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Site: Instituto Legislativo Brasileiro - ILB Curso: Ética e Administração Pública - Turma 04 Livro: Ética na Administração Pública Impresso por: José Claudionor Gomes Filho Data: quarta, 21 maio 2014, 01:11 Ética na Administração Pública http://saberes.senado.leg.br/mod/book/tool/print/index.php?id=15446 1 de 38 21/05/2014 01:12

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Site: Instituto Legislativo Brasileiro - ILB

Curso: Ética e Administração Pública - Turma 04

Livro: Ética na Administração Pública

Impresso por: José Claudionor Gomes Filho

Data: quarta, 21 maio 2014, 01:11

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Módulo III - Ética na Administração Pública

Unidade 1 - Administração PúblicaPág. 2 - ConceitosPág. 3 - Agentes públicos

Unidade 2 - Ética e Administração PúblicaPág. 2 - Princípios da Administração PúblicaPág. 3Pág. 4 - O servidor público e as práticas éticasPág. 5Pág. 6Pág. 7Pág. 8Pág. 9Pág. 10 - Códigos de ÉticaPág. 11 - Instâncias externas de controlePág. 12 - Instâncias internas de controle .

Unidade 3 - Ética no LegislativoPág. 2 - Por que uma "Ética no Legislativo"?Pág. 3 - Mitos e duras verdadesPág. 4 - Mitos e duras verdades 2Pág. 5 - Os Códigos de Ética no Legislativo FederalPág. 6 - Os Conselhos de ÉticaPág. 7 - Os novos caminhos do SenadoPág. 8 - Para finalizar... recomeçandoExercícios de Fixação - Módulo III

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Após o estudo deste módulo você será capaz de, quanto àAdministração Pública:

conceituá-la e reconhecer seus agentes;conhecer os princípios que a regem;identificar as principais instâncias de controle interno e externo;reconhecer a questão ética implícita em cada um dos itens acima;

refletir sobre a ética no Poder Legislativo.

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Nesta unidade, trataremos o conceito de administração pública eagentes públicos.

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De saída é importante diferenciarmos dois conceitos que muitas vezes são confundidos: Governo eAdministração Pública.

Por Governo devemos entender o conjunto dos poderes e instituições públicas, consideradosobretudo pelo "comando" destes. O Governo é quem conduz os negócios públicos,estabelecendo linhas-mestras de atuação.

Já a Administração Pública caracteriza-se pelas funções próprias do Estado e a prática necessáriapara o cumprimento dessas funções. Assim, é a Administração Pública a executora das atividadesvisando ao bem comum.

Não cabe à Administração Pública a prática de atos de governo, mas sim de atos administrativospróprios do Estado. Ela é responsável pela execução desses atos, daí por que seus agentes devemprimar pela Ética, pois estão agindo em nome de todos em prol da coletividade.

Por isso é também importante conceituarmos "serviço público", nas palavras do mestre Hely LopesMeirelles:

"Serviço público é todo aquele prestado pela Administração ou por seus delegados, sobnormas e controles estatais , para satisfazer necessidades essenciais ou secundárias dacoletividade ou simples conveniência do Estado."

Quando o conceito se refere a "delegados", está tratando daqueles que, mesmo nãosendo servidores públicos, recebem da Administração Pública a tarefa de agir em nome dela.

É comum as empresas públicas de energia elétrica ou de água e saneamento terceirizarem algumasde suas atividades, como a ligação ou religação do fornecimento. Por isso, no Distrito Federal, porexemplo, vemos veículos identificados como "A serviço da CEB" (a Companhia Energética deBrasília). Essa prática acontece em todas as unidades da Federação.Assim, também é importante que conceituemos quem são os agentes públicos, ou seja, aqueles quecompõem a Administração Pública ou que para ela prestam serviços. É o que veremos a seguir.

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Agentes públicos: servidores e empregados públicos

A denominação mais abrangente para aqueles que prestam serviços em nome do Estado é a deagentes públicos, cuja característica principal é a de serem pessoas físicas prestando serviçosao Estado. Os agentes públicos, ainda, podem ser subdivididos em quatro categorias,demonstrada no quadro abaixo.

Agentes administrativos: servidores públicos num sentido mais amplo.

Agentes delegados: são os particulares incumbidos pelo Estado de prestaremserviços ou executar atividades;

Agentes honoríficos: razoavelmente raros na Administração Pública, a eles sãoincumbidas atribuições por sua honorabilidade ou profundo conhecimento num dadoramo do saber (é o caso de membro de júri e mesários eleitorais);

Agentes políticos: aqueles em função de maior poder decisório ou do primeiroescalão (ministros, congressistas, magistrados, presidentes de estatais, entreoutros).

Vamos nos deter um pouco mais sobre os agentes administrativos, que compõem a grande maioriada Administração Pública brasileira.

