entre consumidores e fornecedores (art. 4º, da Lei nº 8.078/90);CONSIDERANDO que segundo a Lei nº 8.080/90 (Lei Orgânica da Saúde), Art. 2º, § 1º: "Art. 2ª A saúde é um direito fundamental do serhumano, devendo o Estado prover as condições indispensáveis ao seu pleno exercício. § 1º O dever do Estado de garantir a saú-de consiste na formulação e execução de políticas econômicas e sociais que visem à redução de riscos de doenças e outros agravos e noestabelecimento de condições que assegurem acesso universal e igualitário às ações e aos serviços para a sua promoção, proteção e recu-peração";CONSIDERANDO que a relação em epígrafe é regida pelo Código de Defesa do Consumidor, o qual traz determinações de ordem pública enatureza cogente, dentre as quais a que preleciona em seu artigo 6º, inciso I como direito básico do consumidor a proteção da vida, saúde esegurança contra os riscos provocados por práticas nos fornecimentos de produtos e serviços considerados periculosos ou nocivos;CONSIDERANDO o art. 8º do Código de Defesa do consumidor, o qual estabe- lece que: "Os produtos e serviços colocados no mercado deconsumo não acarretarão riscos à saúde ou segurança dos consumidores, exceto os considerados normais e previsíveis em decorrência desua natureza e fruição, obrigando-se os fornecedores, em qualquer hipótese, a dar as informações necessárias e adequadas a seu respeito";CONSIDERANDO que o fornecimento de produtos e serviços nocivos à saúde ou que comprometem a segurança do consumidor é responsávelpela maioria dos acidentes de consumo, de maneira que pelo sistema do CDC, os danos citados contam com proteção: 1 - ci- vil, envolvendo aresponsabilidade dos fornecedores perante os consumidores por danos de- correntes da nocividade ou periculosidade dos produtos ou serviços;2 - administrativa en- volvendo a sua responsabilidade perante a administração federal, estadual ou municipal, pelo descumprimento de deveresprevistos em normas legais ou regulamentares e 3 - penal envol- vendo a responsabilidade dos fornecedores perante a Justiça Pública pelaprática de crime;CONSIDERANDO a Nota Técnica nº 01/2020/PROCON/MPPI, que dispõe so- bre a elevação de preços sem justa causa no mercado deconsumo, contrapondo o Código de Defesa do Consumidor;CONSIDERANDO a Resolução de Diretoria Colegiada da Anvisa - RDC nº 350, de 19 de março de 2020, que define os critérios e osprocedimentos extraordinários e temporá- rios para a fabricação e comercialização de preparações antissépticas ou sanitizantes oficinais semprévia autorização da Anvisa e dá outras providências;CONSIDERANDO a expedição da Recomendação Conjunta nº 02/2020 pelo PROCON/MPPI em parceria com o Centro de Apoio Operacionalde Defesa da Saúde (CA- ODS) e as 31ª e 32ª Promotorias de Justiça de Defesa do Consumidor de Teresina, a qual ad- verte àsconcessionárias dos serviços de Água e Energia do Estado do Piauí para que não haja a suspensão do fornecimento desses serviços essenciaisexclusivamente em caso de inadim- plência pelo período de 60 (sessenta) dias ou enquanto durar a crise provocada pelo novo co- ronavírus, afim de garantir o bem-estar e dignidade dos consumidores;CONSIDERANDO a expedição da Recomendação Conjunta nº 03/2020 pelo PROCON/MPPI em parceria com o Centro de Apoio Operacionalde Defesa da Saúde (CA- ODS) e as 31ª e 32ª Promotorias de Justiça de Defesa do Consumidor de Teresina, onde foram recomendadas àsinstituições privadas de ensino fundamental, médio e superior diversas me- didas que não lesem o corpo discente;CONSIDERANDO a expedição da Recomendação Conjunta nº 04/2020 pelo PROCON/MPPI em parceria com o Centro de Apoio Operacionalde Defesa da Saúde (CA- ODS) e as 31ª e 32ª Promotorias de Justiça de Defesa do Consumidor de Teresina, em que foi advertido aosestabelecimentos bancários, casas lotéricas, correspondentes bancários e demais estabelecimentos congêneres prestadores de serviçossimilares que, seguindo as orientações das autoridades sanitárias, que adotem medidas para conter a disseminação da pandemia CO- VID - 19;CONSIDERANDO a Recomendação Administrativa nº 010/2020 expedida pelo PROCON/MPPI em conjunto com a 29º Promotoria de Justiçae com o Centro de Apoio de Defesa da Saúde Pública (CAODS), a qual recomenda que seja observada a essenci- alidade do serviço funerário,considerado como serviço de relevância pública, especialmente no período em que perdurar a pandemia do novo Coronavírus (COVID-19),devendo ser pres- tado de forma contínua, sem interrupção ou suspensão;CONSIDERANDO que nos termos do Art. 19° da LCE nº 36/2004, o Procedimento Administrativo é o instrumento próprio para fins deacompanhar e fiscalizar políticas públicas como é o caso da Defesa do Consumidor, especialmente diante da situação da pandemia causada peloCoronavírus (Covid-19)RESOLVE instaurar o presente Procedimento Administrativo nº 02/2020, com a finalidade de acompanhar e fomentar a atuação dos membrosno eixo "Saúde Suplementar e Relações de Consumo: insumos e questões consumeristas", no âmbito do Grupo Regional dePromotorias Integradas no Acompanhamento da COVID-19 - PIRIPIRI-PI, adotando como diligências iniciais as seguintes providências:- a instauração do procedimento administrativo e seu registro em livro próprio, conforme art. 9º da Resolução 174 do CNMP;- A realização de levantamento dos estabelecimentos do comércio varejista e atacadista de produtos alimentícios e farmacêuticos, no âmbitoGRPJI no Acompanhamento da COVID-19 - PIRIPIRI-PI, com autuações e reclamações protocoladas ou veiculadas nas redes sociais eimprensa.- Após cumprimento do item II, a expedição de notificação aos (às) Representantes Legais dos estabelecimentos do comércio varejista eatacadista de produtos alimentícios, no âmbito GRPJI no Acompanhamento da COVID-19 - PIRIPIRI-PI, para, no prazo de 15 (quinze) diasúteis, a contar do seu recebimento, nos moldes da Lei Complementar Estadual de nº 36/2004:Apresentar notas fiscais de entradas e saídas de itens de cesta básica (carnes, leite, feijão, arroz, farinha, frutas, verduras, legumes, pão, caféem pó, açúcar, óleo, ovos, manteiga e outros):) dos meses de janeiro, fevereiro, março e abril do ano de 2019; a.2.) dos meses de janeiro, fevereiro, março e abril do ano de 2020.Apresentar tabela atual de preços dos itens de cesta básica. (carnes, leite, feijão, arroz, farinha, frutas, verduras, legumes, pão, café em pó,açúcar, óleo, ovos, manteiga eoutros).Apresentar, em igual prazo, defesa escrita sobre os fatos noticiados.Apresentar manifestação quanto ao interesse em firmar Termo de Ajustamento de Conduta-TAC, a fim de buscar uma solução amigável e célereda contenda.- Após cumprimento do item II, a expedição de notificação aos (às) Representantes Legais dos estabelecimentos do comércio varejista eatacadista de produtos farmacêuticos e hospitalares, no âmbito GRPJI no Acompanhamento da COVID-19 - PIRIPIRI-PI, para, no prazo de15 (quinze) dias úteis, a contar do seu recebimento, nos moldes da Lei Complementar Estadual de nº 36/2004:a ) Apresentar notas fiscais de entradas e saídas dos produtos voltados à prevenção/proteção e combate contra o novo coronavírus(COVID-19), sobretudo álcool gel 70%, máscaras cirúrgicas, máscaras descartáveis elásticas, luvas e medicamentos:a.1.) dos meses de outubro, novembro e dezembro de 2019a.2) dos meses de janeiro, fevereiro, março e abril do ano de 2020No caso de empresas autorizadas pela Resolução de Diretoria Colegiada da Anvisa - RDC nº 350, de 19 de março de 2020, apresentar notas

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8.2. 47ª ZONA ELEITORAL - ALTOS11472

fiscais de compra da matéria-prima do álcool gel e da venda ao consumidor final dos meses de janeiro, fevereiro, março e abril de 2020.Apresentar defesa escrita sobre os fatos noticiados.Apresentar manifestação quanto ao interesse em firmar Termo de Ajustamento de Conduta-TAC, a fim de buscar uma solução amigável e célereda contenda.- Encaminhe-se aos notificados o inteiro teor da Nota Técnica nº 01/2020/PROCON/MPPI, que dispõe sobre a elevação de preços sem justacausa no mercado de consumo, contrapondo o Código de Defesa do Consumidor.- Para viabilizar a apuração da sua real condição econômica (vide art. 57 do CDC) em caso de eventual aplicação da penalidade de multa (art.56, I do CDC), o fornecedor poderá, de forma facultativa, juntar aos autos Demonstrativo de Resultado do Exercício (DRE) do ano anterior apresente data ou, na falta deste, da Declaração de Imposto de Renda (art. 12 da Portaria Normativa PROCON/MPPI nº 03/2019, publicada noDiário Oficial do Ministério Público do Estado do Piauí em 01/04/2019).- A juntada das reclamações recebidas pelas Promotorias de Justiça integrantes do GRPJI de Piripiri-PI.- Remessa desta Portaria ao Conselho Superior do Ministério Público, ao Centro de Apoio Operacional de Defesa da Saúde - CAODS/MPPI e aoPROCON/MPPI, por e-mail, para conhecimento;- Remessa desta Portaria, por meio eletrônico, à Secretaria-Geral do MinistérioPúblico (e-mail publicações), para a devida divulgação na imprensa oficial, propiciando a publicação e registro desta Portaria no sítio eletrônico daProcuradoria-Geral de Justiça;- Nomeio, sob compromisso, para secretariar os trabalhos, os servidores designados para compor a Secretaria do Grupo Regional dePromotorias Integradas no Acompanhamento da COVID-19 - PIRIPIRI-PI, com distribuição a critério do Diretor.Em razão das medidas de prevenção e combate ao COVID-19 adotados por este Órgão Ministerial, as informações e documentos requisitadosdeverão ser encaminhados para o e-mail [email protected]ós, voltem-me os autos conclusos para análise e ulteriores deliberações Registre-se, Publique-se, e autue-se.NIVALDOPiripiri-PI, 27 de abril de 2020.Assinado de forma digital por NIVALDORIBEIRO:0973396 RIBEIRO:097339653915391Dados: 2020.04.27 14:23:34-03'00'Nivaldo RibeiroPromotor de Justiça titular da 3ª PJ de Piripiri-PI Coordenador do GRPJI no Acompanhamento da COVID-19 - PIRIPIRI-PI

MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORALPROCURADORIA REGIONAL ELEITORAL NO ESTADO DO PIAUÍPROMOTORIA ELEITORAL DA 47ª ZONA ELEITORALPORTARIA ELEITORAL Nº 003/2020 - PROMOTORIA ELEITORAL DA 47ª ZONA ELEITORAL/PIA Representante do Ministério Público Eleitoral nesta zona, no uso de suas atribuições legais e na forma como dispõem os arts. 37, § 1º e 127da Constituição Federal, Lei Complementar Federal nº 75/93; Lei Federal nº 8.625/93 (Lei Orgânica Nacional do Ministério Público); Lei Federalnº 9.504/97 (Lei das Eleições) e demais disposições legais aplicáveis à espécie, e;CONSIDERANDO que incumbe ao Ministério Público a defesa da ordem jurídica e do regime democrático (art. 127 da CF/88), como também oacompanhamento de todas as fases do processo eleitoral (art. 72 da Lei Complementar Federal n. 75/93);CONSIDERANDO que a democracia pressupõe liberdade e autonomia do eleitor na escolha de seus candidatos;CONSIDERANDO que o abuso do poder econômico e do poder político, como também o uso indevido dos veículos e meios de comunicaçãosocial constituem expedientes que atentam contra a isonomia de oportunidades dos candidatos e contra a liberdade de escolha dos eleitores,afetando a normalidade e a legitimidade das eleições;CONSIDERANDO que a Constituição Federal de 1988 consagra o princípio da impessoalidade para Administração Pública Direta e Indireta dequalquer dos Poderes da União, Estados, Distrito Federal e Municípios (art. 37, caput da CF/88);CONSIDERANDO que representa conduta vedada a agentes públicos fazer ou permitir uso promocional em favor de candidato, partido políticoou coligação, de distribuição gratuita de bens e serviços de caráter social custeados ou subvencionados pelo Poder Público, ficando proibidaainda, no ano em que se realizar a eleição, a distribuição gratuita de bens, valores ou benefícios por parte da Administração Pública, exceto emcasos de calamidade pública, estado de emergência ou de programas sociais já em execução (art. 73, IV c/c/ art. 73, §10. da Lei 9.504/97);CONSIDERANDO ainda que o art. 73, § 11, da Lei n. 9.504/97, veda, em ano de eleições, a execução de programas sociais governamentais porintermédio (mediante subvenção, termo de cooperação técnica, convênio, dentre outras formas) de entidades nominalmente vinculadas acandidatos ou por estes mantidas;CONSIDERANDO que a Portaria nº 88, de 03 de fevereiro de 2020, do Ministério da Saúde, declarou Emergência em Saúde Pública deImportância Nacional (ESPIN) decorrente de Infecção Humana pelo novo coronavírus (Convid-19), conforme Decreto nº 7.616, de 17 denovembro de 2011;CONSIDERANDO o disposto no Decreto n.º 18.884, de 16 de março de 2020, do Poder Executivo do Estado do Piauí, que regulamentou a lei nº13.979, de 06 de fevereiro de 2020, para dispor no âmbito do Estado do Piauí, sobre as medidas de emergência de saúde pública de importânciainternacional e tendo em vista a classificação da situação mundial do novo coronavírus como pandemia, institui o Comitê de Gestão de Crise, edá outras providências;CONSIDERANDO que o Decreto nº 18.895, de 19 de março de 2020, do Poder Executivo do Estado do Piauí, que declarou estado decalamidade pública, para os fins do art. 65 da Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000, em razão da grave crise de saúde públicadecorrente da pandemia do Covid 19, e suas repercussões nas finanças públicas;CONSIDERANDO que a Medida Provisória nº 926/2020 alterou o texto da Lei 13.979/2020 e acrescentou hipótese de dispensa de licitação paraaquisição de bens, serviços, inclusive de engenharia, e insumos destinados ao enfrentamento da emergência de saúde pública de importânciainternacional decorrente do coronavírus;CONSIDERANDO que os casos de calamidade pública e de estado de emergência, que autorizam a exceção permissiva da concessão dobenefício, devem ser caracterizados por critérios objetivos e resultar de decisão expressa da autoridade competente;CONSIDERANDO que neste ano de 2020 não podem ser criados programas sociais de auxílio à população, mas apenas mantidos os que jáobjeto de execução orçamentária desde pelo menos 2019;CONSIDERANDO que a execução orçamentária em 2019 pressupõe previsão na respectiva LOA (Lei do Orçamento Anual) votada e sancionadaem 2018 ou em lei posterior de suplementação orçamentária e que esta última integra o orçamento anual desde que os novos recursos nelaprevistos resultem de anulação de rubricas ou excesso de arrecadação;CONSIDERANDO que compete ao Ministério Público Eleitoral o acompanhamento da execução financeira e administrativa dos programassociais mantidos em ano de eleição;

