execução penal apostila

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    Rua dos Bambs n. 116Itacorub Florianpolis SC

    CEP 88034-570www.esmesc.org.br

    APOSTILA DE EXECUO PENALProfessor: Antnio Julio da Silva

    Homepage:www.execucaopenal.com.br.tfEmails: [email protected] [email protected]

    LEI N 7.210, de 11 de julho de 1984

    Institui a Lei de Execuo Penal.

    O Presidente da Repblica,Fao saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte

    Lei:

    Ttulo IDO OBJETO E DA APLICAO DA LEI DE EXECUO PENAL1

    Art. 1 A execuo penal tem por objetivo efetivar as disposies de sentena ou

    deciso criminal e proporcionar condies para a harmnica integrao social do condenado edo internado.

    Art. 2 A jurisdio penal dos juzes ou tribunais da justia ordinria, em todo oterritrio nacional, ser exercida, no processo de execuo, na conformidade desta lei e doCdigo de Processo Penal.

    Pargrafo nico. Esta lei aplicar-se- igualmente ao preso provisrio2e ao condenadopela Justia Eleitoral ou Militar, quando recolhido a estabelecimento sujeito jurisdioordinria.

    Art. 3 Ao condenado e ao internado sero assegurados todos os direitos no atingidospela sentena ou pela lei.

    Pargrafo nico. No haver qualquer distino de natureza racial, social, religiosa oupoltica.

    Art. 4 O Estado dever recorrer cooperao da comunidade nas atividades deexecuo da pena e da medida de segurana.

    1Ver "Cdigo de Normas da Corregedoria-Geral da Justia do Estado de Santa Catarina", arts. 315 a360 que tratam da execuo penal.2A Corregedoria Geral da Justia do Estado de Santa Catarina, atravs do Provimento n 66/98, de16/09/98, do Exm Sr. Des. Corregedor FRANCISCO JOS RODRIGUES DE OLIVEIRA FILHO,instituiu, em complementao s providncias em aplicao no multiro criminal (Provimento n12/98), o Processo de Execuo Criminal Provisrio PEC PROVISRIO

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    Objetivos e aplicao da Lei n. 7.210/84 (arts. 1/4):

    - Origem da Lep:A Lei n. 7.210/84, legislao que dispe sobre a execuo das

    penas, teve origem em 1933, atravs do projeto do Cdigo Penitencirio da

    Repblica elaborado por Cndido Mendes, Lemos de Brito e Heitor Carrilho

    (publicado em 25/02/37), que, em razo das discusses e promulgao do atual

    Cdigo Penal de 1940, foi logo abandonado.

    Seguiu-se um projeto de lei de autoria do Dep. Carvalho Neto, resultando

    na aprovao da Lei n. 3.274, de 02/10/57, que no contemplava todas as

    situaes que se pretendia.

    Em 1981 uma comisso composta pelos professores Francisco de Assis

    Toledo, Ren Ariel Dotti, Miguel Reale Junior, dentre outros, apresentaram um

    novo anteprojeto para a Lei de Execues Penais.

    Em 1983 o Presidente da Repblica Gal. Joo Figueiredo enviou o projetoao Congresso Nacional que foi aprovado sem nenhuma alterao, originando-

    se na Lei n. 7.210, promulgada em 11/07/84 e publicada no dia 13/07/84,

    entrando em vigor em 13 de janeiro de 1985 juntamente com a Lei n. 7.209 de

    reforma da Parte Geral do Cdigo Penal;

    - Possui natureza mista: Direito administrativo, Constitucional, Penal e

    Processo Penal;

    - Objetivo da Lep (art. 1 da Lep): Cumprimento das sanes impostas na

    sentena ou deciso criminal e reintegrao social do condenado e do

    internado;

    - Jurisdio (art. 65 da Lep): Ao juiz indicado na lei local de organizao

    judiciria e, na sua ausncia, ao da sentena (STF, Recurso Ordinrio em

    Habeas corpus n. 81.393/PR, julgado em 18/02/03, rel Min Ellen Gracie),

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    salvo cumprimento da pena em local diverso da condenao (Conflito de

    jurisdio n. 00.010479-5, Tubaro/TJSC, rel. Des. Nilton Macedo Machado, DJ

    n. 10.536, de 05.09.00, p. 17);

    - As sentenas proferidas por outras justias (Federal, Militar ou Eleitoral), cujas

    penas sejam cumpridas em estabelecimento prisional estadual, sero de

    competncia da justia estadual (2 parte do nico do art. 2 da Lep e Smula

    192 do STJ);

    - O preso provisrio est sujeito execuo penal (1 parte do nico do art. 2

    da Lep);

    - Direitos preservados ao sentenciado (caput do art. 3 da Lep): Todos os

    direitos no atingidos pela sentena ou pela lei.

    - Direitos constitucionais garantidos ao sentenciado: caputdo art. 5; art 5

    incisos III, V, VI, VII, VIII, IX, X, XII, XLIV, XXII, XXVII, XXVIII, XXIX e XXX,

    XXXIV, "a" e "b", LXXII, "a" e "b";

    - Direitos previstos na Lep:arts. 40/43;

    - Entrevista pessoal e reservada com o advogado (art. 41, IX da Lep): As

    entrevistas dos advogados dos presos submetidos ao regime disciplinar

    diferenciado (RDD) estaro sujeitas a cadastramento e prvio agendamento -

    art. 5, IV da Lei n. 10.792, de 1/12/2003);

    - Visita ntima: Pelo menos uma vez por ms (Res. n. 01/99 do Conselho

    Nacional de Poltica Criminal e Penitenciria);

    - Cooperao da comunidade (art. 4 da Lep): Conselho da Comunidade,

    Patronatos particulares, assistncia mdica, assistncia mdica e religiosa, etc;

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    Ttulo IIDO CONDENADO E DO INTERNADOCaptulo I

    DA CLASSIFICAOArt. 5 Os condenados sero classificados, segundo os seus antecedentes e

    personalidade, para orientar a individualizao da execuo penal.

    Art. 6 A classificao ser feita por Comisso Tcnica de Classificao que elaboraro programa individualizador da pena privativa de liberdade adequada ao condenado ou preso

    provisrio. (Redao dada pela Lei n. 10.792, de 1.12.2003)3

    Art. 7 A Comisso Tcnica de Classificao, existente em cada estabelecimento, serpresidida pelo Diretor e composta, no mnimo, por dois chefes de servio, um psiquiatra, um

    psiclogo e um assistente social, quando se tratar de condenado pena privativa de liberdade.Pargrafo nico. Nos demais casos a Comisso atuar junto ao Juzo da Execuo eser integrada por fiscais do Servio Social.

    Art. 8 O condenado ao cumprimento de pena privativa de liberdade, em regimefechado, ser submetido a exame criminolgico para a obteno dos elementos necessrios auma adequada classificao e com vistas individualizao da execuo.

    Pargrafo nico. Ao exame de que trata este artigo poder ser submetido o condenadoao cumprimento da pena privativa de liberdade em regime semi-aberto.

    Art. 9 A Comisso, no exame para a obteno de dados reveladores da personalidade,

    observado a tica profissional e sendo sempre presentes peas ou informaes do processo,poder:

    I - entrevistar pessoas;II - requisitar, de reparties ou estabelecimentos privados, dados e informaes a

    respeito do condenado;III - realizar outras diligncias e exames necessrios.

    Captulo IIDA ASSISTNCIASeo IDISPOSIES GERAIS

    Art. 10. A assistncia ao preso e ao internado dever do Estado, objetivando preveniro crime e orientar o retorno convivncias em sociedade.

    Pargrafo nico. A assistncia estende-se ao egresso.

    Art. 11. A assistncia ser:I - material;II - sade;III - jurdica;

    3A Comisso tcnica de classificao passou a ter a nica funo de classificar os condenados penaprivativa de liberdade ou preso provisrio ( nico do art. 2 da Lep), segundo seus antecedentes epersonalidade, para orientar a individualizao da execuo penal.

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    IV - educacional;V - social;VI - religiosa.

    Seo IIDA ASSISTNCIA MATERIAL

    Art. 12. A assistncia material ao preso e ao internado consistir no fornecimento dealimentao, vesturio e instalaes higinicas.

    Art. 13. O estabelecimento dispor de instalaes e servios que atendam aos presosnas suas necessidades pessoais, alm de locais destinados venda de produtos e objetos

    permitidos e no fornecidos pela Administrao.

    Seo IIIDA ASSISTNCIA SADE

    Art. 14. A assistncia sade do preso e do internado, de carter preventivo e curativo,compreender atendimento mdico, farmacutico e odontolgico.

    1 (vetado)2 Quando o estabelecimento penal no estiver aparelhado para prover a assistncia

    mdica necessria, esta ser prestada em outro local, mediante autorizao da direo doestabelecimento.

    Seo IV

    DA ASSISTNCIA JURDICA

    Art. 15. A assistncia jurdica destinada aos presos e aos internados sem recursosfinanceiros para constituir advogado.

    Art. 16. As unidades da Federao devero ter servios de assistncia jurdica nosestabelecimentos penais.Seo VDA ASSISTNCIA EDUCACIONAL

    Art. 17. A assistncia educacional compreender a instruo escolar e a formaoprofissional do preso e do internado.

    Art. 18. O ensino de primeiro grau ser obrigatrio, integrando-se no sistema escolarda unidade federativa.

    Art. 19. O ensino profissional ser ministrado em nvel de iniciao ou deaperfeioamento tcnico.

    Pargrafo nico. A mulher condenada ter ensino profissional adequado suacondio.

    Art. 20. As atividades educacionais podem ser objeto de convnio com entidadespblicas ou particulares, que instalem escolas ou ofeream cursos especializados.

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    Art. 21. Em atendimento s condies locais, dotar-se- cada estabelecimento de umabiblioteca, para uso de todas as categorias de reclusos, provida de livros instrutivos,recreativos e didticos.

    Seo VIDA ASSISTNCIA SOCIAL

    Art. 22. A assistncia social tem por finalidade amparar o preso e o internado eprepar-los para o retorno liberdade.

    Art. 23. Incumbe ao servio de assistncia social:

    I - conhecer os resultados dos diagnsticos e exames;II - relatar, por escrito, ao diretor do estabelecimento, os problemas e dificuldades

    enfrentados pelo assistido;III - acompanhar o resultado das permisses de sadas e das sadas temporrias;IV - promover, no estabelecimento, pelos meios disponveis, a recreao;V - promover a orientao do assistido, na fase final do cumprimento da pena, e do

    liberado, de modo a facilitar o seu retorno liberdade;VI - providenciar a obteno de documentos, dos benefcios da previdncia social e do

    seguro por acidente no trabalho;VII - orientar e amparar, quando necessrio, a famlia do preso, do internado e da

    vtima.