Os agentes administrativos dividem-se em:

Agentes Temporários: contratados por período limitado de tempo;

Empregados públicos: contratados pelo regime da Consolidação das Leis do Trabalho(CLT);

Militares: os pertencentes aos quadros das Forças Armadas;

Servidores públicos: contratados pelo regime estatuário ocupam cargos públicospertencentes à Administração direta, às autarquias ou às fundações públicas.

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Nesta unidade, abordaremos os seguintes pontos:

princípios da Administração Pública;práticas éticas;instâncias externas de controle (ONGs, sites e outros); ecódigos de Ética.

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Legalidade

Este princípio assegura que a Administração Pública só pode agir em nome da lei erespaldada por ela.

Caso esse princípio não seja obedecido, a atividade pública será ilícita e, por tanto,deverá ser punida.

Impessoalidade

Aqui se assegura que os atos administrativos são de responsabilidade da AdministraçãoPública e não de um servidor público específico.

Por outro lado, é também este princípio que proíbe a promoção pessoal de ocupantesde cargos públicos. Exemplo clássico era o de se batizarem viadutos e pontes com onome do governador ou do prefeito. Atualmente, isso só pode ocorrer em homenagema pessoas ilustres já falecidas, evitando justamente a autopromoção por meio daAdministração Pública e seus recursos.

Moralidade

Este princípio, em síntese, alerta que “nem tudo que é legal é honesto”. Há casos emque, apesar da permissão da lei, em certas circunstâncias, uma ou outra açãoadministrativa pode caracterizar-se como não moral ou não ética.

Veja o que diz o inciso LXXIII do art. ° de nossa Constituição: “qualquer cidadão éparte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimôniopúblico ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio

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ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé,isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência”.

Em outros termos, é o seguinte:

Imaginemos que um cidadão presencie a utilização de carros oficiais (portanto,pertencentes à Administração Pública) para fins particulares. Ele poderá coletar provase propor ação na Justiça para cessar o ato e reparar o dano. Como está agindo emnome da cidadania (se o fizer de boa fé), não precisará custear nada na Justiça, nemmesmo se vier a perder a causa. A conclusão é de que era um cidadão interessado empreservar a moralidade da Administração Pública.

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Publicidade

Este princípio, também mandamento constitucional, é hoje mais popularmenteconhecido como transparência, termo que veio à tona, na história recente, com aderrocada ad URSS, em que se exigia a glasnost (=transparência).

Em suma, significa que atos administrativos, pelo seu caráter público, deve ser dadaampla divulgação, de modo que o cidadãos possam acompanhar e avaliar taisatividades.

Há outro sentido para o termo, muito bem explicitado pela Constituição Federal,quando, em seu art. 5°, inciso XXXIII, afirma que “todos têm direito a receber dosórgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ougeral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadasaquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado”.

Eficiência

De todos os princípios que devem ser seguidos pela Administração Pública, este é omais recente e já observa a modernidade exigida por qualquer instituição, pública ouprivada.

Ele estipula que não basta os atos públicos serem legais, impessoais, de acordo com amoral e amplamente divulgados: eles devem também buscar a eficiência, oatendimento real dos objetivos a que se propõem, sempre em nome da sociedade, dapopulação, que os financia.

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Se a Administração Pública se rege por princípios, os agentes públicos são os responsáveis porcolocá-los em prática.

No caso específico dos servidores públicos, estes têm normas para atuação.

Do mesmo modo que um trabalhador na iniciativa privada deve prestar contas de suas atividades,produção e atitudes ao seu empregador, também o servidor público deve fazê-lo.

Neste caso, a Administração Pública, em seus diversos níveis e nas várias instituições de que éformada, possui uma hierarquia própria. Há deveres e direitos daqueles que nela trabalham, bemcomo dos usuários de seus produtos e serviços.

Mas como o servidor público pode se conscientizar do que constituem os seus direitos e deveres?

Em primeiro lugar, basta dar uma boa lida na Constituição Federal, particularmente no Título III (DaOrganização do Estado), Capítulo VII (Da Administração Pública), Seção II (Dos ServidoresPúblicos)

Por ser a Lei Maior do País, é recomendável que se comece por aí: nenhuma outra lei irácontrariá-la; portanto, no que ela se referir aos direitos e deveres do servidor e à amplitude elimites de sua atuação, ali certamente estarão envolvidas questões éticas e estabelecidos princípiose práticas de atuação.

Em segundo lugar, o servidor público deve ter sempre por perto, para consulta, o Regime Jurídicodos Servidores Públicos Civis da União, das autarquias, inclusive as em regime especial, e dasfundações públicas federais.

Em terceiro lugar, ele deve procurar saber se existe um Código de Ética próprio, de sua categoriafuncional ou da própria instituição. Tais códigos costumam explicitar com maior minúcia o que éético no comportamento profissional do servidor e o que ele deve evitar, sob pena de transgressão.