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CONSIDERANDO que constituem crimes previstos no artigo 334 do Código Eleitoral, utilizar organização comercial de vendas, distribuição demercadorias, prêmios e sorteios para propaganda ou aliciamento de eleitores, com pena de detenção de seis meses a um ano e cassação doregistro se o responsável for candidato; bem como no art. 299 do Código Eleitoral, dar, oferecer, prometer, solicitar ou receber, para si ou paraoutrem, dinheiro, dádiva, ou qualquer outra vantagem, para obter ou dar voto e para conseguir ou prometer abstenção, ainda que a oferta nãoseja aceita, com pena de reclusão até quatro anos e pagamento de cinco a quinze dias-multa.CONSIDERANDO ainda que dispensar licitação fora das hipóteses legais ou ainda, ou deixar de observar as formalidades pertinentes à dispensaou à inexigibilidade é crime previsto no art. 89 da Lei 8.666/93, que comina pena de detenção, de 3 (três) a 5 (cinco) anos, e multa;CONSIDERANDO que o Ministério Público, na defesa do regime democrático e da lisura do pleito, prefere atuar preventivamente, contribuindopara que se evitem os atos viciosos das eleições - como os aqui indicados - e se produzam resultados eleitorais legítimos;CONSIDERANDO a Orientação Técnica do Procurador Regional Eleitoral PRE/PI n.º 01/2020 que estabelece diretrizes para a atuação dosPromotores Eleitorais do Estado do Piauí na fiscalização da legalidade eleitoral das medidas adotadas, por gestores públicos, voltadas aoenfrentamento da situação de emergência e de calamidade pública decorrente da pandemia do Covid-19 (Coronavírus);CONSIDERANDO, até o presente momento, a manutenção do Calendário das eleições de 2020, tendo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE)confirmado a data de 4 de abril próximo como limite para a filiação partidária de pretensos candidatos às eleições municipais do corrente ano eesclarecido, em sessão de 19 de março de 2019, que, dado que o calendário das eleições municipais está previsto na Lei das Eleições (Lei n.9.504/1997), a Justiça Eleitoral não tem competência para alterá-lo, inclusive no que diz respeito ao prazo para filiação partidária, tratando-se dematéria de competência reservada ao Poder Legislativo;Considerando o ofício circular nº 02/2020 GABPRE/PRPI, recebido nesta data, que tem por objeto orientações técnicas na utilização dasespécies procedimentais previstas na Portaria PGR/PGE nº 01/2019;Considerando que o referido expediente orienta a instauração de Procedimento Preparatório Eleitoral - PPE, para encaminhamento deRecomendação aos gestores públicos em razão da Orientação Técnica PRE/PI nº 01/2020;Considerando que o artigo 58 da Portaria PGR/PGE 01/2019 preconiza: "O Procedimento Preparatório Eleitoral, de natureza facultativa,administrativa e unilateral, será instaurado para coletar subsídios necessários à atuação do Ministério Público Eleitoral perante a Justiça Eleitoral,visando à propositura de medidas cabíveis em relação aos ilícitos eleitorais de natureza não criminal. §1º. O Procedimento Preparatório Eleitoralnão é condição de procedibilidade para o ajuizamento de ações ou adoção de quaisquer medidas a cargo do Ministério Público Eleitoral. § 2º. OProcedimento Preparatório Eleitoral poderá ser instaurado diretamente ou com base em notícia de fato previamente autuada a partir decomunicações e representações de atribuição do Ministério Público Eleitoral";RESOLVE instaurar PROCEDIMENTO PREPARATÓRIO ELEITORAL com o fito de acompanhar eventual distribuição gratuita à população debens, serviços, valores ou benefícios, diante da situação de emergência declarada após o surto do novo coronavírus (COVID-19) por parte deagentes públicos, bem como o acompanhamento dos programas sociais em continuidade no ano de 2020 no município de Novo Santo Antônio/PIe os procedimentos de dispensa de licitação pelos ditos entes municipais em decorrência da situação de emergência declarada após o surto donovo coronavírus (COVID-19), nos termos da Medida Provisória nº 926/2020 e da Lei 13.979/2020.Em completude, determina-se o registro e autuação da presente portaria, a publicação deste ato no Diário de Justiça Eletrônico do TRE/PI e acomunicação da instauração deste Procedimento ao Exmo. Sr. Dr. Procurador Regional Eleitoral no Piauí, bem como ao Exmo. Sr. Coordenadordo CACOP/MPPI.Expeça-se recomendação administrativa aos agentes públicos dos municípios que compõem a Zona Eleitoral acerca da temática.Nomeia-se a Assessor de Promotoria de Justiça Bruno Costa de Pádua este Procedimento, como determina o art. 4º, inciso V, da Resolução nº23 do CNMP.Publique-se. Registre-se. Cumpra-se.Altos, 06 de abril de 2020.Denise Costa AguiarPromotora de JustiçaMINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORALPROCURADORIA REGIONAL ELEITORAL NO ESTADO DO PIAUÍPROMOTORIA ELEITORAL DA 47ª ZONA ELEITORALPORTARIA ELEITORAL Nº 004/2020 - PROMOTORIA ELEITORAL DA 47ª ZONA ELEITORAL/PIA Representante do Ministério Público Eleitoral nesta zona, no uso de suas atribuições legais e na forma como dispõem os arts. 37, § 1º e 127da Constituição Federal, Lei Complementar Federal nº 75/93; Lei Federal nº 8.625/93 (Lei Orgânica Nacional do Ministério Público); Lei Federalnº 9.504/97 (Lei das Eleições) e demais disposições legais aplicáveis à espécie, e;CONSIDERANDO que incumbe ao Ministério Público a defesa da ordem jurídica e do regime democrático (art. 127 da CF/88), como também oacompanhamento de todas as fases do processo eleitoral (art. 72 da Lei Complementar Federal n. 75/93);CONSIDERANDO que a democracia pressupõe liberdade e autonomia do eleitor na escolha de seus candidatos;CONSIDERANDO que o abuso do poder econômico e do poder político, como também o uso indevido dos veículos e meios de comunicaçãosocial constituem expedientes que atentam contra a isonomia de oportunidades dos candidatos e contra a liberdade de escolha dos eleitores,afetando a normalidade e a legitimidade das eleições;CONSIDERANDO que a Constituição Federal de 1988 consagra o princípio da impessoalidade para Administração Pública Direta e Indireta dequalquer dos Poderes da União, Estados, Distrito Federal e Municípios (art. 37, caput da CF/88);CONSIDERANDO que representa conduta vedada a agentes públicos fazer ou permitir uso promocional em favor de candidato, partido políticoou coligação, de distribuição gratuita de bens e serviços de caráter social custeados ou subvencionados pelo Poder Público, ficando proibidaainda, no ano em que se realizar a eleição, a distribuição gratuita de bens, valores ou benefícios por parte da Administração Pública, exceto emcasos de calamidade pública, estado de emergência ou de programas sociais já em execução (art. 73, IV c/c/ art. 73, §10. da Lei 9.504/97);CONSIDERANDO ainda que o art. 73, § 11, da Lei n. 9.504/97, veda, em ano de eleições, a execução de programas sociais governamentais porintermédio (mediante subvenção, termo de cooperação técnica, convênio, dentre outras formas) de entidades nominalmente vinculadas acandidatos ou por estes mantidas;CONSIDERANDO que a Portaria nº 88, de 03 de fevereiro de 2020, do Ministério da Saúde, declarou Emergência em Saúde Pública deImportância Nacional (ESPIN) decorrente de Infecção Humana pelo novo coronavírus (Convid-19), conforme Decreto nº 7.616, de 17 denovembro de 2011;CONSIDERANDO o disposto no Decreto n.º 18.884, de 16 de março de 2020, do Poder Executivo do Estado do Piauí, que regulamentou a lei nº13.979, de 06 de fevereiro de 2020, para dispor no âmbito do Estado do Piauí, sobre as medidas de emergência de saúde pública de importânciainternacional e tendo em vista a classificação da situação mundial do novo coronavírus como pandemia, institui o Comitê de Gestão de Crise, edá outras providências;CONSIDERANDO que o Decreto nº 18.895, de 19 de março de 2020, do Poder Executivo do Estado do Piauí, que declarou estado decalamidade pública, para os fins do art. 65 da Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000, em razão da grave crise de saúde públicadecorrente da pandemia do Covid 19, e suas repercussões nas finanças públicas;CONSIDERANDO que a Medida Provisória nº 926/2020 alterou o texto da Lei 13.979/2020 e acrescentou hipótese de dispensa de licitação paraaquisição de bens, serviços, inclusive de engenharia, e insumos destinados ao enfrentamento da emergência de saúde pública de importânciainternacional decorrente do coronavírus;CONSIDERANDO que os casos de calamidade pública e de estado de emergência, que autorizam a exceção permissiva da concessão do

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8.3. GRUPO GRUPO DE TRABALHO PARA AUXÍLIO E EXECUÇÃO DE MEDIDAS DE ENFRENTAMENTO AO

COVID-19 DE PICOS-PI11481

benefício, devem ser caracterizados por critérios objetivos e resultar de decisão expressa da autoridade competente;CONSIDERANDO que neste ano de 2020 não podem ser criados programas sociais de auxílio à população, mas apenas mantidos os que jáobjeto de execução orçamentária desde pelo menos 2019;CONSIDERANDO que a execução orçamentária em 2019 pressupõe previsão na respectiva LOA (Lei do Orçamento Anual) votada e sancionadaem 2018 ou em lei posterior de suplementação orçamentária e que esta última integra o orçamento anual desde que os novos recursos nelaprevistos resultem de anulação de rubricas ou excesso de arrecadação;CONSIDERANDO que compete ao Ministério Público Eleitoral o acompanhamento da execução financeira e administrativa dos programassociais mantidos em ano de eleição;CONSIDERANDO que constituem crimes previstos no artigo 334 do Código Eleitoral, utilizar organização comercial de vendas, distribuição demercadorias, prêmios e sorteios para propaganda ou aliciamento de eleitores, com pena de detenção de seis meses a um ano e cassação doregistro se o responsável for candidato; bem como no art. 299 do Código Eleitoral, dar, oferecer, prometer, solicitar ou receber, para si ou paraoutrem, dinheiro, dádiva, ou qualquer outra vantagem, para obter ou dar voto e para conseguir ou prometer abstenção, ainda que a oferta nãoseja aceita, com pena de reclusão até quatro anos e pagamento de cinco a quinze dias-multa.CONSIDERANDO ainda que dispensar licitação fora das hipóteses legais ou ainda, ou deixar de observar as formalidades pertinentes à dispensaou à inexigibilidade é crime previsto no art. 89 da Lei 8.666/93, que comina pena de detenção, de 3 (três) a 5 (cinco) anos, e multa;CONSIDERANDO que o Ministério Público, na defesa do regime democrático e da lisura do pleito, prefere atuar preventivamente, contribuindopara que se evitem os atos viciosos das eleições - como os aqui indicados - e se produzam resultados eleitorais legítimos;CONSIDERANDO a Orientação Técnica do Procurador Regional Eleitoral PRE/PI n.º 01/2020 que estabelece diretrizes para a atuação dosPromotores Eleitorais do Estado do Piauí na fiscalização da legalidade eleitoral das medidas adotadas, por gestores públicos, voltadas aoenfrentamento da situação de emergência e de calamidade pública decorrente da pandemia do Covid-19 (Coronavírus);CONSIDERANDO, até o presente momento, a manutenção do Calendário das eleições de 2020, tendo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE)confirmado a data de 4 de abril próximo como limite para a filiação partidária de pretensos candidatos às eleições municipais do corrente ano eesclarecido, em sessão de 19 de março de 2019, que, dado que o calendário das eleições municipais está previsto na Lei das Eleições (Lei n.9.504/1997), a Justiça Eleitoral não tem competência para alterá-lo, inclusive no que diz respeito ao prazo para filiação partidária, tratando-se dematéria de competência reservada ao Poder Legislativo;Considerando o ofício circular nº 02/2020 GABPRE/PRPI, recebido nesta data, que tem por objeto orientações técnicas na utilização dasespécies procedimentais previstas na Portaria PGR/PGE nº 01/2019;Considerando que o referido expediente orienta a instauração de Procedimento Preparatório Eleitoral - PPE, para encaminhamento deRecomendação aos gestores públicos em razão da Orientação Técnica PRE/PI nº 01/2020;Considerando que o artigo 58 da Portaria PGR/PGE 01/2019 preconiza: "O Procedimento Preparatório Eleitoral, de natureza facultativa,administrativa e unilateral, será instaurado para coletar subsídios necessários à atuação do Ministério Público Eleitoral perante a Justiça Eleitoral,visando à propositura de medidas cabíveis em relação aos ilícitos eleitorais de natureza não criminal. §1º. O Procedimento Preparatório Eleitoralnão é condição de procedibilidade para o ajuizamento de ações ou adoção de quaisquer medidas a cargo do Ministério Público Eleitoral. § 2º. OProcedimento Preparatório Eleitoral poderá ser instaurado diretamente ou com base em notícia de fato previamente autuada a partir decomunicações e representações de atribuição do Ministério Público Eleitoral";RESOLVE instaurar PROCEDIMENTO PREPARATÓRIO ELEITORAL com o fito de acompanhar eventual distribuição gratuita à população debens, serviços, valores ou benefícios, diante da situação de emergência declarada após o surto do novo coronavírus (COVID-19) por parte deagentes públicos, bem como o acompanhamento dos programas sociais em continuidade no ano de 2020 no município de Alto Longá/PI e osprocedimentos de dispensa de licitação pelos ditos entes municipais em decorrência da situação de emergência declarada após o surto do novocoronavírus (COVID-19), nos termos da Medida Provisória nº 926/2020 e da Lei 13.979/2020.Em completude, determina-se o registro e autuação da presente portaria, a publicação deste ato no Diário de Justiça Eletrônico do TRE/PI e acomunicação da instauração deste Procedimento ao Exmo. Sr. Dr. Procurador Regional Eleitoral no Piauí, bem como ao Exmo. Sr. Coordenadordo CACOP/MPPI.Expeça-se recomendação administrativa aos agentes públicos dos municípios que compõem a Zona Eleitoral acerca da temática.Nomeia-se a Assessor de Promotoria de Justiça Bruno Costa de Pádua este Procedimento, como determina o art. 4º, inciso V, da Resolução nº23 do CNMP.Publique-se. Registre-se. Cumpra-se.Altos, 06 de abril de 2020.Denise Costa AguiarPromotora de Justiça