    Seo VII

    DA ASSISTNCIA RELIGIOSA

    Art. 24. A assistncia religiosa, com liberdade de culto, ser prestada aos presos e aosinternados, permitindo-se-lhes a participao nos servios organizados no estabelecimento

    penal, bem como a posse de livros de instruo religiosa. 1 No estabelecimento haver local apropriado para os cultos religiosos. 2 Nenhum preso ou internado poder ser obrigado a participar de atividade

    religiosa.

    Seo VIIIDA ASSISTNCIA AO EGRESSO

    Art. 25. A assistncia ao egresso consiste:

    I na orientao e apoio para reintegr-lo vida em liberdade;II na concesso, se necessrio, de alojamento e alimentao, em estabelecimento

    adequado, pelo prazo de dois meses.

    Pargrafo nico. O prazo estabelecido no inciso II poder ser prorrogado uma vez,comprovado, por declarao do assistente social, o empenho na obteno de emprego.

    Art. 26. Considera-se egresso para os efeitos desta lei:I o liberado definitivo, pelo prazo de um ano a contar da sada do estabelecimento;II o liberado condicional, durante o perodo de prova.

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    Art. 27. O servio de assistncia social colaborar com o egresso para a obteno de

    trabalho.

    Do condenado, do internado e da assistncia (arts. 5/27):

    - Classificao do condenado (art. 5 da Lep): Objetiva orientar a

    individualizao da execuo da pena, segundo os antecedentes e

    personalidade do condenado, atravs da Comisso tcnica de classificao (art.

    6 da Lep) que dever existir em todos os estabelecimentos prisionais;

    - Composio da Comisso tcnica de classificao (art. 7 da Lep): Ser

    composta pelo Diretor do estabelecimento prisional - que a presidir -, no mnimo

    de dois chefes de servio, um psiquiatra, um psiclogo e um assistente social,

    quando se tratar de condenado pena privativa de liberdade. Nos demais casos

    ser integrada por fiscais do Servio Social e atuar junto ao Juzo da Execuo

    penal;

    - O juiz no fica vinculado ao parecer da CTC (princpio da verdade real: art. 157

    do CPP);

    - Estabelecimento prisional desprovido da Comisso tcnica de

    classificao:Pode ser suprido pela manifestao da administrao prisional e

    do exame criminolgico;

    - Exame criminolgico: Deve ser submetido o condenado pena em regime

    fechado (art. 8 da Lep c/c o caput do art. 34 do CP). A realizao do exame

    criminolgico obrigatria, tendo em vista a gravidade do fato delituoso e/ou

    as condies pessoais do sentenciado (art. 8 da Lep c/c o caput do art. 34 do

    CP). O condenado pena em regime semi-aberto poder ser submetido ao

    exame criminolgico ( nico do art. 8 da Lep c/c o caput do art. 35 do CP);

    - Progresso de regime prisional (art. 112 e seus da Lep) e exame

    criminolgico:Antes da alterao introduzida pela Lei n. 10.792/2003 Lep, a

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    realizao do exame criminolgico para progresso de regime era obrigatrio do

    regime fechado para o semi-aberto e facultativo do semi-aberto para o aberto.

    Agora, com base na 2 parte do art. 156 do CPP o exame poder serdeterminado pelo juiz antes de proferir sua deciso;

    - Centro de observao (arts.96/98 da Lep):Estabelecimento penal destinado

    realizao de exames gerais e o criminolgico;

    - Tipos de assistncia(art. 11 da Lep):Material (art. 12 e 13 da Lep), sade

    (art. 14 da Lep), jurdica (arts. 15 e 16 da Lep), educacional (arts. 17/21 da Lep),

    social (arts. 22 e 23 da Lep) e religiosa (art. 24 da Lep);

    - Assistncia jurdica: Os estabelecimentos prisionais devero contar com

    servio de assistncia jurdica (art. 16 da Lep). O prprio preso,

    independentemente de advogado, pode formular requerimentos de benefcios

    previstos na Lep diretamente ao Juiz da execuo penal (art. 195 da Lep);

    - Assistncia educacional:O ensino de 1 grau ser obrigatrio;

    - Auxlio recluso:Os familiares do preso tm direito ao AuxlioRecluso (art.

    201, IV da CF). Outras categorias profissionais disciplinam tambm a forma de

    concesso desse benefcio, p. ex., arts. 229 e 241 da Lei n. 8.112/90 (Regime

    jurdico nico dos servidores civis da Unio.

    - Egresso: Condenado liberado definitivamente, pelo prazo de 01 ano a contar da

    sada do estabelecimento ou em benefcio do livramento condicional, durante o

    perodo de prova (art. 26 da Lep), que tem direito assistncia (arts. 25 e 27 da

    Lep);

    - Assistncia ao egresso (art. 25 e 27 da Lep):

    . orientao e apoio para reintegrao vida em liberdade;

    . se necessrio, concesso de alojamento e alimentao, pelo prazo de 02

    meses, em estabelecimento adequado. Podendo esse benefcio ser prorrogado

    por mais uma vez, desde que comprovado o empenho na obteno de emprego,

    mediante declarao da assistente social ( pargrafo nico do art. 25 da Lep).

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    Captulo IIIDO TRABALHOSeo I

    DISPOSIES GERAISArt. 28. O trabalho do condenado, como dever social e condio de dignidade humana,

    ter finalidade educativa e produtiva. 1 Aplicam-se organizao e aos mtodos de trabalho as precaues relativas

    segurana e higiene. 2 O trabalho do preso no est sujeito ao regime da Consolidao das Leis do

    Trabalho.

    Art. 29. O trabalho do preso ser remunerado, mediante prvia tabela, no podendo serinferior a trs quartos do salrio mnimo.

    1 O produto da remunerao pelo trabalho dever atender:a) indenizao dos danos causados pelo crime, desde que determinadosjudicialmente e no reparados por outros meios;

    b) assistncia famlia;c) a pequenas despesas pessoais;d) ao ressarcimento ao Estado das despesas realizadas com a manuteno do

    condenado, em proporo a ser fixada e sem prejuzo da destinao previstas nas letrasanteriores.

    2 Ressalvadas outras aplicaes legais, ser depositada a parte restante paraconstituio do peclio, em caderneta de poupana, que ser entregue ao condenado quando

    posto em liberdade.

    Art. 30. As tarefas executadas com prestao de servios comunidade no seroremuneradas.

    Seo IIDO TRABALHO INTERNO

    Art. 31. O condenado pena privativa de liberdade est obrigado ao trabalho namedida de suas aptides e capacidade.

    Pargrafo nico. Para o preso provisrio, o trabalho no obrigatrio e s poder serexecutado no interior do estabelecimento.

    Art. 32. Na atribuio do trabalho devero ser levadas em conta a habilitao, acondio pessoal e as necessidades futuras do preso, bem como as oportunidades oferecidas

    pelo mercado. 1 Dever ser limitado, tanto quanto possvel, o artesanato sem expresso

    econmica, salvo nas regies de turismo. 2 Os maiores de sessenta anos podero solicitar ocupao adequada a sua idade. 3 Os doentes ou deficientes fsicos somente exercero atividades apropriadas ao seu

    estado.

    Art. 33. A jornada normal de trabalho no ser inferior a seis, nem superior a oitohoras, com descanso nos domingos e feriados.

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    Pargrafo nico. Poder ser atribudo horrio especial de trabalho aos presosdesignados para os servios de conservao e manuteno do estabelecimento penal.

    Art. 34. O trabalho poder ser gerenciado por fundao, ou empresa pblica, com

    autonomia administrativa, e ter por objetivo a formao profissional do condenado. 1. Nessa hiptese, incumbir entidade gerenciadora promover e supervisionar aproduo, com critrios e mtodos empresariais, encarregar-se de sua comercializao, bemcomo suportar despesas, inclusive pagamento de remunerao adequada. (Renumerado pelaLei n. 10.792, de 1.12.2003)

    2. Os governos federal, estadual e municipal podero celebrar convnio com ainiciativa privada, para implantao de oficinas de trabalho referentes a setores de apoio dos

    presdios. (Includo pela Lei n. 10.792, de 1.12.2003)4

    Art. 35. Os rgos da administrao direta ou indireta da Unio, Estados, Territrios,Distrito Federal e dos Municpios adquiriro, com dispensa de concorrncia pblica, os bens

    ou produtos do trabalho prisional, sempre que no for possvel ou recomendvel realizar-se avenda a particulares.Pargrafo nico. Todas as importncias arrecadadas com as vendas revertero em

    favor da fundao ou empresa pblica a que alude o artigo anterior ou, na sua falta, doestabelecimento penal.

    Seo IIIDO TRABALHO EXTERNO

    Art. 36. O trabalho externo ser admissvel para os presos em regime fechado somenteem servio ou obras pblicas realizados por rgos da administrao direta ou indireta, ou

    entidades privadas, desde que tomadas as cautelas contra a fuga e em favor da disciplina. 1 O limite mximo do nmero de presos ser de dez por cento do total de

    empregados na obra. 2 Caber ao rgo da administrao, entidade ou empresa empreiteira a

    remunerao desse trabalho. 3 A prestao de trabalho a entidade privada depende do consentimento expresso

    do preso.Art. 37. A prestao de trabalho externo, a ser autorizada pela direo do

    estabelecimento, depender de aptido, disciplina e responsabilidade, alm do cumprimentomnimo de um sexto da pena.

    Pargrafo nico. Revogar-se- a autorizao de trabalho externo ao preso que vier apraticar fato definido como crime, for punido por falta grave, ou tiver comportamentocontrrio aos requisitos estabelecidos neste artigo.

    Do trabalho do condenado (arts. 28/37 da Lep):

    - O condenado est obrigado ao trabalho;

    4Os governos federal, estadual e municipal, ficam autorizados a celebrar convnio com a iniciativaprivada, respeitada a lei de responsabilidade fiscal, para implantao de oficinas de trabalho referentesa setores de apoio dos presdios.

