O importante quando somos confrontados com essa noção, é definir por qual disciplina ela é mobilizada, no interior de que rede conceitual e com que olhar.(MAINGUENEAU, 2008. p. 12)

1. O ethos retórico de Aristóteles.

2. Dificuldades de estabilizar essa noção.

3. Suas próprias concepção de ethos.

1- Ethos retórico: a imagem de si através da arte da persuasão

A retórica de Aristóteles dizia que podemos persuadir caráter, pela virtude e pela confiança que podemos gerar no auditório.(ethos)Porém, esse atributo do locutor não era necessariamente “real”.

Gilbert volta a retórica antiga e diz que instrui-se pelos argumentos (logos), pelas paixões (pathos) e pelas condutas (ethos).

1- Ethos retórico

Não tem um sentido estável;

Não se reduz ao ethos discursivo;

Designa disposições estáveis sob o ponto de vista político e da idade e da fortuna.

Ethos é portanto: Uma formação discursiva;

Um processo interativo de influência sobre o outro;

É socio-discursivo, pois o comportamento é socialmente avaliado, contextualizado sócio-historicamente.

“o ethos visado não é necessariamente o ethos produzido”

(Maingueneau, 2008. p.16)

Maingueneau propõe uma perspectiva que ultrapassa a simples argumentação.

Reflexão sobre o processo que leva um sujeito a aderir a um certo discurso.

O “Fiador” Tanto o texto oral quanto o escrito

apresentam “tons” que são associados a corporeidade do enunciador, que passa então a ser chamado por Maingueneau de “fiador”.

O destinatário incorpora o ethos deste “fiador” através das representações sociais, positivas ou negativas que tem sobre ele e, através dos estereótipos que a enunciação proporciona.

Ethos discursivo

Ethos

pré

-

dis

curs

ivo

Etho

s di

to

Da onde resulta o

ethos de um discurso?

O ethos efetivo

Um texto publicitário

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Ethos filosófico Decerto, todos pudemos ler, todos lemos O Capital.

Desde quase um século já, nós podemos ler, a cada dia, claramente, nos dramas e nos sonhos de nossa história, em seus debates e conflitos, nos fracasso e nas vitórias do movimento operário, que é nossa única esperança e destino. Desde que “viemos ao mundo”, não cessamos de ler O Capital nos escritos e nos discursos do que o leram ara nós, bem ou mal, os mortos e os vivos, Engels, Kautsky, Plekhanov, Lênin, Rosa Luxemburgo, Trosky, Stalin, Gramsci, os dirigentes das organizações operários, seus partidários ou seus adversários: filósofos, economistas, políticos”

(ALTHUSSER, Ler “O Capital”. 1968. p.9)

Ethos e Discurso Indireto Livre

Permite através do ritmo, do léxico, da sintaxe, que ethe sejam percebidos pelos leitores sem que lhes sejam reconstituídos os propósitos exatos dos locutores citados

Conclusão