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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ MÁRCIA BALTAZAR PROPOSTA PARA IMPLANTAÇÃO DE UM PLANO DE CARGOS E SALÁRIOS NA LAVE LOVE BENEFICIAMENTO TÊXTIL LTDA. Balneário Camboriú 2007

Estrutura de Cargos Textil

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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ

MÁRCIA BALTAZAR

PROPOSTA PARA IMPLANTAÇÃO DE UM PLANO DE CARGOS E S ALÁRIOS

NA LAVE LOVE BENEFICIAMENTO TÊXTIL LTDA.

Balneário Camboriú

2007

Page 2: Estrutura de Cargos Textil

MÁRCIA BALTAZAR

PROPOSTA PARA IMPLANTAÇÃO DE UM PLANO DE CARGOS E S ALÁRIOS

NA LAVE LOVE BENEFICIAMENTO TÊXTIL LTDA.

Balneário Camboriú

2007

Monografia apresentada como requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel em Administração – Recursos Humanos, na Universidade do Vale do Itajaí, Centro de Educação Balneário Camboriú.

Orientador : Profº. Dr. Flávio Ramos

Page 3: Estrutura de Cargos Textil

MÁRCIA BALTAZAR

PROPOSTA PARA IMPLANTAÇÃO DE UM PLANO DE CARGOS E S ALÁRIOS

NA LAVE LOVE BENEFICIAMENTO TÊXTIL LTDA.

Esta Monografia foi julgada adequada para a obtenção do título de Bacharel em

Administração e aprovada pelo Curso de Administração – Recursos Humanos da

Universidade do Vale do Itajaí, Centro de Educação de Balneário Camboriú.

Área de Concentração: Recursos Humanos

Balneário Camboriú, 30 de novembro de 2007.

_________________________________

Profº. Dr. Flávio Ramos

Orientador(a)

___________________________________

Profª. Lorena Schröder

Avaliador(a)

___________________________________

Profª. Msc. Marilize Petkow

Avaliador(a)

Page 4: Estrutura de Cargos Textil

EQUIPE TÉCNICA

Estagiário(a): Márcia Baltazar

Área de Estágio: Recursos Humanos

Professor Responsável pelos Estágios: Lorena Schröder

Supervisor da Empresa: Joeine de Russi

Professor(a) orientador(a): Dr. Flávio Ramos

Page 5: Estrutura de Cargos Textil

DADOS DA EMPRESA

Razão Social: Lave Love Beneficiamento Têxtil Ltda.

Endereço: Rodovia Osvaldo Reis, nº 2470 – Bairro Praia Brava – Itajaí - SC

Setor de Desenvolvimento do Estágio: Recursos Humanos

Duração do Estágio: 240 horas

Nome e Cargo do Supervisor da Empresa: Joeine de Russi, Sócio Gerente

Carimbo do CNPJ da Empresa:

Page 6: Estrutura de Cargos Textil

AUTORIZAÇÃO DA EMPRESA

Balneário Camboriú, 05 de dezembro de 2007.

A Empresa Lave Love Beneficiamento Têxtil Ltda, pelo presente instrumento,

autoriza a Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI, a divulgar os dados do

Relatório de Conclusão de Estágio executado durante o Estágio Curricular

Obrigatório, pelo acadêmico Márcia Baltazar.

___________________________________

Joeine de Russi

Page 7: Estrutura de Cargos Textil

AGRADECIMENTOS

A DEUS por proporcionar-me a conclusão de mais uma etapa da vida que se

consuma neste trabalho.

Ao Professor Dr. Flávio Ramos pelo seu apoio, sua dedicação, seu incentivo e seu

grande conhecimento que tornou a orientação uma valiosa colaboração para a

elaboração deste trabalho.

Aos Professores, em especial as Profª Lorena Schröder coordenadora de estágios e

a Profª Msc. Marilize Petkow pelas excelentes contribuições dadas ao longo e no

final do curso.

Ao Professor Msc. Marcio Daniel Kiesel coordenador do curso, pela amizade

dispensada no decorrer do curso, pela paciência e pela incansável disposição em

colaborar e ajudar a todos.

Aos meus pais pela colaboração prestada, dedicação e o apoio demonstrado

durante todos estes anos e por me incentivar a vencer mais este obstáculo na

trajetória de minha vida.

Aos meus colegas de curso de Administração de Recursos Humanos em especial a

minha amiga Sabrina, os colegas de curso de Gestão Empreendedora, Marketing e

Cosmetologia e Estética, que muito colaboraram no decorrer do curso, e pela

amizade e companheirismo conquistados.

A Lave Love por ter proporcionado a realização e fornecido os dados necessários

para a elaboração deste trabalho.

Page 8: Estrutura de Cargos Textil

"O segredo da saúde da mente e do corpo está em não lamentar o passado, em não se afligir com o futuro e em não antecipar preocupações; mas está no viver sabiamente e seriamente o presente momento”.

Sidarta Gautama, o Buda

Page 9: Estrutura de Cargos Textil

RESUMO

O trabalho caracterizou-se como uma pesquisa-ação e teve como objetivo geral desenvolver um modelo de remuneração fixa para a empresa Lave Love Beneficiamento Têxtil Ltda. A justificativa para o desenvolvimento deste trabalho de conclusão de curso atende a uma necessidade da organização em dispor de referências funcionais para remunerar pessoas a partir de critérios que possam ser legitimados no âmbito organizacional. Os objetivos específicos contemplaram: descrições de cargos, avaliação de cargos e a elaboração de uma tabela salarial. O modelo de descrição adotou um padrão para todos os cargos. As avaliações tiveram como metodologia o sistema Hoyler de pontuação e a elaboração da tabela salarial contemplou sete faixas salariais. Palavras Chaves: Remuneração. Descrição de Cargos. Tabela Salarial.

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ABSTRACT

The work is characterized as an research-action and has as objective generality to develop a model of fixed remuneration for the Lave Love company Textile Improvement Ltda. The justification for the development of this work of course conclusion takes care of to a necessity of the organization in making use of functional references to remunerate people from criteria that can be legitimated in the organizacional scope. The specific objectives contemplate descriptions of positions, evaluation of positions and the elaboration of a wage table. The description model adopted a standard for all the positions. The description model adopted a standard for all the positions. The evaluations had had as methodology punctuation the Hoyler system and the elaboration of the wage table contemplated seven wage bands. Words Keys: Remuneration. Description of Positions. Wage table.

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ........................................................................................... 14

1.1 Tema de Estágio ........................................................................................ 14

1.2 Problema de Pesquisa ............................................................................... 14

1.3 Objetivos da Pesquisa ................................................................................ 15

1.3.1 Objetivo Geral ............................................................................................ 15

1.3.2 Objetivos Específicos ................................................................................. 15

1.4 Justificativa ................................................................................................. 15

1.5 Contextualização do Ambiente de Estágio ................................................. 16

1.6 Organização do Trabalho ........................................................................... 18

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ............... .................................................. 19

2.1 Recursos Humanos e transformações recentes: o capital intelectual das

organizações contemporâneas .................................................................. 19

2.2 Práticas remuneratórias: tendências .......................................................... 28

2.2.1 Remuneração fixa ...................................................................................... 31

2.2.1.1 Remuneração por habilidades e competências ......................................... 31

2.2.1.2 Remuneração funcional ............................................................................. 37

2.2.2 Remuneração variável ................................................................................ 41

2.2.2.1 Participação nos lucros (Profist Sharing) ................................................... 42

2.2.2.2 Participação nos resultados (Pay-for-performance) ................................... 44

3 ASPECTOS METODOLÓGICOS / METODOLOGIA ................................. 45

3.1 Aspéctos metodológicos ............................................................................. 45

4 RESULTADOS .......................... ................................................................. 49

4.2 Resultado da Pesquisa-Ação ..................................................................... 49

4.2.1 Descrições de Cargos ................................................................................ 49

4.2.1.1 Gerente Administrativo / Financeiro ........................................................... 50

4.2.1.2 Gerente Comercial ..................................................................................... 51

4.2.1.3 Gerente de Produção ................................................................................. 52

4.2.1.4 Supervisor de Produção ............................................................................. 53

4.2.1.5 Supervisor de PCP ..................................................................................... 54

4.2.1.6 Supervisor de Laboratório .......................................................................... 55

4.2.1.6 Representante Comercial .......................................................................... 56

Page 12: Estrutura de Cargos Textil

4.2.1.7 Analista de Recursos Humanos ................................................................. 57

4.2.1.8 Assistente Administrativo / Financeiro ....................................................... 58

4.2.1.9 Assistente de Qualidade ............................................................................ 59

4.2.1.10 Faturista ..................................................................................................... 60

4.2.1.11 Comprador ................................................................................................. 61

4.2.1.12 Recepcionista ............................................................................................ 62

4.2.1.13 Motorista .................................................................................................... 63

4.2.1.14 Porteiro ...................................................................................................... 64

4.2.1.15 Jardineiro ................................................................................................... 65

4.2.1.16 Serviços de Limpeza .................................................................................. 66

4.2.1.17 Desenvolvimento........................................................................................ 67

4.2.1.18 Modelista .................................................................................................... 68

4.2.1.19 Talhador ..................................................................................................... 69

4.2.1.20 Costureira Piloteira ..................................................................................... 70

4.2.1.21 Programador de Controle da Produção ..................................................... 71

4.2.1.22 Analista de PCP ......................................................................................... 72

4.2.1.23 Auxiliar de PCP .......................................................................................... 73

4.2.1.24 Encarregado da Produção ......................................................................... 74

4.2.1.25 Operador de Máquina ................................................................................ 75

4.2.1.26 Auxiliar de Produção .................................................................................. 76

4.2.1.27 Auxiliar de laboratório ................................................................................ 77

4.2.1.28 Caldeirista .................................................................................................. 78

4.2.1.29 Mecânico .................................................................................................... 79

4.2.1.30 Líder do Setor de Revisão ......................................................................... 80

4.2.1.32 Líder do Setor de Passadoria .................................................................... 81

4.2.1.33 Revisora ..................................................................................................... 82

4.2.1.34 Passadeira ................................................................................................. 83

4.2.2 Avaliação dos Cargos ................................................................................ 84

4.2.2.1 Pontuação dos Cargos ............................................................................... 85

4.2.3 Tabela Salarial ........................................................................................... 90

4.2.3.1 Tabela Salarial Lave Love .......................................................................... 91

4.3 Sugestões para a empresa ........................................................................ 92

Page 13: Estrutura de Cargos Textil

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................ ...................................................... 94

6 REFERENCIAS .......................................................................................... 96

ANEXO 1 ................................................................................................... 99

ANEXO 2 .................................................................................................. 102

Page 14: Estrutura de Cargos Textil

1. INTRODUÇÃO

A crise mundial no setor têxtil a partir da década de 1990, com a emergência

de empresas asiáticas no mundo globalizado, fez com que muitas empresas

brasileiras “fechassem suas portas” e, como conseqüência desse processo, ocorram

demissões de grande contingente de pessoas. Os reflexos na economia brasileira

ainda impactam na atualidade. O estado de Santa Catarina sofreu intensamente tal

crise por sediar grande parque industrial têxtil.

As empresas do setor que conseguiram sobreviver mantêm seu quadro de

pessoal ainda com muitas dificuldades financeiras, pois a competitividade ganhou

significativo impulso nesses últimos 25 anos. Nas organizações, conflitos internos

relacionados às questões remuneratórias tornam o ambiente organizacional

nebuloso com a falta de perspectivas de crescimento profissional num setor em

crise.

A área de gestão de pessoas apresenta-se, portanto, com esse desafio. Ou

seja, apresentar propostas remuneratórias que compensem, em parte, as perdas

históricas dos trabalhadores do setor têxtil catarinense. Nesse sentido, o trabalho

apresenta um modelo de remuneração que contempla perspectivas de evolução

salarial ao quadro de funcionários da Lave Love Beneficiamento Têxtil Ltda.

1.1 Tema de Estágio

O tema do estágio refere-se a uma proposta para implantação de um plano de

cargos e salários na empresa Lave Love Beneficiamento Têxtil Ltda.

1.2 Problema de Pesquisa

A crescente insatisfação dos funcionários em relação ao seu contexto de

trabalho é atualmente uma grande preocupação nas organizações. É de suma

importância que uma organização voltada para a satisfação dos seus clientes

internos, tenha uma remuneração estratégica, refletindo, no entanto, num

comprometimento dos seus funcionários. A intenção deste trabalho é a de responder

Page 15: Estrutura de Cargos Textil

15

a seguinte questão: Como elaborar uma Proposta para Implantação de um Plano de

Cargos e Salários que contemple os funcionários sem agregar custos em excesso

para a organização?

1.3 Objetivos da Pesquisa

1.3.1 Objetivo Geral

Elaborar uma proposta de implantação de um plano de cargos e salários para

a Lave Love Beneficiamento Têxtil Ltda.

1.3.2 Objetivos Específicos

1. Descrever todos os cargos da empresa a partir de um modelo de descrição

padrão que contemple os níveis de chefia, administrativo e operacional;

2. Avaliar todos os cargos da Lave Love, estabelecendo um ranking entre

todos os cargos da organização;

3. Desenvolver uma tabela salarial, com faixas de salários, para que a

organização proporcione um plano de crescimento profissional e

desenvolvimento pessoal ao longo do tempo.

1.4 Justificativa

O estudo desenvolvido a seguir, caracterizado como pesquisa-ação,

apresenta novo modelo de remuneração para a empresa Lave Love Beneficiamento

Têxtil Ltda. buscando a crescente satisfação dos indivíduos frente à complexidade

de variáveis que afetam as necessidades básicas e o bem-estar do funcionário, com

reflexos em seu desempenho profissional, sua produtividade e seu

comprometimento com a empresa. Para tanto, é necessário desenvolver uma

proposta de um plano de cargos e salários, pois a empresa não dispunha de

modelos ou sistemas de remuneração. Além do mais, pesquisas realizadas na

Page 16: Estrutura de Cargos Textil

16

empresa, comprovam que realmente há distorções salariais históricas e que

precisam ser corrigidas, gerando a insatisfação e desmotivação para os

trabalhadores ao longo dos anos.

A proposta deste trabalho é justamente o de propor um modelo remuneratório

tradicional, com foco no cargo, para que a organização tenha uma base que salários

possam ser pagos com alguns critérios e a partir da realidade salarial da empresa,

buscando unicamente uma coerência interna no quesito remuneração.

1.5 Contextualização do Ambiente de Estágio

A fundação da Lave Love Lavanderia Ltda, ocorreu em 13/10/1980, promovida

pelo empresário Ângelo Humberto Russi. A Empresa foi registrada na Junta

Comercial do Estado em 13 de novembro de 1980, tendo sua sede na Rua 200, nº

41 – Balneário Camboriú / SC. Em março de e 1981, assumiu a direção da Lave

Love o Sr. Rogério David Russi juntamente com a esposa Maria Sueli de Novaes e

os irmãos Gilberto Gonçali e Lucia Helena, quando houve a alteração da razão

social para Lave Love Beneficiamento Têxtil Ltda.

No inicio de suas operações, a empresa era uma lavanderia comercial familiar

e de pequeno porte, possuindo 5 funcionários e ocupando pouco espaço físico.

Desde então começou o processo de modernização, quando máquinas foram

adquiridas, pessoas foram contratadas e a diversificação de técnicas e

beneficiamento têxtil também foram incorporados à empresa. A Lave Love

Beneficiamento Têxtil Ltda vem constantemente crescendo, ampliando seus serviços

em lavações e, na atualidade, atua no ramo de beneficiamento têxtil.

Atualmente, o endereço da Lave Love Beneficiamento Têxtil Ltda é a Rodovia

Osvaldo Reis, 2470 – Praia Brava, em Itajaí (SC). A Empresa conta com 79 (setenta

e nove) empregados distribuídos nos mais diversos cargos, conforme organograma

anexo. Todo o processo de escrituração fiscal, contábil e RH é informatizado com

programas integrados.

Investimentos constantes em tecnologia garantem que a Lave Love

Beneficiamento Têxtil Ltda esteja sempre em sintonia com as últimas tendências da

moda, gerando produtos com qualidade através de tecnologia de ponta, que

atendem aos mais diversos estilos e gostos. A Lave Love Beneficiamento Têxtil Ltda

Page 17: Estrutura de Cargos Textil

17

conta com aproximadamente 5.000 metros quadrados de espaço físico para suas

instalações e com um projeto de ampliação para que atenda as necessidades de

novos equipamentos. Possui cerca de 57 máquinas com capacidades diferenciadas

trabalhando em dois turnos diários. Entre elas: Centrífugas, Secadoras, Estufas,

Lixado, Flocagem, Laser, Jato de areia, máquinas de costura etc.

Além das instalações de produção, a Lave Love Beneficiamento Têxtil Ltda

dispõe de um ambiente para o show room, onde expõe as diversas técnicas de

beneficiamento e atendem aos seus clientes, além de um refeitório com capacidade

para 50 pessoas e um espaço aberto de três piscinas naturais para o tratamento da

água.

A área geográfica onde a Lave Love detém a maior fatia do mercado é Santa

Catarina, porém possui clientes em São Paulo, Paraná, Rio de Janeiro e Rio Grande

do Sul. A empresa é considerada líder de mercado e atende clientes relevantes e de

renome nacional como a CIA Hering (SC), Marisol (SC), Tharog (SC), Boby Blues

(SC), Cofran (SC), Dudalina (SC e PR), Mix (SP), Cavalera (SP), Dopping (SP),

Iódice (SP), Lês Filós (EUA), Sean John (EUA), entre outros.

Organograma da Empresa

PCP

Transporte

Expedição

DIRETORIA

GESTÃO QUALIDADE

Manutenção Financeiro

Vig ilância / Portaria Tesouraria

Limpeza Recursos Humanos

Calde ira Compras

Estação Voltas Externas

COMERCIAL

D e se n vo lv im e n to

LOGÍSTICAOPERACIONAL

Lavanderia

Diferenciado

Tye Die

Acabamento

CONTROLE QUALIDADE

L a b o ra tó rio

ADMINISTRATIVO

TratamentoEfluentes

Page 18: Estrutura de Cargos Textil

18

1.6 Organização do Trabalho

O capítulo 1 apresentara a introdução, seguida do tema, do problema, os

objetivos da pesquisa, a justificativa e contextualização do ambiente de estágio.

O capítulo 2 é composto pela fundamentação teórica, iniciando com uma

pequena revisão de literatura sobre o campo de estudos (recursos humanos) e as

transformações recentes da área, proporcionando ênfase no capital intelectual das

organizações contemporâneas, seguindo pelas tendências das práticas

remuneratórias e finalizando com os fundamentos teóricos sobre as remunerações

fixa e variável, relacionando-as com o tema de estudo da pesquisa.

O capítulo 3 apresenta os procedimentos metodológicos utilizados para

elaborar a pesquisa, quando apresentar-se-á o tipo de pesquisa utilizado no projeto,

sua área de abrangência e a forma da coleta de dados.

O capítulo 4 apresenta os resultados da pesquisa-ação que contempla as

descrições de cargos da empresa, elaboradas especificamente para este trabalho, a

avaliação desses mesmos cargos, utilizando-se o sistema Hoyler (pontos) para tais

avaliações e a elaboração de uma tabela salarial, com 7 (sete) faixas salariais.

No capítulo 5 apresentam-se as considerações finais, com as dificuldades,

limitações do trabalho e a proposta para os estudos futuros.

E, por ultimo, no capítulo 6 são apresentadas às referências bibliográficas

utilizadas para esta pesquisa.

Page 19: Estrutura de Cargos Textil

19

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 Recursos Humanos e Transformações Recentes: o c apital intelectual das

organizações contemporâneas.

A era da globalização não apresentou apenas novas tecnologias e

concorrências acirradas entre as organizações, mas trouxe também uma revolução

na área de recursos humanos. A área, sempre vista como um departamento de

pessoal para atender as necessidades das empresas na parte de admissão,

demissão e folha de pagamento, passa por grandes transformações a partir da

segunda metade da década de 1970.

Uma onda de mudanças, a partir da década de 1990, ganha impulso.

Observa-se, na atualidade, momentos de transição entre modelos operacionais para

modelos mais orgânicos de gestão de pessoas. Essas mudanças recentes

privilegiam uma nova visão de gestão de pessoas, integrando todo o pessoal às

estratégias organizacionais, incluindo até mesmo os operacionais (MASCARENHAS,

VASCONCELOS e VASCONCELOS, 2004).

A Administração de Recursos Humanos1, num primeiro momento, surgiu

devido ao crescimento das organizações e do aumento da complexidade das tarefas

de gestão de pessoal (GIL, 1994).

Para Werther e Davis (1983, p. 24) a Administração de Recursos Humanos

não surgiu subitamente, ela evoluiu. “Rastreando essa evolução, também podemos

perceber a recenticidade e importância crescente da administração de recursos

humanos”.

De acordo com Gil (1994, p. 13), numa abordagem funcionalista, ressalta que

“a Administração de Recursos Humanos é o ramo especializado da Ciência da

Administração que envolve todas as ações que têm como objetivo a integração do

trabalhador no contexto da organização e o aumento de sua produtividade”.

Milkovich e Boudreau (2000, p.19), por outro lado, afirmam que o conceito de

Administração de Recursos Humanos refere-se “a uma série de decisões integradas

1 Utilizaremos a expressão “administração de recursos humanos” ou “gestão de pessoas”, ao longo do trabalho, sem diferenciação conceitual. Compreendemos a expressão “gestão de pessoas” apenas como uma forma de valorizar o campo a partir de uma abordagem mais humanista.

Page 20: Estrutura de Cargos Textil

20

que formam as relações de trabalho; sua qualidade influencia diretamente a

capacidade da organização e dos empregados em atingir seus objetivos”.

Chiavenato (1999, p.179), por sua vez, aponta que a Administração de

Recursos Humanos incide no:

planejamento, na organização, no desenvolvimento, na coordenação e no controle de técnicas capazes de promover o desempenho eficiente do pessoal, ao mesmo tempo em que a organização representa o meio que permite às pessoas que com ela colaboram alcançar os objetivos individuais relacionados direta ou indiretamente com o trabalho.

Mas é necessário analisar igualmente condições externas às organizações.

Afinal, recursos humanos e organizações não estão dissociados de contextos

ambientais. Nessa linha de reflexão, outros fatores podem ser levados em conta na

atividade de recursos humanos: a crise mundial do petróleo; a massificação do

ensino; a abertura política e, ainda mais do que os outros, o nascimento de um

sindicalismo independente, de raízes políticas socialistas e de atuação agressiva,

que facilitou o aparecimento das greves como forma de reivindicação dos

empregados (NERI, 1999).

Gil (1994, p. 14) argumenta que: “o movimento de valorização das relações

humanas no trabalho surgiu a partir da constatação da necessidade de considerar a

relevância dos fatores psicológicos e sociais na produtividade”. O que não é

exatamente uma novidade, pois desde a emergência da Escola das Relações

Humanas, na década de 1930, esses fatores passaram a ser considerados.

De qualquer forma, com essas transformações, os recursos humanos de

qualquer organização passam, atualmente, a assumir um papel mais estratégico

dentro das organizações e também a enfrentar novos desafios, pois o principal

objetivo das mesmas é melhorar a produtividade e buscar resultados. Para que isso

aconteça são necessárias, evidentemente, mudanças na gestão empresarial. De

acordo com Neri (1999 p. 42): “a linearidade entre o estabelecimento da estratégia

empresarial, a identificação das competências organizacionais e a formulação de

quadro de competências funcionais asseguram que a área de recursos humanos

tenha uma administração alinhada com as necessidades estratégicas da empresa”.

O autor registra ainda que a organização visa mostrar resultados de maneira prática

e numa linguagem organizacional adequada.

As exigências voltam-se, atualmente, para os administradores de recursos

humanos assumirem uma atuação estratégica, com vista em agregar valor ao

Page 21: Estrutura de Cargos Textil

21

negocio por meio de seus programas. Por outro lado, na maioria das empresas

observa-se um grande descompasso entre o discurso e a pratica. A valorização do

funcionário até mesmo como diferencial competitivo, está presente no discurso dos

profissionais de recursos humanos, mas não ocorre na maioria de suas empresas.

(GIL, 2001, MASCARENHAS, VASCONCELOS e VASCONCELOS, 2004).

Milkovich e Boudreau (2000, p. 502), numa perspectiva otimista, analisam as

possibilidades para as organizações futuras:

toda organização precisa ainda identificar, conquistar, desenvolver, remunerar e fazer prosperar seus recursos humanos. As organizações do futuro podem encontrar esses recursos humanos e suprir suas necessidades tanto dentro como fora da empresa, ou ate nas mãos dos próprios administradores e empregados.

Conforme Bohlander, Snell e Sherman (2003, p. 2): “para trabalhar

efetivamente com pessoas, temos de entender o comportamento humano e

precisamos conhecer vários sistemas e práticas disponíveis para nos ajudar a

construir uma força de trabalho qualificada e motivada”. Embora essas colocações e

argumentos apresentem-se como obviedade, é de fundamental importância

reconhecer que tal debate apresenta-se com vigor na atualidade.

Dutra (2001, p. 25), por sua vez, ressalta que “hoje, há uma grande pressão

para que a gestão de pessoas seja orientada para a idéia de desenvolvimento

mútuo. A empresa, ao se desenvolver, desenvolve as pessoas, e estas, se

desenvolverem, fazem o mesmo com a organização”. A pessoa, segundo o autor, é

vista como gestora de sua relação com a empresa, bem como do seu

desenvolvimento profissional.