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    - O trabalho do preso ser sempre remunerado (art. 39 do CP e 29 da Lep);

    - Valor da remunerao (2 parte do art. 29 da Lep): Nunca inferior a dosalrio mnimo;

    - Prestao de servio comunidade (pena restritiva de direitos): No

    remunerado;

    - Direitos trabalhista e Previdencirio: Embora no sujeito ao regime da CLT

    (art. 28, 2 da Lep), tem direito previdncia social (arts. 41, III da Lep e 39 do

    CP);

    - Destinao da remunerao do preso: 1 do art. 29 da Lep;

    - Peclio: Parte da remunerao que deve ser depositada em caderneta de

    poupana;

    - Situaes que autorizam a entrega do saldo do peclio ao preso:Arts. 29,

    2 e 138, todos da Lep;

    - Tipos de trabalho:

    . Interno:Obrigatrio, exceo do preso provisrio e poltico;

    . Externo:Permitido no regime fechado (somente em servios ou obras pblicas,

    com cautelas de segurana) e no semi-aberto (podendo tambm freqentar cursos

    profissionalizantes, de 2 grau ou superior). Requisitos para o trabalho externo:

    Ser deferida pela administrao prisional (direito administrativo), aps o

    cumprimento de 1/6 da pena, aptido, disciplina e responsabilidade. Carga horria:

    No inferior a 6, nem superior a 8 horas, com descanso aos domingos e feriados,

    salvo aquele que for prestado na manuteno ou conservao do estabelecimento

    prisional;

    - Causas de revogao do trabalho externo: nico do art. 37 da Lep;

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    - Crime hediondo e trabalho externo: A Lei n. 8.072, de 25/7/90 que dispe

    sobre os crimes hediondos, no veda o exerccio de trabalho externo, nem o

    direito remio da pena, desde que preenchidos todos os requisitos legais;

    - Horrio especial de trabalho ( nico do art. 33 da Lep): Permitido aos

    presos que trabalham na manuteno e conservao do estabelecimento

    prisional;

    - Maiores de 60 anos, doentes e deficientes fsicos ( 2 e 3 do art. 32 da

    Lep): Exercero ocupao adequada a sua idade e ao seu estado.

    Captulo IVDOS DEVERES, DOS DIREITOS E DA DISCIPLINASeo IDOS DEVERES

    Art. 38. Cumpre ao condenado, alm das obrigaes legais inerentes ao seu estado,submeter-se s normas de execuo da pena.

    Art. 39. Constituem deveres do condenado:I comportamento disciplinado e cumprimento fiel da sentena;II obedincia ao servidor e respeito a qualquer pessoa com quem deva relacionar-se;III urbanidade e respeito no trato com os demais condenados;IV conduta oposta aos movimentos individuais ou coletivos de fuga ou de subverso

    ordem ou disciplina;V execuo do trabalho, das tarefas e das ordens recebidas;VI submisso sano disciplinar imposta;VII indenizao vtima ou aos seus sucessores;VIII indenizao ao Estado, quando possvel, das despesas realizadas com a sua

    manuteno, mediante desconto proporcional da remunerao do trabalho;

    IX higiene pessoal e asseio da cela ou alojamento;X conservao dos objetos de uso pessoal.Pargrafo nico. Aplica-se ao preso provisrio, no que couber, o disposto neste artigo.

    Seo IIDOS DIREITOS

    Art. 40. Impe-se a todas as autoridades o respeito integridade fsica e moral doscondenados e dos presos provisrios.

    Art. 41. Constituem direitos do preso:

    I alimentao suficiente e vesturio;

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    II atribuio de trabalho e sua remunerao;III previdncia social;IV constituio de peclio;

    V proporcionalidade na distribuio do tempo para o trabalho, o descanso e arecreao;VI exerccio das atividades profissionais, intelectuais, artsticas e desportivas

    anteriores, desde que compatveis com a execuo da pena;VII assistncia material, sade, jurdica, educacional, social e religiosa;VIII proteo contra qualquer forma de sensacionalismo;IX entrevista pessoal e reservada com o advogado;X visita do cnjuge, da companheira, de parentes e amigos em dias determinados;XI chamamento nominal;XII igualdade de tratamento, salvo quanto exigncia da individualizao da pena;XIII audincia especial com o diretor do estabelecimento;

    XIV representao e petio a qualquer autoridade em defesa de direito;XV contato com o mundo exterior por meio de correspondncia escrita, da leitura ede outros meios de informao que no comprometam a moral e os bons costumes5;

    XVI atestado de pena a cumprir, emitido anualmente, sob pena de responsabilidadeda autoridade judiciria competente. (Includo pela Lei n. 10.713, de 13.8.2003)

    Pargrafo nico. Os direitos previstos nos incisos V, X e XV podero ser suspensos ourestringidos mediante ato motivado do diretor do estabelecimento.

    Art. 42. Aplica-se ao preso provisrio e ao submetido medida de segurana, no quecouber, o disposto nesta seo.

    Art. 43. assegurada a liberdade de contratar mdico de confiana pessoal dointernado ou do submetido a tratamento ambulatorial, por seus familiares ou dependentes, afim de orientar e acompanhar o tratamento.

    Pargrafo nico. As divergncias entre o mdico oficial e o particular sero resolvidaspelo juiz da execuo.

    Seo IIIDA DISCIPLINASubseo IDISPOSIES GERAIS

    Art. 44. A disciplina consiste na colaborao com a ordem, na obedincia sdeterminaes das autoridades e seus agentes e no desempenho do trabalho.

    Pargrafo nico. Esto sujeitos disciplina o condenado pena privativa de liberdadeou restritiva de direitos e o preso provisrio.

    5 A Lei n. 9.296, de 24/07/96, permite a interceptao telefnica, de comunicao em sistemas deinformtica e telemtica, quando houver indcios de prtica de infrao penal, desde que devidamenteautorizada judicialmente e a Resoluo n. 306, de 05/08/2002, da ANATEL, aprovou norma paracertificao e homologao de bloqueador de sinais de radiocomunicaes em estabelecimentospenitencirios.

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    Art. 45. No haver falta nem sano disciplinar sem expressa e anterior previso legal

    ou regulamentar.

    1 As sanes no podero colocar em perigo a integridade fsica e moral docondenado. 2 vedado o emprego de cela escura. 3 So vedadas as sanes coletivas.

    Art. 46. O condenado ou denunciado, no incio da execuo da pena ou da priso, sercientificado das normas disciplinares.

    Art. 47. O poder disciplinar, na execuo da pena privativa de liberdade, ser exercidopela autoridade administrativa conforme as disposies regulamentares.

    Art. 48. Na execuo das penas restritivas de direitos, o poder disciplinar ser exercidopela autoridade administrativa a que estiver sujeito o condenado.Pargrafo nico. Nas faltas graves, a autoridade representar ao juiz da execuo para

    os fins dos artigos 118, inciso I, 125, 181, 1, letra d, e 2 desta lei.

    Subseo IIDAS FALTAS DISCIPLINARES

    Art. 49. As faltas disciplinares classificam-se em leves, mdias e graves. A legislaolocal especificar as leves e mdias, bem assim as respectivas sanes.

    Pargrafo nico. Pune-se a tentativa com a sano correspondente falta consumada.

    Art. 50. Comete falta grave o condenado pena privativa de liberdade que:I incitar ou participar de movimento para subverter a ordem ou a disciplina6;II fugir;III possuir, indevidamente, instrumento capaz de ofender a integridade fsica de

    outrem;IV provocar acidente de trabalho;V descumprir, no regime aberto, as condies impostas;VI inobservar os deveres previstos nos incisos II e V do artigo 39, desta lei;VII- tiver em sua posse, utilizar ou fornecer aparelho telefnico, de rdio ou similar,

    que permita a comunicao com outros presos ou com o ambiente externo. (Includo pela Lein. 11.466, de 28-3-07)

    Pargrafo nico. O disposto neste artigo aplica-se, no que couber, ao preso provisrio.

    Art. 51. Comete falta grave o condenado pena restritiva de direitos que:

    I descumprir, injustificadamente, a restrio imposta;II retardar, injustificadamente, o cumprimento da obrigao imposta;

    6Art. 6 No caso de motim, o Diretor do Estabelecimento Prisional poder determinar a transfernciado preso, comunicando-a ao juiz competente no prazo de at vinte e quatro horas. (art. 6 da Lei n10.792, de 1/12/2003)

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    III inobservar os deveres previstos nos incisos II e V do artigo 39 desta lei.

    Art. 52. A prtica de fato previsto como crime doloso constitui falta grave e, quando

    ocasione subverso da ordem ou disciplina internas, sujeita o preso provisrio, ou condenado,sem prejuzo da sano penal, ao regime disciplinar diferenciado7 8, com as seguintescaractersticas: (Redao dada pela Lei n. 10.792, de 1.12.2003)

    I- durao mxima de trezentos e sessenta dias, sem prejuzo de repetio da sanopor nova falta grave de mesma espcie, at o limite de um sexto da pena aplicada; (Includopela Lei n. 10792, de 1.12.2003)

    II- recolhimento em cela individual; (Includo pela Lei n. 10.792, de 1.12.2003)III- visitas semanais de duas pessoas, sem contar as crianas, com durao de duas

    horas; (Includo pela Lei n. 10.792, de 1.12.2003)IV- o preso ter direito sada da cela por 2 horas dirias para banho de sol. (Includo

    pela Lei n. 10.792, de 1.12.2003)

    1 O regime disciplinar diferenciado tambm poder abrigar presos provisrios oucondenados, nacionais ou estrangeiros, que apresentem alto risco para a ordem e a seguranado estabelecimento penal ou da sociedade. (Includo pela Lei n. 10.792, de 1.12.2003)

    2 Estar igualmente sujeito ao regime disciplinar diferenciado o preso provisrioou o condenado sob o qual recaiam fundadas suspeitas de envolvimento ou participao, aqualquer ttulo, em organizaes criminosas, quadrilha ou bando. (Includo pela Lei n.10.792, de 1.12.2003)

    Subseo IIIDAS SANES E DAS RECOMPENSAS

    Art. 53. Constituem sanes disciplinares:I - advertncia verbal;II - repreenso;III - suspenso ou restrio de direitos (art. 41, pargrafo nico);IV - isolamento na prpria cela ou em local adequado, nos estabelecimentos que

    possuam alojamento coletivo, observado o disposto no artigo 88, desta lei;V- incluso no regime disciplinar diferenciado. (Includo pela Lei n. 10.792, de

    1.12.2003)

    7Ser aplicado por prvio e fundamentado despacho do juiz competente (caput do art. 54 da Lep)8Art. 5oNos termos do disposto no inciso I do art. 24 da Constituio da Repblica, observados osarts. 44 a 60 da Lei n 7.210, de 11 de junho de 1984, os Estados e o Distrito Federal poderoregulamentar o regime disciplinar diferenciado, em especial para:I - estabelecer o sistema de rodzio entre os agentes penitencirios que entrem em contato direto comos presos provisrios e condenados;II - assegurar o sigilo sobre a identidade e demais dados pessoais dos agentes penitencirios lotadosnos estabelecimentos penais de segurana mxima;III - restringir o acesso dos presos provisrios e condenados aos meios de comunicao de informao;IV - disciplinar o cadastramento e agendamento prvio das entrevistas dos presos provisrios oucondenados com seus advogados, regularmente constitudos nos autos da ao penal ou processo deexecuo criminal, conforme o caso;V - elaborar programa de atendimento diferenciado aos presos provisrios e condenados, visando a suareintegrao ao regime comum e recompensando-lhes o bom comportamento durante o perodo desano disciplinar." (NR) (art. 5 da Lei n 10.792, de 1.12.2003)

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    Art. 54. As sanes dos incisos I a IV do art. 53 sero aplicadas por ato motivado dodiretor do estabelecimento e a do inciso V, por prvio e fundamentado despacho do juizcompetente. (Redao dada pela Lei n. 10.792, de 1.12.2003)

    1 A autorizao para a incluso do preso em regime disciplinar depender derequerimento circunstanciado elaborado pelo diretor do estabelecimento ou outra autoridadeadministrativa. (Includo pela Lei n. 10.792, de 1.12.2003)

    2 A deciso judicial sobre incluso de preso em regime disciplinar ser precedida demanifestao do Ministrio Pblico e da defesa e prolatada no prazo mximo de quinze dias.(Includo pela Lei n. 10.792, de 1.12.2003)

    Art. 55. As recompensas tm em vista o bom comportamento reconhecido em favor docondenado, de sua colaborao com a disciplina e de sua dedicao ao trabalho.