RECOMENDAÇÃO Nº 11/2020O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, por seuspresentantes signatários, com atuação perante o Grupo de Trabalho, instituído pela Portaria PGJ/PI 866/2020, no uso das atribuições que lhessão conferidas pelos arts. 127, 129, III, da Constituição Federal, art. 8°, § 1°, da Lei n° 7.347/85, art. 25, IV, "b", da Lei n° 8.625/93 e art. 36, VI, daLei Complementar Estadual n° 12/93 e:CONSIDERANDO que o Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbido da defesa da ordemjurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis, segundo disposição contida no caput do artigo 127, daConstituição Federal;CONSIDERANDO o disposto no artigo 129, inciso II, da Constituição Federal, que atribui ao Ministério Público a função institucional de "zelarpelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de relevância pública aos direitos assegurados nesta Constituição, promovendo asmedidas necessárias a sua garantia";CONSIDERANDO que a Organização Mundial de Saúde - OMS, em 30 de janeiro de 2020, declarou Emergência de Saúde Pública deImportância Internacional - ESPII, dado o grau de avanço dos casos de contaminação pelo novo coronavírus, classificando sua contaminaçãocomo uma pandemia, cobrando ações dos governos compatíveis com a gravidade da situação a ser enfrentada;CONSIDERANDO que, no Brasil, o Estado de Emergência de Saúde Pública de Importância Nacional - ESPIN foi declarado em 3 de fevereiro de2020, por meio da edição da Portaria MS nº 188, nos termos do Decreto nº 7.616, de 17 de novembro de 2011;CONSIDERANDO que segundo dados divulgados pela Secretaria Estadual de Saúde, através do "Portal de Informações em Saúde", o Piauíchega a 08 casos do Novo Corona Vírus (Covid-19) publicado nesta data, às 19:30 do dia 30/03/2020, registrando que além dos 231 casossuspeitos, 18 foram confirmados, havendo um total de 04 óbitos, ou seja, a situação, lamentavelmente, está se agudizando com o aumento deinfectados;CONSIDERANDO que a adoção de medidas preventivas à contaminação por doença de propagação coletiva deve ser exigida pelo PoderPúblico, que, nos termos do art. 216, deve garantir o direito à saúde de todos "mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução dorisco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação".CONSIDERNADO que o serviço de saúde deve garantir que as políticas e as boas práticas internas minimizem a exposição a patógenos

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respiratórios, incluindo o novo coronavírus (SARS-CoV-2);CONSIDERNADO que as medidas de prevenção e controle de infecção devem ser implementadas pelos profissionais que atuam nos serviços desaúde para evitar ou reduzir ao máximo a transmissão de microrganismos durante qualquer assistência à saúde realizada;CONSIDERANDO que, a partir dessa constatação, recentes manifestações de órgãos sanitários, como a Nota Técnica GVIMS/GGTES/ANVISA -21/03/2020, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, tem orientado os profissionais dos serviços de saúde sobre as medidas de prevenção econtrole que devem ser adotadas durante a assistência aos casos suspeitos ou confirmados de infecção pelo novo Coronavírus (SARS-CoV-2);CONSIDERNANDO que os serviços de diálise devem garantir que o tratamento dialítico continue sendo prestado, não podendo se negar areceber pacientes suspeitos ou confirmados de apresentarem COVID -19 ou pacientes que estavamrealizando o tratamento dialítico fora do seu domicílio (no mesmo estado ou em outro estado);CONSIDERANDO que os pacientes não podem ficar sem receber o tratamento dialítico, cabendo, dessa forma, ao serviço de diálise ajustar osseus fluxos para o manejo de casos e seguir as orientações da ANVISA, e dos documentos do Ministério da Saúde de forma a realizar umaassistência segura para os pacientes e profissionais de saúde;CONSIDERANDO que os serviços de diálise devem estabelecer estratégias para identificar pacientes suspeitos ou confirmados de apresentareminfecção pelo novo coronavírus, antes mesmo de chegar ao serviço ou de entrar na área de tratamento, de forma que a equipe possa seorganizar/planejar o atendimento;CONSIDERANDO que a melhor maneira de prevenir essa doença (COVID-19) é adotar ações para impedir a propagação do vírus, o Ministério Público do Estado do Piauí, por meio de seus presentantes signatários,RESOLVE:RECOMENDAR ao Instituto dos Rins e ao Centro de Terapia Renal de Picos-PI, a adoção de todas as medidas profiláticas necessárias paraconter a propagação da doença, com observância dos seguintes cuidados:a)Orientações geraisComo parte do programa de prevenção e controle de infecção, os serviços de diálise devem definir políticas e práticas para reduzir adisseminação de patógenos respiratórios contagiosos, incluindo o vírus SARS-CoV2;Os serviços de diálise devem disponibilizar perto de poltronas de diálise e postos de enfermagem suprimentos/insumos para estimular a adesão àhigiene respiratória e etiqueta da tosse. Isso inclui lenços de papel e lixeira com tampa e abertura sem contato manual;Também devem prover condições para higiene das mãos com preparação alcoólica (dispensadores de preparação alcoólica a 70%) e com águae sabonete líquido (lavatório/pia com dispensador de sabonete líquido, suporte para papel toalha, papel toalha, lixeira com tampa e abertura semcontato manual);Os serviços de diálise devem reforçar aos pacientes e aos profissionais desaúde instruções sobre a higiene das mãos, higiene respiratória e etiqueta da tosse; Os serviços de diálise devem implementar políticas, que não sejam punitivas, para permitir que o profissional de saúde que apresente sintomasrespiratórios seja afastado do trabalho;Todos os pacientes e acompanhantes devem ser orientados a não transitar pelas áreas da clínica desnecessariamente;Todos os pacientes e acompanhantes devem ser orientados a não compartilhar objetos e alimentos com outros pacientes e acompanhantes;Permitir a presença de acompanhantes apenas de casos excepcionais ou definidos por lei;Quando houver suspeita ou confirmação de COVID-19, conforme definição de caso do Ministério da Saúde, o serviço de diálise deve fazer anotificação do caso suspeito ou confirmado;b)Orientações diante de casos suspeitos e confirmados de COVID-19Os pacientes devem ser orientados a informar previamente ao serviço de diálise (por exemplo: por ligação telefônica antes de dirigir-se à clínica(de preferência) ou ao chegar ao serviço, caso apresentem febre e sintomas respiratórios ou caso sejam suspeitos ou confirmados deapresentarem COVID -19;Devem ser disponibilizados alertas nas entradas do serviço com instruções para que pacientes informem a equipe (por exemplo, quandochegarem ao balcão de registro) caso estejam apresentando febre ou sintomas respiratórios ou caso sejam suspeitos ou confirmados deapresentarem COVID -19;Antes da entrada na área de tratamento, ainda na recepção, deve ser aplicado um pequeno "questionário" a todos os pacientes com perguntassobre o seu estado geral, presença de febre ou sintomas respiratórios, contato prévio com pessoas com febre ou sintomas respiratórios ou comCOVID-19 suspeita ou confirmada;Os serviços de diálise devem organizar um espaço na área de recepção/espera para que os pacientes suspeitos ou confirmados deapresentarem COVID -19 fiquem a uma distância mínima de 1 metro dos outros pacientes;Devem ser disponibilizadas máscaras cirúrgicas na entrada do serviço para que sejam oferecidas aos pacientes suspeitos ou confirmados deapresentarem COVID19, logo na chegada ao serviço de diálise;Os pacientes suspeitos ou confirmados de apresentarem COVID-19devem ser orientados a utilizar a máscara cirúrgica de forma adequada e durante todo o período de permanência na clínica;Pacientes suspeitos ou confirmados de apresentarem COVID-19 devem ser levados para uma área de tratamento o mais rápido possível, a fimde minimizar o tempo na área de espera e a exposição de outros pacientes;As instalações devem manter no mínimo 1 metro de separação entre pacientes suspeitos ou confirmados de apresentarem COVID-19 (usandomáscaras cirúrgicas) e outros pacientes durante o tratamento de diálise;Pacientes suspeitos ou confirmados de apresentarem COVID-19 devem preferencialmente ser dialisados em uma sala separada, bem ventilada ecom a porta fechada, respeitando-se a distância mínima de 1 metro:-As salas de isolamento de hepatite B podem ser usadas para esses pacientes em diálise apenas se:o paciente tiver antígeno de superfície da hepatite B positivo ouquando existir a sala, mas o serviço não possui pacientes com hepatite B.Se não tiver condições de colocar esses pacientes em uma sala separada, os mesmos devem ser dialisados no turno com o menor número depacientes, nas máquinas mais afastadas do grupo, e longe do fluxo principal de tráfego, quando possível. Deve ser estabelecida uma distânciamínima de 1 metro entre os pacientes.Caso haja mais de um paciente suspeito ou confirmado de apresentar COVID- 19 sugere-se realizar o isolamento por coorte, ou seja, colocar emuma mesma área pacientes com infecção pelo mesmo agente infeccioso. Sugere-se ainda que sejam separadas as últimas seções do dia paraesses pacientes OU, no caso de haver muitos pacientes com COVID-19 confirmada, o serviço deve remanejar os turnos de todos os pacientes,de forma a manter aqueles com COVID-19 suspeita ou confirmada dialisando em um turno exclusivo para esses pacientes (de preferência oúltimo turno do dia). De qualquer forma, deve haver a distância mínima de 1 metro entre os leitos/poltronas, os pacientes devem utilizar máscaracirúrgica e os profissionais devem aplicar todas as medidas de precaução (uso de EPI).Essa orientação é importante uma vez que os pacientes com suspeita de COVID-19 podem ainda não ter o diagnóstico confirmado para essadoença.Atenção! A coorte não deve ser realizada entre pacientes com doenças respiratórias de etiologias diferentes. Por exemplo, pacientes cominfluenza confirmadae com COVID-19 não devem ficar na mesma coorte.O serviço de diálise deve avaliar a viabilidade de prestar o atendimento no domicílio do paciente suspeito ou confirmado de apresentar COVID -19 (caso seja possível);

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Devem ser definidos profissionais exclusivos para o atendimento dos pacientes suspeitos ou confirmados de apresentarem COVID -19 (coorte deprofissionais);As linhas de diálise e dialisadores utilizados em pacientes suspeitos ou confirmados de infecção pelo novo coronavírus (SARS-Cov-2) devem serdescartadas após o uso, não podendo assim ser reaproveitados, nem mesmo para o próprio paciente;Utilizar produtos para saúde exclusivos para pacientes suspeitos ou confirmados de apresentarem COVID-19 (termômetros, esfigmomanômetrosetc). Caso não seja possível, proceder a rigorosa limpeza e desinfecção após o uso (pode ser utilizado álcool líquido a 70%, desde que osprodutos e equipamentos não sejam de tecidos);Devem ser instituídas as precauções de contato e de gotículas, além das precauções padrão por todos os profissionais que forem prestarassistência a pacientes suspeitos ou confirmados de apresentarem COVID -19. Isso inclui, entre outras ações, o uso de:-Gorro-Óculos ou protetor facial-Máscara cirúrgica-Aventais descartáveis (principalmente, para iniciar e terminar o tratamento dialítico, manipular agulhas de acesso ou cateteres, ajudar o pacientea entrar e sair da estação, limpar e desinfetar o equipamento de assistência ao paciente e a estação de diálise).-LuvasOs pacientes suspeitos ou confirmados de apresentarem COVID -19 devem ser orientados a permanecerem com a máscara cirúrgica durantetoda a sua permanência no serviço.Após o processo dialítico deve ser realizada uma rigorosa limpeza e desinfecção de toda a área que o paciente teve contato, incluindo a máquina,a poltrona,a mesa lateral, e qualquer superfície e equipamentos localizados a menos de um metro da área do paciente ou que possam ter sido tocados ouutilizados por ele.Ficam os destinatários da recomendação advertidos dos seguintes efeitos dela advindos da inobservância e descaso social:tornar inequívoca a demonstração da consciência da ilicitude do recomendado;caracterizar o dolo, má-fé ou ciência da irregularidade, por ação ou omissão, para viabilizar futuras responsabilizações em sede de ação civilpública por ato de improbidade administrativa quando tal elemento subjetivo for exigido;constituir-se em elemento probatório em sede de ações cíveis oucriminais;fixa-se o prazo de 10 (cinco) dias, a contar do recebimento, para que os destinatários manifestem-se sobre as medidas que têm sido adotadaspara acolhimento da presente recomendação, devendo encaminhar à Promotoria de Justiça de Picos-PI, pelo e-mail ([email protected])as providências tomadas e a documentação hábil a provar o fiel cumprimento para o seu cumprimento.Encaminhe-se a presente Recomendação para que seja publicada no diário eletrônico do Ministério Público, bem como se remetam cópias aoCentro de Apoio Operacional de Defesa da Cidadania e Saúde, e aos respectivos destinatários.(PI), 01 de abril de 2020.ANTÔNIO CÉSAR GONÇALVES BARBOSAPromotor de Justiça da 3ª PJ de PicosCLEANDRO ALVES DE MOURAPromotor de Justiça, em exercício na 7ª PJ de PicosITANIELI ROTONDO SÁPromotora de Justiça da 2ª PJ de PicosMICHELINE RAMALHO SEREJO SILVAPromotora de Justiça da 1ª PJ de PicosPAULO MAURÍCIO ARAÚJO GUSMÃOPromotor de Justiça da PJ de Inhuma-PI

