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Slide sobre obesidade. Prof Dr Alexandre Romero
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Prof. Dr. Alexandre Romero
2013
Exerccio Fsico e Obesidade
TRANSIO EPIDEMIOLGICA
Doenas crnicas
no - transmissveis
Doenas infecto
contagiosas
Cad. Sade Pblica, 21(6):1685-1694, 2005
OBESIDADE NO MUNDO
Estima-se que no ano de 2008, 1,5 bilho de indivduos adultos apresentavam
excesso de peso. Destes, mais de 200 milhes de homens e aproximadamente
300 milhes de mulheres eram obesos (WHO, 2011). Conforme projeo feita
pela Organizao Mundial da Sade, em 2015 haver 2,3 bilhes de
indivduos com excesso de peso e 700 milhes de obesos (WHO, 2007).
OBESIDADE NO MUNDO
Tanto os pases de alta renda quanto os de baixa renda,
esto vivenciando uma epidemia da obesidade. (OMS, 2003).
Atualmente pode-se dizer que a obesidade afeta
praticamente todas as faixas etrias e grupos sociais (OPAS,
2003).
Nos paises da Amrica Latina, observa-se uma rpida transio
nutricional com um progressivo aumento da prevalncia da
obesidade (UAUY et al. 2001).
No Brasil houve uma reduo da prevalncia da desnutrio
infantil (de 19,8% para 7,6%) e um aumento na prevalncia de
obesidade em adultos (de 5,7% para 9,6%) entre os anos 1974-75
e 1989 (MONTEIRO et al. 2000).
Pesquisa de Oramentos Familiares (POF 2008 - 2009):
- Excesso de Peso e a Obesidade.
(IBGE, 2010)
OBESIDADE NO BRASIL
10.9 8.6
15.011.9
34.832.0
Masculino Feminino
GRFICO 1 - Prevalncia de excesso de peso na
populao de 5 a 9 anos de idade, segundo sexo.
Brasil - perodos 1974-1975, 1989 e 2008-2009
1974-1975
1989
2008-2009
Fonte: POF 2008-2009 IBGE Perodos 1974-1975, 1989 e 2008-2009.
2.9 1.84.1
2.4
16.6
11.8
Masculino Feminino
GRFICO 2 - Prevalncia de obesidade na populao
de 5 a 9 anos de idade, segundo sexo. Brasil - perodos
1974-1975, 1989 e 2008-2009
1974-7975
1989
2008-2009
Fonte: POF 2008-2009 IBGE Perodos 1974-1975, 1989 e 2008-2009.
3.77.67.7
13.916.7 15.1
21.719.4
Masculino Feminino
GRFICO 3 - Prevalncia de excesso de peso na
populao de 10 a 19 anos de idade, segundo sexo.
Brasil - perodos 1974-1975, 1989, 2002-2003 e 2008-
2009
1974-7975
1989
2002-2003
2008-2009
Fonte: POF 2008-2009 IBGE Perodos 1974-1975, 1989, 2002-2003 e 2008-2009.
0.4 0.71.5
2.2
4.13.0
5.9
4.0
Masculino Feminino
GRFICO 4 - Prevalncia de obesidade na populao
de 10 a 19 anos de idade, segundo sexo. Brasil -
perodos 1974-1975, 1989, 2002-2003 e 2008-2009
1974-7975
1989
2002-2003
2008-2009
Fonte: POF 2008-2009 IBGE Perodos 1974-1975, 1989, 2002-2003 e 2008-2009.
18.5
28.729.9
41.441.4 40.950.1 48.0
Masculino Feminino
GRFICO 5 - Prevalncia de excesso de peso na
populao com 20 ou mais anos de idade, segundo
sexo. Brasil - perodos 1974-1975, 1989, 2002-2003 e
2008-2009
1974-7975
1989
2002-2003
2008-2009
Fonte: POF 2008-2009 IBGE Perodos 1974-1975, 1989, 2002-2003 e 2008-2009.