Então, veja que temos no Brasil três níveis básicos a serem “checados” quanto à Ética Profissionaldo servidor público:

1) Constituição Federal (e Constituições estaduais e Lei Orgânica doDistrito Federal);

2) Regime dos Servidores Públicos (federal, estaduais/distrital emunicipais);

3) Código de Ética (se houver).

Observe que esses três níveis vêm sob uma forma legal, ou seja, expressos por legislação própria,por uma norma que é a todos imposta e deve ser por todos respeitada.

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Deveres e proibições do servidor público na Lei nº 8.112/90

Você viu na tela anterior o link e a referência ao regime jurídico dos servidores. Muita genteconhece ou ao menos já ouviu falar da “8112”.

É assim que, informalmente, servidores públicos, advogados e concurseiros se referem à Lei nº8.112, de 11 de dezembro de 1990, que trata do regime jurídico dos servidores públicos civis daUnião, das autarquias e das fundações públicas federais.

Para não nos alongarmos muito na lei em si, que pode ser consultada na íntegra no link acima,optamos por apresentar aqui um quadro sintetizando deveres, com seus respectivos princípios, doservidor público estatutário, ou seja, daquele servidor que é regido pela Lei nº 8.112/90.

Repare que cada atividade traz em si, explícita ou implicitamente, um dos princípios daAdministração Pública, vale dizer, um item ético.

DEVERES

Atividade Princípio a cumprir

exercer com zelo e dedicação as atribuições do cargo MORALIDADE

ser leal às instituições a que servir MORALIDADE

observar as normas legais e regulamentares LEGALIDADE

cumprir as ordens superiores, exceto quando manifestamenteilegais

LEGALIDADE

atender com presteza: ao público em geral, prestando asinformações requeridas, ressalvadas as protegidas por sigilo;à expedição de certidões requeridas para defesa de direito ouesclarecimento de situações de interesse pessoal; àsrequisições para a defesa da Fazenda Pública

EFICIÊNCIA

levar ao conhecimento da autoridade superior asirregularidades de que tiver ciência em razão do cargo

LEGALIDADE

zelar pela economia do material e a conservação dopatrimônio público

ECONOMICIDADE

guardar sigilo sobre assunto da repartição MORALIDADE

manter conduta compatível com a moralidade administrativa MORALIDADE

ser assíduo e pontual ao serviço EFICIÊNCIA

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tratar com urbanidade as pessoas MORALIDADE

representar contra ilegalidade, omissão ou abuso de poder LEGALIDADE

Fonte: Lei nº 8.112/90 – Título IV, Capítulo I, art. 116.

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Apresentamos um outro quadro, agora sintetizando proibições, com seus respectivos princípios,ao servidor público estatutário, ou seja, daquele servidor que é regido pela Lei nº 8.112/90.

PROIBIÇÕES

Atividade Princípio violado

ausentar-se do serviço durante o expediente, sem préviaautorização do chefe imediato

LEGALIDADE

MORALIDADE

retirar, sem prévia anuência da autoridade competente,qualquer documento ou objeto da repartição

LEGALIDADE

MORALIDADE

recusar fé a documentos públicos LEGALIDADE

opor resistência injustificada ao andamento de documento eprocesso ou execução de serviço

EFICIÊNCIA

promover manifestação de apreço ou desapreço no recinto darepartição

MORALIDADE

cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos casosprevistos em lei, o desempenho de atribuição que seja de suaresponsabilidade ou de seu subordinado

LEGALIDADE

coagir ou aliciar subordinados no sentido de filiarem-se aassociação profissional ou sindical, ou partido político

IMPESSOALIDADE

manter sob sua chefia imediata, em cargo ou função deconfiança, cônjuge, companheiro ou parente até o segundograu civil

IMPESSOALIDADE

valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem,em detrimento da dignidade da função pública

IMPESSOALIDADE

participar de gerência ou administração de sociedade privada,personificada ou não personificada, exercer o comércio, excetona qualidade de acionista, cotista ou comanditário

LEGALIDADE

MORALIDADE

atuar, como procurador ou intermediário, junto a repartiçõespúblicas, salvo quando se tratar de benefícios previdenciáriosou assistenciais de parentes até o segundo grau, e de cônjugeou companheiro

LEGALIDADE

IMPESSOALIDADE

MORALIDADE

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receber propina, comissão, presente ou vantagem de qualquerespécie, em razão de suas atribuições

LEGALIDADE

IMPESSOALIDADE

aceitar comissão, emprego ou pensão de estado estrangeiro

LEGALIDADE

IMPESSOALIDADE

MORALIDADE

praticar usura sob qualquer de suas formasLEGALIDADE

MORALIDADE

proceder de forma desidiosa EFICIÊNCIA

utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição emserviços ou atividades particulares

IMPESSOALIDADE

ECONOMICIDADE

cometer a outro servidor atribuições estranhas ao cargo queocupa, exceto em situações de emergência e transitórias

LEGALIDADE

exercer quaisquer atividades que sejam incompatíveis com oexercício do cargo ou função e com o horário de trabalho

IMPESSOALIDADE

recusar-se a atualizar seus dados cadastrais quando solicitado LEGALIDADE

Fonte: Lei nº 8.112/90 – Título IV, Capítulo II, art. 117.