Para Neri (1999, p.8), “avaliar, mudar e influenciar o comportamento humano

nas empresas sempre foi um desafio para líderes, teóricos e profissionais que

trabalham na área, tanto nas empresas quanto nas consultorias”. O autor completa

essa reflexão afirmando que aptidões, habilidades, inteligência, vocação, traços da

personalidade e caráter sempre foram referenciais utilizadas para decidir a vida

profissional de milhões e milhões de trabalhadores neste século.

Gil (2001, p. 60) afirma que “a gestão de pessoas passa a assumir um papel

de liderança para ajudar a alcançar a excelência organizacional necessária para

enfrentar desafios competitivos, tais como a globalização, a utilização de novas

tecnologias e a gestão do capital intelectual”.

Page 22: Estrutura de Cargos Textil

22

Storey (1992, apud Wood, 2004, p.281) analisa a evolução teórica da Função

de Recursos Humanos sob a denominação de Gerência de Recursos Humanos

(GRH). A característica essencial da primeira é da orientação para a performance do

negócio e da visão dos empregados como recurso, similar à tecnologia ou matérias-

primas. Esta tende a substituir a Gerencia de Pessoal, superando sua visão de

adequação e obediência da força de trabalho aos objetivos organizacionais por um

comprometimento com estes mesmos objetivos. Interessante observar que alguns

autores avançam no debate ressaltando a superação do modelo de “gestão de

pessoas”, que é, no Brasil, ainda o último estágio da reflexão. Tendo como foco o

fator humano como chave para o sucesso, alinhamento das decisões de RH, o

princípio de agregação da função aos elementos de ação gerencia, a manipulação,

ou tentativa de manipulação dos valores simbólicos e culturais, significativa do

processo de substituição dos controles externos pelos sistemas de valores

compartilhados.

Sob a ótica de Lagge (1992, apud Wood e Picarelli 2004, p.281) a Gestão de

Pessoas baseia-se no conceito de que as pessoas têm direito a um tratamento digno

e que a performance no trabalho baseia-se no grau de coerência entre interesses

individuais e organizacionais. Afirma ainda, que seu campo de atuação está ligado a

atividades específicas, como: selecionar, desenvolver, recompensar e direcionar

pessoas não só para satisfazê-las, mas também para extrair das mesmas o máximo

em termos de produtividade. Antunes (2001), numa perspectiva marxista,

compreende a reestruturação do trabalho como uma nova forma de exploração do

capital privado, orientado exclusivamente para a lógica do mercado. Outros autores

críticos, como Motta (2003) ressaltam as tendências recentes de gestão de pessoas

como novas formas de manipulação. Kohn (1998), por exemplo, afirma que as novas

modalidades de remuneração partem do pressuposto de que pessoas possam ser

manipuladas e que o pagamento por desempenho é uma nova fase do

behaviorismo, na “crença de que oferencendo-se recompensas às pessoas,

resultará num melhor desempenho no trabalho”.

Outros autores, como Dutra (2001), no entanto, desprezam tais perspectivas

de análise e valorizam o desenvolvimento pessoal centrado em habilidades e

competências.

O desenvolvimento organizacional, nesses novos contextos competitivos,

deveria ter como foco, em todos os níveis hierárquicos, habilidades e competências.

Page 23: Estrutura de Cargos Textil

23

Os agentes organizacionais seriam então responsáveis pela articulação das

informações e dos conhecimentos específicos aos quais tem acesso com vistas ao

desenvolvimento continuo da empresa. Sendo assim, seria necessário pensar em

um modelo de organização que transcendesse os limites da burocracia, que

aproveitasse todo o potencial dos indivíduos e que viabilizasse novos padrões de

desenvolvimento organizacional.

Para acontecer a aprendizagem organizacional e a inovação contínua,

Vasconcelos e Mascarenhas (2007 P. 25) relatam que as mudanças organizacionais

“dependem de novos padrões de organização do trabalho que promovam a

autonomia, a politização e a capacitação dos indivíduos”.

As organizações podem ser mais ágeis e criativas e aproveitar melhor as

oportunidades que os ambientes de negócio lhes proporcionam desde que

estratégias de mudança incluam tecnologias de ponta de diversas inovações

organizacionais. Mas não apenas isso, pois serão necessárias igualmente

mudanças na estrutura de poder, nos sistemas de controle, nos processos de

decisão, na organização dos processos operacionais, administrativos e distribuição

da informação, nos sistemas de incentivo e avaliação de resultados, nas

necessidades individuais de conhecimento e habilidades, bem como nos valores a

serem internalizados (VASCONCELOS e MASCARENHAS, 2007, p.29).

O papel estratégico a ser desenvolvido pelo RH passou a ser repensar as

atividades próprias da área em termos estratégicos integrando os objetivos de longo

prazo da organização, as variáveis relevantes do ambiente e as necessidades

decorrentes em termos de pessoas. Conforme Lacombe e Tonelli (2004, p.55) essa

visão é compreendida por elementos como:

a relação que a organização queria estabelecer com o empregado, se limitada a recompensar o desempenho ou se baseada na troca de comprometimento na qualidade do trabalho realizado; o grau de participação esperado dos empregados; a ênfase dada ao recrutamento, interno ou externo, quando necessário; e se o desempenho seria avaliado de forma individual ou em equipes, ou ainda por uma mistura dos dois”.

Fischer (1998, apud Lacombe e Tonelli 2004, p.58) nos mostra um novo

significado para a ARH a partir da década de 1990, ARH como vantagem

competitiva. Com a perspectiva voltada para o negócio da empresa, começou a ser

discutido o papel das pessoas para se atingir a competitividade. Ora, se “a estratégia

é a diferenciação e a obtenção de vantagem competitiva, caberia a ARH garantir que

Page 24: Estrutura de Cargos Textil

24

as pessoas fossem também fonte de vantagem competitiva”. O mesmo autor

ressalta que as empresas precisariam buscar formas novas e criativas de gestão; à

ARH caberia transmitir as estratégias às pessoas e transformá-las em agentes de

competitividade.

Ulrich (1998, apud Lacombe e Tonelli 2004, p.58) atribui quatro funções

principais à área de recursos humanos: “as funções estratégicas e competitiva, a

função de promover e auxiliar os processos de mudança e a função responsável

pelo envolvimento dos empregados com a empresa”. Para o autor, o papel da ARH

como vantagem competitiva se amplia às abordagens estratégicas, desenvolvidas

na década de 1980.

A responsabilidade com os processos de aperfeiçoamento organizacional não

podem ser restritas a alta direção e a gerência, mas como os trabalhadores devem

se envolver diretamente com esses processos. Ocorrendo isso, a noção de se

regular os relacionamentos entre as pessoas por meio da divisão em funções

específicas e predefinidas deve ser abandonada. Nesse processo de mudanças,

surgem, atualmente, novas formas de remuneração e incentivo aos funcionários,

visando a valorização do trabalho especializado e garantindo assim uma

remuneração condizente com a produtividade de cada funcionário, além de

contribuir para melhorar o desempenho de áreas chaves das empresas.

Alguns autores propõem o uso de paradigmas para balizar a compreensão

dos processos de mudança. Dois deles são especialmente úteis para os objetivos

deste estudo: o primeiro é o paradigma funcionalista, fundamentado no racionalismo

e nas relações de causalidade simples; o segundo é o paradigma fenomenológico,

baseado na interpretação dos sistemas dos atores organizacionais.

São alguns dos aspectos mais importantes na visão de Wood (2004, p.269):

existe um processo importante de mudança na organização do trabalho catalisado de fora para dentro. Ou seja, são as relações entre as empresas e mercados que são responsáveis pelo maior fluxo de mudança; este movimento representa uma superação do modelo taylorista-fordista com a adição de princípios de flexibilidade e adaptabilidade. Inclui também a descoberta dos aspectos simbólicos e culturais das organizações. Neste sentido, pode-se afirmar que há uma contaminação por elementos do paradigma fenomenológico, ainda que isto se dê de forma instrumental; na prática, este movimento gera fortes impactos sobre as redes de valores e significados, especialmente nas camadas hierárquicas superiores; como este movimento tem-se dado principalmente nos centros estratégicos e nas áreas produtivas, a FHR tende a ser marginalizada pelo processo, não raro impondo resistências;

Page 25: Estrutura de Cargos Textil

25

a conseqüência prática é que a FRH corre o risco de ter seu papel, já secundário, restrito a mero apoio técnico, perdendo seu potencial de motor de transformação do ambiente de trabalho;

As mudanças atuais são, ao contrário, descontínuas. Por isso, exigem uma

postura mental diferente, essencialmente antidogmática. Esta descontinuidade é

provocada pelas mudanças econômicas e tecnológicas e que, segundo Handy

(1990, apud Wood, 2004, p.270), refletem na redução da parcela da população

ocupada com atividades de trabalho intensivo, diminuição do número de empregos

de tempo integral, aumento da demanda por especialistas e crescimento do setor de

serviços e do numero de organizações baseadas em informações.

Vasconcelos e Mascarenhas (2007, p.33) comentam que em uma

organização pós-burocrática:

a gestão de pessoas deve estar organizada de forma a permitir que os diversos indivíduos e grupos exerçam plenamente suas potencialidades no ambiente organizacional, com vistas aos processos de formulação e implementação de proposições criativas e inovadoras. Como conseqüência, deve-se destacar a necessidade de novas formas de se entender e gerir o comportamento humano nestas organizações. Nesses contextos, é necessário o abandono de princípios e premissas tradicionais de gestão de pessoas e a implementação de práticas inovadoras que viabilizam a aprendizagem.

As pessoas devem se organizar segundo a extensão e amplitude de suas

responsabilidades, com vistas a dois objetivos fundamentais: a extensão do saber

acerca dos negócios e o aproveitamento de novas oportunidades que se

apresentam. Estes objetivos são perseguidos pelos trabalhadores do conhecimento,

que seriam os profissionais que utilizam a informação como insumo para suas

atividades de análise e de reflexão, articula-a com seus conhecimentos úteis à

organização.

Zulboff (1988, apud Vasconcelos e Mascarenhas, 2007, p.35) discute a

qualificação intelectiva, que é pré-requisito para que se possa expandir o saber e

engajar-se em um processo de aprendizagem que torna a informação valiosa. Esse

tipo de qualificação torna-se necessário para resolver o problema central da

referência. A qualificação intelectiva apresenta três dimensões crucias: 1) a

capacidade de pensar de forma abstrata, já que o trabalho mediado pelo

computador torna-se distante de referencias físicas; 2) o raciocínio indutivo, uma vez

que a informação que se baseia em computadores tende a ser reduzida a variáveis

quantitativas, com as quais as pessoas devem pensar analiticamente,

Page 26: Estrutura de Cargos Textil

26

compreendendo suas relações potenciais e utilizando os dados para a reflexão,

construção e teses de hipóteses; 3) a concepção teórica dos processos aos quais os

dados referem-se, tendo em vista que essa concepção é necessária para se ter um

roteiro a respeito dos dados, uma base a partir da qual se busca a sistematização de

idéias e de hipóteses acerca dos processos.

Em um contexto de abundância de informações e de conhecimentos, há

maior necessidade de envolvimento psicológico do funcionário com a organização,

já que os processos sociais associados à interpretação, criação e comunicação de

significados requerem uma participação mais intensiva da personalidade humana.

Ainda de acordo com Vasconcelos e Mascarenhas (2007, p. 36): “interesses,

necessidades e demais forças que influenciam a motivação e o envolvimento dos

funcionários com a organização devem receber atenção especial”. Como as pessoas

se sentem em relação a si mesmas, em relação às outras pessoas e em relação a

organização, está intrinsecamente ligado às respectivas capacidade de manter

níveis altos de comprometimento interno e de motivação demandado pelo trabalho

em uma estrutura de aprendizado.

Vários são os motivos que levam as organizações a adotar esses novos

modelos de gestão. A competitividade no mercado global exige das empresas

diferenciais. O capital intelectual das empresas, por exemplo, precisa estar

mobilizado e atualizado para garantir o diferencial e a vantagem competitiva que a

empresa necessita para sua sobrevivência perante seus concorrentes.

Diversos conceitos existem sobre capital intelectual. Segundo Antunes (2000,

p.77), estudos foram desenvolvidos inicialmente em torno de um dos elementos que

compõem o capital intelectual: o capital humano. Alguns economistas, a partir do

século XV, já investiram esforços para encontrar uma forma de atribuir valor

monetário ao ser humano, tendo tais pesquisas um caráter econômico de estimar

perdas com as guerras e com as migrações.

Um dos marcos nesta abordagem de valorização do conhecimento foi Peter

Drucker e seu livro Sociedade pós-capitalista, em que ressaltou o fim da era

industrial e o início da era do conhecimento, estabelecendo assim um completo

rompimento com os diagnósticos dos desempenhos industriais vinculados

exclusivamente ao capital financeiro, surgindo daí a necessidade de mensurar-se o

capital intelectual e sua influência no desempenho desta empresa. Drucker (1998,

p.161) enfatiza que na sociedade do conhecimento, o verdadeiro investimento se dá

Page 27: Estrutura de Cargos Textil

27

cada vez menos em máquinas e ferramentas e mais no conhecimento do

trabalhador. Sem este conhecimento, as máquinas são improdutivas, por mais

avançadas e sofisticadas que sejam.

Para Stewart (1998, p.XIII) “capital intelectual é a soma do conhecimento de

todos em uma empresa, o que lhe proporciona vantagem competitiva. Ao contrário

dos ativos, com os quais empresários e contadores estão familiarizados –

propriedade, fábricas, equipamento, dinheiro –, o capital intelectual é intangível. É,

por exemplo, o conhecimento da força de trabalho: o treinamento e a intuição de

uma equipe de químicos que descobre uma nova droga de bilhões de dólares ou o

know-how de trabalhadores que apresentam milhares de formas diferentes de

melhorar a eficácia de uma indústria”.

Edvinsson e Malone (1998, p.9) utilizam uma metáfora para conceituar o

capital intelectual. Comparam a empresa a uma árvore, considerando a parte visível

(tronco, galhos e folhas) como a que está descrita em organogramas, nas

demonstrações contábeis e em outros documentos, e a parte que se encontra

abaixo da superfície, no sistema de raízes, capital intelectual, que são os fatores

dinâmicos ocultos que embasam a empresa visível formada por edifícios e produtos.

Para Bohlander, Sherman e Snell (2003, p.09): “o capital humano refere-se ao

valor econômico do conhecimento, das habilidades e das capacidades da empresa.

Embora o valor desses ativos não apareça diretamente no balanço patrimonial da

empresa, seu impacto no desempenho dela é enorme”.

O capital humano apresenta importância por ser a fonte de inovações e

renovações. O crescimento do capital humano – por meio da contratação,

treinamento e educação – é uma “mala vazia” se não puder ser explorado. Isto

requer uma estrutura de ativo intelectual, tal como um sistema de informação,

conhecimento de canais de mercado, relacionamento com clientes, e um foco

gerencial para tornar o know-how individual uma propriedade do grupo.

O capital estrutural coloca novas idéias para trabalhar e pode ser usado

várias vezes para criar valor. Ele pode ampliar o valor do capital humano ordenando

os recursos da corporação, a lista de clientes e os talentos de outros departamentos

para sustentar e apoiar a nova idéia (EDVINSSON, 2001).

Duffy (2000, p.73) menciona que os conceitos de capital humano e capital

intelectual estão intimamente relacionados e são facilmente confundidos. O capital

intelectual é mais amplo e abrange os conhecimentos acumulados de uma empresa

Page 28: Estrutura de Cargos Textil

28

relativos a pessoas, metodologias, patentes, projetos e relacionamentos. O capital

humano é um subgrupo de tal conceito. Visando facultar o entendimento, apresenta

as seguintes definições:

a) capital intelectual: soma de capital estrutural e humano, indica capacidade de ganhos futuros de um ponto de vista humano. Capacidade de criar continuamente e proporcionar valor de qualidade superior; b) capital humano: valor acumulado de investimentos em treinamento, competência e futuro de um funcionário. Também pode ser descrito como competência do funcionário, capacidade de relacionamento e valores; c) capital estrutural: o valor do que é deixado na empresa quando os funcionários – capital humano – vão para casa. Exemplos: bases de dados, lista de clientes, manuais, marcas e estruturas organizacionais; d) capital organizacional: competência sistematizada e em pacotes, além de sistemas de alavancagem dos pontos fortes inovadores da empresa e da capacidade organizacional de criar valor. Compreende capital de processo, cultura e inovação; e) capital de inovação: força de renovação de uma empresa expressa como propriedade intelectual, que é protegida por direitos comerciais, e outros ativos e valores intangíveis, como conhecimentos, receitas e segredos de negócios; f) capital de processo: os processos combinados de criação de valor e de não-criação de valor.

Como se pode observar há diferentes perspectivas teóricas sobre as

mudanças organizacionais e a gestão de pessoas. Perspectivas essas que vão

desde as tradicionais abordagens funcionalistas até as perspectivas mais recentes

que valorizam o aprendizagem organizacional e a empresa do conhecimento que

privilegia o chamado capital intelectual, passando, evidentemente, por abordagens

mais críticas em que novas estratégias de gestão de pessoas estão imbuídas de

formas de manipulação. O que se pode observar é um verdadeiro mosaico de

abordagens teóricas e a expectativa é que este tópico tenha contemplado essa

diversidade. Como bem ressaltam Hardy e Clegg (1998, 27), em função da

fragmentação do campo, há “maior desacordo, mais também mais pontos de

intersecção e maior razão para diálogo, debate e disputa”.

2.2 Práticas Remuneratórias: tendências

Pastore (2007) registra que com o aquecimento global da economia, há um

aumento generalizado de salários de pessoal qualificado em praticamente todas as

regiões do mundo. No Japão, por exemplo, o salário médio na indústria é de cerca

de US$ 18 por hora, nos Estados Unidos, US$ 21 e na Alemanha, US$ 30. O Brasil,

ainda segundo o autor, também apresentou bons índices de remuneração,

Page 29: Estrutura de Cargos Textil

29

principalmente neste primeiro semestre de 2007. O rendimento médio mensal em

fevereiro de 2007 foi de R$ 1.096,00, 6% superior ao verificado no mesmo período

de 2006. O pessoal especializado, por sua vez, obteve ganhos maiores, chegando a

R$ 2.020,00 mensais, o que dá cerca de US$ 4,38 a hora.

A partir desses valores, é possível perceber que o Brasil ainda apresenta

salários bem abaixo dos países desenvolvidos, mas com crescimento relativo a partir

de comparações com anos anteriores e, principalmente, com países emergentes.2

As grandes empresas, no Brasil, portanto, têm passado por um constante

processo de transformações e as organizações começam a despertar para a

necessidade de mudarem os sistemas de remuneração. O aumento em dólares no

caso do pessoal qualificado entre 2006 e 2007 foi de 10,7% (PASTORE, 2007).

Numa perspectiva de gestão e, neste caso, desprezando as abordagens mais

críticas de orientação marxista, fica evidenciado que, no mundo moderno, as

organizações precisam se equipar com talentos e competências para poder

acompanhar a forte mudança e evolução. Uma questão de sobrevivência e de

sucesso, obviamente. Saber alcançar a competitividade não depende apenas de

conquistar, reter, aplicar, desenvolver, motivar e recompensar talentos, mas,

principalmente, de gerir competências e alcançar resultados significativos por meio

delas (CHIAVENATO, 2005).

Aspectos críticos e tendências são alguns dos motivos que, segundo Dutra

(2001, p.72), conduziram empresas a migrar de práticas remuneratórias tradicionais

para modelos alternativos. De acordo com o autor “a identificação das práticas

alternativas emergentes que de fato são lastreadas por bases sólidas e que tendem

a sobreviver ao longo do tempo”.

Para Nascimento (2001, p.5), um dos fatores que repousa e eficiência de

qualquer empresa de fins econômicos ou não “é uma administração racional do

pessoal, matéria que envolve necessariamente o complexo e grave problema

“salário”, que exerce enorme influencia nos processos de produção, circulação,

distribuição e consumo de riqueza”.

O salário deve ser considerado racional, adequado e correto, embora tais

conceitos possam ser considerados subjetivos e passíveis de críticas. Conforme

2 Pastore (2007) ressalta que, apesar do Brasil apresentar índices inferiores aos países desenvolvidos, quando comparado com países emergentes, nossa situação melhora significativamente. O autor exemplifica com números relacionados à Polônia, Estônia e Eslováquia (US$ 3.80 a hora), Lituânia (US$ 3), Vietnã (US$ 0,28) e China (US$0,64).

Page 30: Estrutura de Cargos Textil

30

Zimpeck (1990, p. 346), o salário é “estabelecido em razão de níveis de mercado,

qualificações pessoais, capacidade técnica, condições interferentes na política de

salários de determinadas regiões, setores e ramos de atividade e maior ou menor

regulamentação do trabalho existente em cada país”.

Se não for bem administrado, o salário pode provocar graves erros e riscos

comprometedores em aspecto e produtividade no mercado competitivo. Além deste

motivo, a preocupação do problema salário, segundo Nascimento (2001, p. 06) é

que o mesmo apresenta-se como um:

fator de suma importância no processo econômico por exercer significativas influencias na economia das nações, uma vez que diz respeito a questões de custo e, em ultima instancia, ao mercado consumidor, que deve possuir determinado poder aquisitivo, resultante da remuneração do trabalho, representado pelo salário.

Hipólito (2001, p.75) destaca alguns objetivos que os sistemas remuneratórios

devem buscar para que se alinhem às demandas provenientes de um mundo

competitivo e, assim, possam interferir de maneira positiva na alavancagem dos

resultados organizacionais:

Recompensar a contribuição real que o profissional presta à organização; Estabelecer um equilíbrio salarial tanto do ponto de vista interno quanto em relação aos padrões vigentes no mercado; Manter as decisões salariais entre os funcionários, sindicatos ou Justiça do trabalho; Possibilitar a delegação efetivas de decisões salariais sem perder a coerência no todo; Permitir precisão o controle maior na gestão da folha de pagamentos; Reforçar a imagem da empresa diante dos profissionais que nela atuam, do mercado de trabalho e sociedade.

A multiplicidade de formas de remuneração tem crescido devido à

necessidade de encontrar maneiras criativas para aumentar o vínculo entre as

empresas e seus funcionários (WOOD E PICARELLI, 2004, p.38). As práticas

remuneratórias estão dividas em Remuneração Fixa e a Remuneração Variável. A

Remuneração Fixa subdivide-se em Remuneração por Habilidades e Competências

e Remuneração Funcional. Já a Remuneração Variável é dividida em Remuneração

através de Participação nos Lucros (Profist Sharing) e Remuneração com

Participação nos Resultados (Pay-for-performance).

Page 31: Estrutura de Cargos Textil

31

2.2.1 Remuneração Fixa

2.2.1.1 Remuneração por Habilidades e Competências

Algumas modalidades de remuneração surgiram devido às necessidades de

modernização. Uma dessas inovadoras remunerações é a remuneração por

habilidades que visa explicar de maneira objetiva a real diferença entre os conceitos

de cargos e funções e que, segundo Wood e Picarelli (2004), trazem conseqüência

do aumento da complexidade do ambiente de negócios que resultou em uma série

de tendências registradas desde a década de 1990 nas empresas, bem como

estruturas organizacionais com menor número de níveis hierárquicos e,

conseqüentemente, maior nível de autonomia e amplitude de responsabilidades para

indivíduos e grupos. Outros aspectos registrados pelos autores residem na

valorização do trabalho em equipe, no aumento da exigência de multifuncionalidade

e na visão sistêmica, no foco no aperfeiçoamento contínuo e nas pressões para

redução de custos.

Para a implantação de um plano de remuneração por habilidades são

necessários, além de desenvolver e treinar os funcionários, identificar suas

habilidades e competências, ou seja, sua capacidade de realizar tarefas conforme os

padrões exigidos pela organização, e como conseqüência trazem diversas

vantagens e incentivos para os funcionários (WOOD e PICARELLI, 2004).

O sistema de remuneração por habilidades tem diversas características

alinhadas às estratégias da organização e as especificidades de cada qual. Porém,

não existe um modelo único, padrão, que possa se adequar a qualquer organização.

As modalidades, portanto, devem retratar a realidade de cada empresa.

Conforme Wood e Picarelli (2004, p.66): “seu uso tem-se disseminado

especialmente entre novas unidades industriais com projetos organizacionais

avançados, poucos níveis hierárquicos, equipes autogerenciáveis e um estilo

gerencial aberto e voltado para a administração participativa”.

Desde que implantado, o sistema de remuneração por habilidades torna-se

um instrumento de motivação aos funcionários, pois é, segundo seus defensores

Wood e Picarelli, transparente, pois todos os empregados passam a conhecer suas

regras, bem como podem verificar a respectiva evolução salarial.

Page 32: Estrutura de Cargos Textil

32

Outro modelo que atualmente está sendo implantando em várias

organizações é a remuneração por competências, que despertou o interesse das

organizações em função de diversos fatores como o crescimento do setor de

serviços na economia, aumento da demanda de profissionais qualificados,

necessidade de conhecimento intensivo nas empresas em geral, implantação de

sistemas mais flexíveis e redução de estruturas hierárquicas rígidas e popularidade

do conceito de competência.

No entanto, há uma pequena diferença entre competência e habilidade, em

que competência possa ser interpretada como a articulação de conhecimentos,

percepção, pensamento, emoção, vontade, memória, linguagem, motricidade,

atenção, consciência, valores, juízo, mobilizados em busca de uma solução e

habilidades seriam processos mentais desenvolvidos e a desenvolver onde são

necessárias para realizar aprendizagens e continuar aprendendo por toda a vida.