    Art. 56. So recompensas:

    I o elogio;II a concesso de regalias.Pargrafo nico. A legislao local e os regulamentos estabelecero a natureza e a

    forma da concesso de regalias.

    Subseo IVDA APLICAO DAS SANES

    Art. 57. Na aplicao das sanes disciplinares levar-se-o em conta a natureza, osmotivos, as circunstncias e as conseqncias do fato, bem como a pessoa do faltoso e seutempo de priso. (Redao dada pela Lei n. 10.792, de 1.12.2003)

    Pargrafo nico. Nas faltas graves, aplicam-se as sanes previstas nos incisos III a Vdo artigo 53 desta lei. (Redao dada pela Lei n. 10.792, de 1.12.2003)

    Art. 58. O isolamento, a suspenso e a restrio de direitos no podero exceder atrinta dias, ressalvada a hiptese do regime disciplinar diferenciado. (Redao dada pela Lein. 10.792, de 1.12.2003)

    Pargrafo nico. O isolamento ser sempre comunicado ao juiz da execuo.

    Subseo VDO PROCEDIMENTO DISCIPLINAR

    Art. 59. Praticada a falta disciplinar, dever ser instaurado o procedimento para suaapurao, conforme regulamento, assegurado o direito de defesa.

    Pargrafo nico. A deciso ser motivada.

    Art. 60. A autoridade administrativa poder decretar o isolamento preventivo dofaltoso, pelo prazo mximo de dez dias. A incluso do preso no regime disciplinardiferenciado, no interesse da disciplina e da averiguao do fato, depender de despacho do

    juiz competente. (Redao dada pela Lei n. 10.792, de 1.12.2003)Pargrafo nico. O tempo de isolamento ou incluso preventiva no regime disciplinar

    diferenciado ser computado no perodo de cumprimento da sano disciplinar. (Redao

    dada pela Lei n. 10.792, de 1.12.2003)

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    Dos deveres do preso e da disciplina (arts. 38/60):

    - Deveres do preso: Submisso s normas disciplinares dos estabelecimentos

    prisionais;

    - Rol de deveres do condenado:Incisos do art. 39 da Lep;

    - Disciplina (arts. 44/60):Ao ingressar no estabelecimento prisional o condenado

    ou o preso provisrio deve ser cientificado das normas disciplinares a que estsujeito;

    - Princpio da anterioridade da lei (caput do art. 45 da Lep e 1 do CP): S

    haver sano disciplinar com expressa previso legal:

    Processual penal. Habeas corpus. Regresso de regime prisional por

    se achar o recluso embriagado. Apreciao no ato impugnado

    atravs do WRIT: Possibilidade. Violao do princpio da reserva

    legal: o art. 50 da Lep no arrola a ebriez como falta grave. Ordem

    concedida (grifei) (Habeas corpus n. 4435/SP (1996/0011005-0),

    publicado em 24/06/96, rel. Min. Adhemar Maciel, STJ).

    - expressamente proibido a aplicao de sanes disciplinares ilegais ( do art.

    45 da Lep);

    - Poder disciplinar (arts. 47 e 48):

    . Nas penas privativas de liberdade: caber autoridade administrativa indicada;

    . Nas penas restritivas de direitos: caber autoridade administrativa

    responsvel pelo condenado;

    - As faltas disciplinares so classificadas em: Leves, mdias e graves (arts.

    49/52);

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    - A pena disciplinar pelo cometimento de falta disciplinar tentada, ser a mesma

    aplicada falta consumada ( nico do art. 49);

    - Faltas graves praticadas pelo condenado pena privativa de liberdade:

    Incisos do art. 50 da Lep.

    Condenado que no cumpre com seus deveres. Fugas do presdio,

    mau comportamento carcerrio, agresso outros presos e

    algazarra no presdio. Progresso de regime indeferida (Recurso de

    agravo n. 364, da Capital/TJSC, publicado em 05/06/95, rel. Des.

    lvaro Wandelli).

    - Faltas graves praticadas pelo condenado pena restritiva de direitos:

    Incisos do art. 51 da Lep;

    - Cometimento de crime doloso pelo sentenciado (art. 52 e seus da Lep com

    a nova redao dada pelo art. 1 da Lei n. 10.792, de 1/12/2003): Constitui falta

    grave, sem prejuzo da sano penal correspondente;

    - Regime disciplinar diferenciado (RDD) e suas caractersticas (art. 52 e seus

    , com a nova redao dada pelo art. 1 da Lei n. 10.792/2003):

    Art. 52. A prtica de fato previsto como crime doloso constitui falta grave e,quando ocasione subverso da ordem ou disciplina internas, sujeita o presoprovisrio, ou condenado, sem prejuzo da sano penal, ao regime disciplinardiferenciado, com as seguintes caractersticas: (Redao dada pela Lei n. 10.792,de 1.12.2003)

    I- durao mxima de trezentos e sessenta dias, sem prejuzo de repetio dasano por nova falta grave de mesma espcie, at o limite de um sexto da penaaplicada; (Includo pela Lei n. 10792, de 1.12.2003)

    II- recolhimento em cela individual; (Includo pela Lei n. 10.792, de1.12.2003)

    III- visitas semanais de duas pessoas, sem contar as crianas, com duraode duas horas; (Includo pela Lei n. 10.792, de 1.12.2003)

    IV- o preso ter direito sada da cela por 2 horas dirias para banho de sol.(Includo pela Lei n. 10.792, de 1.12.2003)

    1 O regime disciplinar diferenciado tambm poder abrigar presosprovisrios ou condenados, nacionais ou estrangeiros, que apresentem alto risco

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    para a ordem e a segurana do estabelecimento penal ou da sociedade. (Includopela Lei n. 10.792, de 1.12.2003)

    2 Estar igualmente sujeito ao regime disciplinar diferenciado o preso

    provisrio ou o condenado sob o qual recaiam fundadas suspeitas de envolvimentoou participao, a qualquer ttulo, em organizaes criminosas, quadrilha ou bando.(Includo pela Lei n. 10.792, de 1.12.2003)

    Sntese sobre o RDD:

    REGRA

    (art. 52, caput da Lep)

    1 EXCEO

    (art. 52, 1 da Lep)

    2 EXCEO

    (art. 52, 2 da Lep)

    Presos provisrios oucondenados (apenas

    nacionais), que pratiquem

    crime doloso e acasionem

    subverso ordem ou

    disciplina internas, praticado

    dentro do estabelecimento

    prisional.

    Presos provisrios oucondenados (nacionais ou

    estrangeiros), que

    apresentem alto risco para

    a ordem e a segurana do

    estabelecimento penal ou

    da sociedade, por fatos

    praticados dentro ou fora do

    estabelecimento prisional.

    Presos provisrios oucondenados (apenas

    nacionais), sob os quais

    recaiam fundadas suspeitas

    de envolvimento ou

    participao, a qualquer

    ttulo, em organizaes

    criminosas, quadrilha ou

    bando, por fatos praticados

    dentro ou fora do

    estabelecimento prisional.

    - Apurao das faltas disciplinares (arts. 59/60): Mediante processo

    administrativo, permitido o isolamento do faltoso por at 10 dias;

    - Apurao e deciso judicial de falta grave que enseje o RDD ( 1 e 2 do art.

    54 e 2 parte do caput do art. 62, todos da Lep): A apurao ser mediante

    processo administrativo, com a incluso do preso, desde logo, no RDD, atravs de

    despacho judicial. J a incluso do preso no RDD, depender de requerimento

    circunstanciado do diretor do estabelecimento ou outra autoridade administrativa,

    mediante deciso judicial, prolatada no prazo de 15 dias, precedida de manifestao

    do MP e da defesa ( 2 do art. 54 da Lep) .

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    - Sanes e recompensas (arts. 53/56):

    . Sanes disciplinares:

    - Aplicadas pelo diretor do estabelecimento: Advertncia verbal;

    repreenso; suspenso ou restrio de direitos, por at 30 dias; e, isolamento

    na prpria cela, por at 30 dias, ressalvada a hiptese do regime disciplinar

    diferenciado, devidamente comunicado ao juiz da execuo.

    - Aplicada por prvio e fundamentado despacho do juiz competente

    (2 parte do art. 54 da Lep): Incluso em regime disciplinar

    diferenciado.

    .Recompensas:Consistem no elogio e concesso de regalias, em razo de

    bom comportamento, colaborao com a disciplina e dedicao ao trabalho.

    Ttulo IIIDOS RGOS DA EXECUO PENALCaptulo IDISPOSIES GERAIS

    Art. 61. So rgos da execuo penal:I o Conselho Nacional de Poltica Criminal e Penitenciria;II o Juzo da Execuo;III o Ministrio Pblico;IV o Conselho Penitencirio;V os Departamentos Penitencirios;VI o Patronato;VII o Conselho da Comunidade.

    Captulo IIDO CONSELHO NACIONAL DE POLTICA CRIMINAL E PENITENCIRIA

    Art. 62. O Conselho Nacional de Poltica Criminal e Penitenciria, com sede naCapital da Repblica, subordinado ao Ministrio da Justia.

    Art. 63. O Conselho Nacional de Poltica Criminal e Penitenciria ser integrado portreze membros designados atravs de ato do Ministrio da Justia, dentre professores e

    profissionais da rea do Direito Penal, Processual Penal, Penitencirio e cincias correlatas,bem como por representantes da comunidade e dos Ministrios da rea social.

    Pargrafo nico. O mandato dos membros do Conselho ter a durao de dois anos,renovado um tero em cada ano.