2.8
8.05.4
13.2
9.0
13.512.4
16.9
Masculino Feminino
GRFICO 6 - Prevalncia de obesidade na
populao com 20 ou mais anos de idade, segundo
sexo. Brasil - perodos 1974-1975, 1989, 2002-2003 e
2008-2009
1974-7975
1989
2002-2003
2008-2009
Fonte: POF 2008-2009 IBGE Perodos 1974-1975, 1989, 2002-2003 e 2008-2009.
Estilo de Vida
Com a industrializao, urbanizao, desenvolvimento
econmico e a globalizao, o ser humano adotou dietas mais
calricas e um estilo de vida sedentrio, o que contribuiu para o
aparecimento de diversas doenas (WHO, 2003).
OBESIDADE
A obesidade definida como uma condio de acmulo
anormal ou excessivo de gordura no tecido adiposo, em uma
magnitude que se torna prejudicial sade do indivduo ou
grupos populacionais (WHO, 1998).
Pollock e Wilmore (1993) definem excesso de peso como a
condio em que o peso do indivduo excede ao da mdia
populacional, que determinada segundo sexo, estatura e tipo
de compleio fsica.
IMC
< 18.5 baixo peso
18.5 - 24.9 normal
> 25.0 excesso de peso
25.0 - 29.9 pr-obeso
30.0 - 34.9 obeso classe I
35.0 - 39.9 obeso classe II
40.0 ou mais classe III
(OMS 1998)
% Gordura
Homens:
12-17% de gordura
Obesidade:
20% ou mais
Mulheres:
20-25% de gordura
Obesidade:
30% ou mais American Journal Clinical Nutrition . 1981;34:2.831-38
www.who.int/growthref/en/
Tabela IMC1.ppt
A obesidade possui uma origem complexa e suas causas especificas
indubitavelmente diferem de uma pessoa outra. (WILMORE; COSTIL, 2001)
Fatores Endgenos Fatores Exgenos
Fatores Endgenos
Gentico
Fatores Endgenos
A suscetibilidade gentica pode ocorrer devido influncia nos seguintes
mecanismos:
Gasto energtico: por exemplo, reduo do metabolismo basal e efeito trmico dos alimentos.
Utilizao de substratos: por exemplo, oxidao de gordura reduzida.
Fibras musculares: por exemplo, pequena quantidade de massa magra.
Preferncia alimentar: por exemplo: preferncia por alimentos ricos em gordura.
Am J Med. 1998;105(2):145-50
Fatores Endgenos
Sendo assim, entende-se que alguns indivduos quando expostos ambientes obesognicos tm maior facilidade de serem influenciados, do que outros devido a sua condio gentica.
importante salientar que embora exista forte influncia gentica na
obesidade, isso no indica que a obesidade seja inevitvel.
International Journal of Obesity. 1996; 20(Suppl. 1):S1-S8.
Physiol. Rev. v 79(3):451-480, 1999
O desenvolvimento da obesidade pode estar acompanhado da
hiperplasia (de clulas adiposas) em qualquer fase da vida.
Fatores Endgenos
Endcrino Leptina, Grelina etc.
(Journal of Physiology and Pharmacology. 2004; 55:137-54 / J Nutr. 2007;127:2.065-72)
Fatores Exgenos
Inatividade Fsica
consenso na literatura que quanto menos ativo for o indivduo
maior ser a chance de desenvolver a obesidade.
Am J Clin Nutr. 1998;68(4 Suppl):975S-9. / Pediatr Int. 2005;47(2):159-66.
Fatores Exgenos
Inatividade Fsica
- Violncia urbana e trnsito intenso (DMASO et al., 2003)
Fatores Exgenos
Fatores Exgenos
- Assistir televiso um tipo de atividade sedentria que est
fortemente correlacionada ao aumento do excesso de peso e da
obesidade em ambos os sexos.
Obes Res. 2002;10(5):379-85
- Alm disso, autores como VAN den BULK e VAN den MIERLO (2004)
concordam com a idia de que quanto mais tempo o adolescente passa
entretido com a TV mais ele aumenta o consumo alimentar.