Algumas delas: ler, interpretar, hipotetizar, descrever, memorizar, deduzir, analisar,

dramatizar, sintetizar, aplicar, escrever, elaborar, contar, decidir. Apesar dessas

definições, não há consenso sobre o conceito de competência. Parry (1996 apud

Wood e Picarelli, 2004, p.72), por exemplo, afirma que “um agrupamento de

conhecimentos, habilidades e atitudes correlacionados que afeta uma parte

considerável da atividade de alguém, que se relaciona com o desempenho, que

pode ser medido segundo padrões preestabelecidos, e que pode ser melhorado por

meio de treinamento e de desenvolvimento”.

Encontra-se mos uma outra definição em Ledford (1995 apud Wood e Picarelli

2004, p.72) que considera competências “características percebidas nas pessoas

que envolvem conhecimentos, habilidades e atitudes que levam a um desempenho

superior” e que “competências” envolveriam comportamentos observáveis e

mensuráveis que se relacionam com o trabalho.

Quando uma organização está voltada para as competências dos seus

futuros funcionários, a entrevista com os candidatos, para que o processo seletivo

aconteça, tem um papel fundamental. Dutra (2001, p.28) afirma que as

organizações, quando escolhem pessoas para trabalhar, verificam a formação e

experiência do candidato, observam também o modo de atuar, a maneira de realizar

o trabalho solicitado, as realizações profissionais ao longo do tempo, enfim, as

empresas querem assegurar-se de que a pessoa a ser escolhida terá condições de

obter os resultados que a organização espera e necessita. E, juntamente com a

Page 33: Estrutura de Cargos Textil

33

entrevista, pode-se verificar se o candidato tem o perfil ideal para a organização se

possui características que as mesmas estão à procura.

Ao adotar um modelo de competências a organização medirá sua força de

trabalho (funcionários) através de controle, formação e avaliação de desempenho,

proporcionando ênfase nas características de competitividade, produtividade,

agilidade, racionalização de custos, requerendo-se, para tanto, a polivalência, e a

constante atualização de suas competências medindo assim sua efetividade na

empresa.

Neri (1999 p. 09) registra que, ao divulgar as competências que a empresa

valoriza, os trabalhadores têm um referencial mais nítido para focar seus esforços de

desempenho. Ou seja, ainda segundo o autor, “o controle do processo de

desenvolvimento pessoal nas empresas é em parte transferido da área de RH para

os atores do processo, gerentes e colaboradores. Isso significa que as chances de

autodesenvolvimento aumentam. Cria-se, com isso, o germe da mais revolucionária

e combatida das competências: aprender a aprender”.

No ambiente de trabalho as pessoas demonstram que possuem

conhecimentos ou capacidades, mas que nem sempre sabem usufruir no momento

correto. Concreta ou abstrata, comum ou especializada, de acesso fácil ou difícil,

uma competência permite afrontar e regular adequadamente uma família de tarefas

e de situações, apelando para noções, conhecimentos, informações, procedimentos,

métodos, técnicas ou ainda a outras competências mais específicas.

A competência permite mobilizar conhecimentos a fim de se enfrentar uma

determinada situação e não se resume simplesmente ao uso de regras, mas a uma

capacidade de lançar mão dos mais variados recursos, de forma criativa e

inovadora, no momento e do modo necessário.

Dentro deste contexto, Dutra (2001) ressalta que são as pessoas, ao

colocarem à disposição da organização seus respectivos conhecimentos,

concretizam as competências organizacionais e fazem sua adequação ao contexto,

conferindo-lhe validade ou implementam as modificações necessárias para seu

aprimoramento. A agregação de valor dos indivíduos, ainda segundo o autor, reforça

“sua contribuição efetiva ao patrimônio de conhecimentos da organização, o que lhe

permite manter suas vantagens competitivas ao longo do tempo” (p.27).

Porém, além da necessidade de identificar as competências de cada

profissional é necessário também relacioná-los na estratégia e definição de rumos

Page 34: Estrutura de Cargos Textil

34

da organização, que é o ponto de partida para a implantação deste sistema. Uma

das peças chaves para desenvolver as competências nas pessoas reflete-se no

treinamento e, de acordo com Neri (1999, p. 52), “treinar é oferecer oportunidades

para que as pessoas possam freqüentemente refletir sobre seus significados,

exercitar a autocrítica para poder se posicionar diante das circunstâncias

empresariais e de seu projeto de vida”.

Lipovetsky (2005, p.165) ressalta justamente este ponto, em que “a empresa

inteligente é menos aquela que procura obter a todo custo uma adesão enfática do

que aquela que saiba explorar os trunfos representados, por exemplo, pelos anseios

individualistas de promoção e de iniciativas pessoais”.

A área de Recursos Humanos é que deve captar, desenvolver e capacitar os

funcionários, o que não significa, segundo Néri (1999, p. 546), “apenas dar

informações e desenvolver habilidades, mas ser mais identificado com a empresa”.

A gestão de pessoas deve ser a base para a construção de um contexto social no

qual todos tenham a possibilidade de exprimir suas racionalidades e desenvolverem

suas competências em prol dos objetivos organizacionais.

Vasconcelos e Mascarenhas (2007) nos dizem que a gestão de pessoas deve

ser a base para a construção de um contexto social no qual todos tenham a

possibilidade de exprimir suas racionalidades e desenvolver suas competências em

prol dos objetivos organizacionais. Por meio da escolha e assimilação das

experiências relevantes, a articulação do conhecimento e a experimentação no

grupo viabilizam a aprendizagem organizacional e a mudança de comportamento,

pois “assim são construídas novas competências, desenvolvem-se velhas

competências, o que torna possível a sustentação da vantagem competitiva” (p.55).

É de fundamental importância conhecer em que consiste, efetivamente, o

desenvolvimento de um indivíduo dentro de uma organização. Dutra (2001, p.30)

assinala que o desenvolvimento é a capacidade de uma pessoa em assumir e

executar atribuições e responsabilidade de maior complexidade e que é “preciso

estabelecer uma ligação direta entre desenvolvimento e remuneração: se a pessoa

em questão se desenvolve ao assumir responsabilidades e atribuições de maior

complexidade, e se ao fazê-lo, agrega mais valor à empresa ou negócio, nada mais

justo que seja remunerada de maneira adequada”.

Neri (1999) afirma ainda que treinar competências é utilizar e realçar a

capacitação pelas vivências e pelo feedback. Registra ainda a importância de uma

Page 35: Estrutura de Cargos Textil

35

negociação clara e madura de resultados esperados de ambas as partes e, mais do

que tudo proporciona destaque para o acompanhamento do que ele denomina

líderes do terceiro milênio, “aqueles executivos e chefes capazes de ser projetistas,

gerentes e professores em todos os momentos de sua atuação” (p.57).

Essa necessidade em capacitar os indivíduos para enfrentar a realidade de

cada empresa e fora dela é um desafio é uma missão para a área de recursos

humanos. Neri (1999, p. 49) nos lembra que ensinar pessoas a pensar, a reelaborar

constantemente seus significados e aprender a fazer a autocrítica são de suma

importância. Os indivíduos não só precisam saber “como fazer”, mas também

conhecer o “porquê do como fazer”.

Diante da realidade de cada organização, as pessoas mais competentes são

chamadas para encarar novos desafios e, conforme correspondem de maneira

positiva, as mesmas recebem desafios ainda maiores. Sua capacidade de entrega,

complexidade e espaço ocupacional são as peças chaves que ajudarão a

compreender a realidade empresarial com maior nitidez, a analisar as políticas e

práticas de gestão de pessoas e a discutir ferramentas de gestão mais adequadas.

Será necessário, porém, que a organização construa uma escala de mensuração

que permita medir o nível da complexidade da entrega dos indivíduos, podendo ser

divididas em duas partes: na importância e uso de uma escala de complexidade; e

na forma de administrar essa escala.

Dutra (2001, p. 32) ressalta que a escala para mensurar a complexidade das

entregas pode ser aplicada nas seguintes situações: mensurar o desenvolvimento;

avaliações da eficiência de ações de desenvolvimento; estímulo ao

autodesenvolvimento; escala salarial; dimensionamento do quadro, otimização dos

investimentos em desenvolvimento. Para Jaques (1988 apud Dutra, 2001, p. 35): os

níveis de complexidade podem ser medidos a partir do intervalo de tempo entre a

tomada de decisão e a possibilidade de avaliação dos resultados nela decorrentes.

Quanto maior o tempo, mais elevado é o nível de abstração exigido para que a

decisão tomada esteja correta e efetiva.

O conhecimento é um dos recursos que deve ser associado ao

desenvolvimento das competências, pois sem o conhecimento relevante e sem as

competências necessárias para o aproveitamento não há como promover a análise

continua dos pressupostos organizacionais e dos modelos mentais predominantes.

Page 36: Estrutura de Cargos Textil

36

O sistema de remuneração por competências tem que ser classificado

coerentemente com os objetivos estratégicos da organização, bem ter o devido

cuidado para conscientizar as empresas sobre o real valor de cada trabalhador

através da avaliação do seu desempenho alinhada à gestão por competências.

Geralmente os cargos são preenchidos por indivíduos cujas competências mão

ultrapassam aquelas estritamente necessárias à execução de suas atividades. Um

indivíduo que se envolve com um conjunto limitado de atividades, faz com que seja

utilizada somente uma fração das suas potencialidades. Neste tipo de empresa, as

práticas de treinamento, conforme Vasconcelos e Mascarenhas (2007 P. 23): “têm

como objetivo aperfeiçoar cada vez mais a atuação do indivíduo, isto é, treina-se o

individuo para que ele desempenhe suas tarefas limitadas, cada vez mais com

precisão”.

Existem, de acordo com Wood e Picarelli (2004), quatro tipos de

competências: as genéricas, as competências por nível hierárquico ou espaço

ocupacional e as competências técnicas ou específicas. Essa classificação

proporciona uma movimentação salarial e se dá por meios de movimentações

verticais e horizontais. Os autores fazem uma descrição da movimentação

horizontal, como sendo “a evolução salarial do profissional dentro de um mesmo

cargo ou de um espaço ocupacional e ocorre a partir da aquisição de níveis mais

avançados de proficiência nas competências, comprovada por meio de um processo

de avaliação de competência e conseqüente certificação”. Os mesmos autores

abordam ainda a movimentação vertical:

a mudança de cargo ou espaço ocupacional para outro hierarquicamente superior, caracterizando uma promoção. Ocorre quando o profissional comprova ter pré-requisitos exigidos, como escolaridade e nível mínimo de proficiência em determinadas competências” (Wood e Picarelli, 2004, p.79).

Há diversos modelos de avaliações de competências, porém o mais utilizado

atualmente, de acordo com Wood e Picarelli (2004, p.79), é o chamado modelo 360º,

que envolve diversos avaliadores como os clientes, fornecedores, superior imediato

e pares, e que nos trazem resultados em pontuação que refletirá no calculo da

remuneração. Mas, no entanto, esse tipo de avaliação é pouco recomendável para

avaliar competências técnicas, pois essas só devem ser avaliadas por pessoas altamente qualificadas ou por um grupo de especialistas; Organizações que ainda não possuem uma “cultura de avaliação”; Organizações que passaram por um processo de mudança com a implementação de um sistema de remuneração por competências.

Page 37: Estrutura de Cargos Textil

37

A implantação um sistema de remuneração por competências tem um duplo

papel nas organizações e, ainda de acordo com os mesmos autores, exige

mudanças no modelo de gestão e no estilo gerencial, ao mesmo tempo em que

funciona como catalisador dessas mudanças.

2.2.1.2 Remuneração Funcional

Uma das formas mais tradicionais de remuneração utilizadas pelas empresas

para recompensar seus funcionários por seu trabalho é a remuneração funcional ou

remuneração por cargo.

Segundo Wood e Picarelli (2004, p.49) as empresas continuam usando esse

tipo de remuneração por três razões:

primeiro, porque a remuneração funcional é implantada junto com um sistema de cargos e salários. Em empresas que experimentaram crescimento rápido ou transformações profundas, o sistema de cargos e salários ajuda a dar coerência interna à organização, proporcionando definições básicas que apóiam a estruturação do trabalho; segundo, porque a remuneração funcional permite a equidade externa. Por meio de pesquisas salariais, a empresa pode comparar seus salários com os praticados no mercado e, assim, estabelecer diretrizes adequadas para atrair e reter a mão-de-obra desejada; terceiro, porque a remuneração funcional permite a equidade interna. Ter os salários estabelecidos a partir das regras aplicáveis a todos na empresa produz um sentimento de justiça entre os funcionários.

Para Gil, (1994, p. 102): “a análise de cargos é o estudo que se faz para obter

informações sobre as tarefas ou atribuições de um cargo e descrição de cargo é a

exposição ordenada das tarefas ou atribuições de um cargo e descreve o que o

ocupante do cargo faz, como e por que faz”.

Além de registrar o universo de tarefas que compreendem um cargo, a

descrição registra a análise dos requisitos exigidos pelo cargo, como: escolaridade,

experiência, responsabilidades, condições de trabalho e conhecimentos, a descrição

de cargos também é o processo de sinterização de informações recebidas e

prospectadas na análise das funções, padronizando o registro de dados de maneira

a permitir um rápido acesso aos contornos de cada um dos cargos da empresa.

(MARRAS, 2002).

Page 38: Estrutura de Cargos Textil

38

Hipólito (2001) defende a idéia de que descrever cargos segue a lógica dos

modelos Taylorista/Fordista de produção, em que e padronização, a repetição e a

simplificação das atividades constituem-se nos pilares da produção em escala.

Seguindo essa lógica, os cargos adquirem a propriedade de servir como elemento

de eficientização, à medida que a estruturação “racional” das posições, sua

padronização e a definição de suas relações internas permitem que o somatório das

ações individuais constitua-se num todo com valor agregado ao mercado.

O mesmo autor aponta que, após serem definidos os cargos, a partir de uma

análise da distribuição mais eficiente do conjunto de atividades a serem executadas

na organização, a questão passa a ser a identificação de critérios que determinam

seu valor relativo para a empresa, de forma a estabelecer o equilíbrio entre seu

conteúdo e os salários praticados.

Hipólito (2001) ressalta que as técnicas apresentadas dispõem os cargos em

classes hierárquicas, diferenciando-se por seu grau de sofisticação e por unidades

de medida. Para Emerson (1991) “ao discutir-se a lógica funcional de determinação

salarial, será focada a avaliação por pontos por ser a mais “refinada” e possuir maior

penetração”.

Wood e Picarelli (2004) apontam a descrição de cargos como a base do

sistema e deve ser objetiva, clara e concisa, não deixando dúvidas sobre o conteúdo

e as características que distinguem um cargo do outro. Normalmente é realizado

pelo superior hierárquico do cargo descrito ou por um profissional da área de RH,

com base em entrevistas e observações. Costuma ter os seguintes dados: título do

cargo, título do cargo do superior imediato, missão ou sumário de atividades,

responsabilidades, limites de autoridades sobre pessoas, orçamento e outros

recursos e requisitos em termos de experiência e formação.

Marras (2002) aponta a descrição de cargo como o processo que consiste em

sintetizar e padronizar, por meio de estudo, observação e redação, os elementos e

características que compõem o perfil de um cargo a partir das informações coletadas

nos trabalhos anteriores de análise de cargo. “Trata-se da fixação de toda a

tecnologia de mão de obra de uma organização, tarefa por tarefa, cargo por cargo,

detalhando os principais requisitos exigidos ao ocupante para que execute suas

funções de maneira eficiente e eficaz” (MARRAS, 2002, p. 69).

Realizado o processo de descrição de cargos, deverá ser realizada a

avaliação de cargos que, segundo Wood e Picarelli (2004, p.51):

Page 39: Estrutura de Cargos Textil

39

consiste em transformar os parâmetros quantitativos, de tal forma que se possa estabelecer uma base única de comparação. Esse trabalho normalmente é realizado por um comitê formado pelo superior hierárquico do cargo analizado e seus pares. Os critérios de avaliação focalizam quatro áreas básicas: conhecimentos e habilidades, complexibilidade das atividades, escopo e nível de responsabilidade e condições gerais de trabalho.

Os sistemas de avaliação de cargos fornecem eqüidade interna e servem

como base para a determinação do índice salarial. O valor avaliado de cada cargo

em termos de sua classificação, classe, pontos ou valor monetário deve ser

convertido em um índice de salário mensal, diário ou por hora. A ferramenta usada

para ajudar a estabelecer as remunerações é a pesquisa de salários (BOHLANDER,

SHERMAN e SNELL, 2003, p.266).

O estabelecimento da estrutura de cargos é baseada a partir da quantidade

de pontos obtidas na avaliação dos cargos, quando serão estabelecidos os salários

que deveriam ser aplicados a eles, usando-se normalmente, de técnicas de

regressão que correlacionam a esses pontos aos salários em vigor (HIPÓLITO,

2001).

Para Hipólito (2001, p.42) o cargo passa a ser “pontuado a partir de sua

comparação com um conjunto de fatores previamente selecionados, definidos e

estruturados por meio de graus crescentes de complexidade, com o objetivo de

converter sua descrição em uma pontuação (score). Os fatores escolhidos devem

estar alinhados ao tipo de cargo que será avaliado”.

O sistema de pontos segundo Bohlander, Sherman e Snell (2003, p.263) é um

procedimento de avaliação de cargos quantitativo que determina o valor relativo de

um cargo calculando os pontos atribuídos a ele. Ainda segundo os mesmos autores,

sua principal vantagem é que o sistema de pontos fornece uma base mais refinada

para julgamentos do que qualquer sistema de ordenação e, portanto, pode produzir

resultados mais válidos e mais difíceis de manipular. As habilidades, os esforços, as

responsabilidades e as condições de trabalho que um cargo envolve são os fatores

de avaliação mais comuns na classificação de um cargo de acordo com sua maior

ou menor importância em relação ao outro.

Para Nascimento (2001, p.19) o método de pontos é um procedimento:

específico para avaliar cargos com o objetivo de determinar salários, considerando separadamente os fatores ou características, como requisitos mentais, requisitos físicos, responsabilidades e condições de trabalho, combinando essas avaliações parciais num único conjunto de pontos para

Page 40: Estrutura de Cargos Textil

40

cada cargo. Esse conjunto de pontos correspondente ao valor relativo que auxiliará na determinação do salário do cargo.

Marras (2002, p.77) afirma que “a pesquisa de salário é fundamental na

administração da remuneração, um vez que é por meio desse instrumento que o

administrador poderá comparar e/ou acompanhar o posicionamento dos seus

salários e benefícios com aqueles praticados no mercado”.

Bohlander, Sherman e Snell, 2003, p.266) definem a pesquisa de salário

como sendo aquela que: “avalia os salários pagos pelas empresas em um mercado

de trabalho relevante da organização. O mercado de trabalho é definido como

aquela área do qual os empregadores obtêm certos tipos de trabalhadores “. É a

pesquisa de salários que permite a uma empresa manter a eqüidade externa, ou

seja, pagar a seus funcionários salários equivalentes áqueles recebidos pelos

funcionários em outros estabelecimentos.

As faixas salariais são construídas com base nas diretrizes internas da

empresa e em informações sobre as práticas remuneratórias do mercado, obtidas

através de pesquisas salariais. Segundo Wood e Picarelli (2004, p. 52):

A amplitude das faixas mostram os limites mínimo e máximo que a empresa pretende pagar para carda cargo. As classes salariais e as faixas constituem a estrutura da empresa. A progressão salarial de um funcionário dentro dessa estrutura é função de sua evolução profissional em termos de domínio e habilidades, desempenho de tarefas e aquisição de requisitos como tempo de experiência e formação.

Em geral as faixas salariais são divididas em uma série de níveis que

permitem ao funcionário receber aumentos até a classificação máxima para a faixa

com base no mérito ou no tempo de serviço, ou em uma combinação de ambos

(BOHLANDER, SHERMAN e SNELL, 2003, p.271).

Uma preocupação para os responsáveis pela administração de salários na

visão de Hipólito (2001) está na correção das iniqüidades salariais, buscando se

estabelecer uma relação entre os salários praticados internamente e aqueles

praticados pelo mercado.

A estratégia de remuneração a ser adotada deve ser conforme Wood e

Picarelli (2004, p.51): “compatível com o perfil de profissional que a empresa

pretende atrair e reter, sendo necessário estabelecer em que faixa de mercado a

empresa irá remunerar seus profissionais”.

Page 41: Estrutura de Cargos Textil

41

A organização deve estabelecer políticas salariais reunindo as diretrizes da

empresa com o objetivo de estabelecer as regras básicas para uma administração

salarial racional e uniforme das pessoas da organização, regulando os critérios de

gestão, níveis de responsabilidade dos gestores, abrangência e aplicabilidade do

sistema de remuneração funcional (WOOD e PICARELLI, 2004).

2.2.2 Remuneração Variável

A remuneração funcional, por cargo, ainda é mais utilizada nas organizações

brasileiras. Porém, curiosamente, a remuneração variável, bastante divulgada e

discutida na atualidade, não é exatamente uma novidade em modelos

remuneratórios. Afinal, sempre baseada no desempenho, vem sendo adotada desde

o começo do século XX. A origem dessa modalidade está vinculada à própria a

implantação das linhas de montagem.

A política de remuneração de uma organização é um conjunto de diferentes

formas de recompensa que se completam e buscam alinhar atitudes e

comportamentos com os objetivos organizacionais (WOOD e PICARELLI, 2004).

Vincular a recompensa ao esforço realizado para conseguir determinado

resultado é uma das principais razões para a utilização da remuneração variável. O

objetivo era extrair o máximo de uma força de trabalho de baixa qualificação, que

executava tarefas simples e repetitivas. Porém o sistema gera muitos problemas.

Wood e Picarelli (2004, p. 101) ressaltam alguns desses problemas:

pode gerar conflito entre grupos que são beneficiados pelo sistema e grupos que não o são;. pode gerar conflitos entre funcionários e inspetores ou líderes; . ignora potencial de inovação dos funcionários;. reforça cultura individualista; . reforça cultura da desconfiança e a prática do controle restrito.

As diversas formas de remuneração variável podem ser classificadas em dois

grandes grupos: remuneração variável de curto prazo e remuneração variável de

longo prazo.

O programa é baseado nos resultados e tem como principal objetivo o

comprometimento dos funcionários com os resultados. Por sua flexibilidade, a

remuneração variável deverá ganhar maior impulso nas organizações, não apenas

porque um número maior de empresas irá utilizá-la, mas também porque ela deverá

ser cada vez mais significativa no "mix" de remuneração, principalmente para níveis

Page 42: Estrutura de Cargos Textil

42

executivos e para profissionais das áreas que impactam mais diretamente na

formação dos resultados da empresa (XAVIER, 1999).

Na visão de Marras (2002) à implantação de um sistema de remuneração

variável acabam por construir nas empresas, duas correntes refletindo

posicionamentos antagônicos devido a obrigatoriedade instituída em lei no que diz

respeito a distribuição de seus lucros ou resultados entre os seus colaboradores,

constituindo em empresas inovativas e ou empresas estáticas. Segundo Marras

(2002, p.178):

Empresas inovativas que captaram a importância do programa e o que este representa em termos de possibilidade de ampliação do leque de estímulos à disposição do trabalhador, para que este se sinta mais valorizado e, portanto, à disposição do trabalhador. Essas empresas implantaram modelos de remuneração variável por resultados, até mesmo como base de sustentação de programas de gestão participativa entre os seus colaboradores e lideranças, objetivando melhorar as relações e os resultados finais;. Empresas Estáticas , que pela sua própria maneira de ser, centralizadoras, autocráticas, presas a velhos paradigmas e descrentes do fator humano enquanto valor primordial no contexto moderno das relações produtivas, apenas conseguem ver nos seus programas de participação nos lucros e resultados uma obrigação legal que lhe consumirá parte dos seus ganhos sem necessariamente lhe trazer contrapartida alguma. Essas organizações portanto, são aquelas que implantaram o programa única e tão-somente para atender a legislação; algumas inclusive ao introduzir o programa de participação de lucros ou resultados desativaram programas que já existiam na empresa, de gratificação, bônus ou prêmios de fim de ano (Marras, 2002, p. 178).

Existem centenas de alternativas de remuneração variável, mas os objetivos

na visão de Wood e Picarelli (2004, p. 102) são sempre os mesmos, ou seja, “alinhar

e convergir esforços para melhorar o desempenho da empresa”. E continua

afirmando que esse sistema de remuneração cria um abismo entre o novo modelo

organizacional e a forma como a empresa remunera seus funcionários, pois discute-

se muito do trabalho em grupo, melhoria continua e orientações para resultados, e

que nem sempre são resultados positivos e agradáveis a todos os funcionários.

2.2.2.1 Participação nos Lucros ( Profist Sharing)

A participação nos lucros trata de um sistema que permite contemplar com

uma parcela em espécie todos os funcionários da empresa em função dos dados da

Page 43: Estrutura de Cargos Textil

43

lucratividade levantados pela empresa no fim de determinado período. Ou seja, se a

empresa obteve lucro em determinado período, parte desse lucro será distribuída

aos empregados eqüitativamente (MARRAS, 2002, p. 177).

A participação nos lucros é a forma mais simples de propiciar a participação

efetiva do colaborador na melhoria da competitividade da empresa e como forma

adicional de remuneração (PONTES, 2000).

Não é um assunto novo no Brasil, pois a Constituição Federal nas versões de

1946, 1967 e 1988 já prevê a participação dos funcionários nos lucros da empresa.

A Lei nº 10.101, de 19/12/2000 (apresentada na íntegra no Anexo I)

regulamenta e dispões sobre a obrigatoriedade das empresas na implantação desse

sistema de remuneração, fixando as diretrizes básicas de como proceder.