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Dicas para reafirmar a prática ética do servidor público

Como é aparentemente fácil não ser ético

Cobramos sempre ética do outro, mas nos esquecemos de que o primeiro lugar a implantá-la édentro de nós mesmos.

Exemplo: é muito comum falarmos dos políticos em geral - são gananciosos, corruptos, não pensamna população. Mas quem de nós já não ficou tentado ao se defrontar com uma situação de “levarvantagem”?

Veja abaixo: já lhe aconteceu algum desses episódios?

Utilizar a carteirinha de estudante de um colega para um show caro, ou mesmo obtersem ser propriamente estudante?

Comemorar um troco a mais, errado, que o caixa da padaria entregou?

Constatar, feliz, que o funcionário público não nos cobrou a multa que era obrigatórianum dado caso?

Pagar suborno ao mau policial que nos parou na blitz?

Se essas situações já lhe ocorreram e você sequer ficou tentado, parabéns! Está com o seu"eticômetro" funcionando bem e sempre. Mas muitos de nós, nesses casos, podemos serlevados a pensar:

- Ora, se meu carro for apreendido, vou pagar dez vezes mais para retirá-lo dodepósito.

Ou: - Ora, estou deixando de levar uma multa, quando existe toda a roubalheira dodinheiro público. E na verdade essa multa nem é lá muito justa...

Ou: - Ora, o caixa da padaria deve enganar vários fregueses todos os dias, fica sempreno lucro. Além do mais, que padaria careira...

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Ou: - Ora, por que só estudantes podem pagar meia-entrada? Eu sou professor (ouarquiteto, ou advogado, etc.) e tenho a mesma necessidade de lazer e cultura.

Enfim, em geral buscamos uma justificação racional para nossos atos que contrariam a moral ou aÉtica.

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Atitudes éticas: modo de usar

Portanto, como acabamos de ver, um recurso para driblar a Ética é relativizar a verdade. Mas pensebem: é pequeno o número de vezes que, se pararmos e refletirmos um pouco, teremos dúvida realsobre se uma atitude é ética ou não. Por isso, devemos sempre nos lembrar de que a Verdade é umprincípio tão ético que se inscreve como pilar da religião e da filosofia.

Ética é quase sinônimo de postura correta, de conduta verdadeira tanto nas menores quanto nasmaiores ações. Uma das noções de Ética é consciência pessoal em relação a seus atos, à justezadeles e ao cuidado com sua repercussão sobre o outro.Mas ser ético é ser perfeito? Longe disso. Ainda cometeremos deslizes e atitudes incorretas. Porém,a diferença é que eles tenderão a ser cada vez mais excepcionais e/ou inconscientes.Vamos, então, a uma pequena lista, apenas ilustrativa, de ações éticas que podemos praticar emnosso dia a dia?

Dê o crédito a seus colegas e subordinados, quando tiverem boas ideias e ações. Mão seaproprie do mérito deles.

Não aceite presentes cuja causa esteja em sua função, seu trabalho.

Seja honesto consigo mesmo e com os outros.

Aja de acordo com a lei.

(Para isso, consulte a legislação, de modo a assegurar-se da correção de seus atos.Lembre-se de que a ninguém é dado alegar desconhecimento da lei.)

Considere os recursos públicos como se denominam: públicos, de todos e para todos.

Seja ético também quando ninguém o estiver observando.

Existem aqueles que são éticos no atacado, mas antiéticos no varejo, ou seja, praticam grandes evistosos atos éticos, mas, no cotidiano, cometem uma série de "pecadilhos éticos". Durante umlongo período histórico considerava-se que esse "jeitinho" para burlar a ética era um traço decaráter do brasileiro.

O Brasil, contudo, tem mudado em sua cultura e nas práticas. Isso vem avançando a ponto determos hoje indivíduos e grupos sociais, preocupados e vigilantes com as questões éticas. E essenúmero só cresce, com a percepção de que o agir bem traz benefícios a todos e a cada um. Porisso, agir de maneira correta deve ser um exercício diário e consciente.

Repetimos: Ética equivale à conduta verdadeira tanto nas menores quanto nas maiores ações.

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Instituições são mais ou menos éticas de acordo com as pessoas que nelas atuam. Assim, devemoster cuidado com expressões como “o parlamento não é ético”. Estamos falando de todos osintegrantes desse parlamento ou de alguns de seus representantes? O que devemos considerar éque a ética está ou não nas pessoas - mais ainda, está em suas atitudes.