    Art. 64. Ao Conselho Nacional de Poltica Criminal e Penitenciria, no exerccio desuas atividades, em mbito federal ou estadual, incumbe:

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    I propor diretrizes da poltica criminal quanto preveno do delito, Administraoda Justia Criminal e execuo das penas e das medidas de segurana;

    II contribuir na elaborao de planos nacionais de desenvolvimento, sugerindo as

    metas e prioridades da poltica criminal e penitenciria;III promover a avaliao peridica do sistema criminal para a sua adequao snecessidades do Pas;

    IV estimular e promover a pesquisa criminolgica;V elaborar programa nacional penitencirio de formao e aperfeioamento do

    servidor;VI estabelecer regras sobre a arquitetura e construo de estabelecimentos penais e

    casas de albergados;VII estabelecer os critrios para a elaborao da estatstica criminal;VIII inspecionar e fiscalizar os estabelecimentos penais, bem assim informar-se,

    mediante relatrios do Conselho Penitencirio, requisies, visitas ou outros meios, acerca do

    desenvolvimento da execuo penal nos Estados, Territrios e Distrito Federal, propondo sautoridades dele incumbidas as medidas necessrias ao seu aprimoramento;IX representar ao juiz da execuo ou autoridade administrativa para instaurao

    de sindicncia ou procedimento administrativo, em caso de violao das normas referentes execuo penal;

    X representar autoridade competente para a interdio, no todo ou em parte, deestabelecimento penal.

    Captulo IIIDO JUZO DA EXECUO

    Art. 65. A execuo penal competir ao juiz indicado na lei local de organizaojudiciria e, na sua ausncia, ao da sentena.

    Art. 66. Compete ao juiz da execuo:I aplicar aos casos julgados lei posterior que de qualquer modo favorecer o

    condenado;II declarar extinta a punibilidade;III decidir sobre:a) soma ou unificao de penas;

    b) progresso ou regresso nos regimes;c) detrao e remio da pena;

    d) suspenso condicional da pena;e) livramento condicional;f) incidentes da execuo;

    IV autorizar sadas temporrias;V determinar:a) a forma de cumprimento da pena restritiva de direitos e fiscalizar sua execuo;b) a converso da pena restritiva de direitos e de multa em privativa de liberdade;c) a converso da pena privativa de liberdade em restritiva de direitos;

    d) a aplicao da medida de segurana, bem como a substituio da pena por medidade segurana;

    e) a revogao da medida de segurana;f) a desinternao e o restabelecimento da situao anterior;g) o cumprimento de pena ou medida de segurana em outra Comarca;

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    h) a remoo do condenado na hiptese prevista no 1 do artigo 86 desta lei;VI zelar pelo correto cumprimento da pena e de medida de segurana;VII inspecionar, mensalmente, os estabelecimentos penais, tomando providncias

    para o adequado funcionamento e promovendo, quando for o caso, a apurao deresponsabilidade;VIII interditar, no todo ou em parte, estabelecimento penal que estiver funcionando

    em condies inadequadas ou com infringncia aos dispositivos desta lei;IX compor e instalar o Conselho da Comunidade;X- emitir anualmente atestado de pena a cumprir. (Includo pela Lei n. 10.792, de

    1.12.2003)

    Captulo IVDO MINISTRIO PBLICO

    Art. 67. O Ministrio Pblico fiscalizar a execuo da pena e da medida desegurana, oficiando no processo executivo e nos incidentes da execuo.

    Art. 68. Incumbe, ainda, ao Ministrio Pblico:I fiscalizar a regularidade formal das guias de recolhimento e de internamento;

    II requerer:a) todas as providncias necessrias ao desenvolvimento do processo executivo;

    b) a instaurao dos incidentes de excesso ou desvio da execuo;c) a aplicao de medida de segurana, bem como a substituio da pena por medida de

    segurana;d) a revogao da medida de segurana;

    e) a converso de penas, a progresso ou regresso nos regimes e a revogao dasuspenso condicional da pena e do livramento condicional;

    f) a internao, a desinternao e o restabelecimento da situao anterior;III interpor recursos de decises proferidas pela autoridade judiciria, durante a

    execuo.

    Pargrafo nico. O rgo do Ministrio Pblico visitar mensalmente osestabelecimentos penais, registrando a sua presena em livro prprio.

    Captulo VDO CONSELHO PENITENCIRIO

    Art. 69. O Conselho Penitencirio rgo consultivo e fiscalizador da execuo dapena.

    1 O Conselho ser integrado por membros nomeados pelo Governador do Estado,do Distrito Federal e dos Territrios, dentre professores e profissionais da rea do DireitoPenal, Processual Penal, Penitencirio e cincias correlatas, bem como por representantes dacomunidade. A legislao federal e estadual regular o seu funcionamento.

    2 O mandato dos membros do Conselho Penitencirio ter a durao de quatro anos.

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    Art. 70. Incumbe ao Conselho Penitencirio9:I emitir parecer sobre indulto e comutao de pena, excetuada a hiptese de pedido

    de indulto com base no estado de sade do preso; (Redao dada pela Lei n. 10.792, de

    1.12.2003)II inspecionar os estabelecimentos e servios penais;III apresentar, no primeiro trimestre de cada ano, ao Conselho Nacional de Poltica

    Criminal e Penitencirio, relatrio dos trabalhos efetuados no exerccio anterior;IV supervisionar os patronatos, bem como a assistncia aos egressos.

    Captulo VIDOS DEPARTAMENTOS PENITENCIRIOSSeo IDO DEPARTAMENTO PENITENCIRIO NACIONAL

    Art. 71. O Departamento Penitencirio Nacional, subordinado ao Ministrio da Justia, rgo executivo da Poltica Penitenciria Nacional e de apoio administrativo e financeiro doConselho Nacional de Poltica Criminal e Penitenciria.

    Art. 72. So atribuies do Departamento Penitencirio Nacional:I acompanhar a fiel aplicao das normas de execuo penal em todo o territrio

    nacional;II inspecionar e fiscalizar periodicamente os estabelecimentos e servios penais;III assistir tecnicamente as unidades federativas na implementao dos princpios e

    regras estabelecidas nesta lei;IV colaborar com as unidades federativas, mediante convnios, na implantao de

    estabelecimentos e servios penais;V colaborar com as unidades federativas para a realizao de cursos de formao de

    pessoal penitencirio e de ensino profissionalizante do condenado e do internado.VI- estabelecer, mediante convnios com as unidades federativas, o cadastro nacional

    das vagas existentes em estabelecimentos locais destinadas ao cumprimento de penasprivativas de liberdade aplicadas pela justia de outra unidade federativa, em especial parapresos sujeitos a regime disciplinar. (Includo pela Lei n. 10.792, de 1.12.2003)

    Pargrafo nico. Incumbem tambm ao Departamento a coordenao e superviso dosestabelecimentos penais e de internamento federais.

    Seo IIDO DEPARTAMENTO PENITENCIRIO LOCAL

    Art. 73. A legislao local poder criar Departamento Penitencirio ou rgo similar,com as atribuies que estabelecer.

    Art. 74. O Departamento Penitencirio local, ou rgo similar, tem por finalidadesupervisionar e coordenar os estabelecimentos penais da unidade da Federao a que

    pertencer.

    9O Conselho Penitencirio deixou de emitir parecer em livramento condicional.

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    Seo IIIDA DIREO E DO PESSOAL DOS ESTABELECIMENTOS PENAIS

    Art. 75. O ocupante do cargo de diretor de estabelecimento dever satisfazer osseguintes requisitos:

    I ser portador de diploma de nvel superior de Direito, ou Psicologia, ou CinciasSociais, ou Pedagogia, ou Servios Sociais;

    II possuir experincia administrativa na rea;III ter idoneidade moral e reconhecida aptido para o desempenho da funo.Pargrafo nico. O diretor dever residir no estabelecimento, ou nas proximidades, e

    dedicar tempo integral sua funo.

    Art. 76. O Quadro do Pessoal Penitencirio ser organizado em diferentes categoriasfuncionais, segundo as necessidades do servio, com especificao de atribuies relativas sfunes de direo, chefia e assessoramento do estabelecimento e s demais funes.

    Art. 77. A escolha do pessoal administrativo, especializado, de instruo tcnica e devigilncia atender a vocao, preparao profissional e antecedentes pessoais do candidato.

    1 O ingresso do pessoal penitencirio, bem como a progresso ou a ascensofuncional dependero de recursos especficos de formao, procedendo-se reciclagem

    peridica dos servidores em exerccio.2 No estabelecimento para mulheres somente se permitir o trabalho de pessoal do

    sexo feminino, salvo quando se tratar de pessoal tcnico especializado.

    Captulo VIIDO PATRONATO

    Art. 78. O Patronato pblico ou particular destina-se a prestar assistncia aosalbergados e aos egressos (art. 26).

    Art. 79. Incumbe tambm ao Patronato:I orientar os condenados pena restrita de direitos;II fiscalizar o cumprimento das penas de prestao de servios comunidade e de

    limitao de fim de semana;III colaborar na fiscalizao do cumprimento das condies da suspenso e do

    livramento condicional.

    Captulo VIIIDO CONSELHO DA COMUNIDADE

    Art. 80. Haver, em cada Comarca, um Conselho da Comunidade, composto, nomnimo, por um representante de associao comercial ou industrial, um advogado indicado

    pela seo da Ordem dos Advogados do Brasil e um assistente social escolhido pela

    Delegacia Seccional do Conselho Nacional de Assistentes Sociais.Pargrafo nico. Na falta da representao prevista neste artigo, ficar a critrio dojuiz da execuo a escolha dos integrantes do Conselho.

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    Art. 81. Incumbe ao Conselho da Comunidade:I visitar, pelo menos mensalmente, os estabelecimentos penais existentes naComarca;

    II entrevistar presos;III apresentar relatrios mensais ao juiz da execuo e ao Conselho Penitencirio;IV diligenciar a obteno de recursos materiais e humanos para melhor assistncia

    ao preso ou internado, em harmonia com a direo do estabelecimento.

    rgos da execuo penal (arts. 61/81):

    - rgos da execuo penal (art. 61 da Lep):

    - o Conselho Nacional de Poltica Criminal e Penitenciria (arts. 62/64);

    - o Juzo da Execuo (arts. 65/66);

    - o Ministrio Pblico (arts. 67/68);

    - o Conselho Penitencirio (arts. 69/70);

    - os Departamentos Penitencirios (arts. 71/72);

    - o Patronato (arts. 78/79); e,

    - o Conselho da Comunidade (arts. 80/81).

    - Juzo da execuo:Ser competente para execuo penal o juiz indicado na lei

    de organizao judiciria local e, na sua ausncia, o da sentena condenatria,

    salvo cumprimento da pena em local diverso da condenao:

    Competncia . Execuo penal. Incidente de execuo. Competncia

    do Juzo suscitado onde o apenado cumpre a pena. Inaplicabilidade

    do art. 65 da LEP. 'Em havendo transferncia do condenado do juzo

    da condenao para outra jurisdio, h imediato reflexo nacompetncia. A administrao da execuo da pena e a soluo dos

    respectivos incidentes, inclusive mudana de regime, compete ao

    juzo de onde se encontre transferido' (STJ CC n. 8397/BA j.

    01.12.94 rel. Min. Luiz Vicente Cernicchiaro DJU 03.04.95).