PORTARIA Nº 069/2020PA - PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO

O GRUPO DE TRABALHO PARA AUXÍLIO E EXECUÇÃO DE MEDIDAS DE ENFRENTAMENTO AO COVID-19 de Picos-PI,conforme Portaria nº 866/2020, publicada no DOEMP nº 599, de 20/03/2020, no uso de suas atribuições legais e constitucionais, especialmenteescudado nos arts. 127 e 129, da Carta Magna;CONSIDERANDO que o Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbido da defesa da ordemjurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis, segundo disposição contida no caput do artigo 127, daConstituição Federal;CONSIDERANDO o disposto no artigo 129, inciso II, da Constituição Federal, que atribui ao Ministério Público a função institucional de "zelarpelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de relevância pública aos direitos assegurados nesta Constituição, promovendo asmedidas necessárias a sua garantia";CONSIDERANDO que a Organização Mundial de Saúde - OMS, em 30 de janeiro de 2020, declarou Emergência de Saúde Pública deImportância Internacional - ESPII, dado o grau de avanço dos casos de contaminação pelo novo coronavírus, classificando sua contaminaçãocomo uma pandemia, cobrando ações dos governos compatíveis com a gravidade da situação a ser enfrentada;CONSIDERANDO que, no Brasil, o Estado de Emergência de Saúde Pública de Importância Nacional - ESPIN foi declarado em 3 de fevereiro de2020, por meio da edição da Portaria MS nº 188, nos termos do Decreto nº 7.616, de 17 de novembro de 2011;CONSIDERANDO que segundo dados divulgados pela Secretaria Estadual de Saúde, através do "Portal de Informações em Saúde", o Piauíchega a 08 casos do Novo Corona Vírus (Covid-19) publicado nesta data, às 19:30 do dia 30/03/2020, registrando que além dos 231 casossuspeitos, 18 foram confirmados, havendo umtotal de 04 óbitos, ou seja, a situação, lamentavelmente, está se agudizando com o aumento de infectados;CONSIDERANDO que a adoção de medidas preventivas à contaminação por doença de propagação coletiva deve ser exigida pelo PoderPúblico, que, nos termos do art. 216, deve garantir o direito à saúde de todos "mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução dorisco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação";CONSIDERNADO que o serviço de saúde deve garantir que as políticas e as boas práticas internas minimizem a exposição a patógenosrespiratórios, incluindo o novo coronavírus (SARS-CoV-2);CONSIDERNADO que as medidas de prevenção e controle de infecção devem ser implementadas pelos profissionais que atuam nos serviços desaúde para evitar ou reduzir ao máximo a transmissão de microrganismos durante qualquer assistência à saúde realizada;CONSIDERANDO que, a partir dessa constatação, recentes manifestações de órgãos sanitários, como a Nota Técnica GVIMS/GGTES/ANVISA -21/03/2020, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, tem orientado os profissionais dos serviços de saúde sobre as medidas de prevenção econtrole que devem ser adotadas durante a assistência aos casos suspeitos ou confirmados de infecção pelo novo Coronavírus (SARS-CoV-2);CONSIDERNANDO que os serviços de diálise devem garantir que o tratamento dialítico continue sendo prestado, não podendo se negar areceber pacientes suspeitos ou confirmados de apresentarem COVID -19 ou pacientes que estavam realizando o tratamento dialítico fora do seudomicílio (no mesmo estado ou em outro estado);CONSIDERANDO que os pacientes não podem ficar sem receber o tratamento dialítico, cabendo, dessa forma, ao serviço de diálise ajustar os

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8.4. GRUPO REGIONAL DE DEFESA DA PROBIDADE ADMINISTRATIVA - TERESINA11483

seus fluxos para o manejo de casos e seguir as orientações da ANVISA, e dos documentos do Ministério da Saúde de forma a realizar umaassistência segura para os pacientes e profissionais de saúde;CONSIDERANDO que os serviços de diálise devem estabelecer estratégias para identificar pacientes suspeitos ou confirmados de apresentareminfecção pelo novo coronavírus, antes mesmo de chegar ao serviço ou de entrar na área de tratamento, de forma que a equipe possa seorganizar/planejar o atendimento;CONSIDERANDO que a melhor maneira de prevenir essa doença (COVID-19) é adotar ações para impedir a propagação do vírus;RESOLVE:Instaurar o presente PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO, visando o acompanhamento das medidas profiláticas necessárias àprevenção/contenção do novo Coronavírus (COVID-19), a serem adotadas pelo Instituto dos Rins e pelo Centro de Terapia Renal do municípiode PICOS-PI, pelo que, determina-se, desde logo, o seguinte:Registre-se e autue-se a presente portaria e documentos que a acompanham, com alimentação do sistema próprio do MPPI e SIMP, publicando-a no DOEMP, em atenção ao disposto no art. 4º, VI, da Res. CNMP n.º 23/07;Comunique-se ao E. CSMP acerca da instauração do presente procedimento;Encaminhe-se a Nota Técnica e respectiva Recomendação, mediante ofício, ao Instituto dos Rins e ao Centro de Terapia Renal do município dePicos-PI;Nomeia-se como secretária do presente PA, MARIA ALICE MEDEIROS DE TAVARES FRANÇA, servidora do MP/PI;Diligências no prazo da Lei, a contar da juntada nos autos dos respectivos AR´s e certificação.Não havendo diligências pendentes, volte-me os autos conclusos.Cumpra-se, observados os ditames do Ato PGJ n. 931/2019, voltando-me conclusos os autos, findo o prazo da lei, com ou sem resposta.Picos/PI, 07 de abril de 2020.ANTÔNIO CÉSAR GONÇALVES BARBOSAPromotor de Justiça da 3ª PJ de PicosCLEANDRO ALVES DE MOURAPromotor de Justiça, em exercício na 7ª PJ de PicosITANIELI ROTONDO SÁPromotora de Justiça da 2ª PJ de PicosMICHELINE RAMALHO SEREJO SILVAPromotora de Justiça da 1ª PJ de PicosPAULO MAURÍCIO ARAÚJO GUSMÃOPromotor de Justiça da PJ de Inhuma-PI

PORTARIA Nº 02/2020INSTAURA O PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO Nº 02/2020SIMP 000016-424/2020O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE PIAUÍ, por seu representante, no Grupo Regional de Defesa da Probidade Administrativo -Teresina, no uso das atribuições que lhes são conferidas pelos arts. 127, 129, III, da Constituição Federal, art. 26, I da Lei n° 8.625/93 e art. 37,incisos I, V e VI, da Lei Complementar Estadual n° 12/93,CONSIDERANDO que a Resolução CNMP nº 174, de 04 de julho de 2017, autorizou a instauração de PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO,para acompanhar e fiscalizar, de forma continuada, políticas públicas ou instituições;CONSIDERANDO que o Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa daordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis, nos termos do art. 127, caput, da Constituição daRepública;CONSIDERANDO que, em 30.01.2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que o surto da doença causada pelo Coronavírus(COVID-19) constitui Emergência de Saúde Pública de importância Internacional (ESPII);CONSIDERANDO que a ESPII é considerada, nos termos do Regulamento Sanitário Internacional (RSI), "um evento extraordinário que podeconstituir um risco de saúde pública para outros países devido à disseminação internacional de doenças; e potencialmente requer uma respostainternacional coordenada e imediata";CONSIDERANDO que o Ministério da Saúde, em 30/01/2020, através da Portaria GM/MS nº 188/2020, declarou "emergência em saúde públicade importância nacional", em decorrência da infecção humana pelo Coronavírus, considerando que a situação atual demanda o emprego urgentede medidas de prevenção, controle e contenção de riscos, danos e agravos à saúde pública;CONSIDERANDO que o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), por meio da Comissão da Saúde, emitiu a Nota Técnica Conjunta nº01/2020 - CES/CNMP/1ª CCR, contendo subsídios para a atuação coordenada do Ministério Público voltada ao enfrentamento do COVID-19;CONSIDERANDO ser o Ministério Público órgão agente da fiscalização da gestão pública de saúde, assim definido na Seção IV, Capítulo IV, daLei Complementar Federal nº 141, de 13 de janeiro de 2012;CONSIDERANDO que para a contratação de bens, obras ou serviços pela Administração Pública vige o princípio da obrigatoriedade doprocedimento licitatório, conforme exigência da Constituição Federal (art. 37, XI) e Lei 8.666/93, como medida de legalidade, impessoalidade,isonomia, eficiência e moralidade;CONSIDERANDO que, nos termos do artigo 4º da Lei nº 13.979/2020, "é dispensável a licitação para aquisição de bens, serviços, inclusive deengenharia, e insumos destinados ao enfrentamento da emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus"sendo consideradas presumidas: a) a ocorrência de situação de emergência; b) a necessidade de pronto atendimento da situação deemergência; c) a existência de risco a segurança de pessoas, obras, prestação de serviços, equipamentos e outros bens, públicos ouparticulares; e d) a limitação da contratação à parcela necessária ao atendimento da situação de emergência";CONSIDERANDO, no entanto, que a mencionada lei, artigo 4º E), impõe alguns requisitos a serem observados, ainda de que de modosimplificado, quais sejam:"O termo de referência simplificado ou o projeto básico simplificado a que se refere o caput conterá:I - declaração do objeto;II - fundamentação simplificada da contratação;III - descrição resumida da solução apresentada;IV - requisitos da contratação;V - critérios de medição e pagamento;VI - estimativas dos preços obtidos por meio de, no mínimo, um dos seguintes parâmetros:a) Portal de Compras do Governo Federal;b) pesquisa publicada em mídia especializada;c) sítios eletrônicos especializados ou de domínio amplod) contratações similares de outros entes públicos; oue) pesquisa realizada com os potenciais fornecedores; e