Appetite. 2004;43(2):181-4
DORMIR POUCO
Privao
do sono
Leptina Grelina
Oportunidade
de comer Fadiga
Ingesto calrica
Gasto energtico
Obesidade
Excesso Alimentar
Fatores Exgenos
Excesso Alimentar
Fatores Exgenos
Fatores Exgenos
- Tempo para realizar refeies adequadas.
- Alimentos mais palatveis.
J Am Diet Assoc. 2002;102(Suppl. 3):S40-51
Nvel socioeconmico:
O nvel socioeconmico parece interferir na prevalncia de sobrepeso e
obesidade devido relao que tem com a disponibilidade de alimentos e
o acesso a informao. (OMS, 2004)
Fatores Exgenos
De acordo com os dados coletados no levantamento do Youth Risk
Behavior Survey (YRBS) - 1997, o aumento da participao em atividades
fsicas vigorosas foi associado com a alta renda familiar e nvel
educacional dos responsveis pelos jovens (PRATT et al., 1999). Uma
possvel explicao que estas atividades requerem transportar os jovens
para instituies que oferecem esportes, e pagar pelas aulas referentes a
essas atividades (SALLIS et al., 1992, 1999).
Fatores Psicolgicos:
Desmame Precoce substitui as perdas pelo alimento.
Carncia Afetiva O bolo que o filho mais gosta.
CONSEQNCIAS DA OBESIDADE:
Indivduos com sobrepeso tm maior predisposio
para desenvolver problemas fsicos, sociais e psicolgicos
(BRAY 2003).
CONSEQNCIAS DA OBESIDADE:
O excesso de gordura na regio central do corpo,
conhecido como obesidade andride, considerado um
importante fator de risco para doenas cardiovasculares.
(Diabetes Care. 2007;30(6):1.647-52)
Os cidos graxos livres liberados pela gordura visceral
chegam ao fgado, onde podero ser utilizados como substratos
para sntese de VLDL e favorecer elevados nveis sricos de
colesterol e triacilglicerol. (Rev Bras Hipertens. 2000;2:128-35)
CONSEQUNCIAS DA OBESIDADE
Diabetes Mellitus tipo 2 :
O tecido adiposo secreta vrias
substncias, como leptina, resistina,
fator de necrose tumoral alfa (TNF) e interleucina-6 (IL-6). Essas substncias
interferem na sensibilidade insulina,
contribuindo para o desenvolvimento
do diabetes tipo 2.
Acta Physiol. 2006;186:87-101.
CONSEQUNCIAS DA OBESIDADE
Hipertenso;
Indivduos obesos tm maior
chance de desenvolver hipertenso
quando comparados a indivduos
eutrficos.
Am J Clin Nutr. 1991;53(Suppl. 6):1.595S-1.603
CONSEQUNCIAS DA OBESIDADE
Apnia do sono:
O acmulo de gordura na regio cervical e no abdmen pode
provocar estreitamento das vias
areas superiores e limitao do
trabalho do msculo diafragma,
o que dificultar a respirao.
Diretrizes Brasileiras de Obesidade, 2007
CONSEQUNCIAS DA OBESIDADE
Osteoartrite;
Quando essa doena aparece em
articulaes que no necessariamente
precisam suportar o peso corporal, existem
mecanismos ligados ao excesso de
gordura corporal que alteram o
metabolismo de cartilagens e ossos.
Bray JA, 2003
CONSEQUNCIAS DA OBESIDADE
CONSEQUNCIAS DA OBESIDADE
SRIVISAN et al. (1996) puderam constatar que 58% dos
adolescentes obesos permaneceram obesos na fase adulta e
que houve um aumento significativamente maior dos valores de
presso arterial sistlica e diastlica, nos nveis de LDL-C e
VLDL-C, triacilglicerol, insulina e glicemia no grupo de
indivduos com sobrepeso quando comparado com o grupo de
eutrficos.
Metabolism. Vot 45, No 2 (February), 1996: pp 235-240
O diabetes tipo 2, o qual est associado sndrome
metablica, principalmente uma doena de adulto,
porm, tem-se observado o seu desenvolvimento em
adolescentes com IMC acima de 30 kg/m2.
(Circulation. 2005;111:1999-2012.)
