Evolução Pensamento Sistémico 2014 (2)

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Diapositivo 1

EVOLUO DO PARADIGMA

SISTMICODA PTICA LINEAR SISTMICAO fenmeno incompreensvel se o campo de observao no incluir o contexto em que este se produz. O problema identificado passa a ser relacionado com o funcionamento do sistema e no com uma situao individualDA PTICA LINEAR SISTMICAO objetivo da interveno sistmica compreender e conseguir modificaes nos processos de comunicao e modelos de interao e no agir sobre problemas individuaisDA PTICA LINEAR SISTMICAOs acontecimentos deixam de ser estudados em cadeia, (causalidade linear) passando a estudar-se a interaco actual e os factores que a influenciam (causalidade circular)Paradigma linear e paradigma sistmicoP.RacionalistaEvidencia (passvel de verificao)Reducionista (anlise, decomposio)Causalista (investiga as origens)Exaustividade (do todo para parte)P.SistmicaPertinncia (oportuno, til, conveniente)Globalista (sntese, recomposio)Teleolgico (investiga as finalidades)Agregatividade (da parte para o todo)Paradigma linear e paradigma sistmicoP. racionalistaDicotomia corpo/esprito

Indivduo

Factores intrapsquicosP. sistmicaTecido organizado e no partes de acontecimentos isolados

FamliaFactores interpessoais/contexto

PENSAMENTO LinearSistmicoA BA B

Isola os elementos de um conjunto, para os compreenderO isolamento das partes, reduz artificialmente a complexidade do objectoIdealiza o sistema fechadoConsidera o sistema fechado uma abstraco PENSAMENTO LinearSistmicoRel. causa/efeito linear, que considera o estado final marcado pelas condies iniciaisA atribuio de um princpio a uma cadeia de acontecimentos arbitrria. Perdem-se de vista factores actuais que influenciam os acontecimentosPensamento somativoO conjunto diferente da soma das qualidades dos elementos que o constituemDefinies de sistemaConjunto de elementos em interaco dinmica, organizados em funo de uma finalidade (Rosnay)Conjunto de unidades em interaces mtuas (Bertalanffy)Unidade global organizada de inter-relaes entre elementos, aces ou indivduos (Edgar Morin)Conjunto de elementos ligados por um conjunto de relaes (J. Lesourne)SISTEMAConjunto de elementos em interaco dinmica, organizados em funo de uma finalidade, em determinado contexto, que evoluem no tempo, sem perder a identidade. EvoluoFinalidadesContextoEstruturaActividadeSISTEMA Trs ideias essenciais A de um conjunto em relao recproca com o ambiente, possuindo uma certa autonomia assegurada pelas trocas com o exterior; A de um conjunto formado por subsistemas em interaco com uma certa coerncia assegurada por essa independncia; A de um conjunto que experimenta modificaes, mais ou menos profundas, no tempo, conservando uma certa permanncia.

PRINCIPIOS QUE REGEM O SISTEMA FAMILIARTotalidadeA famlia como um conjunto qualitativamente diferente da soma das suas partes, no podendo ser descrita, adicionando-se as caractersticas dos seus membros.

Retroaco / causalidade circularUma mudana em qualquer dos membros de uma famlia, afecta todos os outros e o grupo como um todo, inclusiv o 1 elemento referido, num processo circular em que cada ao desencadeia uma reao.PRINCIPIOS QUE REGEM O SISTEMA FAMILIARAuto-regulaoEquilibrando a tendncia Homeostase e Transformao, a famlia sobrevive, mantem-se coesa e permite a individuao dos seus membros.

EquifinalidadeEm crises semelhantes uma famlia pode organizar-se de diferentes maneiras.Em crises diversas, pode organizar-se com padres semelhantes de funcionamento. A influncia de um estmulo determinada pelo seu impacto na organizao familiar, padres de interao e resposta ao "stress".

PRINCIPIOS QUE REGEM O SISTEMA FAMILIAROrganizao Existe uma configurao de relaes familiares, cuja permanncia define a sua identidade,enquanto sistema.

Complexidade Presena de grande nmero de variveis numa situao - sincronias no causais. A simplificao dificulta a compreenso das inter-relaes dos fenmenos.

Teorias da CibernticaNorbert Wiener (1948/1954) A Primeira Ciberntica centra-se nos processos fundamentais para a manuteno do sistema nos seus parmetros bsicos de organizao - conceito de homeostase.

A segunda ciberntica (M.Maruyama,1963) introduz uma viso homeodinmica em contraste com a homeosttica sobressaindo a dialtica constante entre estabilidade e mudana. Centra-se mais em como mudam os sistemas do que em como se mantm.

Primeira CibernticaPe a tnica nas retroaes permanentes do sistema com o exterior considerando que, o sistema se auto-corrige ou desorganiza consoante o feed-back recebido.Privilegia as trocas com o exterior, no visualizando o sistema enquanto entidade autnoma e auto organizativa. O sistema familiar permevel s interaes externas que lhe condicionam a organizao.A interveno do terapeuta exercida sobre uma realidade objetiva, externa a ele prprio e sobre a qual h que interferir de fora, a fim de a modificar.