Para Wood e Picarelli (2004, p. 104) os pontos básicos da Lei são os

seguintes:

toda empresa deverá estabelecer com seus funcionários uma forma de participação nos lucros ou resultados; os critérios podem ser índices de produtividade, qualidade ou lucratividade; o acordo deve contemplar regras claras de participação como: mecanismos de medição, periodicidade da distribuição e período de vigência; o pagamento de valores a título de participação nos lucros deve obedecer a uma periodicidade mínima de um semestre; o instrumento de negociação deverá ser arquivado no sindicato dos trabalhadores; os pagamentos a titulo de participação ficam livres de encargos trabalhistas ou previdenciários; as participações atribuídas aos funcionários podem ser deduzidas como despesa operacional pela pessoa jurídica; o imposto devido aos funcionários deverá ser recolhido pela empresa; a distribuição não deverá substituir a remuneração nem constituir base de incidência de qualquer encargo trabalhista ou previdenciário.

Este tipo de modelo recebe críticas principalmente por parte de trabalhadores

e seus respectivos sindicatos, pois o resultado final não depende somente do

esforço dos trabalhadores em produzir, mas resulta também da gestão global da

empresa e de possíveis manipulações contábeis. Marras (2002, p.178) destaca os

aspectos que definem o perfil da participação nos lucros no Brasil:

Podem ser utilizados critérios de produtividade, qualidade ou lucratividades; o montante distribuído para os empregados a titulo de participações nos lucros poderá ser reduzido, pelas organizações, como despesa operacional; pagamento a titulo de participação nos lucros deverá ser realizado pela empresa com a periodicidade mínima de seis meses; . valor referente a distribuição de lucros a que se refere a Medida provisória ficam isentos de encargos trabalhistas e previdenciários; . a metodologia da aplicação da distribuição de lucros deverá ser fruto de acordo entre empresa e empregados e o instrumento respectivo fica arquivado no sindicato no sindicato dos trabalhadores da respectiva categoria; . toda empresa deverá estabelecer a sua própria forma de participação nos lucros ou resultados em consonância com os preceitos legais.

Page 44: Estrutura de Cargos Textil

44

2.2.2.2 Participação nos Resultados ( Pay-for-Performance)

A remuneração por resultados, entre as modalidades de remuneração

variável, é a forma mais praticada pelas organizações no mercado brasileiro atual.

Essa modalidade objetiva vincular o desempenho à produtividade e à qualidade dos

resultados do trabalho e das metas a que se propôs a alcançar conjuntamente com

a empresa. A empresa estabelece parâmetros mensuráveis de metas a serem

atingidas e os empregados recebem uma gratificação periódica, em função das

metas atingidas, de forma proporcional.

Segundo Marras (2002, p. 179) este modelo de remuneração variável

apresenta, entre outras, as seguintes vantagens:

incentiva a busca da qualidade total; melhora o desempenho da produtividade; . alavanca uma redução geométrica dos custos; . reforça os valores culturais dos grupos; . incentiva a participação individual e grupal; . é auto-sustentável em termos financeios.

As empresas, em grande parte, adotam modelos similares de outras

organizações, ou variações de métodos, em função de benchmarking. Marras (2002,

p. 180) ressalta ainda que “metodologias assim desenhadas se referem a planos de

remuneração variável do tipo não auto-sustentados; isto é, representam sempre um

custo fixo, a maior, além da folha de pagamento”.

Ressalta ainda que, é preciso observar que toda a implantação de um

programa de lucros ou resultados deve ser estruturada por meio de uma comissão

escolhida pelas partes, da qual deverá fazer parte, também, um representante

indicado pelo sindicato da respectiva categoria profissional, ou mediante

regulamentação específica das respectivas Convenções Coletivas de Trabalho ou

Acordo Coletivo.O fato deste programa estar plenamente ajustados à Legislação,

além de possibilitar à empresa aproveitar os benefícios da redução de encargos

trabalhistas e sociais, é uma ferramenta gerencial poderosa para estimular o

comprometimento com a busca de resultados para a empresa (WOOD e

PICARELLI, 2004).

Page 45: Estrutura de Cargos Textil

45

3 . ASPECTOS METODOLÓGICOS

3.1 Aspectos metodológicos

O trabalho pode ser caracterizado como Pesquisa-Ação, pois, nesta

modalidade, os pesquisadores desempenham um papel ativo no enquadramento

dos problemas encontrados, intervindo diretamente na organização.

A pesquisa-ação é, de acordo com Thiollent (2000, p.14) é “um tipo de

pesquisa social com base empírica concebida e realizada em estreita associação

com uma ação ou com a resolução de um problema coletivo e no qual os

pesquisadores e os participantes representativos da situação ou problema estão

envolvidos de modo cooperativo ou participativo”. Na visão de Éden e Huxham

(1998, p.94) “envolve o pesquisador no trabalho com os membros de uma

organização sobre um assunto que seja de genuíno interesse e no qual há uma

intenção dos membros da organização em agir com base na intervenção”.

Ainda segundo Thiollent (2000), há três aspectos a serem atingidos:

resolução de problemas, tomada de consciência e a produção de conhecimento. O

autor afirma que na Pesquisa-Ação existe realmente uma ação por parte das

pessoas ou grupos implicados nos problemas sob observação e ainda o tipo de ação

é, de fato, uma ação problemática merecendo investigação para ser elaborada e

conduzida.

Os dados necessários para a pesquisa serão coletados dentro da

organização e no campo de atuação da acadêmica. A fase exploratória consiste em

descobrir o campo de pesquisa, os interessados e suas expectativas e estabelecer

um diagnóstico da situação, dos problemas prioritários e de eventuais ações

(THIOLLENT, 2000).

No trabalho desenvolvido na empresa Lave Love, o primeiro passo foi a

realização das descrições de cargos. Uma das principais preocupações, neste

momento, foi a de não compreender o mundo empírico, a coisa medida, com a

“coisa real”, à disposição do pesquisador, aguardando para ser descoberta, pois

essa perspectiva de ciência está sendo revisada. Ou seja, a maior parte dos dados

levantados, mesmo nas descrições, não deixa de ser uma linguagem técnica, como

sistema de símbolos, que representam o mundo empírico que nos permite fazer

Page 46: Estrutura de Cargos Textil

46

inferências sobre o mundo organizacional (STABLEIN, 2001). Mas não significam

exatamente a realidade organizacional.

Éden e Huxham (1998, p.102) ressaltam que “as intervenções nas

organizações proporcionam oportunidades ideais para a experimentação, visto que

fornecem oportunidades para o teste de referências teóricas complexas, que não

podem ser colocadas à parte na avaliação controlada de teorias isoladas.

Comentam ainda da importância na pesquisa de estudos organizacionais em que

freqüentemente, a natureza sistêmica de um conjunto específico de teorias inter-

relacionadas de muitas disciplinas é que torna o corpo teórico forte e útil.

É sempre oportuno lembrar Stablein (1998, p.68-9), quando este ressalta que

“o mundo empírico é um sistema compartilhado de conceitos, a representação é

alcançada quando alguém mapeia a ‘coisa’ que nós conceitualizarmos em um

sistema de símbolos”. Nada mais oportuno do que imaginar uma descrição de cargo

como produto dessa representação simbólica.

Macke (2006, p.211) enfatiza que “o principal mérito da pesquisa-ação, neste

sentido, é a capacidade de ficar em contato com os problemas reais, assim

constituindo uma forma alternativa às concepções de pesquisa organizacional de

orientação positivista”.

Não há consenso, no entanto, se a pesquisa-ação pode, ou não, ser

considerada uma variante do estudo de caso. Da mesma forma, alguns autores

vinculam essa modalidade de pesquisa como atividade de intervenção profissional

caracterizando tal intervenção como uma consultoria (MACKE, 2006).

De qualquer forma, o trabalho foi desenvolvido como uma investigação

interna, pois a acadêmica buscou comunicar, através das descrições, uma realidade

organizacional como ela é observada ou vivenciada pelos próprios trabalhadores.

Foram realizadas entrevistas com os ocupantes dos cargos e esses mesmos

ocupantes relataram o desenho de cada ocupação. As entrevistas foram realizadas

em horário normal de trabalho, com duração máxima de 20 (vinte) minutos, nos

meses de julho e agosto de 2007. No caso dos cargos operacionais as chefias foram

previamente comunicadas para que o processo de entrevistas fluísse de acordo com

a programação estabelecida. Em alguns casos, em função da dificuldade em

transmitir determinadas informações sobre o conteúdo de suas respectivas funções,

a acadêmica atuou a partir de técnicas de observação participante, extraindo dessa

Page 47: Estrutura de Cargos Textil

47

experiência as informações necessárias para a elaboração da descrição. Mediante

roteiro elaborado pelo professor orientador conforme Anexo II.

A segunda etapa do trabalho envolveu a avaliação dos cargos, realizada em

setembro de 2007. A metodologia adotada foi o método de pontos Hoyler. A

avaliação foi acompanhada pelo professor orientador deste trabalho. O modelo

adotado não será apresentado, pois as chaves de avaliação são de utilização

exclusiva do grupo Hoyler, com sede na cidade de São Paulo. As chaves foram

utilizadas, com autorização do professor orientador, mas apenas para este trabalho

de conclusão de curso.

Independente do modelo não ser apresentado, os fatores de avaliação

utilizados do grupo Hoyler foram: 1) habilitação profissional; 2) habilitação gerencial;

3) relacionamento humano; 4) desafio das tarefas; 5) equacionamento; 6) poder de

decisão. Estes fatores representaram as exigências de cada cargo, com graus

diferenciados de análises.

A abordagem dessa metodologia, no entanto, não é consensual, pois a

avaliação de cargos parte de um pressuposto mecanicista, com todos os problemas

inerentes a aplicabilidade de uma técnica que se pretende neutra, mas não é. O

grau de objetividade pretendido não pode ser considerado algo preciso. A

mensuração dos cargos, a pontuação não deixa de ser uma forma de quantificar

conteúdos a partir de alguns parâmetros aceitáveis numa abordagem funcionalista.

É preciso, portanto, alertar para os riscos dessa abordagem. De qualquer forma,

podem contribuir, e muito, para alguns parâmetros norteadores.

Mas a pesquisa-ação precisa ser, evidentemente, pragmática. Interessante

observar que essa modalidade de pesquisa será quase sempre pesquisa de

construção teórica indutiva, pois, de acordo com Huxham e Éden (2001, p.104) “os

insights realmente valiosos são, freqüentemente, os que emergem do processo de

consultoria, em direções que não podem ser previstas”.

A partir dessas avaliações, realizada pela acadêmica e pelo professor

orientador, foi elaborada uma hierarquia entre todos os cargos da Lave Love, fator

determinante para a etapa seguinte, a tabela salarial.

Na elaboração da tabela salarial, não foram levados em consideração os

salários pagos pelo mercado. Além das especificidades da organização que não

permitiriam comparações precisas, a intenção foi desenvolver uma tabela a partir da

realidade salarial da empresa, buscando unicamente uma coerência interna no

Page 48: Estrutura de Cargos Textil

48

quesito remuneração, pois foram identificadas na Lave Love distorções salariais

históricas que precisavam ser corrigidas.

Page 49: Estrutura de Cargos Textil

49

4 . RESULTADOS

4.1 Resultados da pesquisa-ação

4.2.1 Descrição dos cargos

A descrição de cargos é o processo que consiste em sintetizar e padronizar,

por meio de estudo, observação e redação, os elementos e características que

compõem o perfil de um cargo. Trata-se da fixação de toda a tecnologia da mão-de-

obra de uma organização, tarefa por tarefa, cargo por cargo, detalhando os

principais requisitos exigidos ao ocupante para que execute suas funções de

maneira eficiente e eficaz (MARRAS, 2002, p. 69).

Para Wood e Picarelli (2004, p. 57) nessa etapa deve-se completar o

levantamento de atividades com outras informações: responsabilidades, limite de

autoridade, requisitos em termos de conhecimento e experiência etc.

As descrições da Lave Love, apresentadas na seqüência deste trabalho,

contemplam informações básicas sobre a denominação do cargo, a localização do

mesmo na estrutura organizacional, a data de realização da descrição (fundamental

para atualizações futuras), um sumário, as principais atividades desenvolvidas (sem

detalhar em demasia, para privilegiar a multifuncionalidade), contatos internos e

externos, a autonomia do cargo para tomar decisões, o nível de escolaridade ideal

(e não a do ocupante) e habilidades e competências requeridas.

As descrições foram elaboradas a partir de entrevistas com os ocupantes ou

chefias, por observação ou mesmo por conhecimento das funções por parte desta

pesquisadora.

A idéia norteadora é que as descrições atendessem a um mesmo padrão e

contribuíssem, efetivamente, para a definição das atribuições de cada trabalhador.

Não havendo alterações no numero de cargos já existentes e também não aumento

os encargos, visto que a idéia desta proposta é de concertar distorções salariais na

empresa.

A seguir apresentam-se os trinta e quatro cargos descritos da Lave Love

Beneficiamento Ltda.

Page 50: Estrutura de Cargos Textil

50

4.2.1.1 Gerente Administrativo / Financeiro

DESCRIÇÃO DE CARGOS IDENTIFICAÇÃO

Cargo: Gerente Administrativo/Financeiro Data: 13/07/2007 Divisão/Setor/Departamento: Administração Número de Ocupante: 01

SUMÁRIO O cargo tem por objetivo Planejar, organizar e supervisionar as atividades das áreas Administrativa e financeira (Contabilidade, Fiscal-Tributária, Contas a Pagar / Receber, Tesouraria, Serviços Gerais, Departamento Pessoal, Custos), visando assegurar que todas as tarefas sejam executadas dentro das normas e políticas estabelecidas pela empresa e das normas legais.

ESTRUTURA Nível de Subordinação: Diretoria Cargo Superior: Alta Direção

PRINCIPAIS RESPONSABILIDADES 1. Participar das atividades relacionadas com o planejamento estratégico da empresa, levantando e analisando

as informações relevantes sobre o cenário econômico-financeiro, visando contribuir para a elaboração de planos de ação que levem a empresa a atingir seus objetivos;

2. Supervisionar e orientar as atividades da área Financeira, visando assegurar adequado controle sobre toda a movimentação financeira da empresa, no que se referem aos pagamentos, recebimentos e transferências de numerários;

3. Definir os parâmetros para as negociações ou negociar diretamente com instituições financeiras, visando captar recursos financeiros ao menor custo possível, ou obter as melhores taxas de remuneração para as aplicações financeiras e menor custo das tarifas bancárias;

4. Elaborar o planejamento econômico-financeiro e orçamentário da empresa, fazendo seu acompanhamento para identificação de desvios e proposição das correções necessárias, visando a obtenção dos resultados esperados no curto, médio e longo prazos;

5. Orientar a preparação dos relatórios econômico-financeiros da empresa, bem como o controle do seu ativo imobilizado, visando assegurar a disponibilidade de informações contábeis e gerenciais fidedignas para dar adequado suporte ao processo decisório em todas as áreas;

6. Orientar e supervisionar as atividades de informatização dos processos e sistemas da empresa, visando assegurar a disponibilidade de sistemas computadorizados tecnologicamente atualizados e que atendam as necessidades de todas as áreas da empresa;

7. Supervisionar a área Fiscal-Tributária, acompanhando a legislação e orientando as áreas da empresa envolvidas, visando o cumprimento das exigências legais em termos de pagamentos de tributos e obrigações acessórias, buscando minimizar os impactos da carga tributária para a empresa;

8. Supervisionar as atividades do Departamento Pessoal, visando assegurar o cumprimento da legislação pertinente e o cumprimento das normas da empresa;

9. Supervisionar as atividades de Contas a Pagar / Receber e Tesouraria, visando assegurar que os recebimentos e pagamentos sejam efetuados dentro das normas e procedimentos da empresa;

10. Negociar com prestadores de serviço na área administrativa e de serviços gerais, buscando sempre melhores condições de qualidade, preço e prazos;

11. Analisar os contratos firmados com terceiros, do ponto de vista fiscal-tributário e administrativo.

CONTATOS INTERNOS

Contatos com a área de produção para carregamento dos produtos processados. Contato com o setor de manutenção para abastecimentos dos caminhões e carros da empresa.

CONTATOS EXTERNOS Contatos com clientes para entregar os produtos processados pela empresa.

AUTONOMIA DO CARGO O cargo tem autonomia para priorizar os pagamentos.

NÍVEL DE ESCOLARIDADE Ensino superior

HABILIDADES E COMPETÊNCIAS Demonstrar comprometimento com os objetivos da empresa; Demonstrar flexibilidade; Trabalhar em equipe; Prestar atenção; Demonstrar senso de responsabilidade; Comunicar-se; Demonstrar senso visual e tátil; Tomar iniciativa

CONHECIMENTOS Para o exercício dessa ocupação requer-se, predominantemente, ensino superior e amplo conhecimento dos processos da empresa. O pleno desempenho das atividades pode ocorrer entre dois a cinco anos de experiência profissional.

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4.2.1.2 Gerente Comercial

DESCRIÇÃO DE CARGOS IDENTIFICAÇÃO

Cargo: Gerente Comercial Data: 13/07/2007 Divisão/Setor/Departamento: Comercial Número de Ocupante: 01

SUMÁRIO O cargo tem por objetivo planejar e coordenar a execução dos planos de vendas internas e externas, visando a assegurar o cumprimento das metas estabelecidas, em termos de "mix" de produtos, participação de mercado e lucratividade.

ESTRUTURA Nível de Subordinação: Diretoria Cargo Superior: Alta Direção

PRINCIPAIS RESPONSABILIDADES 1. Participar do processo de elaboração do plano anual de vendas, propondo metas, estratégias, táticas e

ações específicas para o cumprimento dos objetivos estabelecidos; 2. Organizar e supervisionar a distribuição das metas de vendas entre vários setores e unidades da empresa,

prestando apoio gerencial para o cumprimento dos objetivos estabelecidos; 3. Visitar os principais clientes, acompanhando os vendedores externos e representantes de vendas, visando

ao fechamento de novos negócios e ampliação e consolidação do relacionamento; 4. Manter material técnico de apoio aos vendedores em todas as lojas, distribuir listas e promoções de venda,

manter condições de venda atualizadas e coordenar a manutenção do cadastro de mercadorias/vendas; 5. Identificar as necessidades atuais dos clientes e o comportamento da concorrência, visando à definição de

formas de melhor atender ao cliente e superar a concorrência, elaborando os planos para consecução desse objetivo;

6. Analisar e definir limite de crédito dos clientes para vendas a prazo, dentro das políticas da empresa; 7. Participar dos projetos de reformas, ampliações, construção e manutenção de lojas e novas unidades (filiais),

visando a uniformidade dos procedimentos e da organização; 8. Identificar meios de publicidade e promoções, visando a manter o nome da empresa sempre em evidência; 9. Prestar esclarecimentos técnicos e ajudar os clientes na solução de problemas, visando ao atendimento de

suas necessidades;

CONTATOS INTERNOS

Contatos com a área de produção para carregamento dos produtos processados. Contato com o setor de manutenção para abastecimentos dos caminhões e carros da empresa.

CONTATOS EXTERNOS Contatos com clientes para entregar os produtos processados pela empresa.

AUTONOMIA DO CARGO O cargo tem autonomia para planejar custos dos produtos.

NÍVEL DE ESCOLARIDADE Ensino superior

HABILIDADES E COMPETÊNCIAS Demonstrar comprometimento com os objetivos da empresa; Demonstrar flexibilidade; Trabalhar em equipe; Prestar atenção; Demonstrar senso de responsabilidade; Comunicar-se; Demonstrar senso visual e tátil; Tomar iniciativa

CONHECIMENTOS Para o exercício dessa ocupação requer-se, predominantemente, ensino superior e amplo conhecimento dos processos da empresa. O pleno desempenho das atividades pode ocorrer entre dois a cinco anos de experiência profissional.

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4.2.1.3 Gerente de Produção

DESCRIÇÃO DE CARGOS IDENTIFICAÇÃO

Cargo: Gerente de Produção Data: 13/07/2007 Divisão/Setor/Departamento: Produção Número de Ocupante: 01

SUMÁRIO O cargo tem por objetivo Assegurar o cumprimento das metas de produção, dentro dos padrões de qualidade, quantidade, custos e prazo estabelecidos pela empresa.

ESTRUTURA Nível de Subordinação: Direção Cargo Superior: Alta Direção

PRINCIPAIS RESPONSABILIDADES 1. Planejar, organizar e supervisionar as atividades de produção, dentro das especificações e padrões de

qualidade estabelecidos, visando a assegurar o cumprimento dos objetivos da empresa na área comercial. 2. Supervisionar a elaboração do plano anual de metas de produção, visando à otimização dos recursos

produtivos disponíveis. 3. Supervisionar a elaboração dos cronogramas de fabricação, visando a garantir a melhor alocação da mão-

de-obra, equipamentos e materiais. 4. Participar de discussões relativas a desenvolvimento de novos produtos, por meio da interação com o

departamento de desenvolvimento. 5. Controlar as despesas gerais do departamento de produção (energia elétrica, custos de manutenção,

insumos etc.), visando a contribuir para a redução de custos nesses itens. 6. Analisar e avaliar os aspectos econômicos do processo produtivo, no tocante a mão-de-obra e quantidade de

materiais consumidos, visando a identificar oportunidades ou alternativas que permitam a redução de custos. 7. Definir os turnos de trabalho necessários para o balanceamento da mão-de-obra, visando a manter o fluxo de

produção e maior produtividade dos recursos humanos da fábrica. 8. Estudar, desenvolver e/ou aperfeiçoar processos, bem como estabelecer controles de processos, visando

garantir melhor qualidade e maior produtividade. 9. Acompanhar e controlar sistematicamente o desempenho da produção, por meio da análise de indicadores

gerenciais apropriados, propondo os planos e ações necessárias, visando assegurar o cumprimento das metas e objetivos estabelecidos.

10. Estudar em conjunto com a Engenharia e Qualidade, as necessidades de a empresa implementar os respectivos programas de desenvolvimento de novos equipamentos, produtos, automações, lay-out, processos etc., visando a contribuir para aumentar a qualidade e competitividade dos produtos e participação de mercado da empresa.

11. Supervisionar as atividades de inspeção de materiais e de controle de qualidade da matéria-prima, visando assegurar conformidade com as especificações e padrões de qualidade estabelecidos.

12. Supervisionar as atividades de estocagem de produtos acabados, visando assegurar conformidade com as especificações estabelecidas.

13. Acompanhar a execução de auditorias, visando a identificar necessidades de alterações /modificações que permitam obtenção das certificações.

CONTATOS INTERNOS

Contatos com os setores da empresa para avaliação e aceleração dos processos de produção. CONTATOS EXTERNOS

Contatos com clientes para negociações referentes aos processos de produção. Contatos com fornecedores para apresentação de novos produtos a serem utilizados pela empresa.

AUTONOMIA DO CARGO O cargo tem autonomia para exigir dos setores produtivos o cumprimento das normas e procedimentos técnicos, de segurança e de qualidade.

NÍVEL DE ESCOLARIDADE Ensino superior

HABILIDADES E COMPETÊNCIAS Trabalhar em equipe; Exercer liderança; Evidenciar objetividade; Demonstrar clareza de propósitos; Resolver conflitos; Praticar o feedback; Demonstrar criatividade; Agir com sensatez; Ouvir atentamente; Demonstrar flexibilidade; Atualizar-se profissionalmente; Demonstrar disponibilidade; Demonstrar persuasão; Trabalhar voltado para resultados; Demonstrar capacidade para negociar.

CONHECIMENTOS Para o exercício dessa ocupação requer-se curso superior completo. É recomendável mais de cinco anos de experiência profissional. O pleno desempenho das atividades pode ocorrer após 5 anos de experiência profissional sempre em busca de novas tecnologias e em constante reciclagem.

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4.2.1.4 Supervisor de Produção

DESCRIÇÃO DE CARGOS IDENTIFICAÇÃO

Cargo: Supervisor de Produção Data: 13/07/2007 Divisão/Setor/Departamento: Lavandeira Número de Ocupante: 01

SUMÁRIO O cargo tem por objetivo assegurar o cumprimento da programação de produção, dentro dos padrões de qualidade, quantidades e prazos estabelecidos.

ESTRUTURA Nível de Subordinação: Gerência Cargo Superior: Gerente de Produção

PRINCIPAIS RESPONSABILIDADES 1. Planejar, programar e supervisionar as atividades de produção, visando assegurar o cumprimento das metas

definidas, dentro dos padrões de qualidade, custos e segurança estabelecidos; 2. Supervisionar cada fase do processo de produção até o acabamento final, visando garantir conformidade às

especificações e características de cada produto; 3. Identificar fatores causadores de estragos, desperdícios, paradas imprevistas de máquinas, propondo ou

tomando as providências para as correções necessárias, visando contribuir para a redução dos custos de fabricação;

4. Identificar necessidades de mudanças nos métodos de trabalho ou processos produtivos, fazendo as recomendações de alterações necessárias, visando a obtenção de maior produtividade;

5. Otimizar o tempo de preparação e ajuste de máquinas, visando agilizar o processo produtivo e reduzir o tempo ocioso dos equipamentos;

6. Programar, em conjunto com a manutenção, as paradas de máquinas para manutenção, visando otimizar o fluxo de produção e a vida útil dos equipamentos;

7. Orientar, treinar e motivar as equipes de produção, visando alcançar níveis crescentes de produtividade e qualidade;

8. Supervisionar as condições de segurança e higiene na fábrica, visando preservar a integridade física e saúde dos funcionários;

CONTATOS INTERNOS

Contatos com a área de lavanderia para supervisionar os processos produtivos e liberação dos lotes para os demais setores.

CONTATOS EXTERNOS Contatos com clientes para esclarecimentos relacionados aos processos de produção; Contatos com fornecedores para adequação dos produtos utilizados nos processos de produção.

AUTONOMIA DO CARGO O cargo tem autonomia para exigir dos operadores e auxiliares de produção, maior eficiência e eficácia no processo produtivo.