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VII - adequação orçamentária.§ 2º Excepcionalmente, mediante justificativa da autoridade competente, será dispensada a estimativa de preços de que trata o inciso VI docaput.§ 3º Os preços obtidos a partir da estimativa de que trata o inciso VI do caput não impedem a contratação pelo Poder Público por valoressuperiores decorrentes de oscilações ocasionadas pela variação de preços, hipótese em que deverá haver justificativa nos autos".CONSIDERANDO a Dispensa de Licitação nº 20/2020, Processo Administrativo nº 1292/2020, realizado pela Fundação Estatal Piauiense deServiços Hospitalares - FEPISERH, com o objetivo de adquirir "equipamentos de proteção individual (EPIs), insumos e outros materiais parahigienização de ambiente para atender a demanda do Hospital Getúlio Vargas - HGV.RESOLVECom fundamento no art. 8º da Resolução nº 174 do CNMP, de 04 de julho de 2017, INSTAURAR o PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO Nº002/2020, com a finalidade de acompanhar a Dispensa de Licitação nº 20/2020/FEPISERH (processo administrativo nº 1292/2020) e suasrepercussões jurídicas, determinando, para tanto:1. Autue-se a presente Portaria com os documentos que originaram sua instauração e registre-se em livro próprio, conforme determina o art. 8º,da Resolução nº 001/2008, do Colégio de Procuradores de Justiça do Estado do Piauí;2. Encaminhe-se arquivo da presente portaria, ao setor competente da Procuradoria-Geral de Justiça, para fins de publicação no Diário Eletrônicodo Ministério Público do Estado do Piauí, em cumprimento ao disposto no art. 2º, § 4º, inciso VI, da Resolução nº 01/2008, do Colégio deProcuradores de Justiça do Estado do Piauí;3. Remeta-se cópia desta portaria ao Centro de Apoio Operacional de Defesa do Patrimônio Público, para conhecimento, conforme determina oart. 6º, § 1º, da Resolução nº 01/2008, do Colégio de Procuradores de Justiça do Estado do Piauí;4. Afixe-se cópia desta portaria no quadro de avisos dessa 44ª Promotoria de Justiça;5. Oficie-se ao Senhor Presidente da Fundação Estatal Piauiense de Serviços Hospitalares - FEPISERH requisitando que forneça a estaPromotoria de Justiça, no prazo de 5 (cinco) dias, cópia do processo administrativo que deu origem à Dispensa de Licitação nº 20/2020.REGISTRE-SE e CUMPRA-SE. Expedientes necessários.Teresina, 28 de abril de 2020Fernando Ferreira dos SantosPromotor de JustiçaPROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA DO PIAUÍGrupo Regional de Defesa da Probidade Administrativa - TeresinaPORTARIA Nº 03/2020INSTAURA O PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO Nº 03/2020SIMP 000017-424/2020O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE PIAUÍ, por seu representante, no Grupo Regional de Defesa da Probidade Administrativo -Teresina, no uso das atribuições que lhes são conferidas pelos arts. 127, 129, III, da Constituição Federal, art. 26, I da Lei n° 8.625/93 e art. 37,incisos I, V e VI, da Lei Complementar Estadual n° 12/93,CONSIDERANDO que a Resolução CNMP nº 174, de 04 de julho de 2017, autorizou a instauração de PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO,para acompanhar e fiscalizar, de forma continuada, políticas públicas ou instituições;CONSIDERANDO que o Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa daordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis, nos termos do art. 127, caput, da Constituição daRepública;CONSIDERANDO que, em 30.01.2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que o surto da doença causada pelo Coronavírus(COVID-19) constitui Emergência de Saúde Pública de importância Internacional (ESPII);CONSIDERANDO que a ESPII é considerada, nos termos do Regulamento Sanitário Internacional (RSI), "um evento extraordinário que podeconstituir um risco de saúde pública para outros países devido à disseminação internacional de doenças; e potencialmente requer uma respostainternacional coordenada e imediata";CONSIDERANDO que o Ministério da Saúde, em 30/01/2020, através da Portaria GM/MS nº 188/2020, declarou "emergência em saúde públicade importância nacional", em decorrência da infecção humana pelo Coronavírus, considerando que a situação atual demanda o emprego urgentede medidas de prevenção, controle e contenção de riscos, danos e agravos à saúde pública;CONSIDERANDO que o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), por meio da Comissão da Saúde, emitiu a Nota Técnica Conjunta nº01/2020 - CES/CNMP/1ª CCR, contendo subsídios para a atuação coordenada do Ministério Público voltada ao enfrentamento do COVID-19;CONSIDERANDO ser o Ministério Público órgão agente da fiscalização da gestão pública de saúde, assim definido na Seção IV, Capítulo IV, daLei Complementar Federal nº 141, de 13 de janeiro de 2012;CONSIDERANDO que para a contratação de bens, obras ou serviços pela Administração Pública vige o princípio da obrigatoriedade doprocedimento licitatório, conforme exigência da Constituição Federal (art. 37, XI) e Lei 8.666/93, como medida de legalidade, impessoalidade,isonomia, eficiência e moralidade;CONSIDERANDO que, nos termos do parágrafo único do artigo 26 da Lei nº 8666/93, o processo de dispensa, de inexigibilidade ou deretardamento, previsto neste artigo, será instruído, no que couber, com os seguintes elementos:I -caracterização da situação emergencial, calamitosa ou de grave e iminente risco à segurança pública que justifique a dispensa, quando for ocaso;II- razão da escolha do fornecedor ou executante;III- justificativa do preço.IV- documento de aprovação dos projetos de pesquisa aos quais os bens serão alocados.CONSIDERANDO que a Secretaria Municipal de Educação - SEMEC publicou, no Diário Oficial nº 2.739, de 30 de março de 2020, a Dispensa deLicitação nº 006/2020, Processo Administrativo nº 044-03454/2020/SEMEC/PMT, com o objetivo de contratar "empresa para fornecimento de KitAlimentação, a fim de atender necessidade urgente e básica dos alunos dessa Rede Pública Municipal de Ensino".RESOLVECom fundamento no art. 8º da Resolução nº 174 do CNMP, de 04 de julho de 2017, INSTAURAR o PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO Nº003/2020, com a finalidade de acompanhar a Dispensa de Licitação nº 006/2020, Processo Administrativo nº 044-03454/2020/SEMEC/PMT, e suas repercussões jurídicas, determinando, para tanto:1. Autue-se a presente Portaria com os documentos que originaram sua instauração e registre-se em livro próprio, conforme determina o art. 8º,da Resolução nº 001/2008, do Colégio de Procuradores de Justiça do Estado do Piauí;2. Encaminhe-se arquivo da presente portaria, ao setor competente da Procuradoria-Geral de Justiça, para fins de publicação no Diário Eletrônicodo Ministério Público do Estado do Piauí, em cumprimento ao disposto no art. 2º, § 4º, inciso VI, da Resolução nº 01/2008, do Colégio deProcuradores de Justiça do Estado do Piauí;3. Remeta-se cópia desta portaria ao Centro de Apoio Operacional de Defesa do Patrimônio Público, para conhecimento, conforme determina oart. 6º, § 1º, da Resolução nº 01/2008, do Colégio de Procuradores de Justiça do Estado do Piauí;4. Afixe-se cópia desta portaria no quadro de avisos dessa 44ª Promotoria de Justiça;5. Oficie-se ao Senhor Secretário Municipal de Educação requisitando que forneça a esta Promotoria de Justiça, no prazo de 10 (dez) dias,cópia do processo administrativo que deu origem à Dispensa de Licitação nº 006/2020.

Diário Eletrônico do MPPIANO IV - Nº 624 Disponibilização: Quarta-feira, 29 de Abril de 2020 Publicação: Quinta-feira, 30 de Abril de 2020

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8.5. GRUPO REGIONAL DE PROMOTORIAS INTEGRADAS NO ACOMPANHAMENTO DO COVID-19 DE

TERESINA – REGIONAL BOM JESUS-PI11487

REGISTRE-SE e CUMPRA-SE. Expedientes necessários.Teresina, 28 de abril de 2020Fernando Ferreira dos SantosPromotor de Justiça

PORTARIA Nº 11/2020PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO Nº 11/2020Objeto: Acompanhar e fiscalizar o fluxo de presos na Delegacia Regional de Corrente - PI no sentido de prevenir o contágio da COVID-19 entreas pessoas privadas de liberdade, bem como entre aquelas e os servidores lotados no local.O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, por seus representantes, no Grupo Regional de Promotorias Integradas no Acompanhamentodo COVID-19 de Bom Jesus-PI, no uso das atribuições que lhes são conferidas pelos arts. 127, 129, III, da Constituição Federal, art. 26, I da Lein° 8.625/93 e art. 37, incisos I, V e VI, da Lei Complementar Estadual n° 12/93,Considerando que é direito do preso a integridade física e moral, conforme art. 5º, XLIX[1], da Constituição Federal, bem como a assistênciamaterial, à saúde e social, consoante art. 41, VII[2], da Lei de Execuções Penais;Considerando que a saúde é direito de todos e dever do Estado, tratando-se de direito social tal como a redução dos riscos inerentes aotrabalho, através de normas de saúde, higiene e segurança, de acordo com o art. 196, caput[3], e arts. 6º, caput[4], e 7º, XXII[5], da ConstituiçãoFederal;CONSIDERANDO que ao Ministério Público compete o controle externo da atividade policial, conforme previsto no art. 129, VII da ConstituiçãoFederal em vigor;Considerando que, em 11 de março de 2020, a Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou pandemia para o Coronavírus (COVID-19),dada a propagação do vírus por todo o mundo;Considerando o alto poder de contágio do Coronavírus, o que motivou as orientações da OMS e do Ministério da Saúde no sentido de oisolamento social ser a medida mais eficaz para a não contaminação;Considerando a dificuldade de isolamento nas Delegacias de Polícia Civil do Estado do Piauí, principalmente considerando a ausência dequantidade razoável de celas, bem como a necessidade de adoção de providências urgentes para evitar a disseminação da COVID-19 nasunidades policiais, o que poderia provocar a morte de presos e de servidores públicos que lá desempenham as suas funções;Considerando a publicação da Portaria MS nº 356/2020, que estabelece a regulamentação e operacionalização do disposto na Lei nº13.979/2020, que traz medidas para enfrentamento da emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do Coronavírus(COVID-19);Considerando o Decreto nº 18.884, de 16 de março de 2020, que regulamenta a lei nº 13.979/2020, para dispor no âmbito do Estado do Piauí,sobre as medidas emergência de saúde pública de importância internacional e tendo em visa a classificação da situação mundial do novoCoronavírus;Considerando que, com base na Portaria nº 16/2020 da Delegacia Geral da Polícia Civil do Estado do Piauí, permanece o atendimento físico naDelegacia de Bom Jesus nos casos de Homicídio/Feminicídio, Roubo, Estupro, Sequestro/Cárcere Privado, Furto de Veículos, ViolênciaDoméstica, bem como a realização de Prisões em Flagrante; eConsiderando a publicação da Portaria nº 23/2020 da Delegacia Geral da Polícia Civil do Estado do Piauí, que estabelece os cuidados a seremadotados dentro das Delegacias de Polícia durante o período da pandemia causada pelo Coronavírus;Considerando a Resolução CNMP nº 174/2017, que disciplina o procedimento administrativo com o objetivo de acompanhar e fiscalizarcontinuadamente políticas públicas e instituições;RESOLVE instaurar o Procedimento Administrativo nº 11/2020-1PJBJ, com o objetivo de acompanhar e fiscalizar o fluxo de presos naDelegacia Regional de Corrente - PI no sentido de prevenir o contágio da COVID-19 entre as pessoas privadas de liberdade, bem como entreaquelas e os servidores lotados no local, além de acompanhar como está sendo realizado o atendimento das pessoas envolvidas nos crimesrelacionados na Portaria nº 16/2020 da Delegacia Geral da Polícia Civil do Estado do Piauí, determinando para tanto:1 - A juntada das Portarias nº 16/2020 e nº 23/2020 da Delegacia Geral da Polícia Civil do Estado do Piauí;- Oficiar os Delegados titulares da Delegacia Regional de Corrente-PI, para que, no prazo de 05 (cinco) dias, informem:- A qualificação e as infrações praticadas pelos presos que se encontram na Delegacia de Corrente-PI na data da resposta do Ofício, bem comodesde quando estão na Delegacia, indicando se há presos ou servidores que se enquadram em grupos de risco;- As medidas que estão sendo adotadas para evitar a propagação do vírus dentro da Delegacia de Corrente, tanto com relação aos presosquanto em relação aos servidores lotados naquela repartição;- Se há equipamentos de proteção individual em número minimamente suficiente para atender eventual demanda e quais equipamentos;- Como está se dando o fluxo de presos quando devem ser encaminhados ao Sistema Prisional.- Informe-se ao CAOCRIM/MPPI, ao GACEP/MPPI e ao CAODS/MPPI, com cópia desta Portaria, acerca da instauração deste ProcedimentoAdministrativo;- Publique-se no Diário Oficial Eletrônico do MPPI;5 - Registre-se no sistema eletrônico SIMP com distribuição automática entre os membros.Cumpra-se.De Teresina para Bom Jesus-PI, 29 de abril de 2020.Lenara Batista Carvalho PortoPromotora de Justiça Coordenadora do Grupo Regional de Promotorias IntegradasPolo Bom JesusGilvânia Alves VianaPromotora de Justiça Subcoordenadora do Grupo Regional de Promotorias IntegradasPolo Bom JesusGerson Gomes PereiraPromotor de Justiça - Membro IntegranteLuciano Lopes SalesPromotor de Justiça - Membro IntegranteRoberto Monteiro CarvalhoPromotor de Justiça - Membro IntegranteJosé Sérvio de Deus BarrosPromotor de Justiça - Membro Integrante[1] Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no Paísa inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:XLIX - é assegurado aos presos o respeito à integridade física e moral;[2] Art. 41 - Constituem direitos do preso:

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VII - assistência material, à saúde, jurídica, educacional, social e religiosa;[3] Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco dedoença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.[4] Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social,a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição. (Redação dada pela EmendaConstitucional nº 90, de 2015)[5] Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social:XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança;PORTARIA Nº 10/2020PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO Nº 10/2020Objeto: Acompanhar e fiscalizar o fluxo de presos na Delegacia Regional de Bom Jesus no sentido de prevenir o contágio da COVID-19 entre aspessoas privadas de liberdade, bem como entre aquelas e os servidores lotados no local.O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, por seus representantes, no Grupo Regional de Promotorias Integradas no Acompanhamentodo COVID-19 de Bom Jesus-PI, no uso das atribuições que lhes são conferidas pelos arts. 127, 129, III, da Constituição Federal, art. 26, I da Lein° 8.625/93 e art. 37, incisos I, V e VI, da Lei Complementar Estadual n° 12/93,Considerando que é direito do preso a integridade física e moral, conforme art. 5º, XLIX[1], da Constituição Federal, bem como a assistênciamaterial, à saúde e social, consoante art. 41, VII[2], da Lei de Execuções Penais;Considerando que a saúde é direito de todos e dever do Estado, tratando-se de direito social tal como a redução dos riscos inerentes aotrabalho, através de normas de saúde, higiene e segurança, de acordo com o art. 196, caput[3], e arts. 6º, caput[4], e 7º, XXII[5], da ConstituiçãoFederal;CONSIDERANDO que ao Ministério Público compete o controle externo da atividade policial, conforme previsto no art. 129, VII da ConstituiçãoFederal em vigor;Considerando que, em 11 de março de 2020, a Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou pandemia para o Coronavírus (COVID-19),dada a propagação do vírus por todo o mundo;Considerando o alto poder de contágio do Coronavírus, o que motivou as orientações da OMS e do Ministério da Saúde no sentido de oisolamento social ser a medida mais eficaz para a não contaminação;Considerando a dificuldade de isolamento nas Delegacias de Polícia Civil do Estado do Piauí, principalmente considerando a ausência dequantidade razoável de celas, bem como a necessidade de adoção de providências urgentes para evitar a disseminação da COVID-19 nasunidades policiais, o que poderia provocar a morte de presos e de servidores públicos que lá desempenham as suas funções;Considerando a publicação da Portaria MS nº 356/2020, que estabelece a regulamentação e operacionalização do disposto na Lei nº13.979/2020, que traz medidas para enfrentamento da emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do Coronavírus(COVID-19);Considerando o Decreto nº 18.884, de 16 de março de 2020, que regulamenta a lei nº 13.979/2020, para dispor no âmbito do Estado do Piauí,sobre as medidas emergência de saúde pública de importância internacional e tendo em visa a classificação da situação mundial do novoCoronavírus;Considerando que, com base na Portaria nº 16/2020 da Delegacia Geral da Polícia Civil do Estado do Piauí, permanece o atendimento físico naDelegacia de Bom Jesus nos casos de Homicídio/Feminicídio, Roubo, Estupro, Sequestro/Cárcere Privado, Furto de Veículos, ViolênciaDoméstica, bem como a realização de Prisões em Flagrante; eConsiderando a publicação da Portaria nº 23/2020 da Delegacia Geral da Polícia Civil do Estado do Piauí, que estabelece os cuidados a seremadotados dentro das Delegacias de Polícia durante o período da pandemia causada pelo Coronavírus;Considerando a Resolução CNMP nº 174/2017, que disciplina o procedimento administrativo com o objetivo de acompanhar e fiscalizarcontinuadamente políticas públicas e instituições;RESOLVE instaurar o Procedimento Administrativo nº 10/2020-1PJBJ, com o objetivo de acompanhar e fiscalizar o fluxo de presos naDelegacia Regional de Bom Jesus no sentido de prevenir o contágio da COVID-19 entre as pessoas privadas de liberdade, bem como entreaquelas e os servidores lotados no local, além de acompanhar como está sendo realizado o atendimento das pessoas envolvidas nos crimesrelacionados na Portaria nº 16/2020 da Delegacia Geral da Polícia Civil do Estado do Piauí, determinando para tanto:1 - A juntada das Portarias nº 16/2020 e nº 23/2020 da Delegacia Geral da Polícia Civil do Estado do Piauí;- Oficiar os Delegados titulares da Delegacia Regional de Bom Jesus, Senhor Jucier Alyson Alves dos Santos e Senhora Rejane Borges deCarvalho Piauilino, para que, no prazo de 05 (cinco) dias, informem:- A qualificação e as infrações praticadas pelos presos que se encontram na Delegacia de Bom Jesus na data da resposta do Ofício, bem comodesde quando estão na Delegacia, indicando se há presos ou servidores que se enquadram em grupos de risco;- As medidas que estão sendo adotadas para evitar a propagação do vírus dentro da Delegacia de Bom Jesus, tanto com relação aos presosquanto em relação aos servidores lotados naquela repartição;- Se há equipamentos de proteção individual em número minimamente suficiente para atender eventual demanda e quais equipamentos;- Como está se dando o fluxo de presos quando devem ser encaminhados ao Sistema Prisional.- Informe-se ao CAOCRIM/MPPI, ao GACEP/MPPI e ao CAODS/MPPI, com cópia desta Portaria, acerca da instauração deste ProcedimentoAdministrativo;- Publique-se no Diário Oficial Eletrônico do MPPI;5 - Registre-se no sistema eletrônico SIMP com distribuição automática entre os membros.Cumpra-se.De Teresina para Bom Jesus-PI, 29 de abril de 2020.Lenara Batista Carvalho PortoPromotora de Justiça Coordenadora do Grupo Regional de Promotorias IntegradasPolo Bom JesusGilvânia Alves VianaPromotora de Justiça Subcoordenadora do Grupo Regional de Promotorias IntegradasPolo Bom JesusGerson Gomes PereiraPromotor de Justiça - Membro IntegranteLuciano Lopes SalesPromotor de Justiça - Membro IntegranteRoberto Monteiro CarvalhoPromotor de Justiça - Membro IntegranteJosé Sérvio de Deus BarrosPromotor de Justiça - Membro Integrante[1] Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no Paísa inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:XLIX - é assegurado aos presos o respeito à integridade física e moral;