Primeira CibernticaOs modelos de Terapia Familiar baseiam-se sobretudo no conceito de crise da homeostase familiar Funo do sintoma na manuteno da homeostase familiar.Maior interesse pela estabilidade do que pela mudana.Centrao no Aqui e Agora .Terapia-Existncia de dois sistemas distintos, hierarquizados.O terapeuta, perito e observador externo, guia a famlia para a mudana.

Primeira CibernticaObjetivo da terapia - Recuperar a homeostase funcional da famlia atravs da mudana dos padres disfuncionais da relao familiar, com vista resoluo do problema apresentado. A Terapia Familiar tentava impor um novo determinismo o determinismo sistmico, fazendo dos terapeutas, mecnicos interacionais,(Gameiro) capazes de arranjar, para sempre, mquinas familiares desafinadas.

Segunda Ciberntica PASSAGEM DE UM MODELO HOMEOSTTICO A UM MODELO EVOLUTIVO

Reconhecimento e valorizao, no sistema, no s da tendncia manuteno do equilbrio, mas tambm de potencialidades evolutivas, em direes imprevisveis.

Reintroduo no sistema da dimenso tempoSegunda CibernticaDOS SISTEMAS OBSERVADOS AOS SISTEMAS OBSERVANTES OU AUTO-OBSERVANTES Existe uma auto-referencialidade construtiva entre o observador e o sistema observado, pondo-se de parte a conceo de um observador externo, separado e neutral Conceptualizao da famlia enquanto sistema autnomoConceptualizao interveno enquanto acoplagem entre os sistemas familiar e teraputico O terapeuta forma parte do sistema que observa e conhece-o, fazendo parte dele. Segunda Ciberntica

DA ORGANIZAO AUTO-ORGANIZAOMaturana e Varela (1980), descrevendo o sistema no a partir do exterior, mas do seu interior, focaram-se na capacidade que ser vivo possui de manter a sua identidade, atravs de operaes que ele prprio produz. Conceito de determinismo estrutural, segundo o qual as mudanas que se introduzem em todos os seres vivos esto determinadas pela sua estrutura. O sistema tem a capacidade de se auto-programar e de introduzir alteraes no seu programa inicial.

Segunda Ciberntica

DA ORGANIZAO AUTO-ORGANIZAOQuando um organismo interage com o seu meio, a sua estrutura (e no a do estmulo exterior) que vai determinar as suas respostas. Todo o sistema vivo conceptualizado como um Sistema Autnomo e s o prprio sistema conhece como e quando est apto a mudar a sua estrutura.Cada sistema tem uma forma prpria de responder aos estmulos externos ou internos, integrando as modificaes que vai adquirindo e complexificando-se

Segunda CibernticaSurgem assim no campo das Terapias Familiares novos conceitos como:Regras intrnsecas ao sistema,Capacidade evolutiva,Autonomia,Acaso ou Imprevisibilidade,No TrivialidadeRecursividade,ComplexidadeSistemas Observantes, etc.

IMPLICAES NA INTERVENOAbandona-se o mito do observador neutro e a pretenso de um conhecimento objectivo da realidade.O observador no pretende prever e programar o desenrolar de sadas, passando a sua funo a ser: Introduzir elementosAcrescentar possibilidades de soluo viso que o sistema tem de si prprioCo-responsabilizar-se na definio da situao, evoluo e soluo IMPLICAES NA INTERVENOA funo do terapeuta a de introduzir no sistema elementos que acrescentem possibilidades de soluo no que respeita viso unvoca e estereotipada que o sistema tem da sua prpria realidade, de modo a poder reconsider-la e pr em marcha o processo evolutivo. O sucesso da terapia implica a constituio de um sistema original que no a justaposio do Sistema Familiar e do Sistema Terapeuta, mas algo de novo, resultante da sua mtua transformao, amplificando ou reduzindo caractersticas que nunca apareceriam da mesma forma, noutros contextos.

IMPLICAES NA INTERVENOA terapia concebida como um processo de influncia mtua, e de perturbao entre os dois sistemas terapeuta e famlia, donde resultar a orientao e a forma, imprevisvel, do processo de mudana.Se a relao entre os dois sistemas suficientemente segura, no intrusiva e interessante, ento as trocas mtuas, trazem novas ideias e podem desencadear novos modos de relacionamento.

QUADRO COMPARATIVO DOS DOIS NVEIS DE INTERVENOO tcnico possui conhecimentos especiais, aos quais o indivduo/ famlia deve submeter-seO indivduo/famlia o maior especialista da sua prpria vida. Tem capacidade de reconhecer o que melhor para siO indivduo/famlia est imobilizado pelo sofrimento e sem auto recursos O indivduo/famlia est cansado pelos seus problemas, mas tem capacidade de lutar para os resolver Evidencia as deficincias do indivduo/famlia Evidencia o reapetrechamento das foras e recursos do indivduo/ famlia O objectivo principal a avaliao, pelo tcnico, da dinmica familiar O objectivo principal que o indivduo/famlia se considerem capazes de resolver as suas preocupaes