NÍVEL DE ESCOLARIDADE Ensino médio

HABILIDADES E COMPETÊNCIAS Demonstrar comprometimento com os objetivos da empresa; Demonstrar flexibilidade; Trabalhar em equipe; Prestar atenção; Demonstrar senso de responsabilidade; Comunicar-se; Demonstrar senso visual e tátil; Tomar iniciativa

CONHECIMENTOS Para o exercício dessa ocupação requer-se, predominantemente, ensino médio completo. O pleno desempenho das atividades pode ocorrer entre dois a cinco anos de experiência profissional.

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4.2.1.5 Supervisor de PCP

DESCRIÇÃO DE CARGOS IDENTIFICAÇÃO

Cargo: Supervisor de PCP Data: 13/07/2007 Divisão/Setor/Departamento: PCP Número de Ocupantes: 01

SUMÁRIO O cargo tem por objetivo supervisionar o planejamento e controle da produção, visando atender os objetivos de distribuição e otimizar a capacidade de produção.

ESTRUTURA Nível de Subordinação: Gerência Cargo Superior: Gerente de Produção

PRINCIPAIS RESPONSABILIDADES 1. Preparar o plano orçamentário anual de produção, em função das expectativas de vendas, visando a

otimização da capacidade das instalações e outros recursos produtivos disponíveis; 2. Preparar as informações para elaboração de propostas de vendas, com base nas especificações do cliente,

incluindo dados para custos de transporte e prazos de entrega; 3. Elaborar o cronograma de todas as atividades de fabricação, acompanhando sua execução, visando o

cumprimento das metas de produção dentro dos prazos previstos; 4. Listar os materiais necessários para a execução de cada ordem de fabricação; 5. Controlar e definir os níveis mínimos e máximos de estoque de materiais utilizados na fabricação,

analisando necessidades e solicitando a aquisição dos mesmos, determinando quais materiais devem ter pontos de ressuprimento automático;

6. Preparar mapas de controle de mão-de-obra, visando a análise de sua evolução; 7. Controlar a utilização e estado das máquinas e equipamentos, para fins de planejamento e controle da

produção; 8. Preparar relatórios gerenciais sobre a atividade de produção, com dados sobre carga de fabricação, metas,

desempenho econômico, faturamento etc; 9. Solicitar alterações de pedidos de compra, visando a atender a necessidades de modificações no

planejamento da produção; 10. Elaborar a programação de produção, dentro das prioridades definidas em comum acordo com as áreas de

vendas e produção, visando facilitar o cumprimento das metas de produção e atendimento dos pedidos dos clientes;

11. Manter controles de consumo de matéria e outros materiais utilizados na produção, bem como fornecer informações que servirão para preparação de relatórios gerenciais;

12. Calcular horas paradas de máquinas por motivo de manutenção ou operacional, visando possibilitar as correções necessárias na programação de manutenção e de produção;

13. Controlar os produtos fabricados, visando possibilitar a identificação de perdas e o controle dos estoques de produtos acabados.

CONTATOS INTERNOS

Contatos com a área de produção para carregamento dos produtos processados. Contato com o setor de manutenção para abastecimentos dos caminhões e carros da empresa.

CONTATOS EXTERNOS Contatos com clientes para entregar os produtos processados pela empresa.

AUTONOMIA DO CARGO O cargo tem autonomia para priorizar as programações da produção;

NÍVEL DE ESCOLARIDADE Ensino superior

HABILIDADES E COMPETÊNCIAS Demonstrar comprometimento com os objetivos da empresa; Demonstrar flexibilidade; Trabalhar em equipe; Prestar atenção; Demonstrar senso de responsabilidade; Comunicar-se; Demonstrar senso visual e tátil; Tomar iniciativa

CONHECIMENTOS Para o exercício dessa ocupação requer-se, predominantemente, ensino superior e amplo conhecimento dos processos da empresa. O pleno desempenho das atividades pode ocorrer entre dois a cinco anos de experiência profissional.

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4.2.1.6 Supervisor de Laboratório

DESCRIÇÃO DE CARGOS IDENTIFICAÇÃO

Cargo: Supervisor de laboratório Data: 13/07/2007 Divisão/Setor/Departamento: Laboratório Número de ocupantes: 01

SUMÁRIO O cargo tem por objetivo Assegurar adequado nível de desempenho das matérias-primas utilizadas na produção.

ESTRUTURA Nível de Subordinação: Gerência Cargo Superior: Gerente de Produção

PRINCIPAIS RESPONSABILIDADES 1. Controlar a qualidade das matérias-primas e outros componentes do produto final, através de análises

laboratoriais; 2. Participar no desenvolvimento de novas fontes de suprimentos; 3. Contribuir para a redução de custos no processo produtivo; 4. Assegurar a obediência aos parâmetros de não poluição dos efluentes; 5. Assegurar a performance das características indicadas para os produtos acabados; 6. Supervisionar o tratamento dos despejos industriais; 7. Supervisionar o preparo de amostras para testes no cliente; 8. Elaborar instruções para a utilização de matéria-prima;

CONTATOS INTERNOS Contatos com a área de lavanderia para supervisionar os processos produtivos e a exigência das normas de segurança e qualidade do produto.

CONTATOS EXTERNOS Contatos com clientes para esclarecimentos relacionados aos processos de produção; Contatos com fornecedores para adequação dos produtos utilizados nos processos de produção.

AUTONOMIA DO CARGO O cargo tem autonomia para exigir dos operadores e auxiliares de produção, maior eficiência e eficácia no processo produtivo.

NÍVEL DE ESCOLARIDADE Ensino médio

HABILIDADES E COMPETÊNCIAS Demonstrar comprometimento com os objetivos da empresa; Demonstrar flexibilidade; Trabalhar em equipe; Prestar atenção; Demonstrar senso de responsabilidade; Comunicar-se; Demonstrar senso visual e tátil; Tomar iniciativa

CONHECIMENTOS Para o exercício dessa ocupação requer-se, predominantemente, ensino médio completo. O pleno desempenho das atividades pode ocorrer entre dois a cinco anos de experiência profissional.

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4.2.1.7 Representante Comercial

DESCRIÇÃO DE CARGOS IDENTIFICAÇÃO

Cargo: Representante Comercial Data: 13/07/2007 Divisão/Setor/Departamento: Comercial Número de Ocupantes: 01

SUMÁRIO O cargo tem por objetivo Intermediar negócios mercantis, utilizando mostruários, catálogos, panfletos e quaisquer outros meios ou instrumentos que possam facilitar as negociações junto à clientela. Planejam vendas, divulgam e demonstram produtos e serviços e finalizam vendas. Acompanham clientes pós-venda; interagem com as demais áreas da empresa representada e participam de eventos.

ESTRUTURA Nível de Subordinação: Gerência Cargo Superior: Gerente Comercial

PRINCIPAIS RESPONSABILIDADES 1. Elaborar plano estratégico; 2. Preparar cadastro de novos clientes; 3. Contactar clientes por telefone e outros meios de comunicação; 4. Atender solicitação de novos clientes; 5. Estabelecer metas de venda de produtos; 6. Definir autonomia para negociação; 7. Divulgar produtos por meio de multimídia; 8. Comunicar aos clientes alterações nos produtos e serviços; 9. Demonstrar benefícios e qualidades de produtos e serviços; 10. Apresentar tabelas de preços; 11. Explicar formas de pagamento; 12. Fornecer amostras; 13. Receber clientes para vendas e lançamentos; 14. Prestar informações técnicas do produto; 15. Apresentar proposta ao cliente; 16. Calcular custo do produto e serviço; 17. Estabelecer prazos de entrega dos produtos; 18. Emitir pedidos de produtos e serviços; 19. Solicitar cadastro a novos clientes; 20. Esclarecer dúvidas referentes aos pedidos e aos contratos de prestação de serviços; 21. Acompanhar controle de qualidade; 22. Controlar vendas efetuadas; 23. Alterar contratos de prestação de serviços; 24. Acompanhar prazo de entrega dos produtos; 25. Requisitar mostruário de produtos; 26. Sugerir ações para melhoria nas vendas; 27. Requisitar troca de produtos defeituosos; 28. Expor produtos em locais definidos pela empresa; 29. Responsável por visitar área industrial da empresa.

CONTATOS INTERNOS

Contatos com a área de produção para avaliação dos processos e prazos de entrega; Contato com o setor de comercial para definir política de vendas.

CONTATOS EXTERNOS Contatos com clientes para apresentação dos produtos e serviços da empresa.

AUTONOMIA DO CARGO O cargo tem autonomia para fechar as vendas e estipular os prazos de entrega dos produtos e serviços.

NÍVEL DE ESCOLARIDADE Ensino superior

HABILIDADES E COMPETÊNCIAS Demonstrar comprometimento com os objetivos da empresa; Demonstrar flexibilidade; Demonstrar senso de responsabilidade; Comunicar-se; Demonstrar senso visual e tátil; Tomar iniciativa.

CONHECIMENTOS Para o exercício dessa ocupação requer-se, predominantemente, ensino superior e amplo conhecimento dos processos da empresa. O pleno desempenho das atividades pode ocorrer entre dois a cinco anos de experiência profissional.

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4.2.1.8 Analista de Recursos Humanos

DESCRIÇÃO DE CARGOS IDENTIFICAÇÃO

Cargo: Analista de Recursos Humanos Data: 13/07/2007 Divisão/Setor/Departamento: Administração Número de Ocupantes: 01

SUMÁRIO O cargo tem por objetivo planejar e coordenar as atividades da área de recursos humanos, visando a criar as condições para que a empresa possa recrutar, desenvolver, treinar e motivar os recursos humanos necessários ao seu desenvolvimento e crescimento.

ESTRUTURA Nível de Subordinação: Diretoria Cargo Superior: Diretor da Empresa

PRINCIPAIS RESPONSABILIDADES 1. Planejar e supervisionar todas as atividades desenvolvidas pelas áreas de seleção, treinamento, cargos e

salários, serviço social, segurança e medicina do trabalho, visando a assegurar que a empresa tenha condições de atrair, reter, motivar e desenvolver os profissionais do calibre necessário à consecução dos seus objetivos.

2. Coordenar e implementar programas de treinamento e desenvolvimento gerencial e operacional, visando a assegurar o constante aprimoramento do desempenho e motivação dos recursos humanos, bem como garantir o desenvolvimento de potencial para os processos de sucessão nos diversos cargos chaves.

3. Definir critérios, procedimentos e coordenar o processo de recrutamento e seleção de pessoal, visando a assegurar a qualidade do pessoal contratado pela empresa.

4. Coordenar os programas de assistência a funcionários, envolvendo assistência médica e odontológica e outros programas de assistência social, visando dar aos funcionários condições de maior motivação e desempenho no trabalho.

5. Contribuir com recomendações para a definição das políticas de remuneração e benefícios da empresa, coordenando a administração de cargos e salários, visando a assegurar o equilíbrio interno e a competitividade externa das práticas de remuneração da empresa.

6. Coordenar as atividades de medicina e segurança no trabalho, visando reduzir e eliminar as condições inseguras ou de riscos à integridade física e saúde dos funcionários.

7. Participar na concepção e desenvolvimento de novos projetos ou ações, envolvendo o elemento humano, tais como comunicações, mediação de conflitos, monitoração do clima organizacional etc.

8. Conduzir os processos de negociação coletiva junto a entidades sindicais, em conjunto com a área jurídica, para celebração de acordos coletivos de trabalho.

9. Manter controles e relatórios analíticos sobre a evolução do quadro e custos de pessoal, bem como de rotatividade de pessoal e outras ocorrências relevantes.

10. Acompanhar os processos trabalhistas, fornecendo todas as informações necessárias para a defesa, indicando representante da empresa, visando garantir os direitos e interesses da empresa.

11. Acompanhar a legislação trabalhista e assegurar sua correta aplicação e entendimento por parte das filiais da empresa, visando contribuir para minimização do contencioso jurídico-trabalhista.

CONTATOS INTERNOS Contatos com a área Financeira para liberação do pagamento da folha salarial;

CONTATOS EXTERNOS Contatos com os sindicatos de categoria para negociações nos acordos coletivos e homologações trabalhistas;

AUTONOMIA DO CARGO O cargo tem autonomia para realizar auditoria em todos os setores em relação ao cumprimento das normas e rotinas bem como aplicar advertências e suspensões.

NÍVEL DE ESCOLARIDADE Ensino superior em Administração de Recursos Humanos

HABILIDADES E COMPETÊNCIAS Negociar com funcionários; Ter capacidade de planejamento e organização; Agir com diplomacia; Responsabilidade e pontualidade; Aptidão para lidar com coisas concretas e abstratas; Capacidade de analisar, discutir e transmitir idéias;

CONHECIMENTOS O exercício desta ocupação pressupõe curso Superior em Administração de Recursos Humanos; Conhecimento de aplicativos e sistemas informatizados na área de atuação; Conhecimentos gerenciais de qualidade; Experiência nas áreas de Recrutamento e Seleção, Departamento Pessoal, Benefícios e Cargos e Salários; O pleno desempenho das atividades pode ocorrer entre três a cinco anos de experiência profissional.

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4.2.1.9 Assistente Administrativo / Financeiro

DESCRIÇÃO DE CARGOS IDENTIFICAÇÃO

Cargo: Assistente Administrativo/Financeiro Data: 13/07/2007 Divisão/Setor/Departamento: Administração Nome de Ocupantes: 01

SUMÁRIO O cargo tem por objetivo orientar, supervisionar e executar atividades administrativas, visando o cumprimento de rotinas pré-estabelecidas.

ESTRUTURA Nível de Subordinação: Gerência Administrativa Cargo Superior: Gerente Administrativo/Financeiro

PRINCIPAIS RESPONSABILIDADES 1. Coordenar e executar as atividades de compras, pagamentos e controlar bens patrimoniais; 2. Realizar tarefas de datilografia, digitação e controle de arquivos em geral; 3. Executar serviços de apoio nas áreas de recursos humanos, administração, finanças e logística; 4. Tratar de documentos variados, cumprindo todo o procedimento necessário referente aos mesmos

(preencher, arquivar, etc...); 5. Preparar relatórios e planilhas; 6. Executar serviços gerais de escritório; 7. Cadastrar clientes e fornecedores; 8. Realizar as voltas externas;

CONTATOS INTERNOS

Contatos com todas as áreas administrativas para arquivar documentações; Contatos com a área comercial para avaliação cadastral dos clientes;

CONTATOS EXTERNOS Contatos com fornecedores para solicitação de novos prazos para pagamento dos boletos; Contatos com clientes para solicitação de dados cadastrais;

AUTONOMIA DO CARGO O cargo tem autonomia para organizar os pagamentos de contas diariamente conforme os vencimentos e prioridades;

NÍVEL DE ESCOLARIDADE Ensino superior em Ciências Contábeis

HABILIDADES E COMPETÊNCIAS Agir com dinamismo; Trabalhar em equipe; Demonstrar iniciativa; Negociar com fornecedores; Ter capacidade de planejamento e organização; Agir com diplomacia; Responsabilidade e pontualidade; Foco e atenção às tarefas diárias; Espírito de equipe; Flexibilidade; Aptidão para lidar com coisas concretas e abstratas; Capacidade de analisar, discutir e transmitir idéias; Criatividade, dinamismo e persistência;

CONHECIMENTOS Para o acesso às ocupações deste cargo é recomendável estar cursando Superior em Administração e/ou Ciências Contábeis; Conhecimento de aplicativos e sistemas informatizados na área de atuação; Conhecimentos elementares de qualidade; Conhecimentos da missão e estrutura da Empresa; O exercício pleno das atividades é atingido após um ano de experiência.

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4.2.1.10 Assistente de Qualidade

DESCRIÇÃO DE CARGOS IDENTIFICAÇÃO

Cargo: Assistente da Qualidade Data: 13/07/2007 Divisão/Setor/Departamento: Sistema de Gestão da Qualidade Nome de Ocupantes: 01

SUMÁRIO O cargo tem por objetivo realizar atividades de suporte ao Sistema de Gestão da Qualidade, envolvendo a análise de normas, preparação de treinamentos, organização de documentação e outras atividades de apoio administrativo, visando contribuir para o alcance dos objetivos estabelecidos pela empresa.

ESTRUTURA Nível de Subordinação: Gerência Cargo Superior: Gerente de produção

PRINCIPAIS RESPONSABILIDADES 1. Prestar assistência ao processo de desenvolvimento e manutenção do Sistema de Gestão da Qualidade,

buscando informações e feedback que possibilitem avaliação dos programas e procedimentos implantados; 2. Programar e executar o treinamento de todos os funcionários nas atividades do Sistema de Gestão da

Qualidade, visando a multiplicação dos conhecimentos e facilitar a implementação dos programas; 3. Assessorar os gerentes e facilitadores da empresa na implantação das atividades do Sistema de Gestão da

Qualidade, visando garantir sua execução dentro dos padrões estabelecidos; 4. Organizar eventos internos e externos relativos ao Sistema de Gestão da Qualidade, visando promover o

treinamento dos colaboradores; 5. Elaborar os fluxogramas de documentação do Sistema de Gestão da Qualidade, visando a correta

comunicação e registro das informações; 6. Desenvolver material de apoio, tais como apostilas, cartilhas, cartazes, visando otimizar os treinamentos e a

divulgação do programa; 7. Controlar as ocorrências relacionadas com a qualidade, digitando dados, para elaboração de relatórios com

estatísticas de produção. 8. Participar da elaboração e redação dos procedimentos relacionados com a qualidade; 9. Manter controles dos registros da qualidade; 10. Controlar os certificados de qualidade de matérias-primas recebidas. 11. Ministrar treinamentos internos relacionados com a qualidade. 12. Distribuir e controlar as cópias de manuais da qualidade.

CONTATOS INTERNOS Contatos com todos os setores da empresa para divulgar e cobrar as normas, instruções de trabalho e processos rotineiros no que refere ao Sistema de Gestão da qualidade.

CONTATOS EXTERNOS Contatos com profissionais relacionados ao sistema de Gestão da qualidade para realizar palestras e demais eventos.

AUTONOMIA DO CARGO O cargo tem autonomia para realizar auditorias em todos os setores exigindo o cumprimento das instruções de trabalho, fluxogramas, rotinas e demais procedimentos relacionados aos setores.

NÍVEL DE ESCOLARIDADE Ensino superior

HABILIDADES E COMPETÊNCIAS Demonstrar atenção; Trabalhar com ética profissional; Demonstrar autocontrole em situações de risco; Demonstrar tranqüilidade;

CONHECIMENTOS Para o exercício dessa ocupação requer-se, predominantemente, ensino médio completo e curso básico de qualificação profissional em mecânica. O pleno desempenho das atividades pode ocorrer entre um e quatro anos de experiência profissional.

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4.2.1.11 Faturista

DESCRIÇÃO DE CARGOS IDENTIFICAÇÃO

Cargo: Faturista Data: 13/07/2007 Divisão/Setor/Departamento: Administrativo Número de Ocupantes: 01

SUMÁRIO Organizam documentos e efetuam sua classificação contábil; Emitem notas de entrada e saída de mercadoria, produtos e serviços e de transferência entre outras; realizam o arquivo de documentos;

ESTRUTURA Nível de Subordinação: Gerência Cargo Superior: Gerente Administrativo/Financeiro

PRINCIPAIS RESPONSABILIDADES 1. Emitir nota fiscal; 2. Efetuar lançamentos nas contas de estoque; 3. Lançar imposto nas transações comerciais; 4. Emitir faturas e duplicatas; 5. Emitir conhecimento de frete; 6. Atualizar cadastro de clientes; 7. Relacionar documentos; 8. Arquivar documentos; 9. Enviar documentos para arquivo morto; 10. Requisitar documentos junto ao arquivo; 11. Controlar entrada e saída de documentos no arquivo; 12. Reunir dados e documentos para atender fiscalizações e auditorias;

CONTATOS INTERNOS Contato com toda a área financeira para integração do faturamento mensal; Contatos com a diretoria para apresentar relatórios;

CONTATOS EXTERNOS Contatos com os clientes para sanar dúvidas referentes ao faturamento dos mesmos; Contatos com a contabilidade para entrega das notas fiscais;

AUTONOMIA DO CARGO O cargo tem autonomia para faturar notas fiscais após o processo ser finalizado;

NÍVEL DE ESCOLARIDADE Ensino médio completo

HABILIDADES E COMPETÊNCIAS Demonstrar atenção; Trabalhar em equipe; Trabalhar com ética profissional; Manter boa aparência; Demonstrar autocontrole em situações de risco; Demonstrar tranqüilidade;

CONHECIMENTOS O exercício da ocupação requer ensino médio completo, curso básico de informática e experiência no sistema de automação de lavanderias; O exercício pleno das atividades é atingido após um ano de experiência.

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4.2.1.12 Comprador

DESCRIÇÃO DE CARGOS IDENTIFICAÇÃO

Cargo: Comprador Data: 13/07/2007 Divisão/Setor/Departamento: Suprimentos Número de Ocupantes: 01

SUMÁRIO O cargo tem por objetivo assegurar o abastecimento dos insumos de produção e demais materiais utilizados pela empresa, ao menor preço possível, dentro dos padrões estabelecidos de prazo e qualidade dos produtos e serviços.

ESTRUTURA Nível de Subordinação: Diretoria Cargo Superior: Alta Direção

PRINCIPAIS RESPONSABILIDADES 1. Pesquisar o mercado fornecedor de produtos e serviços, através de coleta de preços, visando identificar as

melhores oportunidades de compras; 2. Negociar com os fornecedores, visando ao fechamento de compras dentro das melhores condições de preço,

qualidade prazo de entrega; 3. Emitir os pedidos de compra e encaminhá-los aos fornecedores, fazendo o acompanhamento do processo de

entrega e cumprimento final de todas as condições negociadas; 4. Pesquisar novos fornecedores de produtos e serviços diversos, visando desenvolver fontes alternativas de

suprimentos. 5. Pesquisar produtos alternativos, conforme as possibilidades do processo produtivo, visando melhorar a

qualidade do produto e reduzir custos de produção; 6. Fazer o acompanhamento dos pedidos, visando assegurar sua entrega no prazo estabelecido; 7. Acompanhar o processo de devolução de mercadorias entregues em desacordo com o pedido; 8. Atualizar as tabelas de preços de mercadorias com os fornecedores e repassando internamente a

informação aos setores envolvidos; 9. Realizar visitas às fábricas dos fornecedores, para atualização técnica em relação aos produtos comprados; 10. Verificar qualidade e idoneidade do fabricante do produto a ser adquirido; 11. Preparar e analisar mapas de concorrências com propostas de fornecedores; 12. Responsável por cadastrar novos fornecedores para consultas e cotações, conforme necessário.

CONTATOS INTERNOS

Contatos com todas as áreas para levantamento das necessidades de suprimentos. CONTATOS EXTERNOS

Contatos com fornecedores para orçamento e negociação de preços e formas de pagamento. AUTONOMIA DO CARGO

O cargo tem autonomia para comprar produtos e suprimentos para os setores. NÍVEL DE ESCOLARIDADE

Ensino médio HABILIDADES E COMPETÊNCIAS

Demonstrar comprometimento com os objetivos da empresa; Demonstrar flexibilidade; Trabalhar em equipe; Prestar atenção; Demonstrar senso de responsabilidade; Comunicar-se; Demonstrar senso visual e tátil; Tomar iniciativa

CONHECIMENTOS Para o exercício dessa ocupação requer-se, predominantemente, ensino médio completo. O pleno desempenho das atividades pode ocorrer entre dois a cinco anos de experiência profissional.

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4.2.1.13 Recepcionista

DESCRIÇÃO DE CARGOS IDENTIFICAÇÃO

Cargo: Recepcionista Data: 13/07/2007 Divisão/Setor/Departamento: Administrativo Número de Ocupantes: 01

SUMÁRIO O cargo tem por objetivo recepcionar clientes e visitantes, anunciando e encaminhando-os às pessoas solicitadas.

ESTRUTURA Nível de Subordinação: Gerência Cargo Superior: Gerente Administrativo/Financeiro

PRINCIPAIS RESPONSABILIDADES 1. Consultar lista de profissionais e departamento da empresa, ramais internos e telefones externos; 2. Interagir com os outros departamentos; 3. Anunciar a chegada do cliente; 4. Encaminhar o cliente para os diversos setores; 5. Auxiliar os clientes com o preenchimento de formulários; 6. Auxiliar o cliente com informações financeiras; 7. Anotar telefonemas e recados; 8. Transmitir recados e fax; 9. Atender o cliente com informações precisas; 10. Propiciar informações gerais por telefone interna e externamente; 11. Transferir ligações para ramais e apartamentos solicitados; 12. Circular informação interna;

CONTATOS INTERNOS

Contatos com todos os setores para anunciar os clientes, fornecedores e/ou visitantes. CONTATOS EXTERNOS

Contatos com clientes, fornecedores, empresas, órgãos do poder público e etc, para transferência de ligações e recados solicitados pelos setores.

AUTONOMIA DO CARGO

NÍVEL DE ESCOLARIDADE Ensino médio

HABILIDADES E COMPETÊNCIAS Demonstrar atenção; Trabalhar com ética profissional; Demonstrar autocontrole em situações de risco; Demonstrar tranqüilidade;

CONHECIMENTOS Para o exercício dessa ocupação requer-se, predominantemente, ensino médio completo e curso básico de qualificação profissional em recepcionista / telefonista. O pleno desempenho das atividades pode ocorrer entre um e quatro anos de experiência profissional.

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4.2.1.14 Motorista

DESCRIÇÃO DE CARGOS IDENTIFICAÇÃO

Cargo: Motorista Data: 13/07/2007 Divisão/Setor/Departamento: Transportes Número de Ocupantes: 03

SUMÁRIO O cargo tem por objetivo dirigir veículos, para transporte de pessoas ou materiais para o destino estabelecido, observando as leis de trânsito e normas de segurança.