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8.6. GRUPO REGIONAL DE PROMOTORIAS INTEGRADAS NO ACOMPANHAMENTO DO COVID-19 DE

TERESINA – REGIONAL PARNAÍBA-PI11488

[2] Art. 41 - Constituem direitos do preso:VII - assistência material, à saúde, jurídica, educacional, social e religiosa;[3] Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco dedoença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.[4] Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social,a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição. (Redação dada pela EmendaConstitucional nº 90, de 2015)[5] Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social:XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança;

PORTARIAN°. 04-04/2020INSTAURAÇÃO DE PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVOO MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE PIAUÍ, por ingerência do Grupo Regional de Promotorias Integradas no Acompanhamento do Covid -19 - Região de Parnaíba (PI),no uso das atribuições que são conferidas aos seus membros, pelo artigo 127 e artigo 129, inciso III, ambos daConstituição Federal, artigo 26, inciso I, da Lei N°. 8.625/1993, e artigo 37, incisos I, V e VI, da Lei Complementar Estadual N°. 12/1993, bemcomo, através da Portaria PGJ/PI Nº. 928/2020, neste ato instaura, o necessário Procedimento Administrativo, com o objetivo de acompanhar aTransparência da Administração Pública quanto à recepção, manejo e aplicação de recursos públicos para contenção e prevenção do NovoCoronavírus COVID-19, no âmbito do Município de Ilha Grande (PI) e, etc.,CONSIDERANDO que a Resolução CNMP Nº. 174, de 04 de julho de 2017, autorizou a instauração de PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO,para acompanhar e fiscalizar, de forma continuada, políticas públicas ou instituições;CONSIDERANDO que o Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa daordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis, nos termos do artigo 127, caput, da Carta Magna;CONSIDERANDO que, em 30 de janeiro de 2020, a Organização Mundial da Saúde OMS declarou que o surto da doença causada pelo NovoCoronavírus COVID-19, constitui Emergência de Saúde Pública de importância Internacional ESPII;CONSIDERANDO que a ESPII é considerada, nos termos do Regulamento Sanitário Internacional RSI, "um evento extraordinário que podeconstituir um risco de saúde pública para outros países devido à disseminação internacional de doenças; e potencialmente requer umaresposta internacional coordenada e imediata";CONSIDERANDO que o Ministério da Saúde, em 30 de janeiro de 2020, através da Portaria GM/MS Nº. 188/2020, declarou "emergência emsaúde pública de importância nacional", em decorrência da infecção humana pelo Novo Coronavírus COVID 19, considerando que a situaçãoatual demanda o emprego urgente de medidas de prevenção, controle e contenção de riscos, danos e agravos à saúde pública;CONSIDERANDO que, em 11 de março de 2020, a Organização Mundial da Saúde OMS declarou pandemia para o Novo Coronavírus COVID-19, ou seja, momento em que uma doença se espalha por diversos continentes com transmissão sustentada entre humanos;CONSIDERANDO que a classificação da situação mundial do Novo Coronavírus COVID-19, SARSCoV-2, como pandemia significa o riscopotencial da doença infecciosa atingir a população mundial de forma simultânea, não se limitando a locais que já tenham sido identificadas comode transmissão interna;CONSIDERANDO que o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), por meio da Comissão da Saúde, emitiu a Nota Técnica Conjunta Nº.01/2020 - CES/CNMP/1ª CCR, contendo subsídios para a atuação coordenada do Ministério Público voltada ao enfrentamento do NovoCoronavírus COVID-19;CONSIDERANDO que, em se tratando de desastres, a emergência e calamidade pública devem ser declaradas mediante decreto do chefe doExecutivo, segundo o artigo 65, caput, da Lei Nº. 101 de 04 de março de 2000, Lei de responsabilidade Fiscal;CONSIDERANDO o Decreto Estadual Nº. 18.885, de 19 de março de 2020, que deflagra a situação de calamidade pública no Estado do Piauí;CONSIDERANDO que além do Estado do Piauí, diversos municípios estão - ou estarão - expedindo decretos locais de emergência e calamidadepública em virtude da pandemia do Novo Coronavírus COVID-19, e que sob esta condição poderão realizar compras emergenciais de produtose utensílios de saúde com dispensa de licitação;CONSIDERANDO ser o Ministério Público órgão agente da fiscalização da gestão pública de saúde, assim definido na Seção IV, Capítulo IV, daLei Complementar Federal Nº. 141, de 13 de janeiro de 2012;CONSIDERANDO que para a contratação de bens, obras ou serviços pela Administração Pública vige o princípio da obrigatoriedade doprocedimento licitatório, conforme exigência da Constituição Federal, em seu artigo 37, inciso XI, e da Lei Nº. 8.666/93, como medida delegalidade, impessoalidade, isonomia, eficiência e moralidade;CONSIDERANDO que o Decreto Nº. 7.257/10, que dispõe sobre o Sistema Nacional de Defesa Civil -SINDEC, estabelece os conceitos deemergência e de calamidade pública, nos exatos termos adiante expostos:"Art. 2°. Para os efeitos deste Decreto, considera-se:II - desastre: resultado de eventos adversos, naturais ou provocados pelo homem sobre um ecossistema vulnerável, causando danoshumanos, materiais ou ambientais e consequentes prejuízos econômicos e sociais;III - situação de emergência: situação anormal, provocada por desastres, causando danos e prejuízos que impliquem ocomprometimento parcial da capacidade de resposta do poder público do ente atingido;IV - estado de calamidade pública: situação anormal, provocada por desastres, causando danos e prejuízos que impliquem ocomprometimento substancial da capacidade de resposta do poder público do ente atingido."CONSIDERANDO que dentre as medidas emergenciais adotadas pela Lei Federal Nº. 13.979/2020, pode-se dar destaque à criação de novahipótese de dispensa de licitação para aquisição de bens, serviços, inclusive de engenharia, e insumos destinados ao enfrentamento daemergência de saúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus, sendo consideradas presumidas:a) a ocorrência de situação de emergência;b) a necessidade de pronto atendimento da situação de emergência;c) a existência de risco a segurança de pessoas, obras, prestação de serviços, equipamentos e outros bens, públicos ou particulares;d) a limitação da contratação à parcela necessária ao atendimento da situação de emergência;CONSIDERANDO que no seu artigo 4º, referida legislação, aplicável a todos os entes políticos (União, Estados, Municípios e Distrito Federal), éexpressa ao prever que a dispensa de licitação baseada na emergência em razão do Novo Coronavírus COVID-19, é temporária e deve seraplicada apenas enquanto perdurar a emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do Novo Coronavírus COVID-19;CONSIDERANDO que dentre os requisitos legais exigidos, a nova legislação prevê a disponibilização, em sítio eletrônico específico, de todas ascontratações ou aquisições realizadas, verbis:"Art. 4º - (...)§ 2º - Todas as contratações ou aquisições realizadas com fulcro nesta Lei serão imediatamente disponibilizadas em sítio oficialespecífico na rede mundial de computadores (internet), contendo, no que couber, além das informações previstas no § 3o do art. 8o daLei no 12.527, de 18 de novembro de 2011, o nome do contratado, o número de sua inscrição na Receita Federal do Brasil, o prazocontratual, o valor e o respectivo processo de contratação ou aquisição"