Aspectos Psicolgicos
Os adolescentes so geralmente discriminados pelos amigos
na escola, o que os leva ao isolamento e inibio, alm dos
sintomas de depresso (FISBERG, 2005)
Aspectos Psicolgicos
Presses sofridas por amigos, familiares e sociedade;
Distrbio da imagem corporal e da auto-estima;
Afasta-se das atividades em grupo e esportes coletivos;
A alimentao passa a ser a maior fonte de prazer.
(FISBERG, 1995)
ASPECTOS ORTOPDICOS
Postura (inadequada)
-provoca dor;
-deformidades definitivas na fase adulta;
Postura do Obeso
- da lordose lombar; - cifose e da lordose cervical; -encurtamento de flexores de quadril e glteos fracos;
-geno valgo.
(BRUSCHINI; NERY, 1995)
TRATAMENTO DA OBESIDADE
Frmacos;
Cirurgias;
Dietas;
Exerccios Fsicos;
Alterao no estilo de
vida.
Uma das dificuldades encontradas nas vrias formas de
tratamento tem sido a reduo da quantidade de gordura
corporal e a manuteno da composio corporal saudvel em
longo prazo. Vrios estudos tm demonstrado que a insero
do exerccio fsico nos programas de emagrecimento favorece
a manuteno da massa corporal, aps emagrecimento, em
mdio e longo prazo.
Arch Intern Med. 2007;167(10):999-1.008
EXERCCIO FSICO NA PREVENO E
TRATAMENTO DA OBESIDADE
Benefcios do Exerccio Fsico para Obesos
Estudos realizados com adolescentes apresentam maiores
valores de TG e menores valores de HDL entre indivduos pr-
obesos ou obesos quando comparados aos indivduos eutrficos
(p< 0,05), sendo que os valores de CT e LDL no diferiram entre os
grupos.
Arq Bras Cardiol 2010; 95(5): 606-13
Benefcios do Exerccio Fsico para Obesos
Adolescentes obesos apresentam um maior percentual de
LDL (padro B) do que adolescentes eutrficos. Dessa forma,
mesmo os adolescentes obesos com nvel de LDL normal, podem
apresentar um perfil lipdico desfavorvel sade devido
qualidade das subfraes.
J Pediatr 2004; 80 (1): 23-8
Benefcios do Exerccio Fsico para Obesos
importante ressaltar que, mesmo quando as
concentraes plasmticas de LDL-c no se alteram com o
exerccio fsico, pode-se observar uma predominncia de partculas
com maior dimetro e peso molecular que caracterizam a LDL-c
menos aterognica, sendo esse um benefcio do exerccio fsico.
Journal of Internal Medicine. 2007;262(2):235-43
Benefcios do Exerccio Fsico para Obesos
Considerando que o risco cardiovascular residual
permanece mesmo aps correo das concentraes de LDL e que
os tratamentos com frmacos para aumentar a HDL tm
apresentado efeitos colaterais, o aumento da concentrao de HDL
por meio da AF torna-se essencial na preveno e no tratamento
de DCV.
Arq Bras Endocrinol Metab 2010;54:9.
Benefcios do Exerccio Fsico para Obesos
Na reviso sistemtica realizada por Strong (2005) com
estudos que envolviam indivduos entre 6 e 18 anos de idade,
verificou-se que o exerccio fsico pode contribuir principalmente
para aumento da HDL e reduo do triacilglicerol, porm no
apresenta influncia sobre o colesterol total e a LDL.
J Pediatr 2005;146:7327.
O exerccio fsico tambm tem apresentado bons
resultados em relao reduo da gordura visceral,
provavelmente em virtude do grande nmero de receptores 3-
adrenrgicos nessa regio. Tanto a sensibilidade -adrenrgica,
na clula adiposa, como a atividade do sistema nervoso
simptico so aumentadas pela prtica do exerccio fsico, o
que favorece a liplise provocada pelas catecolaminas.
