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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA COMARCA DE PACARAIMA PEDRO AUGUSTO, brasileiro, viúvo, profissão, portador do documento de identidade nº___, inscrito no Cadastro de Pessoa Física – CPF sob o no___, residente e domiciliado na rua, nº, bairro, cidade Uiramutã, Estado de Roraima, vem por seu advogado, devidamente inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil sob nº ___, com escritório na rua_____, nº_____, bairro_____, cidade de Boa Vista, Estado de Roraima, vem à presença de Vossa Excelência, com fulcro no artigo 1º e seguintes da Lei nº 5.478 /68, propor: AÇÃO DE ALIMENTOS provisionais em face de MÁRIO, brasileiro, casado, empresário, portador do documento de identidade nº ___ , inscrito no Cadastro de Pessoa Física –

Excelentíssimo senhor doutor juiz de direito da 1ª vara de família da comarca de boa vista

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA COMARCA DE

PACARAIMA

PEDRO AUGUSTO, brasileiro, viúvo, profissão, portador do documento de

identidade nº___, inscrito no Cadastro de Pessoa Física – CPF sob o no___, residente e

domiciliado na rua, nº, bairro, cidade Uiramutã, Estado de Roraima, vem por seu advogado,

devidamente inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil sob nº ___, com escritório na

rua_____, nº_____, bairro_____, cidade de Boa Vista, Estado de Roraima, vem à presença de

Vossa Excelência, com fulcro no artigo 1º e seguintes da Lei nº 5.478 /68, propor:

AÇÃO DE ALIMENTOS provisionais em face de MÁRIO, brasileiro, casado,

empresário, portador do documento de identidade nº ___ , inscrito no Cadastro de Pessoa

Física – CPF sob o nº____, residente e domiciliado na rua_______, nº_______,

bairro_______, cidade de Alto Alegre, Estado de Roraima, pelas razões de fato e de direito à

seguir aduzidas.

DA GRATUIDADE DA JUSTIÇA E PRIORIDADE NA TRAMITAÇÃO

                        Inicialmente, requer à Vossa Excelência sejam deferidos os benefícios da

gratuidade da Justiça, com fulcro no §2º do artigo 1º da Lei nº 5.478/68, combinado com a Lei

nº 1.060/50, em razão de não possuir condições financeiras de arcar com as custas processuais

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e honorários advocatícios sem prejuízo de seu próprio sustento, conforme atestado de pobreza

que instrui a presente demanda.

O requerente, por ser maior de 60 anos, requer ainda, prioridade na tramitação

do feito, em razão de determinação legal prevista no artigo 71 do Estatuto do Idoso (Lei nº

10.741/03), bem como no artigo nº 1211-A, do vigente Código de Processo Civil.

Por fim, deve o presente feito ser recebido pelo procedimento especial, em

razão do que determina o artigo primeiro da Lei de Alimentos.

I - DOS FATOS

O autor já aos 72 (setenta e dois) anos, não mais trabalha, pois com a morte de

sua esposa, não teve estrutura para continuar trabalhando.

Devido a este problema, o autor passa por dificuldades financeiras, onde tem

sido ajudado por vizinhos e alguns parentes, como por exemplo a senhora Joana, sua filha,

que lhe ajuda da maneira que pode, uma vez que sua condição é hipossuficiente para sustento

de sua família e de seu genitor.

Ciente dos direitos garantidos constitucionalmente em razão de sua idade

avançada e diante de imensa injustiça e extrema necessidade, não restou ao autor, outra

alternativa senão buscar amparo judicial para ver atendidas suas solicitações.

II - DOS DIREITOS

No caso em tela, entende-se que o autor já não possui mais condições de

trabalhar e se sustentar, com base nisso, fica responsável o filho por amparar seu pai, motivos

pelo qual foi proposta a presente ação, com fundamento no artigo 229 da Constituição

Federal:

“Os pais têm o dever de assisti, criar e educar os

filhos menores, e os filhos maiores têm o dever de

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ajudar e amparar os pais na velhice, carência ou

enfermidade.”

Entende-se também, que está garantido o direito de o autor requerer alimentos

ao seu filho, pois o mesmo apresenta-se em uma situação, a qual necessita-se do devido

amparo e auxilio, como demonstra nos fatos aqui presentes, portanto fica fundamentado com

base no artigo 2º, da Lei nº 5.478 de 1968:

“O credor, pessoalmente, ou por intermédio de

advogado, dirigir-se-á ao juiz competente,

qualificando-se, e exporá suas necessidades,

provando, apenas o parentesco ou a obrigação de

alimentar do devedor, indicando seu nome e

sobrenome, residência ou local de trabalho,

profissão e naturalidade, quanto ganha

aproximadamente ou os recursos de que dispõe.”

Conforme previsto no artigo 1694 do Código Civil, ampara o autor da presente

peça, pois este esta passando por necessidades:

“Podem os parentes, os cônjuges ou companheiros

pedir uns aos outros os alimentos de que necessitem

para viver de modo compatível com a sua condição

social, inclusive para atender às necessidades de sua

educação.”

Como o autor não possui trabalho e não tem condições de se sustentar,

entende-se que o artigo 1695 do Código Civil, ampara e protege a causa do autor em propor a

presente ação:

“São devidos os alimentos quando quem os pretende

não tem bens suficientes, nem pode prover, pelo seu

trabalho, à própria mantença e aquele, de quem se

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reclamam, pode fornecê-los, sem desfalquem do

necessário ao seu sustento”.

Não bastasse tal dispositivo de lei garantir ao autor a concessão do presente

pleito, a Lei nº 10.741/03 que dispõe sobre o Estatuto do Idoso em seu corpo traz as

afirmações necessárias para o acolhimento do pedido, conforme se demonstrará a seguir:

“Art. 11. Os alimentos serão prestados ao idoso na

forma da lei civil.”

“Art. 12. A obrigação alimentar é solidária, podendo

o idoso optar entre os prestadores.”

Tal pedido encontra guarida, na latente impossibilidade de prover seu próprio

sustento em razão da extrema tristeza que acometeu o requerente após a morte de sua esposa,

e que veio a ocasionar a interrupção de seus afazeres profissionais.

Ademais, o réu, possui totais condições de arcar com tal responsabilidade, uma

vez que é empresário bem sucedido e de muitas posses na região.

III. DOS PEDIDOS

Diante dos fatos acima demonstrados vem à parte autora requerer:

a) A prioridade na tramitação do presente feito por força do artigo 71 do

Estatuto do Idoso;

b) A fixação imediata de alimentos provisórios, conforme determina o artigo 4º

da Lei nº 5.478/68;

c) Ao fim da lide, ao considerar como vencido o réu, que se digne Vossa

Excelência a condená-lo ao pagamento dos alimentos definitivos conforme determina a

legislação vigente;

d) A citação do réu, para oferecer defesa quanto aos fatos e pedidos

apresentados sob pena de revelia e confissão da matéria de fato;

e) Seja deferido ao autor os benefícios da Justiça Gratuita;

f) A intimação do representante do Ministério Público, para que atue no feito;

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g) A condenação da parte contrária ao pagamento das custas processuais, bem

como os honorários advocatícios;

h) Requer, outrossim, provar o alegado por todos os meios de prova em direitos

admitidos, em especial, documentos, depoimento pessoal do representante legal do réu, oitiva

de testemunhas.

IV – VALOR DA CAUSA

Atribui-se à causa para fins de distribuição o valor de R$ ...

Termos em que,

Pede deferimento

Local, data

Advogado

OAB no. ...