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CONSIDERANDO que no âmbito federal, o Ministério da Saúde criou em seu sítio eletrônico (https://saude.gov.br/) um link de acesso rápido atodas as contratações e aquisições realizadas na prevenção e combate ao Novo Coronavírus COVID-19;CONSIDERANDO que a Nota Técnica Nº. 01/2020, do TCE/PI, afirma que, em razão da necessidade de enfrentamento da emergência de saúdepública de importância internacional decorrente do Novo Coronavírus COVID - 19, o legislador ordinário trouxe ao ordenamento jurídico pátrio,nova hipótese temporária de contratação direta, prevista no artigo 4º, da Lei Nº. 13.979/2020. Além disso, foram inseridos posteriormente nessalei, por meio de medidas provisórias, dispositivos específicos aplicáveis tanto ao procedimento de justificação da nova hipótese de dispensa delicitação quanto aos processos licitatórios voltados ao desiderato de enfrentar a situação emergencial;CONSIDERANDO que a Nota Técnica Nº. 01/2020, do TCE/PI, afirma em seu item 5.4, que o objeto da contratação direta em questão deve estaradstrito à aquisição de bens, serviços, inclusive de engenharia, e insumos destinados especificamente ao enfrentamento da emergência de saúdepública decorrente do coronavírus (Lei N.º 13.979/2020, artigo 4º, caput, c/c Lei Nº. 8.666/1993, artigo 26, parágrafo único, I). Logo, deve havernos autos a demonstração de que o contrato é adequado e necessário ao atendimento da situação emergencial (Lei Nº. 13.979/2020, artigo 4º-E,§ 1º, incisos II e III);CONSIDERANDO que o artigo 4º, da Lei Nº. 13.979/2020, dispensa a licitação para a aquisição de bens serviços e insumos de saúde destinadosa enfrentamento da Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional e Nacional, decorrente do Novo Coronavírus COVID-19;CONSIDERANDO a Nota Técnica exarada pelo Gabinete de Acompanhamento e Prevenção ao COVID-19 deste Ministério Público, orientandoos gestores estaduais sobre as compras e serviços contratados pelos entes municipal e/ou estadual, no âmbito do Piauí, fundados no decreto desituação de emergência ou de calamidade pública em virtude da pandemia do Novo Coronavírus COVID-19, para aquisição de bens, serviços einsumos destinados ao enfrentamento da emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do Novo Coronavirus COVID-19;CONSIDERANDO a efetivação da política de transparência da administração pública, como vincula o artigo 4º, parágrafo 2º, da Lei Nº.13.979/2020, e de acordo com o item 5.14, da Nota Técnica 01/20, do TCE/PI; e do item 7, da Nota Técnica Orientativa do Gabinete deAcompanhamento e Prevenção à COVID-19 (GAP-COVID19), do Ministério Público do Piauí, devendo o Ente Público criar uma aba específica noportal da transparência de seu sítio eletrônico, alimentando-a diariamente e apresentando de forma discriminada os valores orçamentários e aexecução de despesas, como decretos e atos administrativos que autorizam realocação de recursos ou abrem créditos adicionais, contratosadministrativos de prestação e fornecimento de bens e serviços, nota de empenho, liquidação e pagamento, descrição do bem e/ou serviço, oquantitativo, o valor unitário e total da aquisição, a data da compra e o nome do fornecedor, inclusive CNPJ, ou seja, todas as receitas e gastospúblicos relacionados especificamente ao enfrentamento e mitigação da pandemia decorrente do Novo Coronavírus COVID-19;CONSIDERANDO que, conforme a Nota Técnica Nº. 01/2020, do TCE/PI, em seu item 6.10, deve ser publicada, sem prejuízo da imediatadisponibilização em sítio eletrônico oficial na rede mundial de computadores (internet) das informações relativas às contratações decorrentes daLei Nº. 13.979/2020, com todos os elementos previstos no § 2º, do artigo 4º, desta lei - nome do contratado, número de sua inscrição na ReceitaFederal do Brasil, prazo contratual, valor e o respectivo processo de contratação ou aquisição -, além dos exigidos na Lei Nº. 12.527/2011 (Lei deAcesso à Informação), deve ser efetuada a publicação resumida do instrumento de contrato, bem como de eventuais aditamentos, na imprensaoficial, nos termos dispostos no parágrafo único do artigo 61, da Lei Nº. 8.666/1993;CONSIDERANDO a criação do Grupo Regional de Promotorias Integradas no Acompanhamento do COVID-19, Região Parnaíba, através daRESOLUÇÃO CPJ/PI nº 02 do Parquet estadual;CONSIDERANDO a necessidade da padronização dos procedimentos extrajudiciais do Ministério Público, sendo o Procedimento Administrativodestinado ao acompanhamento de fiscalizações, de cunho permanente ou não, de fatos, instituições, e políticas públicas, assim como outrosprocedimentos não sujeitos a inquérito civil e o procedimento preparatório refere-se ao procedimento formal, prévio ao Inquérito Civil, que visa àapuração de elementos de identificação dos investigados ou do objeto (artigo 9º, da Lei Nº. 7.347/85 e artigo 2º, § 4º a § 7º, da Resolução Nº 23,de 17 de setembro de 2007 - CNMP);RESOLVE instaurar o presente Procedimento Administrativo, com a finalidade de acompanhar os fatos acima mencionados e suasrepercussões jurídicas, determinando, para tanto:I - a instauração do procedimento administrativo e seu registro em livro próprio, conforme artigo 9º, da Resolução Nº. 174/2017, do CNMP;II - a remessa desta Portaria, por meio eletrônico, à Secretaria-Geral do Ministério Público (e-mail publicações), para a devida divulgação naimprensa oficial, propiciando a publicação e registro desta Portaria no sítio eletrônico da Procuradoria Geral de Justiça;III - a designação do servidor Richardson Soares Mousinho, para secretariar este Procedimento, devendo-se lavrar o devido termo decompromisso;IV- junte-se aos autos, cópia do Decreto Municipal que declara emergência em saúde pública no Município de Ilha Grande (PI), em razão dapandemia do Novo Coronavírus (Covid-19);V - remessa de cópia desta portaria ao Centro de Apoio de Combate à Corrupção de Defesa do Patrimônio Público - CACOP;VI- seja requisitado ao Prefeito do Município de Ilha Grande (PI), que encaminhe a este órgão ministerial, no prazo de 05 (cinco) dias corridos,nos termos do artigo 8º, inciso IV e § 5º, da Lei Complementar Nº. 75/93 - Lei Orgânica do Ministério Público da União - c/c artigo 80, da Lei8.625/93 - Lei Orgânica Nacional do Ministério Público - e artigo 37, "b" da Lei Complementar Estadual Nº. 12/1993 - Lei Orgânica do MinistérioPúblico do Estado do Piauí, devendo as respostas serem encaminhadas ao e-mail institucional: gruporegionalparnaí[email protected]:1. O decreto de emergência ou de calamidade pública, reconhecido pela Assembleia Legislativa do Estado do Piauí, para contenção eprevenção ao Novo Coronavírus (COVID-19), nos termos do artigo 65, da Lei Complementar Nº. 101/2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal);2. Relação dos procedimentos licitatórios e contratos administrativos realizados com fundamento nos respectivos decretos de emergênciaou de calamidade pública, em razão do Novo Coronavírus (COVID-19), contendo as seguintes informações: número do procedimento licitatório,objeto, preço (valor), data de abertura, modalidade (ex: pregão eletrônico), empresa vencedora (indicando CNPJ), e o número do contratoadministrativo, CONFORME TABELA EM ANEXO, a ser preenchida pelo gestor[1];3. Relação dos procedimentos de dispensa de licitação firmados de acordo com a novel regulamentação do artigo 4º, e seguintes, da lei13.979/20 (Lei do Coronavirus), contendo as seguintes informações: número do procedimento licitatório de dispensa, objeto, preço (valor), datade abertura, empresa contratada (com CNPJ) e o número do contrato administrativo, CONFORMA TABELA EM ANEXO a ser preenchida pelogestor;4. informações sobre a efetivação da política de transparência da administração pública, através da criação de uma aba específica noportal da transparência do Ente, alimentando-a diariamente e apresentando de forma discriminada os valores orçamentários e a execução dedespesas, como decretos e atos administrativos que autorizam realocação de recursos ou abrem créditos adicionais, contratos administrativos deprestação e fornecimento de bens e serviços, nota de empenho, liquidação e pagamento, descrição do bem e/ou serviço, o quantitativo, o valorunitário e total da aquisição, a data da compra e o nome do fornecedor, inclusive CNPG, ou seja, todas as receitas e gastos públicos relacionadosespecificamente ao enfrentamento e mitigação da pandemia decorrente do Novo Coronavírus (COVID-19), como determina o artigo 4º, § 2º, daLei Nº. 13.979/2020, e de acordo com o item 5.14, da Nota Técnica 01/20, do TCE/PI; e do item 7, da Nota Técnica Orientativa do Gabinetede Acompanhamento e Prevenção à COVID-19 (GAP-COVID19), do Ministério Público do Piauí[2];5. o(s) ato(s) administrativo(s) que designou o gestor e o(s) fiscal(is) do(s) contrato(s) administrativo(s) firmado(s) para contenção doNovo Coronavírus (COVID-19), nos termos do item 6, da Nota Técnica Orientativa do Gabinete de Acompanhamento e Prevenção à COVID-19 (GAP-COVID19), do Ministério Público do Piauí;6. os decretos que autorizam a realocação dos recursos (remanejamento, transposição ou transferência), aprovados na Lei OrçamentáriaAnual (LOA), para a contenção do Novo Coronavírus (COVID-19), com a respectiva aprovação de lei específica pela Casa Legislativa, nos termosdo artigo 167, inciso VI, da Constituição Federal. Caso existam realocações de recursos sem decreto e/ou lei específica, encaminhar ao

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Ministério Público o ato administrativo que autorizou, explicitando os motivos da realocação sem o decreto e/ou a norma específica;7. os decretos que autorizam abertura de créditos adicionais (extraordinários, suplementares ou especiais) para combate e prevenção àCOVID-19, nos termos do artigo 167, inciso V, e § 3º, da Constituição Federal 1988[3];8. os decretos de abertura de crédito adicional que permitem a operacionalização da utilização da reserva de contingência, bem como alei prévia e específica que a autorizam, nos termos dos artigos 5º, inciso III, da LRF; e artigos 7º, 42 e 43, todos da Lei Nº. 4.320/64. Casoexistam abertura de créditos sem decreto e/ou lei específica, encaminhar ao Ministério Público o ato administrativo que autorizou, explicitando osmotivos da realocação sem o decreto e/ou a norma específica;9. plano de contingenciamento de despesas para otimizar gastos, em razão dos efeitos econômicos do Novo Coronavírus (COVID-19);10. informação sobre a criação de programa ou ação orçamentária específica para despesas relacionadas ao Novo Coronavírus (COVID-19), como assim fez a União (Governo Federal), através das ações orçamentárias "21C0", "00S4", "21C2" e "00S5", pelas quais é possívelconsultar e detalhar gastos diretos para contenção do Novo Coronavírus (COVID-19), conforme recomendação da Nota Técnica SEI n.12774/ME, da Secretaria do Tesouro Nacional. Na hipótese de inexistir, explanar os motivos;11. o compartilhamento dessas informações e documentos com a Comissão voltada para análise concomitante da aplicação dos recursospúblicos destinados ao combate ao novo coronavirus - COVID-19 no Estado do Piauí, do Tribunal de Contas do Piauí (TCE/PI)[4];[1] Enviar tabela virtual em anexo ao gestor, para preenchimento. A mesma orientação vale para o item 3.[2] Minuta de recomendação e ACP em anexo[3] A abertura de crédito adicional suplementar ou especial pode estar aprovada na LOA do município, não necessitando lei local específicaautorizativa para tanto.[4] O redirecionamento pode ser realizado ao Presidente do TCE/PI. Sugere-se o encaminhamento ao TCE/PI somente após de cessado oestado de emergência ou de calamidade no municípioAUTUE-SE, REGISTRE-SE e CUMPRA-SE. Expedientes necessários.Parnaíba (PI), 29 de abril de 2020.ANTENOR FILGUEIRAS LÔBO NETOPromotor de JustiçaCoordenador do Grupo Regional de Parnaíba (PI)FRANCINEIDE DE SOUSA SILVAPromotora de JustiçaSubcoordenadora do Grupo Regional de Parnaíba (PI)Rômulo Paulo CordãoPromotor de JustiçaMaria Socorro Nascimento Carlos da CunhaPromotora de JustiçaRuszel Lima Verde CavalcantePromotor de JustiçaCristiano Farias PeixotoPromotor de JustiçaFrancisco Túlio Ciarlini MendesPromotor de JustiçaGaleno Aristóteles Coelho de SáPromotor de JustiçaPORTARIAN°. 05-04/2020INSTAURAÇÃO DE PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVOO MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE PIAUÍ, por ingerência do Grupo Regional de Promotorias Integradas no Acompanhamento do Covid -19 - Região de Parnaíba (PI),no uso das atribuições que são conferidas aos seus membros, pelo artigo 127 e artigo 129, inciso III, ambos daConstituição Federal, artigo 26, inciso I, da Lei N°. 8.625/1993, e artigo 37, incisos I, V e VI, da Lei Complementar Estadual N°. 12/1993, bemcomo, através da Portaria PGJ/PI Nº. 928/2020, neste ato instaura, o necessário Procedimento Administrativo, com o objetivo de acompanhar aTransparência da Administração Pública quanto à recepção, manejo e aplicação de recursos públicos para contenção e prevenção do NovoCoronavírus COVID-19, no âmbito do Município de Parnaíba (PI) e, etc.,CONSIDERANDO que a Resolução CNMP Nº. 174, de 04 de julho de 2017, autorizou a instauração de PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO,para acompanhar e fiscalizar, de forma continuada, políticas públicas ou instituições;CONSIDERANDO que o Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa daordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis, nos termos do artigo 127, caput, da Carta Magna;CONSIDERANDO que, em 30 de janeiro de 2020, a Organização Mundial da Saúde OMS declarou que o surto da doença causada pelo NovoCoronavírus COVID-19, constitui Emergência de Saúde Pública de importância Internacional ESPII;CONSIDERANDO que a ESPII é considerada, nos termos do Regulamento Sanitário Internacional RSI, "um evento extraordinário que podeconstituir um risco de saúde pública para outros países devido à disseminação internacional de doenças; e potencialmente requer umaresposta internacional coordenada e imediata";CONSIDERANDO que o Ministério da Saúde, em 30 de janeiro de 2020, através da Portaria GM/MS Nº. 188/2020, declarou "emergência emsaúde pública de importância nacional", em decorrência da infecção humana pelo Novo Coronavírus COVID 19, considerando que a situaçãoatual demanda o emprego urgente de medidas de prevenção, controle e contenção de riscos, danos e agravos à saúde pública;CONSIDERANDO que, em 11 de março de 2020, a Organização Mundial da Saúde OMS declarou pandemia para o Novo Coronavírus COVID-19, ou seja, momento em que uma doença se espalha por diversos continentes com transmissão sustentada entre humanos;CONSIDERANDO que a classificação da situação mundial do Novo Coronavírus COVID-19, SARSCoV-2, como pandemia significa o riscopotencial da doença infecciosa atingir a população mundial de forma simultânea, não se limitando a locais que já tenham sido identificadas comode transmissão interna;CONSIDERANDO que o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), por meio da Comissão da Saúde, emitiu a Nota Técnica Conjunta Nº.01/2020 - CES/CNMP/1ª CCR, contendo subsídios para a atuação coordenada do Ministério Público voltada ao enfrentamento do NovoCoronavírus COVID-19;CONSIDERANDO que, em se tratando de desastres, a emergência e calamidade pública devem ser declaradas mediante decreto do chefe doExecutivo, segundo o artigo 65, caput, da Lei Nº. 101 de 04 de março de 2000, Lei de responsabilidade Fiscal;CONSIDERANDO o Decreto Estadual Nº. 18.885, de 19 de março de 2020, que deflagra a situação de calamidade pública no Estado do Piauí;CONSIDERANDO que além do Estado do Piauí, diversos municípios estão - ou estarão - expedindo decretos locais de emergência e calamidadepública em virtude da pandemia do Novo Coronavírus COVID-19, e que sob esta condição poderão realizar compras emergenciais de produtose utensílios de saúde com dispensa de licitação;CONSIDERANDO ser o Ministério Público órgão agente da fiscalização da gestão pública de saúde, assim definido na Seção IV, Capítulo IV, daLei Complementar Federal Nº. 141, de 13 de janeiro de 2012;CONSIDERANDO que para a contratação de bens, obras ou serviços pela Administração Pública vige o princípio da obrigatoriedade doprocedimento licitatório, conforme exigência da Constituição Federal, em seu artigo 37, inciso XI, e da Lei Nº. 8.666/93, como medida de