A preocupação ética dos membros de uma instituição reflete-se diretamente na impressão que apopulação em geral tem daquela instituição. As pessoas fazem a instituição e não o contrário. Adecisão final é de cada um, de acordo com seus princípios e consciência individual.

Isto se aplica ainda mais a instituições governamentais, em que estão em questão a forma e os

objetivos para os quais são gerados os recursos públicos.

Dessa forma, há duas maneiras de se encarar uma questão relativa à lei:

1) o "jeitinho", ou dura lex, sed latex ("a lei é dura mas estica", conforme a anedota);

2) dura lex, sed lex (a lei é dura mas é lei).

A postura ética se coaduna apenas com a opção de número 2, porém pode nos surgir a seguintepergunta:

- Ora, e se uma lei for injusta, devo seguir a legalidade ou a justiça?

A questão já foi e continua a ser motivo de debate e controvérsia ao longo dos séculos. Bastalermos o clássico "Antígona" (clique aqui para baixá-lo na íntegra), monumental peça teatral deSófocles, representada pela primeira vez em 422 a.C., e veremos que essa preocupação é bemantiga para cidadãos e governantes.

A resposta, porém, hoje nos parece mais segura: caso se considere a lei injusta, siga-se aindaassim a lei. Busque-se a justiça por meio do Judiciário para reparar uma legislação danosa ebusque-se a mudança dessa norma por meio do Legislativo, o responsável pela criação e tambémsupressão das leis.

Com a evolução e democratização dos processos legislativos, e ainda com a maior transparência erapidez nos procedimentos, resultado das novas tecnologias de informação e comunicação,hoje podemos ser mais conscientes de nossas escolhas e mais ágeis em nossa atuação cidadã.

Clique aqui.

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Os chamados Códigos de Ética são documentos criados por instituições ou categoriasprofissionais específicas, para regular a atuação desses agentes.

Selecionamos, abaixo, alguns dos importantes códigos brasileiros. Trata-se de uma seleção,dentre tantas outras possíveis.

É interessante que você clique nos links e procure ler, no todo ou em parte, esses Códigos deÉtica.

Sem querer pautar sua leitura, recomendamos, apenas a título de sugestão, duasabordagens críticas:

1) procure lê-las comparativamente, notando o que possuem em comum e em que sediferenciam pela natureza específica de sua atuação; e/ou

2) leia-as considerando se se trata realmente de Códigos de Ética (mais universais) ouCódigos Morais (relativos a posturas de uma dada época, região ou cultura).

Boa leitura!

CÓDIGO DE ÉTICA E DECORO PARLAMENTAR - SENADO

Este é o Código a que estão submetidos todos os parlamentares de nossa Câmara Alta,ou seja, o Senado Federal.

CÓDIGO DE ÉTICA E DECORO PARLAMENTAR - CÂMARA DOS DEPUTADOS

Também a Câmara dos Deputados possui seu Código de Ética. Leia-o e compare-o como do Senado e de outras categorias de servidores públicos e profissionais.

CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DO SERVIDOR PÚBLICO CIVIL DOPODER EXECUTIVO FEDERAL

Aplica-se ao servidor público civil do Poder Executivo, mas, pela abrangência, muitosde seus fundamentos são aplicáveis a outros níveis da Administração Pública.

CÓDIGO DE ÉTICA DA MAGISTRATURA

O Judiciário brasileiro possui Código de Ética próprio, com seus princípios e também osseus limites de atuação. Conheça-os.

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CÓDIGO DE ÉTICA MÉDICA

De autoria do Conselho Federal de Medicina (CFM), foi atualizado e passou a vigorar,em sua nova versão, a partir de 13 de abril de 2010.

Por ser um documento da área médica, que tem por missão maior a preservação davida, vale a pena dar uma olhada.

CÓDIGO DE ÉTICA E DISCIPLINA DOS ADVOGADOS

Este é um documento da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e estabelece osprincípios e limites para a ação dos advogados em todo o Brasil. Neste caso, por ser uma função que visa garantir o direito das pessoas, também é umbom referencial para a análise da conduta ética.

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No setor público, atuam no controle externo alguns órgãos ou instituições específicas. Seguemalguns exemplos:

Tribunal de Contas da União (TCU)Tribunais de Contas dos Estados e do DFControladoria-Geral da RepúblicaMinistério Público FederalOuvidorias públicas

Note-se que, com o surgimento e universalização da internet, o controle externo vem sendorealizado também por organizações não governamentais e mesmo grupos de cidadãos, valendo-sedas informações veiculadas pelos sites da Presidência da República, do Senado Federal, da Câmarados Deputados, do Supremo Tribunal Federal, apenas para ficarmos na instância maior dosrespectivos poderes.

O Senado, por exemplo, mantém o Portal da Transparência, com informações relevantes sobre seustrabalhos, gastos, remuneração e diversos outros temas de importância para o eleitor e o cidadão.