Benefcios do Exerccio Fsico para Obesos
Presso arterial (durante esforo);
Condio cardiovascular;
Postura;
Fortalecimento muscular;
Fatores Psicolgicos;
(BOUCHARD, 2003; NEGRO e BARRETO, 2005)
Emagrecimento
Avaliao Clnica Avaliao Fsica
Elaborao
treinamento
Avaliao
Nutricional
PRESCRIO DE EXERCCIOS FSICOS
- Exame Mdico.
- Eletrocardiograma em esforo.
- Avaliao fsica.
Intensidade e Volume
- intensidade = E
- Indivduos sedentrios tm menor tolerncia, maior risco de
leses e menor aderncia aos esforos de alta intensidade.
(DENADAI e GRECO, 2005)
Intensidade
- Oxidao de gordura aps o exerccio aerbio.
- Foram avaliados 10 indivduos (mdia de idade = 27,9; DP=
5,6 anos) com sobrepeso.
- Aps 30 minutos da atividade e a cada 60 minutos durante
seis horas aps o exerccio.
- Oito mulheres (22.1, DP= 0.2 anos)
-Sesso: 4 minutos a 90% do VO2 pico com descanso de 2
minutos.
- 2 semanas: sete sesses.
- Cicloergmetro: 60 min. ; 60% VO2 pico.
EXERCCIO AERBIO
Adaptaes Musculares:
Suprimento Capilar;
Contedo de Mioglobina;
Mitocndrias;
Enzimas Oxidativas.
J Appl Physiol. 2000;89:472-80
Diabetes. 2008;57:987-94
Durao = 15 semanas;
Frequncia = 3 vezes na semana;
Amostra = 45 mulheres com idade entre 18 e 30
anos;
Intervalado = 20 minutos (8s:12s);
Aerbio contnuo = 20 a 40 minutos (60% do VO2
pico).
Apesar de as atividades mais intensas apresentarem
maior gasto energtico, o que bastante interessante para
induzir o emagrecimento, deve-se respeitar a condio fsica
de cada indivduo e prescrever o volume e a intensidade dos
exerccios sem exageros para evitar leses e, por
consequncia, interrupo desse tipo de tratamento.
(ROMERO A, Lipdios e Exerccio, 2009)
Atividade Aerbia
TREINAMENTO DE FORA E OBESIDADE
Os exerccios com peso tambm apresentam vrios
benefcios para o tratamento da obesidade. Pode-se citar o
aumento do gasto energtico tanto durante quanto aps o
exerccio fsico. Lancha Jr, 2006
Em tratamentos realizados com dieta restritiva isolada,
costuma-se observar a perda de massa muscular, que pode ser
reduzida ou evitada com o treinamento de fora, pois esse tipo
de treinamento tem como benefcio o aumento ou a manuteno
da massa muscular.
NAHAS, 2003
O treinamento de fora tambm pode proporcionar:
melhora da postura; menor risco de problemas articulares e dores lombares; preveno de leses; bom desempenho das atividades dirias e esportivas em geral.
Benefcios importantssimos para o bom desempenho de indivduos
obesos em programas de emagrecimento.
NAHAS, 2003
De acordo com o documento elaborado pelo American
College of Sports Medicine e pela American Heart Association
sobre as recomendaes para a atividade fsica e sade
pblica em adultos, verificou-se que praticar sessenta minutos
de atividade de intensidade moderada a vigorosa, praticamente
todos os dias da semana, parecem prevenir o ganho de
massa corporal. No mesmo documento, observa-se que
sessenta a noventa minutos de atividade fsica de
intensidade moderada diariamente podem contribuir para a
manuteno da massa corporal aps uma grande perda dela.
(ACSM, 2007)
Recomendaes
- Elevar gradativamente a intensidade e o volume;
- Corrigir tcnica de execuo dos movimentos;
- Combinar diferentes estratgias para execuo dos
movimentos (cicloergmetro, esteira, natao);
- Realizar trabalho de fortalecimento muscular;
- Trabalho supervisionado;
- Orientao;
- Vestimenta.
Estilo de Vida
Disponibilidade Local de
Treino
Objetivo
Casos interessantes:
Adolescente Obeso:
15 anos
150 kg;
Vergonha do tamanho;
No gostava de trabalho
ergomtrico;
Gostava de carros e
computador;
Trabalho multidisciplinar.