    (Grifei) (Conflito de jurisdio n. 00.010479-5, Tubaro/TJSC, rel.

    Des. Nilton Macedo Machado, DJ n. 10.536, de 05.09.00, p. 17).

    - Varas privativas de execuo penal no Estado de Santa Catarina: Vara deexecues Penais da Grande Florianpolis (res. n. 16/06 GP/TJSC), Chapec e

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    Curitibanos. Nas demais Comarcas a execuo penal competir ao Juzo da

    condenao, salvo cumprimento da pena em outra Comarca;

    - Nova competncia do Juiz da execuo penal (Novo inciso acrescido pela Lei

    n. 10.713, de 13/8/2003 ao art. 66 da Lep):Emitir anualmente atestado de pena a

    cumprir;

    - Ministrio Pblico:Sua manifestao obrigatria nos incidentes de execuo

    penal (Recurso de agravo n. 324, de Itaja, publicado em 18/10/94, rel. Des. Solon

    d'a Neves); Apenas sua intimao ser obrigatria (Recurso de agravo n.

    98.011098-0, de Itaja/TJSC, publicado em 17/11/98, rel. Des. Paulo Gallotti);

    - Diretor de estabelecimentos penais. Requisitos:Arts. 75/77 da Lep, devendo

    residir no estabelecimento penal ou nas proximidades, com dedicao exclusiva

    funo;

    - O Conselho Penitencirio, com a alterao introduzida pela Lei n. 10.792/2003, ao

    inciso I do art. 70 da Lep, no mais emite parecer em pedido de livramento

    condicional, emitindo parecer sobre indulto e comutao de pena, excetuada a

    hiptese de pedido de indulto o com base no estado de sade do preso.

    Ttulo IVDOS ESTABELECIMENTOS PENAIS10

    Captulo I

    10 Art. 3o Os estabelecimentos penitencirios disporo de aparelho detector de metais, aos quaisdevem se submeter todos que queiram ter acesso ao referido estabelecimento, ainda que exeramqualquer cargo ou funo pblica.Art. 4o Os estabelecimentos penitencirios, especialmente os destinados ao regime disciplinardiferenciado, disporo, dentre outros equipamentos de segurana, de bloqueadores de telecomunicaopara telefones celulares, rdio-transmissores e outros meios, definidos no art. 60, 1, da Lei n 9.472,de 16 de julho de 1997.Art. 7 A Unio definir os padres mnimos dos presdios destinados ao cumprimento de regimedisciplinar.Art. 8 A Unio priorizar, quando da construo de presdios federais, os estabelecimentos que sedestinem a abrigar presos provisrios ou condenados sujeitos a regime disciplinar diferenciado. (arts.3, 4, 7 e 8 da Lei n 10.792, de 01/12/2003)

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    DISPOSIES GERAIS

    Art. 82. Os estabelecimentos penais destinam-se ao condenado, ao submetido

    medida de segurana, ao preso provisrio e ao egresso. 1 A mulher e o maior de sessenta anos, separadamente, sero recolhidos aestabelecimento prprio e adequado sua condio pessoal.

    2 O mesmo conjunto arquitetnico poder abrigar estabelecimentos de destinaodiversa desde que devidamente isolados.

    Art. 83. O estabelecimento penal, conforme a sua natureza, dever contar em suasdependncias com reas e servios destinados a dar assistncia, educao, trabalho, recreaoe prtica esportiva.

    1 Haver instalao destinada a estagirio de estudantes universitrios. 2. Os estabelecimentos penais destinados a mulheres sero dotados de berrio, onde

    as condenadas possam amamentar seus filhos.Art. 84. O preso provisrio ficar separado do condenado por sentena transitada emjulgado.

    1 O preso primrio cumprir pena em seo distinta daquela reservada para osreincidentes.

    2 O preso que, ao tempo do fato, era funcionrio da Administrao da JustiaCriminal ficar em dependncia separada.

    Art. 85. O estabelecimento penal dever ter lotao compatvel com a sua estrutura efinalidade.

    Pargrafo nico. O Conselho Nacional de Poltica Criminal e Penitenciria

    determinar o limite mximo de capacidade do estabelecimento, atendendo a sua natureza epeculiaridades

    Art. 86. As penas privativas de liberdade aplicadas pela justia de uma unidadefederativa podem ser executadas em outra unidade, em estabelecimento local ou da Unio.

    1 A Unio Federal poder construir estabelecimento penal em local distante dacondenao para recolher os condenados, quando a medida se justifique no interesse dasegurana pblica ou do prprio condenado. (Redao dada pela Lei n. 10.792, de1.12.2003)

    2 Conforme a natureza do estabelecimento, nele podero trabalhar os liberados ouegressos que se dediquem a obras pblicas ou ao aproveitamento de terras ociosas.

    3 Caber ao juiz competente, a requerimento da autoridade administrativa definir oestabelecimento prisional adequado para abrigar o preso provisrio ou condenado, em atenoao regime e aos requisitos estabelecidos. (Includo pela Lei n. 10.792, de 1.12.2003)

    Captulo IIDA PENITENCIRIA

    Art. 87. A Penitenciria destina-se ao condenado pena de recluso, em regimefechado.

    Pargrafo nico. A Unio Federal, os Estados, o Distrito Federal e os Territriospodero construir Penitencirias destinadas, exclusivamente, aos presos provisrios e

    condenados que estejam em regime fechado, sujeitos ao regime disciplinar diferenciado, nostermos do art. 52 desta Lei. (Includo pela Lei n. 10.792, de 1.12.2003)

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    Art. 88. O condenado ser alojado em cela individual que conter dormitrio, aparelhosanitrio e lavatrio.

    Pargrafo nico. So requisitos bsicos da unidade celular:

    a) salubridade do ambiente para concorrncia dos fatores de aerao, insolao econdicionamento trmico adequado existncia humana;

    b) rea mnima de seis metros quadrados.

    Art. 89. Alm dos requisitos referidos no artigo anterior, a penitenciria de mulherespoder ser dotada de seo para gestante e parturiente e de creche com a finalidade de assistirao menor desamparado cuja responsvel esteja presa.

    Art. 90. A penitenciria de homens ser construda em local afastado do centro urbanoa distncia que no restrinja a visitao.

    Captulo IIIDA COLNIA AGRCOLA, INDUSTRIAL OU SIMILAR

    Art. 91. A Colnia Agrcola, Industrial ou similar destina-se ao cumprimento da penaem regime semi-aberto.

    Art. 92. O condenado poder ser alojado em compartimento coletivo, observados osrequisitos da letra ado pargrafo nico do artigo 88 desta lei.

    Pargrafo nico. So tambm requisitos bsicos das dependncias coletivas:a) a seleo adequada dos presos;

    b) o limite de capacidade mxima que atenda os objetivos de individualizao da pena.

    Captulo IVDA CASA DO ALBERGADO

    Art. 93. A Casa do Albergado destina-se ao cumprimento de pena privativa deliberdade, em regime aberto, e da pena de limitao de fim de semana.

    Art. 94. O prdio dever situar-se em centro urbano, separado dos demaisestabelecimentos, e caracterizar-se pela ausncia de obstculos fsicos contra a fuga.

    Art. 95. Em cada regio haver, pelos menos, uma Casa do Albergado, a qual deverconter, alm dos aposentos para acomodar os presos, local adequado para cursos e palestras.

    Pargrafo nico. O estabelecimento ter instalaes para os servios de fiscalizao eorientao dos condenados.

    Captulo VDO CENTRO DE OBSERVAO

    Art. 96. No Centro de Observao realizar-se-o os exames gerais e o criminolgico,

    cujos resultados sero encaminhados Comisso Tcnica de Classificao.Pargrafo nico. No Centro podero ser realizadas pesquisas criminolgicas.

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    Art. 97. O Centro de Observao ser instalado em unidade autnoma ou em anexo aestabelecimento penal.

    Art. 98. Os exames podero ser realizados pela Comisso Tcnica de Classificao, nafalta do Centro de Observao.

    Captulo VIDO HOSPITAL DE CUSTDIA E TRATAMENTO PSIQUITRICO

    Art. 99. O Hospital de Custdia e Tratamento Psiquitrico destina-se aos inimputveise semi-imputveis referidos no artigo 26 e seu pargrafo nico do Cdigo Penal.

    Pargrafo nico. Aplica-se ao Hospital, no que couber, o disposto no pargrafo nicodo artigo 88 desta lei.

    Art. 100. O exame psiquitrico e os demais exames necessrios ao tratamento soobrigatrios para todos os internados.

    Art. 101. O tratamento ambulatorial, previsto no art. 97, segunda parte, do CdigoPenal, ser realizado no Hospital de Custdio e Tratamento Psiquitrico ou em outro localcom dependncia mdica adequada.

    Captulo VIIDA CADEIA PBLICA

    Art. 102. A Cadeia Pblica destina-se ao recolhimento de presos provisrios.

    Art. 103. Cada Comarca ter, pelo menos, uma Cadeia Pblica a fim de resguardar ointeresse da Administrao da Justia Criminal e a permanncia do preso em local prximo aoseu meio social e familiar.

    Art. 104. O estabelecimento de que trata este Captulo ser instalado prximo decentro urbano, observando-se na construo as exigncias mnimas referidas no artigo 88 eseu pargrafo nico desta lei.

    Estabelecimentos penais (arts. 82/104):

    - Estabelecimentos penais:Destinam-se ao condenado, ao internado e ao preso

    provisrio;

    - Estabelecimento para mulheres: Trabalharo apenas mulheres, salvo pessoal

    tcnico especializado. Sero dotados de berrio (art. 83, 2 da Lep)

    - Superlotao carcerria: punida com a interdio do estabelecimento pelo Juiz

    da execuo penal (art. 65, VIII da Lep);

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    - Deve ser observada a separao de presos nos estabelecimentos penais (art. 84

    da Lep);

    - O preso que, ao tempo do fato, era funcionrio da Administrao da Justia

    criminal ficar em dependncia separada dos demais presos (art. 84, 2);

    - Condenao criminal imposta por um estado da Federao poder ser cumprida

    em outro estado (caput do art. 86 da Lep);

    - Estabelecimentos penais (arts. 82/104):

    Penitenciria (arts. 87/90 da Lep - pena de recluso em regime fechado):

    Cela individual com dormitrio, aparelho sanitrio e lavatrio, com rea mnima de 6

    metros quadrados;

    A Unio Federal, os Estados e o Distrito Federal podero construir

    penitenciria exclusivamente para presos provisrios e aos presos em regime

    fechado, sujeitos ao RDD ( nico do art. 87, inserido pela Lei n. 10.792/2003).