Além disso, a imprensa, num país democrático, também no papel de controle externo, no sentido deque investiga, denuncia e cobra posicionamento das autoridades contra atos lesivos ao Estado e àsociedade.

Abaixo, mais alguns links para instâncias ou ações externas de controle.

Contas AbertasTransparência BrasilPortal da TransparênciaInstituto Ethos

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Essas unidades administrativas são comumente denominadas no serviço público de "ControleInterno". Daí por que se encontram nos organogramas das instituições públicas nomes como"Secretaria de Controle Interno", "Coordenação de Controle Interno" e seus similares.

Alguns órgãos da Administração Pública, seguindo o exemplo do Governo Federal, preferem utilizar"Controladoria", termo enxuto, que mantém inalterada a significação e, por conseguinte, seuespectro de atuação.

Uma instância interna de controle (ou Controle Interno, ou Controladoria) é o setor responsável porfiscalizar os atos da própria instituição. Com esse objetivo, ela pode também estabelecermecanismos educacionais ou normativos para garantir boas práticas, antecipando-se mesmo à açãofiscalizatória.

Conflitos éticos: você decide

FAIRPLAY OU REGRA

Analise os dois casos abaixo, ilustrados pelos respectivos vídeos(se quiser, pode também debater a questão em nosso fórum temático)

O jogador do Ajax, da Holanda, ao devolver gentilmente a bola ao adversário, numa atitude defairplay (jogo limpo), sem querer marca um gol no outro time, que, parado, apenas aguardava adevolução.

Veja o que segue. A atitude seguinte do Ajax provoca aplausos efusivos dos torcedores noestádio.

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Mas observe este outro lance, ocorrido aqui mesmo no Brasil. O jogador do Palmeiras a rigor nãodesrespeita a regra, mas, mesmo assim, provoca reclamações veementes do time adversário evaias da torcida.

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Nesta unidade, trataremos os seguintes pontos:

por que uma "Ética no Legislativo"?;mitos e duras verdades;os códigos de Ética do Legislativo Federal;os conselhos de Ética; e dilemas e novos caminhos.

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Após tudo o que viu neste curso, você pode estar se perguntando:

Ética é algo universal. Por que, então, falar em uma "Ética no Legislativo"?

Da mesma forma que analisamos a Ética do ponto de vista da mídia ou do ponto de vista sob o quala coloca um ou outro grupo social, existem princípios específicos, que podemos também chamar deéticos, para categorias específicas de pessoas.

Uma dessas categorias é a da profissão.

De início, é fundamental lembrarmos: o Poder Legislativo, tal como concebido no Brasil, tem umafunção REPRESENTATIVA.

Neste sentido, os imperativos éticos estão presentes desde o nascimento da atividade doparlamentar. Ora, como posso ser o representante de milhares ou milhões de pessoas semconsiderar suas opiniões e pensamento em cada atividade rotineira que exerço?

Para ficarmos apenas no Legislativo, isto vale para senador, deputados federal, estadual e distrital etambém para vereador, em todo o território brasileiro.

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Apresentamos, a seguir, uma listagem das críticas comumente dirigidas aos parlamentares eservidores do Poder Legislativo, contrapondo o que é um mito (ou exagero, ou informaçãodistorcida) ao que é uma dura verdade (erros que podem e devem ser corrigidos).

Concordando ou não, apresentamos essa listagem, para que você reflita e ajude a formar seupróprio juízo de valor.

Mito n° 1: Os parlamentares trabalham pouco

Talvez seja este o mito mais fácil de ser desfeito. Uma visita presencialou virtual às Casas legislativas demonstra que, em geral, lá setrabalha, e muito. Isto porque o trabalho do parlamentar não seresume à presença e aos discursos inflamados em plenário, mastambém, e talvez principalmente, à presença nas reuniões políticas ecom os diversos setores da sociedade, nas comissões permanentes etemporárias e em eventos dos quais precisa participar em função desua representatividade.

Dura verdade n° 1: Alguns parlamentares faltam às sessõesplenárias

Alguns parlamentares, é fato, faltam às sessões plenárias. Porém, essenúmero vem progressivamente diminuindo, mesmo porque o poder doparlamentar é decorrente de sua participação efetiva; inclusive o seupróprio partido tende a cobrar sua atuação e seus votos.

Mito n° 2: Os parlamentares desfrutam de inúmeros privilégios

Considerando-se o alto nível de responsabilidade do representantelegislativo, e também os gastos decorrentes da atividade do mandato(releia o item anterior), não se pode efetivamente falar de formagenérica em “privilégios”. Em verdade, ajustes têm sido feitos comrelação ao tema, nos três níveis do Poder Legislativo, o que é salutarpara o próprio desempenho do mandato eletivo.