ESTRUTURA Nível de Subordinação: Gerência Cargo Superior: Gerente de Produção

PRINCIPAIS RESPONSABILIDADES 1. Verificar o estado de manutenção do veículo antes de utilizá-lo, observando parte elétrica, pneus,

abastecimento, óleo etc., comunicando ao setor de manutenção a necessidade de qualquer reparo; 2. Conferir os materiais a serem transportados, verificando quantidade e espécie, para evitar erros no

carregamento e descarregamento dos mesmos; 3. Preparar os relatórios de viagem, fazendo as anotações relativas a destino, objetivo da viagem, horário de

saída e chegada, conforme procedimentos estabelecidos; 4. Manter ficha de controle de quilometragem e outros dados dos veículos, bem como o registro de qualquer

anormalidade no funcionamento e necessidade de reparos; 5. Dirigir em velocidade compatível com o local e o estado das vias de tráfego, visando evitar danos e atrasos

no cumprimento de suas tarefas; 6. Retirar mercadorias em fornecedores; 7. Transportar mercadorias para despacho junto a clientes e transportadoras; 8. Responsável por informar qualquer irregularidade observada nos materiais transportados.

CONTATOS INTERNOS

Contatos com a área de produção para carregamento dos produtos processados. Contato com o setor de manutenção para abastecimentos dos caminhões e carros da empresa.

CONTATOS EXTERNOS Contatos com clientes para entregar os produtos processados pela empresa.

AUTONOMIA DO CARGO

NÍVEL DE ESCOLARIDADE Ensino médio

HABILIDADES E COMPETÊNCIAS Demonstrar comprometimento com os objetivos da empresa; Demonstrar flexibilidade; Trabalhar em equipe; Prestar atenção; Demonstrar senso de responsabilidade; Comunicar-se; Demonstrar senso visual e tátil; Tomar iniciativa

CONHECIMENTOS Para o exercício dessa ocupação requer-se, predominantemente, ensino médio e habilitação categoria AD. O pleno desempenho das atividades pode ocorrer entre dois a cinco anos de experiência profissional.

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4.2.1.15 Porteiro

DESCRIÇÃO DE CARGOS IDENTIFICAÇÃO

Cargo: Porteiro Data: 13/07/2007 Divisão/Setor/Departamento: Portaria Número de Ocupantes: 04

SUMÁRIO O cargo tem por objetivo controlar a entrada e saída de pessoas na empresa, além de monitorar os caminhões e fazer a ronda na empresa.

ESTRUTURA

Nível de Subordinação: Gerência Cargo Superior: Gerente Administrativo/Financeiro

PRINCIPAIS RESPONSABILIDADES 1. Controlar o acesso de entrada e saída dos colaboradores; 2. Manter a portaria e o bicicletário limpo e organizado; 3. Fazer a ronda ao redor da empresa e nos Veículos; 4. Observar em tempo integral o Programa Rastreador dos Carros da Empresa; 5. Verificar os cadeados utilizados no armário do vestuário; 6. Exigir que as pessoas não fumem em locais proibidos; 7. Visualizar áreas pelo circuito fechado de TV; 8. Monitorar as ocorrências da Portaria; 9. Manter o portão sempre fechado; 10. Direcionar o atendimento dos clientes e comunicar ao setor de PCP; 11. Cumprir as rotinas descritas na Instrução de Trabalho da portaria; 12. Mor manter o local de trabalho limpo e organizado; 13. Ligar o alarme da empresa no final do dia;

CONTATOS INTERNOS

Contatos com a área de PCP para comunicar a entrada dos clientes na empresa; Contatos com todas as áreas da empresa para cumprimento de sua rotina diária;

CONTATOS EXTERNOS Contatos com clientes para acompanhar até o setor solicitado; Contatos com fornecedores e terceirizados para encaminhamento dos mesmos aos setores de destino.

AUTONOMIA DO CARGO O cargo tem autonomia para exigir dos funcionários o cumprimento das normas da empresa;

NÍVEL DE ESCOLARIDADE Ensino médio

HABILIDADES E COMPETÊNCIAS Demonstrar atenção; Trabalhar em equipe; Trabalhar com ética profissional; Manter boa aparência; Demonstrar autocontrole em situações de risco; Demonstrar tranqüilidade;

CONHECIMENTOS O exercício da ocupação requer ensino médio completo, curso básico de informática e experiência em Internet, experiência na função e curso de vigilantes; O exercício pleno das atividades é atingido após um ano de experiência.

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4.2.1.16 Jardineiro

DESCRIÇÃO DE CARGOS IDENTIFICAÇÃO

Cargo: Jardineiro Data: 13/07/2007 Divisão/Setor/Departamento: Administrativo Número de Ocupantes: 01

SUMÁRIO O cargo tem por objetivo plantar, regar e aparar a grama e manusear o solo para plantio de novas mudas.

ESTRUTURA Nível de Subordinação: Gerência Cargo Superior: Diretoria

PRINCIPAIS REPONSABILIDADES 1. Plantar cobertura vegetal; 2. Introduzir mudas em solo; 3. Adubar plantações e jardins; 4. Capinar plantações e jardins; 5. Regar plantas; 6. Identificar pragas e parasitas em plantações e jardins; 7. Podar jardins; 8. Vestir equipamentos de proteção individual (Epi); 9. Pulverizar plantações e jardins com defensivos agrícolas e adubos foliares; 10. Responsável por efetuar manutenções de primeiro nível em equipamentos.

CONTATOS INTERNOS

Contatos com a área comercial para solicitação de produtos agrícolas. CONTATOS EXTERNOS

Contatos com fornecedores para conferencia dos produtos solicitados. AUTONOMIA DO CARGO

NÍVEL DE ESCOLARIDADE

Ensino fundamental HABILIDADES E COMPETÊNCIAS

Demonstrar conhecimento de jardinagem; Prestar atenção; Demonstrar senso de responsabilidade; Comunicar-se; Tomar iniciativa.

CONHECIMENTOS Para o exercício dessa ocupação requer-se o ensino fundamental e conhecimento de jardinagem e paisagismo. O pleno desempenho das atividades pode ocorrer entre 6 meses e um ano de experiência profissional.

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4.2.1.17 Serviços de Limpeza

DESCRIÇÃO DE CARGOS IDENTIFICAÇÃO

Cargo: Serviços de Limpeza Data: 13/07/2007 Divisão/Setor/Departamento: Administrativo Número de Ocupantes: 01

SUMÁRIO O cargo tem por objetivo conservar a limpeza dos ambientes por meio de coleta de lixo, varrições e lavagens. Lavam vidros de janelas e fachadas de edifícios e limpam recintos e acessórios dos mesmos.

ESTRUTURA Nível de Subordinação: Gerência Cargo Superior: Diretoria

PRINCIPAIS RESPONSABILIDADES 1. Varrer vias públicas e calçadões; 2. Amontoar detritos e fragmentos; 3. Recolher o lixo em latões ou sacos plásticos; 4. Colocar o lixo no veículo compactador; 5. Remover o lixo para depósitos e descarga; 6. Reparar material para reciclagem; 7. Remover resíduos dos vidros; 8. Lavar e enxugar vidros manualmente; 9. Lavar fachadas de pedra e revestimento cerâmico; 10. Limpar janelas de alumínio e madeira; 11. Diluir produtos de limpeza; 12. Lavar superfícies internas de recintos e secar pisos; 13. Aspirar pó de dependências; 14. Limpar móveis e equipamentos, paredes, lustres, luminárias e ventiladores, cortinas e persianas; 15. Supervisionar limpeza das dependências do prédio; 16. Controlar recebimento de material comprado; 17. Verificar validade e qualidade de produtos de limpeza; 18. Responsável por registrar entrada e saída de material do estoque.

CONTATOS INTERNOS

Contatos com a área de compras para solicitação de produtos de limpeza. CONTATOS EXTERNOS

Contatos com fornecedores para conferencia dos produtos solicitados. AUTONOMIA DO CARGO

NÍVEL DE ESCOLARIDADE

Ensino fundamental HABILIDADES E COMPETÊNCIAS

Demonstrar flexibilidade; Prestar atenção; Demonstrar senso de responsabilidade; Comunicar-se; Tomar iniciativa

CONHECIMENTOS Para o exercício dessa ocupação requer-se ensino fundamental. O pleno desempenho das atividades pode ocorrer entre seis meses e um ano de experiência profissional.

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4.2.1.18 Analista de desenvolvimento de produtos

DESCRIÇÃO DE CARGOS IDENTIFICAÇÃO

Cargo: Desenvolvimento Data: 13/07/2007 Divisão/Setor/Departamento: Desenvolvimento Número de Ocupantes: 02

SUMÁRIO O cargo tem por objetivo Assegurar a atualização tecnológica da empresa, através da pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias, novos produtos, processos e projetos de novas instalações.

ESTRUTURA Nível de Subordinação: Gerência Cargo Superior: Gerente Comercial

PRINCIPAIS RESPONSABILIDADES 1. Programar e supervisionar a execução de projetos de pesquisas para desenvolvimento de novos produtos,

novas tecnologias e processos, novos materiais e instalações. 2. Acompanhar todo o processo de desenvolvimento de um novo produto, desde a produção do protótipo até a

elaboração dos ensaios e colocação em funcionamento. 3. Desenvolver projetos com o objetivo de padronizar produtos, processos, projetos, analisando o feedback das

áreas de produção e técnicas, visando obter melhorias de qualidade e produtividade. 4. Estudar a viabilidade econômica de novos produtos e processos. 5. Pesquisar e identificar novas oportunidades de desenvolvimento de novos produtos, em conjunto com as

áreas técnicas e de produção. 6. Pesquisar e implantar sistemas computadorizados para automatizar a elaboração de processos de

fabricação de produtos. 7. Adaptar tecnologias adquiridas, visando obtenção de diferenciais de competitividade e qualidade dos

produtos. 8. Avaliar e aprovar novos materiais, em conjunto com as áreas técnicas e de produção, buscando obter

redução de custos e ganhos em qualidade. 9. Pesquisar e desenvolver novas formas, mais adequadas, de apuração de custos de mão de obra por peça

produzida.

CONTATOS INTERNOS

Contatos com a área de produção para verificação e adequação dos processos; Contatos com a área de PCP para adequação dos sistemas de automação.

CONTATOS EXTERNOS Contatos com clientes para apresentação de novos produtos e processos de produção.

AUTONOMIA DO CARGO O cargo tem autonomia para atualizar os sistemas de automação industrial.

NÍVEL DE ESCOLARIDADE Ensino superior

HABILIDADES E COMPETÊNCIAS Demonstrar atenção; Trabalhar com ética profissional; Demonstrar autocontrole em situações de risco; Demonstrar tranqüilidade;

CONHECIMENTOS Para o exercício dessa ocupação requer-se, predominantemente, ensino médio completo e curso básico de qualificação profissional em mecânica. O pleno desempenho das atividades pode ocorrer entre um e quatro anos de experiência profissional.

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4.2.1.19 Modelista

DESCRIÇÃO DE CARGOS IDENTIFICAÇÃO

Cargo: Modelista Data: 13/07/2007 Divisão/Setor/Departamento: Desenvolvimento Número Ocupantes: 01

SUMÁRIO O cargo tem por objetivo confeccionar moldes para roupas. Pesquisar segmentos de mercado, estudar estilos de design e avaliar pesquisas sobre tendências de mercado.

ESTRUTURA Nível de Subordinação: Gerência Cargo Superior: Gerente de produção

PRINCIPAIS RESPONSABILIDADES 1. Consultar boletins técnicos; 2. Estudar estilos de 'design'; 3. Avaliar pesquisas sobre tendências de mercado; 4. Coletar informações tecnológicas em feiras e desfiles; 5. Elaborar desenhos planificados de roupas; 6. Traçar moldes de roupas; 7. Interpretar modelos e desenhos de roupas; 8. Elaborar tabelas de medidas de roupas; 9. Avaliar visualmente o grau de acabamento dos materiais; 10. Avaliar a costurabilidade dos tecidos; 11. Elaborar ficha técnica de roupas; 12. Determinar a posição de ornamentos, detalhes e acessórios do produto; 13. Ajustar moldes e gabaritos; 14. Especificar aviamentos e acessórios para confecção de roupas;

CONTATOS INTERNOS

Contatos com a área de costura para verificação e adequação dos modelos desenvolvido para a peça piloto. CONTATOS EXTERNOS

Contatos com clientes para as tendências do mercado da moda. AUTONOMIA DO CARGO

O cargo tem autonomia para desenvolver modelagens para novas peças do vestuário. NÍVEL DE ESCOLARIDADE

Ensino superior HABILIDADES E COMPETÊNCIAS

Demonstrar comprometimento com os objetivos da empresa; Demonstrar flexibilidade; Trabalhar em equipe; Prestar atenção; Demonstrar senso de responsabilidade; Comunicar-se; Demonstrar senso visual e tátil; Tomar iniciativa.

CONHECIMENTOS Para o exercício dessa ocupação requer-se, predominantemente, ensino a nível técnico de qualificação profissional de modelista. O pleno desempenho das atividades pode ocorrer entre um e quatro anos de experiência profissional.

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4.2.1.20 Talhador

DESCRIÇÃO DE CARGOS IDENTIFICAÇÃO

Cargo: Talhador Data: 13/07/2007 Divisão/Setor/Departamento: Desenvolvimento Número de Ocupantes: 01

SUMÁRIO O cargo tem por objetivo programam riscos marcadores por processo manual ou digital, enfestar e cortar tecidos, preparar lotes e pacotes para a costura de roupas.

ESTRUTURA Nível de Subordinação: Gerência Cargo Superior: Gerente de produção

PRINCIPAIS RESPONSABILIDADES 1. Planejar ordem de risco e corte; 2. Encaixar moldes manualmente e/ou moldes por computador; 3. Determinar pontos de emenda; 4. Preencher ordem de risco e corte; 5. Riscar moldes por processo manual e/ou por computador; 6. Requisitar tecido; 7. Conferir dados do tecido; 8. Preparar a mesa de enfesto; 9. Enfestar manualmente e/ou mecanicamente (máquina de enfestar); 10. Conferir número de câmadas do enfesto; 11. Deslocar enfesto; 12. Conferir risco com a ordem de corte; 13. Conferir sentido do enfesto; 14. Preparar máquina de corte; 15. Verificar componentes cortados; 16. Numerar componentes; 17. Separar componentes para bordados e estamparia; 18. Formar lotes e pacotes conforme ficha técnica e ordem de produção; 19. Verificar o funcionamento da máquina e equipamento;

CONTATOS INTERNOS Contatos com a área de desenvolvimento para sanar dúvidas no processo de corte referente a peça desenvolvida pelo modelista.

CONTATOS EXTERNOS Contatos com fornecedores para orçamento de tecidos e demais componente da peça a ser cortada e costurada.

AUTONOMIA DO CARGO

NÍVEL DE ESCOLARIDADE Ensino médio

HABILIDADES E COMPETÊNCIAS Demonstrar comprometimento com os objetivos da empresa; Demonstrar flexibilidade; Trabalhar em equipe; Prestar atenção; Demonstrar senso de responsabilidade; Comunicar-se; Demonstrar senso visual e tátil; Tomar iniciativa

CONHECIMENTOS Para o exercício dessa ocupação requer-se, predominantemente, ensino médio completo e curso básico de qualificação profissional em corte e costura. O pleno desempenho das atividades pode ocorrer entre um e quatro anos de experiência profissional.

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4.2.1.21 Costureira Piloteira

DESCRIÇÃO DE CARGOS IDENTIFICAÇÃO

Cargo: Costureira Piloteira Data: 13/07/2007 Divisão/Setor/Departamento: Desenvolvimento Número de Ocupantes: 03

SUMÁRIO O cargo tem por objetivo preparar e costurar peças-piloto em tecidos.

ESTRUTURA Nível de Subordinação: Desenvolvimento Cargo Superior: Gerente de produção

PRINCIPAIS RESPONSABILIDADES 1. Especificar componentes para confecção de peças-piloto (agulhas, botões, linhas, etc); 2. Costurar peças-piloto; 3. Testar peças-piloto; 4. Realizar ajustes nas peças-piloto; 5. Verificar defeitos de costuras (pesponto, direção, tamanho etc); 6. Inspecionar existência de etiquetas (composição, tamanhos, instrução de lavagem, cnpj etc); 7. Eliminar excessos de linhas e tecidos; 8. Monitorar e testar o funcionamento de máquinas e equipamentos conforme especificações técnicas; 9. Substituir acessórios das máquinas conforme o modelo (agulha, calcador, aparelho etc); 10. Regular máquinas e equipamentos; 11. Colocar tag (etiqueta de informações ao consumidor);

CONTATOS INTERNOS

Contatos com a área de desenvolvimento para sanar dúvidas no processo de corte referente a peça desenvolvida pelo modelista e cortada pelo talhador;

CONTATOS EXTERNOS

AUTONOMIA DO CARGO

NÍVEL DE ESCOLARIDADE Ensino médio

HABILIDADES E COMPETÊNCIAS Manter bom relacionamento interpessoal; Demonstrar dinamismo; Demonstrar responsabilidade; Dar provas de iniciativa; Demonstrar destreza manual; Demonstrar criatividade; Comunicar-se; Demonstrar capacidade de autocrítica; Demonstrar comprometimento com os objetivos da empresa; Demonstrar flexibilidade; Trabalhar em equipe; Prestar atenção; Demonstrar senso de responsabilidade; Comunicar-se; Demonstrar senso visual e tátil; Tomar iniciativa.

CONHECIMENTOS Para o exercício dessa ocupação requer-se, predominantemente, ensino médio completo e curso básico de qualificação profissional em corte e costura. O pleno desempenho das atividades pode ocorrer entre um e quatro anos de experiência profissional.

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4.2.1.22 Programador de Controle da Produção

DESCRIÇÃO DE CARGOS IDENTIFICAÇÃO

Cargo: Programador de Controle de Produção Data: 13/07/2007 Divisão/Setor/Departamento: Controle da Produção Número de Ocupantes:01

SUMÁRIO O cargo tem por objetivo planejar, controlar e programar a produção;

ESTRUTURA Nível de Subordinação: Gerência Cargo Superior: Gerente de Produção

PRINCIPAIS RESPONSABILIDADES 1. Identificar requisitos de produção; 2. Quantificar volumes de produção por períodos; 3. Realizar levantamento de recursos disponíveis; 4. Especificar recursos de áreas afins; 5. Prever paradas de produção; 6. Analisar capacidade de produção; 7. Definir leiaute do processo produtivo; 8. Formalizar plano de produção; 9. Definir plano de contingência 10. Definir transporte, manuseio, armazenamento e distribuição de matéria-prima e insumos; 11. Estabelecer parâmetros de controle de produção; 12. Monitorar fluxo de produção; 13. Coletar dados da produção; 14. Identificar desvios no processo de produção; 15. Definir ações corretivas; 16. Propor melhorias no processo de produção;

CONTATOS INTERNOS Contatos com a área de desenvolvimento para lançamento da Ficha Técnica no sistema; Contatos com a área comercial para apresentação da fica técnica;

CONTATOS EXTERNOS Contatos com clientes para apresentar as amostras desenvolvidas;

AUTONOMIA DO CARGO O cargo tem autonomia para exigir do setor de desenvolvimento toda a parte do processo de desenvolvimento da peça;

NÍVEL DE ESCOLARIDADE Ensino médio completo

HABILIDADES E COMPETÊNCIAS Demonstrar atenção; Trabalhar em equipe; Trabalhar com ética profissional; Manter boa aparência; Demonstrar autocontrole em situações de risco; Demonstrar tranqüilidade;

CONHECIMENTOS O exercício da ocupação requer ensino médio completo, curso básico de informática e experiência no sistema de automação de lavanderias; O exercício pleno das atividades é atingido após um ano de experiência.

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4.2.1.23 Analista de PCP

DESCRIÇÃO DE CARGOS IDENTIFICAÇÃO

Cargo: Analista de PCP Data: 13/07/2007 Divisão/Setor/Departamento: PCP Número de Ocupantes: 01

SUMÁRIO O cargo tem por objetivo supervisionar o planejamento e controle da produção, visando atender os objetivos de distribuição e otimizar a capacidade de produção.

ESTRUTURA Nível de Subordinação: Gerência Cargo Superior: Gerente de produção

PRINCIPAIS RESPONSABILIDADES 1. Identificar requisitos de produção; 2. Quantificar volumes de produção por períodos; 3. Realizar levantamento de recursos disponíveis; 4. Prever paradas de produção; 5. Analisar capacidade de produção; 6. Definir leiaute do processo produtivo; 7. Formalizar plano de produção; 8. Registrar entrada e saída de materiais e insumos; 9. Definir transporte, manuseio, armazenamento e distribuição de matéria-prima e insumos; 10. Estabelecer parâmetros de controle de produção; 11. Monitorar fluxo de produção; 12. Coletar dados da produção; 13. Identificar desvios no processo de produção; 14. Propor melhorias no processo de produção; 15. Elaborar gráficos e relatórios de controles da produção.

CONTATOS INTERNOS

Contatos com a área de produção para verificação e adequação dos processos. CONTATOS EXTERNOS

Contatos com fornecedores em relação a novos produtos. AUTONOMIA DO CARGO

NÍVEL DE ESCOLARIDADE

Ensino superior HABILIDADES E COMPETÊNCIAS

Demonstrar atenção; Trabalhar com ética profissional; Demonstrar autocontrole em situações de risco; Demonstrar tranqüilidade;

CONHECIMENTOS Para o exercício dessa ocupação requer-se, predominantemente, ensino médio completo e curso básico de qualificação profissional em mecânica. O pleno desempenho das atividades pode ocorrer entre um e quatro anos de experiência profissional.

Page 73: Estrutura de Cargos Textil

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4.2.1.24 Auxiliar de PCP

DESCRIÇÃO DE CARGOS IDENTIFICAÇÃO

Cargo: Auxiliar de PCP Data: 13/07/2007 Divisão/Setor/Departamento: PCP Número de Ocupantes: 03

SUMÁRIO O cargo tem por objetivo auxiliar o setor de Processos de Controle da Produção.

ESTRUTURA Nível de Subordinação: Programador Cargo Superior: Gerente de Produção

PRINCIPAIS RESPONSABILIDADES 1. Auxiliar o programador de controle da produção; 2. Pesar peças de roupas; 3. Contar as roupas; 4. Separar roupas; 5. Desvirar as roupas; 6. Carregar e descarregar os caminhões; 7. Conferir e contar as peças de roupas que chagam dos clientes.

CONTATOS INTERNOS Contatos com a área de produção para verificação e adequação dos processos

CONTATOS EXTERNOS

AUTONOMIA DO CARGO

NÍVEL DE ESCOLARIDADE Ensino médio

HABILIDADES E COMPETÊNCIAS Demonstrar comprometimento com os objetivos da empresa; Demonstrar flexibilidade; Trabalhar em equipe; Prestar atenção; Demonstrar senso de responsabilidade; Comunicar-se; Demonstrar senso visual e tátil; Tomar iniciativa

CONHECIMENTOS Para o exercício dessa ocupação requer-se, predominantemente, ensino médio completo. O pleno desempenho das atividades pode ocorrer entre um e quatro anos de experiência profissional.

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4.2.1.25 Encarregado da Produção

DESCRIÇÃO DE CARGOS IDENTIFICAÇÃO

Cargo: Encarregado da Produção Data: 13/07/2007 Divisão/Setor/Departamento: Lavandeira Número de Ocupantes: 02

SUMÁRIO O cargo tem por objetivo assegurar o cumprimento da programação de produção, dentro dos padrões de qualidade, quantidades e prazos estabelecidos.

ESTRUTURA Nível de Subordinação: Supervisor Cargo Superior: Supervisor de Produção

PRINCIPAIS RESPONSABILIDADES 1. Assegurar o constante incremento do grau de eficiência e desempenho da equipe de produção; 2. Otimizar o tempo de preparação e acertos de máquinas, visando a dar maior velocidade ao fluxo de

produção; 3. Contribuir para manter e melhorar a qualidade dos produtos; 4. Contribuir para o desenvolvimento de novos produtos através de interação com as áreas de vendas,

desenvolvimento e marketing, e as áreas produtivas, na busca de soluções para atender necessidades dos clientes;

5. Identificar fatores que concorrem para estragos, propondo medidas para eliminá-los; 6. Participar do esforço para identificar materiais alternativos ou novos materiais, que permitam reduzir custos,

melhorar a qualidade e a produtividade nas linhas de produção; 7. Organizar, supervisionar e motivar as equipes de produção, visando a alcançar níveis crescentes de

produtividade; 8. Analisar junto a fornecedores a possibilidade de desenvolvimento de materiais alternativos ou novos

materiais; 9. Desenvolver formas seguras para evitar desvios dos padrões de Qualidade; 10. Supervisionar as condições de segurança e higiene no trabalho, recomendando ações corretivas quando

necessário; 11. Relatar à Engenharia e Manutenção necessidades de manutenção preventiva e corretiva; 12. Acompanhar o embarque da produção diária, verificando junto a PCP eventuais congestionamentos;

CONTATOS INTERNOS

Contatos com a área de lavanderia para supervisionar os processos produtivos e a exigência das normas de segurança e qualidade do produto.

CONTATOS EXTERNOS Contatos com clientes para esclarecimentos relacionados aos processos de produção; Contatos com fornecedores para adequação dos produtos utilizados nos processos de produção.

AUTONOMIA DO CARGO O cargo tem autonomia para exigir dos operadores e auxiliares de produção, maior eficiência e eficácia no processo produtivo.