    Colnia agrcola, industrial ou similar (arts. 91 e 92 da Lep - pena de

    recluso ou deteno em regime semi-aberto): Alojamento coletivo, dentre outros

    requisitos;

    Casa do albergado(arts. 93/95 da Lep - pena em regime aberto e pena de

    limitao de fim de semana): Prdio desprovido de obstculos para fuga;

    Centro de observao (arts. 96/98 da Lep - Para realizao dos exames

    gerais e o criminolgico);

    Hospital de custdia e tratamento psiquitrico (arts. 99/101 da Lep -

    Destinada aos doentes mentais, aos portadores de desenvolvimento mental

    incompleto ou retardado e aos que manifestam perturbao das faculdades

    mentais): Com os mesmos requisitos da Penitenciria;

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    Cadeia pblica (arts. 102/104 da Lep - Destinada ao preso provisrio):

    Haver, pelo menos, uma em cada Comarca, com os mesmos requisitos da

    penitenciria;

    - Estabelecimentos penais e o regime disciplinar diferenciado (RDD):

    Art. 5 da Lei n. 10.792, de 1.12.2003: [...], Os Estados e o Distrito Federalpodero regulamentar o regime disciplinar diferenciado, em especial para:

    I- estabelecer sistema de rodzio entre os agentes penitencirios que entrem emcontato direto com os presos provisrios e condenados;

    II - assegurar o sigilo sobre a identidade e demais dados pessoais dos agentespenitencirios lotados nos estabelecimentos penais de segurana mxima;

    III- restringir o acesso dos presos provisrios e condenados aos meios decomunicao de informao;

    IV- disciplinar o cadastramento e agendamento prvio das entrevistas dos presosprovisrios ou condenados com seus advogados, regularmente constitudos nosautos da ao penal ou processo de execuo criminal, conforme o caso; e,

    V- elaborar programa de atendimento diferenciado aos presos provisrios econdenados, visando a sua reintegrao ao regime comum e recompensando-lhes obom comportamento durante o perodo de sano disciplinar.

    Art. 7 da Lei n. 10.792, de 1.12.2003: "A Unio definir os padres mnimos dopresdio destinado ao cumprimento de regime disciplinar.

    Art. 8 da Lei n. 10.792, de 1.12.2003: A Unio priorizar, quando da construo depresdios federais, os estabelecimentos que se destinem a abrigar presos provisriosou condenados sujeitos a regime disciplinar diferenciado.

    Priso especial (art. 295 do CPP e Lei n. 10.258/2001):

    - Priso especial (art. 295 do CPP e Lei n. 10.258/2001):At o trnsito em julgado

    da sentena penal condenatria (preso provisrio). Deve ser cumprida atualmente

    em cadeia pblica em cela separada dos demais presos comum ( 1, 2 e 3 do

    art. 295 do CPP) e no em sala de quartis;

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    - Entendimento do TJSC sobre a priso especial:

    .Pelo cumprimento em cadeia pblica, em cela separada dos demais presos:

    Habeas corpus n. 03.000948-5, de Ibirama/TJSC, rel. Des. Nilton Macedo Machado;

    . Pelo cumprimento da priso provisria em sala de quartel: Embargos de

    Declarao em Habeas Corpus n. 2002.013347-2, de Blumenau/TJSC, rel. Des.

    Newton Janke.

    Voto vencido do Des. Irineu Joo da Silva, exarado no Acrdo ltimo citado:

    [...] de se imaginar que os instrumentalizados com o saber,

    detentores de diplomas de curso superior, tenham noo mais bem

    definida dos limites entre o lcito e o ilcito. Senso crtico assim

    aperfeioado, mutatis mutandis, no justo que, tendo optado por

    delinqir, sejam favorecidos exatamente pela intelectualidade que

    lhes recomendava escolher o caminho do bem.

    inadmissvel que ns, magistrados, ou os advogados, enfim, quem

    quer que seja portador de diploma de curso superior, recebamos

    tratamento diferente da pessoa humilde, que no teve oportunidade

    de freqentar as escolas que freqentamos, razo pela qual penso

    ser inconstitucional o entendimento daqueles que propagam a

    mantena da priso especial em nosso ordenamento.

    Ttulo VDA EXECUO DAS PENAS EM ESPCIECaptulo IDAS PENAS PRIVATIVAS DE LIBERDADE

    Seo IDISPOSIES GERAIS

    Art. 105. Transitado em julgado a sentena que aplicar pena privativa de liberdade, seo ru estiver ou vier a ser preso, o juiz ordenar a expedio de guia de recolhimento para aexecuo.

    Art. 106. A guia de recolhimento extrada pelo escrivo, que a rubricar em todas asfolhas e assinar com o juiz, ser remetida autoridade administrativa incumbida da execuoe conter: I o nome do condenado;

    II a sua qualificao e o nmero de registro geral no rgo oficial de identificao;III o inteiro teor da denncia e da sentena condenatria, bem como certido de

    trnsito em julgado;

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    IV a informao sobre os antecedentes e o grau de instruo;V a data da terminao da pena;VI outras peas do processo reputadas indispensveis ao adequado tratamento

    penitencirio. 1 Ao Ministrio Pblico se dar cincia da guia de recolhimento. 2 A guia de recolhimento ser retificada sempre que sobrevier modificao quanto

    ao incio da execuo ou ao tempo de durao da pena. 3 Se o condenado, ao tempo do fato, era funcionrio da Administrao da Justia

    Criminal, far-se-, na guia, meno dessa circunstncia, para fins do disposto no 2. do artigo84 desta lei.

    Art. 107. Ningum ser recolhido, para cumprimento de pena privativa de liberdade,sem guia expedida pela autoridade judiciria.

    1 A autoridade administrativa incumbida da execuo passar recibo da guia derecolhimento, para junt-la aos autos do processo, e dar cincia dos seus termos ao

    condenado. 2 As guias de recolhimento sero registradas em livro especial, segundo a ordemcronolgica do recolhimento e anexadas ao pronturio do condenado, aditando-se no curso daexecuo, o clculo das remies e de outras retificaes posteriores.

    Art. 108. O condenado a quem sobrevier doena mental ser internado em Hospital deCustdia e Tratamento Psiquitrico.

    Art. 109. Cumprida ou extinta a pena, o condenado ser posto em liberdade, mediantealvar do juiz, se por outro motivo no estiver preso.

    - Incio da execuo das penas privativas de liberdade (art. 107): Com o

    trnsito em julgado da deciso para a acusao (execuo provisria) e com a

    priso do condenado;

    - Execuo provisria:

    Execuo penal Sentena condenatria com trnsito em julgado

    para acusao Recurso especial interposto pelo condenado

    Ausncia de efeito suspensivo Possibilidade de execuo

    provisria [...] (grifei) (Habeas corpus n. 00.018812-3, deBlumenau/TJSC, rel. Des. Solon d'Ea Neves, DJ n. 10584, de

    17/11/00, p. 20).

    - Guia de recolhimento:Ttulo executivo que viabiliza a execuo das penas,

    cuja expedio compete ao juzo da condenao e a retificao ao da execuo.

    Requisitos: incisos do art. 106 da Lep;

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    - Sempre que houver alterao da pena no decorrer da execuo, a Guia de

    recolhimento ser retificada (art. 107, 2) (STJ: Recurso ordinrio em Habeas

    corpus n. 6223/RJ (1997/0003062-8), publicado em 19/05/97, rel. Min. CidFlaquer Scartezzini);

    - Supervenincia de doena mental (art. 108 da Lep) gera o internao do

    condenado em hospital de custdia e tratamento psiquitrico, cujo prazo ser o

    do restante da pena privativa de liberdade:

    CRIMINAL. HC. EXECUO. PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE.

    SUPERVENINCIA DE DOENA MENTAL. MEDIDA DE

    SEGURANA SUBSTITUTIVA. RESTRITA AO TEMPO DE

    CUMPRIMENTO DA PENA. ORDEM CONCEDIDA.

    I - A medida de segurana prevista no Cdigo Penal aplicada

    ao inimputvel, no processo de conhecimento e tem prazo

    indeterminado, perdurando enquanto no for averiguada a

    cessao da periculosidade. J a medida de segurana prevista na

    Lei de Execues Penais aplicada quando, no curso na execuo

    da pena privativa de liberdade, sobrevier doena mental ou

    perturbao da sade mental, ocasio em que a pena substituda

    pela medida de segurana, que deve perdurar pelo perodo de

    cumprimento da pena imposta na sentena penal condenatria.

    II - A medida de segurana substitutiva adstrita ao tempo de

    cumprimento da pena privativa de liberdade fixada na sentena

    condenatria, sob pena de ofensa coisa julgada. III. Hiptese que

    trata de medida de segurana substitutiva da pena, aplicada aos

    imputveis que, no decorrer da execuo penal, foram acometidosde doena mental - diferentemente da medida de segurana aplicada

    aos inimputveis, que tem tempo indeterminado. IV Evidente o

    constrangimento ilegal, eis que a reprimenda encontra-se encerrada

    desde 27/01/01, devendo ser declarada extinta a medida de

    segurana substitutiva, pelo seu integral cumprimento. V - Ordem

    concedida, nos termos do voto do Relator (grifei) (HC 24455/SP;

    Habeas corpus2002/0119030-0, DJ 19/05/2003, p. 00242, rel. Min.

    Gilson Dipp, STJ). No mesmo sentido: HC 16752/SP, Habeas Corpus

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    2001/0054186-3, DJ 03/9/2001, p. 00234, rel. Min. JOS ARNALDO

    DA FONSECA, STJ).

    - Cumprimento integral da pena (art. 109):Expedio de alvar de soltura, caso

    no permanea preso por outro motivo (se por "AL" no estiver preso);

    Seo IIDOS REGIMES

    Art. 110. O juiz, na sentena, estabelecer o regime no qual o condenado iniciar ocumprimento da pena privativa de liberdade, observando o disposto no artigo 33 e seus

    pargrafos do Cdigo Penal.

    Art. 111. Quando houver condenao por mais de um crime, no mesmo processo ouem processos distintos, a determinao do regime de cumprimento ser feita pelo resultado dasoma ou unificao das penas, observada, quando for o caso, a detrao ou remio.

    Pargrafo nico. Sobrevindo condenao no curso da execuo, somar-se- a pena aorestante da que est sendo cumprida, para determinao do regime.

    Art. 11211. A pena privativa de liberdade ser executada em forma progressiva com atransferncia para regime menos rigoroso, a ser determinada pelo juiz, quando o preso tivercumprido ao menos um sexto da pena no regime anterior e ostentar bom comportamento

    carcerrio, comprovado pelo diretor do estabelecimento, respeitadas as normas que vedam aprogresso. (Redao dada pela Lei n. 10.792, de 1.12.2003) 1 A deciso ser sempre motivada e precedida de manifestao do Ministrio

    Pblico e do defensor. (Redao dada pela Lei n. 10.792, de 1.12.2003) 2 Idntico procedimento ser adotado na concesso de livramento condicional,

    indulto e comutao de penas, respeitados os prazos previstos nas normas vigentes. (Includopela Lei n. 10.792, de 1.12.2003)

    Art. 113. O ingresso do condenado em regime aberto supe a aceitao de seuprograma e das condies impostas pelo juiz.