Dura verdade n° 2: Alguns parlamentares fazem malversaçãodos recursos do mandato

Sim, ainda se reportam casos de nepotismo clássico e cruzado, de“caixinha” de servidores em comissão repassada ao parlamentar ou aopartido, e aberrações similares. A legislação vem se aprimorando para

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coibir estas e outras transgressões, da mesma forma que a imprensa eoutras instâncias de controle vêm atuando para denunciar tais fatos.

Mito n° 3: Os parlamentares só legislam em causa própria ou deseus financiadores

Se essa afirmação fosse verdadeira, as minorias na sociedade aindaestariam em regime de escravidão e não contrariam com benefícioscomo o 13° salário, a licença-maternidade e outras conquistas nocampo trabalhista e social. Mais uma vez, aqui a generalização nãocondiz com a verdade. Se determinados parlamentares, de fato,priorizam seus próprios interesses em detrimento de quem o elegeu,cabe ao eleitorado dar-lhes a lição definitiva na eleição seguinte: essaé a regra de ouro do sistema democrático. E se o parlamentar houverinfringido a lei, cabe ao judiciário tomar as medidas cabíveis, semprecom a vigilância e o apoio – por que não? – da pressão popular.

Dura verdade n° 3: Alguns parlamentares atuam com interessespróprios ou escusos

Sabe-se que essas práticas existem: há parlamentares que colocamseus próprios interesses financeiros ou projetos de poder acima dasatribuições e deveres para com o mandato que lhes foi conferido peloscidadãos. Com o cuidado de não generalizar, cabem às denúnciascontra os arrivistas travestidos de parlamentares, até porque maculama atuação correta e diuturna dos que honram seus mandatos. (Vejaneste curso os diversos links para ouvidorias e instâncias de controleexterno, que podem auxiliar na checagem da ética na atuaçãoparlamentar).

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Mito n° 4: Os servidores do Legislativo trabalham pouco e ganhammuito

De fato, se tomarmos como base o salário médio dos brasileiros, osservidores do Legislativo, do Judiciário e de determinadas carreiras doExecutivo são bem remunerados. Isso não implica dizer que trabalhampouco. Mais uma vez, há que se reconhecer aqui uma injustiça, onde “osjustos pagam pelos pecadores”. É frequente os servidores do Legislativopermanecerem no trabalho noite adentro e até de madrugada,notadamente nas sessões de comissões, em cotações de alto impactosocial no plenário e mesmo no trabalho nos gabinetes. Infelizmente,essas particularidades não tem tanto destaque na mídia, mas um maiorconhecimento da prática legislativa indicará que existem sim, e em bomnúmero, esses verdadeiros servidores públicos.

Dura verdade n° 4: Alguns servidores do Legislativo não cumpremresponsabilidades

Num universo tão amplo de servidores, sem dúvida existem os que nãocumprem a jornada de trabalho prevista e, ainda pior, não sedesincumbem de suas tarefas. Esses casos têm sido tratados cada vezcom maior rigor tanto pela lei quanto pelas normas internas das CasasLegislativas. Exemplos como o do Senado, com o programaPRORESULTADOS, que visa profissionalizar ainda mais os processos efluxos de trabalho, e a retomada da capacitação dos servidores, sãoimportantes para essa mudança de cultura.

Mito n° 5: No legislativo a maioria dos servidores entra “pelajanela”

Desde a promulgação da Constituição Federal de 1988, o concursopúblico é o caminho legal, natural e culturalmente aceito como porta deentrada para as carreiras na Administração Pública, o que vale tambémpara o Poder Legislativo.

Dura verdade n° 5: Existem algumas exceções para contrataçãotemporária sem concurso:

Nos três poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário), existe um númerorestrito de cargos em comissão a serem preenchidos sem concursopúblico. Também houve nos últimos anos um incremento da terceirizaçãode algumas atribuições, o que implica contratação sem concurso. No

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entanto, no caso dos comissionados, estes podem ser demissíveis adnutum (ou seja, a qualquer momento e mesmo sem justificação); e osterceirizados não são propriamente servidores públicos, mas simprestadores de serviço que também não terá vínculos permanentes comAdministração Pública.

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Como estamos em um curso no âmbito legislativo, cabe agora uma pausa para que você leia oCódigo de Ética e Decoro Parlamentar das duas Casas Legislativas federais: o Senado e a Câmarados Deputados.

Código de Ética e Decoro Parlamentar do Senado Federal

Instituído pela Resolução do Senado nº 20, de 1993

Código de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados

Instituído pela Resolução da Câmara nº 25, de 2001

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Senado Federal e Câmara dos Deputados mantêm Conselhos de Ética e DecoroParlamentar para analisar casos de supostas transgressões de parlamentares federais. Essesórgãos funcionam como mecanismos internos de controle à atividade parlamentar, buscandogarantir as melhores práticas, conduzindo à punição de parlamentares infratores dosprincípios éticos estabelecidos nos respectivos Códigos de Ética e, por via de consequência,transgressões à lei.

A seguir, os links para os Conselhos.

