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NOTÍCIAS EM DESTAQUE 16 DE JANEIRO
A vaca continua tossindo...
“Discurso da austeridade vai sair caro ao trabalhador” Centrais sindicais lançam nota criticando medidas que alteram acesso ao seguro desemprego, auxílios
doença e pensão pós morte no país; Mobilizações estão marcadas para o final do mês
―Nem que a vaca tussa‖ Dilma Rousseff mexeria nos benefícios trabalhistas do país. Essa foi a promessa
feita durante a campanha eleitoral do ano passado. Mas, no último dia 30 de dezembro, foi anunciado um
dos ajustes estruturais prometidos pela nova equipe econômica do governo que mexe em direitos como
seguro- desemprego, pensão por morte, auxílio doença e abono salarial.
Anunciadas como medidas para ―corrigir distorções e fraudes‖, a partir de agora, para o trabalhador ter
acesso ao seguro desemprego, por exemplo, terá que comprovar ter trabalhado 18 meses, durante os dois
últimos anos a sua dispensa.
As principais centrais sindicais brasileiras soltaram uma nota nesta terça-feira (13) criticando a medida e
lembrando que o governo havia se comprometido a dialogar antes de tomar medidas como essas.
―Essa nova equipe econômica tem destilado opiniões que vem levantando muitas preocupações. É a hora
de deixarmos para trás esse modelo de tripé macroeconômico e taxar as grandes fortunas, baixarmos os
juros para não fazermos o jogo do rentismo‖, explicou o presidente da Central dos Trabalhadores e
Trabalhadores do Brasil (CTB), Adilson Araújo.
O começo de 2015 já foi marcado por ameaças de mais de 1 mil desempregados nas fábricas da
Volkswagen e da Mercedes, no ABC paulista. Adilson chama atenção para as políticas de desonerações
promovidas pelo governo nos últimos anos e que na primeira oportunidade, as empresas transferem o preço
da retração econômica para as costas do trabalhador.
Mobilização social
CUT, CTB, Força Sindical, UGT, Nova Central e CSB já marcaram duas mobilizações contra as medidas
provisórias. A primeira será no dia 28 de janeiro, quando será decretado o Dia Nacional de Lutas, e haverá
protestos em diversas capitais do país. A segunda é no dia 26 de fevereiro, na Marcha da Classe
Trabalhadora, em São Paulo.
Para Adilson, os movimentos e sindicatos devem ir pra rua para defender os direitos do trabalhador e não
vê contradição em ter apoiado o governo nas eleições e pressiona-lo agora.
―Cumpre a nós lutar por políticas que vão melhorar a vida do trabalhador. Se hoje estamos numa posição
melhor do que anos atrás é porque o modelo de crescimento foi outro, com mais distribuição de renda e
geração de emprego. Qualquer medida tomada diferente disso é fazer o jogo dos derrotados nas eleições‖,
criticou. (BRUNO PAVAN - BRASIL DE FATO)
A busca pela impunidade no petrolão Mesmo depois de iniciada a Lava-Jato, o esquema de propinas na Petrobras continuou a operar,
sinal de que as investigações não eram levadas a sério
Depois que o então deputado Roberto Jefferson, do PTB fluminense, denunciou o mensalão em entrevista à
―Folha de S.Paulo‖, não se acreditou que o escândalo pudesse ter algum desdobramento concreto. Pois o
governo Lula tinha na retaguarda ampla base parlamentar — como Dilma —, pronta para barrar qualquer
ameaça no Congresso.
Mas uma CPI avançou, a dos Correios, fatos se sucederam, e a Câmara cassou os mandatos de Jefferson,
também mensaleiro, e do principal acusado naquela ―organização criminosa‖ montada a fim de transferir
dinheiro público — mas não só — para azeitar aquela mesma base no Congresso, o ex-ministro-chefe da
casa Civil José Dirceu. Transcorria 2005. Dois anos depois, o Supremo Tribunal aceitaria denúncia do
Ministério Público contra os mensaleiros. No final, Dirceu e companheiros foram condenados à prisão,
entre outros, mesmo destino de Jefferson.
Mas a ideia de que escândalos de corrupção na área federal podem dar em nada parece persistir. Ao menos
é o que dão, ou davam, a entender implicados no petrolão, um caso de contornos iguais ao mensalão,
porém de cifras bem maiores.
Nas justificativas do Ministério Público Federal do Paraná para pedir a prisão preventiva do ex-diretor
Internacional da Petrobras Nestor Cerveró, afinal concedida, é dito que o esquema montado com a
finalidade de dragar dinheiro da estatal — para políticos, partidos e funcionários da empresa — continuou
a funcionar mesmo depois de ser lançada a Operação Lava-Jato, em 2014, responsável por desbaratá-lo.
Registra-se, ainda, que o ex-diretor de Abastecimento Paulo Roberto Costa, outro da engrenagem do
esquema, hoje em prisão domiciliar, continuou a receber propinas até 2014, apesar de ter deixado a estatal
em 2012. A organização criminosa do petrolão contava, portanto, com mais gente dentro da Petrobras —
de fato —, e não parecia muito preocupada com Polícia, Justiça e MP.
Porém, na dúvida, Cerveró — que continuou a negar seu envolvimento no petrolão — tomou providências
para passar a familiares patrimônio imobiliário e dinheiro, motivo pelo qual terminou detido ao chegar ao
Rio, de primeira classe, vindo de Londes.