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legalidade, impessoalidade, isonomia, eficiência e moralidade;CONSIDERANDO que o Decreto Nº. 7.257/10, que dispõe sobre o Sistema Nacional de Defesa Civil -SINDEC, estabelece os conceitos deemergência e de calamidade pública, nos exatos termos adiante expostos:"Art. 2°. Para os efeitos deste Decreto, considera-se:II - desastre: resultado de eventos adversos, naturais ou provocados pelo homem sobre um ecossistema vulnerável, causando danoshumanos, materiais ou ambientais e consequentes prejuízos econômicos e sociais;III - situação de emergência: situação anormal, provocada por desastres, causando danos e prejuízos que impliquem ocomprometimento parcial da capacidade de resposta do poder público do ente atingido;IV - estado de calamidade pública: situação anormal, provocada por desastres, causando danos e prejuízos que impliquem ocomprometimento substancial da capacidade de resposta do poder público do ente atingido."CONSIDERANDO que dentre as medidas emergenciais adotadas pela Lei Federal Nº. 13.979/2020, pode-se dar destaque à criação de novahipótese de dispensa de licitação para aquisição de bens, serviços, inclusive de engenharia, e insumos destinados ao enfrentamento daemergência de saúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus, sendo consideradas presumidas:a) a ocorrência de situação de emergência;b) a necessidade de pronto atendimento da situação de emergência;c) a existência de risco a segurança de pessoas, obras, prestação de serviços, equipamentos e outros bens, públicos ou particulares;d) a limitação da contratação à parcela necessária ao atendimento da situação de emergência;CONSIDERANDO que no seu artigo 4º, referida legislação, aplicável a todos os entes políticos (União, Estados, Municípios e Distrito Federal), éexpressa ao prever que a dispensa de licitação baseada na emergência em razão do Novo Coronavírus COVID-19, é temporária e deve seraplicada apenas enquanto perdurar a emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do Novo Coronavírus COVID-19;CONSIDERANDO que dentre os requisitos legais exigidos, a nova legislação prevê a disponibilização, em sítio eletrônico específico, de todas ascontratações ou aquisições realizadas, verbis:"Art. 4º - (...)§ 2º - Todas as contratações ou aquisições realizadas com fulcro nesta Lei serão imediatamente disponibilizadas em sítio oficialespecífico na rede mundial de computadores (internet), contendo, no que couber, além das informações previstas no § 3o do art. 8o daLei no 12.527, de 18 de novembro de 2011, o nome do contratado, o número de sua inscrição na Receita Federal do Brasil, o prazocontratual, o valor e o respectivo processo de contratação ou aquisição"CONSIDERANDO que no âmbito federal, o Ministério da Saúde criou em seu sítio eletrônico (https://saude.gov.br/) um link de acesso rápido atodas as contratações e aquisições realizadas na prevenção e combate ao Novo Coronavírus COVID-19;CONSIDERANDO que a Nota Técnica Nº. 01/2020, do TCE/PI, afirma que, em razão da necessidade de enfrentamento da emergência de saúdepública de importância internacional decorrente do Novo Coronavírus COVID - 19, o legislador ordinário trouxe ao ordenamento jurídico pátrio,nova hipótese temporária de contratação direta, prevista no artigo 4º, da Lei Nº. 13.979/2020. Além disso, foram inseridos posteriormente nessalei, por meio de medidas provisórias, dispositivos específicos aplicáveis tanto ao procedimento de justificação da nova hipótese de dispensa delicitação quanto aos processos licitatórios voltados ao desiderato de enfrentar a situação emergencial;CONSIDERANDO que a Nota Técnica Nº. 01/2020, do TCE/PI, afirma em seu item 5.4, que o objeto da contratação direta em questão deve estaradstrito à aquisição de bens, serviços, inclusive de engenharia, e insumos destinados especificamente ao enfrentamento da emergência de saúdepública decorrente do coronavírus (Lei N.º 13.979/2020, artigo 4º, caput, c/c Lei Nº. 8.666/1993, artigo 26, parágrafo único, I). Logo, deve havernos autos a demonstração de que o contrato é adequado e necessário ao atendimento da situação emergencial (Lei Nº. 13.979/2020, artigo 4º-E,§ 1º, incisos II e III);CONSIDERANDO que o artigo 4º, da Lei Nº. 13.979/2020, dispensa a licitação para a aquisição de bens serviços e insumos de saúde destinadosa enfrentamento da Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional e Nacional, decorrente do Novo Coronavírus COVID-19;CONSIDERANDO a Nota Técnica exarada pelo Gabinete de Acompanhamento e Prevenção ao COVID-19 deste Ministério Público, orientandoos gestores estaduais sobre as compras e serviços contratados pelos entes municipal e/ou estadual, no âmbito do Piauí, fundados no decreto desituação de emergência ou de calamidade pública em virtude da pandemia do Novo Coronavírus COVID-19, para aquisição de bens, serviços einsumos destinados ao enfrentamento da emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do Novo Coronavirus COVID-19;CONSIDERANDO a efetivação da política de transparência da administração pública, como vincula o artigo 4º, parágrafo 2º, da Lei Nº.13.979/2020, e de acordo com o item 5.14, da Nota Técnica 01/20, do TCE/PI; e do item 7, da Nota Técnica Orientativa do Gabinete deAcompanhamento e Prevenção à COVID-19 (GAP-COVID19), do Ministério Público do Piauí, devendo o Ente Público criar uma aba específica noportal da transparência de seu sítio eletrônico, alimentando-a diariamente e apresentando de forma discriminada os valores orçamentários e aexecução de despesas, como decretos e atos administrativos que autorizam realocação de recursos ou abrem créditos adicionais, contratosadministrativos de prestação e fornecimento de bens e serviços, nota de empenho, liquidação e pagamento, descrição do bem e/ou serviço, oquantitativo, o valor unitário e total da aquisição, a data da compra e o nome do fornecedor, inclusive CNPJ, ou seja, todas as receitas e gastospúblicos relacionados especificamente ao enfrentamento e mitigação da pandemia decorrente do Novo Coronavírus COVID-19;CONSIDERANDO que, conforme a Nota Técnica Nº. 01/2020, do TCE/PI, em seu item 6.10, deve ser publicada, sem prejuízo da imediatadisponibilização em sítio eletrônico oficial na rede mundial de computadores (internet) das informações relativas às contratações decorrentes daLei Nº. 13.979/2020, com todos os elementos previstos no § 2º, do artigo 4º, desta lei - nome do contratado, número de sua inscrição na ReceitaFederal do Brasil, prazo contratual, valor e o respectivo processo de contratação ou aquisição -, além dos exigidos na Lei Nº. 12.527/2011 (Lei deAcesso à Informação), deve ser efetuada a publicação resumida do instrumento de contrato, bem como de eventuais aditamentos, na imprensaoficial, nos termos dispostos no parágrafo único do artigo 61, da Lei Nº. 8.666/1993;CONSIDERANDO a criação do Grupo Regional de Promotorias Integradas no Acompanhamento do COVID-19, Região Parnaíba, através daRESOLUÇÃO CPJ/PI nº 02 do Parquet estadual;CONSIDERANDO a necessidade da padronização dos procedimentos extrajudiciais do Ministério Público, sendo o Procedimento Administrativodestinado ao acompanhamento de fiscalizações, de cunho permanente ou não, de fatos, instituições, e políticas públicas, assim como outrosprocedimentos não sujeitos a inquérito civil e o procedimento preparatório refere-se ao procedimento formal, prévio ao Inquérito Civil, que visa àapuração de elementos de identificação dos investigados ou do objeto (artigo 9º, da Lei Nº. 7.347/85 e artigo 2º, § 4º a § 7º, da Resolução Nº 23,de 17 de setembro de 2007 - CNMP);RESOLVE instaurar o presente Procedimento Administrativo, com a finalidade de acompanhar os fatos acima mencionados e suasrepercussões jurídicas, determinando, para tanto:I - a instauração do procedimento administrativo e seu registro em livro próprio, conforme artigo 9º, da Resolução Nº. 174/2017, do CNMP;II - a remessa desta Portaria, por meio eletrônico, à Secretaria-Geral do Ministério Público (e-mail publicações), para a devida divulgação naimprensa oficial, propiciando a publicação e registro desta Portaria no sítio eletrônico da Procuradoria Geral de Justiça;III - a designação do servidor Richardson Soares Mousinho, para secretariar este Procedimento, devendo-se lavrar o devido termo decompromisso;IV- junte-se aos autos, cópia do Decreto Municipal que declara emergência em saúde pública no Município de Parnaíba (PI), em razão dapandemia do Novo Coronavírus (Covid-19);V - remessa de cópia desta portaria ao Centro de Apoio de Combate à Corrupção de Defesa do Patrimônio Público - CACOP;VI- seja requisitado ao Prefeito do Município de Parnaíba (PI), que encaminhe a este órgão ministerial, no prazo de 05 (cinco) dias corridos, nos

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termos do artigo 8º, inciso IV e § 5º, da Lei Complementar Nº. 75/93 - Lei Orgânica do Ministério Público da União - c/c artigo 80, da Lei 8.625/93- Lei Orgânica Nacional do Ministério Público - e artigo 37, "b" da Lei Complementar Estadual Nº. 12/1993 - Lei Orgânica do Ministério Público doEstado do Piauí, devendo as respostas serem encaminhadas ao e-mail institucional: gruporegionalparnaí[email protected]:1. O decreto de emergência ou de calamidade pública, reconhecido pela Assembleia Legislativa do Estado do Piauí, para contenção eprevenção ao Novo Coronavírus (COVID-19), nos termos do artigo 65, da Lei Complementar Nº. 101/2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal);2. Relação dos procedimentos licitatórios e contratos administrativos realizados com fundamento nos respectivos decretos de emergênciaou de calamidade pública, em razão do Novo Coronavírus (COVID-19), contendo as seguintes informações: número do procedimento licitatório,objeto, preço (valor), data de abertura, modalidade (ex: pregão eletrônico), empresa vencedora (indicando CNPJ), e o número do contratoadministrativo, CONFORME TABELA EM ANEXO, a ser preenchida pelo gestor[1];3. Relação dos procedimentos de dispensa de licitação firmados de acordo com a novel regulamentação do artigo 4º, e seguintes, da lei13.979/20 (Lei do Coronavirus), contendo as seguintes informações: número do procedimento licitatório de dispensa, objeto, preço (valor), datade abertura, empresa contratada (com CNPJ) e o número do contrato administrativo, CONFORMA TABELA EM ANEXO a ser preenchida pelogestor;4. informações sobre a efetivação da política de transparência da administração pública, através da criação de uma aba específica noportal da transparência do Ente, alimentando-a diariamente e apresentando de forma discriminada os valores orçamentários e a execução dedespesas, como decretos e atos administrativos que autorizam realocação de recursos ou abrem créditos adicionais, contratos administrativos deprestação e fornecimento de bens e serviços, nota de empenho, liquidação e pagamento, descrição do bem e/ou serviço, o quantitativo, o valorunitário e total da aquisição, a data da compra e o nome do fornecedor, inclusive CNPG, ou seja, todas as receitas e gastos públicos relacionadosespecificamente ao enfrentamento e mitigação da pandemia decorrente do Novo Coronavírus (COVID-19), como determina o artigo 4º, § 2º, daLei Nº. 13.979/2020, e de acordo com o item 5.14, da Nota Técnica 01/20, do TCE/PI; e do item 7, da Nota Técnica Orientativa do Gabinetede Acompanhamento e Prevenção à COVID-19 (GAP-COVID19), do Ministério Público do Piauí[2];5. o(s) ato(s) administrativo(s) que designou o gestor e o(s) fiscal(is) do(s) contrato(s) administrativo(s) firmado(s) para contenção doNovo Coronavírus (COVID-19), nos termos do item 6, da Nota Técnica Orientativa do Gabinete de Acompanhamento e Prevenção à COVID-19 (GAP-COVID19), do Ministério Público do Piauí;6. os decretos que autorizam a realocação dos recursos (remanejamento, transposição ou transferência), aprovados na Lei OrçamentáriaAnual (LOA), para a contenção do Novo Coronavírus (COVID-19), com a respectiva aprovação de lei específica pela Casa Legislativa, nos termosdo artigo 167, inciso VI, da Constituição Federal. Caso existam realocações de recursos sem decreto e/ou lei específica, encaminhar aoMinistério Público o ato administrativo que autorizou, explicitando os motivos da realocação sem o decreto e/ou a norma específica;7. os decretos que autorizam abertura de créditos adicionais (extraordinários, suplementares ou especiais) para combate e prevenção àCOVID-19, nos termos do artigo 167, inciso V, e § 3º, da Constituição Federal 1988[3];8. os decretos de abertura de crédito adicional que permitem a operacionalização da utilização da reserva de contingência, bem como alei prévia e específica que a autorizam, nos termos dos artigos 5º, inciso III, da LRF; e artigos 7º, 42 e 43, todos da Lei Nº. 4.320/64. Casoexistam abertura de créditos sem decreto e/ou lei específica, encaminhar ao Ministério Público o ato administrativo que autorizou, explicitando osmotivos da realocação sem o decreto e/ou a norma específica;9. plano de contingenciamento de despesas para otimizar gastos, em razão dos efeitos econômicos do Novo Coronavírus (COVID-19);10. informação sobre a criação de programa ou ação orçamentária específica para despesas relacionadas ao Novo Coronavírus (COVID-19), como assim fez a União (Governo Federal), através das ações orçamentárias "21C0", "00S4", "21C2" e "00S5", pelas quais é possívelconsultar e detalhar gastos diretos para contenção do Novo Coronavírus (COVID-19), conforme recomendação da Nota Técnica SEI n.12774/ME, da Secretaria do Tesouro Nacional. Na hipótese de inexistir, explanar os motivos;11. o compartilhamento dessas informações e documentos com a Comissão voltada para análise concomitante da aplicação dos recursospúblicos destinados ao combate ao novo coronavirus - COVID-19 no Estado do Piauí, do Tribunal de Contas do Piauí (TCE/PI)[4];[1] Enviar tabela virtual em anexo ao gestor, para preenchimento. A mesma orientação vale para o item 3.[2] Minuta de recomendação e ACP em anexo[3] A abertura de crédito adicional suplementar ou especial pode estar aprovada na LOA do município, não necessitando lei local específicaautorizativa para tanto.[4] O redirecionamento pode ser realizado ao Presidente do TCE/PI. Sugere-se o encaminhamento ao TCE/PI somente após de cessado oestado de emergência ou de calamidade no municípioAUTUE-SE, REGISTRE-SE e CUMPRA-SE. Expedientes necessários.Parnaíba (PI), 29 de abril de 2020.ANTENOR FILGUEIRAS LÔBO NETOPromotor de JustiçaCoordenador do Grupo Regional de Parnaíba (PI)FRANCINEIDE DE SOUSA SILVAPromotora de JustiçaSubcoordenadora do Grupo Regional de Parnaíba (PI)Rômulo Paulo CordãoPromotor de JustiçaMaria Socorro Nascimento Carlos da CunhaPromotora de JustiçaRuszel Lima Verde CavalcantePromotor de JustiçaCristiano Farias PeixotoPromotor de JustiçaFrancisco Túlio Ciarlini MendesPromotor de JustiçaGaleno Aristóteles Coelho de SáPromotor de Justiça

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