Conselho de Ética e Decoro Parlamentar do Senado Federal

Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados

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O Senado Federal vem progressivamente aperfeiçoando tanto seus mecanismos de controlequanto os meios para ouvir o que os cidadãos têm a sugerir ou reclamar.

Abaixo, listamos algumas dessas ações e os links de acesso às informações e viaspara contato.

Portal da Transparência Tem por finalidade veicular dados e informações detalhados sobre a gestãoadministrativa e a execução orçamentária e financeira do Senado Federal.

Siga Brasil

É um sistema de informações sobre orçamento público, que permite acesso amplo efacilitado ao SIAFI e a outras bases de dados sobre planos e orçamentos públicos, pormeio de uma única ferramenta de consulta.

Manual de Obtenção de Recursos Federais para Municípios

Criado pelo ILB e disponível em sua página, possibilita que prefeitos e gestoresmunicipais busquem recursos federais diretamente, facilitando os procedimentos eeconomizando recursos gastos com intermediação.

Agenda de trabalho do Senado Federal Aqui você pode consultar diariamente os trabalhos que serão realizados pelossenadores.

Ouvidoria do Senado

Canal para reclamações e críticas à instituição Senado, seus servidores eparlamentares.

Alô, Senado

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De qualquer lugar do Brasil ligue 0800 612211 ou por outros meios disponíveis noportal, tire dúvidas, obtenha informações e ajude a realizar as mudanças no Senado.

Instituto Legislativo Brasileiro (ILB) Cursos a distância com e sem tutoria, e semitutorados, disponibilizados gratuitamenteaos cidadãos.

Portal de Acompanhamento de Gastos para a Copa do Mundo de 2014 Criado pelo PRODASEN, órgão do Senado voltado à tecnologia, esse portal possibilitaconsultar a previsão orçamentária e os gastos efetivos realizados pela União, Estados eMunicípios em ações relativas à Copa do Mundo de Futebol que será realizada no Brasilneste ano de 2014.

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O ser humano é gregário, relacional, expressa-se erealiza-se em sociedade. Nos países democráticos, oPoder Legislativo representa a sociedade em seusanseios por mais oportunidades, melhor qualidade devida e justiça social.

Após a virada do milênio, e notadamente com oincrível aumento de abrangência das novastecnologias de informação e comunicação,representar a sociedade não é mais tarefa que ficarestrita a decisões de gabinete, apertos de mão ou vaias públicas. O cidadão-eleitor tem agoramecanismos de consulta de informações e de análise desses dados para formar sua própria opinião.

Se considerarmos que, no princípio do século XX, o número de periódicos e de livros era, pode-seafirmar, escasso, hoje as informações nos saltam aos olhos pelos periódicos, sim, mas também porrádio, TV, celulares, notebooks e os demais dispositivos móveis ou não que nos permitem acessar arede mundial de computadores, nossa conhecida web ou internet.

O conceito de web (teia, em inglês) nos dá a perfeita analogia: a sociedade, e com ela aAdministração Pública, é um todo indissociável, e essa união de destinos torna-se cada vez maisclara à medida que se avança em descobertas, invenções e apreensão ou desenvolvimento do saber.

Mas o saber em si, como a internet e como qualquer ferramenta, pode ser usado com bons ou mauspropósitos.

Daí a importância da Ética.

Como já tratado neste curso, os princípios éticospodem ser seguidos por todos e nas maisprosaicas e banais atividades cotidianas etambém nas decisões estratégicas nacionais emundiais.

No Brasil dos últimos anos, tem havidoincontestáveis avanços nas leis e na penalização

de atos contra a vida e o bem público. As manchetes de jornais e os protestos em grupo ouindividuais contra essas transgressões e esses transgressores demonstram que a cultura brasileira,um dia já considerada tão somente cordial e conciliadora, tem a capacidade de se indignar e deexigir seus direitos, e que estes sejam respeitados por aqueles que os representam ou queadministram a res publica, a coisa pública, o patrimônio de todos.

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Lembremos sempre que a vida é o bem mais precioso; por isso é a principal guardiã e o principalobjetivo da Ética.

E que a vida e a Ética, não existem apenas nas aulas de biologia ou de filosofia. Querendo semprese expressar, elas estão, o tempo todo, em cada um de nós.

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Parabéns! Você chegou ao final do primeiro do curso Ética e Administração Pública.

Sugerimos que você faça uma releitura do Módulo III e resolva os Exercícios de Fixação, que oresultado não influenciará na sua nota final, mas servirá como oportunidade de avaliar o seudomínio do conteúdo. Lembramos ainda que a plataforma de ensino faz a correção imediata dassuas respostas!

Porém, não esqueça de realizar a Avaliação final do curso, que encontra-se no Módulo de Conclusão.Lembramos que é por meio dela que você pode receber a sua certificação de conclusão do curso.

Para ter acesso aos Exercícios de Fixação, clique aqui.

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