Adulto Obeso:
45 anos
170 kg;
Vergonha do tamanho (humor);
Musculao e ergometria;
Dieta;
Casos interessantes:
Os programas devem incluir exerccios aerbios, exerccios de
fortalecimento muscular, flexibilidade e muita brincadeira. O carter ldico um
aspecto importante para aderncia das crianas e dos adolescentes aos
programas de atividade fsica e esportiva, j que contribui para o aprendizado do
esporte e proporciona aos alunos a oportunidade de conhecer, aprender e manter
o interesse pela prtica de exerccios fsicos.
Exerccio fsico como parte do tratamento da obesidade na
infncia e na adolescncia
Cabe ressaltar que praticar apenas um tipo de AF de lazer
pode no ser suficiente para manuteno da composio corporal
adequada ou para o tratamento da obesidade. Para sade dos
adolescentes, as diretrizes do Department of Health and Human
Services (DHHS, 2008) recomendam que os mesmos pratiquem
de forma agradvel atividades aerbias, exerccios de
fortalecimento, jogos esportivos e exerccios de flexibilidade.
Para manter um ambiente agradvel e seguro para a prtica
da atividade fsica, o profissional de Educao Fsica deve se
preocupar com alguns aspectos importantes.
Atividade Fsica para Crianas Obesas
Aspectos importantes:
Ambiente agradvel ;
Horrio;
Atividades adaptadas;
Aspecto ldico.
(ROMERO A, Lipdios e Exerccio, 2009)
Ests informaes so de extrema importncia, pois se
sabe que o deslocamento ativo para a escola tem sido
associado positivamente ao nvel geral de AF de adolescentes
(DAVISON et al.,, 2008), sendo que quanto maior a distncia do
deslocamento, maior a chance desta atividade contribuir para
reduo da gordura corporal. Alm disso, em recente reviso
sistemtica e metanlise constatou-se que locomoo ativa foi
associada com 11% de reduo do risco cardiovascular
(HAMER e CHIDA, 2008).
MUITO OBRIGADO!
Artigos e outros:
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica. Pesquisa de oramentos familiares 2002-2003: antropometria e anlise do estado nutricional de crianas e adolescentes no
Brasil. Rio de Janeiro; 2006.
Bar-Or O. Physical activity and physical training in childhood obesity. J Sports Med Phys
Fitness. 1993;33(4):323-9.
Chiara V, Sichiery R, Martins PD. Sensibilidade e especificidade de classificao de
sobrepeso em adolescentes, Rio de Janeiro. Rev Sade Pblica.2003;37(2):226-31.
Daniels SR, Arnett DK, Eckel RH, Gidding SS, Hayman LL, Kumanyika S, et al.
Overweight in children and adolescents: pathophysiology, consequences, prevention, and
treatment. Circulation. 2005;111(15):1999-2012.
Fonseca VM, Sichieri R, Veiga GV. Fatores associados obesidade em adolescentes.
Rev Sade Pblica. 1998;32(6):541-9.
www.abeso.org.br
Livros:
Fisberg M. Atualizao em obesidade na infncia e adolescncia. So Paulo: Atheneu;
2005. Primeiras palavras: uma introduo ao problema do peso excessivo.
Bouchard C. Atividade fsica e obesidade. So Paulo: Manole; 2003.
Dmaso A, Guerra RLF, Botero JP, Prado WL. Obesidade. So Paulo: MEDSI; 2003.
NAHAS MV. Atividade fsica, sade e qualidade de vida. 3 ed. Londrina: Midiograf, 2003.
Costa RF. Composio corporal: teoria e prtica da avaliao. So Paulo: Manole; 2001.
OMS Organizao Mundial da Sade. Obesidade: prevenindo e controlando a epidemia global. So Paulo: Roca; 2004 (Srie de relatos tcnicos da OMS, 894).
ROMERO A. Lipdios, patologias associadas e exerccio: obesidade. In: LIMA W,P. Lipdios
e exerccio: aspectos fisiolgicos e do treinamento. Phorte editora: So Paulo, 2009.