NÍVEL DE ESCOLARIDADE Ensino médio

HABILIDADES E COMPETÊNCIAS Demonstrar comprometimento com os objetivos da empresa; Demonstrar flexibilidade; Trabalhar em equipe; Prestar atenção; Demonstrar senso de responsabilidade; Comunicar-se; Demonstrar senso visual e tátil; Tomar iniciativa

CONHECIMENTOS Para o exercício dessa ocupação requer-se, predominantemente, ensino médio completo. O pleno desempenho das atividades pode ocorrer entre dois a cinco anos de experiência profissional.

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4.2.1.26 Operador de Máquina

DESCRIÇÃO DE CARGOS IDENTIFICAÇÃO

Cargo: Operador de Máquina Data: 13/07/2007 Divisão/Setor/Departamento: Lavanderia Número de Ocupantes: 06

SUMÁRIO O cargo tem por objetivo operar máquinas de lavação e tingimento de peças do vestuário semi-prontas e acabadas.

ESTRUTURA

Nível de Subordinação: Supervisor de Produção Cargo Superior: Gerente de Produção

PRINCIPAIS RESPONSABILIDADES 1. Tingimento, estonagens, descoramentos, amaciamentos, biolopimentos e neutralizações de diversas peças

do vestuário semi-acabadas e acabadas; 2. Identificar defeitos mecânicos e elétricos; 3. Interpretação das OP’S (Ordens de Produção); 4. Preparar e conferir níveis de banho; 5. Controlar PH e temperatura do banho; 6. Abastecer máquinas com produtos químicos e auxiliares conforme solicitações de cada máquina e conforme

a descrição na Ordem de Produção; 7. Comparar cores e padrões conforme amostra; 8. Utilizar Equipamentos de Proteção Individual; 9. Manter o local de trabalho limpo e organizado;

CONTATOS INTERNOS Contatos com a área de PCP para liberação do lote a ser processado; Contatos com a área do Secador para liberação dos lotes a serem secados, separados e desvirados;

CONTATOS EXTERNOS Contatos com clientes para acompanhar o processo de lavação e tingimento; Contatos com fornecedores para treinamentos de novos produtos químicos;

AUTONOMIA DO CARGO O cargo tem autonomia para exigir dos auxiliares os cumprimentos das rotinas diárias.

NÍVEL DE ESCOLARIDADE Ensino fundamental.

HABILIDADES E COMPETÊNCIAS Liderança; Possuir empatia; Agir com dinamismo; Demonstrar flexibilidade; Trabalhar em equipe; Demonstrar iniciativa; Responsabilidade e pontualidade; Foco e atenção às tarefas diárias; Espírito de equipe; Flexibilidade;

CONHECIMENTOS Para o exercício dessa ocupação requer-se ensino fundamental completo; A qualificação profissional ocorre com a prática no próprio local de trabalho; O pleno desempenho das atividades é alcançado em até um ano de experiência profissional.

Page 76: Estrutura de Cargos Textil

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5.2.1.27 Auxiliar de Produção

DESCRIÇÃO DE CARGOS IDENTIFICAÇÃO

Cargo: Auxiliar de Produção Data: 13/07/2007 Divisão/Setor/Departamento: Lavanderia Número de Ocupantes: 04

SUMÁRIO O cargo tem por objetivo auxiliar o operador de maquina na lavação e tingimento de peças do vestuário semi-prontas e acabadas.

ESTRUTURA

Nível de Subordinação: Operador de Máquina Cargo Superior: Supervisor da produção

PRINCIPAIS RESPONSABILIDADES 1. Auxiliar operadores de máquina no carregamento e descarregamento das máquinas; 2. Carregar e descarregar as centrífugas; 3. Validar as OP’s (Ordem de Produção); 4. Encaminhar o lote para ao setor secador; 5. Ajudar a manter o setor limpo e organizado; 6. Retirar lixo e limpar telas ao final de cada turno; 7. Repor produtos no setor de pesagem no final do turno; 8. Preparação de clorocal sempre que houver necessidade; 9. Manter o local de trabalho limpo e organizado;

CONTATOS INTERNOS

Contatos com a área de PCP para liberação do lote a ser processado; Contatos com a área do Secador para liberação dos lotes a serem secados, separados e desvirados;

CONTATOS EXTERNOS Contatos com prestadores de serviço terceirizado para acompanhamento dos processos de lavação e tingimento;

AUTONOMIA DO CARGO

NÍVEL DE ESCOLARIDADE Ensino fundamental

HABILIDADES E COMPETÊNCIAS Liderança; Possuir empatia; Agir com dinamismo; Demonstrar flexibilidade; Trabalhar em equipe; Demonstrar iniciativa; Responsabilidade e pontualidade; Foco e atenção às tarefas diárias; Espírito de equipe; Flexibilidade;

CONHECIMENTOS Para o exercício dessa ocupação requer-se ensino fundamental completo; A qualificação profissional ocorre com a prática no próprio local de trabalho; O pleno desempenho das atividades é alcançado em até um ano de experiência profissional.

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4.2.1.28 Auxiliar de Laboratório

DESCRIÇÃO DE CARGOS IDENTIFICAÇÃO

Cargo: Auxiliar de laboratório Data: 13/07/2007 Divisão/Setor/Departamento: Laboratório Número de Ocupantes: 02

SUMÁRIO O cargo tem por objetivo assegurar o cumprimento da programação de produção, dentro dos padrões de qualidade, quantidades e prazos estabelecidos.

ESTRUTURA Nível de Subordinação: Supervisor Cargo Superior: Supervisor de Produção

PRINCIPAIS RESPONSABILIDADES 1. Assegurar o constante incremento do grau de eficiência e desempenho da equipe de produção; 2. Otimizar o tempo de preparação e acertos de máquinas, visando a dar maior velocidade ao fluxo de

produção; 3. Contribuir para manter e melhorar a qualidade dos produtos; 4. Contribuir para o desenvolvimento de novos produtos através de interação com as áreas de vendas,

desenvolvimento e marketing, e as áreas produtivas, na busca de soluções para atender necessidades dos clientes;

5. Identificar fatores que concorrem para estragos, propondo medidas para eliminá-los; 6. Participar do esforço para identificar materiais alternativos ou novos materiais, que permitam reduzir custos,

melhorar a qualidade e a produtividade nas linhas de produção; 7. Organizar, supervisionar e motivar as equipes de produção, visando a alcançar níveis crescentes de

produtividade; 8. Analisar junto a fornecedores a possibilidade de desenvolvimento de materiais alternativos ou novos

materiais; 9. Desenvolver formas seguras para evitar desvios dos padrões de Qualidade; 10. Supervisionar as condições de segurança e higiene no trabalho, recomendando ações corretivas quando

necessário; 11. Relatar à Engenharia e Manutenção necessidades de manutenção preventiva e corretiva; 12. Acompanhar o embarque da produção diária, verificando junto a PCP eventuais congestionamentos;

CONTATOS INTERNOS

Contatos com a área de lavanderia para supervisionar os processos produtivos e a exigência das normas de segurança e qualidade do produto.

CONTATOS EXTERNOS Contatos com clientes para esclarecimentos relacionados aos processos de produção; Contatos com fornecedores para adequação dos produtos utilizados nos processos de produção.

AUTONOMIA DO CARGO O cargo tem autonomia para exigir dos operadores e auxiliares de produção, maior eficiência e eficácia no processo produtivo.

NÍVEL DE ESCOLARIDADE Ensino médio

HABILIDADES E COMPETÊNCIAS Demonstrar comprometimento com os objetivos da empresa; Demonstrar flexibilidade; Trabalhar em equipe; Prestar atenção; Demonstrar senso de responsabilidade; Comunicar-se; Demonstrar senso visual e tátil; Tomar iniciativa

CONHECIMENTOS Para o exercício dessa ocupação requer-se, predominantemente, ensino médio completo. O pleno desempenho das atividades pode ocorrer entre dois a cinco anos de experiência profissional.

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4.2.1.29 Caldeirista

DESCRIÇÃO DE CARGOS IDENTIFICAÇÃO

Cargo: Caldeirista Data: 13/07/2007 Divisão/Setor/Departamento: Manutenção Número Ocupantes: 03 ocupantes

SUMÁRIO O cargo tem por objetivo preparar máquinas e equipamentos para operação e controlam o funcionamento das caldeiras e a qualidade da água. Realizam manutenção de rotina em máquinas e equipamentos e trabalham segundo normas e procedimentos de segurança.

ESTRUTURA Nível de Subordinação: Supervisor de Produção Cargo Superior: Alta Direção

PRINCIPAIS RESPONSÁBILIDADES 1. Ligar a Caldeira; 2. Verificar o nível da água da caldeira e do boiler; 3. Ligar painel de comando; 4. Testar bomba da água da caldeira e do boiler; 5. Colocar lenha e fazer fogo na fornalha para produzir vapor; 6. Abrir o registro de saída de vapor; 7. Dar descarga de fundo na caldeira e no boiler; 8. Responsável pelo painel de comando da caldeira, no visor de nível, ao sistema de abastecimento de água da

caldeira e no nível do poço de efluentes; 9. Fazer limpeza no cinzeiro, no lavador de gazes e na fornalha semanalmente; 10. Desligar a Caldeira; 11. Esvaziar e abrir a porta da fornalha; 12. Encher a caldeira com água até o nível máximo; 13. Desligar o disjuntor geral do painel de comando elétrico; 14. Fechar o registro de saída de vapor da caldeira; 15. Controlar o consumo da lenha; 16. Inspecionar máquinas e equipamentos; 17. Interpretar normas técnicas operacionais; 18. Controlar tiragem de gases da fornalha; 19. Verificar vazão da água; 20. Inspecionar combustão da fornalha; 21. Controlar entrada de ar nos queimadores; 22. Controlar a pressão e vazão da lenha nos queimadores; 23. Controlar temperatura do vapor superaquecido; 24. Vistoriar tubulações da caldeira; 25. Controlar distribuição de vapor; 26. Registrar dados sobre funcionamento da caldeira; 27. Identificar defeitos;

CONTATOS INTERNOS Contatos com toda a área de produção para gerar energia diária suficiente para acionar as máquinas; Contatos com o setor de suprimentos para solicitar a compra de lenha.

CONTATOS EXTERNOS Contatos com órgãos de fiscalização ambiental para verificação dos efeitos causados no meio ambiente e para a manutenção preventiva de caldeiras; Contatos com fornecedores de lenha para receber e conferir o pedido solicitado pelo setor de compras. Contatos com fornecedores para descarregamento e conferência da lenha;

AUTONOMIA DO CARGO

NÍVEL DE ESCOLARIDADE Ensino médio

HABILIDADES E COMPETÊNCIAS Demonstrar atenção; Trabalhar com ética profissional; Demonstrar autocontrole em situações de risco; Demonstrar tranqüilidade;

CONHECIMENTOS Para o exercício dessas ocupações requer-se, predominantemente, ensino médio incompleto e curso de caldeirista. O pleno desempenho das atividades pode ocorrer entre um e quatro anos de experiência profissional.

Page 79: Estrutura de Cargos Textil

79

4.2.1.30 Mecânico

DESCRIÇÃO DE CARGOS IDENTIFICAÇÃO

Cargo: Mecânico Data: 13/07/2007 Divisão/Setor/Departamento: Manutenção Número de Ocupantes: 02

SUMÁRIO O cargo tem por objetivo consertar e reparar máquinas e equipamentos, requisitar peças para reposição, montar máquinas equipamentos e acessórios, conforme especificações do fabricante. Reparar peças; ajustar, lubrificar, testar e instalar equipamentos industriais. Elaborar documentação técnica, inclusive registros de ocorrências. Trabalhar em conformidade a normas e procedimentos técnicos, de segurança, qualidade e de preservação ambiental.

ESTRUTURA Nível de Subordinação: Gerência Cargo Superior: Gerente Administrativo/Financeiro

PRINCIPAIS RESPONSABILIDADES 1. Inspecionar máquinas e equipamentos; 2. Requisitar peças para reposição; 3. Montar máquinas, equipamentos e acessórios conforme especificações do fabricante; 4. Regular máquinas e equipamentos; 5. Substituir equipamentos e componentes 6. Realizar reparos de emergência 7. Restabelecer funcionamento de equipamentos 8. Detectar falhas, por meio de instrumentos de medição e inspeção visual, tátil, olfativa e auditiva; 9. Efetuar ajustes em peças de montagem 10. Conferir especificações e qualidade de peças fornecidas 11. Conferir vazão, pressão e temperatura; 12. Preencher ordem de serviço; 13. Registrar início e encerramento da manutenção expressa na ordem de serviço.

CONTATOS INTERNOS Contatos com a área de produção para verificação e manutenção das máquinas e equipamentos;

CONTATOS EXTERNOS Contatos com fornecedores para orçamento de peças para substituição.

AUTONOMIA DO CARGO

NÍVEL DE ESCOLARIDADE Ensino médio

HABILIDADES E COMPETÊNCIAS Demonstrar atenção; Trabalhar com ética profissional; Demonstrar autocontrole em situações de risco; Demonstrar tranqüilidade;

CONHECIMENTOS Para o exercício dessa ocupação requer-se, predominantemente, ensino médio completo e curso básico de qualificação profissional em mecânica. O pleno desempenho das atividades pode ocorrer entre um e quatro anos de experiência profissional.

Page 80: Estrutura de Cargos Textil

80

4.2.1.31 Líder do Setor de Revisão

DESCRIÇÃO DE CARGOS IDENTIFICAÇÃO

Cargo: Líder do Setor de Revisão Data: 13/07/2007 Divisão/Setor/Departamento: Revisão Nome do Ocupante: Pérola

SUMÁRIO O cargo tem por objetivo supervisionar o processo de produção em seu turno, verificando o funcionamento dos equipamentos, distribuindo o serviço a ser executado e acompanhando o trabalho dos operadores.

ESTRUTURA Nível de Subordinação: Gerência Cargo Superior: Gerente de Produção

PRINCIPAIS RESPONSABILIDADES 1. Acompanhar o desempenho das revisoras, orientando-os quando necessário, visando manter o ritmo,

qualidade e produtividade do trabalho; 2. Analisar os relatórios diários de produção e qualidade, visando identificar desvios dos padrões no processo

produtivo, providenciando as respectivas correções; 3. Preparar relatórios sobre ocorrências em seu turno de trabalho, passando as informações para o

encarregado do turno seguinte; 4. Preparar relatórios com dados de produção e horas paradas de máquinas, para fins de acompanhamento e

controle do desempenho das máquinas e dos operadores e para controle geral da produção; 5. Orientar o pessoal da sua área quanto aos regulamentos da empresa, procedimentos de trabalho e de

segurança e outros aspectos relacionados com o trabalho; 6. Identificar as causas do mau funcionamento dos equipamentos e providenciar o reparo necessário o mais

rápido possível; 7. Supervisionar a organização, higiene e limpeza das áreas de trabalho, visando manter um ambiente propício

ao trabalho.

CONTATOS INTERNOS Contatos com a área de passadoria para encaminhar as peças revisadas para serem passadas.

CONTATOS EXTERNOS

AUTONOMIA DO CARGO O cargo tem autonomia para exigir das revisoras maior atenção e foco nas tarefas diárias e no alcance das metas exigidas em cada categoria de serviço.

NÍVEL DE ESCOLARIDADE Ensino médio

HABILIDADES E COMPETÊNCIAS Demonstrar comprometimento com os objetivos da empresa; Demonstrar flexibilidade; Trabalhar em equipe; Prestar atenção; Demonstrar senso de responsabilidade; Comunicar-se; Demonstrar senso visual e tátil; Tomar iniciativa

CONHECIMENTOS Para o exercício dessa ocupação requer-se, predominantemente, ensino médio completo. O pleno desempenho das atividades pode ocorrer entre um e quatro anos de experiência profissional.

Page 81: Estrutura de Cargos Textil

81

4.2.1.32 Líder do Setor de Passadoria

DESCRIÇÃO DE CARGOS IDENTIFICAÇÃO

Cargo: Líder do Setor de Passadoria Data: 13/07/2007 Divisão/Setor/Departamento: Passadoria Nome do Ocupante: Célio Coutinho

SUMÁRIO O cargo tem por objetivo supervisionar o processo de produção em seu turno, verificando o funcionamento dos equipamentos, distribuindo o serviço a ser executado e acompanhando o trabalho dos operadores.

ESTRUTURA Nível de Subordinação: Gerência Cargo Superior: Gerente de Produção

PRINCIPAIS RESPONSABILIDADES 1. Acompanhar o desempenho das passadeiras, orientando-os quando necessário, visando manter o ritmo,

qualidade e produtividade do trabalho; 2. Analisar os relatórios diários de produção e qualidade, visando identificar desvios dos padrões no

processo produtivo, providenciando as respectivas correções; 3. Preparar relatórios sobre ocorrências em seu turno de trabalho, passando as informações para o

encarregado do turno seguinte; 4. Preparar relatórios com dados de produção e horas paradas de máquinas, para fins de

acompanhamento e controle do desempenho das máquinas e dos operadores e para controle geral da produção;

5. Orientar o pessoal da sua área quanto aos regulamentos da empresa, procedimentos de trabalho e de segurança e outros aspectos relacionados com o trabalho;

6. Identificar as causas do mau funcionamento dos equipamentos e providenciar o reparo necessário o mais rápido possível;

7. Supervisionar a organização, higiene e limpeza das áreas de trabalho, visando manter um ambiente propício ao trabalho.

CONTATOS INTERNOS Contatos com a área de expedição para encaminhar as peças passadas para serem expedidas para os clientes.

CONTATOS EXTERNOS

AUTONOMIA DO CARGO O cargo tem autonomia para exigir das passadeiras maior atenção e foco nas tarefas diárias e no alcance das metas exigidas em cada categoria de serviço.

NÍVEL DE ESCOLARIDADE Ensino médio

HABILIDADES E COMPETÊNCIAS Demonstrar comprometimento com os objetivos da empresa; Demonstrar flexibilidade; Trabalhar em equipe; Prestar atenção; Demonstrar senso de responsabilidade; Comunicar-se; Demonstrar senso visual e tátil; Tomar iniciativa

CONHECIMENTOS Para o exercício dessa ocupação requer-se, predominantemente, ensino médio completo. O pleno desempenho das atividades pode ocorrer entre um e quatro anos de experiência profissional.

Page 82: Estrutura de Cargos Textil

82

4.2.1.33 Revisora

DESCRIÇÃO DE CARGOS IDENTIFICAÇÃO

Cargo: Revisora Data: 13/07/2007 Divisão/Setor/Departamento:Revisão Número de Ocupantes: 13

SUMÁRIO O cargo tem por objetivo revisar peças prontas.

ESTRUTURA

Nível de Subordinação: Líder de setor Cargo Superior: Gerente de produção

PRINCIPAIS RESPOSNABILIDADES 1. Revisar peças do vestuário semi-acabadas e acabadas; 2. Separar as peças do vestuário semi-acabadas e acabadas; 3. Cortar os fios das peças; 4. Examinar e consertar peças com defeito; 5. Verificar estampa; 6. Colocar rebite, botões, elásticos, TAG e etiquetas em peças do vestuário acabadas; 7. Embalar e expedir as peças acabadas; 8. Limpar as mesas de revisão e o local do trabalho;

CONTATOS INTERNOS Contatos com a área de Passadoria para liberação do lote a ser revisado; Contatos com a área de Lavação para liberação dos lotes a serem separados e revisados;

CONTATOS EXTERNOS

AUTONOMIA DO CARGO

NÍVEL DE ESCOLARIDADE Ensino fundamental.

HABILIDADES E COMPETÊNCIAS Possuir empatia; Agir com dinamismo; Demonstrar flexibilidade; Trabalhar em equipe; Demonstrar iniciativa; Responsabilidade e pontualidade; Foco e atenção às tarefas diárias; Espírito de equipe; Flexibilidade;

CONHECIMENTOS Para o exercício dessa ocupação requer-se formação escolar de nível fundamental e um teste com duração de três dias sob orientação da líder de célula oferecido pela própria empresa; A qualificação profissional ocorre com a prática no próprio local de trabalho; O exercício pleno das atividades é atingido após um ano de experiência.

Page 83: Estrutura de Cargos Textil

83

4.2.1.34 Passadeira

DESCRIÇÃO DE CARGOS IDENTIFICAÇÃO

Cargo: Passadeira Data: 13/07/2007 Divisão/Setor/Departamento: Passadoria Número de Ocupantes: 15

SUMÁRIO O cargo tem por objetivo passar peças de roupas prontas.

ESTRUTURA Nível de Subordinação: Líder do Setor Cargo Superior: Gerente de produção

PRINCIPAIS RESPOSNABILIDADES 1. Passar peças do vestuário semi-acabadas e acabadas; 2. Controlar temperatura dos ferros industriais; 3. Dobrar manualmente peças do vestuário, passadas; 4. Embalar e expedir as peças prontas e passadas; 5. Limpar as máquinas e local do trabalho;

CONTATOS INTERNOS Contatos com a área Revisão para liberação do lote a ser passado;

CONTATOS EXTERNOS

AUTONOMIA DO CARGO

NÍVEL DE ESCOLARIDADE Ensino fundamental.

HABILIDADES E COMPETÊNCIAS Possuir empatia; Agir com dinamismo; Demonstrar flexibilidade; Trabalhar em equipe; Demonstrar iniciativa; Responsabilidade e pontualidade; Foco e atenção às tarefas diárias; Espírito de equipe; Flexibilidade;

CONHECIMENTOS O exercício dessa ocupação pressupõe escolaridade de nível fundamental seguida de um teste com duração de três dias sob orientação da líder de célula oferecido pela própria empresa para aperfeiçoamento da atividade profissional básica; O exercício pleno das atividades é atingido após um ano de experiência.

Page 84: Estrutura de Cargos Textil

84

4.2.2 Avaliação de cargos Os métodos sistêmicos utilizam-se de fatores de entrada (habilitação),

aplicação e resultados produzidos pelo cargo. De acordo com Paschoal (1998, p.

47), os “métodos sistêmicos mais utilizados são o ‘método Hay’ e o método ‘Hoyler’”.

Nascimento (2001, p.19) faz igualmente referência aos dois métodos, ao afirmar que

“oriundos do método de pontos podemos citar o Sistema Hay e o Sistema Hoyler,

métodos quantitativos que se prestam a classificar, principalmente, cargos de alto

nível, o primeiro, e demais cargos, o segundo”.

Como foi observado no item 3.1 deste trabalho, utilizou-se o sistema Hoyler3

de pontos. O modelo contempla 3 (três) fatores de avaliação: 1) Habilitação, que se

subdivide em habilitação profissional e habilitação gerencial; 2) Aplicação, que se

subdivide em desafio das tarefas e relacionamento humano e; 3) Resultados, que se

subdivide em contribuição efetiva aos resultados finais da organização e o poder de

decisão inerente à função.

Cada fator de avaliação é definido por uma variação de graus e, no caso

específico da metodologia utilizada, esses graus são representados por letras (A a

F) ou números (1 a 7). Ou seja, das atividades mais elementares (graus menores) às

atividades mais complexas (graus mais elevados).

A concepção do modelo valoriza a escolha dos fatores, pois os mesmos

devem ser universais e aplicáveis a qualquer tipo de cargo. Os fatores de avaliação,

de acordo com Paschoal (1998, p. 48),

De acordo com Nascimento (2001, p. 27)

o método de pontos combina uma técnica analítica, na qual os cargos são divididos em partes, ou fatores de avaliação de cargos, com o objetivo de se fazer comparações entre elas com uma técnica quantitativa, na qual são atribuídos valores numéricos para cada parte do cargo e um valor total para o cargo obtido pelo somatório dos valores numéricos de cada parte ou fator de avaliação.

O produto dessa avaliação reflete numa pontuação final para cada cargo,

possibilitando o estabelecimento de uma hierarquia interna entre todos os cargos da

organização. A chamada “chave de avaliação” é aplicada tal como uma “fita métrica”

3 Como foi ressaltado nos aspectos metodológicos, respeitando a propriedade intelectual do sistema Hoyler, o trabalho não apresentará a “chave de avaliação”, em função da autora não dispor de autorização explícita do Grupo Hoyler com sede em São Paulo (SP), para expor o modelo utilizado. A autora obteve o acesso do modelo a partir do orientador do trabalho de conclusão de curso, ex-consultor da citada organização.

Page 85: Estrutura de Cargos Textil

85

utilizada, neste caso, para mensurar as diferentes e variadas funções no âmbito da

organização.

4.2.2.1 Pontuação dos Cargos

A pontuação será decrescente conforme a descrição e avaliação dos trinta e

quatro cargos da Lave Love Beneficiamento Têxtil Ltda.