Na outra importante vertente do escândalo, as empreiteiras, das quais há também executivos em prisão
preventiva, repetem-se tentativas de se escapar de punições. Inclusive com ameaças. Em sua última edição,
―Veja‖ reproduziu trechos de manuscritos de Ricardo Ribeiro Pessoa, da empreiteira UTC, um dos que
estão sob custódia da PF. Neles, há registro de supostos temores do PT pelo fato de as empresas do
esquema terem contribuído para a campanha de Dilma. Existem sinais de que elas também atuam, em
Brasília, junto à Controladoria Geral da República e ao Tribunal de Contas da União. Mas o retrospecto do
mensalão não lhes é favorável. E ainda falta muito a se saber sobre este escândalo. (O GLOBO)
Prisão de Cerveró turbinou o estado depressivo dos
executivos de empreiteiras “hospedados” na PF
Sol quadrado – A chegada de Nestor Cerveró, ex-diretor da área Internacional da Petrobras, à carceragem
da Polícia Federal, em Curitiba, aumentou o clima de desespero e desânimo que domina boa parte dos
presos na Operação Juízo Final, sétima etapa da Operação Lava-Jato.
A prisão de Cerveró, ocorrida nos primeiros minutos da quarta-feira (14), no Aeroporto Internacional Tom
Jobim, no Rio de Janeiro, fez crescer a apreensão no universo político nacional, onde muitos já têm perdido
o sono por causa do envolvimento, direto ou indireto, no maior escândalo de corrupção da história
brasileira. No Palácio do Planalto, o staff presidencial torce para que o ex-dirigente da estatal seja colocado
em liberdade o mais rápido possível, pois temem que ele se renda à delação premiada. O que causaria um
estrago maior do que o já existente, uma vez que com todos os envolvidos no esquema presos a chance de
uma delação coletiva aumenta sobremaneira.
No caso de Nestor Cerveró resolver contar tudo o que sabe em troca de redução de eventual pena, uma
avalanche de denúncias cairá sobre os principais partidos da chamada base aliada, que por enquanto
continuam fingindo inocência. O principal prejudicado no vácuo de eventual delação de Cerveró é o
PMDB, partido que a partir da próxima legislatura pretende dificultar a situação de Dilma Rousseff no
Congresso Nacional. Essa afirmação encontra respaldo no depoimento de Cerveró à Polícia Federal, na
tarde desta quinta-feira (15). O ex-executivo da Petrobras disse que o lobista Fernando Soares, conhecido
como Fernando Baiano, atuava não apenas na diretoria Internacional da estatal, mas também na de
Abastecimento e na de Gás e Energia. Sempre em nome de empresas e supostamente a mando do PMDB.
A presença do ex-diretor da Petrobras na carceragem da PF deve estimular os outros presos, em sua
maioria executivos de empreiteiras, a acelerar o processo de negociação da delação premiada, que no caso
de pessoas jurídicas é acordo de leniência. Isso porque os executivos têm enfrentado longos momentos de
depressão, situação classificada como ―digna de pena‖ por um policial federal que frequenta a carceragem
da PF em Curitiba e repassou ao UCHO.INFO informações sobre os presos da Lava-Jato.
A vida como ela é
Acostumados à vida farta e às mordomias patrocinadas pelo dinheiro fácil da corrupção, os executivos das
empreiteiras têm se deparado com situações inusitadas, pelo menos para os marajás do Petrolão. Presos há
mais de dois meses, os executivos são obrigados a dormir em cela com capacidade para três pessoas, a
fazer as necessidades fisiológicas na frente dos outros, a lavar as próprias roupas em tanque disponível na
carceragem e a se submeter a procedimento padrão, porém vexatório, no momento em que recebem as
refeições.
Um dos mais afetados psicologicamente por esse cenário é Eduardo Hermelino Leite, vice-presidente da
Camargo Corrêa, que antes da prisão abusava da empáfia e da ostentação. Leite, que ficou conhecido nos
meandros da patifaria que se instalou na Petrobras como ―Leitoso‖, já teve três pedidos de habeas corpus
negado e aguarda o julgamento do quarto, que será apreciado pela ministra Laurita Vaz, do Superior
Tribunal de Justiça (STJ), magistrada conhecida por decisões duras e implacáveis, mas sempre dentro da
lei.
A grande questão que atormenta os executivos presos é que os advogados, contratados a peso de ouro no
rastro da promessa de atuações milagrosas no Judiciário, têm colecionado seguidas derrotas na tentativa de
colocar os clientes em liberdade. Nem mesmo a conhecida manobra de aproveitar o recesso do Judiciário e
recorrer ao plantão judicial funcionou. O que tem deixado os presos ainda mais preocupados com o futuro.
Todos os presos à sombra da Operação Lava-Jato que se encontram na carceragem da PF têm mais um
longo período de estada na prisão, caso os advogados não consigam convencer a Justiça sobre a inocência
dos clientes ou o direito a responder o processo em liberdade. Como o Ministério Público Federal
constatou que o esquema de corrupção avançou na Petrobras mesmo depois da deflagração da Lava-Jato e
da prisão dos envolvidos, falar em soltura é tão perigoso quanto brincar (sic) de roleta-russa.
Considerando que o juiz Sérgio Fernando Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, pretende ser célere no
julgamento dos processos decorrentes da Operação Lava-Jato e duro nas decisões, os quadrilheiros do
Petrolão podem permanecer presos até o trânsito em julgado da sentença condenatória. Em outras palavras,
os alarifes que saquearam os cofres da petrolífera continuarão contemplando o raiar o astro-rei de forma
geometricamente distinta. E sem os mimos dos respectivos empregados e assessores, que nos tempos de
liberdade e bandidagem camuflada faziam os desejos dos patrões, a quem chamavam de doutores.
UCHO.INFO)
Empreiteira investigada na Lava Jato lista políticos que
receberam propina Pelo menos uma das empresas investigadas na Operação Lava Jato preparou lista de nomes de políticos que
receberam propinas no esquema de corrupção da Petrobras. No caso, foram elencados valores e datas de
pagamento, organizados por ordem alfabética. São informações para serem usadas "numa eventualidade".
NA MANGA
A contabilidade seria uma forma de se precaver diante da decisão do juiz federal Sergio Moro de fatiar o
processo para se concentrar primeiro nos réus ligados às empreiteiras -já que a parte que envolve políticos
será enviada separadamente ao Supremo. A interpretação é que, dessa forma e mesmo sem querer, ele
acabe protegendo "os donos do poder" e faça o jogo do governo, ao tirar o foco de parlamentares e
autoridades que teriam se beneficiado do esquema.
NA MANGA 2
Um sinal seria o teor das delações divulgadas até o momento, mais direcionadas ao cartel de empreiteiras
do que ao centro do poder. (MÔNICA BÉRGAMO – FOLHA DE S. PAULO)
Lobista atuou em diretoria de Graça Foster, diz Cerveró Fernando Baiano, que seria ligado ao PMDB, teria frequentado as diretorias de Abastecimento e de
Gás e Energia a partir de 2000
O ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró afirmou, depoimento à Polícia Federal na manhã dessa quinta-
feira (15), que o lobista Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano, atuou como representante de
empresas interessadas em contratos da diretoria de Gás e Energia da Petrobras. A pasta foi comandada pela
atual presidente da estatal, Graça Foster, entre 2007 e 2012, e antes dela por Ildo Sauer, entre 2003 e 2007.
Ambos foram indicados pelo PT. No depoimento, Cerveró não entra no mérito de que Baiano teria
cometido atos de corrupção nas diretorias citadas. O lobista também teria atuado na diretoria de
Abastecimento, que era gerida pelo ex-diretor Paulo Roberto Costa.
A afirmação de Cerveró é um indício de que o esquema de corrupção investigado na Operação Lava
Jato teria ocorrido na pasta comandada por Graça. A Polícia Federal (PF) e o Ministério Público Federal
(MPF), porém, ainda não chegaram a provas conclusivas sobre os desvios na pasta como as que já foram
reunidas da diretoria de Abastecimento, por exemplo.
No depoimento, Cerveró diz que conheceu Baiano por volta de 2000, quando o lobista representava
empresas espanholas do ramo de energia térmica. Segundo o ex-diretor, Baiano continuou frequentando a
estatal mesmo depois de fechar um acordo de assistência com uma das empresas representadas por ele,
a Union Fenosa.
Sem especificar datas, Cerveró disse que Baiano permaneceu na estatal a partir de então ―representando
outras empresas, tendo se dirigido a outras diretorias, como a diretoria de Abastecimento e Gás e Energia‖.
O advogado de Cerveró, Edson Ribeiro, acrescentou à fala do cliente que Baiano frequentava as diretorias
para tentar fechar negócios.
Segundo as investigações, Baiano seria um dos operadores do esquema de corrupção e lavagem de dinheiro
investigado na Lava Jato. Ele seria ligado a políticos do PMDB.
Cerveró citou nominalmente Graça Foster apenas uma vez em seu depoimento. Ao ser perguntado sobre as
―declarações da imprensa‖ envolvendo Graça, Cerveró respondeu que ―a atual presidente da Petrobras
realizou operações semelhantes, transferindo imóveis aos filhos dela‖. Um dos motivos para a prisão de
Cerveró foi a tentativa de passar apartamentos para o nome de parentes com valor abaixo do mercado.
Segundo ele, seria uma antecipação de herança. Para a PF, seria uma tentativa de blindar patrimônio.
Mesma cela
Cerveró e Baiano estão presos na mesma cela da carceragem da Polícia Federal (PF), em Curitiba. O
lobista foi detido em novembro de 2014, na deflagração da sétima fase da Lava Jato.
Segundo o MPF, os dois teriam recebido US$ 40 milhões em propina para que a Petrobras contratasse
navios-sonda da Samsung em 2006 e 2007. O ex-diretor negou ter recebido recursos, mas alegou acreditar
que Baiano ―recebesse algum tipo de comissão‖.
Ainda segundo a denúncia do MPF, parte da propina, de US$ 3,1 milhões, teria sido lavada e remetida ao
exterior de forma ilegal pelo doleiro Alberto Youssef. No depoimento, Cerveró afirma que viu Youssef
pela primeira vez na carceragem da PF.
Apartamento
Cerveró confirmou que o apartamento de R$ 7,5 milhões no qual viveu com a família entre 2010 e 2014
pertence a uma empresa estrangeira, identificada como ―Jomey‖. Ele reconheceu também que pagava
aluguel com valor abaixo do de mercado, de cerca de R$ 8 mil por mês, mas afirma que isso se deu por
―benfeitorias que realizou no imóvel e foram objeto de abatimento‖.
Em setembro, a revista ―Veja‖ publicou que o imóvel, localizado em bairro de alto padrão do Rio,
pertenceria a uma offshore uruguaia. Offshores são empresas abertas fora dos países de origem dos
proprietários, em geral para fugir da tributação. A defesa de Cerveró diz que a transação foi feita por meio
de uma imobiliária e de maneira regular.
O advogado de Fernando Baiano, Mário de Oliveira Filho, não foi localizado. Em outras ocasiões, ele
negou irregularidades. A Petrobrasnão respondeu à reportagem até às 21h desta quinta-feira. Uma nota
divulgada pela companhia na noite dessa quinta (15) afirma que para a Petrobras a manifestação
do Ministério Público Federal(MPF), que resultou na prisão preventiva do ex-diretor da estatal Nestor
Cerveró, não afirmou, em momento algum, que os atuais diretores receberam propina. "Paulo Roberto
Costa e Nestor Cerveró são ex-diretores da companhia e não diretores. A companhia tem sido reconhecida
como vítima pelo Poder Judiciário e reitera que manterá seu empenho em continuar colaborando
efetivamente com as autoridades para a elucidação dos fatos", acrescenta.
Lava Jato vira tema de pagode em Curitiba
O cantor Marcos Moura, de 58 anos, roubou a cena na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba na
manhã desta quinta-feira (15) durante o depoimento do ex-diretor da área internacional da Petrobras Nestor
Cerveró. Enquanto os jornalistas aguardavam a saída do advogado do ex-diretor, Moura expressou sua
opinião sobre a Operação Lava Jato com uma música que compôs sobre o caso. (AMANDA AUDI –
GAZETA DO POVO)
MPF diz que Cerveró faz parte da "maior organização
criminosa da história"
O Ministério Público Federal (MPF) enfatiza, no pedido de prisão do ex-diretor da Área Intenarcional da
Petrobras Nestor Cerveró, que ele faz parte da "maior organização criminosa que a história já revelou" no
país. Segundo os procuradores, mesmo com as investigações da Operação Lava Jato, da Polícia Federal
(PF), a atividade do esquema de corrupção não foi estancada. A prisão de Cerveró foi determinada no dia
1º de janeiro, mas efetivada somente hoje (14) porque ele estava em Londres.
Segundo os procuradores, há evidências de que Cerveró acumulou fortuna no Brasil e no exterior, oriunda
dos crimes cometidos com os desvios da Petrobras. Segundo o MPF, foi necessária a decretaçao da prisão
para evitar que os valores sejam ocultados da Justiça.
"O que é certo, de tudo isso, é o enriquecimento espúrio e a falta de conhecimento por parte do Estado de
onde estão as dezenas de milhões de reais que [o ex-diretor da Petrobras] recebeu criminosamente.
Sabe-se que o dinheiro não está com Cerveró, porque não está em suas contas no Brasil. Em outras
palavras, tudo indica que esse dinheiro está sendo ocultado, o que também caracteriza lavagem de
dinheiro", afirmam os procuradores.
Além dos valores ocultados, o Ministério Público reafirmou que, mesmo após a deflagração da Operação
Lava Jato, no ano passado, ficou comprovado que o esquema de corrupção se estendeu até 2014.
"Assim sendo, neste item observa-se que a dimensão econômica dos crimes praticados por Cerveró e pela
organização criminosa em que se insere geram impacto gigantesco na ordem pública e econômica. Como
dito, trata-se do maior escândalo de corrupção da história do Brasil. Mais do que tudo isso, é um esquema
em que não se tem provas de que foi estancado. Houve fatos em 2014 e, como antes demonstrado, Cerveró
continua a praticar atos de lavagem. Isso tudo, mais uma vez, justifica a custódia cautelar", reafirmou o
órgão.
Cerveró foi preso na madrugada de hoje, no Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro/Rio/Galeão -
Antonio Carlos Jobim, após desembarcar de um voo proveniente de Londres. Ele foi encaminhado para a
Superintendência da PF em Curitiba, onde outros investigados na Lava Jato estão presos.
De acordo com relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), no dia 16 de
dezembro, Cerveró sacou R$ 500 mil em um fundo de previdência privada e transferiu o valor para sua
filha, mesmo tendo sido alertado pela gerente do banco de que perderia 20% do valor. Em junho do ano
passado, Cerveró havia transferido imóveis para seus filhos, com valores abaixo dos de mercado. Na
intepretação do MPF, o ex-diretor tentou blindar seu patrimônio, e por isso, a prisão foi requerida.
O advogado de Cerveró, Edson Ribeiro, disse que não houve ilegalidade na transferência de bens para
parentes, e estranhou a prisão de seu cliente. ―Desde 1º de abril coloquei o Nestor Cerveró à disposição
tanto do Ministério Público quanto da Polícia Federal, e nenhum dos dois órgãos se interessou em ouvi-lo.
Até ontem [13], ninguém o havia procurado. Além disso, quando ele foi para a Inglaterra, comuniquei ao
Ministério Público e à Polícia Federal que ele estava viajando e que voltaria em janeiro. Deixei, inclusive,
o endereço onde ele estava‖. (AGÊNCIA BRASIL)
Campanha de Eduardo Cunha, Arlindo Chinaglia e Júlio
Delgado mobiliza tem ritmo digno de disputa presidencial Fora a disputa no plano mais amplo, que por vezes conta com ofensivas palacianas e contra-ofensivas
partidárias, a corrida pela presidência da Câmara dos Deputados envolve uma rotina que em nada fica
devendo para eleições majoritárias. Eduardo Cunha (PMDB-RJ), Arlindo Chinaglia (PT-SP) e Júlio
Delgado (PSB-MG) investem em encontros com aliados e adversários, viagens pelo Brasil, confecção de
material de campanha e muita saliva para tentar convencer seus colegas deputados de que cada um deles é
a melhor alternativa para os próximos dois anos. Em jogo, o controle da pauta de votações da Câmara, a
coordenação das discussões sobre comissões e o peso de uma posição que, no modelo presidencialista
brasileiro, pode vir acompanhada da capacidade de engessar a governabilidade do chefe do Executivo.
Gustavo Lima / Câmara dos Deputados
O deputado Eduardo Cunha: de dezembro para cá, ele fez campanha em todas as regiões do País
Favorito, Cunha foi também o que mais cedo começou seu giro. Está na estrada desde 4 de dezembro e, de
lá para cá, percorreu todas as regiões do país. Na próxima terça-feira, quando passará por Belém, Cunha
terá percorrido os 27 estados brasileiros e o Distrito Federal. Foram reuniões com cada uma das bancadas
estaduais. Os encontros reuniram ainda prefeitos, governadores, deputados estaduais e lideranças locais. O
ritmo é frenético e lembra aquele adotado por candidatos a presidente da República. Nesta semana, o líder
do PMDB passou por Aracaju, Maceió, Natal e Fortaleza.
Para cobrir todo esse cronograma, o líder do PMDB teve um jatinho alugado pelo partido a sua disposição.
Segundo cotação feita pelo iG, o aluguel de um jato pelo prazo de um mês com a compra antecipada de 20
mil quilômetros chega a custar R$ 420 mil. O favoritismo atrai aliados. Cunha que o diga. Segundo
interlocutores, ele teve de administrar o anseio de colegas e correligionários que se desdobravam para
acompanhá-lo em suas andanças Brasil afora. Nos bastidores, a brincadeira é que o jatinho de Cunha teve
overbooking, expressão usada para situações em que companhias aéreas vendem mais bilhetes do que
assentos disponíveis num voo. Coube ao líder do PMDB gerenciar o acesso de aliados e realocar alguns
deles para outros destinos.
Cunha investiu pesado na sua campanha. Desde o final do ano passado, vem distribuindo panfletos aos
colegas. Não economizou: os impressos são coloridos e em papel nobre. Neles, apresenta-se como ―a voz
da Câmara‖ e vende o slogan ―Câmara independente, democracia forte‖. E é apoiado nessa máxima que o
deputado fluminense se equilibra entre seus compromissos como líder do principal partido aliado do
governo e os desejos de uma bancada que cada vez menos aprecia o fato de estar na mesma canoa da
presidente Dilma Rousseff (PT). O discurso de independência não agride nenhum dos lados e, assim,
Cunha busca convencer seus colegas sobre suas qualidades.
Elza Fiúza/Arquivo/Agência Brasil
O petista Arlindo Chinaglia: principal adversário de Cunha, ele presidiu a Casa de 2007 a 2009
O principal adversário de Cunha é Arlindo Chinaglia, deputado petista que já presidiu a Casa de 2007 a
2009. Reservadamente, alguns deputados dizem que a gestão do petista não deixou saudade. Mas os
tempos são outros e, hoje, Chinaglia busca se apresentar como um candidato suprapartidário. Sabe que os
despojos eleitorais atiçaram na Câmara um sentimento anti-PT semelhante àquele visto em parte do
eleitorado que rejeitava a reeleição da presidente Dilma. Apesar disso, o PT, ainda antes do lançamento
oficial de Chinaglia para a disputa, argumentava que era preciso respeitar o rodízio entre os presidentes da
Câmara. Logo, depois de Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), era chegada a vez do partido da
presidente, que tem a maior bancada eleita para a próxima legislatura, dirigir a Casa.
A demora no lançamento de Chinaglia para o confronto com Cunha teve origem numa estratégia que
buscava evitar a antecipação da disputa. Nas contas de petistas, ao largar na frente, Cunha poderia ganhar
terreno, mas também acabaria se expondo mais, virando alvo de possíveis adversários. Até fontes
palacianas acreditavam que o ímpeto de Cunha poderia ser também sua desgraça. Meses depois, o líder do
PMDB acabou vendo seu nome envolvido em denúcnias no âmbito da Operação Lava Jato. Ele foi acusado
de ter recebido propina orinda de verbas desviadas da Petrobras. Cunha não apenas nega a acusação como a
desqualifica comparando-a com o escândalo dos aloprados, quando em 2006 petistas foram presos
enquanto negociavam um dossiê contra o então candidato ao governo paulista José Serra (PSDB).
Picuinhas à parte, Chinaglia começou seu giro nacional em 9 de janeiro, embora já articulasse há muito nos
bastidores. Da mesma forma que Cunha, Chinaglia tem a sua disposição um jatinho alugado pelo PT para
sua locomoção pelo Brasil. Até aqui, passou pelas regioões Sudeste e Nordeste e nesta sexta-feira visitará o
Norte do país. Também tem agendas confirmadas para a semana que vem no Centro-Oeste e Sul. Depois
retorna ao Sudeste. Enquanto o petista corre atrás do tempo que preferiu atuar nos bastidores, Cunha chega
no momento em que termina sua agenda. Na próxima semana, a partir de terça-feira, o líder do PMDB
deverá permanecer em Brasília. Não descarta algumas viagens, mas pontuais.
Chinaglia também encomendou material de campanha impresso, que deve começar a ser distribuído na
próxima semana. A previsão é que os primeiro lotes sejam entregues pela gráfica ainda nesta sexta-feira.
Neles, o petista prometerá empenho na tramitação das reformas política e tributária. E se Cunha vende o
discuros de independência, Chinaglia tem sua versão do mesmo argumento ao prometer melhorar a
interlocução da Câmara com os demais poderes da República. Não há relatos de overbooking no jatinho de
Chinaglia, mas ele tem sido sempre acompanhado por aliados em seu giro nacional. Os mais assíduos são
Sibá Machado (PT-AC), candidatíssimo a líder do PT na próxima legislatura, e Paulo Teixeira (PT-SP). O
líder do PROS, o alagoano Givaldo Carimbão, acompanhou o petista em algumas passagens pelo Nordeste.
Agência Câmara
Deputado Júlio Delgado: campanha mais modesta já que PSB não lhe ofereceu jatinho para viajar
Sem Jatinho
Empenhado em viabilizar como terceira via na disputa, Júlio Delgado (PSB-MG) conta que a realidade de
sua campanha é um pouco diferente daquilo que seus adversários andam fazendo. A começar pelos
deslocamentos. Enquanto Cunha e Chinaglia têm previsão de cobrir o país todo até o dia da votação que
decidirá o futuro presidente da Câmara, marcada para a tarde do dia 1º de fevereiro, Delgado diz que
deverá no máximo passar por 17 estados. Nesta semana, passou pela região Centro-Oeste. Além disso, o
PSB não ofereceu um jatinho para seu representante, os deslocamentos são feitos em voos comerciais,
deixando o deputado exposto a todos os imprevistos que qualquer cidadão é nessas situações.
Delgado conta que ficou horas esperando decolagens por problemas diversos. No Espírito Santo, diz que a
impaciência deu lugar a um sentimento de solidariedade quando um garoto autista teve problemas e seu pai
acabou optando por desembarcar. Foi uma hora de espera até que as malas de ambos fosse localizadas. Em
São Paulo, a chuva o deixou novamente a mercê das circunstâncias. A decolagem só foi autorizada depois
de muita espera. Também por causa disso, Delgado conta que muitas vezes é difícil conciliar agenda com
colegas nas regiões por onde passa. ―Tem muita gente que está viajando, outros estão de férias‖, diz. Nada
que o impedisse de estar com o presidente Nacional do PSDB, Aécio Neves, e com o governador pauista
Geraldo Alckmin. O socialista recebeu apoio da bancada do PSDB.
Acostumado com campanhas eleitorais, Delgado conta que nessas situações é complicado conciliar agenda
com as necessidades do dia. ―Essa semana só almocei uma vez‖, afirma ele, que diz que tem abusado das
refeições nos voos que pega. O cardápio depende do que a companhia aérea oferecer. Nad disso, entretanto,
têm tirado a motivação do socialista. Pelo menos não na fala dele. Questionado sobre possíveis acertos de
segundo turno, Delgado recorre à cartilha básica dos políticos. ―Não tem isso. Vou estar no segundo turno‖,
resume. Ele diz ainda que suas agendas, além de incluir governadores e prefeitos, também teve plenárias
com gente que sequer votará na eleição da Câmara. Delgado afirma ter participado de plenárias que
reunirão 150 pessoas.
Da mesma forma que seus adversários, o deputado mineiro é eclético na escolha das reuniões que faz.
Dialoga com oposição e com governistas. ―Se engana o Arlindo se acha que será eleito só com os votos da
base. Como também se engana o Eduardo se acha que será eleito só com votos da oposição. Eu falo com
todo mundo‖, diz ele. Sobre material impresso para turbinar a campanha, o socialista diz que deverá ter
alguma coisa, mas aguardará mais até rodar seus panfletos e a quantidade será reduzida.
Dilma quer socorro à maior fornecedora de sondas da
Petrobras Preocupada com as dificuldades financeiras da Sete Brasil, maior fornecedora da Petrobras no pré-sal, a
presidente Dilma teve uma reunião com os presidentes do BNDES e o Banco do Brasil no Palácio para
tentar destravar empréstimos destinados a socorrer a empresa.
Segundo a Folha apurou, Dilma repassou a Luciano Coutinho (BNDES) e Aldemir Bendine (BB), sua
"disposição e orientação" para buscar liberar recursos já aprovados ou em negociação com as duas
instituições, cerca de R$ 10 bilhões.
Em dezembro, a presidente da Petrobras, Graça Foster, já havia pedido a ajuda de Dilma para acelerar os
empréstimos para a Sete Brasil. De lá para cá, o BNDES chegou a programar a assinatura dos contratos
duas vezes.
Alexandre Gentil/Divulgação
Casco de sonda da Sete Brasil, que tem entre os sócios Petrobras, Bradesco, BTG e fundos
A reunião de Dilma com Coutinho e Bendine ocorreu no final da tarde de quarta-feira (14), no Planalto,
para analisar principalmente como "resolver pendências" referentes a um empréstimo de US$ 3,5 bilhões
(cerca de R$ 9,2 bilhões) para contratação de oito sondas.
Além desse crédito, Dilma discutiu também a concessão de um empréstimo-ponte de R$ 800 milhões por
um consórcio de bancos, liderado pelo BB, para a Sete Brasil resolver seus problemas mais urgentes de
caixa.
O Banco do Brasil não quer liberar o empréstimo de emergência sem que os contratos de longo prazo com
o BNDES estejam assinados, para ter mais segurança de que terá o dinheiro de volta. O BNDES, por sua
vez, vem exigindo novas garantias a cada reunião.
A Sete foi criada para construir e alugar 28 sondas de perfuração para Petrobras, um projeto de US$ 25
bilhões (R$ 66 bilhões). Surgiu da decisão do governo de usar o pré-sal para estimular a indústria naval.
Ela tem como sócios a própria Petrobras, bancos como Bradesco, BTG Pactual e Santander, além dos
maiores fundos de pensão de estatais do país.
Interlocutores de Dilma disseram à Folha que ela tenta socorrer a Sete Brasil para evitar a quebra de
empresas e demissões no setor.
O comando da Sete Brasil está aflito com a situação financeira da empresa. As dívidas acumuladas até
dezembro chegam a R$ 800 milhões e a empresa não paga os estaleiros que contratou.
ANTICORRUPÇÃO
A Folha apurou que, para assinar o contrato de empréstimo com a Sete, o BNDES exigiu que a Petrobras e
os estaleiros mandem uma carta garantindo que não houve nenhum ato ilícito durante os processos de
licitação.
É a chamada "carta de conforto", mecanismo adotado nos casos em que o banco considera que o risco é
maior. A cláusula prevê que os contratos podem ser cancelados caso apareçam irregularidades.
Boa parte dos estaleiros contratados pela Sete pertence a construtoras envolvidas no escândalo de
corrupção da Petrobras. Além disso, o primeiro diretor de operações da companhia foi Pedro Barusco, que
confessou ter recebido propina quando era gerente da estatal e fez um acordo de delação premiada em troca
de uma punição mais leve. (FOLHAPRESS)
Bernardo fora do governo Dilma
―Nem quando carnaval chegar ou outono voltar‖, disse um líder petista nativo sobre as possibilidades de
Paulo Bernardo, ex-ministro das Comunicações, assumir qualquer cargo no segundo governo Dilma
Rousseff (PT). Bernardo procura uma vaga nas estatais, agências e até em conselhos, mas o fato de suas
iniciais ―P.B. 0.1″ registradas na caderneta de Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras, afetou
qualquer chance do petista paranaense. A situação piorou mais ainda quando o doleiro Alberto Youseff
confirmou que R$ 1 milhão, do esquema de propina da Petrobras, abasteceu a campanha da mulher Gleisi
Hoffmann (PT) em 2010.
Bernardo e Gleisi negam e contestam participação no esquema e esperam também que fevereiro, mês
aguardado com as listas de políticos envolvidos no Petrolão, o excluem fora dessa. Mesmo fora do
governo, o petista nativo considera que Bernardo já tem vaga garantida no setor privado no ramo de
telefonia. É aguardar. (BLOG DO TUPAN – BEM PARANÁ)
Gleisi e Paulo Bernardo de olho em Cerveró A prisão de Nestor Cerveró deixou o ex-ministro Paulo Bernardo e sua mulher, a senadora Gleisi
Hoffmann (PT), à beira de um ataque de nervos. O casal teme que a temporada nos cárceres da Polícia
Federal em Curitiba estimule o ex-diretor da Petrobras a aderir a mais um explosivo processo de delação
premiada.
Gleisi e Paulo Bernardo já foram mencionados nas delações do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras,
Paulo Roberto Costa e do doleiro Alberto Youssef. Bernardo apareceu como solicitante e Gleisi como
receptora de R$ 1 milhão em dinheiro vivo do esquema do Petrolão. O numerário, segundo as delações,
teria sido entregue em dinheiro vivo, em quatro parcelas, em um shopping no centro de Curitiba.
A simples possibilidade que Cerveró venha a patrocinar novas revelações estarrecedoras assusta o casal
porque tende a impedir que Paulo Bernardo venha a ser nomeado por Dilma para algum cargo federal. O
ex-ministro, que cobiça o comando da Itaipu Binacional, sabe que pode dar adeus a qualquer esperança
enquanto pairar sobre ele, e a mulher, qualquer suspeita de novos envolvimentos com o Petrolão. (FÁBIO
CAMPANA)
Juiz que acumula função ganha gratificação em nova lei A presidente Dilma Rousseff sancionou quatro leis que estendem a gratificação por exercício cumulativo
de jurisdição a magistrados de 1º e 2º graus da Justiça Federal, do Tribunal de Justiça do Distrito Federal
e Territórios (TJDFT), da Justiça do Trabalho e da Justiça Militar da União.
Foram publicados no Diário Oficial da União os textos que tratam dos benefícios: as leis 13.093/2015 ,
13.094/2015 , 13.095/2015 e 13.096/2015 . Os respectivos projetos foram aprovados pelo Senado em 18 de
dezembro, um dia depois da conclusão do exame na Câmara dos Deputados.
A gratificação será paga quando houver acumulação de juízo, como nos casos de atuação simultânea em
varas distintas e em turmas recursais, desde que o período seja superior a três dias úteis. O valor
corresponderá a um terço do subsídio do magistrado designado substituto, para cada 30 dias de exercício de
designação cumulativa, de forma proporcional ao tempo do exercício acumulado.
Ainda nos termos da lei, a gratificação terá natureza remuneratória, não podendo o acréscimo ao subsídio
mensal do magistrado gerar soma que ultrapasse os ganhos mensais dos ministros do Superior Tribunal
Federal.
Veto anterior
A gratificação para os magistrados constava de projeto que garantiu o mesmo benefício aos membros do
Ministério Público da União (MPU). Ao sancionar a Lei 13.024/2014 , no entanto, a presidente Dilma
vetou o artigo 17, que estendia o pagamento aos juízes. À época, juízes e entidades de magistrados
veicularam publicamente críticas ao ato presidencial.
Na mensagem de veto, Dilma alegou a ausência de autorização específica na Lei de Diretrizes
Orçamentárias de 2014. Salientou que a geração de despesa obrigatória de caráter continuado sem a
estimativa de impacto orçamentário-financeiro e sem a demonstração da origem de recursos para seu
custeio afronta a Lei de Responsabilidade Fiscal. (AGÊNCIA SENADO)
Governo lança novo edital do programa Mais Médicos Inscrições abrem a partir de amanhã e seguem até o próximo dia 29
Governo lança novo edital do programa Mais Médicos (Foto: Elza Fiuza/ABr)
O Ministério da Saúde anunciou hoje (15) uma nova versão do Programa Mais Médicos, que agora vai
incorporar o Programa de Valorização do Profissional da Atenção Básica (Provab).
―Nós deixamos para a escolha do médico brasileiro fazer a opção, se ele quer o conjunto de regras
estabelecidas para o Mais Médicos, ou se ele quer acessar os benefícios do Provab‖, explicou o ministro da
Saúde, Arthur Chioro.
Na prática, o profissional vai poder escolher se fica três anos no local determinado pelo governo, como
acontece no Mais Médicos, ou se fica um ano e ganha 10% de bônus na nota de uma eventual prova de
residência, características do Provab.
Outra diferença é que, enquanto os profissionais do Mais Médicos receberão ajuda de custo, o auxílio
moradia e auxílio alimentação, os do Provab não.
Os médicos que terminarem um ano de Provab poderão continuar o trabalho na unidade onde clinicam,
mas serão absorvidos pelo Mais Médicos e receberão os auxílios deste programa.
A partir de amanhã e até o próximo dia 29 de estarão abertas as inscrições para os médicos brasileiros que
querem participar do programa. O edital relaciona também os 1.500 municípios que poderão reivindicar a
inclusão no programa para receber os médicos.
Os médicos brasileiros formados no exterior poderão fazer as inscrições entre os dias 10 e 20 de abril.
Entre os dias 5 e 15 de maio estarão abertas as inscrições para estrangeiros formandos no exterior. Os
profissionais formados no exterior passarão por uma ambientação e começarão a trabalhar no dia 7 de
julho.
A prioridade continua sendo os médicos brasileiros. Depois serão chamadas inscrições individuais de
médicos formados fora do país, e por último os médicos cubanos, da cooperação com a Organização
Mundial da Saúde.
A bolsa é a mesma (R$ 10 mil) e ao final dos dois programas os médicos são considerados especialistas em
saúde da família. Os selecionados devem começar a trabalhar no dia 3 de março. No mínimo 2.920 vagas
ofertadas no Provab serão abertas, mas é preciso aguardar a adesão dos municípios para definir o número
de vagas.
Lançado em junho de 2013, o Mais Médicos foi criticado pelas entidades médicas, que alegavam
ilegalidade na contratação de estrangeiros sem aprovação no Revalida, exame necessário para médicos
formados no exterior atuarem no Brasil.
Semelhante ao Mais Médicos e precursor dele, o Provab, destinado a médicos brasileiros, é uma das
estratégias do governo para estimular médicos, principalmente recém-formados, a clinicar em regiões
carentes.
O Mais Médicos tem 11.429 cubanos, 1.846 brasileiros e 1.187 intercambistas de outras nacionalidades,
como Argentina, Portugal, Venezuela, Bolívia, Espanha e Uruguai. (DIÁRIO DO PODER)
Diariamente, 39 mil meninas são forçadas a se casar no
mundo, diz ONG Todos os dias, 39 mil meninas com menos de 18 anos são obrigadas se casar no mundo, conforme
informou nesta quinta-feira a ONG Plan International por conta do debate parlamentar na Espanha sobre a
tipificação como delito deste tipo de casamento.
A Comissão de Justiça do Congresso dos Deputados da Espanha começou hoje o debate da reforma Código
Penal espanhol que propõe criminalizar o casamento forçado com intimidação ou violência. De acordo com
a Plan International, caso essa tendência não seja extinta, 140 milhões de meninas terão sido forçadas a se
casar até 2020.
"Os casamentos forçados não só obrigam às menores a abandonar a educação e as condenam a uma vida
com poucas perspectivas, como, em um grande número dos casos, conduzem à violência, o abuso e as
relações sexuais forçadas. Elas correm mais risco de contrair doenças sexualmente transmissíveis e de ficar
grávidas quando seus corpos ainda não estão preparados", disse a diretora de Plan International na
Espanha, Concha López, em comunicado.
A pedido da Plan International, o Congresso dos Deputados aprovou em 2013 e 2014 declarações
institucionais para pedir a ONU para emitir uma resolução internacional que pusesse fim a esta prática. Em
21 de novembro de 2014, a ONU aprovou uma resolução para prevenir e erradicar o casamento infantil
forçado e obrigar os Estados a proteger o direito à educação de meninas e mulheres através de ensino de
qualidade.(AGÊNCIA EFE)
Polícia de Miami usou fotos de criminosos negros em tiro ao
alvo Denúncia foi feita por sargento da Guarda Nacional da Flórida.
Chefe da polícia admitiu o caso, mas negou motivação racial.
Imagem da rede de TV NBC6 mostra os alvos que teriam sido
usado por policiais nos Estados Unidos (Foto: Reprodução/Site NBC6)
Policiais de Miami utilizaram fotos de criminosos negros em treinamento de tiro, revelou nesta quinta-feira
(14) uma TV local, após os Estados Unidos experimentarem uma onda de protestos pela violência policial
contra afro-americanos.
A polícia de North Miami Beach usou estas fotos, admitiu em entrevista à rede NBC6 o chefe local, J.
Scott Dennis, acrescentando que nenhuma lei foi violada. "Não houve transgressão de nossas políticas (...).
Não haverá medidas disciplinares para os policiais envolvidos nisto", afirmou Dennis.
De qualquer maneira, Dennis garantiu que os policiais não utilizarão mais fotos de prisioneiros para os
exercícios de tiro. O chefe de polícia destacou ainda que as fotos não eram apenas de criminosos negros,
mas também de 'brancos e hispânicos', o que descarta motivação racial.
O uso das fotos foi denunciado por uma sargento da Guarda Nacional da Flórida que treinou no campo de
tiro Medley Firearms, após exercícios no local de agentes da polícia de North Miami Beach, e viu uma foto
do próprio irmão sendo utilizada como alvo. "Me perguntei porque estavam usando meu irmão como alvo",
disse a sargento Valerie Deant. Todas as fotos 'eram de homens negros'.
A foto de Woody Deant foi tirada no ano 2000, quando o homem esteve preso. "Agora sou um pai, marido,
tenho uma carreira, um trabalho", afirmou Woody Deant. (FRANCE PRESSE)