    Art. 114. Somente poder ingressar no regime aberto o condenado que:I estiver trabalhando ou comprovar a possibilidade de faz-lo imediatamente;II apresentar, pelos seus antecedentes ou pelo resultado dos exames a que foi

    submetido, fundados indcios de que ir ajustar-se, com autodisciplina e senso deresponsabilidade, ao novo regime.

    Pargrafo nico. Podero ser dispensas do trabalho as pessoas referidas no artigo 117desta lei.

    Art. 115. O juiz poder estabelecer condies especiais para a concesso de regimeaberto, sem prejuzo das seguintes condies gerais e obrigatrias:

    11Para progresso do regime prisional, no mais necessrio o parecer prvio da Comisso tcnica declassificao e o exame criminolgico em crimes com violncia pessoa, bastando a satisfao dosrequisitos previstos no caput e 1 do art. 112 da Lep.

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    I permanecer no local que for designado, durante o repouso e nos dias de folga;II sair para o trabalho e retornar, nos horrios fixados;III no se ausentar da cidade onde reside, sem autorizao judicial;

    IV comparecer a Juzo, para informar e justificar as suas atividades quando fordeterminado.

    Art. 116. O juiz poder modificar as condies estabelecidas, de ofcio, a requerimentodo Ministrio Pblico, da autoridade administrativa ou do condenado, desde que ascircunstncias assim o recomendem.

    Art. 117. Somente se admitir o recolhimento do beneficirio de regime aberto emresidncia particular quando se tratar de:

    I condenado maior de setenta anos;II condenado acometido de doena grave;

    III condenada com filho menor ou deficiente fsico ou mental;IV condenada gestante.

    - Regime prisional. Fixao:Obrigatoriedade, sob pena de nulidade da sentena

    penal condenatria (art. 110 a Lep c/c o 59 do CP) (STF: Habeas corpus n.

    65412/SP, publicado em 02/10/87, rel. Min. Sydney Sanches);

    - Parmetros para fixao do regime prisional (letras a, b e c do 2 do

    art. 33 do CP):- Regime fechado: pena superior a 8 anos;

    - Regime semi-aberto: Condenado no reincidente, cuja pena seja superior a 4anos e no exceda a 8;

    - Regime aberto: Condenado no reincidente, cuja pena seja igual ou inferior a 4

    anos.

    - Somas de penas:Havendo vrias condenaes em processos distintos ou no

    mesmo processo o regime de cumprimento ser o que resultar da soma dessas

    penas (caput do art. 111 da Lep). Sobrevindo nova condenao durante o

    cumprimento de outra, ser esta somada ao restante daquela para fixao do

    regime ( nico do art. 111 da Lep). Nesse caso, poder ocorrer a regresso do

    regime de cumprimento da pena (art. 118, II da Lep) (Recurso de Agravo n.

    99.012564-5 da Capital/TJSC, rel. Des. Nilton Macedo Machado, julgado em

    14/09/99);

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    - Unificao de penas:Havendo vrias condenaes por concurso formal (art. 70,

    1 e 2 do CP) ou crime continuado (caput do art. 71 do CP), essas penas

    devero ser unificadas para fixao do regime prisional (art. 66, II, a da Lep),com base no art. 33 do CP;

    - Unificao de penas para efeito de limite de encarceramento (art. 75 do CP):

    Vale apenas para fixao do tempo mximo de priso. Todos os benefcios

    (Progresso de regime, livramento condicional, p.ex.) sero calculados com base

    no total da pena imposta e no sobre o limite de 30 anos (Recurso de agravo n.

    96.002388-7, rel. Des. Jos Roberge, TJSC);

    - Detrao (art. 42 do CP):Desconto que deve ser procedido da pena, do total do

    tempo de priso provisria (priso em flagrante, preventiva, etc.) e o da

    internao, no Brasil ou no estrangeiro. O TJSC s considera a detrao se

    houver liame entre a priso provisria e a condenatria (Recurso de agravo n.

    00.016676-6, rel. Des. Torres Marques). J o STJ no exige tal vinculao

    (Recurso especial 61899/SP, rel. Min. Vicente Leal);

    - Progresso de regime: Passagem para um regime menos rigoroso (fechado

    para o semi-aberto e do semi-aberto para o aberto). Vedada a progresso direta

    do regime fechado para o aberto (per saltum):

    PROGRESSO REGIME FECHADO PARA O ABERTO (PER

    SALTUM) IMPOSSIBILIDADE RECURSO MINISTERIAL

    PROVIDO. O preso deve cumprir um sexto da pena em cada regime,

    contando-se este prazo a partir do momento em que teve

    efetivamente deferida a sua progresso e da data em que deveria

    progredir' (Recurso de agravo n. 99.019599-6, de Cricima, rel. Des.

    Gensio Nolli, j. 30.11.1999)." (Recurso de agravo n. 03.004644-5,

    de Jaragu do Sul/TJSC, rel. Des. Irineu Joo da Silva, j.

    14/10/2003).No mesmo sentido:Recurso de Agravo n. 99.012564-

    5 da Capital/SC, rel. Des. Nilton Macedo Machado, julgado em

    14/09/99.

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    - Requisitos para progresso de regime (caputdo art. 112 e seu 1 da Lep):

    Cumprimento de, pelo menos, 1/6 da pena no regime anterior, ostentar bom

    comportamento carcerrio, comprovado pelo diretor do estabelecimento, ouvidoso Ministrio Pblico e o defensor;

    - Progresso de regime em condenao por crime contra a administrao

    pblica (Arts. 312/359-H do CP):Est condicionada reparao do dano que

    causou, ou devoluo do produto do ilcito praticado, com os acrscimos legais;

    - Progresso em condenao por crime hediondo: Possibilitado inicialmente

    pelo HC n. 82.959/SP do STF, 23/06/06, rel. Min. Marco Aurlio Melo. Agora pela

    nova redao dada aos 1 e 2 da Lei n. 8.072/90 pela Lei n. 11.464, de 28-3-

    07:

    Art. 2 ...

    1 A pena por crime previsto neste artigo ser cumprida inicialmente

    em regime fechado.

    2 A progresso de regime, no caso dos condenados aos crimes

    previstos neste artigo, dar-se- aps o cumprimento de 2/5 (dois

    quintos) da pena, se o apenado for primrio, e de 3/5 (trs quintos), se

    reincidente.

    - Segunda progresso. Clculo de incidncia: Sobre o restante da pena e no

    sobre o total da condenao (Recurso de agravo n. 312, de Lages/TJSC,

    publicado em 27/09/94, rel. Des. Solon d'Ea Neves);

    - Progresso para o regime aberto. Requisitos: Alm dos previstos no caput do

    art. 112 da Lep e seu 1, deve o condenado estar trabalhando ou comprovar

    que poder faz-lo imediatamente, devendo aceitar o seu programa e as

    condies impostas na sentena (art. 113 e Incisos do art. 114, todos da Lep);

    - Priso albergue domiciliar (art.117 da Lep):Somente para o condenado que

    esteja em regime aberto e tenha mais de 70 anos; estiver acometido de doena

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    grave; condenado com filho menor, deficiente fsico ou mental; ou condenada

    gestante;

    - Comarca desprovida de casa do albergado: Alguns TJs tm deferido o

    cumprimento da pena em priso albergue domiciliar (Recurso de agravo n. 138,

    TJSC, rel. Des. Ernani Ribeiro).

    Art. 118. A execuo da pena privativa de liberdade ficar sujeita forma regressiva,com a transferncia para qualquer dos regimes mais rigorosos, quando o condenado:

    I praticar fato definido como crime doloso ou falta grave;II sofrer condenao, por crime anterior, cuja pena, somada ao restante da pena em

    execuo, torne incabvel o regime (art. 111). 1 O condenado ser transferido do regime aberto se, alm das hipteses referidasnos incisos anteriores, frustar os fins da execuo ou no pagar, podendo, a multacumulativamente imposta.

    2 Nas hipteses do inciso I e do pargrafo anterior, dever ser ouvido previamente,o condenado.

    Art. 119. A legislao local poder estabelecer normas complementares para ocumprimento da pena privativa de liberdade em regime aberto (art. 36, 1, do CdigoPenal).

    - Regresso de regime (art. 118 da Lep): Passagem para qualquer dos regimesmais gravosos (do aberto para o semi-aberto, do semi-aberto para o fechado, ou

    do aberto direto para o fechado);

    - Causa que geram a regresso prisional: Previstas no incisos I e II do art. 118

    da Lep e seu nico;

    - Cometimento de falta grave e crime doloso.Regresso de regime (inciso II, 2 do art. 118 da Lep): A oitiva do condenado obrigatria pelo juiz da

    execuo (Recurso de agravo n. 279, rel. Des. Alberto Costa);

    - Regime fechado e regresso de regime prisional:

    Se o condenado que praticar falta grave estiver no regime fechado,

    no se podendo regredir para regime mais severo, inexistente, alm

    de ser submetido sano disciplinar est sujeito ao efeito

    secundrio da regresso, ou seja, ter interrompido o tempo de

    cumprimento da pena para efeito de progresso, devendo cumprir

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    mais um sexto do restante a partir da falta grave para obt-la [art.

    127 da Lep]. (MIRABETE, Jlio Fabbrini. Execuo Penal -

    Comentrios Lei n. 7.210, de 11-7-1984.So Paulo: Atlas, 10.

    ed., 2002, p. 448).

    Seo III

    DAS AUTORIZAES DE SADASubseo IDA PERMISSO DE SADA

    Art. 120. Os condenados que cumprem pena em regime fechado ou semi-aberto e ospresos provisrios podero obter permisso para sair do estabelecimento, mediante escolta,quando ocorrer um dos seguintes fatos:

    I falecimento ou doena grave do cnjuge, companheira, ascendente, descendente ouirmo;II necessidade de tratamento mdico (pargrafo nico do art. 14).Pargrafo nico. A permisso de sada ser concedida pelo diretor do estabelecimento

    onde se encontra o preso.

    Art. 121. A permanncia do preso fora do estabelecimento ter a durao necessria finalidade da sada.

    Subseo II

    DA SADA TEMPORRIA

    Art. 122. Os condenados que cumprem pena em regime semi-aberto podero obterautorizao para sada temporria do estabelecimento, sem vigilncia direta, nos seguintescasos:

    I visita famlia;II freqncia a curso supletivo profissionalizante, bem como de instruo do

    segundo grau ou superior, na Comarca do Juzo da execuo;III participao em atividades que concorram para o retorno ao convvio social.

    Art. 123. A autorizao ser concedida por ato motivado do juiz da execuo, ouvidoso Ministrio Pblico e a administrao penitenciria, e depender da satisfao dos seguin