GRUPO A – GERENTES Cargo: GERENTE ADMINISTRATIVO/FINANCEIRO

Fator 1 Fator 2 Fator 3 Fator 4 Total

Habilitação Aplicação Resultados Ponderação

Fº 3º Eº 4- Dº 4+º 162

237 205 274 162 878 Cargo: GERENTE COMERCIAL

Fator 1 Fator 2 Fator 3 Fator 4 Total

Habilitação Aplicação Resultados Ponderação

Fº 3º Eº 4- Dº 4+º 162

237 205 274 162 878 Cargo: GERENTE DE PRODUÇÃO

Fator 1 Fator 2 Fator 3 Fator 4 Total

Habilitação Aplicação Resultados Ponderação

E+ 3+ E° 3+ C+ 4- 128

205 178 133 128 644 Cargo: REPRESENTANTE COMERCIAL

Fator 1 Fator 2 Fator 3 Fator 4 Total

Habilitação Aplicação Resultados Ponderação

Fº 3º Eº 4- Dº 4+º 162

237 205 274 162 878

Page 86: Estrutura de Cargos Textil

86

GRUPO B – CARGOS TÉCNICOS ESPECIALIZADOS Cargo: MODELISTA

Fator 1 Fator 2 Fator 3 Fator 4 Total

Habilitação Aplicação Resultados Ponderação

E° 3+ E° 3- C+ 4- 128

205 133 133 128 599 Cargo: ANALISTA DE RECURSOS HUMANOS

Fator 1 Fator 2 Fator 3 Fator 4

Total Habilitação Aplicação Resultados Ponderação

E° 3- E- 3+ C+ 3 ° 128

154 133 115 128 512

GRUPO C – CARGOS TÉCNICOS Cargo: COMPRADOR

Fator 1 Fator 2 Fator 3 Fator 4 Total

Habilitação Aplicação Resultados Ponderação

Dº 3º E- 3- C+ 4- 100

133 133 133 100 499 Cargo: PROGRAMADOR DE CONTROLE DA PRODUÇÃO

Fator 1 Fator 2 Fator 3 Fator 4 Total

Habilitação Aplicação Resultados Ponderação

E° 3- E° 3- C- 3° 87

154 133 87 87 461 Cargo: SUPERVISOR DE PRODUÇÃO

Fator 1 Fator 2 Fator 3 Fator 4 Total

Habilitação Aplicação Resultados Ponderação

Dº 3° Dº 3º C° 3º 75

133 115 100 75 410 Cargo: SUPERVISOR DE PCP

Fator 1 Fator 2 Fator 3 Fator 4 Total

Habilitação Aplicação Resultados Ponderação

Dº 3º Dº 3º Cº 3º 75

133 115 100 75 410 Cargo: SUPERVISOR DE LABORATÓRIO

Fator 1 Fator 2 Fator 3 Fator 4 Total

Habilitação Aplicação Resultados Ponderação

Dº 3º Dº 3º Cº 3º 75

133 115 100 75 410

Page 87: Estrutura de Cargos Textil

87

GRUPO D – ASSISTENTES Cargo: ANALISTA DE PCP

Fator 1 Fator 2 Fator 3 Fator 4 Total

Habilitação Aplicação Resultados Ponderação

C+ 3° D- 3- C- 3- 65

115 100 100 65 380 Cargo: ASSISTENTE ADMINISTRATIVO\FINANCEIRO

Fator 1 Fator 2 Fator 3 Fator 4

Total Habilitação Aplicação Resultados Ponderação

E° 2+ D° 3° C+ 3- 65

133 100 100 65 352

GRUPO E – AUXILIARES Cargo: FATURISTA

Fator 1 Fator 2 Fator 3 Fator 4 Total

Habilitação Aplicação Resultados Ponderação

C° 2+ B+ 2+ C° 2+ 49

75 49 115 49 298 Cargo: TALHADOR

Fator 1 Fator 2 Fator 3 Fator 4 Total

Habilitação Aplicação Resultados Ponderação

C+ 3- C- 2+ C- 3- 49

87 56 87 49 279 Cargo: ENCARREGADO DA PRODUÇÃO

Fator 1 Fator 2 Fator 3 Fator 4 Total

Habilitação Aplicação Resultados Ponderação

D- 2° C- 3- B° 3- 49

75 75 87 49 276 Cargo: LÍDER DA REVISÃO

Fator 1 Fator 2 Fator 3 Fator 4 Total

Habilitação Aplicação Resultados Ponderação

D- 2° C- 3- B° 3- 49

75 75 87 49 276 Cargo: LÍDER DA PASSADORIA

Fator 1 Fator 2 Fator 3 Fator 4 Total

Habilitação Aplicação Resultados Ponderação

D- 2° C- 3- B° 3- 49

75 75 87 49 276

Page 88: Estrutura de Cargos Textil

88

Cargo: DESENVOLVIMENTO Fator 1 Fator 2 Fator 3 Fator 4

Total

Habilitação Aplicação Resultados Ponderação

C° 2+ C- 3° C° 3- 42

75 75 65 42 257 Cargo: OPERADOR DE MÁQUINA

Fator 1 Fator 2 Fator 3 Fator 4

Total Habilitação Aplicação Resultados Ponderação

Cº 2+ B+ 2+ B+ 2+ 42

115 87 65 42 244 Cargo: AUXILIAR DE LABORATÓRIO

Fator 1 Fator 2 Fator 3 Fator 4 Total

Habilitação Aplicação Resultados Ponderação

Cº 2º Cº 2º Bº 2+ 37

65 56 56 37 214

GRUPO E – OPERACIONAIS II Cargo: ASSISTENTE DE QUALIDADE

Fator 1 Fator 2 Fator 3 Fator 4 Total

Habilitação Aplicação Resultados Ponderação

C- 2° C° 2° B° 2° 37

56 56 49 37 198 Cargo: COSTUREIRA PILOTEIRA

Fator 1 Fator 2 Fator 3 Fator 4 Total

Habilitação Aplicação Resultados Ponderação

C- 2- C- 2° B+ 2+ 37

56 49 65 37 197 Cargo: MOTORISTA

Fator 1 Fator 2 Fator 3 Fator 4 Total

Habilitação Aplicação Resultados Ponderação

Cº 1+ Bº 2º C- 2º 32

56 42 49 32 179 Cargo: AUXILIAR DE PCP

Fator 1 Fator 2 Fator 3 Fator 4 Total

Habilitação Aplicação Resultados Ponderação

C- 1+ B° 2- B- 2° 32

49 37 49 32 167

Page 89: Estrutura de Cargos Textil

89

Cargo: PORTEIRO Fator 1 Fator 2 Fator 3 Fator 4

Total

Habilitação Aplicação Resultados Ponderação

C- 2- B- 2- B- 2- 32

42 37 49 32 160 Cargo: CALDEIRISTA

Fator 1 Fator 2 Fator 3 Fator 4 Total

Habilitação Aplicação Resultados Ponderação

B+ 2- B° 2° B- 2- 32

42 42 37 32 153 Cargo: MECÂNICO

Fator 1 Fator 2 Fator 3 Fator 4 Total

Habilitação Aplicação Resultados Ponderação

B+ 2- B° 2° B- 2- 32

42 42 37 32 153

GRUPO F – OPERACIONAIS I Cargo: RECEPCIONISTA

Fator 1 Fator 2 Fator 3 Fator 4 Total

Habilitação Aplicação Resultados Ponderação

B+ 2- B° 2° A+ 2° 32

32 32 49 32 145 Cargo: AUXILIAR DE PRODUÇÃO

Fator 1 Fator 2 Fator 3 Fator 4 Total

Habilitação Aplicação Resultados Ponderação

B° 1° B° 1° B° 1° 27

37 21 32 27 117 Cargo: REVISORA

Fator 1 Fator 2 Fator 3 Fator 4

Total Habilitação Aplicação Resultados Ponderação

B° 1° B° 1° B° 1° 27

37 21 32 27 117 Cargo: PASSADEIRA

Fator 1 Fator 2 Fator 3 Fator 4

Total Habilitação Aplicação Resultados Ponderação

B° 1° B° 1° B° 1° 27

37 21 32 27 117

Page 90: Estrutura de Cargos Textil

90

Cargo: JARDINEIRO Fator 1 Fator 2 Fator 3 Fator 4

Total

Habilitação Aplicação Resultados Ponderação

A- 1- A- 1- A- 1- 27

24 18 27 27 96

Cargo: SERVIÇOS DE LIMPEZA Fator 1 Fator 2 Fator 3 Fator 4

Total Habilitação Aplicação Resultados Ponderação

A- 1- A- 1- A- 1- 27

24 18 27 27 96

4.2.3 Tabela salarial

Para que se obtenha uma estrutura salarial compatível com as necessidades

da organização é preciso projetar um horizonte salarial para os diversos cargos ou

agrupamentos de cargos. É estratégico, portanto, definir uma política salarial que

contemple o formato de faixas salariais e os critérios para que os funcionários

possam avançar nas mesmas. Essa evolução poderá acontecer a partir de modelos

de avaliação de desempenho ou mesmo por aquisição de novas habilidades e

competências. De acordo com Paschoal (1998, p. 83), a cada grupo de cargos

“corresponderá uma faixa salarial com os passos definidos pela Política”.

As faixas propostas para a Lave Love terão 7 (sete) níveis, ou steps, com

evolução de 5% de uma faixa para a outra. Importante ressaltar que os salários

foram definidos tendo como objetivo uma equação interna, a partir da realidade

salarial da empresa, sem ter como referência o mercado salarial (externo). Buscou-

se exclusivamente um ordenamento salarial, em face de distorções encontradas, e

não uma aproximação com o mercado salarial regional.

Foram criados 6 (seis) grupos de cargos (de A a G). Os cargos F e G

precisarão de uma definição mais precisa no que diz respeito à evolução salarial em

virtude das limitações da legislação trabalhista (isonomia salarial). Os critérios

sugeridos são os tradicionais, como período de experiência de 3 meses (faixa 1),

admissão (faixa 2), 1 ano de trabalho (faixa 3), 3 anos de trabalho (faixa 4) e 5 anos

de trabalho (faixa 5). Os demais grupos podem, efetivamente, serem submetidos a

Page 91: Estrutura de Cargos Textil

91

procedimentos como avaliação de desempenho ou novas habilidades e/ou

competências adquiridas.

A partir da estruturação conforme exposto, foi possível apresentar a proposta

da tabela a seguir.

4.2.3.1 Tabela Salarial Lave Love

CARGOS PONTOS Faixa 1 Faixa 2 Faixa 3 Faixa 4 Faixa 5 Faixa 6 Faixa 7

GRUPO A

Gerentes 600-800 5.000,00 5.250,00 5.512,50 5.788,13 6.077,53 6.381,41 6.700,48

GRUPO B

Cargos

Técnicos

Especializados

500-599 3.000,00 3.150,00 3.307,50 3.472,88 3.646,52 3.828,84 4.040,29

GRUPO C

Cargos

Técnicos

400-499 2.000,00 2.100,00 2.205,00 2.315,25 2.431,01 2.552,56 2.680,19

GRUPO D

Assistentes 300-399 1.500,00 1.575,00 1.653,75 1.736,44 1.823,26 1.914,42 2.010,14

GRUPO E

Auxiliares 200-299 1.000,00 1.050,00 1.102,50 1.157,63 1.215,51 1.276,28 1.340,10

GRUPO F

Operacionais II 150-199 700,00 735,00 771,75 810,34 850,85 893,40 938,07

GRUPO G

Operacionais I 100-149 580,00 609,00 639,45 671,42 704,99 740,24 777,26

Page 92: Estrutura de Cargos Textil

92

4. 3 Sugestões para a empresa

Através da análise dos dados obtidos, das descrições dos cargos, da

pontuação dos cargos e da tabela salarial, realizou-se a proposta de um plano de

cargos e salários para ser apresenta à diretoria da Lave Love Beneficiamento Têxtil

Ltda. Foram feitas algumas sugestões que tem por finalidade contribuir para

melhorar a motivação dos funcionários em relação as perspectivas de futuro na

organização, sendo:

� Treinamento e desenvolvimento: realizar um levantamento das

necessidades de treinamento, juntamente com as chefias devido a alta

rotatividade de trabalhadores na empresa.

Especialista distinguem treinamento e desenvolvimento, onde treinamento, é

mais focalizado e orientado para questões concernentes a desempenho no curto-

prazo, e desenvolvimento, mais orientado para ampliar as habilidades dos indivíduos

para futuras responsabilidades. Os dois termos treinamento e desenvolvimento

combinam-se para indicar a combinação de atividades nas empresas que aumentam

a base de habilidades dos funcionários (BOHLANDER, SHERMAN e SNELL, 2003,

p.134).

� Programas de avaliação do desempenho: elaborar, juntamente com as

chefias e a área de Recursos Humanos um programa de avaliação do

desempenho dos funcionários para que todos obtenham feedback sobre suas

atividades. Além de proporcionar a oportunidade de discutir regularmente

com seu superior o desempenho e os padrões de desempenho.

Além de serem utilizadas para avaliar quem está fazendo um bom trabalho ou

não, as avaliações de desempenho são uma das ferramentas mais versáteis de que

os gerentes dispõem. Elas servem a vário propósitos, que beneficiam tanto a

empresa quanto o funcionário cujo desempenho está sendo avaliado (BOHLANDER,

SHERMAN e SNELL, 2003, p.214-215).

� Programas de desenvolvimento de carreiras: elaborar juntamente com as

chefias, área de recursos humanos e diretoria, um programa que disponibilize

ferramentas para desenvolver os objetivos de carreira e planos de ação

proporcionando um crescimento profissional utilizando suas competências e

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93

que atenda as necessidades de desenvolvimento profissional e pessoal do

trabalhador.

Bohlander, Sherman e Snell, 2003, p.178). apontam que ao planejar carreiras,

os funcionários precisam de informações da empresa - informações que o

planejamento estratégico, previsões, planos de sucessão e levantamentos de

habilidades podem fornecer. Do mesmo modo, a medida que obtêm informações

sobre si mesmos e usam-nas no planejamento de carreira, os funcionários

precisam saber as possibilidades de fazer carreira dentro da empresa e como a

gerência vê o desempenho deles.

Page 94: Estrutura de Cargos Textil

94

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A Lave Love não dispunha de modelos ou sistemas de remuneração. A

proposta deste trabalho foi justamente o de propor um modelo remuneratório básico,

com foco no cargo, para que a organização tenha uma base que salários possam

ser pagos com alguns critérios. A opção foi por um modelo tradicional, com foco no

cargo, para que, num momento seguinte, essa base remuneratória possa

proporcionar o aperfeiçoamento do próprio modelo, quem sabe evoluindo para

práticas remuneratórias baseadas em habilidades e competências, ou mesmo,

tornando a remuneração variável em função da lucratividade da empresa.

A intenção, a partir desta pesquisa-ação é solucionar problemas práticos, mas

também promover a mudança organizacional. É possível que a mudança não ocorra

como pretendida, mas essa é uma característica básica dessa modalidade de

pesquisa em administração (EDEN e HUXHAM, 2001). A tentativa de mudar a

organização pode encontrar obstáculos que estão além do que foi projetado pela

acadêmica, como: alterações no mercado ou no segmento da empresa atual,

aumento de custos, baixa lucratividade etc.

A pesquisa contemplou objetivos distintos, porém interligados: a descrição

dos cargos da empresa e a elaboração de uma tabela salarial, base para uma

política remuneratória. A tabela, evidentemente, dependerá de aprovação da

diretoria para ser implementada, pois a mesma privilegia uma evolução salarial para

os trabalhadores da Lave Love baseada em desempenho ou novas habilidades e

competências. As descrições, no entanto, proporcionam um ganho imediato, pois

independem de aprovação superior e, neste momento, já estão a contribuir para um

ordenamento de funções. Para uma organização que não dispunha de um desenho

mais nítido das responsabilidades de cada trabalhador, as descrições permitem

agregar, de imediato, resultados para os gestores e geridos. Os primeiros poderão

analisar com mais segurança os limites e possibilidades de cada função. Os geridos,

por sua vez, poderão compreender com mais exatidão suas respectivas

responsabilidades e desafios em termos de desempenho profissional.

Uma das limitações da pesquisa foi não realizar uma pesquisa salarial para

comparar os salários pagos com empresas similares, ou do mesmo segmento, da

região. Isto, entretanto, não foi feito por decisões políticas internas em função das

Page 95: Estrutura de Cargos Textil

95

especificidades da Lave Love e por restrições orçamentárias. De qualquer forma,

buscou-se um desejado equilíbrio interno a partir da realidade salarial da empresa.

Para uma organização que nem ao menos dispunha de descrições de cargos,

o trabalho teve como objetivo associar o aprendizado no Curso de Administração e a

busca por uma intervenção direta na empresa em que a acadêmica desenvolve

atividades profissionais.

Bertero (2006) enfatiza, e se preocupa, com a predominância das abordagens

funcionalistas no ensino da Administração no Brasil, mas ao mesmo tempo ressalta

a distância entre a academia e as organizações. A intenção deste trabalho é

justamente aproximar o conhecimento teórico a uma prática profissional que atenda

às expectativas e necessidades de uma empresa.

Esta pesquisa foi importantíssima para a acadêmica, pois a empresa

disponibilizou todos dados necessários para a realização do estágio, além de

oferecer a oportunidade de demonstrar seus conhecimentos adquiridos no curso

com a prática organizacional.

Page 96: Estrutura de Cargos Textil

96

6 . REFERÊNCIAS

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Page 97: Estrutura de Cargos Textil

97

HIPÓLITO, J.A.M. Tendências no campo da remuneração para o novo milênio. In: DUTRA, J. Gestão por competências . São Paulo: Editora Gente, 2001. p. 71-94. HUXHAM, C.; EDEN, C. Pesquisa-ação no estudo das organizações. In: CLEGG,S.; HARDY, C.; NORD, W.R. Handbook de estudos organizacionais . São Paulo: Atlas, 1998. p. 93-117. KOHN, A. Punidos pelas recompensas . São Paulo: Atlas, 1998. LACOMBE, B.N.B.; TONELLI, M.J. O paradoxo básico da administração de recursos humanos : o discurso versus a prática de gestão de pessoas na empresa. In: Vasconcelos, F. C.; Vasconcelos, I. F. G. (orgs.) Paradoxos Organizacionais: uma visão transformacional. Pioneira Yhomsom Learning, 2004. p. 57-74. LIPOVETSKY, G. A sociedade pós-moralista . O crepúsculo do dever e a ética indolor dos novos tempos democráticos. Barueri (SP): Manole, 2005. MACKE, J. A pesquisa-ação como estratégia de pesquisa participativa. In: GODOI, C.K.; BANDEIRA-de-MELLO, R.; SILVA, A.B. Pesquisa qualitativa em estudos organizacionais. Paradigmas, estratégias e métodos. São Paulo: Saraiva, 2006. p. 207-239. MARÇULA, M. Metodologia para gestão do conhecimento apoiada pela tecnologia da informação. In: ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO – ENEGEP, 19., 1999, Rio de Janeiro. Anais... Rio de Janeiro, 1999. MARRAS, J. P. Administração da remuneração . São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2002. MASCARENHAS, A.O.; VASCONCELOS, F.C.; VASCONCELOS, I.F.G. Gestão do paradoxo discurso versus prática - aprendizagem e informatização da administração de RH. In: VASCONCELOS, F.C.; VASCONCELOS, I.F.G. (orgs.). Paradoxos organizacionais: uma visão transformacional. São Paulo: Pioneira Thomson, 2004. p.75-106. MOTTA, F.C.P. Teoria das organizações . Evolução e crítica. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2003. MILKOVICH, G. T.; BOUDREAU, J. W. Administração de recursos humanos. São Paulo: Atlas, 2000. NASCIMENTO, L. P. Administração de Cargos e Salários . Sao Paulo: Pioneira, 2001. NERI, A. A. Gestão de RH por competências e a empregabilidade . Campinas-SP Papirus, 1999. PASCHOAL, L. Administração de Cargos e salários . Manual prático e novas metodologias. Rio de Janeiro: Qualitymark, 1998.

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ANEXO I

Presidência da República Casa Civil

Subchefia para Assuntos Jurídicos

LEI No 10.101, DE 19 DE DEZEMBRO DE 2000.

Conversão da MPv nº 1.982-77, de 2000 Dispõe sobre a participação dos trabalhadores nos lucros ou resultados da empresa e dá outras providências.

Faço saber que o PRESIDENTE DA REPÚBLICA adotou a Medida Provisória nº 1.982-77, de 2000, que o Congresso Nacional aprovou, e eu, Antonio Carlos Magalhães, Presidente, para os efeitos do disposto no parágrafo único do art. 62 da Constituição Federal, promulgo a seguinte Lei:

Art. 1o Esta Lei regula a participação dos trabalhadores nos lucros ou resultados da empresa como instrumento de integração entre o capital e o trabalho e como incentivo à produtividade, nos termos do art. 7o, inciso XI, da Constituição.

Art. 2o A participação nos lucros ou resultados será objeto de negociação entre a empresa e seus empregados, mediante um dos procedimentos a seguir descritos, escolhidos pelas partes de comum acordo:

I - comissão escolhida pelas partes, integrada, também, por um representante indicado pelo sindicato da respectiva categoria;

II - convenção ou acordo coletivo.

§ 1o Dos instrumentos decorrentes da negociação deverão constar regras claras e objetivas quanto à fixação dos direitos substantivos da participação e das regras adjetivas, inclusive mecanismos de aferição das informações pertinentes ao cumprimento do acordado, periodicidade da distribuição, período de vigência e prazos para revisão do acordo, podendo ser considerados, entre outros, os seguintes critérios e condições:

I - índices de produtividade, qualidade ou lucratividade da empresa;

II - programas de metas, resultados e prazos, pactuados previamente.

§ 2o O instrumento de acordo celebrado será arquivado na entidade sindical dos trabalhadores.

§ 3o Não se equipara a empresa, para os fins desta Lei:

I - a pessoa física;

II - a entidade sem fins lucrativos que, cumulativamente:

a) não distribua resultados, a qualquer título, ainda que indiretamente, a dirigentes, administradores ou empresas vinculadas;

b) aplique integralmente os seus recursos em sua atividade institucional e no País;

c) destine o seu patrimônio a entidade congênere ou ao poder público, em caso de encerramento de suas atividades;

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d) mantenha escrituração contábil capaz de comprovar a observância dos demais requisitos deste inciso, e das normas fiscais, comerciais e de direito econômico que lhe sejam aplicáveis.

Art. 3o A participação de que trata o art. 2o não substitui ou complementa a remuneração devida a qualquer empregado, nem constitui base de incidência de qualquer encargo trabalhista, não se lhe aplicando o princípio da habitualidade.

§ 1o Para efeito de apuração do lucro real, a pessoa jurídica poderá deduzir como despesa operacional as participações atribuídas aos empregados nos lucros ou resultados, nos termos da presente Lei, dentro do próprio exercício de sua constituição.

§ 2o É vedado o pagamento de qualquer antecipação ou distribuição de valores a título de participação nos lucros ou resultados da empresa em periodicidade inferior a um semestre civil, ou mais de duas vezes no mesmo ano civil.

§ 3o Todos os pagamentos efetuados em decorrência de planos de participação nos lucros ou resultados, mantidos espontaneamente pela empresa, poderão ser compensados com as obrigações decorrentes de acordos ou convenções coletivas de trabalho atinentes à participação nos lucros ou resultados.

§ 4o A periodicidade semestral mínima referida no § 2o poderá ser alterada pelo Poder Executivo, até 31 de dezembro de 2000, em função de eventuais impactos nas receitas tributárias.

§ 5o As participações de que trata este artigo serão tributadas na fonte, em separado dos demais rendimentos recebidos no mês, como antecipação do imposto de renda devido na declaração de rendimentos da pessoa física, competindo à pessoa jurídica a responsabilidade pela retenção e pelo recolhimento do imposto.

Art. 4o Caso a negociação visando à participação nos lucros ou resultados da empresa resulte em impasse, as partes poderão utilizar-se dos seguintes mecanismos de solução do litígio:

I - mediação;

II - arbitragem de ofertas finais.

§ 1o Considera-se arbitragem de ofertas finais aquela em que o árbitro deve restringir-se a optar pela proposta apresentada, em caráter definitivo, por uma das partes.

§ 2o O mediador ou o árbitro será escolhido de comum acordo entre as partes.

§ 3o Firmado o compromisso arbitral, não será admitida a desistência unilateral de qualquer das partes.

§ 4o O laudo arbitral terá força normativa, independentemente de homologação judicial.

Art. 5o A participação de que trata o art. 1o desta Lei, relativamente aos trabalhadores em empresas estatais, observará diretrizes específicas fixadas pelo Poder Executivo.

Parágrafo único. Consideram-se empresas estatais as empresas públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias e controladas e demais empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto.

Art. 6o Fica autorizado, a partir de 9 de novembro de 1997, o trabalho aos domingos no comércio varejista em geral, observado o art. 30, inciso I, da Constituição.

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Parágrafo único. O repouso semanal remunerado deverá coincidir, pelo menos uma vez no período máximo de quatro semanas, com o domingo, respeitadas as demais normas de proteção ao trabalho e outras previstas em acordo ou convenção coletiva.

Art. 7o Ficam convalidados os atos praticados com base na Medida Provisória no 1.982-76, de 26 de outubro de 2000.

Art. 8o Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Congresso Nacional, em 19 de dezembro de 2000; 179o da Independência e 112o da República.

Senador ANTONIO CARLOS MAGALHÃES Presidente

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ANEXO 2 Univali - Balneário Camboriú Curso: Administração - Recursos Humanos Acadêmica: Márcia Baltazar

Prezados Senhores (as) líderes de setores,

Solicitamos sua colaboração para responder todas a s questões abaixo

com foco nas descrições das rotinas diárias dos seu s setores. O resultado

contribuirá para a monografia sobre o tema Proposta para implantação de um

plano de cargos e salários na Lave Love Beneficiame nto Têxtil ltda.

DESCRIÇÃO DE CARGOS IDENTIFICAÇÃO

Cargo:__________________________________________________ Divisão/Setor/Departamento: ________________________________

ESTRUTURA Nível de Subordinação: ____________________________________ Cargo Superior: __________________________________________

PRINCIPAIS RESPONSABILIDADES Descrever neste campo as principais responsabilidades no exercício de suas atividades:

1. 2. 3. 4. 5.

CONTATOS INTERNOS Descrever seus contatos internos e para que serve:

CONTATOS EXTERNOS Descrever seus contatos externos e para que serve:

AUTONOMIA DO CARGO Descrever se o cargo tem autonomia e quais são:

HABILIDADES E COMPETÊNCIAS Descrever as habilidades e competências que seus subordinados necessitam:

CONHECIMENTOS Descrever os conhecimentos que os seus subordinados necessitam para o pleno exercício de suas atividades: